Prof. Gildo Gomes
UMA ANÁLISE CRÍTICO-REFLEXIVA DA EDUCAÇÃO DE ARATUBA EM 2013: MUDANÇAS, DESAFIOS, PROBLEMAS E PROPOSTAS. Prof. Gildo Gomes
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA ANÁLISE DA EDUCAÇÃO DE ARATUBA EM 2013 Aratuba é um município serrano do norte cearense localizado na região do Maciço do Baturité, a uns 830m do nível do mar com clima tropical sub-quente úmido e temperatura média de 24º a 26º C. Fica a 128 km da capital Fortaleza. Tem uma população de 11.410 (IBGE, 2010) e uma área de 142,54 km² (IPECE, 2011). Sua população depende quase exclusivamente do serviço público municipal. Cerca de 3.118 pessoas ou 27,04% (IPECE, 2010) vive em situação de extrema pobreza com rendimento domiciliar per capita mensal de R$ 70,00. Apesar disso três fatos educacionais deram visibilidade nacional ao pequeno município: 1) A implantação do projeto de Nucleação de Escolas em 1997. Cinco anos depois em 2003 onze integrantes do governo chinês, acompanhados de dois representantes do escritório do Unicef de Beijing visitaram Aratuba para conhecer essa realidade; 2) a erradicação do analfabetismo popular na gestão de Júlio César Lima Batista (2000-2004); e 3) a erradicação do analfabetismo escolar, na gestão de José Wolner Santos (2005-2008). Nas gestões desses dois prefeitos o município chegou a ganhar 04 edições do Selo Unicef, 03 com Júlio César e 01 com Wolner Santos nos anos 2002, 2004, 2006 e na edição 2009-2011. Mas a nucleação de escolas por si só não faz educação de qualidade e novos desafios educacionais surgem a cada ano. E por isso mesmo precisa ser repensada. A presente análise foi escrita com esse objetivo. É crítica e reflexiva. Crítica porque vê a educação com um olhar questionador; e reflexiva porque leva os leitores a pensarem e repensarem a educação municipal. Mesmo no discordar já houve um avanço no ato de pensar. O bom pensamento e prática pedagógica surge a partir do confronto de ideias. Não escrevo para agradar, mas para atiçar as brasas da consciência. Acredito naquilo que disse Monteiro Lobato numa carta a João Palma Neto, em São Paulo, no dia 24 de janeiro de 1948: “Há dois modos de escrever. Um, é escrever com a ideia de não desagradar ou chocar ninguém(...). Outro modo é dizer desassombradamente o que pensa, dê onde der, haja o que houver – cadeia, forca, exílio”. É com esse desassombro que analiso de modo claro, sucinto, simples e direto a educação de Aratuba e seus desdobramentos no ano de 2013: suas mudanças; a Semana Pedagógica; os diagnósticos de leitura e escrita; os resultados anuais; fatos da educação no ano; análise geral e específica de um documento da Secretaria de Educação; os reajuste salariais dos professores; os convênios com o SINDIARA; a paralização dos professores no final do ano; propostas educacionais; e a carta de uma professora recém-aposentada do município.
O PROFESSOR QUE ANALISA A EDUCAÇÃO NO MUNICÍPIO DE ARATUBA NO ANO DE 2013 Existe uma diferença enorme entre conveniência e convicção. A primeira trabalha na base do interesse particular e enfatiza os erros do outro enquanto minimiza ou nega os seus ou os do grupo a que pertence. A segunda atua na linha da veracidade, e usa de coerência na análise de questões e tomadas de decisões importantes sem negar claro suas idiossincrasias. É nessa que eu vou. Há mais de 15 anos estou na educação do município de Aratuba e nesse tempo sempre estive na sala de aula, inicialmente com 20 hs e depois com 40 hs. Somente em 2011 atendi um convite da Secretaria de Educação Básica para trabalhar num projeto chamado de PCA – Professor Coordenador de Área. Na época junto com os professores Evandro Alves e Antônio Monteiro desenvolvemos um trabalho de capacitação, acompanhamento e disponibilização de recursos pedagógicos aos docentes. Inclusive os professores receberam certificação de 120 hs dos encontros mensais que os ajudou na pontuação da avaliação institucional para acréscimo salarial. Porém no final daquele ano eu e o professor Monteiro retornamos a escola. E em janeiro de 2012 já estávamos no chão da sala de aula. Isso significou para nós uma redução financeira de R$ 300,00 reais mensais. Numa linguagem debochante usada por uma cidadã deixamos de “mamar” 3600,00(três mil e seiscentos reais) no ano seguinte. Em meu caso só um ano já fora gratificante. Afinal em 2009 meu nome foi cogitado e rejeitado numa reunião para ser coordenador de escola sob alegação de minha distância politica. E sinceramente como sei que as coisas funcionam assim nunca reclamei. Como não participo de nenhum comício, não peço votos e nem faço campanha politico partidária pra ninguém, então não crio expectativas de cargos comissionado seja lá quem ganhe. E isso porque em todo lugar cargos de confiança são cargos políticos. Sou um cidadão e como tal exerço meus direitos políticos, escolho meus candidatos e até converso sobre política com quem deseja e revelo aos interessados em quem vou votar se preciso for. Apenas procuro conservar-me de modo que minhas convicções não sejam derrubadas pelas conveniências que a política proporciona. Mas há um preço a ser pago com essa atitude. É com esse sentimento que analisarei um pouco a educação de Aratuba em 2013, seus aspectos positivos e negativos com o objetivo de contribuir com o ensino de meu município.
QUEM É VOCÊ PARA FAZER ISSO? E PORQUE SOMENTE AGORA? Não posso começar sem antes responder a essas duas perguntas. Acho que é desnecessário mas sempre há quem desconsidere a objetividade textual com perguntas subjetivas que parece mais a perscrutação do inconsciente de quem falou ou escreveu. E nesse estado de espírito é quase impossível convencer o inquiridor, afinal não se convence o ser humano contra sua própria vontade. A primeira pergunta pode soar como um desprezo a quem fala ou escreve. Você já ouviu alguém dizer algo tipo “quem ele(a) pensa que é para falar desse jeito?” A indagação mostra nossa ignorância pois primeiro deveríamos nos deter no QUE se diz para depois verificar QUEM o diz. E até quando quem o diz não tem autoridade para tal, ainda assim deveríamos julgar a validade e coerência dos argumentos apresentados. E desse modo se você pergunta quem sou eu para avaliar a educação de Aratuba, responderei simplesmente que sou um professor e cidadão aratubense. E caso você insista que isso por si não concede autoridade, direi que de fato não me considero alguém capaz para essa tarefa, ainda assim farei e quem sabe aqueles que a tem se manifestem. Já a segunda indagação talvez seja mais difícil respondê-la. Não tanto pela pergunta em si mas pelo contexto político partidário existente no município. Imagine viver numa democracia onde as opções são o silêncio ou a aprovação porque uma outra via estará sob suspeita partidária. Não merece nem o nome de democracia. E o irônico nisso é que aqueles que julgam uma determinada atitude como política estão agindo também em nome da política. Então direi que o motivo de realizar essa avaliação agora é semelhante a tantos trabalhos que fiz em 2013, é meramente pela vontade e oportunidade de fazê-lo. Mas para quem acha que essa é a primeira vez que faço uma análise da educação, basta ler nosso livro virtual publicado em março de 2013 no portal do Aratuba Online onde dedico um capítulo inteiro à educação do município. Porém é provável que alguém permaneça sempre na segunda pergunta como defesa. No final de setembro, por exemplo, depois que escrevi sobre a história dos desfiles de Aratuba, uma autoridade considerou coisa de maldoso. Particularmente não nego a maldade dentro do coração humano, principalmente o meu, mas o nosso trabalho crítico e ético de registro e resgate histórico tem ajudado o município. A entrega de menção honrosa pelo poder legislativo em 30/04/2013 foi um reconhecimento disso. Esse portanto é mais um trabalho similar a tantos.
AS MUDANÇAS E PERSPECTIVAS NA EDUCAÇÃO DE ARATUBA A PARTIR DE 2013 Secretaria de Educação Jan 2013 à Jan 2014
Aratuba passou por uma grande mudança estrutural administrativa em 2013, principalmente na educação municipal. A perpetuação no poder tem suas desvantagens e uma delas é o desgaste. Foi o que aconteceu na educação de Aratuba nos últimos anos. Grandes professores há mais de 12 anos sem pisar no chão da sala de aula voltaram para lecionar nossos filhos o que foi bom. Enquanto isso, outros não menos competentes há anos em sala foram para a chefia. E espera-se que sejam bons gestores o quanto eram bons docentes e críticos da gestão anterior. Em suma: líderes passaram a ser liderados e liderados passaram a posição de líderes. Nenhum problema com isso, até porque estabelece-se o equilíbrio. O problema aparece quando não se aceita as transformações normais da vida ou verse nas mudanças de papeis uma oportunidade de tratamento baseado numa filosofia tipo “agora é nossa vez de devolver o que fizeram conosco”. Porém em meio aos percalços do momento um dos bons retratos da educação atual é a seguinte: ex-gestores saberão como os professores se veem com muitas cobranças, burocracia e pouco apoio; e por outro lado, os atuais gestores sentirão na pele como é estar à frente de uma escola para lidar todos os dias com os diferentes gostos e opiniões de professores, alunos e pais. E aí cada um com experiências opostas se auto-avaliarão melhor e medirão suas palavras quando avaliarem o desempenho de seu companheiro.
CARGO
RESPONAVEL
Secretária de Educação
Isabel Fernandes da Silva
Diretora do Fundamental I
Regina Magna Martins
Diretor do Fundamental II
Francisco Barroso Gomes
Diretora da Ed. Infantil
Milena Martins Lobo
Gerente do EJA
Raimunda Alves da Silva
Gerente do PAIC
Fca. Antônia Batista da Silva
Formadoras do PAIC
Ercília Maria de Freitas e Maria Nelita Germano Tavares
Gerente de Projetos
Magly Nunes Cavalcante
Secretaria de Educação Jan 2014 a 2016 CARGO
RESPONAVEL
Secretário de Educação
Francisco de Paulo Barroso Gomes
Diretora do Fundamental I
Maria Nelita Germano Tavares
Diretora do Fundamental II
Regina Magna Martins
Diretora da Ed. Infantil
Milena Martins Lobo
Gerente do EJA
Francisca Juscelina da Rocha Vieira
Gerente do PAIC/PNAIC
Fca. Antônia Batista da Silva
Coord. de Projetos Especiais
Francidalva Ancelmo Lima
Formadora do PAIC
Ercília Maria de Freitas
“A SEMANA PEDAGÓGICA E “A UNIDADE GERA EXCELÊNCIA” No dia 23 de janeiro a Secretaria de Educação Básica realizou a Semana Pedagógica para o inicio do ano letivo. Não redigi errado, o blog oficial da secretaria denomina de Semana Pedagógica e assim vou chamá-la. E o tema “a unidade gera excelência” foi vibrante e desafiante. Claro que a pregação da unidade e excelência deveria transpor as barreiras partidárias de quem está no comando, mas geralmente quem está fora do poder usa pouco a palavra união. Há sempre aquela tensão na busca pelo domínio. Música e reflexão foram marcas do evento com um calendário do ano letivo distribuído para todos os professores. Muitos participantes avaliaram o encontro como um fiasco, talvez pelo fato de ser apenas um dia pedagógico. Mas diga-se de passagem que nunca tivemos literalmente uma semana pedagógica, mas confesso que a de 2013 poderia ter sido melhor. E olha que pra mim foi uma honra ser palestrante desse momento tão importante para a educação municipal. Achei um ato corajoso da secretaria escolher o tema “ensinar com autoridade” com base na pessoa de Cristo e ainda indicar um protestante para explicar a docência usada por Jesus. Para mim foi um convite e tanto e não procurei agradar aos presentes, queria sim trazer algo edificante para nossas vidas e nossas salas de aulas. Porém não posso deixar de lamentar algo que me chamou a atenção no encontro. Contemplei duas realidades antagônicas e profundamente reflexivas: alguns rostos sorridentes que em outras épocas eram sisudos e indiferentes; e outros rostos fechados que também em outras épocas eram alegres e otimistas, sem contar os que nem compareceram. Isso mostra que a educação em Aratuba não é diferente de outros lugares do país. É uma disputa por políticas públicas e pedagógicas de grupos particulares. Nessa briga elogia-se não as pedagogias aplicadas que dão certo, mas os atores no palco. Parece que o mais importante não é o QUE se faz e, sim, QUEM o faz.
FATOS NA EDUCAÇÃO DE 2013 QUE LEMBRAM O TEMA: “A UNIDADE GERA A EXCELÊNCIA” O tema da Semana Pedagógica mostra uma causa e o seu efeito. Em outras palavras a excelência é o resultado da unidade. Claro que é unidade relativa e não absoluta. Mas por unidade não se entende a eliminação das preferências ou ideias próprias. Parece-me que foi Santo Agostinho quem disse: “No essencial unidade; no não essencial liberdade; e em tudo caridade”. Com isso o bispo de Hipona queria dizer que a existência da unidade é imprescindível nas questões básicas da vida. Tipo assim, tanto a Secretaria de Educação quanto os professores devem unanimemente lutar por uma educação de qualidade. Ninguém pode ficar de fora, mesmo que nem todos, por exemplo, concordem com o reajuste salarial concedido a classe naquele ano. A educação está acima disso. É verdade que a unidade gera excelência, mas para se ter uma unidade o diálogo é ponto chave. Não se consegue unidade por decreto. Alguns fatos da educação de 2013 em Aratuba merecem uma séria reflexão da secretaria nos quesitos “unidade” e na “excelência”. Destaquei cinco deles: Ausência completa de formação para professores do Fundamental II. Num ano de avaliação institucional a maioria dos professores entregaram títulos do ano de 2012 pela falta de cursos e formações em 2013; Professores que ganharam na justiça o direito de permanecer a lecionar na sua própria localidade. O dialogo é o melhor caminho na solução de conflitos e interesses; Professores concursados por 20 hs ameaçados de ficarem com falta caso o planejamento acontecesse a tarde e ele trabalhasse por exemplo de manhã como ficou decidido pela Secretaria de Educação; Crianças do CEI Nelly de Lima Melo encontradas na Rua Sebastião Monteiro de Araújo no horário de aula. Elas saíram e a direção da escola não se deu conta. Um pai comunicou para a Secretaria de Educação e até hoje não recebeu resposta sobre o ocorrido; A redução dos 200 dias letivos como solução dos problemas financeiros salariais dos professores é um prejuízo pedagógico sem precedente na história do município. A Educação Infantil com 145 dias (O CEI Nelly de Lima Melo como base); e o Ensino Fundamental com 195 dias (Maria Júlia como base) é algo que envergonha o município. Tentativas de justificar-se com comparações pífias, tipo professores que descumprem o tempo pedagógico do aluno em sala, é não compreender a gravidade do problema;
DIAGNÓSTICOS DA LEITURA E ESCRITA, AS AÇÕES PEDAGÓGICAS, OS PROFESSORES E OS RESULTADOS ANUAIS EM ARATUBA O artigo nº 119 da Lei Orgânica de Aratuba diz que “O município atuará prioritariamente no ensino préescolar e fundamental na forma de erradicar o analfabetismo.” Mas como sabemos leitura e escrita é um problema sério na educação brasileira. Dados do Pisa (Programa Internacional de Avaliação dos Alunos) em 2012 mostra que entre os 65 países, o Brasil ficou em 55º lugar em leitura. E o mais ruim é que comparando com 2009, a nota do Brasil de 421 pontos caiu para 410 em leitura. Em Aratuba não é diferente. Mesmo depois da anunciada erradicação do analfabetismo escolar com o Programa “Caminhos Diferentes Para Alfabetização”, método da professora pernambucana, Damaris Flor, onde 1.213 crianças entre 06 e 08 anos passaram a ler e escrever, anos depois muitas crianças ainda precisam melhorar na leitura e escrita. Mas o trabalho naquela época foi importante. O jornal O Povo, edição de 16 de dezembro de 2005 destacou uma matéria com o titulo: Aratuba tem avanços na educação. No início de 2011 os alunos do 3º, 4º e 5º anos das escolas municipais submeteram-se a uma avaliação diagnóstica para conhecimento das dificuldades de leitura e escrita. E a realidade constata foi preocupante, pois dos 266 alunos do 3º ano, por exemplo, mais de 100 apresentavam dificuldades de leitura e escrita. E a partir de agosto as escolas elaboraram e executaram diversos projetos para reverter essa situação. Mais recente em 2013 outra avaliação diagnóstica realizada pela Secretaria de Educação mostrou mais desafios na leitura e escrita. Dos 244 alunos do 3º ano cerca de 44 deles estavam abaixo do nível. Mais uma vez a secretaria realizou projetos e reforços escolares com ênfase na leitura e escrita. Um pseudônimo na net, antes mesmo dos professores conhecerem o resultado, já anunciava no facebook que: “agora sabemos a real situação da Educação de Aratuba...Segundo as provas diagnósticas os alunos estão regredindo que educação era essa de JC que mentia sobre os dados...” Um dos problemas da educação é transformá-la num palanque político. Análises desse tipo coloca em dúvida o propósito que se queria atingir. Mas a secretaria não pode ser responsabilizada por esse comentário apesar do uso da primeira pessoa do plural e do desconhecido indicar que conhecia dados que sequer haviam sido tabulados. A importância de um diagnóstico é após conhecimento da realidade aplicar uma dosagem certa e eficaz para sarar o problema e faz-se isso com um olhar para frente e não para trás. Os diagnósticos de 2011 e 2013 são importantes e necessários, pois apresentam um raio x da leitura e escrita de nossos alunos.
DIAGNÓSTICOS DA LEITURA E ESCRITA, AS AÇÕES PEDAGÓGICAS, OS PROFESSSORES E OS RENDIMENTOS ANUAIS EM ARATUBA Os dados sinalizam ação redobrada do professor. Não há educação de qualidade sem leitura fluente e compreensão textual adequada. E nesse caso, nós docentes temos a maior responsabilidade. Professores que não cuidam de sua própria leitura e escrita não podem elevar os alunos a um nível que eles mesmos não tem. Para ser franco muitos de nós nos horários de estudo, não estudamos, não lemos. Apenas conversamos ou o que é pior fofocamos. Quantos livros lemos por anos professores? Uma pesquisa do Instituto Pro Livro com dados entre 2007 e 2011 diz que o brasileiro lê no máximo 4 livros por ano e destes em 2 ele chega até o final. Nós professores de Aratuba estamos pelo menos nessa média ou abaixo dela? Quem nunca ouviu falar de professores que escrevem errado no quadro? Qual a raiz desse problema? Ora, falta de leitura séria. Viver de facebook e novela não aumenta cultura de ninguém. O quadro abaixo é apenas uma amostragem dos últimos quatro anos. A preocupação vai além do salário mas com o tempo afetará o bolso. As matrículas diminuem, a aprovação aumenta e as taxas de abandono e de reprovação ainda são elevadas. E se aplicássemos um pente fino, a reprovação com certeza seria maior. As matrículas fazem-nos pensar no financeiro e consequentemente no salário, nos reajustes e na quantidade de professores contratados. Já sobre o abandono e a reprovação devemos refletir onde causamos o desânimo ou contribuímos com a reprovação. E claro, leitura e escrita mais uma vez é o “x” da questão. Na medida que alunos vão para a série seguinte sem o domínio de ambas a tendência é o desânimo e com o tempo a desistência ou a reprovação no final do ano. Na maioria das reprovações entram problemas de leitura, escrita e compreensão textual. Uma revolução na educação do município é uma revolução na leitura e escrita de professores e alunos na escola e na vida. Ano Matrículas Aprovação % Reprovação % Abandono % 2010
3410
91,8
6,6
1,6
2011
3205
92,7
6,6
0,7
2012
3127
91,5
7,2
1,3
2013
3102
93,0
5,5%
1,5
OS DIAS DO ANO LETIVO E OS RENDIMENTOS DAS ESCOLAS NUCLEADAS DE ARATUBA NO ANO DE 2013 A lei nº 9.394/96 de Diretrizes e Bases da Educação em seu artigo 24, inciso I, diz que “a carga horária mínima anual será de oitocentas horas, distribuídas por um mínimo de duzentos dias de efetivo trabalho escolar, excluído o tempo reservado aos exames finais, quando houver”. Em Aratuba sempre houve uma flexibilidade no calendário escolar. E isso não começou em 2013. O problema é quando essa flexibilidade é exagerada e compromete assim o ensino aprendizagem. Mas há quem diga que não importa a quantidade de dias, o importante mesmo é a qualidade. Usado dessa forma o argumento justifica ausência de aula por qualquer motivo. Em Aratuba, por incrível que pareça, algumas escolas nucleadas passaram dos 200 dias letivos em 2013 mesmo com a antecipação das aulas pelo oficio nº 383/2013 do Prefeito e Secretária de Educação em 25 de novembro do ano passado. Dois exemplos: a escola de Barreiros teve 205 dias; Pindoba, 210 dias. Destas, a escola dos Barreiros, por exemplo, incluindo as recuperações e planejamentos, tem-se 188 dias como aula normal. O quadro ao lado mostra os rendimentos de todas as nucleadas. Duas escolas (Marés e Pindoba) conseguiram zerar o abandono o que é um feito positivo e merece ser copiado.
* Rendimentos Escolares do Ensino Fundamental do
Município de Aratuba - 2013 Escola Nucleada
Aprovação
Reprovação
Abandono
Norberto Botelho (Marés)
192
97,5%
5
2,5%
0
0%
Francisco José de Freitas (Barreiros)
214
92%
18
7,5%
1
0,5%
Luís Gervásio Colares ( Pai João)
297
96,4%
10
3,2%
1
0,4%
Isabel Hermínia Pinto ( Mundo Novo)
269
91%
23
7,7%
4
1,3%
Profª Maria Júlia P. Batista (Sede)
658
89,7%
55
7,5%
20
2,7%
José Mendes da Cruz ( Tope)
310
98,1%
4
1,3%
2
0,6%
Francisco Nunes Neto (Pindoba)
142
96,5%
5
3,5%
0
0%
Rural dos Fernandes
126
92%
11
8%
5
3,6%
2208
93%
131
5,5%
33
1,5%
TOTAL
* SME /Escolas – Quadro de Jair Martins dos Santos
UM DOCUMENTO RESPOSTA DA SECRETARIA DE EDUCAÇÃO QUE GEROU MAIS PERGUNTAS A Exma. Sra. Secretaria de Educação, Isabel Fernandes da Silva apresentou através de ofício circular em 22 de novembro de 2013 um esclarecimento sobre o atraso do pagamento dos professores da rede municipal referente ao mês de novembro. Após uma leitura atenta do referido documento percebe-se a fragilidade das razões apontadas como justificativas do atraso salarial. O escrito era uma resposta ao requerimento de 11 de novembro assinados por vários docentes. A solicitação era de uma reunião com a secretária e não meramente de um comunicado escrito até porque as justificativas do analista contábil, João Paula Pereira da Silva, encaminhado à própria Secretaria de Educação e divulgado nas escolas municipais fornecia a mera informação. O comunicado da secretária acrescentou pouco ao exposto pela prefeitura e gerou mais questionamentos. Caso tivesse acontecido uma conversa junto aos professores sobre a real situação financeira salarial dos mesmos seria mais proveitosa e os rumos seriam bem diferentes. A apresentação de mais recursos escritos com provas documentais e contábeis, passou a impressão que a única via de comunicação entre a Secretaria de Educação e a classe do magistério é o papel escrito. O documento encerra com o tradicional “disposição para novos esclarecimentos”. Essa disposição tornou-se apenas na escrita pois evitou-se muito o diálogo, seja com o prefeito ou a secretária e até quando aconteceu a reunião percebeu-se a ausência do Exmo Sr. Prefeito embora a data tenha sido marcada por sua chefe de gabinete em comunicado oficial.
UMA ANÁLISE GERAL DO DOCUMENTO RESPOSTA DA SECRETARIA DE EDUCAÇÃO Embora a sequência dos fatos no documento com o número 2 e as letras do alfabeto de q até a letra a duplicada e com o y entre o x e z dificulte um pouco a leitura, certamente a sequência aleatória obedece a algum critério da secretaria ou a digitação falhou. Não vou deter-me em item por item até porque não faz sentido. Por exemplo, a letra x menciona o pagamento de 1/3 das férias para todos os servidores em maio e junho como justificativa. Há alguma novidade nisso? Afinal todo ano se pagam as férias não? As letras x, y e aa falam de manutenção e investimentos nas estruturas escolares e recuperação de parte elétrica nas salas de informática. Há uma ressalva aqui. Na escola Maria Júlia (foi a única exceção?) aconteceu somente a manutenção de computadores sem a reparação elétrica e por isso muitos computadores estão parados. E existe ainda uma construção textual incrivelmente subjetiva no comunicado: “Funcionamento qualitativo de toda a rede de ensino mesmo com toda a situação encontrada no início de 2013”. O que é o funcionamento qualitativo mesmo? E qual a diferença dessa qualidade com anos anteriores? Ou será que nem qualidade existia antes? E como foi mesmo essa “toda situação encontrada no início de 2013”?. Palavras às vezes são como mágica: impactam, mas não mudam a realidade pelo simples pronunciar ou escrever. Quer dizer que as coisas antes estavam as mil maravilhas? Mil vezes não. Mas cabe a Secretaria de Educação tornar público seu relatório diagnóstico da realidade encontrada nas escolas do município. A Secretaria de Cultura e Turismo, por exemplo, fez um sobre a Biblioteca Adolfo Lima em 03/01/13. Cito o da biblioteca porque foi o único que tive acesso. Aliás uma gestão que se propõe ser a melhor da história de Aratuba e já apelidou a anterior de “herança maldita” já devia ter apresentado em revista ou jornal um relatório diagnóstico geral da realidade social do município. É um dever da administração apresentar fatos imparciais e comprobatórios e um direito da população conhecê-los. Mas voltando, como esses quesitos não deveriam fazer parte dos 60% do FUNDEB não podem sequer entrar na discussão das justificativas do atraso da folha. As letras t e u também não esclarecem a contento. Afinal a diferença entre as matrículas de 2011 e 2012 correspondem a 78 alunos se subtrairmos 3.205 de 3.127 alunos. Claro seria preciso ainda saber o total de professores concursados e contratados no ano de 2013 e ver se o critério de tempo de estudo das 05 horas semanais foram levados a sério. E as letras q e v sobre custo e o reajuste do valor da quilometragem do auxílio transporte mereciam questionamento à parte.
UMA ANÁLISE ESPECÍFICA DO DOCUMENTO RESPOSTA DA SECRETARIA DE EDUCAÇÃO I Os itens justificativos que chamam a atenção de qualquer leitor sério são o número 2 e as letras r, s e w, sendo que na letra w não há o que alegar. A contestação se concentrará portanto no nº 2 e as letras r,s. 2. Sim, concordo com a Secretária Isabel Fernandes, e não acredito nem por um momento que o não pagamento de outubro seja por má vontade da gestão política atual. Ora, esse seria um julgamento subjetivo demais e não sujeito a análise factual, afinal má vontade é diferente de má gerência. Agora discordo que o não pagamento seja resultado de uma crise internacional em 2013. Precisamos ser mais honestos e claros. É simplesmente uma questão de má gerência do recurso público dos 60% do FUNDEB assim como aconteceu em dezembro de 2012. Há quem não goste de falar do atraso da folha de dezembro de 2012. Não é o meu caso, afinal como trabalhador eu tinha o direito de receber naquele mês o meu salário. Não vou defender erros de políticos seja ele quem for. Cada um defenda-se perante a lei que jurou cumprir no dia de sua posse. Naquela época brincou-se em dizer que o pessoal não comprou nem um frango para o Natal imagine um peru. Para os professores a tal “herança maldita” virou maldição mesmo pois somente no apagar das luzes de dezembro de 2013 recebeu-se os meses de novembro e dezembro. Sem frango ou peru outra vez. Mas há quem se orgulhe de pagar os meses antes do ano terminar. Santo Deus! O documento ainda chega a citar “acréscimos na folha de pagamento do exercício de 2013”, mas não elenca os reais motivos. A folha de pagamento da educação, tanto dos 60% quantos dos 40% cresce em todos os meses de 2013. Em fevereiro, por exemplo, nos 60% tem-se R$ 295.120,27 com efetivos e contratados e em setembro está em R$ 357.966,12 num acréscimo de R$ 62.845,85; e nos 40% em fevereiro soma R$ 174.046,98 e em setembro R$ 193.273,53, acréscimo de R$ 19.226,55.
UMA ANÁLISE ESPECÍFICA DO DOCUMENTO RESPOSTA DA SECRETARIA DE EDUCAÇÃO II r) Agora o mais estranho mesmo no documento é a menção do reajuste dos 10% citados como causa do atraso da folha de outubro, até porque nos meses anteriores ao aumento falava-se num reajuste histórico e merecido. E nem uma e nem outra coisa aconteceu, apesar de ser melhor do que o ano passado naquela chata divisão de 7% em março e 3% em setembro para dar os 10% de reajuste salarial à classe. Mas em 2013 passaram-se seis meses, entre janeiro e junho para análise e estudo sobre o reajuste salarial aos professores. Não podem alegar falta de tempo, pois até abusaram dele. Porque digo isso? Ora nem a categoria dos professores e nem o sindicato discutiram o reajuste como aconteceu em anos anteriores mobilizados pelo SINDIARA. Não houve nenhuma campanha salarial que pressionasse o poder público local, diferente de 2012. E olha que em 2012 a campanha salarial foi tão bem articulada que com a falta de reajuste em março daquele ano já existia um movimento de greve para todos os servidores públicos conforme noticiou o portal do aratuba online no dia 03/04/12. E a cogitada greve não era por causa de atraso salarial não, era por uma razão menor – o reajuste do salário em janeiro que até então não havia sido concedido aos funcionários. Imagine só se os professores aprovassem no sindicato uma greve pela falta de reajuste salarial em abril de 2013, por exemplo, qual seria o resultado? Seria considerado mais político ainda porque era por causa de reajuste e não atraso salarial. O ruim desse julgamento raso é que ele não assume suas responsabilidades objetivas e nem responde as reinvindicações e as transfere para a subjetividade emocional. No final das contas você só tem duas opções “democráticas”: o silêncio ou a pecha do partidarismo.
UMA ANÁLISE ESPECÍFICA DO DOCUMENTO RESPOSTA DA SECRETARIA DE EDUCAÇÃO III s) Tanto o analista contábil, João Paulo Pereira da Silva, quanto Isabel Fernandes, citam a folha de dezembro de 2012 como justificativa do atraso salarial e esse realmente é o ponto central do documento. Todo o comunicado roda em torno disso. As outras razões são circunstanciais, estão lá apenas para não parecer redundante. Infelizmente o olhar está mais para trás que para frente. Mas geralmente quando se pretende ser o maior líder de uma sucessão de outros o primeiro passo é mostrar os erros de antes, nunca os de hoje. Isso significa que a falta de pagamento de dezembro de 2012 não deve ser mencionada? Claro que sim, ache ruim quem achar. Porque? Porque “todo trabalhador é digno do seu salário” e em dezembro trabalhamos e deveríamos sim receber; assim como o reajuste devia ser em janeiro e não em março de 2012 e nem em junho de 2013; como o salário de outubro devia ser no início de novembro e não no final; e o mês de novembro no inicio de dezembro e não no seu final. Nenhum governo deve orgulhar-se de pagar o salário de seus professores atrasado. Nenhum discurso de educação persiste com tal realidade. Então qual o erro de citar a folha de dezembro de 2012? É querer afirmar que esse atraso justifica a má gerência dos 60% do FUNDEB em 2013, pelo contrário, ela aumenta ainda mais a responsabilidade da administração. Desde o início sabia-se dos percalços a serem feitos nos repasses dos 60% do FUNDEB devido a folha de dezembro de 2012 que seria complementada com 50% dos recursos de 2013 e ainda assim as medidas necessárias de enxugamento da folha não foram tomadas. Relatórios da própria tesouraria da Prefeitura Municipal já apontava essa realidade financeira. Sinal amarelo foi dado, mas não foi devidamente considerado.
COMPARAÇÕES ENTRE OS REAJUSTE SALARIAS DOS PROFESSORES DOS ANOS 2012 E 2013 Comparações geralmente não são justas. Toda analogia falha devido a época e o contexto parecido de duas situações diferentes. E acho que comparar o reajuste de 2013 com o de 2012 não faz justiça em todo os sentidos, mas a comparação é instrutiva e válida tanto no atraso quanto no valor percentual do reajuste salarial. Vamos então comparar um pouco os aspectos positivos e negativos de ambos os reajustes salariais dos anos de 2012 e 2013. Vejamos: Se é verdade que o reajuste de 2013 foi dado completo e todo sem a divisão de 7% e 3% do reajuste de 2012, como resultado da luta sindical, porém ele aconteceu no mês de março; enquanto isso o reajuste de 2013 foi concedido em junho e sem nenhuma negociação com o sindicato ou a classe de professores. Na parte do comunicado do reajuste fica implícito que ele foi “gigantesco”, pelo menos no contexto soa como se assim fosse. Na reunião do sindicato disse aos professores que jamais usaria tal argumento para justificar o atraso salarial e por dois motivos: 1) Porque entre um reajuste maior que sujeita a folha ao atraso e um reajuste menor cujo salário receberei todo mês, sem atraso, qual escolha será mais coerente e viável? Lógico que a segunda opção; 2) O argumento dar de bandeja uma justificativa ao governo anterior. Imagine que a justificativa dos 10% seja verdade, então a gestão passada dirá que a proposta inicial de reajuste de 7% em março de 2012 era justamente para evitar essa oneração da folha e teria sido diferente caso o sindicato não tivesse lutado por mais 3%. Eu ainda prefiro acreditar que o sindicato acertou, mas agora fica aquela pulga atrás da orelha. Mas o pior é que o comunicado expressa que o atraso não foi apenas por causa dos 10% e, sim, por ser retroativo a janeiro. Ora, um reajuste dado em junho com retroativo a janeiro em 2013 é um problema para a folha da mesma forma que o de 2012 foi ao ser concedido em março. Mas em ambos os casos a pergunta é a mesma: De quem é a desorganização e a culpa? Dos professores ou da gestão? E olha que em 2013 nenhuma negociação aconteceu com a categoria para reajuste salarial. Repito: De quem foi à culpa do retroativo de um reajuste dado em março de 2012? Daquela gestão claro. E de quem agora é à culpa e falta de planejamento de um reajuste dado em junho de 2013? Da gestão atual lógico. Mas com uma diferença: em 2012 a gestão teve a pressão do SINDIARA pelo atraso de reajuste salarial até março com reunião de paralização; e em 2013, não houve nenhuma pressão ou negociação e o atraso se estendeu até junho e sem qualquer manifesto público do SINDIARA.
AS SECRETARIAS DE EDUCAÇÃO E CULTURA EM PARCERIA COM O SINDIARA EM 2013 SINDIARA é o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Aratuba, fundado em 24 de dezembro de 2004. Entre seus fundadores citam-se Isabel Fernandes da Silva, Armstrong Paz Paiva, João Santana, Regina Magna Martins, Francisco Barroso de Paulo, Francisca Antônia da Silva(Clênia) ente outros. Até 2012 sua presidente era a professora Isabel Fernandes da Silva. Porém ao longo desse tempo ela ausentou-se devido sua candidatura a vice de João Leite Filho na eleição municipal de 2008, retornando após derrota eleitoral. Isabel Fernandes tornou-se Secretaria de Educação na gestão de Ivan Santos Neto em 2013 e saiu no início de 2014. Trouxe muita expectativa para o município devido sua competência e organização. Particularmente acho que com sua saída do sindicato ganhou a administração e sua saída da educação perderam os professores. Parte da expectativa em torno dela gerou-se também porque acreditava-se em seu trabalho nos moldes da presidente do SINDIARA que foi. Mas isso é erro elementar de raciocínio. Há uma enorme diferença entre assumir a presidência de um sindicato e a liderança da Secretaria de Educação. O novo secretário, o experiente professor Francisco de Paulo Barroso Gomes que tomou posse em 10/01/13 é também um membro da diretoria do SINDIARA e terá como seu assessor o ex-secretário de educação Antônio Wainer Santos (Peixoto). Como mostra o quadro ao lado parte dos membros da diretoria do sindicato exercem hoje cargos comissionados na administração. Algo contrário ao estatuto da entidade. Não acho que o sindicato seja pelego, mas às vezes demonstra facilidade para o patrão e lentidão para com o trabalhador cuja categoria representa legalmente. Em diversas reuniões o presidente falou dos ofícios enviados ao poder executivo que não são respondidos, mesmo assim a entidade estabeleceu convênios com a prefeitura em 2013 no valor de R$ R$ 46.983,50.
Diretoria do SINDIARA 2010-2014 Presidente e Tesoureiro: Jean Carlos da Silva Barbosa
Vice-Presidente: Jair Martins dos Santos
Secretária: Francisca Antônia da Silva Batista
Secretário de Movimentações Políticas: Francisco de Paulo Barroso Gomes
A EDUCAÇÃO, CULTURA E OS CONVÊNIOS COM AS ESCOLAS VIA SINDIARA EM 2013 O valor de R$ 46.983,50 (quarenta e seis mil e oitocentos e noventa e três reais e cinquenta centavos) é o resultado dos dois convênios. Mas como assim? Em 18 de junho de 2013 foi estabelecido um convênio entre Secretaria de Turismo, Meio Ambiente e Cultura, representado pela secretária Isabel Fernandes da Silva; e Jean Carlos da Silva Barbosa, representando o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Aratuba – SINDARA. O convênio era para ajudar as escolas nos festejos juninos com o objetivo de “cooperação financeira para alocação de recursos necessários para compra e/ou aluguel do figurino dos brincantes das escolas nucleadas de Aratuba.” Os valores definidos para as escola foi conforme o número de pares de cada quadrilha das unidades escolares (veja quadro ao lado). Mesmo que não seja ilegal é no mínimo estranho o sindicato cooperar com o patrão(prefeitura) que não responde sequer ofícios da entidade que representa o servidor público e por ele é sustentada. E os filiados sequer foram comunicados, imagine consultados. É dessa forma que funciona a esquerda no Brasil. Ninguém é contra a ajuda às escolas. Mas num ano de atraso de reajuste salarial e do próprio salário do professor, o poder público poderia pelo menos ter reduzido os recursos sugeridos pelas escolas. Duas delas, por exemplo, nos dois convênios, tiveram valores bem acima das demais.
ESCOLA
VALOR R$
Professora Maria Júlia (Sede)
1.302,00
Luiz Gervásio Colares (Pai João)
2.276,00
José Mendes da Cruz (Tope)
2.926,00
Francisco José de Freitas (Barreiros)
2.600,00
Francisco Nunes Neto (Pindoba)
2.276,00
Norberto Botelho ( Marés)
1.302,00
Isabel Hermínia Pinto ( Mundo Novo)
2.764,00
Rural dos Fernandes
3.252,00
CEI Nelly de Lima Melo (sede)
1.302,00
TOTAL
20.000,00
A EDUCAÇÃO, CULTURA E OS CONVÊNIOS COM AS ESCOLAS VIA SINDIARA EM 2013 O segundo convênio foi num montante maior ainda. Seu valor é de R$ 26.893,50 (vinte e seis mil e oitocentos e noventa e três reais e cinquenta centavos). Sua celebração foi entre Prefeitura Municipal e Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Aratuba em 04 de setembro de 2013, representado pela Secretária, Isabel Fernandes da Silva e o Presidente do Sindiara, Jean Carlos da Silva Barbosa. O objetivo do convênio era “para cobrir as despesas para contratação do som e banda e compra do material para o evento cívico e comemorativo da Independência do Brasil nos dias 06 e 07 de setembro de 2013, vinculados à Rede Municipal de Ensino de Aratuba no ano de 2013”. O repasse do dinheiro feito pela Secretaria de Educação e Desporto foi colocado na conta do sindicato e deste repartido para as 08(oito) escolas nucleadas; 02(dois) centros de educação infantil; e 01(uma) escola indígena. As quantias para cada escola ( veja quadro ao lado), variou conforme orçamento enviado previamente pelas unidades escolares. As prestações de contas da aplicação desses recursos ainda não foi realizada, apesar de ainda estarem no tempo estipulado, pelo menos o convênio de setembro, porque o do mês de junho já expirou. E olha que em ambos os convênio se estabelece “prestar contas dos recursos com clareza no prazo improrrogável de 180 (cento e oitenta dias)”.
ESCOLA Professora Maria Júlia (Sede) Luiz Gervásio Colares (Pai João)
VALOR R$ 2.160,00 11.202,00
José Mendes da Cruz (Tope)
1.444,00
Francisco José de Freitas (Barreiros)
1.200,00
Francisco Nunes Neto (Pindoba)
1.744,00
Norberto Botelho ( Marés)
1.700,00
Isabel Hermínia Pinto ( Mundo Novo)
1.513,00
Rural dos Fernandes
1.730,00
Indígena M. Francisco dos Santos (Fernandes)
1.340,00
CEI Nelly de Lima Melo (Sede)
1.900,00
CEI José Jorge de Oliveira ( Pai João)
TOTAL
960,00
26.893,50
DIREITOS OU POLÍTICA: A PARALIZAÇÃO DOS PROFESSORES EM ARATUBA NO FINAL DE 2013 Para responder essa questão de modo convincente vamos fazer uma interessante comparação com o ano anterior. Em 2012 o SINDIARA idealizou um movimento de greve para os servidores públicos municipais por uma razão menor – o reajuste salarial de janeiro que até março ainda não fora concedido. Agora vamos pensar no seguinte: se os professores aprovassem no sindicato uma greve pela falta de reajuste salarial em abril de 2013, um mês a mais que o ano anterior, como a administração chamaria essa atitude? Aí é que seria considerada política mesma porque a causa era reajuste e não atraso salarial e podia-se até citar o exemplo dos agentes administrativos que trabalhavam sem reajuste e nem por isso ameaçavam uma greve. O sindicato queria mobilizar uma greve por falta de reajuste em março do ano passado; e os professores em 2013 aguentaram até junho e ninguém falou nada de greve por causa de reajuste salarial, nem o SINDIARA. Eram motivos políticos a proposta de paralização em 2012? Sim e não. E a paralização de 2013? Também sim e não. Simples: aqueles que queriam uma paralização maior(servidores públicos) por um motivo menor (reajuste salarial) em 2012; e aqueles que realizaram uma paralização menor (professores) por uma causa maior (atraso salarial) eram todos trabalhadores em busca de seus direitos e cidadãos com suas preferências políticas. E essas preferências não desaparecem quando reivindicam seus direitos e nem seus direitos devem ser ignorados por causa de sua opção partidária.
Votação pela marcha e greve dos servidores para 09/04/12 por reajuste salarial
Votação pela manifestação e greve dos professores para 02/12/13 por atraso salarial
DIREITOS OU POLÍTICA: A PARALIZAÇÃO DOS PROFESSORES EM ARATUBA NO FIM DE 2013 Quer dizer que a paralização dos professores foi apenas por questão salarial? Exclusivamente não, mas teria seu foco no atraso salarial como em 2012 se focalizava no reajuste salarial. Depois do oficio nº 383/2012, de 25 de novembro que reduziu inesperadamente os dias do ano letivo no município chegou o momento de despertar à sociedade. Não se resolve um problema criando um problema maior. Aquilo que só atingia aos professores por falta de planejamento e organização, acabou por atingir às famílias de Aratuba que viram seus filhos da Educação Infantil e Ensino Fundamental encerrarem às pressas suas atividades escolares de 2013. Além dos 200 dias letivos não serem cumpridos em desobediência à lei, outros graves problemas surgiram como: 1) Prejuízo do tempo pedagógico de crianças de 5 anos da Educação Infantil que irão ingressar no Ensino Fundamental I; 2) conteúdos comprometidos, principalmente aos alunos do 9º ano que foram para o ensino médio; 3) a presa impossibilitou uma boa revisão de conteúdos no final do ano e teve seu reflexo negativo nas notas; e 4) a recuperação sob a orientação de outro professor com a saída de todos os contratados no dia 15 de dezembro, gerou sério questionamentos sobre a validade da aprovação ou reprovação desse aluno já que se submeteu a uma recuperação sem ser com o seu professor do ano letivo.
O IMPACTO DA PARALIZAÇÃO NO GOVERNO E NA SOCIEDADE “Corajosos”; “palhaçada”; “em busca de direitos”; “não querem trabalhar”; “caminhada pela educação”; e “os desmamados” são expressões positivas e negativas sobre o pequeno e impactante movimento de paralização dos professores no dia 02 de dezembro. O impacto vislumbrou-se em ações do governo como: 1) Anúncio de pagamento dos professores pelo prefeito no dia seguinte a aprovação no SINDIARA pela paralização; 2) Carro de som no município avisando sobre a normalidade das aula depois da divulgação pública do convite a professores e cidadãos para a caminhada pela educação; 3) Entrevista de um membro da comissão na rádio Som Sunsat faz um ex-prefeito, o prefeito e a Secretária de Educação ligarem para o programa. A população percebeu a diferença entre os argumentos e ética de um lado e o nervosismo e ânimos exaltados de outros; e 4) Funcionários da prefeitura tirando fotos da caminhada em expediente de trabalho para intimidar os professores e cidadãos. A Secretária de Educação chegou a frisar que “os professores tem direito de lutarem, mas a história e a justiça dirão se eles estão certos”. Quanto a justiça não sabemos ainda, mas na história foi rápida a confirmação. Afinal depois do pagamento de outubro, os salários dos meses de novembro e dezembro foram transferidos para as contas dos professores no dia 30 de dezembro, sem contar os três meses atrasados de deslocamento dos professores que entrou no ano novo. A gestão tem dificuldades com datas marcadas. Exemplo disso, o pagamento de novembro era para o dia 10 de dezembro. O pagamento do deslocamento para o dia 15 de janeiro. Não aconteceu. Por fim alguém falou que nunca mais se verá paralização de professores em Aratuba. Tomara que sim. Todos concordamos com isso, pois significa que a partir de agora não haverá mais atraso nem no reajuste salarial e nem do próprio salario. Afinal em 2012 queriam uma paralização por falta de reajuste em março; enquanto os professores de 2013 realizaram a paralização por atraso salarial e não por reajuste que estendeu-se até junho. Um ponto negativo da paralização foi a confusão se havia ou não aula devido dois carros de som com anúncios diferentes. A caminhada pela educação foi ordeira e pacífica. Foi uma das poucas manifestações que se pedia respeito às autoridades e dizia que “reivindicar não é guerrear, nem denegrir as autoridades ou depredar o patrimônio público”. Alguns professores só participaram do evento após aplicação das avaliações; e todos no mesmo dia retornaram as suas atividades pedagógicas. No fim, ganharam todos. Concordando ou não, todos os professores receberam o seu pagamento e não houve prejuízo para a educação.
PROPOSTAS DE UM PROFESSOR PARA UMA MELHORIA EDUCACIONAL NO MUNICÍPIO Logo no início do ano de 2013 enviei dois projetos para ajudar a cultura e educação do município. O primeiro foi a Secretaria de Cultura e Turismo no dia 10 de janeiro para formação de um espaço específico na Biblioteca Publica para acervo literário sobre o município de Aratuba. Foi aprovado e parte desse material já estava na biblioteca antes do Dia do Município. O outro enviei a Secretaria de Educação em 23 de abril sobre escrita e organização de um livro didático de história de Aratuba para os alunos do 4º e 5º anos do Ensino Fundamental. São propostas importantes mas cada secretaria tem autoridade para aceitar, rejeitar ou reformar conforme ache melhor. Agora, como professor e pela experiência do ano anterior apresento as seguintes ideias numa tentativa de melhoria educacional no município: Rever os descritores onde eles de repente não se encaixem em nossa realidade social já que foram elaborados conforme modelo de Patos, de Minas. Necessitam de complementação. Há conteúdos que os descritores não contemplam. Sim, claro eles foram organizados em 2011; Cumprir na íntegra o PCC – Plano de Cargos e Carreira do Magistério. Sua defesa tem sido uma luta do sindicato e da classe ao longo dos anos. A ampliação das 20 hs aos efetivos é uma prova disso; Valorização e apoio ao professor com pagamento em dia, respeito, diálogo e envio de material didático formulado pela Secretaria para trabalhar os projetos durante o ano letivo; Formulação do conteúdo de ensino religioso e arte nas escolas nucleadas de Aratuba. Inclua-se nessa matriz curricular os projetos “A Religiosidade no Meu Município”, no mês de março; e o projeto “Mês da Bíblia” em setembro. Os títulos são apenas sugestivos; Explicar, fundamentar e tornar mais acessível os relatórios existentes nas escolas sobre a atuação dos professores e enviados a Secretaria de Educação; Revogar à decisão errada que um professor concursado de 20 hs ao trabalhar de manhã, por exemplo, e haja naquele dia planejamento à tarde, levará falta caso não compareça; Formação aos professores que contemple também o Ensino do Fundamental II; Por último três palavras chaves na educação: LEITURA, ESCRITA E VALORES aos alunos e professores
CARTA DE UMA PROFESSORA RECÉM-APOSENTADA DO MUNICÍPIO DE ARATUBA Aratuba, 22 de outubro de 2013 Oi, colegas professores e professoras do município de Aratuba. Sabem quem sou eu? Maria Coelho Marreiro. Hoje comunico a todos vocês que estou me afastando da Escola José Mendes da Cruz, mediante direito adquirido como educadora. Ao longo desses 30 anos, 5 meses e 15 dias fiz o que realmente gosto de fazer: adquirir e transmitir conhecimentos. Durante esse tempo tive experiência com alunos da alfabetização ao 9º ano e hoje, tenho convicção que apesar dos tropeços sou uma heroína. Digo isto porque tenho no meu arquivo psicológico a relação de muitos ex-alunos bem sucedidos, com profissão definida para a qual eu sei que contribuí um pouco. Este é, foi e será meu maior troféu. E assim foram os meus dias como educadora. Aqui, ali e acolá. Em 2012 fui convidada pela Francilena Miguel de Brito, na época diretora da referida escola para trabalhar com crianças de 2º ano, cujo convite não recusei. No 1º semestre do corrente ano continuei trabalhando com duas turmas, 2º e 3º anos. Neste período uma nova gestão, novo diretor e uma nova coordenadora (professora veterana desta escola). Começou então a partir daí minhas decepções no setor educacional. Os gestores desta unidade escolar não quiseram ou não souberam conquistar e valorizar o trabalho dos docentes que aqui lecionam a anos. Será tão difícil entender que educação não se faz com arrogância, individualismo ou autoritarismo ou coisa do gênero? No decorrer deste período não deixei de fazer o meu trabalho provando para todos minha eficácia e eficiência... Fim do 1º semestre, férias, descanso merecido. Início do 2º semestre, decepção! No 1º dia de trabalho pós-férias em 31 de julho de 2013, fui pega de surpresa quando o professor Israel comunicou-me que eu não iria mais ficar com as turmas já mencionadas para as quais eu já havia traçado uma meta. Disse-me ele que já havia duas professoras para assumir o meu lugar, sendo que uma delas é lá do CoitéMulungu, sem nenhum vínculo com o município de Aratuba. Confesso não ter gostado desta tomada de decisão sem o meu conhecimento. Enfim aceitei, porque segundo o professor Israel que está diretor atualmente, afirmou
CARTA DE UMA PROFESSORA RECÉM-APOSENTADA DO MUNICÍPIO DE ARATUBA ter sido por uma causa nobre – dar reforço para as crianças do 2º e do 3º ano que estavam com mais dificuldades de aprendizagem. Até aí tudo bem, justificativa aceita. Mas onde fica o respeito ao ser humano ( a mim, aos meus alunos e aos pais dos referidos alunos) que retornaram no dia 1º de agosto de 2013 e se deparam com outras professoras. Choque emocional. Mas como todo profissional que se preza, prometi a mim mesma que daria o melhor de mim para o sucesso destas crianças e em uma salinha de mais ou menos cinco metros e meio de comprimento por dois e meio de largura, fui jogada sem nenhum apoio pedagógico. Recorri então ao meu acervo cultural e dei um show. Quem disse que santo de casa não faz milagre? Só que antes do milagre totalmente concluído estou dizendo a todos os meus colegas, de todas as nucleadas com as quais eu aprendi muito: até breve! A comunidade cristã, um forte abraço. Espero que a nossa amizade não seja destruída, vitimada pelo poder. Afinal somos educadores. Infelizmente a política educacional está contradizendo a prática em algumas escolas. Enquanto as pessoas não aprenderem ver o profissional como ser humano, isto é, colocando sempre interesses político partidário acima do profissionalismo, a nossa educação jamais se estabilizará.
COMUNICADO PRÉVIO À SECRETARIA EDUCAÇÃO SOBRE O PRESENTE ARTIGO Ofício nº 01/2014
DE
Aratuba, 05 de fevereiro de 2014
PARA: Exmo. Sr. Francisco de Paulo Barroso Gomes DE: Professor Francisco Gildo Alves Gomes ASSUNTO: Conhecimento de artigo sobre a Educação de Aratuba no ano de 2013 a ser publicado no portal do ISSU em 08/02/14 Exmo. Sr. Secretario de Educação, Dirijo-me a V. Excia., para informar que conforme nossa atividade de escrever e publicar artigos na internet desde o ano de 2012, o próximo trabalho previsto para o dia 05 de fevereiro de 2014, se deterá na educação de Aratuba. O artigo abordará de modo crítico, reflexivo e ético os acontecimentos da educação do município no ano de 2013. Terá como tema UMA ANÁLISE CRÍTICO-REFLEXIVA DA EDUCAÇÃO DE ARATUBA EM 2013: MUDANÇAS, DESAFIOS, PROBLEMAS E PROPOSTAS. O mesmo será publicado no portal do ISSU e divulgado pelo facebook. A parte final do documento é a carta de uma professora recémaposentada de Aratuba. O texto da carta está conforme o original que tenho em mãos e publicado com expressa autorização da docente. Como tratei de um tema ligado diretamente a educação municipal, dou-lhe ciência em primeira mão (cópia em PDF) antes de publicá-lo, para que suas observações, caso queira, sejam incluídas no final do artigo em nome da liberdade e responsabilidade de expressão que impera sobre cada um de nós. E como na época a Secretaria de Educação não estava sob seu comando, por isso mesmo enviei ofício para a ex-secretária, Isabel Fernandes da Silva para que a mesma possa a seu critério, manifestar-se sobre o trabalho escrito. Escrevi no senso do dever e consciência, mas é possível ocorrerem erros de interpretação devido nossas limitações e claro pelo fato de nenhum de nós ser dono da verdade. Nessas situações o contraditório é salutar e evita injustiças. E é por isso que somente daqui a quatro dias, a contar da presente data, publicarei no portal do ISSU, o referido artigo da forma como está com tempo suficiente a ser incluído algum texto complementar conforme interesse da Secretaria de Educação. Desde já meus sinceros votos e felicitações e que Senhor Jesus lhe conceda sabedoria no exercício de sua nova função no município. Sem mais para o momento, felicidades. Francisco Gildo Alves Gomes Professor
SOBRE O AUTOR FRANCISCO GILDO ALVES GOMES, nasceu em Aratuba no dia 07 de abril de 1976. Filho de Gilvan Martins Gomes e Maria de Fátima Alves Gomes, in memoriam. Casado com Maria Neuridete Alves Pinheiro Gomes. É um protestante reformado e pai de João Wesley, Caio Gabriel e Nayane Maria. Professor do município de Aratuba e ensina há mais de 15 anos as disciplinas de Historia e Geografia. É graduado pela UECE (2002) para atuar no Ensino Fundamental e especialista em História do Brasil pela UVA (2011). É autor do livro Aratuba Ontem e Hoje – História e Consciência de um Município Serrano, lançado pelo portal aratuba online em março de 2013 e escreve artigos para a coluna do Raio X desde 2012.
Referencias Bibliográficas • • • • • • • • • • • • •
Ofício do Exmo Sr. Prefeito de 25 de novembro de 2013 Ofício do Setor Contábil da Prefeitura Municipal de Aratuba de 14 de outubro de 2013 Comunicado da Secretária de Educação em 19 de novembro de 2013 Requerimento dos professores de 11 de novembro de 2013 Diagnóstico da Secretaria de Educação de 2011 Diagnóstico da Secretária de Educação de 2013 Dados da Secretaria de Educação – 2014 Carta da Professora Maria Coelho Marreiro Informações da Secretaria de Educação e Desporto de Aratuba Diário Oficial dos Municípios do Estado do Ceará do dia 05/09/2013 Diário Oficial dos Municípios do Estado do Ceará do dia 05/06/2013 http://www.selounicef.org.br/ http://www.ipece.ce.gov.br/