Jornal Comunitário do Bairro Jardim Nicéia
Bauru
Ano IX
Edição nº 38 Dezembro de 2017
Pág. 4
Reinvidicações da Rua 6 foram atendidas pelo DAE Pág. 6
Baixinho sonha com cooperativa de reciclagem no Nicéia Pág. 3
www.vozdoniceia.wordpress.com
Victória Ribeiro/Voz do Nicéia
Assessoria de Imprensa/DAE Bauru
Como conseguir remédios de graça? Pág. 6
Ana Carolina Montoro/Voz do Nicéia
Espera pelo asfalto acaba em março
2 Dezembro de 2017 Editorial Esta última edição do ano vem com informações muito positivas. Terminamos o ano com a conquista das tubulações de água e esgoto da Rua 6, após longa espera e muitas notícias sobre os problemas que a falta dessa estrutura traziam aos moradores. Para a matéria principal, entrevistamos o secretário de Obras e o prefeito Gazzetta, e a expectativa é muito boa. A conclusão do asfaltamento, as obras de drenagem e a sonhada regularização dos lotes devem ocorrer em 2018, que, pelo visto, será um grande ano. Na página 6, há o Tira-Dúvidas sobre a distribuição de remédios de graça. Ao lado,
no Fala, morador!, os moradores contam o que mais gostam e esperam nas festas de fim de ano. Na seção Mural, estão as fotos do bate papo sobre Hip Hop que rolou no último dia 10, no bairro. Receitas de fim de ano, tira-dúvidas sobre AVC, o futebol do NEC e a Rádio Nicéia falando sobre as férias da garotada e a iniciativa de fazer uma cooperativa estão no blogue. Estamos juntos! A todos um Feliz Natal e um 2018 repleto de novas conquistas! Boa leitura! Equipe Voz do Nicéia
Horário de ônibus Centro - Unip / Makro (Passa pelo Jd. Nicéia)
Unip/Makro - Centro (Passa pelo Jd. Nicéia)
Dia útil 06h48 07h20 08h10 08h48 09h23 10h42 12h05 13h30 15h32 16h46 17h22 18h05 18h42 19h18 20h20 22h35
Dia útil 06h12 06h48 07h29 08h11 09h27 10h02 10h46 11h23 12h09 12h47 13h33 14h10 14h55 15h29 16h11 16h41 17h25 18h41 19h16 19h48 20h20 20h50 22h03 22h05 22h30 23h05
Sábado 06h28 07h33 09h13 12h20 13h30 16h30 19h00 20h10 22h30 Domingo/Feriado Não há ônibus que passam no bairro
Sábado 05h56 06h20 07h00 07h30 08h04 08h39 09h12 09h48 10h21 11h02 11h42 12h15 12h52 13h26 14h06 14h40 15h54 17h08 18h22 19h36 20h46 21h56 23h06 Domingo/Feriado 06h50 07h58 09h06 10h14 11h22 12h30 13h38 14h46 15h54 17h02 18h10 19h18 20h26 21h34
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Jornal comunitário bimestral do bairro Jardim Nicéia, em Bauru-SP Projeto de Extensão Universitária Jornalista responsável: Angelo Sottovia Aranha MTB-12870 Editora-chefe: Giovana Murça Pastori Editor adjunto: Vitor Soares de Freitas Gestora de mídias sociais: Marcela Benetti Edição geral: Angelo Sottovia Aranha MTB-12870 Equipe de Produções audiovisuais: Caroline Viúdes, Daiane Tadeu, Gilmara Melo, Jaqueline Neves, Júlia Paschoalino, Marcela Briglia Franco, Nathalia Soares, Victória Ribeiro Equipe de Eventos: Bruna Sciarini, Fabiana Farias, Gabriela Silva de Carvalho, Gabryella Karla Ferrari, Mariana Soares, Rebeca Almeida Redação: Aline Bonholi Barbosa, Ana Carolina Montoro, Bruna Tastelli, Camila Rodero, Caroline Doms, Caroline Roxo, Felipe Lamellas, Flávia Gasparini, Juliana Gálico, Laura Almeida, Laura Kerche Letícia Alves, Mariana David, Milena Almeida, Milena Garcia, Rafaela Fernanda Thimoteo Créditos dos ícones de mídias sociais: Alexei Ryazancev/Site Inconfider FAAC - Unesp Bauru Departamento de Comunicação Social Endereço: Av. Engenheiro Luiz Edmundo Carrijo Coube, 14-01 - Vargem Limpa Bauru/SP Tiragem: 1000 exemplares Impressão: Full Graphics
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Distribuição Gratuita
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Cooperativa gera renda e valoriza catadores Formalizado, o trabalho com recicláveis pode dar autonomia e estabilidade
Transformar lixo em sustento é o trabalho do morador da Rua 6, Narciso da Silva, conhecido como Baixinho, há 17 anos. A venda de material reciclável é difícil e depende de seu principal combustível, o lixo reciclável. Baixinho reclama que seu ferro-velho não tem tanto movimento por falta de recicláveis, mas já vislumbra uma solução que pode ajudar não só ele, como muitos outros moradores do Nicéia. Baixinho sonha criar uma cooperativa de reciclagem, uma associação profissional de pessoas que desempenham em conjunto determinada atividade. O morador conhece muitos catadores de lixo do bairro que trabalham de forma independente e o objetivo da cooperativa seria integrar esses trabalhadores em uma associação. Hoje, o ferro-velho não tem muito movimento, “mas se juntássemos mais gente, teríamos um volume maior de materiais e poderíamos investir em equipamentos para preparar o material para a venda”, explica Baixinho. O morador planeja fazer uma parceria com o outro ferro-velho da Rua 6 para conseguir um terreno maior e fornecer carrinhos aos catadores. Baixinho acredita que com uma cooperativa a situação iria melhorar muito, “todo mundo vai trabalhar
unido e o lucro seria divido igualmente. Um ajuda o outro”, idealiza o morador. Seu Adão, da Rua 2, é aposentado, mas recolhe recicláveis para se ocupar. Ele concorda com a iniciativa do amigo Baixinho: “A cooperativa ia dar serviço para o pessoal que está parado, é uma ótima ideia”. Seu Adão acredita que a venda de recicláveis pode ajudar muito na renda familiar. Promessa é dívida! O morador Baixinho contou que durante a campanha política o prefeito Clodoaldo Gazzetta prometeu uma cooperativa para o bairro; “o Gazzetta disse que poderia ajudar, mas depois não voltou mais”, reclama. Em resposta, a Assessoria de Imprensa da prefeitura afirmou que o prefeito é favorável à criação da cooperativa no bairro e está estudando formas de incrementar as cooperativas que já existem em outros bairros. Deu certo no Ferradura No Ferradura Mirim, bairro que como o Nicéia foi formado por ocupações, existe uma cooperativa de reciclagem há 4 anos, a Coopeco. A presidente da cooperativa, Gisele Moretti, conta que a iniciativa começou quando muitos catadores do bairro foram contemplados com o programa “Minha Casa, Minha Vida” e, então, ficaram sem espaço para guardar o material reciclável. Em busca de espaço e mais trabalho, Gi-
Victória Ribeiro/Voz do Nicéia
Felipe Lamellas
Cerca de 20 cooperados sustentam suas famílias com a renda vinda da cooperativa do Ferradura Mirim sele procurou o prefeito da época, Rodrigo Agostinho, e conseguiu-se um barracão para começar a cooperativa. Então, o ex-prefeito aceitou mandar um caminhão de recicláveis para o Ferradura, como um teste e a Coopeco começou seus trabalhos. Havia grande demanda de recicláveis e apenas uma cooperativa em Bauru. Assim, a iniciativa foi bem recebida pelos que dependiam dos recicláveis para viver e pelo poder público. A Coopeco funciona em sistema do corporativismo. "A cooperativa é dona do próprio dinheiro, pagamos as contas e dividimos o que sobra”, explica a presidente. Para a cooperativa ser reconhecida pela prefeitura, deve ter no mínimo 20 cooperados. Caso contrário, não pode receber verba e nem assinar convênios, inviabilizando seu funcionamento. “Para entrar no corporativismo precisa conhecer bem as leis, a Política Nacional de Resíduos Sólidos e a Política de Recicláveis de Bauru", ensina Gisele.
Incubadora de sonhos A professora Raquel Cabral, da Unesp, coordena a Incubadora de Cooperativas Populares, a INCOP. Esse projeto busca formalizar as iniciativas de criação de cooperativas populares para geração de renda e protagonismo das pessoas de determinado grupo. “O projeto parte do princípio do corporativismo como alternativa para projetos solidários, que vão na contramão de negócios empresariais”, explica Raquel. “Formalizar uma cooperativa é valorizar o conhecimento local e as intencionalidades do grupo que pretende transformar sua própria realidade”, acrescenta. Para saber mais Dois órgãos de Bauru informam sobre cooperativismo. A Secretaria do Meio Ambiente fica na Av. Alfredo Maia, 1-10, na Vila Falcão. Os telefones são 32392766 ou 3234-6849. O Sebrae, apoio a pequenas empresas, fica na Av. Duque de Caxias, 16-82, Higienópolis.
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Prefeito promete asfalt A pavimentação será custeada pela prefeitura e Gazzetta pretende
Há 15 anos, a moradora Joyce Abreu convive com problemas recorrentes da falta de asfalto na Rua 1. Por mais limpezas que se faça, a casa está sempre com terra, o que só piora os problemas respiratórios e, quando chove, tudo vira lama e ainda se corre o risco de a água invadir a casa. “É horrível a Rua 1 ser sem asfalto, é uma das principais ruas e ainda é a entrada do bairro”, lamenta Joyce. Assim como para Joyce, a falta de asfalto no Jardim Nicéia é um problema antigo dos moradores. Há 4 anos, a pavimentação chegou nas ruas 2 e 3. A expectativa era de que
as obras se estendessem às outras ruas ainda no mesmo ano e que, com isso, o ônibus pudesse passar dentro do bairro. Era um sonho para todos os moradores que, infelizmente, não virou realidade. No ano passado, uma nova esperança reascendeu nos moradores diante de tantas promessas feitas na época de eleição. O prefeito eleito, Clodoaldo Gazzetta, prometeu resolver a questão da pavimentação, coleta de lixo, iluminação e, principalmente, a legalização dos lotes. Um ano de mandato se passou e, exceto a implantação das tubulações de água e esgoto na Rua 6 (leia mais na página 6 dessa edição), os moradores ainda aguardam o cumprimento das demais
Marcela Benetti/Voz do Nicéia
Ana Carolina Montoro
Junto com o asfaltamento serão feitas as galerias pluviais, para evitar entupimentos e alagamentos, diz o secretário de Obras promessas. “O pessoal só aparece aqui em época de eleição”, protesta Joyce.
Ana Carolina Montoro/Voz do Nicéia
Boato resolvido Circulam boatos no bairro sobre uma possível união entre as empresas Cidade Sem Limites e Grande Bauru, responsáveis pelo transporte público da cidade, para que fosse feito o restante do asfalto. Mas, em nota, a Assessoria de Imprensa da Cidade Sem Limites nega sua participação em futura pavimentação do Jardim Nicéia.
Na Rua 4, a dificuldade de passar, com chuva ou sem chuva, é tanta que nem a máquina de terraplenagem consegue
Asfalto vem aí Em entrevista ao Voz do Nicéia, o secretário de obras Ricardo Zanini afirmou que as ruas de terra do Nicéia estão entre os mais de 1000 quilômetros
de ruas que precisam de asfalto em Bauru. Em sua campanha política, o atual prefeito prometeu que o Nicéia seria asfaltado com a verba do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal, ou com emendas parlamentares. Entretanto, o secretário Ricardo Zanini afirmou que a verba do PAC, cerca de R$ 20 milhões, é destinada à pavimentação e obras de recape nos bairros Santa Cândida, Parque Roosevelt, Pousada da Esperança I e II e Tangarás, e, por isso, não pode ser usada no Jardim Nicéia. Segundo o prefeito Clodoaldo Gazzetta, a pavimentação no bairro ainda não foi feita porque a prefeitura trabalhou com
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to para março de 2018 agilizar a disputa judicial pelas terras do Nicéia para legalizar os lotes admite que a falta da pavimentação é um dos fatores que piora a situação. Mas garante que quando a pavimentação for feita, a rede de drenagem será recuperada, “para fazer a pavimentação, o governo vai ter que intervir em 100% da rede de drenagem do bairro”, completa Zanini. O valor estimado para o investimento no término do asfalto é de R$ 1 milhão, incluindo a troca das tubulações da rede de drenagem onde for necessário. Ônibus dentro do bairro A promessa do asfalto vem atrelada à entrada do ônibus no bairro. A moradora Cláudia Aparecida da Silva sempre escuta que “o ônibus não entra dentro
Caroline Viúdes/Voz do Nicéia
a verba do ano anterior em 2017, o que prejudicou o orçamento. Ele garante que em 2018 as obras serão concluídas e ressalta que o início está previsto para março ou abril, após o período de chuvas. Em entrevista, Gazzetta afirma que agora o recurso para a pavimentação virá da própria prefeitura, e não mais do governo federal. “A gente está prevendo a pavimentação do Nicéia e do Ferradura para o ano que vem, independentemente de recurso parlamentar. Vamos garantir com recurso da prefeitura”, promete o prefeito. A respeito do entupimento frequente de bueiros em época de chuva, o secretário Ricardo Zanini
O prefeito Gazzetta explica o atraso na pavimentação, na legalização das escrituras e na iluminação da Rua 6
da vila porque falta asfalto”. A mesma justificativa foi dada dessa vez pelo responsável pelo transporte coletivo da EMDURB, Vitor Silveira. Para ele, o ônibus não passa no bairro porque as ruas são muito estreitas, o que impossibilita qualquer tipo de manobra. Entretanto, todos os moradores sabem que as ruas do Nicéia têm largura suficiente para a passagem do ônibus. A prova disso são os diversos motoristas de ônibus do transporte coletivo que usam o Nicéia como passagem para chegarem até a garagem da empresa, ao lado do bairro. Em resposta à essa situação, Gazzetta admite que o motivo alegado pela EMDURB não é bem fundamentado, mas considera buscar junto à empresa soluções para a questão, como a de proibir o estacionamento em um lado da via, por exemplo. Outras promessas A legalização é uma das prioridades do governo, de acordo com Gazzetta. Em janeiro, a Câmara dos Vereadores aprovou um decreto permitindo que as escrituras das casas sejam gratuitas e ao longo do ano entregou essa documentação a famílias de outros três bairros em Bauru. A promessa da prefeitura é de agilizar a disputa judicial entre as duas famílias que brigam pela posse da área onde o Nicéia está.
Assim, Gazzetta pretende entregar a documentação aos moradores até 2018. Sobre a coleta seletiva não há nada definido. O objetivo do prefeito é fazer parcerias público-privadas para que empresas assumam o serviço da prefeitura. No caso da iluminação, há uma disputa judicial entre o município e a CPFL para decidir quem deve colocar os postes de luz. Esse é o motivo da demora da instalação em metade da Rua 6, diz o prefeito. “Vou tentar me certificar porque não colocaram os pontos de luz e providenciar a instalação”, afirmou Gazzetta. Transparência Pública O Portal da Transparência Pública é uma iniciativa criada em 2004 pela Controladoria Geral da União (CGU), o órgão responsável por fiscalizar o Poder Executivo. O objetivo é facilitar o acesso da população aos gastos do governo feitos com o dinheiro público. É possível saber através do portal o valor arrecadado em impostos, quanto foi repassado ao seu município e quanto foi gasto com salários de funcionários. Os gastos da prefeitura de Bauru também podem ser conferidos. O Portal da Transparência de Bauru está disponível no site da prefeitura: www.bauru.sp.gov.br.
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?? Tira Dúvidas
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Letícia Alves
A saúde e bem-estar são direitos básicos da população, segundo a Declaração dos Direitos Humanos. Portanto, é um dever do Estado garantir acesso a esses itens, como, por exemplo, por meio da disponibilização de remédios gratuitos ou com um valor mais acessível. Para saber como funciona a distribuição de medicamentos em Bauru, conversamos com o titular da Secretaria de Saúde, José Eduardo Fogolin, que esclarece sobre o assunto.
Onde retirar remédios de forma gratuita? Os remédios podem ser retirados nas três Unidades de Assistências Farmacêuticas (UAFs), localizadas no Centro, Rua Quintino Bocaiúva, 4-52, das 8h às 17h; na Vila Lemos, Rua Santos Dumont, quadra 14, das 8h às 19h; e também na Vila Carolina, localizada na Rua Anísio Castilho de Souza, 2-43, das 8h às 17h, sempre de segunda à sexta. Outros locais para a retirada de medicamentos para tratamentos diversos são o Programa Municipal de Atendimento ao Idoso (PROMAI), na Praça Rodrigues de Abreu, 3-60, no Centro; a Seção de Orientação e Prevenção
Distribuição de remédios
ao Câncer (SOPC), na Rua Manoel Bento Cruz, 11-26, no Centro; e no Centro de Referências em Moléstias Infecciosas (CRMI), Rua Silvério São João, quadra 1, também no Centro; o horário de funcionamento das unidades é das 7h às 17h. Como encontrar a unidade mais próxima? Para saber em que unidade o medicamento procurado estará disponível, o usuário só precisa acessar o site da prefeitura municipal, na parte de Assistência Farmacêutica, ou entrar em contato com alguma das unidades para receber mais informações, pelos telefones 3102-1226, 3227- 4630 e 3212-2906.
Quais são os documentos necessários para retirar os remédios? Para retirar medicamentos é necessário estar com a receita médica e, no caso de medicamento controlado, a receita deve ser levada apenas no ato da primeira liberação, para cadastramento. E se o usuário não encontrar o remédio de graça? Além das Unidades de Assistência Farmacêutica, existem as farmácias particulares que são inclusas no programa Farmácia Popular do governo federal. Essas farmácias são uma alternativa para conseguir medicamentos por um valor mais acessível ou, até mesmo, gratuitamente.
Moradores da Rua 6 conquistam melhorias O DAE implantou as tão esperadas tubulações de água e esgoto
Caroline Roxo
Por anos, os moradores da Rua 6, última a ser ocupada no bairro, sofreram com a falta de asfalto, iluminação e, principalmente, com a falta de saneamento básico. Para fazer coisas simples e cotidianas como dar banho nos filhos, cozinhar e até beber água era necessário buscar água nas outras ruas e usar fossas. Como já abordado pelo jornal, a grande quantidade de fossas representa um perigo aos moradores e elas já causaram diversos acidentes com animais e crianças, como relata a moradora da
Rua 6, Maria de Lourdes. Sem água e esgoto encanados, os moradores se viam obrigados, assim como seu Narciso conta, a usar a água e o esgoto da rua de baixo. Em outubro, depois de tantos anos de espera pelo cumprimento das promessas do poder público, os moradores conquistaram mais uma melhoria para o bairro. O Departamento de Água e Esgoto (DAE) iniciou a implantação das tubulações de água e esgoto em toda a Rua 6. A implementação de saneamento básico traz inúmeros benefícios aos moradores. Com água e esgoto
encanados, os riscos de doenças diminuem, principalmente entre as crianças, e os riscos de acidente com as antigas fossas também. A moradora Camila Barros e sua família, da Rua 6, já estão utilizando as novas redes de esgoto e comemora: “Agora não temos mais que buscar água nas outras ruas e nem que abrir mais fossas”. O morador Vanderlei Benedito também festeja: “As obras trouxeram segurança para os moradores. Antes não tínhamos garantia de água e esgoto e agora podemos contar com esses recursos”. As obras foram concluídas no dia 29 de novembro
e as ruas 7 e 8, e parte das ruas 9 e 10 também foram contempladas. Segundo a Assessoria de Imprensa do DAE, as tubulações de esgoto totalizaram 925 metros de extensão. Os novos encanamentos de água tratada ainda estão com 600 metros, no entanto, o DAE afirma que também pretende ampliar a rede de água até os 925 metros, como a rede de esgoto. Ainda de acordo com a Assessoria do DAE, há o desejo de estender a instalação de novas redes de água e esgoto para outros bairros carentes, priorizando regiões com maiores concentrações de habitantes.
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"O que você gosta nas festas de fim de ano?"
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Bruna Tastelli Laura Almeida
Nas festas de fim de ano reunimos a família, comemos pratos especiais, ganhamos presentes, viajamos... E os moradores, esperam ansiosamente pelo que neste fim de ano? Fotos: Gilmara Melo
“Na minha juventude, quando chegava essa época, eu e minhas amigas já nos animávamos para sair e bagunçar. Hoje em dia, eu passo em casa, com meu esposo. Já aproveitei muito minha vida e agora quero ficar na paz. O importante dessa época é nossa saúde e o pão de cada dia. Todos os anos são bem vindos!” Cícera, 59 anos
“Natal é da hora. Aqui no Nicéia a praça fica lotada, mas eu sempre vou para Itanhaém, em Santos. Este ano pretendo ir para lá de novo, e vou nem que seja a pé para ver minha filha.” Nivaldo Angelo, 61 anos
“Gosto tanto de Natal e Ano novo, tudo é dia de festa, então temos que curtir. A parte que eu mais gosto é estar com a família, mas tem vários jeitos legais de comemorar a data, como ficar com os amigos. Este ano vou estar comemorando em família numa cidade próxima.” Gilberto, 29 anos
“Passamos o Natal na casa do meu avô. A gente junta a família toda e faz amigo secreto. Até os parentes que moram na Inglaterra e no Japão sempre vêm. Já o Ano Novo, passamos aqui no bairro mesmo.” Lavínia, 11, Maria Clara, 12 e Gustavo, 10 anos
“Acho o Natal muito legal. Eu e meu irmão acreditamos mais ou menos em Papai Noel. A parte que mais gostamos são os presentes. Neste Natal, eu quero ganhar um patins, e meu irmão uma bola de futebol. Nós passamos o Natal e Ano Novo com a família e amigos, em casa e na praça também, que fica cheia de gente.” Ágata, 7 anos
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Dezembro de 2017 Júlia Paschoalino/Voz do Nicéia
Perfil Caroline Doms
Simpatia, sorriso discreto, cabelos brancos e muita história para contar. Essas são algumas das características de Madalena, uma senhora de 73 anos, moradora da Rua 5 e muito querida pelos vizinhos. Dona Madalena nasceu, cresceu, teve quatro filhos e construiu boa parte de sua vida em Piratininga. Entretanto, em 1987, ela se mudou para Bauru e passou a ser moradora do Jardim Nicéia. Madalena tinha 43 anos quando chegou ao bairro. O marido havia falecido, os três filhos mais velhos já eram adultos e ela se mudou apenas com a filha mais nova, Márcia. Dona Madalena conta que, quando veio para o Nicéia, a estrutura do bairro, que ainda estava sendo construído, era bem precária. Logo no começo, ela e a filha moravam na Rua 2. Então, o presidente do bairro da época realizou um sorteio de terrenos já numerados e elas receberam o terreno na Rua 5. Com a ajuda de um amigo, Dona Madalena construiu a casa
Madalena Cuzinato Euzebio em que vive até hoje. “Eu comprava os materiais de construção, ele era o pedreiro e eu a servente”, relembra. A filha se casou e Dona Madalena passou a morar sozinha. Foram muitos momentos de alegria no mesmo endereço da Rua 5. Há 20 anos, ela vendia cerveja e coxinhas por encomenda em sua casa e, quando era mais nova, convidava suas colegas e conhecidos para dançar forró e conversar no quintal de sua casa. A idade foi chegando e Dona Madalena teve um glaucoma. Por conta disso, ela precisou passar por uma cirurgia há aproximadamente 7 anos e perdeu a visão do olho esquerdo. Há dois anos, Madalena teve problemas de hipertensão e diabetes e, por isso, necessita constantemente de remédios. Por conta da mobilidade prejudicada, ela depende da ajuda dos familiares e vizinhos do Nicéia para
conseguir ir ao médico, pegar os remédios e fazer compras. Dentre os moradores do Jardim Nicéia que mais ajudam Dona Madalena está o Seu Adão, da Rua 2. Quase na casa dos 90 anos, ele não mede esforços para ajudar a amiga tão querida. É ele quem busca os remédios de Dona Madalena, além de fazer outros favores quando ela precisa. Além de Adão, Dona Madalena também cultiva uma preciosa amizade com Seu Américo, seu vizinho da frente. Embora também tenha a mobilidade comprometida por conta de um AVC, ele a ajuda com a leitura das bulas de remédio, que ela não consegue ler por causa da visão debilitada. Entre Seu Américo e Dona Madalena há uma amizade muito grande. Os dois são vizinhos há quase 20 anos e conversam todos os dias. Eles se preocupam com o bem-estar um do outro e vencem a solidão juntos, através do companheirismo. “Ela é como uma mãe para mim”, acrescenta Seu Américo. Dona Madalena é muito querida pelos vizinhos da grande família do Jardim Nicéia. No nosso Facebook, assista ao vídeo da Dona Madalena relembrando as gostosas noites de forró em sua casa. Acesse em: www.facebook.com/vozdoniceia
Mural
Bate-papo sobre Hip Hop!
Fotos: Thamires Motta/Colaboradora