Revista voce mais edição 13 isuu

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foto: Reynaldo Monteiro

EDIÇÃO 013 ANO II OUTUBRO/2016 R$ 10,00

É Primavera!



ÍNDICE 10

Clemente Sartório, o empresário que vive o trabalho e a natureza foto: Wallace Hull

Saindo do automático e se tornando pais excelentes Renata Magalhães

Entrevista - Páginas 07 a 09

“Deu Bezerra no milhar!” é lançado no Rio de Janeiro

O Crente e o Des-crente Sérgio Bourbon

Coisa boa deste mundo Portraits

Cooperativismo conta com 70 mil associados na Região Serrana do ES

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Para onde vai a água que as pessoas usam?

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18 O sonho de voar

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Procurando Casseta & Planeta Página 16

E muito

confira...

35 A arte de Receber: É primavera... Sonia Gonçalves




editorial

EXPEDIENTE Diretor-Executivo: Renato Ramos Magalhães 28 99273-4547

Jornalista: Kyssila Garcia 28 99933-0087 kyssila@gmail.com

Editoração e Design: Marcelo Mothé 28 99910-2221

Dpto. Jurídico/Financeiro: Rodrigo Magalhães 28 99975-4344

Assessoria Contábil: Eraldo Luiz Fonseca dos Santos 28 3521 7031

Jornalista Responsável: Renato Magalhães Mtb-3462/ES

Impressão : Gracal - Gráfica e Editora 28 3522-2784

Contato/Atendimento: 28 99273-4547 rramosmagalhaes@gmail.com

Tiragem: 2.500 exemplares Endereço: Rua Mário Romanelli, 25 Bairro Gilberto Machado CEP: 29303-260 - Cachoeiro - ES http://www.revistavocemais.com.br Foto de Capa:

O ofício de escrever e de publicar textos é coisa de se fazer com empenho, transparência e gosto. Porque sem esses pré-requisitos tudo pode ser feito, mas ficará sem acabamento final de qualidade e o resultado final não será bom. Vejam os leitores a questão das Eleições Municipais. Muitas pessoas têm o seu candidato, algumas o seu Partido – instituto republicano que anda meio fora de moda – mas, todas, invariavelmente, têm os seus sonhos. É que a vida do cidadão brasileiro como um todo foi virada de cabeça pra baixo e vai de mal a pior. Mudanças para melhor nas práticas políticas é o sonho de consumo da grande maioria da população, porque no final das contas tudo começa – ou acaba - aí. Hoje, 3 de outubro, dia em que escrevo este Editorial, a sorte está selada. Prefeito e 19 Vereadores foram republicanamente eleitos em Cachoeiro e o bastão de comando em breve será passado para eles. Alegria para uns, tristeza para outros. É o jogo jogado da vida. O Eleitor, grande protagonista dessa festa cívica, volta à sua vida de rotina e recomeça a sua trajetória de um brasileiro “profissão esperança”. Acredita e bota fé que a partir de janeiro próximo tudo pode mudar para melhor. Acha que um novo tempo vem aí e que Cachoeiro se desenvolverá, será mais bem cuidada e, quem sabe, resgatará seus tempos áureos de referência estadual. É o que todos querem. Mas os tempos hoje são bicudos, o cenário nacional não anima ninguém, e atrelado a isso, Governo Central, Estados e Municípios sofrem também. Queda de receita com desemprego crescente + demandas urgentes em todas as áreas do interesse público, são a fórmula certeira para criar o cenário desolador em que a população em geral se acha inserida, de A a Z. De um bom tempo para cá a gente acorda, olha para o resto do dia, da semana, do mês e... nada de novo no horizonte. Dura e sofrida realidade! Muitos se cansam e, desanimados, vão ficando pelo caminho. Mas a revista Você+ quer fazer coro com aqueles remanescentes que acreditam que tudo é possível. A fé move montanhas! Vem aí um prefeito jovem, de formação cristã e corajoso. Explico: atrever-se nessa empreitada política em que ele se meteu, requer coragem e confiança. Afinal, o Prefeito eleito e sua equipe se dispuseram a “pegar o touro à unha” e irão para o centro da arena. Que todos possam gritar “olé”! Nós, cidadãos cachoeirenses, com um lampejo de esperança no coração, estaremos torcendo para que tudo dê certo. E há possibilidade concreta que dê. A Câmara dos Vereadores foi renovada. Teremos ali nomes respeitáveis, cujas trajetórias de vida avalizam sua honorabilidade. Que desempenhem sua função constitucional de bem legislar e de fiscalizar os atos do Executivo, é o mínimo que se espera. E que suas vozes sejam permanentemente ouvidas na defesa intransigente da moralidade em todo o âmbito da nossa cidade. Isso, apenas isso, já lavará e ensaboará a autoestima do cachoeirense, fazendo-o acreditar que o amanhã poderá trazer bons ventos, que a esperança é sempre a última que morre e que a felicidade não é apenas um sonho.

Em algum lugar da Rota do Lagarto, nas montanhas capixabas. A Revista Você+ é uma publicação mensal. Seu objetivo é divulgar fatos e versões relacionados ao interesse de Cachoeiro de Itapemirim e região, privilegiando pessoas, acontecimentos, perspectivas e outras temáticas indispensáveis. Praticamos um jornalismo ético, apartidário, atualizado com o seu tempo e, acima de tudo, independente. A Revista Você+ não se responsabiliza pelos artigos assinados, que são de inteira responsabilidade de seus autores.

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A revista Você+ permanecerá de plantão. Irá apoiar e divulgar as boas iniciativas. Ouvirá a população. Emitirá opinião própria. De maneira ética e apartidária irá sugerir caminhos e correções de rumo. A revista Você+ se juntará à população de boa fé e será coadjuvante permanente nessa caminhada de esperança que começará no dia 1º de janeiro do próximo ano. Em frente. A felicidade é possível! foto: Jonathan Lessa


entrevista fotos: Wallace Hull

Clemente Sartório, o empresário que vive o trabalho e a natureza Por Renato Magalhães

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e forma realista e sem perder o otimismo, o empresário Clemente Sartório falou com exclusividade para a revista Você+ sobre suas empresas, o panorama atual do Brasil, do Espírito Santo e de Cachoeiro de Itapemirim em particular. Valeu-se de um adágio popular de aplicação universal para referir-se às realidades atuais de nossa cidade: “Não se pode mudar o presente, mas o futuro sim”, através de novas atitudes e ações integradas entre o poder público e a iniciativa privada. Clemente é casado com Roselee Maria Perin Sartório, tendo como filhos Larissa, 32, formada em Ciências da Computação; Saulo, 30, Administrador de Empresas e Thaiza, 26, diplomada em Ciências Contábeis. Vale registrar que no decurso da entrevista, transitamos entre a sede da empresa e o Timbó, nos arredores da cidade. A família tem ali uma bela propriedade rural, cercada de verde e de água, onde fez construir confortável e bela residência para os momentos de descanso e de encontro com a natureza. As aptidões de Clemente não se restringem apenas às atividades empresarias e se estendem para as áreas do lazer. Além de apaixonado orquidófilo, é praticante de bike (participa do grupo Eco Bike), golfe e, last but not least, é um inspirado artesão: madeiras e metais formam a sua praia. Acompanhemos o raciocínio sempre lúcido e equilibrado desse empresário de sucesso. 7


entrevista É de domínio público, com destaque no universo acadêmico, que um dos maiores problemas enfrentados pelas empresas familiares é o processo sucessório. O Grupo Solução, aglomerado de empresas que forma a sua rede de negócios, tem o seu núcleo central formado por membros da família. Qual é a sua visão a respeito? Temos conhecimento dessa realidade e concordamos que a assertiva muitas vezes prevalece nas empresas com esse perfil. Contudo, sempre nos dedicamos a estudar essa matéria com especial atenção e com o concurso de profissionais habilitados da área. Considerando que a nossa filha Larissa exerce a sua profissão em São Paulo, cuidamos para que Saulo – Diretor Geral do Grupo Solução e Thaiza – ingressando nas atividades do Bob’s, participassem da empresa desde cedo. O fato de estarem vivenciando o dia a dia dos negócios torna mais fácil a “passagem do bastão”. Eu e Roselee, titulares das empresas, acreditamos que o melhor modelo a ser seguido é manter uma base familiar harmônica, além de introduzir os filhos desde cedo no ambiente de trabalho. Essa aproximação, de forma saudável e respeitosa, cria identidade de princípios e de metodologias. A transferência da cultura dá-se de maneira natural e a integração de todos tende a se desenvolver naturalmente. É o que praticamos aqui, está dando certo e é essa certeza que nos move e fortalece. Conte uma breve história da constituição das empresas do Grupo? Tive a honra de em 1983 iniciar o meu trabalho nas empresas da família com o memorável empreendedor Delvo Perin, meu sogro e uma das maiores referências empresariais de Cachoeiro de Itapemirim em todos os tempos. Em

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1987, com o seu falecimento, nosso Grupo foi formado com as empresas Honda Motos, a Guacar e a Volkswagen Caminhões. Em razão dos bons resultados obtidos, em 2002 fomos agraciados com a bandeira Honda Automóveis, surgindo então a Planeta H. Ali, um grande desafio, porque à época contávamos unicamente com o modelo Honda Civic e uma competitividade muito grande se impunha devido à variedade de modelos de outras marcas circulando no mercado. Quais são as empresas que integram o Grupo Solução hoje? Constituem as nossas atividades na atualidade as empresas Estrela H Motos, Consórcio Solução, Planeta H Carros, Bob’s, Mundo Motor e K-Ita. E para não fugir à tradição do “bom cachoeirense”, em determinada época participamos ativamente do setor das rochas ornamentais, através da Safra Mármores. Sabemos dos índices de excelência que caracterizam algumas das suas empresas. Conte algumas peculiaridades sobre eles. O Consórcio Solução goza da condição de 1º lugar da Região Sudeste em cotas de motocicletas e um dos primeiros do país como administradora particular. Aqui em nossa região, a predominância de motos Honda é superior a 80%. O market share (percentual de participação de determinada marca sobre as demais numa região) das motos Honda em Cachoeiro está acima da média nacional. Em determinadas localidades, essa liderança se aproxima de 100%. Lembramos também com muita honra que recentemente e por 3 anos ocupamos a presidência da Assohonda – Associação Brasileira das Concessionárias Honda, em São Paulo.

“ Além de

apaixonado orquidófilo, (Clemente) é praticante de bike participa do grupo Eco Bike -, golfe e, last but not least, é um inspirado artesão: madeiras e metais formam a sua praia”. Dando um salto no plano das nossas conversas até aqui, gostaria que avaliasse a atual situação político-econômica do Brasil. Dá para acreditar que chegaremos a um porto seguro? Bem, longe da intensão de querer ser óbvio demais, é importante assinalar que essas questões, em todos os quadrantes do mundo, são cíclicas, variando os intervalos temporais de país para país, segundo suas conjunturas internas. Não há como deixar de ser otimista quanto ao Brasil e ao seu futuro. As razões são muitas: nossa população tem amadurecido muito e os jovens estão cada vez mais participativos; as instituições estão funcionando a pleno vapor; a democracia está viva; há liberdade plena de imprensa e nossas condições naturais são invejáveis: temos multiplicidade de climas, solo fértil, a Amazônia – pulmão da humanidade -, ausência de calamidades naturais (vulcões, terremotos, tufões, maremotos...) etc. Quer dizer que nesse campo do desenvolvimento, ameaças estão afastadas da realidade brasileira? Não quis dizer isso, posto que elas realmente existem. Vejam o que aconteceu no Brasil nos últimos 13 anos. Nesse período enfrentamos situação radi-

calmente adversa, salvo alguns avanços pontuais em áreas sociais. Isso unicamente por deficiência de gestão e aparelhamento da máquina pública. Os desmandos aconteceram de forma tão avassaladora, tão aviltante, que os inúmeros resultados negativos daí advindos ainda nos assombrarão por algum tempo. E aqui me reservo o direito de não me alongar, em respeito ao grande público. O que o leva a acreditar que o Brasil pode se reerguer política e economicamente, com reflexos positivos em outras áreas fundamentais? Como se sabe, os processos político e econômico andam de mãos dadas. O cenário atual, após tantas vicissitudes, leva-nos a crer que pessoas competentes em postos estratégicos – e exemplifico com a atual equipe econômica e as instituições responsáveis pela Operação Lava jato – naturalmente levarão o país a estabilizar-se e voltar a crescer. No geral, a moralidade e o respeito à Justiça haverão de se impor. Na minha modesta percepção, isso não acontecerá da noite para o dia. Recomenda-se a todos, moderação e comedimento nesse tempo de travessia. Mas haveremos de chegar lá, à estabilização e à retomada do crescimento. Eu acredito no Brasil e no seu povo. E o nosso Estado do Espírito Santo, como o avalia no cenário nacional? Somos um estado territorialmente pequeno. Essa realidade tem lá suas vantagens. Nosso PIB está proporcional e razoavelmente colocado no ranking das demais unidades federativas. Alguns aspectos impõem reflexão e análise. Vejamos: nossa localização geográfica é estrategicamente favorável no contexto da Região Sudeste; estamos bem servidos pelo sistema portuário,


mas nada impede que aumentemos esse potencial; o atual Governo está fazendo o “dever de casa” com relação à organização das suas contas e, enquanto a grande maioria dos Estados encontra-se com o seu orçamento deficitário, aqui no Espírito Santo as nossas finanças estão organizadas, adimplentes. Em minha opinião, temos um Governo capaz, eficiente, “a casa está arrumada” e, a prevalecer a lógica, chegaremos a bons resultados.

núcleo representativo da classe empresarial deveria contar com assento permanente nas diversas rodadas de discussão e de planejamento da cidade. E quero arriscar aqui um palpite: penso que o atual Prefeito eleito, valendo-se da expressiva votação obtida e de promessas de campanha, incluirá a classe empresarial no rol dos seus interlocutores para discutir o futuro da cidade. Gestão compartilhada, esta é a palavra de ordem no mundo moderno.

Nesse contexto amplo de considerações, chegamos a Cachoeiro de Itapemirim e suas realidades atuais. Gostaria que analisasse esse panorama. Convenhamos que a nossa cidade, no sentido geral, não está bem. Faltam programas públicos de curto, médio e longo prazos. Há carência de investimento com recursos públicos em obras estruturais. Nosso sistema viário se agrava a cada dia, com a excessiva e contínua entrada de veículos em circulação, sem a contrapartida de novas vias. A questão da mobilidade urbana padece nos seus diversos aspectos (vide a situação deplorável das nossas calçadas, praças e jardins). Áreas de lazer para a população: nenhuma! Plano Diretor urbano desatualizado. Ausência de diálogo entre os poderes constituídos e a população... Paremos por aqui. Realmente há muita tarefa acumulada por fazer. Ouso sentenciar: em 8 ou 10 anos não se resgatará os efeitos da pasmaceira de décadas.

Sim, a revista Você+ concorda com essas premissas. No entanto, gostaríamos que apresentasse aos leitores um raciocínio mais abrangente a esse respeito. Penso que não é hora para se desenvolver projetos de obras grandiosas, de custos elevados. A arrecadação despencou e os cofres públicos estão vazios. Em minha opinião, temos de ver Cachoeiro com lentes próprias, levando em conta seus principais diferenciais. Observem só o potencial que Cachoeiro tem (e já teve muito mais, antes da evasão continuada de mineradoras para as regiões Norte e Noroeste do Estado) no segmento das rochas ornamentais. E sou eu agora a perguntar: quais notícias temos por aqui – e este é um fato marcante – em prol do desenvolvimento político/econômico, por parte das autoridades? Enxergo um verdadeiro deserto de iniciativas consistentes por parte de toda a classe política, sem exceções. Não tenho visto nada de substancial em termos de investimentos públicos por aqui. Exemplo clássico? O setor metal mecânico, que vem crescendo exponencialmente, cuida de suas tarefas por si mesmo, sem o apoio indispensável das ações governamentais. Imagine o leitor esses potenciais estimulados pela iniciativa pública!

E soluções, arriscaria a apontar algumas? Salvo raras exceções, Cachoeiro tem tudo para decolar em direção ao crescimento, ao desenvolvimento. Claro, isso é tarefa de médio e longo prazos, a ser feita a várias mãos – onde destaco a gestão compartilhada entre o poder público e o empresariado. Aliás,

Em sua opinião, Cachoeiro precisa repensar seus objetivos. E sem perda de tempo. Indique possibilidades. Uma das palavras de ordem: descentralizar o crescimento. E fico pasmo como o óbvio às vezes nos agride. Repare o atento leitor que a apenas 10 quilômetros daqui encontra-se a principal rodovia do Brasil, a BR 101. Grande parte de toda a riqueza produzida no Brasil passa por ali, todos os dias, a cada minuto. Por que, motivado e impulsionado por um planejamento público-privado, o crescimento físico da cidade não se direciona para aquela região? Planejamento, incentivo, ampliação dos fatores infra estruturais... esses são alguns dos ingredientes indispensáveis para o crescimento em qualquer lugar do planeta. Por que não aqui em nossa cidade? Falamos e damos o exemplo: há anos, em atitude arrojada para a época, instalamos a Honda e a Safra Mármore às margens dessa espinha dorsal do fluxo da economia nacional, a BR 101. Finalizando, cite um fato ou

pessoa marcantes em Cachoeiro, dignos de registro. Ferraço, Theodorico de Assis Ferraço. Prefeito da cidade por quatro administrações executou um volume importante de obras, imprescindíveis mesmo. Particularmente, destaco o Instituto do Coração. Essa iniciativa acabou com as filas intermináveis de pacientes que, permanentemente, se dirigiam para a Capital e outros Estados em busca de soluções para tratar enfermidades do coração. A partir do Instituto do Coração, milhares de vidas passaram a ser salvas por aqui mesmo. E na esteira dos trabalhos dessa unidade de excelência hospitalar com equipe de escol, outros valores foram sendo paulatinamente incorporados. Destaco o anexo Hospital Evangélico, que inclusive no reflexo dos êxitos obtidos pelo Instituto do Coração, desenvolveu inúmeros centros de referências: centro de transplantes de órgãos, de imagens, de tratamentos oncológicos, do Banco de Leite e de tantas outras especialidades médicas, agora ao alcance da população local e circunvizinha.

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artigo

Saindo do automático e se tornando pais excelentes por Renata Magalhães

T

udo começa na família, que é nossa

podemos sempre escolher nos tornarmos me-

matriz de identidade e formadora de

lhores em todas as áreas de nossas vidas.

caráter.

Sair da condição de automático e estar mais

É na família, que aprendemos quem somos, quem não somos, quem po-

muda muita coisa.

demos e quem não pode-

Quer saber onde você está

mos ser, o que devemos e

errando? Pergunte aos que

não devemos fazer, apren-

te são mais próximos, seu

demos também qual a nos-

companheiro, pais e filhos,

sa potência e também sobre

mas estejam abertos para

nossas impotências e limi-

ouvir sem se ofender e sem

tações, dentre vários outros

se defender.

aprendizados.

A pessoa que toma consci-

Esses aprendizados são fei-

ência das sua dificuldades

tos através das falas, dos

(ou problemas), pode desen-

silêncios, daquilo que rece-

volver um programa de mu-

bemos e daquilo que não

danças e treinar novos com-

recebemos, das crenças dos

portamentos, sentimentos e

nossos familiares e também

atitudes.

da descrença deles.

Ser responsável é ser poten-

Tudo gera aprendizado e filho aprende princi-

te e isso nos permite desencadear processos

palmente com aquilo que vê os pais fazerem e

necessários e mudar o andamento do que não

não com aquilo que ele ouve.

anda bem na relação ao invés de ficar apenas

Para criarmos filhos excelentes precisamos

na queixa.

antes de tudo sermos pais que tenham o desejo diário de se tornarem excelentes no desempenho da sua função. Todo mundo tem suas limitações, somos seres imperfeitos, mas 10

presente pro tipo de pessoa que você tem sido

Renata Magalhães é Psicóloga, Terapeuta Familiar Sistêmica, Palestrante e acredita que o medo, seja ele qual for, deve ser encarado de frente. psicologarenatamagalhaes@gmail.com Facebook/PsicólogaRenataMagalhães YouTube/PsicólogaRenataMagalhães



meio ambiente

Para onde vai a água que as pessoas usam? Conheça os procedimentos físico-químicos que coletam e “limpam” a água utilizada pela população de nossa cidade até a sua devolução, tratada e diluída, ao rio Itapemirim. Por Renato Magalhães

C

om o objetivo de bem informar, a revista Você+ produziu em duas edições – a passada e a atual – matéria jornalística cujo objetivo é mostrar à população todo o caminho percorrido pela água que é utilizada no município, desde a sua captação “in natura” até a sua devolução final, agora já com a denominação de efluente tratado, ao próprio rio Itapemirim. Todos os elementos de informação que fundamentam a matéria foram obtidos junto à equipe técnica da Odebrecht Ambiental, empresa concessionária da Prefeitura local e responsável pela gestão, ampliação e modernização dos serviços de Abastecimento de Água e de Esgotamento Sanitário no município. Em Cachoeiro, a população atendida com água tratada é estimada em 195.000 e em tratamento de esgoto em 180.000 habitantes, números que vêm sendo atualizados à medida em que os serviços são continuamente ampliados. A concessão desse serviço público deu-se no ano de 1998 e a duração do contrato é de 50 anos. Na primeira parte da ma-

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téria, abordamos todas as sete etapas a que a água é submetida nas fases de tratamento e de abastecimento: Captação, Floculação, Decantação, Filtração, Correção do PH, Cloração e Fluoretação. Desta feita, na parte final da matéria, reiniciamos do ponto em que, após utilizada, a água se submete a processos diversos que a qualificam para se reincorporar à natureza dentro de padrões estabelecidos pelos órgãos ambientais reguladores. Todo o esgoto é captado através de rede própria e direcionado às grandes tubulações verdes localizadas nas duas margens do Itapemirim. Essas tubulações são responsáveis por conduzir o material coletado até à Estação de Tratamento de Efluentes – ETE, que fica no Bairro Coronel Borges. Ali, todos os dias, são tratados mais de 21 milhões de litros de esgoto. Além da unidade do Coronel Borges, existem outras Estações de Tratamento nos distritos de Burarama, Córrego dos Monos e Pacotuba. Em linhas gerais, a finalidade do tratamento é a de inicialmente barrar a sujeira visível a olho nu, para em segui-

da eliminar grãos de terra e partículas em suspensão e, por fim, atacar as impurezas solúveis na água. O princípio utilizado nessas Estações de Tratamento é biológico e seu processamento se dá em escala industrial. Através de bactérias que se alimentam da matéria orgânica contida no esgoto, elimina-se toda a sujeira. Nos tanques da ETE, a concentração desses micro-organismos é milhares de vezes superior à encontrada naturalmente nos rios, por exemplo, permitindo assim maior rapidez no tratamento. Após todo o processo descrito acima, o que antes era esgoto passa a ser denominado de efluente tratado. Esse efluente é novamente

reinserido no rio Itapemirim com cerca de 95% do seu volume adequadamente saneado. CONSCIÊNCIA AMBIENTAL A conscientização ambiental ainda é um desafio para o setor de Saneamento Básico. Em Cachoeiro, apesar de saneados, muitos córregos permanecem poluídos devido à inadequada ação humana. A solução encontrada pela empresa concessionária desses serviços, foi unir esforços e apoiar o município na implantação do Programa de Revitalização dos Córregos. Seu principal objetivo é conter a poluição desses mananciais, que acontece quando se lança irregularmente neles esgo-


to e lixo. É importante que as comunidades se conscientizem e não incorram nesse tipo de erro. Despejar esgoto, lixo ou qualquer outra forma de entulho nos cursos d’água é prática absolutamente insalubre. É necessário que cada unidade residencial, industrial ou comercial localizada nas proximidades dos córregos e que ainda não fizeram interligação com a rede coletora do sistema de esgotamento sanitário, regularizem rapidamente os esgotos ainda irregulares. Não poluir os córregos é meta a ser cumprida a qualquer custo porque, afinal, são eles que vão dar corpo e água aos nossos rios. Além disso, óleos lubrificante ou de cozinha, fraldas descartáveis, fio dental, cabelo, absorvente, preservativos, restos de comida e embalagens plástica não devem ser jogadas no esgoto comum. Esses materiais, quando descartados de forma inconsciente e inadequada, contribuem com entupimentos dos encanamentos e causam grande transtorno e despesas desnecessárias. Afinal, lugar de lixo é no lixo! O Programa de Revitalização dos Córregos é uma ação conjunta da Odebrecht, da Federação das Associações de Moradores e Movimentos Populares de Cachoeiro de Itapemirim (Fammopoci), da Prefeitura Municipal, da Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos Delegados (Agersa) e da Polícia Ambiental. E além das ações de educação ambiental junto às populações ribeirinhas, o programa inclui um curso de Formação de Agentes Comunitários Ambientais, que já qualificou mais de 250 moradores para atuarem como agentes ambientais no entorno dos córregos da cidade. SAIBA MAIS Os investimentos em redes de esgotamento sanitário nos córregos de Cachoeiro não param. Atualmente, encontra-se em fase de planejamento e execução os trechos não urbanizados dos seguintes córregos: Valão, Agostinho Simonato, São Lucas e Cobiça. A Odebrecht não possui o direito de multar possíveis lançamentos irregulares de esgoto nos rios e córregos. Porém, a empresa realiza trabalhos constantes com o objetivo de identificar e orientar o cliente para que a situação seja regularizada. Cachoeiro é considerada uma das cidades brasileiras com maior percentual de atendimento de imóveis (já são 95% da área urbana) e por

ETE – ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE EFLUENTES ETAPAS EM QUE A ÁGUA E O ESGOTO PASSAM ATÉ O SEU TRATAMENTO FINAL

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02

COLETA

ESTAÇÃO ELEVATÓRIA FINAL

Um sistema de redes é responsável por encaminhar os esgotos domésticos de toda a cidade até as Estações de Tratamento de Efluentes (ETE).

03 PRÉ-TRATAMENTO

Quando o esgoto chega à Estação de Tratamento, passa por uma caixa de desarenação, responsável por retirar areia do esgoto. Passa também por um sistema de gradeamento, com a finalidade de reter lixo e outros resíduos sólidos.

05 DECANTAÇÃO

Após o consumo da matéria orgânica, o sistema entra em etapa de Decantação, onde ocorre a separação do lodo e do efluente tratado pela ação da gravidade.

Local onde, através do bombeamento controlado, o esgoto é recalcado até a ETE, para que ocorra o tratamento.

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TRATAMENTO BIOLÓGICO

A tecnologia utilizada é chamada de “Lodos Ativados”, responsável por tratar o esgoto através da ação dos microrganismos específicos num ambiente controlado. Neste sistema, a matéria orgânica presente no esgoto serve de alimento para as bactérias, depurando o esgoto e gerando um efluente mais limpo. Após essa etapa, as bactérias formam flocos pesados, produzindo lodo.

06 LANÇAMENTO

Lançamento do efluente tratado no corpo receptor, dentro dos padrões estabelecidos pela Portaria do Instituto de Energia e Meio Ambiente - IEMA e também da Resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente- CONAMA n° 430/11, promovendo sua diluição no Rio Itapemirim.

conta deste serviço, a cidade conquistou em 2012, um dos mais significativos destaques no prêmio mais importante da América Latina para a área de Saneamento: o Prêmio Nacional da Qualidade em Saneamento (PNQS). Segundo estimativa da Organização Mundial da Saúde (OMS), a cada dólar aplicado em saneamento e tratamento de esgoto, economiza-se 5 dólares em atendimento médico. 13


charge

Ricardo Ferraz Ricardo Ferraz, cartunista, capixaba de Cachoeiro do Itapemirim. Fundador da Associação Capixaba de Pessoas com Deficiência. Sua obra está presente em jornais e revistas do Brasil, América do Sul, África do Sul, Europa, Canadá, EUA e na ONU.

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entrevista especial

PROCURANDO CASSETA & PLANETA UM POUCO DA HISTÓRIA

Atendendo a uma demanda do público, os Cassetas estão de volta para uma curta temporada no canal Multishow. Aproveitando a prerrogativa de ser irmã (e mais velha), a revista Você+ apresenta uma entrevista inédita com Claudio Manoel, que deu vida aos inesquecíveis “Seu Creysson” e “Massaranduba”. Aqui ele não fala errado nem bate em ninguém, ok? Fafá Pimentel

Ser humorista, opção ou acaso? Conta pra gente como foi essa escalada. Por mais que agora, depois de tantos anos, se possa até enxergar uma “trajetória”, encontrar alguns sinais ou coincidências que parecem dar um sentido de caminhada, a força mais poderosa é o acaso. Quando começamos, nos tempos de jornalzinho de faculdade, ou mesmo antes, quando éramos meros consumidores e fãs de humor/humoristas, “viver de humor” era pouco mais que um delírio alucinado, jamais admitido em voz alta, apenas uma fantasia inalcançável, algo parecido como almejar comer uma estrela de Hollywood, ou ganhar na loteria. A mesma coisa poderia se dizer também sobre o nosso “fim” (ou o final do nosso programa na Globo). A posteriori, várias coisas parecem dar sentido a um certo encadeamento de fatos, diversas teorias podem ser concebidas, mas é tudo profecia feita depois do acontecido. Profetizar o passado é moleza, mas a tal da vida real é feita de esbarrões, detalhes, zilhões de possíveis (des)combinações. Qualquer coisa que fosse diferente, qualquer escolha tomada em uma ou outra direção e a história poderia ser outra. Ou não. Só sei que nada partiu de um “plano”. Mesmo porque como diz o dito: “ter planos é a maneira mais certa de fazer Deus rir”.

O TRABALHO EM GRUPO Os Cassetas continuam um coletivo? Sim e não. Continuamos nos encontrando, compartilhando o mesmo esconderijo em Ipanema (a nossa bat-caverna, também conhecida como “Cueca”, que é o lugar onde a “Casseta” fica), mas em outras “formações”: trabalhos individuais, em duplas, quadras, variadas combinações também com novos parceiros, numa espécie de suruba sem sexo. O que pode não ser tão animado, mas é mais higiênico. Como fazer com que os vícios e desgastes do dia-a-dia não descambem para o mau humor? A rotina, e também o estresse, são como alguns tipos de substâncias/venenos que tanto matam, como se “manejados” cor16

retamente podem virar aditivos ou potencializadores. Escapar dos desgastes, depois de duas décadas de trabalho coletivo, fundindo, de uma forma inédita na história da televisão, elenco e redação, com um produto semanal, campeão de audiência, no horário nobre... é impossível, tarefa irrealizável. Mas o mais importante não é fazer de tudo para a sobrevivência do grupo, ou de uma ideia, ou de um projeto. O que importa, realmente, é se esforçar ao máximo para preservar a sobrevivência, saúde, sanidade, criatividade, motivação, etc... dos indivíduos! Não confio em causa, ou ideal, ou empreendimento que se sobreponha à felicidade de cada um. Entonces, se desgastou, se esgarçou, se não continuou... nada disso é drama. Ruim mesmo é ficar descontente e não sair do lugar.


Claudio, Beto e Hubert com o Eduardo Sterblicht (ex-Pânico), nos bastidores das gravações onde ele fez participação especial, para o seriado “Procurando Casseta & Planeta”.

CARREIRA SOLO O documentário “Ninguém sabe o duro que eu dei” sobre Wilson Simonal foi um projeto audacioso, idealizado e produzido por você, Claudio Manoel. Sempre quis “mexer” com outras formas de narrativa que não fossem, necessariamente, humor e ficção. Tanto que, além do “Simona”, também criei e dirigi o quadro “O que vi da vida”, no Fantástico. A história do Simonal era tão forte e o fato de ser quase inédita tão inacreditável, que não acho que tenha nada de audacioso contá-la. O incrível é que ninguém tenha feito antes. Desde quando tive a ideia de fazer um documentário sobre ele me veio a convicção que estava diante de uma grande história. Era só fazer algo à altura dela. Nisso fomos (eu, Micael Langer e Calvito Leal) felizes.

O HUMOR CASSETA & PLANETA Você acredita que o humor Casseta& Planeta tornou-se uma escola? Ninguém nasce de chocadeira, quer dizer, não nascia, hoje se nasce de tudo que é jeito. Nós bebemos em muitas (e ótimas) fontes: do Pasquim, ao Monty Python e Saturday Night Live, até admirações profundas por Woody Allen, Mel Brooks, Chico Anysio e Jô. Portanto, acho natural que várias coisas que nos sucederam, também “nos continuem” e naveguem nas nossas “praias”. Do Pânico, ao CQC, chegando ao “Tá no Ar” e até mesmo no “Porta dos Fundos”, muita coisa tem nosso DNA, assumidamente ou não, ou do TV Pirata, que também tinha uma participação, na criação, majoritariamente, nossa. Mas isso é da vida, um processo, ciclos naturais. Sempre foi assim e vai continuar sendo.

AQUI E AGORA O público sente falta dos Cassetas. Algum projeto para saciar essa “carência”? A gente sente, no dia a dia, uma certa demanda do “nosso público”. Tipo: “por que vocês acabaram?”, “vocês não vão voltar?”, “o que vocês andam fazendo”, “vocês estão fazendo falta”, etc. Foi entrando nessa onda que criamos e escrevemos (eu, Beto, Hélio e Hubert, mas Madureira e Reinaldo também estão como atores), um seriado chamado “Procurando Casseta & Planeta”, com 20 episódios, que conta uma “falsa vida real” do que teria acontecido com cada um de nós nesses anos pós-programa, pós-sucesso, pós-Globo. Estreia em outubro, no MultiShow. Espero que todos gostem tanto de assistir, quanto nós gostamos de fazer.

SERVIÇO “PROCURANDO CASSETA & PLANETA” ESTRÉIA: 17 de outubro HORÁRIO: 23h15min Segunda a sexta-feira CANAL: Multishow Série em 20 capítulos

Claudio, Beto, Reinaldo, Hubert e Marcelo, com parte da equipe, num intervalo das gravações. 17


esporte

O sonho de voar Por Renato Magalhães, praticando jornalismo livre Voar, voar Subir, subir Ir por onde for... Essa é parte de uma canção de Byafra, cantor e compositor brasileiro, que povoa a mente das pessoas desde sempre. A mitologia grega ensina que Ícaro, personagem lendário, na tentativa obstinada de voar, construiu asas a partir da cera de velas e de penas de gaivota. Seu sonho, seguido por praticamente toda a humanidade, era ganhar os ares, voar... Daquela feita, a empreitada não deu certo. De uns tempos para cá, porém, a história tem sido reescrita. Muitos são os recursos e os aparelhos que mantêm as pessoas no ar, por longos espaços de tempo e com alto nível de conforto, em condições muito próximas às dos pássaros. Estamos falando das Asas Deltas, dos Parapentes e de seus primos mais próximos e distantes. Aqui bem próximo, em distância não superior a 20 quilômetros de Cachoeiro, na rodovia que liga nossa cidade a Vargem Alta, existe um lugar que se chama Alto Formoso, conhecido por todos como Mirante de Vargem Alta. A bem da verdade, reconheçamos que o Mirante não fica propriamente em Cachoeiro e sim em Vargem Alta. Explicando melhor, bom dizer que a decolagem se dá 18

em território de Vargem Alta, mas, que o pouso, glorioso e seguro, acontece em terras cachoeirenses, na baixada de Soturno. É nesse santuário que o mestre Samuel Almeida de Souza, tendo como cenário uma das paisagens mais deslumbrantes da nossa região, há 22 anos pratica o Parapente. Samuel é instrutor de vôo livre e grande entusiasta do esporte. Ele sonha, vive e respira o esporte 24 horas por dia, costumando dizer que é um apaixonado pela vida. Por essa prosaica razão, explica Samuel, pratica religiosamente TODOS os protocolos de segurança nos preparativos e durante os milhares de vôos que já realizou até hoje, sozinho ou com os seus felizes “passageiros”. Samuel hoje está liderando a reimplantação da AVLIM – Associação de Vôo Livre do Mirante e esclarece: o Pa-

rapente, pela facilidade do transporte do equipamento (cabe inteirinho numa mochila) vem se destacando na preferência dos desportistas com relação à Asa Delta, que pela sua arquitetura e tamanho, demanda transporte em veículos adaptados, gerando trabalho adicional de monta. Destaca Samuel que o resultado final para os usuários do Parapente e da Asa Delta é idêntico, principalmente em termos de aerodinâmica. O vôo solo é para pessoas habilitadas e o duplo é realizado com o instrutor. Tudo bem, a sensação de voar é deslumbrante, mas idêntica sensação é provocada pela paisagem circundante que de tanta beleza chega a asfixiar. O conjunto da obra é indescritível. Importante dizer que esses momentos mágicos são registrados em fotos e filmagens que são entregues ao passageiro ao final

do vôo. O sonho de voar torna-se realidade a uma velocidade média de cruzeiro de 45 km por hora com relação à massa de ar. O jornalista não saberia dizer o que essa velocidade significa em termos comparativos, posto que até aqui nunca praticou o esporte. Mas, finaliza a matéria afirmando que essa experiência é mera questão de tempo, porque as negociações com o mestre Samuel estão em fase adiantada para o vôo inaugural. É viver e ver. SERVIÇO: Os vôos são condicionados às condições favoráveis do tempo. São liberados para pessoas de 8 a 80 anos, como diz Samuel. O número do telefone para falar com ele é 28 99955-0157 e sua disponibilidade é total.



foto: Felipe Amarelo

cooperativismo

foto: Coopeavi

Cooperativismo conta com quase 70 mil associados na Região Serrana do ES

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Por Kyssila Garcia

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a Região Serrana o cooperativismo tem se destacado ao longo dos anos. Dados da Organização das Cooperativas Brasileiras do Estado do Espírito Santo (OCB/ ES) indicam que ao todo são 15 cooperativas localizadas na região, sendo dividida em duas microrregiões: Central Serrana e

Sudoeste Serrana. Juntas totalizam quase 70 mil cooperados e 1.033 funcionários, contribuindo para o recolhimento dos tributos municipais, estaduais e federais de todas as cooperativas do Estado que, somados, totalizaram mais de R$ 263 milhões em 2015. “No Espírito Santo estamos trabalhando firmes para crescer e desenvolver ainda mais o cooperativismo.


empresarial

Para isso, estamos focados na profissionalização da gestão, em cursos preparatórios, em formação de jovens lideranças, na agregação de valor dos produtos e serviços das cooperativas capixabas, dentre outros. Buscamos transformar as pequenas cooperativas existentes no Estado em grandes potências, por meio de incorporações, fusões, construção de grandes indústrias e aumento no número de cooperados. Não adianta termos um número alto de cooperativas fracas, precisamos ter cooperativas maiores e fortes”, avalia o superintendente do Sistema OCB-SESCOOP/ES, Carlos André Santos de Oliveira. As cooperativas da região atuam nos seguintes setores: transportes, agropecuário, crédito e educacional. Apenas na microrregião Sudoeste Serrana, que compreende os municípios de Afonso Cláudio, Brejetuba, Venda Nova do Imigrante e Domingos Martins, são sete cooperativas. Já a microrregião Central Serrana conta

com oito cooperativas, nas seguintes cidades: Itaguaçú, Itarana, Santa Teresa, Santa Maria de Jetibá e Santa Leopoldina. Um exemplo de cooperativa que vem se desenvolvendo desde sua implantação é a Coopeavi, especializada no setor agropecuário, com sede em Santa Maria de Jetibá. Está presente em todas as regiões capixabas, além do Leste de Minas Gerais e também em dois municípios baianos. São 20 lojas, três pontos de comercialização de ovos e um entreposto para befoto: Felipe Amarelo

neficiamento do produto, duas fábricas de rações, uma granja de recria, uma unidade de vendas externas de rações, cinco armazéns de café, um complexo logístico e nove pontos de compra de café. Essa cooperativa é uma alternativa para unir forças e comprar ração em quantidade, de melhor qualidade e menor preço. São 52 anos de uma história que teve início com 20 cooperados e hoje já são quase 11 mil, empregando diretamente 578 pessoas. Nos últimos cinco anos, de 2010 a 2015, o faturamento aumentou em 190,7%. Só em 2015, a cooperativa cresceu 5,4%, faturando no ano R$ 351 milhões. Para 2016, o objetivo é alinhar e padronizar os processos internos para continuar a crescer. “Em função da crise, o crédito está menor e por isso há pouca margem para investimentos mais robustos neste ano. Além disso,

a crise hídrica impactará muito na atual safra, reduzindo a produção nos empreendimentos rurais”, afirma o presidente da Coopeavi, Arno Potratz. “A Coopeavi é um bom exemplo de incorporação, investimento e profissionalização. A cooperativa incorporou à antiga Pronova, investiu em um grande complexo logístico, está inaugurando um condomínio avícola e tem em seus projetos a instalação de uma universidade cooperativa exclusiva para seus cooperados e funcionários”, acrescenta o superintendente do Sistema OCB-SESCOOP/ES, Carlos André Santos de Oliveira. Já em Venda Nova, a Coopeducar é uma escola-cooperativa que conta com 269 alunos matriculados. Há 16 anos atua no município e tem aproximadamente 370 cooperados. O interessante dessa iniciativa é que os cooperados da escola não recebem

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foto: Coopeducar

foto: Coopeducar

foto: Coopeducar

cooperativismo

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quantia em dinheiro. O objetivo é formar a ideia de ser cooperativista e possibilitar aos pais opinar e tomar decisões em prol da educação dos filhos. ”Apenas os funcionários recebem salários, que são pagos com o caixa obtido com as mensalidades. A Diretoria Executiva e o Conselho Fiscal são formados por pais voluntários. Nosso trabalho tem tido bons resultados e desenvolvemos o conteúdo programático a partir dos princípios cooperativistas, porque antes de sermos uma escola particular, somos uma cooperativa”, fala o diretor pedagógico, José Adelso Viçosi.

Na microrregião Sudoeste Serrana o Sicoob conta com 36 mil associados Na região Serrana o Sicoob está presente em todos os municípios. Apenas na microrregião Sudoeste Serrana, são mais de 36 mil associados nas 24 agências espalhadas pelos municípios. A cooperativa de crédito funciona como um banco comum. É possível fazer empréstimos e seguros, aplicar dinheiro e utilizar-se de operações de crédito. Os cooperados fazem movimentação junto às agências e participam dos lucros de forma proporcional às suas aplicações. No primeiro semestre de 2016, foram R$ 350 mil liberados em empréstimos da região em que atua. “Para obter crédito, o associado faz a demanda e deve estar com seu cadastro em dia. Na agência, um comitê faz a análise. Caso seja favorável, o processo é enviado à sede que, por meio de outro comitê, desta vez diretor de crédito, faz nova análise da demanda. Se estiverem

cumpridas todas as etapas, torna-se necessário demonstrar capacidade de pagamento, oferecer garantias para, então, ter o crédito aprovado. Depois é celebrado o contrato e liberada a quantia negociada em conta corrente”, avalia o diretor presidente da agência Sul Serrana, Cleto Venturim. O presidente acrescenta que “cabe ao associado, antes de solicitar um crédito, ter certeza que terá como aplicar o dinheiro para conseguir lucros suficientes que possibilitem arcar com o valor emprestado, acrescido de juros e correções”. Ele finaliza dizendo que “hoje o Sicoob é uma instituição de livre admissão. Toda pessoa maior e capaz pode se associar. Contamos atualmente com associados pessoas físicas e/ou jurídicas de todos os segmentos, além de outras cooperativa que fazem seus negócios conosco”.


Importância do cooperativismo Na visão da Organização das Cooperativas Brasileiras do Estado do Espírito Santo (OCB/ES) As cooperativas são filhas da crise e, com capacitação, planejamento, boas práticas, podem transformá-las em oportunidade; alavancando o negócio, controlando custos, realizando gestão profissional e um envolvimento ainda maior dos sócios nas decisões estratégicas. Sabemos que o ano de 2015 não foi fácil. Crise econômica, política e climática afetaram diretamente a população brasileira e, claro, as cooperativas. Recessão e desemprego foram as palavras mais faladas e ouvidas no ano que terminou. Mas nós do Sistema Cooperativista Capixaba, não esmorecemos e enfrentamos a crise de forma eficiente, não acreditando em milagres. Com trabalho duro e planejamento, superamos nossas metas e mostramos ao Brasil o que dá certo através da cooperação e do cooperativismo.

Dicas para ter sucesso com cooperativa: 1) - Adesão livre e voluntária 2) - Gestão democrática pelos associados 3) - Participação econômica dos associados 4) - Autonomia e independência 5) - Educação, formação e informação 6) - Cooperação entre cooperativas 7) - Interesse pela comunidade. Além disso, a gestão profissionalizada e a participação dos cooperados são fundamentais para o sucesso, seguindo a ordem do bom cooperado: 1) - Ética nas intenções e ações 2) - Respeito absoluto ao ser humano 3) - Interesse genuíno pelas parcerias 4) - Austeridade no uso de recursos 5) - Comunicação intensa, honesta e transparente 6) - Administração equânime de conflitos 7) - Postura proativa 8) - Cidadania 9) - Universalidade (Inclusão # exclusão) 10) - Compromisso com a felicidade foto: Coopeducar

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Artigo

O Crente e o Des-crente por Sergio Bourbon

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ois amigos se davam muito bem, e tinham opiniões muito parecidas, exceto quando o assunto tinha a ver com religião e coisas do espírito. Um era muito ligado à crença em Deus, alma e vida após a morte. O outro não gostava de ser chamado de descrente, pois dizia crer firmemente nas suas ideias e valores. Mas para simplificar, vamos dizer que um era crente e o outro des-crente. Aproveitando a passagem de um sábio pela região resolveram consultá-lo a fim de cada um convencer ao outro do erro que estava incorrendo. Disse o primeiro: Como posso deixar de pensar que existe essa outra coisa que percebo dentro de mim e que mudou minha vida desde que dela tive entendimento? Não sou delirante, mas quando enfrento os momentos ruins da vida, me comunico com esse algo que chamo de Senhor, e logo me sinto modificado e com uma grande paz interna. Da mesma forma, como não acreditar numa alma? Há poucos dias vi uma amiga morta. Mais parecia uma daquelas representações de cera de museu. Não era a mesma pessoa agitada, falante, risonha, com quem convivi tanto tempo. Era só um corpo, inanimado, quer dizer, sem alma. Argumentou o segundo: Acho que acreditar em divindades e espíritos na verdade serve ao meu amigo para ele não experimentar aquela angústia enorme que vem de sabermos que somos muito efêmeros e que depois dessa breve passagem vem um zero, um nada absoluto. E essa ideia de alma é a mais difícil de entrar na minha cabeça. Só porque ao longo da evolução dos seres vivos, chegamos a atingir tal complexidade e sofisticação de pensamento, podemos dizer que existe uma alma ou espírito, diferente da matéria organizada? Por acaso, podemos dizer que os animais, os mais simples e os mais próximos

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dos humanos, também têm alma? O cachorro, o macaco, o porco... Pela primeira vez o sábio, interrompeu: De porco eu conheço alguns espíritos sim. E os dois amigos riram às gargalhadas. O sábio se limitou a esboçar um sorriso. Já repararam que sábio é sempre comedido? Será que são comedidos em tudo? Bom, não vamos fugir do assunto. Depois de muito bate-boca, o sábio intercedeu de novo. Vale lembrar que o sábio era médico também, pois em épocas antigas os médicos eram designados por autoridades. Os barbeiros eram cirurgiões. Até hoje, alguns (poucos) cirurgiões continuam sendo barbeiros. Da Medicina, podemos extrair uma lição: quando existem muitas teorias diferentes sobre uma questão, isso quer dizer que ainda não se sabe quase nada sobre aquilo, disse o sábio. Mas, a meu ver, vocês dois estão certos. Vocês não sentem prazer em estar com seu amigo, não sentem saudade dos seus filhos? Esse prazer, essa saudade só existem dentro de vocês. Assim é Deus. Existe pra quem sente, mas não existe pra quem não sente. Sobre o espírito, tive a mesma sensação recentemente que o crente contou. Foi uma sensação de estranheza muito grande quando vi uma amiga morta. Não sei dizer a vocês se existe ou não um espírito. Só sei que uma música é diferente dos movimentos das teclas do piano, mas também não existe a música sem o movimento extremamente coordenado das teclas. Se nem o sábio tinha respostas para essas questões, os amigos saíram muito aliviados do encontro, e daí pra frente nunca mais tentaram convencer o outro das suas ideias.

Sergio Bourbon é médico psiquiatra e entusiasta dos vinhos


fotos: Evelyn Lee

Rudson Costa, Felipe Bezerra e o jornalista carioca Fernando Molica

Rudson Costa, Felipe Bezerra e Rodrigo Ferrari, dono da Livraria Folha Seca

“Deu Bezerra no milhar!” é lançado no Rio de Janeiro

De autoria de Felipe Bezerra, o livro de crônicas – que saiu este ano pela Editora Cachoeiro Cult e é ilustrado por Rudson Costa – tem o prefácio de Mariana e Aldir Blanc

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uburbano radicado no eixo Marapé-Cachoeiro, no Sul do Espírito Santo, o jornalista e escritor Felipe Bezerra retornou mês passado ao Rio de Janeiro, sua terra natal, para divulgar seu mais novo livro de crônicas, “Deu Bezerra no milhar!”, fruto de projeto premiado pelo Edital 2015 da Secretaria de Estado da Cultura (Secult ES). Mas o caboclo não foi sozinho. Fizeram parte da comitiva o artista visual cachoeirense Rudson Costa, que assina a capa e as ilustrações da obra, a fotógrafa Evelyn Lee e, numa – digamos – feliz coincidência, Fernando Gomes, um dos editores do trabalho (vô carinhoso, foi ao RJ assistir

à exibição – musical, parece – de sua neta). Promovido pela livraria Folha Seca e pela Toca do Baiacu, com apoio da Viação Kaissara e da Casa de Oração Mártir São Sebastião (à bênção, Véio Joaquim!), o lançamento ocorreu no último dia 24 de setembro, sob uma típica tarde de sábado carioca, a céu aberto – mas nublado e, nem por isso, cinzento, semanticamente falando –, na Rua do Ouvidor, no centro da cidade. Portanto, nada de solenidades acadêmico-literárias e discursos oficialescos. Foi samba, cerveja, sorriso e gaiatice. E o que se viu, no fim das contas, foi o Rio sendo mais Rio do que nunca, como definiu –

ao escrever, há exatos dez anos, uma verdadeira ode sobre aquele canto da Ouvidor – o advogado tijucano Eduardo Goldenberg, que, aliás, passou por lá pra dar um abraço no Bezerra. Além de Edu, também pintaram na área, dentre outros craques, os jornalistas Fernando Molica, Claudio Renato Passavante e Marcelo Moutinho (devida e fofamente acompanhado de sua filha, a pequenina Lia), o produtor Raphael Vidal (ou, segundo Goldenberg, o “maluco fundamental do Rio”) e o historiador Luiz Antonio Simas, autor da apresentação do livro. Vale registrar, ainda, a presença de Cássio Loredano. Embora não tenha ido à Fo-

lha Seca com o propósito específico de prestigiar o lançamento, o caricaturista é figura fácil naqueles arredores. Sorte de Rudson, que pôde tietar o ídolo e, de quebra, ouvi-lo cantarolar – Fernando tá de prova – uma canção perdida de Sérgio Sampaio, de quem Loredano chegou a ser vizinho e dividir algumas biritas. A obra – que saiu em junho deste ano, pela editora Cachoeiro Cult, durante a programação da VI Bienal Rubem Braga, realizada pela prefeitura na Praça de Fátima – tem o prefácio de Aldir Blanc, letrista consagrado da música popular brasileira, que o escreveu com sua filha Mariana. Já a orelha é da lavra do escritor baiano Luís Pimentel. 25


artigo

Bia De Régio Antonio Moulin Batista (in memoriam) Reproduzido por Renato Magalhães

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m dia, faz vinte anos, vínhamos de Jaciguá na carroceria de uma caminhonete Dodge 1948, eu e o Bia. A caminhonete era daquelas com os faróis em cima dos para-lamas. O Bia era, segundo auto definição, um fazedor de tudo. Homem de confiança, com cozinheiro em nossas caçadas, carapina, pedreiro, mecânico, eletricista, mestre de pila, cobrado e muito principalmente filósofo. Ir a Cachoeiro, naquela época, era um acontecimento muito importante. A viagem durava uma hora e meia ou mais. Os preparativos, quase um ano. E quando voltávamos, tínhamos à nossa espera uma porção de gente para ouvir as estórias, as novidades que, então, aumentávamos misteriosamente. O Rio de Janeiro era um sonho distante, como as soluções. O trem noturno que fazia Rio-Vitória, era, como no faroeste, centro de nossas atenções, quando parava na estação. A impressão que se tinha das pessoas que viajavam nele era a de que eram poderosos, ricos e sábios. Mas, como dizia, sentados na carroceria chegamos à cidade. Era muito cedo e, lá do alto do Aquidabã, vimos as luzes todas acesas. Sentimo-nos importantes e penalizados dos que lá na roça não conheciam aquele espetáculo. Foi quando o Bia, respirando fundo, remexendo ideias, filosofou do íntimo da sua preocupação: - Já pensou quantos pratos de boia não se consome aqui por dia?

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Numa ocasião, montamos um despolpador de café lá no sítio. Na inauguração, presente um diretor da Acares e outras autoridades que, na época, interessavam mais que hoje: nada. Interessavam os carros em que apareciam, as roupas e as conversas a que a gente assistia por detrás das moitas. Na hora da pequena cerimônia deram a ideia de escrever com um pequeno graveto, na argamassa ainda mole, a data da inauguração e o nome do doutor. Foi quando o Bia, pressentindo uma rara oportunidade, me puxou pelo braço e disse: - Vai lá e escreve bem bonito para mim, embaixo: Almerindo Salomé que fez. Foi aí que descobri o nome de um dos meus mais íntimos amigos. Porque essas boas pessoas da roça não se importam com seus nomes. Essas pessoas que, plantando e colhendo, massacradas pelos governos e pelos poderosos, enchem diariamente os tantos quantos pratos de boia que se consomem por aí. Essas pessoas cujos nomes nunca foram inscritos nas argamassas de nenhum dos milhares de monumentos construídos para os heróis da humanidade.

Régio Antonio Moulin Batista era funcionário do

Banco do Brasil. Amigos e adoradores tinha-os aos montes. Que o digam Wilson Marcio Depes, Sergio Garschagen, Higner Mansur, Ronaldo Gonçalves, Fernando Gomes... gente que não acaba mais. Incluo-me na lista: achava-o encantado. Nasceu fora de época e via o mundo através de lentes personalíssimas. Não me acanho de usar frase surrada: Reginho deixou-nos órfãos muito cedo, mas foi-se o homem e ficou o gênio. Alegremo-nos, todavia, ele continua por aí com seu brilho, saltando de estrela em estrela como era seu costume.


correspondente internacional

Amsterdam é o máximo, mas na Holanda tem muito mais! por Rita Geaquinto

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e você já foi a Amsterdam, aposto que gostou, mas se não foi ainda, inclua na sua próxima viagem, pois tenho certeza de que vai gostar. Os canais, barcos, mercados de rua, flores, café e as ruas cheias de bicicletas tocando suas campainhas, fazem Amsterdam ser muito legal. Das cidades que já visitei, vi poucas que conseguissem juntar tão bem a vida moderna com a história, arte e um jeito descontraído de viver. Quando caminho pelas inúmeras pontes e canais e vejo as fachadas das casas ainda como eram antigamente, posso imaginar como as pessoas viviam e como o comércio era feito naquela época. Por onde quer que você vá, vai estar vendo arte, de Van Gogh e Rembrandt até os desconhecidos artistas que tem seus trabalhos nos cafés, lojas e hotéis. E o melhor, nada como sentar em um barzinho na beirada do canal e tomar uma Heineken ou um copo de vinho e ver as pessoas passarem, a maioria delas em suas bicicletas, o meio de transporte mais usado na cidade junto com os barcos. Amsterdam tem uma atmosfera toda especial, onde não é preciso fazer muito para se sentir bem. Apesar de Amsterdam ser a cidade mais visitada na Holanda, este país que tem mais da metade de sua extensão abaixo do nível do mar, tem ainda muitos outros lugares interessantes para se conhecer. Mês passado viajei de trem com minha mãe pelo interior da Holanda e fui conhecer os Moinhos de Vento do Parque Kinderdijk perto de Rotterdam. Que lindo que é! O Parque, preservado pela UNESCO é maravilhoso e as paisagens singelas que se vê durante a viagem, te levam imediatamente para dentro dos livros de história de quando éramos crianças. O que torna interessante na

Holanda, é que em um momento você vê toda a modernidade de cidades como Amsterdam e Rotterdam e depois passa por campos lindos, casinhas antigas, fazendas e ovelhas, tudo lá, como se nada tivesse mudado ao longo de todos os anos. A Holanda é muito bonita e se você gosta de aventura, paisagens e dirigir, conhecer o interior, é um passeio que com certeza vale a pena fazer. Tem muitas cidades pequenas nos caminhos entre as cidades maiores para você parar. Por a Holanda ser um país pequeno, as distâncias nunca são muito grandes. Se você não gosta de dirigir e quer apreciar ainda mais a paisagem, não se preocupe, o sistema ferroviário é excelente e pode-se ir de trem a todos os lugares. Nas Ilhas do Norte, tem-se a costa completamente diferente da nossa no Brasil, mas nem por isto menos bonita. Indo em direção ao Sul, tem cidades históricas lindas, cidades que fazem queijos maravilhosos, cidades grandes e modernas, cidades pequenas e bucólicas, muita coisa bonita para ver. Para se hospedar, pode-se ficar em hotéis super charmosos na beirada dos canais ou, se preferir, pode-se ainda se hospedar em um Bed & Breakfast em uma das pousadas no meio das fazendas ou em cima dos pequenos restaurantes e cafés. Van Gogh, tulipas, canais, cafés, Heineken, tudo isto em Amsterdam é muito legal. Aproveite e vá também a Texel, Alkmaar, Hague, Gouda, Ultrecht, Middelburgh, Maastricht, e muitos outros lugares lindos no interior da Holanda. Você vai gostar!

Rita Geaquinto é Cachoeirense, mora em Londres, é proprietária da Agênca de Viagens Geaquinto Travel, tem 54 anos, é casada com Peter, é mãe de Lia, Rafael e Luiza, e filha de Zilmar e Neil. 27


resgate histórico

Por Gilson Leão

Coisa boa desse mundo Coisa boa, descobrir um livro desconhecido de Rubem Braga encurralado entre as revistas velhas do banheiro. E o melhor, falando de coisas ainda não citadas nas inúmeras matérias que louvam o nosso Sabiá. Como esta pequena crônica, por exemplo, em que ele cita o furto de frases - o popular e muito utilizado... plágio: “MINHA FRASE CÉLEBRE - Até eu já posso posar como ladrão de frase. É que certa vez escrevi: Nasci, modéstia à parte, em Cachoeiro de Itapemirim - mas escrevi parodiando declaradamente uma letra de Noel Rosa sobre Vila Isabel. A letra de Noel foi esquecida por muita gente, e várias vezes, através dos anos, encabulei ao ganhar elogios pela “minha frase”. O remédio é a gente silenciar, “pondo a modéstia à parte”, como dizia o bom Noel. Afinal ele escreveu tanta coisa bonita que com certeza não se importaria muito com esse pequeno furto. Em todo caso, Noel, desculpe o mau jeito.” Apesar de constante leitor de Rubem, nunca havia lido nenhuma referência dele a propriedade dessa frase tão cultuada. O Rubem sempre foi assim mesmo, colocando a modéstia a frente dos elogios. Recebi a descoberta desse livro como se fosse um presente novo. Pela capa, já amarelada, pensei tê-lo roubado da biblioteca de Aso (Sergio Garschagen) ou Fernando Gomes, porém quando o abri constatei que foi comprado em algum sebo de Copacabana, pois tem a seguinte dedicatória, de pessoas desconhecidas: “Renata: Divirta-se, solte sua imaginação e viva através das crônicas de Rubem Braga. Quem sabe você não começa a gostar de ler? Beijos da mãe... Ângela (Natal de 1984)”. Pelo visto, Dona Ângela, a Renata não se empolgou com o velho Braga e o passou pra frente. Provavelmente no sebo da Siqueira Campos, onde depois de comprar - ou vender - vários livros, é possível atravessar a rua e encher a cara de chopp na Adega Pérola, acompanhado dos mais finos tira-gostos do cardápio Lusitano. Imaginei logo a pobre moça trocando o livro por um chopp com bolinho de bacalhau.

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Achei legal também ler pela primeira vez um livro “incorreto” do velho Rubem. Ele fala sobre roubo de frases (plágio), o ato de fumar, machismo, infidelidade conjugal e maltrato aos bichos, como ainda não havia lido em sua extensa obra. Sem se falar na sugestiva capa, onde uma linda menina moça com os seios de fora, recebe um galho do... sabiá. Sugestivo, principalmente levando-se em conta que na cobertura de Ipanema, a rede da varanda rendia mais frutos do que o pomar. As reuniões daqueles amigos, intelectuais sofisticados, eram tomadas por fãs que cultuavam Braga, Vinícius, Sabino, Mendes Campos, Pelegrino, como se fossem membros do “Rat Pack” de Ipanema. E quanto mais os leio, mais os invejo. Esses caras sabiam viver. E com que verve, com que verve...! “Rat Pack (Ninho de Ratos), para quem não se lembra era a turma do Sinatra - Dean Martin, Peter Lawford, Sammy Davis Jr - que se reunia nos palcos de Las Vegas para rir muito e beber à vontade. Em meio tempo, farreavam com as meninas 24 horas por dia”. Só que a turma da Varanda do Rubem tinha mais bossa... além de vista pro mar.


“Quem pagará o enterro e as flores se eu morrer de amores?” - Vinícius. Recado de Primavera, crônica que dá título ao livro, foi uma encomenda da TV Globo para comemorar um ano da morte de Vinícius. Na foto ao lado, o velho Braga soltando uma imensa baforada, ao lado de Vinicius de Moraes, com ares de “chateado” por saber que “ao morrer de amores” era melhor deixar flores e enterro pagos, pois o “corno” nunca arca com esses mimos. Nessa época ele e o Braga eram dois dos maiores sedutores das boates cariocas, e as vítimas nem sempre eram solteiras.

Fumando espero aquela que tanto quero...

Fotos incorretas de fatos correlatos

No mesmo livro, Rubem faz uma apologia ao ato de fumar. Esse hábito que hoje em dia é totalmente incorreto e tido por muitos até como anti-higiênico, já teve seu período de glória e foi durante anos um ato de charme e desfaçatez. Pois bem, mesmo sabendo que o Braga morreu de um câncer de pulmão, podemos notar o fascínio que o fumo exercia sobre sua vida: “Fumar é um prazer/ sensual/ sem igual..../ Fumando espero/ aquela que tanto quero.....” (letra de tango) Nem por isso o cigarro foi tão culpado, pois como todos sabem o danado também era um cachaceiro emérito e um tremendo mulherengo. Felizmente esses outros vícios “saudáveis” não lhe trouxeram maiores males, já que viveu até os 77 curtindo imensamente os prazeres hedonísticos - e contemplativos - da vida. Aí, quando os fumantes estavam todos satisfeitos com o fato de até que enfim, alguém da estatura do Braga vir fazer apologia ao cigarro, ele desfere esse petardo inconveniente: “Mas, chega, não falarei mais nisto. Fumar foi uma das piores bobagens que fiz na vida, mas não pretendo convencer ninguém. Já tentei fazer isto, e o sujeito ainda caçoa da gente, de cigarro no bico. Ah, quem quiser que se... fume”. E para desprazer dos patrulheiros anti-tabagistas e chatos corretivos, o Braga encerra com essa jóia: “Nos dois casos fumar aparece como algo fatal fumar é humilhante e ao mesmo tempo viril.”

Rubem e João Cabral, que sofria de uma enxaqueca crônica que ele fazia questão de carregar orgulhosamente pelo mundo afora em suas funções poéticas e diplomáticas. Não fumava, mas era viciado em aspirina. Rubem e o poeta Pablo Neruda, fumantes e esquerdistas ferrenhos. Felizmente morreram antes da desmoralização que os Bolivarianos e Petistas trouxeram ao rótulo – esquerdista - muito em voga entre nossa geração de burgueses da esquerda festiva, cubanos charuteiros, e atualmente entre os ladrões envolvidos na Lava Jato e seus defensores.

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homenagem

artigo

Precisamos falar sobre suicídio Por Luiz Carlos Sardenberg Machado

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esde setembro de 2014, o Centro de Valorização da Vida (CVV), em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CRM) e a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), promovem o Setembro Amarelo. Trata-se de uma campanha de conscientização sobre a prevenção de suicídios, com o objetivo direto de alertar a população a respeito da realidade do suicídio no Brasil e no mundo. Essa corajosa ação não foi idealizada à toa. Os dados são tão pouco divulgados quanto alarmantes. Sabe-se que o número de suicídios chega a um milhão ao ano em todo o mundo, com pelo menos 20 milhões de tentativas/ano. No Brasil, um dos países com maior taxa, temos uma prevalência de 5,8 suicídios para 100.000 habitantes/ ano. A Rússia, seguida da Coreia do Sul e da China, são as recordistas. Todavia, temos Estados como o Rio Grande do Sul aonde ocorre os chocantes 10 suicídios para 100.000 habitantes/ano, com altíssima incidência entre crianças e adolescentes. O autocídio é a décima causa de morte no mundo e a principal causa de morte entre homens de 20 aos 50 anos no Reino Unido. Os homens são as principais vítimas, constituindo-se em 80% dos casos. As principais causas são: transtornos do humor (depressão, transtorno afetivo bipolar do humor e distimia), seguido por abuso de álcool e drogas e os quadros psicóticos em terceiro lugar. Porém, mesmo o álcool perdendo como principal causa para os transtornos do humor, sabe-se que no Brasil, pelo menos 40% das vítimas de suicídio estavam sob influência do álcool. Mesmo sem querer trazer nenhum tipo de susto ao leitor, mas com o objetivo precípuo de informar, acredito que os dados são mais que suficientes para se abrir uma discussão em bases elevadas para se discutir essa temática, a do suicídio, como problema severo saúde pública. Quem sabe até, sendo otimista, criamos uma discussão social mais abrangente, sem preconceitos ou crenças estigma-

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tizantes? É verdade que para falar sobre assunto tão delicado, seria necessário uma postura corajosa. Mas, em um país jovem, onde se vê tantas quebras de “tabus”, acho que a hora é ótima. Não dá mais para ouvirmos em rodas de conversas, que alguém tão cruelmente acometido por patologias mentais, seja classificado como uma pessoa ruim, sem amor à vida, sem fé, devido ao fim trágico. Não vou entrar em méritos religiosos, mas questionaria a minha fé ao pensar isso de um enfermo. Falo isso, porque a minha profissão me coloca sempre de frente com pessoas passiveis de um suicídio. O que posso dizer é que essas pessoas não querem morrer, pelo contrario, elas não suportam a dor de um viver adoecido. Parafraseando Shakespeare: “Todo mundo é capaz de dominar uma dor, exceto a que sente”. Ainda, o que mais me perguntam é: “Por que fulano não nos alertou?”. A vítima costuma dar sinais, nós é que no dia a dia não percebemos. Alguns dados mostram que homens tentam, em média, oito vezes o suicídio, antes de obter êxito. As mulheres, vinte vezes. É rotineiro as vítimas alertarem sobre os pensamentos de suicídio, sobre planejamentos ou mesmo dizer sobre a ideia em tom de brincadeira. Geralmente, já estão com sinais claros de suas patologias. Então a pergunta que não quer calar seria: por que não as ouvimos ? O assunto é extenso, polêmico, com novas teses e descobertas, mas ainda não sabemos todos os por quês. Então, a grande questão é: precisamos, sim, falar sobre suicídio! Luiz Carlos Sardenberg Machado é médico, psiquiatra pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro e psicanalista, membro da Escola Lacaniana de Psicanálise de Vitória; Médico pela faculdade de medicina Souza Marques; Psiquiatra pelo Hospital Universitário Pedro Ernerto-UERJ; Filiado a APES e ABP; Membro da Escola Lacaniana de Psicanálise de Vitória; Médico Psiquiatra no CAPS II Cachoeiro e Enxadrista amador .


Por Rubem Alves

O

s sinais eram inequívocos. Aquelas nuvens baixas, escuras... O vento que soprava desde a véspera, arrancando das árvores folhas amarelas e vermelhas. É, está chegando o inverno. Deveria nevar. Viriam então a tristeza, as árvores peladas, a vida recolhida para funduras mais quentes, os pássaros já ausentes, fugidos para outro clima, e aquele longo sono da natureza, bonito quando cai a primeira nevada, triste com o passar do tempo... Resolvi passear, para dizer adeus às plantas que se preparavam para dormir, e fui, assim, andando, encontrando-as silenciosas e conformadas diante do inevitável, o inverno que se aproximava. E foi então que me espantei ao ver um arbusto estranho. Se fosse um ser humano, certamente o internariam num hospício, pois lhe faltava o senso da realidade, não sabia reconhecer os sinais do tempo. Lá estava ele, ignorando tudo, cheio de botões, alguns deles já abrindo, como se a primavera estivesse chegando. Não resisti e, me aproveitando de que não houvesse ninguém por perto, comecei a conversar com ele. Perguntei se não percebia que o inverno estava chegando, que os seus botões seriam queimados pela neve naquela mesma tarde. Argumentei sobre a inutilidade daquilo tudo, um gesto tão fraco que não faria diferença alguma. Dentro em breve tudo estaria morto...E ele me falou, naquela linguagem que só as plantas entendem, que o inverno de fora não lhe importava, o seu era um ritmo diferente, o ritmo das estações que havia dentro. Se era inverno do lado de fora, era primavera lá dentro dele, e seus botões eram um testemunho da teimosia da vida que se compraz mesmo em fazer o gesto inútil. As razões para isso? Puro prazer. [...] E me lembrei de uma velha tradição de Natal, ligada à árvore. As famílias levavam arbustos para dentro de suas casas. E ali, neve por todas as partes, elas o faziam florescer, regando-os com água aquecida. Para que não se esquecessem de que, em meio ao inverno, a primavera continua escondida em alguma parte.

Rubem Azevedo Alves foi um psicanalista, educador, teólogo, escritor (15/09/1933 - 19/07/2014). natural de Boa Esperança - MG.

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insight

Wallace Hull

social

Chegaste, Primavera, para abrandar nossos corações. Nós a saudamos com esta orquídea, singela e entre todas as flores, a mais bela. Reine absoluta e inunde nossas vidas de perfumes e de cores.

por Renato Magalhães RENATA SABRA BAIÃO FIÓRIO NASCIMENTO ou simplesmente RENATA. Ela foi eleita com expressiva quantidade de votos neste recente pleito para a Câmara dos Vereadores de Cachoeiro. Digníssima presença feminina naquela Casa de Leis (nesta legislatura com excelente renovação). Plena confiança de que Vossa Excelência será umas das edís (não é assim que se denominam os vereadores?) mais combativas e propositivas. Novos tempos, novos ares, novas esperanças. Uuuuuuuhhhhh!

A belíssima top model cachoeirense NATHÁLIA MARTINS, foi fotografada em São Paulo por ninguém menos que André Schiliro, ele que deixou suas digitais no livro da uber model Gisele Bündchen. Espetáculo da natureza! Nathália, que já figurou em uma das mais belas capas da revista Você+ (edição 006), está cada dia mais linda! Apareço na frente da fotografia por um único e singelo motivo: fui eu que fiz a selfie. Na retaguarda, porém, o grande conteúdo: FAFÁ, ÁLVARO ABREU, sua esposa CAROL e o glorioso fotógrafo WALLACE HULL. Numa tarde de meio de semana na aprazível residência do casal na Ilha do Boi, em Vitória. Reciclando a vida... CARLOS SANTANA é um dos mais bem sucedidos empresários cachoeirenses. Titular da Karmaq, empresa referência no ramo em que atua, comercializa máquinas e equipamentos para o segmento das rochas ornamentais e mineração em geral. Recebeu-nos com fidalguia na moderna sede da sua empresa, onde pudemos constatar sua paixão por objetos de arte de selecionada procedência. Carlos Santana orgulha Cachoeiro.

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Europa, Itália, Mediterrâneo, Toscana, Costa Amafiltana... lugares para sonhar, saborear pratos que privilegiam massas e frutos do mar deliciosos, queijos fortes e vinhos doces. Lugar de se conhecer e amar. Lugar de RENATINHA BAPTISTA lavar a alma e se entregar aos gostosos prazeres da vida. Salute!

VERA FRANKLIN é pessoa de grande tradição em Cachoeiro e sua amizade envaidece a todos que a conhecem. Está morando em apartamento novo e recepcionou a Coluna para um almoço digno dos mais sofisticados endereços gastronômicos europeus. Dia de semana e... depois trabalhar. É a vida! foto: Wallace Hull

Considero CLARISSA, a Cla, pessoa da minha família. Desde cedo “vivia” em nossa casa, agarradíssima com a minha do meio, Renata. Aprendemos a gostar muito dela, como todos que têm o privilégio de conhece-la. Aqui ela aparece cheia de charme, usando um dos belos modelos da sua loja Cla, esperando seu segundo filho, “presente de Deus”, que deverá chegar até 10 de dezembro. Que Nossa Senhora do Bom Parto lhe dê uma boa hora, querida!

É tarefa nossa de todos os dias reunir bons conteúdos para a revista Você+. E fazê-la chegar aos melhores endereços também. Que o diga o Secretário de Educação do Espirito Santo, nosso dileto amigo HAROLDO CORRÊA ROCHA. Segundo ele, gostou do que viu e leu. De leve...

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editorial de moda

by Danicout

Trend Alert: Camisa masculina de manga curta estampada!!! Não resisti, e dessa vez venho falar um pouquinho da tendência masculina!!! Pq falar da tendência masculina? Pq amo falar de tudo que está em evidência, que tem destaque!! E o retorno da camisa de manga curta está em total destaque, as marcas tem feito suas campanhas e desfiles tudo em cima desse modelo de camisa!! E não adianta franzir a testa, torcer o nariz, pq ela está com tudo!!! A camisa de manga curta já está roubando a atenção dos homens mais ousados e daqui a pouco até os homens mais conservadores vão se render!!! Os modelos que mais tem chamado atenção são as com estampas florais, tropicais, poá, xadrez e listradas!! E as estampas podem ser com fundo claro ou escuro!!! Com essa camisa os homens montam cada produção super cool!! Corra e entre nessa vibe, que está demais!! Seguem inspirações!!

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Formada em Administração de Empresas, Danielle Coutinho atua no ramo da moda desde muito nova, pois sua mãe sempre esteve envolvida com comércio. Com isso, cresceu vendo esse mundo fashion e hoje é sócia da mãe na FORM, uma loja super moderna e atualizada, e consultora de moda.


etiqueta

A arte de receber por Sonia Gonçalves

É primavera… Que bom! Flores para você. Casa com flor tem mais alegria. As flores enchem a casa de energia boa, energia limpa. Ao abrir a porta aos seus convidados, as flores não podem faltar. Sobre a mesa, em pequenos conjuntos e no resto do ambiente, em exuberantes arranjos. Flores são a mais clara manifestação de carinho. E se não há regras prontas, vale seguir as sugestões, as cores e o coração. Alguns conselhos para harmonizar o espaço e a comida e mostrar aos seus amigos como lhes quer bem. Acerte com as brancas:

arranjos branquinhos vão bem em qualquer situa-

ção e só têm a somar com a sua festa. Flores é uma questão pessoal. Cada um tem sua paixão, suas espécies preferidas... Em uma recepção, algumas regrinhas devem entrar no jogo para que haja harmonia e adequação. No brunch, flores, frutas e legumes servem de arranjos.

Numa rodada de pizza, flores temáticas em tons vermelhos e ramos de trigo...

Num jantar sofisticado, tulipas, orquídeas e rosas serão sempre uma boa escolha. Sobre a mesa nenhum adorno mais alto do que 25 cm, a não ser que ultrapasse a altura da cabeça.

Gosto de juntar vidros. Organizo pelas cores: vidros brancos, de molhos, garrafas de vinagre, copos, taças... Amo as transparências! Vidros verdes... de azeites, cervejinhas, vinagres, vinhos baixo , copos de pé.

Vidros azuis... uma infinidade de vidros azuis translúcidos... por aí... a Espanha faz lindos! Gosto da diversificação dos tamanhos e do jogo de proporções. Brinque com as alturas... A arrumação com recipientes de boca estreita ajudam neste tipo de arranjo. Cada um fica numa altura. É o jogo das proporções, tão alegre e primaveril. Manter a casa com flores d’água, são uma ótima opção nos dias de hoje. É barato, alegram, iluminam e... trazem BOA SORTE!

Sonia Gonçalves se formou pela Escola de Belas Artes (UFES) nos anos 60 e durante 22 anos foi dona da loja Arte e Casa, em Cachoeiro. Para ela, o grande segredo para uma casa se tornar acolhedora está na harmonia entre formas e cores.

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social

fernandapbaptista@gmail.com

por Fernanda Magalhães SAMYRA CASTEGLIONE comemorou seus 15 anos com seus pais Matias e Mírian e sua irmã Sâmya. Uma festa linda e super animada.

ROSANA PERIN no ART RIO 2016.

GLÁUCIA DEZAN comemorou com uma festa linda seu aniversário. Parabéns!

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Curtindo as belezas da ITÁLIA, PAULINHO E CLÁUDIA SECCHIN.


Prestigiando o espaço Afeto 20: MARGARETH, VALÉRIA, GLÁUCIA, MARCELLE, MARLI e FERNANDA.

JANAÍNA PIMENTEL trazendo muitas novidades para

SINGAPURA SAÚDE.

Parabéns e muitas felicidades para DAVI

JORGE que comemorou no último dia 10 seus 15 anos.

VALÉRIA e MARCELLE MALHEIROS inauguraram no último dia 04, o espaço AFETO 20. Tudo lindo e de muito bom gosto.

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sabor

À mesa com...

Helena Paula Brum por

Renato Magalhães

H

elena Paula Brum, ou simplesmente Helena, como é conhecida por todos, é a nossa convidada desta edição. Lá atrás, em 1969, há 47 anos, portanto, veio de Virginia Nova, Jaciguá, e desde então trabalha na casa de Vera Franklin, amiga querida e nascida de uma das mais tradicionais famílias cachoeirenses. Helena sempre foi um patrimônio da casa. Criou os cinco filhos de Vera – Eduardo, Ricardo, Ludmila, Rogério e Maritza -, seus netos e hoje é a sua Governanta , com todos as honras que o cargo muito merecidamente lhe concede. “Impossível viver sem a Helena”, não se cansa de repetir a Vera em coro com seus familiares. Com mãos de fada e cuidados que não tem fim, está presente como anjo da guarda em cada dia da vida de Vera. E se não bastasse, sabe tudo de cozinha. Seus quitutes ganharam fama e todos que deles já provaram apaixonaram-se à primeira vista. Assim como eu e o mestre fotógrafo Wallacve Hull, que no último dia 28 fomos documentar esta matéria no novo apartamento – uma graça! – em que Vera e Helena moram. Ali degustamos o prato principal “Camarão de Vera”, que foi servido acompanhado de salada de aipo, alface e frutos da estação ornados com iogurte natural. Impossível descrever essa delícia dos deuses!

CAMARÃO DA VERA

Fotos: Wallace Hull

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oo d o t m e o d n Cresce m os o c o t n u j o Estad s. n e v o j s o d sonhos

A Escola Viva abriu suas portas para os sonhos de milhares de jovens e já está funcionando em Vitória, Serra, Muniz Freire, Ecoporanga e Cachoeiro de Itapemirim. Mais que uma escola de tempo integral, é uma nova maneira de aprender e trocar experiências por meio do diálogo, transformando projetos de vida em um futuro com mais oportunidades. 40

Uma escola, múltiplas escolhas.

escolaviva.es.gov.br


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