Aplicativo conecta catadores em prol da sustentabilidade p. 24 Eleições 2018: a "montanha-russa" nas pesquisas Ibope p. 42
gocil.com.br Edição 10 • Novembro/2018
s&n REVISTA SEGURANÇA E NEGÓCIOS
⬑ Presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Júnior, traz lições de liderança em gestões públicas e privadas p. 28
As tecnologias mais avançadas A mão de obra mais bem treinada 98% dos clientes satisfeitos
Cada detalhe do dia a dia de sua instituição de saúde não passa despercebido pela Gocil.
#somosEXCELÊNCIA
#somosINOVAÇÃO
#somosGOCIL
de 40 clientes Gocil no segmento da saúde de 7,5 milhões de pessoas impactadas mensalmente pelos serviços da Gocil nesse setor
Sumário sua vida, sua história 06 08 10 12 14 16 18
Por aí Estilo Hobby Finanças Saúde Entretenimento Pais&Filhos
o que há de novo 20 Tecnologia 22 Tendência 24 Sustentabilidade
business + corporate 28 34 38 42
Capa Gestão Setor&Cidade Cenário
mundo gocil 46 48 52 54
Aconteceu Operações #somosGOCIL Em uma imagem
2019 chegou! O CALENDÁRIO GIROU e ganhamos 365 oportunidades de alcançar mais sucesso, semear novos negócios, multiplicar a prosperidade, promover o crescimento de sua empresa e do mercado. Mas você já pensou, de fato, quais são seus planos para este novo ciclo – e o novo Brasil – que se inicia? Na capa (pág. 28) desta 10ª edição, Wilson Ferreira, CEO da Eletrobras, compartilha suas expectativas e importantes informações de como garantir uma liderança assertiva em meio ao atual cenário político e econômico. Por falar em mudança, há quem pretenda iniciar o ano planejando a viagem dos sonhos, adotar novos hábitos para a saúde ou ainda, apostar em investimentos e aplicações financeiras com retornos mais lucrativos. Na pág. 12 na seção Finanças, destacamos plataformas que prometem comparar tipos de investimentos e sugerir as melhores aplicações, com base no valor e no tempo investidos pelo usuário. Com os percalços ficando para trás, novos projetos são muito bem-vindos e 2019 promete ser um ano de retomada. Os investimentos são fatores vitais para a economia brasileira voltar a crescer, principalmente em alguns estados como o Rio de Janeiro. Falamos mais sobre isso em Setor&Cidade (pág. 38). Para confirmar a força da tecnologia, na editoria Tendência temos o assunto da vez: mobilidade urbana (pág. 22). Trazemos à reflexão o deslocamento diário no trânsito e a importância das novas opções de transporte, que estão ganhando cada vez mais aderência da população nos grandes centros. Pensamos também em algo inspirador para a primeira edição de 2019 da Segurança&Negócios: o projeto Cataki, desenvolvido pela ONG Pimp My Carroça, do grafiteiro e ativista Mundano. Ele recebeu o prêmio de inovação do fórum Netexplo, concedido a projetos de tecnologia com maior impacto social e nos negócios. Confira na seção Sustentabilidade (pág 24). Boa leitura!
Daniella Barbosa Diretora de Marketing e Relações Institucionais da Gocil daniella.barbosa@gocil.com.br
Quem faz
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Gestão de marketing: Daniella Barbosa Jornalista responsável: Patricia B. Teixeira (MTB: 51202/SP) Redação: Trixe Comunicação Estratégica Revisão: Áurea Fortes Projeto Gráfico e Design: Leonardo Vaz Fotos de editorial e artigo: Paulo Pampolin Colaboraram nesta edição: Ana Carolina, Anita Grobel, Bianca Oliveira, Jennifer Evaristo, Maria Clara Lucci, Marina Batista, Patricia B. Teixeira e Rodrigo Coutinho.
Qualidade com crescimento INAUGURAR UMA NOVA unidade sempre me traz um sentimento de nostalgia. A Gocil tem se renovado desde sua fundação. Lembro da mudança de nossa sede, de Bauru para São Paulo, que foi um marco histórico para a empresa. Mudar de endereço solidificou nossa expansão. Graças a essa mudança, nós ampliamos as atividades e a atuação de nossa companhia no mercado. Alcançar novos horizontes exigiu que nosso time e nossa estrutura passassem por um processo de multiplicação. E a Gocil nunca mais parou de crescer. Hoje iniciamos um novo ciclo, um novo marco na história dessa grande empresa. O Centro de Recrutamento e Seleção, que em 5 anos já atendeu mais de 300 mil pessoas, passa a operar no Butantã. A nova unidade está mais moderna e digital, preparada para receber com excelência os candidatos às vagas na companhia. Seguiremos certos de que as mudanças são consequências de uma missão bem determinada e focada em uma mesma direção: continuamos buscando excelência e entregando qualidade para nossos clientes sempre!
Washington Umberto Cinel Presidente da Gocil Segurança e Serviços
sua vida, sua história ⁄ POR AÍ
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Roteiro de viagem Destinos nacionais e internacionais perfeitos para suas próximas férias Bianca Oliveira • Paulo Pampolin (Cuba) e Shutterstock (demais imagens)
Paraíso perdido ↗ Perdida no interior de Minas Gerais, Capitólio é uma pequena cidade que vem se destacando no roteiro turístico nos últimos anos por sua beleza natural. Rica em lagos de águas verde-esmeralda, cachoeiras e grutas, é o destino perfeito para quem busca relaxar em meio à natureza. O Canyon de Furnas, com seus paredões e enormes fendas com mais de 20 metros de altura, proporciona uma moldura cinematográfica.
Glamour das montanhas ⬏ Um dos mais belos destinos do mundo, os Alpes Suíços podem ser visitados tanto no inverno como no verão. A arquitetura, o charme dos telhados brancos e a culinária fantástica tornam o lugar único e mágico. É o paradeiro ideal para quem busca luxo, sofisticação e também grandes aventuras. A natureza criou um cenário perfeito para a prática de trekking, snowboard e esqui.
sua vida, sua história ⁄ POR AÍ
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Savana brasileira ⬏ Localizado no estado do Tocantins, o Jalapão é o destino predileto dos apaixonados por ecoturismo e aventura. A região, com clima de savana, é repleta de chapadões e dunas alaranjadas que enriquecem a paisagem do cerrado e proporcionam diversão para quem busca a prática de esportes como o rafting, canoagem, rapel e trilhas, a serem feitas a pé ou de bicicleta. O cenário árido é cortado por rios, riachos e ribeirões de águas cristalinas.
Uma volta no tempo ↘ Cuba é um país de contrastes. A capital Havana é conhecida por seus imensos casarões de arquitetura neoclássica e pelos carros de época. Os passeios pelas vielas, a pé ou de bicitáxi, representam uma viagem aos anos 50 e uma aula de história. A duas horas da capital há um paraíso de praias turquesas. Varadero é o balneário mais famoso do país, não só pela beleza natural, mas pelo fácil acesso e estrutura de hotéis. É um destino relaxante com uma longa faixa de resorts all-inclusive.
sua vida, sua história ⁄ ESTILO
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Roupas que contam histórias Os brechós de luxo são alternativas para consumir bons produtos com valores mais acessíveis, além de investir em roupas atemporais e de qualidade Jennifer Evaristo • Newton Santos DESDE UMA PEÇA histórica como uma boina dos anos 20 até uma saia da Chanel podem ser encontradas em brechós, local que faz encontro da moda com a sustentabilidade. Hoje existe uma variedade grande de brechós e cada um tem a sua história. Esse tipo de negócio ganhou espaço dentro do mercado. De acordo com o Sebrae, até 2015 havia cerca de 13,2 mil negócios no Brasil. O público consiste principalmente em mulheres e homens adultos, empresários, artistas e influenciadores que buscam peças de qualidade e diferentes das que se encontram no mercado da moda. A Casa Juisi é referência no segmento. O local começou como um brechó e hoje é um acervo de moda. Quem cofundou foi Simone Pokropp e ela comenta que os brechós são importantes tanto para pesquisa e criação, quanto para o reúso. “Como apareceram outros resolvemos parar, entender o mercado e surgiu outra ideia. No ano passado mudamos a Casa Juisi para a opção de aluguel. Temos uma variedade de 40 mil itens”, explica. Para a personal stylist Drielly Martins os brechós são uma espécie de biblioteca de roupas onde é possível encontrar vestimentas de todas as épocas, porque a moda se reinventa. “Nos brechós encontramos peças raras e que nos deixam em um estilo único. É incrível usar algo no qual a chance de encontrar outra pessoa usando seja quase nula.” Estabelecimentos como a Grifes Stock e a Degriffée filtram as peças com fornecedores – mulheres de classe alta, que renovam o guarda-roupa constantemente. A aposentada Sonia Scheye é cliente da Grifes Stock há mais de dez anos e compra em lojas comuns apenas quando precisa de algo específico. “O legal de brechó é que você não vai predeterminada, às vezes vou lá comprar uma roupa e saio com uma pulseira.” A dica é procurar por peças que complementem o que você já possui, cores e formas que te favoreçam e investir em peças atemporais para poder usá-las por anos. “Não tenha medo de investir em uma peça que precise de ajuste e leve dinheiro em espécie para conseguir desconto”, aconselha a personal stylist.
Casa Juisi ← A Casa Juisi começou como um brechó em 2003 e hoje é um dos maiores acervos de moda do país. É referência para estilistas, estudantes, pesquisadores e figurinistas. Atualmente, não vendem peças, apenas alugam. Na foto: Nico, Gley, Junior e Simone Pokropp. CASA JUISI: Rua Roberto
Símonsen, 108 – Sé, São Paulo, SP. Aberto de segunda a sextafeira, das 10h às 19h.
Acervo P1 ↙ Malena Russo (na foto à esquerda) é proprietária do Bastidores da Moda, uma produtora de moda que faz assessoria de imagem para celebridades. Com a produção dos looks dos artistas, houve um acúmulo de peças e pessoas interessadas em comprar, foi a partir daí que surgiu o brechó Acervo P1. ACERVO P1: Rua Bartira, 1.042 – Perdizes, São Paulo, SP. Aberto de segunda a sexta-feira das 10h às 19 horas e sábado com hora marcada.
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Tempero com afeto e melodia Cafeteria em São Paulo vende LPs e atrai público de 20 a 80 anos Maria Clara Lucci • Newton Santos HÁ QUEM DIGA que os produtos mudam. No caso do vinil, as regras são outras. Pelo 12º ano consecutivo, a venda de LPs cresceu nos Estados Unidos, ultrapassando a marca de 14 milhões de cópias vendidas em 2017. No Brasil, os números ainda crescem lentamente, contudo os colecionadores garantem que a paixão nunca esfriou. Thalita Barros, de 38 anos, decidiu unir seu amor pelo vinil com o trabalho de chef e, em 2014, abriu o Conceição Discos no centro da capital
paulista. Depois de anos em restaurantes com cardápios assinados por ela, resolveu abrir o próprio negócio e sua coleção a ajudou. A ideia foi usar seu acervo como capital e diversão para os visitantes. “Uma cozinheira que vende discos de vinil, um pouco por necessidade e muito por amor”, disse. Hoje tem cerca de 650 títulos dedicados à loja. Começou a colecionar discos ainda criança e, desde essa época, nunca parou de comprá-los. Apesar de vendê-los na loja, mantém sua postura de colecionadora e sempre visita feirões em busca de novos álbuns para trocá-los com os fregueses. Em alguns casos, a moeda é o próprio elepê. “Como os meus clientes são colecionadores de vinil, às vezes eles trocam, deixam lotes, pagam um pouco em discos, e eu pago em chope. Sempre estou aberta a essas negociações”, comenta. A experiência mais memorável de troca ocorreu com o álbum “Harvest Moon” de Neil Young, que ela já comprou quatro vezes. Segundo Thalita, isso ajuda na amizade com os clientes. “A pessoa volta e pergunta se lembro daquele disco comprado e responde que ele está bem!”, conta.
Não é velho, é vintage Não é de hoje que alguns produtos voltaram à moda. Novelas de época, seriados e filmes acertam na missão de eternizar alguns objetos e você não precisa procurar como um colecionador para tê-los em casa. Brinquedos antigos A Galeria de Brinquedos tem 15 lojas especializadas em produtos das últimas seis décadas, alguns deles em suas embalagens originais. GALERIA DOS BRINQUEDOS: Rua Barão
de Itapetininga, 213 – Centro, São Paulo, SP
Móveis e louça Para os fãs de mobília antiga, o San Martin Antiguidades oferece cristaleiras dos anos 20, louças de prata e as famosas taças “bico de jaca” SAN MARTIN ANTIGUIDADES: Rua Marília de Dirceu, 14 – Lourdes, Belo Horizonte, MG
VHS Os cinéfilos podem reviver as últimas décadas buscando vídeos K7 nas locadoras e ir além do catálogo do streaming. VHS CLUBE VÍDEO: Rua da Matriz, 62 – Botafogo, Rio de Janeiro, RJ
sua vida, sua história ⁄ FINANÇAS
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Hora de investir Brasileiros aplicam mais em 2018 com a ajuda da internet Maria Clara Lucci • Shutterstock EM RELAÇÃO A 2017, o aumento no número de investidores na B3, antiga Bolsa de Valores, e na busca por corretoras indicam que o brasileiro está investindo mais. Apesar do crescimento, uma pesquisa da Confederação de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do SPC Brasil aponta que sete em cada dez brasileiros mantêm o dinheiro na poupança. Encorajar as pessoas a se arriscarem em investimentos mais rentáveis Serviços da Easynvest e estar mais próximo delas pela internet são os objetivos das corretoras e plataformas de educação financeira nacionais. • Tesouro direto (modo mais conservador), renda fixa privada, CDB (Certificado do O Yubb é uma ferramenta gratuita que promete combinar a modalidaBanco), CRI (Certificado de Recebíveis de com o estilo do cliente, além de ensinar o poupador a investir com seguImobiliários), CRA (Certificado de rança. A plataforma trabalha com o desejo de aprender como razão do suRecebíveis do Agronegócio), fundo cesso financeiro. Já a corretora Easynvest aposta na facilidade dos serviços de investimentos (conservador, em ações), COE (Certificado de Operações de corretora via aplicativo. “É uma forma de deixar o investimento muito Estruturadas) e renda variável mais próximo do dia a dia das pessoas, de modo que elas não achem uma tarefa trabalhosa”, diz Anderson Paiva, gerente de marketing da Easynvest. Maiara Xavier, do canal Rica Simplicidade, avalia a orientação profissional como uma alternativa, porém destaca a necessidade de não ficar Serviços da Yubb dependente de terceiros. “É importante estudar e entender minima• Compara as melhores opções mente os produtos financeiros disponíveis. É bom saber se eles atendem de investimento de acordo as exigências dos objetivos pessoais em relação a prazo, rentabilidade e com o estilo do cliente liquidez”, afirma a especialista. • Ferramenta gratuita Atualmente, o Brasil tem mais de 762 mil investidores na B3, sendo 740 • Blog e tutoriais com dicas de como investir de forma didática mil pessoas físicas e 21 mil jurídicas, dentre elas, fundos de investimentos e corretoras financeiras.
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Para saber antes de começar VANTAGENS
DESVANTAGENS
Tesouro direto
Opção de renda fixa e rentabilidade associada à inflação do momento, além de vários tipos de títulos com longa validade
Vender os títulos a qualquer hora pode comprometer a rentabilidade e o título desvaloriza na venda
Poupança
Opção de renda fixa, isenção do IOF e, em caso de falência da instituição, as contas de até 60 mil são 100% restituídas
Retorno lento e abaixo da inflação
Contratos Futuros
Opção de renda variável, com retorno mais rápido, assim como nas ações e negociação livre no mercado futuro
Rendimento imprevisível e possibilidade de quebra de contrato, uma vez que não são contratos fechados e pagos previamente
Ações
Opção de renda variável; traz ganhos de crescimento exponencial, o investidor ganha com os lucros da empresa e com a valorização das ações
Incertezas na política e em planos econômicos trazem instabilidade para os lucros
Previdência privada
No caso de falecimento do titular, o valor é disponibilizado rapidamente para os beneficiários e não há cobrança semestral do IR
Não é boa alternativa para quem pretende sacar o dinheiro em pouco tempo
sua vida, sua história ⁄ SAÚDE
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Povos ao redor do mundo comprovam que é possível viver mais e melhor Sem poções mágicas ou aparelhos futuristas, dia após dia vemos o bom hábito como a única forma de se prolongar a vida, e a ciência concorda Ana Carolina • Shutterstock FICÇÃO E REALIDADE concordam em algumas coisas, e entre elas podemos destacar o desejo do homem de encontrar formas de prolongar sua caminhada pela terra. Seja por meio de pedras filosofais, criogenia ou da transferência de consciência para computadores, os filmes sempre nos apresentam cenários em que os personagens, na intenção de viver para sempre, não descansavam até encontrar uma solução. Bem distante da fantasia, no entanto, aqui mesmo no Brasil vimos a expectativa de vida das pessoas aumentar em 25 anos entre 1960 e 2010, de acordo com dados do IBGE. Ou seja, a média da população que antes era de 48, passou para 73,4 anos. Um aumento considerável, mas não quando comparado ao que é esperado pelo povo Hunza. Ainda vemos que as doenças crônicas não transmissíveis, relacionadas basicamente a maus hábitos, tanto de alimentação quanto de rotina e estilo de vida, hoje são as que mais matam. Tais doenças causam mortes precoces e evitáveis. Para a nutricionista Marise Berg a saúde é um investimento a longo prazo e, quando perguntada se existia um caminho a se seguir a fim de não fazer parte destes números preocupantes apresentados, principalmente no Ocidente, ela tem argumentos: “Para manter a saúde é necessário alimentação, sono adequado, a prática de atividade física, o contato com a natureza e tomar sol de forma saudável. Atender as demandas fisiológicas de evacuação, fome e sono. Respirar (de preferência um ar mais limpo) conscientemente para ter uma melhor oxigenação do cérebro e permitir que o sistema nervoso parassimpático trabalhe de forma mais ativa, o que contribui para que fiquemos mais relaxados do que tensos na maior parte do tempo.” Dados do IBGE mostram que o brasileiro excede em cerca de 50% o consumo de açúcar recomendado pela OMS (Organização Mundial de Saúde), o que coloca o país em quarto lugar no ranking dos que mais fazem uso do alimento, de acordo com o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor. “Alimentos feitos com farinha de trigo branca refinada, muito pobre e destituída de fibras, proteínas e vitaminas do complexo B, que normalmente o trigo teria, devem ser retirados da dieta”, explicou a nutricionista.
O que podemos aprender com os Hunza? Um dos segredos dos Hunza está diretamente atrelado à forma como se alimentam. A base de cereais integrais, verduras cruas, castanhas e frutas como o damasco, a dieta de sua população mantém-se distante de transgênicos, agrotóxicos, adubos químicos e da farinha branca. A alimentação, além de rica em nutrientes, é completa no que diz respeito ao que o corpo precisa para manter os órgãos funcionando sempre em dia. As pessoas que seguem as tradições Hunza fazem duas refeições ao dia, sendo a primeira por volta das 12 horas. O consumo de carne é reduzido, aparecendo à mesa apenas em ocasiões especiais.
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primeira refeição ao meio-dia
carnes
cereais integrais
Tajiquistão China
VALE DO HUNZA
Paquistão
Índia
O Vale do Hunza fica nas montanhas do Himalaia, nas fronteiras entre Índia e Paquistão. Uma parte do seu povo acabou atraindo a atenção do mundo, devido à qualidade de vida exemplar que os permite, sem os frequentes problemas de saúde enfrentados no Ocidente, viver entre 100 e 120 anos. Sabe-se hoje que as nossas células são construídas, sustentadas e reparadas a partir dos alimentos que ingerimos dia após dia. Muitos estudos apontam a importância de uma dieta equilibrada, combinada a um estilo de vida saudável e boas horas de sono como a maneira de se chegar à melhor idade com saúde e energia a fim de desfrutar dos bons momentos com familiares e amigos. Mas definitivamente temos muito a aprender com aqueles que já experenciam tais recomendações há séculos.
Don’t panic, it’s organic!
O investimento em alimentos orgânicos, além de impactar diretamente na saúde, como já comprovou o povo Hunza, ajuda o meio ambiente e a sociedade em que estamos inseridos. “O alimento, de preferência de produção local, mais familiar, tem mais qualidade final e melhor estímulo a nossa comunidade a partir da distribuição de renda e beneficia o meio ambiente mais que as monoculturas de grande escala”, defende Marise. Outra dica promete reduzir níveis glicêmicos e nos manter longe dos medidores de pressão: usar as especiarias naturais como manjericão, alecrim, orégano, alho e cebola realça o sabor dos alimentos e diminui aquela necessidade de sal e açúcar.
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Universo paralelo Existe vida além da Netflix. Conheça serviços de streaming que estão ganhando espaço no Brasil Maria Clara Lucci • Divulgação
AMAZON PRIME VIDEO
GLOBO PLAY
HBO GO
A plataforma tem se destacado bastante por suas produções originais, que agradam a todos os gostos. Ela possui o sistema chamado X-Ray que permite ao telespectador ver detalhes dos bastidores enquanto assiste à série ou ao filme. Dá para conferir, por exemplo, o nome dos atores, músicas que estão tocando e nota no IMDb (base de dados on-line que avalia os filmes e séries em pontos e comentários), mas nem todos os títulos oferecem este recurso.
Depois de seus atores começarem a protagonizar séries brasileiras da Netflix, a Globo decidiu investir em sua plataforma on-line. Em vez de se tornar um “Vale a pena ver mais tarde”, o Globo Play se tornou uma espécie de canal da rede. A plataforma já produz séries exclusivas como Assédio, a história real das pacientes de Roger Abdelmassih. Além do conteúdo por assinatura, a Globo Play também permite ver trechos de sua programação gratuitamente, como cenas de novelas e reportagens de seus jornais.
Como a própria plataforma diz “HBO Go é a HBO na internet”. Ao contrário da Netflix, que produz apenas para o streaming e da Globo Play, que coloca séries exclusivas em sua plataforma, a HBO aposta principalmente em seu conteúdo original. Assim o canal compete diretamente com a pirataria, outros streamings e até com a TV a cabo porque não é mais necessário ter acesso a ela para assinar a HBO Go.
Principais títulos
American Gods, The Grand Tour, Maravelous Mrs. Masel e Mozart in the Jungle
Assédio, The Good Doctor, O Cravo e a Rosa e Além da Ilha
Game of Thrones, Veep, True Blood, Big Little Lies e Westworld
Custo
R$ 14,90
R$ 24,90/mês
R$ 34,90 pelo Google Play e R$ 10,99 pela App Store
Planos
Possui apenas um plano e permite múltiplas telas simultâneas
O valor corresponde apenas a uma tela. Não é possível ver filmes simultaneamente no mesmo login.
Único e multitela
Dispositivos
Celulares Android e iOS; videogames Play Station 4, Xbox One e Wii U; televisores LG, Panasonic, Samsung e outros. Além disso, a Amazon lançou o Fire Stick, seu próprio streaming media player por R$ 289,00 e concorre diretamente com o Chromecast.
A plataforma está disponível para Android, iOS e em algumas smart TV do mercado.
Android, iOS, computadores e Xbox 360
Requisitos
Banda larga
Banda larga
Banda larga
CRACKLE
LOOKE
OLDFLIX
Assim como a HBO, o canal Sony também tem sua plataforma de streaming oficial, o Crackle. Ele costumava ser gratuito, porém, com a quantidade de acessos mensais e a necessidade de melhorar o catálogo, ele passou a ser pago. Este ano a plataforma foi escolhida como “casa” da 11ª temporada de Doctor Who no Brasil.
Com quase 12 mil títulos, o site brasileiro pode ser o maior rival da Netflix aqui. Tem interface semelhante à da plataforma americana e também oferece um perfil voltado para crianças. Aos fãs de cinema e televisão nacional, o Looke traz séries globais e produções independentes como documentários e musicais. Uma curiosidade foi a opção de baixar títulos para assistir depois, ainda antes da Netflix habilitar a função.
É um produto brasileiro para quem gosta de filmes de bang bang, explosões e séries clássicas. Inspirado na Netflix tanto na interface quanto no nome, apresenta um catálogo de filmes das décadas de 40 a 90. Perfeito para quem deseja assistir aos filmes do Elvis em alta definição.
Doctor Who, Preacher e Absentia
O menino e o mundo, Verdades Secretas, Os Normais e Toma lá da cá
Profissão Perigo, Magnum, Além da Imaginação e A Feiticeira
Plano mensal R$ 16,90; plano pré-pago de seis meses R$ 14,90 (mensal) e o pré-pago de durante um ano, R$ 11,90 (mensal).
Video Club, R$ 25,90 no plano de cinco telas e um aluguel; Aluguel digital, a partir de R$ 1,89 por filme e Compra digital, a partir de R$ 14,90 por filme. Os primeiros sete dias são gratuitos.
R$ 12,90 mensal
Planos mensais, pré-pagos (por mês, por seis meses e por 12 meses). Só pode ser acessado em até duas telas por conta, no computador ou aplicativo.
O serviço atende até cinco telas e funciona em três modalidades: Video Club, Aluguel Digital e Compra
Plano único de duas telas multimídia
Android e iOS
Android, iOS e computadores e televisão.
Android, iOS, computadores e televisão no Chromecast.
Banda larga
Banda larga
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O impacto da paternidade na vida de um homem Marcos Piangers é autor do best seller O Papai é Pop, com mais de 200 mil cópias vendidas, lançado em Portugal, Espanha, Inglaterra e EUA. É especialista em novas tecnologias, criatividade, inovação e uma das maiores referências sobre paternidade do país. Já deu aulas e palestras para os maiores eventos e empresas nacionais, além de ser três vezes palestrante do TED, a maior conferência de ideias do mundo. Seus vídeos já ultrapassaram a marca de 300 milhões de views no Facebook. Arquivo pessoal MINHA PRIMEIRA FILHA não foi planejada, e demorei um tempo até entender por que minha mulher – minha namorada, na época – ficou tão nervosa quando as duas listrinhas apareceram no teste. Eu sempre quis ser pai, uma espécie de substituição inconsciente daquilo que não tive quando era criança, e não fiquei nervoso com a notícia. Afinal, não era meu corpo que iria mudar. Não era minha profissão que iria mudar. Pra ser sincero, mal seria a minha vida que iria mudar – eu teria ainda nove meses de cerveja, amigos e futebol, não é mesmo? Talvez mais, se a Ana tirasse tudo de letra. Fui me dar conta do que é ser pai no dia do parto. As pessoas têm aquela visão romântica, dizem que é o dia mais maravilhoso da sua vida. Quando o obstetra, amigo da família, disse naquela manhã de domingo “Vamos fazer a cesárea?”, fiquei chocado. “Espere aí! Não estou preparado!” Mas a minha mulher estava, depois de nove meses de espera, dor, desequilíbrios hormonais e um chulé inexplicável. Não achei romântico nem mágico, achei brutal e sangrento. E, de noite, depois que todas as visitas inconvenientes foram embora, minha mulher estava exausta e minha filha chorava. Chamei uma enfermeira, perguntei se ela poderia fazer algo para a criança dormir. Ela riu, me olhou nos olhos e disse: “Agora é com você”. E ali virei pai. Para o homem, a descoberta da paternidade vem aos poucos. A gente passa anos pra se acostumar com a ideia. Não fomos treinados, não brincamos de casinha, não ganhamos bonecas. Alguns homens acham que tudo isso é coisa de mulher, mas acho que não. A gente deveria ter treinamento desde pequeno pra entender a importância de dividir as funções. Talvez os homens crescessem mais sensíveis, gentis, mais cuidadosos com o sentimento dos outros. Eu brincava de boneca com minha filha menor esses dias. Demos papinha, colocamos uma roupinha quente, passeamos com a boneca de carrinho pela sala. Uma hora ela me olhou e disse: “Um dia eu e você vamos casar, né, pai?”. Respondi: “Papai já casou com a mamãe. A sua missão é casar com alguém que seja mais legal ainda que o papai”. Esse alguém está por aí, em algum lugar. Jogando bola, andando de bicicleta. Talvez, brincando de boneca.
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o que há de novo ⁄ TECNOLOGIA
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Apertem os cintos pois o voo com destino ao futuro foi autorizado a decolar A viagem pode incluir fortes turbulências se os passageiros e os tripulantes não estiverem prontos para mudanças Ana Carolina • Shutterstock
“OS ROBÔS QUE tomam seus empregos devem pagar impostos.” Se você acha que esta é uma fala de algum personagem de filme futurista ou ficção científica, engana-se. Por mais que muitos de nós ainda não tenha a real visão dos efeitos da automatização da mão de obra, essa é uma constatação urgente e feita por ninguém menos que Bill Gates, fundador da mais conhecida e valiosa empresa de softwares do mundo. Segundo o empresário, quanto maior a produtividade das empresas, maior também deve ser o total destinado ao pagamento de taxas para o governo. Que, por sua vez, deverá ser capaz de reverter em investimentos nos diversos setores. Enquanto fala com surpresa e ânimo a respeito de uma das máquinas do Vale do Silício, capaz de fazer um hambúrguer sem a intervenção de mãos humanas, Bill Gates ressalta a importância de se olhar para o cenário sem medo, porém com inteligência.
Marketing Revolução digital
Humanos em alta Inteligência artificial
Software
Tratamento de dados
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“O que o mundo quer é aproveitar a oportunidade de produzir todos os bens e serviços que temos hoje e liberar trabalho, deixar que façamos algo melhor no sentido de alcançar a terceira idade, ter salas de aula menores, ajudar crianças com necessidades especiais. Todas essas são frentes em que a empatia humana e capacidade de compreensão ainda são muito únicas”, explicou Gates, ao falar de como a mão de obra humana pode ser muito melhor aproveitada do que é atualmente.
Alarmante, pero no mucho
O futuro chegou e o cenário inclui a substituição de pessoas por máquinas. O Fórum Econômico Mundial divulgou em 2017 a alarmante previsão de que em sete anos, mais da metade dos postos de trabalho serão desempenhados por robôs. Ou seja, 52% das tarefas profissionais não dependerão mais de nós. E, caso você esteja se perguntando, o número atualmente já é de 29%. Então, será mesmo tão alarmante o prognóstico? Os números mostram que não. Embora muitas profissões possam ser substituídas por máquinas, o setor abrirá, de acordo com o mesmo estudo, em menos de dez anos, cerca de 133 milhões de novas vagas. O que mudará, portanto, será como os profissionais irão ocupá-las. Para o líder técnico da XP Investimentos, Rafael Campana, as expectativas são positivas. “Esse é um movimento natural, esperado e que, a longo prazo, pode trazer benefícios para todos. Com o trabalho mais eficiente a produtividade também cresce e, consequentemente, a oferta de produtos e serviços que não chegava a grande parte da população”, explicou. Assim como a globalização exigiu de todos uma nova forma de encarar o mercado de trabalho e tornou necessários os diplomas, as experiências e o conhecimento de idiomas como o espanhol, inglês e mandarim, por exemplo, a revolução digital exige também que estejamos prontos para uma linguagem alternativa. Serão tempos de novas oportunidades e quem se especializar terá chances reais de recolocação no mercado de trabalho. “É importante que sejam criadas políticas voltadas à educação e especialização dessa população, para que as pessoas possam ter oportunidades e, em um futuro próximo, minimizarmos o impacto social dessa revolução”, comentou Campana.
Secretariado Fábricas
Serviços postais
Máquinas em alta
Escritórios de contabilidade
Centrais de atendimento ao consumidor
o que há de novo ⁄ TENDÊNCIA
a l o c
Mundo
ra bo
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Conheça as novas tendências de mobilidade urbana que visam o compartilhamento e a sustentabilidade Bianca Oliveira • Divulgação NO MUNDO HÁ aproximadamente 7 bilhões de pessoas, e boa parte delas possuem ao menos um veículo. De acordo com o Denatran, só no Brasil são quase 36 milhões de carros, sem contar os caminhões, ônibus e veículos comerciais. Segundo o Detran, no Estado de São Paulo são cerca de 18 milhões, sendo 6 milhões apenas na capital. Aplicativos que facilitam a vida no trânsito existem aos milhares, que vão de GPS a conexão entre passageiros e condutores. O mais conhecido é o Uber, lançado no Brasil em 2016 e em pouco menos de dois anos conseguiu alterar o hábito das pessoas em relação ao transporte. Rápido, prático e barato, o aplicativo abriu as portas para que novas Urbano Car Sharing soluções chegassem ao país. A plataforma atua com carros Hoje existem dielétricos e de alto padrão versos apps que vão de na cidade de São Paulo. O valor aluguel de bicicletas a é de R$ 1,20 por minuto e há uma compartilhamento de taxa de R$ 21,00 no momento do cadastro que é convertida em minutos. helicópteros (VoomFlights) e jatinhos (Airshuttle).
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Cidadão sustentável
Esse mundo corrido está exigindo algumas mudanças de valores e de comportamento. A verdade é que já estamos vivendo em uma realidade menos centralizada e mais distribuída. “A Yellow quer revolucionar a mobilidade nas cidades, especialmente para as curtas distâncias. E isso acontece principalmente pela integração deste modal aos demais, com as pessoas entendendo que, para cada tipo de trajeto, existe um transporte que pode ser mais vantajoso, seja falando em praticidade, seja falando em economia”, afirma Luiz Felipe. Vinícius, executivo de contas na empresa Nube, utiliza a amarelinha no trajeto da estação de trem até a universidade. “Me livrei do curto trajeto um quanto cansativo. Eu acreditei de coração na ideia dos caras, e percebi que só assim, arriscando, e inovando, nós poderemos transformar alguns paradigmas da cidade de SP”, contou.
A inspiração veio do oriente
Eduardo Musa, Renato Freitas e Ariel Lambrecht, empreendedores apaixonados por mobilidade urbana, encontraram do outro lado do mundo a inspiração para criar a Yellow Bike. Na China já existe o serviço de bike sharing dockless e estima-se que o número de bicicletas compartilhadas chegue a 7 milhões. A Yellow iniciou suas operações na cidade de São Paulo no começo de agosto. Segundo Luiz Felipe Marques, diretor de comunicação e marketing da empresa, só no primeiro mês foram realizadas mais de 150 mil corridas, resultado superior ao de outras cidades do mundo. Em agosto também foram disponibilizados patinetes elétricos para corridas de curtas distâncias como projeto piloto. Mas a Yellow acredita que São Paulo tem capacidade para receber até 25 mil patinetes.
Waze Car Sharing Possibilita você pegar carona com usuários do aplicativo que estão indo para a mesma região. É possível escolher a carona baseado no perfil do motorista, avaliações e filtros personalizados. O valor médio da viagem é de R$ 4,00 por 5 quilômetros rodados.
Blabla Car A plataforma permite viajar de carona. Você pode enviar mensagens ao condutor e agendar suas viagens. Também possui o recurso “Só para elas” para que os membros organizem viagens só de mulheres para aumentar a sensação de segurança das usuárias. O custo-benefício varia de acordo com o trajeto. Uma viagem de São Paulo para o Rio de Janeiro sai em média R$ 65,00.
Yellow Bike ⬏ Plataforma de aluguel de bicicletas. Com o app você encontra uma bike próxima disponível, abre o cadeado e inicia a sua corrida. Quando chegar ao destino, basta estacionar e trancá-la. O valor é de R$ 1,00 a cada 15 minutos.
23 o oque quehá háde denovo novo⁄ ⁄TECNOLOGIA TENDÊNCIA
"A Yellow quer revolucionar a mobilidade nas cidades, especialmente para as curtas distâncias" Luiz Felipe Marques, diretor de comunicação e marketing ↙
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Heróis invisíveis
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Aplicativo Cataki faz inclusão social de catadores que muitas vezes são confundidos com moradores de rua e usuários de drogas Jennifer Evaristo • Newton Santos (retrato Gabriel) e Fábio Mendes (retrato Fabiana)
GABRIEL FELIPE ORTEGA trabalha desde os dez anos. Sua jornada começou como camelô e pegando latinhas na rua. “Parei quando a Polícia Militar levou a minha barraca. Com o dinheiro das latinhas comprei minha carroça para seguir como catador”, conta. Hoje com 33 anos, Gabriel atua na região de Pinheiros, em São Paulo, segue coletando em casas e condomínios e criou um espaço de reciclagem dentro de sua casa. Parte de sua clientela surgiu pelo projeto Cataki, um aplicativo que faz ponte entre catadores de recicláveis com pessoas e empresas que querem descartar materiais. A ideia foi criada pelo grafiteiro Thiago Leite, mais conhecido como Mundano. O Cataki é um projeto da ONG Pimp my Carroça, que luta pela visibilidade dos catadores promovendo a autoestima por meio de ações. Hoje, a maior porcentagem da reciclagem no país é feita por catadores. “Acreditamos que no futuro haverá remuneração aos catadores, porque eles prestam um serviço de limpeza pública, coleta seletiva e logística reversa”, diz Mundano. O grafiteiro explica que esses profissionais ajudam na economia de água, energia e recursos naturais. “Fizemos a análise de um catador que trabalha há 30 anos e ele já preservou mais de 102 mil árvores. Esse benefício é para todo o planeta, por isso falo que eles são os heróis invisíveis.” Segundo Mundano, o aplicativo aumentou a autoestima dos trabalhadores e a renda, chegando a 60%. Essa mudança também aconteceu na vida de Fabiana da Silva, que devido ao desemprego, decidiu ser catadora. Ela conheceu o Cataki quando um amigo a levou para um evento do Pimp my Carroça na região da Luz, em São Paulo. No dia, ela e outros catadores, levaram suas carroças para serem decoradas por grafiteiros. A reciclagem representa tudo para Fabiana. “Tem uma cliente que me achou pelo Cataki e marca comigo a cada 15 dias para eu buscar no prédio dela. Ela me paga um dinheirinho, às vezes são 20, 15 reais, fora a reciclagem.” O Cataki ganhou o Grande Prêmio de Inovação do Observatório Internacional Netexplo, em parceria com a Unesco, em Paris. O app está presente em 190 municípios e tem 900 cadastrados.
↙ Gabriel conheceu a ONG Pimp my Carroça quando Mundano visitou um ferro velho. No aniversário de cinco anos do projeto ele se cadastrou no Cataki, local onde o app foi lançado
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Entrevista: conheça mais sobre Mundano, o idealizador do projeto Por que Mundano? O nome vem de mundo e está relacionado aos prazeres materiais, uma crítica ao modo “mundano” em que vivemos e a esse sistema que deixa de lado outros valores tão importantes. Como foi a exposição Mini my Carroça? Juntamos resíduos da reforma do escritório onde trabalhamos e criamos miniaturas de carroças que foram entregues para 250 grafiteiros e ilustradores. O resultado foi a criação de obras incríveis que refletiram a situação dos catadores. A renda arrecadada com a venda foi aplicada no desenvolvimento do app. Algumas obras ainda podem ser compradas no site. Alguma mensagem para o leitor? Convido todos a baixarem o app, acredito que cada um pode fazer a sua parte. Sigam-nos nas redes sociais e se encontrarem algum catador façam o cadastro dele no aplicativo.
Saiba mais sobre os projetos Instagram: @pimpmycarroca Facebook: /pimpmycarroca pimpmycarroca.com cataki.org
Você conhece o Gocil Reforme? ⬎ A Gocil apoia e se preocupa com valores sustentáveis e, com isso, investe no projeto Gocil Reforme, que faz a reciclagem de uniformes por meio de parcerias com ONGs e cooperativas. Elas transformam o material em outros produtos. A iniciativa gera empregabilidade e renda local para mulheres e homens de áreas carentes. Os produtos produzidos são vendidos pelas entidades para diversos clientes, incluindo a Gocil.
↙ Fabiana, por meio do aplicativo, atua como catadora de recicláveis por toda a região de São Paulo e trabalha de segunda a sábado, para poder passar um tempo com a família
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Wilson
Ferreira Júnior, Eletrobras:
um exemplo de gestão e liderança no setor público Como CEO desde 2016, ele aponta os desafios de gestão estatal e a importância da unificação com o setor privado Patricia B. Teixeira e Rodrigo Coutinho • Divulgação
AOS 59 ANOS, Wilson Ferreira Júnior é formado em Engenharia Elétrica e Administração de Empresas pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, mestre em Planejamento Elétrico pela USP e tem uma história de 30 anos como executivo do setor elétrico. Antes de se tornar CEO
de umas das maiores estatais do Brasil, atuou como presidente de distribuidoras como a Rio Grande Energia e a CPFL Energia. Em entrevista exclusiva à Segurança & Negócios, Wilson fala sobre sua carreira e conta detalhes acerca da atuação como presidente da Eletrobras.
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Como e quando você começou a carreira no setor de energia elétrica? Profissionalmente, comecei minha carreira na Companhia Energética de São Paulo, onde passei por diversas posições, desde estagiário até me tornar diretor de Distribuição, entre 1995 e 1998, período em que pude contribuir para a privatização da companhia. Após essa experiência, fui convidado a ser presidente da Rio Grande Energia (RGE), entre 1998 e 2000, e presidente da CPFL Paulista, entre 2000 e 2002. Depois, assumi a presidência da CPFL Energia, o que me deu a oportunidade de participar da construção da maior empresa privada de distribuição de energia do Brasil e uma das maiores no segmento de energia renovável. Paralelamente, fui presidente do Conselho de Administração da Bandeirantes Energia (2000 a 2001), da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee), entre 2009 e 2010, e da Associação Brasileira de Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib) de 2014 a 2016. Quando já havia decidido sair da CPFL e anunciei ao mercado minha decisão, fui convidado pelo presidente Temer a assumir o maior desafio de todos: a presidência da Eletrobras. O senhor iniciou no setor público, teve uma passagem e experiência bem-sucedida no setor privado e voltou novamente para o público. Na sua visão, quais são as principais diferenças entre a gestão pública e a privada? Quais as lições aprendidas? Eu diria que, hoje, as diferenças entre setor público e privado são grandes. Embora haja material humano de grande qualidade nas duas áreas, e ambas sejam necessárias para a sociedade, é inegável que no setor privado a agilidade é muito maior. Nele, você delibera, decide nos órgãos de governança da companhia e então age. No setor público, ainda que estejamos falando de uma companhia de economia mista como a Eletrobras, aumenta o número de variáveis, como leis específicas, formas mais lentas de contratação de serviços etc. O gestor público precisa de mais paciência e resiliência que o gestor do setor privado. Qual a melhor forma de utilizar ferramentas empresariais no âmbito da esfera pública? A Eletrobras não pertence em sentido restrito (stricto sensu) à esfera pública, pois, classifica-se como de economia mista, com ações nas bolsas brasileira, de Madrid e Nova York, precisando atender a vários requisitos da iniciativa privada. Por isso, muitas ferramentas empresariais privadas são naturalmente aderentes a uma empresa como a Eletrobras. Entretanto, posso dizer que comecei num período de transição, em que essas ferramentas foram mais exigidas e não estavam todas operacionalizadas. Pude liderar essas adequações e hoje vemos o mercado reconhecer nosso esforço, como a certificação que obtivemos em março de 2018 no Programa Destaque em Governança de Estatais da B3. Além disso, a Eletrobras obte-
"Você consegue resultado com gente. O segredo é integrar as pessoas, conseguir o comprometimento delas. Você precisa ser capaz de dar às pessoas um senso de propósito, para que elas se sintam parte de um time, efetivamente."
No mundo corporativo, a possibilidade de pensar em planos de longo prazo, imaginando tendências e soluções para os negócios, é maior. No setor público, os governantes não conseguem fazer isso, muitas vezes por conta das travas que as eleições, por exemplo, parecem impor nessas agendas, dando a ideia de que as ações e decisões são mais datadas em um biênio. Como é possível ajustar esse tipo de desafio? Na realidade, no caso da Eletrobras, devemos levar em conta apenas as eleições presidenciais, então falamos em quadriênios e não em biênios. Além disso, se os planos forem bem implementados e os governos forem reeleitos podemos ter até oito anos da “mesma agenda”, o que é um tempo bastante razoável para se colocar as coisas em prática. Adicionalmente, empresas de economia mista têm um ponto forte, que é o fato de serem obrigadas a fazer planejamento plurianual, o que favorece o pensamento a longo prazo. Na Eletrobras, nosso Plano Diretor de Negócios e Gestão é atualizado anualmente e nos dá um direcionamento claro para cinco anos de atuação. Atualmente, estamos no PDNG 18-22, que chamamos de “Desafio 22: Excelência Sustentável”. Se pensarmos no setor elétrico como um todo, temos a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) que talvez seja, a empresa mais bem qualificada em termos de planejamento na área de infraestrutura no Brasil. Os leilões estão acontecendo todo ano e as coisas funcionam muito bem. Então, temos planejamento de longo prazo no setor elétrico, o que é ótimo. E a Lei das Estatais reforça a necessidade de que tenhamos planos plurianuais e governança mais reforçada, o que também só nos traz benefícios. Como fazer uma liderança assertiva em meio ao cenário político-econômico atual? É preciso dedicação, disciplina e seriedade para ser uma liderança assertiva nestes tempos. E é preciso saber tirar o melhor das pessoas. Você consegue resultado com gente. O segredo é integrar as pessoas, conseguir o comprometimento delas. Você precisa ser capaz de dar às pessoas um senso de propósito, para que elas se sintam parte de um time, efetivamente. As pessoas percebem quando fazem parte de um time ou quando apenas se diz que elas são um time. Com um time de verdade elas crescem juntas, se sentem felizes e realizadas por poderem contribuir.
Dicas de liderança, por Wilson Ferreira Júnior • Ter capacidade de dialogar, coragem para decidir e assumir não só o bônus, mas o ônus das decisões; • Investir pessoalmente na cultura da excelência em gestão. Isso é um diferencial no mercado; • Apresentar e compartilhar desafios com a sua equipe, facilitando o engajamento e colocando mais claramente seus propósitos para mobilizá-la a executar seus planos e obter resultados.
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ve, em maio, a nota máxima no 2º Ciclo da Certificação do Indicador de Governança, preservando o IG-SEST Nível 1 (nível de excelência), obtido em novembro de 2017.
As privatizações voltaram a entrar na pauta do país com a discussão em torno das empresas públicas e privadas. Uma é melhor do que a outra ou o que determina a eficiência é a forma de gestão? Sem dúvida, a forma de gestão garante sim a eficiência. Uma prova disso são os resultados que obtivemos na Eletrobras. Entretanto, é inegável que a empresa privada permite mais agilidade, perenidade e ganhos aos acionistas. No limite, a privada é melhor para a sociedade, inclusive. Pegue, por exemplo, o setor de distribuição. As empresas públicas não têm a agilidade necessária para atender aos níveis de qualidade na velocidade requerida pelo regulador. Não há também a agilidade para cortar custos, como na iniciativa privada. A nossa melhor decisão foi privatizar nossas distribuidoras, permitindo que o setor privado gerencie a distribuição, pois pode prestar um melhor serviço à população. Em outros setores, isso também é verdade. A iniciativa privada pode investir no país e prestar bons serviços. Precisa de regras claras, uma regulação eficaz e segurança jurídica.
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Qual o desafio de estar à frente da maior empresa de geração de energia elétrica pública do Brasil? Foram diversos desafios, todos grandes, compatíveis com o tamanho da empresa. Quando eu assumi, em julho de 2016, a Eletrobras precisava protocolar junto à Securities and Exchange Comission os relatórios 20-F de 2014 e de 2015, sob pena de ter suas ações retiradas do índice da Bolsa de Valores de Nova York (Nyse). As ações, inclusive, já não eram mais negociadas no pregão, apenas no balcão. Após uma intensa mobilização dos nossos colaboradores e executivos, o trabalho logrou êxito em outubro de 2016. Os documentos foram arquivados tratando, em seu conteúdo, dos reflexos da Operação Lava Jato em nossos empreendimentos. Para evitar que a Eletrobras, no futuro, tenha problemas similares, foi criada a Diretoria de Conformidade com o objetivo explícito de reforçar nosso compliance, nossos canais de denúncia e a cultura da ética, da integridade e da transparência na companhia. Outro grande desafio da atual gestão foi o alto nível de endividamento da empresa. O índice de dívida líquida sobre Ebitda era de 8,8 vezes em julho de 2016. Após diversas medidas de corte de custos (redução de funções gerenciais nas empresas, Planos de Aposentadoria e Demissão Consensual, que permitiram a saída de quase 2.900 colaboradores, e a venda de participações em SPEs e empresas de distribuição, entre outros), o índice caiu para 3,4 ao fim do primeiro semestre de 2018. A meta da companhia é que seja menor que 3 no fim do ano, valor saudável para uma empresa focada em
Nas fotos, Wilson visita a Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto, em Angra dos Reis, nas Usinas Nuclerares Angra 1, com capacidade para geração de 640 megawatts elétricos, e Angra 2, de 1350 megawatts elétricos. A Eletrobras Eletronuclear responde pela geração de aproximadamente 3% da energia elétrica consumida no Brasil
Como o Brasil está em termos de investimentos no setor de energia? O que o mercado verá? Vai bem. Nas áreas de geração e transmissão os investimentos estão sendo feitos por leilões, com sucesso e grande disputa, o que mostra a capacidade do modelo de atrair capital privado nacional e internacional. Na área de distribuição, 80% já é privado, as coisas estão melhorando, e vão melhorar ainda mais em função da privatização que fizemos de cinco das nossas sete empresas. Porém, ainda temos térmicas muito caras. Quando não chove, e temos tido chuvas abaixo da média nos últimos cinco anos, ficamos com custos mais caros. Se temos alguma coisa a fazer é investir na energia nuclear. A Eletrobras planeja retomar a construção de Angra 3, que vai contribuir com energia mais barata para nossa matriz energética. Como o mercado internacional vê o Brasil em termos de negócios de energia? E a questão de investimentos? As empresas estrangeiras em atuação no Brasil demonstraram recentemente muito apetite. Vimos movimentos de expansão de empresas como Enel (italiana), State Grid e CTG (chinesas) e Engie (franco-belga). Então observo que o mercado internacional percebe o país como uma grande oportunidade de negócios. O que veremos de inovação no Brasil em termos de sustentabilidade e energia? O Brasil tem totais condições de ser referência na adoção do carro elétrico como paradigma da indústria automobilística. Neste sentido, a Eletrobras, por meio de Itaipu, com projetos de desenvolvimento de veículos elétricos, pode exercer a liderança no país. Além disso, com o Centro de Pesquisas em Energia Elétrica, o Cepel – o maior da América Latina, atuamos em várias frentes de pesquisas de energias alternativas, como a solar e a das marés por exemplo.
"Sem dúvida, a forma de gestão garante sim a eficiência. Uma prova disso são os resultados que obtivemos na Eletrobras. Entretanto, é inegável que a empresa privada permite mais agilidade, perenidade e ganhos aos acionistas."
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infraestrutura como a nossa. A adoção de uma única versão do sistema SAP-ERP para a holding e todas as controladas foi outro grande desafio. Essa padronização permite agilidade, confiabilidade nos dados e cortes de custos. O sistema único facilitou também a implantação do Centro de Serviços Compartilhados, que está em andamento e permitirá a redução de custos administrativos e de pessoal.
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A valorização dos seniores no mercado de trabalho Contratação de profissionais com mais de 50 anos torna-se tendência em empresas que buscam obter sucesso na integração com juniores Rodrigo Coutinho • Fábio Mendes
EM UMA ERA moderna e tecnológica, em que o mercado de trabalho é dominado pela contratação de profissionais da geração Z, que priorizam o trabalho informal e reconhecimento a curto prazo, a contratação de profissionais maduros se torna estratégica em algumas empresas. Segundo dados da RAIS (Relação Anual de Informações Sociais), em 2017, o percentual de profissionais de 50 a 65 anos no mercado de trabalho formal foi de 16,7%, sendo 2,5% acima em relação a 2016. No mesmo ano, a empresa de companhia aérea Gol lançou o programa Experiência na Bagagem, que consiste na contratação de profissionais seniores para diversas áreas. “O programa surgiu quando, por meio de estudos internos, constatamos que esses profissionais possuem um alto grau de comprometimento e entusiasmo, além de excelente capacidade de comunicação, flexibilidade, sensibilidade para identificar e lidar com diferentes tipos de público, valores que são priorizados pela empresa”, explica Jean Nogueira, diretor-executivo de Gente e Cultura da Gol. Atualmente, a companhia aérea possui cerca de 1.800 colaboradores com mais de 50 anos em seu quadro de funcionários. Todos são estimulados a desenvolver suas capacidades e a aprimorar a sua atuação no dia a dia para a ocupação futura de novos cargos.
“Eu já estava convencida de que a minha idade era um empecilho para conseguir trabalho. Hoje ocupo uma das 40 posições de auxiliar de aeroporto na Gol, como parte de um programa de recrutamento só para profissionais mais velhos”, comenta Ana Helena Sonoda, auxiliar de aeroporto da Gol, contratada pelo projeto Experiência na Bagagem. Uma pesquisa da FGV e da PwC aponta que, até o ano de 2040, 57% da força de trabalho no Brasil será composta por pessoas acima de 45 anos. Pensando em atender a essa demanda, o empreendedor Mórris Metrak decidiu criar a Maturijobs, uma startup de recrutamento e desenvolvimento de carreira destinada a pessoas com mais de 50 anos. “Fundei a Maturijobs em 2014, devido a uma experiência que tive com a minha avó paterna. Aos 80 anos ela era totalmente ativa e trabalhava bem, mas devido a um acidente teve que se afastar. Vi sua saúde física e mental declinar.” Motivado por esse e outros acontecimentos, Mórris criou a plataforma on-line em 2014 e hoje, possui cerca de 80 mil seniores cadastrados em sua base de dados. Mais de 700 empresas, dentre elas o Grupo Gpabr, Philips e PwC Brasil, recrutam profissionais todos os dias por meio da criação do empreendedor.
"Eu já estava convencida de que a minha idade era um empecilho para conseguir trabalho. Hoje ocupo uma das 40 posições de auxiliar de aeroporto na Gol. Gosto muito de trabalhar com pessoas de diferentes idades" Ana Helena Sonoda, auxiliar de aeroporto →
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Seniores e juniores trabalhando juntos
No processo de contratação e integração dos colaboradores seniores, as empresas defendem a interação dos profissionais mais jovens como uma forma de aprendizado e desenvolvimento organizacional. É o que os gestores da Gol acreditam. “Os profissionais mais jovens sabem que o sênior tende a somar sua experiência e serenidade para a equipe, além de, por diversas vezes, também estar aberto a novas experiências. Com a integração destes profissionais é possível manter o clima de jovialidade e maturidade entre os nossos colaboradores”, comenta Jean Nogueira, da Gol. “Interessante é perceber que os profissionais mais jovens são rápidos, principalmente em questões que envolvam tecnologia, e nós,
os mais experientes, somos pacientes durante o atendimento. Essa parceria resulta em um aprendizado enriquecedor. Gosto muito de trabalhar com pessoas de diferentes idades na Gol”, explica Ana Helena. Márcia Vazquez, gestora de Capital Humano da Thomas Case & Associados, consultoria com mais de 40 anos de atuação na gestão de carreiras e RH, defende que a interação do profissional sênior e júnior na organização é de extrema importância para manter o equilíbrio da companhia, pois possibilita a continuidade de cargos. “Aos seniores cabe a formação de seus sucessores e o trabalho de gestão do conhecimento no negócio. A interação entre os seniores e os mais jovens é o mote da construção de um plano de pós-carreira, tanto para a empresa quanto para o profissional”, finaliza.
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Representatividade sênior no mercado de trabalho Percentual de profissionais seniores ativos nas 150 melhores empresas para se trabalhar1
3%
Profissional sênior como população economicamente ativa1
7,5%
Percentual de profissionais com idade de 50 a 65+ contratados por emprego formal1
17,3%
3 7 17 Evolução do número de empregos por faixa etária 2013–20172 16.200 14.200 12.200 10.200 8.200 6.200 4.200 2.200 200
até 17
2013
18 a 24
2014
25 a 29
2015
30 a 39
2016
40 a 49
2017
50 a 64
65+
Fontes: 1. Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), RAIS - DEC n.º 76.900/75 MTb e Great Place to Work; 2. RAIS - DEC n.º 76.900/75 MTb
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Rio de Janeiro: ciclos que destroem, mas também reestruturam Como a má fase presente nos últimos anos, aos poucos dá lugar ao otimismo de investidores e a previsão de um cenário promissor Ana Carolina • Shutterstock
É MUITO FÁCIL perceber o quão conhecido e amado o Rio de Janeiro, berço de nomes como Tom Jobim, Vinícius de Morais e Jorge Ben Jor, sempre será para o mundo todo. Sinônimo de belezas naturais, temperaturas sempre intensas e povo acolhedor, o estado passou a ganhar os holofotes com notícias nada positivas nos últimos anos, que fizeram com que turistas e investidores questionassem sobre a segurança local a curto e longo prazo. Os anos que antecederam as Olimpíadas e a Copa do Mundo tiveram o estado como presença constante em tabloides de muitos países e, infelizmente, os assuntos relacionados eram
preocupantes nas mais diferentes esferas. O New York Times, por exemplo, em muitas ocasiões exibiu imagens que retratavam um estado em meio a uma situação de guerra. Tanques, armas, turistas feridos, descaso das autoridades. Todos estes foram assuntos por muito tempo. Como tudo na vida, o cenário apresentado pelas cidades, estados e nações também segue o curso natural dos ciclos. Ondas de prosperidade são, quase inevitavelmente, seguidas por fases de escassez e destruição. E não é necessário obrigatoriamente cruzarmos os limites entre ciência e espiritualidade, por exemplo.
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Setor industrial Cerca de 46% do PIB do estado está diretamente associado ao setor industrial. Com a previsão de crescimento da produção de petróleo, estima-se que os próximos anos sejam de avanços, ainda que tímidos. “A economia do estado é a segunda maior do país. Não seria pertinente dizer que é falta de dinheiro. Suas riquezas naturais, assim como as petrolíferas, sempre colocaram o estado como primeiro do Brasil quando se falava de investimentos externos”, comentou a economista Nanda Frãnco, na intenção de explicar as baixas expectativas com relação ao futuro do estado a curto prazo. Ainda que muitas empresas encarem as crises como oportunidades, principalmente as que fazem parte do setor de serviços, a economista afirma que os anos de má gestão do Rio de Janeiro deixarão marcas profundas e dificilmente contornadas nos próximos trimestres. “O futuro está nas crianças e adolescentes, o emprego do dinheiro público na educação será a salvação para um dos estados mais emergentes de nossa nação”, definiu Nanda Frãnco.
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Serviços A aposta fica também por conta do setor de serviços e, justamente por isso, é possível observar uma gama de empresas chegando à região. Em menos de seis meses, o crescimento foi de cerca de 3,6%. Acompanhando a forte movimentação global, o Rio de Janeiro também será atrativo aos capazes de suprir as necessidades do mercado de trabalho no que diz respeito às próprias habilidades. De acordo com a Firjan, há maior possibilidade de contratação de profissionais de compras, tecnologia da informação, marketing e recursos humanos, por exemplo.
Teoria do caos Segundo o cientista francês Henri Poincaré, por uma teoria matemática pode-se explicar sistemas complexos como os da astronomia, política e até mesmo econômicos. De acordo com suas observações e estudos, a Teoria do Caos sugere que investir muito tempo na tentativa de prever o futuro complexo e sistemas não lineares não será relevante. A tentativa de previsão deveria ser, no entanto, substituída pelo planejamento e consideração de múltiplos resultados. Como o número de variáveis muda a todo momento, autoridades devem estar sempre preparadas, portanto para os mais diferentes tipos de resultado quando pensam em investimentos, cortes de gastos ou novos projetos. Apesar de inevitável, e até certo ponto imprevisível, a crise que assolou o Rio de Janeiro não pode ser atribuída apenas a fenômenos externos. Para a economista Nanda Frãnco a má gestão é o principal fator a se analisar.
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De olho na margem de
CEO do Ibope, Márcia Cavallari, comenta sobre a montanha-russa do processo eleitoral Jennifer Evaristo • Thiago Albuquerque
DURANTE A SEMANA, um grupo foi às ruas pelo país. Aos domingos, outro grupo fez o mesmo. De ambos os lados se viu o descontentamento com a política junto à crise dos últimos quatro anos. Essa construção de cenário trouxe novos e antigos políticos brigando pela presidência e o eleitor em dúvida, fragilizado, não sabendo por quem optar. A CEO do Ibope Inteligência, Márcia Cavallari, conta que a base para essa crise de representatividade foram as denúncias e condenações por corrupção junto ao alto nível de desemprego, percepção de baixa qualidade de vida e aumento na insegurança. “Foi uma eleição pautada na descrença generalizada em relação a políticos e instituições brasileiras com uma expectativa de renovação dos candidatos. Os eleitores estavam sedentos por melhoras econômicas e menos abertos às pautas progressivas”, esclarece. No decorrer do ano, as pesquisas eleitorais
apresentaram um resultado semelhante ao das urnas. A resolução dessa briga foi Jair Bolsonaro (PSL) eleito por 55,13% dos votos válidos contra Fernando Haddad (PT), que teve 44,87%. A CEO explica que a metodologia usada nas pesquisas do Ibope funciona presencialmente com pessoas entrevistadas e selecionadas por quotas proporcionais de gênero, idade, escolaridade e ramo de atividade. A análise utiliza amostras representativas da população em estudo selecionadas por critérios estatístico com base nas fontes oficiais de dados do país como o IBGE, PNAD e TSE. Ao longo do tempo as pesquisas mostraram que Bolsonaro liderou os votos desde a saída do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva dos levantamentos. De acordo com o Ibope, a divisão geográfica de votos mostrou o candidato eleito do PSL como vencedor nas quatros regiões: Norte, Centro-Oeste, Sudeste e Sul. Enquanto a vitória petista se concentrou no Nordeste.
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O eleitor
Márcia fala que para que o número de pesquisados representem o país como campo é importante analisar a sua representatividade, com a finalidade de ter um grau de similaridade com a população. Todas as regiões e grupos sociais devem estar na amostra em proporção próxima da população pesquisada. O Ibope usa amostras com 2.002 ou 3.010 entrevistas, permitindo analisar os grandes números do Brasil. Para o eleitor, o processo de decisão e escolha no segundo turno é mais fácil do que no primeiro, devido ao fato de serem apenas dois candidatos, sem opções de deputado, senador e possivelmente governador. Apesar disso, como é uma nova eleição, o eleitor leva em conside-
ração o posicionamento das forças políticas em torno das duas opções. Nas eleições de 2018 conferiu-se novamente uma divisão visível entre os eleitores, semelhante ao que aconteceu em 2010 e distinta de 2014. “Mais uma vez vimos uma disputa entre a preferência pelo PT e o antipetismo, só que dessa vez o antipetismo foi personificado por Jair Bolsonaro”, conta Márcia. Sendo Dilma eleita em 2010 com 56% dos votos válidos, reeleita em 2014 com 52% e Bolsonaro eleito com 55%.
O candidato
O acesso à informação está cada vez mais presente no cotidiano da sociedade, independentemente de serem informações reais ou fake
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news espalhadas nas redes sociais e conversas. Essa conectividade instantânea com excesso de conteúdo ao mesmo tempo faz com que se atrase a decisão de voto do eleitor. “A pesquisa reflete o momento em que ela foi realizada e não pode ser projetada para o futuro, pois pode haver mudanças como observamos em algumas eleições estaduais este ano.” Um reflexo disso esteve presente na eleição deste ano quando o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel chegou em primeiro lugar, sendo que até então ele estava com 9% na intenção de votos. “É só você perguntar para as pessoas na rua quando elas decidiram o voto, muita gente decide de última hora e isso gerou as viradas que vimos no Rio de Janeiro e em Minas Gerais”, explica a
CEO. Ela diz que a eleição presidencial chamou muito a atenção dos eleitores e as outras esferas, como governador e senador, ficaram em segundo plano, sendo decididas de última hora. Da mesma forma que houve uma grande viralização do candidato Ciro Gomes nas redes sociais e que não repercutiu com a mesma intensidade nos resultados das pesquisas, Márcia pondera que a movimentação de um candidato não necessariamente é refletida. “Ciro começou a campanha com 9% dos votos totais, atingiu 13% na reta final e terminou com 11% no resultado oficial. A movimentação em torno do nome dele nas redes sociais não impactou de forma significativa nas pesquisas de intenção de voto e nem no voto efetivo dele.”
mundo Gocil ⁄ ACONTECEU
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Eventos & acontecimentos Marina Batista • Paulo Pampolin
G100 MKT
1º Infra Educacional
A Gocil realizou em sua matriz, em São Paulo (SP), uma Reunião Ordinária do GMKT Marketing & Business. Nela, as empresas presentes discutiram o Poder da Resiliência nos Resultados das Organizações, entre outros temas.
Com apoio da Gocil foi realizado, nos dias 19 e 20 de setembro, o 1º Fórum Infra de Facilities Management no Ambiente Educacional. O encontro reuniu profissionais que compartilharam experiências e informações com o objetivo de melhorar a aprendizagem em ambientes escolares.
Reforma Trabalhista, como aplicar Em 23 de agosto, na matriz, aconteceu um workshop exclusivo com o tema "Reforma Trabalhista, como aplicar?". Marlos Melek, juiz do Trabalho, apresentou os principais pontos trazidos pela modernização trabalhista.
Condotech A Gocil foi patrocinadora oficial do Condotech 2018, road show que passou por grandes cidades e capitais do Brasil nos dias 22 de setembro; 6, 20 e 26 de outubro. A ação foi realizada com o intuito de levar conteúdo jurídico e de segurança para síndicos e administradores, expondo as últimas tecnologias para condomínios.
Almoço com Peter Diamandis ↓ Aconteceu no dia 5 de novembro, no auditório da Gocil, na Matriz, em São Paulo, um almoço executivo com Peter Diamandis, empreendedor do Vale do Silício e cofundador da Singularity University, que também foi uma das principais atrações na programação do HSM Expo 2018, um encontro sobre o desenvolvimento estratégico para liderança. A Gocil foi patrocinadora e fornecedora oficial de segurança e limpeza do evento.
6º Infra Minas Gerais e 12º Infra Rio Com o patrocínio da Gocil, nos dias 8 e 9 de agosto, em Belo Horizonte, e em 23 e 24 de outubro, no Rio de Janeiro, foram realizados o 6º Fórum Infra Minas Gerais e o 12º Congresso Infra Rio, importantes encontros regionais para os profissionais de gerenciamento de facilities.
47 mundo Gocil ⁄ ACONTECEU
Café da manhã Anahp Em 8 de agosto, durante um café da manhã na Anahp, a diretora de marketing e relações institucionais da Gocil, Daniella Barbosa, ministrou uma palestra sobre a experiência do usuário com a inovação na prestação do multisserviço.
3º FILIS – Fórum Internacional de Liderança da Saúde
1º Encontro de Gerenciamento de Crises Corporativas ⬏
Em 31 de agosto, a Gocil participou do 3º FILIS, Fórum Internacional de Liderança da Saúde. O evento teve como objetivo discutir e buscar iniciativas sustentáveis na medicina diagnóstica.
No dia 31 de agosto, a Gocil promoveu em sua matriz o primeiro encontro de gerenciamento de crises corporativas, que teve como objetivo discutir o cenário atual suas consequências para o meio corporativo.
Congresso Nacional de Shopping Centers A Gocil foi patrocinadora do Congresso Internacional de Shopping Centers realizado de 14 a 16 de agosto. O evento contou com painéis e palestras de grandes nomes do setor e do cenário econômico nacional e internacional.
Encontro com associados ABRASCE Em 4 de setembro, no ABC/Litoral, e no dia 4 de outubro, em Campinas, os executivos da área comercial da Gocil participaram do Encontro com Associados organizado pela ABRASCE, Associação Brasileira de Shopping Centers. O evento foi destinado exclusivamente aos associados e trouxe temas pertinentes aos negócios de shopping, update jurídico e legislativo e o incentivo ao networking.
Latam Retail Show ⬏ O mais completo evento de varejo e consumo da América Latina, o LATAM Retail, teve apoio da Gocil. A temática central da nova edição tratou das transformações do ecossistema de negócios com resultados.
Bem-vindos à Gocil! Nos últimos três meses, conquistamos novos clientes e ampliamos as nossas operações. São eles: Shopping Market Place, Avenues – The World School, ABRASCE, Assa Abloy, Biogold, Colégio Anglo 21, Condomínio Le Parc, Condomínio Residencial Espanha II, CR Bluecast, Digicon, Edifício Augusta, Escola Play Pen, Gympass, Lar Construções e Incorporações, MTM Estacionamentos, NTK Solutions, Oncobio, Porto Cais Mauá, Radimagem Diagnóstico, Televisão Guaíba, Residencial Ilhas do Mediterrâneo, T-Line Veículos e Transjordano.
SEGURANÇA
Um raio-x da atuação da Gocil nas instituições de saúde
Os serviços da Gocil para instituições de saúde:
Segurança patrimonial
Portaria
Recepção
Com o crescimento de 63% no setor, empresa expande atendimentos no Brasil e traz inovação em multisserviços e segurança
Controle de acesso
DE ACORDO COM o Ministério da Saúde existem no Brasil mais de 280 mil unidades de prestação de serviços de saúde e cerca de 6,6 mil hospitais. Atualmente, a arquitetura desses ambientes tem apresentado uma grande evolução, o que tornou a atividade ainda mais complexa. Além do atendimento clínico, dentro dos complexos hospitalares também estão disponíveis serviços de hotelaria, lavanderia, conveniência, múltiplos acessos e áreas de circulação. A terceirização surge como uma importante aliada para garantir o bom funcionamento da infraestrutura, equipamentos e serviços que dão suporte à atividade-fim das instituições. Com expertise de 33 anos no mercado, a Gocil conta com mais de 30 operações em instituições de saúde de 12 estados brasileiros, que somam 7,5 milhões de pessoas impactadas anualmente pelos seus serviços. Entre seus principais clientes estão o Hospital Albert Einstein, grupo Rede D'Or São Luiz, Hospital Novo Metropolitano, Beneficência Portuguesa, Hospital Saint Peter e Hospital Samaritano. “A prestação de serviços em hospitais exige inteligência emocional e agilidade, uma vez que a complexidade de um estabelecimento hospitalar tem de ser considerada para uma operação de segurança e limpeza de padrão elevada, afinal, lidamos diariamente com pacientes e familiares em momentos de fragilidade”, afirma o CEO da Gocil, Welder Peçanha.
Performance e treinamento
Diante dessa complexa tendência, a segurança patrimonial também teve de evoluir, uma vez que dentro dos hospitais há inúmeras vulnerabilidades que potencializam o interesse de criminosos, entre eles: produtos de alto valor agregado (medicamentos e equipamentos); o estado emocional dos pacientes e acompanhantes, que deixam pertences soltos e sem monitoramento e, principalmente, a facilidade de acesso e movimentação pelas áreas internas da unidade de atendimento de saúde. Atenta a essa necessidade, a empresa desenvolve um trabalho conceituado de segurança e portaria na Maternidade do Hospital São Luiz, no Itaim. A operação envolve equipes de segurança divididas em dois turnos, além de monitoramento 24 horas dos ambientes com a ajuda de mais de 250 câmeras instaladas estrategicamente e monitoradas pelo Centro Integrado de Comando e Controle, que auxilia na prevenção de perdas por meio da antecipação dos riscos e ações criminosas.
TECNOLOGIA
Marina Batista • Paulo Pampolin
Controle e combate a incêndio
Câmeras e monitoramento de vídeo (CFTV e vídeo analítico)
Alarmes Controle de acesso Monitoramento inteligente
MULTISSERVIÇOS
mundo Gocil ⁄ OPERAÇÕES
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Limpeza hospitalar Governança e rouparia Coleta de resíduos
Copa
Jardinagem
INTEGRAS
A Gocil em instituições de saúde: descubra uma experiência em realidade aumentada ↙ 1. Baixe o aplicativo Gocil App na App Store (Apple) ou Play Store (Android) em seu smartphone 2. Abra o aplicativo e aponte seu aparelho para a foto ao lado 3. Descubra o vídeo exclusivo em realidade aumentada!
Disponível para iOS e Android
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Números de peso
Mais de 30 clientes da Gocil pertencem ao segmento de saúde
Mais de 7,5 milhões de pessoas
são impactadas pelos serviços da Gocil nos complexos hospitalares a cada ano
46% e 70%
de crescimento da empresa nos ramos de vigilância patrimonial e portaria, respectivamente, no período entre 2015 e 2017
74% de expansão
é a projeção para o crescimento da Gocil em limpeza profissional até o final deste ano
Segundo o gerente corporativo do hospital, Josué Maldonado Garcia, a parceria resultou em um grande diferencial. “Existem inúmeras vantagens em terceirizar o quadro de segurança, porém a principal é a parceria entre o cliente e a empresa. Nestes últimos anos, a Gocil vem se preocupando cada vez mais em encaminhar profissionais qualificados para exercer as respectivas funções. Tenho certeza que o comprometimento dos colaboradores que prestam serviços em nossas unidades se deve, principalmente, ao respeito que a empresa demostra para com eles”, exemplifica Maldonado. O trabalho de eficiência e qualidade, junto ao cliente, garantiu ao complexo hospitalar a certificação internacional Joint Commission International (JCI), principal no âmbito global sobre a segurança e a qualidade dos serviços de saúde.
Operação humanizada
Durante muito tempo o profissional de segurança teve sua imagem atrelada a de um homem bruto, mas isso é justamente o contrário do que acontece na Beneficência Portuguesa, em São Paulo (SP). “A BP tem como propósito valorizar a vida e a colaboração nos leva mais longe como um de seus valores. Os profissionais da Gocil engajaram-se e integraram-se completamente à nossa cultura de prestar um atendimento integral e acolhedor aos nossos clientes e demais colaboradores. A empresa cuida da segurança patrimonial, mas também, da recepção das nossas unidades de forma cordial, eficaz e resolutiva”, afirma o superintendente executivo de Operações, João Fábio dos Santos. A realização de treinamentos com os seguranças permite um atendimento humanizado que possibilita ao colaborador identificar e saber lidar com o sentimento (muitas vezes agressivo ou emotivo) de pessoas que estão no hospital. “Já detectamos se o colaborador tem perfil para trabalhar em um hospital no momento do recrutamento, por meio dos testes psicológicos. Analisamos, além do comportamento, a dicção, discurso, paciência e sensibilidade”, conta Sergio Ehrlich, diretor de operações da Gocil.
Tecnologia de ponta
Nos grandes complexos hospitalares a utilização da tecnologia por meio de alarmes, sensores de movimento e câmeras de monitoramento, além de outros dispositivos, softwares e soluções inteligentes de reconhecimento facial e leitura corporal, torna-se cada vez mais eficiente e precisa. “Nós optamos pela contratação da Gocil também como forma de agregar valor ao serviço prestado aos nossos pacientes, já que a empresa traz uma gestão profissionalizada, com tecnologia e equipes altamente qualificadas e com maior experiência numa área que não é o core business de uma instituição como a nossa”, enfatiza Santos.
Limpeza profissional: o melhor remédio para a saúde hospitalar
A limpeza hospitalar é uma prática regulamentada pela Anvisa e, dentre todas as atividades do mercado, é considerada uma das mais críticas, pois requer um grau extremo de especialização. Dessa forma, diversas instituições de saúde buscam fornecedores que sejam especialistas na atividade, tenham foco na estratégia de inovação e promovam a melhoria contínua dos processos, otimizando os recursos. É o caso do Hospital Sant Peter de São Paulo (SP), atendido pela Gocil desde 2010. “A vantagem na terceirização do serviço é poder contar com profissionais sempre atualizados, seguindo todas as determinações e exi-
gências dos órgãos reguladores, a efetividade no uso de EPIs e produtos adequados para a higienização específica de cada setor e, contar com a comunicação direta com a liderança da equipe, buscando sempre a resolução dos problemas apresentados”, afirma o coordenador de operações do Hospital Saint Peter, Paulo Fernandes. Na instituição, o trabalho é realizado por cerca de 30 profissionais, dentre eles estão líderes revezados por plantões, supervisor e gerente de operações. Para evitar a disseminação de bactérias e o aumento dos índices de infecção, a Gocil promove periodicamente treinamentos junto a seus colaboradores, com técnicas apuradas de higienização. De acordo com o executivo, a rotina de trabalho dos profissionais é diferenciada e específica por setor. “No centro cirúrgico, assim como na unidade de internação, são realizadas limpezas concorrentes e limpezas terminais, dependendo da necessidade e protocolos preestabelecidos. Nas áreas administrativas são realizadas limpezas diárias e nas áreas comuns, limpezas frequentes, devido ao grande fluxo de pessoas”, explica Fernandes.
Um 360º na operação da Gocil em ambientes hospitalares Aponte a câmera do seu smartphone para o QR code abaixo e assista ao vídeo com detalhes da atuação da Gocil nas instituições de saúde.
51 mundo Gocil ⁄ OPERAÇÕES
↙ Nas imagens, a operação de limpeza da Gocil nos hospitais São Luiz e Saint Peter, em São Paulo (SP). Para garantir que a segurança e limpeza sejam feitas de maneira efetiva 24 horas por dia e em 365 dias por ano, a Gocil conta com uma equipe especializada em serviços de vigilância, portaria, bombeiros, entre outras funções.
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Centro de Recrutamento e Seleção da Gocil muda de endereço Para melhor atender o público, o Centro de Recrutamento e Seleção Gocil passa a funcionar no Butantã, em São Paulo (SP) Marina Batista • Paulo Pampolin PRESENTE EM 12 estados brasileiros e com uma equipe de mais de 20 mil pessoas, que atua Um tour pelo novo junto a mais de mil clientes, a Gocil Segurança Centro de Recrutamento e Multisserviços observou um crescimento de, e Seleção da Gocil em média, 10% ao ano com a aquisição de novos contratos. Por isso, no início de setembro, inauAponte a câmera do seu smartphone gurou a nova sede do Centro de Recrutamento e Seleção, situado agora na Avenida Professor para o QR Code, assista ao vídeo e Francisco Morato, nº 525, no Butantã, em São veja o que os colaboradores estão achando Paulo (SP). do novo Centro de Recrutamento e Seleção: Com um investimento de cerca de R$ 3 milhões, o novo prédio conta com estrutura mais ampla e adequada para atender à alta demanda de contratação de funcionários em diversas áreas, como segurança patriPara os colaboradores, a Gocil pensou em um monial, portaria, recepção, limpeza, copa e jardinagem, entre outros. ambiente aconchegante, localizado em um bairro “Nossa unidade existe desde 2013 e foi implantada pensando em algo que inspira modernidade e possibilidades de atique tornasse o processo de contratação ágil e unificado. Sendo assim, convidades culturais. seguimos desenvolver um jeito único da Gocil para selecionar profissio"Nosso objetivo é dar mais eficiência às connais. Já atendemos mais de 300 mil pessoas desde então, e acreditamos tratações, agilizando e ampliando a capacidade de que ampliar o espaço de recrutamento será um marco de inovação e exatendimentos. Agora, temos um ambiente mais celência em nossa história”, explica Marcos de Sousa, diretor de Recursos adequado, climatizado e agradável para receber Humanos da Gocil. as pessoas", destaca Luana Souza, gerente de Recursos Humanos da Gocil.
O que mudou?
O Centro de Recrutamento e Seleção Gocil continua dinâmico e inovador, e todas as etapas de seleção estão cada vez mais alinhadas, com estrutura para receber, selecionar, avaliar e contratar pessoas. O espaço está mais moderno e conta com mais recursos de tecnologia, preparado para atender com excelência qualquer demanda do mercado. O candidato faz a ficha de inscrição e passa por uma triagem no mesmo dia em que é entrevistado pelos profissionais de recrutamento. No local faz os testes psicológicos e comportamentais. Se aprovado, retorna apenas para o processo de admissão, em que realiza exames médicos, retira o uniforme e assina o contrato.
Como chegar?
Localizado na zona oeste de São Paulo, o Butantã é um bairro que faz divisa com importantes distritos da capital paulista, como Pinheiros, Jaguaré e Morumbi. Entre as principais avenidas do bairro estão a Vital Brasil, a Corifeu de Azevedo Marques e a Professor Francisco Morato, sendo nesta última a localização do Centro de Recrutamento e Seleção Gocil.
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Centro de Recrutamento e Seleção Gocil em números
Pessoas atendidas/ano 300/dia
78 mil
75 mil
65 mil
53 mil
130 mil
295/dia
255/dia 210/dia
450/dia
130/dia
20 mil
2013
2014
2015
2016
2017
Pessoas contratadas/mês – 2018 535 278
422
37%
295
318
54% 69%
64% 63% 46%
31%
Jan
Fev
Mar
36%
Abr
2 dias corridos é o tempo de contratação por candidato nos últimos meses
366
207
Mai
57% 86% 14%
Jun
Gocil Serviços
206
Jul
6 dias
100
83%
51% 19%
Gocil Segurança
420
49% 81%
2018
17%
Ago
70%
43%
Set
30%
Out
é o tempo que um candidato espera desde o preenchimento da ficha até a assinatura do contrato
"Bombeiros civis são profissionais com treinamentos para os riscos mais adversos. Mas a rotina deles é composta por um fator silencioso que está acima de tudo: a prevenção." – Paulo Pampolin, fotógrafo
mundo Gocil ⁄ EM UMA IMAGEM 54
As tecnologias mais avançadas A mão de obra mais bem treinada 98% dos clientes satisfeitos
A mesma excelência da segurança e dos multisserviços da Gocil, também em seu condomínio.
#somosEXCELÊNCIA
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