ECOVILA VIELLIR - GABRIELA PORTELLINHA MARINO - 2018

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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho aos meus avós, sem os quais receber o título de arquiteta jamais teria sido possível. Olhando para eles, é quando percebo a beleza de uma vida bem vivida e a serenidade de quem tem muito o que ensinar, da forma mais simples possível.


AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus pela constante intercessão e por ter, durante inúmeros momentos, me conduzido e guiado até o caminho que hoje pude trilhar, sendo o meu principal sustento. A minha professora e orientadora Sonia Bocardi de Moraes, pela inspiração e por ser a minha referência mais nítida de uma profissional qualificada. Agradeço também aos amigos que fiz ao longo dessa jornada que, compartilhando suas experiências e dificuldades, me ajudaram a crescer. Agradeço aos meus familiares, que me apoiaram e me compreenderam durante toda essa fase tão agitada e totalmente nova, permitindo que a maturidade me alcançasse. Agradeço a todos os que, de alguma forma, me acompanharam, motivaram e torceram por mim. Por fim, quero agradecer, de maneira especial, ao meu noivo, João Pedro Bernardes, responsável por me fazer acreditar em mim mesma e por me mostrar, diariamente, que o grande propósito da vida é muito mais do que apenas seguir padrões e, naturalmente, envelhecer. É amadurecer, cultivar raízes e, assim, finalmente florescer.



ESPAÇO ECOVILA PARA TERCEIRA IDADE VIEILLIR – AMADURECER. CULTIVAR. FLORESCER.

Resumo: O tema escolhido corresponde a um projeto arquitetônico e urbanístico de uma ecovila, destinada especialmente ao público idoso do município de Garça, São Paulo. Considerando a problemática do acelerado processo de envelhecimento no Brasil, o atual estudo busca compreender as raízes deste processo, assim como a visão da sociedade sobre a qualidade de vida da população idosa. A proposta deste projeto tem como objetivo geral utilizar materiais ecológicos e promover uma construção sustentável, além de se apoiar em diretrizes que promovam a inclusão social e capacitação da terceira idade, suprindo suas necessidades e oferecendo todo o apoio necessário para um envelhecimento ativo e saudável. Partindo da ideia de que as estruturas destinadas a parcela idosa da população brasileira são escassas e regularmente fora dos parâmetros necessários, foram adotados como partidos principais do projeto alinhamentos correspondentes aos conceitos de acessibilidade, conforto ambiental, Desenho Universal e design ergonômico, de forma que os residentes da Ecovila Vieillir possam seguir suas vidas com total independência e possam escolher integrarem o espaço por conta de seus inúmeros atrativos, ao invés de se enxergarem abandonados por suas famílias e sem maiores alternativas de vida. Palavras-chave: Acessibilidade. Construções Sustentáveis. Ecovila.


TELHA ECOLÓGICA INCLINAÇÃO 50% TELHA ECOLÓGICA INCLINAÇÃO 50%

TELHA ECOLÓGICA INCLINAÇÃO 50%

TELHA ECOLÓGICA INCLINAÇÃO 50% TELHA ECOLÓGICA INCLINAÇÃO 50%

TELHA ECOLÓGICA INCLINAÇÃO 50%

TELHA ECOLÓGICA INCLINAÇÃO 50%

TELHA ECOLÓGICA INCLINAÇÃO 50%

TELHA ECOLÓGICA INCLINAÇÃO 50%

TELHA ECOLÓGICA INCLINAÇÃO 50% TELHA ECOLÓGICA INCLINAÇÃO 50%

TELHA ECOLÓGICA INCLINAÇÃO 50%

TELHA ECOLÓGICA INCLINAÇÃO 50% TELHA ECOLÓGICA INCLINAÇÃO 50%

TELHA ECOLÓGICA INCLINAÇÃO 50%

TELHA ECOLÓGICA INCLINAÇÃO 50%

TELHA ECOLÓGICA INCLINAÇÃO 50%

TELHA ECOLÓGICA INCLINAÇÃO 50%

TELHA ECOLÓGICA INCLINAÇÃO 50%

TELHA ECOLÓGICA INCLINAÇÃO 50%

TELHA ECOLÓGICA INCLINAÇÃO 50%

TELHA ECOLÓGICA INCLINAÇÃO 50%

TELHA ECOLÓGICA INCLINAÇÃO 50%

TELHA ECOLÓGICA INCLINAÇÃO 50% TELHA ECOLÓGICA INCLINAÇÃO 50%

TELHA ECOLÓGICA INCLINAÇÃO 50%

TELHA ECOLÓGICA INCLINAÇÃO 50% TELHA ECOLÓGICA INCLINAÇÃO 50%

1,95

0.83

10,55 2,00

REFEITÓRIO A = 205,14m²

8,00

0.83

1.87

8,20

6,00

TELHA GALVANIZADA INCLINAÇÃO 12%

COBERTURA METÁLICA INCLINAÇÃO 23%

COBERTURA METÁLICA INCLINAÇÃO 23%

TELHA GALVANIZADA INCLINAÇÃO 12%

4,25 GUARITA A = 10,41m²

40,20

4,25

0.83

2,00

2,50

TELHA GALVANIZADA INCLINAÇÃO 12%

TELHA GALVANIZADA INCLINAÇÃO 12%

TELHA GALVANIZADA INCLINAÇÃO 12%

TELHA GALVANIZADA INCLINAÇÃO 12%

TELHA GALVANIZADA INCLINAÇÃO 12%

TELHA GALVANIZADA INCLINAÇÃO 12%

TELHA GALVANIZADA INCLINAÇÃO 12%

TELHA GALVANIZADA INCLINAÇÃO 12%

TELHA GALVANIZADA INCLINAÇÃO 12%

TELHA GALVANIZADA INCLINAÇÃO 12%

TELHA GALVANIZADA INCLINAÇÃO 12%

TELHA GALVANIZADA INCLINAÇÃO 12%

TELHA GALVANIZADA INCLINAÇÃO 12%

TELHA GALVANIZADA INCLINAÇÃO 12%

TELHA GALVANIZADA INCLINAÇÃO 12%

3,25

7,35

RAMPA DE ACESSO INCLINAÇÃO = 17%

TELHA GALVANIZADA INCLINAÇÃO 12%

TELHA GALVANIZADA INCLINAÇÃO 12%

TELHA GALVANIZADA INCLINAÇÃO 12%

RAMPA DE ACESSO INCLINAÇÃO = 7%

2,45

TELHA GALVANIZADA INCLINAÇÃO 12%

TELHA GALVANIZADA INCLINAÇÃO 12%

TELHA GALVANIZADA INCLINAÇÃO 12% TELHA ECOLÓGICA INCLINAÇÃO 50%

TELHA ECOLÓGICA INCLINAÇÃO 50%

TELHA ECOLÓGICA INCLINAÇÃO 50%

TELHA ECOLÓGICA INCLINAÇÃO 50% TELHA ECOLÓGICA INCLINAÇÃO 50%

TELHA ECOLÓGICA INCLINAÇÃO 50%

TELHA ECOLÓGICA INCLINAÇÃO 50%

TELHA ECOLÓGICA INCLINAÇÃO 50%

2,10

34,80

2.02

TELHA GALVANIZADA INCLINAÇÃO 12%

TELHA GALVANIZADA INCLINAÇÃO 12%

TELHA GALVANIZADA INCLINAÇÃO 12%

TELHA GALVANIZADA INCLINAÇÃO 12%

TELHA ECOLÓGICA INCLINAÇÃO 50%

TELHA ECOLÓGICA INCLINAÇÃO 50%

TELHA ECOLÓGICA INCLINAÇÃO 50%

TELHA ECOLÓGICA INCLINAÇÃO 50%

TELHA GALVANIZADA INCLINAÇÃO 12%

GUARITA A = 10,41m²

30,40

RAMPA DE ACESSO INCLINAÇÃO = 4%

0.83

1,40

TELHA GALVANIZADA INCLINAÇÃO 12%

0.83 15,50

TELHA GALVANIZADA INCLINAÇÃO 12%

2,00

2,50

TELHA GALVANIZADA INCLINAÇÃO 12%

TELHA GALVANIZADA INCLINAÇÃO 12%

11,70

TELHA GALVANIZADA INCLINAÇÃO 12%

3,00

8,00

2,35

TELHA GALVANIZADA INCLINAÇÃO 12%

2,00

TELHA GALVANIZADA INCLINAÇÃO 12%

11,95

1,65

9,55

2,40

1,20

2,40

2,00

5,05 2,40

6,95

HORTA A = 22,18m²

ADMINISTRAÇÃO A = 15,68m²

1,60

5,00

HORTA A = 22,18m²

6,95

1,90

6,95

2,40 HORTA A = 22,18m²

IMPLANTAÇÃO | ESCALA 1/600

3,85

5,20 4,70

2,90

FOSSO DE ILUMINAÇÃO

4,70

2,05 2,30

2,05

11,10

RECEPÇÃO A = 52,90m²

a

e Eg

4,60

co

17,90

cis ran

aF Ru

O aumento da expectativa de vida acarretou lde va nte o em uma série de preocupações acerca da aM Ru qualidade do envelhecimento da população. O envelhecimento ativo demanda cuidados especiais voltados ao público idoso, desde simples atividades de lazer até a capacitação dos mesmos, resultante da autonomia proporcionada pela acessibilidade. Acredita-se que, dessa forma, torna-se possível retardar ou evitar inúmeras doenças. O presente projeto destina-se a do ha ac M instalação de uma ecovila privada, voltada ao o eir ad rig atendimento específico para a terceira idade. A B a Ru edificação será térrea, e consiste em fundamentos da sustentabilidade, principal partido arquitetônico adotado. Comportará setor administrativo, salas compartilhadas, ambientes internos e externos, assim como moradias adaptadas e acessíveis e e estruturas urbanas projetadas de acordo com o conceito do Desenho Universal. Blocos segmentarão o empreendimento de acordo com os setores - assim como os patamares previstos, embasados na inclinação do terreno, sendo estes: administrativo, compartilhado e de moradia.

5,20 CIRCULAÇÃO

2,95

4,15

1,20

4,15

14,55

4,15

TELHA GALVANIZADA INCLINAÇÃO 12%

ADMINISTRAÇÃO A = 14,92m²

2,40

SALA DE JOGOS A = 36,00m²

1,60

0.83

6,00

SALA DE ARTESANATO A = 36,00m²

6,00

DESPENSA A = 7,00m²

5,05

1,35

2,95

2,40

2,35

1,20

2,90

3,10

6,00

3,15

1,20 6,00

2,95

FOSSO DE ILUMINAÇÃO

12,35

SALA DE REUNIÕES A = 43,45m²

2,35 2,40

TELHA GALVANIZADA INCLINAÇÃO 12%

2,40

7,60

4,75

6,00

2,35 TELHA GALVANIZADA INCLINAÇÃO 12%

9,10

6,30

TELHA GALVANIZADA INCLINAÇÃO 12%

COZINHA WORKSHOP A = 52,77m² SALA DE LEITURA A = 36,00m²

TELHA GALVANIZADA INCLINAÇÃO 12%

0.83

1,50

1,90

1,50

o nP

ll we

2,10

0.83 1,90

0.83

a aB

de

5,00

Ru

5,25 8,40 GUARITA A = 27,72m²

0.80

RAMPA DE ACESSO INCLINAÇÃO = 7%

7,00

2,00

2,40

4,90

TELHA GALVANIZADA INCLINAÇÃO 12%

TELHA GALVANIZADA INCLINAÇÃO 12%

13,35

15,30

2,00

6,00

3,45

1,90

0.49

8,90

7,90

2,00

19,85

2,00

11,90

2,10

3,00

2,10

11,90

4,30

2,50

3,55

6,00

8,00

14,00

114,65

IMPLANTAÇÃO SETORIZADA | ESCALA 1/200 INTERAGIR

RESTAURANTE

EXERCITAR

CUIDAR

PISO CONCREGRAMA

PISO PERMEÁVEL

SERVIÇO

ADMINISTRATIVO

MORADIAS

COMPARTILHADOS

GRAMA

DECK DE MADEIRA

TFG - TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO - 2018 UNIMAR - UNIVERSIDADE DE MARÍLIA | ARQUITETURA E URBANISMO

AUTOR(A) / ALUNO(A)

GABRIELA PORTELLINHA MARINO ORIENTADOR(A)

PROF. MS. SONIA CRISTINA BOCARDI DE MORAES

TÍTULO

ESPAÇO ECOVILA PARA TERCEIRA IDADE: VIEILLIR - AMADURECER. CULTIVAR. FLORESCER.

FOLHA

ASSUNTO

IMPLANTAÇÃO E CONCEITUAÇÃO

1/6


2,30

6,20 6,00 2,55

DESPENSA A = 9,81m²

2,65

TERAPIA A = 9,81m²

2,85 ESPERA A = 27,67m²

1.39

2,85

2,00 2,00

RECEPÇÃO A = 72,61m²

5,50

2,40 A = 48,00m²

A = 25,91m²

TFG - TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO - 2018 UNIMAR - UNIVERSIDADE DE MARÍLIA | ARQUITETURA E URBANISMO

TÍTULO

ESPAÇO ECOVILA PARA TERCEIRA IDADE: VIEILLIR - AMADURECER. CULTIVAR. FLORESCER. PREPARO A = 11,69m²

ROUPARIA A = 11,69m²

1,20

B.H.O. FEMININO A = 22,00m²

1.39 2,15

3,55 3,30 0.83

2,15

LAVANDERIA LIMPA A = 11,64m²

4,85 3,55

B.H.O. MASCULINO

DESPENSA A = 6,16m²

2,20

39,25

4,50 5,75

2,00

LAVANDERIA SUJA A = 11,64m²

PRÉ-LAVAGEM A = 26,08m²

1,90

TELHA GALVANIZADA INCLINAÇÃO 12%

0.83 0.83 3,55 COLETA SELETIVA A = 7,45m²

CIRCULAÇÃO A = 23,08m²

1,20 CAMARA FRIA A = 9,94m²

1,55

1,60

COZINHA INDUSTRIAL A = 45,77m²

3,20

PILATES

2,65

8,15

2,95

11,80

2,95

0.83 14,70 2,60 2,60 DESPENSA A = 7,96m²

CIRCULAÇÃO

3,55 7,15

3,55

1,20

4,75

5,60

CIRCULAÇÃO

1,40

2,60

13,15

4,90

5,55

PÁTIO COBERTO A = 188,37m²

SALÃO PRINCIPAL A = 265,00m²

22,35

2,65

13,00

DESPENSA A = 5,90m²

7,85

7,00

1,20 11,60

2,60

2,95

12,45

DESPENSA A = 5,90m²

2,85

3,85

0.83

AUTOR(A) / ALUNO(A)

ORIENTADOR(A)

PROF. MS. SONIA CRISTINA BOCARDI DE MORAES ASSUNTO

IMPLANTAÇÃO SETORIZADA E PERFIL DO TERRENO

2,00

CAMARIM A = 14,49m²

3,95

2,00

5,65

13,70

2,80 3,15

2,85

13,40

3,30

3,45

0,75 2,85

4,30

TELHA GALVANIZADA INCLINAÇÃO 12%

0,75

0,75

2,10

2,10

TELHA ECOLÓGICA INCLINAÇÃO 50%

TELHA ECOLÓGICA INCLINAÇÃO 50%

INCLINAÇÃO 50%

TELHA ECOLÓGICA

TELHA ECOLÓGICA INCLINAÇÃO 50%

4,20

4,20

RAMPA DE ACESSO INCLINAÇÃO = 8%

2,95

6,40 3,10

0,75

3,45

3,90

TELHA ECOLÓGICA INCLINAÇÃO 50%

TELHA ECOLÓGICA INCLINAÇÃO 50%

TELHA ECOLÓGICA INCLINAÇÃO 50%

TELHA ECOLÓGICA INCLINAÇÃO 50%

TELHA ECOLÓGICA INCLINAÇÃO 50%

INCLINAÇÃO 50%

TELHA ECOLÓGICA

INCLINAÇÃO 50%

TELHA ECOLÓGICA

TELHA ECOLÓGICA INCLINAÇÃO 50%

TELHA ECOLÓGICA INCLINAÇÃO 50%

INCLINAÇÃO 50%

TELHA ECOLÓGICA

TELHA ECOLÓGICA INCLINAÇÃO 50%

TELHA ECOLÓGICA INCLINAÇÃO 50%

2.77

1,20

CIRCULAÇÃO ESTAR A = 8,82m²

1,50

2,40

5,65

4,45

FOSSO DE ILUMINAÇÃO

5,20

13,40

1,50 DORMITÓRIO A = 18,20m²

3,00

1,55

3,00

2,00

2,85

COZINHA A = 18,38m²

5,55

1.39 2,85

1,65

2,80

B.H.O. A = 7,32m²

7,45

4,00

5,20 ESTAR A = 8,82m²

2,10

7,60

2,35

2,10

6,00 0,80

INCLINAÇÃO 12%

3,65

2,80 2,65

3,55

TELHA GALVANIZADA

DORMITÓRIO A = 18,20m²

1,55 3,05

5,65

2,40

2,95 COZINHA A = 18,38m²

3,10

3,05

0,75

B.H.O. A = 7,32m²

2,40

13,90 1,35

2,85 3,65

3,45

0,75

2,85

2,80

4,70

1,55

3,55

5,20

1,45

CONSULTÓRIO A = 20,11m² ESTAR A = 8,82m²

4,35

4,85

COZINHA A = 18,38m²

3,55

2,40

2,20

6,00

7,95

3,05

3,80

RAMPA DE ACESSO INCLINAÇÃO = 23%

2,65

6,20

IMPLANTAÇÃO | ESCALA 1/1000 DORMITÓRIO A = 18,20m²

3,10

3,05

TELHA ECOLÓGICA INCLINAÇÃO 50%

TELHA ECOLÓGICA INCLINAÇÃO 50%

TELHA ECOLÓGICA INCLINAÇÃO 50%

TELHA ECOLÓGICA INCLINAÇÃO 50%

TELHA ECOLÓGICA INCLINAÇÃO 50%

INCLINAÇÃO 50%

TELHA ECOLÓGICA

INCLINAÇÃO 50%

TELHA ECOLÓGICA

TELHA ECOLÓGICA INCLINAÇÃO 50%

2,35

2,40

VESTIÁRIO FEMININO A = 23,87m²

3,65

4,05

2,70

INCLINAÇÃO 50%

TELHA ECOLÓGICA

TELHA ECOLÓGICA INCLINAÇÃO 50%

TELHA ECOLÓGICA INCLINAÇÃO 50%

INCLINAÇÃO 50%

TELHA ECOLÓGICA

TELHA ECOLÓGICA INCLINAÇÃO 50%

TELHA ECOLÓGICA INCLINAÇÃO 50%

1,25

7,30

FISIOTERAPIA A = 48,00m²

B.H.O. A = 7,32m²

3,55

TELHA GALVANIZADA INCLINAÇÃO 12%

1,50

2,70

8,00

13,65 2,35

7,20

1,70

PISCINA A = 177,45m²

5,15

CONSULTÓRIO A = 10,93m²

1,50 2,65

2,40

1,20

VESTIÁRIO MASCULINO A = 28,10m²

8,40

1,45

2,35

10,80

TELHA ECOLÓGICA

TELHA ECOLÓGICA INCLINAÇÃO 50%

INCLINAÇÃO 50%

1.39

2,40

2,40

7,30 3,90

2,95

TELHA GALVANIZADA INCLINAÇÃO 12%

2,35

TELHA GALVANIZADA INCLINAÇÃO 12%

1,55

6,80

TELHA GALVANIZADA INCLINAÇÃO 12%

INCLINAÇÃO 12%

TELHA GALVANIZADA

TELHA GALVANIZADA INCLINAÇÃO 12%

2,70

3,85

TELHA GALVANIZADA INCLINAÇÃO 12%

RECEPÇÃO A = 49,40m² CONSULTÓRIO A = 29,81m²

8,00

1,75

3,10

INCLINAÇÃO 12%

TELHA GALVANIZADA

COBERTURA METÁLICA INCLINAÇÃO 23%

COBERTURA METÁLICA INCLINAÇÃO 23%

INCLINAÇÃO 50%

TELHA ECOLÓGICA

TELHA ECOLÓGICA INCLINAÇÃO 50%

TELHA ECOLÓGICA INCLINAÇÃO 50%

TELHA ECOLÓGICA INCLINAÇÃO 50%

TELHA ECOLÓGICA INCLINAÇÃO 50%

5,35

3,85

TELHA GALVANIZADA INCLINAÇÃO 12%

TELHA GALVANIZADA INCLINAÇÃO 12%

TELHA GALVANIZADA INCLINAÇÃO 12%

4,90

TELHA GALVANIZADA INCLINAÇÃO 12%

TELHA GALVANIZADA INCLINAÇÃO 12%

TELHA GALVANIZADA INCLINAÇÃO 12%

TELHA ECOLÓGICA INCLINAÇÃO 50%

TELHA ECOLÓGICA INCLINAÇÃO 50%

TELHA ECOLÓGICA INCLINAÇÃO 50%

INCLINAÇÃO 12%

13,00

TELHA GALVANIZADA INCLINAÇÃO 12%

TELHA GALVANIZADA INCLINAÇÃO 12%

TELHA GALVANIZADA INCLINAÇÃO 12%

TELHA GALVANIZADA INCLINAÇÃO 12%

TELHA GALVANIZADA

3,85

TELHA GALVANIZADA INCLINAÇÃO 12% TELHA GALVANIZADA INCLINAÇÃO 12%

TELHA GALVANIZADA INCLINAÇÃO 12%

TELHA GALVANIZADA INCLINAÇÃO 12%

TELHA GALVANIZADA INCLINAÇÃO 12%

TELHA GALVANIZADA INCLINAÇÃO 12% TELHA GALVANIZADA INCLINAÇÃO 12%

TELHA GALVANIZADA INCLINAÇÃO 12%

TELHA GALVANIZADA INCLINAÇÃO 12%

TELHA GALVANIZADA INCLINAÇÃO 12%

2.84

3,85

TELHA GALVANIZADA INCLINAÇÃO 12%

TELHA GALVANIZADA INCLINAÇÃO 12%

INCLINAÇÃO 12%

TELHA GALVANIZADA

TELHA GALVANIZADA INCLINAÇÃO 12%

TELHA GALVANIZADA INCLINAÇÃO 12%

TELHA GALVANIZADA INCLINAÇÃO 12%

TELHA GALVANIZADA INCLINAÇÃO 12%

TELHA GALVANIZADA INCLINAÇÃO 12%

TELHA GALVANIZADA INCLINAÇÃO 12%

FACHADA HUMANIZADA ÁREA DE CONVIVÊNCIA

1.39

3,00

1.39 RAMPA DE ACESSO INCLINAÇÃO = 8%

1.39

2,95

12,45

2,95

3,10 AUDITÓRIO A = 153,32m²

4,30

2,00 3,10

1.39

4,70 2,95 15,55

TELHA GALVANIZADA INCLINAÇÃO 12%

2,70 COZINHA A = 175,00m²

1.39 6,95

SALÃO SECUNDÁRIO A = 175,00m²

RAMPA DE ACESSO INCLINAÇÃO = 7%

8,15 15,50 1,50

1.39

1.39 4,35

6,25

IMPLANTAÇÃO SETORIZADA | ESCALA 1/200

PERFIL ESQUERDO DO TERRENO | ESCALA 1/600

FOLHA

GABRIELA PORTELLINHA MARINO

2/6


RESTAURANTE | CORTE BB | ESCALA 1/100 8,15 COZINHA INDUSTRIAL A = 45,77m² Telha Galvanizada

1,00

Manta Térmica

TELHA ECOLÓGICA INCLINAÇÃO 50%

TELHA ECOLÓGICA INCLINAÇÃO 50% TELHA ECOLÓGICA INCLINAÇÃO 50%

TELHA ECOLÓGICA INCLINAÇÃO 50%

TELHA ECOLÓGICA INCLINAÇÃO 50% TELHA ECOLÓGICA INCLINAÇÃO 50%

TELHA ECOLÓGICA INCLINAÇÃO 50%

TELHA ECOLÓGICA INCLINAÇÃO 50%

TELHA ECOLÓGICA INCLINAÇÃO 50%

TELHA ECOLÓGICA INCLINAÇÃO 50%

TELHA ECOLÓGICA INCLINAÇÃO 50%

TELHA ECOLÓGICA INCLINAÇÃO 50%

TELHA ECOLÓGICA INCLINAÇÃO 50%

TELHA ECOLÓGICA INCLINAÇÃO 50%

TELHA ECOLÓGICA INCLINAÇÃO 50%

TELHA ECOLÓGICA INCLINAÇÃO 50%

TELHA ECOLÓGICA INCLINAÇÃO 50%

TELHA ECOLÓGICA INCLINAÇÃO 50%

TELHA ECOLÓGICA INCLINAÇÃO 50%

TELHA ECOLÓGICA INCLINAÇÃO 50%

TELHA GALVANIZADA INCLINAÇÃO 12%

TELHA GALVANIZADA INCLINAÇÃO 12%

COBERTURA METÁLICA INCLINAÇÃO 23% TELHA GALVANIZADA INCLINAÇÃO 12%

TELHA GALVANIZADA INCLINAÇÃO 12%

TELHA GALVANIZADA INCLINAÇÃO 12%

TELHA GALVANIZADA INCLINAÇÃO 12%

TELHA GALVANIZADA INCLINAÇÃO 12%

TELHA GALVANIZADA INCLINAÇÃO 12%

TELHA GALVANIZADA INCLINAÇÃO 12%

TELHA GALVANIZADA INCLINAÇÃO 12%

TELHA GALVANIZADA INCLINAÇÃO 12%

TELHA GALVANIZADA INCLINAÇÃO 12%

TELHA GALVANIZADA INCLINAÇÃO 12%

TELHA GALVANIZADA INCLINAÇÃO 12%

TELHA GALVANIZADA INCLINAÇÃO 12%

TELHA GALVANIZADA INCLINAÇÃO 12%

TELHA GALVANIZADA INCLINAÇÃO 12%

TELHA GALVANIZADA INCLINAÇÃO 12%

TELHA GALVANIZADA INCLINAÇÃO 12%

TELHA GALVANIZADA INCLINAÇÃO 12%

RESTAURANTE | CORTE AA | ESCALA 1/100

0.83

TELHA GALVANIZADA INCLINAÇÃO 12%

TELHA ECOLÓGICA INCLINAÇÃO 50%

TELHA ECOLÓGICA INCLINAÇÃO 50%

TELHA GALVANIZADA INCLINAÇÃO 12%

TELHA ECOLÓGICA INCLINAÇÃO 50%

TELHA ECOLÓGICA INCLINAÇÃO 50% TELHA ECOLÓGICA INCLINAÇÃO 50%

TELHA ECOLÓGICA INCLINAÇÃO 50%

TELHA ECOLÓGICA INCLINAÇÃO 50%

TELHA ECOLÓGICA INCLINAÇÃO 50% TELHA ECOLÓGICA INCLINAÇÃO 50%

TELHA ECOLÓGICA INCLINAÇÃO 50%

TELHA ECOLÓGICA INCLINAÇÃO 50%

TELHA ECOLÓGICA INCLINAÇÃO 50% TELHA GALVANIZADA INCLINAÇÃO 12%

REFEITÓRIO A = 205,14m²

TELHA GALVANIZADA INCLINAÇÃO 12%

TELHA GALVANIZADA INCLINAÇÃO 12%

TELHA GALVANIZADA INCLINAÇÃO 12%

TELHA GALVANIZADA INCLINAÇÃO 12%

10,55

TELHA ECOLÓGICA INCLINAÇÃO 50%

2,10

TELHA GALVANIZADA INCLINAÇÃO 12%

8,20

1.39

TELHA ECOLÓGICA INCLINAÇÃO 50%

6,00 0,90 1,00

0,60 1,80

7,35

2,80

4,00

1,10

TELHA ECOLÓGICA INCLINAÇÃO 50%

Telha Galvanizada

TELHA ECOLÓGICA INCLINAÇÃO 50%

Manta Térmica

Estrutura Metálica

Estrutura Metálica

TELHA ECOLÓGICA INCLINAÇÃO 50%

0.83

Calha

TELHA ECOLÓGICA INCLINAÇÃO 50%

CAMARA FRIA A = 9,94m²

TELHA ECOLÓGICA INCLINAÇÃO 50%

DESPENSA A = 6,16m²

3,55

COBERTURA METÁLICA INCLINAÇÃO 23%

1,20

1.39

2,80

2,20

Estrutura Metálica

2,80

2,10

4,35 B.H.O. FEMININO A = 22,00m²

6,20

CIRCULAÇÃO A = 23,08m²

7,30

B.H.O. MASCULINO A = 25,91m²

Calha

TELHA ECOLÓGICA INCLINAÇÃO 50%

Estrutura Metálica

4,00

3,55

Telha Galvanizada

2,10

COLETA SELETIVA A = 7,45m²

Calha

1,80 0,60

3,55

Manta Térmica

1,20 1,20

3,55

2,10

3,55

Manta Térmica

1,10

Telha Galvanizada

Os grandes ambientes voltados ao convívio dos residentes apresentarão um pé-direito mais alongado, contribuindo com o conforto climático. Haverão então, diferenças de alturas, conforme demonstradas nos cortes em questão. A fim de garantir maior aproveitamento da incidência solar, as esquadrias previstas serão, em sua totalidade, de alumínio e vidro, permitindo que a maior fonte de iluminação seja a natural - e mantendo o padrão de uma construção sustentável. As coberturas das áreas de transcição entre os espaços internos e externos - detalhadas nas implantações reforçarão o conceito, utilizando do contraste gerado pelas áreas ensolaradas e sombreadas como uma ferramenta estética que proporcione acolhimento e conforto visual, devido também a escolha do material das mesmas, a madeira. As coberturas dos espaços internos serão compostas por estruturas metálicas, encobertas por platibandas de alvenaria. Já as telhas, seguirão o mesmo padrão ecológico adotado para a ecovila, sendo feitas de alumínio galvanizado e polietileno, integradas à uma manta térmica.

TELHA GALVANIZADA INCLINAÇÃO 12%

TELHA GALVANIZADA INCLINAÇÃO 12%

TELHA GALVANIZADA INCLINAÇÃO 12%

TELHA GALVANIZADA INCLINAÇÃO 12%

TELHA GALVANIZADA INCLINAÇÃO 12%

TELHA GALVANIZADA INCLINAÇÃO 12%

TELHA GALVANIZADA INCLINAÇÃO 12%

TELHA GALVANIZADA INCLINAÇÃO 12%

TELHA GALVANIZADA INCLINAÇÃO 12%

LEGENDA

TELHA GALVANIZADA INCLINAÇÃO 12%

TELHA GALVANIZADA INCLINAÇÃO 12%

TELHA GALVANIZADA INCLINAÇÃO 12%

TELHA GALVANIZADA INCLINAÇÃO 12%

EXERCITAR TELHA GALVANIZADA INCLINAÇÃO 12%

15,50

RESTAURANTE

RESTAURANTE | ESCALA 1/100

2,40

6,00 Estrutura Metálica

Manta Térmica

Telha Galvanizada

1,00

Telha Galvanizada

Calha Estrutura Metálica

1,20 1,00

5,10 2,10

8,00

FOSSO DE ILUMINAÇÃO

2,95

8,00

2,40 FISIOTERAPIA A = 48,00m²

Manta Térmica

2,80

6,00

2,35

13,65

1.39

PILATES A = 48,00m²

2,40 2,35

13,00

PISCINA A = 177,45m²

EXERCITAR | CORTE AA | ESCALA 1/100 4,70

4,85 1,70

4,85

4,90

Telha Galvanizada

RECEPÇÃO A = 72,61m²

Manta Térmica

Manta Térmica

Telha Galvanizada

1,10

Estrutura Metálica

4,00 Calha

2,85

1.39

1,75 0,60

1.39

2,85 2,40

DESPENSA A = 9,81m²

3,85

3,85

VESTIÁRIO FEMININO A = 23,87m²

3,85

3,85

VESTIÁRIO MASCULINO A = 28,10m²

ESPERA A = 27,67m²

4,00

2,65

2,80

2,55

TERAPIA A = 9,81m²

4,00

6,00

1,45

6,20

2,40

7,30

7,20

Estrutura Metálica

3,85 EXERCITAR | ESCALA 1/100

EXERCITAR | CORTE BB | ESCALA 1/100

TFG - TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO - 2018 UNIMAR - UNIVERSIDADE DE MARÍLIA | ARQUITETURA E URBANISMO

AUTOR(A) / ALUNO(A)

GABRIELA PORTELLINHA MARINO ORIENTADOR(A)

PROF. MS. SONIA CRISTINA BOCARDI DE MORAES

TÍTULO

ESPAÇO ECOVILA PARA TERCEIRA IDADE: VIEILLIR - AMADURECER. CULTIVAR. FLORESCER.

FOLHA

ASSUNTO

PLANTAS E CORTES DAS ÁREAS COMPARTILHADAS

3/6


2,60

CIRCULAÇÃO

2,60

1,20

6,95

3,10

7,45

3,15

SALÃO SECUNDÁRIO A = 175,00m²

13,00

1,20

AUDITÓRIO A = 153,32m²

3,95

SALÃO PRINCIPAL A = 265,00m²

DESPENSA A = 5,90m²

11,60

13,40

2,00

2,95

13,40

7,15

1,50

CIRCULAÇÃO

COZINHA A = 175,00m²

1,20

4,45

DESPENSA A = 7,96m²

13,15

1,40

2,70

4,30

2,60

2,95

2,60

14,70

CAMARIM A = 14,49m²

4,30

22,35

11,80

15,50

SALÃO PRINCIPAL E SALÃO SECUNDÁRIO | ESCALA 1/100

AUDITÓRIO | ESCALA 1/100

Telha Galvanizada

Manta Térmica

Calha

SALÃO PRINCIPAL E SALÃO SECUNDÁRIO | CORTE AA | ESCALA 1/100

Telha Galvanizada

2,10

1,80

0,60

Manta Térmica

Telha Galvanizada

Calha

SALÃO PRINCIPAL E SALÃO SECUNDÁRIO | CORTE BB | ESCALA 1/100

2,10 0,90

4,00

0,60

1,20 1,00

5,15

Estrutura Metálica

2,10

2,80

5,15

4,00

1.39

1.39

1,00

Manta Térmica

1,10

Estrutura Metálica

0,60

Estrutura Metálica

1,80

Calha

Estrutura Metálica

AUDITÓRIO | CORTE AA | ESCALA 1/100

Manta Térmica

1,00

Telha Galvanizada

2,80

2,10

4,00

Estrutura Metálica

2,10

1,00 0,90

2,10

2,10

4,00

5,15

1,80

Calha

1.39

Manta Térmica

Calha

1,00

Telha Galvanizada

1,80

Estrutura Metálica

Telha Galvanizada

1,00

Manta Térmica

Telha Galvanizada

4,00

Manta Térmica

1,00

Estrutura Metálica

1.39

AUDITÓRIO | CORTE BB | ESCALA 1/100

LEGENDA COMPARTILHADOS

TFG - TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO - 2018 UNIMAR - UNIVERSIDADE DE MARÍLIA | ARQUITETURA E URBANISMO

AUTOR(A) / ALUNO(A)

GABRIELA PORTELLINHA MARINO ORIENTADOR(A)

PROF. MS. SONIA CRISTINA BOCARDI DE MORAES

TÍTULO

ESPAÇO ECOVILA PARA TERCEIRA IDADE: VIEILLIR - AMADURECER. CULTIVAR. FLORESCER.

FOLHA

ASSUNTO

PLANTAS E CORTES DAS ÁREAS COMPARTILHADAS

4/6


2,15

CASA DE COMANDO

1,85

15,85

10,10

PAINÉIS FOTOVOLTAICOS

6,00

ESTAÇÃO COMPACTA DE TRATAMENTO DE ESGOTO

26,30 3.50

3.50

2,65 2,35

2,85

2,65

5,65 3,05

B.H.O. A = 7,32m²

3,45

3,45

2,35

COZINHA A = 18,38m²

5,65 COZINHA A = 18,38m²

3,05

2,85

0,75

0,75

6,00

B.H.O. A = 7,32m²

2,85

ESTAR A = 8,82m²

QUADRAS DE MORADIAS

5,20 2,85

2,35

2,35

5,20

6,00

RAMPA DE ACESSO INCLINAÇÃO = 5%

3,10

DORMITÓRIO A = 18,20m²

3,65

ESTAR A = 8,82m²

3,10

3,65

DORMITÓRIO A = 18,20m²

3.50

2,85 2,65

2,85

2,85

2,65

61,65

3,10

2,35

COZINHA A = 18,38m²

3,05

B.H.O. A = 7,32m²

3,45

3,05

3,45

5,20 5,65

B.H.O. A = 7,32m²

2,85

0,75

COZINHA A = 18,38m²

COZINHA A = 18,38m²

3,05

COZINHA A = 18,38m²

0,75

0,75

2,85

DORMITÓRIO A = 18,20m²

2,85

2,35

5,65 2,35

5,65 3,45

B.H.O. A = 7,32m²

2,65 2,65

5,65 3,05

COZINHA A = 18,38m²

0,75

COZINHA A = 18,38m²

3,45

3,45

3,05

B.H.O. A = 7,32m²

5,20

2,35 3,05

5,65 B.H.O. A = 7,32m²

5,20

2,85

5,20

3,45

2,35

ESTAR A = 8,82m²

2,85 2,85

5,65

0,75

2,35

DORMITÓRIO A = 18,20m²

B.H.O. A = 7,32m²

2,65 2,85

0,75

2,85 5,20

2,85 5,20

ESTAR A = 8,82m²

3,65

3,65

DORMITÓRIO A = 18,20m²

3,10

ESTAR A = 8,82m²

3,10

3,65

ESTAR A = 8,82m²

3,10

DORMITÓRIO A = 18,20m²

3,65

ESTAR A = 8,82m²

3,10

3,65

ESTAR A = 8,82m²

3,65

DORMITÓRIO A = 18,20m² DORMITÓRIO A = 18,20m²

3,10

3.50

2,65

2,00

2,00

3,50

3,50

2,35

2,35

2,35

2,35 R1 ,5 0

2,00

R1

2,00

2,35

,5 0

3,50

6,00

3,17

RAMPA DE ACESSO INCLINAÇÃO = 14%

RAMPA DE ACESSO INCLINAÇÃO = 14%

0 ,5 R1

2,00

3,50

6,00

2,00

COZINHA A = 18,38m²

2,80

0,75

5,20

TELHA ECOLÓGICA INCLINAÇÃO 50%

TELHA ECOLÓGICA INCLINAÇÃO 50%

5,20

TELHA ECOLÓGICA INCLINAÇÃO 50%

TELHA ECOLÓGICA INCLINAÇÃO 50%

TELHA ECOLÓGICA INCLINAÇÃO 50% TELHA ECOLÓGICA INCLINAÇÃO 50%

TELHA ECOLÓGICA INCLINAÇÃO 50%

TELHA ECOLÓGICA INCLINAÇÃO 50% TELHA ECOLÓGICA INCLINAÇÃO 50%

TELHA ECOLÓGICA INCLINAÇÃO 50%

TELHA ECOLÓGICA INCLINAÇÃO 50% TELHA ECOLÓGICA INCLINAÇÃO 50%

TELHA ECOLÓGICA INCLINAÇÃO 50%

TELHA ECOLÓGICA INCLINAÇÃO 50%

TELHA ECOLÓGICA INCLINAÇÃO 50%

TELHA ECOLÓGICA INCLINAÇÃO 50%

TELHA ECOLÓGICA INCLINAÇÃO 50%

TELHA ECOLÓGICA INCLINAÇÃO 50%

TELHA ECOLÓGICA INCLINAÇÃO 50%

TELHA ECOLÓGICA INCLINAÇÃO 50%

TELHA ECOLÓGICA INCLINAÇÃO 50%

4,48

TELHA ECOLÓGICA INCLINAÇÃO 50%

RAMPA DE ACESSO INCLINAÇÃO = 15%

TELHA ECOLÓGICA INCLINAÇÃO 50%

2,85

2,35 2,85

2,35

TELHA ECOLÓGICA INCLINAÇÃO 50%

5,20

3,10

3,65

3,65

3,10

2,85

2,35

2,85

ESTAR A = 8,82m²

TELHA ECOLÓGICA INCLINAÇÃO 50%

1,50

DORMITÓRIO A = 18,20m² ESTAR A = 8,82m²

TELHA ECOLÓGICA INCLINAÇÃO 50%

2,85

ESTAR A = 8,82m²

DORMITÓRIO A = 18,20m²

TELHA ECOLÓGICA INCLINAÇÃO 50%

5,20

2,35

DORMITÓRIO A = 18,20m²

3,65

3,65

ESTAR A = 8,82m²

B.H.O. A = 7,32m²

B.H.O. A = 7,32m²

TELHA ECOLÓGICA INCLINAÇÃO 50%

1,55

COZINHA A = 18,38m²

3,05

B.H.O. A = 7,32m²

2,35

2,35 3,45

COZINHA A = 18,38m²

2,65

5,65

3,05

0,75

0,75

2,85 2,65

3,45

2,85 3,05

3,45

3,45

3,05

3,65

ESTAR A = 8,82m²

2,35 5,20

0,75

2,35

6,00

2,85

COZINHA A = 18,38m²

DORMITÓRIO A = 18,20m²

1,55

DORMITÓRIO A = 18,20m²

3,10

3,65 5,20

B.H.O. A = 7,32m²

2,80

1,55 ESTAR A = 8,82m²

COZINHA A = 18,38m²

3,10

2,80

2,65

5,65 3,45

B.H.O. A = 7,32m²

DORMITÓRIO A = 18,20m²

2,85

5,65

3,10

COZINHA A = 18,38m²

2,85

5,65

5,65 3,05

B.H.O. A = 7,32m²

3,45

3,05

2,35

2,65

2,35

2,85

3,10

2,65

0,75

2,85

5,65

0,75

2,65

2,35

0,75

0,75

0,75

FACHADA DOS CHALÉS

SOLARIUM A = 142,50m²

2,85 5,20 5,65

TELHA ECOLÓGICA INCLINAÇÃO 50%

TELHA ECOLÓGICA INCLINAÇÃO 50%

TELHA ECOLÓGICA INCLINAÇÃO 50%

TELHA ECOLÓGICA INCLINAÇÃO 50%

TELHA ECOLÓGICA INCLINAÇÃO 50%

TELHA GALVANIZADA INCLINAÇÃO 12%

TELHA GALVANIZADA INCLINAÇÃO 12%

TELHA GALVANIZADA INCLINAÇÃO 12%

TELHA GALVANIZADA INCLINAÇÃO 12%

COBERTURA METÁLICA INCLINAÇÃO 23%

COBERTURA METÁLICA INCLINAÇÃO 23%

TELHA GALVANIZADA INCLINAÇÃO 12%

TELHA GALVANIZADA INCLINAÇÃO 12%

TELHA GALVANIZADA INCLINAÇÃO 12% TELHA ECOLÓGICA INCLINAÇÃO 50%

TELHA ECOLÓGICA INCLINAÇÃO 50%

TELHA ECOLÓGICA INCLINAÇÃO 50%

TELHA ECOLÓGICA INCLINAÇÃO 50%

TELHA ECOLÓGICA INCLINAÇÃO 50%

TELHA ECOLÓGICA INCLINAÇÃO 50%

TELHA GALVANIZADA INCLINAÇÃO 12%

TELHA GALVANIZADA INCLINAÇÃO 12% TELHA GALVANIZADA INCLINAÇÃO 12%

TELHA GALVANIZADA INCLINAÇÃO 12%

TELHA GALVANIZADA INCLINAÇÃO 12%

TELHA GALVANIZADA INCLINAÇÃO 12%

TELHA GALVANIZADA INCLINAÇÃO 12%

TELHA GALVANIZADA INCLINAÇÃO 12%

TELHA GALVANIZADA INCLINAÇÃO 12%

TELHA GALVANIZADA INCLINAÇÃO 12%

TELHA GALVANIZADA INCLINAÇÃO 12%

TELHA GALVANIZADA INCLINAÇÃO 12%

TELHA GALVANIZADA INCLINAÇÃO 12%

TELHA GALVANIZADA INCLINAÇÃO 12%

TELHA GALVANIZADA INCLINAÇÃO 12%

TELHA GALVANIZADA INCLINAÇÃO 12%

TELHA GALVANIZADA INCLINAÇÃO 12%

2,85

TELHA GALVANIZADA INCLINAÇÃO 12%

13,05

2,85 2,65

13,90

TELHA GALVANIZADA INCLINAÇÃO 12%

TELHA GALVANIZADA INCLINAÇÃO 12%

2,85

COZINHA A = 18,38m²

10,00

0,75

3,45

B.H.O. A = 7,32m²

2,65 2,65

5,65 3,05

COZINHA A = 18,38m²

COZINHA A = 18,38m²

0,75

B.H.O. A = 7,32m²

3,45

3,05

3,05

2,35 B.H.O. A = 7,32m²

TELHA ECOLÓGICA INCLINAÇÃO 50%

5,20

5,65

3,45

2,35

5,20 2,35

5,45

2,85

0,75

2,85

3,00

ESTAR A = 8,82m²

3,10

3,65

3,65

DORMITÓRIO A = 18,20m²

TELHA GALVANIZADA INCLINAÇÃO 12%

1,20

1,55 ESTAR A = 8,82m²

3,10

3,65

DORMITÓRIO A = 18,20m²

3,10

1,55 ESTAR A = 8,82m²

1,20

1,20 1,40

1,55 DORMITÓRIO A = 18,20m²

2,75

GUARITA A = 10,41m²

1,20

2,45

4,25 RAMPA DE ACESSO INCLINAÇÃO = 4%

3,50

A premissa essencial foi a de criar um ambiente agradável, onde a população idosa pudesse usufruir de inúmeras atividades compatíveis com seus interesses, proporcionando um envelhecimento ativo e saudável. Para isso, uma linguagem inovadora, mas ao mesmo tempo confortável e funcional, foi criada e estabelecida ao longo do projeto. A otimização de espaço, assim como as características e formas dos ambientes, pretendem contribuir com a autonomia e independência dos usuários. O estilo adotado é contemporâneo, integrado aos princípios da arquitetura sustentável, dotado de materiais ecológicos, tecnológicos e naturais. Tratando-se da cobertura, estas receberão as estruturas necessárias para o funcionamento de um sistema de captação da água de chuva, para futuro reaproveitamento. Está programada uma área especial para os painéis solares fotovoltaicos, assim como a estação compacta de tratamento de esgoto, ao fundo do lote - e respeitando o afastamento mínimo, de acordo com as normas. Uma vasta vegetação acompanha o desenho das ruas e quadras, contidas por um muro de arrimo, uma vez que se encontram em nível superior. O patamar correspondente ao setor de moradia foi aplanado a fim de evitar calçadas íngrimes, sendo a terceira e última parcela que constitui a Ecovila Vieillir.

TELHA GALVANIZADA INCLINAÇÃO 12%

TELHA GALVANIZADA INCLINAÇÃO 12%

2,00

TELHA GALVANIZADA INCLINAÇÃO 12%

TELHA GALVANIZADA INCLINAÇÃO 12%

3,50

TELHA GALVANIZADA INCLINAÇÃO 12%

6,00 3,00

1,45

13,90

IMPLANTAÇÃO SETORIZADA | ESCALA 1/250

TELHA GALVANIZADA INCLINAÇÃO 12%

TELHA GALVANIZADA INCLINAÇÃO 12%

2,00

2.77 TELHA GALVANIZADA INCLINAÇÃO 12%

0

TELHA GALVANIZADA INCLINAÇÃO 12%

14,25

,5

TELHA GALVANIZADA INCLINAÇÃO 12%

2,00

R1

TELHA GALVANIZADA INCLINAÇÃO 12%

TELHA GALVANIZADA INCLINAÇÃO 12%

TELHA GALVANIZADA INCLINAÇÃO 12%

2.77

2,35 2,00

2,35

TELHA GALVANIZADA INCLINAÇÃO 12%

PERFIL DIREITO DO TERRENO | ESCALA 1/600

TFG - TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO - 2018 UNIMAR - UNIVERSIDADE DE MARÍLIA | ARQUITETURA E URBANISMO

AUTOR(A) / ALUNO(A)

GABRIELA PORTELLINHA MARINO ORIENTADOR(A)

PROF. MS. SONIA CRISTINA BOCARDI DE MORAES

TÍTULO

ESPAÇO ECOVILA PARA TERCEIRA IDADE: VIEILLIR - AMADURECER. CULTIVAR. FLORESCER.

FOLHA

ASSUNTO

IMPLANTAÇÃO SETORIZADA E PERFIL DO TERRENO

5/6


Telha Ecológica

0,75

0,75

2,65

1,20 1,20

2,10

2,85

B.H.O. A = 7,32m²

3,45

5,65 3,05

2,35

2,10

3,00 1,80 0,60

Estrutura de Madeira

COZINHA A = 18,38m²

MORADIA "TIPO" | CORTE AA | ESCALA 1/100

2,80

Telha Ecológica

1,55

2,10

2,85

3,00

5,20

ESTAR A = 8,82m²

Estrutura de Madeira

3,10

3,65

DORMITÓRIO A = 18,20m²

MORADIA "TIPO" | ESCALA 1/100 MORADIA "TIPO" | CORTE BB | ESCALA 1/100

Através da construção de espaços inclusivos e seguros, integrar os idosos com a sociedade, torna-se uma realidade palpável - e extremamente necessária. Dessa forma, cria-se um projeto capaz de se comunicar com a vizinhança, agregando valor estético a uma área de entorno em expansão e atendendo aos idosos de toda a região, oferecendo não uma solução absoluta, mas sim, uma alternativa viável e convidativa, garantindo que essa fase de vida seja, de fato, enriquecedora. A Ecovila Vieillir pretende contrubuir com a mudança de visão da sociedade em relação às instituições de longa permanência para idosos, oferecendo uma estrutura inovadora e totalmente preparada. Vieillir - do francês, envelhecer -

TFG - TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO - 2018 UNIMAR - UNIVERSIDADE DE MARÍLIA | ARQUITETURA E URBANISMO

AUTOR(A) / ALUNO(A)

GABRIELA PORTELLINHA MARINO ORIENTADOR(A)

PROF. MS. SONIA CRISTINA BOCARDI DE MORAES

TÍTULO

ESPAÇO ECOVILA PARA TERCEIRA IDADE: VIEILLIR - AMADURECER. CULTIVAR. FLORESCER.

FOLHA

ASSUNTO

PLANTA, CORTES E DETALHES DA MORADIA "TIPO"

6/6


SUMÁRIO 1.

INTRODUÇÃO ................................................................................................ 12

2.

TEMA .............................................................................................................. 14

2.1.

TÍTULO ............................................................................................................ 14

2.2.

JUSTIFICATIVA DO TRABALHO .................................................................... 14

3.

COLETA DE DADOS ...................................................................................... 16

3.1.

CONCEITUAÇÃO............................................................................................ 16

3.1.1.

O Envelhecimento no Brasil ......................................................................... 16

3.1.2.

Envelhecimento Ativo ................................................................................... 24

3.1.3.

O Que é o Idoso? ......................................................................................... 25

3.2.

ESTADO DA ARTE ......................................................................................... 27

3.3.

LEITURAS DE PROJETOS ............................................................................. 30

3.3.1.

Complexo Social em Alcabideche ................................................................ 30

3.3.2.

Hogeweyk Village ......................................................................................... 39

3.3.3.

Lar de Idosos Peter Rosegger ..................................................................... 49

3.4.

LEGISLAÇÃO, NORMAS E DIRETRIZES ...................................................... 60

3.4.1.

Acessibilidade .............................................................................................. 60

3.4.2.

Conforto Ambiental....................................................................................... 67

3.4.3.

Desenho Universal ....................................................................................... 68

3.4.4.

Design Ergonômico ...................................................................................... 69

4.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ...................................................................... 73

4.1.

PROBLEMATIZAÇÃO ..................................................................................... 73

4.2.

OBJETIVOS .................................................................................................... 75

4.2.1.

Objetivos Gerais ........................................................................................... 75

4.2.2.

Objetivos Específicos ................................................................................... 75

5.

VIABILIDADE TÉCNICA ................................................................................. 77

5.1.

ESTUDO DE IMPLANTAÇÃO ......................................................................... 77

5.1.1.

Características de Garça .............................................................................. 77

5.1.2.

Terreno I....................................................................................................... 78

5.1.3.

Terreno II...................................................................................................... 79


5.1.4.

Terreno III..................................................................................................... 80

5.1.5.

Considerações Sobre a Escolha do Terreno ................................................ 81

5.1.6.

Topografia da Área para Implantação .......................................................... 83

5.2.

SUSTENTABILIDADE ..................................................................................... 84

5.2.1.

O Conceito de Ecovila .................................................................................. 84

5.2.2.

Materiais Sustentáveis ................................................................................. 85

5.2.3.

Iluminação Natural ....................................................................................... 87

5.2.4.

Sistema de Captação e Tratamento da Água de Chuva .............................. 87

5.2.5.

Sistema de Geração de Energia com Painéis Solares Fotovoltaicos ........... 89

5.2.6.

Estação Compacta de Tratamento de Esgoto .............................................. 90

5.3.

CONVIVÊNCIA FAMILIAR E COMUNITÁRIA ................................................. 91

6.

MATERIAIS E MÉTODOS .............................................................................. 93

6.1.

PROGRAMA DE NECESSIDADES E PRÉ-DIMENSIONAMENTO ................ 93

6.2.

ORGANOGRAMA E FLUXOGRAMA .............................................................. 96

6.2.1.

Organograma ............................................................................................... 96

6.2.2.

Fluxograma .................................................................................................. 97

6.3.

PARTIDO ARQUITETÔNICO .......................................................................... 98

7.

CONCLUSÃO ................................................................................................. 99

8.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................. 100


12

1. INTRODUÇÃO Quando discutimos a questão do envelhecimento e dos cuidados concernentes à população idosa, concluímos que há muito a ser feito, a fim de garantir com que essa fase seja não somente agradável, mas justa. Desmistificar o conceito de que a velhice está associada com a falta de objetivos e perspectivas, doenças, dependência, invalidez, entre outros aspectos negativos, é uma demanda que requer urgência, quando analisamos o constante crescimento da parcela populacional que representa a etapa da vida chamada terceira idade. A terceira idade deve ser vista como a melhor fase da vida de um indivíduo, uma vez que o mesmo poderá realizar inúmeras atividades que antes não ocupavam parte do seu dia-a-dia, devido a extensa rotina de trabalho do brasileiro, ou até mesmo por questões familiares. Fatores físicos, psicológicos e sociais serão levantados ao longo deste trabalho, a fim de compreender o processo de envelhecimento e propor um espaço capaz de suprir as necessidades exigidas pelo mesmo. Em pauta, está a questão do acelerado aumento da população acima de 60 anos no Brasil, que – segundo estatísticas apresentadas ao longo da pesquisa –, ocupará a sexta posição entre os países de maior porcentagem de idosos. Entretanto, é preocupante a ideia de que o país não apresente estruturas suficientes que garantam a mobilidade, o lazer, a saúde e o bem-estar da terceira idade. Todos esses problemas são resultantes da dificuldade de interação entre a sociedade e o idoso, o que, na maioria das vezes, tem acarretado em casos generalizados de depressão associada a solidão e falta de compreensão, inclusive da família em alguns casos. Os problemas da terceira idade já ultrapassam os problemas ambientais e de sustentabilidade, outra vertente a ser discutida e contemplada por esta proposta. É fato de que o Brasil não está preparado para o elevado índice de idosos presentes nas grandes e pequenas cidades brasileiras e muitas demandas que deveriam estar sendo cumpridas, seguindo o Estatuto do Idoso, estão caindo no esquecimento por parte do governo e também do restante da população. Uma alternativa viável é a implantação dos Centros de Convivência para Idosos, instalações com a função de auxiliar o idoso durante o envelhecimento. E ainda assim vemos uma série de abordagens que não correspondem com o principal


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propósito dessas instituições. Há uma grande carência no tratamento, respeito e investimento destinado aos centros, além de uma série de irregularidades ambientais e arquitetônicas, tornando estes espaços restritos e limitados. As ecovilas de caráter habitacional surgem com o propósito de integrar indivíduo x natureza, além de minimizar os impactos ambientais, levando em conta sua construção baseada em materiais ecológicos e sistemas sustentáveis. Permitir que a população idosa lide com a independência de forma natural e tão próxima às suas origens, pode ser uma atitude transformadora, capaz de reinventar a velhice e possibilitar uma qualidade de vida jamais imaginada para esta idade.


14

2. TEMA 2.1.

TÍTULO

Espaço Ecovila para Terceira Idade: Vieillir – Amadurecer. Cultivar. Florescer.

2.2.

JUSTIFICATIVA DO TRABALHO

O seguinte trabalho parte da necessidade de oferecer espaços e estruturas específicas para o público idoso, visando promover a inclusão e capacitação dessa parcela da população, uma vez que, as estatísticas comprovam um aumento significativo na porcentagem de indivíduos idosos no Brasil, além da carência de lugares acessíveis e irrestritos. O município de Garça comporta apenas um espaço que atenda às necessidades da terceira idade – e de forma meramente satisfatória –, sendo assim, não apresenta nenhuma edificação completa e que corresponda, de fato, à do projeto aqui proposto, em termos de dimensões e serviços oferecidos. A relação entre abrigos para idosos e abandono precisa ser desassociada e substituída por um novo conceito. Pensar em uma construção livre de barreiras espaciais e que possibilite a transição de pessoas de diversas idades e diferentes limitações, é uma atitude que demanda urgência, conforme dados coletados através de pesquisas embasadas no conceito de Desenho Universal, assim como nas normas impostas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), em especial a NBR 9050. Há ainda a questão do comprometimento ecológico, fator um tanto negligenciado por parte das iniciativas públicas nas cidades da região. Associar a questão do envelhecimento ativo e saudável à sustentabilidade será o principal desafio e propósito do seguinte trabalho, que terá como objetivo propor soluções aplicáveis a ambas as problemáticas recorrentes da sociedade contemporânea. Portanto, adotar os padrões construtivos e as funcionalidades de uma ecovila, aparece como uma alternativa atual, eficaz e ainda pouco explorada pela arquitetura brasileira. Os aspectos que contemplam a sustentabilidade são investimentos em qualidade de vida para gerações futuras que também possam usufruir do espaço proposto no projeto, além da preservação dos recursos naturais disponíveis na


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região. Moradias comunitárias auxiliam os idosos a manterem sua autonomia, além de evitarem a solidão. Um estilo de vida em contato com a natureza possibilita a realização de inúmeras novas atividades diárias e relações interpessoais.


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3. COLETA DE DADOS 3.1.

CONCEITUAÇÃO

3.1.1. O Envelhecimento no Brasil

Diversos fatores contribuíram com o processo de transição demográfica da zona rural para a urbana no Brasil. Apontamos, como alguns dos principais, as consequências diretas do processo de urbanização, responsável por alterar os costumes e dinâmicas da população. Houve então um aumento do custo de vida, resultando em jornadas de trabalho mais longas, assim como a necessidade de atuação da mulher no mercado de trabalho, afinal, sua renda torna-se fundamental para o lar (NASRI, 2008). Uma característica comum entre os países em desenvolvimento, é o crescimento populacional, ainda que lento. Repetimos o processo de transição demográfica iniciado na Europa, durante a Revolução Industrial, com diferentes implicações, onde a diminuição da taxa de fecundidade dava vez a uma população com maior número de indivíduos idosos e uma menor proporção de jovens. É fato que os avanços da medicina, assim como das indústrias farmacêuticas e melhores condições de vida, contribuíram para a evolução do fenômeno, afinal, dessa maneira, a expectativa de vida pôde se reconstruir e intensificar-se aos poucos (NASRI, 2008). Durante os anos de 1940 e 1960, o Brasil apresentou um declínio da mortalidade, aliado a altas taxas de fecundidade, o que, consequentemente, gerou uma população jovem quase estável e de crescimento acelerado. A partir de 1960, grupos populacionais de regiões privilegiadas e mais desenvolvidas, apresentaram redução na taxa de natalidade brasileira. Desencadeia-se então o processo de transição da estrutura etária. É previsto que no futuro prevaleça uma população mais idosa e com baixa taxa de crescimento (NASRI, 2008). Embora o fenômeno de envelhecimento populacional no Brasil seja um registro recente, já vivenciamos uma realidade diferente. Segundo projeções da Organização das Nações Unidas (ONU), pela primeira vez em 2050, haverá, no


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mundo, mais idosos que crianças menores de 15 anos1. Em contrapartida ao que a maioria pensa, para que uma população envelheça, é necessária a redução na taxa de fecundidade do país, e não da mortalidade (NASRI, 2008). O ritmo de vida da sociedade contemporânea, onde a mulher busca cada vez mais o seu espaço, em somatória com a medicina preventiva e o alcance da informação, geraram uma significativa queda das taxas de fecundidade, que se encontram abaixo do nível de reposição, assim como as de natalidade, que sofreram uma redução de 2,39 filhos por mulher no ano 2000, para 1,72, em 2015, de acordo com levantamentos realizados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2013, como indicam os gráficos apresentados nas figuras de 01 a 03. Figura 01 – Variação da taxa de fecundidade total no Brasil, no período dos anos de 2000 a 2015.

Fonte: IBGE, 2013.

1

De acordo com levantamento disponibilizado pela Secretaria de Direitos Humanos no documento: <http://www.mdh.gov.br/assuntos/pessoa-idosa/dadosestatisticos/DadossobreoenvelhecimentonoBrasil.pdf>. Acesso em: 27/02/2018.


18

Figura 02 – Variação da taxa bruta de natalidade por mil habitantes no Brasil, no período que compreende os anos de 2000 a 2015.

Fonte: IBGE, 2013. Nota-se, analisando os dados apresentados na figura 03, uma certa estabilização da taxa de mortalidade por habitantes no Brasil, embora não haja registro de grandes melhorias na qualidade de vida e saúde da população.


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Figura 03 – Variação da taxa bruta de mortalidade por mil habitantes no Brasil, no período que compreende os anos de 2000 a 2015.

Fonte: IBGE, 2013. Seguindo o raciocínio, presenciamos a era da maior expectativa de vida já registrada: 75,8 anos, podendo superar os 81, em regiões brasileiras mais desenvolvidas. Considerando uma análise realizada entre os anos de 1940 e 2016, concluímos que a expectativa de vida aumentou 30,3 anos (IBGE, 2017). Como afirmativa desta concepção torna-se relevante a análise de uma projeção feita por Martins (2013). A ilustração desta análise é apresentada na figura 04.


20

Figura 04 – Infográfico relacionando a questão do elevado crescimento da população idosa.

Fonte: Martins, 2013. Há ainda uma perspectiva de que no ano de 2025 a população brasileira de idosos chegará a 32 milhões, podendo, inclusive, alcançar os 66,5 milhões, até 2050, promovendo uma inversão na pirâmide etária do país, segundo estimativas publicadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2014. Essa concepção é ilustrada nas figuras 05, 06 e 07.


21

Figura 05 – Pirâmide etária absoluta gerada de acordo com dados coletados no Censo Demográfico de 1940, no Brasil.

Fonte: IBGE, 1940.


22

Figura 06 – Pirâmide etária absoluta gerada de acordo com Projeção da População por Sexo e Idade para o ano de 2010, no Brasil.

Fonte: IBGE, 2013.


23

Figura 07 – Pirâmide etária absoluta gerada de acordo com Projeção da População por Sexo e Idade para o ano de 2050, no Brasil.

Fonte: IBGE, 2013. A partir dessa coleta de dados, diversas demandas passam a ser consideradas e necessárias. A criação do Estatuto do Idoso, em vigor há 15 anos, foi considerada como um primeiro passo, quando analisamos os avanços das leis relacionadas a população idosa. O Estatuto do Idoso, Lei nº 10.741, Art. 3º (1º de outubro de 2003), diz que: É obrigação da família, da comunidade, da sociedade e do Poder Público assegurar ao idoso, com absoluta propriedade, a efetivação do direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária. (ESTATUTO DO IDOSO, 2003)

Partindo dos princípios propostos pelo Estatuto do Idoso, assim como diretrizes que assegurem direitos como proteção à vida e à saúde, além do respeito à integridade física e moral, será considerado também, ao longo deste projeto, a questão do envelhecimento ativo, proporcionando ao idoso direito ao respeito, liberdade e dignidade.


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3.1.2. Envelhecimento Ativo

Afirmar que a qualidade de vida é obtida através de um equilíbrio entre o físico e o mental, torna-se mais do que uma filosofia, quando analisamos as mudanças que o envelhecimento provoca no organismo do indivíduo que está adentrando a terceira idade. Durante essa fase, as doenças são corriqueiras, e, como consequência, a qualidade de vida passa a ser uma das maiores preocupações, afinal, obter uma vida saudável é sinônimo de bem-estar social (LIMA, 2006, p. 12). O ideal seria aceitar a velhice sem pensar no “envelhecer” com conotações positivas ou negativas, mas sim, buscar encontrar o melhor caminho para enfrentar essa fase que surge com toda a sua experiência e desafios. E o envelhecimento acompanhado de independência é nomeado como “envelhecimento ativo”, termo decorrente de uma política de saúde mundial adotada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) no ano de 2005 e implementada também pelo Brasil. Envelhecimento ativo é o processo de otimização das oportunidades de saúde, participação e segurança, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida à medida que as pessoas ficam mais velhas (WHO, 2005). De acordo com o mercado de trabalho, o termo “ativo” refere-se à capacidade do indivíduo de manter-se trabalhando e, consequentemente, produzindo. Já de acordo com a OMS, a palavra “ativo” está diretamente ligada à participação contínua nas questões sociais, econômicas, culturais e civis, não se limitando ao estado físico ou de participação na força do trabalho. Por isso, os projetos de envelhecimento ativo, assim como os programas e políticas que promovam a saúde mental e relações sociais são tão importantes quanto às atividades que agregam melhorias físicas e de saúde (WHO, 2005). O envelhecimento ativo envolve a inserção e a participação das pessoas idosas na sociedade, de acordo com suas necessidades, desejos e capacidades. O projeto busca subsidiar informações para a formulação de planos de ação que promovam um envelhecimento saudável, embasando-se em três pilares, sendo estes: a saúde, a segurança e a participação (WHO, 2005). Elevando-se então os fatores de proteção, a população se beneficia de uma melhor qualidade de vida. Esses cuidados adequados e serviços assistenciais serão o foco deste trabalho.


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3.1.3. O Que é o Idoso?

Entende-se por idoso o indivíduo que alcance e/ou ultrapasse os 60 anos de idade, padrão estabelecido pela ONU e também de acordo com a definição apresentada na Política Nacional do Idoso, Lei 8.842, de 04 de janeiro de 1994 2 e do Estatuto do Idoso, Lei 10.741, de 1º de outubro de 20033. É de extrema importância reconhecer que as mudanças que acompanham o envelhecimento independem da idade cronológica (WHO, 2005). Levando em consideração o fato de que existem variações relevantes quando o assunto é a saúde, ou ainda os níveis de independência e participação de pessoas da mesma idade, surge uma necessidade urgente por políticas e programas para esta parcela específica da população. [...] acredita-se que a velhice [...] se constitui em um momento do processo biológico, mas não deixa de ser um fato social e cultural. Deve, ainda, ser entendida como uma etapa do curso da vida na qual, em decorrência da avançada idade cronológica, ocorrem modificações de ordem biopsicossial que afetam as relações do indivíduo com seu contexto social. (FREITAS, QUEIROZ, SOUSA, 2010, p. 1)

Uma das primeiras políticas a entrarem em vigor foi a instituição do Dia Nacional do Idoso, comemorado no dia 1º de outubro e instituído pela Lei nº 11.433/06, a fim de reforçar a importância da inclusão social e garantia de acesso aos benefícios conquistados. Entretanto, vale reforçar que políticas sociais baseadas apenas na idade cronológica podem ser uma prática discriminatória (WHO, 2005), portanto, analisaremos, em âmbito social, o que é, de fato, ser idoso. Até o ano de 2015, os idosos representavam mais de 14,3% da população brasileira, totalizando 21 milhões de pessoas que excedem os 60 anos de idade4. É importante ressaltar também a velocidade em que a proporção da população brasileira de idosos aumenta, tornando assim as questões de qualidade de vida, vitais. Um dos principais reflexos desse envelhecimento populacional é a questão da independência, fator que contribui e muito para uma velhice saudável.

2

De acordo com o Art. 2º Considera-se idoso, para os efeitos dessa lei, a pessoa maior de sessenta anos de idade. 3 De acordo com o Art. 1º É instituído o Estatuto do Idoso, destinado a regular os direitos assegurados às pessoas com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos. 4 Conforme dados coletados na Tábua Completa de Mortalidade para o Brasil, em 2016, pelo IBGE.


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Portanto, vimos que ser idoso ultrapassa limites fisiológicos, uma vez que o espaço exerce influência direta na postura a ser adotada por essa parcela da população. Proporcionar oportunidades e possibilitar boa vivência são vertentes institucionais inerentes ao projeto proposto, que visa não somente atender às necessidades específicas da terceira idade, mas sim, capacitar de forma integral os moradores e usuários da Ecovila Vieillir.


27

3.2.

ESTADO DA ARTE

Para o desenvolvimento desta pesquisa, foi adotado como tema principal o fenômeno do envelhecimento acelerado no Brasil e suas demais problemáticas. O tema é destaque recorrente em inúmeras análises, matérias e pesquisas, estando estas ligadas a temáticas de bem-estar, comportamento social, saúde e até mesmo questões econômicas e políticas. Contextualizando as análises que serão realizadas a seguir, estão as previsões que indicam o Brasil como o 6º país de maior população idosa até o ano de 2050. Cabe mencionar também a relação do constante aumento desta parcela, conforme observaremos, respectivamente, nos quadros de número 01 e 02. Como temos por foco a visão da arquitetura sobre esta população específica, temos, como conteúdo recente e de extrema significância, a questão da arquitetura inclusiva. Quadro 01 – Países com maior concentração de idosos em relação a população total, em 2050.

Fonte: OMS. Quadro 02 – Comparativo entre a população idosa nos anos de 2011, 2015 e possível projeção para 2050.

Fonte: IBGE.


28

De acordo com pesquisas realizadas por Wetzel, no ano de 20165, na realidade de uma população a cada dia mais velha, a arquitetura inclusiva e acessível a todos torna-se uma prática de extrema importância, favorecendo desde os mais novos, até os mais velhos, assim também como portadores de deficiências físicas. Os idosos, por sofrerem os efeitos de certas limitações vindas com a idade avançada, são, desta forma, mais atingidos pelas consequências de um projeto inadequado de serviços e produtos. Entretanto, quando o mesmo é capaz de atender e suprir às necessidades especiais desse público, o uso de itens como barras de apoio, assentos e outros elementos, pode ser reduzido ou inexistente. Sendo assim, a arquitetura, quando aplicada a conceitos de Desenho Universal, está diretamente relacionada com o envelhecimento saudável, sendo uma forte aliada à independência dos indivíduos idosos, que devem usufruir de um projeto livre de empecilhos como desníveis, pisos escorregadios, escadas sem o acompanhamento de rampas, entre outros padrões. Há ainda uma matéria, desenvolvida pelo escritório de arquitetura Leonetti Piemonte, também no ano de 20166, que reforça a importância e necessidade de espaços inclusivos. A arquitetura inclusiva é aquela que planeja, respeitando a diversidade humana, estruturas acessíveis para todos, possibilitando a livre circulação de indivíduos com mobilidade reduzida, seja por conta da idade, ou limitações físicas. A inclusão social deve acontecer não somente em espaços públicos, mas também em residências, apartamentos e onde mais for necessário. Alguns dos equipamentos tipicamente aplicados em projetos acessíveis são rampas, plataformas, elevadores acessíveis, pisos táteis, sinalização inclusiva, barras de apoio em áreas molhadas, pisos emborrachados e diversos outros facilitadores. Há todo um cuidado para garantir que as ações previstas sejam, de fato, viáveis e condizentes com as necessidades das personas em questão, para que estas não se tornem inoperantes. Esse cuidado deve partir, acima de tudo, dos profissionais que estarão liderando o projeto.

5

WETZEL, L. Centro de Referência em Moradia, Convivência e Apoio para Idosos. São Paulo, 2016. Disponível em: <https://issuu.com/senacbau_201201/docs/larissawetzel_tcc_caderno>. Acesso em: 04/04/2018. 6 A arquitetura inclusiva é a arquitetura que respeita a diversidade humana e gera acessibilidade para todos. São Paulo, 2016. Disponível em: <http://leonettipiemonte.arq.br/site/?p=1611>. Acesso em: 04/04/2018.


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Em entrevista à Gazeta do Povo, em 20167, Taiuani Marquine Raymundo, professora do curso de Terapia Ocupacional da Universidade Federal do Paraná (UTFPR), resume que a casa deve se adaptar ao indivíduo, e não o contrário. Isso significa que algumas simples mudanças podem resultar em melhorias significativas para a independência do idoso, facilitando tarefas cotidianas, evitando acidentes e, assim, colaborando também com a sua mobilidade dentro de casa. Estas mudanças podem ser enquadradas como transferências de itens mais usados para locais de fácil alcance – quando a adaptação da altura não por possível –, como relocar artigos em armários profundos, trazendo-os para frente, permitindo que o idoso alcance todos os ingredientes e faça a sua própria comida sem pedir ajuda, por exemplo. Há ainda, na mesma matéria, dicas da especialista em qualidade de vida na terceira idade, Márcia Sena, que adverte que a cozinha e o banheiro são os principais locais onde ocorrem acidentes com idosos dentro de casa, por se tratarem de áreas úmidas. Planejar um banheiro bem iluminado, evitando confusões entre os limites de parede e piso, que deve ser antiderrapante, assim como a instalação de barras de apoio próximas ao box e vaso sanitário, quando necessário, são algumas das práticas destinadas ao ambiente, tornando-o assim, mais confortável e seguro. Prestar atenção a estes detalhes e procurar adaptar ambientes de forma que estes se tornem mais acessíveis e inclusivos, contribuem para uma maior qualidade de vida do idoso, além do seu envelhecimento ativo, acompanhado de autonomia e independência. Vale reforçar que as diretrizes analisadas não estão condicionadas somente às práticas domiciliares, sendo sua aplicação necessária também nas Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPI)8, de acordo com normas e legislações vigentes que serão esmiuçadas – e aplicadas – ao longo deste trabalho.

7

Adaptações em casa deixam a vida do idoso mais confortável. Paraná, 2016. Disponível em: <http://www.gazetadopovo.com.br/haus/imoveis/adaptacoes-em-casa-deixam-a-vida-do-idoso-maisconfortavel/>. Acesso em: 04/04/2018. 8 Serviço com o objetivo de acolher a garantir proteção integral ao idoso(a) em situação de vulnerabilidade social, de acordo com regimento disponibilizado pela Prefeitura de São Paulo, através do link: <http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/assistencia_social/protecao_social_especial/index.php?p =28988>. Acesso em: 04/04/2018.


30

3.3.

LEITURAS DE PROJETOS

3.3.1. Complexo Social em Alcabideche

Projeto desenvolvido pelo escritório Guedes Cruz Arquitectos, concluído em 2012 e situado em Alcabideche, uma freguesia portuguesa de Lisboa, Portugal. O complexo foi instituído como um equipamento de auxílio ao sistema de apoio à terceira idade. Está localizado em uma área metropolitana de aproximadamente 10.000m² e é composto por 52 casas, além de um edifício de apoio, ambos os conjuntos dispostos sobre uma malha com módulos de 7,5m. De acordo com concepções extraídas dos arquitetos responsáveis, as ruas, praças e jardins funcionam como uma espécie de prolongamento das residências, agregando elevado valor urbano e paisagístico à obra, além de propor um estilo de vida onde as áreas externas façam parte do cotidiano. Figura 08 – Complexo Social em Alcabideche – Residências e hortas integradas.

Fonte: <https://www.archdaily.com.br/br/761557/complexo-social-emalcabideche-guedes-cruz-arquitectos/54c72fdbe58ece5c5e0000ce>. Acesso em: 04/04/2018.


31

Essas circulações externas são revestidas por piso liso, fosco e sem desenhos, a fim de garantir maior conforto aos usuários e evitar confusões com possíveis mudanças de cores – devido à piora na visão e coordenação motora, recorrentes do envelhecimento biológico – que dificultam a mobilidade. Já no caso dos desníveis, os mesmos são vencidos através de pequenas escadas e rampas com inclinações sutis, que contam com proteções adequadas. O mesmo ocorre com os caminhos, que possuem corrimão e guarda corpo por grande parte de sua extensão, com ressalva a determinadas áreas à beira das piscinas, onde não há proteção. Figura 09 – Complexo Social em Alcabideche – Ruas e caminhos.

Fonte: <https://www.archdaily.com.br/br/761557/complexo-social-emalcabideche-guedes-cruz-arquitectos/54c72f29e58ece5c5e0000cb>. Acesso em: 04/04/2018. As casas são distribuídas de maneira semelhante a uma vila, por onde os idosos podem circular com segurança, contando com o cuidado provido pela acessibilidade presente em todo o complexo, assim como as proteções supracitadas. Caixas de concreto aparente definem o estilo adotado para caracterizar as residências, todas compostas por grandes janelas de vidro, permitindo a entrada de luz natural.


32

Figura 10 – Complexo Social em Alcabideche – Corrimões e guarda corpos.

Fonte: <https://www.archdaily.com.br/br/761557/complexo-social-emalcabideche-guedes-cruz-arquitectos/54c73009e58ece457a0000d9>. Acesso em: 04/04/2018. A cobertura remete a outra caixa, branca e translúcida, que reflete a luz do sol e que, juntamente com a caixa de concreto, forma um colchão de ar, este aliado a um filtro de ventilação instalado entre a parede de concreto e a cobertura. Essa técnica é responsável por garantir um equilíbrio ambiental, provendo conforto térmico durante as estações mais quentes, como o verão – conforme ilustrado na figura 11.


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Figura 11 – Complexo Social em Alcabideche – Diagrama do funcionamento das coberturas durante o verão.

Fonte: <https://www.archdaily.com.br/br/761557/complexo-socialem-alcabideche-guedes-cruzarquitectos/54c730ace58ece5c5e0000d2>. Acesso em: 04/04/2018. Figura 12 – Complexo Social em Alcabideche – Diagrama do funcionamento das coberturas durante o inverno.

Fonte: <https://www.archdaily.com.br/br/761557/complexo-socialem-alcabideche-guedes-cruzarquitectos/54c7307de58ece99010000ba>. Acesso em: 04/04/2018. Já durante o inverno, o piso passa a ser aquecido por painéis solares, tornando a temperatura agradável em qualquer época do ano, de acordo com o esquema apresentado na figura 12.


34

Figura 13 – Complexo Social em Alcabideche – Diagrama do funcionamento das coberturas durante o dia, provendo sombra.

Fonte: <https://www.archdaily.com.br/br/761557/complexo-socialem-alcabideche-guedes-cruzarquitectos/54c730c3e58ece5c5e0000d3>. Acesso em: 04/04/2018. Seguindo o pensamento ilustrado na figura 13, concluímos que durante o dia os volumes das residências são responsáveis por garantirem sombra ao longo dos caminhos. Figura 14 – Complexo Social em Alcabideche – Diagrama do funcionamento das coberturas durante a noite, provendo iluminação.

Fonte: <https://www.archdaily.com.br/br/761557/complexo-socialem-alcabideche-guedes-cruzarquitectos/54c730bde58ece99010000bc>. Acesso em: 04/04/2018.


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Ao anoitecer, as coberturas se acendem – como mostra a ilustração da figura 14 –, separadas em grupos de 10 e de forma alternada, a fim de iluminar sutilmente as demais extensões do complexo. Há ainda um sistema de alarme integrado, que funciona a partir de uma ativação do próprio morador, tornando a luz emitida pela casa, vermelha, em caso de urgência. Esse alerta é encaminhando a central de segurança, localizada no edifício central. Observaremos tal funcionamento na figura 15. Figura 15 – Complexo Social em Alcabideche – Coberturas iluminadas.

Fonte: <https://www.archdaily.com.br/br/761557/complexo-social-emalcabideche-guedes-cruz-arquitectos/54c730a8e58ece99010000bb>. Acesso em: 04/04/2018. Existe

também

outra

preocupação

ambiental,

relacionada

ao

reaproveitamento de recursos naturais. A água utilizada pelas unidades do complexo está inserida em um nível freático subterrâneo, contribuindo para a redução dos custos de exploração do equipamento, além de viabilizar a rega das áreas destinadas à jardinagem, assim como a lavagem das ruas e caminhos.


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Figura 16 – Complexo Social em Alcabideche – Hortas.

Fonte: <https://www.archdaily.com.br/br/761557/complexo-social-emalcabideche-guedes-cruz-arquitectos/54c72fc9e58ece99010000b7>. Acesso em: 04/04/2018. Figura 17 – Complexo Social em Alcabideche – Edifício de apoio.

Fonte: <https://www.archdaily.com.br/br/761557/complexo-social-emalcabideche-guedes-cruz-arquitectos/54c72f79e58ece99010000b5>. Acesso em: 04/04/2018.


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Figura 18 – Complexo Social em Alcabideche – Implantação.

Fonte: <https://www.archdaily.com.br/br/761557/complexo-social-emalcabideche-guedes-cruz-arquitectos/54c73109e58ece5c5e0000d5>. Acesso em: 04/04/2018. Figura 19 – Complexo Social em Alcabideche – Planta baixa.

Fonte: <https://www.archdaily.com.br/br/761557/complexo-social-emalcabideche-guedes-cruz-arquitectos/54c730e0e58ece99010000bd>. Acesso em: 04/04/2018.


38

Figura 20 – Complexo Social em Alcabideche – Corte 01.

Fonte: <https://www.archdaily.com.br/br/761557/complexo-social-emalcabideche-guedes-cruz-arquitectos/54c73102e58ece99010000be>. Acesso em: 04/04/2018. Figura 21 – Complexo Social em Alcabideche – Corte 02.

Fonte: <https://www.archdaily.com.br/br/761557/complexo-social-emalcabideche-guedes-cruz-arquitectos/54c730cfe58ece5c5e0000d4>. Acesso em: 04/04/2018. Figura 22 – Complexo Social em Alcabideche – Corte 03.

Fonte: <https://www.archdaily.com.br/br/761557/complexo-social-emalcabideche-guedes-cruz-arquitectos/54c730c9e58ece457a0000dd>. Acesso em: 04/04/2018. Concluímos que o projeto apresenta inúmeros recursos de origens sustentáveis, além de um padrão ecológico em sistemas construtivos, fatores que serão amplamente utilizados na elaboração da ecovila. O conceito de vila, englobando residências, ruas e espaços comuns, todos planejados de forma acessível e simplificada, vem de encontro com as diretrizes adotadas como características projetuais da Vieillir.


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3.3.2. Hogeweyk Village

Hogeweyk é uma vila projetada exclusivamente para idosos que sofrem com demências, entre elas, o Mal de Alzheimer. Localizada no município de Weesp, em Holanda, a vila atende, atualmente, 152 idosos, que estão abrigados entre as 23 casas – cada uma comportando de 6 a 8 pessoas – que compõem a vila. Cada morador possui seu próprio quarto, entretanto, os ambientes sala e cozinha são de caráter compartilhado. As casas são temáticas e repartidas em 7 estilos de vida diferentes, a fim de familiarizar o idoso com o ambiente, sendo estes: artesão, classe alta, simples, cristão, cultural, indiano e urbano, conforme ilustrados nas figuras 25, 26, 27, 28, 29, 30 e 31. Uma outra característica interessante do projeto, é o fato de que este foi idealizado de forma com que lembrasse a época em que os idosos eram jovens, levando em consideração as debilidades mentais causadas pelo Alzheimer, afetando a memória recente dos portadores deste mal. O principal intuito desta concepção, seria garantir ainda mais conforto aos moradores. Figura 23 – Hogeweyk Village – Vista externa dos dormitórios.

Fonte: <http://hogeweyk.dementiavillage.com/wpcontent/uploads/2013/03/Slider_architectuur_02-526x260.jpg>. Acesso em: 05/04/2018.


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Figura 24 – Hogeweyk Village – Praça compartilhada.

Fonte: <https://www.creativecitizen.com/wpcontent/uploads/2017/03/hogewey-the-amazing-village-in-the-netherlands-justfor-people-with-dementia-9.jpg>. Acesso em: 05/04/2018. Figura 25 – Hogeweyk Village – Interior da moradia de estilo artesão.

Fonte: <https://hogeweyk.dementiavillage.com/front-slider/interieur-3/>. Acesso em: 05/04/2018. Conforme analisado acima, o estilo artesão combina tons de madeira com elementos decorativos clássicos, tornando o ambiente bastante acolhedor e familiar, justamente o propósito que será adotado ao longo do desenvolvimento dos ambientes da Ecovila Vieillir.


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Figura 26 – Hogeweyk Village – Interior da moradia de estilo classe alta.

Fonte: <https://hogeweyk.dementiavillage.com/front-slider/interieur-6/>. Acesso em: 05/04/2018. Observamos, de acordo com a imagem, que o estilo classe alta possui um ar bastante refinado, refletido pelas escolhas do mobiliário, assim como sua materialidade e demais elementos decorativos. Figura 27 – Hogeweyk Village – Interior da moradia de estilo classe simples.

Fonte: <https://hogeweyk.dementiavillage.com/front-slider/interieur-7/>. Acesso em: 05/04/2018. O estilo classe simples remete ao padrão de vida considerado como “comum” ou até mesmo “tradicional”. Os móveis são organizados basicamente dentro do mesmo sistema que os demais ambientes, porém possuem uma aparência menos rebuscada.


42

Figura 28 – Hogeweyk Village – Interior da moradia de estilo cristão.

Fonte: <https://hogeweyk.dementiavillage.com/front-slider/interieur-4/>. Acesso em: 05/04/2018. Já o estilo cristão reflete um caráter um tanto “rural”, podendo até mesmo ser relacionado com as residências tradicionais de camponeses ou interioranos, conclusão feita a partir da análise dos elementos decorativos, em especial a máquina de costura antiga, disposta lateralmente à mesa de refeições. Figura 29 – Hogeweyk Village – Interior da moradia de estilo cultural.

Fonte: <https://hogeweyk.dementiavillage.com/front-slider/interieur-5/>. Acesso em: 05/04/2018. Nota-se que o estilo cultural certamente se encaixa em um perfil muito mais exigente. Há a presença de instrumentos musicais, peças artísticas e os móveis acompanham o padrão do ambiente.


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Figura 30 – Hogeweyk Village – Interior da moradia de estilo indiano.

Fonte: <https://hogeweyk.dementiavillage.com/front-slider/interieur-8/>. Acesso em: 05/04/2018. A fim de fazer com que o morador se sinta em casa, seja qual for a sua nacionalidade, o estilo indiano traz cores excêntricas e remete às moradias típicas da região. Figura 31 – Hogeweyk Village – Interior da moradia de estilo urbano.

Fonte: <https://hogeweyk.dementiavillage.com/front-slider/interieur-9/>. Acesso em: 05/04/2018. Por último, o estilo urbano brinca com diferentes estampas e padrões, de forma alegre e harmoniosa, trazendo para dentro da moradia toda a agitação dos centros urbanos.


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A vila proporciona aos idosos uma maior autonomia, permitindo que os moradores vivam suas vidas normalmente, evitando assim a desumanização. Conforme consta no website de Hogeweyk Village, a vila, quando comparada a casas de abrigo tradicionais, permite que seus residentes sejam mais ativos, necessitando de menos medicação. Há a possibilidade de visitar restaurantes, mercados, cafés e teatros, como também salões de beleza e até lojas de ferramentas, sendo todos os espaços supracitadas componentes da estrutura. Figura 32 – Hogeweyk Village – Restaurante.

Fonte: <https://www.creativecitizen.com/wpcontent/uploads/2017/03/hogewey-the-amazing-village-in-the-netherlands-justfor-people-with-dementia-6.jpg>. Acesso em: 05/04/2018.


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Figura 33 – Hogeweyk Village – Mercado.

Fonte: <https://www.creativecitizen.com/wpcontent/uploads/2017/03/hogewey-the-amazing-village-in-the-netherlands-justfor-people-with-dementia-3.jpg>. Acesso em: 05/04/2018. Complementando, a vila possui ruas, quarteirões, jardins e parques, onde os residentes podem circular de forma segura. Os funcionários não vestem uniformes, permanecendo disfarçados entre os idosos, exercendo papéis de caixas de mercado, empregados, garçons e vizinhos. Já os moradores, são capazes de realizar suas próprias compras – sem custo algum, pois o valor já está incluso na mensalidade – e também ajudam em tarefas domésticas simples, que envolvam o preparo de alimentos e limpeza.


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Figura 34 – Hogeweyk Village – Moradora auxiliando no preparo de alimentos.

Fonte: <https://www.creativecitizen.com/wpcontent/uploads/2017/03/hogewey-the-amazing-village-in-the-netherlands-justfor-people-with-dementia-5.jpg>. Acesso em: 05/04/2018. Figura 35 – Hogeweyk Village – Idosos circulando livremente pela vila.

Fonte: <https://www.creativecitizen.com/wpcontent/uploads/2017/03/AD29Jan16_NRMain.jpg>. Acesso em: 05/04/2018.


47

Segurança é um dos pontos fortes da Hageweyk. Todo o quarteirão ocupado pela vila é cercado, abrindo-se para o centro da quadra e, gerando assim, um ambiente seguro, contribuindo com a mobilidade dos moradores e tornando-os mais ativos. Além de proporcionar um envelhecimento com mais qualidade, outro fator importante da estrutura é a humanização – como no caso da ausência de uniformes entre os funcionários –, pois é essencial que os idosos realmente se sintam em casa. Temos, por conclusão, o fato de que embora não seja possível manter uma estrutura de tal magnitude – por questões financeiras e de espaço –, a abordagem intimista e a possibilidade de oferecer uma vida independente aos residentes certamente são fatores que influenciarão inúmeras posturas adotadas ao decorrer do projeto da Ecovila Vieillir, assim como a proposta de setorização dos ambientes e, novamente, a organização das moradias em forma de vila. Figura 36 – Hogeweyk Village – Implantação.

Fonte: <https://www.creativecitizen.com/wpcontent/uploads/2017/03/hogewey-the-amazing-village-in-the-netherlands-justfor-people-with-dementia-12.jpg>. Acesso em: 05/04/2018.


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Figura 37 – Hogeweyk Village – Planta do pavimento térreo.

Fonte: <https://www.creativecitizen.com/wpcontent/uploads/2017/03/hogewey-the-amazing-village-in-the-netherlands-justfor-people-with-dementia-10.jpg>. Acesso em: 05/04/2018. Figura 38 – Hogeweyk Village – Setorização de acordo com os estilos das casas.

Fonte: <http://hogeweyk.dementiavillage.com/wpcontent/uploads/2013/03/leefstijlen2-526x260.jpg>. Acesso em: 05/04/2018.


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3.3.3. Lar de Idosos Peter Rosegger

Inaugurado em 2014 na cidade de Graz, Áustria e projetado pelo escritório Dietger Wissounig Architekten, o Lar de Idosos Peter Rosegger conta com dois pavimentos, em forma de um quadrado, dividido em 4 blocos com 8 habitações de comunidade – estando 4 localizadas no térreo e as outras 4, no segundo pavimento. É considerada uma construção compacta, diversa e composta por cortes assimétricos, além da disposição dos blocos, que se espalham ao redor de um pátio central. Este último funciona como uma grande praça, semicoberta e alongada, de uma das laterais do primeiro pavimento, à outra. Figura 39 – Lar de Idosos Peter Rosegger – Vista externa geral.

Fonte: <https://images.adsttc.com/media/images/545c/1d76/e58e/ce70/e000/0054/lar ge_jpg/%C3%94%C3%AA%C3%85paulott_PRsggrstr_060.jpg?1415322987>. Acesso em: 05/04/2018. Dois jardins exclusivos para uso dos moradores seccionam o edifício, em ângulos retos. Os demais espaços abertos que compõem a estrutura estão localizados no segundo andar, sendo estes quatro átrios, além de um acesso direto ao parque público pertencente ao município e situado a leste das instalações do lar.


50

Figura 40 – Lar de Idosos Peter Rosegger – Vista externa dos dormitórios.

Fonte: <https://images.adsttc.com/media/images/545c/1d9c/e58e/ce7 0/e000/0056/large_jpg/%C3%94%C3%AA%C3%85paulott_PRsggrstr_089.jpg?1415323025>. Acesso em: 05/04/2018. Figura 41 – Lar de Idosos Peter Rosegger – Jardins privados.

Fonte: <https://images.adsttc.com/media/images/545c/1cd4/e58e/ce1a/ae00/0044/lar ge_jpg/%C3%94%C3%AA%C3%85paulott_PRsggrstr_011.jpg?1415322825>. Acesso em: 05/04/2018.


51

Quanto as comunidades habitacionais, nota-se o uso recorrente de dois materiais sustentáveis: a madeira e o vidro. Por comunidade, consideramos a junção de dormitórios, cozinha e área de jantar – a última, com capacidade para comportar 13 residentes além de um enfermeiro, tornando a atmosfera bastante familiar. Galerias e varandas, além de uma variedade de caminhos e vistas, configuram um ambiente estimulante e confortável, por conta também da materialidade adotada para o estabelecimento. As comunidades são desenvolvidas de acordo com um conceito de diferentes cores, responsáveis por auxiliar os residentes a se orientarem com mais clareza. Figura 42 – Lar de Idosos Peter Rosegger – Cozinha.

Fonte: <https://images.adsttc.com/media/images/545c/1d56/e58e/ce1e/4700/0047/lar ge_jpg/%C3%94%C3%AA%C3%85paulott_PRsggrstr_043.jpg?1415322949>. Acesso em: 05/04/2018.


52

Figura 43 – Lar de Idosos Peter Rosegger – Área de jantar.

Fonte: <https://images.adsttc.com/media/images/545c/1d86/e58e/ce70/e000/0055/lar ge_jpg/%C3%94%C3%AA%C3%85paulott_PRsggrstr_083.jpg?1415323004>. Acesso em: 05/04/2018. Figura 44 – Lar de Idosos Peter Rosegger – Vista interna de um dos dormitórios, evidenciando o uso do parapeito aquecido.

Fonte: <https://images.adsttc.com/media/images/545c/1da5/e58e/ce1a/ae00/004d/lar ge_jpg/%C3%94%C3%AA%C3%85paulott_PRsggrstr_092.jpg?1415323033>. Acesso em: 05/04/2018.


53

Os múltiplos pontos de vistas e as salas de jantar acomodadas nas extensões dos jardins, assim como as constantes áreas ensolaradas e sombreadas, reforçam a sensação de aconchego, assim como de continuidade – integrando os espaços construídos às paisagens do entorno –, como é possível visualizar nas imagens de números 45 e 46. Figura 45 – Lar de Idosos Peter Rosegger – Contrastes gerados pelas áreas ensolaradas e sombreadas.

Fonte: <https://images.adsttc.com/media/images/545c/1d0c/e58e/ce70/e000/0050/lar ge_jpg/%C3%94%C3%AA%C3%85paulott_PRsggrstr_022.jpg?1415322874>. Acesso em: 05/04/2018. Nesta imagem podemos observar o tratamento espacial de transição entre o espaço interno e externo. Os contrastes gerados pelas áreas ensolaradas e sombreadas além de proporcionar a transição espacial promovem uma sensação estética de acolhimento, proporcionada inclusive pela escolha do material, a madeira.


54

Figura 46 – Lar de Idosos Peter Rosegger – Contrastes gerados pelas áreas ensolaradas e sombreadas.

Fonte: <https://images.adsttc.com/media/images/545c/1d02/e58e/ce1a/ae00/0046/lar ge_jpg/%C3%94%C3%AA%C3%85paulott_PRsggrstr_021.jpg?1415322863>. Acesso em: 05/04/2018. Nesta outra imagem do mesmo local podemos observar que a disposição dos brises de madeira, além da proteção, conduzem o usuário através dos espaços, seja para a entrada do prédio ou na proteção da escada para o nível superior. Em ambas as situações a forma do brise faz o tratamento estético da fachada. A fachada externa é composta por madeira de lariço austríaco não tratada, assim como muitos dos painéis internos. Vigas de madeira foram utilizadas nos tetos das salas comuns, agregando conforto e sensação de amplitude. As portas de acesso aos espaços públicos são amplas, de vidro e, permitem assim, iluminação e ventilação naturais. As internas são também feitas de madeira e estão locadas em frente à grandes cortinas de vidro, que iluminam e garantem a vista das varandas e galerias. Quanto às janelas, estas são dispostas lateralmente e em todas as fachadas do edifício, em ambos os pavimentos, marcando ainda mais a ideia de espaços amplos.


55

Figura 47 – Lar de Idosos Peter Rosegger – Vigas em madeira revestem as áreas internas.

Fonte: <https://images.adsttc.com/media/images/545c/1d4d/e58e/ce70/e000/0052/lar ge_jpg/%C3%94%C3%AA%C3%85paulott_PRsggrstr_040.jpg?1415322940>. Acesso em: 05/04/2018. Contando com um conceito de prevenção de incêndio muito bem planejado, o Lar de Idosos pôde ter sua construção realizada como a de uma casa pré-fabricada em madeira. Visando suprir as necessidades estáticas e estruturais do edifício, uma estrutura com madeira laminada cruzada e vigas em madeira foi adotada como principal sistema estrutural.


56

Figura 48 – Lar de Idosos Peter Rosegger – Portas externas, em vidro e internas, em madeira.

Fonte: <https://images.adsttc.com/media/images/545c/1d64/e58e/ce70/e000/0053/lar ge_jpg/%C3%94%C3%AA%C3%85paulott_PRsggrstr_047.jpg?1415322963>. Acesso em: 05/04/2018. Concluímos que, como referência para o projeto a ser realizado, adotaremos a questão da materialidade e sistema construtivo apresentados ao longo do Lar de Idosos Peter Rosegger, assim como o conceito de valorização dos espaços públicos. Outro aspecto a ser considerado de maneira minuciosa, é o incentivo a vida coletiva e a troca de experiências, que colaboram com o envelhecimento ativo e saudável. Permitir a integração dos idosos com a natureza, de forma tão genuína, permite que os moradores não se sintam excluídos, ou afastados dos prazeres da vida, e é esse o grande fundamento e propósito da Ecovila Vieillir.


57

Figura 49 – Lar de Idosos Peter Rosegger – Implantação.

Fonte: <https://images.adsttc.com/media/images/545c/210a/e58e/ce70/e000/0058/lar ge_jpg/Site_Plan.jpg?1415323905>. Acesso em: 05/04/2018.


58

Figura 50 – Lar de Idosos Peter Rosegger – Planta do pavimento térreo.

Fonte: <https://images.adsttc.com/media/images/545c/20f9/e58e/ce1a/ae00/004e/lar ge_jpg/Ground_Floor_Plan.jpg?1415323882>. Acesso em: 05/04/2018.


59

Figura 51 – Lar de Idosos Peter Rosegger – Planta do segundo pavimento.

Fonte: <https://images.adsttc.com/media/images/545c/20fb/e58e/ce70/e000/0057/lar ge_jpg/Second_Floor_Plan.jpg?1415323883>. Acesso em: 05/04/2018.


60

3.4.

LEGISLAÇÃO, NORMAS E DIRETRIZES

3.4.1. Acessibilidade

O seguinte projeto está regulamentado de acordo com normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), em especial a NBR 9050 – revisada em 2015 –, norma técnica destinada a projetos arquitetônicos e urbanos responsável por garantir ambientes, espaços, equipamentos e vias acessíveis, capazes de auxiliar não somente idosos, como também portadores de deficiências físicas e outras debilidades. Dessa forma, é possível contemplar os moldes de uma cidade inclusiva, onde a discriminação não faça parte da realidade. Segundo a NBR 9050, o principal objetivo da norma seria permitir que grande parte – ou seja, a maioria – da população possa fazer uso das edificações ou até mesmo dos mobiliários, de forma autônoma, segura e independente, seja qual for a idade ou limitações inerentes aos indivíduos em questão. Por definição, o termo acessibilidade consiste na: [...] possibilidade e condição de alcance, percepção e entendimento para utilização, com segurança e autonomia, de espaços, mobiliários, equipamentos urbanos, edificações, transportes, informação e comunicação, inclusive seus sistemas e tecnologias, bem como outros serviços e instalações abertos ao público, de uso público ou privado de uso coletivo, tanto na zona urbana como na rural, por pessoa com deficiência ou mobilidade reduzida. (NBR 9050, 2015)

Portanto, a fim de garantir que tais espaços se tornem cada vez mais acessíveis, faz-se necessário o seguimento da norma, assim como a fiscalização. O planejamento arquitetônico acessível, assim como o termo acessibilidade, deixa de ser uma necessidade apenas dos portadores de deficiências físicas, sendo compreendidos hoje como elementos facilitadores na vida de todos, pois ambos evitam acidentes recorrentes de projetos inadequados, além de poupar gastos com hospitalização e previdências (BARBOSA, 2015). As ilustrações a seguir relatam alguns dos parâmetros da NBR 9050 para a acessibilidade, assim como áreas de circulação, manobras e dimensões do módulo de referência (M.R.) – considerado como a projeção de 0,80m por 1,20m no piso, ocupada por uma pessoa utilizando cadeira de rodas (NBR 9050, 2015), conforme a figura 52:


61

Figura 52 – Acessibilidade – Dimensões do módulo de referência (M.R.)

Fonte: NBR 9050, 2015. Figura 53 – Acessibilidade – Dimensões referenciais para deslocamento em linha reta de pessoas em cadeiras de rodas.

Fonte: NBR 9050, 2015.


62

Figura 54 – Acessibilidade – Dimensões referenciais para a transposição de obstáculos isolados por pessoas em cadeira de rodas.

Fonte: NBR 9050, 2015. Figura 55 – Acessibilidade – Área para manobras de cadeiras de rodas sem deslocamento e suas respectivas medidas necessárias.

Fonte: NBR 9050, 2015.


63

Figura 55 – Acessibilidade – Área para manobras de cadeiras de rodas com deslocamento e suas respectivas medidas necessárias.

Fonte: NBR 9050, 2015. Figura 56 – Acessibilidade – Área para manobras de cadeiras de rodas sem deslocamento e suas respectivas medidas necessárias.

Fonte: NBR 9050, 2015.


64

Há ainda padrões definidos de acordo com parâmetros antropométricos de pessoas com mobilidade reduzida (P.M.R.). A figura 57 ilustra as dimensões referenciais para o deslocamento de pessoas em pé: Figura 57 – Acessibilidade – Dimensões referenciais para deslocamento de pessoa em pé.

Fonte: NBR 9050, 2015. No que diz respeito a arquitetura, adotaremos, no seguinte projeto, os padrões mínimos de ambientes acessíveis, considerando também o emprego correto das barras de apoio nas áreas molhadas, segundo a NBR 9050. Figura 58 – Acessibilidade – Dimensões mínimas de um sanitário acessível.

Fonte: NBR 9050, 2015.


65

Figura 59 – Acessibilidade – Área de transferência e manobra para uso da bacia sanitária.

Fonte: NBR 9050, 2015. Figura 60 – Acessibilidade – Área de aproximação para uso do lavatório.

Fonte: NBR 9050, 2015.


66

Figura 61 – Acessibilidade – Barras de apoio lateral e de fundo aplicadas em bacia sanitária.

Fonte: NBR 9050, 2015. Figura 62 – Acessibilidade – Boxe para chuveiro com barras vertical e horizontal.

Fonte: NBR 9050, 2015.


67

3.4.2. Conforto Ambiental

Os

idosos

apresentam

diferentes

desempenhos

do

sistema

de

termorregulação, o que significa que quando expostos a baixas ou elevadas temperaturas, estão sujeitos a exigirem esforços adicionais de seus organismos para conseguirem manter um equilíbrio térmico, tornando-se vulneráveis aos estados de hipotermia ou hipertermia. Dessa forma, proporcionar um ambiente de condições térmicas adequadas às necessidades desses usuários, demanda maior cautela e medidas bastante específicas.9 Como conforto térmico, temos a definição subjetiva de uma condição da mente que expressa satisfação com o ambiente térmico (ASHRAE, 2010). Sendo assim, é equivocado desconsiderar a arquitetura como fator de extrema importância para a promoção de bem-estar e satisfação, uma vez que esta deve estar diretamente alinhada às necessidades humanas. As habitações, como produto da arquitetura, precisam cumprir sua função enquanto abrigo garantindo que condições favoráveis ao conforto térmico prevaleçam (FROTA; SCHIFFER, 2003). Portanto, ao longo do desenvolvimento do projeto, serão tomados cuidados extras na especificação de acabamentos internos, como piso, vidro de janelas e tipo de abertura das mesmas, assim como intensidade luminosa e cores das paredes – o que auxilia na orientação e delimitação de espaços e objetos. Demais estratégias como grandes aberturas, integração entre ambientes internos e externos, recaptação de água de chuva, aproveitamento de iluminação e ventilação natural e telhado verde – a fim de promover retenção de calor – serão também estudadas e aplicadas.

9

RODRIGUES, E. R. S. et.al. Influência do Conforto Térmico na Saúde dos Idosos: Estudo de Caso em Unidades Habitacionais do Residencial Agreste – Arapiraca – AL. São Paulo, 2016. Disponível em: <http://www.infohab.org.br/entac/2016/ENTAC2016_paper_609.pdf>. Acesso: 11/04/2018.


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3.4.3. Desenho Universal

Cambiaghi (2011) atesta que são muitas as limitações físicas que dificultam a determinação de parâmetros para a supressão de barreiras arquitetônicas. Entretanto, é possível estabelecer grupos de condições similares, corroborando a necessidade de elaboração de espaços adequados, capazes de reduzir as deficiências desses indivíduos de mobilidade reduzida. Acredita-se também que uma sociedade inclusiva precise oferecer ambientes acessíveis a todos, inclusive aos idosos, que apresentam dificuldade para vencer desníveis, andar sobre pisos escorregadios, equilibrar-se, entre outras. Seguindo estas premissas, o conceito de Desenho Universal10 poderá atingir, na prática, seu real significado: ser, de fato, universal – para todos –, sem restrições. Tal conceito foi essencialmente desenvolvido pelo arquiteto norte americano Ron Mace, em meados de 1985. O arquiteto não defendia a ideia de “projetos especiais” ou “adaptações”, mas sim, projetos que, desde a sua concepção, considerem as necessidades das pessoas. Acolhendo as escolhas acessíveis e prevendo espaços sem barreiras, não só apenas a parcela que sofre de alguma limitação é beneficiada, mas toda uma sociedade em algum momento ou situação da vida. A transformação decisiva de conceitos envolvendo a acessibilidade aconteceu quando se tomou consciência de que as tentativas para tornar os espaços sem barreiras resultavam em soluções muito diferenciadas para uma mesma função [...] Este foi um dos fatores que desencadearam na busca de um desenho que pudesse de fato ser “universal”, que realizasse na prática tanto quanto possível, o ideal de uma acessibilidade para todas as pessoas. (SANTOS FILHO, 2010, p. 38)

Tomando como partido o fato de que a maioria dos projetos são desenvolvidos para “pessoas normais” – aquelas que, segundo Cambiaghi (2011), estariam dentro da média estabelecida pela curva de Gauss, sendo este um método que distribui as dimensões lineares do corpo em um gráfico –, a prática torna-se contraditória com a concepção de que o “homem médio” não exista de fato (PANERO E ZELNIK, 2006). Dessa maneira, ao longo do projeto serão propostas soluções que atendam maior 10

No Brasil, a publicação do Decreto Federal 5.296, em dezembro de 2004, deu ao Desenho Universal a força de lei, conforme descrito no artigo 8º e inciso IX, que define o conceito como: concepção de espaços, artefatos e produtos que visam atender simultaneamente todas as pessoas, com diferentes características antropométricas e sensoriais, de forma autônoma, segura e confortável, constituindo-se nos elementos ou soluções que compõe a acessibilidade.


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parte possível da população, afinal, a inclusão social é uma das principais motivações desta edificação. 3.4.4. Design Ergonômico

Tratando-se de um projeto habitacional geriátrico, se faz necessário exigir que os equipamentos estejam providos de condições adequadas de uso, de acordo com suas formas, dimensões e detalhamentos. Uma outra demanda recorrente, é a adequação do espaço de acordo com a função, podendo subdividir-se em capacidade e número de usuários que farão uso dos equipamentos, especialidade – que envolve o bem-estar físico e psicológico proporcionado pelas características dos espaços com forma, dimensões e encerramento –, e funcionalidade, que aborda a facilidade, confiança e eficiência do desenvolvimento das funções dentro do ambiente (GOUVÊA, 2013). Já em termos de habitualidade, serão envolvidas questões como o conforto acústico, visual, táctil, mecânico – definido pela limitação de acelerações e vibrações, manobrabilidade de vãos e equipamentos –, qualidade do ar, conforto higrotérmico – que consiste no controle da temperatura do ar e da umidade relativa – proteção/estanqueidade – estanqueidade da chuva, ar, gases, poeira e ventos –, salubridade, além de segurança (GOUVÊA, 2013). Segurança esta que será esmiuçada nos parágrafos finais, conforme detalhamento do mobiliário. Ao se definir um espaço geriátrico, deve-se levar em conta as variações das necessidades, ao longo do ciclo de vida do idoso. No entanto, pressupõe-se que seja possível generalizar essas necessidades, definindo assim exigências ergonômicas aplicáveis no âmbito de cultura e nível social de referência. Para formular tais exigências deve-se definir primeiramente os objetivos, respondendo às diferentes necessidades dos idosos (GOUVÊA, 2013). A materialidade, assim como a posição do mobiliário – que deve ser de fácil acesso para que os idosos usufruam do mesmo – e a fixação – deve-se ancorar os móveis de forma que, caso o idoso utilize-o como apoio, este não deslize, evitando acidentes – são premissas a serem particularmente avaliadas. Os móveis também precisam ser agradáveis ao gosto de cada idoso, facilitando a apropriação do móvel por ele. Por isso é ideal que existam diversos modelos, porém todos devem ser igualmente seguros, confortáveis e esteticamente agradáveis (GOUVÊA, 2013).


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As alturas devem ser ideais, uma vez que as pessoas diminuem de estatura com o avanço da idade e o mobiliário deve ser passível de adequação e modificação de altura, ou seja, é importante que essa mudança seja simples e intuitiva, podendo ser realizada pelo próprio idoso (GOUVÊA, 2013). Devidas proporções como largura, altura – pode ser de assento, encosto e apoio, como no caso de cadeiras e poltronas –, assim como a profundidade das peças, devem seguir um padrão rigoroso, previamente definido pelo designer ou profissional da área. A segurança envolve acabamentos estéticos especiais, tornando o mobiliário livre de possíveis atritos e demais complicações. Estes acabamentos podem ser bordas arredondadas, puxadores lisos – em PVC ou borracha – móvel estável, fixado e provido de iluminação adequada, travamento de peças que se desloquem – como gavetas em armários –, aberturas – que devem ser, preferencialmente, portas de correr –, mesas com tampos de madeira – sendo a borda do tampo, boleada e os pés com mancais de borracha para evitar o deslizamento – e até mesmo a aplicação de grades de segurança, quando necessário – como no caso de uma cama, que será utilizada como exemplo11 na figura 63 e 64, seguida por uma poltrona12, ilustrada na figura 65.

11

De acordo com GOUVÊA, 2013: os elementos propostos foram obtidos com base em síntese das especificações apresentadas por Pereira (2012), Abimóvel (2003), Panero e Zenick (2002), NBR 16045 (2012) e NBR 9050 (2004). 12 De acordo com GOUVÊA, 2013: os elementos propostos foram obtidos com base em síntese das especificações apresentadas por Abimóvel (2003), Panero e Zenick (2002), NBR 13962 (2006) e NBR 9050 (2004).


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Figura 63 – Design Ergonômico – Simulação de cama ideal para um idoso.

Fonte: GOUVÊA, 2013. Figura 64 – Design Ergonômico – Simulação de cama ideal para um idoso.

Fonte: GOUVÊA, 2013.


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Figura 65 – Design Ergonômico – Simulação de poltrona ideal para um idoso.

Fonte: GOUVÊA, 2013.


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4. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 4.1.

PROBLEMATIZAÇÃO

Não podemos ignorar as estatísticas, o Brasil está envelhecendo e as projeções analisadas anteriormente indicam: seremos o 6º país do mundo com maior concentração de idosos entre a população, conforme estatísticas publicadas pela OMS, em 2014. Outra vertente que muito preocupa a situação da população idosa no país, é a falta de assistência e cuidados para com os mesmos. Os espaços inclusivos e convidativos das cidades estão cada vez mais escassos e há um grande descaso com a questão da acessibilidade. Acredita-se que uma alteração na tipologia familiar persista ao longo dos próximos anos. Isso quer dizer que os idosos irão buscar, cada vez mais, serem independentes. Concluímos então que as estruturas destinadas aos idosos, no Brasil, não serão suficientes para suprir essa vontade. Dados do IBGE e da ONU apontam diversas carências quando os assuntos são os equipamentos de moradia, lazer, integração e, acima de tudo, desenvolvimento de idosos no Brasil. Levando em conta tais considerações, este projeto que, inicialmente não se caracteriza como a solução, mas sim, uma alternativa viável e destinada a uma parcela específica da população, se propõe a apresentar um planejamento arquitetônico variante destas reflexões. A partir dessa coleta de dados, diversas demandas são consideradas. A criação do Estatuto do Idoso, em vigor há 15 anos, foi considerada um primeiro passo, quando analisamos os avanços das leis relacionadas ao público idoso. Entretanto, muitas são as dificuldades do idoso quando inserido no contexto urbano das cidades. Algumas das principais barreiras encontradas no cenário urbano são rampas mal executadas – ou até mesmo a ausência destas –, sinalização tátil com obstáculos, ou até mesmo vagas exclusivas sendo utilizadas de maneira indevida, ou bloqueadas por outros veículos. As próprias ruas e calçadas, muitas vezes em estados irregulares, podem ser consideradas como “vilãs” da autonomia e segurança na terceira idade. As dificuldades envolvidas no aspecto urbano continuam sendo um problema a ser resolvido por conta do descaso recorrente aos profissionais responsáveis pelos projetos dos espaços das cidades. Embora a acessibilidade seja, cada vez mais, um interesse comum da população, ainda existem muitos conceitos que não saem da


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teoria, por não possuírem uma real aplicação. Há ainda uma negligência social que impossibilita a aceitação da velhice como um processo positivo pelo qual todos nós estamos sujeitos a enfrentar. No Brasil, há leis e normas que buscam regulamentar medidas de acessibilidade. Essas normas são consideradas avançadas e fazem jus à qualificação dos especialistas que as desenvolveram. No entanto, um dos problemas que se apresenta, a aplicação das normas vigentes, é o fato de que nem sempre os profissionais ligados ao planejamento do espaço urbano estarem aptos a reconhecer quando o local é acessível de fato. Muitos ainda pensam que a simples colocação de uma rampa seria suficiente para permitir o acesso de idosos ou de pessoas com deficiência sensorial, física ou intelectual. (DUARTE, COHEN, 2012, p. 19)


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4.2.

OBJETIVOS

4.2.1. Objetivos Gerais

O objetivo principal deste projeto é o estudo e desenvolvimento de uma área voltada à habitação e uso da população idosa, atendendo suas necessidades e respeitando as normas e legislaturas referentes a acessibilidade e equipamentos urbanos. De acordo com todo o conhecimento apreendido, acerca da realidade da terceira idade brasileira, são poucos os espaços totalmente inclusivos e que tratem o fenômeno do envelhecimento com sua devida importância e significado. O espaço agradável, inclusivo e com boas condições de uso não têm restrição de idade, uma vez que o bom uso do espaço possibilita uma série de interações sociais, unificando os usuários dos mesmos e conscientizando, de maneira geral, valores humanos, além de assegurar que todos os indivíduos serão assistidos, independentemente de seu momento de vida atual. É obrigação do Estado garantir a inclusão, sem segregações, seja por mudanças culturais ou de atitudes. 4.2.2. Objetivos Específicos

a) Promover inclusão social e integração com a natureza, ambas as práticas consideradas essenciais para o envelhecimento ativo e saudável; b) Apresentar uma alternativa viável, que não seja a internação em abrigos, asilos ou Lares de Idosos padrões, onde muitas vezes o atendimento não é satisfatório e as instalações não são condizentes com a real necessidade do idoso; c) Dispor de residências ecológicas e sustentáveis, além de toda uma estrutura preparada, composta por geradores de energia próprios – seguindo esquema de painéis solares ilustrado na figura de número 77 –, além de um sistema de captação e aproveitamento da água de chuva – conforme ilustrações da figura 76 – e demais práticas simples como reciclagem de lixo e tratamento adequado de esgoto; d) Os materiais de construção serão sustentáveis, estando entre os de maior uso a madeira, o aço e o vidro, conforme especificado de maneira detalhada no tópico de número 5. A perspectiva da responsabilidade ecológica estará


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inserida em todos os sistemas construtivos do projeto. e) Garantir espaços e vias acessíveis não só aos idosos, mas a toda uma comunidade, de forma com que haja conscientização para o problema enfrentado em relação aos espaços inacessíveis; f) Servir como referência para edificações similares em toda a região, uma vez que o conceito de ecovila é pouco disseminado perto de todas as melhorias que poderia agregar arquitetônica e economicamente aos demais municípios do estado de São Paulo e do Brasil.


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5. VIABILIDADE TÉCNICA 5.1.

ESTUDO DE IMPLANTAÇÃO

O empreendimento será implantado no município de Garça, no interior do Estado de São Paulo. O terreno ideal deve apresentar grande extensão, além de níveis de inclinação baixos ou fáceis de trabalhar, levando em conta os padrões de acessibilidade necessários de acordo com a temática da construção e legislaturas envolvidas.

5.1.1. Características de Garça

A cidade de Garça está localizada na região centro-Oeste do Estado de São Paulo, mais especificamente, situada em uma área onde nascem duas importantes bacias hidrográficas, sendo elas: Aguapeí e Peixe. Sua superfície de 556 quilômetros quadrados hospeda em torno de 44.500 mil habitantes13. Além das nascentes supracitadas, o município apresenta aspectos importantes da Geografia e Geologia do Brasil, com sua topografia ondulada e de grandes extensões, abrigando também 18,50 hectares de Mata Atlântica preservada dentro da cidade – Bosque Municipal, próximo ao terreno destinado à implantação da Ecovila Vieillir e propriedades rurais adjacentes. O clima predominante é subtropical. A temperatura varia entre máximas de 28,5 ºC e mínimas de 17,8 ºC, sendo o período mais quente e chuvoso de dezembro a março e as temperaturas mais amenas, recorrentes entre os meses de abril e julho. O tipo de solo é classificado como Podzolico, comum na região de Marília, e a vegetação dominante é rasteira – gramíneas, mas com resquícios da vegetação anterior, constituída pela Floresta Latifoliada Tropical, sendo estas: Peroba, Guaratã, Ipê e outras. As áreas urbanas são arborizadas e cerca de 95% das vias públicas da cidade são pavimentadas14.

13

Conforme dados coletados pelo IBGE, em 1 de julho de 2008 e informados através do site Wikipédia. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Gar%C3%A7a_(S%C3%A3o_Paulo)>. Acesso em: 24/04/2018. 14 De acordo com levantamentos disponíveis no site do próprio município em: <https://www.garca.sp.gov.br/cidade/dados/>. Acesso em: 24/04/2018.


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5.1.2. Terreno I

O primeiro terreno analisado está localizado em uma área bastante tranquila da cidade. O mesmo apresentava dimensões adequadas para a implantação do empreendimento, porém, em contrapartida, possuía um alto nível de declive, fato que o impossibilitaria de ser escolhido. Figura 66 – Estudo de Implantação – Terreno I.

Fonte: Acervo do autor, 2018. Figura 67 – Estudo de Implantação – Área pertencente ao Terreno I.

Fonte: DigitalGlobe, 2018.


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5.1.3. Terreno II

De amplas dimensões e plano, o segundo terreno aparentava ser ideal para o empreendimento. Porém, sua localização afastada das demais estruturas do município e em região desvalorizada, tornou a área imprópria. Figura 68 – Estudo de Implantação – Terreno II.

Fonte: Acervo do autor, 2018.


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Figura 69 – Estudo de Implantação – Área pertencente ao Terreno II.

Fonte: DigitalGlobe, 2018. 5.1.4. Terreno III O terceiro terreno – e o escolhido para a construção da Ecovila Vieillir – está localizado nos arredores do Residencial do Bosque, área relativamente nova, bastante tranquila e valorizada. Está próximo às matas do Bosque que integram o município, e também do Hospital São Lucas (HSL). A área é de 16.200m² e os desníveis existentes são fáceis de serem trabalhados, podendo ser utilizados a favor da construção. Figura 70 – Estudo de Implantação – Terreno III.

Fonte: Acervo do autor, 2018.


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5.1.5. Considerações Sobre a Escolha do Terreno Figura 71 – Estudo de Implantação – Área para Implantação e Estudo de Vizinhança.

Fonte: DigitalGlobe, 2018. Corroborando os dados supracitados a respeito do terreno, a decisão de escolhê-lo partiu de inúmeros fatores, podendo ser classificados por ordem de relevância: a) A área é extensa e está, há muito tempo, sem maiores utilizações; b) O espaço compreende dois terrenos de dimensões 90mx90m, porém, a via que interrompia os mesmos ainda não era asfaltada e acabou sendo encoberta pela vegetação. Torna-se possível então, integrá-los, de forma que constituam um único terreno, de dimensões 90mx180m; c) O Residencial do Bosque é um empreendimento relativamente novo no município e as residências construídas são de alto padrão de acabamento e qualidade, tornando a área valorizada e, de certa forma, bastante tranquila e planejada – por se tratar de um residencial; d) Não há trânsito ou vias movimentadas, uma vez que a área não está próxima a centros comerciais, sendo considerada, primordialmente, como uma área


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de caráter residencial, embora se encontre, nos arredores do bairro, farmácias, mercados e mercearias; e) O terreno é propriedade do HSL, por isso, está situado tão próximo ao mesmo. Essa proximidade facilita possíveis emergências, uma vez que a Ecovila Viellir comportará apenas uma enfermaria para pequenas urgências; f) Apesar de levemente inclinado – aproximadamente 9 metros de declive muito bem distribuídos ao longo de 16.200m² –, o terreno apresentou aspectos favoráveis ao projeto, mantendo fluidez e uma certa sequência de níveis, além de possibilitar o plantio de vegetação – somada às matas do Bosque Municipal, que estão também bastante próximas ao terreno. Há ainda uma praça, situada em uma das ruas laterais, que demanda maiores cuidados e uma possível proposta de revitalização da área; g) O empreendimento será construído em uma Zona Residencial (ZR), mais especificamente, ZR-1 – Zona Residencial de baixa densidade –, caracterizada pelo uso predominantemente unifamiliar. Por se tratar de uma construção de caráter habitacional, priorizando a moradia, a Ecovila Vieillir está dentro das normas exigidas por tal zona, e respeitará as dimensões mínimas de lotes (área de 300m²), assim como os recuos específicos e demais parâmetros – Taxa de Ocupação (T.O.) e Coeficiente de Aproveitamento (C.A.); h) Todas as ruas adjacentes são asfaltadas e de fácil acesso. Os pontos de ônibus estão situados em frente ao hospital, distância que equivale a aproximadamente um quarteirão do empreendimento.


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5.1.6. Topografia da Área para Implantação

A área para implantação compreende, em sua totalidade, 23.000m². Um sutil declive percorre o terreno em sentido horizontal, com curvas de nível com caídas de 1 em 1 metro, totalizando um desnível de aproximadamente 7 metros, conforme apreendido através do levantamento topográfico a seguir: Figura 72 – Estudo de Implantação – Topografia da Área para Implantação.

Fonte: Acervo do autor, 2018. As dimensões do lote estão marcadas no esquema acima, e sua área correspondente abrange as curvas de nível de número 1 a 7. Será proposto para o projeto, como um dos objetivos fundamentais, aproveitar a inclinação natural do terreno, nas áreas em que seja viável. Portanto, haverá movimentação de terra, uma vez que, três patamares segmentarão o projeto, de acordo com suas funções. As principais diretrizes adotadas para a construção da Ecovila Vieillir são a contemplação da economia – indo de encontro aos fundamentos da sustentabilidade e aspectos primordiais das construções ecológicas –, segurança e privacidade.


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5.2.

SUSTENTABILIDADE

5.2.1. O Conceito de Ecovila

Mais do que envelhecer, amadurecer. As ecovilas destinadas a terceira idade surgem com o propósito de capacitar e inspirar, reformulando a tradicional ideia de abrigos e asilos. Muitas pessoas chegam a certas idades e se convencem de que, de fato, não são mais úteis. E é com essa proposta que a influência e o poder de mudança vêm à tona. Ecovilas são comunidades rurais ou urbanas formadas por pessoas que vivem em harmonia com a natureza e lutam por um estilo de vida sustentável (LUZ, 2016). Ecovilas baseiam-se nos três principais pilares da sustentabilidade, sendo estes: econômico, ambiental e social. E com este novo modelo de construção, inúmeras práticas benéficas ao ser humano estão à disposição dos moradores – e até mesmo visitantes das mesmas. No Brasil, torna-se comum a estruturação de ecovilas, com o intuito de disseminar um estilo de vida alternativo e consciente. Porém, nota-se uma certa carência, quando o assunto são as moradias especiais para os idosos, de forma que estas atendam às suas necessidades, ofertando também uma série de atividades próprias para este público. As ecovilas destinadas aos idosos existentes defendem a vertente das “cohousings”, ou seja, moradias comunitárias voltadas a manter a autonomia e evitar a solidão na melhor idade, uma vez que a concepção da convivência comunitária está diretamente ligada a promoção da sociabilidade, fator fundamental para um envelhecimento saudável. Outras iniciativas privadas são também registradas em nosso país.


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5.2.2. Materiais Sustentáveis

a) Materiais como madeira, vidro e aço serão utilizados de forma generalizada ao longo do projeto, seja de forma estrutural, elementar ou decorativa; b) As fundações previstas serão em concreto armado. Quanto ao semiestrutural dos chalés, serão compostos por pilares e vigas de madeira, bem como a cobertura; c) O tipo de telha definido para a cobertura dos chalés e dos demais blocos que compõem o empreendimento, será a Telha Ecológica, composta por alumínio, Pet, Polietileno e Polinylon, integrada à uma Manta Térmica, revestida em alumínio. Este modelo é capaz de reduzir de 50% a 90% a temperatura ambiente15; Figura 73 – Sustentabilidade – Modelo de Telha Ecológica provida de Manta Térmica.

Fonte: < http://www.ecopex.com.br/wpcontent/uploads/2017/04/Telha-Ecol%C3%B3gica-comManta-T%C3%A9rmica-450x300.jpg>. Acesso em: 03/05/2018.

15

Informações fornecidas no site do representante comercial Ecopex. De acordo com o mesmo, as Telhas Ecológicas apresentam maior resistência, além de minimizarem impactos ambientais, evitando o descarte de materiais como o plástico e o alumínio e reutilizando-os na produção das telhas e chapas ecológicas. Disponível em: <http://www.ecopex.com.br/produtos-diversos/telha-ecologica/>. Aesso em: 03/05/2018.


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Figura 74 – Sustentabilidade – Telha Ecológica provida de Manta Térmica aplicada em chalés.

Fonte: < http://www.ecopex.com.br/wp-content/uploads/2017/04/TelhaEcol%C3%B3gica-com-Manta-T%C3%A9rmica-para-chales.jpg>. Acesso em: 03/05/2018. d) O piso será de madeira, com exceção nas áreas molhadas – onde serão trabalhados modelos emborrachados e texturizados, adaptados de forma que promovam maior estabilidade e segurança aos idosos. e) A vedação e as lajes serão constituídas por tábuas de madeira e há ainda a previsão de ambientes – em especial as áreas administrativas e compartilhadas – compostos por steel frame, tecnologia dinâmica, sustentável e de alto desempenho16.

16

Definição apresentada em matéria disponível no link: <http://fastcon.com.br/o-que-e-steel-frame/>. Acesso em: 03/05/2018.


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5.2.3. Iluminação Natural

A fim de garantir maior aproveitamento da incidência solar, serão previstas, ao longo do projeto aqui apresentado, grandes aberturas e vãos, permitindo que a principal fonte de iluminação seja a natural e mantendo o padrão de uma construção sustentável, adotado para a ecovila. Brises de madeira e janelas alongadas e dispostas de forma sequencial, auxiliarão no processo, além de reforçarem a sensação de amplitude. Haverá ainda todo um tratamento especial, dedicado às áreas de transição entre o espaço interno e externo, onde a ideia será utilizar do contraste – gerado pelas áreas ensolaradas e sombreadas – como uma ferramenta estética que proporcione acolhimento e conforto visual – devido também a escolha do material primordial, a madeira.

5.2.4. Sistema de Captação e Tratamento da Água de Chuva

Conforme comentado entre os objetivos específicos e ilustrado na figura de número 76, um sistema de captação da água de chuva será implantado. O esquema de reaproveitamento da água da chuva se baseia nos modelos atuais mais utilizados. Consiste na captação da água da chuva que cai sobre os telhados, prosseguindo assim com um primeiro tratamento grosseiro para a retirada das impurezas maiores. Em seguida um dispositivo descarta as primeiras águas que caíram, realizando assim uma limpeza no telhado. Depois água passa por um processo de filtração mais fino, em que as impurezas menores são retidas. Posteriormente é realizado tratamento químico da água através do uso do cloro, então a água pode ser direcionada para o uso na lavagem da casa, de roupas, descarga sanitária, entre outros usos, reduzindo até 50% dos custos fixos com água da rede pública.


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Figura 75 – Sustentabilidade – Modelo Esquemático de Sistema de Captação e Tratamento da Água de Chuva.

Fonte: <http://www.semab.com.br/reaproveitamento-agua>. Acesso em: 03/05/2018.


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5.2.5. Sistema de Geração de Energia com Painéis Solares Fotovoltaicos Figura 76 – Sustentabilidade – Modelo Esquemático de Sistema de Geração de Energia com Painéis Solares Fotovoltaicos.

Fonte: ATIVER, 2018. O processo de geração de energia fotovoltaica se baseia no modelo da linha UNI da empresa ATIVER Os painéis solares fotovoltaicos geram energia elétrica de corrente contínua que é convertida para corrente alternada a partir do inversor. A energia convertida vai para o consumo através do quadro de energia. O Relógio bidirecional registra a energia produzida em um medidor e a consumida em outro. A energia excedente vai para a rede pública e é convertida em créditos, possibilitando o uso posterior. A geração de energia solar pode reduzir em até 95% os custos fixos com energia elétrica (ATIVER, 2018).


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5.2.6. Estação Compacta de Tratamento de Esgoto Figura 77 – Sustentabilidade – Modelo Esquemático de Estação Compacta de Tratamento de Esgoto.

Fonte: ATIVER, 2018. O processo de tratamento de esgoto se baseia no modelo da linha UNI da empresa ATIVER. A estação compacta de tratamento de esgoto é composta por duas câmaras anaeróbias, um filtro aeróbio de leito fixo com difusão de ar por bolhas finas, decantador secundário e desinfecção por pastilhas de cloro. A eficiência de tratamento é de 90%, possibilitando reuso para fins não nobres (ATIVER, 2018). Após a estação de tratamento, os fluidos gerados pelo processo poderão ser reutilizados para fins não nobres – como para lavagem de pátios, rega de jardinagem, assim como também utilização em vasos sanitários –, sendo então depositados em uma cisterna, a fim de serem reutilizados da maneira supracitada.


91

5.3.

CONVIVÊNCIA FAMILIAR E COMUNITÁRIA

Tratando-se da família – principal agente promotor de bem-estar – e do convívio familiar, notam-se dificuldades em relação ao idoso, por conta da falta de amparo do Estado, que possui escassos serviços de atendimento a essa população específica (KATZER, GOBBO, p. 1). Sendo assim, parte da família a necessidade de conhecer e compreender o idoso. Algumas, inclusive, não querem assumir essa responsabilidade e acabam deixando o mesmo em situação de abandono. Os abrigos não precisam ser associados ao abandono. Muitos idosos tornamse residentes dos abrigos públicos e de caridade por complicações financeiras por parte das famílias, que não são capazes de assistirem ao idoso integralmente, ou até mesmo, por não possuírem renda o suficiente para mantê-lo em um abrigo particular e de maior qualidade, que ofereça atividades – sejam estas físicas, de bem-estar ou até mesmo psicológicas – e interação com outros idosos17. Os casos de idosos residentes em abrigos particulares por questão de abandono afetivo inverso18 – denominação utilizada quando os filhos se recusam a cuidar dos pais e, consequentemente, os abandonam – são também frequentemente registrados. Nessa circunstância, o abandono ocorre não por questões financeiras ou dificuldades, mas por irresponsabilidade dos filhos. Há ainda um estudo19 que aponta como possíveis causas do abandono por parte dos filhos fatores psicológicos e marcantes como pais ausentes, que geram filhos insensíveis, com feridas emocionais e propensos a apresentarem um histórico de maus tratos. Vale ressaltar que o abandono de um idoso pode ser considerado crime sujeito a penalidades como detenção de seis meses a três anos, além de multa20. Já quanto aos espaços voltados para o convívio da população idosa, tratandose dos existentes, pode se considerar que estes apresentam inúmeras falhas. Maus

17

Informações obtidas através de entrevista com a responsável administrativa e pesquisa de campo realizada no Lar dos Velhos (Residencial Vicentino) do município de Assis, São Paulo. 18 Termo apresentado de acordo com orientação jurídica da advogada Elizabeth Lannes, atuante na área de Direito das Famílias. Disponível em: <https://elizabethalais.jusbrasil.com.br/artigos/220020071/abandonoafetivo-inverso-quando-os-filhos-abandonam-os-pais-idosos>. Acesso em: 29/04/2018. 19 Estudo desenvolvido e apresentado pelo Doutor Ezequiel Chissonde, conforme debates disponíveis em: <https://www.facebook.com/DrEzequielChissonde/posts/1070632816320712:0.> Acesso em: 30/04/2018. 20 De acordo com o artigo 98 da lei 10.741, que dispõe sobre o Estatuto do Idoso.


92

tratos, suprimentos insuficientes, negligência médica e estruturas irregulares 21 são apenas algumas das mais recorrentes, seja em abrigos públicos e de caridade, ou até mesmo em particulares. São muitos os casos registrados de instituições interditadas por não estarem regularizadas. Portanto, as ecovilas surgem como uma alternativa inovadora e viável, sendo o Vieillir um espaço preparado para não somente abrigar os idosos que buscam por um estilo de vida ativo, mas sim, oferecer uma série de atrativos que os mantenham capacitados, seguros e realizados – ao invés de abandonados. Haverá ainda a possibilidade de estadias temporárias, uso somente das estruturas do espaço e também, sendo o grande diferencial da ecovila Vieillir, moradias completas e capazes de suprir as necessidades dos idosos, além de mantê-los em segurança, tornando possível a ideia de uma vida independente na melhor idade.

21

Conforme levantamento denunciado na seguinte matéria: <http://jconline.ne10.uol.com.br/canal/cidades/policia/noticia/2017/05/24/fiscalizacao-interdita-abrigo-deidosos-em-abreu-e-lima-285669.php>. Acesso em: 30/04/2018.


93

6. MATERIAIS E MÉTODOS 6.1.

PROGRAMA DE NECESSIDADES E PRÉ-DIMENSIONAMENTO

Quadro 03 – Materiais e Métodos – Programa de Necessidades e Quadro de Áreas.

Fonte: Acervo do autor, 2018.


94

Figura 78 – Materiais e Métodos – Pré-dimensionamento.

Fonte: Acervo do autor, 2018.


95

Figura 79 – Materiais e Métodos – Pré-dimensionamento.

Fonte: Acervo do autor, 2018.


96

6.2.

ORGANOGRAMA E FLUXOGRAMA

6.2.1. Organograma Figura 80 – Materiais e Métodos – Organograma.

Fonte: Acervo do autor, 2018.


97

6.2.2. Fluxograma Figura 81 – Materiais e Métodos – Fluxograma.

Fonte: Acervo do autor, 2018.


98

6.3.

PARTIDO ARQUITETÔNICO

O presente projeto destina-se a instalação de uma ecovila privada, voltada ao atendimento específico para a terceira idade. A edificação será basicamente térrea, e consiste em fundamentos da sustentabilidade, principal partido arquitetônico adotado. Comportará setor administrativo, salas compartilhadas, ambientes internos e externos, assim como moradias adaptadas e acessíveis e vias e estruturas urbanas projetadas de acordo com o conceito do Desenho Universal. A obra será implantada no município de Garça, no interior do Estado de São Paulo. Blocos segmentarão o empreendimento de acordo com os setores, sendo estes: administrativo, compartilhado e de moradia. Haverão duas entradas principais, sendo a primeira – localizada na Rua Francisco Egea – destinada aos moradores e visitantes da Ecovila Vieillir. A segunda entrada – localizada na Rua Brigadeiro Machado – destina-se à recepção, onde os novos moradores ou usuários do Day Use – pacote que permitirá o uso da estrutura apenas por um dia, incluindo refeições e demais atividades, sem o compromisso de mensalidade – serão recebidos. A premissa essencial foi a de criar um ambiente agradável, onde a população idosa pudesse usufruir de inúmeras atividades compatíveis com seus interesses, proporcionando um envelhecimento ativo e saudável. Para isso, uma linguagem inovadora, mas ao mesmo tempo confortável e funcional, foi criada e estabelecida ao longo do projeto. A otimização de espaço, assim como as características e formas dos ambientes, pretendem contribuir com a autonomia e independência dos usuários. O estilo adotado é contemporâneo, integrado aos princípios da arquitetura sustentável, dotado de materiais ecológicos, tecnológicos e naturais. As coberturas dos setores administrativos e compartilhados receberão as estruturas necessárias para o funcionamento do sistema de captação da água de chuva – com exceção aos telhados dos chalés, que seguirão o modelo padrão de inclinação desse estilo de construção – usualmente, 90%22. Está programada uma área especial para os painéis solares fotovoltaicos, assim como a estação compacta de tratamento de esgoto, no ponto mais alto do terreno, enquanto a cisterna será locada no mais baixo.

22

Padrão determinado de acordo com o tipo de telha estabelecido para o projeto de cobertura.


99

7. CONCLUSÃO O aumento da expectativa de vida acarretou em uma série de preocupações acerca da qualidade de vida do envelhecimento da população. O envelhecimento ativo demanda cuidados especiais voltadas ao público idoso, desde simples atividades de lazer até a capacitação dos mesmos, resultante da autonomia proporcionada pela acessibilidade e Desenho Universal. Acredita-se que, dessa forma, torna-se possível retardar ou evitar inúmeras doenças. A definição do tema foi resultante da carência de espaços adequados e que lidem com a velhice com sua devida dignidade, além da preocupação ecológica e demais práticas sustentáveis. As pesquisas foram engrandecedoras, proporcionando conhecimento específico em áreas como acessibilidade, sustentabilidade e particularidades a respeito do envelhecimento. De maneira conclusiva, o seguinte trabalho procura demonstrar, através da construção de espaços inclusivos e seguros, que integrar os idosos com a sociedade é uma realidade palpável e que é extremamente necessária uma conscientização por parte de toda a população, tratando-se dos projetos acessíveis. Dessa forma, cria-se um projeto capaz de se comunicar com a vizinhança, agregando valor estético a uma área de entorno em expansão e atendendo aos idosos da região, oferecendo não uma solução absoluta, mas sim, uma alternativa viável e convidativa, garantindo que essa fase de vida seja, de fato, enriquecedora. A Ecovila Vieillir pretende contribuir com a mudança de visão da sociedade em relação às instituições de longa permanência para idosos, oferecendo uma estrutura inovadora e preparada. Vieillir – do francês, envelhecer – é amadurecer, cultivar, florescer.


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