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Defesa de Zambelli diz que ela só falará à PF se tiver acesso a inquérito

Ela é acusada de pagar um hacker para invadir as contas do ministro Alexandre de Moraes e do Conselho Nacional de Justiça, para emissão de informações falsas, como mandados de prisão e de soltura

Adefesa da deputada Carla Zambelli (PL-SP) diz que ela só falará à Polícia Federal na segunda-feira (7) “se tiver acesso aos autos do inquérito”. Ela é acusada de pagar um hacker para invadir as contas do ministro Alexandre de Moraes e do Conselho Nacional de Justiça, para emissão de informações falsas, como mandados de prisão e de soltura.

O advogado Daniel Bial- ski contou ao blog que, se os autos não chegarem às mãos dele até o im desta sexta (4), vai orientar a deputada a permanecer em silêncio. O depoimento dela está marcado para segunda-feira (7), às 14h, na sede da PF.

“Se a defesa não tiver vista do caso, chegaremos lá e avisarei que, por minha orientação, ainda que ela queira prestar as informações, ela não vai falar. Pedirei a remarcação da oitiva até a liberação dos da- dos”, diz Bialski.

Alvo de operação da PF nesta semana, Zambelli vive um momento de solidão na política, com pouca gente disposta a sair em sua defesa.

O hacker Walter Delgatti Neto disse à PF que ela encomendou uma tentativa de invasão das urnas, e que, não podendo, por óbvio, entregar o serviço, ele invadiu o sistema do Conselho Nacional de Justiça.

Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, apontado pelas autoridades como líder da facção Primeiro Comando da Capital (PCC), foi transferido do presídio federal de Brasília para exames no Hospital Regional do Gama, região a 37 km do centro da capital.

O preso, que está na penitenciária de segurança máxima desde janeiro, foi de helicóptero à unidade hospitalar sob forte escolta, com quase 100 policiais na saída do presídio, no trajeto e no hospital.

Segundo uma fonte da cúpula do presídio à CNN, esse tipo de transferência é normal. “Por ser Marcola, a escolta é reforçada e chamou atenção”, disse.

De acordo com o advogado Bruno Ferullo, que defende Marcelo em seus processos, o detento está bem, fez uma endoscopia e exames de rotina.

Em nota, a Secretaria Nacional de Políticas Penais, do Ministério da Justiça, informou que os presos custodiados no Sistema Penitenciário Federal, nos ditames na Lei de Execução Penal, têm toda a assistência necessária de acordo com suas necessidades individuais, “além de contar com equipe de saúde multidisciplinar composta por médicos, enfermeiros, técnicos, dentistas, psicólogos e assistentes sociais.

Em julho, a CNN mostrou que Marcola é o líder de facção crimi- nosa no Brasil com mais tempo de pena para cumprir: 338 anos. Eram 342, mas o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) reduziu em quatro anos uma pena por roubo cometido por ele e comparsas em 1986, alterando a pena total do detento.

Desde que foi apontado como líder máximo do PCC, Marcola foi acusado de cometer vários crimes de dentro da prisão. Ele foi condenado por uma série de homicídios praticados quando já estava atrás das grades.

A maior condenação, de 160 anos, foi determinada em março de 2013, quando foi considerado culpado por uma chacina de oito presos na Casa de Detenção no Carandiru (SP).

A maior parte das condenações (290 anos de pena) foi por crimes quando Marcola estava preso, como mandante de roubos e homicídios. Outros 40 anos de pena foram por roubos a carros, bancos e empresas de valores entre 1980 e 1990. Ele também foi condenado pela morte de um juiz de São Paulo, em 2003.

Em todos os interrogatórios, Marcola nega ser integrante do PCC. Porém, o Ministério Público vem denunciando o detento como mandante de chacinas, atentados e assassinatos de agentes públicos, formação de quadrilha e associação à organização criminosa.

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