Balaio 01

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Com mais de 1 bilhão de usuários do mundo, Facebook ganha do Orkut em popularidade. Entenda essa migração e a funcionalidade das redes sociais JORNAL-LABORATÓRIO DO CURSO DE JORNALISMO DA UNIVERSIDADE DE FORTALEZA

JANEIRO/FEVEREIRO DE 2014

ANO 01

N° 01

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Bate-papo “mó limpeza” com o astro cearense é meu trabalho e meu público, porque vim para vestir a camisa do Ceará e do Nordeste. Não com intenção de ser o melhor, mas de ser verdadeiro e resgatar nossa identidade de Ceará “moleque”. Quem gosta, gosta. Quem não gosta, “vá procurar uma trouxa de roupa pra lavar”.

Edmilson Filho é um “cabra massa, joiado e coisativo”, conhecido pelo seu personagem Francisglaydson em Cine Holliúdy. Nascido em Fortaleza, Ceará, além de ser ator, showman e comediante de cinema e teatro, é também tricampeão brasileiro de Taekwondo, mora há 13 anos nos Estados Unidos e já viajou o mundo todo. Mesmo assim, a “cearensidade” não sai dele

B: Sobre o Los Angeles Brazilian Film Festival, onde esteve recentemente com o Halder Gomes: como você se sentiu ao ver o filme que você protagonizou ganhar menção honrosa neste festival? E: Foi muito bom! Não só o prêmio, mas também a reação do público, americanos e brasileiros. Todo mundo rindo alto na sessão. Isso, para mim, vale mais que qualquer prêmio.

Tatiana Alencar

“Se eu for eu mesmo, não preciso me lembrar da fórmula para ser engraçado”, afirma o ator. A prova disso é que Edmilson veio à Fortaleza para estrear seu espetáculo “Made in Ceará”, um monólogo que faz um paralelo acerca das diferenças culturais entre americanos e brasileiros, mais especificamente, os cearenses. O espetáculo, que ficou em cartaz nos dias 11, 12 e 13 de Outubro e voltará em janeiro de 2014, é dirigido por Halder Gomes, repetindo a parceria que foi iniciada com o curta O Astista Contra o Caba do Mal, e que prosseguiu na realização do filme nele baseado, hoje sucesso de público e crítica. O êxito de Cine Holliúdy deu visibilidade ao astro cearense, que chamou a atenção de diretores brasileiros consagrados como Fernando Meirelles e foi entrevistado por personalidades como Jô Soares. Com a estreia do longa no sudeste, a agenda de Edmilson não para, mas ele mantém os pés no chão com a consciência de que todo o sucesso é fruto de muito trabalho. “Eu não me encanto com fama nem sucesso, já sei quem é quem na minha vida.” Declara. Confira a entrevista que o “cabra” deu para o Balaio.

teve liberdade de acrescentar ou improvisar algo nas falas do personagem Francisgleydisson? Edmilson: Bom, o roteiro eu acompanhei desde o começo. O personagem foi feito para mim. Na verdade, tudo era visto antes se dava certo no contexto. Em cinema não se tem muito improviso.

Balaio: Quem o acompanha pelas redes sociais pode notar que, apesar de morar há muito tempo nos Estados Unidos, você faz questão de manter seu “cearensês”. Você

B: Recentemente, Fernando Meirelles disse em seu twitter: “Edmilson Filho, de Cine Holliúdy, que bateu o Wolverine no Ceará, é gênio. O Brasil não vê um comediante po-

B: Como é trabalhar mais uma vez com o Halder Gomes, agora no seu espetáculo “Made in Ceará”? E: Eu e o Halder somos amigos há 20 anos; somos parceiros. A gente pensa muito parecido, e ele acha graça da minha comédia. Então, estamos em casa. B: Quais as suas semelhanças com o Francisglaydson? E: Bom, o Francis é um sonhador, assim como eu também sou. E como todo sonhador, viajo longe nos meus projetos e na determinação de fazer acontecer. B: Palco ou Cinema? Onde você se sente mais a vontade? E: São totalmente diferentes. O palco é bom porque você sente a resposta do seu trabalho ali mesmo, e isso é ótimo. O cinema fica para a eternidade… e me seduziu. B: EUA ou Ceará? E: Ceará, dentro dos Estados Unidos.

Edmilson Filho já está se preparando para roda “Cine Holliúidy 2” Foto: diVuLgaÇÃo

pular assim desde Oscarito. (…) A última sequência do filme, onde ele conta o filme para a plateia, é cena antológica. Chaplin ficaria de boca aberta.” O que você sentiu ao ler esses elogios de Fernando Meirelles? E: Um elogio desses, vindo de um diretor como ele, você não recebe facilmente. Ele viu meu trabalho, gostou e fez essa citação. Quem no meu lugar não ficaria feliz em compartilhar isso? Eu não me encanto com fama nem sucesso, já sei quem é quem na minha vida. Mas o reconhecimento do trabalho, tanto por nomes importantes

quanto pelo público, me deixa feliz, sim. B: A sua irmã, Elaine Pereira, professora da Unifor, publicou um ótimo texto criticando quem fala que o filme Cine Holliúdy, por investir na ideia de “cearensidade”, cria a “falsa imagem” de que só existe humorista no Ceará. Como você lida com esse tipo de crítica? E: Não ligo, para ser honesto. Ela escreveu o que muita gente queria dizer, só que de maneira mais “formal”. Eu não tento rebater esse tipo de critica, quem rebate

B: Francislee ou Brucesglaydson? E: Francislee. B: Toddy ou caldo de feijão? E: Caldo de Feijão. B: Voadora na pleura ou bem nos intestino do cabra? E: Na pleura! B: Concorda que “a felicidade não existe, o que existe na vida são momentos felizes”? E: Concordo, são os momentos felizes!


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Literatura

Editorial

Estória de feira

Caro(a) leitor(a), o que você tem em mãos é o caderno de cultura que, a partir desta edição, virá como novo suplemento do jornal Sobpressão. O Balaio tem como premissa básica a inovação, tanto estética, quanto de conteúdo, buscando apurar o olhar para o que transita além do circuito comercial. Como num cesto de palha, este balaio cultural pretende reunir diferentes formatos, histórias, épocas e angulações. Neste número, por exemplo, você saberá um pouco da história de vida do ator e comediante ce-

Isabel Lima

arense Edmílson Filho e também poderá passear por uma feira repleta de cheiros, cores e barulhos, ilustrando a Coluna Literária. Ainda nesta edição, você confere algumas curiosidades sobre o embate entre Orkut e Facebook, as duas redes sociais mais populares do mundo. O toque da Resenha Musical vai ser dado, desta vez, por uma banda cearense, que prima pela mistura de estilos: a It Girl. Mas e o que é “Mó paia” e o que é “Da hora”? Veja as sessões

que trazem dicas e comentários que podem ser úteis no seu dia a dia. Constantemente embalado pelo som dos Beatles, o radialista Nelson Augusto cedeu uma entrevista para o caderno. O produtor conta sobre a emoção de assistir ao Show de Paul McCartney em Fortaleza e da paixão antiga que nutre pela banda que figura entre as mais bem sucedidas na história do rock. E este é o Balaio inaugural! Saboreie tudo o que reunimos aqui para você e boa leitura!

Ensaio

Fotografia: Pedro Vinícius

Mau tempo em Montevidéu. Gris. Alerta meteorológico: muita chuva para o domingo. Que seria da feira livre de Tristán Narvaja, a maior e mais curiosa (da quinquilharia à peça rara) daquela cidade? Chega o domingo. Atraída por mistérios e aromas, estórias e memórias, vislumbres, tipos e vozerios, ela, turista, toma um táxi na calle Bartolomé Mitre, à altura do número 1364, dele saltando dez minutos depois, na Avenida 18 de Julio, bem próxima do início de Narvaja e sob os primeiros pingos de chuva rala. A previsão estava certa. Uma feira de rua parece carregar – rua acima, rua abaixo – o mundo. O mundo num balaio: fartura de coisas, gentes e linguagens, divaga. As primeiras bancas ofertam hortaliças variadas, frutas da estação, compotas, doces, queijos e embutidos. Os pimentões vermelhos e as couves-flor vestem suas melhores cores, vibrantes, para despeito de outros vegetais que, murchos, parecem insultados pelo frio. Logo adiante, cativeiros mínimos: galinhas, tartarugas e coelhos, espremidos entre gaiolas, pelos e penas a escapar entre grades. Uma enorme senhora branca de bochechas rosadas escolhe um miúdo peixinho encarnado e branco no aquário. A peneira leva o peixe para o saco com água e a senhora deve, satisfeita, levar o desafortunado para águas mais ornamentais. Manhã quase finda, mas os feirantes vão chegando ainda, tomando seus lugares, pelo meio da rua larga, comentando entre si a chuva intermitente, placares de futebol e os preços das coisas: bons de prosa.

Música

It Girl: Indie Rock na terra do forró

Da esquerda para a direita: Cícero Nascimento, Yuri Lobato, Pedro Fialho, Ricardo Arraes e Anatole Nogueira. Foto: Yan Jamacaru

No chão, o anúncio de um cachorro perdido. O anúncio mais perdido que o cachorro: molhado, pisoteado, quase imperceptível. As bonecas infantis parecem pavorosas. Despidas e manchadas, estão perfiladas sobre um pano preto. Botas, fogões, sucata, garrafas, caixas de som, placas de carros, talheres (milhares deles, espalhados sobre a manta, no chão). Depois, uma sequência de galpões abarrotados de antiguidades. Mais escondidos, são como lojas, nos térreos e subsolos dos edifícios. Ali, o que reluz pode, sim, ser ouro. A pobreza e a riqueza, o que reluz e o que é treva, o estético e o grotesco: muito disto por lá. Quanto aos livros, que lástima! Não aparecem nas bancas. Chuva e livro nunca estão de bem, ela conclui. Mas um feirante vende a sétima arte em DVDs falsificados: película! película! Para comer o típico, ela entra na fila legítima: torta frita com açúcar e goles de café. Mais alguns passos, miradas, escutas... Lá está. Ela a vê: inesperada, solene sobre uma esteira, cercada por quinquilharias desencontradas. Deve ter sido, primeiro, o azul. A cor azul que fisga a mirada. Depois, a conservação do objeto passado. Tlac. Tlac. Tlac. Teclas perfeitamente dispostas. Alemã. Uma Kolibri. Reise mit der leichten, diz o slogan. Três livres horas de feira livre, 500 pesos uruguaios gastos, um peso a mais na mala, uma estória a mais para datilografar.

Janine Nogueira

A banda autoral It Girl, de Indie Rock, é prova de que a terra alencarina é plural em seus gêneros musicais. Influenciada por bandas de rock britânicas e norte-americanas, a It Girl foi formada em 2011 pelo vocalista Pedro Fialho, com Anatole Nogueira e Yuri Lobato nas guitarras, Ricardo Arraes no baixo e Cícero Nascimento na bateria. Ao ouvir músicas como “Laughstein!”, um quê de influência da banda americana The Strokes e dos britânicos do Arctic Monkeys é perceptível, mis-

turando-se a um estilo próprio da banda, na composição dos riffs ácidos e distorcidos de guitarra e da harmonia dos backing vocals. As letras fantasiam sobre temas urbanos, levando o público do papel de um romântico dirigindo pela estrada chuvosa ao sujeito novo na cidade que só quer uma oportunidade de tocar sua música para o público. Para o blog do Laboratório de Jornalismo (Labjor) da Universidade de Fortaleza (Unifor), Yuri Lobato disse que It Girl é um conjunto de amigos de longa

data que sempre gostaram de fazer suas músicas, que se juntaram pra fazer rock’n’roll e, quem sabe um dia, viver disso.” A cumplicidade dos integrantes reflete-se nos shows cheios de energia. A It Girl ganhou, esse ano, o primeiro lugar no concurso de bandas “Garagem CCG”, da Unifor. O último EP, intitulado “SUB”, e outros álbuns podem ser ouvidos no Soundcloud da banda (https://soundcloud. com/itgirldocs).

Jornal-laboratório do Curso de Jornalismo da Universidade de Fortaleza (Unifor) Fundação Edson Queiroz - Diretora do Centro de Ciências da Comunicação e Gestão: Profa. Maria Clara Bugarim - Coordenador do Curso de Jornalismo: Prof. Wagner Borges - Professor orientador: Alejandro Sepúlveda - Projeto gráfico: Prof. Eduardo Freire - Diagramação: Claudia Cabral - Coordenação de Fotografia - Júlio Alcântara - Revisão: Prof. Antônio Celiomar Edição: Giovânia de Alencar, Lígia Costa e Thaís Praciano - Redação: Giovânia de Alencar, Isabel Lima, Janine Nogueira, Lia Martins, Lígia Costa, Tatiana Alencar e Thaís Praciano - Ilustração: Grupo de Mídia Interativa (G1000) - Supervisão gráfica: Francisco Roberto - Impressão: Gráfica Unifor - Tiragem: 750 exemplares


foi parar o Orkut? Giovânia de Alencar, Lígia Costa e Thaís Praciano

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Qual é a sua rede? Agora, ao conhecer alguém, todo mundo se adiciona no Facebook ou no WhatsApp. Mas onde foi parar o Orkut? Giovânia de Alencar, Lígia Costa e Thaís Praciano

As redes sociais são vitrines pessoais onde se mostra o que se quer. No Facebook, fotos aparecem todos os dias, frases de escritores famosos, opiniões sobre tudo e todos, compartilhamentos de imagens e milhares de curtições. Mas, além de ser uma exposição, a rede social é formadora de opinião e intensa roda de discussões. Ali existem protestos, denúncias, reclamações e propagandas. Vemos dicas, produtos à venda e promoções. Encontram-se velhos amigos e fazem-se novos. Por trás da rede As redes sociais são estruturas de interação estabelecidas no espaço virtual e que se propagaram pelo mundo inteiro. Entre as redes mais populares estão o Orkut e o Facebook, ambos criados em 2004. Em 2005 e em 2006, o Orkut, do Google, se tornou site líder de acessos e se estabeleceu como marco introdutório na adesão massiva por esta nova forma de comunicação. O Facebook, por sua vez, veio dar continuidade a esta incorporação das redes sociais ao cotidiano. Graças às ferramentas de utilização diferenciadas, rapidamente essa rede criada por Mark Zuckerberg conseguiu atrair um número expressivo de adeptos, a ponto de ultrapassar o Orkut. Segundo pesquisa IBOPE, realizada em novembro de 2010, neste período o Orkut se mantinha como a rede mais acessada no Brasil, com 91% do número total de acessos, enquanto o Facebook contabilizava apenas 14%. Contudo, uma publicação da Serasa Experian aponta o crescimento vertiginoso do Facebook durante os anos seguintes: se em 2011, o acesso por internautas brasileiros atingia 18,24%, em 2012 este número saltou para 54,99%. Um levantamento elaborado, neste mesmo ano, pela Experian Hitwise, corroborou esta inversão na preferência. Com uma queda brusca de 33,69 pontos percentuais, o Orkut perdeu a posição de rede social mais popular do Brasil para o Facebook. Segundo dados da própria empresa, divulgados em março de 2013, o Facebook alcançou 73 milhões de usuários brasileiros e superou a marca de um 1 bilhão de usuários no mundo.

Otelino Filho

Ele (o orkut) é mantido por uma equipe de brasileiros, e esse é outro ponto bem forte, pois ele acaba se tornando bem mais brasileiro e as adaptações são feitas pensando mais em âmbito nacional. Mas eu também utilizo muito o Facebook, afinal, todos os meus amigos estão lá. Estudante de Jornalismo

Migração x fidelidade Com toda essa “febre” do Facebook, a maioria das pessoas já esqueceu o que para muitos foi o começo dessa moda: o Orkut. Atualmente muito se comenta sobre a “orkutização” do Facebook, um neologismo que internautas têm adotado para se referir à disseminação de spams (mensagens não-solicitadas) ou ao mau uso da linguagem na rede. Tais fatores, inclusive, são apontados como problemas que contribuíram para o declínio do Orkut e consequente migração para o Facebook. A fotógrafa Rafaela Oliveira é usuária das duas redes sociais e utiliza constantemente o termo. “Acredito que as pessoas migraram do Orkut por conta da poluição visual. Ele foi um meio de encontrar e reencontrar amigos, mas depois de um certo tempo isso foi substituído apenas por correntes, gifs, e coisas do tipo. Hoje, sinceramente, não vejo muita diferença entre os dois”. Mesmo tendo perdido um grande número de usuários, o Orkut ainda possui alguns adeptos fiéis. Otelino Filho, estudante de Jornalismo, acha que o diferencial é a equipe

Otelino tornou-se um dos Principais Colaboradores do Google e foi convidado a conhecer a sede na Califórnia Foto: arQuiVo PessoaL

que cuida do site. “Ele é mantido por uma equipe de brasileiros, e esse é outro ponto bem forte, pois as adaptações são feitas pensando mais em âmbito nacional. Mas eu também utilizo muito o Facebook, afinal, todos os meus amigos estão lá.” Otelino participa do Fórum de Ajuda do Orkut há quatro anos e ganhou o título de "Principal Colaborador" pela equipe do Google. Ele tem acesso a informações privilegiadas e também testa ferramentas antes do lançamento oficial. Em julho de 2012, foi convidado a participar da "Conferência dos Principais Colaboradores" do idioma português na sede do Google, em São Paulo. Já em outubro de 2013, foi conhecer a sede na Califórnia com todos os colaboradores do mundo. Ascensão dos aplicativos Neste ano, 2014, Zuckerberg, fundador e CEO (da sigla em inglês Chief Executive Officer), comprou o WhatsApp, aplicativo multiforme, com disponibilidade na maioria dos aparelhos de smartphones Android, BlackBerry, iPhone, Nokia e Windows. Ele funciona por

meio de trocas de mensagens instantâneas. Atualmente é tido como aplicativo mais popular do mundo, contando com mais de 450 milhões de usuários ativos, recebe cerca de 1 milhão de novos cadastrados por dia. O que seria uma grande ameaça à existência do Facebook acabou tornando-se aliada à rede. A venda marcou uma das maiores negociação do mercado de tecnologia, efetivada por $16 bilhões de dólares (cerca de 35 bilhões de reais). Jan Koum, cofundandor e executivo do WhatsApp, esclareceu, no blog oficial do aplicativo, que a única mudança que o servidor de mensagens terá, com a apropriação de Zuckerberg, será o possível aumento do valor anual, que atualmente é de U$$ 0,99 (2,40, em média). Fonte de renda As empresas começaram a ver as redes sociais como uma ponte de comunicação com os seus clientes, criando páginas no Facebook e contas no Twitter. Quando alguém escreve em sua página pessoal ou na da empresa sobre algum produto ou atendimento falho, todos

x Scrap Depoimen tos Fãs Comunida des

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os seus amigos, e amigos de amigos, podem ler, comentar, curtir e compartilhar, o que pode repercutir em uma imagem negativa para a empresa. Para controlar esse fluxo de informação, os analistas de mídias sociais foram criados para monitorar os perfis da marca e dialogar com os clientes.


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Entrevista

Confissões de um beatlemaníaco Em entrevista ao Balaio, Nelson Augusto - jornalista, beatlemaníaco profissional, produtor e apresentador do programa Frequência Beatles, no ar há 23 anos na Universitária FM - conta um pouco da trajetória de sua paixão pela banda, fala sobre a experiência de assistir ao show do ex-beatle Paul McCartney em Fortaleza e dá dicas para quem quer conhecer mais sobre a carreira do fab four Lia Martins

Balaio: Qual foi seu primeiro contato com os Beatles? Como surgiu sua paixão pela banda? Nelson Augusto: Quando eu era criança, na época em que os Beatles existiam ainda como um grupo, meu pai tinha um disco de orquestra com algumas gravações instrumentais de músicas dos Beatles. Esse foi meu primeiro contato. Já no final da década de 70, fui morar em Recife, porque meu pai era da Marinha, e meu primo, que era dois anos mais velho que eu, já tinha alguns discos dos Beatles, e a partir daí eu comecei a ouvir as gravações originais e comecei

a me apaixonar pelo restante das músicas da banda. Ele não tinha todos os discos, então a gente começou a juntar nossas mesadas pra comprar os discos. E, quando surgiu o gravador de minicassette, eu ganhei um de aniversário, e a partir daí eu gravei toda a obra dos Beatles em fita cassette. Na época, que foi por volta de 1973, os Beatles já haviam acabado e eu comecei a acompanhar também a carreira solo dos ex-integrantes. Então, a partir daí, foi que eu me apaixonei mais ainda e continuo ouvindo as músicas até hoje.

: Beatles Anthology, projeto que saiu em video cassette na época [1995] e já foiJanine lançado em Nogueira DVD, que consiste em um documentário contando a história dos Beatles em profundidade. B: E quanto à carreira solo de Paul McCartney, quais seriam os álbuns-chave? NA: Ah, eu indicaria Wild Life (1971), Red Rose Speed Away (1973), que este mês [de maio] completa 40 anos de lançamento, e Venus and Mars (1975). B: Você tem um beatle favorito? NA: Não... eu acho que eles quatro formam um mosaico; se mexer em um, fica faltando uma parte. Tinha o Ringo, que era o mais brincalhão; o Paul, mais das harmonias, das músicas e melodias; o John, mais panfletário; e o George, mais místico. Cada um tinha uma característica diferente e os quatro juntos se somavam e formavam um todo.

B: A quantos shows do Paul McCartney você já foi, e qual o mais emocionante? NA: Fui a nove shows no total, entre apresentações no Rio, em São Paulo, em Curitiba, em Recife e agora em Fortaleza. Para mim, o mais emocionante foi o de Fortaleza, por causa até do calor do povo cearense. B: E qual foi o momento mais marcante do show ocorrido aqui? NA: Sem dúvida foi durante a música “Hey, Jude” - Paul McCartney sozinho, voz e violão, com 55 milpessoas cantando junto... B: Que obra você indicaria para alguém que está começando a se interessar pela obra dos Beatles e deseja conhecer mais sobre a banda?

Da Hora

Nelson Augusto apresenta o programa Frequência Beatles, que vai ao ar todos os sábados a partir das 18 horas na Rádio Universitária (FM 107,9). Foto: Lia martins

Thaís Praciano

Mó paia

Por fim, Nelson Augusto afirma estar em campanha para trazer Ringo Starr - que já confirmou shows em outubro deste ano em Curitiba e São Paulo - também para Fortaleza. Torçamos para que ele seja bem sucedido! Thaís Praciano

Um garçom fã de Chuck Norris

Escolher um presente é muitas vezes uma sensação frustrante, pois todo mundo tem medo de comprar justamente aquilo que a pessoa não vai gostar. Mesmo pensando que “o que vale é a intenção”, os minutos angustiantes em que o papel de presente é rasgado fazem suar frio até os mais corajosos. Em vez de comprar uma blusa, porta retrato ou ursinho de

Sempre que abre um restaurante novo na Cidade, muita gente quer ir conhecer. Chamei alguns amigos depois que abriu um certo bar temático britânico e pedimos algumas bebidas e dois pratos. Com a dificuldade de atender a um pedido de uma mesa muito extensa, o garçom solta: “Se vocês me chamarem de novo, eu dou uma voadora”. Duas horas depois, as bebidas nunca chegaram e um dos pratos veio errado. No final, meus amigos estavam com tanta fome que tivemos que passar em um fast-food antes de ir pra casa. Mais engraçado foi a gerência, que além de dizer “ah, já sabemos quem é” e não fazer nada, cobrarem por pedidos que sequer chegaram e nada resolvel. Claro que não pagamos os 10%. É engraçado como sempre que reclamamos de um garçom em um restaurante, o gerente fala que já sabe quem é. Se já sabe, por que ele continua destratando os clientes? Já presenciei em duas churrascarias grandes da Cidade um garçom pegar o gelo com a mão e colocar no copo. Imagina então o que acontece dentro da

pelúcia, da hora mesmo é procurar alguma coisa diferente, mas diferente mesmo. Os bazares online são uma alternativa interessante, tanto pelas opções como pelo preço. Dá pra encontrar projetores de constelações, canecas em forma de lentes fotográficas, palitos para petiscos como se fossem pregos, despertadores que correm pelo quarto, telefone de hambúrguer, fôrma

de gelo em formato de cérebro, papel higiênico como notas de dez euros, e por aí vai. O ponto negativo é a demora para chegar, que pode levar até dois meses. É importante que, antes de comprar, verifique se o site é confiável, se outros compradores já receberam e se tem seguro em caso de perda ou desvio da mercadoria, além da possibilidade de troca ou reparo.

crÉditos: diego ViLLarim e marina morena

Escolher presente pode ser melhor que ganhar

cozinha e ninguém pode ver. O atendimento ao cliente deve ser a vitrine de qualquer estabelecimento. Não adianta a comida ser maravilhosa se não for bem servida. Aliás, todo prato fica mais gostoso se for colocado com um sorriso. Isso vale não só pra quem atende, mas também pra quem pede. No final todo mundo é igual e digno de respeito e de educação. “Mó paia” mesmo é não ser tratado como merece.


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