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Dallagnol recria PowerPoint para criticar governo Lula
O deputado federal Deltan Dallagnol (Podemos-PR) criticou o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com uma versão atualizada do PowerPoint da Lava Jato que apontava o petista como igura central em um esquema de corrupção. À época, Dallagnol era procurador e coordenava a Lava Jato em Curitiba. Agora como deputado, prometeu fazer uma nova versão da apresentação todos os meses para elencar o que considera “erros” do governo. Entre as críticas para o mês de fevereiro, Dallagnol listou o aumento do preço da gasolina, a indicação de Dilma Rousseff (PT) para comandar o Brics, o desgaste entre o governo e o presidente do BC, Roberto Campos Neto e a resolução divulgada pelo Diretório Nacional do PT que chama Sergio Moro (União Brasil-PR) e os antigos procuradores da Lava Jato de “quadrilha”.
Em setembro de 2016, a for- ça-tarefa da Lava Jato deu entrevista a jornalistas para divulgar a denúncia contra Lula no caso do triplex do Guarujá, em São Paulo.
Na ocasião, os integrantes do MPF (Ministério Público Federal) usaram um PowerPoint para a irmar que Lula che iava um esquema de corrupção.
A apresentação continha um círculo central com o nome do presidente e outros círculos menores que apontavam para o centro com frases como “enri- quecimento ilícito”, “maior beneiciado” e “poder de decisão”.
Em março do ano passado, o STJ (Superior Tribunal de Justiça) condenou Deltan Dallagnol a indenizar Lula em R$ 75.000 pela apresentação em PowerPoint.
A Corte entendeu que o ex-coordenador ofendeu a honra, imagem e reputação de Lula ao apontar que ele teria cometido crimes que não foram relatados em nenhuma denúncia.
Em resposta à decisão, Dallagnol disse: “isso é o que acontece quando se luta contra a corrupção e a injustiça no Brasil.”
“Quem ainda neste país terá coragem de fazer seu trabalho de investigar e punir criminosos poderosos e informar à sociedade, depois dessa decisão do STJ de me condenar por ter apresentado o conteúdo da acusação à sociedade? Quem vai querer sofrer esse tipo de represália?”, questionou.