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EDIÇÃO 014 ANO II NOVEMBRO/2016 R$ 10,00

foto: Dedrinkson Adame

Chega a Cachoeiro a Maple Bear, excelência internacional no ensino da língua inglesa para crianças

Rede de escola canadense, que atende crianças na idade da educação infantil e do ensino fundamental, iniciará no mês de fevereiro do próximo ano as suas atividades em local nobre da cidade, com estrita observação às normas do Ministério da Educação. Esta é uma iniciativa dos casais empreendedores Fabio Bortolini e Marcelo Rodrigues Crespo e suas esposas Melissa e Lisis. Páginas: 11, 12 e 13



ÍNDICE 05 Entrevista : Adriana Sader, titular da Opção Imóveis

Chega a Cachoeiro a Maple Bear, excelência internacional no ensino da língua inglesa para crianças

10 A manga, a Lava Jato e a Santa Casa Renata Magalhães

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16 Cachoeirense comemora treze anos de estrada lançando novo álbum com a banda NAPALMA

Personas: Adail Raymundo de Oliveira

Páginas 11 a 13

23 Hábitos e costumes

Balé - o clássico que não sai de moda

Sérgio Garschagen

24 MARRECO - O desbravador do Paraíso Portraits

28 Ah... se o tempo voltasse... Lena Madureira

Páginas 20 e 21

E muito

confira...

38 À mesa com... Renata Fiório


editorial

EXPEDIENTE Diretor-Executivo: Renato Ramos Magalhães 28 99273-4547

Editoração e Design: Marcelo Mothé 28 99910-2221

Dpto. Jurídico/Financeiro: Rodrigo Magalhães 28 99975-4344

Assessoria Contábil: Eraldo Luiz Fonseca dos Santos 28 3521 7031

Jornalista Responsável: Renato Magalhães Mtb-3462/ES

Impressão : Gracal - Gráfica e Editora 28 3522-2784

Contato/Atendimento: 28 99273-4547 rramosmagalhaes@gmail.com

Tiragem: 2.500 exemplares Endereço: Rua Mário Romanelli, 25 Bairro Gilberto Machado CEP: 29303-260 - Cachoeiro - ES http://www.revistavocemais.com.br Foto de Capa:

MAPLE BEAR Com sede na cidade de Vancouver, no Canadá, atuação em diversos países do mundo e com dez anos de pleno funcionamento no Brasil, está chegando a Cachoeiro de Itapemirim já a partir do ano letivo de 2017 a Maple Bear Global School. Credite-se essa grande conquista na área do ensino de alto padrão à iniciativa dos jovens médicos e empresários de larga visão Fabio Bortolini e Marcelo Rodrigues Crespo e suas esposas Melissa e Lisis, respectivamente. Essa rede internacional de ensino tem como objetivo despertar, em crianças e adolescentes de todo o mundo, a paixão pelo aprendizado em todas as etapas da vida. Ponto para Cachoeiro numa época em que pouco ou nada se ouve falar sobre investimento na área do empreendedorismo de alto padrão. É com grande prazer que presenteamos os leitores da revista Você + com Capa e matéria às páginas 11, 12 e 13, trazendo detalhes e informações importantes sobre esse grande momento na área da Educação para a cidade e Região. Um segredinho da hora: leitura especialmente recomendada para pais de crianças com idades entre 2 e 5 anos e que querem reservar para elas um futuro de qualidade. A MANGA, A LAVA JATO E A SANTA CASA Conexões, a vida é feita de conexões. Desde as sinapses, impulsos elétricos que acontecem aos borbotões a cada fração de segundo nos bilhões de neurônios do cérebro de cada um de nós; até aqueles elos de relacionamento que formam nosso networking pela vida a fora. Tudo nos reinos animal e vegetal, para funcionar bem, precisa de boas conexões. Na maioria das vezes demora, mas cada um de nós ao longo da vida acaba, mais cedo ou mais tarde, percebendo que as conexões são os elos que mantêm a vida. E falo sobre isso para ver se estabeleço conexão entre as trêes palavras que usei para dar título à matéria da página 10. QUESTÃO DE CONCEITO E PRECONCEITO Dizer que chamar alguém pelo apelido deprecia ou bota para baixo é conceito para se reavaliar. Falo isso por experiência própria, porque até muito pouco tempo atrás Cabrita era o meu nome de guerra e chamar-me de Renato aí sim, é que era exceção à regra. Acho que principalmente em cidades do interior, onde todo mundo se conhece, na maioria dos casos apelidos têm até prevalência sobre os nomes próprios. O que machuca, e as pessoas às vezes confundem, não é o apelido, é a entoação da voz carregada de escárnio, de menosprezo, de desdém. Aí sim, fere, machuca. O apelido, não. Quando dito de forma carinhosa eleva, valoriza, “abraça”... Penso assim. Daí a justificar porque Adayl Raimundo de Oliveira, de codinome “O Macaco tá Certo”, é a maneira que encontramos de apresentar o nosso convidado para inaugurar a galeria de Personas, na página 18. Ficássemos nós, por questão de estilo, só no Adayl Raimundo de Oliveira e certamente reduziríamos ao mínimo o número de leitores que o iriam identificar... Agora sim, feitos os devidos esclarecimentos, dizer que Adayl tem uma história de vida riquíssima e que a revista Você+ tem orgulho de apresentar um breve raio X seu e que sem dúvida nenhuma ele certamente é uma das FIGURAÇAS de Cachoeiro, no melhor dos sentidos. Mas os presentes antecipados de Final de Ano da revista Você + não acabam aqui. Da primeira à última página a equipe de jornalismo caprichou nos conteúdos e há muita coisa boa para ser lida.

A Revista Você+ é uma publicação mensal. Seu objetivo é divulgar fatos e versões relacionados ao interesse de Cachoeiro de Itapemirim e região, privilegiando pessoas, acontecimentos, perspectivas e outras temáticas indispensáveis. Praticamos um jornalismo ético, apartidário, atualizado com o seu tempo e, acima de tudo, independente. A Revista Você+ não se responsabiliza pelos artigos assinados, que são de inteira responsabilidade de seus autores.

Acreditamos muito no milagre da vida e desejamos que você, leitor amigo, também acredite. Boa leitura a todos. foto: Jonathan Lessa

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entrevista

Adriana Sader, titular da Opção Imóveis, tem um lema de vida: “Não existem inteligentes e não-inteligentes. Existem persistentes e desistentes.” por Renato Magalhães

A

driana Grillo Carreiro Sader, apaixonada pela área imobiliária, é empresária e titular da Opção Imóveis, desta cidade. Trabalha no ramo de administração de locações, vendas, assessoria e avaliação de imóveis. Ela é casada com Jeferson Cheim Sader, comerciante do ramo de gêneros alimentícios, e mãe dos jovens Jeferson Filho e João Pedro, ambos cursando Engenharia Civil. Nasceu em Cachoeiro e é filha de João Carreiro, que foi titular da tradicional loja Madecol, maior revendedora da marca Eternit no sul do Estado. Adriana morou e passou a sua infância ali na bucólica Pracinha dos Macacos, no bairro Gilberto Machado. Curiosamente, ela lembra que aquela árvore frondosa e majestosa que domina a pracinha nos dias atuais, ganhou toda a beleza que ostenta a partir de uma chuva intensa cujos ventos partiram seu tronco ao meio. “Males que vêm para o bem”, diz Adriana, no que somos obrigados a concordar. Adriana é daquelas pessoas cujo dia deveria ter o dobro de horas que tem. Irrequieta e curiosa, garota ainda já trabalhava na loja do pai e com um ano já se tornara gerente do estabelecimento. Coisas novas para ela era desafio permanente. Gostava de ir às Feiras de material de construção em São Paulo para se atualizar com as tendências do mercado. Na ânsia de aprender, graduou-se em Administração e fez o curso técnico de Gestão Imobiliária. Dali a se tornar a primeira mulher no Sul do Estado a conquistar o título de Perita Avaliadora com registro no CNAI – Conselho nacional de Avaliadores Imobiliários foi um pulo. Vamos viajar com Adriana...


entrevista Como foi o seu ingresso na atividade que desempenha atualmente no ramo imobiliário em Cachoeiro? A Opção Imóveis foi constituída em 1991 – há 25 anos, portanto – pelas primas Paula e Marny Cheim, filhas das irmãs Maria Lucia e Rosa Marta Cheim. Depois de trabalhar algum tempo na empresa, no ano de 2003 assumi a sua titularidade. Identifiquei-me completamente com o ramo de negócios imobiliários e rolou ali o que se chama de amor à primeira vista. A tal ponto que no período aproximado de 1 ano os negócios aumentaram em cerca de 200%. Então, neste ano comemora-se 25 anos de constituição da Opção Imóveis e16 anos com você à frente da sua gestão. Faça um breve relato dessa experiência. Ah, muito a comemorar! Apesar das crises político-econômicas que periodicamente acontecem no Brasil, vivenciamos um crescimento contínuo. Nossa carteira de Clientes, constituída de pessoas físicas e jurídicas, é considerável e diversificada, sendo nosso principal ativo. Fizemos e incentivamos parcerias permanentes com as empresas do ramo, com as construtoras locais, com as suas congêneres que vindo de fora aportaram em Cachoeiro... Estamos sempre abertos a um trabalho cooperativo e valorizamos sobremaneira o trabalho associativo, pois essas modalidades, quando assentadas em bases saudáveis, são a melhor porta para se alcançar bons 6

resultados. Orgulho-me do meu registro no Conselho Regional dos Corretores de Imóveis, de ter trazido para Cachoeiro o Curso Superior em Gestão Imobiliária, de ter sido a primeira mulher no Sul do Estado a conquistar o título de Perita Avaliadora, da bela e recém-inaugurada sede da nossa empresa, motivo de grande orgulho e satisfação pessoal... Sabem? Orgulho-me da vida!

Sempre defendi o

Necessário falar um pouco mais aqui sobre a recente inauguração do imponente Edifício Sede da Opção Imóveis em endereço nobre de Cachoeiro. De concepção arquitetônica moderna e arrojada, dá bem uma mostra da sua confiança no ramo em que atua. Sempre defendi o lema que ensina que há os melhores momentos para plantar e para colher, assim como para investir, comprar e vender, cabendo às pessoas discernir a respeito. Naturalmente, com a assessoria de profissionais especializados no ramo. Sabemos que o Brasil passa por momento muito delicado, em que uma série de traumas econômicos e sociais se sucede na vida da maioria das pessoas: desemprego, mercado em baixa, cofres públicos vazios, instabilidade nas bolsas de valores, preços dos gêneros básicos inflacionados e uma série de problemas decorrentes. Ao contrário de alguns, em nossa maneira de ver as coisas essa é sempre uma boa hora para investir. Estou orgulhosa do resultado conjunto da nossa equipe de

trabalho, porque sempre fizemos o que de melhor estava ao nosso alcance. Acredito que o desenvolvimento de uma cidade se faz com o esforço de várias mãos. Esforçamo-nos para criar um espaço moderno, confortável e adequado para oferecer sempre o melhor aos nossos colaboradores e clientes.

lema que ensina que há os melhores momentos para plantar e para colher, assim como para investir, comprar e vender, cabendo às pessoas discernir a respeito.

À par das suas ações de rotina, alguma notícia de interesse para o mercado em que atua? Sim, a Opção Imóveis e um grupo de outras cinco empresas congêneres (Opção Imóveis, Multi Imóveis, Renê Empreendimentos Imobiliários, Erváti Imóveis e Tófano Imóveis) está trazendo para Cachoeiro e Região Sul do Estado os serviços altamente especializados da Netimóveis, empresa consagrada no mercado nacional com atuação em seis Estados e inúmeras outras cidades. A Netimóveis é maior rede de imóveis compartilhados do Brasil e atua da seguinte forma: Seu know how foi desenvolvido a partir do modelo da MSL norte ame-

ricana e canadense, a maior do mundo no gênero da administração de compra, venda e locação de imóveis. Analise, por favor, o mercado imobiliário local. Estamos em meio a uma crise? É possível enxergar alguma luz no final do túnel? Cachoeiro não é diferente do restante do Brasil. Como dissemos acima, realmente não estamos navegando em mar de Almirante, mas ao mesmo tempo paralisia não é a palavra chave nessa equação. Muitos esperam uma mexida no tabuleiro para ensaiar as suas próximas jogadas. Faz parte do jogo. Já percebemos, embora de forma tímida, certo reaquecimento na economia; modesto, mas de qualquer forma um reaquecimento. Acompanhamos pelos noticiários, que em centros maiores os estoques de imóveis têm diminuído e que os valores de referência por metro quadrado da construção ensaiam já leves altas. Isso é um bom sinal. É o ciclo da economia dando sinais de vida, em intervalos maiores ou menores. Nossa perspectiva de mercado para o setor imobiliário é positiva, afinal existe no Brasil uma demanda reprimida muito grande. Além do mais, para a roda da economia começar a girar, nada melhor do que estimular a construção civil que, afinal, sempre foi a grande geradora de empregos do mercado. Não só no ramo da construção civil, mas também de uma maneira geral, Ca-


choeiro está estagnado? Não, de forma nenhuma. Acontece que a nossa cidade já não é aquela vila de interior de antigamente. Somos hoje mais de 200.000 habitantes, a cidade cresceu em várias direções e de diferentes formas. Nossa vista não alcança toda a cidade assim, de uma só vez. Basta um olhar mais atento e uma dose adequada de informações para perceber que muitas coisas aqui estão fluindo. Hoje, cada um dos nossos aproximados 70 bairros têm vida própria com supermercados, clínicas médicas, farmácias, lojas, bares, clubes, academias... Há quanto tempo o leitor não visita a região do Condomínio Montanha ou o Alto da Vila Rica, por exemplo? Inúmeras moradias de médio e alto padrão se instalam ali, continuadamente. Faculdades de Arquitetura, Engenharia e Medicina passarão a funcionar no próximo ano em Cachoeiro – quantos alunos da região serão atraídos para a cidade! Um hotel de grife foi inaugurado recentemente nas imediações do bairro Gilberto Machado. Três modernas salas de cinema foram abertas ao público recentemente em centro de compras no BNH. Outras tantas estão próximas de serem inauguradas em um shopping center localizado em bairro também nobre da cidade. Obras da construção civil realizadas pela iniciativa privada permanecem em franco andamento. Grandes projetos estão aí na ordem do dia: vejam o novo hospital

Unimed e o futuro parque industrial da Cooperativa Selita. Diversos condomínios residenciais espalhados pela cidade estão aí para quem quiser ver. Não, Cachoeiro não está parado, está vivo. Diminuiu o passo, mas permanece vivo. Então, não há do que reclamar? Nem tanto ao céu, nem

A população,

de uma maneira geral, está mais consciente, engajada, participativa e esse é um bom sinal. No conjunto da obra, tenho motivos para acreditar que bons tempos retornarão.

tanto ao mar... Claro que o poder público retraiu-se consideravelmente em termos de novas realizações por um grande período e isso pesa muito na balança. As diversas obras em andamento na cidade podem ter sofrido leve ou moderada desaceleração. Novos investimentos já não são tão frequentes. Isso tem ocorrido, é um fato. Mas prefiro olhar os negócios com a lente do otimismo, porque a experiência nos mostra que a vida transcorre em ciclos e prefiro considerar que não estamos muito longe de uma nova era de prosperidade. Alguns ajustes na máquina pública brasileira estão sendo feitos e muitos outros ainda estão na fila aguardando a sua vez. A população, de uma maneira geral, está mais consciente, engajada, participativa e esse é um bom sinal. No conjunto da obra, tenho motivos para

acreditar que bons tempos retornarão. Claro que estamos precisando de uma saneada básica no estrato social do nosso país, começando pela educação e saúde de qualidade, passando pela moralização dos costumes e evoluindo para reformas fundamentais em nossa legislação. Mas não percamos de vista uma realidade: há coisas que acontecerão no curto, no médio e no longo prazo e, infelizmente, outras que possivelmente nem acontecerão. Mas essa é a ordem natural da vida, em qualquer quadrante da terra. A nós, simples mortais, cabe vigiar, cuidar e trabalhar para construir o futuro que desejamos. Uma palavra de ordem... Mesmo vivendo o momento que estamos vivendo, não podemos ficar retraídos. Temos que avançar, sempre! 7


setor imobiliário

Iniciativa pioneira no ramo imobiliário inova em Cachoeiro por Filipe Benevides

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novação. Com o atual cenário econômico instável, podendo ser observado em todo o país e em praticamente todas as áreas, esta acaba tornando-se a palavra de ordem na vida dos brasileiros. Evidentemente, no ramo dos negócios, não é diferente. E foi neste sentido, buscando inovar e se reinventar em meio à crise, que cinco imobiliárias cachoeirenses: Opção Imóveis, Multi Imóveis, Renê Empreendimentos Imobiliários, Ervatti Imóveis e Tófano Imóveis, uniram forças em prol de um objetivo comum e implantaram em Cachoeiro a rede Netimóveis. A Netimóveis nasceu em Belo Horizonte há mais de 20 anos e hoje é um dos maiores portais imobiliários do país, oferecendo recursos exclusivos para vender e alugar com mais segurança e velocidade aos seus clientes.

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Possui em sua plataforma mais de 120 imobiliárias cadastradas em Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo, Santa Catarina, Bahia e Distrito Federal. A carteira da empresa, com mais de 100 mil imóveis é compartilhada através de um sistema segu-

ro e confiável, possibilitando assim maior agilidade, eficiência e rapidez nas transações. Segundo palavras de seu Presidente, Ariano Cavalcanti de Paula, que apresentou o projeto em Cachoeiro, na sede da ACISCI – Asso-

ciação Comercial, Industrial e de Serviço de Cachoeiro de Itapemirim, no início deste mês, o ponto nuclear do sistema é a integração entre os corretores e clientes. “As experiências locais/regionais, podem e devem ser aproveitadas nacionalmente”, completou Ariano. Encontrar um imóvel na Netimóveis é simples e fácil. Além de oferecer uma das maiores carteiras de imóveis do Brasil, o sistema de busca permite pesquisas rápidas, com informações de qualidade e sem imóveis repetidos. A busca pelo mapa permite pesquisas por regiões da cidade, do estado e até mesmo do país. O portal, com mais de 80 mil consultas a imóveis por dia, opera em qualquer dispositivo, além de oferecer aplicativos para iOS e Android. Em Cachoeiro, a rede está sendo presidida por Adriana Carreiro Sader, titular da Opção Imóveis.


SHOPPING SUL (28) 3015-1212 e mais 61 lojas no Brasil.


crônica

A manga, a Lava Jato e a Santa Casa por Renato Magalhães A MANGA... Assim: 10 horas da manhã, domingo, 20.11.2016. A manga estava lá, madurinha e convidativa, no alto do grande pé de manga que cresceu no pequeno quintal dos fundos da minha casa. Eu já estava de olho nela há uns dias... Não queria que ela, ao seu tempo, caísse e se esborrachasse no chão. Queria-a inteirinha, virgem, intocada: meu presente de domingo para Heloisa. Pois, bem, uma escada e o telhado se interpunham entre mim e o desejado troféu, galardão provável de uma escalada épica aos 72 anos de idade. Galguei os degraus, cheguei com os pés à altura do telhado (coisa de uns 3,50 m de altura), estiquei o bambu com uma lata presa em sua ponta e estava a centímetros de colhê-la gloriosamente. Estava, porque a escada quebrou... Foi um tombo de fazer tremer o Itabira. Apagaram a luz, não vi mais nada... Bem, para encurtar a conversa: eu esparramado com os ombros e a cabeça no chão e as canelas para cima trançadas em dois ou três degraus da escada. Dores espalhadas pelo corpo semelhantes a um parto natural de trigêmeos. Como acabou essa epopeia? Maca, ambulância do Corpo de Bombeiros, 11 pontos no corte, escoriações generalizadas, dores idem e o resto do dia de domingo no pronto socorro da Santa Casa, a nossa Casa Santa. ...A LAVA JATO E A SANTA CASA A história da manga lá de cima e minhas assertivas sobre a palavra conexões do Editorial, me conduzem à Santa Casa, Casa Santa de Cachoeiro. Explico. A manga foi o vislumbre fulgaz de um desejo, qual seja o de colher uma fruta para

Heloisa. Um desejo elevado – na acepção do termo - mas os recursos utilizados para realizá-lo... foram pífios: 72 anos nas costas, altura excessiva, escada e precaução com prazos de validade vencidos, chão duro e, não poderia dar outra, amarguei a pior queda da minha vida! A Lava Jato, assim como a manga, são institutos amados pelos brasileiros e um destino a ser evitado por todos os meios pelos maus políticos. Querem a minha opinião? A Lava Jato, para os políticos cafajestes, produz efeitos muito mais danosos do que o meu malfadado tombo. Que ela não termine e seja eterna enquanto dure. Nessa torcida, incluo a Santa Casa de Cachoeiro. Submetida à mais severa míngua, por décadas, ela está aí, resiliente, heroica e eficaz como todo Cachoeiro e Sul do Estado desesperadamente precisam. Sem recursos suficientes, esquecida pelos políticos de todos os naipes, amarga necessidades de todos os tipos. Materiais básicos de trabalho, instalações e equipamentos sobrevivem milagrosamente à incúria espalhada como metástese. Mas, fazendo frente a tudo isso, conta com um corpo abnegado de funcionários e administradores, esses sim, as pérolas da coroa. E não afirmo isso como crítica gratuita ou irresponsável. Falo, categoricamente, pois estive lá combalido, presenciei vicissitudes assemelhadas às camadas do inferno de Dante e... venci! Fui atendido por profissionais dedicados, cativantes, habilitados para as funções que exercem: aos quais, de todo coração, agradeço.

Renato Magalhães, Diretor-Executivo da Revista Você + e alpinista frustrado de final de semana.

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Chega a Cachoeiro a Maple Bear, excelência internacional no ensino da língua inglesa para crianças Rede de escola canadense, que atende crianças na idade da educação infantil e do ensino fundamental, iniciará no mês de fevereiro do próximo ano as suas atividades em local nobre da cidade, com estrita observação às normas do Ministério da Educação. Esta é uma iniciativa dos casais empreendedores Fabio Bortolini e Marcelo Rodrigues Crespo e suas esposas Melissa e Lisis. por Filipe Benevides e Renato Magalhães “I have a dream”, este é o nome popular dado ao histórico discurso público feito pelo ativista político americano, o pastor Martin Luther King. Ali ele falava da necessidade de união e coexistência harmoniosa entre negros e brancos no futuro. Não só nos EUA, mas em todo o mundo. Retirei essa definição do Wikipédia porque, guardadas todas as proporções e apenas contextualizando, ela se enquadra à perfeição ao fato gerador que motivou o médico radiologista Fabio Bortolini a vislumbrar a possibilidade de instalar

em Cachoeiro de Itapemirim uma estrutura escolar bilíngue da mais alta qualidade. Sonho que está se tornando realidade... Tudo começou quando dr. Fábio Bortolini foi visitar um amigo de Cachoeiro, também médico, e que havia tido um filho há pouco tempo. Esse amigo, que já havia pesquisado amplamente a questão do ensino da língua inglesa para crianças, apresentou-lhe o conceito de ensino da Maple Bear, canadense, como sendo uma escola “maravilhosa” (essa foi a expressão usada por seu amigo) de padrão internacional. Daí, ir a São Paulo para conhecer a escola, sua estrutura e metodologia de

ensino, aconteceu logo em seguida. “Foi paixão à primeira vista”, fala com entusiasmo dr. Fábio. Aos fundamentos. Neste mundo cada vez mais globalizado, em que as fronteiras da profissionalização se ampliam, o domínio de um segundo idioma – com destaque para o inglês – não é só uma necessidade, atingindo mesmo o nível de imposição, sob pena de as possibilidades de trabalho se tornarem consideravelmente reduzidas. Convencido dessa necessidade e “sentindo na pele” a força dessa realidade, dr. Fabio vivenciou esse drama quando seus filhos Giuseppe, Fiorella e Thor iniciaram, cada um a seu

tempo, a idade escolar. Começou aí o seguinte choque de realidade: dr. Fabio e sua esposa dra. Melissa, ambos médicos, tiveram dificuldade em encontrar uma escola que atendesse às expectativas do casal com relação ao ensino especializado da língua inglesa. Natural, porque vindos de Vitória e com as referências da Capital, concluíram rapidamente que os recursos que Cachoeiro oferecia nessa área não eram suficientes. Famílias que moram aqui devem ter seus filhos pequenos estudando aqui, sob o acompanhamento permanente dos pais. Essa é a boa regra. E na esteira dessa lógica, empreendedor nato que é, dr. 11


educação Fabio concluiu que por ser a cidade polo do Sul do Estado, em algum momento Cachoeiro teria alguma coisa inovadora nessa área aportando por aqui. Adicione-se a isso o fato de que a falta de segurança está presente não só em Cachoeiro, mas no mundo todo. E se algumas famílias locais têm condições econômicas de criar os filhos desde crianças em Cachoeiro mesmo, com um ensino de inglês fluente, esse é um fator que deve ser realisticamente considerado.

LOCALIZAÇÃO

A Unidade 1 da Maple Bear Cachoeiro será destinada

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aos alunos da educação infantil e estará localizada na Avenida Francisco Lacerda de Aguiar, no bairro Gilberto Machado, na casa onde morava Rubinho Santana. Isto, até que seja inaugurada a sede da escola, que está sendo construída no bairro Paraíso. Simultaneamente, em uma região nobre, segura e de fácil acesso está sendo erguida uma edificação modulada de três andares que será a Unidade 2 da escola, que atenderá aos estudantes do ensino fundamental. “O espaço é muito bom, amplo, teremos em nossas dependências um bosque,

para desenvolver o contato das crianças com a natureza e também uma espécie de mini horta. A questão da sustentabilidade será muito presente na vida das crianças que passarão por ali. Além disso, dentro do prédio faremos um espaço bacana para que os pais, quando presentes, possam conversar e desenvolver um network”, menciona dr. Fábio.

CORPO DOCENTE

Gostar de trabalhar com crianças e possuir um bom embasamento técnico foram os princípios básicos observados na hora de se-

lecionar os professores da Maple Bear Cachoeiro. Uma empresa de consultoria formada por psicopedagogas e profissionais da língua inglesa chegou a ser contratada com o objetivo de assegurar tanto a fluência quanto a qualificação dos futuros professores. Segundo o empresário, a escola já está no radar das professoras de Cachoeiro mesmo sem haver ainda um trabalho massivo de divulgação. “Inúmeros currículos estão chegando e tantos outros ainda devem chegar, já que estamos em processo seletivo. Estamos selecionando quem acreditamos


serem as melhores pessoas que a cidade pode oferecer e há o desejo de se fazer forte investimento no corpo docente”, cita. A rede Maple Bear, em sua concepção original, também conta com uma linha de qualificação profissional com pós-graduação, mestrado e doutorado dedicado a educação bilíngue para as professoras.

SERVIÇO

As matrículas para a educação infantil da Maple Bear Cachoeiro de Itapemirim já estão abertas. Desde novembro estão sendo propostos programas de recebimento dos pais interessados dentro da escola para que além de conhecerem a estrutura física e metodo-

lógica da unidade, os pais também tenham todas suas dúvidas sanadas pela equipe pedagógica da unidade. “Quem conhece se apaixona, o recado é esse! Não há nada parecido em nossa re-

gião e as pessoas têm que conhecer. Digo isso, pois acredito no projeto como um todo. A minha esposa acredita também como sendo a Maple Bear a melhor opção de escola para os nos-

sos filhos. E foi isso que mais nos motivou a levar o projeto à frente e poder proporcionar excelente e exclusivo padrão de ensino a todos os alunos e à cidade”, encerrou Dr. Fábio.

A palavra da Diretora por Sandra Novaes Coelho

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om 10 anos de atuação no Brasil, as escolas Maple Bear já atingiram o nono ano do Ensino Fundamental (year 9). Diversas escolas irão iniciar no Brasil, em breve, o Ensino Médio, que contará com disciplinas segundo as leis brasileiras e acrescentadas do currículo escolar canadense. A nossa escola, em Cacheiro, irá iniciar com crianças de 2 a 5 anos, como uma escola regular de ensino, e irá avançando em séries à medida que as crianças vão atingindo cada etapa, até chegarem ao Ensino Médio. Segundo estudos que apontam que a construção do conhecimento de forma prática é a mais eficiente e duradoura, a metodologia canadense incentiva a criatividade, experimentação, descoberta, resolução de problemas, tomada de decisões, disposição para correr riscos intelectuais e compartilhamento de informações. O objetivo é formar crianças autônomas, adaptáveis às mudanças do mundo moderno e verda-

deiramente apaixonadas pelo aprendizado! Na Maple Bear é praticado o conceito de educação holística, que promove o desenvolvimento integral da criança, simultaneamente nas esferas intelectual, emocional, social e física, O bilinguismo, por meio da imersão completa ao longo do Ensino Infantil, é outro pilar da metodologia Maple Bear. Os alunos, assim, aprendem o segundo idioma de forma natural, da mesma forma que se apropriam do idioma nacional, o português. Já estivemos em vários treinamentos oferecidos pela Maple Bear, mas os canadenses a partir do mês de dezembro virão até a escola oferecer treinamento não só ao professorado, mas também a toda o staff de suporte. Tenho 50 anos de profissão como professora de língua inglesa, Pós-Graduação em administração escolar e Estudos Linguísticos. Mestrado em Educação, Proficiency da Cambridge University, Level Five da University of London e certificação em tradução simultânea e consecutiva.

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charge

Ricardo Ferraz Ricardo Ferraz, cartunista, capixaba de Cachoeiro do Itapemirim. Fundador da Associação Capixaba de Pessoas com Deficiência. Sua obra está presente em jornais e revistas do Brasil, América do Sul, África do Sul, Europa, Canadá, EUA e na ONU.

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música

Cachoeirense comemora treze anos de estrada lançando novo álbum com a banda NAPALMA por Filipe Benevides

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nspirados pela mistura dos ritmos brasileiros e africanos, a banda de sucesso internacional NAPALMA, é integrada pelo cachoeirense Cid Travaglia (percussão, programação eletrônica e backing vocal), pelo moçambicano Ivo Maia (encarregado dos vocais e percussão) e por um terceiro musico chamado de “Mister X” (que vira um elemento surpresa nos shows).

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O NAPALMA completa no começo de 2017 treze anos de carreira e mais de 800 shows no portfólio, em 15 países. Dentre as centenas de apresentações, os rapazes já estiveram nos maiores festivais de música eletrônica do mundo como o Boom Festival e o Rezonance Festival na África do Sul e eventos ecléticos como o lendário Montreux Jazz Festival, na Suíça e o Cape Town International Jazz Festival, qua-

tro turnês no Egito e três vezes nas Ilhas Seychelles tocando para um príncipe Árabe. O novo álbum “A Big Funky Family” promete trazer ao público uma renovação de sons e temperos. “O projeto é um imenso caldeirão de influências, desenvolvido a partir de parcerias nas composições e gravações das músicas com artistas da África do Sul, Alemanha, Austrália, Brasil, Egito, França, Moçambique, Por-

tugal, Togo”, citam os integrantes do NAPALMA. A identidade musical da banda foi crescendo e se desenvolvendo a partir de influências e colaborações, ganhando mais estilos e mantendo sua originalidade e a forma de fazer as pessoas se mexerem com esta mistura de ritmos brasileiros e africanos aos diversos beats da música eletrônica. Além disto, a percussão e as letras cantadas em inglês, português e


Changana (uma das línguas mais faladas em Moçambique), contribuem para explicitar a diversidade cultural tão marcante. Paralelamente ao lançamento do álbum, a NAPALMA inaugura também um novo tour que será lançado em dezembro, na África e chegará ao Brasil durante o verão, prometendo trazer um espetáculo globalizado com músicas e performances originais, vibrantes e acima de tudo, contagiantes. Cid Travaglia cresceu em Cachoeiro, filho de Adhemar Travaglia e Cidnea (Seu Dema e Dona Néa) onde fez suas primeiras batidas sem mesmo ter noção que se tornaria um baterista e percussionista. Os amigos de infância só entenderam aquele menino que vivia batucando em latarias de carros, panelas, pratos, livros quando ele começou a tocar em uma banda, aos 14 anos, com Clauber Fabre e Túlio Coelho, e nunca mais parou. Um fato curioso foi quando Cid já tocava bateria por alguns anos e ouviu de um amigo do seu pai que “o sonho do Adhemar quando era criança era ser um baterista, e nunca disse isso ao Cid”. A capital do Espírito Santo, Vitória, é a próxima parada de Cid, onde começou a

tocar no Madian, The Rain e após concluir o curso de Comunicação Social na UFES se muda para o USA para explorar um universo musical diferente e tocar no grupo Systems Collapse, em San Francisco, com o atual guitarrista do Faith No More, Jon Hudson. Ao retornar ao Brasil em 1995 Cidinho cria o grupo Pé do Lixo e lança a LONA Records selo musical que gravou, lançou e distribuiu muitos artistas locais, como Casaca, Java Roots e artistas nacionais como Adão Negro e Dread Lion. E começa um trabalho de militância pela cultura capixaba, representando o estado em Feiras de Música e Festivais pelo Brasil. O grupo Pé do Lixo emplacou musicas nas rádios locais e lançou três álbuns apresentando-se em todo Brasil, vencendo o programa Ultrasom da MTV Brasil, Troféu Guananira e um premio na Radio 89FM em São Paulo, sendo escolhido para tocar com o Skank no Sesc Itaquera, em São Paulo. Em 1999 Cidinho idealiza um Festival dedicado a cultura capixaba e se junta a mais tres profissionais que acreditaram na idéia e em 1999 lançam o Festival “Dia D” que tinha como slogan “O Festival da Cultura

Capixaba”. O Festival DIA D foi um evento multicultural realizado na Praça do Papa com uma programação composta na sua totalidade por artistas do Espírito Santo. Foi acolhido pelo publico e mídia, reunindo de forma surpreendente plateias de oito mil pessoas na primeira edição em 1999, quinze mil pessoas em 2000, vinte

mil pessoas em 2001 e treze mil em 2002. Em 2004 o Pé do Lixo dá uma parada e alguns membros da banda começam o NAPALMA, que levou Cidinho para ver o mundo, vivendo desde 2005 no exterior e desenvolvendo uma carreira internacional e realizando o sonho de infância dele e do seu pai. 17


personalidades

por Renato Magalhães

Convidado: Adail Raymundo de Oliveira, ‘‘O MACACO TÁ CERTO.” PARA COMEÇO DE CONVERSA ADAYL RAIMUNDO DE OLIVEIRA, 79 anos muito bem vividos, nasceu em Mimoso do Sul e aos 12 anos veio para Cachoeiro: “para ficar e amar”, enfatiza. Nos anos de 1957/1959 fez o serviço militar na Aeronáutica, no Rio de Janeiro. Toda a sua “manha” de vida começou ali. Alto, de corpo esguio e já estando no Rio foi treinar como goleiro no juvenil do Botafogo. Tempos de glória, onde teve a oportunidade de conviver com o antológico técnico Neném Prancha e o preparador físico da Seleção Brasileira, Paulo Amaral. No início dos anos 60 disputou o campeonato paranaense pelo Londrina e pelo Paranavaí. Retornou a Cachoeiro e entre 1962 e 1964 defendeu as cores do Estrela e do Cachoeiro, sempre na posição de guarda-valas. “Naquela época, Cachoeiro tinha excelente futebol e muitos craques” atesta Adayl. Alguns deles: Otacilio, Teonas, Pedrinho, Alcenir, Ciro, Jurandir, Zinho, Geraldinho Cerqueira... “Verdadeira seleção, os caras faziam o que queriam com a bola” emenda o nosso Persona, no que concordamos plenamente. Com vida intensa à época, foi industrial e comerciante de “móveis de fórmica e estofados”, com a loja Móveis Fidalgo, ali no começo da rua 25 de Março. Em 1970 trabalhou no Gabinete do Prefeito Hélio Carlos Manhães. “Tomei gosto pela política e em 1972 elegi-me Vereador pelo MDB. E é bom que se diga que naquela época se trabalhava pela causa, sem vencimentos, não tinha essa grana toda que rola hoje não.” Foi nessa campanha que ele mesmo criou o slogan “O Macaco tá Certo”, inspirado no programa de televisão da Rede Globo que bombava à época – “O Planeta dos Homens”. Em 1982 candidatou-se a Deputado Estadual, onde teve vistosos 5.016 votos em um universo de 48.000 eleitores, tornando-se Suplente. Migrando para o PP, em 1986 trouxe a Cachoeiro Tancredo Neves e 18

Esperidião Amim para lhe dar posse na Presidência do Partido. Foi Diretor do Ciretran em Cachoeiro entre 1986 e 1989. A VIDA SEGUE “Deixando no retrovisor a militância política, cuidei de dar outros rumos à minha vida”, conta Adayl. Nascia lá pelos anos de 1979 a Astro Produções, empresa especializada em eventos artísticos. Criou o Futebol de Astros e em várias oportunidades trouxe a Cachoeiro grandes artistas “globais”... Confiram o nome de algumas celebridades: Lima Duarte, Tony Ramos, Rubens De Falco, Sérgio Chapelin, Mario Gomes, Edson Celulari, Elisângela, Cláudia Raia, Luma de Oliveira, Maitê Proença. Todos e todas jogavam. “O campo do Estrela enchia, não dava para quem queria. Era um verdadeiro show de bola!”. Certa vez, em parceria com Carlos Alberto Torres - eterno “capita” da Seleção Brasileira e recentemente falecido - trouxe aqui também grandes craques, desta vez da bola mesmo: Raul, Rodrigues Neto, Paulo Cesar Caju, Claudio Adão, Jairzinho... PARA FINALIZAR Claro que no meio dessa história tem muitas passagens que deveriam ser checadas, mas o que fazer? Adayl pode ser visto diariamente entre o Murad’s e o Shopping Cachoeiro, sempre animando rodas de conversa descontraída e deitando cátedra sobre temas os mais variados da nossa cultura popular. Encerramos dizendo que O Macaco tá Certo, boa praça de quatro costados, é uma emplumada Avis Rara da nossa Capital Secreta e valoriza sobremodo nossa Fauna Urbana. Achamos que além de luminosa Persona, Adayl é também uma grande Figuraça! No melhor dos sentidos, naturalmente...



por Fafá Pimentel

O

Ballet ou Balé nasceu na Itália no final do século XV e continua a conquistar novos adeptos. Até pouco tempo uma atividade restrito ao público infanto-juvenil e àqueles que pretendiam profissionalizar-se, o balé tornou-se a atividade física queridinha de famosas, como as atrizes Alinne Moraes e Giovanna Antonelli, que ajudaram a divulgar as benesses da técnica clássica também para adultos. Se você sempre sonhou em fazer aulas de balé, mas acha que seu tempo já passou, ou deseja vestir de novo uma sapatilha, mas pensa que sua idade é um empeci-

Da esquerda para a direita: Gláucia Dezan, Fernanda Lima, Dadá Bueno, Bruna Sardenberg, Monica Pitanga, Larissa Patrão, Leidiane Valpassos, Keila Vetoracci Coelho, Andressa 20 Trevisol e Mônica Garruth.

lho, leia com atenção os depoimentos dessa matéria. Você + conversou com mulheres que dançaram quando crianças, outras são iniciantes. Algumas foram despertadas pelo interesse da filha, outras a filha seguiu os passos da mãe, e há ainda muitas outras motivações. Nas palavras de Bruna Mourad Sardenberg, “o balé além de ser uma atividade física completa, maravilhosa, melhora a postura, a coordenação motora e até a auto-estima. Isto porque te deixa linda, te deixa grande, te deixa feminina”. O encantamento aconteceu ao acompanhar as duas filhas, Maria e Marcela, nas aulas e ensaios. Aos 38 anos, há três se dedica com a disciplina de uma bailarina aos pliés e tendus. Reconhece as limitações da idade, mas não se acomoda e não faz disso um problema.


Hoje, ela e as filhas frequentam apresentações de balé Recentemante ela e as filhas assistiram juntas a apresentação do Ballet Bolshoi, estudam os passos e as coreografias, corrigem-se umas as outras. Enfim, compartilham uma linguagem e um fazer comum. Postura, feminilidade, coordenação são palavras que também definem os resultados das aulas na opinião de Viviane Romanelli. Na adolescência fez dança, mas é iniciante na técnica clássica. Aos 53 anos, com um sério problema na coluna, é uma incentivadora da atemporalidade dessa prática. “Balé é uma atividade completa para o corpo e para a mente”, completa a Defensora Pública que se despe das roupas de bailarina na própria academia e segue para o trabalho, renovada. “Super recomendo”, finaliza Viviane. A experiência da empresária Mônica Garruth é um pouco diferente. Começou a dançar aos 11 anos e foi estrela nos palcos cachoeirenses até o período da Faculdade. Depois, casamento, filhos... hoje aos 47 anos, com as duas filhas crescidas, está de volta ao ambiente da dança “É muito diferente do que fiz na adolescência e estou amando. As pessoas reparam na minha postura e logo me perguntam se faço balé”. Esse orgulho é compartilhado com Roberta, a filha mais velha, com quem sonha subir ao palco para dançarem juntas. “Quem sabe ano que vem?” diz Mônica, não escondendo a expectativa. Parceria, alegria e ausência de competição, são as características da turma de balé para adultos que todas são unânimes em destacar “nos divertimos muito, temos as mesmas limitações e desafios; uma ajuda a outra” destaca Viviane. É verdade que, tornar-se uma profissional da dança, em especial bailarina clássica, exige uma grande dedicação e uma carga horária diária de trabalho. Porém não é esse o objetivo de quem começa ou retorna ao balé numa fase de vida mais madura. Isso torna as au-

las mais leves e possibilita que cada um evolua no seu próprio tempo. Keila Vetoraci Coelho acreditava que dançar balé era só para criança, não sabia ser possível depois de “velha” e hoje se arrepende do “tempo perdido”. É muito mais fácil para uma criança moldar a musculatura para a realização de alguns movimentos, mas essa consciência não lhe tira a motivação - “para mim estar fazendo balé é a realização de um sonho”. Para a futura primeira dama do nosso Município, 35 anos, mãe de dois filhos, é uma alegria ver a filha Giulia de volta às aulas motivada pela sua adesão ao balé. Para Keila os exercícios surpreendem pelo grau de dificuldade e pelos resultados - “não tinha noção de como é difícil, como mexe com o corpo todinho e dá um bem estar!!! A combinação de músicas clássicas e dança é a fórmula perfeita para fazer bem ao corpo e acalmar o espírito, e foi exatamente esse o objetivo que levou Mônica Pitanga para as aulas de balé. Agitada por natureza, Mônica é adepta da atividade física pesada, mas acrescentou o balé clássico a sua rotina de malhação - “as músicas calminhas, a concentração nos passos, fazem com que a gente se tranquilize e se concentre mais. Aqui eu relaxo”. Aos 37 anos e mãe de três filhos, Mônica percebeu na sua filha Luisa os benefícios da dança. Com paralisia cerebral devido ao parto prematuro, Luisa desde muito pequena dizia que queria ser bailarina e conseguiu realizar esse sonho. Acolhida nas aulas e com o apoio e amizade das suas colegas, participou de vários espetáculos, num exemplo de inclusão onde se exercita também cidadania e humanidade. As aulas de balé clássico para adultos ainda são mais procuradas pelas mulheres, porém seus benefícios e resultados não têm direcionamento de gênero e contribuem para a harmonia de corpos e mentes em uma vida mais saudável. 21


artigo

Estilo de Vida Saudável por Dra. Karina Cassa M. Benevenuti

N

esse primeiro texto da coluna, vamos abordar um assunto sempre em evidência - os bons hábitos para se alcançar um “estilo de vida saudável”. Uma associação entre alimentação consciente e exercício físico são os pilares dessa escolha. O alcance desse propósito envolve mudança de comportamentos estabelecidos, o que demanda dedicação e extrema força de vontade. A escolha alimentar geralmente é o primeiro passo a ser reavaliado por quem quer mudar o estilo de vida. Sobre isso, precisamos refletir um pouco, antes de procurar auxílio. Hoje em dia somos bombardeados por novas informações sobre nutrição e hábitos alimentares. Vivemos um verdadeiro terrorismo alimentar. Alimentos que até pouco tempo atrás eram considerados vilões, agora são excelentes a para saúde, enquanto outros devem ser completamente abolidos do nosso cardápio, porém sem nenhuma evidência científica de que façam tão mal assim. Programas de transformação de vida e hábitos alimentares são vendidos na Internet, assim como se vende roupas, sapatos, produtos usados, etc. Esses programas impessoais geralmente vendem dietas muito restritivas que não funcionam a longo prazo (e você que precisa provavelmente já descobriu isso). Perder muito peso de uma só vez, sem disciplina e orientação, é ineficiente. Há um esforço desproporcional durante o processo, tornando impossível a manutenção do comportamento. Segundo Sophie Deram, nutricionista doutora da USP, “não devemos pensar em comer menos, mas comer melhor”. Não existe milagre, nem fórmula mágica! Profissionais da área de nutrição devem ser procurados por quem realmente quer mudança e

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reeducação alimentar, fazendo com que a abordagem seja individual e exclusiva. Sobre exercício físico, estudos científicos têm demonstrado cada vez mais os benefícios dessa prática, em relação não só à melhora da qualidade de vida, mas também em relação à prevenção de doenças. Já está bem determinado que o exercício físico de rotina previne a incidência, e também a recidiva, de câncer, de tipos diferentes. Mulheres que tiveram câncer de mama, por exemplo, diminuem significativamente a chance de retorno da doença quando incorporam a atividade física em sua vida. Todas as outras doenças crônicas são beneficiadas, como cardiopatias, doenças reumatológicas, diabetes, hipertensão, e até depressão. A prática de uma atividade física regular, adequada às necessidades e particularidades de cada pessoa, é essencial para a manutenção de um estilo de vida saudável. Para uma atividade física segura, o essencial é que o exercício seja individualizado, prescrito e acompanhado pelo Educador Físico. A regularidade dessa prática faz a diferença. Portanto, para se ter uma boa qualidade de vida, é imprescindível a associação entre um bom acompanhamento profissional, em todas as áreas envolvidas. É possível conquistar hábitos saudáveis e, aos poucos, a saúde melhorará e esses benefícios durarão por muito tempo. É preciso, no entanto, saber que nada é tão simples como parece: desenvolver novos hábitos exige paciência, disciplina e persistência. Planejar e conscientizar-se são duas regras de ouro.

Karina Cassa M Benevenuti é Médica Gastroenterolo-

gista e Nutróloga. drakarinanutrologa@globo.com


homenagem

artigo

Hábitos e costumes Por Sérgio Garschagen

A

maior característica provinciana é a ironia em relação aos costumes alheios. O provinciano acredita que a sua cultura é que é a correta e o mundo deveria se mirar em seu umbigo, centro do universo. Como bem disse Fernando Pessoa, na figura do seu heterônimo Alberto Caeiro: “Da minha aldeia vejo quanto da terra se pode ver no Universo. Por isso minha aldeia é grande como outra qualquer. Porque sou do tamanho do que vejo. E não do tamanho da minha altura...”. Monteiro Lobato já ensinou que “cada terra com o seu uso, cada roca com o seu fuso”. A convivência acaba com os preconceitos e amplia a nossa visão de mundo. Amiga nossa nos revelou que só perdeu a timidez em conversar em inglês apenas quando rodou pelo mundo. A vergonha do sotaque e o medo da pronúncia errada sumiram ao observar diferentes pronúncias. As pessoas simplesmente se comunicavam e não estavam nem aí. Ela era apenas mais uma. Os norte-americanos não ironizam sotaques e nem quem fala errado. Ensinam a pronúncia correta e respeitam o fato de alguém falar inglês, mesmo que mal, já que a maioria deles é monoglota. Nas praias dos estados do sul a argentina é reconhecida de longe: combina o biquíni com brincos, tênis e meia e, não raro, passeia maquiada pelas praias. Ninguém ri. Kant, que nunca saiu de Königsberg, sua cidade natal, afirmou que todo o conhecimento começa com a experiência, mas não deriva da experiência. A faculdade de conhecer tem uma função ativa no processo do conhecimento. Este não representa as coisas como são em si mesmas, mas sim como são para nós. Ou seja, a nossa formação influencia o modo como interpretamos o mundo. Mas, qual a razão dessas observações ociosas? É que o

meu maior choque cultural nessas andanças por este país de múltiplas facetas é o velhinho de sunga, meia e tênis, personagem comum nas praias cariocas. Ou seja, no nosso quintal. Os velhinhos de tênis, meia e sunga e sem camisa em geral são magros, tisnados, pele um tanto quanto seca e gretada e passam a impressão, talvez pelo porte empinado, de serem militares aposentados. Têm um ar desajeitado de juventude a ser perseguida, na terceira idade. Não é personagem nacional. É tipicamente carioca. Passeia pela orla em sua caminhada matinal e eventualmente para aqui e ali em prosa nada séria com algum vendedor ou conhecido, quem sabe em esforço para assimilar costumes paisanos. Lembrei-me agora que antigamente os capixabas iam à praia com uma esteira sob o sovaco. O uso de toalhas de banho foi inovação dos primeiros turistas mineiros. Eram ironizados pelos capixabas: “e aí, trouxe também a escova de dente e o xampu?”. Hoje, capixabas ou não, todo mundo leva a sua toalha colorida às praias. As esteiras, fonte de renda dos maratimbas, foram aposentadas. Os mineiros mudaram naturalmente um hábito cultural. Quem sabe também são responsáveis pelos velhinhos de tênis, meia e sunga? A moral da história é única: viajar e observar hábitos alheios sem julgamentos precipitados abre a nossa percepção de mundo. Sérgio Garschagen por ele mesmo: Cachoeirense, de fato e de direito. brasiliense por necessidade profissional e curitibano, por ter deixado lá filhos médicos e amigos. Formado em Letras Português-Ingês, jornalista e mestre em Ciência Política. E pela equipe da Você+: Personagem dos mais ilustres já gerados por este útero fertilíssimo que se chama Cachoeiro. 23


resgate histórico

por Gilson Leão

MARRECO – O desbravador do Paraíso Paraíso, o simpático bairro localizado entre o Asilo e o Bairro Gilberto Machado, é peculiar e repleto de curiosidades. Quem começou a desbravá-lo, lá pelos meados da década de 80 foi o empresário Ronaldo Gonçalves, mais conhecido como Marreco, que comprou uma casa na rua principal, que vai da Avenida de Ouro até a Pracinha, antes do Bom Gosto. Marreco, sempre muito generoso, transformou sua casa no clube da nossa turma, composta na época por uma série de moleques irresponsáveis, todos beirando os 30 anos de idade, que farreavam de segunda a segunda, com teores “eufóricos” acentuados nas sextas e sábados. Os vizinhos aborrecidos pensaram em mudar o nome do bairro pra Purgatório, mas quando notaram que a turma de malucos era mesclada por figuras do naipe de Abgar Torres Paraíso, Juiz de Direito, Franklim Delano, Secretário de Saúde do Município e Jonas Brandão, um dos mais competentes gastroenterologistas da cidade - entre outras figuras ilustres que Marreco convidava para disfarçar e dar um lustre às reuniões, - resolveram deixar pra lá. Pois bem, hoje Marreco amansou, a turma envelheceu e o Bairro cresceu e acalmou. Figuras ilustres, no entanto continuam seu percurso pelas ruas e becos que vão do Bar do Esquisito até a casa de Zé Geraldo. Entre eles, o mais peculiar: Zinho Abutre.

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Ronaldo Marreco, o desbravador do Paraíso, o mais generoso de seus anfitriões. Na década de 80 transformou sua casa no clube de uma turma de bagunceiros que quase levou o Paraíso ao Purgatório, e foi o adaptador da parábola da multiplicação das cervejas, parodiando a Bíblia com aquela história da divisão dos pães... ou peixes, não estou bem certo. Quem chegasse na casa de Marreco aos sábados, depois das dez horas da manhã, já encontrava uma caixa de Brahma abatida, o assado saindo do forno , e o sorriso aberto de Loura, sempre bem humorada e gentil. Depois das dez, Marreco aparecia com sua cara emburrada e alguma sacanagem na ponta da língua. Aí que a coisa pegava, e só acabava quando o último tombava. Uma coisa é certa, Marreco valorizou muito os terrenos daquela região. Predialmente falando, é claro.


ZINHO ABUTRE - O poeta do Paraíso Quando Zé Geraldo, músico e compositor, me avisou que levaria ao estúdio um poeta chamado Zinho Abutre, associei logo o codinome a figura de algum menino tatuado e cheio de manhas e birras. Certo dia ele chega trazendo a reboque um senhor de 53 anos, repleto de sabedoria e talento, com um envelope recheado de poesias e suando em bicas na hora de ser entrevistado. Em meia hora viramos amigos de infância e os parceiros que eu havia convidado para a entrevista, Matheus Percise e Fernando Gomes, babavam de admiração com a poesia ácida e moderna desse poeta desconhecido. Zinho fala com desenvoltura de personagens bizarros, como Dali, Sartre e Camus, e despeja letras e versos em vários formatos, que ainda precisam ser descobertos. Zinho,

figura folclórica, leitor de Sartre, Marx e Camus, pede espaço e anseia por ser lido e compreendido. Aos interessados o link da entrevista de Zinho no Studio 27: https:// www.youtube.com/watch?v=Z2od5OL359k

A razão do apelido: uma moça muito feia que ele “comia” em certa ocasião

A poesia magistral de ZINHO

Zinho Abutre, mais conhecido como o Carniceiro da Pradaria, poeta popular, letrista de muitas músicas já gravadas e figura popular do bairro Paraíso.

A Inspiração de Zinho foi um cordel que leu aos dez anos de idade. Impressionado com a sequência semântica daquela linguagem bizarra, o garoto nunca mais se curou. Fez Senai, formou-se em mecânica, e hoje por problemas de coluna teve de abandonar a profissão e vive de pequenos bicos e da poesia que ele pretende divulgar e comercializar nos círculos culturais desse pobre e inculto país. Na verdade, Zinho é mais um herói da resistência cultural, que precisa de apoio de uma sociedade que aprecia, mas não paga, por essas obras de arte perdidas pelos becos, travessas e Paraísos da cidade. Na verdade, hoje a maioria da rapaziada paga uma fortuna pra assistir Wesley Safadão e acha que ler é coisa de coxinhas golpistas, gerados pelas “zelites” racistas.

Amo-te a la carte minha melhor arte,

perdoei demais calado/sem tempo para pensar/

por todo e por dentro da parte, Amo-te discretamente, extâse eminente a catarse permanente,

requiscios ínfimos da dor/é quando o espinho esquece a flor/

amo-te a tarde, a cara e a metade, teatro sem disfarce, amo-te, perenidade, minha melhor parte, por todo e dentro da arte, minha melhor parte, por todo dentro da arte. Pecado só é pecado quando a intenção é pecar/

enxergando o outro lado/por dentro, diferente retrato/ recado só é recado/quando muito bem guardado/ só esticando esse mundo plano/achando o mundo engraçado/ pecado só é pecado/num retrato,calado/achando o mundo engraçado

“...o anarquismo não é uma filosofia, é uma idéia, uma inqui ...o poema é uma equação matemática. É você pegar matemática lógica, e seguir uma métrica, pra provocar emoção. A poesia está no âmago da lógica.’’

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À PROCURA DE UM CAMINHO Observador atento das cenas cachoeirenses, advogado e cidadão com livre trânsito pelas nuances da nossa realidade reflete sobre a quadra atual em que a cidade se encontra e lança um olhar analítico sobre possibilidades estratégicas disponíveis para impulsionar o desenvolvimento local.

TRADUZINDO EM PALAVRAS – Rômulo Louzada: Austeridade, máquina pública enxuta, integração público-privada, ações estratégicas e equipe tecnicamente capacitada são algumas palavras-chaves para promover o desenvolvimento do Município.

por Renato Magalhães

U

ma cidade pode nada ou muito pouco sem alguns elementos indispensáveis ao seu desenvolvimento. Na opinião do nosso entrevistado, Cachoeiro de Itapemirim afrontou princípios consagrados de gestão quando menosprezou a barreira da eficiência mínima no quesito falta de investimentos públicos. Em sua opinião, seria impróprio atribuir-se a um único fator o marasmo que avança sobre os interesses dos cidadãos e que se concentra na base das suas reais necessidades. Na conversa que tivemos a seguir, Rômulo Louzada lança luzes sobre temáticas que necessariamente deveriam, salvo melhor juízo, integrar a pauta das ações da nova Administração Municipal e de seus principais agentes: Governo do Estado, políticos com base eleitoral na região e população local.

SUA ORIGEM E ATIVIDADE PROFISSIONAL Nasci em Iúna e moro em Cachoeiro desde os 12 anos de idade. Sou advogado, com atuação nas áreas cível e criminal há 45 anos; titular da Banca Advocatícia “Louzada & Louzada” que é constituída por mim, 26

pelo Dr. Wesley de Oliveira Louzada Bernardo e participação do Dr. Rafael Valiati de Souza; Professor Emérito da FDCI e ex-Procurador Geral do Município. CACHOEIRO HOJE – ORIGEM DA CRISE A cidade vem sofrendo ao

longo dos anos um pesado esvaziamento político, econômico e cultural. Contribuiu para isso a inclusão das Regiões Norte e Noroeste do Estado na área da SUDENE – Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste, sem a contrapartida de políticas compensa-

tórias para a Região Sul do Estado. Muito se discutiu sobre isso à época, mas não se avançou um passo sequer em direção a qualquer tipo de solução. Ficamos aqui, relegados, ao desabrigo dos recursos fartos e linhas de financiamento de longo prazo a custos subsi-


diados, além da isenção de impostos, que foram carreados para aquela área geográfica. A Região Metropolitana (Vitória, Vila Velha, Serra, Cariacica e Viana) está fora dessa problemática por se encontrarem instalados ali o Governo e a Capital do Estado, portos, aeroporto, grandes empresas e outros importantes fatores infraestruturais e de geração de receita. REFLEXOS DE ORDEM ECONÔMICA Atraídas por essas benesses, grandes empresas – notadamente as do setor de rochas ornamentais e outras vindas de diferentes regiões do país – se deslocaram para lá. Isso representa fuga de investimentos. Como decorrência natural, perdemos milhares de emprego, com reflexos negativos diretos no comércio e no Arranjo Produtivo Local – APL do mármore e do granito, por exemplo. Outra consequência perversa foi a acentuada queda na arrecadação do ICMS, ISS e demais tributos. Se não bastasse, a escassez de recursos públicos federais e estaduais para investimentos em obras e serviços no município foi outro ponto crucial para a nossa estagnação econômica. INAÇÃO POLÍTICA A crise econômica contribuiu decisivamente para diminuir o interesse político pela Região Sul do Espírito Santo. Cachoeiro, cidade polo da Região Sul, chegou ao ponto de há tempos não ter um único representante na Câmara Federal. O Governo do Estado, por sua vez, tendo em vista a acentuada queda na arrecadação de impostos em Cachoeiro e na Região Sul, pas-

sou a estimular as grandes obras e investimentos para a Grande Vitória e a Região Norte do Estado. Consequência natural foi que Cachoeiro de Itapemirim com a sua penúria financeira e precária situação econômica, passou a não despertar mais tanto interesse nas grandes lideranças políticas. ASPECTOS CULTURAIS Em 1965 foi iniciado em Cachoeiro um movimento estudantil liderado pela UCES – União Cachoeirense dos Estudantes Secundários. Pessoas de espírito público – e poderíamos citar Deolindo Tavares Costa (Dodô), Lúcio Vieira Bueno, Adenildo Marinho, Rômulo Louzada... – lideraram um movimento para criar na cidade um Polo Educacional. Como reflexo direto dessas ações, foram criadas a Faculdade de Direito de Cachoeiro de Itapemirim – FDCI, pela Prefeitura Municipal, e a Faculdade de Filosofia, pelo Colégio Cristo Rei. Na esteira dessa iniciativa, posteriormente surgiu a Faculdade de Ciências Contábeis e Administrativas de Cachoeiro de Itapemirim – FACCACI. Infelizmente, à época não houve apoio suficiente para desenvolver o Polo Educacional originalmente proposto pela UCES. Vejam bem, apenas a aproximadamente 40 anos depois surgiu o Centro Universitário São Camilo e outras agremiações educacionais de nível superior. Agora, tudo leva a crer que no ano de 2017 teremos novos cursos superiores funcionando aqui, como Engenharia Civil e Arquitetura, na FACCACI e Medicina, na UNIVIX. Acreditamos que parte desse crescimento na área do en-

sino superior, veio na esteira daquele movimento anteriormente citado. Como mero exercício de análise, supomos que se os esforços iniciais para a criação do Polo Educacional tivessem sido abraçados pelas autoridades competentes, possivelmente teríamos instalada aqui uma extensão da Universidade Federal do Espírito Santo – UFES, de cuja falta a cidade e região até hoje se ressentem. AÇÕES PONTUAIS SUGERIDAS PARA O FUTURO • Incrementar os ensinos Técnico e Superior, privilegiando a área tecnológica, especialmente Tecnologia da Informação – TI e outras análogas, inclusive Petróleo e Gás. • Modernização do nosso Aeródromo ou, como se diz em Portugal, Campo de Aviação, com extensão da pista, equipamentos de navegação por instrumentos, estação de passageiros, área de estacionamento e outros que tais... isso tudo para estimular e viabilizar vôos comerciais regulares servindo à cidade. • Maior apoio oficial (municipais, estaduais e federal) à rede hospitalar e ambulatorial de Cachoeiro. Sim, Cachoeiro na condição de cidade polo do Sul do Estado, atrai para aqui o atendimento de populações circunvizinhas, geralmente sem a contrapartida financeira dos municípios atendidos. Isso contribuiria para o oferecimento de novas especialidades médicas, notadamente através do Instituto do Coração e áreas de transplantes de órgãos. • Intensificação do uso do Heliponto instalado em uma das modernas torres construídas em anexo ao Shopping Sul que, segundo

informações, está em vias de receber sinal verde da ANAC – Agência Nacional da Aviação Civil para operar. Representaria auxílio considerável às áreas de petróleo, gás, saúde e negócios em geral. • Melhorar, substancialmente, a mobilidade urbana, abrindo novas vias de circulação, tais como: contorno rodoviário contemplando os bairros Aeroporto – IBC – União e Safra e alargamento e pavimentação do antigo leito da estrada que margeia o rio Itapemirim no trecho entre o Valão e Morro Grande. • Concluídos os contornos da cidade, realização de estudos técnicos especializados para nova formatação do trânsito, com definição do zoneamento urbano. A cada dia vemos uma enxurrada de novos veículos trafegando (carros, motos etc) e nenhuma abertura de nova via de tráfego. Resultado? Um verdadeiro caos! • Desburocratização dos serviços públicos municipais. Isso estimularia a criação de novas empresas, oferecendo-se a elas os benefícios permitidos pela legislação fiscal. • Criação de um Centro Administrativo, concentrando o Gabinete do Prefeito, as Secretarias, a Câmara Municipal e outros órgãos públicos municipais de importância. Um espaço perfeitamente adequado seria o da antiga Fábrica de Cimento, situado na Rua Moreira. Como sugestão, o Governo do Estado adquiriria a citada área mediante dação em pagamento de tributos pelo Grupo João Santos, proprietário da área, e faria posteriormente comodato do terreno pelo Estado com o Município. 27


artigo

Ah ... se o tempo voltasse... por Lena Madureira

C

om dois anos de idade já ia para Iriri com tia Herta! Como aproveitava o quintal com as goiabeiras e o pé de araçá! Tinha banho de mar pela manhã e à tarde! Ninguém passava filtro solar e nós hidratávamos com picolé de frutas, caseiro . O tempo foi passando e começa o período escolar. Como sempre moramos na rua Moreira, era só atravessar a rua... Na hora do almoço tio Targino buzinava a Dodge preta e eu ia para a fazenda, enquanto ele fazia sua “sesta”... Todo dia via o Itabira! Majestoso... como o achava alto! Essas recordações ficaram na minha vida. Viemos para o Rio em 1974. Sempre retornando para visitar os entes queridos e mais tarde , para a festa de Cachoeiro, participar dos festejos e do baile a rigor! Aqui nós, cachoeirense nos agrupamos aos conterrâneos, no Encontro de Casais do colégio Santo Inácio e fazíamos parte da barraca “Capixaba”, oportunidade de rever e estreitar nossos laços. Nossos três filhos iniciaram a vida escolar nesse mesmo colégio. Gosto de plantas e flores. Trouxemos mudas do orquidário do meu sogro. Adaptaram-se mara-

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vilhosamente e vivo postando nas redes sociais nossas orquídeas! Graças a Deus estamos bem e os três filhos, tb médicos , casaram com cariocas e temos quatro netos lindos !!! Sempre gostei de todo tipo de arte! Tudo me fascina,me comove... Amo viajar e aproveito para visitar galerias , museus e admirar as culturas diversas. Com esse interesse faço cursos de História da Arte e frequentei a EAV ( Escola de artes visuais) no Parque Laje. Me atrevi e fiz uma exposição! Gosto de aquarelas. Nesse mês início outro sobre “ Barroco e Rococó” Apesar de termos uma vida social bem ativa, com bastante compromissos, o que mais gosto é de curtir os AMIGOS e a minha FAMÍLIA! Eles são o meu porto seguro!!!!! Adoro sair de lancha com o Delta, só nós dois,pararmos em Itaipu e de lá ver a linda silhueta da nossa querida e tão linda cidade que nos acolheu com o maior carinho! E Ainda... pedir pelo rádio ao restaurante da praia “ Priscila”, uma moqueca de frutos do mar e pastéis crocantes de camarão! Para mim é o máximo. VIVA A VIDA !!!!! Lena Madureira é cachoeirense de coração e carioca por adoção. Ela é casada com Deltinha, cirurgião e amante do mar, também cachoeirense



social

insight “A felicidade total é mesmo um sonho longínquo. Em tempos gloriosos de Lavajato, também figura no radar do brasileiro um Congresso Nacional medíocre”. (O colunista)

por Renato Magalhães

Ricardo e Rita Girelli com Giovani Fardin, a maior concentração de simpatia por metro quadrado de Cachoeiro.

Daniela Baptista, porte e beleza que dispensam qualquer tipo de legenda.

Beth e Aprigio Menezes, pessoas que pela fidalguia valorizam qualquer evento.

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Gislane Machado, José Carlos e Celinha Turbay, inaugurando presença VIP na Coluna RM. Pessoas que atingiram o grau máximo em simpatia e gentileza.

Sonia Melo e Marilia Pimentel, elegância e charme amigo que selam amizade forte desde sempre.

Dois flashes inesquecíveis de Maria Lucia e José Paulo no grande momento das suas vidas. Bodas de Ouro coroada por uma bela vida harmoniosa, de plenas realizações. O cumprimento honroso da Coluna RM ao casal, que patrocinou festa de época em Cachoeiro.

José Carlos Oliveira, Fotógrafo. Patrimônio artístico e cultural da nossa terra clicou o álbum das Bodas de Ouro de Maria Lucia e José Paulo.

Anderson Zerbone e sua simpaticíssima esposa Fabíola, na companhia de Gedião Seraphim, boa praça de quatro costados.


Luciane Nemer, Gisela e Adriana Sader: fortes razões para o sucesso das bodas de Maria Lucia e José Paulo.

Marilia e Fernando Ferreira Neto, pessoas queridas do nosso coração.

Moema Baptista, dona de eterno sorriso, persona nada bissexta da sua Cachoeiro e Heloisa Magalhães, a quem atribuo idêntica menção honrosa.

Casal Sonia Melo e Marco Aurélio Coelho, sob as bênçãos do Padre Evaldo, comandante em chefe da Igreja Nosso Senhor dos Passos e excelente papo nas horas vagas.

Marcelinha e Matheus, “netos siameses” vestidos em grande estilo. Porque crianças adoráveis enfeitam muito a vida dos adultos.

Roselee e Clemente Sartório, elegância e finesse personificados, também foram prestigiar a festa de Maria Lucia e José Paulo.

Gleibson Nogueira Moret, Gerente Hyundai Cachoeiro, representando muito dignamente a sua marca de qualidade no recente Salão do Automóvel, em São Paulo.

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editorial de moda

by Danicout

Trend Alert: Para a sobreposição!!! Uma tendência que já está acontecendo e que está com tudo é a sobreposição da camisa, da t-shirt por baixo do vestido sem manga ou blusa de alça!! Confesso que amei essa aposta que já é sucesso!!!! Agora quem não gostava de usar os vestidos e blusas de alça por deixar o braço a mostra, vai poder usar desse truque e ficar super fashion!!!! São os anos 90 invadindo o mundo da moda!!!! Seguem inspirações!!!

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Formada em Administração de Empresas, Danielle Coutinho atua no ramo da moda desde muito nova, pois sua mãe sempre esteve envolvida com comércio. Com isso, cresceu vendo esse mundo fashion e hoje é sócia da mãe na FORM, uma loja super moderna e atualizada, e consultora de moda.


artigo

Você tem garantia de quê? por Renata Magalhães

É

da natureza do ser humano colocar expec-

Expectativas de que os amigos que sempre con-

tativas em coisas e pessoas, mas a grande

sideramos amigos verdadeiros nunca irão nos

verdade é que a única garantia que temos

trair nem nos faltar.

ao longo dessa vida terrena, para quem acredita

Enfim, poderia continuar a relacionar muitas ou-

em Deus, é do amor d’Ele por nós, e a de que um

tras expectativas que nós enquanto seres huma-

dia todos nós iremos morrer. Garantia absoluta

nos normais criam ao longo da vida, mas prefiro te

só temos dessas duas situações, no mais o que

convidar a investir naquilo que realmente impor-

nos resta são apenas ex-

ta: se você tem fé em Deus,

pectativas.

cuide de investir seus te-

Expectativas de que escolhi

souros na eternidade que é

a faculdade certa e que me

onde verdadeiramente você

tornarei um profissional de

irá passar a maior parte da

referência que ama o que

sua existência e busque per-

faz, que é reconhecido e

doar e liberar perdão para

bem remunerado por isso.

todos que de alguma forma

Expectativas de que o par-

te feriram ou tenha sido fe-

ceiro que escolhi na vida

rido por você. Busque ser ín-

vai continuar me amando,

tegro e reto mesmo quando

me respeitando e me sen-

ninguém está te olhando e

do fiel na alegria e na tristeza, na mocidade e na

acima de tudo esbanje amor e sorrisos por onde

velhice e na fartura e na escassez. Expectativas

você passar e principalmente para aqueles que

de que os filhos que criamos e por quem perde-

convivem diária e intimamente com você porque

mos algumas várias noites de sono cuidando e

o resto....ahhh, o resto como já dizia o sábio Salo-

alimentando irá quando crescer dar grandes

mão: o resto não passa de vaidade!

descontos, entendendo que as nossas falhas enquanto ser humano ao educá-los e amá-los são menores do que nossa intenção em acertar.

Renata Magalhães é Psicóloga, Terapeuta Familiar Sistêmica, Palestrante e acredita que o medo, seja ele qual for, deve ser encarado de frente. psicologarenatamagalhaes@gmail.com Facebook/PsicólogaRenataMagalhães YouTube/PsicólogaRenataMagalhães 33


artigo

Cachoeiro e sua vocação turística por Samia Creimer

N

ão existe nada mais fantástico que a indústria do turismo. Traz divisas, não polui, tornando as cidades mais dinâmicas e mais acolhedoras. Grandes cidades e países vivem exclusivamente do turismo. Havendo vontade política, poderíamos transformar Cachoeiro em polo turístico, tanto por seus filhos ilustres como por sua localização privilegiada. Temos, em primeiro lugar, a casa de ROBERTO CARLOS, que transformada em fundação poderia abrigar o museu R.C. - com salas para exposições, palestras etc. Temos pontos importantes para serem explorados turisticamente: nossas jazidas de mármores e granitos, que são objeto de grande curiosidade, tanto por parte de brasileiros curiosos quanto à beleza ao corte dessas pedras. A PEDRA DO ITABIRA, em cuja base poderia ser construído um complexo com grande parque aquático, lanchonete etc. As cidades serranas, Vargem Alta e outras, dando-lhes estrutura para receberem turistas, como bons hotéis, passeios e trilhas. As praias mais próximas, como Marataízes, Piúma, Itaoca, Guarapari, Meaípe e outras, integram com Cachoeiro a formação desse polo. A PONTE DE FERRO, devidamente recuperada, pintada e bem iluminada, dando a Cachoeiro um toque de modernidade. A transformação da antiga estação da Le-

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opoldina, com seus trilhos, máquinas e vagões, em um museu ferroviário nos moldes do de São João del-Rei, em Minas Gerais – grande atração turística daquela cidade. Transformar a ACEPES em um ponto de referência para feiras municipais e estaduais. Conseguir o seu funcionamento como escola de equitação, arena para rodeios. Transformar as suas pistas em pistas de corrida de cavalos, com prêmios e apostas. Entregar a sua administração a uma empresa privada, com promoção de feiras artesanais, industriais, dando-lhes estrutura tal como o Rio Center, para abrigar festivais, eventos culturais, etc. Transformar a ILHA DO MEIRELLES também em investimento privado, com exploração de bares, lanchonetes, cinemas ao ar livre e um mini zoológico. Construir um mirante na curva do FRADE E A FREIRA, para que se possa observá-los em segurança. Colocar Cachoeiro na rota turística do litoral capixaba, inserindo-o nas revistas e jornais de turismo. Enfim, transformar Cachoeiro de Itapemirim realmente em PRINCESA DO SUL. Artigo veiculado originalmente no jornal A Notícia do Sul, em março de 1996, e republicado a pedidos.

Samia Saade Creimer é cachoeirense de coração, viveu a plenitude dos anos áureos de Cachoeiro, nas décadas de 50 e 60...


etiqueta

A arte de receber por Sonia Gonçalves

Tempo de gentilezas

O calendário do corrente ano, quase no fim. Mais um pouco e já e Natal. Tempo de balanços, de avaliações. Há muito que agradecer. Tantos amigos, tantos parceiros e colaboradores que caminharam conosco. Profissionais que tão bem nos atenderam, gente que dá tudo de si... Amigos, nem se fala... Quantos ombros, quanta camaradagem... E o Brasil, que travessia! O nosso barco está indo devagar... Singra águas profundas. Vamos torcer, é a nossa pátria! Vamos contribuir, mudar também. Prestigiar o que é nosso, o que é próximo, o nosso bairro, a nossa

cidade... Procuro resolver a minha vida no que me é mais próximo. Bairros com jeito de cidades pequenas... Trânsito mais fácil, tempo mais bem aproveitado. Tempo de mutirões e parcerias... Aqui vamos progredindo. É a alegria de retribuir, de prestigiar de ser gentil com os mais próximos. E como será neste ano que tanto temos que medir, pensar?... CRIATIVIDADE... MADE IN CASA... Doação de si. Trocar grandes compras por

gentilezas personalizadas... Tudo caseiro, tudo nacional. Geleias, molhos, biscoitos natalinos, bolos natalinos... Não e uma delicia? E que gentileza! Tudo muito especial. Da receita até a apresentação. Um lindo vidro, um lindo pote... E um lindo laço grande, que amarre as coisas boas da vida. Amar e ser amado. Gentileza gera gentileza... E mãos a obra. Organize... e se alegre. Boa sorte!

Sonia Gonçalves se formou pela Escola de Belas Artes (UFES) nos anos 60 e durante 22 anos foi dona da loja Arte e Casa, em Cachoeiro. Para ela, o grande segredo para uma casa se tornar acolhedora está na harmonia entre formas e cores.

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social

fernandapbaptista@gmail.com

por Fernanda Magalhães Dando um charme a essa coluna as irmãs: ZOÉ, HELOÍSA e MÁRCIA MOULIN.

Comemorando os 50 anos da CEMES, MARIA THEREZA, PAULO NEY FILHO, PAULO NEY e ISABELA VIANNA.

Um sucesso a exposição do artista BRUNO SALVADOR, na galeria Art Causa, em Cachoeiro.

Casal nota 10: Dr. OZÓRIO E Dra. ERMELINDA OLVEIRA.

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Um sucesso o TAG Café by JULIANA PRATES, que aconteceu na

Form Maison.

Momento família: GUILHERME E PATRÍCIA GAIGHER com os filhos GUILHERME e GABRIEL.

Parabéns para JOSÉ PAULO E MARIA LÚCIA JORGE, que comemoraram suas bodas de ouro com uma recepção linda e super animada no Jaraguá.

PEDRO ZERBONE, ANDRÉ MAGALHÃES, DAVI JORGE e JOÃO VICTOR BAPTISTA. Lindos!!!

Filhos, genros, nora e netos festejaram ao lado de JOSE PAULO e MARIA LÚCIA esse momento tão especial.

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sabor

À mesa com... Renata Fiório

E

sta receita de tomate recheado com creme de ricota é super fácil e fica deliciosa e leve! Pode ser feita com tomate italiano, tomate cereja ou tomate comum, mas quanto menor e mais maduro, melhor ficará o resultado. Além de ser uma receita fácil, o tomate é rico em licopeno, que retarda o envelhecimento precoce do organismo, preserva o sistema cardiovascular e também protege nosso corpo contra alguns tipos de câncer. A ricota, outra delicia, é um alimento muito completo e interessantíssimo para integrar as mais variadas dietas. Além de ajudar a acelerar o processo de ganho de massa muscular magra, possui quantidade reduzida de sódio e grandes quantidades de cálcio e de vitaminas A, B, D e E dentre tantos outros minerais como zinco, iodo, selênio, potássio e fósforo, todos importantes para que o corpo execute suas funções com equilíbrio e eficiência. Assim, além de deliciosa, a receita é rica em nutrientes e facílima de fazer.

TOMATE RECHADO COM CREME DE RICOTA INGREDIENTES: 8 tomates pequenos maduros 200 gramas de creme de ricota Uma colher de sopa de queijo parmesão Ervas finas Noz moscada, sal, azeite e pimenta à gosto MODO DE FAZER: Pegue 8 tomates pequenos e corte uma tampinha que permita retirar os caroços. Coloque-os emborcados, para escorrer todo o caldo. Pegue um potinho de 200gr de creme de ricota, tempere com 1 colher de sopa de queijo parmesão ralado, ervas finas e uma pitada de sal. Nós mocada, azeite e pimenta do reino a gosto. Recheie os tomates com o creme. Coloque os tomates recheados num refratário que vá ao forno. Deixe assar em forno médio por 20 minutos e já estará pronto para servir. Se sobrar, pode colocar em pote menor, cobrir de azeite que fica ótimo como aperitivo. Dá para bater tudo no liquidificador também e fazer uma pasta para uma deliciosa “bruscheta italiana”.

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