PRAÇA DOROTÉIA - DANIELLE D. D. MEDINA - 2018

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DEDICATÓRIA Dedico este trabalho a todos que enxergam, de alguma forma, a arquitetura como uma construção de obra de arte e expressão.


AGRADECIMENTOS Em primeiro lugar, aos meus pais Nemesio e Maria Josefina, declaro minha imensa gratidão pelas oportunidades de estudo que me proporcionaram ao longo da vida e principalmente, por sempre acreditarem que sou capaz. Aos meus irmãos Alexandre e Fabiana, pelo apoio cotidiano. Ao meu melhor amigo e namorado Renan Raimundi, por estar presente em todos os momentos, me fortalecendo e me aconselhando sobre toda essa etapa. Você é o melhor exemplo que eu poderia ter, além do meu grande amor. Aos amigos que se mantiveram fiéis comigo nesta jornada cheias de altos e baixos, mas por fim, positiva, Ao corpo docente em geral que tive o prazer em te-los como mestres, e em especial, cito alguns nomes que marcaram minha trajetória: Sônia, por seu exemplo como professora e pessoa, a qual me acolheu inicialmente no caminho acadêmico da iniciação cientifica quando eu mal sabia por onde começar; Fernando, por toda paciência ao longo desta jornada acadêmica e ao espirito de liderança que faz despertar em mim; e por fim e mais importante, Doutor Irajá, pela orientação e apoio sobre este trabalho desde o início que me acompnahou com grande sabedoria profissional a qual sempre serei grata em ter presenciado.


PRIMEIRO NÓS MOLDAMOS AS CIDADES

DEPOIS ELAS NOS MOLDAM

- JAN GEHL


RESUMO A finalidade deste trabalho, além de refletir a atual situação dos espaços públicos, é entender como o descaso das praças públicas ocorreu e porque tal situação permanece até hoje, para assim, tornar possível a concepção de um projeto de praça pública que utiliza a arte, cultura e lazer como recursos necessários para promover a inclusão social dos indivíduos. na cidade de Marília-SP. A transformação social, recuperação e uso das áreas degradas pode ser combatida pela intervenção no espaço público, inserção de centros culturais e atividades de lazer no local, para assim, gerar um ponto de igualdade e equilíbrio na sociedade. Hoje, estes espaços são facilmente trocados por espaços privados de lazer e acabam por perder sua funcionalidade tradicional, sendo esta um direito de cidadania urbano, lazer, cultural, expressão e inclusão dentro do tecido urbano e da esfera social, física e espacial. A metodologia usada nesse trabalho se dá a partir da revisão histórica de espaços públicos e centros de lazer, em seguida, às leituras das principais bibliografias referentes ao tema e ao método "Pracemaking", que consiste em uma série de conjuntos de avaliações do espaço a fim de criar o melhor planejamento possível para o ambiente de uso público.. E, no caso deste trabalho, se torna essencial para o objetivo de alcançar a proposta projetual mais adequada para ser inserida na malha urbana de Marília, que além de promover o Espaço Público, promove também a interligação entre duas Avenidas importantes na cidade de Maília, sendo estas: A Avenida das Esmeraldas e a Avenida Tiradentes. A pesquisa téorica se divide em cinco partes principais, sendo estas: introdução, coleta de dados, fundamentação teórica, viabilidade técnica e materiais e métodos. Por fim, o conteúdo resulta em um projeto final de cunho arquitetônico, urbanístico e paisagístico.. Palavras-Chaves:, Arte, Praça Pública, Urbanismo

TFG 2018 - PRAÇA DOROTÉIA: UMA HOMENAGEM À MARÍLIA


ABSTRACT The purpose of this work, besides reflecting the current situation of public spaces, is to understand how the neglect of public squares occurred and why such situation remains until today, to make possible the conception of a public square project that uses art and culture as resources needed to promote the social inclusion of individuals. in the city of Marília-SP. The social transformation, recovery and use of degraded areas can be counteracted by intervention in the public space, insertion of cultural centers and leisure activities in the place, thus generating a point of equality and balance in society. Today, these spaces are easily exchanged for private leisure spaces and end up losing their traditional functionality, which is a right of urban, leisure, cultural, expression and inclusion citizenship within the urban fabric and the social, physical and spatial sphere. The methodology used in this work is based on the historical review of public spaces and leisure centers, followed by the readings of the main bibliographies referring to the theme and the "PPS" method, which consists of a series of space evaluation In order to create the best possible planning for the public use environment, the latter also discusses the importance of applying the "placemaking" methodology, which is based on choosing an object of study, and then its users in order to discover the real needs that society demands for its everyday use. And, in the case of this work, it becomes essential for the path to the best ideal project proposal of public square with incentives the artistic practices. The research is divided into five main parts, these being: introduction, data collection, theoretical foundation, technical feasibility and materials and methods. Finally, this research promotes the conceptualization of the squares from a global context, reaching the functions and typologies of the current public squares and the feasibility analysis of insertion of a square in the city, essential for the encouragement of the valorization of the public areas that are of great importance for the functioning of cities. Keywords: Art, culture, public square.

TFG 2018 - PRAÇA DOROTÉIA: UMA HOMENAGEM À MARÍLIA


D E

D A D O S

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F U N D A M E N T A Ç Ã O

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V I A B I L I D A D E

T É C N I C A

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M A T E R I A I S

M É T O D O S

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R E F E R Ê N C I A S

91 93

M A T E R I A I S

E

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T E Ó R I C A

M É T O D O S

UMA HOMENAGEM À MARILIA

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C O L E T A

PRAÇA DOROTÉIA:

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I N T R O D U Ç Ã O


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OÃÇUDORTNI TFG 2018 - PRAÇA DOROTÉIA: UMA HOMENAGEM À MARÍLIA


Desde a antiguidade, a praça pública tem um papel importante como um espaço de convivência e encontros da população. Na história, ela era o ponto inicial para as construções das cidades já que estas eram construídas no seu entorno. Na Grécia Antiga, as praças eram denominadas como “ágoras”, local onde tinha o objetivo de receber grandes atividades de manifestações populares. A praça é também, um local de referência de estética, de memória e de patrimônio. Nela, encontramos marcos, projetos paisagísticos e espaço de uso comum para toda a população, carregando diversas funções e benefícios ao bem-estar social rompendo a homogeneidade das edificações presentes na malha urbana atual. E com o passar do tempo, tais características e funções se perderam no meio dos avanços tecnológicos, que hoje são tidos como uma fonte de lazer e o medo dos transeuntes em relação a segurança, já que estes por muitas vezes se sentem mais protegidos dentro de um shopping center do que em um espaço público. A partir desta busca de uma espaço público eficaz para a região, foram adotas algumas metodologias que se dão início a partir da revisão histórica de espaços públicos e leituras das principais bibliografias referentes ao tema; em seguida, ao estudo dos princípios do "Placemaking", que aborda critérios para a avaliação e concepção de um espaço público de qualidade e reforça a conexão entre as pessoas e os lugares compartilhados. Este método em geral, se fundamenta em escolher um objeto de estudo, entrar em contato com ele e com seus usuários para entender a necessidade dos transeuntes para no fim, elaborar uma proposta projetual ideal de praça pública que incentive as práticas artísticas, culturais e de lazer na cidade de Marília-SP. A pesquisa se divide em cinco partes principais, sendo estas: introdução, coleta de dados, fundamentação teórica, viabilidade técnica e materiais e métodos. A introdução apresenta o tema a ser abordado, justificativa e principais objetivos, junto com a organização estrutural do trabalho. A coleta de dados trata-se de uma revisão das principais literaturas a respeito do espaço público, praça e urbanismo, onde entre elas encontra-se o famoso livro " As praças brasileiras" de Sun Alex, juntamente com artigos e documentários que revelam diversos fatos contemporâneos sobre o uso desses espaços. Em conjunto, são feitas leituras de projetos que se aproximem das funções as quais o presente projeto pretende apresentar. A fundamentação teórica que relata a problematização relacionada ao tema para análise de futuras soluções do projeto. A viabilidade técnica que analisa as principais opções de implantação do projeto dentro da malha urbana da cidade de Marília-SP. E por fim, a exposição dos materiais e métodos onde serão expostos os principais parâmetros da proposta com a definição do programa de necessidades, pré dimensionamento, organograma, fluxograma e partido arquitetônico.

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SODAD ED ATELOC TFG 2018 - PRAÇA DOROTÉIA: UMA HOMENAGEM À MARÍLIA


FIGURA 1. VISTA SUPERIOR DA PRAÇA MARIA ISABEL MARÍLIA-SP

CONCEITOS

1. ESPAÇO PÚBLICO SEGUNDO O SITE ARCHDAILY (2013) O ESPAÇO PÚBLICO É O LUGAR DA CIDADE DE PROPRIEDADE E DOMÍNIO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA, O QUAL RESPONSABILIZA AO ESTADO COM SEU CUIDADO E GARANTIA DO DIREITO UNIVERSAL DA CIDADANIA E A SEU USO E USUFRUTO

“OS ESPAÇOS PÚBLICOS CONTINUAM A SER UMA CARACTERÍSTICA FUNDAMENTAL DAS CIDADES. SEM ELES, O TERRENO APENAS DENSO E ALTAMENTE CONSTRUÍDO NÃO É UMA CIDADE. PODEMOS VER ISSO QUANDO HÁ UMA VASTA FAIXA DE EDIFÍCIOS RESIDENCIAIS OU COMERCIAIS ALTOS ESSES ESPAÇOS NÃO SÃO CIDADES, SÃO APENAS UM TERRENO DENSAMENTE CONSTRUÍDO. E ISSO ACONTECE MAIS E MAIS, É UMA TENDÊNCIA QUE AJUDA A DESURBANIZAR AS CIDADES - ASSIM COMO AS COMUNIDADES FECHADAS E A DESTRUIÇÃO DA IDEIA DE BAIRRO COMO ESPAÇOS COMPLETOS, COM SUAS SUBECONOMIAS E ATIVIDADES CULTURAIS. (...) ” (SASKIA SASSEN, PROFESSORA DE SOCIOLOGIA E COPRESIDENTE DO DEPARTAMENTO DE SOCIOLOGIA DA UNIVERSIDADE DE COLUMBIA, REVISTA AU, 2013)

FONTE: ACERVO HISTÓRICO DA CÂMARA MUNICPAL DE MARÍLIA-SP

FIGURA 2.PERSPECTIVA DA PRAÇA MARIA ISABEL EM MARÍLIA-SP

2. PRAÇAS SEGUNDO VIEIRA E FILHO (2009, P.1) O CONCEITO DE PRAÇA PODE SER DEFINIDO COMO QUALQUER ESPAÇO PÚBLICO URBANO QUE PROPICIE CONVIVÊNCIA E/OU RECREAÇÃO PARA OS SEUS USUÁRIOS. DURANTE A HISTÓRIA, HOUVE DIVERSAS DENOMINAÇÕES DAS PRAÇAS POR AUTORES DIFERENTES:

3. PARQUES SEGUNDO O SITE DE PESQUISA WIKIPÉDIA, ATUALIZADO EM 2016, UM PARQUE É UM ESPAÇO COMUMENTE CHAMADO DE “ÁREA VERDE”, EM GERAL LIVRE DE EDIFICAÇÕES E CARACTERIZADO PELA ABUNDANTE PRESENÇA DE VEGETAÇÃO. PROTEGIDO PELA CIDADE, PELO ESTADO/PROVÍNCIA OU PELO PAÍS NO QUAL SE ENCONTRA, DESTINA-SE À RECREAÇÃO DOS HABITANTES DA CIDADE, E/OU À PRESERVAÇÃO DO MEIO-AMBIENTE NATURAL. DESTA FORMA, UM PARQUE PODE SER CARACTERIZADO COMO URBANO OU NATURAL.

FONTE: ACERVO HISTÓRICO DA CÂMARA MUNICIPAL DE MÁRILIA-SP

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FIGURA 3. DETALHES DA PRAÇA MARIA ISABEL - MARÍLIA-SP

4. PRÁTICAS ARTÍSTICAS

ARTE É CONHECIMENTO, E PARTINDO DESTE PRINCÍPIO, PODE-SE DIZER QUE É UMA DAS PRIMEIRAS MANIFESTAÇÕES DA HUMANIDADE, POIS SERVE COMO FORMA DO SER HUMANO MARCAR SUA PRESENÇA CRIANDO OBJETOS E FORMAS QUE REPRESENTAM SUA VIVÊNCIA NO MUNDO, O SEU EXPRESSAR DE IDEIAS, SENSAÇÕES E SENTIMENTOS E UMA FORMA DE COMUNICAÇÃO (AZEVEDO JÚNIOR, 2007). SOBRE AS PRÁTICA ARTÍSTICAS, PODESE ENTENDER COMO UM CONJUNTO ATIVIDADES IMPORTANTES PARA A FORMAÇÃO DAS CRIANÇAS E JOVENS, QUE PROPORCIONA O DESENVOLVIMENTO ARTÍSTICO, CULTURAL, CRÍTICO E SOCIAL, TUDO ISSO ATRAVÉS DE ENSAIOS E APRESENTAÇÕES PÚBLICAS, POR EXEMPLO. CARASSO, CITA ALGUMAS FORMAS ONDE A ARTE PODE SER TRANSFORMADA EM AÇÃO:

[...] É PRECISO SE MOVIMENTAR, PINTAR, DESENHAR, DANÇAR... ENFIM, AGIR PARA QUE A ARTE POSSA ACONTECER. HÁ MILHARES DE MANEIRAS POSSÍVEIS PARA SE CONSEGUIR ISSO, DESDE O DESENHO INFANTIL ATÉ O DESEMPENHO MAIS SOFISTICADO DE UM GRANDE ARTISTA PROFISSIONAL, PASSANDO POR TODAS AS AVENTURAS INTERMEDIÁRIAS: CADA UM AO SEU MODO, TODOS FAZEM ARTE, MESMO QUE A REALIZAÇÃO SEJA, EVIDENTEMENTE, MUITO DIFERENTE. A AÇÃO ARTÍSTICA É, PORTANTO, A ORGANIZAÇÃO CONCRETA DESSAS POSSIBILIDADES DE AGIR, DE EXPERIMENTAR A ATIVIDADE ARTÍSTICA.(...) [...] (CARASSO, 2012)

TABELA 1.TIPOS DE PRÁTICAS ARTÍSTICAS, ACERVO PESSOAL DA AUTORA, 2018

Desenho, pintura, escultura, artesanato, cerâmica, colagem, cestaria,fotografia, etc.

OÃSSERPXE AD ETRA

SAHNIL E SAMROF SAD ETRA

ARTES PLÁSTICAS

APRESENTAÇÕES Música, teatro, cinema ao ar livre, jogos, improvisações, standup, dança, poesia, etc.

FONTE: ACERVO DA AUTORA, 2018 FONTE: ACERVO HISTÓRICO DA CÂMARA MUNICIPAL DE MÁRILIA-SP

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CONTEXTO ATUAL BRASIL De acordo com De Arruda et al. (2013), o valor recomendado pela OMS é de 12 m 2 de área verde por habitante da zona urbana. Esse valor, no Brasil, tem sido atribuído à OMS e à Organização das Nações Unidas (ONU), todavia Cavalheiro e Del Picchia (1992), após enviarem cartas a essas organizações para se cientificarem do assunto, constataram que elas desconhecem o valor citado Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a quantidade de área verde por habitante é de 12 m² e a ideal é de 36 m². Enquanto no mundo a referência é Estocolmo, com 86 metros quadrados de área verde por habitante, o Brasil permanece nas mais baixas colocações, somente com destaque positivo com a cidade de Curitiba, com 64 m² de área verde por habitante.

MARÍLIA Atualmente, o Município de Marília possui o total de 124 praças e mais 7 nas regiões próximas, sendo estas: 2 praças em Avencas, 2 em Rosária, 1 praça em Dirceu, 1 em Lácio, 1 em Padre Nóbrega.

FIGURA 4 - PRAÇAS EXISTENTES EM MARÍLIA-SP

ZONA LESTE ZONA SUL CENTRAL OESTE NORTE

FONTE: ARTE DA AUTORA, A PARTIR DE DADOS FORNECIDOS PELA PREFEITURA DE MARÍLIA, 2018

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A PRAÇA NA HISTÓRIA TABELA 2 - CARACTERÍSTICAS DA PRAÇA AO LOGO DA HISTÓRIA

Segundo Robba e Macedo (2010), a praça, no período de anscenção grega, além de espaço aberto, normalmente era delimitado por um mercado. Assim, possuia um valor comercial e sentido político, já que ali os assuntos importantes para a vida das pessoas e da sociedade grega eram debatidos.

Com um sentido político, mas não apenas, a ágora era um espaço público de muita visibilidade e um dos espaços mais valorizados da cidade grega que não tinha uma forma definida ou regular (DE ANGELIS et al, 2005).

Na Grécia, a "ágora" foi como espaço precursor das praças, que correspondia ao centro dinâmico da cidade grega, assim, sendo a antecessora remota de nossas praças . (DE ANGELIS et al, 2005, p.04).

FIGURA 5 - A ACRÓPOLE QUE REPRESENTA A GRÉCIA

Representava o símbolo do poder em escala monumental, com templos nobres, adornados, arcos triunfais, colunatas e inúmeras estátuas, e servia como local de comércio e de política popular (ROSTOVTZEFF, 1983).

FIGURA 6 - O COLISEU QUE REPRESENTA A ROMA

#PARTIUÁGORA

Esse espaço possuia nesta época um traçado complexo, desordenado, em que se misturam os edifícios destinados a diversas funções

FONTE: ALEXANDRE 2016, ADAPTADO PELA AUTORA

FIGURA 7 - ILUSTRAÇÃO DA ESCULTURA DE VENUS DE MILO FONTE:ACERVO DA AUTORA, 2018

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TABELA 3 - EVOLUÇÃO HISTÓRICA

Neste período, a praça era caracterizada como lugares de assembléia, disputas atléticas e gladiatórias (DE ANGELIS etal, 2005).

PRÉ IDADE MÉDIA

Na Idade Média, a praça, de acordo com Angelis et al (2005)Local de espetáculo, mercado, encontro político e cotidiano (BENEVOLO, 1993).

IDADE MÉDIA

RENASCIMENTO

Neste período, o espaço público se torna um recinto público e de valor funcional, político-social, como também o valor simbólico e artístico (LAMAS, 1993, p.54).

Aqui, as praças seguem um traçado uniforme e com ruas retas, localizada no centro da cidade. Em seu entorno tinha grandes edifícios, casas dos colomos ricos , a igreja, o paço municipal e o mercado. (BENEVOLO, 1993).

IDADE MODERNA

CONTEMPORÂNEA

Quanto à sua forma, a praça medieval é geralmente irregular resultando num vazio aberto em estrutura urbana, sem um desenho prévio (LAMAS, 1993).

No aspecto físico, foram inseridos neste espaço elementos como pavimentação, pórticos, colunas, fontes etc. Neste momento histórico, a praça se converte em um dos principais elementos urbanísticos para a transformação e embelezamento das cidades.(LAMAS, 1993)

Segundo SENNET, 1989 a praça vira um lugar central de uso múltiplo, sendo a principal função somente a observação . Essas mudanças influenciaram inúmeros países, servindo com espelho e eixo norteador para a elaboração de seu planejamento urbano, e entre esses países está o Brasil. (SENNET, 1989, p.77)

Já nesta época, as atividades que ocorriam nas praças se enfraqueciam, como, por exemplo, em Paris e em Londres, onde o encontro de pessoas no espaço era evitado para não ocorrer discussões políticas, assim afastando o comércio dali. (SENNET, 1989, p.77)

FONTE: ALEXANDRE 2016, ADAPTADO PELA AUTORA

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A PRAÇA NO BRASIL TABELA 4 - EVOLUÇÃO HISTÓRICA NO BRASIL

Atraíam as residências mais luxuosas, os prédios públicos mais importantes e o principal comércio, além de servirem como local de convivência da comunidade e como elo entre esta e a paróquia.

PERÍODO DE DESTAQUE

PERÍODO COLONIAL

A praça, até o período colonial, era chamada de largO. Segundo Robba e Macedo (2010, p. 22), os fiéis demonstravam sua fé; os poderosos, o poder; e os pobres, sua pobreza. Era um palco de manifestações dos costumes e hábitos da população .

Para Font (2003, p.15) as praças, civicamente, militarmente, de mercado, ou simplesmente para a contemplação, destacavam-se nas cidades pelas funções que exerciam. Durante muito tempo, funções como essas deram o significado desses espaços públicos, tidos como o símbolo de poder, seja estatal, seja militar.

Podemos observar que as igrejas assumiram ao longo do tempo um dos mais importantes papéis na formação das praças no Brasil, e ainda hoje, com freqüência as praças mais antigas tem em seu entorno uma igreja

Em volta da capela, eram construídos o casario e as edificações que iriam compor a vila e que mais tarde, dariam origem à cidade. O adro, espaço em frente ao templo, facilitava o acesso da comunidade à igreja, a saída das procissões e os autos da fé (ROBBA; MACEDO, 2010).

Em geral foram construídas no entorno das igrejas, constituindo os primeiros espaços livres, públicos e urbanos. Atraíam as residências mais luxuosa

Segundo Marx (1980, p. 50): Logradouro público por excelência, a praça deve sua existência, sobretudo, aos adros das nossas igrejas. Se tradicionalmente essa dívida é válida, mais recentemente a praça tem sido confundida com jardim. A praça como tal, para reunião de gente e para um sem-número de atividades diferentes, surgiu entre nós, de maneira marcante e típica, diante de capelas ou igrejas, de conventos ou irmandades religiosas.

FONTE: FONT (2003), ROBBA E MACEDO (2010), MARX, 1980

FIGURA 8 - PONTO INICIAL ANTIGO PARA PROJETO DE PRAÇA, A IGREJA. FONTE:ACERVO DA AUTORA, 2018

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FUNÇÕES Para De Angelis et al, (2005, p. 2), do romantismo à praticidade, conceitos e funções sobre a praça existem os mais diversos, porém todos convergem para um entendimento em comum: é o local da reunião e do encontro .A praça é, por conseguinte nas suas diversas acepções, o lugar do encontro, mas para compreendê-la faz-se necessário inseri-la no contexto da cidade, das suas contradições. Contradições estas nas quais a vida se reproduz e se dá o modo concreto de se viver.

A praça é assim entendida como um espaço de reprodução da vida, logo, as contradições ali expressas dizem respeito ao modo concreto de viver de cada sujeito que lá se encontra: ao modo de viver expresso em suas lutas diárias pela sobrevivência, em uma cidade que tem sua dinâmica conduzida pelo modo capitalista de produção.

Portanto, mesmo com a forma física, ou com a sua forma material inalterada, muitos podem ser os significados atribuídos a este espaço. A praça não é um espaço neutro, ao Contrário, é cheia de intenções referentes ao momento histórico no qual surgiu e, principalmente ao momento presente, como nos ratifica Font (2003, p.10), para quem [...] no contexto da conceituação, ou daquilo que é percebido, da simples descrição ou caracterização do que venha a ser praça, encontramos um número muito grande de definições, muitas atreladas às questões temporais, regionais e culturais.

Nesse contexto observamos que muitas e significativas foram as mudanças pelas quais as praças passaram ao longo do tempo. São mudanças que não se esgotaram e estão continuamente sendo reelaboradas que dizem respeito, dentre outros aspectos, à sua definição, à sua concepção, aos aspectos físicos e às formas de uss.

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Segundo ROBBA e MACEDO (2002), ao longo do tempo, as praças tiveram funções diversas as quais se perderam ao longo dos anos. Desta forma, a partir do texto dos autores, foi possível dividir tais características em quatro períodos: Colonial, Eclético, Moderno e Contemporâneo. TABELA 5 - FUNÇÕES DAS PRAÇAS

P R A Ç A

FUNÇÕES COLONIAL

ECLÉTICO

CONVÍVIO

CONTEMPLAÇÃO

SOCIAL

PASSEIO

USO RELIGIOSO

CONVÍVIO

USO MILITAR

SOCIAL

COMÉRCIO E

CENÁRIO

FEIRAS CIRCULAÇÃO RECREAÇÃO

MODERNO

CONTEMPORÂNEO

CONTEMPLAÇÃO

CONTEMPLAÇÃO RECREAÇÃO LAZER ESPORTIVO LAZER CULTURAL CONVÍVIO SOCIAL CENÁRIO

RECREAÇÃO LAZER ESPORTIVO LAZER CULTURAL LAZER ESPORTIVO CONVÍVIO SOCIAL COMÉRCIO SERVIÇOS CIRCULAÇÃO DE PEDESTRES CENÁRIO

FONTE: LIVRO "PRAÇAS BRASILEIRAS" DE MACEDO E ROBBA, 2002

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Abaixo pode-se ver a relação de praças da cidade de Marília, segundo informações da Prefeitura Municipal de Marília (PMM).

FIGURA 9 - PRAÇAS EXISTENTES EM MARÍLIA-SP POR REGIÃO

FONTE: ARTE DA AUTORA, A PARTIR DE DADOS FORNECIDOS PELA PREFEITURA DE MARÍLIA, 2018

LIMITE DO MUNICÍPIO ZONA LESTE

NÚMERO TOTAL DE PRAÇAS: 124

ZONA SUL CENTRAL OESTE NORTE

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21% ZONA NORTE

18%

13%

ZONA LESTE

ZONA OESTE

ZONA CENTRAL

23% ZONA SUL

18% ZONA LESTE

1- Acyr Rezende de Souza Silva 81- Miguel de Souza e Silva 116- Thiago Cordeiro Roim 47- Girassol 69- Luciano Ribeiro Nogueira 9- Antonio Carlos Arias Fiorini 35- Dermínio Macedo de Carvalho 76- Maria Romero Teruel 106- Santo Marco Gravena 78- Maurício Cardozo Campo 39- Estudante 26- Carlos de Oliveira Santos

86- Nasib Cury 56- Joana Rodrigues Dos Santos 99- Princesa Isabel 51- Igor Narazaki 104- Sakumatsu Kawakami 102- Rosalvo Manoel dos Santos 13- Antônio Miguel de Mendonça 115- Tetsuo Okamoto 10- Antonio de Carvalho 11- Antonio Frederico Ozanam 50- Idalina de Oliveira Ramos

64- José Serapião e Silva 21- Belmiro Luis 4- Alcides Mattiuzo 61- José Claret de Oliveira

70- Lucy Carvalho 15- Athos Fragata 5- Alfeu Cesar Pedrosa 65- Julieta Nicolau Bardaouil 23- Betânia 11- Antonio Frederico Ozanam 43- Francisco Alves 32- Contabilista 28- Cinco 96- Portugal 76- Maria Romero Teruel 101- Roberto Furlaneto

117- Uriel Ruiz Etelli 109- Saturnino de Brito 91- Papa João Paulo ll 48- H. Santos 66- Jussara Thomé 84- Motoristas 107- São Paulo 105- Santa Tereza 63- José Sanches Cibantos Júnior 29- Cinco de Julho 20- Bandeira 17- Augusto Saturnino de Brito

71- Luís Fontana 46- Geralda Rosa Coutinho 53- Irmã Maria de Canchy 90- Padre Cristina 123- Wilson Pavanello 19- Bancários 103- Sagrado Coração de Jesus 18- Syrton Senna da Silva 114- Tenente Joaquim de Almeida 112- Sotero de Camargo Barbosa 82- Monsenhor Adauto Rocha 73- Marcelino Medeiros

37-Djalma Junior do Nascimento Soares 45- Garibaldi 24- Bernado Severiano da Silva 85- Nações Unidas 7- Américo Fittipaldi 57- João Neves Camargo 113- Supletivo Profª Iria Fofina 40- Expedicionários 25- Carlos de Campos 83- Monte Cassino 108-São Vicente de Paula

27 - Carmen Miranda 124 - Zezinho Magalhães Prado 14 - Arthur Cavicchioli 34 - Delphim Bertinotti Chessman 60 - José Batista Santana 58 - Jorge Galatti (Maestro) 118 - Vera Marilda Seren Cortarello 49 - Higashihiroshima 41 - Felipe Antonio 76 - Maria Romero Teruel 68 - Lion Clube 80 -Melvin Jones

6- Alto Cafezal 42- Fernando Costa 16- Attílio Burguetti

AILÍRAM ED SAÇARP

25%

2- Adilson Hideki Ueno 52- Íria Anunciata Cabrini Zambom 49- Higashihiroshima 98- Presidente Kennedy 121- Visconde de Cairu 120- Villa Rica 74- Maria do Carmo Sezinando 110- Sebastião do Rosário 87- Octávio Barreto Prado 67- Liberdade 100- Ricardo Gracindo 31- Concórdia

119-Vereador Carlos Pavarini Filho 97- De conveniência comunitária Dona Nega 54- Ivo Perdonatti

92 - Paul Percy Harris 59- José Austo da Cruz 44- Francisco Gomes Castro 3- Akira Nakadaira 88- Olga Sampaio Vidal de Andrade 56- Joana Rodrigues dos Santos 22- Benedicta da Costa Baldassarini 33- Darci Canales

* DADOS FORNECIDOS PELA PREFEITURA DE MARÍLIA-SP,EM 2018.

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Segundo a OMS, o número ideal é de 12 m²/habitante

Área verde (m²) por habitante

64,5 m²* 2,6 m²* 8,7 m²**

Curitiba, uma das cidades com o numero maior do mundo

São Paulo, uma das porcentagens mais baixas do mundo

Porcentual da cidade de Marília-SP

* Dados coletados pelo CENSO, 2010 ** Dados coletados de acordo com o Mapa Municipal de Marília (Praças, canteiros, parques e demais áreas verdes)

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?EUQRAP UO AÇARP TFG 2018 - PRAÇA DOROTÉIA: UMA HOMENAGEM À MARÍLIA


Afinal, praça ou parque ?

NESTE TÓPICO, SERÁ EXPLICADA A DIFERENÇA ENTRE OS TERMOS “PRAÇA” E “PARQUE” QUE POR MUITAS VEZES, TEM SUAS FUNÇÕES CONFUNDIDAS OU ATÉ MESMO CARACTERIZADAS COM A MESMA DEFINIÇÃO, SENDO ESTE UM GRANDE ERRO POIS TAIS ESPAÇOS PÚBLICOS PROPÕEM OBJETIVOS TOTALMENTE DIFERENTES PARA SOCIEDADE. PARA ESTA ANÁLISE, SERÃO LEVADAS EM CONSIDERAÇÃO AS CARACTERÍSTICAS VISTAS EM PARQUES E PRAÇAS DA REGIÃO JUNTAMENTE COM A ANÁLISE DE DIVERSOS AUTORES, BASEADA NA PESQUISA DE ALEXANDRE, 2016 JÁ NA REILEITURA DE DIVERSOS AUTORES.

FIGURA 1O: FRENTE DA PRAÇA MARIA ISABEL, MARÍLIA-SP

FONTE: ACERVO HISTÓRICO DA CÂMARA MUNICIPAL DE MARÍLIA-SP

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PRAÇAS X PARQUES TABELA 6: COMPRAÇÃO ENTRE OS TERMOS "PRAÇAS" E "PARQUES"

ENCONTRO

O CRUZAMENTO ENTRE AS PESSOAS NÃO É OBRIGATÓRIO, UMA VEZ QUE O ESPAÇO LIBERA A ENTRADA DE DE CARROS, DE TRANSPORTES PÚBLICOS.

ACESSO

É ESSENCIAL QUE TENHA CALÇADAS E RUAS QUE DÃO ACESSO DIRETO AO ESPAÇO URBANO, COM FORMAS QUE COMPÕE ALGUM TIPO DE SIGNIFICADO.

AQUI OS ACESSOS SÃO OS MESMOS, PORÉM COM ENTRADA CONTROLADA.

PRÁTICAS SOCIAIS PÚBLICAS COM FINALIDADES DIVERSAS POLÍTICAS, RELIGIOSAS, CULTURAIS, SOCIAIS, COMERCIAIS, RECREATIVAS E EDIFICAÇÕES FEITAS SOMENTE QUANDO NECESSÁRIAS.

ATIVIDADES DEPENDEM DO TEMA, FUNÇÃO E PROGRAMA QUE O PARQUE DEMANDA, ONDE A INFRAESTRUTURA COMO BANHEIROS, ADMINISTRAÇÃO, ALMOXARIFADO E SEGURANÇA SÃO OBRIGATÓRIOS.

O TERRENO DA PRAÇA DEVERÁ SER MODELADO DE ACORDO COM AS CONEXÕES REALIZADAS, DE FORMA DIRETA E RESPEITANDO AS CONDIÇÕES DE NORMAS DE ACESSIBILIDADE.

OS PARQUES GERALMENTE MANTÊM SUAS CARACTERÍSTICAA NATURAIS DO TERRENO, COM EXCEÇÃO DOS PARQUES TEMÁTICOS, NESTE CASO AS MOVIMENTAÇÕES DE TERRA SÃO NECESSÁRIAS.

A PRAÇA POR ESTAR MAIS "EXPOSTA" MNO ESPAÇO URBANO,A ILUMINAÇÃO NOTURNA TEM QUE TER UMA TENÇÃO ESPECIAL.

JÁ OS PARQUES E RESERVAS FLORESTAIS, POR EXEMPLO, NÃO NECESSITANDO DE ILUMINAÇÃO INTERNA.

NA PRAÇA É PROIBIDO POIS É UM LUGAR QUE DEVE ENTREGAR-SE A CIDADE E ASSIM PERMITIR O LIVRE ACESSO.

GERALMENTE POR TEREM ACESSOS RESTRITOS E NÃO FUNCIONAREM 24H, POSSUEM CERCA.

VEGETAÇÃO

A MAIORIA DA ÁREA DA PRAÇA DEVE SER IMPERMEÁVEL. ASSIM OS PISOS SÃO OS ELEMENTOS PRINCIPAIS DO PROJETO E A VEGETAÇÃO É DE CUNHO SECUNDÁRIO.

SE FOR UM PARQUE TEMÁTICO CULTURAL OU DE RECREAÇÃO ATIVA, A VEGETAÇÃO É O ELEMENTO ESTRUTURA DOR DOS AMBIENTES PROJETADOS E DEVE SEMPRE DOMINAR, SENDO A MAIOR ÁREA PERMEÁVEL.

NA PRAÇA PREDOMINA LOCAIS PARA ASSENTOS E SOMBREAMENTO ESPORÁDICOS.

NOS PARQUES, OS EQUIPAMENTOS TEM MENOS DESTAQUE QUE A VEGETAÇÃO.

CERCAS

ILUMINAÇÃO

TERRENO

ATIVIDADES

A PRAÇA É DEPENDENTE DO LUGAR QUE ESTÁ INSERIDA, JÁ QUE OS ESPAÇOS PARA A CIRCULAÇÃO DE PEDESTRES DEVEM PROMOVER O ENCONTRO E CONVÍVIO COTIDIANO DAS PESSOAS.

MOBILIÁRIO

PRAÇAS PARQUES

FONTE: ALEXANDRE, 2016 (ADAPTADO PELA AUTORA EM 2018)

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ETRA AD ODATSE TFG 2018 - PRAÇA DOROTÉIA: UMA HOMENAGEM À MARÍLIA


A partir da análise de recentes trabalhos que abordam o tema, percebe-se que atualmente o papel das praças públicas na consolidação da função social da cidade: análise da sua contribuição na evolução urbana sob um viés histórico. No artigo” O papel das praças públicas na consolidação da função social da cidade: análise da sua contribuição na evolução urbana sob um viés histórico” de Nairo Venício Wester Lamb e Lucas Lopes Cunha, escrito em 2016, é possível entender melhor sobre o papel das praças públicas como objeto funcional da cidade e compreender como esta é vista sob os olhos da Constituição Federal, de maneira breve. Apesar de ser um texto aparentemente de Direito, ele aborda conceitos importantes para o entendimento deste trabalho de forma objetiva tornando sua leitura, essencial. O texto é dividido em três partes: a primeira aborda a função social da cidade, na segunda caracteriza as praças públicas como um equipamento urbano, onde é possível visualizar sob um olhar no contexto geral da sociedade, e já na terceira, analisa as praças de acordo com sua evolução urbana nos períodos antigos da colonização. Logo no primeiro capítulo, é possível entender qiuais são as funções sociais que se remetem Às praças, sendo pela participação estas: direito a cidades sustentáveis, gestão democrática da sociedade e associações, ajuda entre governos, iniciativa privada e demais setores responsáveis pelo processo de urbanização, planejamento das cidades, oferecimento de equipamentos urbanos e comunitários, ordenação do uso dos solos, cooperação entre as ações urbanas e rurais, proteção e preservação do meio ambiente, regularização fundiária e urbanização de áreas ocupadas pela população de baixa renda.Assim, é possível entender que a cidade funciona a partir de várias ações dadas em conjunto, importante neste caso, para que exerçam da verdadeira função de uma praça sob a sociedade, já que pode ser um espaço disposto a garantir aos indivíduos acesso à educação, ao bem estar, lazer, entre outros. Os autores citam Marx, que aparece no texto de Marcelo e Robba (2002), autores tão importantes para este trabalho, sendo a frase a seguinte: “[...]Largos, pátios, rocios e terreiros, ostentando o nome do santo que consagrava a igreja, garantiam uma área mais generosa à sua frente e um espaço mais condizente com o seu frontispício [...]”e é assim que a praça se torna um produto de socialização para a população, já que esta, como já visto no tópico “Evolução da Praça” deste trabalho é usada como espaço para manifestações de cunho religioso e colhimento dos frequentadores.Com o tempo, o lugar foi reestruturado para receber manifestações comerciais, onde os pobres procuravam uma solução para sua miséria e ricos passeavam por ali exibindo suas riquezas. E ainda analisam como a praça é uma ferramenta para o cidadão exercer seus direitos, onde este manifesta livremente suas causas e expressões que concede ao espaço uma identidade urbana, o que o lazer na esfera da vida privada não pode proporcionar. Nairo Venício Wester Lamb e Lucas Lopes Cunha ainda citam BORGES que mesmo tendo escrito sua dissertação em 2001, onde coloca a “atual situação das praças” vemos que com o passar dos anos tal situação não mudou, muito pelo contrario, apenas se fortaleceu. No trecho:

" As pessoas usam a praça do centro, hoje, pelos motivos mais distintos: compra e venda de carro, pegar o transporte coletivo, beber uma cerveja, tomar um café ou fazer lanche, oferecer serviço de diarista (pedreiro, pintor, eletricista e encanador " (BORGES apud Cunha e Lamb, 2001, p. 86).

Assim, é concluído que a praça atual destaca as diferenças sociais de maneira hierárquica pois ao mesmo tempo em que pessoas usam o espaço para oferecer serviços para gerar renda, outras conseguem utilizar o espaço para descanso, lazer e formas de expressão e indo mais a fundo, outras utilizam para exibir-se. Atualmente, o que é percebido a partir das pesquisas é a ação crescente de revitalização de praças, onde aqui no Brasil, grandes espaços que marcam a história são os principais alvos para tal objetivo. O tema, incentiva diversas dissertações, projetos e eventos e no ano de 2018 já se obteve alguns destaques que serão vistos a seguir.

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FIGURA 11: PRAÇA MAUÁ, RJ

A acadêmica Juliana Varejão Giese , junto com o incentivo de seu professor e frequência nas reuniões do grupo “Àgora”, a qual é um membro, optou em trabalhar a arquitetura e arte na Praça Mauá como dissertação de seu mestrado no Programa de Pós-Graduação em Ambiente Construído. Esta pesquisa é considerada importante pois destaca as mudanças ocorridas em um lugar de grande relevância histórica do Rio de Janeiro, a Praça Mauá. Assim, o trabalho aborda as transformações do início até os dias atuais de protagonismo do espaço e destaca seu uso durante os Jogos Olímpicos do ano passado. Além disso, relaciona diretamente a cidade com seus espaços públicos, onde é possível observar que o contexto urbano é fundamental para entender as mudanças pelas quais os espaços públicos passam. Em um movimento recente, maio deste ano, a Praça Princesa Isabel localizada no bairro de Campos Elíseos em São Paulo, se encontrava em estado de degradação e local de moradia de usuários de drogas. A Porto Seguro, juntamente com a iniciativa da Prefeitura da cidade, foi firmada uma ação para revitalização da praça, a fim de melhorias deste espaço público.

FONTE: ARCHDAILY OU HTTPS://BIT.LY/2IGEQFG

FIGURA 12: PRAÇA PRINCESA ISABEL, SP

Após análise, reuniões com a Prefeitura e com a Associação de Moradores, chegamos a um programa de uso comum que foi implantado. Fazem parte desta análise e anseios dos moradores a relação abaixo; A praça é uma entidade da região, onde acontecem diversos eventos e atividades, local que passam por ela diariamente 8.000 pessoas. Ainda durante a obra, segundo o site “Triplo R Arquitetura”, foi possível ver o uso imediato dos equipamentos instalados, comprovando o acerto das medidas de intervenção solicitadas.

FONTE: ARCHDAILY OU HTTPS://BIT.LY/2IGEQFG

FIGURA 13: IMPLANTAÇÃO DA PROPOSTA DE INTERVENÇÃO PARA A PRAÇA PRINCESA ISABEL

FONTE: ARCHDAILY OU HTTPS://BIT.LY/2IGEQFG

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FIGURA 14: CARTAZ DO EVENTO "PRAÇA VIVA"

Sobre os eventos que mais se destacaram no Brasil neste ano, está o “Praça Viva” que tem como objetivo a ocupação temporária, de vivência coletiva e de revitalização das relações junto à Praça Santo Antônio, com o intuito de gerar um novo olhar de possibilidades para o espaço público, a fim de que ele deixe de ser apenas lugar de passagem e passe a integrar o dia-a-dia da comunidade, de forma que os cidadãos sintam-se parte integrante, dependente e agente transformador das cidades. Este evento fechou a Semana Acadêmica das Engenharias e da Arquitetura, com parceria do vivaCIDADE - Núcleo de Estudos Criativos da Cidade, e a Associação do Bairro Santo Antônio no dia 27 de maio de 2018. FONTE: ARCHDAILY OU HTTPS://BIT.LY/2IGEQFG

A UNITAU (Universidade de Taubaté), por meio de iniciativas dos alunos, revitalizou uma praça no centro da cidade e fizeram um trabalho no Instituto São Rafael em 2016. Neste ano, os alunos juntamente auxiliados pela Professora Mestre Anne Matarazzo, revitalizaram a praça ao lado da Câmara de Vereadores de Taubaté, É uma praça localizada em um espaço apagado e levemente inacessível e mesmo com um grande fluxo de transeuntes, não chama a atenção. O principal objetivo do projeto é dar vida aos locais públicos da cidade e promover a integração entre os alunos de arquitetura e a cidade. Junto com a artista plástica Sophia Skipka Salgado, Caio Marcelino e Breno dos Santos “Mogli” eles criaram diversar artes que mudaram totalmente a estética do lugar. Tal ação promoveu a arte como incentivadora da melhoria desta praça, e possivelmente, de muitas outras. FIGURA 15: INTERVENÇÃO NA PRAÇA DE TAUBATÉ

FONTE: ARCHDAILY OU HTTPS://BIT.LY/2IGEQFG

Finalmente, é possível concluir que com a perda das inúmeras funções que a praça já teve perante a sociedade e contexto urbano, esse espaço sofreu mudanças negativas. Porém, hoje a população busca de certa forma trazer sua importância novamente à pauta e por meio de ações revitalizadoras que estão presentes em Universidades, eventos, oficinas e demais iniciativas, a relação deste espaço com a sociedade parece estar em um caminho para a melhoria. 29


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ACIFÁRGOILBIB OÃSIVER TFG 2018 - PRAÇA DOROTÉIA: UMA HOMENAGEM À MARÍLIA


SUN ALEX Doutor pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo(2004), especializou-se em projeto e pesquisa de paisagismo, desenho urbano e espaçopúblico. “Projeto da praça: convívio e exclusão no espaço público” No livro “Projeto da praça: convívio e exclusão no espaço público” escrito por Sun Alex , são analisadas seis praças na cidade de São Paulo que apresentam influências estrangeiras, como por exemplo as do paisagismo norte-americano. Propõe assim alternativas para ampliação de uso, acesso e integração com o entorno. O autor disserta sobre o contexto história destas praças, aborda sobre a situação atual, classifica seus usos e funções, identifica os conflitos entre os projetos e seus respectivos usos para assim, elaborar alternativas de melhoria para as propostas. Nos primeiros capítulos, destaca a evolução das praças europeias e norte-americanas discutindo seu conceito, por meio de fotos, a perspectiva de espaço público como algo específico da praça e a preocupação em relação a situação do “verde” no meio urbano. Em sua análise da praça Franklin Roosvelt (1970), descarta a função exclusiva da praça de convívio público social e revela características de projeto que não mantém a identidade inicial das praças brasileiras. O autor relata em forma de denuncia , que a boa parte das praças contemporâneas inspirados nas diretrizes norte-americanas encontram-se em um estado de péssima conservação, considerando-as até como inabitáveis

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Porém, o autor também relata que apesar de tal diagnostico os espaços públicos são adaptáveis e sempre terão relação com a vida pública dos transeuntes, sendo este um lugar para praticar socialização e convívio. E também, no decorrer dos capítulos, acredita as praças tiverem um erro em seu pré-projeto , especificamente em relação a ligação do caráter público e funcional, já que no começo da história, as praças era somente destinadas ao exercício de contemplação. A partir do renascimento, na Europa, a praça se destaca por ter inúmeras funções e praças europeias se tornaram importantes referências de projeto, onde a piazza italiana, a plaza mayor espanhola e a place royale francesa se destacaram. Sun Alex destaca como praças, ruas, jardins e parques refletem o ideal de vida urbana das sociedades europeias e reflete sobre o conceito de contemplação já citado a cima já que, se estas tinham a função de contemplar em uma época cheia de desordem nas cidades europeias, é provável que sua construção se deu em volta do iluminismo, onde a penas queria criar uma “aparência de bemestar” ou até um espaço para fuga. E assim também, ele mantém o raciocino sobre a industrialização das cidades que garantiu a sociedade uma situação de pobreza e violência para com os trabalhadores. No século XIX, não demora muito para que as praças aqui do Brasil sofram influências inglesas onde possuíam algumas funções como: contribuir para a civilização do caráter e identidade nacional, aumentar o conhecimento sobre as vegetações e associar os jardins como referências estéticas. As cidades norte-americanas no contexto do século XX despertariam o interesse de interventores urbanos que, com propostas de planejamento original e identitário, criariam configurações dos espaços livres distintas das européias. Nesse ponto, a singularidade do espaço público norte americano refere-se diretamente à cultura daquele povo. E aí que a pesquisa de Alex nos induz de maneira muito positiva a pensar os espaços públicos de São Paulo e do Brasil a partir da nossa cultura latina. Sobre a influência americana nas praças brasileiras, é visto que o espaço apesar de ser inicialmente público, para os americanos possuía um valor forte de mercado. Em um período em que os shoppings centers se tornavam os novos centros de convívio, a privatização da vida publica era reflexo do desuso que as praças tinham na época. Os americanos também tiverem uma forte influência no paisagismo o que pode ter ocasionado, infelizmente, perda da identidade nacional já que a experiência das praças públicas exteriores não eram as mesmas das latinas, no caso, as do Brasil. O autor descreve que a partir desse momento as praças se tornaram mais fechadas e restritas ao acesso do público, ocorrendo assim a perda das principais funções deste espaço público.

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WILLIAM H. WHYTE Formou-se pela Princeton University. Whyte também foi consultor em vários projetos de planejamento urbano, particularmente na cidade de Nova York.

“The Social Life of small Urban Places”

Uma importante referência para o tema é, sem dúvidas, o material de pesquisa do sociólogo americano Willian H. Whyte, que dedicou a ela dez anos, resultando em artigos e um documentário nomeado neste título, além do livro Street Life Project. Sua pesquisa foi embasada em estudar os principais elementos do espaço público e os transeuntes que ali frequentavam. Especializado em comportamento humano em espaços públicos urbanos, ele viajou diversos países para conhecer a dinâmica desses lugares, dando ênfase ao ponto principal do estudo: as pessoas. Sua metodologia de pesquisa baseava-se no ato de observação do espaço, a partir de questionários, entrevistas, fotos e filmagens (seu diferencial na época, que acabou resultando em um documentário sobre praças e espaços de lazer da cidade de Nova York, seu lugar escolhido para elemento de estudo e onde fazia parte da comissão de planejamento urbano. A pesquisa compara os espaços utilizados pelos moradores da região e os que permanecem vazios, resultando em pontos que foram incorporados em foma de melhoria ao zoneamento municipal de Nova York.

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O filme, produzido em 1980, analisa incialmente os espaços de lazer projetados na época por incentivo de corretores de imóveis onde relata que ali há uma compensação da prefeitura a fim de receber lucros. No documentário, é possível perceber melhor essa dinâmica pois ao observar os transeuntes, ele identifica diversos aspectos comportamentais de uso em relação aos mobiliários, equipamentos, natureza e comerciantes que ali também transitam. Assim, relata qual é o tipo de espaço público que as pessoas realmente usam, o que as trai e o que afasta dele. De maneira geral ele percebe que a praça deve ser atrativa, pois um espaço bem planejado contribui para melhorar a qualidade de vida da sociedade como um todo. Além disso, suas reflexões foram discutidas por diversos profissionais na área de planejamento das cidades e continuam em pauta até hoje.

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WALNYCE SCALISE Mestrado em Comunicação pela Universidade de Marília (2000). Tem habilitação em Arquitetura e Urbanismo, Desenho Industrial e Programação Visual, desenvolve pesquisas com ênfase em Arquitetura, Urbanismo, Paisagismo e Sustentabilidade Ambiental.. “Projeto Urbano, Espaço Público e Cidadania O presente artigo, escrito em 2003, pela docente Walnyce Scalise de Oliveira da Universidade de Marília, aborda três temas relevantes para esta pesquisa, sendo estes: o ambiente urbano, o patrimônio urbano e o espaço público. Ambos termos, geram uma reflexão sobre a atual questão de “ cidadania urbana “ e como esta reflete nos espaços urbanos contemporâneos. É na cidade que se encontram as principais atividades sociais, como trabalho, cultura e lazer. Quando vinculadas à arquitetura, tais atividades podem ser realizadas em espaços coletivos projetados de forma adequada para promover a melhoria da qualidade de vida dos cidadãos, tornando assim, tais ambientes mais convidativos. Com o crescimento fora de controle que as cidades tiveram nas últimas décadas, pode-se encontrar vários contrastes em relação a paisagem, como por exemplo os vazios urbanos ou espaços malcuidados (em estado de degradação). O ideal seria que estes espaços dessem reais oportunidade de socialização e integração e que, além de cuidados para com patrimônio, o cidadão eles se preocupassem com a valorização das áreas que se encontro hoje marginalizados e em situação iminente. 35


Desta forma, durante a leitura do texto, é possível refletir se a atual situação desses espaços seria resultado de um constante descaso do interesse público ou em contrapartida, de erros de planejamentos urbanos. Questão é essa, que é debatida desde os anos 60 por diversos profissionais da área que não possuem uma previsão concreta para sua funcionalidade no futuro. São eles, de maneira geral, que relatam que a situação de descaso das praças tem relação com propostas de urbanismo modernistas falhas, inclusive quando entra em pauta o zoneamento construído de forma racional, sem pensar nas reais necessidades da população. SCALISE afirma que a aquisição da cidadania está ligada às condições em que os espaços públicos se encontram hoje e sabe-se que estes não se encontram em situações favoráveis, fato relatado no seguinte trecho: “ O espaço público, acessível e polivalente, pode atender a populações e tempos diversos. Atualmente, faltam espaços públicos de refúgio, de transgressão, além de espaços de festa e manifestação. “ (SCALISE, pg. 84, 2003) Percebe-se assim, que a situação dos nossos espaços públicos não é positiva e que isto causa desvalorização de antigos valores tradicionais na vida das pessoas. A autora cita Kevin Lynch e Jane Jacobs como os principais pesquisadores que buscaram respostas para tantas indagações em relação ao tema, e também “ diagnosticaram “ de certa maneira, as necessidades reais da sociedade de ter um espaço de convivência bem projetado. Ela cita também o New urbanismo (movimento americano de ideologias comuns aos movimentos europeus) onde se pregava o renascimento da percepção da população a fim de reorganizar suas cidades, até então, degradadas. Ao citar um dos objetos desta pesquisa - o Centro Cultural Georges Pompidou, vemos que é possível solucionar a questão da desigualdade ao criar um espaço de lazer para as pessoas mesmo em áreas marginalizadas anteriormente. Já no Brasil, apesar da situação de desigualdade ser tão evidente e refletida nos espaços públicos, a verdade é que o país encontra-se “preso” a projetos urbanos já consolidados como no caso de: muros altos, grades, guaritas e lanças metálicas (tão comuns aqui e facilmente descartados em países como Estados Unidos). Em paralelo a isto, encontram-se diversos espaços que a princípio seriam destinados ao lazer, mas estão ocupados por comércios clandestinos ou permanecem em situação de descaso, malcuidados e com acúmulo de lixo. No tópico Espaço Público e Privado, a autora traz à tona que o declínio do espaço público se deve ao fator de uma busca constante de proteção, onde por muitas vezes, a população sente-se mais segura em ambientes cinzentos isolados do que espaços verdes abertos, já que esses últimos são alvos de marginalização constante. Assim, o número de espaços de convivência artificiais aumenta cada vez mais, tomando a funcionalidade de lazer público que as praças ofereciam antigamente, sendo trocados por lugares que se tornam cada vez mais privatizados resultando numa ação de exclusão com os indivíduos mais desfavorecidos economicamente. A relação que SCALISE aborda no texto, entre espaço público e privado, é de um conflito que vem desde o século XVIII, na época da ascensão burguesa (classe mais alta da sociedade) que buscava se isolar dos espaços abertos para então, conseguir conforto e segurança em lugares fechados privatizados. Como citado no capítulo “Evolução histórica das praças” deste trabalho e abordado também neste artigo, a decadência do espaço público vem de longa data, onde a classe burguesa se afastava cada vez mais destes espaços afim de construir ambientes com a mesma função, porém, privados. Assim, a função de abrigo da vida coletiva urbana acaba sendo proporcionada em áreas comerciais, como no caso dos shoppings centers e condomínios residenciais.

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Sobre a citação que a autora faz de GUIRARDO no trecho sobre “ a redução da noção cívica de participação e consumo “, é possível refletir que sem dúvidas, a sociedade passa mais tempo em shoppings centers, clubes, estádios e palcos de diversos eventos pagos, em vez de espaços ao ar o ar livre. Também é refletido o fato de que o homem contemporâneo está mais capitalista e mais consumidor como nunca, se assemelhando à dinâmica da antiga burguesia, já que este prefere buscar o lazer em ambientes fechados em prol de sua segurança. . Apesar de se levar em consideração que o espaço urbano é um bem público e como tal deve ser considerado no mesmo nível dos serviços e direitos básicos do Cidadão percebe-se que, na realidade, criar novos espaços urbanos que poderiam celebrar a combinação de raças, idades, e atividades, a mistura de comunidade e anonimato, familiaridade e surpresa, com a inclusão de todos, inclusive com as questões sociais, não é comum no Brasil não é impossível. Este deveria ser sim um espaço equivalente ao bem-estar que um café ou bar pode nos oferecer, o que falta é a retomada da vivacidade informal dos praças públicas e a mistura dessa com os demais locais comerciais e atrativos, sendo estes no caso do projeto proposto uma busca da retomada de atividades públicas envolvidas como as práticas artísticas e de lazer, focos principais na construção do projeto de praça apresentado neste trabalho. Finalmente, no fechamento do capítulo “Espaço Público e Privado” conclui-se que um espaço público bem planejado, pode melhorar a qualidade de vida da cidade e de fato, pode não entrar em conflito com os interesses particulares. O espaço ideal não seria um local de competição, mas sim, um lugar possível para buscar interesses de grupos isolados e diferenciados, independentemente de sua origem

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SEÕÇALSIGEL E SAMRON TFG 2018 - PRAÇA DOROTÉIA: UMA HOMENAGEM À MARÍLIA


EDIFICAÇÃO DE USO PÚBLICO Segundo o Manual de Mobilidade Acessível na cidade de São Paulo (2005, p.13) as edificações públicas e de uso não residencial (denominada “nR”), como será a edificação neste caso, já que conterá espaços destinados ao lazer, cultura, atividades artísticas e restaurantes que necessitam para garantir o acesso a todos os usuários. A construção, deve ser executada atendendo os seguintes pontos de acessibilidade: TABELA 7: FRENTE DA PRAÇA MARIA ISABEL, MARÍLIA-SP

REQUISITOS

COMPARTIMENTOS

CIRCULO INSCRITO LOJA OU PEQUENA OFICINA

ÁREA MÍNIMA

ILUMINAÇÃO VENTILAÇÃO PÉ DIREITO MÍNIMA MÍNIMA MÍNIMO

PROFUND. MÁXIMA

3,00

10,OO

1/5

2/3 I

3.00

3 X P.D.

1,50

-

1/5

2/3 I

2.50

3 X P.D.

SALÃO

3,00

20,00

1/5

2/3 I

3.00

3 X P.D.

DEPÓSITO OU OFICINA

3,00

40,00

1/5

2/3 I

3.00

3 X P.D.

2,00

4.00

1/8

1/16

2.50

3 X P.D.

1,00

1,50

1/8

1/16

2.50

3 X P.D.

2,00

6,00

1/8

1/16

2.50

3 X P.D.

1,50

4,00

-

-

2.50

4 X P.D.

1,50

4,00

-

-

2.50

3 X P.D.

CORREDOR

1,20

-

-

1/20

2.50

-

ESCADA

1,20

-

-

-

2.00 ALT.

-.

RAMPA

1,20

-

-

-

2.00 ALT.

-

GALERIAS

4,00

-

-

1/20

3.00

-

SOBRELOJA

DESPENSA OU COPA SANITÁRIO (EMPREGADOS) VESTIÁRIOS (EMPREGADOS) PORTARIA HALL PAVIMENTO

(1) AS ÁRVORES SOMENTE NÃO PODEM OBSTRUIR A VISÃO DESTES ELEMENTOS * BASEADO NO "MANUAL TÉCNICO DE ARBORIZAÇÃO URBANA" 2015, (SECRETARIA MUNICIPAL DO VERDE E DO MEIO AMBIENTE)

Art. 45 - Além do disposto no artigo anterior, nos Edifícios Públicos, fica assegurado, o acesso de pessoas portadoras de deficiência física, para isto o imóvel deverá ser, obrigatoriamente, dotado de rampa com largura mínima de 1,20m (um metro e vinte centímetros), para vencer o desnível entre o logradouro público ou área externa ao piso correspondente a soleira de ingresso às edificações. Art. 54 - Nos estacionamentos de edifícios públicos, deverão ser previstas vagas para veículos de pessoas portadoras de deficiência física, sendo que naqueles com mais de cem (100) vagas, três por cento (3%) das mesmas deverão ser reservadas para deficientes físicos.

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Segundo releitura na norma NBR9050, foram desenvolvidas tabelas com os pontos mais relevantes para o projeto de uma praça pública com incentivo às práticas artísticas, uma vez que há previsão de edificações públicas, áreas de serviço, administrativas, sanitários e vestiários.

PASSAGEM TABELA 8: PASSAGENS

Faixas livres sem obstáculos. Sinalização tátil de alerta e direcional. Calçadas com largura mínima de de 1,20m. Rebaixamento das calçadas igual ou inferior a 8,33%. Alternativas de rampas, escadas e elevadores (quando necessário). Rampas no mínimo de 1,20m. Rebaixamento total de 5% das rampas. Patamares devem possuir dimensão longitudinal mínima de 1,20m (sem invadir a área de circulação adjacente). Piso regular, firme, estável e anti derrapante. Acesso de veículos facilitado. Segmento de rampa com desnível máximo de 1,50m e inclinação de 5%. Segmento de rampa com desnível máximo de 1,00m e inclinação de 6,25%. Segmento de rampa com desnível máximo de 0,80m e inclinação de 8,33%.

FONTE: TABELA DESENVOLVIDA PELA AUTORA, BASEADA NA NBR9050.

FIGURA 11. PERSPECTIVA 1 COM MEDIDAS

FIGURA 11. PERSPECTIVA 2

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CORREDORES TABELA 8: CORREDORES

De uso comum: Extensão de até 4,00 com largura de no mínimo 0,90m. De uso comum: Extensão de até 10,00m com largura de no mínimo 1,20m. De uso comum: Extensão a cima de 10,00m com largura de no mínimo 1,50m. Deve conter placas informando sobre os sanitários, acessos verticais e horizontais, números de pavimentos e rota de fuga que possam ser compreendidas por todos. FONTE: TABELA DESENVOLVIDA PELA AUTORA, BASEADA NA NBR9050.

FIGURA 13.LARGURA MÍNIMA PARA A PASSAGEM DE UMA PESSOA E UMA CADEIRA DE RODAS.

FIGURA 14.LARGURA MÍNIMA PARA A PASSAGEM DE DUAS CADEIRAS DE RODAS.

TABELA 9: ESPECIFICAÇÃO DE CORREDORES

FONTE: BASEADA NA NBR9050.

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RAMPAS E ESCADAS As rampas devem ter largura livre recomendada de 1,50 m, sendo admissível a largura mínima de 1,20 m. TABELA 10:RAMPAS E ESCADAS

Rampas com largura mínima de 1,50m. Escadas com largura mínima de 1,20m. Sinalizadas como rotas acessíveis. Conter guarda-corpos e guias de balizamento em rampas e escadas, na ausência de paredes laterais. Conter corrimões contínuos, de diâmtro entre 30mm a 45mm, com altura de 0,92m e a 0,70m do piso, prolongamento mpinimo de 0,30m e recurvados nas extremidades. Rampas ou escadas com largura igual ou superior a 2,40m, deve conter instalação de corrimão intermediário. Rampas e patamares supeiores a 1,40m devem ter no mínimo espaçamento de 0,80m ou escadas com corrimão intermediário. Patamar em escadas a cada desnível de 3,20 m (exceto escada de lances curvos ou mistos), com dimensão longitudinal de 1,20 m. Os patamares de mudança de direção em rampas e escadas devem possuir comprimento igual à largura das mesmas. Rampa com desnível máximo de 1,50 m, a inclinação deve ser de 5%. Rampa com desnível máximo de 1,00 m, a inclinação deve ser de 6,25%. Rampa com desnível máximo de 0,80 m a inclinação deve ser de até 8,33% e o número máximo de segmentos de rampa é 15. Os pisos dos degraus das escadas devem possuir dimensão entre 0,28 e 0,32 m. Espelhos dos degraus das escadas devem possuir dimensão entre 0,16 e 0,18 m. Sinalização tátil, visual ou sonora. FONTE: TABELA DESENVOLVIDA PELA AUTORA, BASEADA NA NBR9050.

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ESCADAS As escadas fixas e degraus localizados em rotas acessíveis devem estar vinculados à rampa ou a equipamentos eletromecânicos. As escadas fixas devem garantir:

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RAMPAS A inclinação das rampas deve ser calculada segundo a equação a seguir e dentro dos limites estabelecidos nas 2 tabelas abaixo. i = h x 100 c i = inclinação, em percentagem h = altura do desnível c = comprimento da projeção horizontal No caso de rampa em curva, a inclinação deve ser o máximo de 8,33% (longitudinal) e raio de 3,00 m no mínimo, medidos no perímetro interno à curva.

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ACESSOS TABELA 11: ACESSOS

Rota acessível que interliga as áreas de uso público às adaptadas da edificação. Entradas de uso público e comum devem ser acessíveis. Conter pelo menos duas formas de deslocamento vertical nas circulações verticais (escadas, rampas, etc.) Sinalização informativa e direcional nas entradas e saídas. FONTE: TABELA DESENVOLVIDA PELA AUTORA, BASEADA NA NBR9050.

ROTA DE FUGA TABELA 12: ROTA DE FUGA

Rota de fuga incorporada as escadas ou elevadores de emergencia devem ter a área de resgate de no mínimo um MR (0,80x1,20m) por pavimento e um por escada ou elevador. Rotas de fuga e saídas de emergência devem estar sinalizadas com informações visuais, sonoras e táteis. FONTE: TABELA DESENVOLVIDA PELA AUTORA, BASEADA NA NBR9050.

ESTACIONAMENTO TABELA 13: ESTACIONAMENTO

Rota acessível interligando as vagas reservadas dos estacionamentos Vagas para deficientes físicos de 2% em relação ao total de vagas. Vagas acessíveis localizadas no máximo de 50m de acesso às edificações. Acréscimo de 1,20m nas vagas destinadas as pessoas com deficiência. Vagas para veículos que transportem idosos. Vagas que transportem pessoas idosos de 5% em relação ao total de vagas. Vagas destinadas as pessoas idosas posicionadas próximas das entradas. Vagas reservadas devem conter sinalização vertical e horizontal. FONTE: TABELA DESENVOLVIDA PELA AUTORA, BASEADA NA NBR9050.

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PORTAS E JANELAS TABELA 14: PORTAS E JANELAS

As portas, quando abertas, devem possuir vão livre de 0,80 m de largura e 2,10 m de altura. Nos locais de prática esportivas, as portas devem ter largura mínima de 1m nas circulações destinada a praticantes. Em portas de duas ou mais folhas, pelo menos uma delas deve possuir vão livre de 0,80 m de largura. Se houver portas em sequência, deve conter um espaço entre elas (abertas) de, no mínimo, 1,50 m de diâmetro e 0,60 m ao lado da maçaneta. A área de varredura das portas não pode interferir nas áreas de manobra, na dimensão mínima dos patamares e no fluxo principal de circulação. Se abertura da porta é no sentido do deslocamento do usuário, deve existir espaço livre de 0,30 m entre a porta e a parede e espaço frontal de 1,2 m ou acionamento automático. Se abertura da porta é no sentido oposto ou lateral ao deslocamento do usuário, deve existir espaço livre de 0,60 m entre a porta e a parede e espaço frontal de 1,5m ou acionamento automático. A sinalização visual no centro da porta ou na parede ao lado da maçaneta (1,20 m - 1,60 m) no lado externo, deve ser informada. A sinalização visual tem que estar associada à sinalização tátil em relevo e Braille (instalada na parede adjacente ou batente em altura entre 0,90 m - 1,20 m) ou sonora. As maçanetas das portas devem ser do tipo alavanca e devem ser instaladas entre 0,80 m e 1,10 m do piso. A altura do peitoril respeita o cone visual de pessoa em cadeira rodas (aprox. 60 cm). As janelas devem possuir comando de abertura instalados entre 0,60 m e 1,20 m do piso. FONTE: TABELA DESENVOLVIDA PELA AUTORA, BASEADA NA NBR9050.

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SANITÁRIOS TABELA 15: SANITÁRIOS

Sanitário acessível ára cada sexo com entrada independente dos sanitários coletivos. Piso sem desníveis, firme e estável. O sanitário acessível deve possuir circulação livre para giro de 360º (diâmetro 1,50 m). O dispositivo de sinalização de emergência (alarme sonoro e visual) deve estar próximo à bacia, acionado através de pressão ou alavanca, instalado à 40 cm do piso e com cor contrastante. Os interruptores tem que estar instalados em altura de 0,60m a 1,00 m do piso. As portas, quando abertas, devem possuir vão livre de 0,80 m de largura e 2,10 m de altura. Nos locais de prática esportivas, as portas devem ter largura mínima de 1m nas circulações destinada a praticantes. A sinalização visual se deve ligar a sinalização tátil em relevo e Braille (instalada na parede adjacente ou batente em altura entre 0,90 m - 1,20 m) ou sonora. Existencia de área de transferência (0,80 m x 1,20 m) lateral, diagonal e perpendicular para a bacia sanitária. A bacia deve possuiri 0,43 m a 0,45 m de altura em o assento (46 cm de altura com assento). As barras de apoio devem ter comprimento mínimo de 0,80 m, fixadas horizontalmente nas paredes de fundo e na lateral da bacia sanitária, distando 0,75 m do piso acabado e uma barra vertical de, no mínimo 0,70m, a 0,10m acima da barra horizontal e a 0,30m da borda frontal da bacia. O acionamento da válvula de descarga deve estar no máximo 1,00 m do piso.

FONTE: TABELA DESENVOLVIDA PELA AUTORA, BASEADA NA NBR9050.

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SANITÁRIOS

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LAVATÓRIOS TABELA 16: LAVATÓRIOS

O lavatório acessível não pode ter coluna ou com coluna suspensa, com profundidade máxima de 0,50m, altura final entre 0,78 e 0,80m e distante 0,30 m do piso. No caso de lavatório instalado em bancada, a altura superior da cuba deve estar entre 78 e 80 cm, e possui altura livre inferior de, no mínimo, 73 cm. As barras de apoio de cada lado dos lavatórios devem estar distantes a, no máximo, 0,50m da parede e do eixo da torneira e no caso de barra horizontal, o perfil superior de 0,78 a 0,80m do piso e no caso de barra vertical com, no mínimo, 0,40m de comprimento, a 0,90m do piso. As torneiras devem ser acionadas por alavanca, sensor eletrônico ou dispositivo equivalente . FONTE: TABELA DESENVOLVIDA PELA AUTORA, BASEADA NA NBR9050.

MICTÓRIOS TABELA 17: MICTÓRIOS

A área de aproximação frontal para Pessoa com Mobilidade Reduzida (diâmetro de 60 cm) e para pessoa em Cadeira de Rodas (0,80 m x 1,20 m). Mictórios suspensos com altura da borda frontal de 0,60 m a 0,65 m. Acionamento da descarga do tipo alavanca ou automática com altura de 1,00 m do piso. O mictório comi barras de apoio em ambos os lados com afastamento de 0,30 m (a partir do eixo), de comprimento mínimo de 0,70 m e fixadas a altura de 0,75 m do piso acabado. * FONTE: TABELA DESENVOLVIDA PELA AUTORA, BASEADA NA NBR9050.

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ACESSÓRIOS TABELA 18:: ACESSÓRIOS

Ducha higiênica: 0,45 a 1,20 do piso e distante de 0,25 a 0,43m da borda lateral da bacia. Os acessórios (papeleira, cabide e porta-objetos)com altura entre 0,80 m e 1,20 m.

* FONTE: TABELA DESENVOLVIDA PELA AUTORA, BASEADA NA NBR9050.

VESTIÁRIOS TABELA 19: VESTIÁRIOS

Os vestiários acessíveis devem estar localizados em rotas acessíveis. Vestiário obrigatoriamente acessível com entrada independente. As superfícies de piso dos vestiários acessíveis possuem revestimento regular, firme, estável, não trepidante e antiderrapante, estando secas ou molhadas Mínimo de 5% do total de cada peça instalada acessível, com no mínimo uma, consideradas separadamente, se houver divisão por sexo sinalização de emergência. Os vestiários acessíveis devem possuir dispositivo de sinalização de emergência (alarme sonoro e visual) próximo à bacia, acionado através de pressão ou alavanca, instalado à 40 cm do piso e com cor contrastante. Os interruptores instalados em altura de 0,60m a 1,00 m do piso. A sinalização visual está associada à sinalização tátil em relevo e Braille (instalada na parede adjacente ou batente em altura entre 0,90 m - 1,20 m) ou sonora. As portas, quando abertas, devem possuir vãos livre de 0,80 m de largura e 2,10 m de altura. A porta deve possuir puxador horizontal, com diâmetro entre 25 mm a 35 mm, com comprimento mínimo de 0,40 m, afixado na parte interna da porta e maçaneta tipo alavanca. * FONTE: TABELA DESENVOLVIDA PELA AUTORA, BASEADA NA NBR9050.

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MOBILIÁRIOS (EXTERNO E INTERNO) TABELA 20: MOBILIÁRIOS

O mobiliário urbano deve estar localizado junto a uma rota acessível e fora da faixa livre para circulação de pedestre. Assentos públicos com altura e profunidade entre 0,40 e 0,45 m, largura individual entre 0,45 e 0,50 m e encosto com ângulo entre 100º e 110º. Em locais de atentimento ao público, devem existir assentos de uso preferencial sinalizados com o Símbolo Internacional de Acesso e com os símbolos de gestante, pessoa com criança de colo, pessoa idosa, pessoa obesa e pessoa com mobilidade reduzida. Em locais de atendimento ao público, deve conter assento para pessoa obesa (5% com no mínimo um). O assento para pessoa obesa comlargura mínima de 0,75 m, profundidade entre 0,47 m e 0,51 m e altura do assento entre 0,41 m e 0,45 m e suporta carga de 250 Kg. O mobiliário não pode interromper a livre passagem, nos espaços de circulação das rotas acessíveis. M.R (0,80 x 1,20 m) ao lado dos assentos fixos e fora da faixa para circulação de pedestres. A circulação entre os móveis ou passagens internas de, no mínimo, de 0,90 m e possui áreas de giro para retorno. As mesas com largura mínima de 0,90 m e altura da superfície de trabalho entre 0,75 m e 0,85 m. As mesas devem permitir aproximação frontal da cadeira de rodas, com uma altura livre mínima de 0,73 m embaixo da superfície de trabalho, garantindo largura mínima de 0,80 m e profundidade mínima de 0,50 m. * FONTE: TABELA DESENVOLVIDA PELA AUTORA, BASEADA NA NBR9050.

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BANCOS TABELA 21: MOBILIÁRIOS

Bancos para vestiários com encosto e profundidade mínima de 0,45 m, largura mínima de 0,70 m e altura de 0,46 m do piso, e possuem um espaço livre inferior com 0,30 m de profundidade. Bancos com área de transferência lateral com dimensões mínimas de 0,80 x 1,20 m.

* FONTE: TABELA DESENVOLVIDA PELA AUTORA, BASEADA NA NBR9050.

BEBEDOUROS TABELA 22: BEBEDOUROS

Os bebedouros devem estar instalados com no mínimo duas alturas diferentes de bica: 0,90 m e outra entre 1,00 m e 1,10 m em relação ao piso acabado O bebedouro de 0,90 m possui altura livre inferior de 0,73 m. Há possibilidade de aproximação frontal sob o equipamento, garantido um M.R. Estes modelos permitem a aproximação lateral de uma Pessoa com Cadeira de Rodas.

* FONTE: TABELA DESENVOLVIDA PELA AUTORA, BASEADA NA NBR9050.

VEGETAÇÃO TABELA 23: VEGETAÇÃO

Se houver áreas drenantes de árvores invadindo as faixas livres do passeio, deve haver grelhas de proteção, com vãos de no máximo 15 mm.

* FONTE: TABELA DESENVOLVIDA PELA AUTORA, BASEADA NA NBR9050.

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VEGETAÇÃO TABELA 24: DISTÂNCIAS MÍNIMAS DE VEGETAÇÕES

DISTÂNCIA MÍNIMA EM RELAÇÃO A: ESQUINA (DOS ALINHAMENTOS ATÉ OS S H A W & SL O CAOQFUFAEDER AH) O U S E O TNES S D

PEQUENO PORTE

MÉDIO PORTE

GRANDE PORTE

5,00 M

5,00 M

5,00 M

(1)

(1)

ILUMINAÇÃO PÚBLICA

(1)

POSTES

2,00 M

3,00 M

3,00 M

PLACAS SINALIZAÇÃO

(1)

(1)

(1)

HIDRANTES 1,00 M INSTALAÇÕES SUBTERRÂNEAS (GÁS, ÁGUA, ENERGIA, ESGOTO, DRENAGEM, TELECOMUNICAÇÕES)

1,00 M

ESPECIES ARBÓREAS

5,00 M

2,00 M

1,00 M

8,00 M

2,00 M

1,00 M

12,00 M

(1) AS ÁRVORES SOMENTE NÃO PODEM OBSTRUIR A VISÃO DESTES ELEMENTOS * BASEADO NO "MANUAL TÉCNICO DE ARBORIZAÇÃO URBANA" 2015, (SECRETARIA MUNICIPAL DO VERDE E DO MEIO AMBIENTE)

TABELA 25: DISTÂNCIAS MÍNIMAS DE VEGETAÇÕES

DISTÂNCIA MÍNIMA EM RELAÇÃO A:

MOBILIÁRIO URBANO A NSCO AS I NFEFS E , G AR S H A W( B& N, SC ACBO EUH OI TUASSE, TELEFONES)

PEQUENO PORTE

MÉDIO PORTE

GRANDE PORTE

2,00 M

2,00 M

3,00 M

GALERIAS

1,00 M

CAIXAS DE INSPEÇÃO (BOLA-DE-LOBO, BOCA-DE-LEÃO, POÇO-DE-VISITA, BUEIROS, CAIXAS DE PASSAGEM)

2,00 M

1,00 M

2,00 M

1,00 M

2,00 M

EDIFICAÇÕES

2,00 M

4,00 M

7,00 M

BORDA DE FAIXA DE PEDESTRE

1,00 M

1,00 M

1,00 M

GUIA REBAIXADA

1,00 M

TRANSFORMADORES

3,00 M

1,00 M

4,00 M

2,00 M

5,00 M

* BASEADO NO "MANUAL TÉCNICO DE ARBORIZAÇÃO URBANA" 2015, (SECRETARIA MUNICIPAL DO VERDE E DO MEIO AMBIENTE)

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OTEJORP ED SARUTIEL TFG 2018 - PRAÇA DOROTÉIA: UMA HOMENAGEM À MARÍLIA


PRAÇA VICTOR CIVITA Autor: Levisky Arquitetos AS Local: São Paulo – Brasil FICHA TÉCNICA Ano: 2006 Área: 15 mil m²

FIGURA 24: LEITURA DE PROJETO DA "PRAÇA VICTOR CIVITA"

FONTE: ACERVO DA AUTORA, FEITO A MÃO, 2018

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FIGURA 25: IMPLANTAÇÃO DA PRAÇA

O projeto da Praça Victor Civita se iniciou em 2006, com o objetivo principal de resgatear uma área degradada no município de São Paulo, a partir de um intenso processo de interlocução com representações públicas e privadas. Como tantas outras propriedades industriais e imóveis desocupados ou abandonados da cidade, o terreno encontrava-se em profundo estado de degradação e assim, o projeto representou um grande desafio urbanístico, social, político e cultural que as grandes metrópoles contemporâneas enfrentam que obteve resultados incríveis para a população.

FONTE: ARCHDAILY OU HTTPS://BIT.LY/2IGEQFG

A Praça, segundo os moradores, é um presente para a cidade que além de resgatar uma área, até então em estado de degradação, serve também como também um Museu Vivo, onde o transeunte tem a oportunidade de observar e refletir sobre os processos de um projeto sustentável, econômico e com uma enorme responsabilidade socioambiental.

FIGURA 26: VISTA SUPERIOR

FONTE: ARCHDAILY OU HTTPS://BIT.LY/2IGEQFG

FIGURA 27:ÁREA DE CONVIVÊNCIA

FONTE: ARCHDAILY OU HTTPS://BIT.LY/2IGEQFG

O projeto, feito pelo escritório Levisky Arquitetos Associados, com a participação da arquiteta Anna Dietzsch, foi criado a partir de premissas sustentáveis visando a redução de poluição, entulhos, consumo de energia, materiais reutilizáveis, água, aproveitamento da energia solar e melhoria no estado do solo.

Sobre o programa de necessidades, ele é composto por: deck de madeira e deck de concreto, laboratório de plantas (sistema de reutilização de água e biocombustíveis), museu da reabilitação ambiental (ação de incineração), praça, bosque, jardins verticais, centro para a terceira idade, arena, arquibancada para 240 pessoas, sanitários, almoxarifados, cabine de som, camarins e oficina de educação ambiental.

Ali, acontecem diversas atividades como exposições, palestras, oficinas e visitas todos os dias. A praça, mantém parcerias com alguns Instituos como por exemplo, o Centro de Informação para o Envelhecimento; o Núcleo de Informação e Estudos Ambientais, GTZ, SVMA, Ong Verde Escola e o Instituto Abril.

O grande destaque da praça, como já citado, é o Museu Aberto que surgiu com um objetivo certo destinado a educação, onde é possível encontrar diversas informações as tecnologias e técnicas projetuais desenvolvidas no próprio espaço, bem como sugestões de recuperações de áreas degradas e comentadas.

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FIGURA 28: PERSPECTIVA 3D

FONTE: ARCHDAILY OU HTTPS://BIT.LY/2IGEQFG

FIGURA 29: CORTE DO DECK DE MADEIRA

FONTE: REVISTA VITRUVIUS OU HTTPS://BIT.LY/2HDXYLF

Como pode ser visto nas figuras 32 e 33, o projeto contém um grande deck de madeira reutilizada sobre o terreno, sustentado por uma estrutura metálica, de modo que impede o contato com o solo contaminado. O deck , se estende de forma diagonal e acaba criando um caminho que enfatiza a perspectiva natural do espaço e convida os transeuntes a percorrerem todo o percurso da praça. Os responsáveis pelo projeto, pretenderam criar um espaço tridimensional, o que resultou em algo parecido com um grande casco de barco com formas curvas, compondo também, salas urbanas que incentivam o público a utilizar e conviver neste ambiente. Este deck suspenso está a aproximadamente 1,00 m do nível do piso existente e leva o visitante a um passeio pelo conhecimento de processos ligados à sustentabilidade, como a própria madeira ali reutilizada em seu sistema construtivo. Além disso, existem muita outras caracteristicas sustentáveis, como por exemplo: a existência de laboratório de plantas com espécies em pesquisa para produção de biocombustíveis, hidroponia, renovação de solos, fitoterapia, sistemas orgânicos para o reuso de águas pluviais e utiliza placas solares. A fundação ( figura ) utiliza uma armação metálica pré-fabricada e evita a manipulação de materiais na obra, criando uma barreira contra as águas subterrâneas que poderiam estar contaminadas, protegendo as pessoas do contato direto com a terra. Como resposta, os arquitetos criaram sobre a estrutura de aço 80% reciclada dois deques: um de concreto com placas pré-moldadas, que evitam o desperdício de materiais na obra; e outro fabricado com três espécies diferentes de madeira brasileira – ipê, garapa e sucupira – todas certificadas. Ele avança pelo terreno na diagonal, suspenso a um metro do chão, e se desdobra do plano horizontal ao vertical, como se fosse uma parede, com formas curvas, formando ambientes que convidam à exploraçãoprotegendo as pessoas do contato direto com a terra. (figura )

FIGURA 30: PERSPECTIVA 3D

FONTE: ARCHDAILY OU HTTPS://BIT.LY/2IGEQFG

FIGURA 31: PERSPECTIVA AXONOMÉTRICA DO DECK DE MADEIRA

FONTE: REVISTA VITRUVIUS OU HTTPS://BIT.LY/2HDXYLF

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Este projeto representa a superação de uma barreira urbanístico, social,politico e cultural, além de retratar uma realidade urbana: a existência de muitos terrenos sem utilização, com a necessidade imediata serem recuperados.

FIGURA 32: A PRAÇA VICTOR CIVITA

Como já visto anteriormente, prioriza questões como redução de entulho, baixo consumo de energia, utilização de materiais reciclados, legalizados e certificados, reuso de água, aquecimento solar e manutenção da permeabilidade do solo até a sua relação com os frequentadores. A praça, prega o conceito de sustentabilidade econômica, devido a parceria público-privada já que a ultima, proporciona recursos para o projeto e toda a revitalização que este envolve. Usos públicos, como oficinas, apresentações e exposições, tornam o empreendimento auto-sustentável. No museu vivo e a céu aberto a população pode aprender sobre sustentabilidade e ainda refletir sobre a responsabilidade socioambiental e urbana que cabe a cada cidadão.

FONTE: ARCHDAILY OU HTTPS://BIT.LY/2IGEQFG

FIGURA 34: PRINCIPAIS MATERIAIS UTILIZADOS

MADEIRA

FIGURA 33: ESPECIFICAÇÃO DE PLANTAS

CONCRETO APARENTE

VEGETAÇÃO

FONTE: ARCHDAILY

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LARGO DO THEBERGUE Autor:Pedro Theberge Local: Icó - CE - Brasil FICHA TÉCNICA Ano: 1709 Área: 50 mil m²

FIGURA 35: LEITURA DE PROJETO DO "LARGO DO THEBERGUE"

FONTE: ACERVO DA AUTORA, FEITO A MÃO, 2018

FIGURA 36. PLANTA BAIXA PRINCIPAIS MATERIAIS UTILIZADOS

CONCRETO

TELHA

VEGETAÇÃO SELECIONADA

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FIGURA 37: LARGO DO THEBERGE

Segundo CORDEIRO, 2017 "para alguns estudiosos, esse lugar da cidade é uma enorme praça" pois é um espaço amplo com 1km de extensão, O Largo do Theberge se encontra no coração da cidade de Icó, no Ceará, onde está cercado por importantes construções da cidade, como por exemplo a Igreja Matriz de N. Sra. da Expectação, a Casa de Câmara e Cadeia, o Teatro da Ribeira, o Sobrado do Barão do Crato, a Igreja de N. Sr. do Bonfim, o Sobrado Paroquial e o Sobrado do Canela Preta. No passado, este espaço foi um imenso terreiro e hoje se torna o principal espaço público região,

FONTE: ARCHDAILY, 2016

É um espaço privilegiado que antigamente era o sítio onde as boiadas descansavam e eram comercializadas, na vizinhança do rio Salgado, num tempo em que Icó era uma das maiores feiras de gado do nordeste colonial. (CORDEIRO, 2017).

Este espaço possui características e funções coloniais, onde além de reunir as principais edificações institucionais da cidade, mantém um padrão urbanístico de espaços diferentes de caráter cívico, religioso e comercial. Assim, se transforma no principal local público de Icó, onde se realizam diversas celebrações.

Em 2002, o Programa Monumenta junto com o apoio do Governo do Estado do Ceará, apresentou um projeto de recuperação e valorização deste espaço público onde propunha melhorias na pavimentação, jardins e projeto luminotécnico A proposta vencedora foi a apresentada pelo Escritório Nelson & Campelo Arquitetos Associados, tendo como premissa básica a valorização dos imóveis destacados, através das propostas de restauro e de adequação aos novos programas e necessidades, bem como através da proposta de paginação de piso que reforce o caráter de centralidade e de referência dos bens significativos, como é o caso da valorização do Cruzeiro da Igreja Matriz. FIGURA 38 - PROJETO DE REURBANIZAÇÃO

TABELA 26 - FRAGMENTO DA TABELA "FUNÇÕES"

COLONIAL

CONVÍVIO SOCIAL USO RELIGIOSO USO MILITAR COMÉRCIO E FEIRAS CIRCULAÇÃO RECREAÇÃO

FONTE: MONUMENTO, 2009.

FONTE: LIVRO "PRAÇAS BRASILEIRAS" DE MACEDO E ROBBA, 2002

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CENTRO CULTURAL LES QUINCONCES Autor: Babin+Renaud Local: Mans, França FICHALe TÉCNICA Ano: 2014 Área: 28 mil m²

FIGURA 39:: LEITURA DE PROJETO DO "CENTRO CULTURAL LES QUINCONCES"

ACESSOS

CONVIVÊNCIA E APRESENTAÇÕES

CONVÍCIO

CAFÉ

APRESENTAÇÕES

APOIO TÉCNICO

FONTE: ACERVO DA AUTORA, FEITO A MÃO, 2018

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FIGURA 40 - MODULAÇÃO TEATRO

A

S CE

SO

ÁREA PEDAGÓGICA

CINEMA (COMPLEXO)

A

A

C

S ES

C

E

S

S

O

O

FONTE: MONUMENTO, 2009.

O complexo Cultural Le Quinconses, está localizado em um ponto cultural relevante perante a sociedade, é onde acontecem os principais eventos do município e uma das feiras mais populares, a "Place des Jacobins", uma proposta de comércio ao ar livre que se inser perfeitamente no espaço aberto deste Centro Cultural. A edificação é composta por linhas simples e columes harmoniosos, seguindo um estilo geomÊtrico e mais contemporâneo. Os dois prédio são interligados por uma laje metálica quase "invisível", remetendo a uma arquitetura com certos detalhes industriais. Como pode ser observado na figura 33, o volume à direita compõem o teatro e o lado esquerdo o complexo de cinema.

FIGURA 41 - MATERIAIS UTILIZADOS

MADEIRA

FIGURA 42 - PERSPECTIVA DA CONSTRUÇÃO

FONTE: ARCHDAILY, 2017

VIDRO

CONCRETO APARENTE

FIGURA 43 - PERSPECTIVA DA CONSTRUÇÃO

FONTE: ARCHDAILY, 2017

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O teatro inicialmente chama a atenção por estar cercado por vidros orgânicos, revestido de madeira, podendo ocupar em torno de 800 pessoas. Pode ser usado para diversas apresentações e eventos, como por exemplo: teatro, dança, música, etc. Já o complexo de cinema, tem o seu primeiro acesso contemplado por um lindo pátio e um café, recentemente instalado no espaço. Ali, também acontecem diversos tipos de apresentações e recebe diversos pedestres que ali transitam, concebendo a função ao espaço de contemplação pela vista da privelegiada "Esplanade des Quincones". Ao entrar no prédio é possivel identificar salas de atividades culturais e educacionais públicas, todas inseridas em um conceito mais minimalista. Os principais materiais do projeto são: vidros, pedras, madeira e estruturas metálicas. A utilização do vidro, em especial, traz ao ambiente uma rica iluminação natural e mesmo estando no "interior" do prédio, as pessoas podem ter a sensação de estarem em um espaço aberto..

O diferencial do projeto de Eric Babin e Jean-François Renaud, foi a escolha dos arquitetos em criar dois blocos totalmente autônomos e não apenas um prédio único o qual é comum ver. Sua cobertura funciona como uma arquibancada ao ar livre, para que se possa apreciar o local, pois Este é o lugar destinado aos grandes eventos da cidade

Relação Circulação-Ambiente

Simetria e Equilibrio

Adição e Subtração

Geometria

FIGURA 44. INTERIORES DA CONSTRUÇÃO

FONTE: ARCHDAILY, 2017

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OÃÇATEGEV TFG 2018 - PRAÇA DOROTÉIA: UMA HOMENAGEM À MARÍLIA


FIGURA 45. DIGITALIZAÇÃO DA RELAÇÃO DE ÁRVORES DA REGIÃO DE MARÍLIA, SEGUNDO DEMATTÊ E MASCARIN (2005).

A partir da análise das principais espécies acima, foi possível classificar as principais que irão nortear o paisagismo desse projeto, acrescentando mais tarde, mais algumas arvores nativas de acordo com a necessidade do projeto.

FIGURA 46: PRINCIPAIS ÁRVORES DA REGIÃO ESCOLHIDA

IPÊ (ROSA)

PATA DE VACA

FONTE: ACERVO DA AUTORA, 2018

CAPIXINGUI

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ACIRÓET OÃÇATNEMADNUF TFG 2018 - PRAÇA DOROTÉIA: UMA HOMENAGEM À MARÍLIA


Diante da coleta de dados inicial, é possível compreender melhor as funções do espaço público e como é essencial que este seja projetado em favor de qualquer indivíduo. A cidade de Marilia-SP possui em sua totalidade 124 praças subdividas em 46 bairros diferentes. Estes espaços descritos são em sua maioria praças de pequeno porte, não havendo uma praça com uma atividade cultural regular. Percebe-se assim que apesar de existência de um numero relevante de praças e espaços culturais na cidade, que atualmente tem 210 mil habitantes, é necessário um espaço público mais adequado que além de contemplação, ofereça um lugar inclusivo para a sociedade exercer atividades de lazer e neste caso, práticas artísticas.

EDIFICAÇÕES , ANFITEATRO E ESPAÇO PARA PRÁTICAS ARTÍSTICAS

EV R ED

AI C ED NÊ V O OC IVN Ç A ILB O P SE ÚP C

RÁ E A

PROPOSTA

Desta forma, a partir desta problematização, será analisada o melhor terreno que enquadre a proposta sugerida de um espaço público que priorize a área verde, o espaço de convivência tradicional, porém, em um formato diferenciado e mais atrativo para a população,, estes interligados a um espaço em que seja possível realizar ações artísticas como apresentações, oficinas e intervenções. A cidade de Marília, necessita recuperar suas antigas tradições à valorização da arte podendo incentivar projetos futuros e diversos jovens que aqui residem, já que o nosso município é tradicionalmente universitário e coincidentemente, apresenta acadêmicos de cursos como a Arquitetura, que buscam criar laços com a fotografia e da cidade x natureza.

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OBJETIVO GERAL O objetivo dessa pesquisa é trazer em pauta os princípios e referências mais relevantes sobre a projeção de espaços públicos junto com atividades de cunho artístico que ali, podem ser incentivadas uma vez que a cidade não apresenta lugares adequados para esses tipos de práticas.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

1 2

Realizar a coleta de dados, buscando o embasamento e compreensão em livros, sites de internet, artigos científicos, sobre os espaços públicos, com destaque para as praças e espaços culturais, além de normas vigentes para tais ambientes.

Fazer o estudo de caso (leituras de projeto) em um formato diferenciado para melhor visualização e caracterização de suas principais funções projetuais, observando os pontos negativos e as potencialidades encontradas nos projetos analisados

3 4

Realizar visitas em campo e em espaços similares na cidade de Marília, para maior compreensão dos espaços e identificar as situações atuais que estes se encontram.

5

Propor através do projeto preliminar, espaços que além de apresentar as funções básicas de uma praça (contemplação e lazer), ofereça um espaço para práticas artísticas fixas e móveis, permanentes e temporárias.

Analisar e estudar o melhor local dentro da malha urbana, para a implantação da praça com incentivo às práticas artísticas.

68


69

ACINCÉT EDADILIBAIV TFG 2018 - PRAÇA DOROTÉIA: UMA HOMENAGEM À MARÍLIA


A CIDADE A cidade escolhida para o estudo de implantação da praça é a cidade de Marilia, interior do estado de São Paulo. Ela encontra-se na região Centro Oeste Paulista, em uma área de 1.194 km², sendo caracterizada como uma zona urbana de 42 km² e 1.152 km² de área rural. Tem altitude de 650 m, e em relação à topografia expõe uma região montanhosa. O município compões os distritos de Avencas, Dirceu, Amadeu Amaral, Lácio, Rosália, Padre Nóbrega e o distrito sede. De acordo com a prefeitura de Marilia, a cidade possui 220 mil habitantes. O clima do município é o subtropical, tendo em média a temperatura mínima absoluta de -3,6ºC e a temperatura máxima absoluta de 39,4ºC.

Para a implantação do projeto proposto, serão estudadas três possibilidades de terrenos dentro da malha urbana da cidade para a escolha final, atenuando suas características principais, suas potencialidades e pontos negativos.

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TERRENO I

1

O terreno está localizado na Avenida Sampaio Vidal, com área de 12.000 m², especificamente ao lado do Espaço Cultural e de Lazer Ezequiel Bambini. O local, foi uma das primeiras opções de terreno, mas devido ao seu fluxo tradicional onde há mutios movimentos de carro, será priorizada a escolha de um terreno com menor movimento de carros e maior acesso aos pedestres e bicicletas.

MAPA COM AS VIAS

VIAS EXISTENTES

VIAS A SEREM ABERTAS

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NÍVEIS

FOTOS DO TERRENO

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LEVANTAMENTO FÍSICO AMBIENTAL

TERRENO - Conforme observado, o terreno é do tipo sólido. - Não possui área de erosão ou de deslizamento. - O terreno tem uma

VEGETAÇÃO - Preservada - Manutenção Esporádica - Médio e grande porte - Algumas identificadas: Palmeiras e Jequitibás.

caída amena, como pode ser observado na foto - Não há indícios de entulho em sua localidade.

POLUIÇÃO - Não contém entulhos nem outros tipos aparentes de poluição, um dos motivos pode estar associado ao fato da do terreno estar próximo

INFRA-ESTRUTURA Não possui mobiliários de lazer, apenas equipamentos de coletas de lixos em suas extremidades.

ao local de eventuais feiras e também, há um prontoatendimento, o que exige cuidados da própria prefeitura.

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TERRENO II

2

Este terreno é o menor dos demais, tendo apenas 8.000m², com a frente pra Avenida Vicente Ferreira e laterais com a Rua Alvarenga Peixoto e a Rua Tomás Gonzala. É um lugar de grande fluxo, mas que não há acumulo de carros devido a ampla avenida de acesso e sinalizão mais perto da SAnta Casa, um dos locais pertos do terreno. Apesar de estar bem localizado, em uma região com acessos perto de escolas, é pequeno para o programa de necessidades inicial.

MAPA COM AS VIAS

VIAS EXISTENTES

RUA SEM SAÍDA

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NÍVEIS

FOTOS DO TERRENO

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LEVANTAMENTO FÍSICO AMBIENTAL

TERRENO - Conforme observado, o terreno é do tipo sólido e plano, possuindo um leve declive no fundo apenas, como pode ser observado da foto - Não há indícios de entulho em sua localidade.

POLUIÇÃO - Mesmo com a presença de lixeiras públicas, em algumas das extremidades é possível ver resquícios de lixo urbano e entulhos.

VEGETAÇÃO - A grama se encontra em um bom estado e visivelmente cuidada, tal fato se deve ao local receber eventualmente o Circo. - Pequeno, médio e grande porte - Algumas identificadas: Jequitibás e Patas-de-vaca.

INFRA-ESTRUTURA Não possui mobiliários de lazer, apenas equipamentos de coletas de lixos nas lateriais do terreno.

-Apesar disto, a região tem uma manuntenção esporádica, por tanto é possivel que estes sejam recolhidos em breve.

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NÍVEIS

FOTOS DO TERRENO

77


TERRENO III (O ESCOLHIDO)

3

TERRENO VIA ARTERIAL ESTRUTURAL VIS ARTERIAL VIA COLETORA

78 MAPA COM AS VIASÂ


LEVANTAMENTO FÍSICO AMBIENTAL

TERRENO - Este terreno também é do tipo sólido e o que o difere dos demais em termos de planialtimetria, é o maior aclide e declive que este se encontra, como pode ser observado nas figuras

VEGETAÇÃO - A grama se encontra em um bom estado como os demais da região, mesmo não sendo usado para nenhum tipo de evento. - Grande porte. - Algumas identificadas: Palmeiras, Patas-de-vaca e Ipês em alguns pontos, sendo uma arvore comum na região.

POLUIÇÃO - Não há entulhos e pela região já ser destinada ao lazer, está visivelmente cuidado e é composta por diversas lixeiras públicas ao longo do seu entorno.

INFRA-ESTRUTURA - Possui bancos e equipamentos de academia ao ar livre próximos ao terreno, além da pista de caminhada já existente. - Há lixeiras públicas a cada 3,00 m na via sentido Avenida das Esmeraldas e já atrás, na Avenida tirantes, se encontra um abrigo de ônibus e demais lixeiras.

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80

SODOTÉM E SIAIRETAM TFG 2018 - PRAÇA DOROTÉIA: UMA HOMENAGEM À MARÍLIA


Este trabalho consiste em elaborar uma proposta de projeto arquitetônico, visando expor em nível de desenvolvimento profissionais programas e soluções arquitetônicas, urbanísticas e paisagísticas para a área escolhida. A metodologia segue os princípios do Project for Public Spaces (PPS), pioneira no conceito placemaking, que é de conehcimento essencial para a construção deste projeto. Segundo o "Guia do Espaço Público para inspirar e transformar" (2015), Project for Public Spaces é uma organização sem fins lucrativos americana, que tem como objetivo planejar e conceber espaços p ´-publicos em geral, por meio de uma orientação destinada a população que a ajuda a manter esses espaços saudáveis. A PPS teve participação direta na ampliação das idéias do jornalista Willian H. White,

A cima, é possível ver o "Diagrama de Lugar" é uma das ferramentas essenciais da metodologia PPS que auxilia a própria comunidade a avaliar seus lugares. No centro estão as principais qualidades de um lugar, como por exemplo: acesso, sociabilidade, conforto e estética e por fim, usos e atividades. Dando sequencia para as características apreciativas e abstratas. As características dessa metodologia, ao analisar de maneira breve seus conceitos, se tornou importante para a proposta deste trabalho onde foi analisado inicialmente o seu entorno e com a escolha do terreno final, no caso o 3, é possivel aplicar esses métodos para encontrar o melhor caminho projetual final, que será apresentado finalmente na conclusão.

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PROGRAMA DE NECESSIDADES Segue a baixo o programa de necessidades escolhido para a execucação do projeto:

SETOR

PROGRAMA

LAZER

ESPAÇO DE CONVÍVIO

QTD. PESSOAS

USO

ÁREA

1.000

CONVERSAS, ENCONTROS, PIQUINIQUE, ETC

4.000 M²

OFICINAS, FESTIVIDADES, ESPAÇO CRIATIVO, ETC.

PRÁTICAS ARTÍSTICAS

500

ANFITEATRO

500

APRESENTAÇÕES/ ARQUIBANCADAS

1.500 M²

200

ATIVIDADES RELAXANTES, COMO YOGA, POR EXEMPLO.

800 M²

100

STREET PARK, QUADRA, PLAYGROUNG, ACADEMIA AO AR LIVRE

ESPAÇO ZEN

ESPORTES

SERVIÇO

ÁREA TOTAL =

ATIVIDADES RELAXANTES, COMO YOGA, POR EXEMPLO.

2.500 M²

2.000 M²

10.800 M²

15 M²

ADMINISTRAÇÃO

5

ATENDIMENTO

5

15 M²

GUARITA

1

4 M²

COPA

4

8 M²

82


SERVIÇO

SETOR

PROGRAMA

QTD. PESSOAS FIXA I VAR.

USO

ATIVIDADES RELAXANTES, COMO YOGA, POR EXEMPLO.

24 M²

REUNIÃO

12

ÁREA DE SERVIÇO

1

3 M²

SANITÁRIOS (ADM)

3

9 M²

SANITÁRIOS (PÚBLICO) 1

15

45 M²

15

45 M²

SANITÁRIOS (PÚBLICO) 2

ÁREA TOTAL =

JARDIM SENSORIAL

ECOPONTO

OUTROS

ÁREA

100

20

CONVERSAS, ENCONTROS, PIQUINIQUE, ETC

LOCAL DE ENTREGA VOLUNTÁRIA DE PEQUENOS VOLUMES DE ENTULHO COMO RESTOS DE PODA DE ÁRVORES E RESÍDUOS RECICLÁVEIS.

168 M²

2.200 M²

650 M²

ALMOXARIFADO

2

40 M²

VESTIÁRIO

2

8 M²

ESTACIONAMENTO

140 (CARRO)

2.300 M²

ÁREA TOTAL =

ÁREA TOTAL DO PROGRAMA DE NECESSIDADES =

5.198 M²

16. 166 M² 83


ORGANOGRAMA A seguir, é possivel visualizar o organograma inicial para o processo inicial do projeto arquitetônico, urbanistico e paisagistico intitulado como "Praça Dorotéia: Uma homenagem à Marilia"

Acesso (Transeuntes e Bikes)

Avenida das Esmeraldas

Pista de caminha já existente

Nascer do Sol (- insolação)

Ecoponto Jardim Sensorial

Práticas Artísticas

Anfiteatro Espaço de convivência Sanit.

Espaço Zen Sanitários

Administr.

Av en id a

Por do Sol (+ insolação)

Estacionamento

Esportes

Tir ad en te s

Acesso (Carros e Bikes)

Ecoponto Jardim Sensorial Práticas Artísticas Espaço de Convívio Esportes Anfiteatro ao ar livre Sanitários/Vestiários Adminiostração/Guarita Espaço Zen Estacionamento

84


FLUXOGRAMA SANITÁRIOS

QUADRAS

PLAYGROUND

PIQUENIQUE

ACADEMIA

STREET PARK

CONV. + ESTAR

ECOPONTO SANITÁRIOS

ANFITEATRO ADMINISTRAÇÃO

ARTES, EVENTOS E FESTAS

SENSORIAL

ESTACIONAMENTO

ESPAÇO ZEN

PISTA DE CAMINHADA

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PARTIDO ARQUITETÔNICO A "Praça Dorotéia" proposta neste trabalho, a princípio terá a maior parte da sua área dividida entre o espaço de convivência e o espaço destinado as práticas vinculadas a arte, estas interligadas. Os demais setores, citados no programa de necessidades, se caracterizam por serem outros tipos de práticas de lazer como ioga, ginástica, esportes, dança, etc. juntamente com a inserção de um jardim sensorial logo na entrada do acesso da Avenida das Esmeraldas e demais composições árboreas essenciais no projeto. O principal conceito do projeto é construir um espaço convidativo a toda a população, com uma estética moderna, agradavel e que transmita diversas sensações aos transeuntes. O partido arquitetonico escolhido é inspirado no estilo contemporâno, com destaque ao minimalismo, que representa um traçado simples e equilibrado. As cores serão utilizadas nas arte (passeio e muros) e nos mobiliários.

AMARELO

LARANJA

AZUL

LILÁS

CONSIDERADA UMA COR QUENTE, O AMARELO TRAZ A SENSAÇÃO DE CALOR, ESTIMULA, ILUMINA, ELEVA O ÂNIMO, PROPORCIONA VIVACIDADE, ESTÁ ASSOCIADA AO PODER E OTIMISMO. ELEVA NOSSA CAPACIDADE DE REALIZAÇÃO E NÃO APRESENTA ASPECTO TÃO AGRESSIVO COMO O VERMELHO.

A COR LARANJA, CONSIDERADA TAMBÉM COR QUENTE, TRAZ AS MESMAS PROPRIEDADES DO AMARELO, PORÉM NUM GRAU MAIS ELEVADO. ELA REPRESENTA ENERGIA, CALOR, FOGO, PODENDO PROPORCIONAR VITALIDADE, DINAMISMO, ELEVAR O NOSSO ÂNIMO E REDUZIR A DEPRESSÃO.

SEGUNDO A CROMOTERAPIA, É UMA COR SEDATIVA E CURATIVA. ASSIM, EM AMBIENTES DE REPOUSO, RELAXAMENTO E TRANQUILIDADE COMO O ESPAÇO ZEN.

CONSIDERADA AINDA COR FRIA, ELA ESTIMULA NOSSO LADO PSÍQUICO E ESPIRITUAL, LUCIDEZ, EQUILÍBRIO NAS ATITUDES, ALÉM DE COTRIBUI COM O PROCESSO CRIATIVO.

86


O arquiteto que inspira este projeto é Décio Rozzi, que consegue de uma forma única interligar a natureza e arquitetura, junto com o trabalho de luz que realça em seus trabalhos, geralmente sobre os planos uniformes e volumes de concreto. A ideal inicial é conceber uma grande cobertura no espaço de convivência central, que destaque a circulação horizontal e a luz zenital, a fim de possibilitar as relações entre as pessoas em um espaço harmonioso e flexível, permitindo também uma integração entre este espaço e a cidade.

CROQUI INICIAL DA "PRAÇA DOROTEIA": HOMENAGEM A CIDADE DE MARÍLIA, E A DOROTEIA QUE FOI MARÍLIA INSPIRADORA DA POESIA DE TOMAS GONZAGA. AQUI, PERCEBE-SE COMO AS CURVAS FEMININAS INSPIRARAM

FONTE: ACERVO DA AUTORA, 2018

Sobre o paisagismo, a principal referência é Burle Marx já que este rompe com as características tradicionais que encontramos nas praças atuais e investe utilização de plantas tropicais que remetem a arte visual. O objetivo é reunir plantas, de diversas texturas e formatos que transforme a paisagem numa obra de arte equilibrada, sem muitas cores além do verde. . . Toda o espaço será acessível, inserido no Desenho Universal, e trabalhada diante da topografia existente, adaptando os níveis sempre que necessários. Os materiais escolhidos serão concreto, madeira e estruturas metálicas. Priorizando as cores tradicionais destes materiais e destacando o verde do paisagismo. .

RASCUNHOS FEITOS A PARTIR DA INSPIRAÇÃO DAS CURVAS FEMININAS. A "PRAÇA DOROTEIA É UMA HOMENAGEM A CIDADE DE MARILIA E AS . MULHERES.

INSPIRAÇÃO: MARILIA DE DICEU, MULHER FORTE, NOMEADA COMO MARIA DOROTHEIA.

FONTE: ACERVO DA AUTORA, IMAGENS DIGITALIZADAS, 2018

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SAICNÊREFER


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