Revista
Ano 1 Nº 02 Maio/2008
A onda é se exercitar!
DECORAÇÃO | GASTRONOMIA | ARQUITETURA | SAÚDE | SOCIAL 1
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Sumário
05 maio | 2008 08 12 14 16 18 20 22 26 31 32 33 34 36 38 40 42 43
A Revista Ginco é uma publicação dirigida de responsabilidade da Ginco Empreendimentos. Projeto gráfico: Casa D’Idéias ® Marketing e Propaganda Fotografias: Estúdio Wayne e Arquivo Ginco. Produção fotográfica: Alexandre Carneiro, Associação Criança Feliz, Giane Móveis, Luxaflex, Michelle de Almeida Costa. Jornalista responsável e Editora: Camila Bini (DRT 786/21/04-MT) Repórteres: Paula Peres e Taís Ueta. Contato: dialog@dialogonline.com.br Seguindo a política ambiental da Ginco Empreendimentos, esta revista é impressa em papel reciclado.
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EDITORIAL SALA DE ESTAR: Tecnologia Indígena a serviço da sustentabilidade (José Afonso Botura Portocarrero) PRANCHETA: Um toque oriental em casa PRANCEHTA: Uma Cuiabá do futuro MINHA CIDADE: Uma Cuiabá do futuro ÁGUA NA BOCA: Terra do Peixe BEM VIVER: Alimentação correta é garantia de boa saúde 1,2,3: Moradores do Florais investem na atividade física CONVIVENDO: Ritmo Acelerado CONVIVENDO: Ampliação de estação de tratamento está quase pronta DE CASA: Cena cultural cuiabana expande fronteiras ECO: Florais Cuiabá inicia coleta seletiva de lixo ZOOM: Do silêncio à música ENTRE AMIGOS: Móveis sob medida para os clientes ENTRE AMIGOS: Mais de 20 mil itens para sua casa BATENDO PERNA: Veja as novidades mais recentes em utensílios domésticos SOCIAL: Projeto “Criança Feliz” combate a desnutrição SERVIÇOS:
Editorial
Boa Receptividade
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etornamos com nossa segunda edição da Revista Ginco, após a expectativa sobre a receptividade do número de estréia. Passados três meses, tivemos um ótimo retorno de clientes, fornecedores e leitores, que nos garantiram que estamos no caminho certo ao manter mais este meio de comunicação. Neste número, reiteramos nosso foco na qualidade de vida, seja na tentativa de antever os caminhos da Cuiabá do futuro, seja no bate-papo com o arquiteto José Afonso Portocarrero, que defende a adoção de técnicas e tecnologias indígenas na busca por soluções inteligentes de moradia. Acompanhamos ainda a alteração na rotina de vida de famílias que se mudaram para condomínios horizontais, e ouvimos especialistas para saber qual é a receita para uma alimentação saudável. Da rota das peixarias, passando pela automação de residências e chegando às dicas de produtos da seção “Batendo Perna”, tudo foi pensado para que a sua leitura seja aprazível e interessante. Que o seu gosto em ler esta nossa nova edição seja igual ao nosso no momento da confecção. Boa leitura! Júlio Cesar de Almeida Braz Sócio-diretor da Ginco Empreendimentos
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O sucesso de vendas do Belvedere se transformou em sucesso no maior prêmio publicitário do Estado Para atingir seus objetivos, uma propaganda deve ser resultado de planejamento, foco, simplicidade e criatividade. Os vídeos para o lançamento da última etapa do Condomínio Belvedere foram vencedores na categoria “Iniciativa Privada Campanha” do maior prêmio publicitário do Estado de Mato Grosso: Prêmio TVCA de Criação e Vídeo. Mas o melhor mesmo é saber que os resultados em vendas com essa campanha também foram excelentes. Esse é o resultado da parceria de sucesso entre a Ginco Empreendimentos e a Casa D’Idéias.
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Sala de estar
Tecnologia indígena a serviço da sustentabilidade
A arquitetura de Portocarrero é moderna, mas repleta de elementos indígenas, como pode ser visto na sede da Adufmat. 8
Apesar da pele e olhos claros, ao primeiro aperto de Doutor em mão o arquiteto José Afonso Botura Portocarrero Arquitetura, José deixa transparecer a simplicidade e a hospitalidade Afonso Botura símbolos do povo de “tchapa e cruz”. Nascido na cidade de Bela Vista em 1951 – então município Portocarrero de Mato Grosso, hoje pertencente a Mato Grosso defende a adoção do Sul -, veio menino para Cuiabá. A troca de de técnicas criadas cidades significaria não apenas o início de seus pelos índios como estudos, mas a definição de seu futuro profissional. Logo na escola, o Liceu Salesiano São Gonçalo, soluções inteligentes teve os primeiros contatos com os índios que eram trazidos à cidade pelos padres. A curiosidade por para projetos aquele diferente modo de vida fez com que, anos residenciais depois, já graduado em arquitetura, Portocarrero
Ginco: Como o senhor definiria arquitetura sustentável? José Afonso Portocarrero: Essa é uma questão delicada. O conceito de arquitetura sustentável se confunde, muitas vezes, com o conceito de arquitetura orgânica, que é uma arquitetura que procura referências nas formas das plantas, nas coisas orgânicas.
Mas um conceito mais interessante que nós podemos dar à arquitetura sustentável é o da arquitetura contemporânea. Ela é construída hoje com os materiais e a tecnologia que dispomos, mas com todos os cuidados que se pode ter de sustentabilidade. Então, você constrói uma casa dedicasse parte de sua carreira ao estudo da sabendo que a água que cai do telhado em um arquitetura indígena. dia de chuva será captada e reutilizada. Esse é um conceito de sustentabilidade. Outra coisa é Doutor em arquitetura, fundador e professor saber que o aquecedor vai usar energia solar e que do Departamento de Arquitetura e Urbanismo em outros pontos da casa, da UFMT e coordenador do determinados aparelhos Núcleo de Estudos e Pesquisas Existe uma série de materiais também vão usar essa Tecnológicas Indígenas que atenuam o calor. Isso é que fonte. (Tecnoíndia), Portocarrero é é arquitetura sustentável: usar referência quando o assunto com inteligência todos os meios Uma coisa simples é é arquitetura sustentável. que estão à disposição hoje. determinar a posição da Tamanho prestígio e casa em relação ao Norte, reconhecimento fizeram com de maneira mais favorável para não aquecer muito que ele fosse um dos 12 arquitetos brasileiros o ambiente. Acho que isso é um descuido que as convidados a apresentar suas obras na 7ª Bienal pessoas cometem. A gente tem alguns exemplos Internacional de Arquitetura, realizada no final aqui na cidade de prédios grandes, de vários do ano passado em São Paulo. Ao lado de obras pavimentos, com muita fachada de vidro. Mesmo de arquitetos consagrados como Oscar Niemeyer, que essa fachada seja de vidro azul ou colorido Portocarrero chamou a atenção com sua arquitetura que escureça, isso causa um aquecimento grande, moderna, mas repleta de elementos indígenas. gerando o que chamamos de efeito estufa. O sol bate na construção e depois que entra tem dificuldades Em Mato Grosso, os traços marcantes e singulares para ser liberado, criando a necessidade do uso do arquiteto estão presentes em projetos como o ininterrupto do ar condicionado. Memorial Rondon, elaborado em parceria com o arquiteto Paulo Molina, a sede da Associação Ginco: O que fazer nessa situação, já que esse dos Docentes da UFMT (Adufmat), o Espaço do descuido está se tornando cada vez mais comum Conhecimento Sebrae-MT, a sede do Sintep-MT na cidade, não apenas em construções comerciais e o prédio da UFMT no município de Pontal do e industriais, mas em residenciais? Araguaia. Portocarrero: Para minimizar isso, já que muitas vezes é difícil evitar que a fachada esteja voltada Em seu escritório no centro de Cuiabá, o arquiteto ao sol poente, pode-se utilizar um brise ou falou à Revista Ginco sobre a importância da qualquer outro elemento vazado. Existe uma série arquitetura sustentável e de sua paixão: a cultura de materiais que atenuam o calor, além do próprio indígena.
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Sala de Estar desenho do prédio. Eu acho que isso é que é arquitetura sustentável. É quando ela usa com inteligência todos esses meios que estão à disposição hoje. Ginco: Então, como seria uma casa ideal? Portocarrero: Uma coisa interessante que gosto sempre de destacar é a arquitetura indígena, que foi meu objeto de estudo no mestrado e doutorado. Essa é uma arquitetura que nós deixamos de enxergar e conhecer por preconceito. Achamos que aquela arquitetura, que aquele desenho não tem mais nada a oferecer para a gente, que é algo ultrapassado. Mas na verdade é um desenho extremamente atual. O pessoal fala muito dos lofts em Nova Iorque, em São Paulo, que são prédios, construções sem paredes, os chamados ambientes integrados. Mas isso é algo que os índios já fazem há muito tempo. A casa indígena tem um design super moderno, contemporâneo... A palha que eles
utilizam para cobrir a casa é um material descartável. A gente pode achar isso até um defeito, aquela história de ter que trocar a palha a cada oito anos. Mas a gente, com toda a tecnologia da Nasa, não conseguiu até hoje uma coisa que eles conseguem A gente não conseguiu até hoje fazer uma parede que respira. A cobertura da casa dos índios é, ao mesmo tempo, teto e parede. É uma cobertura ogival que não tem uma parede e um telhado, pois são a mesma coisa. E a palha, a gente pode dizer, forçando um pouquinho, que ela respira.
há tempos que é fazer uma parede que respira. A cobertura da casa dos índios é, ao mesmo tempo, teto e parede. É uma cobertura ogival que não tem uma parede e um telhado, pois são a mesma coisa.
E a palha, a gente pode dizer, forçando um pouquinho, que ela respira. A casa indígena não é hermeticamente fechada, ela permite entre as frestas da palha que haja um escape do ar. Isso a gente não consegue fazer ainda. O próprio desenho da cobertura de uma casa convencional conduz o ar quente para o ponto mais alto. Essa é a ‘ditadura do teto plano’. A gente não está acostumado a ver isso em nossas casas, quando muito, temos um teto diferenciado em uma igreja. Ginco: O que fazer para que nossas casas se aproximem desse conforto existente nas construções indígenas? Portocarrero: Esse é um grande desafio. No final da minha tese, eu apresentei um protótipo de uma construção que tem a casa indígena como arquétipo, mas desenhada para ser utilizada na cidade. Então, utilizei uma estrutura metálica, telha termoacústica, que é uma telha com uma camada de isopor no meio, e treliçado
Muitos materiais usados por Portocarrero são sustentáveis e mais baratos que a média
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Portocarrero: O primeiro contato com a cultura indígena ocorreu na época escolar, com os índios trazidos pelos padres do colégio São Gonçalo
de madeira por cima dessa construção, o que garante uma temperatura agradável dentro do ambiente. Essa obra pode ser visitada na UFMT, ao lado do Restaurante Universitário (RU), e hoje abriga o Núcleo de Estudos e Pesquisas de Tecnologia Indígena. Ginco: E como é a aceitação dos clientes a essa arquitetura sustentável? Portocarrero: É importante a gente falar sobre isso. Você não precisa construir, necessariamente, uma casa igual à dos índios para dizer que é adepto da arquitetura sustentável. O que defendo é que a arquitetura que eles faziam pode nos auxiliar na busca de conceitos. Tenho um projeto no Florais Cuiabá que tem um conceito de arquitetura indígena, mas é uma construção quadrada, de concreto. O que eu consegui fazer lá é uma tradução do conceito da casa indígena com um pé direito alto e um telhado de barro que, no trecho principal da casa, não vai ter forro. Então, quando não se coloca o forro, o ar quente também escapa entre as frestas das telhas. Isso era uma coisa que o cuiabano
usava muito. E é dessa forma que a gente está trabalhando e projetando com a preocupação da sustentabilidade. Ginco: Fazer um projeto com elementos da arquitetura sustentável é mais caro? Portocarrero: Não necessariamente. Nós temos exemplos de materiais como o solo de cimento e o adobe que são muito baratos, mas pouco utilizados. O que existe é uma pressão muito grande de marketing levando as pessoas a comprarem materiais mais caros ao invés dos de menor custo econômico e com a mesma eficiência. Muitas vezes, as pessoas utilizam materiais caros sem necessidade. Usam muito vidro, ao invés de elementos vazados. Bons exemplos são as janelas com vitrô que eram coisas muito utilizadas antigamente. Desse ponto de vista, você pode dizer que uma casa sustentável não é, necessariamente, mais cara. Um exemplo é o aquecedor solar que muita gente diz que é caro, mas com dois ou três anos de uso, por conta da economia de energia que ele proporciona, ele se paga. 11
Ginco: Como foi a experiência de ser um dos 12 arquitetos brasileiros convidados a participar da 7ª Bienal Internacional de Arquitetura em São Paulo, no final do ano passado? Portocarrero: Foi uma experiência fantástica. Lá eu tive um espaço grande para expor, eram 80 metros quadrados para cada um dos 12 arquitetos convidados. Separei alguns trabalhos que tinham como referência a arquitetura indígena e outros mais convencionais, do cotidiano. E foi super interessante perceber a curiosidade das pessoas quando viam que tinha um cara fazendo desenho de arquitetura indígena. Acho que foi isso que chamou mais a atenção. Afinal, era uma Bienal Internacional de Arquitetura que trouxe trabalhos com referências indígenas num país com uma população indígena muito grande, mas que poucas vezes é colocada em destaque. Isso foi muito importante porque as pessoas puderam ver que a arquitetura indígena é um elemento – do ponto de vista da sustentabilidade – que pode muito bem casar com a nossa tecnologia. (Paula Peres)
Prancheta
Tudo a um toque de dedo Automação residencial começa a ser adotada em Cuiabá Quem nunca se encantou e desejou uma vida igual à da família da série animada ‘Os Jetsons’? Já na década de 60 – quando o desenho norte-americano foi lançado – carros voadores, máquinas de teletransporte e robôs compunham o cenário futurista que retratava o ainda distante século XXI. O que parecia remoto não tardou a chegar e o home theater e as superutilidades domésticas, por exemplo, já são possíveis para muitos. As grandes evoluções que vêm transformando o dia-a-dia das pessoas não são vistas apenas nos ambientes de trabalho ou utilizadas em situações restritas. Você já imaginou chegar em casa e ser recepcionado com sua canção predileta, com a refeição pronta e a água da banheira na temperatura ideal? Isso tudo é possível e não por meio de uma dedicada secretária do lar, mas por um simples comando que pode ser dado via celular.
A automação residencial a cada dia conquista novos adeptos não apenas nos grandes centros brasileiros, mas também no interior do Brasil. “As pessoas estão se conscientizando de que automação é sinônimo de praticidade e conforto e não de luxo. Diante do corre-corre diário, a automação agiliza a vida da gente”, explica a arquiteta Enize D’Carvalho, que é responsável pelo projeto de automação de uma residência no condomínio Florais Cuiabá. Segundo ela, a tendência é de que projetos que se preocupam com a parte de automação cresçam. “Além do conforto, os clientes estão conscientes quanto à valorização do imóvel. O que hoje parece algo desnecessário, não tardará a ser requisito mínimo para comercialização da residência. A tecnologia está aí e não podemos fugir disso. A tendência é que o projeto de automação faça parte da estrutura básica assim como são os 12
projetos elétricos e hidráulicos”. PLANEJAMENTO - O engenheiro eletricista e integrador de sistemas Pedro Alves conta que o processo de automação residencial deve ocorrer em duas etapas. O primeiro passo é preparar o imóvel estruturalmente para receber qualquer tipo de tecnologia. O profissional utiliza as instalações elétricas como exemplo. “Em um sistema automatizado, cada aparelho tem que ter sua própria fonte de energia para que se evite interferência e sobrecarga da rede elétrica. Nada daqueles ‘benjamins’ para ligar diversos aparelhos em um único interruptor. Além disso, é fundamental que haja o aterramento correto da fiação. O projeto deve conter estrutura própria de cabeamento para vídeo, som e voz”. O segundo passo é interligar o sistema, personalizando-o conforme as preferências dos moradores da casa.
Engº Pedro Alves
Arquiteta Enize D’Carvalho
Muitos benefícios podem ser proporcionados através de um sistema inteligente que integra iluminação, entretenimento, segurança, telecomunicação, ar condicionado e muitos outros em um controle remoto único. Uma das vantagens da automação residencial é a customização do sistema, que pode ser adequado e personalizado às características e demandas de cada usuário. Como vem ocorrendo em muitos casos, o projeto de automação não vem sendo pensado durante a concepção do projeto da obra. Nesses casos, a automação pode ser feita via rádio, com o sistema wireless. Pedro Alves garante que o sistema funciona bem, apesar de ser um pouco mais caro em relação à implantação do sistema ainda na planta. AUTOMAÇÃO RESIDENCIAL – Ainda novidade para muitos em Cuiabá, a automação residencial oferece conforto, agrega valor ao imóvel e, ao contrário do que muitos imaginam, proporciona economia de cerca de 30% no consumo de energia elétrica. “As lâmpadas acendem apenas quando programadas. O uso da energia solar e a preocupação dos arquitetos em projetar espaços que utilizam ao máximo a luz do sol também colaboram para a redução”, comenta Pedro Alves. A falta de informação também é visível quanto aos valores investidos na automação da residência. Pedro explica que o custo total com o projeto de automação representa de 2% a 3% do valor total da obra. Quanto aos equipamentos e mobiliário adequados, a arquiteta Enize D’Carvalho diz que muitos vêm de fora, especialmente de São Paulo. “O mercado aqui de Cuiabá ainda é muito pequeno, daí a necessidade de comprarmos produtos de outros estados”. Atualmente em Cuiabá, o que se vê em termos de automação residencial está relacionado à iluminação dos ambientes. Equipamentos de segurança, como identificadores digitais ou mesmo pela leitura da íris também ainda são raros na cidade. (Paula Peres)
PRANCHETA
Um toque oriental em casa Decoração japonesa prioriza detalhes, leveza e proporcionalidade Neste ano, o país todo comemora os 100 anos da imigração japonesa no Brasil. Em Mato Grosso, as primeiras levas de japoneses e descendentes chegaram em 1952, com o projeto de colonização na Gleba Rio Ferro (hoje, município de Feliz Natal). Incentivadas pelo programa do presidente Getúlio Vargas de ocupar o Centro-Oeste, famílias inteiras vieram cultivar pimenta-doreino e extrair látex das seringueiras. Nossa missão foi tentar achar uma casa 100% japonesa em Cuiabá, para identificar o estilo japonês de morar. Mas não foi fácil. “A maioria dos migrantes que vieram para Mato Grosso já estava em sua segunda geração (nissei), oriunda do interior de São Paulo e Paraná. Eram, portanto, adaptados ao modus vivendi brasileiro”, observa a historiadora Aldina Cássia Fernandes da Silva, em sua dissertação de mestrado.
Boneca Nana-maigassa foi trazida no colo desde o Japão por Caroline Yamauchi.
Além disso, a transitoriedade marcou a história de vida dessas famílias, sempre se mudando de lugar em lugar até se fixarem definitivamente quando prosperassem. Devido a um ciclo longo de difícil adaptação ao país, associado à penúria e ao sofrimento resultante da II Guerra Mundial, os japoneses evitaram investir na reprodução de seus ambientes ancestrais. “Por natureza, eles abominam desperdício e ostentação. Sempre priorizam o essencial e procuram poupar para as gerações futuras”, observa a proprietária de loja especializada em artigos orientais, Meiry Mayumi Nakao Ide. Por isso, não é à toa que inexistam ambientes ou casas inteiramente ambientados à moda dos ancestrais. Mas se é difícil achar uma edificação genuinamente japonesa em Cuiabá, fica bem mais fácil identificar as influências orientais sobre a decoração. Muitos objetos exibidos nas salas de estar visitadas pela Revista Ginco evocam lembranças do Sol Nascente. Antes limitados a apenas um ou outro item estratégico, de valor simbólico forte para a família, agora chegam a ocupar prateleiras inteiras, principalmente após o fenômeno dekassegui, que teve seu auge nos anos 80 e 90. É quando aparecem os presentes de amigos 14
Papel à base de arroz dá forma às tradicionais luminárias chouchin.
ou parentes que foram trabalhar no arquipélago japonês. Os itens mais freqüentes nas casas dos japoneses e descendentes são aqueles que evocam suntuosidade e delicadeza, como que numa tentativa de sintetizar o espírito do próprio povo. Para ilustrar, um exemplo é a Nana-mai-gassa (“Dança das Sete Sombrinhas”), da professora de língua japonesa Caroline Yamauchi, residente em Cuiabá desde 1992. “Gosto muito de bonecas orientais, mas por esta tenho uma consideração muito especial. Ganhei do meu tio materno quando fui trabalhar no Japão em 1990”, diz a nissei. Tamanho cuidado e apreço fizeram com que a boneca fosse carregada no colo durante o percurso de volta.
Natureza e detalhes em profusão Na confecção dos itens tradicionais, destacam-se matérias-primas como cerâmica, madeira e papel – principalmente washi, à base de arroz, fabricado de maneira artesanal. Muito utilizado nas chouchin (luminárias esféricas com estrutura de bambu ou arame) o washi tem leveza e textura diferenciadas e conferem uma iluminação difusa e acolhedora, absorvendo o excesso de luminosidade. Os motivos de decoração também são focados em elementos naturais, retratando aspectos das estações do ano. Paisagens campestres, urbanas ou marinhas também são exaustivamente exploradas em pinturas, xilogravuras (impressões em blocos de madeira) e pergaminhos. Aspectos humanos também encontram espaço na artesania japonesa. Miniaturas de festividades, personagens históricos, e de móveis tradicionais - assim como brinquedos utilizados na zona rural - retratam o cotidiano em épocas passadas, reforçando mais ainda o tom nostálgico. E como não poderia deixar de existir em toda cultura, há um toque de misticismo e superstição. Os mitológicos Sete Deuses da Felicidade (Shichifukujin) cruzam mares para trazer virtudes para os lares no início do ano, como longevidade, eloqüência, prosperidade, fartura e sabedoria. São representados em bonecos, esculturas ou panos.
Fartura de grão em grão Em se tratando de utensílios para cozinha, a fartura é visível em oposição à discrição nas salas de estar. Tigelas e pratos ricos em detalhes e desenhos marcam presença, com muito capricho. Novamente, madeira e cerâmica predominam neste espaço da casa. A lojista Meiry Mayumi explica esse contraste. “O japonês é tido como austero, mas na hora das refeições e de receber, a generosidade vem à tona. As refeições são atos de celebração e de graças, além de serem preparadas para apreciação do paladar, olhos e alma dos convivas”. O contexto de fartura difere um pouco daquele que os ocidentais estão acostumados a ver. Ou seja, não espere numa mesa japonesa montes e montes de comida. Tudo é arranjado para que cada sabor seja apreciado em sua devida proporção. Não é à toa que, entre os países industrializados, o Japão é o que ostenta menores taxas de obesidade. Outro material em destaque é a laca, um revestimento muito utilizado nas louças. Resina extraída de uma árvore, ela é refinada em um trabalho artesanal que exige muita perícia, pois a resina é tóxica ao toque antes de secar. Confere impermeabilidade, sendo muito utilizada em tigelas de sopa, travessas e bandejas. Apresenta-se em duas cores: vermelha e preta. Apreciação dos detalhes, elementos naturais, leveza e proporcionalidade. Estas são as palavras-chave para se inspirar e se orientar quando falamos em decoração japonesa. (Taís Ueta) 15
MINHA CIDADE
Uma Cuiabá do futuro Respeito à história, funcionalidade e modernidade marcam projetos futuristas de Ademar Poppi
Estações de Transbordo projetadas por Poppi interligam pontos estratégicos da cidade
Entra governo, sai governo, as mesas de desenho do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento Urbano (IPDU), órgão da prefeitura municipal de Cuiabá, continuam recebendo os traços fortes do arquiteto Ademar Poppi. Com 27 anos de carreira, dos quais 22 dedicados ao serviço público, Poppi hoje é diretor de Projetos Especiais do IPDU e figura fácil quando se pensa na Cuiabá do futuro. De rabiscos, a cidade que surge é moderna e funcional. Uma capital que resguarda seu passado, com uma estrutura viária que possibilite fluidez no movimento de veículos e espaços que harmonizam sociedade e natureza.
porte construída foi a Miguel Sutil, e isso já tem mais de 20 anos”, lembra. A configuração atual não acompanha mais o crescimento da cidade. “Se hoje já é um desafio, como será daqui a dez anos, caso nada seja resolvido logo?”. Outro aspecto que incomoda é a existência de ilhas de calor, novamente na área central. Isso se explica pelo fato de não haver arborização suficiente. Aí vem o questionamento: “Mas Cuiabá não é conhecida como a Cidade Verde”? Poppi responde prontamente que essas áreas verdes estão ausentes nos espaços públicos, ficando mais concentradas em quintais. Uma solução para esses dois problemas, apontada pelo arquiteto, é construir avenidasparques que acompanham o fluxo dos córregos, com ciclovia e outras facilidades. O Córrego do Barbado tem esse potencial, desafogando a Avenida do CPA e interligando os shoppings Pantanal e Três Américas.
“Todo arquiteto e urbanista tem que ter um olhar mais além quando se pensa em grandes espaços públicos”, destaca. E antes de olhar para o futuro, tem de se apontar quais são as oportunidades de melhoria no presente. “Assim como devemos ter cuidado para planejar uma casa, devemos sempre considerar soluções para todos, quando tratamos de projetos urbanísticos, e isso é um trabalho de longo prazo”.
Coletivos Ainda sobre o fator estrutural, Poppi também aponta soluções para o transporte coletivo, como vias exclusivas para ônibus e estações de transbordo. Diferente dos terminais, as estações de
O ponto que necessita de melhorias urgentes, de acordo com Poppi, é a malha viária da cidade. “A última avenida de grande 16
Um dos projetos mais desafiadores apontados pelo arquiteto é a ocupação das margens do Rio Cuiabá. Poppi lamenta que o acesso ao rio esteja praticamente bloqueado pelos galpões ao longo do Porto. O “Complexo Tempos Modernos”, que denomina o projeto, consiste em criar uma nova área de referência econômica e cultural para Cuiabá. O carro-chefe do complexo é a Central Cuiabana de Referência, com base no Mercado Modelo de Salvador (BA), que seria uma estrutura capaz de convergir elementos culturais típicos, como peixarias e artesanato.
transbordo por ele propostas interligam pontos estratégicos sem precisar de grandes deslocamentos ou de riscos para os pedestres. Conseqüentemente, isso implica em redução de tarifas e do número de viagens que cada pessoa teria de realizar. Todavia, o arquiteto pondera que o sistema só vai poder ter efetividade com a reestruturação do corrente modelo de transporte coletivo. “A conscientização para um desenvolvimento sustentável deve partir primordialmente da própria sociedade. Como a cidade é a ‘Casa Maior’, um planejamento urbano muito bem executado parte da integração da instância pública com os cidadãos”, argumenta Poppi. De acordo com ele, idealmente as iniciativas de urbanismo devem levar em conta mais aspectos técnicos do que ímpetos políticos. Além da integração entre os diferentes aspectos humanos, deve também se observar as potencialidades e limitações naturais existentes, não permitindo radicalismos, como canalizar córregos ou fechar vias inteiras para circulação de veículos.
O projeto da Central Cuiabana de Referência tomaria assento onde hoje estão localizados o Parque de Exposições e o Shopping Popular. Integram ainda o projeto uma estação de transbordo, o Parque Linear Beira-Rio e o Parque Administrativo Municipal (futura sede da prefeitura), tudo com vista para o Rio Cuiabá. No parque linear, estão previstas as construções de quadras poliesportivas e pistas de caminhada. Nestes 22 anos de contribuição ao desenho da cidade, Poppi já executou 14 projetos, mantendo-se tecnicamente útil à prefeitura independente das matizes político-partidárias. Entre seus projetos que já viraram realidade estão a revitalização das Praças Ipiranga e Bispo Dom José, Praça das Bandeiras, Aquário Municipal, Centro Cultural do CPA II, transformação do antigo Mercado do Peixe no Museu do Rio, localizado no tradicional bairro do Porto e readequação viária da Avenida XV de Novembro.
Descentralizando Outra estratégia para amenizar o fluxo de veículos e pessoas na cidade é dar um novo direcionamento ao centro da cidade. Poppi defende que o centro de Cuiabá deve ser respeitado por suas construções históricas, o que ocasiona uma tendência de pulverizar as atividades econômicas para outros eixos ou pólos de desenvolvimento. Em suas palavras, significa “fazer com que a cidade cresça ‘para dentro’”, tornando-se acessível para habitantes de bairros diversos. Para que ocorra esse crescimento, é preciso ocupar os muitos espaços ociosos entre o centro e a periferia.
(Taís Ueta)
Poppi defende a descentralização da cidade
Projeto da Estação de Transbordo 17
Água na Boca
Terra do peixe
Confira as opções de peixarias em Cuiabá
Q
uando se pensa em comer um saboroso peixe, logo vêm à cabeça os restaurantes localizados nas comunidades ribeirinhas de Bonsucesso, em Várzea Grande, e São Gonçalo, em Cuiabá. Mas para degustar a iguaria símbolo da culinária regional não é preciso ir tão longe! Em diversos cantos de Cuiabá, além de bons bares, encontram-se boas peixarias com variado cardápio, ambiente e atendimento agradáveis.
domingo a domingo, refeições nos sistemas de rodízio e à la carte. Entre tantas opções, Pacu garante que mojica de pintado como a da Popular, lugar nenhum oferece. “A mojica é a marca registrada da nossa peixaria”. Para quem não se contenta apenas com a mojica, a Peixaria Okada, localizada no bairro CPA I, oferece uma tradicional peixada. O prato é formado por porções de mojica de pintado, pacu frito e pintado à dorê. Arroz branco, pirão, vinagrete e salada completam um dos pratos mais degustados na Okada, de acordo com o gerente, Valdir Araújo. Ele assegura que os peixes assados na brasa também têm vários admiradores.
Figurando entre as mais tradicionais peixarias da cidade, a Peixaria Popular completou 28 anos de funcionamento. Em um ambiente simples, mas acolhedor, o local recebe pessoas de todas as partes do Brasil. “Durante a semana recebemos muitos executivos de outros estados. Todos querem provar o famoso peixe cuiabano”, revela o gerente, Eliomar José de Barros – o Pacu. Com um cardápio que contempla os principais peixes da região (pacu, pintado, piraputanga e matrinchã), disponibiliza aos clientes, de
Criada pelo imigrante japonês Hitoshi Okada e sua esposa, Marina Bastos Okada, há 27 anos, a peixaria sempre ofereceu em seu cardápio carnes vermelhas (alcatra, picanha e maminha) e também peixe cru – o sashimi. 18
Com funcionamento de domingo a terçafeira, sempre no sistema à la carte, a Peixaria Okada implantou neste ano a entrega em domicílio. “Por enquanto, nossas entregas estão restritas a Cuiabá. Fornecemos alimentação individual nos horários do almoço e janta”, explica Valdir Araújo. VOVÓ – Em um ambiente bem decorado e que evidencia a cultura cuiabana, uma das mais novas peixarias da cidade está a cada dia se firmando entre as mais freqüentadas. Inaugurada há pouco mais de 18 meses, a Peixaria da Vovó, localizada na Av. Prainha, vem agradando aos mais exigentes paladares. Num cardápio com mais de 30 pratos diferentes, o filé de pintado caiu no gosto dos clientes. “O nosso diferencial é, sem dúvida, o filé de pintado acompanhado com molho de laranja ou maracujá”, destaca um dos sócios-proprietários, Anderson Nunes. Mas o pacu assado também vem conquistando admiradores. Prova disso foi a premiação recebida na segunda
edição da Festa do Peixe promovida pela Prefeitura de Cuiabá no último mês de abril. “O pacu assado da Vovó foi escolhido o melhor pacu assado da festa”, orgulha-se Anderson. Ele conta que além do “segredinho”, o peixe tinha alguns toques especiais: tempero de azeite e manteiga e recheio de farofa de couve, tomates picados e azeitonas pretas. Tudo ao molho de maracujá. A carne de peixe pode ser degustada, ainda, em outros pratos quentes como a feijoadinha de Pintado e a lasanha de peixe na Peixaria da Vovó. FAMOSOS – Inaugurada em novembro de 2006, a Lélis Peixaria agrada cuiabanos e pessoas de fora. “Outro dia o cantor Jorge Ben Jor veio até aqui dizendo ter sido uma indicação de um amigo seu, o ‘Carlinhos’. Na hora, fiquei sem saber quem era, mas logo ele disse que era o Carlinhos de Jesus, um de nossos clientes”, conta a gerente, Marilyn Pavesi.
Peixaria da Vovó Av. Ten. Coronel Duarte, nº 1585 Bairro Dom Aquino - Cuiabá Fone: (65) 3624-6090 Peixaria Okada Av. Ribeirão Preto, quadra 07, casa 11 Bairro CPA I - Cuiabá Fone: (65) 3641-2584 19
Celebridades do mundo da música e da TV, como Émerson Nogueira e Totia Meirelles, sempre que vêm à cidade procuram saborear o tempero cuiabano na Lélis Peixaria. Mas o que faz os clientes - famosos ou não - retornarem à peixaria é a variedade de pratos à base de peixes da região. Pintado, matrinchã, piraputanga e pacu grelhados na brasa e os peixes ao molho são boas opções para refeições a la carte. Contudo, a gerente garante que os pratos pintado à Moda do Chefe, pirarucu Ver-oPeso (típico do Pará) e pirarucu à Moda da Casa são os mais pedidos. O rodízio de peixes regionais é outra especialidade do restaurante. Para quem gosta de carnes exóticas, a Lélis tem em seu cardápio pratos feitos com carne de jacaré, de Tucunaré e de Pirarucu – considerado o bacalhau da Amazônia. (Paula Peres)
Peixaria Lélis Av. Lava-Pés (em frente ao 44º Batalhão) nº 36 Bairro Duque de Caxias - Cuiabá Fone: (65) 3322-9195 Peixaria Popular Av. São Sebastião, nº 2324 Bairro Popular - Cuiabá Fone: (65) 3322-5471 / 9202-3315
Quanto mais colorida a refeição, mais rica em vitaminas, proteínas e minerais
Alimentação correta é garantia de boa saúde A pressa e a comodidade são, atualmente, as grandes aliadas da má alimentação. Quem já não trocou o almoço por um lanchinho, ou simplesmente, ignorou essa refeição? Pois é, em razão do correcorre, muita gente acabou deixando a alimentação saudável de lado. O pior é que os alimentos saudáveis estão perdendo cada vez mais espaço para os calóricos e nada nutritivos sanduíches e salgadinhos nas demais refeições do dia. Já faz algum tempo que o jantar foi substituído, por exemplo, por um pedaço de pizza ou um pão francês recheado com muita mussarela e presunto. Sem falar dos molhos prontos, catchup, mostarda, batatas fritas e refrigerante que, geralmente, acompanham essa refeição.
E o que falar do café da manhã? Muitos desconhecem a sua existência! Segundo pesquisa de autoria da nutricionista Samantha de Andrade divulgada em janeiro pela Universidade de São Paulo (USP), 97,1% dos jovens paulistas com idades entre 12 e 19 anos omitem as refeições, principalmente o café da manhã. Participaram da pesquisa 1.584 adolescentes de ambos os sexos. A nutricionista do Instituto de Medicina Estética e Dermatologia (IMED) de Cuiabá, Luciana Pasquali Garcia, adverte que a má alimentação é observada em todas as idades e não apenas acarreta o aumento de peso, mas também prejudica a saúde interferindo diretamente na qualidade de vida.
Em busca da ‘saúde perdida’, muitas pessoas têm procurado a ajuda dos profissionais da nutrição. “De uns três anos para cá, as pessoas chegam até mim em busca da reeducação alimentar. Constatei que elas se alimentam bem, entretanto não se nutrem bem. Hoje, tenho muitas pacientes gestantes e mães preocupadas com a alimentação dos seus filhos. Os homens ainda são minoria e vêm à clínica já com a constatação de doenças ocasionadas pela má alimentação ao longo da vida, como diabetes e pressão alta”, informa Luciana. A nutricionista afirma que entre os seguidores mais fiéis aos cardápios propostos estão os praticantes de atividades físicas. “Essas pessoas
BEM VIVER reconhecem a importância de uma alimentação equilibrada para que possam desempenhar bem essas atividades, beneficiando ainda mais sua saúde”. Quanto à dieta perfeita, seja para emagrecimento ou manutenção da saúde, Luciana garante não existir. Segundo ela, cada pessoa deve ser vista e tratada como única. “Aqui na clínica fazemos um trabalho individualizado. É o que denominamos de inquérito alimentar. Na primeira consulta, ficamos sabendo da rotina de nossos pacientes, peso, altura e medidas, além, é claro, de suas preferências alimentares. Afinal, não podemos pedir
para que ele siga uma dieta que não o agrada. Sempre estamos adequando seus gostos às necessidades alimentares”. Luciana alerta que as dietas expostas em revistas de saúde são apenas sugestões, alternativas de cardápio. Nutricionista graduada e pós-graduada em São Paulo, Luciana Pasquali Garcia conta que entre os cuiabanos é comum a mistura de carboidratos nas refeições, ou seja, arroz, mandioca e farofa. Ela relata que o ideal é termos um prato “bem colorido” contemplando não só os carboidratos, mas verduras, legumes e proteínas. Quanto mais colorida a refeição, mais rica em
vitaminas, proteínas e minerais ela será. Algumas ações simples como mastigar bem os alimentos e realizar as refeições nos horários corretos são aliadas da boa forma. Luciana sugere, ainda, o aumento de consumo de alimentos ricos em fibras; a ingestão de pelo menos seis copos d’água no dia; o consumo de alimentos fontes de cálcio de duas a três vezes ao dia e ingestão de alimentos que contêm ferro (carne escura, soja, lentilha e vegetais com intensa cor verde). (Paula Peres)
Confira a sugestão de cardápios para o dia-a-dia: Café da manhã: Suco de fruta | Pão integral | Iogurte | Queijos | Torradas | Frutas Lanche: Suco | Iogurte light | Fruta Almoço: Verdura e legumes crus ou refogados | Carboidratos (ex: batata, milho, mandioca, macarrão) | Feijão (ou lentilha, ou soja ou grão de bico) | Proteínas (ex: carne vermelha, ovos, peixe, frango, glúten) Sobremesa: Suco de fruta (ex: laranja, acerola) Importante: Para um copo de suco de laranja, são necessárias duas laranjas misturadas à quantidade necessária de água para preenchimento do copo. Caso contrário, o suco torna-se bastante calórico. Para adoçar, mel e açúcar mascavo são fontes mais naturais de açúcares. Lanche: Picolé de frutas | Barra de cereais Jantar: Sopa de legumes, carne e macarrão | Sanduíche integral Ceia: Iogurte ou 01 copo de leite desnatado Saiba Mais – Refrigerantes, doces e frituras devem ser descartados da alimentação ou consumidos, no máximo, uma vez na semana. A nutricionista Luciana Pasquali Garcia lembra que os produtos diet e light devem ser ingeridos com equilíbrio e moderação. “Não podemos nos esquecer que os produtos diet são indicados a diabéticos e os light para quem quer emagrecer”, explica.
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Muitos dos clientes da nutricionista Luciana Garcia são gestantes e mães preocupadas com a alimentação da família
1,2,3!
Não importa a atividade: a ordem é não ficar parado no Florais Cuiabá 22
Florais Cuiabá
A onda é se exercitar! Ciclismo, caminhada, tênis e ioga são algumas das modalidades mais procuradas
Q
uem passa em frente à casa da família Serafim, no Condomínio Florais Cuiabá, já percebeu que há algo diferente na varanda. Não faz muito tempo, os veículos são vistos dividindo o espaço com as bicicletas. Grandes e pequenas, as bikes são as mais novas fontes de lazer tanto dos pais – o assessor jurídico e professor Adriano (39) e a odontopediatra Maria Cristina (37) – quanto das pequenas Natália (9), Carolina (5) e Giovana (5). “Sempre que temos tempo, passeamos com as meninas pelo condomínio. É muito bom”, explica Adriano. Prestes a completar 18 meses como morador do Florais, ele lembra que era impossível pedalar com as crianças quando moravam em um edifício residencial. “Lá a gente tinha uma área de lazer bem legal, mas nada que se compare à que temos aqui (Florais). Aqui temos liberdade total e, o melhor, com segurança”. O novo endereço vem proporcionando a Adriano a prática de atividades simples e corriqueiras do passado de menino, como jogar bola. Ele lembra, ainda, que adora “soltar” as pipas que ele mesmo confecciona nos finais de semana e caminhar pelas trilhas do condomínio. Mas Adriano não está sozinho quando o assunto é manter a saúde passo a passo. Todos os dias, durante 60 minutos, a empresária Cleudete Coelho Neves (47) faz a sua caminhada. “Adoro caminhar aqui. O Florais para mim é um paraíso. Quando estou aqui tenho a impressão que estou em outro lugar, fora de Cuiabá. Estar aqui é um presente de Deus para a minha família”. Adepta da caminhada desde 1994, diz só agora ter conseguido realizar a atividade física juntamente com a família. “Morávamos na avenida São Sebastião e como lá não havia condições favoráveis à caminhada, sempre ia ao Parque Mãe Bonifácia e, por conta desse deslocamento, nem sempre conseguia reunir a família. Agora, não temos mais obstáculos. Estamos em casa”, completa Cleudete. RAQUETE – Entre tantas opções de lazer encontradas no Florais
Cuiabá, uma chamou a atenção das colegas Luciana de Souza Santana (33) e Mariane Elizama Neves (15): a quadra de tênis. Assistidas pelo professor de educação física Márcio dos Santos Pereira (25), elas praticam o esporte duas vezes por semana. Desde 2004, o professor ensina as técnicas do tênis. Atualmente, ele se divide entre as aulas da faculdade de educação física e o atendimento aos 30 alunos matriculados para as aulas no condomínio. Novata na modalidade, Mariane começou a praticar tênis ano passado. Depois de alguns anos jogando futebol, a garota mostrou que tem talento para o novo esporte: é a campeã mato-grossense de tênis na categoria infanto-juvenil (12 a 14 anos). Se depender do empenho da nova jogadora,
Para Luciana Santana a prática do tênis se tornou rotina. 24
“Nada se compara ao que temos aqui”, diz Adriano Serafim
o Estado estará bem representado nas competições nacionais. Já Luciana começou jogando tênis “esperando a família”. Mãe coruja, sempre acompanha os filhos nas atividades diárias. E foi numa dessas ‘companhias’ que ela descobriu o tênis. “Hoje pratico como forma de lazer e de manter a forma”. Prestes a iniciar a construção de sua casa no condomínio Florais Cuiabá, ela freqüenta as aulas de tênis há dois anos. Todas as segundas e quartas-feiras, a advogada Sônia Curvo (36) acompanha as aulas de tênis dos colegas de condomínio, mas não é para aprender novas jogadas do esporte. Ela é uma das oito integrantes da turma de Hatha Ioga da professora Moara Rodrigues
Schroeder, que ministra as aulas em espaço bem próximo às quadras de saibro. Praticante da Hatha Ioga desde 2006, Sônia conta que a comodidade a fez trocar as aulas de ioga em uma academia pelas oferecidas no Florais Cuiabá. “Estar a poucos metros de casa praticando algo que se gosta é muito bom. A gente não precisa se preocupar com a hora e pode aproveitar melhor as aulas”. Moara explica que a Hatha Ioga é indicada para qualquer pessoa. “Hoje, eu atendo pessoas de todas as idades. Aqui no Florais Cuiabá tenho alunas gestantes e de meia-idade. O importante é que as pessoas saibam que a prática da ioga traz benefícios incalculáveis à nossa saúde”. (Paula Peres) 25
Mariane Neves já é campeã mato-grossense de tênis na categoria infanto-juvenil
convivendo
Ritmo acelerado Chegada de novos moradores ao Belvedere nĂŁo pĂĄra
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Mais de 40 projetos arquitet么nicos para o Belvedere j谩 foram aprovados
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U
m mês após o lançamento do Condomínio Belvedere, o funcionário público federal Ércio de Arruda Lins, 43, já havia adquirido dois lotes. Depois de três anos da aquisição do terreno e de sete meses de construção da casa, ele e a família já podem ser vistos, desde a primeira semana de abril, pelo condomínio. “Logo que comprei os lotes, minha esposa não gostou nada da idéia. Afinal, como eu podia ter comprado algo que para ela parecia um imenso vazio? Mas assim que as obras de infra-estrutura e lazer foram iniciadas, não víamos a hora de nos mudar para lá”, relata Ércio. Além da esposa, Jucimeire de Aquino Lins, Ércio desfruta do Belvedere ao lado do filho Élcio de Aquino Lins. Morador do Jardim Imperial por 18 anos, Ércio conta que optou pelo Belvedere não apenas pela qualidade de vida aliada à segurança. “O fato de continuarmos residindo na região do Coxipó foi decisivo para Ércio e a família optaram pelo Belvedere pela segurança
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A infra-estrutura disponível no condomínio fez com que a casa de Ércio se tornasse um verdadeiro clube
a escolha do Belvedere. Além de laços de amizades que temos por aqui, a região está bem localizada e dispõe de uma rede de serviços que nos permite fazer inúmeras coisas sem termos que ir ao centro da cidade, por exemplo”. Desde que se mudou em definitivo para o novo lar, Ércio e a família estão sempre com a casa cheia de amigos. “Minha casa virou um clube. Estamos sempre recebendo a visita de pessoas queridas. Devo confessar que nosso receio ao vir morar em um condomínio como o Belvedere era de que nossos amigos se afastassem da gente, mas ocorreu o contrário”. Assim como Ércio, outros clientes da Ginco não vêem a hora de trocar de endereço. De acordo com a engenheira civil responsável pela aprovação dos projetos arquitetônicos da incorporadora, Patrícia Shiroma Prata, foram aprovados 41 projetos até a primeira quinzena de abril. Destes, 29 já têm suas obras iniciadas e outros seis já foram concluídos. Há também, 20 projetos em processo de análise. A engenheira afirma que esse processo de análise leva 15 dias para ser concluído. Patrícia sugere que, antes mesmo de iniciar a concepção do projeto, o condômino tenha conhecimento do regulamento que dispõe, entre outras coisas, sobre as normas para a construção e a documentação necessária para regularização do lote e da obra. As informações podem ser encontradas no site da empresa: www.ginco.com.br. 29
O projeto do Condomínio Belvedere destinou atenção especial às áreas verdes
TENDÊNCIAS - Nos projetos apresentados à equipe de engenharia da Ginco Empreendimentos, é possível observar estilos arquitetônicos que vão desde os tradicionais colonial e clássico, com seus muitos telhados e colunas gregas, aos mais modernos, como o clean com seus ambientes integrados sem qualquer barreira visual. Patrícia Shiroma Prata diz ser difícil destacar uma ou outra tendência que esteja predominando nos projetos. “Afinal, cada família, cada morador tem seu gosto e, como sabemos, gosto é gosto e não se discute”. Ela lembra que as únicas exigências feitas pela Ginco aos condôminos são relativas aos aspectos estruturais da obra, como os recuos nas divisas entre os terrenos, os coeficientes de permeabilidade e as taxas de ocupação. Outro ponto observado e evidenciado pela engenheira civil diz respeito à disposição dos ambientes nas residências. “As casas estão sendo projetadas em função da área de lazer. Não se vê mais uma churrasqueira distante da cozinha, por exemplo. Hoje tudo é muito integrado, pensado no bem-estar e na união da família”. (Paula Peres)
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Área de lazer para as crianças tem atraído as famílias cuiabanas
convivendo
ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO
Ampliação termina no segundo semestre
A equipe de profissionais da Ginco Empreendimentos trabalha a todo vapor para entregar, logo no início do segundo semestre, as obras de reforma e ampliação da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) do bairro Jardim Universitário. De acordo com o gerente de engenharia da construtora, Luiz Carlos Fonseca, a medida irá beneficiar os moradores do condomínio Belvedere e melhorar o serviço de esgotamento sanitário oferecido às famílias dos bairros Jardim Universitário, Jardim Imperial I e II e Recanto dos Pássaros. Luiz Carlos explica que o projeto original previa a instalação da estação de tratamento para atendimento exclusivo do Belvedere. Entretanto, a pedido da prefeitura e visando melhor atendimento à população dos bairros do entorno, a Ginco assumiu o compromisso de
ampliar a ETE já existente, permitindo o atendimento aos demais bairros. Parceira da Ginco, a Sanecap será encarregada pelas interligações das residências à nova rede coletora e, consequentemente, à estação de tratamento. Mais que proporcionar eficiência na coleta de esgoto, os moradores terão mais qualidade de vida. “Atualmente, o que vemos sendo despejado no córrego Urubu é o esgoto in natura. Com a reforma e ampliação da ETE, ele será revitalizado, significando ganhos ambientais para a população cuiabana”, explica o engenheiro responsável pela obra do Belvedere, Benedito Gomes Carneiro. Logo após o término dessas obras, a Ginco coloca em prática o Projeto de Recuperação de Áreas Degradadas que
prevê, entre outras ações, a recomposição de toda a vegetação nativa que precisou ser desmatada para dar andamento aos trabalhos de reforma e ampliação da ETE. O presidente da Associação de Moradores do Jardim Imperial, Júlio Cezar da Silva Bueno, lembra que outro benefício trazido pela ETE será a diminuição de odores existentes vindos do córrego com a implantação de um reator com sistema de queima de gases. “Essas ações valorizam a nossa região. Hoje, só com o Belvedere, as casas estão mais valorizadas. Além disso, ganha o comércio local com a criação de empregos e geração de renda”. De acordo com o tesoureiro da associação, Luiz Carlos Sayão, existem mais de mil famílias no Jardim Imperial. (Paula Peres)
de casa
Inseparáveis Convívio entre vizinhas é estimulado na vida em condomínio
ao encontrar um ambiente tão bom quanto ao que tinha em meu antigo endereço”, observa Cris. Antiga moradora de um edifício, diz que sempre teve bons relacionamentos com os vizinhos. Já Fernanda não sente saudades de seus antigos vizinhos. “Lá as pessoas ficam muito dentro de seus apartamentos. Eu não falava com quase ninguém. Aqui (Florais) a gente senta na porta para conversar. É uma relação entre amigos, que não se vê mais com tanta facilidade por aí”, diz Fernanda. A boa relação entre as moradoras estendeu-se a toda a família. “Sempre que assamos uma ‘carninha’, eles (vizinhos) vêm aqui nos fazer companhia. Isso sem falar nas crianças que estão sempre brincando juntas”, completa Fernanda. Os laços de amizade já permitem que elas emprestem, por exemplo, arroz, molho de tomate e leite. “Outro dia, bem na hora do almoço, percebi que o arroz tinha acabado. Não pensei duas vezes, corri até a casa da Fernanda para pedir um pouco emprestado”, revela Waleska.
“Aqui a gente senta na porta para conversar”, comenta Fernanda Nascimento ao lado das amigas e vizinhas Cris e Waleska
A
Cris também confessa já ter pego algumas coisas emprestadas das vizinhas. “É comum precisarmos de algo emprestado, principalmente, nos finais de semana. Como não temos um supermercado próximo, e às vezes o que precisamos são coisas simples, não vejo problema em recorrer a elas. Não vou sair de casa só para comprar um ovo, por exemplo”.
migas para toda hora. Assim são Fernanda Nascimento, Maria Cristina Serafim (Cris) e Waleska Novacki. Moradoras do Florais Cuiabá há cerca de dois anos, elas podem ser vistas com freqüência umas nas casas das outras. Os mais desavisados chegam a pensar que elas são velhas conhecidas.
Mas a relação dessas vizinhas vai além dos pequenos “empréstimos” do dia-a-dia. Waleska conta que, até o ano passado, elas se revezavam na busca das crianças na escola. Com a matrícula do filho mais velho – Enzo – no período matutino, os horários de Waleska e Fernanda estão diferentes. “Ainda vou convencer a Fernanda a matricular as crianças de manhã na escola”, ri Waleska. (Paula Peres)
Vindas de residências localizadas em diferentes pontos de Cuiabá e Várzea Grande, elas são unânimes em dizer que jamais pensaram que seria tão bom morar no condomínio. “A gente tem a impressão de que moradores de condomínios horizontais não têm muito contato entre si. Fiquei surpresa e feliz 32
ECO
Coleta seletiva no Florais Ong reverte receita com a venda do material reciclado para projetos sociais
Criada no ano passado, a Siesa-MT fornece, gratuitamente, todo o equipamento necessário à coleta como uniformes, sacos plásticos e carrinhos adequados ao serviço.
Papéis, plásticos, metais e vidros descartados agora têm novo destino no Florais Cuiabá. Desde o dia 14 de abril, as 80 famílias residentes no condomínio iniciaram a coleta seletiva do lixo. Duas vezes por semana, agentes de coleta designados pela Sociedade de Integração Esportiva e Sócio-ambiental de Mato Grosso (SiesaMT), parceira nessa ação, recolhem de casa em casa os materiais previamente separados pelos moradores.
Sem qualquer ajuda do poder público, a entidade se responsabiliza pela compra de todo o material reciclável coletado que é vendido, posteriormente, às indústrias do Estado. Alexandre conta que o valor arrecadado com essas vendas é revertido ao projeto social “Deixa que eu chuto”, que atende cerca de 200 crianças e jovens no bairro Renascer com atividades esportivas. Acadêmicos da UFMT auxiliam nessa ação.
A diretora administrativa do Florais Cuiabá, Luzienne Braz, explica que a iniciativa – pioneira entre os condomínios horizontais da cidade – foi tomada em comum acordo com os condôminos. “A experiência está sendo muito bem recebida pelas pessoas. Na verdade, ela veio ao encontro dos anseios de todos os moradores. O que a gente percebeu é que havia a preocupação deles quanto às questões ambientais, mas só não sabiam de que forma fazer isso”.
PLANOS – O próximo passo a ser tomado pela administração do Florais Cuiabá é o descarte apropriado dos óleos de cozinha, das pilhas e das baterias. Para isso, os moradores estão sendo orientados a guardarem esses materiais. “Quanto ao óleo de cozinha, em breve será recolhido pelos agentes da Siesa-MT. Já as pilhas e baterias deverão ser colocadas nos coletores específicos que logo estarão disponíveis no condomínio”, explica Luzienne Braz.
Desde o final do ano passado, a administração do Florais está desenvolvendo um projeto de conscientização ambiental. Luzienne Braz conta, ainda, que o trabalho social desenvolvido pela SiesaMT foi fator determinante para a efetivação dessa união. “Além de termos a segurança que esse material reciclado terá um destino adequado, sabemos que a renda gerada pela venda desse material será revertida para projetos sociais”.
O presidente da Siesa-MT já tem planos para o óleo de cozinha usado. “Vamos desenvolver, juntamente com a Faculdade de Engenharia e Tecnologia da UFMT, biodiesel a partir desse óleo. Esse combustível será utilizado para abastecer nossos caminhões que transportam os materiais coletados”, antecipa Alexandre Carneiro. (Paula Peres)
O presidente da Siesa-MT, Alexandre Carneiro, diz que além da coleta seletiva no Florais Cuiabá, há 25 agentes de coleta espalhados por Cuiabá e Várzea Grande e outros 100 cadastrados. 33
ZOOM
Em busca de mais conforto Há dois anos, atendendo ao pedido de um amigo, o pecuarista Itamar Veras foi conhecer a estrutura do Florais Cuiabá. Pensando na tranqüilidade e na qualidade de vida que poderia proporcionar à esposa, Kelly Campos Veras, e à pequena Maria Eduarda, Itamar não pensou duas vezes! Trocou o apartamento na Avenida do CPA pela confortável casa no condomínio. A troca de endereço deixou o pecuarista a apenas dez quilômetros da fazenda onde reside sua mãe.
Compasso de espera Ansiedade. Este é o sentimento que toma conta do casal Alex Ferreira e Ísis Dantas. A poucos dias do nascimento da primeira filha, Raíssa, eles acompanham de perto as obras da nova casa da família no Belvedere. “Queremos que tudo esteja perfeito para a chegada de nossa filha”, comenta Ísis.
Ouvindo o canto dos pássaros O desejo de ter uma vida mais tranqüila fez com que a professora universitária Sônia Romancini não perdesse tempo! Dois meses após a entrega das obras de infra-estrutura do Belvedere, ela e sua família já desfrutavam da bela paisagem de Chapada dos Guimarães e da temperatura agradável do lugar. Segunda moradora a residir no condomínio, Sônia disse que a “oportunidade de ouvir o canto dos pássaros” foi determinante para a escolha do novo endereço.
Contagem regressiva O jovem casal Carlos Eduardo Fernandes e Juliana Almeida Fernandes já não sabe mais que explicação dar aos filhos Bruno (6) e Gustavo (3). “Eles sempre perguntam quando é que iremos mudar para o Belvedere. As crianças não vêem a hora de curtir o novo lar”, explica Juliana. Em contagem regressiva também estão os pais. Carlos garante que no próximo mês o sonho da família de viver em um ambiente com bastante liberdade e segurança será realizado. 34
Do silêncio, a música Um dos fundadores, atual diretor artístico e regente principal da Orquestra de Câmara de Mato Grosso, o maestro Leandro Carvalho foi eleito, em abril de 2008, uma das dez personalidades mais influentes da última década pelo Anuário Viva Música, a mais importante publicação de música clássica no Brasil. Ao longo de 2008, a Orquestra estará a todo vapor! Estão programados 142 concertos, incluindo a turnê “Sonora Brasil” em 78 cidades de 21 Estados brasileiros, pelo SESC Nacional em parceria com as unidades regionais. Também estão agendados os “Concertos pelo Brasil”, em comemoração aos 90 anos do Grupo Votorantim, em 15 capitais do Centro-Oeste e do Nordeste. Acostumado a estar sempre em movimento, o músico afirma que voltar à sua residência no Florais Cuiabá é sempre um instante muito especial. Lá, ele encontra o silêncio e a contemplação fundamentais para o exercício de seu trabalho. “É do silêncio que nasce a música, primeiro na imaginação, depois no papel, e, por fim, o som materializado para o público”, reitera.
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entre amigos
Móveis sob medida para os clientes Compra programada é um dos diferenciais da Giane Móveis, há 26 anos em Cuiabá Transformar cada cantinho da casa em um ambiente único. É isso que a Giane Móveis faz há 26 anos em Cuiabá. Nascida nas terras frias de Caxias do Sul (RS), a empresa mudou de endereço com a vinda da família Soldatelli a Mato Grosso. Conceituada fábrica de móveis da cidade, a Giane Móveis oferta aos clientes diversos tipos de materiais para a confecção, sob medida, de móveis. “Atualmente, a Giane Móveis trabalha com lâminas, fórmicas, painéis de madeira de demolição e MDF (madeira proveniente de reflorestamento) com fino acabamento e alta qualidade. Atendemos tanto a projetos básicos quanto encomendas especiais. O que o cliente quiser, a gente executa”, garante o gerente, Jianei Soldatelli. Há pouco mais de um ano, a Giane Móveis oferece aos clientes móveis modulados da Sandrin Móveis, empresa do Sul do Brasil. Segundo o gerente, a marca está crescendo e traz um show room repleto de tendências européias como, por exemplo, iluminação em closet e gavetas com sistema a vácuo. No final desse primeiro semestre, a Sandrin Móveis ganhará uma nova loja na região central de Cuiabá. Tanto a marca Giane Móveis como a Sandrin Móveis trabalham com o conceito de “compra programada”. “Com essa escolha, nosso cliente tem seus móveis entregues logo após a conclusão da obra. Dessa forma, não precisa se preocupar com a mobília. Isso sem falar que essa modalidade de compra oferece descontos na hora do pagamento”, observa o gerente. Além disso, aos clientes Ginco, a empresa concede desconto de 30% nas compras da linha Sandrin.
Racks baixos estão em alta
Com uma equipe de profissionais qualificados, a Giane Móveis atende os clientes sob medida. “Temos clientes que já trazem o projeto pronto e outros que chegam com uma foto, ou só a idéia. Neste caso, orientamos sobre a melhor escolha do móvel, desde o acabamento até a cor da parede que combinará com a nova peça”, explica Jianei. (Paula Peres)
“O que o cliente quiser, a gente executa”, garante Jianei Soldatelli.
O QUE ESTÁ EM ALTA – A moda está em todo o lugar. Vira e mexe, tudo muda. O que era elegante cai em desuso. As tendências também são claramente percebidas nas linhas de móveis. Jianei Soldatelli dá algumas dicas para deixar a sua casa “na moda”: Cozinha – os modelos europeus são os mais procurados. Os armários ganham gavetões, portas basculantes e detalhes em alumínio e color glass; Dormitório – as antigas portas dos guarda-roupas do tipo “puxa – empurra” dão lugar às portas de correr que podem ter detalhes em color glass; Home Theater – racks baixos com painéis de revestimento afixados na parede. Painéis feitos com madeira de demolição são os mais pedidos pelos clientes Giane Móveis; Escritório – primando pela praticidade, os móveis mais usados para essa finalidade são os que possuem o sistema de rodízio. Mesas sem gavetas continuam como fortes tendências para a linha escritório. Na cozinha, gavetões e detalhes em alumínio 37
Jony F. Kohlhase 38
entre amigos
Mais de 20 mil itens para sua casa Nossa Casa, inaugurada há seis meses, cativa clientela da cidade Inaugurada em novembro do ano passado, a Nossa Casa já é de casa! Bem localizada e com uma competente equipe de profissionais, a mais nova loja de enxovais, utilidades e presentes da cidade está entre as mais conceituadas lojas do segmento na capital. Com um mix de mais de 20 mil itens, a multimarcas vem conquistando o gosto dos clientes.
Loja de enxovais, utilidades e presentes foi planejada para favorecer o bem-estar do cliente
“Trabalhamos com o que há de melhor em cama, mesa, banho, decoração e utilidades domésticas”, destaca o empresário Jony F. Kohlhase. Filho do conhecido comerciante Ewaldo Walter Kohlhase, o sêo Doca Alemão – proprietário do antigo Armazém Bom Gosto – Jony já gerenciou grandes lojas de móveis e utilidades em Cuiabá. “Graças à história da minha família no comércio local e à minha trajetória profissional, sinto a confiança das pessoas quando entram na loja”. Um dos diferenciais da Nossa Casa é a disposição e distribuição dos produtos pela loja. O empresário diz que tudo foi pensado no bem-estar do cliente. “Aqui as pessoas podem tocar, ver as peças. Ele sabe o que está levando para casa. Nossos vendedores não medem esforços. Se for preciso abrir todos os lençóis e toalhas, por exemplo, não pensamos duas vezes”, garante Jony. 39
Mais que respeito e bom atendimento, os clientes encontram na Nossa Casa os lançamentos das principais marcas do segmento. “Estamos com uma linha completa de produtos da Empório Riva. Trouxemos o que há de mais sofisticado e que é tendência na linha de utilidades para a cozinha, como as peças exclusivas de vidro e inox”, destaca a gerente de vendas, Deuseli Sampaio. Entretanto, para aqueles que preferem objetos coloridos na copa ou cozinha, Jony Kohlhase garante que o laranja e o verde permanecem em alta. Copos, travessas, jogos de jantares, petisqueiras e vasos em acrílico ou vidro são boas e alegres pedidas. Aos mais sofisticados, a Nossa Casa oferece uma série de produtos em cristal colorido e aos que apreciam a cultura oriental, a loja tem diversas peças da linha japonesa. Já na seção de cama e banho, a cor lilás predomina. A procura por edredons, colchas e toalhas com essa tonalidade é imensa. “As pessoas chegam a parar na vitrine da loja para admirarem as peças expostas e se encantam com o lilás. Entram aqui pedindo ‘igual da vitrine’”, comenta Jony. (Paula Peres)
s e d a d i v o n s a a j s e t Ve n e c e r s i ma ensílios t u m e s o c i t s domé
BATENDO PERNA
Esta geladeira, com formato compacto e inusitado, pode ser levada a qualquer lugar e funciona até ligada a bateria de automóvel. Também tem a possibilidade de armazenar alimentos quentes. Capacidade de 9 a 12 latas de 350ml. Argon Home, R$ 479,00.
O liquidificador da Cuisinart (SP3-7CH) simplesmente topa tudo! Triturar, picar (inclusive gelo), moer é com ele mesmo! Sete funções em um único aparelho. O copo tem capacidade de 1200 ml. Importado dos EUA e disponível somente na cor preta. Argon Home, R$ 639,90.
Para receber seus convidados com requinte, a Champanheira Brinox Modelo Lyon comporta até quatro garrafas de espumante. Em aço cromado, confere beleza e durabilidade. 50 x 80 cm. Nossa Casa Presentes, R$ 347,90.
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Tecnologia futurista a serviço da higiene! Esta saboneteira da Komeco (modelo ZYX-02) funciona com duas pilhas tipo AA, e é acionada apenas aproximando as mãos no sensor, garantindo eficiência e economia. Na cor preta e prata. Argon Home, R$ 117,90.
Um cafezinho da hora e sem precisar de coador. Com a Cafeteira Press, basta colocar a medida de pó desejada, pressionar, acrescentar água e pronto! Disponível em dois modelos (350 ml, R$ 28,90 e 850 ml, R$ 37,60) na Nossa Casa Presentes.
Outro produto diferenciado da norte-americana Cuisinart, ideal para o calor cuiabano, é a sorveteira elétrica modelo ICE-20BC. Basta misturar leite e preparar o sorvete no sabor de sua preferência. Somente na cor cinza e capacidade para 1,5 litro. Argon Home, R$ 439,90.
O prato para bolo Motta, da conceituada marca Riva, oferece sofisticação na hora de servir bolos e tortas. A estrutura em aço e vidro temperado resiste tanto a baixas como a altas temperaturas. Acompanha espátula com cabo diferenciado, garantindo firmeza às mãos. Nossa Casa Presentes, R$ 264,90.
A Altenburg traz uma novidade para as mamães: o travesseiro para amamentação. Com 550 gramas de recheio, traz excelente suporte para o bebê e evita dores no pescoço e coluna. Pode ser lavado e secado na máquina e acompanha duas fronhas. Ótima sugestão para presentear no chá-de-bebê. Nossa Casa Presentes, R$ 58,90. (Taís Ueta) 41
SOCIAL
Ação social garante reforço alimentar a mil crianças em idade escolar na região do bairro Sucuri
Projeto “Criança Feliz” combate a desnutrição Há sete anos, o projeto “Criança Feliz” vem transformando a realidade de mais de centenas de crianças e jovens dos bairros Sucuri, Colorado, Ribeirão do Lipa e Bandeira, localizados na periferia de Cuiabá. Idealizado por Laura Helena Figueiredo, ele tem por objetivo combater a desnutrição e erradicar o trabalho infantil. Graças ao empenho dos quase 30 profissionais que abraçaram a causa e à parceria de empresas como a Ginco Empreendimentos, o projeto se tornou uma referência para as comunidades e resgatou sonhos simples como ter condições dignas de vida.
Em maio de 2007, a sede própria tornou-se realidade. “Mais uma vez, a participação dos nossos parceiros foi decisiva para a construção desse espaço. Além disso, a comunidade sempre nos apoiou em todos os eventos que realizamos. Sem o reconhecimento do nosso trabalho por essas pessoas, não teríamos condições de concretizar mais esse sonho”, observa Laura Helena. O novo espaço passou a ser uma referência na localidade. Atualmente, oferece – gratuitamente – aulas de informática, dança, teatro, artes plásticas, inglês e futebol a 250 crianças. Aos pais, a Acrife disponibiliza periodicamente cursos de culinária, cabeleireiro, manicure e eletricista. “Todos recebem certificados de conclusão dos cursos”, garante a coordenadora da associação.
Criado originalmente para atendimento dos moradores do bairro Sucuri, o projeto “Criança Feliz” iniciou suas atividades nas dependências da escola municipal “Prof.ª Hilda Caetano Oliveira Leite”. Laura Helena, atualmente à frente da coordenação do projeto, conta que além do café da manhã servido diariamente aos alunos, eram realizadas atividades lúdicas e recreativas às crianças no período em que não estavam em sala de aula. Atendimentos médico e odontológico preventivo completavam as benfeitorias.
Outro serviço bastante procurado pelas pessoas na Acrife é o de saúde. De segunda a sexta-feira, dois cirurgiões dentistas realizam os atendimentos sem qualquer custo aos pacientes. A população tem acesso aos serviços de Pediatria, Ginecologia e Clínica Geral. Em parceira com a Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá, foi instalada uma unidade da Farmácia Básica na Acrife. “Em casos de exames ou procedimentos mais detalhados, encaminhamos os pacientes aos postos de saúde da família da região”, completa Laura Helena.
O bom trabalho despertou o interesse dos moradores da região. Não demorou muito para que o mesmo serviço fosse prestado aos bairros próximos do Sucuri. Atualmente, o reforço alimentar beneficia 1.000 estudantes das séries iniciais do Ensino Fundamental das escolas municipais “Nossa Senhora Aparecida” (Colorado), “Maria Tomich” (Ribeirão do Lipa) e “Alencastro Maria Alves” (Bandeira).
RECONHECIMENTO – Em 2006, o Ministério da Saúde premiou o trabalho realizado pela Associação Criança Feliz (Acrife). A Oscip foi considerada uma “Experiência Bem-sucedida”. De acordo com a coordenadora do projeto, Laura Helena Figueiredo, desde a implantação do “Criança Feliz”, foi registrada diminuição do índice de desnutrição entre as crianças do bairro Sucuri de 10% para 2%. Além da redução do trabalho infantil por conta da oferta de inúmeras atividades educativas e recreativas na associação. (Paula Peres)
Com a ampliação no número de crianças atendidas, a necessidade de um local próprio que pudesse acolher essa clientela surgiu. Há quatro anos, o projeto foi transformado em uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip) e passou a ser chamado de Associação Criança Feliz (Acrife) prestando atendimento a crianças e jovens com idades entre quatro e 16 anos. 42
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