revista
sp
Edição 7 – Ano 1 – Janeiro 2014
Especial 460 anos
Feliz aniversário São Paulo!
Foto: Wagner T. Cassimiro “Aranha”/CC
Curiosidades dos bairros mais antigos da cidade
R$ 12
REVISTA GIRO SP | 1
é uma publicação mensal da Comander Editora Diretora Geral: Erika Pedrosa Diretor Administrativo Financeiro Asael Prando
Em comemoração ao aniversário de São Paulo, apresentamos uma edição do jeito que a cidade merece!
Departamento Jurídico Erico Olivieri Jornalista Responsável Marcelo Bento MTB 48927/SP Jornalistas Felipe Ribeiro Natália Prieto Ronnie Arata Coordenação Camila Ferreira Denis Le Senechal Klimiuc Felipe Ribeiro Departamento de arte Maria Amélia de Azevedo Projeto Gráfico e Marketing Comander Assessoria e Marketing Colaboradores Ana Carolina Monteiro Grasso, Christiane Alves, Cláudio Duarte, Dilza Christine Lundgren de Barros , Felipe Ribeiro, Regina Lemos , Ronnie Arata, Sávia Reis/SP Turis Fotos Creative Commons, Fabio Moraes, Henrique Jardim, Regina Lemos Administração, redação e publicidade Rua Jacirendi, 395 Tatuapé – São Paulo – SP CEP: 03080‑000 Tels.: 011 2023.0400 | 3360.1869 www.revistagirosp.com.br
Canais de comunicação
São Paulo comemora, em 25 de janeiro próximo, 460 anos. Respeitada mundialmente, a aniversariante do mês abriga um pedaço de cada parte do mundo e, em uma receita única de sucesso, transforma a vida de todos em um verdadeiro mar de oportunidades, variedade indiscutível quando se trata de arte, cultura e lazer. A Giro SP, por sua vez, não poderia apresentar conteúdo dife‑ rente do que foi elaborado, pesquisado e feito com todo o cari‑ nho para você, leitor, que nos acompanha nesta sétima edição. Começamos o ano, então, com o pé direito, homenageando a capital paulista com atrações imperdíveis, que vão dos clássicos passeios a museus, a um alívio para os pulmões em caminha‑ das por alguns parques que, por sua vez, podem abrigar diversos shows na programação imperdível para comemorar o aniversá‑ rio da cidade. Aliás, não poderíamos deixar de lado algumas peculiaridades da cidade que, acostumada a ser observada em seu conjunto, apresenta tantas atrações em suas cinco regiões que, se obser‑ vadas separadamente, poderiam ser consideradas cidades in‑ dependentes. Por isso, a Giro SP fez uma homenagem diferente a São Paulo: destrinchou suas cinco regiões e especificou o que cada uma tem de melhor, para que você possa conhecer esta megalópole de maneira única e específica, como ela merece. Portanto, caro leitor, aproveite o aniversário de nossa Sampa como ela merece – como a Giro SP tanto preza: conheça São Paulo, visite São Paulo. Viva São Paulo! Erika Pedrosa
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CAPA 50 Conheça a história de alguns bairros de São Paulo
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ÍNDICE
27 Programação de Férias do IMS 42 Museu da Língua Portuguesa expõe trajetória do músico Cazuza 44 Improvável no Tuca FIQUE POR DENTRO 63 Campus Party São Paulo 08 30 programas imperdíveis em SP – 71 Caixa Cultural Brás, Bom Retiro e 25 de Março 72 Nova turnê de Ana Carolina 12 Estreias de janeiro 75 Férias no Catavento Cultural 48 Detox na Veia! 62 Se é para o bem de todos... Quando 87 500 Milhas de Interlagos a palavra fez a diferença para a ARTE, CULTURA E LAZER história do Brasil 17 Observatório de São Paulo: 68 Hatha Yóga Clássico - Um novo O universo dentro da metrópole método de emagrecimento - Parte III 34 Memorial da América Latina ACONTECE EM SP 36 Comece o ano com muita arte 20 Brasil Open de Tênis 2014 no MAM
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34 Gentrificação em São Paulo A Temporada de Ouro no Cinema São Paulo em aquarela A ótica de Fábio Moraes sobre SP
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78 Como elaborar um bom Plano de Marketing em 10 passos 4º Passo - pesquisa de campo
KIDS 18 Atos infracionais praticados por adolescentes e as respostas dadas pelo Poder Judiciário 47 Como entreter as crianças durante as férias 88 Férias escolares e o impacto positivo para as crianças
VIAJAR E CURTIR 22 Preziosa navega em águas brasileiras
NEGÓCIOS 49 O Cochilo na Hora Certa
AONDE VOCÊ QUER IR HOJE?
CRONICAMENTE PAULISTA 46 Ser jornalista é bom. Ser jornalista e paulistano é ótimo!
96 Roteiro de passeios
FIQUE POR DENTRO
Texto Divulgação/SP Turis
30 SP programas IMPERDÍVEIS em
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Mercado Municipal
Mosteiro de São Bento
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Terraço Itália
Grandes museus da cidade
Bares e baladas
Parque do Ibirapuera
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Cantinas do Bixiga
Oscar Freire e Shopping Iguatemi
Restaurante Skye do Hotel Unique
Jockey Club
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Autódromo de Interlagos
Estádio do Pacaembu
Mega livrarias
Exposições da cidade
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Sala São Paulo
Torre do Banespa
Musical da Broadway
25 de Março, Brás e Bom Retiro
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Padarias 24 horas
Avenida Paulista
Museu da Língua Portuguesa e Pinacoteca
Zoológico e Jardim Botânico
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Spas com ofurô e massagem relaxante
Feiras: Liberdade e Praça Benedito Calixto
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Cafeterias internacionais
Centro Histórico
Centro de convenções paulistano
Quadra de escola de samba
Pico do Jaraguá
Pizzarias
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FIQUE POR DENTRO
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Ir às compras na 25 de Março, Brás e Bom Retiro
Texto Sávia Reis/SP Turis Fotos divulgação
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Bom Retiro e Rua 25 de Março
Dentre os inúmeros programas para se fa‑ zer na cidade de São Paulo, ir às compras é uma das opções que não podem faltar no ro‑ teiro de visita. A metrópole reserva produtos provenientes de todo o mundo e tem os bair‑ ros do Brás e Bom Retiro e a Rua 25 de Mar‑ ço como as principais paradas para quem procura a capital com esse objetivo, com a exclusividade de poder oferecer ao visitante variedade mundial de produtos. O Brás foi o primeiro pólo industrial da cida‑ de e firmou-se desde então como um bairro operário, formado inicialmente por imigrantes italianos, portugueses e espanhóis. Depois vieram os gregos, libaneses e, mais recen‑ temente, coreanos e bolivianos. Hoje, a re‑ gião se caracteriza pelo comércio de roupas, principalmente nas imediações do Largo da
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Concórdia e da Rua Oriente. Segundo a As‑ sociação de Lojistas do Brás (Alobrás), o bair‑ ro com seus 3 Km de extensão e 55 ruas que abrigam seis mil estabelecimentos comerciais recebe diariamente entre 250 mil a 500 mil pessoas (em datas comemorativas) vindas de todo o Brasil e de vários lugares do mundo. O Bom Retiro também é referência no que‑ sito moda têxtil. A região, que abrigava chá‑ caras para uso de finais de semana - daí o nome “Bom Retiro” - tornou-se, em 1828, passagem obrigatória dos ciclos de imigran‑ tes que chegavam ao Brasil. Na década de 1950, a área ganhou força comercial ao lon‑ go dos seis quarteirões da Rua José Paulino, que até 1916 chamava-se Rua dos Imigran‑ tes. Hoje as 1,2 mil lojas são atrações para quem acompanha as tendências e quer es‑
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Na próxima edição, confira: Terraço Itália
tar sempre na moda. O Terminal 25 de Março é um dos principais pólos de recepção de visitantes de todo País. Localizado próximo à rua homônima, é porta de entrada para as três mil empresas, sendo 300 lojas de rua e 2,7 mil nos diversos edifí‑ cios, galerias e ruas próximas. A passagem pela Rua 25 de Março é a me‑ lhor pedida para as compras de bijuterias, brinquedos, objetos de decoração e outros acessórios para casa. Na Ladeira Porto Geral é possível encontrar lojas de fantasias, onde as noivas se divertem com as compras de adereços engraçados para animar suas fes‑ tas de casamento. E para aproveitar bem o passeio, vale uma visita no Mosteiro de São Bento e no Merca‑ dão, ambos bem próximos à Rua 25 de Mar‑ ço. O Mosteiro de São Bento, que abrigou em 2007 o Papa Bento XVI quando este visitou o país, é um passeio imperdível na cidade de São Paulo - a basílica tem lindas imagens e cantos gregorianos, que podem ser ouvidos de segunda a domingo. Já o Mercadão é re‑ ferência nacional pela diversidade de aromas, cores e sabores de frutas, verduras, legumes, vinhos, queijos, chocolates, carnes, frutos do mar e aves e, claro, pelo famoso pastel de bacalhau e sanduíche de mortadela. Serviço: Brás - Metrô Brás - linha 2 (vermelha). Associação dos Lojistas do Brás (Alobrás). Tel.: (11) 2694-0823/ 2796-7861. Bom Retiro - Metrô Luz - linha 1 (azul). Câmara de Dirigentes Lojistas do Bom Retiro (CDL). Tel.: (11) 3361-9984/ 3361-4152. 25 de Março - Metrô São Bento - linha 1 (azul). União dos Lojistas da 25 de março e adjacências (Univinco). Tel.: (11) 3313-2782/ 3326-1039. REVISTA GIRO SP | 11
FIQUE POR DENTRO Texto Denis Le Senechal Klimiuc
ESTREI
2014 mal começou e os cinemas brasileiros estarão, nas primeiras semanas deste ano, recheados de novidades gabaritadas tanto para prêmios quanto para a alegria da criançada em férias. Enquanto o con‑ gelante inverno norte-americano dá à população local filmes cultuados para premiações, o Brasil vive sua costumeira miscelânea cinematográ‑ fica de exemplares sérios, de acordo com a temporada de premiação, e divertidos, para toda a família curtir durante a alta temporada do verão brasileiro. Confira, a seguir, as principais estreias de janeiro! Confira!
03/01 Frozen, Uma Aventura Congelante De: Chris Buck e Jennifer Lee. Com: Kristen Bell, Idina Menzel, Jonathan Groff, Josh Gad, Alan Tudyk, Santino Fontana e Chris Williams. Arendelle é um reino en‑ cantado que, tendo Elsa como sua futura rainha, tem sua estrutura alterada quando a jovem, que possui a incrível capacidade de criar gelo e neve, faz com que seu reino seja condenado a um inverno eterno. Por ter escondido seus poderes até o desastre acontecer, Elsa foge 12 | REVISTA GIRO SP
e se esconde em um castelo de gelo. Sua irmã mais nova, Ana, e Kristoff, um destemido rapaz, partem em busca da responsável por tanto frio para tentar reverter a situação e levar Arendelle de volta a seu verão.
O Menino do Espelho De: Guilherme Fiúza Zenha. Com: Lino Facioli, Mateus Solano, Regiane Alves, Gisele Fróes, Ricardo Blat e Laura Neiva. Nesta ficção brasileira, o diretor Guilherme Fiúza Zenha brinca com o imaginário infantil e, por que não, adulto ao criar uma história de um menino que, vivendo nos anos 30, se sentia entediado diante do marasmo que sua infância se tornou. Aos 10 anos, cheio de ima‑ ginação, o que o jovem mais queria era ter um sósia, para poder brincar e se divertir como sempre desejou. Então, seu desejo se torna realidade: certo dia, seu reflexo no espelho simplesmente ganha vida própria, transfor‑ mando a rotina de Fernando, o menino, para sempre.
IASDEjaneiro Uma Família em Tóquio De: Yoji Yamada. Com: Yû Aoi, Satoshi Tsumabuki, Kazuko Yoshiyuki e Yui Natsukawa. Quando um casal de idosos, que vi‑ vem no interior do Japão, decide visitar seus filhos em Tóquio, para tentar retomar a família como um hábito na rotina de todos, eles percebem que sua prole não se impor‑ ta mais tanto com tal proximidade, pois suas vidas se tornaram demasiadamente ocupa‑ das para que eles possam se preocupar com coisas (para eles) fúteis, como união familiar. Com isso, apenas uma morte trágica permi‑ tirá que todos se reúnam e, pela primeira vez em anos, enxerguem uns nos outros a família que um dia existiu e, em consequência, pos‑ sam se questionar sobre o porquê do afas‑ tamento mútuo com o passar dos anos.
10/01 Ajuste de Contas De: Peter Segal. Com: Sylvester Stallone, Robert De Niro, Kevin Hart, Alan Arkin, Jon Bernthal, Kim Basinger, Paul Ben-Victor, Barry Primus, Griff
Furst e Judd Lormand. Billy “The Kid” McGuigan e Henry “Razor” Sharp são idosos que, apesar do físico im‑ pecável, não se permitem mais praticar o esporte que os levou ao estrelato e re‑ conhecimento: boxe. Porém, mais de cinquenta anos após o lendário en‑ contro entre ambos, eles se permi‑ tem realizar tal façanha e marcam um encontro inédito: uma luta, nos dias de hoje, para finalizar a rivalidade histórica. O encontro de Sylvester Stallone e Robert De Niro, que já foram reco‑ nhecidos por dois lutadores de boxe, promete emoção – principalmente àqueles que não visualizaram a potência que tal embate representa.
Confissões de Adolescente De: Daniel Filho e Cris d’Amato. Com: Sophia Abrahão, Isabella Camero, Malu Rodrigues, Clara Tiezzi, Deborah Secco, Maria Mariana, Georgiana Góes, Daniele Valente, Cássio Gabus Mendes, Olívia Torres, Hugo Bonemer, Thiago Lacerda, Caio Castro e Cintia Rosa. Ao passar por dificuldades financeiras, uma família carioca de classe média se vê obri‑ REVISTA GIRO SP | 13
FIQUE POR DENTRO
gada a mudar sua rotina, que já não é tão comum: Paulo, pai de quatro filhas, vive com todas em constante conflito, resultado da fase em que vivem: adolescência. Enquanto ajudam seu pai a organizar a vida em novos hábitos, Tina, Bianca, Alice e Carina também têm de aprender a lidar com suas vidas da melhor maneira possível, tentando passar pela fase mais difícil na vida com maestria, o que se torna um grande empecilho para todos, apesar dos esforços. Releitura da já clássica série de TV, este Confissões de Ado‑ lescente visa modernizar um tema, tão pre‑ sente na vida de todos: conflitos familiares na adolescência.
Ninfomaníaca – Volume I De: Lars Von Trier. Com: Charlotte Gainsbourg, Stellan Skarsgård, Stacy Martin, Shia LaBeouf, Christian Slater, Jamie Bell, Uma Thurman, Willem Dafoe, Sophie Kennedy Clark, Connie Nelsen, Michael Pas, Jean-Marc Barr e Udo Kier. Lars Von Trier, mais uma vez, torna-se po‑ lêmico e, agora, lança o primeiro volume de seu filme sobre sexo: Ninfomaníaca. A histó‑ ria conta a vida de Joe, uma mulher de cin‑ quenta anos que, resgatada da rua após ser achada desmaiada, narra sua trajetória ao seu salvador, um senhor muito interessado em ouvir suas peripécias ninfomaníacas. 14 | REVISTA GIRO SP
17/01 Muita Calma Nessa Hora 2 De: Felipe Joffily. Com: Andréia Horta, Fernanda Souza, Gianne Albertoni, Débora Lamm, Marcelo Adnet, Bruno Mazzeo, Heloísa Périssé, Nelson Freitas, Maria Clara Gueiros, Lúcio Mauro Filho, Alexandre Nero, Marcelo Tas, Hélio de la Peña, Marco Luque e Daniel Filho. Após três anos dos acontecimentos narra‑ dos no primeiro longa, as quatro amigas se reúnem novamente em Búzios e, é claro, di‑ versos causos ocorrem, para delírio das per‑ sonagens e alegria do público, que se diverte com as peripécias de Estrella, Aninha, Tita e Mari.
24/01 O Lobo de Wall Street De: Martin Scorcese. Com: Leonardo DiCaprio, Jonah Hill, Margot Robbie, Matthew McConaughey, Kyle
Chandler, Rob Reiner, Jon Bernthal, Jon Favreau, Jean Dujardin, Cristin Milioti, Shea Whigham e Spike Jonze. Martin Scorcese adapta o livro de memórias de Jordan Belfort, cuja vida como corretor de títulos da bolsa teve tantos altos e baixos que se torna difícil acreditar serem experiências de somente um homem. No cinema, o prota‑ gonista é encarnado por Leonardo DiCaprio que, como colaborador costumeiro do dire‑ tor, entrega mais uma performance digna de elogios, devido à energia em cena pelo ator. Com elenco estelar, O Lobo de Wall Street é uma das apostas certas para a temporada de ouro do próximo ano.
Frankenstein – Entre Anjos e Demônios De: Stuart Beattie. Com: Aaron Eckhart, Bill Nighy, Miranda Otto, Jai Courtney, Caitlin Stasey e Aden Young.
No século XVIII, John Gregory é o pro‑ tetor de uma cidade que, mantendo-a relati‑ vamente segura longe de maus espíritos, seus pode‑ res como protetor tendem a diminuir, pois, sendo o sétimo filho do sétimo filho, já não pos‑ sui mais condições físicas para tal responsabilidade. No entanto, apesar de constantemente procurar por um herdeiro que o substitua à altura, John consegue enxergar em Thomas Ward tal possibilidade. Mas uma poderosa bruxa, Mãe Malkin, escapou de seu confinamento e ele terá de enfrentá-la com uma força que jamais pensou possuir.
Após a retomada da moda de refilmagem de clássicos do horror, assim como versões adultas de contos infantis, este Frankenstein é um exemplo do que a tecnologia pode fazer com as adaptações que necessitam de me‑ lhorias técnicas. Porém, espera-se que tais melhorias não interrompam o fluxo narrativo, tão admirado por fãs de tais histórias, que costumam quebrar paradigmas.
O Sétimo Filho De: Sergey Bodrov. Com: Jeff Bridges, Julianne Moore, Ben Barnes, Djimon Hounsou, Alicia Vikander, Olivia Williams, Kit Harington e Lilah Fitzgerald. REVISTA GIRO SP | 15
FIQUE POR DENTRO
e em busca de recuperação desta, há o con‑ flito de interesses quando um dos samurais, interpretado por Keanu Reeves, se apaixona pela filha do mestre morto.
A Menina Que Roubava Livros De: Brian Percival. Com: Sophie Nélisse, Geoffrey Rush, Emily Watson, Ben Schnetzer, Nico Liersch e Carina N. Wiese.
Trapaça
Liesel é uma menina sonhadora, com imagi‑ nação fértil e pés injustamente aterrados ao chão: pois a época na qual vive é a da Se‑ gunda Guerra Mundial. Mas sua imaginação se torna ainda melhor quando aprende a ler, ajudada por seu pai adotivo, e aos poucos partilha seus livros algumas pessoas, incluindo David O. Russell, o atual queridinho do Oscar, um homem judeu que se abrigou na clandes‑ mais uma vez coloca uma obra sua na mira tinidade. das estatuetas douradas, em uma história sobre um casal de trapaceiros que, nos anos Nebraska 70, tentam de tudo para se dar bem em suas vidas. Com elenco surpreendente, que uniu De: Alexander Payne. os protagonistas de seus dois últimos filmes, Com: Bruce Dern, Will Forte, June Squibb, este Trapaça promete entreter como os me‑ Bob Odenkirk, Stacey Keach, Rance Howard, Kevin Kunkel, Angela McEwan, Devin Ratray e lhores filmes do diretor conseguiram fazer. Melinda Simonsen. De: David O, Russell. Com: Jennifer Lawrence, Christian Bale, Bradley Cooper, Amy Adams, Jeremy Renner, Robert De Niro, Jack Huston, Michael Peña, Elizabeth Rohm, Louis C. K., Colleen Camp, Anthony Zerbe e Adrian Martinez.
O diretor Alexander Payne se tornou espe‑ cialista em explorar as idiossincrasias escon‑ didas em expressões pouco exploradas no cinema e em histórias que envolvam a dra‑ maticidade dos bons filmes com o a leveza consequente ao humor negro que ele adora Os 47 Ronins colocar em seus personagens. Neste longa, De: Carl Erik Rinsch. acompanhamos a trajetória de um idoso que, Com: Keanu Reeves, Hiroyuki Sanada, acreditando ter ganhado um milhão de dóla‑ Tadanobu Asano, Min Tanaka, Rinko Kikuchi, res ao receber uma propaganda por correio, Cary-Hiyuki Tagawa e Togo Igawa. insiste em ir buscar seu prêmio. Seu filho, cuja Um grupo de samurais busca vingança ao vida o distanciou por conflitos sequentes, de‑ ter seu mestre morto por um traiçoeiro, Lorde cide acompanhar seu pai. A bela fotografia em Kira. Porém, além da trama de honra perdida preto e branco acompanha toda a narrativa.
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ARTE, CULTURA E LAZER
Texto Felipe Ribeiro
Observatório de São Paulo: O universo dentro da metrópole Conheça um pouco do Observatório de São Paulo, uma das atrações turísticas mais antigas e esquecidas da capital. Creio que nem o mais bem informado dos paulistanos pensaria que, ao andar na Ave‑ nida Paulista, fosse possível desvendar al‑ guns dos milhares mistérios e imagens que o Universo nos proporciona. Olhar as estrelas, constelações, planetas e até cometas é uma das tarefas mais incríveis e gratificantes, pois nos dá uma sensação de liberdade e paz que chegam a incomodar, até porque, é simples‑ mente impossível chegar tão perto desses astros que iluminam nossas noites. Saibam que em São Paulo, mais precisa‑ mente no Ipiranga, é possível sentir um pou‑ co dessas emoções, e ainda aprender muito com um passeio dos mais agradáveis de nos‑ sa metrópole. O Observatório de São Paulo, localizado no Parque do Estado, é um espa‑ ço onde o turista ou visitante pode se deliciar com um programa com alto grau de aprendi‑ zado e totalmente inusitado. O Observatório Construído por José Nunes Belfort de Mat‑ tos e inaugurado no dia 30 de Abril de 1912 com o nome de Observatório Astronômico e Meteorológico, o Observatório de São Paulo estava localizado no número 69 da Avenida Paulista. Ali, também era a sede da Diretoria de Serviço Meteorológico e Astronômico do Estado de São Paulo, onde eram executa‑ das funções como medição da hora oficial do estado, estudos de física solar, magnetismo terrestre e sismologia. Contudo, com o crescimento da cidade, to‑
dos esses estudos começaram a ser prejudi‑ cados. Sendo assim, em 24 de Abril de 1941, o Observatório de São Paulo foi transferido para o lugar que permanece até hoje, o Parque do Estado, no Ipiranga. À época, o local também sediava o Instituto Astronômico e Geofísico (IAG) da Universidade de São Paulo que, com o passar dos anos, acabou sendo transferido para a Cidade Universitária. Após essa mu‑ dança, o Observatório passou a abrigar o Par‑ que de Ciência e Tecnologia da USP (CienTec). Passeios diferentes, mas não menos interessantes Além do centro das atenções ser o mega telescópio, o Observatório de São Paulo é capaz de proporcionar um dia de muito la‑ zer em família. O verde do Parque do Estado só complementa o passeio e pode ser muito bem aproveitado pelos paulistanos, sobretu‑ do pelas crianças. Escolas e outras entidades marcam cons‑ tantemente visitas ao local para apresen‑ tações, palestras e cursos, sem contar a infinidade de informações que podem ser ex‑ tremamente úteis a estudantes universitários e professores. Serviço: Parque do Estado\ Observatório de São Paulo\ Parque de Ciência e Tecnologia da USP Av. Miguel Stéfano, 4.200 Água Funda, Ipiranga (em frente ao Zoológico) Horário de Funcionamento 2ª a 6ª das 8h30 às 17h00 Sábado das 9h00 às 16h00 REVISTA GIRO SP | 17
KIDS
Texto Dilza Christine Lundgren de Barros*
Atos infracionais praticados por adolescentes e as respostas dadas pelo Poder Judiciário No Brasil as crianças e os adolescentes re‑ presentam a parcela da população mais ex‑ posta às violações de direitos pela família, pela sociedade e pelo Estado, o que contradiz a Constituição Federal, nos artigos 6º, 226 e 227, tendo em vista as diversas situações de violência e exclusão social a que são submeti‑ dos (“Volpi”). Os adolescentes em conflito com a lei eram tidos pelo revogado Código de Menores como “desajustados sociais”, que precisavam ser afastados do convívio social, recuperados e reincluídos, eles eram desqualificados como adolescentes. A segurança é compreendida como fórmula mágica de proteger a socieda‑ de (entenda-se as pessoas e seu patrimônio), da violência produzida por eles. A doutrina da proteção integral, que preconi‑ za que crianças e adolescentes são sujeitos de todos os direitos, é proclamado pelo Estatuto da Criança e do Adolescente, que criou um sis‑ tema de garantia de direitos, utilizando todas as disposições do direito material e processual naquilo que se adaptar à garantia dos direitos infanto-juvenis. (“Donizeti Liberati”). Ato infracional é toda conduta descrita na lei, como crime ou contravenção penal (art. 103, da Lei 8069/90). Desta forma, o princí‑ pio constitucional da legalidade, ou da ante‑ rioridade da lei, é fundamental, visto que se não houver lei prescrita, não há ato infracio‑ nal. Tem que ter a figura típica penal, anterior‑ mente prevista na lei. 18 | REVISTA GIRO SP
Na realidade social brasileira observou-se que os jovens que se encontram em confli‑ to com a lei e seus familiares, na maioria dos municípios da Federação, não são atendidos pelo poder público, dentro de uma perspecti‑ va política de continuidade. Esta descontinui‑ dade assim como o contexto sócio econômico e familiar, no qual estão inseridos, dentre ou‑ tras atitudes, podem interferir na ressociali‑ zação e desenvolvimento do adolescente, au‑ tor do ato infracional. Desta forma, a união psico-jurídico-social, visando o acompanhamento do adolescen‑ te e de seu grupo familiar, visa sensibilizar os familiares e/ou responsáveis pelos adoles‑ centes em conflito com a lei, visando ainda uma maior participação e envolvimento dos mesmos no processo socioeducativo a que estão submetidos, bem como reforçar e/ou resgatar os vínculos afetivos e sociais, família / adolescente / comunidade, que possam es‑ tar fragilizados ou desfeitos. A orientação e o aconselhamento psicoló‑ gico tem caráter preventivo que repercutirá também na sua família, a fim de diminuírem as dificuldades nas suas relações com as fi‑ guras parentais. Para atingir os resultados propostos, de‑ ve-se construir uma articulação de órgãos públicos, privados e não-governamentais propiciando um conjunto de serviços comple‑ mentares aos jovens e às suas famílias. Os municípios brasileiros não podem conti‑
nuar omissos no atendimento aos jovens mu‑ nícipes em conflito com a lei, considerando-a “clientela” do Estado Federado, quando não da FUNDAÇÃO CASA ou de suas unidades de atendimento socioeducativo. Iremos analisar a resposta do judiciário às práticas infracionais, no decorrer deste tra‑ balho, visto que a transgressões aos direitos e deveres preconizados pela lei, devem ser apuradas e corrigidas dentro dos parâmetros de sua especialidade, ou seja, respeitando a condição peculiar de pessoa em desenvolvi‑ mento.
A doutora Dilza Christine irá abordar nas próximas edições os seguintes temas: · A adolescência · A importância da família e seus conflitos · ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) * DILZA CHRISTINE LUNDGREN DE BARROS Juíza de Direito Substituta da Capital do Es‑ tado de Pernambuco. Especialista em ciên‑ cias jurídicas e criminais, pela Escola Superior da Magistratura, do Estado de Pernambuco, atuando há 16 anos nas varas da Infância e Juventude. REVISTA GIRO SP | 19
ACONTECE EM SP
Texto Denis Le Senechal Klimiuc
Brasil Open de Tênis 2014 Entre os dias 11 e 17 de fevereiro, aconte‑ cerá, no Ginásio do Ibirapuera, o Brasil Open 2014, torneio de tênis que reúne célebres profissionais do esporte em meio a milhares de pessoas que transitam pela região, ávidas pelas bolas que causam verdadeiro furor de adrenalina. Competição pertencente à série ATP Tour 250, a partir de sua temporada de 2012 pas‑ sou a ser sediado em São Paulo. Ocorrido, até então, na Costa do Sauípe, o torneio se tor‑ nou célebre, também, por oferecer ao cam‑ peão um prêmio de cerca de US$ 75.000,00, porém, o valor é alterado a cada edição. Com a modalidade do esporte tênis sen‑ do constantemente elogiada como uma das 20 | REVISTA GIRO SP
melhores práticas de esporte para fortalecer grande parte dos músculos do corpo e pro‑ porcionar fôlego, além de grande quantidade de queima de calorias, o evento é ideal àque‑ les que pretendem praticá-lo, podendo apre‑ ciar os melhores em quadra, além, é claro, de amadores que queiram se aperfeiçoar ainda mais. Serviço: Brasil Open 2014 Quando: 22 de fevereiro a 02 de março Onde: Complexo Desportivo Constâncio Vaz Guimarães Rua: Manoel da Nóbrega, 1.361 – Paraíso Site: www.ticketsforfun.com.br/brasilopen
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VIAJAR E CURTIR
Texto e fotos Regina Lemos
Preziosa navega em águas brasileiras Temporada de cruzeiros marítimos é sucesso. O gigante dos mares, no Brasil desde novembro, inicia roteiros pelas ilhas tropicais
Em recente oportunidade, a jornalista Regi‑ na Lemos teve a memorável experiência de desfrutar da imponente embarcação Prezio‑ sa, que partiu do porto de Santos, em cruzei‑ ro excepcional, com duração de quatro noites e escalas em Búzios e Ilhabela. Integrante da frota da MSC, o navio impressiona por seu ta‑ manho, até mesmo àqueles que não podem ser chamados de “marinheiros de primeira viagem”. Sua estrutura branca é composta por de‑ 22 | REVISTA GIRO SP
zoito deques, sendo treze deles para hóspe‑ des, em uma gigantesca forma com altura equivalente a um prédio de quatorze anda‑ res, em cento e quarenta mil toneladas! Sim, este Preziosa é surpreendente por diversos motivos e o primeiro deles fica na primeira impressão: sua magnitude. O navio navegará o dia todo em alto mar, até ancorar em Búzios, que fica a 283 milhas náuticas de Santos. Nesta ocasião, os passa‑ geiros poderão descer, a fim de conhecer as
belezas deste balneário, que se tornou famo‑ so no mundo com a visita da atriz francesa, Brigitte Bardot, no final da década de 60. Fo‑ tografada entre cabras, que viviam soltas no local, Brigitte foi a responsável por tornar Bú‑ zios um local badaladíssimo, com vida noturna agitada, excelente gastronomia e praias pa‑ radisíacas. No dia seguinte, o navio irá ancorar em Ilha‑ bela, ocasião em que os passageiros poderão descer para conhecer de perto as belezas do lugar. Localizada no litoral norte de São Paulo, a cidadela é composta por raros exemplares de praias pouco exploradas na região, com direito a vistas paradisíacas, como a imensi‑ dão azul de um lado e o continente ainda ver‑ de, do outro. REVISTA GIRO SP | 23
VIAJAR E CURTIR
Da varanda da cabine, o olhar perdido na imensidão do mar. Preziosa, o maior navio construído por um armador europeu, desli‑ za mansamente em águas brasileiras, com 4.345 passageiros a bordo. São tantas op‑ ções de lazer que nem dá tempo de apro‑ veitar todas elas. Nesta cidade flutuante, a diversão não tem fim - para quem gosta de água, por exemplo, inúmeras piscinas de di‑ versos formatos e tamanhos, estão à dispo‑ sição. A mais disputada é a de borda infinita. Para garantir um lugar ao sol, tem de chegar bem cedo pela manhã, caso contrário, corre‑ -se o risco de ficar em pé apenas para o re‑ gistro da foto. No último deque, por sua vez, existe um parque aquático, o Doremi Castle-Vertigo, o maior tobogã em navios de cruzeiros. Ele está localizado na mesma direção da piscina com borda infinita. Outra parte garantida para se divertir e, ao mesmo tempo, se deliciar com a culinária disposta no Preziosa, são os restaurantes. Há cinco opções deles, com cardápios variados que, entre distintas formas de guloseimas e pratos refinados, estão os inclusos no pacote dos viajantes, como o The Golden Lobster. Devido à origem claramente italiana do Pre‑ ziosa (vide seu nome), há um jantar especial em homenagem à Itália, no qual os garçons promovem shows enquanto os espectadores ficam maravilhados com a estrutura do local e a organização dada ao evento. Inclusive, do alto de uma escada iluminada, um dos gar‑ çons solta a voz como verdadeiro cantor de ópera, arrepiando e emocionando os viajan‑ tes, que aplaudem, se levantam extasiados e sacodem os guardanapos, confeccionados com as cores da bandeira italiana. O tratamento aos passageiros é tão espe‑ 24 | REVISTA GIRO SP
cífico, tornando-os especiais em suas expe‑ riências no navio, que há disponibilidade de um tratamento diferenciado àqueles que não desejam desfrutar “apenas” o que está no cardápio. Um exemplo disso é o caso da gaú‑ cha Yolanda Charão, alérgica a glúten e lacto‑ se, recebeu alimentação variada da oferecida aos demais. Outro destaque da gastronomia oferecida são os dois restaurantes a bordo da rede Ea‑ taly, os quais são reconhecidos pela qualida‑ de insuperável e que, aqui, são comandados pelo chef Angelo di Feo. Após o jantar, é hora de assistir a um bom espetáculo, no Platinum Theatre, um teatro com capacidade para mil e seiscentas pes‑ soas, as quais se dispõem em um espetacular ambiente que precede em deslumbramento as atrações internacionais imperdíveis apre‑ sentadas por lá.
Na primeira noite, antes do espetáculo, o Comandante do Preziosa, Giuliano Bos‑ si, cumprimenta os cruzeiristas, em festa de gala. Nesta ocasião, há filas enormes para tirar uma foto ao lado do Comandante com valor de cerca de 20 dólares. No palco, Bossi apresenta os oficiais e che‑ fes de departamentos. Em seu discurso, es‑ banja conhecimento sobre cultura brasileira. Cita costumes de diversas regiões, do norte ao sul do país, sem esquecer os famosos es‑ critores da nossa literatura e seus persona‑ gens, com destaque para Jorge Amado. Após a apresentação do Comandante, abrem-se as cortinas para dar início ao espetáculo que encanta o público. O teatro está sempre lo‑ tado. Todo o navio é um espetáculo visual, sepa‑ rado por detalhes que entremeiam-se dian‑ te de tantas visões memoráveis. Dentre as REVISTA GIRO SP | 25
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infinitas possibilidades de diversão a bordo, há, também, discotecas, cinema 4D, boliche, solário, SPA, cassino, simulador de Fórmula 1, lounges e a própria estrutura, como uma escada feita por pedras brilhantes que des‑ pertam o desejo de permanecer literalmente deitada sobre cristais. Além das atrações dispostas com a finali‑ dade de distrair os passageiros, há as atrações dispos‑ tas a distrair o bol‑ so dos passageiros. Joalherias e lojas com artigos finos que ornamentam vitrines, tornando impossível uma ca‑ minhada sem que esta seja interrom‑ pida por paradas para admiração – ou compra – dos produtos ali expos‑ tos. Tais atrações, concentradas nos deques seis e sete, ficam abertas sempre que o navio navega longe da costa brasileira. Há perfumes, cremes, relógios, bolsas e, também, uma loja de souvenirs MSC. Quanto às bolsas de grife, Moschino ou Valentino, são vendidas a bons preços, muito mais baixos do que os praticados no Brasil; as roupas das marcas Guess ou Tommy já não estimulam as mulheres, principalmente as que viajam aos Estados Unidos, onde os preços são muito convidativos; e as camisas Lacost são ven‑ didas por US$ 102 - no Brasil, são bem mais caras. Durante a temporada no Brasil, os roteiros podem variar de três, quatro, seis, sete e oito 26 | REVISTA GIRO SP
noites, até 19 de março de 2014. Após esta data, o navio retorna para a Itália. O Preziosa, então, vai singrando o mar, com escalas em Búzios e Ilha‑ bela, debaixo de mau tempo. Co‑ meça o desem‑ barque através de um serviço contínuo de lan‑ chas gratuitas. Ao final da viagem, fica a sensação de que um mini cruzeiro é insuficiente para apro‑ veitar todas as atrações a bordo. Quando o passageiro começa a familiarizar-se com os ambientes do navio, já é hora de voltar para casa. A vontade de “quero mais” está estam‑ pada no rosto dos viajantes, que provavel‑ mente estarão traçando novos roteiros para o futuro. Alguns, até, quem sabe, estarão com encontros marcados por alguns destes por‑ tos, com o objetivo de sair pelo mundo afora. Porque viajar, além de trazer conhecimento e experiência, é um sonho realizado. Além disso, é a melhor ferramenta para esquecer as pre‑ ocupações do dia a dia.
ACONTECE EM SP
Texto Divulgação
Programação de Férias do IMS
Instituto Moreira Salles prepara programação educativa para seus centros culturais, inclusive o de São Paulo
A equipe de educadores do Instituto Mo‑ reira Salles preparou uma programação de férias para o mês de janeiro, com atividades para crianças a partir dos cinco anos de ida‑ de. Em São Paulo, o universo do fotógrafo ita‑ liano Luigi Ghirri será desvendado através de jogos e investigações sobre um olhar que emoldura e cria imagens. Será realizada uma saída do Parque Buenos Aires (em frente ao IMS) para experimentações fotográficas e conversas sobre os recortes e composições produzidos nos trabalhos (em caso de chuva, a atividade será adaptada). Serão realizadas, também, quatro oficinas que propõem vivências com expressões cul‑ turais brasileiras, tendo como referência as fotografias de José Medeiros. A programa‑ ção conta com atividades relacionadas à cul‑ tura dos povos indígenas e afro-brasileira, as feiras do Norte e Nordeste e o Rio de Janeiro dos anos 50. Serão adotadas diversas abor‑ dagens, como: narração de histórias, contos e lendas, confecção de amuletos, produção de objetos indígenas, música, canto e dança. Serviço Dias: 21, 22, 23 e 24/01/2014 Horário: das 14h às 16h Duração: 2 horas Indicação etária: a partir de 08 anos Indicação de número de participantes: 20 pessoas (entre crianças e responsáveis) Entrada gratuita. É necessário inscrição prévia, a ser feita entre os dias 02 e 18 de janeiro, pelo telefone 3825 2560, ou pelo e-mail educativo.sp@ims.com.br. Instituto Moreira Salles – São Paulo Rua Piauí, 844 – 1º andar, Higienópolis Site: ims.com.br REVISTA GIRO SP | 27
ARTE, CULTURA E LAZER
Texto Denis Le Senechal Klimiuc
O lado verde de São Paulo Viver em São Paulo, muitas vezes, é um desafio. Não por sua estru‑ tura descomunal de ruas, avenidas, trilhos e milhares de opções; não por sua gama tão variada quanto se é possível imaginar de atrações, assim como problemas – pois toda cidade grande tem tantos pro‑ blemas quanto vantagens. O que desequilibra São Paulo em relação às demais metrópoles mundiais é seu excesso de cinza e quase au‑ sência de verde. Pois, em comparação a Nova Iorque, por exemplo, a capital paulista deve em condições que favoreçam ao meio am‑ biente. Porém, como aspecto relevante de sua estru‑ tura verde, a cidade oferece, sim, pra‑ ças, canteiros e muitos parques. Mas a relevância desse verde, diante de tanto o que fazer em São Paulo, ainda é pequena. E o paulistano, apesar de as‑ síduo frequentador, carece de mais atenção à disponi‑ bilidade de tal estrutura. A exemplo disso estão dispostos pela cidade diver‑ sos parques que, em épo‑ cas sazonais, como o intenso verão no qual a cidade está, há disponibilidade de progra‑ mação especial de férias tanto para crianças quanto para adul‑ tos. A Giro SP selecionou alguns deles, para você poder escolher o melhor passeio à luz do sol, com o uso de muito protetor solar, é claro. 28 | REVISTA GIRO SP
Parque Villa Lobos Com infraestrutura admirada por todos que o frequentam, este parque, dentre os citados nesta edição, possui a melhor relação de be‑ nefício entre o visitante e a construção, pois foi planejada para oferecer o máximo de con‑
forto – parte disso se deve à região na qual está localizado, o Alto de Pinheiros. Com área de 732 mil metros quadrados, há disponibi‑ lidade de aparelhos de ginástica, anfiteatro aberto com 750 lugares, sanitários, pista de cooper e toda a estrutura com acessibilidade. REVISTA GIRO SP | 29
ARTE, CULTURA E LAZER
Parque Ecológico do Tietê Próximo à Rodovia Ayrton Senna, este espa‑ ço permite ao visitante a prática de caminha‑ das longas, cercadas de árvores e espécies de animais raramente encontrados soltos em meio a cidades grandes. Há, também, chur‑ rasqueiras e quadras para quem queira mon‑ tar uma equipe e praticar algum jogo à base de bola, como futebol, basquete e vôlei. Com um lago central de extensão bastante privile‑ giada, há oportunidade de desfrutá-lo atra‑ vés dos famosos “pedalinhos”, em formato de cisnes. O acesso ao parque é facilitado para automóveis, mas moderado através de trans‑ porte público, o qual oferece alguns micro‑ -ônibus que passam pelo local. 30 | REVISTA GIRO SP
Parque da Juventude Colado à estação Carandiru, do metrô, este local é um exemplar do que pode ser feito com o planejamento de urbanização de uma cidade. O local de sua construção é o mesmo do antigo presídio Carandiru, o qual foi de‑ molido, dando lugar ao parque, a uma escola
técnica e a uma bi‑ blioteca. Ideal para cami‑ nhadas e descanso após um longo dia de trabalho, este exem‑ plar possui acesso facilitado de todas as formas, com o acrés‑ cimo de possuir, como citado, outras estruturas, que complemen‑ tam sua utilidade. É possível, por exemplo, se associar à biblioteca e aproveitar os grama‑ dos embaixo de alguma árvore para apreciar um bom livro. REVISTA GIRO SP | 31
ARTE, CULTURA E LAZER
Parque do Carmo Com cerca de 1.500.000 metros quadrados, este parque fica localizado na Zona leste de São Paulo, próximo aos bairros de Itaquera e Aricanduva, com acesso facilitado de ôni‑ bus e carro (estacionamento gratuito no lo‑ cal). Arborizado e estruturado para longas caminhadas, o parque permite ao visitante o desfrutamento de longos espaços gramados, sob árvores que permitem o descanso abai‑ xo delas, admirando a paisagem composta pelo lago principal e pelo infinito verde à volta, pois seu entorno está praticamente cercado por árvores, permitindo às pessoas que per‑ meiem em uma sensação rara de distancia‑ mento da selva de pedra. Em determinadas épocas, há eventos espe‑ ciais, como o Festival das Cerejeiras, o qual permite a quem vá ao Parque do Carmo o deslumbramento completo diante de uma infinidade de cerejeiras recheadas de flores rosas; ou o Monica Parade, que incluiu nesse ponto de São Paulo um exemplar da perso‑ nagem de Mauricio de Souza. *** Ao citar quatro parques como exemplo, a Giro SP assume o compromisso de oferecer a você, leitor, gradativamente uma melhora de qualidade de vida. Por isso, aproveite o lado verde de São Paulo! 32 | REVISTA GIRO SP
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ARTE, CULTURA E LAZER
Texto Denis Le Senechal Klimiuc Fotos Divulgação
Memorial da América Latina Em uma das maiores cidades do mundo – e certamente a maior do país, há dezenas de pontos turísticos que, representando a cultu‑ ra nacional e local, destrincham a história do país e de São Paulo de maneira exemplar, afir‑ mando àqueles que procuram conhecê-los o que o Brasil tem de tão forte: uma cultura tão diversificada que, desde suas raízes, firmam em tal país uma identidade única, miscelânea de raças, credos e costumes. Na cidade de São Paulo, além de tantos pontos relevantes, há um no qual a cultu‑ ra nacional abraça, explicitamente, diversos outros países que, unidos pela origem latina, também se unem em diversos detalhes his‑ tóricos que se cruzam, formando um entre‑ laçamento cultural, político e econômico. E, na Barra Funda, na Zona oeste da capital paulis‑ ta, há o grande marco que idolatra tamanha 34 | REVISTA GIRO SP
identidade: o Memorial da América Latina. Inaugurado em 18 de março de 1989, com projeto cultural idealizado pelo antropólogo Darcy Ribeiro e arquitetura magnificamente desenhada através do já lendário Oscar Nie‑ meyer, o Memorial da América Latina é um centro cultural, com ênfase em exibições re‑ levantes à união da América Latina, discus‑ sões através de fóruns e assembleias sobre a política de tal conjunto econômico e com es‑ banjamento de opções de lazer, focadas em arte e cultura também. Outro grande ape‑ lo de tal localização é a projeção social que, pautada através de acontecimentos dos di‑ versos países latinos, exemplificam o quanto são capazes de avaliarem suas semelhanças em decorrência de lutas de cunho histórico, como revoluções, ditaduras e grandes acon‑ tecimentos políticos.
Abrigado em uma área de mais de vinte e cinco mil metros quadrados de área construí‑ da (encaixada em 84.482 metros quadrados de terreno), sua estrutura de linhas fluidas concomitantes a extravagâncias simbólicas, que interrompem a fluidez com a sugestão de marcos de importância histórica, como a mão cujo centro de sua palma é iniciado pelo mapa da América Latina, descendo até seu pulso e continuando em um imaginário ante‑ braço; visto de cima, o memorial se destaca da região pela distribuição milimetricamente planejada de sua construção, em uma área dominada pelo cinza que, aliás, é quebrada pelo cinza arquitetônico de Niemeyer, sempre se destacando onde quer que seja inserido. Seu acervo é premiado por obras de arte e um centro de documentação de arte popular latino-americana, se destacando, então, dos demais museus e centros históricos da cidade; sua biblioteca possui cerca de trinta mil exem‑ plares, distribuídos de maneira ímpar e facili‑ tada àqueles que desejam conhecer um pou‑ co da história do povo latino; constantemente, tal memorial promove exposições, palestras, debates e espetáculos de teatro, música e dança, rememorando àqueles que desejam se instruir com a dinâmica possibilitada pela organização do local; possui, também, uma publicação, a revista Nossa América.
Espaços Dividido em alguns espaços, cujas funções são especificar o visitante acerca do que o aguarda, o Memorial da América Latina pode ser dividido (e admirado) através de dois pon‑ tos importantes. Praça Cívica Projetada e idealizada com pavimento por toda a sua extensão, a Praça Cívica – ou Pra‑ ça do Sol – une os edifícios da Biblioteca La‑ tino-Americana, o Salao dos Atos e a Galeria Marta Traba. Nesse espaço, são realizados os espetáculos e eventos do Memorial da Amé‑ rica Latina e, com isso, ele possui capacidade para até 40.000 pessoas. Galeria Marta Traba de Arte Latino-Americana Localizada em um edifício circular, a Galeria Marta Traba de Arte Latino-Americana é um espaço exclusivo (e único no Brasil), no qual são intercambiados artistas de toda a Amé‑ rica Latina, expondo suas obras e entrevendo possibilidades culturais semelhantes.
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ARTE, CULTURA E LAZER
Texto Felipe Ribeiro. Fotos divulgação
Comece o ano com muita arte no MAM Excelente opção de passeio para as férias, o Museu de Arte Moderna de São Paulo reúne algumas das obras mais impressionantes do mundo em um espaço repleto de história e importância para a nossa cidade.
Localizado em um dos cartões postais mais famosos e visitados da cidade, o Parque do Ibirapuera, o Museu de Arte Moderna é uma opção de passeio que alia cultura, lazer e muita, muita arte. O acervo conta com mais de 5 mil obras, em sua maioria feitas por ar‑ tistas brasileiros, porém, com a companhia de peças e quadros de nomes mundialmente conhecidos, como Pablo Picasso, Joan Miró, Raoul Dufy, entre outros. O espaço, além de fornecer uma ampla variedade de obras e exposições, oferece alguns serviços de suma importância para a população, como uma biblioteca para uso público, que contém mais de 60 mil volumes. História Projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer, o MAM está situado em um anexo da marquise do Parque do Ibirapuera, bem no centro do 36 | REVISTA GIRO SP
parque. A composição do museu foi inspirada no Museu de Arte Moderna de Nova Iorque e concebido em resposta à iniciativa do Rio de Janeiro em ter o mesmo projeto. A Família Matarazzo, uma das mais influentes do País na época, foi a responsável pela inauguração e primeiras obras de arte a serem expostas no local. Sendo assim, em 1948, Francisco Ma‑ tarazzo Sobrinho e sua esposa, Yolanda Pen‑ teado, deram inicio ao que conhecemos hoje. Embora inaugurado oficialmente nesta data, todo o acervo do museu, pertencente aos Matarazzo, estava exposta em uma das unidades fabris que a família possuía aqui na capital, mais precisamente na Rua Sete de Abril. Programação especial em Janeiro Com o período de férias no seu auge no mês de Janeiro, o MAM acaba por se tornar uma
opção ainda mais atrativa de entretenimento em São Paulo. No vindouro mês, a curadoria do museu será feita pelos alunos do “Labo‑ ratório de Curadoria”, ministrado por Felipe Chaimovic, curador do MAM São Paulo e Dou‑ tor em Filosofia pela USP. O “Laboratório de curadoria” teve duração de oito meses, visando produzir uma exposi‑ ção para a Grande Sala do MAM. No primei‑ ro semestre, foram produzidos projetos de curadoria por meio de aulas práticas envol‑ vendo análise de textos, redação e debates. No segundo semestre foi escolhido coletiva‑ mente o projeto a ser executado, cujo desen‑ volvimento envolveu uma imersão na coleção e na estrutura da instituição. A coleção do MAM possui mais de cinco mil obras produzidas pelos nomes mais repre‑ sentativos da arte moderna e contemporâ‑ nea, principalmente brasileira. Tanto a coleção
como a exposição privilegiam o experimenta‑ lismo, abrindo-se para a pluralidade da pro‑ dução artística mundial e a diversidade de interesses das sociedades contemporâneas. As obras serão agrupadas em dois conjun‑ tos complementares, cada qual ocupando uma das duas salas expositivas do museu. A mostra terá início em janeiro e segue até março. Em uma cidade cujos maiores atributos são em tons cinzentos, o MAM leva ao paulistano e todo visitante da cidade a uma experiência magnífica, que começa em sua estrutura, as‑ sim como as demais em seu local, o Parque do Ibirapuera. Portanto, se já não bastasse a união de cultura e natureza em meio à selva de pedra, há o plus de pertencer a um con‑ junto de obras admiradas mundialmente, o que completa a fantástica experiência suge‑ rida pelo Museu de Arte de São Paulo. REVISTA GIRO SP | 37
ARTE, CULTURA E LAZER
Texto Denis Le Senechal Klimiuc. Fotos divulgação
Um processo de reurbanização toma conta da cidade e, aos poucos, supervaloriza bairros até então populares Em meio a tantas alterações na rotina de cidadãos de grandes cidades ao redor do glo‑ bo terrestre, há aquelas nas quais se obtém, também, modificação no meio de vida com o qual as pessoas estão acostumadas. Dentre exemplares que transformam a rotina, um deles tem chamado a atenção devido às con‑ sequências desastrosas na qual se envolve: o processo de gentrificação. Proeminente do inglês arcaico, “gentry” pode ser interpretado como algo que possui origem nobre. Em grandes cidades, tal neologismo tem se transformado no pesadelo de seres humanos que viveram suas vidas de deter‑ minada maneira, em determinados lugares (bairros ou regiões) – às vezes, por gerações, mantendo certa tradição em termos familia‑ res – e que, em consequência de processos físicos de adaptações dos meios urbanos às supostas melhorias imobiliárias exigidas pelo mercado, tornam-se inválidos por terem todo o meio sobre o qual estão inseridos, alterado para um novo patamar social. A exemplo disso, alguns bairros de São Pau‑ lo tiveram sua rotina modificada, mesmo que gradativamente, dando início a um novo meio 38 | REVISTA GIRO SP
sobre o qual antigos morados se adaptaram ou se esvaíram para outras regiões e cidades. Tal rotina, então, passa a sofrer mudanças em sua dinâmica através da instalação de novos empreendimentos imobiliários, como condo‑ mínios e comércio com planejamento realiza‑ do através de estudos urbanísticos, pressio‑ nando antigas instalações a fecharem suas
portas em consequência da grande valoriza‑ ção sofrida na região, cujo acompanhamento se torna impossibilitado de maneira repenti‑ na, não havendo tempo para adaptação do comércio e dos moradores mais antigos. Tal processo obteve quantidade similar de críticos e adeptos. Enquanto alguns tantos criticam o modelo como excludente, no qual
determinada região é modificada sem avalia‑ ção profunda que inclua nela os moradores antigos e o meio de vida tomado ali até o ato de análise, há outros tantos que almejam uma ideologia na qual o planejamento urbanístico seja a solução para a melhoria de cidades ao redor do mundo – independente dos resulta‑ dos que tracem para tais territórios. Por ou‑ REVISTA GIRO SP | 39
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tro lado, há também quem unifique ambos os pontos de vista, transformando tal processo de gentrificação no único meio de revitaliza‑ ção de grandes capitais, cuja estrutura anti‑ ga, a grande quantidade de pessoas ao re‑ dor e a falta de espaço, verba ou até mesmo interesse para manutenção e modificações necessárias, levaram a iniciativa provada a acordar com governos para a realização de tais processos. Em São Paulo, há dois tipos de gentrificação ocorrentes, os quais se confundem pelo obje‑ tivo, mas se distanciam em seus resultados. O primeiro é aquele que visa estabelecer novos 40 | REVISTA GIRO SP
parâmetros em determinadas regiões, como ocorreu na região de Berrini, na Zona sul da capital paulista, cujas construções de prédios comerciais de alto padrão levantaram de tal forma a infraestrutura local que houve vazão daqueles que não conseguiram se adaptar, que é o caso da estrutura original desse neo‑ logismo; por outro lado, há a revitalização de regiões que necessitam de reestruturação sem, com isso, abolir determinados padrões já tradicionais. Essa forma de gentrificação é o que ocorre em bairros como a Sé, na região central da cidade, assim como em outras re‑ giões que necessitaram de reformas devido
às consequências de mau uso e do tempo. Por isso, um termo tão novo – em português, inglês ou em qualquer língua na qual seja men‑ cionado – está causando grandes mudanças, levantando grandes debates e pressionando o poder público a visualizar suas consequên‑ cias, pois, se usado com o intuito puro de me‑ lhorar uma cidade, o processo de gentrifica‑ ção pode trazer resultados relevantes à vida das pessoas de determinados locais. Mas se comandado como interesse comercial – e apenas comercial, torna-se uma ferramen‑ ta poderosíssima nas mãos de empreitadas cujo perigo é, paradoxalmente, desabrigar pessoas para abrigar outras no mesmo lugar. Pois, neologismos à parte, a adaptação ne‑ cessária a essa palavra pode ser feita como resultado de fiscalização ao seu ideal. E, de ideais honestos e progressistas sem a de‑ vida ação tomada, São Paulo está cheia. O que a cidade necessita com certa pressa é de ações com planejamento adequado, o que pode ser tomado como base e inspiração o resultado da gentrificação, se seguir as de‑ mandas do que a cidade realmente precisa. REVISTA GIRO SP | 41
ACONTECE EM SP
Texto Denis Le Senechal Klimiuc Fotos Divulgação
Museu da Língua Portuguesa expõe trajetória do músico Cazuza Um museu no qual a grande língua portu‑ guesa é retratada, homenageada e descons‑ truída, com a finalidade de afinar o interesse do público por seu idioma de origem; um mu‑ seu no qual estão dispostos, em três andares, a história em cerca de dez mil anos. Reconhecido pelo pioneirismo, retratando de diversas formas a maneira como os bra‑ sileiros enxergam a história de seu idioma, o Museu da Língua Portuguesa, inaugurado em 2006, permite uma interação inédita, em re‑ lação aos demais museus de São Paulo. Com
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isso, é permiti‑ do ao visitante passear pela um imenso infográ‑ fico, com curiosi‑ dades bastante relevantes, as‑ sim como assis‑ tir a uma sessão de cinema cujo final é surpreendente a todos, com uma sala que, após o filme, é revelada ao espectador, deixando-o em meio a deze‑ nas de estrofes dos mais sábios poetas e em meio a frases dos grandes escrito‑ res brasileiros. Há, também, uma exposição que não é fixa, a qual coloca a vida de um gran‑ de ícone da cultura brasileira em re‑ levância, destrin‑ chando as melhores frases, momentos, palavras, gestos... Colocando-o em seu devido lugar: um patamar acima dos reles mortais que os
visitam. Desta vez, então, o grande homena‑ geado é Cazuza – o que torna ainda mais in‑ teressante a visita, pois, de Guimarães Rosa e Cecília Meireles, Cazuza tem um grande toque modernista. Digno de ser visitado em todas as idades, o Museu da Língua Portuguesa é uma exce‑ lente escolha a todos que queiram desfrutar de um dos melhores locais para se adquirir cultura em São Paulo.
Serviço: Praça da Luz, s/nº Centro - São Paulo - SP (11) 3322-0080 museu@museulp.org.br Ingresso: R$ 6,00 (com direito a meia entrada) Bilheteria: terças-feiras das 10h às 21h e de quarta a domingo, das 10h às 17h. Horários: de terça a domingo, das 10h às 18h, sendo que nas terças-feiras o museu fica aberto até as 22h (a bilheteria fecha às 21h). Não abre às segundas-feiras. REVISTA GIRO SP | 43
ACONTECE EM SP
Texto e Fotos Divulgação
Improvável no Tuca
Tudo que não é provável no espetáculo improvável
São Paulo recebe mais uma temporada do espetáculo Improvável da Cia Barbixas de Hu‑ mor com recorde de permanência em cartaz no teatro TUCA. Improvável é um espetáculo de improvisa‑ ção teatral em que um mestre de cerimônia apresenta as regras dos jogos, a plateia su‑ gere os temas e os atores improvisam as ce‑ nas na hora sem nenhuma preparação prévia. Desse modo, nenhuma apresentação é igual a outra. Improvável faz sua sétima temporada na cidade de São Paulo e é o espetáculo de maior permanência em cartaz da história do teatro TUCA. A estreia em 2014 está marca‑ da para o dia 06 de fevereiro. Mais de 160 mil pessoas já assistiram o espetáculo na capital. O espetáculo é inspirado no programa te‑ levisão britânico ‘Whose Line is It Anyway?’ e também nas peças brasileiras ‘Zenas Empro‑ visadas’ e ‘Jogando no Quintal’. Como uma das regras é sempre ter dois convidados es‑ peciais para completar o elenco, os principais nomes do humor nacional e internacional já 44 | REVISTA GIRO SP
participaram de Improvável. Algumas apresentações do espetáculo são gravadas e estão no Youtube, mantendo, com uma regularidade de seis anos, a lista dos vídeos mais vistos no País e atingindo em dezem de 2013 a marca de 380 milhões de visualizações. O canal online possui uma mé‑ dia de quatro milhões de acessos por mês. O trabalho dos palcos e o sucesso na internet também rendeu convites para os programas ‘Quinta Categoria’ na MTV e ‘É Tudo Improviso’ na Band. Atualmente, os Barbixas não estão em nenhum programa de TV, dedicando seu tempo integralmente aos palcos e a criação de conteúdo de comédia para seu canal de YouTube, em improvisação e esquetes cômi‑ cos. Fundada em 2004, a Cia Barbixas de Humor tem influência, entre outros, da série cômica inglesa Monty Python; do ator e comediante britânico Rowan Atkinson, famoso pelo seu personagem Mr. Bean; do grupo português Gato Fedorento; dos espanhóis do El Tricicle
e da dupla de australianos do Umbilical Bro‑ thers. O trio estreou com o espetáculo ‘Onde está o Riso?’ e, de lá para cá, fez com que as apresentações multimídias fossem sua mar‑ ca registrada e parte do sucesso da trupe. Em 2010, venceu um dos eventos de impro‑ visação desportiva de um dos mais impor‑ tantes festivais de teatro do mundo, o Cam‑ peonato de Catch do Festival Internacional de Teatro de Bogotá. Em 2011, a Cia Barbixas de Humor foi convidada a participar do 16º Fes‑ tival de Teatro de Improvisação de Amsterdã, um dos mais antigos e tradicionais festivais de teatro da Europa. Na oportunidade tam‑ bém realizou a primeira turnê internacional do Improvável na cidade de Lisboa, Portugal, em que realizou 3 apresentações com lotação máxima no prestigioso teatro Tivoli, para uma platéia que somou cerca de 2400 pessoas.
Serviço Gênero Comédia Temporada Reestreia dia 6 de Fevereiro de 2014. Dias Quintas-feiras às 21h30 Duração 70 minutos Indicação de faixa etária 14 anos Local TUCA – Teatro da PUC-SP Rua Monte Alegre, 1024 – Perdizes - São Paulo - SP Capacidade 672 lugares Ingressos R$ 50,00 (Desconto de 50% para Estudantes, Maiores de 60 anos, Aposentados) Preço especial PUC-SP R$ 10,00 (Para estudantes, professores e funcionários da PUC sob comprovação - número de ingressos limitado a 10% da lotação do teatro) Acesso para pessoas com deficiência REVISTA GIRO SP | 45
CRONICAMENTE PAULISTA
Texto Felipe Ribeiro. Foto divulgação
Ser jornalista é bom. Ser jornalista e paulistano é ótimo! Certas coisas são simplesmente inexplicá‑ veis. Ao contrário do que muitos pensam, não é qualquer um que pode ser jornalista. Vou além: o diploma também não o torna apto a ser um dos nos‑ sos, muito menos fazer parte do que chamamos de “imprensa” o faz entrar neste grupo de profis‑ sionais. Geral‑ mente, como a maioria das pro‑ fissões, se nas‑ ce jornalista. Um jargão, uma fra‑ se, um mito entre os jornalistas é que quem nasce para ser um de nós tem “tinta na veia”. Falo por mim quando digo que: é ver‑ dade. Dei a sorte de, além de nascer jornalista, nascer paulistano. Ser jornalista aqui em São Paulo é um desafio, mas também é muito mais fácil, afinal, somos a cidade mais importante da federação, ou estou enganado? Seja qual for a vertente ou a especialização, temos à disposição um mar de acontecimentos para transmitir a um povo sedento por respostas, 46 | REVISTA GIRO SP
do mais simples fato em um bairro longínquo, até um grande acontecimento no coração fi‑ nanceiro. O jornalista tem sempre que estar em bus‑ ca da verdade e tem compromis‑ so com ela, não importa a função que se está exer‑ cendo ou a em‑ presa em que se trabalha. A pala‑ vra é sua arma mais poderosa, mas também é o que te expõe mais e o que o deixa mais vulne‑ rável, suscetível às críticas, ainda mais em nossa metrópole. Ser jornalista é um conjunto de verbos in‑ terminável. É apurar, checar, escrever, editar, pesquisar, olhar, escutar, teclar, preferir, do‑ minar, informar! Ser jornalista é ter nas mãos uma respon‑ sabilidade a mais. É ser especial. Tão especial, que temos duas datas para comemorar: 29 de Janeiro e 7 de Abril. Sou feliz sendo jornalista. Sou feliz sendo paulistano.
KIDS
Texto Natália Prieto. Foto divulgação
Como entreter as crianças durante as férias Em época de férias escolares, muitos pais decidem sair da cida‑ de para aproveitar os momentos de lazer ao lado dos filhos. Po‑ rém, outras famílias caminham na contra‑ mão desta tendência e permanecem em São Paulo para curtir a tranquilidade (bem rara por aqui) e desfrutar de passeios culturais com as crianças. Uma boa dica é levar os pe‑ quenos para conhecer o Es‑ paço Catavento, lá as crian‑ ças podem conhecer mais sobre as leis da física e ver como as mesmas funcionam na prática. Um dos brinque‑ dos mais conhecidos, e que faz o maior sucesso entre os visitantes, é o “globo” – que faz os cabelos se arrepiarem quando as pessoas colocam a mão sobre ele. Outros museus bacanas para conhecer são o Museu da Lâmpada, que conta a ori‑ gem e a história da iluminação até os dias atuais; Museu da Língua Portuguesa, que reú‑ ne curiosidades sobre nos‑ so idioma e instalações que permitem que os visitantes
interajam com a nossa língua de forma lúdica e criativa; o Museu do Futebol conta com atrações sobre a trajetória do esporte preferido dos brasi‑ leiros; e para quem quer co‑ nhecer um pouco mais sobre as roupas, costumes, histórias e culturas de diversos povos da América Latina, não pode deixar de conferir o Pavilhão da Criatividade. Para se refrescar nesse ca‑ lor as famílias também podem dar uma passada no parque Wet´n Wild, um dos maiores parques aquáticos do Brasil e que possui estrutura para atender pessoas e crianças de todas as idades. O Hopi Hari, um dos destinos mais procu‑ rados em SP quando o as‑ sunto é lazer, fica na Rodovia dos Bandeirantes e a região temática dentro do parque,
chamada “Infantasia” conta com atrações e personagens dos Loo‑ ney Tunes. Já para quem gosta de um contato mais próximo com a natu‑ reza os parques Villa‑ -Lobos, Municipal Má‑ rio Covas, Ecológico Tietê, Jaraguá e Ibira‑ puera são excelentes opções. É possível conferir nos sites as programações disponíveis em todos os dias e que mais agradam às famí‑ lias. A Avenida Paulista é pon‑ to obrigatório para aqueles que querem apreciar as be‑ lezas de nossas construções e arranha-céus e desper‑ tar nos pequenos desde já o amor por nossa cidade que só quem mora aqui consegue entender. Seja por falta de dinheiro, ou paciência para encarar o trânsito nas estradas, São Paulo oferece opções para todos os tipos de bolsos e fa‑ mílias. Não é preciso ir muito longe para oferecer ótimos passeios nessas férias es‑ colares e que irão divertir e entreter as crianças durante todo o mês. REVISTA GIRO SP | 47
FIQUE POR DENTRO
Texto Denis Le Senechal Klimiuc
Detox na Veia! O dia a dia dos paulistanos é repleto de oportunidades que, seja pela falta de vonta‑ de ou de tempo, acabam transformando a alimentação do povo que corre em seu dia a dia em algo extremamente perigoso para o corpo. Por isso, a Giro SP pesquisou, conversou com especialistas e, nas próximas linhas, te dará algumas dicas para a tão famosa re‑ ceita detox, ou desintoxicante, para livrar seu corpo de tantas toxinas indesejadas, que po‑ luem o sistema sanguíneo e levam os piores elementos em locais nos quais deveriam ser bombardeados de materiais bons, para dar energia e saúde ao corpo. Confira! O problema com a alimentação é a perigo‑ sa sequência de ingestão pobre em vitami‑ nas e rica em hormônios, açúcares, gordura, agrotóxicos, entre outros. Com isso, o corpo é impedido, pouco a pouco, de exercer seu fun‑ cionamento pleno, causando problemas de saúde logo em seguida e projetando outros ainda mais graves, a longo prazo. A dieta detox é bastante simples, porém, merece fidelidade daquele que deseja utili‑ zá-la em seu corpo. Feita à base de frutas, cereais, grãos, verduras e legumes, sua rea‑ lização deve ser feita com cuidado, pois a in‑ gestão excessiva de algo pode causar tantos danos quanto sua ausência. Um exemplo dessa rotina está logo abaixo. Para prosseguir, é recomendada a consulta a um médico especializado, como nutricionis‑ ta, para que não haja perdas, mas sim muitos ganhos relacionados à saúde, disposição e garra para enfrentar o dia a dia em São Pau‑ lo. 48 | REVISTA GIRO SP
Desjejum - Suco feito com 1 copo (200 ml) de suco de uva orgânico + 1 unidade de nozes - 1 fatia de pão de forma sem glúten - 1 unidade de ovo mexido com 1 fatia de tofu e salsinha Almoço - Salada feita com ½ prato de agrião + 1 col. (sopa) de cenoura cozida + ½ xíc. (chá) de broto de alfafa + 1 col. (sopa) de soja cozida + 1 col. (chá) de azeite de oliva extravirgem - 1 posta de salmão ao alho e alecrim - 2 col. (sopa) de brócolis Jantar - Salada feita com 2 col. (sopa) de repolho branco ralado + 2 fatias de tomate + 2 col. (sopa) de cenoura ralada + ½ col. (sopa) de semente de girassol + ½ col. (sopa) de azeite de oliva extravirgem - 1 posta de badejo assado - 2 unidades de pêssego Lembre-se de que entre cada refeição, é in‑ dicado um lanche, para que não haja grande espaço de tempo entre uma refeição e outra, permitindo ao organismo trabalhar constan‑ temente. Por isso, tente ingerir frutas, grãos e sementes, como granola e linhaça.
NEGÓCIOS
Texto Denis Le Senechal Klimiuc. Fotos Divulgação e Henrique Jardim
O Cochilo na Hora Certa A hora do co‑ chilo costuma ser tão apre‑ ciada quanto um bom vinho. Dependendo do nível de cansa‑ ço físico e men‑ tal, até mesmo mais. Pois, em pleno ano de 2014, a socie‑ dade (com foco na cultura oci‑ dental) tem vi‑ vido altas doses de estresse injetadas em veias cujos donos não passam, muitas vezes, de sombras alu‑ cinadas com tantos afazeres em tão pouco tempo a serem realizados. Por isso, talvez, cochilar seja um hábito tão mal visto. Apesar de haver liberdade na tão difamada hora de almoço, muitas pessoas não procuram realizar suas vontades de tirar um cochilo com receio de serem taxadas de preguiçosas. Por outro lado, é comprovado – e cada vez mais recomendado – que um co‑ chilo pode fazer, a curto prazo, o humor saltar do abismo ao cume da montanha mais alta; a longo prazo, pode salvar sua vida. Especialistas do mundo inteiro afirmam que o cochilo durante o dia pode angariar bene‑ fícios à memória, em uma espécie de reboot que transforma o cérebro em algo mais pro‑ veitoso, após o ato de tal breve descanso. É plausível entender, também, que esse hábito é proveniente de países com altas tempera‑
turas, como no sul da Espanha, Itália e Grécia, e do norte do con‑ tinente africano. O calor, após re‑ feições pesadas (outro costume local) no almoço, fez com que os habitantes des‑ ses países con‑ figurassem seu dia a dia com a tal da hora da sesta – na Espa‑ nha, o comércio fecha por um tempo após o almoço, em respeito a tal hábito. Além dos benefícios à memória, das conse‑ quências de países quentes e do imenso pra‑ zer proporcionado por um cochilo, é neces‑ sário se ater, também, ao sono profundo, à noite, cujas melhorias podem ser notadas em pouco. Com isso, não restam dúvidas de que um bom cochilo após o almoço, em um dia quente e estressante (ou frio e calmo), deve fazer parte da rotina de todo bom cidadão que deseja cuidar de sua saúde, lembrando‑ -se de que o tempo médio de duração de um cochilo é entre 15 e 30 minutos, não podendo passar dos 60 para não prejudicar o sono no‑ turno. Se você possui o privilégio de um bom local para adormecer após sua refeição do meio do dia, deixe de lado, mesmo que às vezes, sua leitura ou programa favorito na TV e tire um cochilo. Ele pode salvar sua vida. REVISTA GIRO SP | 49
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Texto Denis Le Senechal Klimiuc. Fotos Creative Commons
Conheça a história de alguns bairros de São Paulo No mês em que São Paulo completa 460 anos, a Revista Giro SP traça o perfil das cinco regiões da cidade
Maior cidade do país, com cerca de 11 mi‑ lhões de habitantes e um PIB calculado em XXX, e destoante das demais cidades de todo o mundo por possuir, em seu extenso territó‑ rio, a singularidade de abraçar todas as cultu‑ ras, raças e credos existentes, São Paulo co‑ memora, em 25 de janeiro de 2014, XXX anos. Como exemplo de sua magnificência é notá‑ vel ao paulistano e visitante a quantidade de superlativos acumulados em uma única cida‑ de, desde as mais belas obras arquitetônicas até as plantas mais admiráveis e raras. Um eco entre tantos adjetivos que se caracteri‑ za como a brasilidade máxima acerca de um território cuja cultura abrange a globalização antes mesmo da existência de tal termo. Por tantos motivos pendentes a serem ex‑ 50 | REVISTA GIRO SP
plorados com minúcias em cada ponto ou vír‑ gula, São Paulo, além de aniversariante, é ho‑ menagem constante em nossa editoria, pois, como foco da Revista Giro SP, a cidade foi explorada por nossa equipe com a finalidade de proporcionar a você, leitor, a melhor expe‑ riência neste mundo paulistano de variedade infinita. Destrinchamos, então, a capital paulista por meio de suas cinco regiões (centro, leste, oeste, norte e sul) e apreciamos as melho‑ res oportunidades de arte, cultura e lazer em bairros que, se já não são conhecidos o sufi‑ ciente, aqui se destacam por sua preciosida‑ de diante da retumbante São Paulo. Por isso, aproveite cada página para saborear o que esta cidade tem de melhor!
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Texto Denis Le Senechal Klimiuc. Fotos Creative Commons
Centro O Cento de São Paulo possui uma das mais diversificadas e completas estruturas de arte, cultura e lazer do mundo, pois, de acordo com a miscelânea de gostos, costumes e estrutu‑ ras adaptados ao jeito brasileiro de viver, a região central possui tantas atrações quan‑ to se pode imaginar, atingindo gostos com a mesma precisão com que alcança e une to‑ das as regiões da cidade. Sua infraestrutura é completa, apesar de já ser considerada antiga. Porém, de acordo com a arquitetura inspirada em obras ingle‑ sas, os diversos calçadões espalhados pelas vias de tal região propõem a livre circulação de pedestres sem problemas relacionados ao trânsito, que, por sua vez, encontra-se sufocado pelas vias estreitas e necessidade 52 | REVISTA GIRO SP
Fotosedm Denis Le Senechal Klimiuc
de utilizar de tal região como parte do itine‑ rário; aliás, ônibus e metrô estão disponíveis em abundância, o que não impede o visitante ou simples transeunte de desfrutar de toda a estrutura do Centro de maneira completa. Dentre os principais pontos, devem ser des‑ tacados, como passeios e deslumbre visual, representando a essência da capital paulis‑ tana, a Catedral da Sé, assim como a praça à sua volta; a Rua XV de Novembro, Da Quitan‑
da e São João, culminando na mítica esquina com a Avenida Ipiranga; o famoso Banespão; 25 de Março; Mosteiro de São Bento; Santa Ifigênia; Viaduto do Chá; Shopping Light; Vale do Anhangabaú; Rua Sete de Abril; Praça da República; Edifício Itália; Igreja da Consolação; Galeria Olido; Galeria do Rock; Liberdade; e um giro entre todas essas atrações, desfru‑ tando do comércio local e dos diversos exce‑ lentes ângulos para bater seguidas fotos. REVISTA GIRO SP | 53
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Texto Felipe Ribeiro. Fotos Creative Commons
ZONA SUL Para muitos, a região da cidade com maior número de opções em cultura, lazer e entre‑ tenimento, a Zona Sul de São Paulo é a com maior extensão territorial e número de bair‑ ros e distritos. Seus contrastes são eviden‑ tes, já que em meio aos condomínios luxuo‑ sos, shoppings suntuosos e ruas magníficas, existem locais mais afastados e desprovidos de boas opções para se curtir um bom fim de semana com tranquilidade e segurança. O ícone do turismo paulistano está localiza‑ do na Zona Sul, o Parque do Ibirapuera, um dos maiores da cidade e do Brasil. Além do passeio por suas alamedas, o parque abriga diversas atrações, como o MAM – Museu de Arte Moderna, a Bienal, onde são realizados eventos o ano todo, o Ginásio, a Marquise, a OCA e o Auditório. Também na região temos o Autódromo de 54 | REVISTA GIRO SP
Interlagos, Cinemateca, Estádio do Morumbi, Fundação Maria Luisa e Oscar Americano, Instituto Butantan, Jockey Club, Monumen‑ to às Bandeiras, Museu Afro-Brasil, Museu do Ipiranga, Museu Lasar Segall, Parque da Aclimação, Parque Burle Marx, APA Capivari‑ -Monos, Zoológico, Zôo Safári. Não podemos deixar de mencionar, tam‑ bém, as inúmeras opções para a vida notur‑ na e a excelente qualidade de vida em muitos dos pontos da região, que podem ser aces‑ sados, bem como os pontos turísticos, com muitas opções de metrô, ônibus e trens.
Dados técnicos: População e área 2.252.079 habitantes e 607 km² Bairros mais conhecidos Moema, Itaim, Vila Mariana, Ipiranga, Morumbi, Vila Nova Conceição, Vila Olímpia. Características da região Vida noturna agitada, variedade de lojas de rua, bem servida de estações de metrô e de casas de shows. Fica próxima Das cidades do ABCD (Santo André, São Bernardo, São Caetano e Diadema) e da Imi‑ grantes, que leva ao litoral. REVISTA GIRO SP | 55
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Zona Norte
Texto Denis Le Senechal Klimiuc. Fotos Creative Commons
Importantes pontos da cidade estão pre‑ sentes na Zona Norte, como o Centro de Exposições Anhembi e Expo Center Norte, o Sambódromo e o Campo de Marte, além A segunda menor área da cidade, à exceção do Horto Florestal e o Pico do Jaraguá, além do centro, a Zona Norte possui diversos es‑ do Terminal Rodoviário do Tietê, o maior da tabelecimentos tradicionais, casando perfei‑ América Latina. tamente com os bairros que, integrantes da história da cidade, possuem o charme típico Principais bairros: Casa Verde, Santana, Vila Guilherme, Vila Maria, Jaçanã, Tucuruvi e Fre‑ do tradicionalismo paulistano. Retratada em músicas e marcos históricos, guesia do Ó. a Zona Norte possui infraestrutura conside‑ ravelmente avançada, em relação às demais regiões da cidade, justamente por possuir ta‑ manho adequado aos meios de transporte oferecidos, assim como equilíbrio entre em‑ pregabilidade e habitação, o que favorece os moradores, por não necessitarem, em sua grande maioria, se deslocar para as demais regiões da cidade. Por outro lado, apesar de contar ótima infraestrutura, é uma área ge‑ ograficamente limitada, o que impede que grandes empresas se instalem em sua área.
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Texto Denis Le Senechal Klimiuc. Fotos Creative Commons
Zona Leste Considerada dormitório da cidade de São Paulo, a Zona Leste é a segunda maior exten‑ são da capital paulista, atingindo grande par‑ te da população da cidade que, justamente por habitá-la e ter de se locomover às de‑ mais Zonas para trabalhar e estudar passa por complexos processos de mudanças, vol‑ tado ao trânsito, empregabilidade e educa‑ ção. Dividida geograficamente em duas partes, sua estrutura física se deve ao fato de haver duas vertentes principais, que desencadeiam nos bairros da periferia em dois hemisférios: a primeira zona, é a qual culmina no extre‑ mo de Itaquera e alcança os bairros de São Miguel Paulista, Ermelino Matarazzo, Penha e Carrão; por sua vez, a segunda parte é a qual abrange o sudeste e a outra parte do extremo leste, se estendendo da Vila Pruden‑
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te, passando por Vila Formosa, Aricanduva e culminando em São Mateus. Ambos os extre‑ mos de tal Zona terminam em importantes cidades, como Guarulhos, Itaquaquecetuba e a região do ABCD. Em muitas áreas da Zona leste, tem havido uma iniciativa gigantesca em prol do desen‑ volvimento cultural, pois, apesar de abrigar
quase metade dos habi‑ tantes da capital paulis‑ ta, possui estrutura ra‑ zoavelmente nova, o que impede com que os ha‑ bitantes da região pos‑ sam desfrutar de arte, cultura e lazer sem que necessitem se deslocar para outras áreas. Com isso, diversos grupos te‑ atrais têm formado uma leva interessante de es‑ petáculos, distribuídos nos poucos teatros que tal Zona abriga. Por outro lado, o cres‑ cimento exacerbado na região se concentra na parte imobiliária, cujo crescimento aponta um possível entrave en‑ tre a infraestrutura e o espaço oferecido, mas cujo planejamento urbanístico para a região já aponta pontos de melhorias. Principais bairros: Penha, Tatuapé, Mooca, Vila Prudente, São Miguel Paulista, São Ma‑ teus e Aricanduva. REVISTA GIRO SP | 59
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Texto Ronnie Arata. Fotos Creative Commons
Zona Oeste O ocidente da nossa cidade pode não ter a maior densidade populacional, mas, mesmo assim, não deixa de oferecer cultura e entre‑ tenimento aos seus habitantes e vitantes de outras paragens paulistanas. Muito pelo con‑ trário, no canto esquerdo do mapa de São Paulo, podemos encontrar muitos pontos im‑ portantes, bastante conhecidos. Para quem gosta do esporte mais famoso do país, além da Sociedade Esportiva Palmei‑ ras, alocada junto ao Palestra Itália, que se encontra em reforma atualmente, o paulista‑ Ainda na parte cultural, mais próximos do no conta com o Museu do Futebol que ofe‑ rece, desde setembro de 2008, um grande bairro da Barra Funda, encontramos um dos acervo de imagens e vídeos sobre o assunto lugares mais dignos de menção honrosa, o centro cultural arquitetado por Oscar Nie‑ e muitas atividades culturais periódicas. meyer, ícone que dispensa descri‑ ção. Famoso, o Me‑ morial da América Latina conta com diversas atividades como palestras, exposições, shows de música e dança e peças de teatro. Não menos in‑ teressantes ain‑ da temos, na zona oeste, muitos mu‑ seus, contempla‑ dos pela USP, na Cidade Universi‑ tária e outros pelo 60 | REVISTA GIRO SP
Instituto Butantã. Já para quem pretende fazer compras, o mercadão da Lapa e os shoppings centers West Plaza e Bourbon Shopping São Paulo aquecem grande parte do comércio da re‑ gião. Não a toa, o Bourbon, considerado um dos melhores shoppings de São Paulo, também agrega, além da primeira sala IMAX do Brasil e o Teatro Bradesco, o braço paulistano do hi‑ permercado Zaffari, rede originária da região sul do Brasil. Além de ter fácil acesso pela linha verme‑ lha do metrô, a zona oeste ainda conta com o Terminal Barra Funda, uma das principais portas de entada e saída da cidade. População e área 872.817 habitantes e 128 km² Bairros mais conhecidos Butantã, Barra Funda, Jaguaré, Morumbi, Itaim Bibi e Lapa REVISTA GIRO SP | 61
FIQUE POR DENTRO Texto Denis Le Senechal Klimiuc
Se é para o bem de todos... Quando a palavra fez a diferença para a história do Brasil “Se é para o bem de todos e felicidade geral da Nação, estou pronto! Digam ao povo que fico”. Assim, D. Pedro I deixou claro para os portugueses que, em 9 de janeiro de 1922, o queriam de volta a seu país de origem, em decorrência das alte‑ rações propostas pela estadia mais do que longa do príncipe no Brasil que, de acordo com o planejamento inicial, deve‑ ria ser extinta, para que o país continu‑ asse a ser uma colônia ultramar, como dizem, devido a distância de Portugal. Porém, a situação neste país já estava em tons urgentes, pois sua emancipação se tor‑ nava desejo cada vez maior e, pouco a pouco, a revolta calcada em um discurso diferente, de futuro promissor, como independente da‑ queles que o transformaram em uma colônia superexplorada, tomava formas sérias e de‑ finitivas. Então, após um abaixo-assinado com cer‑ ca de oito mil assinaturas, D. Pedro I ignora pomposamente a ordem de Portugal para seu retorno, proclamando as palavras pelas quais este texto foi aberto e, a partir de en‑ tão, o caminho para o histórico dia em que foi declarada a independência do país foi aberto de maneira, até então, inédita. Com isso, as promessas de uma nova na‑ ção, renovada pela força do povo ao invés de dominada pela corte portuguesa, deu início a 62 | REVISTA GIRO SP
uma revolução um tanto quanto silenciosa, mas nem por isso menor. O Brasil de antes se tornou uma grande arena mortal, na qual as disputas tornaram-se as últimas de sua espécie e, em consequência, o país, abraçado pelo que talvez tenha sido o primeiro sinal de esperança, se transformou gradativamente na nação daqueles com a força infinita, que disputam batalhas atrás de batalhas e, com perdão do clichê, jamais se tornam desisten‑ tes. Por isso, o Dia do Fico entrou para a his‑ tória do país. O primeiro sinal de resistência que reinou sobre as cabeças tupiniquins sem, de fato, possuir uma coroa sobre tal nação. Em consequência disso, o país entrou em um longo período histórico de estruturação, o qual ainda se encontra, nos dias de hoje, em processo de construção de um país que, há quase duzentos anos, teve seu primeiro grito de “basta!”.
ACONTECE EM SP
Texto Denis Le Senechal Klimiuc
Campus Party São Paulo Hoje em dia, ser nerd é elogio, maneira de vida pela qual grande parte das pessoas buscam realizações pessoais que, diferente de 20 ou 30 anos atrás, não são excomun‑ gadas da sociedade como seres esquisitos, apenas reclusos. Aliás, se existe reclusão no nerd moderno é em consequência da varie‑ dade de opções encontradas entre jogos, lei‑ turas e até mesmo eventos. Dentre tanta variedade, há o maior evento deles, a Campus Party, reconhecido como o maior acontecimento tecnológico do mundo, atraindo, também, empreendedores de di‑ versas áreas, com maior foco em tecnologia, que acompanham atividades diversificadas, voltadas a temas como inovação, entreteni‑ mento digital e cultura pop. Na experiência ocorrida em 2013, ao longo de cinco dias foram oferecidas palestras, cur‑ sos e debates sobre os temas citados, além de poder contar com interação, compartilha‑ mento de conhecimento e produção de no‑ vidades, além de firmamento de parcerias,
entre tantos profissionais da área quanto, também, amadores do setor. Serviço - Campus Party Brasil 2014: Data: de 27 de janeiro a 2 de fevereiro de 2014. Local: Anhembi Parque Endereço: Avenida Olavo Fontoura, 1.209 Como chegar: - Localizado junto a duas das principais vias expressas de São Paulo: Marginal Tietê (acesso às estradas e zonas leste/oeste) e Av. Santos Dumont (acesso ao centro e zona sul). Ao lado do Campo de Marte – heliporto e aeroporto para aeronaves particulares - maior segurança para autoridades e executivos. Próximo ao Terminal Rodoviário Tietê (interestadual/ internacional) e à estação Tietê do metrô. Linha de ônibus 278A (Ceasa - Penha) e pontos de táxi nesse Terminal. - Facilidade de acesso aos aeroportos de Guarulhos (internacional/nacional) e Congonhas (nacional e ponte aérea RJ). - Ao lado do Campo de Marte – heliporto e aeroporto para aeronaves particulares - maior segurança para autoridades e executivos. - Próximo ao Terminal Rodoviário Tietê (interestadual/ internacional) e à estação Tietê do metrô. Linha de ônibus 9701-10 Hospital Cachoeirinha (confiraaqui o trajeto detalhado) e pontos de táxi nesse Terminal.
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ARTE, CULTURA E LAZER Texto Denis Le Senechal Klimiuc
A Temporada de A distribuição das estatuetas douradas começou e os melhores de 2013 estão se definindo
Todo ano é a mesma coisa. Enquanto vi‑ vemos o inverno apreciando os “filmes de verão”, sejam eles blockbusters ou outras tantas produções que prometem dar o que falar, passamos o verão analisando os filmes direcionados à temporada de premiação, acompanhando diversas ceri‑ mônias enquanto a maior delas, o Oscar, fecha o calendário cinematográfico e deixa espaço para um novo ano no cinema, com novos blockbusters e apostas de grandes retornos financeiros às produtoras. Com isso, apesar de desfrutarmos o ci‑ nema de maneira invertida em relação ao que os norte-americanos fazem, temos tantos motivos quanto quaisquer outros países para apreciar esta época, pois, ge‑ neralizando os lançamentos, é hora de co‑ nhecermos as melhores produções, com interpretações dignas de estatuetas dou‑ radas e direções ovacionadas por toda a comunidade cinéfila.
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Neste ano, o Oscar ocorrerá em 2 de março, após quase dois meses dos indi‑ cados, que saem em 16 de janeiro. Com isso, as apostas para possíveis indicados e, por que não, vencedores do maior prêmio da indústria cinematográfica foram fei‑ tas desde meados de setembro, quando grandes festivais exploravam um caminho, pelo qual os destaques do ano persegui‑ riam seus prêmios. Com base nos indicados ao Globo de Ouro, o segundo maior prêmio da catego‑ ria, e todos os demais prêmios distribuídos ou prometidos, a Giro SP indica, neste mês, os possíveis vencedores como os melhores do ano, segundo a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood – o Oscar. Após as indicações do Screen Actors Guild (SAG – ou sindicato dos atores) e do Globo de Ouro, o termômetro para o Os‑ car encontra-se praticamente estagnado,
Ouro no Cinema após altas e baixas temperaturas. Nesta época, é facilmente identificável os prová‑ veis vencedores de tais prêmios, devido ao sucesso diante do público e, principalmen‑ te, da crítica especializada. Apesar de al‑ gumas prováveis mudanças, os filmes que maior se destacarão diante das estatue‑ tas douradas deste ano são: Gravidade: a ficção científica de Alfon‑ so Cuarón arrebatou plateias do mun‑ do inteiro, angariando ao filme a aura de obra-prima em pouquíssimo tempo. Para as premiações, é certo que o filme seja in‑ dicado na categoria principal, em direção, atriz (Sandra Bullock), trilha sonora, foto‑ grafia, efeitos visuais, roteiro original e em som. As grandes chances estão por conta das categorias técnicas, pois o filme tem sido substituído, como favorito, pelo próxi‑ mo aqui listado. 12 Anos de Escravidão: a história real de um afrodescendente que é feito de escra‑ vo novamente está dominando as prin‑ cipais premiações, em categorias como: filme, direção (para Steve McQueen, de Shame), ator (Chiwetel Ejiofor), atriz coad‑ juvante (Lupita Nyong’o), ator coadjuvante
(Michael Fassbender), roteiro adaptado, desenho de produção, fotografia e figurino. Suas maiores chances são nas categorias principais, como filme, direção e atuações masculinas. Álbum de Família: a dramédia que narra a história de uma família disfuncional con‑ quistou a crítica devido ao elenco podero‑ so. Por isso, suas chances de indicações, além na categoria principal e de roteiro adaptado, vão para atriz (Meryl Streep) e atriz coadjuvante (Julia Roberts). Não pos‑ sui grandes chances em nenhuma catego‑ ria. Nebraska: filmado em preto e branco, este trabalho de Alexander Payne deve conquistar uma indicação na categoria principal, além de ator (para Bruce Dern), roteiro original e atriz coadjuvante (June Squibb). Suas chances estão praticamen‑ te na categoria de roteiro, na qual rivaliza em favoritismo com o trabalho de Woody Allen. Trapaça: David O. Russell tem conquista‑ do cada vez mais espaço nas cerimônias de estatuetas douradas. Neste trabalho, é provável que seja indicado nas categorias
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ARTE, CULTURA E LAZER
de filme, direção, roteiro original, atriz co‑ adjuvante (para Jennifer Lawrence), figu‑ rino, montagem... Mas não possui chances de levar prêmios, devido à forte concor‑ rência em todas as categorias. Walt nos Bastidores de Mary Poppins: a produção narra o embate verbal entre Walt Disney e a autora de Mary Poppins para que o primeiro consiga adaptar a obra da segunda para os cinemas. Suas chances são de somente emplacar indicações na categoria principal, ator coadjuvante (Tom Hanks) e atriz (Emma Thompson). Capitão Phillips: a história do sequestro de um navio por piratas somalis é coman‑ dada por Paul Greengrass e deve conquis‑ tar algumas indicações importantes, como na categoria principal, direção, ator (Tom Hanks), roteiro adaptado, fotografia, mon‑ tagem e som. Possui chances em levar por montagem. O Mordomo da Casa Branca: Lee Daniels conta a trajetória de um mordomo que passou mais de 30 anos na Casa Bran‑ ca e oito presidentes. Com elenco estelar, as chances ficam praticamente todas em cima de Oprah Winfrey, como atriz coadju‑ vante, e que tem diminuído pela recepção fria ao filme. Além disso, pode emplacar na categoria principal. A Última Parada: o filme independente da vez conquistou o público e a crítica em
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diversos festivais, mas nos grandes prê‑ mios pode apenas conquistar vaga para Octavia Spencer, como atriz coadjuvante, apesar da forte concorrência. Outras indi‑ cações serão difíceis. Balada de Um Homem Comum: os irmãos Coen fizeram uma pequena pérola (ava‑ liada pela Giro SP em novembro, quando ainda se chamava Inside Lleyin Davis), cujo mote é a vida de um cantor folk, em meio ao rebuliço dos anos 60, que insiste em sua música, apesar de constante rejeição. Nas premiações, pode conseguir indica‑ ções na categoria principal, roteiro original e fotografia. Se não houvesse concorrên‑ cia tão forte, poderia levar Jason Isaac à categoria de ator e John Goodman, como coadjuvante. O Lobo de Wall Street: Martin Scorcese lança mais uma sensação entre os ciné‑ filos, sobre um fanfarrão de Wall Street, interpretado por Leonardo DiCaprio. Para os prêmios, deve conquistar nas catego‑ rias de direção (para o mestre) e roteiro adaptado. Talvez na categoria principal também. Ela: Spike Jonze é um diretor de poucos, mas ótimos filmes. E isso é inegável. Ago‑ ra, parece ter subido um degrau a mais no patamar dos grandes diretores, contando a história de um homem que se apaixona pela voz de um programa de computador.
Apesar de ter bastante destaque em pre‑ miações menores, é provável que só con‑ siga ser indicado na categoria de roteiro original, devido ao favoritismo dos demais concorrentes. Blue Jasmine: Woody Allen surpreendeu mais uma vez. Com seu drama com pita‑ das de humor negro como só o mestre na neurose consegue fazer, é capaz de seu filme ser indicado na categoria principal, além de provavelmente sair vencedor na categoria de melhor atriz (Cate Blanchett, unanimidade) e ser um forte concorrente como roteiro original. Dallas Buyers Club: interpretações as‑ sombrosas costumam chamar a atenção do Oscar com bastante facilidade. E este longa possui duas: a de Matthew McCo‑ naughey e a de Jared Leto, favoritos nas categorias de ator e ator coadjuvante, res‑ pectivamente. All is Lost: o segundo filme de J. C. Chan‑ dor (Margin Call) também arrecadou elo‑ gios de todos que o viram, com destaque para o som e a interpretação de Robert Redford, praticamente certa na categoria de ator. Philomena: Stephen Frears é um diretor constante em premiações, com seus lon‑ gas dos mais variados tipos. Aqui, encontra um drama com pitadas de humor tipica‑ mente britânico ao apoiar seu trabalho em
uma inspirada Judi Dench, que provavel‑ mente será indicada como atriz. Além dis‑ so, deve ser indicado em roteiro adaptado. Rush – No Limite da Emoção: Ron Howard é um antigo queridinho do Oscar. Apesar de estar em um ano forte, é capaz de seu Rush angariar indicações em catego‑ rias técnicas, como fotografia e som, mas Daniel Bruhl roubou a cena de tal maneira com sua encarnação de Nikki Lauda que sua presença é praticamente certa como coadjuvante. Antes da Meia-Noite: o final da trilogia romântica de Richard Linklater, Julie Delpy e Ethan Hawke, apesar de muito elogiado pela crítica e de ter emocionado plateias do mundo inteiro, deve emplacar indicação apenas na categoria de roteiro adapta‑ do, apesar de ter sido cotado até mesmo para atriz (se não houvesse concorrência tão forte). O Hobbit – A Desolação de Smaug: a se‑ gunda parte da épica trilogia de Peter Ja‑ ckson está no páreo para abocanhar prê‑ mios em categorias técnicas, como efeitos visuais, desenho de produção e maquia‑ gem. O Grande Gatsby: a refilmagem extrava‑ gante de Baz Lurhmann deve conquistar indicações apenas em categorias técnicas, como figurino, desenho de produção e, tal‑ vez, canção original, “Young and Beautiful”.
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FIQUE POR DENTRO
Texto Profo Dr. Claudio Duarte*
Hatha
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Clássico
Um novo método de emagrecimento com saúde Parte III
É fundamental para o su‑ cesso deste método, tam‑ bém, desenvolver um sério trabalho de “reeducação ali‑ mentar”, pois, para que seja realizado, ele depende de um trabalho paralelo de cons‑ cientização que, na maior parte do programa, é o lado mais difícil e mais demorado. Por isso, tal método propi‑ cia um profundo rejuvenes‑ cimento do organismo e de toda a sua estrutura, elimi‑ nando também doenças de‑ correntes de desajustes nos aparelhos, seus órgão e suas glândulas. Na realidade, tal trabalho de conscientização é voltado para o reequilíbrio do sistema 68 | REVISTA GIRO SP
eletro somatológico, em especial dos seus aspectos emocionais, nervosos e psicológicos. É a partir de tal reequilíbrio que os resulta‑ dos se torna‑ rão bem mais fáceis. Ainda no que se re‑ fere à ques‑ tão alimen‑ tar, não se iluda, não tenha dú‑ vidas,
pois vícios alimentares péssimos não são eli‑ minados sem esforços pessoais. Em geral, as pessoas buscam soluções milagrosas que não existem, ou buscam falsas soluções, pois gostam de se enganar e de ser enganadas. Ou ainda quebram todos os espelhos da casa, os assentos dos ve‑ ículos e sentam-se sozinhas no metrô. E esta afirmação não é uma brincadeira, porém algo muito sério e grave na vida de tais pessoas. En‑ tão, só pense e busque resultados concretos, caso tenha maturida‑ de, certa disciplina e determinação para
mudar sua vida para me‑ lhor, de maneira mais sau‑ dável e mais humana. Pois isso é possível. Algumas dicas de ali‑ mentação Para ajudar no seu pró‑ prio emagrecimento, além da longa lista de exercícios fáceis e sem contraindica‑ ções que - passo a passo abordamos no método, tam‑ bém é necessário esclarecer que há dois imensos aliados que muito poderão ajudá‑ -los, se forem tratados com amor, dedicação e carinho. Um deles é o seu aparelho digestivo (ou sistema digesti‑ vo) e o outro é o seu aparelho intestinal. Se você respeitar os sentimentos dos dois, sua vida será outra e você pode‑ rá ir se preparando para viver o “paraíso na Terra”. Mas dos dois, o mais temperamental é o aparelho digestivo e, inclu‑ sive, dele depende boa parte do funcionamento do intesti‑ no. Então, mesmo que no prin‑ cípio seja um pouco estranho seguir as dicas alimentares a seguir, lembre-se com fran‑ queza: elas são bem fáceis de ser seguidas e vão fazer a cabeça do seu aparelho di‑ gestivo e ele pode acabar se apaixonando por você. Algumas coisas fáceis, mas que “você tem que fazer” 1º Beba água diversas vezes durante o dia. Deixe um litro
cheio à sua frente, e o esvazie até a noite. 2º Logo pela manhã, ali‑ mente-se com frutas ou fi‑ bras vegetais ou integrais e beba sucos naturais sem o venenoso açúcar. 3º Vá ao banheiro pelo me‑ nos três vezes ao dia: pela manhã, à tarde e à noite. As fibras reeducam intestinos vagabundos. 4º Na hora do almoço, pro‑ cure alimentar-se com mui‑ ta salada, vegetais, cereais e legumes cozidos. E, se possí‑ vel, em três dias por semana coma arroz integral, além de outros cozidos ou refogados,
como lentilha, ervilha, grão de bico e vagem. 5º Após o almoço, coma sempre alguma fruta e, se possível, laranja com bagaço. 6º Sua alimentação deve ser balanceada com inte‑ grais, cereais, vegetais natu‑ rais, algas e fibras. Pois além de conter poucas calorias, não contém gorduras, o que facilita a digestão e ajuda na reeducação intestinal, além de não conter lactose. Todos esses fatores transformam beneficamente sua digestão e circulação, eliminam natu‑ ralmente a fome e não pe‑ sam no organismo. E o que é mais importante, você pode comer sem culpa, tranquila‑ mente e sem se preocupar com o tamanho do prato. Claro, não é por isso que você vai exagerar! Coma normal‑ mente. Lembre-se que sua saúde e a saúde do seu or‑ ganismo fazem parte da sua saúde espiritual. 7º No jantar, por incrível que pareça, você pode comer a mesma alimentação do almo‑ ço, pois trata-se de alimentos que, além de saudáveis e na‑ turais, saciam sua fome e, o que é mais importante, você não precisa diminuir a quan‑ tidade. 8º Além das frutas normais, frutas secas ou desidratadas, também podem e devem ser ingeridas da mesma for‑ ma que as frutas normais. E, REVISTA GIRO SP | 69
FIQUE POR DENTRO às vezes, algumas sementes, porém sem exagero. 9º Como você pode obser‑ var, para atingir o tão sonha‑ do resultado, se realmente você seguir com tranquilida‑ de este método tão simples, não vai precisar ter dores de estômago ou de cabeça. E, à noite, vai poder dormir sere‑ namente, sem culpa ou peso na consciência. Então, since‑ ramente, pergunto a você: será que não vale a pena tentar por pelo menos seis meses? Pense com amor e carinho sobre esta proposta! Alguns exercícios do méto‑ do Bem, aqui estão alguns exercícios que em muito irão lhe ajudar. Todos os exercí‑ cios utilizados e adaptados ao método são exclusivos do Hatha Yóga Clássico ou tra‑ dicional, podendo ser realiza‑ dos por quaisquer pessoas, a partir dos sete anos de ida‑ de - o fundamental é que a condição específica de cada pessoa seja respeitada inte‑ gralmente durante a prática. E que as mesmas tenham consciência das suas possibi‑ lidades e as respeitem. 1° Sentado ou em pé, se‑ guindo todas as orientações anteriores, girar a cabeça em movimentos rotativos leves, sete vezes para cada lado; 70 | REVISTA GIRO SP
Texto Profo Dr. Claudio Duarte*
ombro correspondente, por sete vezes; 5° Sentado ou em pé, apoiar ambas as mãos na parte de trás da cabeça e devagar, tentando aproximar o queixo do tórax, por sete vezes; É importante esclarecer que o método, quando bem utili‑ zado por, no mínimo, seis me‑ ses, traz efeitos reais e dura‑ douros. Porém, é necessário que as orientações sejam se‑ guidas à risca e com serieda‑ de por quem quiser obtê-los. E, nas próximas edições, con‑ tinuarei dando mais detalhes e outros exercícios do Hatha Yóga Clássico, que, além de ser muito seguro e consisten‑ te, pode beneficiar a todos os sinceros interessados.
2° Sentado ou em pé, incli‑ nar a cabeça devagar para o lado esquerdo e direito ten‑ tando, sem forçar, aproximar cada orelha ao ombro corres‑ pondente, por sete vezes; 3° Sentado ou em pé, incli‑ nar a cabeça devagar para a frente e para trás sem forçar, por sete vezes; 4° Sentado ou em pé, girar a cabeça lentamente para os lados, com o queixo levemen‑ te erguido e em direção ao
Profo Dr. Claudio Duarte Unesco Member e Secretário Executivo da PACY Internacional/Colegiado
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Texto Denis Le Senechal Klimiuc Foto Divulgação
Caixa Cultural
A Caixa Econômica Federal, desde mea‑ dos dos anos 2000, iniciou um grande apoio à cultura brasileira, focando em projetos que proponham às cidades nas quais possui seus centros culturais (Fortaleza, Porto Alegre, Re‑ cife, Brasília, Curitiba, Rio de Janeiro, Salva‑ dor e São Paulo), maior variedade de acervo voltado às artes, como música, teatro, dança, exposições de artes plásticas, fotografias e artesanato. O ponto localizado em São Paulo, em frente à praça da Sé, é reconhecido, também, por sua beleza estonteante, a qual é apresenta‑ da desde seus pilares brancos gigantescos e o pé direito em mármore preto, até seu inte‑ rior quase lúgubre, cuja estrutura é prepara‑ da para dar destaque às suas apresentações e eventos.
Mostra de Arte Contemporânea em Literatura Infantil Desde 14 de dezembro (até 16 de feverei‑ ro), a Caixa Cultural São Paulo apresenta a primeira edição da Mostra de Arte Contem‑ porânea em Literatura Infantil (MACU), com entrada gratuita e idealização de Favish Tu‑ benchlak. A mostra é focada em relembrar a importância da arte contemporânea e sua ligação com a literatura infantil, além de as‑ pectos proeminentes acerca de fatos históri‑ cos e de relevância social, indicando, em con‑ sequência, a importância de tal realização. Serviço: Data: 14 de dezembro a 16 de fevereiro de 2014 Local: Caixa Cultural São Paulo – Praça da Sé, 111 – Centro Horário: das 9h às 19h Informações: 11 3321 4400 REVISTA GIRO SP | 71
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Nova turnê de Ana Carolina Cantora lança seu novo show, #AC, em janeiro, e apresenta álbum de inéditas
Ana Carolina está de volta aos palcos, em 2014, com o show #AC, que estreia em 31 de janeiro, em São Paulo, baseado em seu mais recente álbum de inéditas, lançado em junho de 2013. A turnê será dirigida por Monique Gardenberg, em sua quarta parceria com a cantora, e será vista na capital paulista no Ci‑ tibank Hall (nos dias 31 de janeiro e 1º de feve‑ reiro), no Rio de Janeiro, também no Citibank Hall (dias 07 e 08 de fevereiro), seguindo de‑ pois para apresentações em Angola (dia 29 de março) e Portugal (Lisboa e Guimarães, nos dias 04 e 05 de abril). A estreia em São Paulo marca, ainda, o retorno da cantora aos palcos da cidade, desde sua última apresen‑ tação na capital paulista, há quase dois anos. O repertório do novo show inclui músicas de seu último álbum, hits e algumas surpresas. “Vou interpretar canções que não são ouvidas nos meus shows há muito tempo”, declara a cantora. No palco, ela estará acompanhada de uma banda formada por Pedro Baby, na guitarra; Edu Krieger, no baixo; Carlos Trilha, nos teclados; e Leo Reis, na bateria e percus‑ são – além do DJ Mikael Mutti, que já traba‑ lhou com John Legend e Steve Wonder. Esta é a primeira turnê de Ana Carolina des‑ 72 | REVISTA GIRO SP
de o projeto “Ensaio de Cores”, um dos maio‑ res sucessos da carreira da cantora. Lançado originalmente em 2010, para apresentações em São Paulo e no Rio de Janeiro, ele teve uma recepção tão calorosa que ficou cerca de dois anos em cartaz, sendo visto em várias cidades do país. Além de “Ensaio de Cores”, Ana fez, nos últimos anos, dezenas de apre‑ sentações do show “Sucessos”, que reúne em duas horas de apresentação mais de 25 dos maiores hits de seus 14 anos de carreira. “#AC” é o sexto disco de inéditas da carreira de Ana Carolina e foi o primeiro álbum dispo‑ nibilizado por um artista nacional através do streaming no iTunes. Nas lojas, “#AC” chegou em junho, com doze canções. O trabalho tem parcerias da cantora com nomes como Guin‑ ga (“Leveza de Valsa”, que ganhou um clipe di‑ rigido pela própria artista), Edu Krieger, Chiara Civelo, Antonio Villeroy, o italiano Bungaro, Ro‑ drigo Pitta, Moreno Veloso e Carlos Rennó. Produzido por Alê Siqueira e Ana Carolina, “#AC” foi uma incursão da cantora em temas e sonoridade contemporânea – o álbum traz grooves e scratchs comandados pelo badala‑ do DJ Cia, dividindo os créditos com um time de instrumentistas de primeira linha da mú‑ REVISTA GIRO SP | 73
ACONTECE EM SP sica nacional. Além disso, traz participações do cantor e compositor Chico Buarque, que está presente na faixa “Resposta da Rita”, de Guinga (em “Leveza de Valsa”) e da italiana Chiara Civello (“Um Sueño Bajo El Agua”). Cantora, compositora, arranjadora, produ‑ tora, instrumentista e musicista, Ana Carolina lançou seu primeiro disco em 1999; hoje, sua carreira já inclui 10 álbuns, seis DVDs e mais cinco milhões de discos vendidos. Entre ou‑ tros, ganhou sete vezes o Prêmio Multishow de Música Brasileira, três vezes o Troféu Im‑ prensa e uma vez o Prêmio TIM de Música. O primeiro grande sucesso, “Garganta”, viria já
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no primeiro álbum. Depois dele, Ana Carolina emplacou cerca de 30 singles nas paradas brasileiras. Serviço Datas: 31/01 e 01/02/2014 Horário: Sexta-feira e sábado, às 22h Local: Citibank Hall Endereço: Av. das Nações Unidas, 17.955 – Santo Amaro Capacidade do local: 3.873 pessoas Central de Vendas Ticket For Fun: 4003 5588 Ingressos: de R$ 80 a R$ 250 Site: ticketsforfun.com.br
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Férias no Catavento Cultural Paleontólogos por um dia Oficina ensina a participante como criar réplicas de fósseis Aprender no mês das férias nunca foi tão divertido! Em janeiro, o Catavento Cultural e Educacional, espaço de ciência e tecnologia da Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo, realizará a oficina “Paleontólogo por um dia”, em que crianças de 5 a 11 anos poderão aprender sobre a Pré-História de forma lúdi‑ ca e divertida. Em sessões que duram 40 minutos, os par‑
ticipantes poderão tirar dúvidas e conhecer curiosidades sobre a Pré-História e sobre os animais que viveram no Brasil; poderão tocar em fósseis de peixes, invertebrados e plan‑ tas de até cem milhões de anos, incluindo um fóssil do dinossauro brasileiro Tapuiassauro; e para completar a diversão, os visitantes também aprenderão o que é a réplica de um fóssil, como elas são feitas, fazer as suas pró‑ prias réplicas – utilizando forminhas, conchas e argila – e levá-las para casa! A oficina acontece no Claustro e permite a participação de até 40 crianças por sessão.
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Férias repletas de atrações no Museu Catavento Em parceria com Fábricas de Cultura, espetáculos serão apresentados durante o mês de janeiro A partir do dia 7 de janeiro de 2014, o Cata‑ vento Cultural e Educacional, espaço de ciên‑ cia e tecnologia da Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo, transforma-se em um palco gigante para receber artistas das Fábri‑ cas de Cultura do Itaim Paulista, Vila Curuçá, Belém e Sapopemba. Para animar as férias da garotada, de terça a sexta-feira, educa‑ dores e aprendizes das fábricas apresen‑ tam espetáculos variados, que vão de shows musicais a espetáculos circenses e rodas de capoeira. Nos finais de semana, a animação promete ser ainda maior, com apresentações de ciências, mágica e música. Dentre os espetáculos musicais apresen‑ tados por grupos das Fábricas de Cultura, destacam-se apresentações da Orquestra
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de Cordas do Itaim Paulista, composta por violinos, violas, violoncelos e contrabaixos; do Grupo de Violões de Vila Curuçá, que apre‑ senta repertório de canções populares bra‑ sileiras; da Banda Azúkar do Belém, que pro‑ mete fazer todo mundo dançar, ao som do pop latino, salsa, reggaeton, chá-chá-chá, merengue, cumbia e zouk; do Sopros Madeira de Sapo‑ pemba, formado por flautas, clari‑ netes, oboé, fagotes e saxofone; do Grupo de Percussão do Itaim Paulis‑ ta; da Nelson Machado Band do Be‑ lém; e do Grupo Sopro e Metais do Itaim Paulista, formado por trompe‑ tes, eufônio, tuba e trompa. A programação de “Intervenções Artísticas” inclui a criação de stop motion, por alunos do ateliê, foto e vídeo de Vila Curuçá; apresentação do espetáculo O Boi de Sapopem‑ ba, pelo grupo de teatro da Fábrica
de Sapopemba; e ações teatrais promovidas pelo mesmo grupo. Os espetáculos de dança ficam a cargo do grupo da Fábrica do Belém, com o espetáculo Pessoa em Pessoas, inspirado na obra do po‑ eta Fernando Pessoa; do balé do Itaim Pau‑ lista, com O Lago dos Cisnes; do Balé Duo, de Sapopemba, com espetáculo solo de dança contemporânea; e dos aprendizes de street dance, de Vila Curuçá, com Danças Urbanas. E a programação continua, com apresen‑ tações dos grupos de malabares de Vila Curuçá, Itaim Paulista e Sapopemba; roda de capoeira com aprendizes do Itaim Paulista; espetáculos de mágica e muita contação de histórias. No sábado e domingo, dias 10 e 11 de janeiro, será a vez dos mágicos de Fernando Ventura animar a garotada, com shows interativos e bem humorados. No final de semana de 18 e 19 de janeiro, o grupo Ciência Divertida apre‑ senta o espetáculo científico Missão Espacial,
em que os cientistas malucos são desviados de sua viagem espacial por misteriosas ra‑ zões... No final de semana do aniversário da cida‑ de de São Paulo, atrações para lá de espe‑ ciais: no sábado, espetáculos do Ciência em Show, conduzidos pelo trio de físicos Wilson, Daniel e Gerson, que aborda a ciência de ma‑ neira empolgante e estimulante. No domingo, o quinteto Som Brass apresenta o espetáculo Viajando com a Metaleira, que conta a história da música por meio de performances teatrais e circenses. Serviço: Catavento Cultural e Educacional Onde: Palácio das Indústrias – Praça Cívica Ulisses Guimarães, s/no, (Av. Mercúrio), Parque Dom Pedro II, Centro – São Paulo/SP Telefone: 11 3315 0051 – atendimento das 11 às 17h Quando: terça a domingo, das 9h às 17h (bilheteria fecha às 16h) Quanto: R$ 6 e meia-entrada para estudantes, idosos e portadores de deficiência. Gratuito aos sábados. REVISTA GIRO SP | 77
NEGÓCIOS
Texto Denis Le Senechal Klimiuc
Como elaborar um bom Plano de
Marketing
4º Passo pesquisa de campo
em 10 passos Após a análise do mercado no qual a em‑ presa será (ou está inserida), através do le‑ vantamento de dados, empíricos e teóricos, sobre os macro e microambientes, a deter‑ minação de parâmetros a serem explorados sobre o próprio negócio, com seus objetivos e metas, e o estudo minucioso sobre os con‑ correntes, sejam eles diretos ou indiretos, agora é hora de olhar para a razão de a em‑ presa existir: o consumidor. Mas, para conhecê-lo melhor – e encaixá‑ -lo de maneira azeitada, sem sobras para perdas relacionadas a bens financeiros ou temporais, é necessária a realização de uma pesquisa de mercado – ou pesquisa de cam‑ po, sobre a qual, como o próprio nome diz, dará o embasamento pelo qual o negócio co‑ nhecerá seu público-alvo, assim como será possível colher, de acordo com os resultados alcançados, dados suficientes para poder 78 | REVISTA GIRO SP
empreender em determinada área, em con‑ sequência das informações. Há diversos tipos de pesquisas, de acordo com o objetivo pelo qual o empresário/em‑ preendedor procura respostas. As mais utili‑ zadas, que propõem maior quantidade de re‑ sultados possíveis são: pesquisa exploratória, pesquisa descritiva e pesquisa experimental. Pesquisa exploratória: com finalidade de descobrir possíveis problemas a serem resol‑ vidos, tal tipo de pesquisa possui caracterís‑ tica preventiva, a qual ajuda seu realizador a identificar maiores oportunidades de resolu‑ ções cabíveis aos problemas que transpare‑ cem em seu decorrer. Então, pode-se con‑ cluir que a pesquisa exploratória, através de levantamentos de fontes como documentos e outros materiais bibliográficos, assim como experimentações informais, abrange uma sé‑ rie de possibilidades resolutivas, com intuito
de precoce processamento de tarefas e suas soluções. Pesquisa descritiva: indica o detalhamento apropriado ao realizador sobre os dados ca‑ bíveis às questões levantadas, com destaque à quantidade de informações determinantes à empresa/empreendedor. Porém, é o tipo de pesquisa pela qual o interessado obterá as respostas sem interferência, com cunho de observação, que pode ser dividido entre transversal (somente uma coleta de informa‑ ções) e longitudinal (várias coletas de infor‑ mações com o passar do tempo). Pesquisa experimental: é indicada como fer‑ ramenta ideal para manipulação de dados, com intuito de avaliar determinadas situações isoladas, em prol do melhor entendimento do mercado e da opinião do consumidor.
Além dos tipos de pesquisa, há, também, os tipos de perguntas a serem utilizadas com o consumidor. Com isso, é indicado a quem queira realizar uma boa pesquisa de mer‑ cado/campo um maior aprofundamento no assunto, pois, apesar de aparentemente simples, é bastante complexo e detalhado, culminando em um estudo proporcionalmen‑ te avançado à medida com que há a necessi‑ dade de novos dados a serem colhidos.
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ARTE, CULTURA E LAZER
Texto Denis Le Senechal Klimiuc
São Paulo em aq Recheada de personagens magníficos, os quais possuem suas próprias realidades con‑ juntas em aspectos e sentidos, São Paulo possui, se vista através de uma gigantesca lupa, histórias tão fascinantes quanto a sua própria. Em uma rápida análise nas imagens acima, é possível observar, ao utilizar a ima‑ ginação, uma quantidade ímpar de pessoas em busca do próprio rumo na vida – em bus‑ ca de preencher os próprios caminhos. Aliás, se bem observadas, tais imagens re‑ presentam a essência de São Paulo em di‑ versos momentos de seu dia a dia. Por isso, o autor delas, no alto de seus 77 anos, destila vitalidade em cada segundo de seu olhar azul. Seu nome: Edison de Souza. Seu ofício: pintor – ou captador de sensações dessa megaló‑ pole brasileira. 80 | REVISTA GIRO SP
Se possível utilizar a gigantesca lupa mais um pouco, é plausível compreender como um homem só conseguiu, em sua longeva carrei‑ ra, recriar em traços fortes e cores suaves a energia desenfreada de São Paulo. Ao bater um papo com o criador, a Giro SP pode com‑ preender, ao menos um pouco, o porquê de tanto talento em uma humilde silhueta en‑ velhecida. O Senhor Edison, em uma visita à redação, dispensou quaisquer traços de um veterano pintor e, em uma conversa regada a café em uma tarde ensolarada de início de verão, contou à Giro SP sua história, de ma‑ neira muito bem humorada, inserindo deta‑ lhes históricos pontualmente. Nascido em Osório, pequena cidade gaúcha próxima de Porto Alegre, Edison cresceu com aquele instinto criativo que impede os artis‑
quarela tas de procrastinarem em pequenos espaços físicos ou mentais. Pois seu talento foi desco‑ berto por um professor de ensino regular, que insistiu para que o jovem Edison desenhasse e desenhasse e desenhasse... E, em consequ‑ ência, ele foi em busca de um ofício que con‑ dissesse com seus traços marcantes, inician‑ do sua carreira na Editora Globo, aos 15 anos, na capital gaúcha. Desde então, apreciando cada vez mais a arte para a qual a vida lhe reservou um generoso espaço, ele passou a desenvolver sua técnica, aprendendo diver‑ sas maneiras de manusear os efeitos do gra‑ fite sobre uma folha de papel, assim como as aplicações de cores em seus traços. Aliás, grande parte dos contornos que exi‑ be até hoje são provenientes da época em que atuou como diretor de arte, conduzindo REVISTA GIRO SP | 81
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seus traços através da técnica de raf, a qual são aplicados traços fortes que designam com clareza o esboço de objetos, pessoas, ambientes e paisagens desejados. Com isso, aplicando seus desenhos em cima de layouts, de acordo com as exigências de sua profis‑ são, na época, Edison visualizou um futuro promissor, se mudando para São Paulo, aos 22 anos, em 1959. Habitando uma das diversas pensões do centro paulistano, o jovem promissor vivia próximo à Galeria Olido, que, na época, se concentrava em uma região reconhecida‑ mente cultural, pelas diversas figuras que por ali transitavam livremente, em busca de ins‑ piração para suas artes. Para ele, São Paulo era mais do que uma gigantesca e proemi‑ nente tela a ser pintada de diversas formas, diversos ângulos. Ali se encontravam inspira‑ ções de formas inusitadas, como a saudosa garoa que cobria o recente cinza, instigando o olhar aguçado de um pintor cuja origem não tivera nenhuma forma de grandeza ao dispor 82 | REVISTA GIRO SP
como São Paulo o fez. Aliás, a rica fonte à qual a cidade abrigou grandes nomes da cultu‑ ra nacional era, também, uma imensa vitrine para todo o país. Pois, com a radiodifusão em alta e o início da televisão, era hora de o Brasil conhecer a cultura que possuía com a expan‑ são que só os sinais embutidos nas pequenas caixas em preto e branco poderiam alcançar. Em meio a tanta cultura surtindo efeito em sua vida, Edison era impedido de se sentir li‑ vre na capital paulista, em consequência da falta de política e leis adequadas àqueles que exerciam ofícios voltados às diversas formas de arte. Então, próximo do dia em que esco‑ lheu para embarcar para o Chile, onde seria mais fácil viver como pretendia, o jovem pin‑ tor sofreu um pequeno incidente, que marcou grandemente sua vida para sempre... A pensão na qual habitava possuía uma sa‑ cada, como diversas outras construções à sua volta. E à sua frente. Pois, em determi‑ nado momento, Edison cruzou seu olhar com uma jovem que, devolvendo-o com a mes‑
ma intensidade, transformou sua vida. A jo‑ vem Odete e o jovem Edison se apaixonam através da troca de flerte em cima de uma sacada, elevando São Paulo à capital dos ro‑ mances em uma época na qual a cidade era conhecida, ainda, como terra da garoa. E, assim, eles embalaram um relacionamento... Mas, previsto para ter data de término, com a partida do jovem pintor para o Chile, am‑ bos acharam que nunca mais se veriam, que fora apenas um relacionamento relâmpago, embalado pela cidade das artes no início dos anos 60. Doce engano. Quando Edison estava estabelecido no Chi‑ le, exercendo seu ofício, como planejado, em certo dia sua porta é batida por alguém que, além de não esperar rever tão cedo, não es‑ peraria, de jeito nenhum, rever em tal circuns‑ tância. Pois a jovem Odete partiu em busca do amado e, grávida, o presenteou com a no‑ tícia de maneira tão repentina quanto pode‑ ria ter acontecido. Surpreso e estarrecido, a primeira gravidez do casal gerou o pequeno
Ricardo – e seus dois outros filhos, Julio Cesar e Denise, completaram a união que começou de maneira tão cinematográfica. Em 1964, após um desastroso terremo‑ to ocorrido no Chile, Edison decide voltar ao Brasil, em busca de firmamento de sua arte em seu país de origem. Voltando a morar em São Paulo, encontrou certa dificuldade em manter seu trabalho através da aquarela, mas seguiu com estímulo único, o qual o levou a expor em países da Europa e no próprio Chile, onde sua arte era reconhecida e admi‑ rada, ultrapassando preconceitos que sofria constantemente no Brasil. Mas sua família se encontrava no país verde e amarelo e, por‑ tanto, era nele que Edison pretendia ficar e seguir com seus planos. Com o passar dos anos, o pintor aperfei‑ çoou sua técnica, adquirindo traços e manei‑ ras de pintar diferentes, evoluindo seus con‑ tornos e aplicações de cores, assim como o uso de determinados materiais. Passou a uti‑ lizar chapa de acrílico adesivo, para reprodu‑ REVISTA GIRO SP | 83
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zir suas pinturas e expandir o conhecimento de sua arte; ou, utilizando aquarela, necessi‑ tou de um papel especial para aplicá-la; seu reconhecimento, portanto, foi grande o sufi‑ ciente para firmar sua arte como fundamen‑ tal em sua vida e para sua família. Seus filhos, crescendo acompanhando um pai que passava horas em seu ateliê, enten‑ deram a importância que a liberdade criativa oferece a um ser humano, agregando caráter a suas formas de compreensão de mundo. Um deles, aliás, se tornou jogador de futebol e, após um grande baque sofrido pela vida, tornando-se surdo, Julio Cesar (destaque da edição número 6 da Giro SP) se tornou refe‑ rência àqueles que querem aprender a jogar futebol e não possuem audição – o que, na teoria, atrapalha o desenvolvimento; na prá‑ tica, uma oportunidade a mais. E, além de tudo, o ex-jogador aprendeu a tocar piano, seguindo o caminho do pai em relação à de‑ terminação atingida. Edison, por sua vez, ad‑ mira com tamanha força a garra do filho que, 84 | REVISTA GIRO SP
respeitando-o como artista, entende perfei‑ tamente o espaço necessário para a prática de sua arte. Admite, também, que têm perso‑ nalidades fortes e, por isso, devem manter-se zeloso um com o outro, quando necessitam de treino e prática. Hoje, Edison de Souza exibe seu trabalho na Praça da República, na região central de São Paulo. Em um local onde antigamente era re‑ cheado de artistas e interessados em cultura, agora abriga movimentação gigantesca em dias úteis, tomada pela quantidade de pes‑ soas que circulam por ali em decorrência de duas linhas de metrô e muito emprego acu‑ mulado na região. Outro fator decisivo é que, aos finais de semana, a praça possui uma fei‑ ra de arte, com artesanato, pintura, bordados e diversos outros adereços àqueles que por ali passam, sendo turistas ou não, e que pos‑ sam se interessar pelos produtos exibidos. Se antigamente sua arte era valorizada a ponto de possuí-la exposta em diversos pontos do mundo, hoje Edison batalha para
conseguir o reconhecimento não só de sua pintura, mas também da abrangência cultu‑ ral brasileira, pois acredita viver em um país que, apesar de grandiosos aspectos reco‑ nhecidos mundo afora, caminha de maneira arcaica quando o assunto é arte. Por isso, a grande vitrine que é São Paulo fez e ainda faz diferença na vida de Edison que, como pintor de longa data, não desiste de acreditar que ainda haverá reconhecimento devido de seu trabalho. Pois, enquanto o expõe na Praça da República, ele caminha, mesmo que a passos lentos, em decorrência do excesso de buro‑ cracia no Brasil, para conseguir vantagens (ou direitos) a ele e seus colegas de ofício. Em um infeliz causo, conta que, ao parar na calçada do Viaduto do Chá, para rascunhar a beleza do Vale do Anhangabaú, Edison foi cer‑ tificado por autoridades policiais que, se não se retirasse daquele local naquele momento, teria seus instrumentos de trabalho confis‑ cados. Enquanto em outros locais do mundo, com destaque para a Europa, pintores são
proibidos de serem incomodados enquanto estiverem trabalhando, no Brasil o próprio Es‑ tado não compreende tal importância, o que, em parte, desanima quem pretende exercer tal profissão; em outra parte, o país perde di‑ versos artistas para outros países, que nota‑ damente saibam reconhecê-los. Por outro lado, recentemente, segundo o pintor, uma lei que permite ao artista pintar em local público foi promulgada, passando a valer desde meados de novembro. Mas, inde‑ pendente do quanto a cultura nacional tenha seus passos reconhecidos pela política, ainda é pequena a importância dada a ela. Apesar de diversos manifestos acontecerem conco‑ mitantes a profissionais que continuam a dar o suor pela cultura do país, grande parte da população, a quem tal cultura é direcionada, não a valoriza, impedindo uma possível e utó‑ pica evolução. Contudo, Edison de Souza continua a exer‑ cer o ofício que, descoberto quando ainda era criança, valorizou e valoriza sua vida como REVISTA GIRO SP | 85
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poucos podem se gabar. Hoje, ele dispõe de suas pinturas em recriações nos tais acrílicos adesivos, em tamanho reduzido, ofertando como possíveis lembranças e prêmios a se‑ rem coroados àqueles que admiram a boa arte. Ao preço de R$ 12,00, tais pinturas ins‑ tigam a aprofundar-se no trabalho do pintor, disposto, também, em sua página na inter‑ net (www.edisondesouza.com.br), onde estão disponíveis diversos meios de contato. Pois, hoje, prestes a completar oito décadas de vida, mais de cinquenta anos de casado, três filhos criados, trabalho reconhecido no mundo inteiro e muita história para contar, Edison de Souza também é planejador, um arquiteto urbanístico – ou sonhador, como os bons olhos poderão enxergá-lo: em um pro‑ jeto, o qual estuda minuciosamente, planeja apresentar à Câmara de Deputados, uma reestruturação na Praça da República, reur‑ banizando-a de maneira a assemelhá-la à Montmartré, na França. Sim, Senhor Edison, nada melhor do que ex‑ 86 | REVISTA GIRO SP
periência em capturar a essência da capital paulista por décadas para entender o seu funcionamento perfeitamente e, em conse‑ quência, saber exatamente os pontos sobre os quais projetos, reestruturações e novas óticas poderão ser aplicados. A cidade de São Paulo, outrora terra da garoa, agradece a este homem por isso!
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Texto Denis Le Senechal Klimiuc
500 Milhas de Interlagos Um dos eventos de motociclismo mais tra‑ dicionais e reconhecidos do mundo, a 500 Milhas de Interlagos será realizado na capi‑ tal paulista, entre os dias 7 e 9 de fevereiro, como realização de sua décima sétima edi‑ ção, no Autódromo José Carlos Pace. Contando com apoio da Federação Paulis‑ ta de Motociclismo, algumas parcerias para o evento deste ano já foram fechadas, como equipe médica e ambulância, cronometra‑ gem, direção de prova, sinalização e resgate e promoção. A diferença deste ano para os demais é recente compra do evento por um grupo de empresários, que realizarão o even‑ to pela primeira vez custeado somente por iniciativa privada, o que poderá dar outro as‑ pecto a ele. Voltado para apaixonados por velocidade e motos potentes, a 500 Milhas de Interlagos
contará com milhares de visitantes que, movi‑ dos pela paixão pelo som estridente das mo‑ tocicletas, se prepararão com a maior pre‑ cisão, agendando minuciosamente o evento em seu calendário deste ano. Se você possui o mesmo interesse, confira a programação, preços e endereço logo abaixo. Serviço Pontos de venda credenciados: Andric Motorcycle Rua Itapura, nº. 836, Tatuapé CEP: 03310-000 Sport Plus Racing Av. Dr. Augusto de Toledo, nº. 1201 São Caetano do Sul CEP: 09540-080 Confira os demais pontos e condições no site: 500milhasbrasil.com.br/ingressos.php
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KIDS
Ana Carolina Monteiro Grasso*
Férias escolares e o impacto positivo para as crianças Época de férias de verão, mudança de ano e, talvez, nova fase escolar na vida das crian‑ ças. Então, nada mais indicado do que trans‑ formar este período em motivo de ótimas lembranças! Assim como os adultos, as crianças também precisam descansar. As crianças em idade escolar também se cansam e necessitam de um período de repouso, pois as escolas e os pais estão cada vez mais exigentes com os pequenos. As crianças dos tempos atuais além de en‑ carar um período na escola, possuem muitos afazeres no seu dia a dia; suas agendas estão comprometidas com atividades extracurricu‑ lares, como aulas de línguas, esportes, músi‑ 88 | REVISTA GIRO SP
cas, entre outros. Não que isso seja algo ruim ou negativo, mas devemos sempre buscar um equilíbrio e não superlotar a agenda das crianças com atividades que talvez nem sejam do gosto delas. Devemos sempre priorizar as atividades que são de preferência deles, ou seja, devemos sempre questionar e levar em consideração o que os pequenos pensam. Assim, as crianças precisam aproveitar as férias para descansar. A expectativa das crianças para esse período é fazer progra‑ mas e atividades que não podem fazer, ou fazem de maneira restrita durante o perío‑ do escolar, como jogar videogame, assistir à televisão, brincar, viajar e passar mais tempo com a família e amigos.
Os pais devem ficar em alerta com o tempo que as crianças desprendem com os apare‑ lhos eletrônicos, como a televisão, videogame e computador - esses podem ser utilizados mais que o habitual, porém com moderação. É preferível, então, que as crianças façam outras atividades, como brincar com os ami‑ gos, pois isso estimula a criatividade e a inte‑ ração social; já os aparelhos eletrônicos, por sua vez, muitas vezes podem restringir essas funções. Os pais devem aproveitar esse período livre dos filhos e levá-los para passear, sair de casa e fazer programas ao ar livre, principalmente agora nas férias de verão, quando o clima é muito agradável. É importante que conheçam novos lugares, pois assim podem explorar e descobrir novos contextos. Os passeios de‑ vem ser escolhidos e discutidos por todos, e a opinião da criança deve sempre ser levada em consideração. Em São Paulo temos muitas opções de lu‑
gares onde o passeio ou atividades são gra‑ tuitos, por isso os pais podem optar por esses programas, pois além de economizar, mos‑ tram para a criança que é possível divertir-se sem gastar muito dinheiro. O passeio na cidade é muito enriquecedor, porém quem possui condições de levar seus filhos para viajar é melhor ainda. Como São Paulo é uma cidade poluída e pouco arbori‑ zada, o ideal é viajar para o campo ou praia, pois assim a criança entra em contato com a natureza em um ambiente diferente do que está acostumada. Por isso, tal época é importante para reno‑ var as energias e deixar as crianças prontas para o próximo ano! *Ana Carolina Monteiro Grasso CRP 06/108458 Psicóloga graduada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie Pós Graduanda em Psicoterapia Junguiana REVISTA GIRO SP | 89
ARTE, CULTURA E LAZER
Texto Erika Pedrosa
a c i t รณ A s e a r o M o i b รก de F o l u a P o รฃ S e r sob 90 | REVISTA GIRO SP
e Janeiro neste mês d lo u a P o ã S os, A cidade de seus 460 an o d n ra o m e ta, com mora está em fes ém se come b m ta e u q em o, a Giro além da data ional. Por iss s s fi ro p fo ra g quisitado o dia do fotó ional muito re s s fi ro p m u es, SP escolheu lo, Fábio Mora u a P o ã S m alho e nossos pelo seu trab os olhos de r a lh ri b z fa que ilustram colaborador imagens que s la e b s a d s é leitores atrav ráfico S ão Paulo. ico, o fotog m â in d o p a -p vida. Em um bate o sobre sua c u o p m u P oS fissional e contou a Gir o deste pro ã ç lu o v e a a , que tornam Acompanhe s n e g a im s la suas be ela. desfrute de cidamente b e h n o c re a ir rasile megalópole b REVISTA GIRO SP | 91
ARTE, CULTURA E LAZER
e fotógrafo? S r se is u q e u q Giro SP: Por o? asceu? n ro ir a ém ou em alg b u e lg e a d a m d e ci u l ador o a ir u insp grande admir a, no Rio d Giro SP: Em q m n u o i d fo e i R a a p lt u o e sci em V entos e Fábio: O m Fábio: Eu na adotei S ão muitos casam s u o ri n b a o c , 19 a fi m ‑ o ra mas c da fotog dio de revela casar tú r, s e ra de Janeiro, o m u m e ra v p te rio‑ inha cidade eventos, e até tive muita cu o aqui. re d Paulo como m n p m ra e o s m u s E o . n vão 17 a de pa‑ ção em casa e viver. Já se o um pedaço m o c r e b a s sidade em a fotografia; m u m e ? a v a a ci n form ais o foi sua infâ pel se trans l para mim. M ais 03 e m v rí Giro SP: Com o c h in n ia Te c ! n ê ri asceu, pertranquila foi uma expe o meu filho n as velhas Fábio: Foi su o a d v n a a it u q rc , xe te e a sério m eles, recentemen irmãos e, co i a levar mais e c e m o c u e . , de rua em 2009 brincadeiras a vida. rafia na minh g to fo a fazer? is gostava de a fotom e u q O : P e começou a as come‑ d Giro S n m , o s e o ig o d m n a a s r com o Giro SP: Qu Fábio: Brinca . o d e c o co‑ ar muit grafar? e, em 2012, 9 0 cei a trabalh 0 2 m e i ce cana Fábio: Come ola Panameri repórter c é s e u o a n fo r a ra d g é só fotó 2013. mecei a estu o no final de Giro SP: Você d n a rm fo e de Artes, m fotográfico? é somente ia c n ê ri e xp us inha e as vi‑ riência de se e m p u x Fábio: A m lg e a a e i v fo ti o fo, mas já Giro SP: Com o. c como fotógra fi rá g to alhos? fo b r o repórte primeiros tra vências com
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Fer‑ inha esposa, m a d a d ju a so. Fábio: Com a fácil e prazero ra uma a is p a s m a ri a c té fi a o algumas m nanda, tud ditorial de Fábio: Cobri e , s o v ti ra o tos corp pela melhor ra e sp e editora, even a é mo os shows. Giro SP: Co moda e muit r foto foto? ião, a melho celebriin p a o m u a h r in fa m ra o é fotog sa, no cli‑ Fábio: Na o? Giro SP: Com de, na surpre a lh a id b n a u tr rt o á p d , o isa xigente vem na imento. Prec ela c is te o n p o l, c e dade? Ela é e a v á m d u ra e im, é superag que rápido d abe se s Fábio: Pra m e lho”. s to fo ápido no gati ia com “r c n r ê e ri s e xp e já tem como agir. s das lenolhar atravé portar, sabe o é o m o C : Giro SP s gostou de o n e m o lh a b ando l tra tes? o mundo. Qu tr u o Giro SP: Qua m e r a tr trás, me Fábio: É en identifi‑ tudo fica pra e , fazer? o m d n o ã fa n ra g is o estou foto mento, p . Fábio: Casa to n u do! s s a e s s far e squeço de tu ra e g to fo o a i e qu abalho? is trabalha? é seu único tr a to m fo o ri A : rá P o S h l o osa em ua Gir de minha esp eventos, o Giro SP: Em q ci is a só m u o S ro . b o e Fábio: Nã o eu cu estratégicas s . ça e n it lia o Fábio: Com a n à e , d zes .br). uma empresa aioria das ve ww.dearo.com (w s shows, na m o rs cu re captação de mília? fa e o lh a b a o concilia tr Giro SP: Com
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ARTE, CULTURA E LAZER
ma s de acordo co to fo z fa só Giro SP: Você próprio? ia um acervo cr u o a d n a nho, sim, dem de clicar. Te ro a p o ã n Fábio: Eu fotos. com muitas o ri p ró p o rv um ace ção e comercializa ra a p é o rv ce Giro SP: O a u coleção? ral, divulgação o oleção, auto c r o p é te n e lga‑ Fábio: inicialm as para divu m u lg a o d n a s mas acabo u . ção também tes fo os paren ra g tó fo r se r lgum Giro SP: Po quando há a s to fo cê o v cobram de mília? cer, mas evento em fa tural aconte a n o s is o h c us Fábio: A todos os me e d e g n lo ro r isso como eu mo i cobrado po fu o ã n a d in familiares, a (risos).
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nvicê se sente co o v a íli m fa a forma Giro SP: Pela fo e de cert ra g tó fo r se to? dado por ser bem quis r o p só u o r colabora pções. pelas duas o e u q o h c A : Fábio m quer em para que g sa n e m a m Giro SP: U eira. ira‑ seguir a carr em é: prime g a s n e m a h . Leia Fábio: A min e fotografias d r ta s o g a is ise os fo‑ mente prec sunto, pesqu s a o re b o s bastante e veja mui‑ se identifica, is a m e u q s stan‑ tógrafo irá ajudar ba is o p , s to fo . Faça tas e muitas grafia seguir to fo a d o h in você terá te que cam através dele is o p , o rs u c ão um bom r. A câmera n a u n ti n o c r e qu que a certeza se is a pergunta o p , o v ti je b o Qual a é o principal mera é boa? â c l a u Q ... é rafo é o mais ouço lhar do fotóg o O ? ra e m â ra. melhor c orta a câme p im o ã n , te n mais importa
Outros trabalhos de Fรกbio Moraes
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AONDE VOCÊ QUER IR HOJE?
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Teatro A MADRINHA EMBRIAGADA Onde: Teatro Sesi. Endereço: Avenida Paulista, 1313 – Bela Vista. Contato: 11 3146 7406. Horário: quarta a sexta, às 21h; sábado, às 16h e 21h; e domingo, às 19h. GRÁTIS CRAZY FOR YOU Onde: Complexo Ohtake Cultural Endereço: Rua dos Coropés, 88 – Pinheiros Contato: 11 3728 4929 Horário: quinta e sexta, às 21h; sábado, às 17h e 21h; e domingo, às 18h. Ingresso: de R$ 50 a R$ 200. O REI LEÃO Onde: Teatro Renault Endereço: Avenida Brigadeiro Luís Antônio, 411 – Bela Vista Contato: 11 4003 5588 Horário: quarta e sexta, às 21h; sábado, às 16h e 21h; domingo, às 14h e 17h30. Ingresso: de R$ 50 a R$ 270 TIM MAIA – VALE TUDO, O MUSICAL Onde: Teatro Procópio Ferreira Endereço: Rua Augusta, 2823 – Jardim Paulista Contato: 11 3083 4475 Horário: sexta, às 21h30; sábado, às 17h e 21h; domingo, às 18h. Ingresso: de R$ 50 a R$ 120 BORRASCA Onde: Teatro e Bar Cemitério de Automóveis Endereço: Rua Frei Caneca, 384 – Consolação Contato: 11 2371 5783 Horário: sexta e sábado, 0h. Ingresso: R$ 30 TRAIR E COÇAR... É SÓ COMEÇAR Onde: Teatro das Artes SP Endereço: Avenida Rebouças, 3970 – Shopping Eldorado Contato: 11 3034 0075 Horário: sexta, às 21h30; sábado, às 21h; e domingo, às 19h Ingresso: de R$ 50 a R$ 60 SOBRE HOMENS E CUECAS Onde: Teatro Silvio Romero Endereço: Rua Coelho Lisboa, 324 – Shopping Silvio Romero Contato: 11 2093 2464 Horário: sábado, às 18h Ingresso: R$ 40 SEGUNDAS CÔMICAS Onde: Ao Vivo Music Endereço: Rua Inhambú, 229 – Vila Uberabinha Contato: 11 5052 0072 Horário: segunda, às 21h30 Ingresso: R$ 25
FINALMENTE JUNTOS Onde: Teatro Folha Endereço: Avenida Higienópolis, 618 – Consolação Contato: 11 3823 2323 Horário: sexta e sábado, 0h Ingresso: de R$ 20 a R$ 40 ENGOLINDO SAPO PRA UM DIA COMER PERERECA Onde: Teatro Ruth Escobar Endereço: Rua dos Ingleses, 209 – Morro dos Ingleses Contato: 11 3289 2358 Horário: sexta, às 21h30; sábado, às 21h; e domingo, às 19h30 Ingresso: de R$ 40 a R$ 50 PAULINHO SERRA EM PEDAÇOS Onde: Beverly Hills Endereço: Avenida Jurucê, 1001 – Indianápolis Contato: 11 5054 3815 Horário: quinta, às 21h30 Ingresso: R$ 30 A VIDA SEXUAL DA MULHER FEIA Onde: Teatro Folha Endereço: Avenida Higienópolis, 618 – Consolação Contato: 11 3823 2323 Horário: sexta, às 21h30; sábado, às 20h e 22h; domingo, às 19h30 Ingresso: de R$ 50 a R$ 70 BAILEI NA CURVA Onde: Teatro Bradesco Endereço: Rua Turiassu, 2100 – Bourbon Shopping Contato: 11 3670 4100 Horário: sábado, às 18h e 21h Ingresso: de R$ 40 a R$ 100 COMÉDIA AO VIVO Onde: Teatro Renaissance Endereço: Alameda Santos, 2233 – Cerqueira César Contato: 11 3069 2286 Horário: sexta, às 23h59 Ingresso: R$ 60 CASAL TPM 2 – A MÚSICA DA NOSSA VIDA Onde: Teatro Ruth Escobar Endereço: Rua dos Ingleses, 209 – Morro dos Ingleses Contato: 11 3289 2358 Horário: sábado, às 21h Ingresso: R$ 60 CASAL TPM Onde: Teatro Ruth Escobar Endereço: Rua dos Ingleses, 209 – Morro dos Ingleses Contato: 11 3289 2358 Horário: domingo, às 21h30 Ingresso: R$ 60 3 TESTOSTERONA Onde: Beverly Hills Endereço: Avenida Jurucê, 1001 – Indianópolis REVISTA GIRO SP | 97
AONDE VOCÊ QUER IR HOJE? Contato: 11 5054 3815 Horário: sexta e sábado, às 23h Ingresso: de R$ 25 a R$ 30 NOSSA CIDADE Onde: Teatro Sesc Anchieta Endereço: Rua Doutor Vila Nova, 245 – Vila Buarque Contato: 11 3234 3000 Horário: sexta e sábado, às 21h; domingo, às 18h Ingresso: R$ 32 NO QUARTO AO LADO – O ESPETÁCULO DO VIBRADOR Onde: Teatro Jaraguá Endereço: Rua Martins Fontes, 71 – Novotel Jaraguá, Centro Contato: 11 3255 4380 Horário: sexta, às 21h30; sábado, às 21h; domingo, às 19h Ingresso: de R$ 50 a R$ 60 MARILYN EM PRETO E BRANCO Onde: Teatro Augusta Endereço: Rua Augusta, 943 – Consolação Contato: 11 3151 4141 Horário: quarta e quinta, às 21h Ingresso: de R$ 25 a R$ 50 HOMENS NO DIVÃ Onde: Teatro Ruth Escobar Endereço: Rua dos Ingleses, 209 – Morro dos Ingleses Contato: 11 3289 2358 Horário: sexta e sábado, às 21h30; domingo, às 20h Ingresso: R$ 60 AS PRINCESAS DO CASTELO ENCANTADO Onde: Teatro Bibi Ferreira Endereço: Avenida Brigadeiro Luís Antônio, 931 – Bela Vista Contato: 11 3105 3129 Horário: domingo, às 16h Ingresso: R$ 40 ASSALTO ALTO Onde: Teatro Ruth Escobar Endereço: Rua dos Ingleses, 209 – Morro dos Ingleses Contato: 11 3289 2358 Horário: quinta, às 21h30 Ingresso: R$ 30 A PIOR DAS INTENÇÕES Onde: Teatro e Bar Cemitério de Automóveis Endereço: Rua Frei Caneca, 384 – Consolação Contato: 11 2371 5783 Horário: terça e quarta, 21h30 Ingresso: R$ 20 A PRINCESA E O DRAGÃO Onde: Sesc Belenzinho Endereço: Rua Padre Adelino, 1000 – Quarta Parada 98 | REVISTA GIRO SP
Contato: 11 2076 9700 Horário: sábado e domingo, às 12h Ingresso: R$ 10 A DESCOBERTA DAS AMÉRICAS Onde: Espaço Parlapatões Endereço: Praça Franklin Roosevelt, 158 – Consolação Contato: 11 3258 4449 Horário: sábado, às 21h; domingo, às 20h Ingresso: R$ 40 Exposições ALFREDO VOLPI Onde: Museu de Arte Contemporânea Endereço: Avenida Pedro Álvares Cabral, 1301 – Parque Ibirapuera Contato: 11 5573 9932 Horário: terça a domingo, das 10h às 18h. GRÁTIS ANA ELISA EGREJA Onde: Galeria Leme Endereço: Avenida Valdemar Ferreira, 130 – Butantã Contato: 11 3814 8184 Horário: segunda a sexta, das 10h às 19h; sábado, das 10h às 17h. GRÁTIS AMILCAR DE CASTRO – ESTUDOS INÉDITOS Onde: Instituto de Arte Contemporânea Endereço: Rua Doutor Álvaro Alvim, 90 – Vila Mariana Contato: 11 3255 2009 Horário: segunda a sexta, das 10h às 18h; sábado, das 10h às 16h. GRÁTIS CLASSICISMO, REALISMO, VANGUARDA: PINTURA ITALIANA NAS ENTREGUERRAS Onde: Museu de Arte Contemporânea Endereço: Avenida Pedro Álvares Cabral, 1301 – Parque Ibirapuera Contato: 11 5573 9932 Horário: terça a domingo e feriados, das 10h às 18h. GRÁTIS EDDIE PEAKE – CAUSTIC COMMUNITY (MASK AND MIRRORS) Onde: White Cube Endereço: Rua Agostinho Rodrigues Filho, 550 – Vila Clementino Horário: terça a sábado, das 11h às 19h GRÁTIS MAIS DE MIL BRINQUEDOS PARA A CRIANÇA BRASILEIRA Onde: Sesc Pompéia Endereço: Rua Clélia, 93 – Água Branca Horário: terça a domingo e feriados, das 10h às 19h GRÁTIS ÉLCIO MIAZAKI – RECONHECER-SE: CUBA-BRASIL Onde: Instituto Cervantes Endereço: Avenida Paulista, 2439 – Bela Vista Contato: 11 3897 9609 Horário: terça a sexta, das 14h às 22h; sábado, das 9h às 15h GRÁTIS
FLÁVIO DE CARVALHO Onde: Museu de Arte Brasileira – FAAP Endereço: Rua Alagoas, 903 – Higienópolis Contato: 11 3662 7198 Horário: terça a sexta, das 10h às 20h; sábado, domingo e feriado, das 13h às 17h. GRÁTIS FRONTEIRAS INCERTAS: ARTE E FOTOGRAFIA NO ACERVO DO MAC USP Onde: Museu de Arte Contemporânea Endereço: Avenida Pedro Álvares Cabral, 1301 – Parque Ibirapuera Contato: 11 5573 9932 Horário: terça a domingo, das 10h às 18h. GRÁTIS GREGÓRIO GRUBER E DEBORA MUSZKAT – FUSÕES Onde: Centro Cultural Judaica Endereço: Rua Oscar Freire, 2500 – Pinheiros Contato: 11 3065 4333 Horário: terça a domingo e feriados: das 12h às 19h. GRÁTIS
das 13h às 18h. GRÁTIS O FIM DA VIOLÊNCIA Onde: Galeria TATO Endereço: Rua Mateus Grou, 576 – Pinheiros Contato: 11 98171 2121 Horário: segunda a sexta, das 10h às 19h; sábado, das 10h às 16h. GRÁTIS Parques PARQUE BUENOS AIRES Endereço: Avenida Angélica, s/n – Santa Cecília Contato: 11 3666 8032 Horário: de segunda a domingo, das 06h às 19h GRATUITO PARQUE DA JUVENTUDE Endereço: Avenida Zaki Narchi, 1309 – Carandiru Contato: 11 2251 2706 Horário: de segunda a domingo, das 06h às 18h GRATUITO
LUIGI GHIRRI Onde: Instituto Moreira Salles Endereço: Rua Piauí, 844 – Consolação Contato: 11 3825 2560 Horário: terça a sexta, das 13h às 19h; sábado, domingo e feriados,
PARQUE DO IBIRAPUERA Endereço: Avenida Pedro Álvares Cabral, s/n – Parque Ibirapuera Contato: 11 5573 4180 Horário: de segunda a domingo, das 05h à 0h GRATUITO
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