Segurança & Negócios #7

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CIVI-CO: EMPREENDEDORISMO

CIDADÃO Ricardo Podval & Patrícia Villela inauguram o primeiro espaço físico brasileiro destinado a empreendedores sociais

SUSTENTABILIDADE: conheça o futuro da mobilidade MOTIVAÇÃO: atendimento GESTÃO: jogos de escape como estratégia para RH

nível Disney

A revista exclusiva dos clientes da Gocil Edição 7 | Ano 3 | Dezembro/2017

segurança &negócios


multis Gocil ĂŠ


serviço  As tecnologias mais avançadas  A mão de obra mais bem treinada  Os clientes mais satisfeitos A Gocil tem tudo que sua empresa precisa: limpeza, segurança, jardinagem, portaria, copa, recepção, entre muitos outros multisserviços. Com um diferencial que só a Gocil tem: 97% dos clientes satisfeitos. O melhor atendimento do mercado.

Gocil: dedicada à prestação de serviços com inovação e excelência. sejacliente@gocil.com.br

www.gocil.com.br /  GocilOficial /  Gocil Segurança e Serviços


51 /// FILMES & SÉRIES

O que seriados de TV e gestão de crise têm em comum?

28 /// CAPA

Conheça uma plataforma desenvolvida para empreendedores sociais

46 /// PARA DEGUSTAR

O charme repleto de cores e sabores do estilo raw food 12 /// SEGURANÇA

Segurança para complexos hospitalares

48 /// VIAGENS

Atrações da temporada de cruzeiros 2017/2018 no Brasil

24 /// SUSTENTABILIDADE

Carros elétricos: futuro da mobilidade e responsabilidade social


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Segurança & Negócios – Edição 7 – dezembro de 2017 10 /// NEGÓCIOS Sucessão de um grande líder

/// Editorial ///

CIDADANIA, ALTRUÍSMO E ATITUDE

16 /// MOTIVAÇÃO Atendimento referência nível Disney

18 /// INOVAÇÃO Tecnologia e inovação em shopping centers 20 /// ACONTECEU Por dentro da Gocil: eventos de 2017 22 /// GESTÃO Jogos de escape como estratégia para RH 24 /// SUSTENTABILIDADE Sustentabilidade vai além do conceito ambiental 32 /// TECNOLOGIA Você sabe o que são chatbots? 34 /// TENDÊNCIA Conheça executivos adeptos do Do It Yourself 36 /// EDUCAÇÃO Intercâmbio voluntário para um mundo melhor 38 /// PAIS & FILHOS Pais helicópteros afetam o futuro das crianças 42 /// PETS Gatos: ter ou não ter? 44 /// ESTILO Saiba como escolher o tecido certo para o verão

Sempre em Segurança & Negócios: 06 /// ARTIGO 08 /// MUNDO GOCIL 15 /// FOTO GOCIL 26 /// FINANÇAS 40 /// SAÚDE 46 /// PARA DEGUSTAR 50 /// LIVROS

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Por Daniella Barbosa, head de marketing da Gocil

edição de número 7 da Revista Segurança & Negócios traz em sua matéria de Capa (p. 28) o resgate da civilidade por meio do empreendedorismo social. Trata-se do CIVI-CO, uma plataforma de desenvolvimento para ações de impacto no Brasil apoiada pela Gocil, que investe na promoção da cidadania e luta por uma sociedade mais justa e igualitária. Além do compartilhamento de um espaço físico para causas sociais, temos em Sustentabilidade (p. 24) o compartilhamento de veículos e os carros elétricos como assuntos ao falarmos do futuro da mobilidade e das preocupações de montadoras com tecnologia e responsabilidade social. O pensar coletivo também é tema de Educação (p. 36), onde tratamos do intercâmbio social e de jovens que doam seu tempo em prol de um mundo melhor, e em Tendências, com o conceito Do It Yourself. Em Finanças (p. 26), conheça um pouco mais as fintechs, startups que unem revolução tecnológica a serviços financeiros e que prometem revolucionar sua relação com o dinheiro. Já em Pais & Filhos (p. 38), saiba como os cuidados excessivos dos pais podem comprometer a vida pessoal, a saúde e a carreira de sucesso dos filhos. Por falar em Saúde (p. 40), conversamos com famílias que criaram estratégias para uma vida mais saudável e feliz mesmo com restrições alimentares. Boa leitura!

Segurança e Negócios é uma publicação da Gocil. Gestão de marketing: Daniella Barbosa Jornalista responsável: Patricia B. Teixeira (MTB: 51202/SP) Redação: Trixe Comunicação Estratégica Colaboraram nesta edição: Alexia Raine, Anita Grobel, Camilla Martins, Leonardo Guandeline, Marina Batista & Michely Luisi Revisão: Leonardo Guandeline & Alexia Raine Projeto Gráfico: Leonardo Vaz Design: Bruno Lacerda & Leonardo Vaz Foto da capa: Newton Santos


/// Vivi e Aprendi ///

A GOCIL EM BUSCA DE UM MUNDO MELHOR Responsabilidade social é um dos valores da Gocil, que apoia, investe e acredita que a solidariedade pode quebrar barreiras e transformar pessoas Por Washington Umberto Cinel, presidente da Gocil | Foto: Paulo Pampolin

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filantropia sempre fez parte dos meus princípios, pois sempre olhei para outro com igualdade e compaixão. O que mudou, dos meus tempos de menino para os dias atuais, é que a responsabilidade social deixou de ser praticada somente por uma pessoa com vontade de ajudar, e passou a fazer parte dos valores da empresa que fundei. Há mais 30 anos estou à frente de uma companhia que luta por um mundo melhor. A Gocil, desde o início, acreditou e apoiou projetos que ajudaram muita gente. Todos os anos criamos campanhas internas para que os colaboradores também participem dessa corrente do bem, pois sabemos que ações sociais são importantes no mundo corporativo. Ou melhor, indispensáveis. E, nós, como empresa, também fazemos a nossa parte. Fomos patrocinadores de diversos torneios beneficentes, entre eles o do Albert Einstein, considerado a maior competição beneficente de golfe do país, que angaria recursos e os direciona ao Programa Einstein na Comunidade de Paraisópolis, ao Residencial Israelita Albert Einstein e às ações humanitárias no Hospital M’Boi Mirim. Além dele, contribuímos com o Instituto Ronald McDonald, que investe os recursos captados provindos de patrocínios e doações em ações voltadas para a melhoria e cura do câncer infanto-juvenil em todo o Brasil. E não paramos por aí. Incentivamos o esporte, acreditando que essa é uma forma de mudar vidas. Quando pensávamos em patrocinar atletas, escolhíamos modalidades alternativas, atletas paralímpicos e times que realmente precisavam de apoio. E assim, além de beneficiar o esporte brasileiro, favorecíamos pessoas que necessitavam daquilo, afinal, é preciso prestar atenção em nosso planeta, nas pessoas e na sociedade. Neste ano, orgulhosamente, somos patrocinadores de um projeto inédito no Brasil: o CIVI-CO, primeiro polo de inovação social destinado a empreendedores, pessoas e organizações que trabalham em busca de transformações positivas para a sociedade. E sabemos que o mundo está cheio de pessoas em situação de vulnerabilidade que esperam receber atenção, reconhecimento, carinho e amparo. Em outras palavras, seguimos fazendo nossa parte para que cada vez mais possamos trazer alegria para as pessoas que esperam por um mundo melhor. 6

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Seguimos fazendo nossa parte para que cada vez mais possamos trazer alegria para as pessoas que esperam por um mundo melhor 7

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/// Mundo Gocil ///

TERCEIRIZAÇÃO: ENTENDA AS PRINCIPAIS MUDANÇAS COM A NOVA REFORMA TRABALHISTA Especialistas esclarecem o que a nova regra diz sobre o trabalho terceirizado Por Marina Batista

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om a aprovação da reforma trabalhista, que entrou em vigor no dia 11 de novembro, a Lei de Terceirização, sancionada pelo presidente Michel Temer em março deste ano, ganha mais um capítulo. De acordo com o advogado e professor de direito do trabalho André Luiz Paes de Almeida, o projeto inclui proteção ao trabalhador terceirizado com duas novas medidas. A nova lei estabelece uma espécie de “quarentena” de 18 meses para que ex-funcionários possam ser contratados como terceirizados. “A reforma dificulta que a empresa demita um empregado e o contrate de forma terceirizada. Isso porque a recontratação só poderá ocorrer após 18 meses da rescisão. Essa norma é extremamente interessante para evitar que as instituições demitam empregados para recontratá-los como pessoas jurídicas, pagando menos”, explica o especialista. Além disso, o texto prevê também que alimentação, serviços de transporte, atendimento médico, treinamento, condições sanitárias e medidas de proteção à saúde e segurança deverão ser ofertados igualmente, tanto aos empregados da empresa quanto aos terceirizados. “Com a nova reforma trabalhista, o terceirizado também terá direitos como acesso às instalações da empresa e benefícios como alimentação, transporte e atendimento médico oferecido aos empregados diretos, previsão antes opcional de uma empresa para outra”, diz. Para Almeida, apesar de a lei não mudar efetivamente alguns setores que já adotam a terceirização, como os serviços de segurança patrimonial, ela vai ajudar a criar uma cultura e vencer barreiras e preconceitos à terceirização em geral, já que será mais comum o contato entre profissionais contratados e os terceirizados.

“Há muitos anos temos amplas fraudes na terceirização, pois até então ela era restrita às atividades meio, como, por exemplo, o segurança de um banco, mas agora há possibilidade de ser realizada como atividade fim. Nesse sentido, a lei tem como claro e principal objetivo a produtividade e geração de novas oportunidades de empregos”.

EMPRESAS SE ORGANIZAM PARA ACOMPANHAR MUDANÇAS

De acordo com o gerente de Recursos Humanos da Gocil, Marcos de Sousa, a empresa deve passar por uma ampla revisão dos processos de recursos humanos, para se adequar às novas demandas que surgem com a reforma. “Estamos reavaliando nossa operação e os modelos de contratação, pois a reforma trabalhista irá possibilitar mais flexibilidade nas relações entre a empresa e o empregado. Nossas equipes de recrutamento e seleção, admissão e folha de pagamento passam por uma reavaliação, adaptação e treinamento para que, a partir de novembro, todos os procedimentos estejam realinhados para atender com tranquilidade as mudanças”, afirma. Ele avalia que a atualização trabalhista, junto com a aprovação da terceirização, afetará o setor de segurança e serviços de maneira positiva. “Para o segmento, a reforma trará uma flexibilização que nosso mercado precisa, uma vez que somos reféns de uma legislação inadequada que impede que nossa operação atenda aos anseios de nossos clientes. Também não temos dúvidas de que a terceirização representará uma nova era no setor de serviços”, conclui. 8

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Mito ou Verdade?

Descubra o que é real e o que é só mito no que as pessoas dizem sobre a terceirização

A terceirização vai acabar com os concursos públicos

MITO

A terceirização não interfere nesse tipo de contratação.

Muitos trabalhadores poderão perder o emprego por causa da nova lei

MITO

Será impossível uma empresa terceirizar praticamente todo o seu quadro de funcionários, pois normalmente as organizações preferem a manutenção de empregados fixos em seus postos de trabalho. Além disso, com a regulamentação da lei, há um estímulo para as contratações nas prestadoras, o que concede uma série de benefícios trabalhistas para as pessoas hoje autônomas.

Uma empresa poderá demitir seus funcionários e terceirizar todos os serviços, inclusive aqueles relacionados à sua atividade principal

VERDADE

A lei não proíbe, mas tal fato é uma realidade pouco provável, uma vez que uma companhia que busque resultados dificilmente se arriscará a terceirizar contratações em áreas-chave.

Se a empresa terceirizada falir, o trabalhador pode ficar sem os seus direitos, como FGTS e INSS

MITO

A tomadora de serviços é responsável subsidiariamente pelos créditos trabalhistas dos empregados que prestaram serviços para ela. Assim, caso a empresa terceirizada não arque com os pagamentos, a primeira tem essa obrigação.

A empresa contratante será obrigada a fiscalizar se a terceirizada está pagando o salário e os direitos trabalhistas de seus funcionários

VERDADE

Não há obrigação legal quanto a isso, mas qualquer empresa zelosa irá fazê-lo. Até porque é uma forma de assegurar que ela não arque com o que a empresa terceirizada não pagou.

A lei da terceirização cria segurança jurídica

VERDADE

Sim, pois até o momento não tínhamos nenhuma lei a respeito. Com a norma 13.429/17, a segurança jurídica é clara e direta.

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/// Negócios ///

COMO CONDUZIR A SUCESSÃO DE UM GRANDE LÍDER EM UMA EMPRESA? Organizações podem ter sérios problemas se não souberem planejar da melhor forma esse tipo de processo, dizem especialistas Por Leonardo Guandeline | Foto: Paulo Pampolin

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randes líderes costumam deixar histórias e um importante legado nas empresas por onde passam. Muitas vezes, independentemente do tempo no cargo, são esses os fatores que irão definir os valores e a cultura de uma organização. Todavia, se o processo de sucessão dessa liderança não for bem feito e conduzido, isso pode significar uma série de problemas para a empresa. Segundo o professor Samir Lotfi Vaz, da Fundação Dom Cabral, quanto mais planejado e contínuo for esse processo, mais exitoso ele tende a ser, principalmente se descentralizado. "É importante você ter não uma só pessoa, mas uma equipe que vai conseguir sustentar e desenvolver aqueles vínculos (deixados pelo líder). É fundamental destacar o papel da governança, principalmente o do conselho de administração”, ressalta. Para o professor da Fundação Dom Cabral, manter o processo de sucessão sob responsabilidade somente do líder que vai ser sucedido é arriscado. "Esse tipo de sucessão deve ser um processo contínuo, com uma jornada que não acaba, e vai muito além de práticas isoladas, envolvendo diferentes protagonistas e perspectivas", acrescenta.

PROCESSOS BEM DESENVOLVIDOS SÃO FUNDAMENTAIS

O professor da Fundação Dom Cabral lembra que, nos últimos anos, o tempo médio de permanência dos CEOs à frente das 500 maiores empresas do mundo caiu de 9,5 anos em 2002 para 3,5 em 2010, e que isso, além de constantes mudanças no mundo corporativo, também é reflexo de sucessões sem o devido planejamento. "Aquelas empresas que apresentam processos bem desenvolvidos de sucessão tendem a ter o CEO por mais tempo no mandato". Um outro problema, na visão de Vaz, está relacionado a alguns executivos com muito tempo à frente de uma empresa. O professor lembra que muitos deles encontram 10

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dificuldades em saber o melhor momento para sair. "Não é uma decisão simples e os executivos têm dificuldade em tomá-la. Ao invés de sair no auge, geralmente decidem fazê-lo quando já perderam energia e o foco de atenção". Vaz, que já acompanhou de perto inúmeros processos sucessórios de grandes líderes, cita como exemplo exitoso a sucessão na Alpargatas, quando Márcio Utsch ocupou o lugar do longevo Fernando Tigre na presidência. "Nesse caso, o sucessor foi protagonista na decisão, através de um plano estratégico desenvolvido e implantado por ele mesmo", finaliza.

Luciana Toniolo, audit partner da Crowe Horwath-Brazil

Já Luciana Toniolo, audit partner da Crowe Horwath-Brazil, acompanha processos de fusões e aquisições e hoje vê em empresas familiares uma maior dificuldade na sucessão de grandes líderes. “Nas mais antigas, os processos de sucessão dependem dessas novas gerações. Tenho acompanhado grandes vendas dessas empresas pelo fato de a família não ter sucessor dessa geração mais jovem, pois muitos não querem seguir o caminho dos mais velhos”. Nesses casos, Luciana ressalta que é fundamental uma série de requisitos para que o processo seja exitoso. “Além do conselho de administração, é preciso um comitê de auditoria, partnership, planos de carreira bem definidos, processos muito bem mapeados, compliance e controle interno efetivo, entre outros fatores, para que a sucessão ocorra da melhor maneira”. 11

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/// Segurança ///

A SEGURANÇA ESTRATÉGICA PARA HOSPITAIS Modelo de segurança adequado e eficiente garante tranquilidade para gestão de complexos hospitalares Por Leonardo Guandeline

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egmentos corporativos podem se beneficiar de sistemas de segurança realmente efetivos. Com o objetivo de atuar de forma estratégica e personalizada, a Gocil Segurança e Serviços possui, entre as áreas de atuação, Hospitais – e apresenta soluções, de acordo com as peculiaridades do setor, com base em pesquisas nos clientes. Mais do que proteger o bem patrimonial, é primordial, no caso dos hospitais, a excelência no atendimento dos pacientes, acompanhantes e visitantes. Nesses locais, a maioria dos usuários está passando por dificuldades. Com isso, o atendimento demanda maior habilidade por parte dos profissionais de segurança. Vulnerável, o ambiente hospitalar ainda necessita de alguns cuidados específicos, principalmente em relação ao furto de materiais e medicamentos, ao furto de recém-nascidos, à evasão de pacientes e ao controle de acessos a áreas de risco (farmácia, UTI, maternidade, centro cirúrgico, etc.).

composta por uma Central de Monitoramento Remota – no caso da Gocil, o Centro Integrado de Comando e Controle (CICC) – e uma Central de Operações Local, de onde se acompanha todas as ações realizadas pela equipe. Esta última conta com profissionais que atuam em três frentes: estratégica, que garante a eficiência e funcionamento da estrutura; tática, que fiscaliza e direciona a equipe no cumprimento dos procedimentos; e técnica, que executa os procedimentos de acordo com as orientações propostas. As ocorrências são sempre comunicadas à Gestão Operacional para conhecimento e apoio, se necessário, embora o time local tenha autonomia para resolvêlas. O CICC tem envolvimento em ocorrências onde o projeto de segurança do cliente contemple estrutura de tecnologia para redundância de dados de imagens ou monitoramento de um sistema de alarme.

ÁREAS CRÍTICAS

É importante que os espaços mapeados como críticos tenham atenção redobrada da equipe. Devido ao possível impacto em todas as operações, caso o risco seja concre-

ESTRUTURA DE SEGURANÇA

Sugerimos uma estrutura de segurança básica 12

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outros, a instalação de câmeras fixas nas áreas críticas e o monitoramento das imagens de câmeras estratégicas por meio de central externa especializada.

PROTEÇÃO AOS ACESSOS E PLANO DE CONTINGÊNCIA

tizado, medidas de segurança mínimas devem ser cuidadosamente aplicadas. Entre os locais definidos como áreas críticas no segmento hospitalar estão: portaria, maternidade, pronto-socorro, farmácia, UTI e tesouraria, entre outros.

Em hospitais, o plano de contingência é acionado, de forma estratégica, em situações que fogem da rotina, entre elas roubos, tentativas de invasão, sequestros e coação da equipe de segurança. Apesar de o Supervisor de Segurança ser o responsável pelo acionamento, toda a equipe deve estar envolvida nos procedimentos, com os Planos de Contingência documentados, alinhados e treinados (por meio de simulações), a fim de agilizar o atendimento em ocorrências desse tipo.

ESTRUTURA TECNOLÓGICA

EQUIPE DE SEGURANÇA

A presença ostensiva de uma equipe de segurança plenamente qualificada nas recepções, andares, acessos (internos e externos) e áreas críticas é fundamental em um complexo hospitalar. Através da segregação de atividades por especialidade de cada posto de trabalho, essa equipe deve ser formada, entre outros cargos, por supervisores, vigilantes, recepcionistas, porteiros e bombeiros civis.

Para a eficácia total do plano de segurança, é preciso uma estrutura física emergencial que alia recursos humanos e tecnológicos. A plataforma INTEGRAS Gocil – que une soluções como softwares, alarmes, CFTV e controle de acesso, entre outras, que até então atuavam de maneira independente – poderá auxiliar na integração de diversos recursos, facilitar o trabalho preventivo contra invasões e proteger locais importantes.

ATENÇÃO!

PROTEÇÃO PERIMETRAL

É essencial considerar diversos fatores na escolha de uma empresa de segurança para um complexo hospitalar. Ela deve reunir inteligência e know-how em um modelo de operação para o segmento, através de um processo que busca uma estrutura de segurança extremamente eficaz contra as ameaças apresentadas ao setor. v

Os complexos hospitalares requerem alta segurança estratégica, pois possuem áreas de riscos internas e externas. Para a cobertura dos principais limites do perímetro, é sugerida a implementação de câmeras móveis (speed dome). Além disso, são indicados, entre 13

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Áreas críticas Recomendamos atenção redobrada nas áreas abaixo: 1. Portaria 2. Maternidade 3. Pronto-socorro 4. Farmácia 5. Unidade de Tratamento Intensivo 6. Centros de Internação 7. Centros Cirúrgicos/Obstétricos 8. Central de Operações Local 9. Necrotério 10. Terraço/cobertura 11. Rede de sprinklers 12. Acondicionamento de Gases Medicinais/Água 13. CPD 14. Ar condicionado 15. Estacionamentos 13 16. Administração 17. Área de descarte de materiais 18. PABX 19. Tesouraria 20. Servidor de T.I. 7 8

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Estrutura de segurança: organograma sugerido Central de monitoramento remoto

Central de operações local

Supervisor de segurança Auxiliar administrativo

Vigilante líder

Vigilantes

Vigilantes (ronda)

Recepcionista líder

Bombeiro civil

Porteiros

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Recepcionistas

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/// Foto Gocil /// "O vidro reflete o trabalho feito com amor. O trabalho reflete o comprometimento e a agilidade de quem o faz." Paulo Pampolin, fotรณgrafo


/// Motivação ///

ESTRATÉGIA DISNEY: A MARCA REFERÊNCIA EM ATENDIMENTO Como uma das maiores empresas do mundo gerencia sua cultura interna para refletir encantamento em seu atendimento

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Por Camilla Martins á décadas, a história da Disney e de suas criações é uma das narrativas mais conhecidas pelas crianças. O império criado por Walter Disney é referência nos mais variados segmentos onde atua. Consolidada pelo seu storytelling, a marca também fascina adultos por meio da comunicação e de seu posicionamento. A empresa tem um único propósito desde sua criação: gerar felicidade e encantamento. A Walt Disney Company nasceu a partir de grandes ideias. A construção da marca foi uma constante evolução dos serviços. A organização manteve seus valores como premissas e, com isso, criou uma cultura de atendimento que é referência mundialmente. Mesmo começando pequena, a empresa seguiu no mercado com um olhar crítico sobre o seu próprio trabalho, introduzindo em seus processos tecnologia e inovação on-line e offline. Nos momentos necessários, a Disney soube questionar a sua proposta para os seus convidados, que é como eles chamam os clientes. A entrega da emoção sempre foi uma preocupação da empresa.

COMO MELHORAR O ATENDIMENTO DE SUA EMPRESA Conheça alguns dos métodos usados na Disney para ter um atendimento referência: 1) Relacionar-se com os colaboradores Criar diálogos com os funcionários é importante, pois eles são os responsáveis por transmitir e entregar diariamente o serviço e o produto da empresa. Independentemente da função, eles são os rostos de uma instituição.

MEMBROS DE ELENCO

CULTURA ORGANIZACIONAL NA PRÁTICA

Em uma sequência de vídeos disponibilizados no YouTube, a ex-diretora da Disney Institute, Alicia Matheson comenta o “Jeito de Encantar da Disney”. Segundo ela, a empresa tem a chamada “cultura de cuidado”, que consiste em treinar, reconhecer e recompensar os membros de elenco, que é como eles chamam seus colaboradores, de modo a empoderá-los. Segundo a pesquisadora Andréa Medina, sócia da Sunrise e autora do livro “UAU! Excelência em Gestão no Atendimento”, a Disney possui diversas atividades motivacionais que mantêm o propósito como base das ações dos membros de elenco. Automaticamente, a empresa proporciona uma experiência única e um atendimento excelente.

O propósito da Disney sempre esteve claro e foi difundido pelos quatro cantos do mundo. Com o tempo, conseguiu ser mantido por meio de uma consolidada cultura organizacional. “A Disney tem um treinamento forte sobre a cultura da empresa para os seus membros que se chama 'Tradições'. Nele, é explicado o que o Walt Disney acreditava desde a criação da organização”. Andréa diz que o bom atendimento e a busca pela melhoria deve se tornar um processo no fluxo de trabalho em empresas que, como a Disney, têm como propósito oferecer mais do que um produto para o cliente: é preciso ir além e garantir, no fim do dia, a satisfação do consumidor. No dia a dia, esse tipo de atitude se torna parte da cultura organizacional. 16

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3) Avaliar o atendimento Associado ao servir, no atendimento é considerado imprescindível ouvir seu público. A Disney, por exemplo, faz pesquisas rápidas de uma ou duas perguntas pelos parques. Na saída, a empresa costuma aplicar questionários maiores com clientes voluntários.

A pesquisadora Andréa Medina

2) Realizar treinamentos internos Independentemente do número de colaboradores, é necessário que todos entendam por que e como a organização está servindo à sociedade. Por isso, é importante realizar um treinamento de integração e outros para reciclagem.

4) Se necessário, mude tudo É necessário repensar o modelo de atendimento e os processos dos quais ele é composto, para evoluir.

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/// Inovação ///

A EVOLUÇÃO DA TECNOLOGIA NA SEGURANÇA EM SHOPPING CENTERS Conheça o INTEGRAS, a ferramenta tecnológica utilizada nos empreendimentos brasileiros para promover a completa segurança e conforto dos clientes e funcionários Por Marina Batista | Foto: Paulo Pampolin

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alas com diversas e enormes telas, diferentes botões, rádios que mais pareciam tijolos e imagens das câmeras de segurança sendo gravadas em fitas VHS. Durante anos, essa foi a principal realidade das centrais de segurança, responsáveis por monitorar atividades suspeitas, no setor de shopping centers. Hoje, esse cenário mudou, e uma série de avanços tecnológicos tem sido empregada com o objetivo de garantir uma profunda transformação dentro do setor. Por meio desse avanço, as centrais de segurança passaram a atuar de forma estratégica, apoiadas por inovações que revolucionaram o tempo de resposta, permitindo até mesmo antecipar situações de risco e auxiliar o gestor de segurança na estratégia e tomada efetiva de decisão. Entre as tendências que vêm ganhando força no mercado está a plataforma INTEGRAS, criada pela Gocil. A solução, inédita e inovadora, como o nome já diz, integra e gerencia todos os sistemas e dispositivos de segurança antes dispersos. O Centro Integrado de Comando e Controle (CICC) centraliza o comando das ações e a expertise da Gocil – ao definir, junto com o cliente, processos e procedimentos para a tomada de

decisões – orienta as tratativas operacionais. “Com o INTEGRAS, é possível prevenir riscos de segurança, permitindo a imediata tomada de decisões. O sistema ainda otimiza diversos processos internos em outras áreas, aumentando a eficiência e a produtividade. Para a Gocil, segurança é agir previamente, com estratégia e efetividade, reduzindo, assim, o número de ocorrências” explica César Leonel, CEO da Gocil. Aplicado na segurança de um shopping center, o INTEGRAS identifica ações suspeitas, como, por exemplo, uma pessoa parada por muito tempo em frente a uma vitrine de joalheria com atitudes incomuns para um consumidor. Por meio de seu vídeo analítico, a plataforma envia um alerta ao sistema, e o operador passa a atuar conforme os procedimentos estabelecidos para aquele cliente. Há também a solução exclusiva de estacionamento seguro, com a utilização de vídeo-verificação e LPR (reconhecimento de placa) integrados a diferentes bancos de dados públicos e privados, que podem contribuir com a liberação do acesso de veículos permitidos. A solução combina diversas tecnologias e serviços, ativando plano de ação e despachos operacionais previamente definidos com base nas políticas organizacionais dos clientes.

Lançado em 2017, o INTEGRAS otimiza processos, garantindo mais eficiência nas operações

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/// Aconteceu ///

GOCIL PARTICIPA E APOIA DIFERENTES ENCONTROS DO SETOR DE SEGURANÇA E SERVIÇOS Alguns eventos foram realizados no próprio auditório da Gocil, na Matriz, em São Paulo. Outros, aconteceram com o patrocínio da empresa Por Camilla Martins | Fotos: Paulo Pampolin (almoço Chip Conley) & Bruno Uehara (eventos LIDE)

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ALMOÇO COM CHIP CONLEY [3]

Nos últimos meses, a Gocil participou de diferentes eventos. Conheça alguns deles:

Aconteceu no dia 7 de novembro, no auditório da Gocil, na Matriz, em São Paulo, um almoço executivo com Chip Conley, empreendedor e conselheiro do Airbnb, que também foi uma das principais atrações na programação do HSM Expo 2017, um encontro sobre desenvolvimento estratégico para liderança. A Gocil foi patrocinadora e fornecedora oficial de segurança do evento.

LIDE TECNOLOGIA [1]

Aconteceu no dia 13 de setembro, no auditório da Gocil, localizado na Matriz, em São Paulo, o seminário do Grupo de Líderes Empresariais. Luiz Fernando Furlan, chairman do LIDE; Silvio Genesini, presidente do LIDE Tecnologia; e Washington Umberto Cinel, presidente da Gocil; estiveram presentes na mesa diretora.

LIDE ESPORTES [4]

O Seminário Nacional de Esporte foi realizado no auditório da Gocil. O evento foi um convite feito por Paulo Nigro, presidente do LIDE Esporte, e pelo ex-jogador Raí Oliveira, presidente da Atletas pelo Brasil. Entre os temas de debates na programação, “A Nova Ordem do Esporte”, “Rating das Entidades Esportivas – Um mapa para um novo tempo” e “Pacto pelo Esporte: facilitando o diálogo entre patrocinador e entidade”.

1º ENCONTRO DE FELLOWS CBEXS [2]

No dia 5 de outubro, aconteceu no auditório da Gocil, um encontro com o tema “Liderança Exponencial – desenvolvimento profissional de competências relevantes”. Além de dar boas-vindas ao novos fellows, os presentes assistiram a uma palestra de Korn Ferry e visitaram as instalações da empresa.

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/// Gestão ///

ESCAPE SE PUDER: CONHEÇA O JOGO QUE SE TORNOU FERRAMENTA DE RH Também chamado ‘ jogo de fuga’, o game tem sido cada vez mais adotado por empresas brasileiras como instrumento de estudo das pessoas Por Camilla Martins | Foto: Paulo Pampolin

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criação de jogos sempre esteve ligada à estratégia, à recreação e ao aprendizado dos seres humanos, individual ou coletivamente. Nas empresas, que cada vez mais têm utilizado novas formas de avaliar seus profissionais, isso não é diferente. O propósito do jogo de escape, por exemplo, é apresentar uma experiência sensorial e fora do comum aos participantes. A atividade tornou-se um modelo de negócio e hoje está presente em diversos países.

NO BRASIL

Mesmo criado na Ásia, o game conquistou o povo brasileiro. Segundo Patrícia Saraiva, sócia do Escape Addicted, portal que reúne informações sobre o mercado de jogos de fuga, hoje o Brasil possui cerca de 45 casas que oferecem a modalidade, a maioria delas (23) em São Paulo. A especialista afirma que cada vez mais o foco do negócio é o mundo corporativo, em especial o setor de Recursos Humanos. 22

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ACHE AS PISTAS

NA PRÁTICA A Nestlé, um dos clientes da Gocil, utilizou o jogo de escape na última fase do Programa de Trainee 2016. A empresa criou sua própria sala temática, de forma personalizada, para os candidatos da vaga. O setor de RH da organização foi responsável pelo monitoramento individual e de equipe dos participantes. Segundo informações divulgadas pela companhia, a experiência proporcionou um desafio mais próximo do negócio, de forma inovadora para os dois lados. A experiência foi importante para observar, na prática, os comportamentos para a seleção, como integração, habilidades de comunicação e liderança orientada para a solução de problemas.

RESOLVA AS CHARADAS

ESPÍRITO DE EQUIPE

DECIFRE OS CÓDIGOS

SOLUCIONE OS MISTÉRIOS

LÓGICA E AGILIDADE O JOGO

A atividade, que tem origens nos jogos on-line, acontece em grupo e tem uma dinâmica parecida com uma caça ao tesouro, mas com foco em adultos. Os participantes precisam escapar da sala temática em até 60 minutos. A saída acontece por meio da solução de enigmas que são pistas (às vezes, com dicas) dentro de um roteiro bem escrito e de acordo com o tema da sala. Atualmente no Brasil existem cerca de 120 salas com diversos tipos de tema e níveis de dificuldade para os participantes. O Espaço 60, por exemplo, está presente em cinco estados brasileiros, com diferentes salas temáticas e soluções especiais para organizações.

RAIO-X DOS JOGADORES

A professora Anna Cherubina, da Fundação Getúlio Vargas no Rio de Janeiro (FGV-RJ), explica que as empresas aproveitam recursos práticos para entender melhor o perfil das pessoas. “O jogo é mais um dos meios, entre vários outros tipos de dinâmicas utilizadas no processo de mapeamento das habilidades de pessoas. Ele não traça o perfil psicológico, mas – por meio das ações tomadas, ou não – permite realizar uma leitura a respeito dos diferenciais do candidato”, afirma.

FERRAMENTA PARA RH

O jogo de fuga é comparado a uma dinâmica que pode ser utilizada pelo setor de RH com diferentes finalidades: recrutamento e seleção, treinamento, integração, análise de perfil ou comportamento, entre outras. 23

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/// Sustentabilidade ///

CARROS ELÉTRICOS E VEÍCULOS COMPARTILHADOS: O FUTURO DA MOBILIDADE Novas exigências da sustentabilidade fazem com que montadoras e cidades repensem em responsabilidade social

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Por Leonardo Guandeline

ste ano, em comemoração ao seu centenário, o BMW Group lançou, na internet, o filme institucional “Uma Nova Era”, que mostra, pela primeira vez, as expectativas para o futuro das quatro marcas pertencentes ao grupo – BMW, MINI, Rolls-Royce e BMW Motorrad. A campanha aborda, entre outros fatores, a disposição do BMW Group em aprender e mudar de acordo com as novas exigências de sustentabilidade. E fala, principalmente, de responsabilidade social e tecnologia, além de direção autônoma, individualidade, mobilidade compartilhada, mobilidade elétrica, conectividade e segurança, entre outros assuntos. No futuro, segundo o pensamento de muitas montadoras, o veículo é mais do que um simples meio de transporte. Torna-se companheiro ativo no cotidiano e até mesmo conselheiro nas decisões do dia a dia, por meio de uma comunicação intuitiva e natural com o seu condutor.

Contudo, o outro desafio é incorporar as mudanças à sociedade e estabelecer em quanto tempo esse novo paradigma se tornará realidade. Nas cidades, por exemplo, independentemente de autonomia, será necessária a instalação de infraestruturas de carregamento dos veículos elétricos, entre outros mecanismos.

MOBILIDADE COMPARTILHADA

Além do carro elétrico e da condução autônoma, a mobilidade compartilhada foi outro assunto bastante discutido em Detroit. O desafio, neste último caso, é devolver às pessoas e aos equipamentos sociais os espaços antes ocupados pelos automóveis. Quando falamos de carros elétricos, a estrutura simples e compacta deles também é fundamental para ajudar a otimizar esses espaços públicos. Além disso, muitas montadoras de automóveis veem o futuro da mobilidade através do compartilhamento. “Compartilhar em vez de possuir” é o conceito para algumas delas, principalmente as que enxergam desde já o veículo como parceiro de mobilidade em uma comunidade. Com isso, num futuro próximo, o conceito de “carro particular” tende a diminuir, com cada veículo transportando vários usuários e passageiros ao longo do dia, contribuindo para a ideia de consciência compartilhada.

CARROS ELÉTRICOS

A chegada dos carros elétricos, ao lado da condução autônoma, foi um dos assuntos de maior destaque este ano no Salão de Detroit, um dos mais importantes do mundo. Já praticamente prontas, mesmo com a continuidade dos testes em andamento, as tecnologias têm uma proposta ousada: zerar a emissão de poluentes e os acidentes.

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MOBILIDADE COMPARTILHADA REDUZIRIA TRÂNSITO PELA METADE EM ÁREAS METROPOLITANAS Um recente estudo do Fórum Internacional do Transporte (ITF), da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OECD), aponta que a implementação em larga escala de serviços de mobilidade compartilhada nas principais regiões metropolitanas do mundo traria uma drástica redução de trânsito e emissões de dióxido de carbono (CO2). O número de quilômetros de congestionamento, por exemplo, cairia 55%, na comparação com um estudo similar divulgado em 2011. Já a emissão de CO2 seria reduzida em 62%. Pelo estudo, divulgado no fim de maio, serviços de mobilidade compartilhada como os de táxis, por exemplo, reduziriam em 95% as vagas de estacionamento em ruas e avenidas de grandes centros urbanos. Com isso, esses espaços poderiam ter outra utilidade pública. O aumento da mobilidade compartilhada também serviria para potencializar a rede de transportes coletivos já existentes, como as de metrô e de trens, aponta o ITF.

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/// Finanças ///

STARTUPS PROMETEM REVOLUCIONAR A SUA RELAÇÃO COM O DINHEIRO Entenda o que são fintechs e conheça as principais startups do setor no país Por Marina Batista | Foto: Paulo Pampolin

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ocê já imaginou controlar seus pagamentos, investimentos e movimentações financeiras somente por meio de plataformas on-line? Saiba que essa forma de lidar com o dinheiro mais rápida, transparente e barata – já existe e em breve será a sua realidade. As transformações do mercado financeiro vêm sendo impulsionadas pelas chamadas fintechs, startups que unem inovação tecnológica a serviços financeiros, centrados na melhor experiência para os usuários. Elas apostam em soluções simplificadas e de fácil acesso para diferentes serviços, como investimentos, seguros, gestão financeira, cartão de crédito e débito, empréstimos, câmbio, pagamentos, entre outras. No Brasil, 400 empresas já se enquadram de alguma forma nesse conceito, segundo levantamento realizado pelo FintechLab, segmento da agência de inovação Clay Innovation, que acompanha o setor. Em território nacional, os dados mostram que 60% das fintechs se concentram nos segmentos de pagamentos, gestão financeira e empréstimos. Nomes como Nubank e Guia Bolso já são destaques entres os consumidores nacionais baseados, principalmente, nos pilares de bom atendimento e boa experiência de usuário.

demandando mais conveniência em seus serviços financeiros. Diante disso, as instituições identificam nas fintechs a possibilidade de ganho de eficiência nesse mercado para garantir, assim, uma melhor experiência aos usuários”, diz.

INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL NO ATENDIMENTO A CLIENTES

Ubaldo explica que nem toda fintech é voltada para o consumidor final. Muitas delas desenvolvem produtos voltados para as próprias instituições financeiras, e o que parecia ser um ambiente apenas de rivalidade tem aberto espaço para excelentes parcerias. Um ótimo exemplo são os serviços oferecidos pela Allgoo, startup B2B (business to business) que tem como proposta promover o empoderamento digital entre as instituições financeiras. Após dois anos de pesquisa e desenvolvimento, a fintech lançou a primeira plataforma brasileira de Inteligência Artificial, que auxilia os bancos a ofertarem produtos e serviços aderentes à necessidade individual de cada cliente. “A demanda por serviços digitais é um anseio da sociedade, e as instituições financeiras já se deram conta desta realidade”, afirma o CEO, Luiz Claudio Macedo. A startup foi uma das selecionadas para participar do InovaBRA, programa de inovação aberta do banco Bradesco, cujo objetivo é descobrir projetos inovadores aplicáveis em produtos ou serviços financeiros. Para Luca Cavalcanti, diretor executivo de canais digitais e inovação do Bradesco, os algoritmos e a Inteligência Artificial são oportunidades imensas para que todas as empresas, sejam elas organizações financeiras ou não, possam trabalhar de maneira precisa e assertiva em meio à explosão de informação e dados disponibilizados atualmente.

BANCOS X STARTUPS

O cenário parece desafiador entre as instituições bancárias, porém, entre os usuários, é animador tanto em preço quanto em eficiência. Segundo o presidente da Associação Brasileira de Fintechs do Brasil (ABFintechs), Rodrigo Soeiro Ubaldo, ser digital tornou-se uma necessidade entre as instituições, que já reconhecem a dificuldade em inovar, na velocidade necessária, dentro de uma estrutura tão grande. “Nós percebemos que o consumidor final está 26

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CONHEÇA ALGUMAS DAS PRINCIPAIS FINTECHS QUE ATUAM NO BRASIL MEU CÂMBIO Plataforma web que busca e compara cotações de moedas estrangeiras em diversas corretoras e instituições financeiras. Ao todo, são oferecidas 17 moedas, em mais de 133 cidades brasileiras, sendo que 40 delas possuem a opção de delivery, pela qual o consumidor recebe em casa a moeda que comprou. meucambio.com.br

NUBANK Empresa que emite um cartão de crédito isento de anuidade, com as mesmas funções de um cartão de crédito comum. A diferença é poder consultar fatura e limite por meio de um aplicativo de celular. nubank.com.br

KICKANTE Plataforma brasileira de crowdfunding, que faz o financiamento coletivo de campanhas com causas sociais. Nesse caso, as pessoas contribuem de pequenos a grandes valores (caso apoiem a ideia ou tenham interesse) e recebem uma criativa recompensa em troca. kickante.com.br

GUIABOLSO Aplicativo de gestão financeira. Ele exibe o extrato da conta corrente (dá para cadastrar várias contas de bancos diferentes), categoriza os gastos (mercado, bar, saúde, compras) e mostra o quão equilibradas estão suas finanças. guiabolso.com.br

Luiz Claudio macedo, CEO da Allgoo

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/// Capa ///

O RESGATE DA CIVILIDADE POR MEIO DO

EMPREENDEDO

SOCIAL 28

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Gocil apoia o CIVI-CO, uma plataforma de desenvolvimento para ações de impacto no Brasil

RISMO N

Por Leonardo Guandeline e Marina Batista | Fotos: Divulgação & Paulo Pampolin a luta pela promoção da cidadania e por uma sociedade mais justa e igualitária, a Gocil participou, no mês de outubro, do lançamento do primeiro espaço físico das Américas com propósito social e cívico. Trata-se do CIVI-CO, uma plataforma de desenvolvimento para ações de impacto e inovações por meio do empreendedorismo social no Brasil. O apoio da Gocil à iniciativa foi divulgado durante um almoço para empreendedores e idealizadores do CIVI-CO, no Auditório, localizado na Matriz, em São Paulo (SP). Na ocasião, o presidente da Gocil, Washington Umberto Cinel, destacou a importância do primeiro polo de inovação social, localizado em Pinheiros, Zona Oeste da capital paulista. “É um projeto que se preocupa com a rua que você mora, com o bairro, com a cidade, com o seu estado e, o mais importante, com o país em que nós vivemos”, salientou. v

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/// Capa /// COMUNIDADE

Espaço de trabalho compartilhado para empreendedores cívico-sociais, pessoas e organizações que geram transformações positivas na esfera pública e governamental brasileira, o CIVI-CO “é uma comunidade, não um coworking”, na visão de Patrícia Villela Marino, presidente do Humanitas360 Institute e uma das idealizadoras do projeto. “Por que a gente não resolveu lidar apenas com um nicho, mas trazer todos os nichos da cadeia produtiva e de economia criativa dentro de um espaço físico? Exatamente pra gente poder se programar a viver civilidade, onde todos nós nos conhecemos e nos reconhecemos como entes produtivos e absolutamente preocupados com a produção do outro também”, disse Patricia. “O seu negócio não pode mais só dar certo para você. Eu acredito, e as estatísticas me apoiam, que não haverá mais negócio sem impacto social”, complementou. Sócio de Patrícia, Ricardo Podval acredita que o CIVI-CO será a ponte entre empreendedores que buscam um propósito com as áreas pública e privada e a sociedade, como um todo. Ele citou o programa “Adote uma Startup” como modelo de aproximação de quem cria ações pelo bem comum e quem deseja tornar possíveis essas empreitadas. “É uma pequena ajuda para aquelas organizações e pessoas que têm sonhos, que têm projetos com propósito que gerem uma mudança positiva. Queremos desenvolver esse sonho, com base, com a ajuda da academia, com a ajuda de mentores”, ressaltou. O vice-presidente executivo e membro do conselho do Itaú Unibanco, Ricardo Marino, também presente ao lançamento do CIVI-CO, lembrou que a proposta da plataforma vai muito além de seu espaço físico. “Nesse sentido, o CIVI-CO propõe, e também oferece, um espaço de colaboração e cocriação onde vamos compartilhar mais do que um local de trabalho. Não estamos no negócio de fazer aluguel de espaços corporativos. Isso está cheio por aí. O que a gente quer é dividir um sonho grande de criar um Brasil e, por que não, um mundo mais justo, com oportunidades iguais para todos aí que fazem parte”.

Ricardo Podval e Patrícia Villela Marino, idealizadores do CIVI-CO

que ser mais do que empresários, mais do que investidores, mais do que organizadores. Temos de agir como cidadãos. É isso que faz a diferença”. No país, o empreendedorismo social tornou-se uma das mais relevantes tendências entre as atividades das empresas. Segundo o “Mapa de Negócios de Impacto Social + Ambiental" elaborado pela Pipe.Social, consultoria responsável por mapear o segmento, hoje há 579 negócios de impacto social no Brasil, 70% deles formalizados. Entre os bons exemplos de empreendedorismo social que já confirmam mudança para o CIVI-CO estão o Instituto PDR, que apoia obras sociais, e o Humanitas 360, ONG que busca humanizar temas ligados à segurança pública. “Estamos sendo muito cuidadosos em selecionar quem serão as startups e quem vão ser os patrocinadores desse tipo de iniciativa, sempre promovendo o que chamamos de engajamento do cidadão no setor social, no setor público e no setor privado, representado aqui pelas empresas”, enfatizou Marino. Também participarão da comunidade de empreendedores a Cicla, o Instituto Tellus, a Pipe.Social, a TrackMod, entre outros.

‘AGIR COMO CIDADÃOS’

Para Marino, o Brasil passa por um momento de transformação, que envolve, além das macrorreformas discutidas e aprovadas em Brasília (Previdência, trabalhista, política e tributária), microrreformas das quais a sociedade faz parte. “Acredito que cada um de nós, que faz a nossa parte direta e indiretamente por meio das instituições e organizações que participamos ou representamos, podemos fazer mais e melhor. Contudo, como a gente faz essa diferença? Começando pequeno, como disse o Washington (Umberto Cinel), na nossa rua, bairro, cidade e para o nosso Brasil”, destacou, completando: “Temos

Folhetos distribuídos no evento de lançamento do CIVI-CO, no Auditório Gocil

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Negócios de impacto socioambiental EM NÚMEROS

579

espaços mapeados no Brasil

Localização 3% Norte

63+20+93

3% Centro-Oeste

9% Nordeste

20% Sul

63% Sudeste

90% têm equipe própria com mais de dois funcionários

58% apresentam homens como fundadores

40% das empresas do segmento têm menos de três anos de atuação

Apenas 20% apresentam mulheres como fundadoras

Negócios de impacto socioambiental EM ÁREAS 38% 23% 12%

educação tecnologias verdes cidadania

10%

saúde

9%

finanças sociais

8%

cidades 31

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Fonte: Pipe.Social – 1º Mapa de Negócios de Impacto Social + Ambiental

70% já estão formalizados


/// Tecnologia ///

CHATBOTS: A NOVA TENDÊNCIA DA COMUNICAÇÃO DIGITAL Conheça os robôs que conversam com os usuários e estão ajudando muitas empresas quando o assunto é o relacionamento com o cliente Por Michely Luisi

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A

Inteligência Artificial tem se tornado algo cada vez mais frequente na vida das pessoas. Por meio dela, é possível desenvolver mecanismos ou dispositivos formados por símbolos e algoritmos que efetivamente simulam a capacidade de pensar. Um desses sistemas vem ganhando força e relevância no cenário da comunicação digital: os chatbots. Plataformas desenvolvidas para resolver problemas, ajudar as pessoas e transformar a forma como nos comunicamos, o novo modelo tecnológico é exemplo de inovação e evolução. Mas, afinal, o que são os chatbots? São robôs que usam a Inteligência Artificial através de um sistema de programação. Os robôs são, então, programados para interagir com pessoas de forma efetiva e muito próxima do real. Hoje já é possível realizar o atendimento de usuários em diversas redes em níveis muito avançados. Os chatbots representam uma grande evolução na relação entre pessoas, marcas e tecnologia. Você provavelmente não saiba, mas plataformas como o Facebook, WhatsApp e aplicativos, entre outros, já utilizam essa tecnologia.

O USO DOS CHATBOTS NAS EMPRESAS

Uma das vantagens em relação aos chatbots é que não é necessário utilizar um aplicativo específico para interagir com eles. Afinal, esses robôs podem ser integrados a diferentes ferramentas de trocas de mensagens, como, por exemplo, o Messenger do Facebook. Existem diversos métodos de Inteligência Artificial disponíveis quando o assunto é chatbots. Os mais comuns são aqueles que fazem perguntas ao usuário e, a partir das respostas, geram inúmeras possibilidades de resultado. Eles interagem e conversam em diversas situações, como, por exemplo, para fazer uma reclamação, solicitar um táxi ou até pedir uma pizza. Segundo Carolina Terra, doutora em Interfaces Sociais da Comunicação e professora do curso de Gestão Integrada da Comunicação Digital da Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP), o uso de chatbots na relação empresa/usuário é bastante positivo. “As empresas têm implantado muito essa tecnologia, em função do intenso atendimento ao cliente/público através das redes sociais. Os usuários já conhecem e usam essa ferramenta, possibilitando que as organizações estreitem esse relacionamento”. Contudo, a pesquisadora e usuária da tecnologia diz que não enxerga os chatbots substituindo uma central de atendimento ao cliente integrada por pessoas de verdade. “Esse sistema serve para algumas finalidades. Para um primeiro atendimento, ele é perfeito, pois encurta o fluxo da demora. Já no caso de questionamentos mais complexos, os robôs, muitas vezes, não compreendem e o atendimento precisa ser realizado por uma pessoa”.

CASES DE SUCESSOS

O uso dos chatbots acontece nos mais variados segmentos. Apesar de inovadora e muito útil, a tecnologia ainda é pouco utilizada no Brasil - seu uso é bem mais explorado no exterior. Aqui, grande parte das marcas que adotam o uso dos robôs busca melhorar a interação e o engajamento com o cliente. Mundialmente, grandes marcas, como iFood, Uber, Banco Original e Netflix, já utilizam a tecnologia. Segundo Carolina Terra, até o papa Francisco é um de seus adeptos. O pontífice utiliza o Missiobot, uma iniciativa da Missio EUA, organização da Pontifical Mission Societies, uma espécie da Cruz Vermelha pessoal do papa. Seu uso no Facebook, por exemplo, permite que o usuário seja apresentado ao pontífice. O robô é rápido na interação e faz uso de respostas pré-selecionadas. Além disso, usa emojis, fotos e até GIFs do papa, o que humaniza a conversa. Apesar de ainda serem uma tendência recente, os chatbots têm se consolidado com rapidez e já mostram ao que vieram. Agora, só precisamos aperfeiçoar e intensificar seu uso e torcer para que cada vez mais a Inteligência Artificial seja utilizada para melhorar a vida das pessoas.

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/// Tendência ///

DO IT YOURSELF: O CONCEITO QUE GANHA CADA VEZ MAIS ADEPTOS ENTRE EXECUTIVOS Surgido no pós-guerra e já tido como alternativa à indústria, tendência atualmente tem contornos sociais Por Leonardo Guandeline | Foto: Paulo Pampolin

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T

endência em várias partes do mundo a partir dos anos 1950, o conceito Do It Yourself (DIY), ou “Faça Você Mesmo” (em português), tem ganhado cada vez mais força e adeptos no Brasil. O DIY, que já foi associado à cultura punk, em razão da forte crítica ao consumismo, é aquele conhecido “botar a mão na massa” e começou com pequenos reparos caseiros que as pessoas faziam sozinhas com os materiais que tinham disponíveis em casa mesmo. Relacionado geralmente a uma atividade artesanal – como pintar uma casa, construir um banco de madeira, fabricar as próprias roupas ou decorar o quarto do bebê –, a tendência é uma alternativa à indústria e aos preços muitas vezes abusivos cobrados por profissionais autônomos que realizam esse tipo de serviço. Além da economia, uma das vantagens do DIY é possibilidade de personalização. Fabricar a própria cerveja com os seus ingredientes favoritos ou construir móveis a partir de caixotes de madeira com um padrão definido por você mesmo, além de suas peculiaridades, também é uma forma de descobrir novos interesses, aliviar o estresse e fugir da rotina.

Clarissa Perillo desenvolveu um projeto social destinado à venda de roupas para cachorro, que doa 90% da renda para animais de rua

O EXECUTIVO QUE MONTOU O PRÓPRIO ESCRITÓRIO Formado em Análise de Sistemas, Neison de Paula é executivo de Operações em uma plataforma de gestão e venda de infoprodutos. Antes CEO de uma empresa de soluções em internet, agora ganhou, após um processo de fusão, uma nova atribuição: a responsabilidade de planejar e montar todo o novo escritório do grupo, em Belo Horizonte. A marcenaria, o mesmo ofício do avô, Neison aprendeu há pouco mais de um ano, como hobby. “Teve um dia que eu cheguei em uma empresa de ferramentas e perguntei como eu poderia fazer móveis planejados”. Desde então, o executivo leva tão ao pé da letra a tendência Do It Yourself a ponto de usá-la também coletivamente e praticamente sem ganho financeiro. “Procuro, nas minhas horas vagas, ajudar pessoas que não têm muitas condições de contratar alguém para fazer móveis planejados. Além da personalização, nessas horas o bem-estar é fundamental”, salienta. Para o executivo, que tem em seu portfólio de marceneiro também estandes em feiras, a atividade paralela é um momento de relaxar. “É quando eu consigo desligar”, conta.

CAUSA NOBRE

Mesmo dizendo não ter "habilidade com pequenas coisas manuais", a executiva de Comunicação Clarissa Perillo aprendeu a costurar depois de casada. Atualmente, além de produzir móveis de madeira reaproveitada, faz do conceito Do It Yourself uma causa nobre. Há quase dois anos, ela montou, em São Paulo, a Oficina Casacão, um projeto social paralelo ao seu trabalho que destina 90% de tudo o que arrecada com a venda de roupas para cachorros (todas costuradas por Clarissa) para animais em situação de rua. “Quando minha cachorra Nala, de 17 anos, morreu de câncer, eu fiquei dois meses deprimida. Foi quando, então, pensei: ‘preciso fazer algo’. Fiz matrícula em um curso de costura de roupas para pets e decidi colocar em prática um projeto que é uma forma de ajudar animais de rua, destinando dinheiro para tratadores e para compra de ração e remédios”. Até hoje, cerca de 20 animais foram beneficiados com o projeto. “Não me dedico mais porque trabalho (no escritório) 12 horas por dia”, conta Clarissa. Nala, uma poodle, foi o primeiro bichinho de estimação da executiva, que ela ganhou aos 12 anos. Enquanto moravam juntas, ela e a mãe adotaram, desde então, vários animais de rua. “Foram mais de 30 cachorros e 10 gatos, que a gente dava toda a atenção, cuidado e ressocializava após resgatá-los. Minha mãe quase foi atropelada por tentar tirar cachorros do meio da rua”, complementa. Clarissa leva a filosofia Do It Yourself a sério. Em sua casa, faz questão de se responsabilizar por toda a decoração e aplica até o próprio papel de parede. O viés sustentável do seu dia a dia se reflete até no vestuário: ela aproveita camisas não mais utilizadas pelo marido e confecciona vestidos.


/// Educação ///

TROCA DO BEM: INTERCÂMBIO VOLUNTÁRIO Com baixo investimento e alto retorno cultural, programas de voluntariado fora do país têm atraído jovens que doam seu tempo em prol de um mundo melhor Por Patrícia B. Teixeira & Alexia Raine | Fotos: Arquivo pessoal Daniela Araújo

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intercâmbio se tornou um dos principais meios de aprender ou aperfeiçoar um novo idioma, realizar um curso de especialização ou até mesmo mergulhar em uma nova cultura. Os principais destinos sempre foram Estados Unidos, Canadá, Inglaterra e Austrália, mas uma nova categoria dessa atividade cultural promete trazer um nível ainda mais avançado de aprendizado: o intercâmbio voluntário. Segundo o último estudo da Tourism Research and Marketing (Tram), divulgado em 2016, o intercâmbio voluntário é um novo segmento de turismo ou educação que deve crescer nos próximos anos. Há em torno de 1,6 milhão de turistas voluntários que gastam em torno de US$ 2 bilhões por ano nesse tipo de viagem. Esse grupo de pessoas doa seu tempo ajudando uma comunidade, construindo uma obra social, organizando bibliotecas e ensinando idiomas, entre outras atividades. Em troca da dedicação e do tempo investidos, quer transformação pessoal, aprender outra cultura e participar de tarefas que fogem da rotina.

CONSTRUINDO UM MUNDO MELHOR

Daniela Araújo dedicou cerca de um mês do seu tempo em Valparaíso, no Chile, onde trabalhou como voluntária nas obras de restauração de uma escadaria. “O objetivo era recuperar uma série de espaços públicos para revitalizar a cidade e despertar na comunidade a consciência e o cuidado, diminuindo, assim, a quantidade de pontos de criminalidade”, conta. Ela lembra que todos se envolveram para fazer um mosaico sobre a cultura do país. “Por meio da arte, conseguimos conectar os vizinhos e transformar uma comunidade, mostrando a importância de cada morador na preservação da cidade”, completa. Ana Regina Campos de Sica, psicanalista e coach pessoal, acredita que o voluntariado resgata algo interno, pois está intimamente ligado à missão de vida da pessoa. “Há quem diga que o trabalho voluntário gera ainda mais benefícios a quem o presta do que a quem o recebe. Não tenho dúvidas de que isso seja verdade. O serviço voluntário proporciona uma sensação de utilidade incontestável, gerando bem-estar e realização”, explica. Em parceria com as comunidades costeiras, a OceansWatch desenvolve planos de ação de conservação e projetos sustentáveis para ajudar os grupos de moradores a se adaptarem aos efeitos das mudanças climáticas. Juliana Siqueira trabalhou com a ONG em uma expedição voluntária que ensinava pesca artesanal em comunidades de Vanuatu e PapuaNova Guiné. “Construímos mecanismos de fontes de água doce para os nativos. Ajudei na manutenção do barco que levou as equipes, participei de treinamentos de estudo de corais e contribuí para que fosse criada a primeira reserva marinha do país”, diz. 36

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A reconstrução da escadaria co ntou com um m sobre a cultura osaico do Chile, feito à mão pelos volunt que dedicaram ários seu tempo a resta urar espaços pú vulneráveis à cr blicos iminalidade

INTERCÂMBIO VOLUNTÁRIO: COMO ESCOLHER Ana Regina explica que por meio da consciência de seus talentos e valores é possível escolher uma atividade voluntária. “Talentos são as capacidades natas de cada um e valores têm relação com nossa motivação na vida para agir. É o que nos preenche. É o que nos move”. Conheça algumas alternativas para contribuir com grandes causas ao redor do mundo: WORLDPACKERS Com o slogan “viaje, colabore e aprenda”, a proposta do Worldpackers é trocar habilidades por hospedagem ao redor do mundo. www.worldpackers.com WWOOF Com o objetivo de construir uma comunidade global sustentável, o WWOOF oferece intercâmbio em fazendas orgânicas em diversos países. www.wwoof.net OCEANSWATCH Faça parte de expedições em alto-mar para ajudar no gerenciamento de ecossistemas marinhos e terrestres. www.oceanswatch.org ita) da para a dire a 2ª da esquer , to fo a (n jo al: Daniela Araú periência soci lugares, um mês uma ex ários de vários nt lu vivenciou por vo de o up gr um a o nt envolveu, ju so, no Chile, ade de Valparaí io local toda a comunid ôn im tr pa ão de um na reconstruç


/// Pais & Filhos ///

SUPERPROTEÇÃO DOS PAIS HELICÓPTEROS IMPEDE A CARREIRA DE SUCESSO DO FILHO Entenda como os cuidados excessivos podem tardar a vida independente dos filhos e o zelo em excesso afetar sua vida pessoal e profissional Por Patrícia B. Teixeira | Foto: Paulo Pampolin

VAMOS FALAR SOBRE OS ACERTOS E OS ERROS EM UMA CRIAÇÃO? Para a pesquisadora Márcia Sirota, em seu artigo “Pais Helicópteros estão criando filhos empregáveis”, geralmente “as pessoas resolvem problemas tentando fazer tarefas, errando, aprendendo e tentando novamente. A tentativa de erro e acerto cria confiança, competência e autoestima. 'Pais helicópteros' estragam a chance dos filhos empregarem-se, manterem-se na empresa e desenvolverem uma carreira de sucesso”.

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m se tratando de estudos da mente, de tempos em tempos surgem novos termos, baseados em comportamentos do ser humano. A Universidade de Stanford trouxe mais um, que faz sentido na era da contemporaneidade, no qual pais superprotegem e controlam os passos, onde a criança está, com quem e fazendo o quê. São os pais helicópteros, aqueles que voam baixo e estão prontos para antecipar qualquer sinal de problema. Segundo uma pesquisa feita pela Universidade da Califórnia, os pais ficam quatro vezes mais tempo com os filhos, e as mães se dedicam duas vezes mais do que há cinquenta anos.

EFEITOS

A ex-reitora da Universidade de Stanford e autora do livro ‘Como Criar Um Adulto’, Julie Lythcott-Haims, afirma que o excesso de zelo e monitoramento podem sufocar a criança, além de ela não desenvolver sua autonomia. A consequência é o desenvolvimento de ansiedade e depressão e a necessidade do uso de medicamentos. O psicanalista e professor do Centro de Estudos Psicanalíticos Júlio Cesar Nascimento explica que a nova geração de pais tem colocado as crianças no centro do universo, e tudo gira em torno dela. “Os responsáveis depositam sonhos, expectativas e desejos, como também seus medos e frustrações. Eles afirmam: meu filho jogará como o Neymar, será o futuro presidente do Brasil, etc. Ao mesmo tempo, não podem andar de ônibus, se for à natação, precisa ir comigo para que não aconteça algo”, explica Nascimento, que esteve em uma palestra na Gocil para falar sobre a relação da criança, dos jovens e o elo com a vida corporativa na fase adulta. “Com isso, muitas vezes (os pais) não deixam a criança ser ela mesma e desenvolver vontades e personalidades, pois se antecipam, não permitindo que ela possa cair, se sujar e lidar com as frustrações da escola, por exemplo”, complementa.

GENTE GRANDE

Há grandes consequências para as crianças que não se encontram na vida adulta, a qual sentimentos como angústia e desconsolo são reflexos de uma criação superprotegida. Por outro lado, o jovem pode passar a vida buscando, nas suas relações maduras, o olhar da perfeição visto pelos seus pais. “Na vida corporativa, é comum encontrar o puxa-saco, aquele que trabalha intensamente para buscar o olhar de provação do chefe. Há também aqueles que querem destruir o trabalho do colega por ter chamado mais atenção que ele mesmo”, diz Nascimento.

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/// Saúde ///

A VIDA ALÉM DA RESTRIÇÃO Apesar da alimentação limitada, é possível criar estratégias e alternativas para uma vida mais saudável e feliz Por Alexia Raine | Foto: Paulo Pampolin

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ão é frescura e nem está na moda: restrições alimentares já fazem parte da vida de muitos brasileiros e o consumo de certos alimentos pode desencadear reações alérgicas, aumentar o risco de choque anafilático, induzir ao fechamento da garganta e, em alguns casos, resultar em problemas cognitivos. Após muitas idas ao hospital e vários diagnósticos de infecção intestinal, Melissa Almeida procurou ajuda especializada para saber o que realmente havia de errado. Descobriu que tinha uma intolerância severa à lactose e, imediatamente, mudou toda a sua alimentação. Mesmo após abandonar a lactose, ainda foi vítima das consequências da ingestão por algum tempo. “Uma pessoa com restrição alimentar terá um desafio pela vida toda”, comenta o Dr. Roberto Debski, médico e diretor da Clínica Ser Integral. “Esse tipo de intolerância é uma reação do organismo que faz a pessoa não conseguir digerir a lactose, que é o açúcar do leite e um de seus componentes”, explica. Melissa, que mora no Rio Grande do Norte, criou uma conta no Instagram chamada @melsemlactose para ajudar outras pessoas na mesma condição a encontrar produtos e restaurantes que ofereçam opções livres de lactose. “Para mim, ainda é muito difícil comer fora, pois tudo tem manteiga ou queijo”, diz. Além disso, por questões culturais, ela lembra que muitos alimentos no Nordeste têm a nata do leite na composição. “Aqui tem nata em tudo: em pão, biscoito e até no feijão (risos)!”, conta. Uma das restrições alimentares mais severas é resultado da Fenilcetonúria (phenylketonuria, ou PKU), considerada um dos Erros Inatos do Metabolismo (EIM), um grupo de doenças genéticas que já integra cerca de 700 distúrbios raros relacionados à atividade de enzimas no organismo. Por apresentar alterações nos genes responsáveis pela produção de fenilalanina, a pessoa com PKU tem dificuldades de digerir e produzir esse aminoácido, geralmente encontrado em alimentos proteicos – os grandes vilões da alimentação especial sugerida para esse grupo de pessoas. Para que o consumo desses alimentos não agrida o cérebro, é preciso fazer um cálculo diário e rigoroso da quantidade de fenilalanina a ser ingerida. 40

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RESTRIÇÕES ALIMENTARES NA INFÂNCIA Lisiane Teixeira é mãe de Vinícius (11) e Luísa (6), duas crianças PKU diagnosticadas no teste do pezinho. Os dois filhos têm a doença, mas os pais não. “É importante que orientem e apoiem os filhos para que encarem as restrições com a maior naturalidade possível, pois, muitas vezes, se sentirão diferentes e limitados perante a sociedade. Com o passar do tempo e o ganho de consciência que ocorre com a idade, entenderão melhor e saberão conviver com suas limitações”, explica o Dr. Roberto. Com muita criatividade, Lisiane pensou em uma boa estratégia para que os filhos compreendessem a restrição alimentar. “Colei uma tabela no armário e expliquei como o corpo deles funciona. Mostrei que, no fim das contas, todos temos nossas limitações. Minha mãe, por exemplo, é diabética e também tem suas restrições. Hoje eles já sabem a tabela de cor, e se alguém oferece algo que não está lá, eles me perguntam”, diz. Saber lidar com as restrições faz toda a diferença na forma de conduzir a vida. Alergias, intolerâncias e restrições em geral, muitas vezes, seguirão com a pessoa por toda a vida. Por isso, descobrir novos alimentos, mergulhar em novas experiências culinárias e respeitar os limites do corpo serão sempre os melhores caminhos para ter uma vida ativa, leve e ainda mais feliz. Com uma alimentação regrada baseada em frutas e legumes, a pequena Luísa enxerga a vida pelo lado bom: “vou ter a vida de uma tartaruga: viverei mais uns duzentos anos”. 41

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/// Pets ///

GATOS: TER OU NÃO TER? Entenda como a convivência com os felinos pode modificar o pensamento das pessoas sobre eles e veja bons motivos para tê-los Por Michely Luisi | Fotos: Arquivos pessoais

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M o lly, Sp o ck, s e Alvin, o S u c r i l h e r Pe ç a n h a d de W el

á milhares de anos, os gatos ganharam diversos estereótipos, principalmente por causa de crenças e religiões. A verdade é que, por conta de certas superstições e convicções, eles sofreram muito preconceito até se tornarem bichinhos de estimação. Os séculos passaram, a relação entre gatos e humanos foi se transformando e hoje os felinos são uma das espécies mais populares entre os animais domésticos. Porém, há quem diga que prefira os cachorros como pets. Entretanto, só convivendo com um gato para saber o quanto ele pode ser uma ótima opção em casa.

Sucr ilho s e Alvin em uma so ne ca maravilho sa

Nossa sociedade atual passa por um momento de transformação. Trabalhamos muito, não temos tempo para quase nada, as famílias estão diminuindo, os casais gerando menos filhos, muitas pessoas estão morando sozinhas e as cidades, se desenvolvendo rápido demais. Por conta desses acontecimentos, aos poucos, as pessoas foram desistindo de terem cães como animais de estimação, já que eles precisam de mais atenção e sentem muito a ausência dos donos. Porém, mesmo diante desses fatos, ainda desejavam um pet. Foi aí que a opção de ter um gato se tornou tão popular. Mas não pensem que os felinos não gostam ou não precisam de atenção. Mesmo sendo animais que se adaptam facilmente a espaços menores, mais independentes do que os cachorros e muito mais “práticos” com as necessidades do dia a dia, ainda assim eles requerem nosso zelo. Por causa dessa praticidade, muitos optaram por ter gatos e acabaram perdendo aquele preconceito de que os felinos são animais distantes e traiçoeiros. Ao contrário

GATOS, OS PETS DO MOMENTO!

Os bichanos estão se tornando febre e ganhando cada vez mais fãs ao redor do mundo. Em alguns países, como Inglaterra, Alemanha e Estados Unidos, por exemplo, eles já são maioria entre os animais domésticos. Um dos motivos é simples: a vida e a rotina das pessoas estão mudando. 42

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ADOTE UM PET! Ao adotar um pet, você dá a oportunidade para um bichinho, que já sofreu muito, de ser feliz. Esse é um dos objetivos da ONG “Cão Sem Dono”. Criada com o intuito de tirar o maior número possível de animais das ruas, oferecer tratamento adequado e integrar os animais a famílias que lhe deem amor, ela existe desde 2005 e está com dezenas de pets para adoção (www.caosemdono.com.br). Para adotar, você precisa ser maior de 21 anos e apresentar documentos originais de RG e CPF, além de comprovante de endereço. Deverá, também, assinar um termo de adoção se responsabilizando pelo animal por tempo indeterminado, ou seja, até o fim da vida. Além disso, todo adotante deverá ser aprovado em entrevista.

illy A d upla C hant de , e Cupcake a Daniella Barbos

Em caso de não adaptação, o animal deverá ser devolvido para a instituição.

Lucio se ndo la papari cado pe robel do na, An ita G do que boa parte das pessoas imagina, os gatos são dóceis, carinhosos e divertidos.

adaptação foi tão boa com os demais animais da casa que ele acabou ficando e também foi adotado. Por último, chegou o Spock, um gato gigante da espécie Maine Coon, comprado em uma exposição. Na opinião deles, a relação com os felinos é muito mais prazerosa do que se imaginava. “A grande maioria das pessoas cresceu tendo cachorros em casa. Pela minha própria experiência, quem gosta de cachorros, e não de gatos, nunca conviveu com um gato. Eles são tão dóceis e carinhosos quanto os cães, só que do jeito deles, cada um com sua personalidade. Os meus, inclusive, me recebem até na porta de casa, quando chego”, afirma Ana. Anita Grobel e Daniella Barbosa, colaboradoras do Marketing da Gocil, acreditam que "a convivência com os gatos pode, sim, modificar o pensamento das pessoas em relação aos felinos", diz Anita. Daniella completa, ainda, que "não podemos nunca esquecer que por trás desses animais, existe um ser que merece respeito e muito amor".

AMOR FELINO!

Para desmistificar todas as teorias de que os gatos não são ideais como bichinhos de estimação, conversamos com Welder Peçanha, vice-presidente da Gocil, e Ana Peçanha, sua esposa, donos de quatro gatos, que possuem uma relação de amor com os bichanos. Depois da perda de um primeiro animal de estimação, um cachorro, ambos decidiram que estava na hora de ter um novo pet. E escolheram um gato. Foi aí que decidiram comprar a Molly, uma gata de raça exótica, que durante algum tempo reinou como a única felina do lar. Depois, no entanto, o casal encontrou um gatinho de rua, Alvin, sem raça definida, que foi atropelado e mais tarde adotado por Welder e Ana. O terceiro gato, Sucrilhos, também sem raça definida, chegou apenas para passar um tempo, mas sua 43

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/// Estilo ///

SAIBA COMO ESCOLHER O TECIDO CERTO PARA O VERÃO Apostar em opções leves e adequadas pode te ajudar a saber o que vestir Por Michely Luisi

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á estamos nos aproximando do final do ano e da chegada do verão, a estação mais quente. Em algumas cidades do país, a temperatura pode chegar perto dos 50°C. Diante de um calor tão intenso, algumas pessoas sofrem na hora de trabalhar, pois em muitas empresas a formalidade não pode ser deixada de lado, o que acaba sendo um problema para muita gente na hora da escolha das roupas. Por isso, é importante saber qual tipo de tecido utilizar nas diferentes estações. Nos dias quentes, alguns deles, como os sintéticos, podem se tornar verdadeiras saunas, pois impedem o seu corpo de respirar. Além do excesso de transpiração, uma indesejada sensação de desconforto também pode acontecer. Entre os tecidos mais indicados para o verão estão o linho e o algodão. Por serem originais de fibras naturais, as roupas confeccionadas com essas duas opções permitem que o corpo respire e transpire menos. Segundo a estilista Fabiana Milazzo, o uso de tecidos leves e fluidos, como a organza e o chiffon de seda, também são ótimas opções, pois não grudam no corpo. Ela ainda lembra que “o uso do tecido vai além do fator estético de

compor uma roupa". "Ele precisa ser usado principalmente para trazer conforto a quem veste”, acrescenta.

PARA TRABALHAR MAIS CONFORTÁVEL

Mesmo com todas as regras e formalidades que um ambiente corporativo exige, é possível apostar em opções mais confortáveis. Ao utilizar o tecido certo, conseguimos amenizar o desconforto causado pelas altas temperaturas. Para os homens, é indicado o uso de material leve nas camisas e nos ternos. Incrementar com um jeans e também um tênis mais formal pode ser uma boa alternativa. Segundo Fabiana, no caso deles, a variação é menor. Mas, com exercício de moda e vontade de pensar fora da caixinha, os homens podem achar opções legais e diferentes. "E, claro, sempre respeitando as políticas de cada empresa e o mais importante: o gosto pessoal de cada um”. Já para as mulheres, ela acredita que é possível adaptar algumas peças curingas no guarda-roupa e brincar com cores e cortes. Às vezes, vale até misturar uma calça jeans. “Dá para combinar, inclusive, macacões e vestidos estampados com blazers, por exemplo, que garantem um ar mais formal e, ao mesmo tempo, fresquinho”.

DICAS INFALÍVEIS PARA ESCOLHER O TECIDO CERTO NO VERÃO • Se a roupa tiver mangas, melhor que a cava seja larga, ficando afastada da axila. Isso vai ajudar na questão da transpiração. • Se for utilizar um blazer ou um palito, escolher de preferência aqueles que são confeccionados com forro de acetato, pois o tecido, embora artificial, não dá cheiro, como o poliéster. • Se a calça for pantalona ou flare, ou qualquer outro tipo que tenha o gancho mais solto, isso também evita a transpiração e deixa a peça mais gostosa de vestir. • Se optar por saias ou vestidos, utilize opções mais leves e soltas. Evite cetim ou microfibra. Esses tecidos podem esquentar demais.

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/// Para degustar ///

ALIMENTAÇÃO CRUA: UMA JORNADA DE CONSCIÊNCIA, CORES E SABORES Raw Food tem conquistado adeptos que seguem um modelo alimentar livre de consumo animal, excluindo industrializados e visando os nutrientes Por Alexia Raine | Fotos: Reprodução Instagram & Bruno Leão/Noemia Paranhos (Cozinha Efêmera)

@CasaRaw

Pizza viva de co gumelo s co m queijo de ca stanhas e mo lho de to mate co m manj er icão

@cozinhaefemera

Silvia Co rbucci, chef da Co zinha Efêm era

N

o de Raw Food (também conhecido por alimentação viva ou crudívora), um estilo baseado no cru em que a comida não precisa ser feita de forma exatamente crua se o alimento utilizado respeitar alguns critérios, como ter origem vegetal e não ser exposto a altas temperaturas. O objetivo disso? Aproveitar ao máximo os nutrientes e benefícios de tudo o que é consumido. “A temperatura e o tempo de exposição ao calor são dois fatores que fazem com que os alimentos percam nutrientes. Por isso, na alimentação viva, procuramos não passar dos 42º C, que é a temperatura de desnaturação das enzimas que ajudam na digestão dos alimentos consumidos”, explica a chef Silvia Corbucci, da Cozinha Efêmera. Há quem associe alimentação crua a comer alface pelo resto da vida. Entretanto, é um erro pensar que optar por um estilo de vida assim significa abrir mão de pratos saborosos e nutritivos. A base de uma alimentação raw envolve legumes, hortaliças, frutas,

unca se falou tanto de alimentação saudável quanto nos dias de hoje. Se você abrir agora qualquer rede social, verá uma sequência de influenciadores digitais do segmento de vida saudável, pessoas postando fotos de pratos coloridos e movimentos em prol do veganismo e vegetarianismo. A vida virtual é, no entanto, apenas um reflexo do que acontece no mundo aqui fora. Essa consciência que vem sendo criada vai além do prato bonito no Instagram: faz parte de uma conscientização coletiva em que o prazer proporcionado pelo consumo de alimentos saudáveis é maior do que a sensação de apenas comer. As pessoas têm pensado cada vez mais no que estão comendo, e isso tem gerado uma revolução na gastronomia.

REBATIZANDO A SALADA

Um conceito que vem ganhando muita força no Brasil é 46

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Quinoa co wboy: pão de beter raba, bu rg er de quinoa e no ze s, pe sto de ho rtelã, co alhada e alface @Raw.Burger

@cozinhaefemera

Mingau de ch ia vegano co m mo rang os e maçã

@RawPortoAlegre

@LautGastronomia

Ag rião, pe pino e "húmus" de amêndo a

SABOROSAS, EXÓTICAS E NUTRITIVAS Você sabia que 90% dos vegetais consumidos hoje ao redor do mundo são provenientes de apenas 20 espécies? No Brasil, existem cerca de 10 mil plantinhas comestíveis e que estão por toda parte: são as PANCs (plantas alimentícias não convencionais), que geralmente crescem junto às plantas que cultivamos, ou as consideradas “matinhos”.

PANCs (plantas alimentícias não convencionais), grãos germinados ou sementes e, a partir desses alimentos, grandes pratos nascem: receitas de dar água na boca!

O ALIMENTO CRU NO PROCESSO DE EMAGRECIMENTO

É preciso balancear as refeições e fazer combinações para que a comida seja um prazer, e não uma recompensa. Dessa forma, é possível até eliminar quilinhos indesejados. “Não existe dieta melhor para emagrecer do que comer o alimento cru. Quando seguimos uma dieta saudável e balanceada, não abusamos de um único ingrediente. A consequência desse equilíbrio é emagrecer, já que a própria comida será responsável por fazer uma desintoxicação interna nos tecidos, órgãos e sistema circulatório, contribuindo para perda de líquido retido, eliminação de toxinas (armazenadas na gordura) e redução do inchaço”, explica Silvia. 47

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Co gumelo s re cheado s co m mo lho de queijo de caju e espinaf re

@Simplesmente.Co

So pa de beter raba co m limão e seme ntes


/// Viagens / Brasil ///

CRUZEIROS TEMÁTICOS PARA GARANTIR A DIVERSÃO Temporada de viagens no Brasil, que vai de novembro a abril, deve transportar 400 mil pessoas Por Patrícia B. Teixeira & Camilla Martins | Fotos: Giulio & Gary Bembridge (Flickr) Os cruzeiros têm sido cada vez mais os queridinhos dos brasileiros. Segundo o Ministério do Turismo, durante a temporada de 2017/2018, que vai de novembro a abril, essas viagens crescerão em torno de 11% e transportarão aproximadamente 400 mil turistas em sete navios pela costa brasileira. Na temporada passada, o setor tinha recuado, e as viagens, diminuído. O cruzeiro se tornou uma grande experiência. Uma mistura de um grande hotel, com estilo de resort, centenas de atrações para diferentes gostos e sistema all inclusive destinado para diferentes públicos. Há, inclusive, cruzeiros com temas peculiares para atender um determinado estilo de vida.

COSTA CRUZEIROS

A Costa Cruzeiros proporcionará os cruzeiros Fitness e Bem-estar, a bordo do Costa Favolosa, a partir do dia 25 de fevereiro de 2018. Seguindo a linha de quem gosta de atividade física, há o Dançando a Bordo, que sai no dia 3 de março de 2018, de Santos, passando por Buenos Aires

e Montevidéu. Por oito noites, os viajantes conhecerão vários tipos de dança, como merengue, axé, samba rock, dança do ventre e tango, acompanhados de professores de dança, personal dancers e DJs. Outro exemplo temático é o famoso cruzeiro do cantor Roberto Carlos, o Projeto Emoções em Alto Mar, que também acontece no Costa Favolosa. O cruzeiro é uma das referências nacionais em turismo náutico há 12 anos.

MSC

O MSC Preziosa reinicia a operação em 19 de novembro e, além de Santos, os portos de Camboriú e Porto Belo passam a operar no trajeto. Este é o maior navio navegando pela costa brasileira, com capacidade para 4.300 passageiros, cinco piscinas e atrações para diferentes idades, incluindo um simulador de Fórmula 1. Com o mesmo Preziosa, em se tratando de navio temático, o ‘Energia na Véia’, da rádio 97FM, tem saída programada para o dia 16 de março e é voltado para o público que gosta de músicas dos anos 70 a 2000.


/// Viagens / Mundo ///

RUMO À RÚSSIA, SEDE DA COPA 2018: DESAFIOS E CULTURA Apesar de o idioma ser um dos desafios, peculiaridades não faltam ao país que receberá no ano que vem o Mundial Por Patrícia B. Teixeira | Foto: Kolya Sanich (Flickr) A Rússia será palco do maior espetáculo futebolístico entre os dias 14 de junho a 15 de julho de 2018. O Brasil, sede da Copa do Mundo na edição 2014, sabe que, além do futebol, os fãs também desembarcam como turistas e querem conhecer o lugar, a cultura e experimentar sabores. Aliás, muitos aproveitam a Copa para viajar e conhecer um pouco mais sobre aquele determinado país. Com a Rússia, peculiaridades não faltam. O idioma do país é um dos desafios. Moscou e São Petersburgo são as duas cidades onde os habitantes falam inglês. O alfabeto cirílico não é fácil para ser anotado para traduzir em aplicativos. Saber algumas palavras é um dos

caminhos para facilitar a estadia por lá. Entre questões a serem consideradas estão a moeda, chamada de rublo russo, e a temperatura – apesar da época do ano ser verão, há uma variação no termômetro de cidade para cidade. É bom prestar atenção nos fusos horários: a Rússia possui 11, mas a Copa acontecerá somente em quatro deles. Este detalhe é bem importante para não se atrasar com passeios e voos. Para quem gosta de cultura e aventura, a Rússia é um destino que encanta por sua arquitetura ímpar e seus costumes tradicionais. Ainda mais quando envolve duas paixões de uma vez: turismo e Copa do Mundo.

COSTUMES RUSSOS QUE VALEM A PENA SABER • Andar bem vestido. Os russos são muito elegantes e discretos; • Não deixar lixo nas mesas após as refeições; • Cumprimentar o outro com o aperto de mão na entrada e na saída. Mulheres devem evitar esse cumprimento; • Ao sair de um estabelecimento, diga “adeus”. É uma forma de respeito e aviso que está saindo; • Tirar os sapatos ao entrar na casa de alguém; • Ao fazer o pagamento, colocar o dinheiro na mesa, e não na mão do comerciante; • Após terminar uma garrafa, colocá-la vazia no chão. Segundo a crença local, a atitude evita azar; • Evitar piadas com família; • Não demonstrar muita emoção, risadas altas ou falar acima do tom; • Evitar cruzar as pernas para não mostrar a sola do calçado. Para eles, demonstra sujeira; • Não falar de política.

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/// Livros ///

EXPERIÊNCIAS INTERATIVAS E ENRIQUECEDORAS COMO LEITURA PARA O FIM DE ANO Novas sensações ao receber conteúdo: confira os livros divertidos e diferentes que selecionamos para você Por Alexia Raine | Fotos: Divulgação

ALFRED HITCHCOCK: THE MASTER OF SUSPENSE: A POP-UP BOOK O livro, publicado somente em inglês, celebra grandes obras cinematográficas de Hitchcock, o mestre do suspense, e nos conta, de forma curiosa e didática, a história de sete dos seus filmes mais conhecidos. A edição em pop-up traz imagens que se elevam contando detalhes do enredo e comentários sobre como as cenas foram produzidas. Uma edição imperdível para colecionadores aficionados por cinema! Kees Moerbeek Little Simon | US$34,72 Disponível na Amazon

TERMINE ESTE LIVRO

TODOS MEUS AMIGOS ESTÃO MORTOS

MADRUGADA NA CASA DO BRUXO

Famosa por publicar livros que proporcionam grande interação com o leitor, como a série de diários para destruir, Keri Smith traz uma proposta diferente em “Termine este livro”. A autora oferece um “treinamento intensivo de investigação e espionagem”, deixando pistas e mensagens criptografadas para serem desvendadas. Assim, o leitor será capaz de desvendar o mistério e escrever o fim da história.

Aquela história de que a grama do vizinho é sempre mais verde acontece, afinal, todos nós já pensamos como a vida seria melhor se tivéssemos nascido em outro corpo. Os autores te fazem refletir, com muito humor, ao dizer que se você fosse um dinossauro, por exemplo, todos os seus amigos estariam mortos. Eles mostram, entre outros exemplos, o lado ruim de não ser você mesmo e como a vida de outras pessoas, animais e até mesmo objetos também tem seu lado triste.

Já pensou na grande experiência de relaxar lendo um livro e ainda aprender uma nova forma de leitura enquanto realiza a atividade? Essa é a proposta de “Madrugada na casa do bruxo”, história contada em português e caracteres em braile. Todas as ilustrações também são em altorelevo, para que você tenha uma experiência única e enriquecedora.

Avery Monsen & Jory John Edições Ideal Editora Leya | R$ 24,90 Disponível na Amazon, Livraria Cultura e Saraiva

Keri Smith Intrínseca | R$ 39,40 Disponível na Amazon, Livraria Cultura e Saraiva 50

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Elizete Lisboa Editora Lê | R$ 35,00 Disponível na Amazon, Livraria Cultura e Saraiva


/// Filmes&Séries ///

LIÇÕES DE GESTÃO DE CRISE: O QUE APRENDER COM SÉRIES E FILMES Alguns seriados e filmes que ajudam você a se preparar para uma crise Por Patrícia B. Teixeira | Fotos: Reprodução Internet

SCANDAL (2012) Inspirada na ex-funcionária da área de comunicação da Casa Branca, Olivia Pope (interpretada por Kerry Washington), no governo de George Bush, a série aborda a saída dela do cargo para se dedicar à sua empresa de consultoria de gestão de crise. Proteger a imagem de personalidades americanas, como o presidente dos Estados Unidos, e garantir que segredos não venham a público é a sua missão, e defender a reputação dos clientes é o seu principal lema. Olivia tem entre as táticas esconder evidências, tirar pessoas importantes de foco e desviar a atenção da imprensa. Disponível no Netflix e em Blu-ray/DVD (até 5ª temporada)

HOMELAND (2011) A agente da CIA Carrie Mathison (interpretada por Claire Danes) é uma especialista em terrorismo no Oriente Médio. Várias estratégias, uma equipe estruturada e alta tecnologia permitem mapear riscos antes que eles aconteçam. Apesar de a CIA ser norte-americana, a atuação é mundial, passando por cidades do Oriente Médio até Europa. Ao todo, são seis temporadas disponíveis, somente em DVD, no Net Now ou pela assinatura do Fox Premium. A Netflix removeu o conteúdo de seu catálogo em julho deste ano. Disponível no Net Now, no Fox Premium e em Blu-ray/DVD

O DISCURSO DO REI (2010) Filme britânico, conta a história do rei Jorge VI, que contrata um fonoaudiólogo para lhe ajudar a superar a gagueira e treiná-lo para fazer um importante discurso no rádio no começo da Segunda Guerra Mundial. O longa-metragem retrata a importância da comunicação para os grandes líderes e como a radiodifusão teve e tem um papel importante para a sociedade. A obra ganhou quatro Oscars: melhor filme, melhor diretor, melhor ator para Colin Firth e melhor roteiro original. Disponível no Netflix, no Net Now e em Blu-ray/DVD

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