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EUA vão lançar FedNow, espécie de Pix para pagamentos instantâneos

Lançamento da ferramenta já era esperado para os meses entre maio e julho

OFederal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) informou na quarta-feira (15) que vai lançar o seu sistema de pagamentos instantâneos, o FedNow, em julho.

Anunciada em 2019, a ferramenta – uma espécie de Pix americano – estava em testes desde setembro do ano passado, e agora entra na reta inal de ajustes.

Em comunicado, o Fed pediu para que os bancos e respectivos parceiros atuem “a todo vapor” para ingressar na ferramenta.

O pedido ocorre em meio a temores de riscos à estabilidade inanceira dos EUA após dois bancos fecharem as portas no país e gerarem uma movimentação e depósitos em direção aos grandes bancos americanos.

O lançamento do FedNow já era esperado para os meses entre maio e julho.

Na primeira semana de abril, será iniciada a certi icação formal dos participantes para o lançamento do serviço, de acordo com o Fed. Essa etapa inclui testes para avaliar a capacidade operacional e experiência em rede da nova ferramenta.

Certi icados, os participantes farão atividades de validação do FedNow ao longo do mês de junho para o seu lançamento em julho.

“O FedNow permitirá que todas as instituições inanceiras participantes, das menores às maiores e de todos os cantos do país, ofereçam uma solução moderna de pagamento instan- tâneo”, a irmou o primeiro vice-presidente do Fed de Boston e executivo do programa FedNow, Ken Montgomery. De acordo com ele, a disponibilidade do serviço é apenas o começo, e o crescimento da rede de instituições inanceiras participantes será fundamental para aumentar a disponibilidade de pagamentos instantâneos para consumidores e empresas nos Estados Unidos.

O Fed a irma ainda que a versão americana do Pix será lançada com um “conjunto robusto” de funcionalidades básicas de compensação e liquidação e recursos de valor agregado. Tal como o Pix, a nova ferramenta vai funcionar 24 horas por dia, sete dias por semana.

Aline Bronzati/Estadão

Isso acontece porque os bancos emprestam dinheiro entre si — portanto a quebra de uma instituição pode gerar problemas inanceiros para as demais.

Analistas destacam que quando um sentimento de medo se espalha entre correntistas de diversos bancos, pode haver uma corrida em massa de clientes para sacarem os seus depósitos — algo que levaria a uma quebradeira mais ampla no setor, com consequências para todas as economias.

Nesta semana, diante das notícias sobre os problemas nos bancos, o presidente dos EUA, Joe Biden, anunciou medidas para tranquilizar os americanos preocupados com o sistema bancário. No anúncio, ele disse: “Seus depósitos estarão lá quando vocês precisarem deles.”

Tr S Problemas

O primeiro problema aconteceu na semana passada, nos Estados Unidos, com o colapso do Silicon Valley Bank, o 16º maior credor do país. Dois dias depois, autoridades anunciaram uma intervenção no Signature Bank de Nova York .

Esta semana foi a vez do gigante suíço Credit Suisse, cujas ações desabaram 24% na quarta-feira (15/3), depois que o Banco a irmou ter encontrado “fraquezas” em seus relatórios inanceiros.

Os temores de uma crise bancária mais ampla provocaram fortes quedas nas bolsas de valores de todo o mundo na quarta-feira.

As autoridades monetárias de EUA e Suíça reagiram rapidamente para que o problema localizado das instituições não se tornasse uma crise geral — com corrida a diversos bancos em diversos países.

O Credit Suisse tomará empréstimos de até 50 bilhões de francos suíços (US$ 54 bilhões ou R$ 285 bilhões) do banco central do país para reforçar suas inanças.

O banco central da Suíça disse que o Credit Suisse tem dinheiro su iciente para não quebrar e alertou que está pronto para intervir caso seja necessário.

O banco central dos EUA foi forçado a intervir para evitar uma corrida aos depósitos bancários à medida que o pânico se espalhava.

Nesta quinta-feira (16/03), diante dos anúncios dos bancos centrais, os mercados mundiais mostravam recuperação.

Alagamento na Califórnia deixa milhares de pessoas sem luz e cidades ilhadas

Moradores de algumas cidades da Califórnia, nos Estados Unidos, estão passando por di iculdades após uma tempestade que fez subir o nível dos rios na região e, por consequência, alagou regiões nesta terça-feira (14).

O clima no norte e no centro da Califórnia tem estado relativamente seco nos últimos dias. Mas essas regiões ainda enfrentam os efeitos das chuvas torrenciais e das enchentes.

No condado de Tulare, o xerife or- denou que os moradores que moram perto do rio Tule fossem evacuados. O rio ainda estava cheio nesta quinta-feira.

Moradores disseram que a água subiu em questão de 15 minutos durante a tempestade.

“Moro aqui, meu Deus, há mais de 20 anos. E nunca vi tão alto”, disse a moradora local Maria Mancebo.

Victoria Bodley, que mora na comunidade há mais de 50 anos, diz que a magnitude da enchente a surpreendeu.

“Perdi todo o meu sustento aqui. Meu pai de 86 anos mora lá e perdeu tudo”, disse ela.

Mais de 60 mil californianos permanecem sob ordens de sair de suas casas. Cerca de 140 mil icaram sem luz após a tempestade.

Os meteorologistas dizem que novas chuvas podem ocorrer na próxima semana.

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