Voz do Nicéia - 36º edição

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Jornal Comunitário do Bairro Jardim Nicéia

Bauru

Ano IX

Edição nº 36

Agosto de 2017 Beatriz Fanton/Voz do Nicéia

O terreno é público, mas centro comunitário ainda é incerto Pág. 4 "Gincana de Férias" animou a criançada no fim do recesso Pág. 6

Confira a história do pernanbucano Seu Luiz Pág. 8

www.vozdoniceia.wordpress.com

Daiane Tadeui/Voz do Nicéia

Rafaela Fernanda Thimoteo/Voz do Nicéia

Dúvidas sobre a entrevista de emprego? Pág. 6


2 Agosto de 2017 Editorial O mês de agosto chegou e já estamos no segundo semestre de 2017! O tempo passa rápido, mas as antigas promessas continuam a demorar. Nesta edição, nossa equipe foi investigar em que pé está a construção do centro comunitário do bairro. O espaço triangular da Rua 1 é da prefeitura e pode abrigar um salão social, onde os moradores poderão fazer reuniões e festas. Ainda sobre o poder público, na matéria ao lado, você confere os principais direitos dos idosos. No Tira-Dúvidas, veja como agir na hora da entrevista de emprego. Na página 7, perguntamos aos moradores sobre sua pre-

ferência musical, no Fala, morador! O mês de julho foi cheio de festanças no bairro! Na página 6, temos a cobertura do evento "Gincana de Férias" e as fotos estão no mural, na página 8. Aproveite para conferir o perfil do Seu Luiz logo acima. No blogue, a cobertura das festas continua no Ensaio Fotográfico da festa junina do bairro! Você também poderá ler matérias exclusivas sobre coleta de lixo seletiva e tirar todas as suas dúvidas sobre o vestibular. Boa leitura! Equipe Voz do Nicéia

Horário de ônibus Centro - Unip / Makro (Passa pelo Jd. Nicéia)

Unip/Makro - Centro (Passa pelo Jd. Nicéia)

Dia útil 06h48 07h20 08h10 08h48 09h23 10h42 12h05 13h30 15h32 16h46 17h22 18h05 18h42 19h18 20h20 22h35

Dia útil 06h12 06h48 07h29 08h11 09h27 10h02 10h46 11h23 12h09 12h47 13h33 14h10 14h55 15h29 16h11 16h41 17h25 18h41 19h16 19h48 20h20 20h50 22h03 22h05 22h30 23h05

Sábado 06h28 07h33 09h13 12h20 13h30 16h30 19h00 20h10 22h30 Domingo/Feriado Não há ônibus que passam no bairro

Fale com a gente! Departamento de Comunicação Social da Unesp 3103-6063 3103-6066 E-mail jornal.vozdoniceia@gmail.com CANTINA DA VALDECI Salgados, doces e refrigerantes Rua 1 (14) 99727 - 3266

Sábado 05h56 06h20 07h00 07h30 08h04 08h39 09h12 09h48 10h21 11h02 11h42 12h15 12h52 13h26 14h06 14h40 15h54 17h08 18h22 19h36 20h46 21h56 23h06 Domingo/Feriado 06h50 07h58 09h06 10h14 11h22 12h30 13h38 14h46 15h54 17h02 18h10 19h18 20h26 21h34

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Jornal comunitário bimestral do bairro Jardim Nicéia, em Bauru-SP Projeto de Extensão Universitária Jornalista responsável: Angelo Sottovia Aranha MTB-12870 Editora-chefe: Giovana Murça Pastori Edição geral: Angelo Sottovia Aranha MTB-12870 Equipe de Produções audiovisuais: Camila Gabrielle, Beatriz Fanton, Caroline Viúdes, Daiane Tadeu, Gilmara Melo, Jaqueline Neves, Júlia Paschoalino, Mariana Soares, Rafaela Thimoteo, Victória Ribeiro Equipe de Eventos: Aline Barbosa, Beatriz Vercesi Bethlem, Gabriela Silva de Carvalho, Gabryella Karla Ferrari, Jéssica Ferreira, Julia Tonin Mariana David, Taleessa Silva, Tatiany Garcia Redação: Ana Carolina Montoro, Bruna Sciarini, Bruna Tastelli, Camila Rodero, Caroline Doms, Caroline Roxo, Daniele Olimpio, Egberto Santana, Fabiana Farias, Felipe Lamellas, Flávia Gasparini, Gabriela Abreu, Isabela Landim, Juliana Ribeiro Gálico, Laura Almeida, Laura Kerche, Letícia Alves, Marcela Benetti, Marcela Briglia Franco, Maria Carolina Gonzalez, Matheus Rodrigo, Milena Almeida, Milena Garcia, Natália Santos, Nathalia Soares, Paula Bettelli, Rafaela Martuscelli, Vitor Soares Créditos dos ícones de mídias sociais: Alexei Ryazancev/Site Inconfider FAAC - Unesp Bauru Departamento de Comunicação Social Endereço: Av. Engenheiro Luiz Edmundo Carrijo Coube, 14-01 - Vargem Limpa Bauru/SP Tiragem: 1000 exemplares Impressão: Full Graphics

0800-7710195 (fixo gratuito) (14) 3235-6140 / 3235-6179 (celular)

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Estatuto garante direitos dos idosos Cobrar pelo cumprimento da lei pode melhorar a vida dos mais velhos

Depois de trabalhar duro a vida inteira, o que todo idoso espera é poder aproveitar a aposentadoria. Mas, nem todos conseguem viver com tanta tranquilidade a conhecida melhor idade. Ana Maria, 52 anos, moradora da rua 2, comenta que sua mãe, Maria de Lourdes, de 79 anos, tem dificuldade de se locomover no bairro, pois parte das ruas não tem asfalto e é muito esburacada. Ela também afirma que chegar ao posto de saúde no Jardim Europa é um grande desafio, já que a distância é longa para se ir a pé. O que muitos não sabem é que existe uma lei federal de 2003, de nº 10.741, que visa garantir melhor qualidade de vida aos idosos: o Estatuto do Idoso. Alguns direitos O Estatuto regulamenta os direitos das pessoas com idade igual ou superior a 60 anos. A lei garante que os idosos tenham prioridade no atendimento do Sistema Único de Saúde (SUS) ou de qualquer órgão, público ou privado e prevê tarifa gratuita aos idosos nos serviços de transporte coletivo municipal e intermunicipal. Os idosos também têm assentos reservados nos transportes públicos e vagas preferenciais nos estacionamentos. Além disso, o direito à cul-

tura, esporte, lazer e diversão também é garantido. O Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) deve pagar pensão alimentícia nos casos em que os idosos não possuam meios de subsistência, e ainda o benefício da Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS), de um salário-mínimo, para todas as pessoas acima de 65 anos cuja renda, por pessoa do grupo familiar, seja menor do que um quarto do salário-mínimo. Para se informar sobre o benefício social, deve-se procurar o Centro de Referência da Assistência Social (CRAS), que tem como objetivos acolher e ajudar as famílias e os indivíduos em situação de vulnerabilidade, como os idosos. O CRAS mais próximo do Jardim Nicéia fica no Jardim Europa, na rua Carlos Del Plete, 11-16. Segundo o advogado Vitor de Freitas Lazaretto, um dos fundadores do Instituto dos Advogados do Interior Paulista (IADV), o descumprimento do estatuto é consequência da falta de políticas públicas que visem divulgar, com mais eficiência, os direitos dos idosos. Ônibus de graça O presidente Michel Temer aprovou, recentemente, alterações no Estatuto do Idoso que irão proporcionar mais privilégios aos idosos com idade igual ou superior a 80 anos. Entre as mudanças apresentadas estão a prioridade especial na tramitação de processos

Camila Gabrielle/Voz do Nicéia

Marcela Benetti Maria Carolina Gonzalez Natália Santos Rafaela Martuscelli

Dona Vilma é umas das que curtem a melhor idade entre os amigos do Jardim Nicéia judiciais, no recebimento da restituição do Imposto de Renda e no atendimento nas redes do Sistema Único de Saúde (SUS). Em maio, a prefeitura de Bauru aprovou o projeto de lei que torna gratuito o transporte em ônibus municipais para pessoas com idade igual ou superior a 60 anos, e a exigência é que tenham renda de até dois salários-mínimos. Até então, a gratuidade no transporte coletivo só valia para idosos com 65 anos ou mais. Para garantir o benefício, os idosos deverão se cadastrar na Secretaria do Bem-estar Social de Bauru (SEBES), quando receberão a carteirinha que será utilizada nos ônibus. A secretaria do Bem-estar Social localiza-se na rua Alfredo Maia, quadra 1, na Vila Falcão.

A quem recorrer Em situações em que os direitos não sejam garantidos, os idosos de Bauru podem buscar ajuda em alguns órgãos de proteção. Caso o idoso seja vítima de algum crime, como agressão, maus tratos e roubo, deve comparecer à Central de Polícia Judiciária (CPJ), onde funciona a Delegacia do Idoso, na avenida Rodrigues Alves, 23-23, no Alto Higienópolis. Em casos de abandono, crueldade ou opressão pela família, o idoso deve procurar o Ministério Público do estado de São Paulo, que se encontra na avenida Getúlio Vargas, 21-120, no Jardim Europa. Por fim, em caso de descumprimento do Estatuto do Idoso, o idoso deverá procurar a Defensoria Pública, na rua Nicolau Assis, 6-41, Jardim Panorama.


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O terreno é da prefeitura, mas ainda nã

Moradores acreditam que um centro social aproximaria as p Bruna Scianini Daniele Olimpio Isabela Landim Matheus Rodrigo

Na Rua 1 há um espaço triangular que já gerou muitas especulações entre os moradores. Alguns moradores acreditam que o local seria destinado à construção de uma praça do bairro, e que inclusive já constaria como praça no mapa da prefeitura. Mas, já foi falado também que, na verdade, o local não seria uma área verde por ser um terreno pertencente ao condomínio ao lado. Sendo propriedade do condomínio, o espaço seria doado ao bairro futuramente para

a construção do centro comunitário, porém, o bairro ainda permanece irregular, o que inviabilizaria a tal doação. Outros moradores afirmam que o espaço já foi alvo de promessas de políticos que usariam o terreno para construir um posto de saúde ou um centro comunitário para o bairro. Como apurado em nossa última edição, a construção de um posto no bairro ainda é uma promessa distante, mas a proposta do centro comunitário pode trazer uma nova esperança aos moradores. Com o centro comunitário, os moradores do bairro teriam um espaço de acesso à cultura e ao

lazer. O ambiente poderia abrigar reuniões, festas e outros eventos que unem a comunidade. Hoje, o espaço triangular é vazio e passagem de veículos. Na área já foram plantadas algumas árvores. Uma nova área verde No mês de junho, estudantes de Biologia da Universidade do Sagrado Coração (USC) fizeram uma ação no espaço: plantaram várias árvores frutíferas em conjunto com alguns moradores da Rua 1. Claudia Aparecida da Silva mora em frente ao local e participou da iniciativa com os alunos. Ela explica que todos do bair-

ro ficaram responsáveis por molhar as plantas que foram cultivadas. Ao todo foram 32 árvorews, sendo três frutíferas, uma goiabeira e dois pés de pitanga. “Foi muito gostoso plantar as árvores”, comenta animada a moradora. Grande parte dos moradores ainda não têm demonstrado muito interesse por cuidar das árvores, “a responsabilidade fica para dois ou três moradores apenas”, lamenta Claudia. Além disso, alguns ainda não sabem da novidade e acabam passando com o carro ou moto pelo local. De quem é essa área? A construção do cenBeatriz Fanton/Voz do Nicéia

O terreno triangular fica na Rua 1, ao lado do condomínio, mas tudo indica que essa área é pública


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ão há projeto para o centro comunitário

pessoas e permitiria reuniões que fortaleceriam a comunidade Beatriz Fanton/Voz do Nicéia

truir as instalações. Uma sede social está fazendo falta. No salão poderiam ser realizadas festas e reuniões dos moradores. “Estamos fazendo na casa dos moradores, o que não é o ideal”, reclama Ivan. Segundo o morador Adauto Cândido, o terreno será a área verde do bairro. Inclusive, Seu Adauto afirma que a área já estaria mapeada, já se tem até a metragem. Entretanto, a formação dessa área verde comprometeria a construção do centro comunitário. Ivan da Silva acredita que um salão social aproximaria os moradores e permitiria eventos no bairro A funcionária da secretaria acredita que a falta de investimento da prefeitura é decorrente da crise financeira das contas municipais em Bauru. Para que um centro? Alguns moradores não aceitam mais a demora para a construção do tão sonhado centro comunitário, como é o caso do morador da rua 6, Ivan da Silva Pereira. Ele sugere a construção do centro de maneira coletiva. “Quem puder ajudar, trazer tijolo e outros materiais, nós precisamos do centro comunitário”, propõe Ivan. Já o morador Jair Franco acredita que a solução é o apoio de algum empresário da região para se cons-

Beatriz Fanton/Voz do Nicéia

tro comunitário já teria um local estipulado: o terreno triangular localizado na Rua 1. De acordo com a urbanista da Secretária de Planejamento (Seplan), Natasha Lamônica, o espaço é um equipamento institucional, ou seja, uma área municipal cujo maior objetivo é incentivar a educação, lazer e esporte na comunidade, o que confirma o boato de que o local seja realmente de propriedade da prefeitura. O projeto das instalações do centro comunitário ainda não existe, mas, segundo a urbanista, a área em questão está em aberto para projetos futuros, o que é visto por Natasha como uma promessa de melhoria para o bairro.

Sem projeto, sem previsão Entre os meses de abril e maio, ocorreu a reunião do orçamento participativo com o prefeito. Alguns moradores participaram e entre os pedidos feitos

para a melhoria do Jardim Nicéia está a construção desse centro comunitário que melhoraria a vida da comunidade. A obra esbarra na falta de verba municipal, além do projeto ainda estar indefinido. Não consta no planejamento do município, porém pode estar sendo pauta em reuniões da prefeitura, explica Natasha. A assessoria de imprensa da prefeitura afirmou que existe a possibilidade de planos de investimento na gestão Gazzeta, relativos à essa área. Até o fechamento desta edição, a assessoria de imprensa do prefeito não emitiu um comunicado oficial sobre a possibilidade construção do centro comunitário do Nicéia.

O morador Jair Franco anseia pela possível ajuda de algum empresário para a construção do centro comunitário


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?? Tira Dúvidas

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Ana Carolina Montoro Nathalia Soares

O que falar e como agir em uma entrevista de emprego são dúvidas frequentes da maioria das pessoas que estão em busca de uma vaga. Pensando nisso, conversamos com a coach profissional e gerente de recursos humanos, Sheila Limão, para esclarecer e dar dicas sobre o tema.

O que chama a atenção no currículo? A organização, tem que ser conciso e ter uma página. O que eu olho no currículo é se tem o que eu estou buscando, analiso a idade e o tanto de experiências que o candidato já teve. Procuro atitude, comprometimento. Como o candidato deve agir na entrevista? O principal é a serenidade. Deve manter-se tranquilo, porque se a pessoa está nervosa e agitada ela

Entrevista de Emprego

não conseguirá expressar o seu conhecimento e contar suas experiências. Avaliamos a pessoa pelo conhecimento, habilidade e atitude. Buscamos extrair o que está no currículo. Também criamos situações como as que o candidato irá lidar caso consiga a vaga. Assim, podemos analisar o comportamento da pessoa. Em relação às roupas e à postura do candidato, o que se recomenda? O primeiro ponto anali-

sado é a aparência. Não é que julgamos pela aparência, mas o candidato deve se apresentar com uma roupa comportada e arrumada. Manter a discrição e a boa educação. Sobre piercing e alargador, na minha empresa é normal se contratar pessoas com esse perfil, até porque isso é muito comum na realidade em que a gente vive. Agora, é diferente se for para trabalhar em um banco, por exemplo, para atender o público.

Discriminação é crime, sim!

A discriminação na entrevista de emprego pode vir em forma de perguntas sem relação com o trabalho oferecido, sobre religião, orientação sexual, filhos ou casamento, exceto quando a pergunta é direcionada aos sabatistas, que não trabalham aos sábados. Ou até ocorrer pela aparência, no caso de pessoas negras, indígenas, mulheres, pessoas obesas ou deficientes. Caso alguém se sinta descriminado e tenha alguma prova, como uma gravação ou testemunhas, é possível processar a empresa judicialmente por danos morais e até registrar boletim de ocorrência.

"Gincana de Férias" agita o Jardim Nicéia Evento fecha com chave de ouro as férias da criançada!

Caroline Roxo Gabriela Abreu Milena Garcia

O evento “Gincana de Férias” agitou o bairro no último domingo de julho. A festa foi realizada pela equipe do Voz do Nicéia e o objetivo foi levar diversão para as crianças em sua última semana de férias. A tarde de diversões começou com gincanas coordenadas por estudantes de Educação Física da Unesp Yago Rodini e Paulo Soares, da empresa júnior Ativus, e pelo educador físico Adriano Moraes, do projeto "Ensinando e Aprendendo Handebol", também da

Unesp. Eles levaram brincadeiras como pega-pega, dança das cadeiras com bambolê e jogos com bola que prenderam a atenção dos pequenos. As brincadeiras transmitiam mensagens sobre cooperação e trabalho em equipe. Para Yago, a experiência foi muito gratificante: “Sou apaixonado pela criançada, pelo que posso retribuir a elas e pelo que elas também podem me ensinar. É muito importante essa troca e eu aprendo muito”. Para as crianças, o evento não poderia ter sido melhor. Flaviana e Jenifer, ambas com 10 anos, garantiram que o evento foi mui-

to bom para brincar e conversar com os amigos. Elas gostariam que gincanas como essa ocorressem mais vezes no bairro. Os adultos também aprovaram. Gislaine, avó de uma das crianças, vê o evento como uma oportunidade das crianças interagirem. “Estão todos brincando e se envolvendo, ao invés de ficarem soltos na rua”, observa a moradora. O evento também teve música com a participação do cantor de rap Lunno, morador do Nicéia. Cantor há 7 anos, Lunno teve mais uma oportunidade de se apresentar para seu próprio bairro. Para ele, o evento

é uma chance das crianças se divertirem com algo diferente, já que no bairro não costumam ter muitas atividades para entretê-las. Quando tem um evento como esse, “elas ficam atentas e gostam de participar”, comenta Lunno. Depois de tantas brincadeiras e música, a pipoca, refrigerante e balas fizeram a alegria da criançada. O evento contou com doações das redes de supermercados Tauste e Confiança. Além disso, Dona Terezinha cedeu sua cozinha, gentilmente, para estourar a pipoca e deixar os refrigerantes bem gelados para todos se deliciarem.


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"Que estilo de música você ouve?"

Caroline Doms Egberto Santana Laura Kerche​

A música tem o poder de nos influenciar e nosso gosto musical diz muito sobre nós, sobre nossos sentimentos e o que pensamos. O que se anda ouvindo por aí? Fotos: Júlia Paschoalino

“Eu gosto de todas, mas eu prefiro sertanejo e músicas antigas. É muito bom! Dá vontade de dançar e eu danço. Música é tudo! Quando acaba o jogo, a gente vem pra cá, liga o som e o povo toma cerveja e dança. É só alegria!” Cleusa Ramos, 46 anos “O que mais escuto é RAP. Pelo celular, rádio, televisão e internet. Gosto muito do Sabotage pelas mensagens que ele passa. Eu também faço algumas rimas, às vezes.” Eduardo Chilio, 21 anos “Eu gosto muito de sinfonia. É bom para relaxar! Eu sou da velha guarda, então gosto de ouvir Tom Jobim e ouço pelo aparelho de som. Como eu sou um cristão, eu ouço os evangelhos. Gosto do Nelson Ned.” Luís Antônio, 61 anos

“Eu gosto de ouvir funk. Meu cantor preferido é o MC Kevinho e costumo ouvir músicas na internet e cantar junto com o cantor.” Maria Clara, 10 anos

“O tipo de música que eu mais escuto é funk, mas escuto tudo pelo rádio. Além disso, também canto em bailes funk.” Daniel Pereira, 23 anos

“Nós ouvimos vários cantores gospel e gostamos muito. Alice Maciel, Valquíria de Oliveira, Damares e Cassiane são as nossas cantoras preferidas. Geralmente nós ouvimos música no rádio, em CDs e na internet. Também cantamos na igreja e sentimos uma paz, uma alegria ao ouvir música.” Eliane Amaral e Luciana, 31 anos “Meu gosto musical é black music e gospel. Eu canto, tenho até um DVD gravado com o Thigor MC. Para mim, a música tem um poder muito forte, é muito influente.” Rafael Fernandes, 28 anos

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Agosto de 2017 Daiane Tadeui/Voz do Nicéia

Perfil Bruna Tastelli Felipe Lamellas Laura Almeida

Cabelos brancos, olhos seguros e experientes, marcas de sol e saúde de ferro. Esse é Luiz Carlos, ou simplesmente seu Luiz, como é conhecido pelos moradores. Prestes a comemorar 81 anos em setembro, seu Luiz já recebeu até elogios dos médicos por sua força e vitalidade. Natural de Pernambuco, mudou-se primeiro para Mairiporã, depois para Conchal e em seguida para Bauru, no Jardim Nicéia, onde está há mais de vinte anos. Seu Luiz conta que nesses 80 anos já fez de tudo: trabalhou como servente de pedreiro, cortador de cana e comerciante, entre outras atividades. Aqui em Bauru, abriu uma mercearia, que fechou algum tempo depois. Dessa época, seu Luiz recorda a importância de se tratar bem os clientes, pois, segundo ele, "o freguês sempre tem razão". Seu Luiz está aposentado desde os 65 anos e diz que o pouco que recebe já é suficiente para se

Luis Carlos da Silva manter e cuidar da saúde. Viúvo, pai de oito filhos e muitos netos, ele conta com a ajuda da família, a maioria mora no Nicéia. O que o mantém entretido no dia a dia é o movimento do bairro. Ele passa horas e horas sentado em frente à sua casa observando o cotidiano, e desabafa que prefere observar as ruas do Nicéia do que andar por elas. Luiz Carlos nunca foi muito de ligar para sonhos. Ele não se recorda se teve algum específico que conseguiu realizar, mas se orgulha muito de ter sido um trabalhador honesto e ter conseguido criar os filhos. Para seu Luiz, a melhor época da sua vida foi quando sua esposa ainda estava viva. Eles tocavam o próprio negócio, um bar em sua residência que trouxe muito lucro e momentos felizes. O antigo balcão ainda está no mesmo lugar e Luiz se emociona ao contar as

histórias vividas ali. Seu Luiz e a esposa costumavam viajar muito para Marília, cidade próxima de Bauru, em visita a um casal de amigos de longa data. Hoje, sem ela, as visitas são menos frequentes, mas a amizade ainda se mantém viva. Enquanto contava os acontecimentos passados do seu barzinho, seu Luiz reclamou que as coisas que ele mais odeia são mentiras e comprar fiado. Ele prefere encarar a verdade e enfrentar as dificuldades ao invés de comprar sem pagar. Uma caso marcante foi quando seu Luiz precisou operar a cabeça por consequência de um derrame. Nem o próprio médico acreditou na recuperação dele por sua idade avançada. “Rapaz, como você é forte e feliz!”, Luiz repetiu as palavras surpresas do médico quando ele voltou para tirar os curativos. A história de seu Luiz está entrelaçada com a do Nicéia, familiarizou-se com o bairro desde que chegou. Uma vida realizada e feliz, recheada de histórias e ensinamentos, tendo sempre a família e as lembranças por perto. Na nossa página do Facebook há um vídeo com um trecho da entrevista com seu Luiz: www.facebook.com/vozdoniceia

Mural Gincana de Férias!

Fotos: Rafaela Fernanda Thimoteo/Voz do Nicéia


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