Caderno ABEA 09 - Critérios para Avaliação da Educação do Arquiteto e Urbanista

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BRASILEIRA .

DE ENSINO DE ARQUITETURA .

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CA'DER'NO


SEMINÁRIO NACIONAL CRITÉRIOS PARA AVALIAÇÃO DA EDUCAÇÃO DO ARQUITETO E URBANISTA

DIRETORIA ABEA (gestão 91-93) presidência

Maria Elisa Meira - UFF Itamar Costa Kal1l- UFBa Evanise Miranda - UFMG Maria Gleide Ribeiro - UFBa . Isabel Cristina Eiras de Oliveira -- UFF .Guivaldo d'Alexaadria ~ UFBa

více-presídência secretaria gera1 sub-secretaria secretaria de finanças' 'sub-secretana de finanças,

, Diretores Regionais CarmemCalUFPa Sonia Marques':" UFPe Sergio Machado - lzabela Hendrix Ester Gutierres - UFPel Paulo Romano Reichlian - UNITAU

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Vogais Roberto Py - UFRGS Marlice Azevedo - UFF ' Maria de Fátima Campello -

UFF

Agradecimentos UFMG, IzabellaHendrix,

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CADERNOS 9 \

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CREA-MG, FADEMAC

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Publicação da Associação Brasileira de Ensino de Arquitetura - ABEA ' Revisora: Miriam Cavalcanti ' Coordenação: Isabel Cnsüna Eiras de Oliveira , Editoração Eletrônica e Impressão: INTERFACE 2000 Assessoria e Informática Ltda r Tel.: (021) 262-6242 (021) 532-0982 ABEA Rua do Pinheiro, 10 CEP22221 -, Flamengo -RJ Tel.: (021) ~56-1030 ' ,

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:.APRESENTAÇÃO

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Com a publicação dos CADERNOS 9 e 10 Diretoria da ABEA encerra as atividades preparatórias do SEMINÁRI9 NACIONAL: C'RITÉRIOS PARA AVALIAÇÃO DA EDUC~ÇÃO DO AR0UITETO E URBANISTA. Estes cadernos contém as contribuições enviadas antecipadamente pelos participantes e que serão as propostas para.discussãonos grupos de trabalho. Os textos estarão -reunldosêm cinco ternas. No pr.imeiro dia -5/11 - o tema refere-se a: CRITÉR 10S PARA AVALIAÇÃO DA ESTRUTURA ADMINISTRATivA E ACADÊMICA, CONDiÇÕES FíSICAS t:: INFRA-ESTRUTURA, DISPONIBILIDADE E UTILlZA, çÃO DOS EQU IPAMENTOS. No segundo dia - 6/11 - a reflexão se concentrará pela manhã nos PROJETOS DE PESQUISA, DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA E NA AVAUAÇÃO DA POLíTICA EDITORIAL NAS AREAS DE ARQUITETURA E ~RBANISMO. À tarde os temas se referem à ESTRUTURA CURRICULAR PLENA, TRABALHO FINALDE GRADUAÇÃO E VESTIBULAR. No dia 7/11 as discussões se pautarão pela AVALIAÇÃO DO CORPO DOCENTE E DAOFERTA ENATUBEZA qA PÓS-GRADUAÇÃO NAS ÁREAS DE ARQUITETURA E U~BANISMO, além dos aspectos.relativos à CONSTITUiÇÃO EDESENVOLVIMENTO DOSC,URSOS. J'

Maria Elisa Meira Presidente da ABEA -:

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novembro de 1992

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íNDICE GERAL· CADERNO 9 Algumas considerações'a respeito dos 'relat6rios de atividades' . 'departamentaisda UrMG . . .' .05 Prot? Mauro Mendes Braga Adminístratlvo e o pedagógico no ensino de arquitetura: considerações sobre o curso na UFF: .... .,............ . .07 Jorge Crichyno . Reflexões sobre a pesquisa em arquitetura e urbanismo .11 Maria AmaliaA. Almeida Magalhães Denise Barcel/os Pinheiro Machado Laboratório do habitat -I'habitat .17 Prot" Maria Améti« O'Azevedo Leite O ensino de tecnologianas escolas de arquitetura ... .18 Prot" Maria Amélia Oevitte Ferreira O'Azevedo Leite Trabalho de graduação em arquitetura - Regulamento e Minuta de proposta de reformulação '. . . . . . . . . . . . . . . . .. " .. ' .. . · .19 Prot» Cláudia Loureiro Profº Geraldo Marinho Profº Gilson Gonçalves Profº Luis Amorim Projeto 111- Curso de arquitetura da UFRGS - 1981/1992: Retato e análise de uma experiênoia . . .. .. . :32 Prot? Cesar Oorfman Profº Luis Carlos Meccb! Silva Prolº Sérgio Antônio votkmet , Arquitetura, ensino, patrimônio .45 Prot" pié'ia Rúbia de Anareaecestro .

CADERN01Q Exame da questão do trabalho final de graduação: comparação entre um' .trabalho final de graduação apresentado e trabalhos desenvolvidos durante o Cúrso de Arquitetura eUrbanismo da UFPE Profª Risale Neves Critérios para.a avaliação do trabalho final de graduação José Augusto Schmitt Buturini Critérios para a avaliação da estrutura curricular .... . José Augusto Schmitt Buturini ' ' Na busca de um caminho para ensino-aprendizado da linguagem arquitetônica . Profª Roti Nielbà Turin Por Uma postura metodológica Helena Moussatché Princípios pedagógicos e a avaliação da educação do arquiteto e urbanista . Prof' Ester J. B. Gutierrez ' A Universidade e o ensino de arquitetura e urbanismo UFF Jorge Crichyno . Reforma de currículo na FAU/UFR: fritando o peixe, olhancopara o gato ctensse coste Moreira . Henrique Gaspar Barandier Roberto Houetss Rosangela da Costa Motte Patrimônio cultural e formação protísslçna! . Maria Elisa Soares Meira . . ABEA - EI "Ser arquitecto" genetica dei alumnado . Alvaro San Sebastián . A pós-graduação na formação do Arquiteto e Urbanista - Dificuldades e Demandas . Prot'.Menice Nezereth Soares de Azevedo

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ALGUMAS CONSIDERAÇÕES A RESPEITO DOS RELATÓRIOS DE ATIVIDADES DEPARTAMENTAIS DA UFMG. , , Prot. Mauro Mendes Braga pniversidade Federal de MinaS Gerais - MG ,

EmprimeiroJuga'r,gostaria de agradecer a gentileza do convite formulado pela ABEApara-partipipar d~sté SemináriO Nac'ional referente ao Ensino de Arquitetura no .','Brasil. corroeu otsseàs+rofessóràs.Marta Elisa e Evanise, o convite, além de honrar-me, . era írrecusávef em decorrência' da: posição que ocupo hoje na UFMG: coordenador de · um projeto cujo objetivÓé fornecer à Univ~rsidade informações para a sua autoavaliação .:apara subsidiaras decisões de seus colegiados superiores. Este projeto, referente ao Relatório Ánualde Atividades Depaitamentais, encontra-se em fase de informatização, · mas vemsendo desénv'qlvido ~ànu:almente desde 1985. Tenho obrigação e prazer em i debatê"ló';.serrtpre que 'SÓllc'it?dó.... '.< '. . . -: . 'Por.~outró: láoó,é,'p'articlila'rm~nte interessante discuti-Io ern'urn ambiente de ,'Arqúitetcis;poré:lu~ eclaEscola'de'Arquitétura da UFMG que estão vindo as maiores · críticas' às.déctsõesquesão tomadas com base nas Informações contidas nestes ··Âelatórios.Éportanto umaopcrtunloaceírnpar para que eu possa entender melhor estas críticas" bem corno para esclareceraspectos deste trabalho que porventura ainda não tenham sido bem cómpreenoíoos ... : Antesde prosseguir,'!lo entanto.ié.corwenrente uma observação. Não sou espeéialista em Avaüação. Mi,htia formação é de Químico:':" sou Professor de Termodinâmica · é Ciriética Qufmica e, everüualrnente, de tópicos introoutórios de Estruturas da Matéria ';';' portanto; não me' encontro 'condíções de discutir õ problema da Avaliação Institucienal Scíl:.l~opfisrná.~âScorJsjder~çõê? leóriças.~P0s'SO, tão-somente, expor e debater o projetoque,códrdeno., <, ' .. " ", ...•. '" . "Aprátiêa depessoas·e'institúiçoes de, com certatrecüência, olharem criticamente para si mesmas é,' indiséutivelmenie~um' hábito salutar, No caso de uma Instituição · Uruversüária. acredito," este é um procêdímento .visceral. A crítica é. da essência do trabalho acadêmico, sobretudo por ser o motor.do processo de mudança e da busca do novo. E esta avaliação crítlcadeve também se estender aos resultados do trabalho . acadêmico, Há uma-séríe deciue$tges sobre a vida -institucionai que devem estar p~rrT,lanenfelÍ1é'rte. enffo'co,quais'saoos'objelivosaserem alcançádos? Que políticas "'e'estratégiás'facilitámaconsecução'qe,tais objetivós,?',Qs recursoshumanos e materiais éstãosend&:.qOPYeritenlEf~,·raçionalm,Elnfe "utilizados? Quais as correções de rumos necessá.rias?,Etc., Qada'um?destás'pérguntas secesoobra em várias 'outras questões para respondê~las,éfu'ndamentalque a Universtdace disponha de dados e infor.mações sobre oseutrabalho. E este hábito de constante questionamento - feito de forma sincera, sem prêCbnceitQ$, se'ni esconder tatos, sem receios de assumir erros ou alardear, ·'.acertos -:-:que afuoa :a'impé'dir a monétornla e rotina na vida acadêmica, contribuindo '. ·,.para a dínàrnica ooprocesso ,de mUdançà.que deve 'caracterizá-Ia: . . ,O processo de aut6avaliaçãó:é também fundamental por duas outras razões. Em · primeirolugaç" porque InstituiçãO: pública deve 'prestar contas, ao povo e a seus -. represenúmtes~ pooeres :e)('eéutii;oeJegrsl~tivo ~ de seu trabalho. Deve justificar osrecursos alocádose',múitas vezéS"SQliêita;r'ndvoSrécursos.:Acredito que a própria questão salarial, .~.'t;;üjôequaciomlme'htó 'éhoiefúÁdamehtalpà}aà sobrevivência daUrwersidade Pública no País, só pÔderáser resolvida de forma satisfafória se em seu debate forem inclu ídos aspectos ·'(referentes real papel que se espera de tais instituições, bem como à sua compétência e . lprodutividáde. Póroutro râc:jo;osrecursos existentes são finitos e freqüentemente escassos. ·.Pulverizá~ios signifk:a, na' prática,' réduzi-los ainda mais e tornar sua aplicação ineficaz. ,Torna-se'impresclndív,elumadefiniçãci de prioridades, que ou é feita com base em informações dados, de acordo com pelftícas'previámenté estabelecidas, QU apenas refletirá a . - , corretação de torçaspredotninante-nos órgãos dec'sóríos. . . .. 'F,çi'considerando.e~stas q~,e.stões que a UFM(? decidiu. em 1985, instituir.a prática , dá. Relatórios Anüais;deOepartame[ltos.' Uma série de reuniões, coordenadas pela Pró-Reítona.dé Pesquisa e pela envolvendo órgãos da administração central e

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7 i=reqüentemente se diz que indicadores numéricos permitem apenas uma visã'ó , quantitatíva do desempenho acadêmico, sem considerar elementos essenciais a urna visão' qualitativa da questão abordada. Isto 'é, no meu ponto de vista, apenas uma meta-verdade. Não tenho mais dúvidas, hoje, que um conjunto de indicadores numéricos dão pistas v.aliosas sobre a qualidade do trabalho Universitário, muito embora seja indispensável incorporação de outros elementos' ao processo avaliativo. Mas é indiscútível que um conjunto de indicadores numéricos permite várias leituras e, obviamente, vários matizes de leitura. No caso da UFMG, os seus órgãos decisórios adotam as leituras chanceladas pelo CEPE, coleçíadc superior de Ensino, Pesquisa e Extensão. Por exemplo, uma. elevada carga didática não é considerada, geralmente, um bom indicador, pois dificulta sobremaneira o processo de produção de conhecimento, essencial à vida acadêmica. Por outro lado, considera-se que, em princípio, quanto mais titulado, em cursos formais de Pós-graduação, mais qualificado é o copro docente. O número de publicações é , outro indicador positivo, ainda que se reconheçam as diferenças entre as áreas, cada uma delas com suas peculiaridades. Mas é assumido que o processo de produção de conhectménto ,...e não apenas a sua .transmíssão ou reprodução - bem como a sua divulgação, são atividades essenciais à vida acadêmica. E uma das formas mais . importantes de se divulgar a produção acadêmica é através da publicação de trabalhos. Estes são alguns princípios quea UFMG vem adotando ao se autoavaliar. Evidantemente existem outros princípios que poderiam ser considerados. quer seja em adição a estes ou em substltulção. Além disto, estes princípios podem ter nuances oíterentes aqui ou ali. O que o projeto de infomatização dos Relatórios poderá permitir, ao tornar as informações mais facilmente acessíveis a todos os seus Professores, Funcionários e Estudantes, bem, como ao público externo, é que as diferentes leituras possíveis para os dados recolhidos, os diferentes princípios a serem adotados em seu processo de aíocaçao. de recursos e as diferentes nuances que devem- ser feitas em relação a estes .' princípios possam ser amplamente debatidos e, em conseqüência, as decisões ganhem uma maior legitimidade. Neste sentido, acredito que ele contribuirá para a democratização da Universidade, pelo menos no que diz respeito ao seu processo de tomada de decisões, se por democratização se entender também o estabelecimento de regras conhecidas. e . aceltasporçrande parte de uma corsunidade.

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o ADMINISTRATIVO ARQUITETURA:

E O PEDAGÓGICO NQ ENSINO DE CONSIDERAÇÕES SOBRE O CURSO NA UFF Jorge Crichyno -'Arquiteto e Urbanista Universidade Federal Ftumtnense - RJ

Com base nos íunoarnentos teóricos de referêrencia. hitórica das contradições e dos conflitos existentes em nossa estrutura social, a teoria e a prática vigentes nó quadro da administração eoucacíonai brasileira, em particular ade nível universitário, têm sua origem nos preceitos básicos decorrentes da influênCia da Teoria Geral da Administração. . O surgimento da. necessidade de racionalizar e sistematizar as relações de orçanização do ·trabalho objetiva o seu 'controle social. Esta característica ·atua na sustentação do modo de produção capítaíísta e se repete no interior das lnstítulções educacionais.,. '. , , No sentido amplo da estrutura da sociedade, à teoria da Administração geral , reproduz-se através da lógica que visa a racionalização do trabalho em termos da produção e da manutenção do "status quo", operante na estrutura de classes sociais. TRAGTENBERG, analisando a questão; nos afirma que: "( ...) ascoaoiçoes de opressão do homern.sobre o.hornern tornam absolutas as formas burocráticas com suas respectivas hierarqqlas, e onde o capital é visto como bem de produção, o trabalho considerado complemento do capital é a burocracia utilizada como expressão natural da otvisãó social do trabalho". (TRAGTENBERG, 1979:40) .Como expressão da lógica racionalizante das relações de trabalho, temos ,a presença da redução e da dicotomia nas relações entre suielto-objeto que são identifi-


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cadas como uma espécie de episternotoçíareaüsta do,conhecimento administrativo. Elas permitem-nos perceber a generalização do aspecto cultural que permeia as relações de ' trabalho.' ' .' Caracterizada como universal eaorançentê, a teoria admínístratíva justifica a uilizaçãode categorias, táis como a lacionandace, a objetividade, a neutralidade, entre outras. Sobre estas categorias sr8' fundamentamos princípios da Teoria Geral da Administração, que parte de um'a concepção definida como sendo "uma instância legitimadora dos lnteresses do capital". (ZUNG, 1984:41)., ' , Nesse sentido, é possível também inserirmos na análise da instância administrativa a questão da ideologia, tendo em vista a origem do caráter cientificista e tecnocrático existente na gestão administrativa das atividades e dos processos educacionais. Conforme já mencionamos anteriormente, a questão da ideologia considerada porCHAUí como "algo definido historicamente", não pode ser tomada diférenciadamente como "lugar não-ideológico" em queo conhecimento científico teria em "seus pressupostos de , neutraüdade, racionalidade e eficiência"jCHAUí, 1978:17-32). ' • I\$sim; algóns desse$ princípiostaylóristas efayolistas estão impregnados até hoje. ria estrutura administrativa dos processos produtivos: Estendidos à educação, ao colocar 'em evidência os fundamentos da administração de cunho científico , reifica-sea necessidadé de almejara eficácia como meio de atingir objetivos dê eficiência. No olrecíonamento do foco, nos termos da lógica capitalista" ZUNG faz-nos , referência à influência da Escola das Relações Humanas e também ao Cornportamen-. taüsrno. que 'segundo a autora "introduziram a variável do comportamento orçaruzactonat , nas atividades educaoionals" (ZUNG. ~984:39-46). O objetivo principal consistia na preparação de recurso humanos destinados à habilitação profissional da força produtiva centrada na.rnão-de-obra, solução encontrada para que houvesse o relacionamento .díreto da organizaçãósinqical com o capital. Com Isso, desencadeou-se a origem da '", construção dá cnamaoartecna da Administração Educacional" (ZUNG, 1984:44). Com reterênciaaospiincípios extraídos da Teoria de sistemas-a teoria .e a pratica ' inerentes à administiaçãoeaucacionalrepróduzem:se através do rriíto da'neutraltdade ' técnica e da racíonaudaoe científica. que 'uma vez. levados às últimas conseqüências transformam-se na conversão direta para um sistema de controle das atividades pedagógicas. Essà conversão se dá, praticamente, no âmbito da Universidade Pública, Por detrás do pressuposto priQcípio de isenção da verdade científica, os procedimentos técnico-administrativo? presentes na instltuiçào ,universitária escamoteiam sua ação prag- , , rhática sobacapa da neutralidade genera,lista, com'vistas à, superaçãodosproblemas de ' .. natureza adm.inistrativa etarneérn peçfagógica, . ,, ' '. '. .' , ,Essa?'limitações êxiste'rítes na Teoria Geral da Administração é, lmpostás à Teori.a da Administração EducaciOnal fazem com que 'esta seja compreendida como sendo uma ciência aplicada, de caráter tmparctal, contríoundo para uma mistificação de cunho ideológico. A especificidade da Teoria da Administração escolar não pode ser definida em termos de urna autonomia da ação administrativa, supostamente técnica; mas sim vinculada à própria essência da natureza educacional, pois os problemas da,orçaruzação da admínlstraçãoescotarnão são os mesmos da organização empresarial, de vez que a essência doprocesso.educativo não se confunde cOíma natureza doprocesso produtivo ~ das atívtdades econôrnicas.Asstm temos a afirmação de ZUNG, que nos explica sobre a natureza dó~tréibalho'pedélgógiço>' .' ." , . . ," ' ',"S'err.fde5considerarmb's suas 'características produtoras ereprodutoras,aórganízação escolar compreendida de forrnadialética, não se fundamentaapenas na ractonalidáde funcional, na hierarquia. na objetividade e naimpessoalidade, cujo objetivo é a , explicação «ío trabalho alienado e alienante",(ZUNG<1984:45), , Esse argumento nos possibilita compreender que a politização da ação administrativa deve ir de encontro a sua inserção na totahdade e na democratização do saber, através da incorporação dlI co-responsabüidade coletiva dos diversos.sujeitos.e agentes envolvidos, tanto no processo educacional quanto na prática das atlvldacesdo trabalho doce'nte.' • , No entanto, como nos revela TRAGTENBERG em seus estudos sobre a avaliação educacional, é no âmbitó dá' escola como uma "instituição disciplinar'; que se expressa


9 um poder disciplinado r sobre a produção e a transmissão do saber, articulada com a estrutura social. Assim temos, que: "( ...) as relações entre todos os personagens no espaço da escola, a saber: . professores, alunos, tuncionários, diretores e outros; reproduzem, em escala menor, a r~de de relações que existe na sociedade". (TRAGTENBERG, 1979:42). Nesse sentido, a estrutura insfitucional da Universidade estiá organizada para legitimar o conhéclrnento considerado adequado e compatível com a manutenção e . "' . . controle das formas de pensar, identificando e produzindo o chamado "saber elaborado" de natureza científica. Verificamos néls práticas de ensino vigentes que elas reproduzem em seus mocelkos pedagógicos usuais," a classificação e a seleção dos conteúdos .transmitidos nos processos de ensino-aprendizagem direcionados aos estudantes. Em síntese. as instituições' educacionais de nível uníversüárío tendem a reproduzir as "condições da existência social, formando pessoas aptas a ocuparem os lugares que a estrutura social oferece" (TRAGTENBERG, 1979:43). . Dessa forma, as. relações de poder se concretizam através da produção e da .transmissão dos conhecimentos efetivadas pela unlversoace.cue uma vez estabelecidas süborotnarn-se.a uma ordem hierárquica. Entre as várias funções desempenhadas . pela 'burocracia administrativa, uma delas baseia-se no controle das ações e dos' procedimentos, onde cada uma das categorias representatas petos agentes e personagens envolvidos exercem sua influência não espaço institucional universitário. ' O f~to. é que, 'na relação entre professores e alunos h,á.~':la espécie de confronto j entre dOIStipos de saber, o do professor pretensamente sintétíco- e ínacabaoo. e o do i aluno cuja natureza sincrética é considerada como sendo de ignorância relativa. O I segundo ator, nessa lógica, submete-se assim ao primeiro, em cujo processo de ensino-aprendizagem se dá o inter-relacionamento entre ambos. Este, por sua vez, se restringe à simples avaliação de cunho formal interrnediada àatnbutção de um julgamen.t0 de valorização feito pelo professor, conJigurando assim uma relação de "saber/poder e dpminante/dominado". (TRAGTENBERG, 1979:43). Ao considerarmos que estes procedimentos pedagógicos ocorrem no cotidiano e em todos os níveis da escolaridade regular, nos quais se inclui a Universidade, constatamos que o trabalho e o relacionamento entre o corpo docente e o corpo discente têm se limitado ao ensino e à aprendizagem apenas dos conteúdos. Voltada com a ênfase no adestramento da aquisição de conhecimentos capaz de serem incorporados à habilitação profissional desejada pelos estudantes, as práticas 'docentes têm .sido orientadas para o atendimento das necessidades e exigências estabelecidas pelo mercado detraeano, visando o conseqüente fornecimento de mão-de-obra qualificada de nível superior. ,Com isso, sãoceíxadàs de ladoe para posições secundári,a'se acessórias os processos de formação educacional e cultural, que são perfeitamente conciliáveis com o preparo dos estudantes, em termos da capacitaçáo técnica e conseqüerte domínio das especificidades do connecímerno. Nesse sentido, existe até uma ambigüidade relativa do reconhecimento profissional junto à sociedade, em especial no que tange ao mercado de trabalho. Acreditamos que as atividades de ensinar e aprender a pensar e praticar .as habilidades do fazer humano são igualmente importantes, pois não são excludentes, sendo necessárias à vida social e humana.TRAGTENBERG formula com muita propriedade o questionamento no sentido de identifcar"em que medida o saber acumulado e formulado pelo professor tem cnance de tornar-se o saber do aluno" (TRAGTENBERG, 1979:44), e por via de consequência natural, ampliar-saem termos de alcance pela cbmunidade social.' ' Na perspectiva de análise de um curso universitário, o enfoque do currículo que considera a reconstrução social, protessor e aluno, são sujetos precursores de uma nova ordem social, onde os problemas da comunidade passam a ser adotados como questões centrais da estrutura curricular, que têm correspondêncià com os conteúdos das disciplinas, capazes de se mostrarem relevantes e esclarecedores. Nesse sentido, as articulações entre as experiências interdisciplinares e os processos pedagógicos de estlmutação do pensamento crítico visam formar no aluno e também no professor um senso de responsabilidade quanto ao futuro da comunidade, em termos da transformação social. . . .' .

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10 Mas, 'ao invés disso, nós 'educ-adores continuamos a persistir em nossas discussões genéricas sobre as questões educacionais, nas quais temos contribuído apenas para restringir a ênfase no desempenho da tarefa pedagógica'realizada pelo professor. Arazão de oferecermos um curso e o aluno recebê-Io deforma passiva, nos moldes e métodos pretendidos pelo professor, legitima a estrutura hierárquica existente na relação poder/saber. Por outro lado, os professores, em si mesmos, estão enquadrados em categorias organizacionais e classificatórias, o que afirma uma estrutura hierárquica. Há subordinação às .autorídades superiores e essa submissão os leva a reproduzir o controle e a "çiomii1açao compensadóra" (TRAGTEN.BERG, 1979:44), representantes que são dessa orderí1hierarquica junto aos estudantes de dominação do saber e em instrumentos de controle e podernas atividades do trabalho emeducação. Contextualizadas as práticas administrativas na educação, estas podem ser consi, deradas como exercício de podes Por intermédio de um quadro administrativo, podemos verificar a atuação "Gomo elemento mediador entre os que detêm o poder de decisão e os possíveis subordinados por esse-peder" (WITTMANN, 1987:36). A compreensão da teoria e da prática administrativas na educação, segundo ainda WITTMANN, só se explica a partir oaprocução de "determinados interesses presentes na ambigüidade social", nascícados antagonismos e contradições da formação social concreta e constituída ao mesmo tempo conio espaço e instrumento de hegemonia pelo poder. Na reandade, éno embate concreto do jogo de forças e interessesresunantes do exercício.de poderes que a administração da educação se coloca, não se constitUindo, portanto, numa lógica intrínseca ao seu desenvolvimento e àplicação, e extrínseca ao processo educacional. , ' Tdrna~se possível, então, compreendermos que a administração da educação tende' a servir aos interesses específicos da acumulação de capital e do controle das relações sociais, pondo a educação numa posição .de subordinação da relação capitál-trabalho e submetida ao' controle político-ideológico dos grupos dominantes na sociedade. Nesse sentido, ARROYO nos afirma: "A evolução das práticas e .estruturas administrativas sua respectiva função política atuam como, mediadoras na produção das relações sociais e só podem ser compreendidas se anal)sarmos o modo de produção da sociedade e as peculiaridades .que adquirem num dado momento histórico" (ARROYO, 1979:39). Nesse aspecto, não é gratuita a exigênCia de que o "saber elaborado", produzido pela Escola, se constitua em bem "saber adaptado ao incremento da produção", e portanto, um saber de natureza instrumental capaz de ser aplicável. A lristrumemalízação , dosaber se tomà uma necessíoace da acumulação do capital do controle social, onde , percebe-se'à vinculação entre o.saber e o slstérna econemíce, possibilitando ariecessária transferência da lÓgica racionansta para a admínstração dos processos educacionais, 'caracterizando assim o controle inerente à empresa de produção. Abordadas as implicações dá dimensão política da administração, com a perspectiva de modificação da' concepção crítica na formação dos administradores educacionais, consideramos ser um desafio a ser superado por todos nós construir um trabalho efetivo e progressista no 'interior das escolas. Mas, não devemos esquecer-nos que também é de grande importância resgatar o sentido social, da administração educacional, sem o qual perderemos a perspectiva de uma participação democrática. A afirmação de ARROYO nós demonstra que: "( ...) o problema é pois encontrarmos mecanismos que gerem um processo de democratização das estruturas educacionais, através ,da participação popular na definição de estratégias da organização educacional, da alocação de recursos e, sobretudo, da definição de conteúdos-e fi~s". (ARROYO, 1979:46).

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, REFERÊNCI"SBIBLlOGRÁFICAS APPLE, Michael W. Educação e Poder. 1. ed, Porto Alegrê:Artes Médicas, 1989,201 p. CHAUí, Marilena. Críttca.e Ideologià. Cadernos,SEAF. Petrópolis: Vozes, 1(1): 17-32, aço. 197~L ' TRAGTENBERG, Maurício, Burocracia eldeotoqie. São Paulo: Ática, 1972.


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__ " Relações de Poder na Escola. Artigos Cedes. São Paulo: Cortez, (15), ~~~~ . . WITTMANN, - Lauro Carlos. Administração da Educação Hoje: Ambigüidade de sua . Produção Histórica. Artigo em Aberto. 8rasilia, 6(36): 13-8, out./dez. 1987. ZUNG, Acacia Zeneida Kuenzer. A Teoria da Administração Educacional: Ciência e Ideologia. Caderno de Pesquisa. São Paulo, (48): 39-46, fev. 1984.

REFLEXÕES SOBRE A PESQUISA EM ARQUITETURA E URBANISMO Maria Amalia A. Almeida Magalhã(1i -Denise Bàrcellos Pinheiro Machado 1 Universidade Federal do Rio de Janeiro

A ciência, graças à epistemologia dialética, deixE!-de ser vista pelo prisma romântico daqueles pensadores que a endeusavam chamando-a "obra do gênio", criação sublime devida à "fagulha divina" do espírito, e outras expressões literárias de' igual vacuidade, para se tornar aquilo que efetivamente é, o produto de um modo de ser do homem.. Compreende-se pela necessidade do homem conhecer ra.cionalmente o mundo para nele sobreviver. (Alvaro Vieira Pinto, 1979)

.. INTRODUÇÃO

_ ' A definição de critérios ..para avaliação de projetos de pesquisa em-Arquitetura e Urbanismo remete à' rerlexão sobre a cónceituáção'e o contexto destes campos discipli. narese conseqüente delimitação do objeto de trabalho. Embora o objeto arquitetôniCo e urbanfstico exista desde os prírnórdios da civilização, é somente a partir do Renascimento que a Arquitetura é definida como disciplina autônoma. O Urbanismo, por sua vez, .apenas é considerado uma disciplina, "ciência" da organização espacial das cidades, no século XIX. Segundo Alberti ("De re aediticatoria", 1485, iil Choay, F. e Merlin P., 1988: 54). a Arquitetura deve obedecer simultaneamente às necessidades da construção, responder aos requisitosde conforto, e ser, pela sua beleza, fonte de prazer estético. Estrutura/construção, função/conforto, forma/estática são. portanto, intríns'ecos ao objeto arquitetônico. Aurélio Buarque de Holanda define Arquitetura corno.senoo "a arte de criar espaços organizados e animados; por' meio do agenciamento urbano e da edificação,_ para abrigar os diferentes tipos de atividades humanas. " O Urbanismo vem sendo alterriadamente definido como ciência, arte e/ou técnica - da organização espacial dos assentamentos humanos. Na definição 'de Aurélio, Urbanismo é "o estudo sistematizado e interdisciplinar da cidade e da questão urbana, e que inclui o conjunto de medidas técnicas, adrninistraüvas, econômicas e sociais necessárias ao desenvolvimento racional e humano delas." A Arquitetura e o Urbanismo são, pois, campos de atuação respectivamente multi e interdisciplinares, que requerem conhecimentos artísticos, históricos, técnicos, estéticos, sociológicos, antropológicos e econômicos para o Seu pleno desenvolvimento. O caráter híbrido da Arquitetura - arte e técnica - constitui uma das primeiras dificuldades que encontramos para delinear as características da pesquisa nessa área de conheciménto. Por outro-taco. o objeto arquitetônico é concreto e de caráter emínentemente prático, o que nos leva a considerar a importância do "saber fazer". Já o Urbanismo, ao abordar as cidades, pela complexidade destas, além dos recursos da arte da técnica, incorpora os das ciências sociais, econômica e potítlca. 'à

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(1) Maria Amalía A.A. Magalhàes é Professora Adjunta 3 do Departamento de Tecnologia da . Construção, membro titular do Conselho de Ensino para Graduados da UFRJ; Denise B. Pinheiro Machado é Professora Titular do Departamento de Planejamento Urbano e Regional. - .


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Em março de 1990 ~e,alizou-seel)') São Paulo, fila FAU~,USP,um Seminário sobre Natljreza e Pnorídades de Pesquisa emArqlJifeturá e Urbanismo, 'on(je fo'rarn apr:esen, tados trabalhos em três linhas temát~icas:a interdisciplinarid'ade da eesqu,is,a eft:)f'rql!Ji. tetura e Urbanismo;apesqUisâ básica, pesquisa aplicaaaeme.fodo'logia depesq~isa na área, e as príertdades de pesquisa e prqblemas estratíirals da sociedade brasile,i'ra, b , Semil1ário teve como finalidades discutir. anaíurezae os objetivos prioritádó$ da~êsqllisa em ArqtJitetura e Urbanismo, delinear o panorama atual da pésquísa nessasàreas; avaliando-o .. no sentido de informar a escolha de prlorldades. Alguns pontos, tais corno a interdisciplinaridáde da pesquisa na área é'a pr:esença ' das ciências amolentaís como elemento na área como elemento int~gfador, fQrar;n enratízados pela maioria dos autores. Réssaltou-se também a dificuldade' de sef'ide'ntifiCado e objeto,da pesquisa na área, ücando.este, quase sempre; limitado pelos esquemas das ctêncras-exatas.o dtstanoiarnenfoentre à Uriivers'idad'e e a SOGÍedadefoi OUtfOponto abordado, bem como a relação entre teQ~iàe prática, sendo esta última,dividida 8'1mÍ d~âs lnstánotás: a prática, profissional é. a prática teoricà. " : " Segundo Sànovicz, "a partir da obra' construída, pode ser feira a feifura?(le 'qu:ai,$ for-ama.s condicio.nantes ideológicas queievararn a configurá-Ia".' 'A retlexãe sobreessas oondicioAantespeimite estabéteóer metoâolâgias que reiactonern com a Arquitetw'fi:l e'o urbanísrilo os aspectos técrucos.eoonõrrucos. soóiotóçlces, ,historicos, artístícos,' , , A$,conclusões 00 Seminário, apontà'm para a ;nec:essidade,deser defif1lidd claramente o óbjeto da pesquisa em ArquJtetu.ra e Urbanismo, de tal torrna que não 'se percam a$especi1icidadesda,áre,a: . ',,; , , .' . r

SOBRE·ASfiSPECIFIC1DADES

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DA'ÁREA

Diante do ; exposto ,i desponta corno ,a. 'grande desafie' a id~nliHcação daquelaq eSlieciNcidades. Não podemosesquecer flçibra:ngência e o caráter generali.sta da f.ormàçãodqarquit.eto e úrbanista. A convergência de todos os seus centieeímeoíós P8i:a o Projete de ÀrQuite,tura'e Urbanísrnotrioica a importância da síntese em qualquer ,abórda9~m teórica ou~e investigação sobre o fazer arquitetõnioo e urbanfstico:,' ' , O arGjulteto' durante algum tempo-acumufavavários saberes, porém ,transformações tecnológicas advindas da Revolução Industrial, nurmprifiléiro moment\? sua atividade ·f.ic'oulifllitada '~ composição das termas. Era o tempo aasBe-ras~Aite$: quanco 9 arquiteto. era, considerado um artista, C'oridicionadQ1aocontieéimentodo engetJheiro - o técnico, Hoje mão é mais assim::() 'arquiteto retoma a dimensão tqta:t do projeto. " " " ' " , Rrojeto, pela' definiçãodé,Aurélio, significa "esboço ou risco de obra a se.rsaüzar/plano geral'de ecmicação"; OfPfQjeto é, desta forma, a antevisão do que s.erá:9objeto , C()n'struído, e come tal -náo pode se limitar ao "risco", devendc conter muitas. outras infor::màções,sem as quais nãp pode ser concrenzaõo. O fProjeto Émcerraem'sia)íntese. Mesmo o profissional que . exerça outrasativíoades que r;'l~Oa elabo'ração?9 Projeto

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(2) -A classificação doCNPq 'optou: pela área de Ciências Sociàis.

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Parece-DOSquedef:él;to inéxiete.úrna área única ondepoderíàmos estar adequaõos, tal ocaráterdive-rsifiç,ad,o de nossas ~tividades. " ,

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13 propriamente dito não pode perder a dimensão da totalidade em Arquitetura e Urbanismo. .Arenexao sobre o fazer arquitetônico e sobre a intervenção urbana são os objetivos finais de qualquer pesquisa na área. A reflexão teórica se baseia no objeto construído e a experiência prática, por sua vez, se modifica pela reflexão teórica. Esse movimento . dialéticoé fundamental para a construção do conhecimento em Arquitetura e Urbanerro. 'Desta forma: a teoria da Arquitetura surge a partir do pensar a evolução do fazer arquitetõnico, assim como a teoria do Urbanismo decorre da análise da evolução dos processos.urbanos e as formas de intervir e pensar sobre estes espaços. . Num primeiro momento, faz-se necessário relacionar as possíveis suo-áreas de conhecimento nasquals se desenvolveriam as pesquisas em Arquitetura e Urbanismo. Uma,divisãO já consagrada nas Escolas do país seria aseçutnte: Concepção e Análise da Forma; Tecnoloqla: História e Teoria; urbantsrno: Projeto de Arquitetura. Tais suo-áreas se enquadram em diversas áreas do conheCimento, levando, portanto, ao desenvolvimentodüerenctado da pesquisa em Arquitetwra e Urbanismo. . . Em'todas, nó entanto, éimportante estabelecer fundamentos teóricos que permitam a lnvestlçação sobre processos de concepção, elaboração e avaliação de objetos construídos. Ess~s tundarnentos teóricos são elabotados a partir da análise crítica da Arq\Jiteturé;l e do Urbanismo. através dos tempos, relacionando-os com o estágio do desenvolvlmeóto tecnológico e com os fenômenos sociais e culturais intercorrentes. Antes deabordar/<> problema do estabelecimento de critériós para a avaliação da pesquisa em Arquitetura eUrbanismo, devemos tentar entender a forma como o arquiteto de maneira geral se posiciona em relação à mesma.

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A PESQUISA CIENTíFICA Na formação do arquiteto e urbanista a pesquisa tem um papel importante. Através desta é que se estabelecem novas teorias e correntes de pensamento, isto é, novos ccnceltos e novas formas de abordagem do Projeto. É comum o arquiteto considerar que a elaboração do Projeto subentende a . realização de pesquisa, pelas fases que antecedem ou complementam a concepção e a consecução do mesmo, tais como: levantamento de dados, o estudo do tema, a análise do pertil do usuário, a pesquisa de materiais e técnicas construtivas a serem adotadas . . Tais proceolmentos aproximam-se de um levantamento de dados e informações, diterenctanoo-se, portanto, da pesquisa científica. ' .A pesquisa Científica é um "processo inquiridor de fenômenos com o propósito de compreenoê-tos e explicá-Ios" (FGV/MEC, 1987:891), onde a teoria é proposta, confirmada ou refutada através da análise de fenômenos ou de práticas. Um trabalho científico tem corno caracterlstíca básica sua contribUição na produção do conhecimento, acres. centando, mesmo que em pequena escala, algo ao que já era conhecido. A pesquisa científica parte do estudo de um objeto reconhecível e definido, que se mantém ao longo dá pesquisa conforme premissas de sua formulação, O estudo dirá deste objeto algo que ainda não foi dito ou reverá sob uma ottca diferente o que já se disse, permitindo assim contribu.ição ao conhecimento acumulado. Para garantir a continuidade do estudo, este deve fornecer elementos para à verificação ou contestação das hipóteses apresentadas, mostrando com clareza a metodologia e os procedimentos do trabalho. (Eco, 1992: 20/24). ' . A pesqutsa científica é classificada, conforme seus objetivos, em pesquisa básica ou fundamental e pesquisa dirigida ou aplicada. A primeira tem o propósito de desenvolver teorias para fundamentar os princípios de uma disciplina e a segunda utiliza basicamente conhecimentos empíricos, trabalhando com a experiência do cotidiano. 3urge das necessidades sociais, buscando respostas para os problemas imediatos da comunidade. . ' . . . . . A pesquisa éientífica se caracteriza pelo método, pela continuidade, pela contribuição pará a produção de conhecimento. e tem como metaa inovação ou a invenção. Desta forma, não pode prescindir da anáílsecrftíca; fundamentada em proncípios teóricos pré-estabelecidos. Portanto, "a mera repetição de formas. e processos conhecidos, ainda que . implicandQtransferência de tecnoíoqla. importada, não caracteriza, certamente, uma atívld?dedé,pesqulsa".(S~rra; 1990:'76):"" ..., . .",

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A PESQUISA EM ARQUITETURA

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E. URBANISMO

Nestor Goulart Reis Filho'(1990: 105) faz referência ao despertar bastante recente do interesse pela pesquisa em nossas áreas, apontando como o início dessa atividade na USP o final da década de 50. Por vários motivos, não havia o estímulo à pesquisa na Universidade. Desta forma, poucos profissionais publicavam trabalhos sobre à Arquitetura que faziam ou sobre os aspectos teóricos de sua atividade eminentemente prática. Após-graduação em Arguitetura e Urbanismo também era ínextstente no país. Ainda hoje, apesar de já termos alguns cursos de Pós-Graduação no Brasil, esta não está consolidada em todas as áreas de interesse do arquiteto.Q único programa de Pós-Graduaçãoque abrange essas diversas áreas é 9 da FAU-USP, em nível de Mestrado e Doutorado. Nas outras Universidades só existem cursos em nível de Mestrado, e em algumas áreas de interesse. Isto crtaurrrobstáculo para o desenvolvimento da pesquisa na área, uma vez que restringe o número de profissionais com titulação e limita o estabelecimento do meio propícío à pesquisa na Univer.sidade. . . A pesquisa em Arquitetura e Urbantsmo pouco se deasenvolve fora do ambiente acadêmico. Porum lado, a dificuldade de recursos(3), por outro, a formação recebida na Universidade, essencialmente voltada para os aspectos práticos e operacionais da profissão, não criam condições favoráveis para que o arquiteto e o urbanista se dediquem à pesquisa •.A escassez de pesquisa acadêmica vinculada ao ensino não estimula os alunos à iniciação à prática da pesquisa, resultando num futuro profiSsionaldesvinculado da necessidade de atualização e do estudo. A prática profissional fica restrita à utilízação de inovações que são resultados de pesquisas em áreas correlatas (por exémplo, . utilização de novos rnateríats). Na maior reunião científica do país, a Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, poucos são os trabalhos apresentados na área de Arquitetura e Urbanismo. Isto pode ser um dado importante a ser analisado. Não interessa ao arquiteto e urbanista o desenvolvimento da ciênc1a, não considera que sua atividade e suas reflexões possam ter um caráter científico, ou simplesmente a pesquisa não faz parte do seu universo? . A crítica é fundamental no processo. A busca de informação e' a produção- do conhecimento têm concepções diferentes: a primeira fica restrita aos fatos e o segundo permite, através de síntese, constituir novas teoriase correntes de pensa- . mente. Oconhecímento só é produzido a partir do exercício da reflexão e da crítica. O ensino. dissociado da pesquisa não cumpre plenamente o seu papel. pois não estimula o pensar. Se.jia Universfdace, o aluno só recebe informações,dificilmente terá condições. de produzir conhecimento. A E~PERIÊNCIA

DA FAU·UFRJ

Nos úitimos anos, a UFRJ tem procurado incentivar a pesquisa na graduação através do Programa de Iniciação Científica. Ainda incipiente na FAU, os resultados já obtidos têm demonstrado que é possJvelser modificado o processo didático do curso, preparando os futuros profissionais para a investigação científica. Não obstante.iconstata-se a dificuldade dos arquitetos que pertencem ao quadro de professores da FAU em diferenciar um trabalho que se constitui basicamente de uma coleta de dados, seletiva ou não, de uma pesquisa científica. Isto pode ser atribuído à tormaçãorecebída na Universidade, onde o ensino está desvinculado da pesquisa . . O Curso de Mestrado em Arquitetura, iniciado em 1987, na área de TecnologiaConforto Ambiental e Racionalização da Construção - tem dado oportunidade de ampliar o número de professores da FAU-UFRJ com titulação, abrindo novas possibilidades para o desenvolvimento de pesquisas, Além disso, os protessores da FAU buscam em outras

(3) Poucos são os profissionais qualificados. que obtêm financiamento para suas pesquisas, . sendo que,para a maioriadas agências de fomento, o Doutorado é exigido para o 'apoio a.projetos de pesquisa.


15 .unidades da UFRJ cursos deMesfrado e/ou Doutorado em áreas afins, como Geografia Urbana, Planejamento Urbano e Flegional, Engenharia de Produção, Ciências Ambientais, História da Arte e Educação. No âmbito da FAU, há projetos em andamento para o estabelecimento de cursos em outras áreas, Mestrado em Urbanismo, Mestrado em Projeto de ArquitetUra e Teoria da Arquitetura. A maioria das pesquisas' desenvolvidas na FAU emerge dos Departamentos. onde se destacam as pesquisas urbanas e os núcleos de Habitação, de Estudos de Arquitetura Colonial (NEÁC), e de Pesquisa: e Documentação (NDP). Pela polãlca da atual Reitoria, os concursos para provimento de vagas na UFRJ têm sido abertos para as categorias de Professor Adjunto na sua maioria, portanto, para candidatos que possuam o titulo .de Doutor. Na medida em que-seja ampliado o número de professores qualificados, certamente crescerá a produção científica na Universidade, inclusive nas áreas onde esta ainda é emergente. CRITÉRI~SPARA

AVALIAÇÃO

DA PESQUISA.

O estabelecimento de critérios para a avaliação da pesquisa em Arquitetutra e Urbanismo deve levar em consideração o conjunto das ponderações feitas acima.' 1. Em prímelro lugar, o tema da pesquisa, dentro dasub-área escolhida, deve ·ter relevância,sendo esta avaliadaa partir de alguns parámetros.como por exemplo: a) o desenvolvimento âemetodologias inovadoras; b) a identificação de lacunas do conhecimento; c) a proposição de novos campos de estudo. (Lamparelli, 1990: 163) . . 2: A relação do tema C9m as linhas de pesquisa já existentes no meio onde a mesma se desenvolverá um fator importante. para çarantír o bom resultado da mesma. Além da troca de conhecimentos, a reunião de pesquisadores com interesses comuns permitirá um maior aprofundamento doassuntp, evitando as pesquisas excessivamente particularizadas, . 3. O caráter aberto da pesquisa, já de certa forma enfatizado acima, evita o isolamento dos pesquisadores, bloqueando a dívulgação em curso ou já realizada no aSSunto. . 4~A integraçãd dap'esquisa com o ensino de graduação é fundamental para que se cheçue a novas temáticas e metodologia:s de ensino e conseqüentemente àtormação de protíssíonaís mais competentes e com capacidade de fazer uma análise crítica de sua própria atuação profissional. 5. A participação de alunos de çraduação e de pós-graduação nas équípes de pesquisa, despertando O interesse pela prática da investigação e pesquisa científicas. 6. O caráter teórtco-práttco, ou dialético, da pesquisa, que permite; pelo estabelecimento da relação permanente entre o fazer e o pensar, "a criação de novas idéias a partir das já criadas". (Pinto, 1979:69). 7. Tratar o Projeto como tema de pesquisa, com suas coletas de dados servindo de fase inicial de um processo de investigação e de reflexão. O atelier de Projeto poderá assim se tornar urna espécíe de laboratório onde se farão as experimentações que serão verificadas no objeto construído. Desses procedimentos poderão surgir os fundamentos teóricos tão necessários para a pesquisa. A interpretação do Projeto deve ser feita com a visão do arquiteto e urbanista, para permitir a sua leitura corno tal. 8~As el~l?as temporais devem ser bem denníoas ,dimensionadas, de forma a garantir a: reatlzação das atividades previstas em caca.uma e portanto viabilizando a conclusão nos prazos previstos. 9. Cuidado no critério da escolha da bibliografia utilizada. Nada ou quase nada acrescenta ao mérito de uma pesquisa a listagem de um número extenso de títulos, se' realmente não fornecerem subsídios sigr;Jificativos para o trabalho, A menos que sejam clássicos nos temas abordados, ceve-se ter a preocupação de escolher livros de publicação recente . . 10. Definição clara da metodologia adotada, fazendo referência às bases teóricas utilizadas, identificando os seus limites de validade, dentro das situações históricas concretas. . 11. Contribuição da pesquisa às necessidades e demandas da sociedade.

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CONSIDERAÇÕES

FINAIS

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A intenção do trabalho que OJaapresentamos é a de acrescentar subsídios para o debate sobre a pesquisa em Arquitetura e Urbanismo. As considerações feitas não têm a pretensão de esgotar o assunto. Apenas refletem aspreocupações com as dificuldades que deparamos na Universidade para o desenvolvimento da pesquisa na área . . Ai ausência de Uma política de pesquisa na Universidade dificulta a produção organizada e sistemática, apesar de multas vezes serer:n feitos estudos de grande valor. Reflexo disto é a carênéia de bibliografia nacional para a pesquisa em Arquitetura 'e Urbanismo.. .. . . Os itens relacionados como critérios para a avaliação de pesquisa são uma síntese das considerações feitas anteriormente. O grande desafio consiste em se estabelecer' metodoloçias adequadas para uma pesquisa científica na área, sem necessariamente se valer das metodologiás utilizadas nas áreas afins. A aproximação dialética desmitifica o trabalho cíentâico.que não é exclusivo.de "gênios",mas que, apesar de requerer aptidões ' especiais, é acessível a maior número de pessoas. (pinto, 1979 70) fundamental é. que apesquisa seja encarada como um procedimento de reflexão e crítica da realidade que leva a estabelecer teorias para intervir nessa realidade, de forma a entendê-Ia melhor e aperfeiçoá-Ia.

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LABORATÓRIO DO HABITAT - L"HABITAT

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· >,'P baD0ratédQddHabifat!cri~d(r.Ma.~€!çUldàde de, Arqüifetura 'LJrbani~mo P0ntifícia,Unjv'érsicJàde~' Católicà d;êcampinasem 1986, fem como objetivo básicô a re,a.lizaÇãOd~,prOj~1()~e pesquisas~~nv~lv~hdo 'all:lnos (auxiliares dê pesquisa) e proíessores,(orientadores);p'ossiDili,tando<assim{melho( .eapacitação do corpo disCente e aperfeiçqamenlO. 'do'corpc> docente,: al$r:n da socialização dos' connecírnentos que ~iJctJIFI~m es~o, PfQdw~i,~o9'pela',.~ni;v:er,~!dad,epara tcoa.acorndnídade regional 'e .ern p,àrtiéularpárá pa.rtcelasGlàpopwlaçâo gue n'ão teRycondiçÔes de contar com serviços espéciâlizâdôsd~)Arqú.itet~e·dQUrbanista:'" .•'., ." '. '..." ";Inúmeros'p(éjet()~,epesqúisas 'de'g~nVolvictQs no LaboratÓrio' do Habitattêm en~oiviçó,tam6ém;apartldpélçãode profêssG'ri~sde"outras, unidades acadêmicas da, tJ~ive:tsidade,sighifiéàndo dessa forma espaço para produção de conhecimento integradó'ernultidisciplinardentro da PUCéAM.P., " ", resüJtado,.~9s, ttaQa.lhos·élábo(,açlós,'t,em propiciado, a retroalimentaçãoao proÇéS,S0defo[rna'çãàprQ!i~sio:riàrcbsaluô'os(JêlArquitetlJia, ~ejapbrsuipartiGipaçãoé:liretà .'..•.cô,rpo·~onitór~s, no, L·riABIT.t\T;';seja>8~ia~in6IGscão';dost6nteúdosem ',discipl ínas afim, '. se,ja:pela constitdjção deméitet.iaLde QQFlsul-ta, . . .•.'.....' ..' .' ••.Desd~:.a·, suacon'sfituiÇãO,OL'FíABlTATteJ;i],,'sedi'ade .clscussôes:e -atividades bUSCanEl.o4r:narelaçãO(1J·ai'S.i.ritePlsà.entre.o.e·~SinodêArq~,itetura'eareálidade brasueíra, ' .: notada'nientéapJoJ)lemátíc~reg,ioria,;' através ·G:japr,estação de assistência .técnica a. entidades eprefeitmas)ais'Gomo: ' '.. . . ' . . ' Associação dÓs I\1brà(joresda FàvelaSãoJudaS Taaew -Munidpio de Cámpinas/$P, Projeto deurbar;liz,ação (parcelarhentÔdo solo, estacionamentos, áreas de plaritio;>vi~las, cictovia). Projetbdecrec~e, P,eríodo: 1986'a1988,. ' ',Assistência Técnica ~Comlssão dá, Terra-do-Jardírn Oratório .; Município de MáuáJ$P, Prqjet9deurbS1nização dà.favela/~erí()do :,j 986;à 199~ ~..' , Asséssoriá Técnica '~CorhunidadeNúdeoJardim-':: Município de Piracicaba/SP. Projeto de úrbanizaçâoda favela - Projeto modular ,de residência, Período: 1987, Assessonaao MoviménlÓ dO$Smn-Càsa de Surnaré'»- Município de Sumaré/SP. Projeto de habitação de emergência elraçado l:J'rbanístico,para área invadída - Rrojeto de tipologiascünstrutivas para.resiríências - Estl!!idopara horta comunitária -' Projeto de . creche, Período': 1987 a 1992. , . . . . · . ....AssessoriàTécniéa à Ccrnunidaoe, Jardim' Glória, -' Mwnicfpio lPirae;cabalSP' Proje,tÓd8t,Jibaniiação" Pe.riodo: 1987.';'>:"':.,\>; '.,.;, '., ." 'Cónv~ncío cor;n'aP'.refeitu ràtv1u nicipa,ld.e 6ô;mpinaspara Eevan~a.rn~nto Arqu ítetôrliC'odaÃreaGentral'ciéCàrnPinas:fgeJíQdO;1989·éjl-l99Q.J '.'. " . . · .': 'C9nvêocio' com a', Prefeitu rà' MtJRie'ipaJde. Campinàs:pa,ra 'AssistênCia Técnica à 'Construção'de Casâs~populé1rése:Óesenvolvimentode Cartilha de Construção. Período: 1989"a,f990. ): -:...~ , . Çonvênio com aPreieitura MuniciPéll'Oe PirassUnunga para Assessoria Técnica à . Elabóraçâo ,do Plano Diretor..Período: '1991- a 1992: .... .... . -.' .' . . •....... ·,;:,qb~yêÍlÇ-iOc6Q)~:preJ~iturá'MtJ~lê,ipal'(te:Jtu para"AS9êssÓriáTééni~a à.elaboraçãe detPlàÍ101)Iretor,;;,períQdôF1991à19~2J~!i·,r!·> ..:~>;".:.,'; . '",' - .:.... ".'. " '. .' ......• ' 'ConvêhiQ':corb',auNIME;.DdQ';Bfa,snp~~f'â·elttôoração'd~.Cr'ltérios'Regiohais para Padrões.Oonstrutlvôs-de Hospitáis,:péríodo: J992, ' futuro, 'pr}3tendéos,é amRliar árê:a;de,atuação do ,L'H,ABITAT pàra a realização i.:detfabalho~ de pesquisa;e experirnept'aç~o; em termos de .tipologias .ccnstrutívas, '.'.: morlo(pgia:di1"pãisager:n é)Tla~nejbqasOb:ht1içÕes'~n~bie:nt~is dá região Cpmpinas, , assi.rncoi:no.um inter.câmbio. maisJhtens()'C<1:H)1 entidades e organismos afins, no Brasil . e no

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LABORATÓRIO

DÓ HABITAT

, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo' PO.n(ifíciaUniversidaqe Cptólica de Çampinas Campus t"7' RodoviaQom Pedro I, krn 136- CampiR8s/SP dE? 13100 Fone: (0192) 520899 FAX: (0192) 528477 Coordenação atual: Profª. Maria Amélia Devitte Ferreira D'Azevedo I-eite

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o ENSINO

DE TECNOLOGIA NAS ESCOLAS DE ARQUITETURA Prot" Maria Ainélia Oevitte Ferreira D'Azevedo Leite FAUlPUCCpmpina$ - SP

A atividade' principal do arquiteto está no ato de projetar, essenclalmente ligàdo a um processo de criação cesenvoívldo intelectualmente. O projeto arquitetõnico vem manifestando-se historicamente através de desenhos, maquetes e eventualmente1extos, e mais recentemente via recursos visuais proplcíados pela Informática, manifestações essas que aproximam a produção do arquiteto em muito da produção do artísta plástico, ao lado da própria atividade criativa. O ato de projetar em Arquitetura, entretanto, traz em si uma diferença crucial: Ç>bjetiva transformação do projeto elaborado a partir de abstrações de seu autor em, ambiente construkío, rnaterlallzaoc, concreto e apropriado ao uso humano. ' , ,Assim, projetar em Arquitetura irnplica tàmbém saber materiàlizàr o proposto, pérlt~o , de um universo qua.conterrpte as exigências físicas humanas, absorva as imposições gravitadonais às quais estamos submetidos, atente para as conseqüências 'ambientais decorrentes do partido adotado e perrnítaa víabuízação econQmica d~ obra,.:., .',' Ou seja; o óbjetivo do projeto arquítetôníco é promover intervençõesmatejtàis no "meloamoíênte físiçõ e cultural de umasocíeoade por meio de ambientes corrstrúdos ou modificados. ' . . ,Podemnos considerar, dessa forma, que o arquiteto deva ter, contorrne coloca Ruy 1 Gama , conhecimentos sobre: métodos e resultados das Ciências Físicas e Naturais; as operaçôes técnicas.osInstrumentos, as terramentas e as máquinas empregadas nos dive'rsos ramos da técnica; os gestos e ostJmpos de trabalho; o custo dos materiais e da energia e~prp.gada. Ou de forma susclruarter um forte conhecimento da atividade 'Qonstrução" .Às ca-actenstícas desses conhecimentos aliados à atribuição do projeto, de,informar "contorme fazer as coisas" a agentes executores das tarefas programadas , remetem-nos a um montante de conhecimento de caráter tecnológico que deve ser , transmitido e processado durante o período de formação do arquiteto, o qual possibilite uma atuação profissional condizente com as solicitações da sociedade na qual esteja ' inserido, e minimamente corresponda às suas atribuições profissionais legais, . Sobre esse montante de conhecimento tecnológico que acreditamos seja pertinente ao período de formação do arquiteto, consideramos fundameritalinvestigar para uma ,ávaliaçãoqualitativa da educação do.profissfonal-arquiteto/urbanlsta:' •• "

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, 1. Comovem Sel:ldq,'t.ransmltido e processado: ~t'fav~sde /~través de , Através de Através de Através de

quais disciplinas com qual carga horária? . quats conteúdos? ' . \ atividades experimentais em quais laboratórios? quais procedimentos didáticos? quais mecanismos de avaliação?

. 2. A origem desses conhecimentos A escola de arquitetura é detentora do controle déssas disciplinas? Ou vem de outros departamentos e de outras escolas?

3. Quem transmite e processa esses conhecimentos? As disciplinas de cará:t~r.técnolºgicoSã0\'flir]istraçlias ,

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exclusivamente

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por protíssio-


19

nais de outras áreas (particularmente ençenheíros)? Qual e percentual de protessores-arquítetos atuando. nessa área? . AcreditamOs que a investigação. sobre os aspectos citados poderá contribuir no. sentido dé-aperteíçoar e ensine nas Esco.las de Arquitetura e conseqüehtemente.a qualidade dó prorísslonal-arquiteto. I;m nessas. pesquisas sobre e assunte ternos verificado. que o.ensino. de tecnoloçia nas Escolas de Arquitetura ainda não. está adequado. às questões que lhe são. caractenstlcas.tato revelado. pelas disciplinas críuridas predominantemente de outros departamentes e de outras escotasüá verificamo.s curses de Ãrquitetura cem disciplinas de Tecnelegia advindas de neve diferentes Departamentos de quatro. escolas diferentes na . mesma Universidade!), eu peles conteúdos cempletamente descolados dos verdadeiros . interesses doenslno dear-qtiitetura: (em sua maíorfa, os conteúdos são. integralmente .acuetes ministrados nas' escolas de Engenharia; de Matemátlca e Estatística~ Física, etc, inélusive cem os mesmos precedimento.s didátices). Aparentemente inclusive, não.há consenso de qual seja uma boa relação. em termos d(:) carga ho-rária para as disciplinas de caráter tecnolóçíco (encontramos variações .de 10,7°/~ a 41 ,5% de carga norárta de Tecnoloçía em relação. à cargahórária total). A nesse ver, a situação. verificada quanto. ao.ensine de Tecnoloçía nas Esco.las de . Arqu~e~ura brasileiras reflete ainda e dilema inicial de sua constítuíçao. entrea Escola Po.litécnica· e a escola de seras-Artes, e sem dúvida deve ser analisaoa o quanto antes. no. sentido. de-preparar os tuiuros arquitetos para um desempenhe eficaz face aos . ínúmeros ouestlonamentosespactats e ambientais apresentados por. nossa realidade. ..

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~IBLIOGRAF,IA . " 1 .GAMA, Ruy - "A Teconolodla e e trabalhe na história". FAUUSP - 1985, p. "46. 2. MARTUCCI, Ricardo. - 'Proposta para discussão: Refermulação. da área de Tecnolo. gia". Departamento.. de Arquitetura Planejamento.. USP/Sãó Carlos -1991. , ó

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TRABALHO DE GRADUAÇÃO EM ARQUITETURA: UMA EXPERIÊNCIA Prot' Cláudia Loureiro Prot. Geraldo Marinho Prot. Gnsori Gonçetves Prot: Luis Amorim Coordenadores Trabalho de Graduação Universidade Federal de Pernambuco - PE Departamento de Arquitetura e Urbanismo - Recife, 1992

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ÁPRESENTAÇÃO

o

processo de estruturação e implantação. do Trabalhe de Graduação. no.Curse de Arqui~turae Urbanismo. da Universidade Federal de Pernamouoo vem representando." tanto para e corpo. docente, quanto. discente .uma rica experiência, viabilizando. de torma . mais objetiva, uma reflexão. sobre a estrutura curricular e práticas pedagógicas vigentes, pela oportunidadede avaliar e efeito. de tais práticas sobre e produto final do.TG. . .. 'Este documento reúne, sintetiza e avalia e que tem sido. esta experiência, e apresenta o.resultado. deste processo sob a íorrna de regulamento. e procectrnentos, propostos pelos autores, para regulamentação. do.TG. Os documentos aqui reunidos foram elaborados peles proíessores Claudia Loureiro, Geraldo. Marinho, ·Gilso.n . Go.nçalvese Luis Amorim, coordenadores do. TG nos 3 últimos semestres, sendo. que as idéias aqui expostas .sâode jntelra respo.nsabilidade dos autores não. representando, neçessariamente, pensamento. do. curso,

o

INTRODUÇÃO

o Trabalho. de Graduação. emArquitetura .

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(TG) toi intro.duzido nó~Curse de graduação .


20

de

em Arquitetura da Uníversidàoe Federal Pe~llaríibuêq à partir da .rejorrnutação currícular de 1986, após a interrupçâo.dá,práÍicadetrabalhós finals,de'diplornação ocorrida em 1970 com a reestruturação das. Universidades 'ermplànúiçãó::do'slstema

semestral de créditos.·

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O TG passou a ser efetivamenteimpla:ntado no curso-a p~rtirdo.2º:-s~mésfreâé · 1990, após uma experiência piloto ocorridarí02ºseméstr~de) 986. 0;TG êstáestrufurado . em torno de duas otscíplmas: AO. 416 -.T~abalho'deGradu.ação1' (jG1')i,no'9º,semestfe . letivo do curso, com carga horária de 45'horas=sémestrais,'e AO. 41i;;:'';Irabalho dá, Graduação 2 (TG2), no 1Oºsemestre I.eti\/o, cotncarçanorária de 120 horas'sernestrals; .

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ASPECtOS

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QUANTITATIVOS

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Nos 3 primeir~ssemest~es iniplantaçãó.doTrab'álho de G;adu~çãP;'~2trabàlho~ foram apresentados às etapas de pré-aváliáção)in?I~'etl'~ólvendonós.éu d~senv()lyimen-: 1 'to, em dois semestres, 23 dos protessóreâ dôo Ge'partaméntode Arquiteturá éUrbanismo e 2 professores externos, n'uma relélção cÍkl,éé.;tràbâltiÔ' p()rbriJr;1tadO!->(v:erQuadrÔi). Atuàlriierite, os trabalhos de graduaçáo~m;andament6,e.m.hurii~tode 57 ,e!Ívólvetn .~<. .: ,",' _~. . , ,," . .. "'~~. 0'-:'_, _ _ 60% do corpo docente em-atividade, numarelação de):~,?8trâbalhos por~9rie:(ltad()r., . ,. ;.,; ~ .. ~~,. ; .. :'" _.', ,'.... -;

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número de trabalhos

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• arquitetura

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.,10(33,3%)

• urbanismo

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, 03 (25%)'

"j,07(23,3~/o) •. .. 10' (33,8%)

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01 (3,3%)

• teoria/história • tecnologia

, ,02(7.%)

01 (8%)

trabalhos aprovados · orientadores

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26(87%);' 20··' .

1,1

trabalho/ortentador

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1,09

média das notas 7,24 ish = intervenção em sítios históricos

7,65·.'

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ASPECTOS QUAUTATIVQS >

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A ímptantaçáo oo TG no curso vempfgprê:iándÓ:,(j'pottu~i'dad~:de:reflexão sóbrea estrutura currlcularImplantada desde' ,1986, 6em'éomo ..sobre aspi:á~icas ,pedagógicas correntes.', . . :,' ....;\ ~. \ Ouanto à estrutura curricular, os seguintBs:aspectos podem ser observados: .', a) há excesso de disciplinas e carga horária.'por semestre, Hácasos de 9 disciplinas no semestre, com total de- 35 horas de aula por semana, ;rnviabilizan,dóUm énsino de . qualidade, devido ao pouco tempo para leitura.eelaboraçáo de trabalhos: '. b) relações inadequadas de pré e có-requisitos: " . . c) inadeouáção dás ementas e proçramas das disciplinas"com,poucaclªreza 'eÍll •• relação ao escopo, objetivos didáticos,releYânêía dó'éont'eddo,~,atqaliz'aç-~QbibGdgráficá; .... O bom desempenho de um curso exigenã6 só'urnà 8strútúracurricuiarajustada'e : articulada, como também uma conduta didático-pedagógica docorpooocenté compatível com melnoría do nível de ensino pretendída. Ouantoa .esteaspecto observa-se: . '. . a) o método didático utilizado na maiória dasdisélpliml.séQáSeadó:q~;tr?nsm(ssM.' ao aluno da experiência pessoal do professor, através da ilüstraçaó.'!j e'~êrnprrf[ç'aç~otlá"j' prática pessoal de projeto (rnétoõo.uustrativo). hão-sendóesteprocedimerito súfici,ente:" para estruturarrnétodos de aprendizagem; '. " b) não há retlexão sobre o "fazer arquitetõnico: enquanto uma.área;específicade '. · conhecimento; r .• '. .' ",' ·U.' '; .. ' .«"~:,::.:/,,:,r.,)~,:(~?,.:,\~:,:.' , "'>.:';'"

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21 , 'c) há pouca produção acadêmiça,' tais como textos didáticos, participação em congressos, publicações, etc.: d) não há critérios objetivos de avaliação do desempenho do aluno, em decorrência da falta de darezaquanl0 aos objetivos, conteúdo, técncas-ê produto final; , e) não há tradição na avaliação das disciplinás, como forma não só de fornecer feedback par-a novos cursos, mas corno processo constante de integração entre disciplinas; f) as disciplinas, na sua grande maioria" são consideradas como unidades autonômas, sem troca de experiência ou suçestàs com outros professores ou alunos, .

o PRODUTO

DO TG

Um olhar atento sobre .a produção até agora apresentada vai mostrar que como reflexo da estrutura curriculare práticas adotadas, apesar do esforço dos coordenadores, docentes e administração do curso, ela apresenta sérios, problemas .. Os trabalhos apresentados revelam deficiências de ordem: a) metoooíoaíca ., domínio de bibliografia pertinente ao. tema; tratamento e sistemàtização dos dados, delimitação do. objeto de estudo, conceituação de princípios de projeto; . . b) projetual-imprecisão na solução técnica estrutural e construtiva, falta de domínio dos aspectos funcionaiS, ausência de um vocabulário arquitetõnico que venha atender às exigências do projeto; , c) de expressão ~ utilizaçào de, técnicas de representação gráfica deficientes e insuficientes para exposição e compreensão da solução, Se, por um lado, os trabalhos apresentam deficiências, por outro, paradoxalmente, as, notas de aprovação são altas. A média das avaliações dos trabalhos de graduação (7.44) demonstra a fase de adaptação que o curso passa no sentido da absorção de nova prática pedagógica, proporcionada pela orientação dos trabalhos, Apesar da flagrante .desigualdade na qualidade dos trabalhos apresentados, as comissões examinadoras de avaliação final atestam, através de excelentes notas, o princípio da valorização do esforço do aluno en+detrimento da aplicação de critérios objetivos de avaliação dos métodos e conteúdos apresentados, . , Estas questões, estruturais e componamentais, motivaram a proposta de regulamento e procedimento em anexo, objetivando o aprimoramento dos critérios de avaliação de procedimentos de apresentação dos trabalhos, de pré-avauaçao e de avaliação final. . Novembro 199~ . UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CENTRO DE ARTES E COMUNICAÇÃO CURSO DE GRADUAÇÃO EM ARQUITETURA TRABALHO· DE GRADUAÇÃO EM ARQUITETURA REGULAMENT-O Minuta 'de proposta de reformulação 1: OBJETIVOS O Trabalho de Graduação em Arquitetura (TG) tem porobjetivo realizar umtrabalho que sintetize os conhecimentos adquiridos pelo aluno ao longo do curso, Através do desenvolvimento de urntrabalho individual, sobre tema de livre escolha e sob orientação de um professor do Departamento de Arquitetura e Urbanismo, o aluno deverá demonstrar sua capacidade de resolução de problemas arquitetõnicos, urbanísticos e paisagísticos, ao nível do exerccío profissional ao qual se habilita. .' 2. CONTEÚDO O'desenvofvtmento do Trabalho de Graduação em Arquitetura (TG) segue Plano de Trabalho elaborado pelo- aluno, sobre tema de sua livre escolha, e orientado por um professor.', " .' ,'. . Os temas a serem desenvolvidos devem estar inseridos nasáreàs fundamentais


22, <.l'

do Curso de Graduação em Arquitetura: 1) projeto de edificaçôes; 2) desenho urbano/pia; .. nejamento urbano/urbanismo; 3)-tecnologia da arquitetura; 4) teoria e hctórta da Arquitetura e do Urbano. , Os trabalhos a serem desenvolvidos devem, preferencialmente, ter um caráter prático. " , ' ." Qualquer que seja a naíureza-dóIrabafno de Graduãção, dele deverão constar os' , conteúdos abaixo: . , A. Para temas inseridos nes áreas deprojetdde editiceções e planejamento/desenho urbano:

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\ a) Formulação do problema: objetivo do'trabalbo, descrição do objeto, considerando , tanto sua !nserção num eenárío amplo,(visão rnacro), 'quanto as especificidades que Ihes' são próprias - aspectos conceituais, estruturadores, operacionaise funcionais, referenciados ao universo a ser atendido (região-alvo, público-alvo); . b) Prccessamento da base de'dados - diagnóstico: síntese da análise dos dados pertinentes ao terna, enfatizando as implicações dos mesmos sobre decisões projetuais: c) Diretries ceproieto :diretEizesgeraise especmcas de projeto; princípios de projeto; .c) Programa de necessldades.corn base no diagnÓstico estabelecido, formulação das necessidades proçramáticâsconsiderando: capacidade de atendimento, requisitos estruturais, funcionais, espaciais, dimensionais de habttabiüdade (basede critérios), exlçêncías, ínterrelações entre, funções, a,mbiÉmtes, fluxos; considerando a natureza de cada tema; , , '" '." ',..

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d) Solução arquttetômcaurbanístlca: traoução.dó programa de necessidades em ' estruturas arquitetônicas ou urbanas, enfatizando a resolução de compatibilidades e incompatibilidades através das soluções técnicas aootaoas.corísíderando ós aspectos estruturais, articuladores, funcionaís.' de ha'bitabilidade, intra-estruturais, de integração com o entorno.patsaçettcos, considerando a natureza de cada terna. .: "" ",,' B. Para trabalhos

monoçréticos

de investigação tecnológica ou histórica'

a) Formulação do problema: objetivo do trabalho, descrição <;10objetivo, conside- ' rando tanto sua inserção num cenáríoamoto (visão rnacro), quanto as especíticldaoes que Ihes são próprias, aspectos conceituais, estruturadores, operacionais e íunclonaís, referendados ao universo'a 'se'; atendido (região-alvo, público-alvo, etc.):' ,' b) ReferenciaJ teórico: exposíçàosuscínta das prinCipais teorias a respeito do objeto';' ' com finalidade de definir é conceituar categorias de análise; c) Procedimentos metodológicos: exposição dos métodos de abordaqern e procedimentos metodológicos, com descrição das técnicas e instrumentos de coleta de dados; , d) Processarnento da base de dados - diagnóstico: 'síl1tes.e da análise dos dado,s pertinentes ao tema: ' . e) Conclusões, recomendações e/ou sugestões: resumo da análise dos 'dados e , da argumentação desenvolvida, com recomendações e/ou sugestões parase atuar sobre o fenômeno estudado, ou.prosseçuín estudos .~;

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3. ORGANIZAÇÃO 3.1 Geral ,3.1. 1 Duração do Trabalho de, Graduação

nÓ'9~

O TG se desenvolve ,em'd~asIàses, te rido início' s·errie-Stfe.leHvo.APrimeif.a fase corresponde à disciplina A0.416' - Trabalho de: G'radúàçáo 1 (TG 1) e a segunda: corresponde ,ã disciplina AQ.417 - Trabalho de Graduação 2 (TG2). O 'prazo para' conclusão da disciplina TG2 será determinado pelo período máximo de integralização curricular do aluno. Acada sernestre.acoorôenaeao.oo.rq apresentará calendário com. " as -datas de entrega final do trabalho; em nÚmero de 3. ' ",' -, ' ' _:< r .' r

3.1.2 Disciplina AQ.416'-

Trabalho de Graduação

1 (TG1)-

A disclpflna AQ416 - Trabalho de Graduação 1 (TG1) retere-se à.elaboraçào de um Plano. de Trabalho e desenvolvimento da 1~'fàse do trabalho, de Graduação. . À : ,. .

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23 disciplina AQ416- Trabalho de Graduação j (TG1), com carga horária semestral de 45 horas, equivalendo 03 (três) créditos, é coordenada por uma equipe docente de no mínimo3(três) professores, deveoqfo ser mantida a mesma proporção adotada para as disciplinas de Planejamento Arquitetõnico e Urbano dê 1 professor para cada 15 alunos. Os professores da equipe docente 'de TG1 deverão na medida do possível representar as áreas fundamentais do Curso de Graduação em Arquitetura. A equipe docente de TG1 será designada anualmente-pela Comissão Diretora do Departamento atendendo indicação do Colegiado do Curso ce Graduação em Arquitetura. A equipe docente da disciplina TG1 tem por-atribuições: a) fornecer aos alunos, no início de cada semestre, a lista de professores orientadores e suas respectivas áreas de conhecimento: ' b) divulgar calendário de datas de entrega final do trabalho e programação de eventos, seminários, palestras, exposíções.íoücínas. ..etc. c) aprovar, referendando parecer emitido pelo orientador, o Plano de Trabalho Preliminar e o desenvolvimento' da 1i 'fase do Trabalho de Graduação.

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3.1.3 DisciplinaAQ.417'-

Trabalhodé

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Graduação 2 (TG2) ,

Adisciplina AQ.417 _ Trabalho de Graduação 2 (TG2), com carga horária semestral de 120 horas, equivalendo a 08 (oito) créditos, tem como pré-requlsíto todas.as demais disciplinas do Curso de Graduáção em Arquitetura. Adisciplina será coordenada pela mesma' equipe docente de TG1, sendo escolhido entre os componentes da equipe um coordenador geral, que será o coordenador do Trabalho de Graduação em Arquitetura (TG). . A equipe coordenadorado Trabalho de Graduação em Arquitetura (TG) será designada anualmente pela Comissão Diretora do Departàmento, atendendo indicação do Colegiado do Curso de Gradu~ção. . A Coordenação do Trabalho de Graduaçao em Arquitetura terá as seguintes atribuições: 'o. • . a) divulgar calendário de datas de entrega filial do trabalho, em número de três, e programação de eventos - seminários, palestras, exposíções.oüclnasetc.: . . b) encaminhar ao Colegiado do Curso de Graduação os Planos de Acompanhámente de OrientaçàO aprsentados pelos professores orientadores; , c) elaborar, semestralmente, reJatório f,inal do Trabalho de Graduação em Arquitetura; d) resolver questões relativas ao TG .

.3.2 Específica

da orientação

.

Todos os trabalhos seráo acompanhados individualmente por um professor oríentadorlotado no Departamento de Arquitetura e Urbanismo .. Orientadores de outras instituições de ensino superior é/ou departamentos da UFPe poderão ser aceitos, mediante consuita à Coordenação do TG, e desde que estes orientadores assumam o encargo por escrito. Cada trabalho poderá contar, ainda, com orientadores consultores em numero a ser definido conjuntamentéentre aluno e orientador. São atribuições do professor-orjel)tàdor:, . a) encaminhar à Coordenação do TG, aceite por escrito da orientação, comprometendo-se a dar acompanhamento sistemático ao desenvolvimento do trabalho; b) orientar a formulação do Plano de Trabalho, assessorando o aluno na escolha do tema, desenvolvído na disciplina TG1, estabelecendo produtos intermediários do trabalho e cronograma de desenvolvimento; ' . c) orientar o. desenvolvimento da '1~ fase do Trabalho de Graduação (disciplina TG1), assessorando o aluno na escolha da bibiiografiá pertinente ao tema/dados a serem é:oletados e formulação de diretrizes e recomendações de projeto e do programa de necessidades; c,i) aprovar os Planos de Trabalho dos alunos sob sua orientação e o oesenvotví- ' mento da 1i fase do Trabalho de Graduação, emitindo parecer crítico sobre a produção do aluno. O parecer do orientador: 1) recomenda a continuidade do trabalho, 2)


24 recomenda a continuidade após retórmutaçào ou cormplementação do Plano de Trabalho ou da 11fase, ou, 3) não recomenda a continuidade do trabalho, atribuindo ao produto apresentado conceitos conforme sub-seção 6.1 : e) assessorar o desenvolvimento da 2ª fase do Trabalho de Graduação (na disciplina TG2) , assegurando ao aluno atendimento periódico, a ser definido conhmtarnente e constante do Planede Acompanhamento; . d) dar conhecimento à coordenação de TG do Plano de Acompanhamento, a ser . entregue no iníciode.cada semestre, onde será definido: 1. o número de atendimentos e sua periodicidade;· C"~ 2. as etapas de desenvolvimento do trabalho-e produtos parciais a serem entregues pelo aluno; 3. programação e calendário de avaliações intermediárias. processada através' de

seminános: e) dar conhecimento à coordenação de TG, através de relatórios periódicos, do andamento dos trabalhos sob sua orientação; . f) emitir parecer encaminhando o trabatho à etapa de pré-avaliação; g) compor a comissão examinadora de avaliação final dos trabalhos desenvolvidos sob sua orientação; . h) orientar o aluno quanto 'à estrutura do trabalho, assessorando-o quanto ao atendimento dos aspectos formais e normativos de apresentação de trabalhos técnicos. Cada protessor-orientaoor terá sob sua orientação 03 (três) orientandos por semestre, para professores em refime de 40 horas ou de dedicação exclusiva, e 01 (hurn) , para professores em regime de 20 horas semanais. Cada professor-orientado r será alocado nas disciplinas A0.416 e A0.417 com carga horária equivalente ao número de orientanctospor semestre. Aorientação de cada aluno equivale a uma carga horária de aulasérnanatde 01 (uma) hora, acrescida de 01 (uma) hora semanal de carga horária complementar, conforme resolução nº 01/88, do Conselho Universitário. A orientação ao Trabalho de Graduação é atividade didática oli>rigatória. Todos os professores lotados no Departamento de Arquitetura e Urbanismo deverão aceitar a orientação de trabalhos de-qraduaçáo em número igual à cota mínima estabetecída neste regulamento. Fica a. critério do orientador selecionar os trabalhos 'a serem orientados, em caso' de solicitações que excedam a cota mínima. . Arecusa de orientação deverá ser justíticada por escrito à Coordenação de TG, que encoaminhará a justificativa à Corriissão Diretora. . A Comissão Diretora decidirá sobre os casos de alunos sem orientador. Em qualquer .momento, o professor orientador poderá excluir o orientado, ou o aluno poderá trocar de orlentador, desde que solicitado por escrito à Coordenação do TG, que encarnínna.á ~ solicitação à Comissão Diretora: 3.1.4 Matrícula Disciplina A0,416 - Trabalho de Graduação 1 (TG1)

O aluno sojcnará.o registro de matrícula na disciplina A0,416 à Coordenação do Curso de Graduação em Arquitetura, que analisará o histórico escolar do requerente, e aprovará o pedido caso o aluno esteja apto a dar continuidade ao TG rosernestre seguinte. Disciplina A0.417 =Trabalho de Graduação 2 (TG2) , . O aluno solicitará o registro de matrícula na disciplina 1\041 i à Coordenação do Curso de Graduação em Arquitetura, mediante aprovação em .todas as disciplinas do currículo do curso, e de parecer favorável do orientador, conforme ítem c, sub-seção . 3.1.2 deste regulamento. Em caso de reprovação, o. aíuno'rnanterá o vínculo com a disciplina, não sendo necessária nova solicitação de registro. 4~ ETAPAS DE DESENVOLVIMENTO

DO TÀABALHO

DE GRADUAÇÃO

4.1 Plano de trabalho A elaboração do Plano de Trabatno, desenvolvido na disciplina AO.416 - Trabalho


25 de Graduaçào 1, envolve a escolha e delimitação do objeto de estudo, escolha do , orientador, elaboração da metodo.logiapara desenvolvimento do trabalho e detinição do cronograma e etapas de trabalho. '0 Plano de Trabalho elaborado pelo aluno deverá conter: 1. Descrição do objeto de estudo; 2. Definição dos objetivos do trabalho e indicaão dos produtos finais; 3. Procedimentos metoooiõçcos para o desenvolvimento do trabalho, com defini. ção de etapas, oãoos a serem levantados, fontes de dados, instrumentos de coleta; 4. Cronograma de atividades com indicação de.cada etapa e definição de produtos intermediários; . 5. Levantamento bibliográfico preliminar. O aluno deverá entregar à equipe da disciplinaTG1, ao final do primeiro mês de . aulas, um Plano de Trabalho Prelirninar, constando da escolha e descrição do objeto de estudo, acompanhado éleparecer do oríentador e seu aceite. 4.2 Primeira fase - Processamento ,da base de dados, diretrizes recomendações do projeto e programa de necessidades

e

O desenvolvimento da 19 fase do Trabalho de Graduação, na disciplina A0.416.Trabalho de Graduação 1, tem por objetivos: . . , a) coleta dos dados necessários à elaboração do TG - dados bibliográficos, físicos, cadastrals, etc; .b) análise dos dados coíetaoos; c) formulação de diretrizes e recomendações de projeto: d)progral1'1a de necessidades. 4.3 Segunda fase - desenvolvimento

das soluções técnicas de projeto

O desenvolvimento da 2 fase do Trabalho de Graduação, na disciplina AO.417Trabalho de Graduação 2, envolve as seguintes etapas: 19 etapa:' Revisão do programa de necewssidades (opcional) Conteúdo: complementação do programa de necessidade após análise do produto elaborado em TG1. 2ªetapa: Proposta Preliminar Conteúdo: desenvolvimento do estudo preliminar com estudo de alternativas. Produto: estudo' preliminar, 'traduzido na documentaçào pertinente estabelecida pelóorientador contorrne a natureza do tema,' contendo todos os 'dados e informações necessárias à 'compreensão da idéia inicial do aluno. 39 etapa: Desenvolvimento Conteúdo: desenvclvimeruo e detalhamento da etapa anterior. Produto: estudo oesenvolvkíoe detalhado', traduzido em documentos pertinentes " conforme a natureza do tema. ' 4ª etapa: Etaboração Final Conteúdo: desenvolvimento final do trabalho. Produto: apresentação final do trabalho, contendo todos os documenfos textuais e gráficos,em sua forma final, tal'qual será submetido àpré-avauaçao e à comissão examinadora de avaliação final é acompanhamento de um resumo de uma folha tamanho A4. ' 9

5. APRESENTAÇÃO

DO TRABALHO

DE GRADUAÇÃO

O Trabalho de Graduação em Arquitetura será apresentado para avaliação final, em sessão pública, a Uma comissão examinadora constituída de três membros, indicados pela coordenação do TG(ver suo-seção 6.2). Oaluno estará habilitado à etapa de avaliação final após parecer favorável de uma, , comissão, de pré-avaliação, ínoícàda pela coordenação do TG e designada pela chefia do Departamento a cada semestre, composta por 3 professores do Departamento de Arquitetura. . Para se submeter à etapa de pré-avauaçao, o aluno deverá encaminhar uma cópia de seu trabalho, em sua versão fineil e definitiva, incluindo todos os documentos que


26 constituem o trabalho, tais como: maquete, vídeo, apresentações em computador, slides, etc., e acompanhado de parecer crítico do orientador, em envelope lacrado, nas datas constantes de calendário a ser di:vulgado no início de cada semestre. . Para se submeter à etapa' .de ayaliaçâo final, o àluno deveráencamínhar à coordenaçào do TG mais uma cópia do trabalho, em sua versão final e definitiva, de igual conteúdo que a primeira. Estes documentos serão a base para avaliação do aluno em todas as instâncias, mesmo no caso deapresentação oral do trabalho. Para a apresen. tação em' sessão pública este será o material a ser exposto. Complementações, ou substituições serão aceitas nos seguintes casos: a) tolhas ou pranchas cuja reprocução.corrprometern a legibilidade do documente - as folhaspoderM sersubstitu ídas,desde que guardem fidelidade com as ànteriormente entregues:. b) erros de ortografia ede datilografia- deverá ser anexada uma errata, inClusive para legendas de documentos gráficos.' . Os volum,es depositados na coordenação do TG passam a ser de propriedade do Departamento de Arquitetura e Urbanismo, sem prejuízo dos direitos autorais, que fará depositar 01 volume na Biblioteca e outro .nos arquivos do TG. ,

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6. AVALIAÇÃO

A avaliação do processo de desenvolvimento do trabalho e da asslouíoade do aluno

é de inteira responsabilidade do oríentaôor. 6.1 Do Plano de Trabalho e Primeira fase de desenvolvimento de Graduação.

do Trabalho

Na discolina A0,416 - Trabalho de Graduação 1. O aluno será submetido aouas avaliaçÕes, constando de: . 1. Avaliação, pelo orientador, do Plano de Trabalho Prellmlnar: . 2. Avaliação, pelo orientador, do desenvolvimento da 1i fase do Trabalho de. Graduação. . . Para efeitos de avaliação, serão emitidos os seguintes conceitos, acompanhados de pareceres 'contendo diretrizes para continuidade do Plano ou do trabalho ou para' reformulação do Plano ou do Trabalho: A- aprovado, correspondendoao mtervaíode notas de 7 (sete) a 10 (dez); R - regular, correspondenco ao intervalo de notas de 5 (cinco) a 7 (sete). O conceito R indica que o Plano de Trabalho ou a 1.ªfase do trabalho deverá ser refeita atendendo às exigências da equipe docente ou do professor orientador; D.- deficiente, correspondendo ao intervalo de notas de 3 (três) a 5 (cinco). O conceitó D indica que o Plario de Trabalho ou a 1ªfase do trabalho deverá ser refeita atendendo exigências da equipe docente da disciplina TG1 ou do protessor-onentador: I - insuficiente, correspondendo ao intervalo de notas deO (zero) a 3 (três). O . conceito i indica que o produto apresentado pelo aluno não apresenta as condições mínimas para aprovação, devendo o aluno repetir a disciplina A0,416 Trabalho de Graduação 1. . . Para efeitos de aprovação na disciplina; o produto a ser avaliado para atribuição de créditos é o desenvolvimento da 1i! fase do TG. . . Oaluno que obtiver conceito A, emitido pelo orientado r e referendado pela equipe docente de TG, no produto da 1i! fase do Trabalho de Graduação em Arquitetura, será considerado aprovado na disciplina A0,416 - Trabalho de Graduação 1. . O aluno que obtiver conceito diferente de A no desenvolvimento da 1i fase do TG,' até adata de matrícula na disciplina A0.417, será considerado reprovado na disciplina AO .416 - Trabalho de Graduação 1.. à

6.2 Do Trabalho de Graduação em Arquitetura Além da avaliação constante do processo de desenvolvimento do trabalho, realizado pelo orientador, haverá duas avaliações durante o semestre: 1. pré-avaliação realizada por uma comissão ad hoc de.três professores, indicada pela Coordenação do Trabalho de Graduação e designada pela Chefia do Departamento.

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27 .' Apré-avaüação cónsistena'recomenoação. ou não; do encaminhamento do trabalho à fase de avaliação final. No caso de não recomendação do trabalho à avaliação final, a comissão emitirá parecer quanto a ajuste ou revisões a serem feitas ao trabalho. O autor do trabalho não recomendado deverá representar o trabalho nas datas constantes do calendário distribuído no' início de cada 'semestre; . '.2. avaliaç~oJinalreálizadá por uma comissão examinadora, indicada pela coorde-: nação do: TG, copstituída pelo orientador, por um professor do Departamento de , Arquitetura e Urbanismo e um convidado, professor ou não. Cabe à comissão examinadora decidir quanto aos procedimentos de avaliação. Cada membro da comissão examinadora atribuirá ao trabalho uma nota de O (zero) a 10 (dez). A nota final será a média aritmétícadas três notas atribuídas.' . ' ' aluno será considerado aprovado na dlsciplina AQ .417 - Trabalho de Graduação 2, se obtiver média aritmética das notas atribuídas pelos membros da comissão examinadora igualou superior a 7.0 (sete). O aluno que obtiver média inferior a 7.0 (sete) na etapa de avaliação final, terá registrado no seu histórico escolar a reprovação, devendo reapresentar o trabalho nas , datas constantes do calendário distribu ído no in ício de cada semestre, mantendo o vínculo com a disciplina AQ.417 :- Trabalho de Graduação 2 até ser aprovado. A-comissão examinadora emitirá parecer quanto a ajustes ou revisões a serem feitas ao trabalho.

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7. RECURSOS ÀS DECISÕES DAS COMISSÕESOEAVALlAÇÃO

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Não caberão recursos decisões da Comissão Examinadora de Avaliação Final. Nas demais etapas de avaliação, os recursos deverão ser encaminhados à Coordenação do Curso de,Graduação em Arquitetura, que deverá designar urna comissão ed hoc, para , julgá-Ios. ' NOTA: está proposta de 'regulamento, modificando o regulamento anterior aprovado pelo Colegiado de Curso dem fevereiro de 1991, foi apresentada para discussão pelo pleno do Departamento de Arquitetura e urbanismo em junho de 1992, não tendo sido, ainda, aprovada. UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CENTRO DE ARTES E COMUNICAÇÃO' CURSO DE GRADUAÇÃO EM ARQUITETURA AQ.417 - TRABALHO DE GRADUAÇÃO 2 PROCEDIMENTOS PARA ENTREGA'DO DOCUMENTO FINAL DO TRABALHO DE GRADUAÇÃO APRESENTAÇÃO Este documento visa orientar a apresentaçãofinal do Trabalho de Graduação. O documento contém procedimentos gerais, que .devern ser adaptados a cada caso especfico, em função da natureza do produto final de caca tema. Cabe aos orientadores . assessorar o aluno quanto à estrutura dos documentos finais (textuais e gráficos), bem como quanto ao atendimento âOS aspectos formais e normativos de apresentação de documentos técnicos, ' " ' " CONSIDERAÇÕES

GERAiS

Qualquer que seja a natureza do Trabalho de Graduação, dele deverão constar os seguintes conteudos; ".a.) Formulaçào doproblema:objeti'(o do trabalho, descrição do objeto, considerando ",' tanto.sua inserção num cenário amplo (vlsáomacro), quantoasespecificidades que Ihes , são próprías - aspectos conceituais, estruturadores, operacionais e funcionais, reterenCiados ao universo a ser atendido (região-alvo, público-alvo, ate); b} Pracessememo de base de dados - diagnóstico: síntese dós dados pertinentes ao terna.entatízanooas impucações dos mesmos sobre decisões projetuais; ,. . c} Diretrizes deproje.fo: diretrizes gerais e especficas do projeto, princípios dê projeto;


28 d) Programa de necessidedês: com base no diagnóstico estabelecioo, formulação das necessidadesprogramáticas considerando: capacidade de.atendimento, requisitos estruturais, funcionais, espaciais, dimensionais e çle habitabilidade (base de critérios), exigências, interrelações entre funções, ambientes, fluxos, etc., considerando a natureza de cada tema; e) sotuçeo arquitetônica:traqução doprograma de necessidade em estruturas arquitetõnicas, enfatizando a resolução de compatibilidades e incompatibllidades através das soluções técnicas adotadas, considerando os aspectos estruturais, artículadores, funcionais, de habitabilidade, tntra-estruturatsoe integração com o entorno, paisagísticos, etc., consíderanoo a natureza de cada tema; ,.'

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CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

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Trabalho de Graduação será avaliado com base nos documentos apresentados (produto final) e' no Plano de Trabalho elaborado na disciplina AQ.416 - Trabalho de Graduação 1. Os seguintes críténos nortearão a avalíaçáo do TG, tanto na fase de Pré-avaüação. Quanto na Avaliação Final: a) atendimento aõs aspectos formais e normativos de apresentação de documentos técnicos (normas de desenho técnico, de 'apresentação de projetos, de reterenciação bibliográfica, etc.): b) domínio técnico dos seguintes aspectos: L conceituais e bibliográficos pertinentes ao tema; iL da terminologia pertinente ao tema; iii. dos procedimentos metodológicos; de representação gráfica e redacíonais: iv. das soluções arquitetõnicas - resolução dos aspectos estruturais, funcionais, de habitabilidade, deinfraestrutura, etc. c) qualidade e pertinência da solução adotada; d) estrutura-de apresenraçáo do trabalho, tanto oral quanto escrita/gráfiça capacidade de sistematização e objetividade. ENTREGA DO TRABALHO

DE GRADUAÇÃO

O aluno deverá entregar uma cópia do trabalho, em sua versão nnal.para ser SUbmetido

à Pré-avaliação. Após a.divulgação dos resultados da Pré-avaüação, num prazo máximo de 48 horas, o aluno-cujo trabalho for aceito e encaminhado à avaliação final deverá entregar mais' duas cópias do trabalho, que serão encarrmhacas aos membros das comissões examinadoras. Os trabalhos recusados serão devolvidos ao aluno, que deverá providenciar sua rnatrcula na -disciplina.AQ'.417 -"Trabalho de Graduação 2 do semestre seguinte. CONSIDERAÇOES

FINAIS

O aluno deverá demonstrar, com a apresentação do Trabalho de Graduação, maturidade e conhecimento necessários ao exercício da profissão de arquiteto. Desta forma, a exigência básica do Trabalho de Graduação é que' o produto final apresentado para apreciação das comissões de avaliação permita demonstrar a capacidade técnica do aluno para resolver problemas arquitetônicos, bem como seu comportamento profissional. Coordenação do Trabalho Graduação . Fevereiro 1992

de

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CENTRO DE ARTES E COMUNICAÇÃO CURSO DE GRADUAÇÃO EM ARQUITETURA TRABALHOS

DE GRADUAÇÃO EM ARQUITETURA 1 SEMESTRE 1992 .

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PRE-AVALlAÇÃO PROCEDIMENTOS A pré-avataiçao

dos Trabalhos de Graduação

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·qualifiçar à etapa'de' avaliação finaros trabalhos apressntadcs.' ',. Apré-ayâflaç,ão dos, TrabéilhosdeGraduaçaoem Arquiteturaf1 Q semestre 1992 sérá'teíta pO.r·unia .comi~sãocomposta por três professores, indicados pela coordenação d6',TÇ3" ~~e)erá~J~sPQnsável pel~ ànáltse de .todos os trabalhos do semestre: A t,ãaa 'semestre será iodicada uíTlàcomissão de' pré-avaliação. ' , , A oomissaô.de pré~avaliaÇãQse reunirá, por 'oonvocação da Coordenação do TG, nas, , déiíás previstás pafa~ntre~a do produ!O'finéllde TG. ACÔ~iSSãOoepré-avaüaçào, num prazo ·máximpdeulTlasemanaà:partirde sua ronvocaçÇ'lO,emitirá parecer encaminhando, ou não, o trabáitX>,'àetapadeavãiiaçãÔ-f'na(.:;,;r':~ 'i~;;;.'; :'.' . ". ":Nóéásôdé parécéffàvÓráverà6en6àniirltlamérito do trabalhoàetapa de avaliação final: 'acomissão de pré-avafiação deverá sugerir nomes para compor a comissão . 'exa'minâdora da avª'iaç?Ofi.tlaL Tal'~rpissãQ é, cornposta.de trêsrnembros, com a , $egUintecóp;pósição,:~'àr~m,do:':o(ientàçlór'do;:Trc;lQálhO';~pOIi uni .prOfesso r lotado-no 'Oep~'~ar:)enfQde.A!quit~!úr~eurhaiÍism~,~ pÔ('unHérceiro componenténão vinculado' . 'aoDepartamênto,podend0 esteser.proiesscr ounão. .' . , ": No casode~parêcêr·'déSfavoráve.1 encaminhamento dê trabalho-à etapa de avàliaçã6:finàl,áôômis'sâo:'êie pré;~,aYaliaç~odé~eráemrtir parecer crítico '. .justificativo, ".f,". '.'_,,':', . .... '.: . bem como tndícarósaspectos a serem retorrnulados.cornplernentados ou aprotundados ·no trabalho. . ...". " '. '. '.',' .',

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~:">TRABAÚIO.DEGRADUAÇÃ.O EM'ARQUITETURA LISTA DOS TRABALHOS APRESENTADOS E APROVADOS ..

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·12SEMESTRE1991···· COS·T~\.lúlia'Mad~'.G'omês, êÍa.,·'plano'de OrganizaçãO" especis! do bairro Ebenezer. .

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NETO>Lurz.,Cosmé'daS!lv.â'?Ahteprojetô arqt/itefônico para Museu de Arte do Récife ....•..(MÁREFOrientàqor: Aluísio Pontual. '. '. '. ROCHA; Celená Soares, Estação màrítima de passageiros no Portê do Recife: projeto .Ci(/~C!àptação dO.':a(f!1aZémft.êOrientador: Dotores Padilha de SOÍJza Leão Pinto: ·'S9i.J2AXpaftiçia:s.ant6s·,JJibâníz:aç~O 8::qu,alfdadé de vida:' uma psopoét« eltemstive. ':"~pàriJ;C:â,iidéiàs aàrra c!eJàhgada. 'Orientad0r:' Geraldo Santanà. '. VÁL:ENÇA, 'Faõiana:Teixeira Mofa. SistelT1a construtivo pré-tebrceao para creches em .. areas de baixa renda da. Região Metropolitana do :Reçife. Orientador: Ctaudro "Màrcélo M~úlguinhó.Vieirà:: ,., ... "", '.:.; . . .. ' XAV.rÉÀ;~pâfrida.Cqstró ,de-f:v1Ém,eze's.A valiação-:'Pos-ocupaçãodo HoitoZoobotémco -"o';:',dé Dóisfinião5. 0iiêntâaOr:' CirceMaha.Garna Monteiro .

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22 SEMESTRE 1991 ",~~AYt~~r·S.tª;~tdslin~~e,reira,>' "

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Plario dereQrgànjzaçao

espacial e funcional para

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30 núcleo de Bar:ra Grande. Or,ientaqor:Nehilde'Trajano: ., ANDRADE, Ana Amélia Almeida. Plano de reotçenizeçêo espacial e tuncionet para o núcleo de Barra Grande., onernaoor: Claudio Marçelo Manguinhov'ieira. . ARRl,JDA, Roberta Adriane S. de. Centro de atividades culturais/espetáculos pàra Brasl1ia Teimosa. Onentador: Claudio Marcelo Manguinho Vieira. ATHAYDE, Ana Patricia cavaieamt.. Proposta de hospital geral para o município -de Camaragibe. Orientador: Claudio Marcelo Manguinho Vieira. ., . CAVALCANTI, Carmem Lucia Borba. Aplicação da argamassa armada à construção de habitaçóeseequipamentos'Vrbanos. OrientadOr: Luis Manoel do Eirado Amórím. · CAVALCA.NTI, Soraia. Conjunto industrial multifabrilpra Garanhuns. Orlentador: .Geraldo f - Santana. ~. '. '...: DIAS, Maria de Fátima Carvalho. Reforma do prédio da Rádio Clube para a escola de música/museu do rádio. Orientador: Maria Berenice Fraga Lins. DUARTE, Daniela Barrete. Projeto de uma escola agrotécnica para o antigo Engenho Monjope. Orientador: Geraldo Gomes. . DUARTE, tuisa EmillaA,b'ilio: ;Revitalização do antigo Engenho AmparO focalizado na - lihade Itamaracá.Orientádor': Géraldo Gomes '. FERREIRA, Paula. Projeto de revnstizeçêo do Recolhimento do Sagrado Coração de Jesus. Orientadora: Maria deJesus Dzetrne. '-. ' · FERREIRA, Sephora. Da invasJo evetticetizeçéo, uma proposta de justaposição urban~.: .um estudo de caso - favela Ilha do Destino. Oriéntador: Circe Maria Monteiro Gama: -FLORES,Juli8'no Dubeux. Ttienar: X o hibridd e superpostone Avenida Guararapes: .- Orientador: .Gilson Miranda Gonçalves. _ _. . . ~ _ . GUIMARÃES, Manoel Leonardo. Edifício de uso misto na Avenida Gustsrepes. Orieritador: Antonio Arnaral: .... -.' GUSMÃO,- Cassia Lima Silva. Plano urbanístico para a área de Úassaranduba -- ZEIS 05 - Jaboatão dos Guararapes. 'órieritàdtc>r: Virgínia Pontual. . ., .. .-. . '. MELLO, Silvia Vieira: Urbanização da Zona Especial de Interesse Sooial Z,EIS. 04.~ Carolinas. Orientador: Maria Clara Calabria. .' MELO, Roberta Pessoa .: Proposta. de construção de uma escola de tº gra[; baseada nà pedagogia Freinet localizada no bairro de Boa Viagem. Orieritador: Enio Eskinazl. . MENEZES, Ana.Maria. Aplicação do aço para construção de mercados PlJbfieosparao Recife. Orientado r: Luis Manoel do Eirado Amorim. . - . MIRANDA. Livia. Proposta- de implantação de vilas urbanas na cidade oe -Ceipine, Orientador: Geraldo Marinhos. . . MORAES, Ana Lucia Seixas. Projeto de reestruturação e reorganização do-Parque de Exposiçóes'deAnimais do Cordeiro. Orientador: Luis Manoeído.Eitado.Amorim. NASLAVSKY, Guilah. Estudo ao protorracionalismono Recife. Orientaôof Sonia t0ar~ ~ -. ques.· . . . · PAEGLE, Patricia. Centro de imeressecomunneno para a ·UFPE. .Orieritado'r:Enio Eskinazi. . PEIXOTO, Brigida Alencar. Projeto arquitetõnico do centro de convívio comunitário do .Ó:

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povoado Araripe, município de Exu"PE, prà resgate de suas tradições socto-cúnurais. Oríentadoc FemandoG.de Sousa. PINTO, Ana Carolina do Amaral. Pténo de diretrizes para' implantação de um pôto turístico situado nas praias de Barra da Cruz e Gravatá- município de São José da Coroa Grande. Orientàdor: Nehilde-Teajano. . . QUENTAL, Lídia VéraClaudia. Centro de Hortifrutigranjeiros para o bairro Boa Viagem - anteprojeto. Orientador: Fernando Luis Alves Guerra. ROCHA, Maria Amandade Castro. Proposta de reforma e ampliação do TEPASdo Aeroporto df/Petrolina '- PE: Orientador: Fernando Luis Alves Guerra. .

de

SILVA, Gívaldo.Barbosa da. Reciclagem do prédio da antiga estação elevatória de esçoto do Cabanga pertencente à C.OMPESA Orientador: Geraldo Gomes. ..,.

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31 UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CENTRO DE ARTES E COMUNICAÇÃO CURSO DE GRADUAÇÃO EM ARQUITETURA TRABALHO DE GRADUAÇÃO PRÉ.-AVALlAÇÃO PARECER

I

NOME: TíTULO DO TRABALHO: ORIENTADOR:

CRITÉRIOS a) atendimento aos aspectos formais e normativos de apresentação de documentos técnicos (normas de desenho técnico, de apresentação de projetos, de reterênciação bibliográfica, etc.): . b) domínio técnico dos seguintes aspectos: i. conceituais e bibliográficos pertinentes ao tema; . ii. da terminologia pertinente ao tema; iii. dos procedimentos rnetodolóçícos: de representação gráfica e redacionais; iv. das soluções arquitetõnicas - resolução dos aspectos estruturais, funcionais, de habilidade, de infraestrutura, etc. c) qualidade e pertinência da solução adotada; d) estrutura de apresentação do trabalho, tanto oral quanto escrita/gráfica capacidade de sistematização e objetividade. PARECER

a. ATENDIMENTO ASPECTOS FORMAS E NORMATIVOS . ESTUTRURA DO TRABALHO REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS b. DOMINIO TÉCNICO CONCEITUAl BIBLIOGRAFIA TERMINOLOGIA PROCEDIMENTOS METODOlOGICOS REPRESENTAÇÃO GRÁFICA . REDAÇÃO SOlUÇ~O ARQUITETÔNICA • ASPECTOS ESTRUTURAIS • ASPECTOS FUNCIONAIS • HABILIDADE . • INFRAESTRUTURA. • SISTEMAS ESPECíFICOS

c. QUALIDADE DA SOlUÇÃO PERTINÊNCIA

DA SOlUÇÃO

d.ESTRUTURAAPRESENTAÇÃO CAPACIOADE DE SISTEMATIZAÇÃO E OBJETIVIDADE PARECER I IRECOMENDADO

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ATENÇÃO: no caso de trabaíbonãorecomenoado, emitir,no verso, parecer jus,tificativo e indicar aspectos a serernreforrnulados, cornplementados ou aprofundados no trabàlho. UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CENTRO DE ~RTES E COMUNICAÇÃO CURSO DE GRADUAÇÃO EM ARQUITETURA . " PRO~EDIÍVlENTOS A SE~EM ADOTADOS NA _ AVALlAÇAO FINAL DO TRABALHO DE GRAD(jAÇAO COMISSÃO EXAMINADORA

A comissao examinadora será composta po; trêsmembros: o cnentaoor-que a presidirá, prn professor convidado pela Coordehação de TG2 e Um'terceiro compCinentê . convidado pela Coordenação ele TG, pertencente ou não ao quadro-de docente do Curso. DURAÇÃO DA APRESENTAÇ,40 A duração total da sessão de avaliação final será de 2 horas, sendo que o aluno disporá de 25 minutos para exposição do trabalho, prorrogáveis por mais 5 minutos; .cadamembr.o da comissão examinadora, de 5 minutos para arguição, o . aluno, 5 minutos para responder cada arquiçáo , portanto, para a arguição um total. de15 minutos, e para respostas,um total de 15 rrunuios.iuma .vez encerrada a apresentação, que teráduração total oeeo minutos, acomissãoexàmmadora se reunirá em sessão secreta para a atribuição das notas, que serão divulgadas logo após o encerramento dos trabalhos dos membros da comissão examinadora. -

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CRITERlOS DE AVALIAÇÃO

. A comissão examinadora é soberana quanto aos critérios que usará .para avaliar o trabalho, no entanto,. a título de sugestão apresentamos 07 seguintes critérios: . . . . a) discurso lógico e objetividade na exposição oral do trabalho b) dominio da terminologia; . . . . . c) dominio técnico: . . . d) domínio da bibliografia pertinerite ao terna: . e) capacidade de argumentação e detesa do trabalho; .. f) qualidade do trabalho NOTAS

da

. caoamerobio comissão examin.ad6~raatribuirá ao trabathourna nota. Anota final será a média ant.nética das três notas atribuídas. O aluno estará aprovado se obtivEfr média igualou superior a 5.0 (cinco) e reprovado se obtiver média inferior a 5.0 (cinco) .

PROJETO 11I- Curso de Arquitetura da UfRGS. 1989/1992: Relato e Análise de Uma Experiência. Prot. Ceser.Dottmemtreçente) Pro1. Luis csnos-Mecct» suve. Prof. Sérgio Ahtônio Volkmer' •i UrdvetsidedeFedeieldo iiió GrandedoSul-'ÁS .

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1. PROPOSiÇÃO/OBJETIVOS ,

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33 relacionadas ao cotidiano do ensino do projeto. Como estamos realizando no Projeto 111 (7º Semestre) do curso de Arquitetura da UFRGS uma experiência que já possui um tempo razoável para uma pnrneíra avaliação, pareceu-nos oportuno o convite. Este trabalho' começou, pois, com o objetivo de ser apenas um relato desta experiência. Ao começar, porém, a organização do material existente - textos, programas e slides - ficou evidente que . seria muito difícil escrever apenas.um relato. Ao . natural foi surgindo, com a reflexão, a necessidade de ir além. Isto levou à explicitação de conceitos já sedimentados pela equipe, além de prováveis indicadores baseados na análise do resultado dos dois últimos semestres. Assim, este trabalho relata a experiência do Projeto 111 nos últimos oito semestres, refletindo sobre os resultados e em alguns momentos generalizanGlo a partir desta reflexão. '. Como forma de melhor entender o desenvolvimento desta experiência, colocamos .• a opção de poder apresentar um coruuntode slides dos trabalhos,' feitos ao final de cada' semestre. 2. A HISTÓRIA RECENTE DO PROJETO 111.

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Como forma de dar uma visão inicial da atuação da Disciplina e de suas posturas' didático-conCeituais anexamos, a seguir, documentos elaborados pela equipe de professores: ., )

2.1 Programa

da Disciplina

2.2 Texto enviado

ao Colegiado

do Dep. de Arquitetura.

Nestes documentos, já se encontram enunciados pnnclplos'que, novamente aparecer ligados às conclusões deste trabalho. . 2.1. Programa

mais adiante, vão .

da Disciplina

ARQ.110 . PROJETO 111 PROFESSORES: CESAR DORFMAN (regente) LUIS CARLOS MACCHI SILVA SÉRGIO ANTONIO VOLKMER '/

ARQUITETO CONVIOADO: ADROALDO XAVIER DA SILVA 199~ - O .U.SOOQ AÇO, ,

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'.' 'O projeto tllvern, nos últimos anos'; reàváüanoo eretazendo, cada dois semeslres.j os seus programas, 'sempre com o objettvoctaro e definido de explorar ao máxirrio i! sua característica de projeto que procura encaminhar o processo até a fase de vlablllzação, Com isto, entatiza o lado do ofício na profissão, o que equivale a dizer que, sem deixar de lado QS preceitos teórico-conceituais, alerta que afase final do .processo de projetação (viabilização/detalhamento) é vital para um bom ou mau resultado' final. As últimas experiências comprovaram o que já ara constatação: a cobrança de resoluções técnico-construtivas consistentes esbarra sempre na falta de conhecimentos que capacitem os alunos a isto. Para tentar quebrar o círculo vicioso em que a exigência não é possível pela falta de conhecimentos técnicos e isto inviabilize a exigência, resolvemos estabelecer um novo caminho que é o de proporcionar, dentro doateüer, a informação necessária para a viabilização dos projetos. Ao mesmo tempo, ao invés de trazer ensinamentosuçaoos às técnicas construtivas usuais é normalmente empregadas nos projetos do curso; optamos por aproveitar o esforço e proporcionar o .conhecimento do uso de técnicas não usuais/alterI

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34

nativas e que normalmente não são utilizadas, tais como o aço, a madeira, tijolo armado epré-moldados de concreto. '., . . . Começaremos esta experiência pelo aço, com um programa paralelo de palestras e visitas que, com a assessoria de profissionais (arquitetos) ligados ao uso desta técnica, se transformara em um curso de extensão ligado ao atelierde projeto. PROCEDIMENTOS

DIDÁTICOS

'A disciplina apresenta um plano de trabalho com fases e objetivos claramente e definidos. . O detalhamentó destas fases em crcnoçrarna e listagem de entregas pré-determínados' é feito de maneira a que o àluno tenha uma clara visão do trabalho a ser desenvolvido no semestre. Em contrapartída, será exigido o cumprimento rigoroso destas etapas, de modo a:que o alano que não tiver dificuldades acentuadas na concepção de projeto possa chegar ao final do semestre sem sobrecarga de trabalho. Ao mesmo tempo procura-se, com isto, direcionar o aluno a um processo de metodízação do trabalho, Em vez do tipo de processo "aos solavancos" com as inevitáveis acumulações e conseqüentes noites sem dormir, propõe-se um trabalho constante e uniforme ao longo do semestre. -,. . Enfatizando-se os objetivos propostos acima, Criá-se umcronoçrama comum número maior do que o habitual de entregas/etapas, Isto leva também a um número maior de painéis de avaliação. com todos os alunos e orientadores. Em todas as etapas; e conforme relação apresentada, é exigido, juntamente com os desenhos, estudo volumétrico (maquete), que vai sendo aperfeiçoado ou modificado até o final do semestre; quando deve se Configurar como maquete detalhada, isto é, com cores, idéia de revestimentos: esquadrias, tratamento de todas as tachadas, enfim, com todos os elementos desenhados nela refletidos, . às desenhos podem ser cumulativos, urna vez que não hajam mudanças significativas no' projeto, Podem slrnptesmente serem completados pràgressivámente: Por experíênctas anteriores, consideramos ser isto possfve] a partir da etapa do Partido Geral.' . Na entrega do Partido, todos os trabalhos serão ayaliados por todos os orientadores e indicados aqueles considerados insatisfatórios: Uma vez que o objetivo da disciplina' é chegar o mais próximo possível da tase de projeto, conceituado COmoum conjunto de desenhos que permitiriam a execução (construção) e que -' - nesta fase já transcorreu 50% do semestre, - a partir oatval-se trabalhando $Ó com víabílízação, isto é, detalhamento, - que o tempo decorrido (aproximadamente 2 meses) é suficiente para se fechar . uma idéia e que, uma vez isto não ocorrendo. há u ma clara demonstração de deficiências, considera-se desnecessária a continuação do trabalho para efeito de aprovação no semestre, embora ressalve-se o direito legal de o aluno continuar até o final do semestre. Para que um trabalho possa ser avaliado em qualquer fase, é necessário que os elementos apresentados, gráficos e volumétricos, dêem uma idéia total de proposta em todos os níveis, isto é,' conceltuaís,' tormafs.furiclónals e técníco-construnvos. Quando' isto não ocorrer, considera-se que a proposta não estácornpleta, e não é, por isto, passível de uma crnica produtiva, .~ Adisciplina propõe uma série de palestras como complementação ao trabalho de atelier .e o mesmo tempo um número grande de painéis. Estas atividades pressupõem, para serem produtivas, a participação coletiva. Não pretendem de forma alguma, adotar a característica ' do monólogo, cansativo. Ao contrário, pretendem ser' debatidas. Em conseqüência, a participação dos alunos é fundamental (não a simples presença) e vai ser levada em conta a nível de conceno final. . . J


31/08 01/09 03/09 07/09 08/09 10/09

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Apresentação / visita terreno e escola. Palestras.1 e 2: prot! Carmem Craidy / arq. Macadar Pale'stra 3: Aço FERIADO Trabalho em aula Palestra 4:prof. Silvio Rocha

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14/09 - VISITA: 'Obras Metasa / Oficina Gasômetro. 15/09 - Trabalho em aula: 17/09 - Palestra 5: Diretorla METASA : '21/09 - ENTREGA 1 + PAINEL

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36 22/09 - assessoria 24/09 - assessoria 28/09 - Palestra 6: Aço 29/09 - Trabalho em aula ... 01/10 - assessoria

05/1 O- ENTREGA 2 + PAINEL 06/10 - Trabalho em aula 08/1 O.: assessoria 12/10 - FERIADO 13/10 - Trabalho em aula 15/10 - assessoria 19/10. - Palestra 7: Aço .. 20/10 - Trabalho em aula 22/10 - assessoria

26/10 - ENTREGA 3: PARTIDO GERAL 27/10 - Painel 29/10 - pàinel 02/11 - FERIADO 03/11 - Trabalho em aula' 05/11 r: assessoria 09/11 - assessoria 10/11 - Trabalho em aula 12/11 ....assessoria 16/11 - assessoria 17/11 - Trabalho em aula 19/11 - assessoria 23/11 - ENTREGA 4 + PAINEL 24/11 - Trabalho em aula. 26/11 - assesscrta.

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30/11 - assessoria 01/12 - Trabalho em aula 03/12 - assessoria .

07/12 - assessoria 08/12 - assessoria 10112 - assessoria 14/12 - ENTREGA 5: TRABALHO FINAL PALESTRAS - CONTEÚDOS:PROGRAMÂTICOS'

. 1-HISTÓRIA DA UTILIZAÇÃO DO AÇO: 1.1- O aço na arquitetura muildial. 1.2- O aço na arquitetura brasileira. 1.3- Primeiràs obras. 1.4 .. Obrasatuaís. "_.,.,, 1.::- Comportamento do mereadooo

açó~paíSlêxte~ior

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37 1.6- Ensino técnico-discussão

sobre a produção/utilização

do aço no Brasil.

2-A MATÉRIA-PRIMA: 2.1- A origem e a fabricação .2.2- As usinas siderúrgicas, governamentais e privadas. 2.3· As erróresas distribuidoras e o comércio. 2.4- As empresas beneücíadoras . . .3-TIPOS DE AÇO: (MEROADO BRASILEIRO) 3.1- t.arnínados a quente. 3.2- Laminados planos - derivados e aplicações. 3.3- Bitolas existentes e de mercado. 4-0ÁLOULOS E TABELAS: 4: 1- Unidades métricas e normalização .4.2- Pesos teóricos e aproveitamento das peças. 4.3- Pesos médios dê obra. . 5-00MPORTAMENTQ DAS ESTRUTURAS :-,CRITÉRIOS: 5.1" .Alternativasestruturais. 5.2-Normas brasileiras p/utilizàção do aço em edificaçOes. 5.3- Adoção do partido e pré-dimensionamento. 5.4- Detalhamento estétice-estnaural. 6- AOABAMENTOS: 6.1- Apresentação dos projetos. 6.2-Aplicação e combínação entre aço e materiais variados. 6.3~ Uso da estrutura como componente estétlco. 6.4- Uso de cor-materiais pré ou pés-pintados. 7-EOONOMIA: .' . _ . 7.1- Oomparativos deorçamentos 'com uso do aço ou materiais variados. 7.2-.Etapas de construção e·montagem . . ·7.3- Utilização oe.eqoípamemos especiais. ENTREGAS:

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ENTREGA 1: Plantas baixas esquemáticas (térreo com terreno) 1/200 , corte esquernátlco (todo terreno) 1/200 maquete 1/200 . ENTREGA 2: Plantas baixas (terreno c/terreno) esc. 1/100 1 corte (todo terreno) esc: 1/1 00 . 2 elevações (todo terreno) esc. 1/100 maquete esc. 1/200 ENTREGA 3: PARTIDO GERAL prancha 1'- planta de situação 1/500 . .. planta deloc:~lização(de cobertura) 1/100 ptanuria de áreas perspectiva geral pranchas 2 e 3 - plantas baixas 1/100 prancha 4'-dois'cortes 1/100 . . prancha 5-duaselevações1/100 prancha. 1O., duas perspectivas parciais .. maquete 1/200 o".

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ENTREGA 4 material a ser determinado ')'

ENTREGA FINAL , conforme listagem a ser determinada 2.2 Documento apresentado em 1990, a pedido da chefia do Dep. de Aquitetura da UFRGS '

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O Projeto 11Ipossui, pela permanência, no tempo, de alguns princípios crientadores, uma certa "tradição", que se traduz, exteriormente, numa imagem de "projeto técnico" ou "semestre do detalhe construtivo". ' É evidente que esta imagem caricatural tem raiz em dados concretos. Os trabalhos da disciplina sempre, em maior ou menor grau, buscaram chegar a uma fase do processo projetual além do chamado partido géral.~Esta tendência, nos últimos semestres, foi sendo sístematícarnente discutida e aprofur'ldada.' , . É convicção da equipe docente que este enfoque não deveria ser exclusivo de um só atelier de projeto, ou deum momento da seqüência de projeto, como uma posição meramente conceitual de uma equipe, ou uma.passaçern superficial em algum aspecto pitoresco do projeto. Temos a clara noção de que aí reside uma das deficiências na, formação de nossos alunos. -' , Se a última década, dentro de nosso curso, teve mérito de aprofundar, dentro dos diversos ateliers, a questão concettuat (e, com ela, alguns procedimentos já seoirnenta'dos: painéis, discussão em grupos, alimentação teórica, etc.) é umaconstatação que, de certa forma, relaxou na passagem, aos alunos, do "eHcio"." . É necessário que sé entenda-que os entoques não são exciuoentés nem antaçónicos. É preciso' passar aos alunos a idéia da composição da mesma forma que a da 0abmdade. ' ' É isto que o Projeto 111está se propondo a fazer: não descuidar da "concepção", e todo o universo teórico que ela envolve e, ao mesmo tempo, enfatizar a importância do processo de "viabilização". Nos parece, reforçando esta proposição. que a situação do Projeto 111em relação ao curso, já na sua fase final, torna mais oportuno ainda esta preocupação, de preprarar o aluno de forma mais real possível para os entrentamentos profissionais. ConcretlzaçãO: j

a) para víabüízar um processoem que o aluno cneçue o mais próximo possível da fase do processo de construção, estabeleceu-se um limite ao período de concepção, identificado com o Partido Geral.' , b) tenta-se, gradualmente, através do aperfeiçoamento do processo, reduzir o período conceitual, conseqüentemente aumentando o período de viabilização. c) o objetivo é dividir o semestre em duas tases'ctaramente determinadas, com , tempo equivalente. Enfatizamos o que está colocado acima:' sem ser descuidado tudo o ' que se relaciona com a fase de concepção, procura-se aprofundar à fase de víabíüzação. d) escolha de programas adequados aos objetivos, isto é,' com a assim chamada "complexidade" compatível com o tempo de concepção e que permita a abordaçern dos suo-sístemas construtivos que convivem com a proposta arquitetõnica . e) uso de clientes reais, como forma de delimitação concreta do problema, como condicionante irremovível e com programa de necessidades claramente determinado. (No primeiro semestre de 90,p.ex., trabalhamos com a cooperativa dos músicos de Porto Alegre...;,COOMPOR -. Em semestres anteriores, havíamos trabalhado com o sindicato dos bancários, dos arquitetos, associações de bairro e comunitárias). f)Não delimitação explícita do campoconceitual ou formal (escola, estilo), porém ênfase no processo objetivo das escolhas (formais, funcionais, técnico-construtivas) relacionadas a adequações necessárias, tanto no campo teónco como no campo do viável. I,.,

...•. .


39 g) Indicação da necessíoade do conheclmento e apropriação de "tipologias" como parte do processo projetual e reconhecimento da utilidade de trabalhos "à maneira de" corno prática didática. Procedimentos

Dldátioos:

a) criação de 'um procésso contínuo de trabalho, através de um número maior do que o usual de entregas, (Atualmente são 5.enfregas). b) entregas cumulativas, evitando o simples trabalho braçal. c) conseqüentemente, aumentando o riúrnero de painéis, envolvendo toda a equipe , de oríentaoores e os alunos.,'· -: , d) avaliação intermediáría, no terceíro-paínel, com vistas ao início da fase de "viabilização". e) uso dé modelos em todas as etapas. ("~escorífiar do desenho" - Corona Martinez). '" , ". ' f), Avaliação final levando em conta os trabalhos de todo o semestre, através da análise de todas as.s etapasemreçues ("ca,peta-') e abo'lindo o trabalho assístemátco. ' , g) orientação em pequenos e grande grupo, possibilitando a, maior troca' de informações entre os, alunos e racionalizando o tempo do orlentador. " , h) êntase na idéia de "seriedade" dentro do atelier, que envolve regras básicas claramente explicitadas no programa da disciplina e engloba a noção do trabalho com , crescimento/evolução (etapas devem ser cumpridas) e disciplina (etapas com entregas pré-fixadas, com dia, hora, e conteúdos necessários e cobrança efetiva de presença e participação). ' ,

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Alimentação

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a) Palestras periódicas com arquitetos convidados, onde é exposto um trabalho profissional, com objetivo duplo: contato com os problemas concretos da profissão e com os problemas decorrentes da necessidade de viabillzaçáoda obra (detalhamento). Já foram convidados os arquitetos Claudio Araújo, Júlio Collares, Moacyr e Sergio Moojen Marques. ' ' -. , b) Com vistas a exigência de resolução mínima dos elementos oossub-sistemas construtivos, (dos que mais implicações fêm com Ci projeto arquitetônico), efetivação de rnini-seminários, onde o aluno, porobríçaçao de participação em grupos, deve contribuir -corn parte da informáção. ',,' , c) Visitas a obras ou edificações prontas, com o objetivo' de constatar "in loco", os , , aspectos decorrentes da coordenação necessária dos diversos projetos complementares ou, no caso de prédio pronto, dos aspectos de acabamentos, manutenção, materiais empregados, etc... ' 3. À CRONOLOGIA

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DAS EXPERIÊNCIA§.

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, 1989 -(Dois 1990 - (Dois 1991 - (Dois 1992- (Dois

semestrésj-semestres) sernestresr semestres) -

Centro Cultural ElisReçlne ", Sede da Cooperativa dos Músicos de POA Biblioteca Pública Escola Públtc« de 1º Grau

.4. ANALlS'E DAS· EXPERIÊNCIAS.

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4.1 Anterior à escolha dos programas acima enunçiados já existiam uma série de - posturas e.objetívos que ccncuztama estasescolhas e 'que poderíamos relacionar: 4.1.1 Temas de caráter social, possibilitando uma discussão enriquecedora, paralelamente à execução.do projeto, ligada à inserção do trabalho do arquiteto na sociedade; , 4.1.2 O cuidado em propor temas com dimensões e complexidades ccrrpatíveís com 0$ -obleuvos deaprpfundamento técnico-construtivo no tempo disponível (um semestre); ,_ " " 4.1.3 Temas com o usuário claramente definido, possibilitando aproximações com a realidade, através de palestras e debates, no atelier, com pessoas relacionadas com a

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40 atividade escolhida; . •' 4.1.4 Terrenos escolhidos em zonas urbanas com grau de solidificàção suficiente . para permitir e obrigar a enfoque contextualizado: l.;' 4'.1.5 Ainda, com vistas a permitir o aprofundamento técnico-construtivo desejado, e visto o,tempo reduzido do semestre, proporcionar 01 início do processo de projetação f' sem delongas e através de:. . .'. . .. .' .' . " "" a" Programa forneCido claramente definido;, . ., :' b- Aoordaçem tnicialrápidà, com visifas ao terreno escolhido e, a construções , similares existentes; . r c- Palestras 1ª semana, com convidados; d- croncorama detalhado; e- Entregas com conteúdos, forma e escalas pré-deterrntnados: f- Seminário, na 2ª semana, onde a turma dividida 'em pequenos grupos troca .F íntormações necessárias à realização do projeto (instalações elétricas: hidr:ossanitárias, ( ar-condicionado, legislação urbana, proteção contra incêndio, etc.). ' 4.1.6 Os desenhos podem ser cumulativos, com incentivo ao uso do desenho a : lápis, corno forma de evitar perdádetempp ex'agerada na orancacao, em detrimento , do aprotundamento no trabalho;. .' I .' 4.1.7 Trabalho no atelierpor meio de exercícios programados, incentivando a troca : de informações; r 4.1.8 O uso do mocelo/rnaquete em todas etapas, evitando a maquilagem enganadora por meio de representações bidimensionais; .~ 4. ~.9 O maior número possível de entregas intermediárias, acompanhadas de painéis com todos orientadores e alunos, proporcionando equalização dos conceitos e c um trabalho contínuo ao lonqo do semestre, ern.eposição ao trabalho assistemático e por "arranques"; '. '/, ". 4.1.10 Colocação de urrrtimite à.íase de "bolação", pormeto da entrega d0 Partido Geral aproximadamente na metade dosemestre. A partir daí, vai se trabalhar com a "viabilização".·' . . . "

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4.2 Os trabalhos realizados no período de 1989 a 1992 procuraram aplicarestes princípios e foram servindo como testes, a partir dos quais, a cada dois semestres, se fazia uma avaliação e eram introduzidas modificações tendentes a aprimorar o.processo. Assim, os dois semestres com o Centro Cultural Elis ReginanQs servirani para comprovar o acerto na escolha do bairro e do tema. O bairro, um conjunto de pequenos edifícios e casas constru ídos no período do 'governq Getúlio varçtas. com uma tipoloqia e um traçado \ urbano irlieressantes e com um bom grau de conservação, serviu como motivádor de \. proveitosas discussões e indicou' claras linhas de contextualização. Da mesma maneira o tema instigou de forma positiva os alunos. No entahto, a avaliação feita após a finalização dos dois semestres nos levou a concluir que a junção de alguns fatores tornavam a complexidade do trabalho superior àquela desejada e, em conseqüência, encurtavam o período de viabilização, contrariando nosso objetivo, Estes.tatores eram um terreno c01'Dmorfologia muito complicada, linhas limítrofes totalmente irregulares e acentuada déclividade, somados a um programa com nívelde complexidade incompatível com os objetivos. . A partir desta experíêncía conseguimos establecer, nos dois anos seguintes, programas que se.adaptaram bemao que desejávamos, Em 1990 a Sede da .Cooperativa ,\ dos Músicos emum terreno de esquina, próximoao prédio de nossa escola. Um tema típico das nossascídades, o edifício com pavimentos repetidos (escritórios) com térreo e galeria diferenciados (cooperativa). Em1991, umápequena Biblioteca Pública inserida em uma pequena esquina do centro histórico da cidade. . Os dois temas, afora as características positivas de motivação decorrentes de suas '. qualidades mtrínsecas e da escolha acertada dos sítios, nos permitiràm, plenamente, a aplicação de um cronogrania desejado 'onde aproximadamente a metade do tempo do semestre foi usada no aprofundamento do projeto, levando os trabalhos a uma fase .diticilrnente alcançada em trabalhos de outros semestres e em outras disciplinas. Procuramos reforçar, nos alünos,a idéia de.,que' o projeto ,é um desenho com vistas a ./


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uma pr~vável construção que: portanto.' esfé deseh~o está condicionado. a uma ,realidade que nos coloca determinados meios técnicos à disposição. Para que possamos, pois. realizar um bom projeto precisamos conhecer e dominar 'estes meios e ter a clara consciência de que sem este domínio não é possível ser arquiteto. , Procurarrostamoérn ehfatizar que a fase de viabilização do projeto tem capacidade de melhorar ou liquidar com uma boa iaéia~ Ao mesmo tempo. deixamos sempre claro . 'que não estávmos tentando .ensinar a "detalhar". pois não era este o nosso qbjetivo e o tempo de que dispúnhamos em um semestre nem nos permitiria isto, A idéia era fazer' entender. primeiro. que existe uma fase do projeto que dificilmente chega a ser realizada 'em trabalhos nos cursos de arquitetura, e, depois, da importância desta fase e, em conseqaêncta.da necessidade de capácítação que permita esta abordagem, ' 4.3 Ao final do ano de 1991 novamente resolvemos reavaliar o trabalho da disciplina e desta análise resultou o texto a seguir que foi enviado ao Colegiado do Departamento de Arquitetura. . " . . "Avaliando o trabalho desenvolvido em 4 .(quatro) semestres consecutivos. a partir destas diretrizes e modificações introduzidas, a equipe do Projeto 111 constatou avanços significativos. Estes, no entanto, não foram suficientes ao ponto de criar um patamar onde os objetivos básicos estivessem sedirnentados. Continuamos com a percepção de estarmos formando arquitetos 'inaptos a enfrentar; com um mínimo de condições. o início . deuma.carretra-prottsslçnal.E esta inaptidão se evidencia mais nos aspectos relacio. naoosà.construçao propriamente 'dita, ou seja. nos aspectos técnícos-ccnstrutívos. 'Chegamos'aí na encruzünada entre teoria e realidade. no antigo distanciamento entre ensino formal e socteoaoe. . . ' . Embora consctentes de que a superação desta lacuna naoé possível no limite de uma disciplina. resolvemos avançar no processo/proposto, . . ., .. Nesta tentativa, descobrimos que alguns cursos de arquitetura, particularmente no interior de Sã'o Paulo. estão reaüzanco experiências como, por exemplo. a criação em convênio com ô ."SENÁI", de canteiro de obra com a,participação do aluno. ou trabalhos de projetos .altérnatívos em pequenos rnmicipios Ou comunidades de periferia. a partirde eqcípesoé professores é alunos.Jsto nos entusiasmou, ,', , . Analisando nossas experiências didáticas passadas eas lacunas vis.íveisnos objetivospropost9S. conjuntamente com exemplo das experiências em realização em outros cursos. concluímos' que o caminho seria trazer,para'o' atetíer, de forma mais consistente. urTlconjunto de informações técruco-construtívas que permitissem transfor. mar ostrabalhos dioáticos.Iprojetosj tornando-os mais próximos de um trabalho profis.sionalreal.· . , A observação do que é produzido nos diversos atelíers de projeto mostra. clara- . mente. que apesar das difétenças nos enfoques cornpositivos, as propostas desernbocam, quase que na sua totalidade, numa viabilização através de uma estrutura convencional' de concreto armado. com vedações em alvenaria de tijolos, Esta generalizção strnpüsta não está muito longe do que acontece: pequenas variações através-de . diferenças no tratamento de vazios. alguns detalhes em pequenas estruturasmetáíicas, estereotomias mais ou menos rebuscadas. etica determinado o universo dos "projetos", A partir desta constatação, ,e nisto não vai' crítica, pois este é o universo "real" também do que se constrói' no RGS. ,estabelecemos que nosso interesse se centraría , em 'técnicas construtivas alternativas, ' '. .' , . i Talvez este não fosse o melhor termo a empregar. pois traz a conotação de "singular', "fora de padrão". "não convencional". e, na verdade, o que buscamos é o uso de alternativas não usadas cornurnente por uma total falta de conhecimento que a isto possibilitasse, .. ",.Dentro deste universo:' relacionamos quatro conkmtos.detécnlcas constrúnvasque ' seriam objeto de estudo: tijôlo armado. rnadeirapré-rnoldados em concretoarmadoe aço. Sintetizando o acima exposto. estamos propondo: , a) uma ligação maior entre o atelier ea realidade: _ b) o uso de técnicas construtivas menos usuais, como forma de apropriação de um


42 campo construtivo à dísposíção e não usado, e como forma de variação, também, das tipologias formais habituais. ... . c) o aprotundamento técnico-construtivo. das propostas dídáticas.. MEIOS Com as dificuldades crescenteS em termos de recursos financeiros dentro da universidade e tendÓ em vista que o uso, por estudantes de arquitetura, de determinadas técnicas óu materiais poderia interessar'algumas indústriàs, resolvemos estabelecer programas em que os recursos viriam em parte da iniciativa privada. Definimos inicialmente qUe o primeiro programa seria ligado ao aço. ' Nossos prógnósticos, quanto ao interesse da atividade privada, se confirmaram. Os contatos preliminares nos mostraram isto, .tanto em relação a indústrias ligadas ao aço, como de assoclações e entidades vinculadas ao mesmo. -. . Este interesse se materializaria também em relação a recursos ünanceíros, que, em princípio, seriam: . ' " a) pagamento de honorários a pI'P~issionai$ (arquitetos), com experiêndáem projetosutüízanooo aço, que mihistrariamminiéurso edanamàssessérta p~riÓdrca ao atelier. ' ' ., . '. . b)elaboração de material dídático: amostrasde perfis, prospectos, tabelas, apostilas, etc ..;. ; --' c) visitas programa a indústrias, acompanhando os processos de fabricação. d) aquisição de equipamentos para o atelier. . . . ."

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FORMA

Em princípio, o projeto seria montado para funcionar em dois semestres consecutivos, o segundo repetindo o mesmo terna, programa, etc., iniciando ern.abrüoe 1992, ao início do semestre letivo. Ao estabelecermos, previamente, atécnicaconstruüva que o aluno deverá abordar, stamos conscientes das críticas que poderíarn surgir. Entretanto, tal não nos preocupa, pois, de certa forma, esta prévia determinação construtiva já ocorre na prática; implicitamente, no uso do concreto armado + tijolo, O tema a ser escolhido àinda é objeto de estudo pela equipe, havendo a hipótese de usarmos temas esitios já abordados, em semestres anteriores, o que nos permitiria fazer, posteriormente, estudo comparativo Para determinar o grau de influência de um novo processocorlstrutivo nos resultados projetuats ou escolhermos temas e sftios mais adequados à modulação e repetívíoade. '

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FfESUL:TADO$ CONSEQÜENTES: a) exposição dos trabalhos, acompanhados dedíscussáo das propostas no âmbito do curso; b) trabalho teórico, baseado na experiência feita; c) posseüídadede formação de laboratório de estudos técnico-construtivos; d) possibilidade de aquisição de material bibliográfico e amostras 'de materiais e produtos, criando-se acervo técnico-construtivo objetivo e prático; Em vista do exposto, estamos solicitando à chefia do departamento de arquitetura a aceitação desta Proposta, e que esta concordância se expresse através de documento. para que possamos oficializar os contatos prellrnínares efetuados. . Porto Alegre, 07

de janeiro

de 1992.,

Com o apoio do Dep. de Arquitetura-e da Direção do Curso, na pessoa do professor Saint Clair Nickelle, iniciamos em 1992 a nova experiência, Estamos, pois. na metade do segundo semestre. Para analisar os resultados obtidos temos um grupo dê trabalhos completos, do primeiro semestre. É evidende que' anállse vai ser preliminar e não conclusiva. -Ela nos d~, porém, indicações a serem confirmadas ou não nOS próxírnes . semestres. 4.3.1 O no~so primeiro interesse se relacionava com a atuação dos alunos face a

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43 uma proposta onde a tecnologia a empregar vinha pré-oeterrnmaoa e com a conseqüência da aplicação'desta tecnologia nos trabalhos. Verificou-se primeiramente' um certo receio que aos poucos, através das, palestras específicas do arquiteto convidado, Adroaldo Xavier da Silva, de visitas a obras; executadas em aço, edo assessoramento dos trabalhos no àtelier, foi se transformando em confiança. , 4.-3.2 Esta "confiança" poderia talvez ~er rnals bem traduzida pelo termo "segurançá", pois, 'aos poucos os alunos começaram a dominar um repertõrlo técnico-construtivo ' delimitado porémclaro .. Ficóu,evidenciadQ que a grande maioria conseguiu entender e ' aplicar os conhecimentos e Isto levou a uma "montagem" onde as partes, desde.os apoios no, terreno àceoertura, ficaram claramente' definidas. 'Isto, ao menos em nossas experiências aoteneres, não acontecía.Os aspectos técnico-construtivos çhegavamno fi!1al d() semestre a uma abordagem quase sempre parcial onde" uma série resoluções ou não aconteciam ou éram erroneamente apresentadas. '' , .4,.3.3 Por outro lado, a indicàçãÇ> inicial de urnaestnnuração. em aço conduziu, naturalmente. a uma busca de componentes industrializados. Quase a totalidade dos trabalhos adotou ,Iajespré-moldad~s como entrepisos, painé.is de vedaçãctípo "wall", telhas' metáliças é outros elementos. que formáramUm corpo de caráter índustrlatízante. É importante que se ressalte que isto toíacontécénoo por meio de díscussões no atelier, onde 'a tropa de intormaçõsstoi tundamerital. .' . ' , " , 4:.3.4 pode-se também atirmarque outro dado positivo consequêncía do enfoque adotado foi a aquisição, por parte dos alunos,' de interesse pelo aprotundarnento tecnólogico. Se, em semestres anteriores 'muitas resoluções,' eram.apresentacas por , exigência da disciplina, agora verificou-se que contorme semestre 'avançava, mais e mais ,as discussões se centravam em aspectos como _ tipos de' materiais de piso, ' durabilidade, funcionamento de esquadrias - enfim, aspectos realacionados com o que chamamos "detalhamento". Do ponto de vista da equipe docente, isto foi altamente positivo, pois além de,por meio de experiência, fixar nos alunos a consciência da importância deste processo na elaboração do projeto, demonstrou que, ao contrário do que normalmente acontece, pode ser um trabalho agradável e recompensacor petos- resultados finais positivos. 4.3.5 Relativamente aos aspectos conceitoais constatamos, incialmente, duas tendências opostas. Por um lado uma parcela de alunos optando pela adoção do que' poderíamos chamar de simplificação composltívo-tormal e calcada no caráter repetitivo , de terna e tecnologiaadotados. Por outro: lado uma tendência oos.aíonosncos como expoentes, a "partir .de trabalhos em semestres antertcres.xíe tentar' escapar desta tendênciasimplificadora através da busca. do tnusítaoo: Embora os, resultados finais deixem.entreyér à exístêncta destas duas tendências, oprecessoexlstente, nodecorrer : '< do semestre, evidenciou 6 direcionamento .a um meto-termo. O grupo, de alo nos que adotou' partidos' ortodoxos, normalmente calcados em tipologias usuaís.e claramente raclonalistas, avançou em termos de acréscimos.torrnaís com o Uso de detalhes significativosé'enriquecedores realizados numatase que ,normalmente, os trabalhos acadêmicos não çhegam. Por sua vez o grupo com tencênçta à busca de partidos soluções finais mais "criativas" tol sendo obrigado, contorrrie os trabalhos iam avançando, a algumas "simplifiCações" decorrentes de' dificuldades na resolução técnico-construtíva e da cobrança enérgica de SOluções corretas é problemas funcionais. .,' , Colocamos; propcsítadamente, os termos "criativas e simplificaçÕeS" entreaspas. São os termos normalmênte empregados para oetmírceitas posturas. Achamos não serem os mais adequados, porém isto é matérta extensa e não relevante no âmbito deste trabalho. . " 4.3.6 Ficou evidente que a introdução do uso do aço, "a priori", ocasionou modificaçãotormal acentuada em relação aos resultados dos semestres anteriores. Ao longo do semestre os alunos foram se dando 'conta que uma das características evidentes do emprego da estrutura metálica era, corno conseqüência. a obtenção de maior "leveza" dos volumes.É trnportante Constatar que esta característlca' não tói íornecida corno caoo , teõríco porparté Çla Disciptina. ela dOlap,ar~cen,dà naturalmente com ó ,evol~ir dos~~ trabalhos e com 'as discussões no ateller. '" V""

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Já açora, narnetadedo segundo semestre realizado coril ós-objeÜvo~ propostos . . . e a partir de técnicas construtivas pré,-determinadas e·.~nsinadas no âmbito'd()~ atelrer de projeto, não fica a menor dúvida, na equipe, de que experiência deve seguir, pela constatação tíos resultados positivos; a-saber: '. . 5.1 Aevldente.malot "consistênçia;' dos trabalhos que chegam ao final do semestre "com um grau de c,fefiniçã() maior de·soluções.e, o qué é'maiSirnPortar,tte;~bminados =. pelos alUnos sob' o aspecto da;imóntagem': técnicQ~êon'strut)va' CÓin;yistas 'à úinà' ·hipotética construção, .' _ . ,;' ':' . . . . 521sto poderia ser traduzido corno umaidéla de êníase na·busca de'~cornpetênçia", dó conhecimento mais aprôfundado do "otício", erncontraposíçâo'àtendência acentuada sempre existente da busca do inusitado, da invenção petalnverição, com resultados '. finais frágeis ~ supernclats. ..": . .,>' '. "';, " 5.3 Fica claro também, e os resultados mostraram,que pode naverumf(1éio~terr:no desejável onde; sem cefxàr deIadoos "pés-no-chão, sebusca e alcailçásolúç6es.maJs· 'complexas ecnanvas. . '.' . . ~" ": .~.~. . . . . -. ..'

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;5.4 Procura-se, com Isto, a desmitificé}Ǫ9 dó tabu da Téêriica-corrio-irnpecilhó 'à ·Cr:iatividade, 'entatrzanooc lado oposto-em que 6. domínio técnico ~ fundamental e 'auxílio 'para a Criação." ". ''. .. . 5.5 Entatiza-se também: através de tcoa.â rYletódologia adotada,' a idéia.doêxito ligadoàseriedad:~,. aomélodó,: â'modésJia,"ào SUOLO 'retonh~cimentddovaIO~ vem ligado às quanoàdes' existehteS fi obtidas petarnaturaçáo de' um trabalho consciente ... .' 5.6~Solidificaése como centro das preocupações da equipe docente e isto ao nível do ensino da Arquüetura.ra busca maior de ligação entre' Teoria e. Prática, entre Uníversldade e Sociedace. entre Pesquisa e Aplicação-~ -',' ,,"-~-"' "," :

:5, 7 M.ais do" que. evi~e~te a reces~iQ.ade dé<se",.ter~rqüiteloS,ministr~ndo, '. ensjnamentós tecnotóçtcos. E velhSlaconstqlaçãO?a dif€jrençade,tipO'àeénsino; volt'ado.pàrà o 'CálCulO o:projet,o,Uril'é .qúqnfi:t'atlvo'>p '9t1tro'é,~uá:lltati;@)':, Um· arquitetoórientahdoàfuhqs :em relaçãba tecnétoqià, e:rúen'decó.s,problernas '. retacíonaoos com esta aplicação e suas conseqüências no processoorojetuat. -. . 5.8 Como conseqOênéia, nos 'próximos dois semestres, no'anóélej.993, quando . estaremos trabalhando corntécmcaslíçaoas ao usodo tijqlO, teremos novamente .deritro ' 'do atelier, arqoltetots) córno fim especínoode ensínartern) e'ãss.essorqr{em) os alunos· com retação aousõoesta.tecnoloçla..'. ..'.. -'. ",'.', ,.' . .,.,',' ",: .

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. 5.9 Está'sendorriuiiodiffcil,apÓs.IJlJitàs~h~S em,que'·eslaprática"emhbSsoç'urso, . foi abandonada, cOnseguir convencer os al0riósde :'qLhftrabàiharJa'esenhar no aÚ31ieré importante. Conseguimos ultrapassaralçurnas barreiras, aparéihámosnossa 'sala com mesas de desenho e réquàs.paralelas e varnõscdntirurar oesrerço pelarevítalização desta prática que julgamos ser de suma ímportáricta para o tipo de )rab~lho' proposto. · .' 5.10 Fica.aindasomente rio. campo dos ói;>jetivos'fúturos,à possibiliçjade do uso, ·ta"1t>ém~99:PrójeiOJllqó,p1,OI.~bo.ratÓ(i(),d~ pe~q~i.s:a~tech-oí?gicas,·élvançahdo~~~iS.. ~a: ; .idéiade ligaç~b réàí enfre,Teori'p'é J?Tatréa.· "':",,", .... . ";' '. ...•':;, · . 5.11 Aadoção ·n'os'próxfmos·dols'séh;le_stie5:.'do'Liso do'JijolQ ~é.lémento: cosntrutlvo básicQliga-se; além'dos aspectos didáiiCQ~ já expostos õe usode. t~çnolQgiás ' 'colocadas "apríori", a uma preocupação crescente da equipe na ciscussãó'óó 'que séria . uma arquitetura apiopríadaao Brasíl-eà América Latina .. :'.": --: .. . . ..~.: , ", , ,Porto Alegre, 12 de outubro de 1992 .? ceser Dorfman~(Regente, ctaDisciplina) LJisCarJós''AiaçchiSilva , SJrgio Aátônio Volkm~r

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45 ARQUITETURA,

ENSINO, PATRIMÔNIO Arq. e Profi Cléia Rúbia de Andrade Castro Curso de Desenho Industrial .. . , Faculdades Iniegradas Norte do Par-aná

"Preservar, recuperar,' consolidadr, formular sêa os caminhos do arquiteto contemporâneo para ser uma testemunha lúcida de seu tempo e um profissional consciente de sua responsabilidade social e cultural;" (Gutiérrez) • A proposta de investigar a necessidade da presença obrigatória de disciplinas específicas de Preservação do Patrimônio Cultural na grade curricular dos cursos de . Arquitetura e' UrBanismo, parte de um posicionamento pessoal, fundarnentaco nas experiências vivenciadas durante a formação universitária, quando foram desenvolvidos, o inventário de um barracão de madeira, que na década de 40 era utilizado como .ulha para o, armazeriamento de café, o estudo da evolução urbana de uma cidade. O inventário foi realizado com os objetivos de preservar a memória da cultura do . café e seus reflexos na colonização. da cidade de Londrina-Paraná, e resgatar a história de lima das mais significativas máquinas de café da região, cuja demolição se deu poucos meses após a realização do mesmo. Fato que alerta para um tipo diferenciado dê patrimônio, aquele das regiões de ocupação recente, que em função do acelerado processo de crescimento, corre o risco de desaparecer sem ao menos ser percebido, e que, apesar de novo, é característico de determinado momento histórico, é precisa ser entendido, preservado e vatorizadocomo'represeritahte da cultura local. Este caráter dualista no conceito de patrimônio, no que se refere ao novo e o antigo, se tornou rnarcante no desenvolvimento do Trabalho de Graduação Interdisciplinar do curso de Arquitetura e Urbanismo, realizado na tradicional cidade mineira de Coronel Xavier Chaves, com o objetivo de apreender a orgànização do espaço dentro. de um contexto.de caractefísticas principalmente culturais ..As pequenas proporções do núcleo permitiram o levantamento e análise de todas as questões relacionadas à: evolução da malha urbna e tipotogias de ocupação; onde se constatou que a disposição física, tão característica da região, teve suas causas retratadas no próprio desenvolvimento histórico e cultural do lugar, aparecendo a forte influênCia religiosa, corno um dos principais , elementos condicionàntes na conformação do espaço cotidiano. . ' No decorrer da pesquisa, pontos que fugiam à compreensão levaram a busca de explicações emoutras áreas do conhecimento, Como a História; a Geografia, a Sociologia e a Antropologia, o que tornou claro que esta questão não é inerente apenas ao ensino da Arquitetura e Urbanismo, mas também ao de todos os cursos, que de forma combinada, sem hierarquias, compõem o grupo interdisciplinar que 'ccntnbui para o entendimento e tratamento das questões do patrimônio. .' Partindo-se da idéia de que o arquiteto é o profissional que cria formas e ordena o espaço, cabe a ele o poder de decisão sobre o meio construído, e conseqüentemente, parte da responsabilidade pela preservação. valorização, destruição ou oescaracterização de testemunhos importantes da herança histórico-culturaí. "O arquiteto não há de ser, sem dúvida, quem modifique todas as injustas estruturas econômicas e socíais que afetam o homem, mas tem a respons~~ilidad'e de contribuir para a mudança e não consolidar a injustiça e a degeneração" ), Se bem informado sobre o assunto, .estará habilitado a intervir no espaço de maneira mais racional, sabendo não apenas reconhecer exemplos representativos no contexto arquitetônico e urbanístico, como também diferenciare que merece ser preservado, e como preservar. A constatação da arquiteta ~riane Bicca de que "perdemos a capacidade de harmonizar o novo com o vellio"( ), utilizando imitações do estilo antigo ou criando contraste com a adoção do ultramoderno, são práticas muito comuns não apenas nas cidades históricas, como também nas contemporâneas, e só vem a reforçar a idéia' de que faltam ao arquiteto maiores subsídios para intervir coerentemente no espaço, pois, como afirma a referida arquiteta, "Ambas soluções são inaceitáveis e predatórias. A

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46 primeira desvaloriza o verdadeif~mente antigo pela sua imitação e,a segunda o aniquila pela supervalortzação do. novo" , e segundo o arquiteto Gutiérrez, "fogem do problema central da preservação e da valorização do patrimônio construídó,,(4). ' Observa-se que esta preocupação já era objeto de debates em março de 1981, quando a SPHAN-pró-Memória promoveu mesa-redonda sobre a formação e postura profissionaisdo arquiteto no Brasil frente ao problema da preservação de bens culturais, que contou com a presença de professores e alunos de arquitetura de diferentes pontos do país. , "Na opinião dos alunos presentes, as escolas de Arquitetura e Urbanismo do país, com raras exceções, não vêem a preservação do acervo arquitetônico e ' urbano como uma questão fundamental na formação profissional do arquiteto, ( ... ) e pouco oferecem 'em termos de informações sobre o acervo construído, seu significado e a necessidade de sua preservação. Segundo, os alunos" essas informações fiéam apenas em nível extremamente superficial- ou .isotaoas em algumas poucas disciplinas: ( ... ) Faltam, no seu entender, cadeiras que tratam 0 tema de uma maneira sistematizada", e vão mais longe afirtnàridQ"~e durante o curso são levados a pensar exclusivamente na construção do novo" " _' "Para que esta situação mude, alunos e professores sãounânimes em afirmar que é essencial uma mudança na fundamentação dos cursos de Arquitetura, que; de um modo geral, negam a imporfância do ambiente pré-existente e, conseqüentemenJe, toha uma cultura urbana, para impor uma arquitetura individual e formalista"( ). Esta questão também é tratada po] Zevi que complementa com a afirmação, de que "teremos dado um passo dectsívo em frente na senda desta cultura quando termos ca~azes de adotar os mesmos critérios vatoratívos para a arquit~tura contemporânea e para a que foi edificada .no s séculos que nos precederam"( '), Observa-se que, no decorrer da década, houve um censiderávelproçresso no tratamento das questões do patrimônio, algumas estolas de arquitetura já otertarn distipllnas da área, mesmo que em caráter optativo, no entanto, o problema' está longe tie ser solucionado, pois em um número significativo delas,o assunto ainda é ,trafuallhado superficialmente em disciplinas como História da Arquitetura, ' Arquitetura Brasileira ou Urbanismo, compondo um quadro ainda preocupante pois, como afirmam os alunos e professores participa~tes da mesa-redonda citada acima' "acaba -oor limitar o entendimento da preservação do acervo construído como um 'dado Importante para o desenvolvimento urbano. É necessário, portanto, encontrar formas de.~tratara ':-~('~dvação como um recturso útil para soluções de questões urbanas,,(5). -, '' , , . - .' ' Segundo Gutiérrez, "se existir consciênb'ia da continuidade culturat e da, , demanda social, a obra do arquiteto se inserir~> em seu contexto, ertrjquecendc-o e realizando, .detinitivarnente. uma arquitetura que mereça nao.somemeo recon-v heclmento contemporâneo; mas igualmente' su, preservação no futurQ,,(3) . ', , _ Outra questão de vital importância, que não pode deixar de ser mencionada, ' é que apesar das ações preservacionistas, valiosos exemplares.de nosso patrirnó-. nio vêm desaparecendo sem ao menos ser documentado, trabalho que poderia facilmente ser executado também a nível acadêmico pelos estudantes de arquitetura e urbanismo, o que Ihes possibilitaria uml aprotundarnento maior na área, e também ajudada na sua salvaçuarda. Sem o inventário é impossível a implantação de uma política ampla de preservação do Património Cultural, pois, com~ afirma Fitch, "o inventário é indispensável para o planejamento da preservação"( >. ' As questões levantadas neste texto nem de longe esgotam o assunto, apenas reafirmam a sua importância, o que justifica o desenvolvimento de um trabalho mais aprofundado no que se refere à questão do Patrimônio Cultural no ensino de Arquitetura e Urbanismo, e constituem argumentos suficientes para que seja tema de discussões e debates. Londrina, 05 de outubro de 1992.

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REFERÊNCIAS

BIBLIOGRÁFICAS

1 - BICCA. Brlane E. P."A inserção dá arquitetura contemporânea em áreas antigas'. SPHAN-pró-Mefn6ria, Brasília, n.14, set/out. 1981. 2 - FITCH, James M. Preservação ao Patrimônio Arquitetônico. São Paulo, FAU/USP, 1981. 3 - GUTIÉRREZ, Ramon. "A preservação do patrimônio arquitetõnico como agente . dinamizador da consciência cultural americana." SPHAN-pró-Memória, Bra.sília,~ n.24, mai/jun. 1983. 4, Arquitetura Latino-Americana. São Paulo: Nobel, 1989. 5 - MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, SECRETARIA DA CUL:TURA. "A construção do novo e o problema 00 patrtrnônío". SPHAN-pró-Me'mória. Brasília, n. 11, rnar/abr., 1981. 6 - ZEVI, Bruno. Saber ver a arquitetura. São Paulo, Martins Fontes, 1978. .

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BRASILEIRA, OE ENSINO DE ARQUITETURA

Rua do Pinheiro. 10 - Flamengo CEP: 22221 - Rio de Janeiro - RJ Tel.: (021) '556-10'30 .

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