Caderno ABEA 14 - Seminário Nacional sobre Extensão em Arquitetura e Urbanismo

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ANAIS I Seminรกrio Nacional sobre Extensรฃo em Arquitetura e Urbanismo

Campinas - 23, 24 e 25 de maio de 1994


DIRETORIA EXECUTIVA ( gestão 93-95

)

I SEMINÁRIO

Presidente' Itauutr Costa

«attt

UN3/1

Vice-Presic!ClllC LII ir JJCI!IIl!'1 do Eirado A nioritn

{iI'PL

Comissão Organizadora Isabel Cristina Eiras de Olireira -ABEA tramar Costa Kalil - ABEA Maria A metia Deiüte F D Azel edo Leite - PUCC

Secret.i ria Ccra I Isabel Cristina Liras de Olú!l?im - IWF Suh-Sccrerária l 'ânia

Hcntb ,11((,!jalhâes A ndradc

Secrcljrio

ele Fin.mças

(,'lIil'aldo

/J'Alexalldria

SuIJ-Scnct::írio

Baptista

I!F!5A

Comissão de Sistematização Ester Gtuierrez .. UFPel 1 'ânia Hemb - lIFBA .!OSI? Roberto G, [u uior - Moura Lacerda [osé Roberto Merlin - PUCC Ar! Vicente Feruandes - PUCC

- (lFBA

ele Fin:II1CaS

CO,u,liardo vieira

Marogno

NACIONAL

SOBRE EXTENSÁO EM ARQUITETURA E URBANISMO

- CES'U('

DIRETORES A udersou Claro - UK~'C Paulo Romano J(eichiliau

- UNf'lilU josd Antonio t.aucboti - (lNIF/?lIN/-"'lOllra »tartice Azct edo -, (JFF 111I,(!,IIS/0

Lacerda

Torres - UH'A

CONSELHO

FISCAL

Titulares

Suplentes

Roberto Pv da Siheira - UFR6'S Maria G/~ide Santos Borre/o - UFBA Maria Elisa Meira - UFF

Carlos Eduardo Botelbo - UFPR Alexandre Azedo Lacerda - UFPB [osé RObel10 G [unior - JlIf.LACERDA

A publicação deste Caderno contou com o patrocínio do CONFEA Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia e PUCCAMPINAS,

Caderno 14 - Anais do I Seminário Nacional sobre Extensão em Arquitetura e Urbanismo - Salvador, setembro de 1994 - 3.000 exemplares Publicação da Associação Brasileira de Ensino de Arquitetura - ABEA Organização:

Nicolau Moreira do Marco]r. - Monitor Eleusina Laior Holanda de Freiras - Monitora Diego Wisnillesky - Monitor Lara Braun e Silua - Monitora Maria julio

FAU'PUCC Bernadete Casonatto - Secretária/Direção Cesar Feilipe - Auxiliar de Administração Eduardo Simel - Operador Audiovisual

Patrocinadores do Seminário Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia - CONFEA Pontifícia Universidade Católica de Campinas - PUCCAMP

Itamar Kalil / Vânia Hemb M, Andrade

Revisão: Vânia Hemb M. Andrade / Noelice Pinheiro Xavier Projeto Gráfico:

Equipe de Apoio Laboratório do Habitat (L'Habítat) Maria A mélia Detitte Pereira D 'Azeredo Leite - Coordenadora Ana Pauta Vasconcellos Frei/as Farina - Secretária Eduardo Alexandre Rocha - Serviços Gerais Tulio Guimarães da Cunha - Monitor [enner Eduardo Cardoso Arduino - Monitor

Beto Cerqueira (071) 235-2973

Impressão e Acabamento:

Envelope & Cio

ABEA : Rua Caetano Moura, 121 - Federação - CEP 40,210-350 Salvador - Bahia - Telefone: (071) 245-'2627 ' Fax (071) 247-3511

Agradecimentos CONFEA, PUCCAMP, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo - FAUPUCC, Laboratório de Habitação - L'Habitat-Pl.K'C, Banco do Estado de São Paulo - BANESPA pelo apoio à realização do evento. '


SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO TEMÁRIO

8

PROGRAMA

9

7

PARTICIPANTES ABERTURA

10

15

MESA REDONDA

23

SÚMULAS DAS CONTRIBUiÇÕES

47

RELATÓRIO DO I SEMINÁRIO NACIONAL SOBRE EXTENSÃO EM ARQUITETURA E URBANISMO 71 SISTEMATIZAÇÃO DAS CONTRIBUiÇÕES ENVIADAS TEMA

1: UNIVERSIDADE

E EXTENSÃO

73

TEMA

2: UNIVERSIDADE

E SOCIEDADE

79

TEMA

3

LIMITES E POSSIBILIDADES

DE AÇÃO

71

82

QUESTÕES CORRELATAS AOS TEMAS, DETECTADAS NOS TRABALHOS 85 ENCAMINHAMENTOS RECOMENDAÇÕES

AO SEMINÁRIO AO SEMINÁRIO

CONCEITO DE EXTENSÃO EM ARQUITETURA E URBANISMO

89 91

92

PROPOSiÇÕES RESULTANTESDO SEMINÁRIO TEMA 1: UNIVERSIDADE

E EXTEt1SÃO

94

TEMA 2 UNIVERSIDADE

E SOCIEDADE

97

REFERENCIALDOS TRABALHOS

99

94


APRESENTAÇÃO

continuidade à edição dos Cadernos Dando sentamos o de Nº 14 com os resultados

ela ABEA, apre·· do I Seminário Nacional sobre Extensão em Arquitetura e Urbanismo, realizado no período de 23 a 25 de maio ele 1994 na Faculclade de Arquitetura e Urbanismo da Pontifícia Universielade Católica ele Campinas. Em seqüência à série de Seminários Temáticos que a ABEA vem realizando, o atual surgiu da necessidade de uma maior discussão sobre a extensão universitária na nossa área, com o objetivo de reunir e avaliar as atividades já realizadas, existentes ou em criação, de modo a subsidiar a definição de uma política nas Escolas de Arquitetura e Urbanismo brasileiras, que se caracterize por maior vínculo entre ensino, pesquisa e extensão e amplie a necessária integraçào Universidade-Sociedade. Foram relacionados os subtemas Universidade e Extensão, Universidade e Sociedade e Limites e Possibilidades de Ação, sobre os quais recebemos 31 contribuições de instituições, professores e alunos de vários pontos do país. Reunidos na FAUPUCC os professores e alunos de 30 instituições, presentes ao Seminário, elaboraram o presente relatório que servirá de base para a formulação dessa política. Esperamos que com a presente publicação tenhamos dado mais um passo para a melhor qualificação dos nossos futuros arquitetos.

abea

7


PROGRAMA

TEMÁRIO TEMA

UNIVERSIDADE

DIA 21 SÁBADO

1

Manhã e Tarde - Reunião de trabalho da Comissão de Sistematização

E EXTENSÃO

DIA 22 DOMINGO

Ensino, Pesquisa e Extensão Organização

Manhã e Tarde - Reunião de trabalho da Comissão de Sistematização

Instítucional

Vínculo Graduação e Pós-Graduação

Noite - Reunião da Comissão de Sistematização

Fontes de Custeio e Financiamento

TEMA

UNIVERSIDADE

2

-----------

DIA2)

2 SEGUNDA J"----------------..-..---..----..

E SOCIEDADE

Parceria com Movimentos Populares Associação com Empresas Colaboração com Instituições Públicas

TEMA

L'HABITAT

3

LIMITES E POSSIBILIDADES DE AÇÃO

Maria

Manhã - Abertura • Mesa Redonda • Iues de Freitas • Maria Atnélia Deuitte Leite

Elisa Meira

Tarde - Desenvolvimento

do Tema 1 • Debates

Noite - Reunião da Comissão de Sistematização

___

D-IA-24

TERÇA-FEIRA

Manhã - Conclusão do Tema 1 • Desenvolvimento do Tema 2 • Debates Tarde - Desenvolvimento

do Tema 3 • Debates

Noite - Reunião da Comissão de Sistemarização

.---D-IA_25

QUARTA-FEIRA

Manhã - Plenária Final 1 • Debates Tarde - Plenária Final 2 • Conclusões Noite - Encerramento AUDITÓRIO

8

DO IAC CAMPUS 1

9


PARTICIPANTES

BENNETI José Carios de Almeida

FMP Giro Saito Olair de Camilo Phüipe Kupferrnan

FAU - URUGUAI Maria

Dolores Rodriguez

FAU - USp· Pabiana R. de Resende

JUIZ DE FORA Hélio Notale

MOURA LACERDA José Antonio Lancboti (ABEA) José Roberto G. junior . Maria Tereza Barbugli Rutb Cristina M. Paulino

PUCC Adriana Gomes do Nascimento Alberto Martins Ana Paula V F Sarinier Ari Vicente Fernartdes Carlos Eduardo Lima de Souza Daniel de Carualbo Moreira Daniel Raizer C Cagliari Débora Frazatto Verde

Débora Sancbes Diego Wisniuesky Eduardo Alexandre Rocha Eduardo Simel Bleusina R. Holanda de Frei/as Heloisa Yonne Tomonari

10

jenner Eduardo

Cardos~ . João Manuel Verde dos Santos José Roberto Merlin [uliana Wilma Lauris Scbreurs julio Cesar Felippe Lara Braun e Silua Maria Amélia D. F D:A. Leite Maria Bernadete Casonatto Nicolau Moreira do Marcojr. Paola Caroline Campos [irnenez Patrícia Tannus Ramos Tulio Guimarães da Cunha vanessa Silua Alies Ferreira Vicente Guillermo N Moreno vunane Aparecida C de Frei/as Wilson Ribeiro dos.SantosIr. Wilson Roberto Mariana

SOCIGRAN Ana Maria Campos Borges Ernani Borges

UEMA Carlos Alberto dos Santos

UFBA Itarnar Kalil CABEA) Rita Dione Arújo Cunha Vânia Hemb Magalhães Andrade (ABEA)

UFES

UFMG

UNB

Cristina Maria de O. Guimaráes Regina Adélia Franco

UFPA

Cláudio Roberto C Brandào Elcio Gomes da Situa Feruanda de Mostra Brandâo Lu iz Alberto de Campos Gouiea

Augusto Cesar Salgado Torres CABEA)

Marta A. B. Romero Thomaz Passos Ferraz Moreira

UFPB Alexandre

UNESP Azédo Lacerda

UFPE

UNG

Zenildo Sena Caldas

Mario

Yosbinaga

UFPEL

UNISINOS

Ester Gutierrez

Agda Grauina

UFPR

UNITAU

Alexandre Pedrozo Daniel do Valle Gerson Issao Yassumoto Mauricio A. Maas

Paulo Romano

Maria Elisa Meira

UFRGS

FNA

Airton Cattani

Valeska Peres Pinto

Rescbilian CABEA)

CEAU / SESU

UFRJ

SASP

Andrea Marques Roscoe

Iues de Freitas

[oacir Lyra Esteies

Maria Amalia A. de A. Magalhães

FENEA

UFRN

Antonio Carlos A. Costa Estefan Leandro Santos Sabbadini

Kleber Perini Frizxera

Maria Dulce P Bentes Sobrinha

UFF

UFSC

Isabel de Oliueira CABEA) Maria Cristina F de Mello Marlice Nazaretb S de Azetedo (ABEA)

joáo Roberto Gomes de Faria

César Floriano

PARTIC. INDEPENDENTES dos Santos

Euandro Ziggiatti Monteiro Leonardo Cunha dos Santos

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Abertura do Seminรกrio


ABERTURA

Prof. Itamar Kalil Estamos dando início ao primeiro Seminário sobre Extensão em Arquitetura e Urbanismo, um evento com a realização da ABEA Associação Brasileira de Ensino de Arquitetura, em conjunto com a Faculdade de Arquitetura da PUC Campinas. Compõem a mesa professor Alberto Martins, Vice-Reitor de Administração, representando a Reitoria da PUC Campinas, a professora. Maria Elisa Meira, Presidente da Comissão de Especialistas de Ensino ele Arquitetura e Urbanismo - SESU/MEC, a arquiteta Valeska Peres Pinto, Presidente da Federação Nacional dos Arquitetos, e o professor \'<1ilson· Ribeiro, Diretor da Faculdade de Arquitetura da PUC Campinas. Passo a palavra

inicialmente

ao professor

Alberto

Martins.

Prof, Alherto Martins Muito bom dia a todos. Em nome da Reitoria da Pontifícia Universidade Católica de Campinas, quero agradecer a presença dos representantes da Associação Brasileira de Escolas de Arquitetura, los diretores da Faculdade de Arquitetura, e de todos os participantes deste seminário - o Seminário Nacional sobre Extensão 111 Arquitetura e Urbanismo. Trata-se certamente de um dos event s de maior importância para a nossa Instituição, sobretudo por se tratar de um seminário que vai abranger temas de interesse muito grande, temas que relacionam a Universidade e a sociedad ,a Universidade e a extensão, possibilidades e limites de ação. rta mente a troca de experiências entre as universidades que

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estarão presentes neste evento trará um avanço significativo não só para a área de arquitetura, mas sobretudo para todas as áreas que desenvolvem trabalhos de extensão em suas instituições. Nós nos sentimos gratificados pela presença dos senhores e desejamos um bom trabalho durante estes dias, aqui em nossa Instituição. Sejam todos muito bem-vindos. Muito obrigado. Prof" Maria Elis a Meira

Bom dia, cumprimento os membros que compõem a mesa, cumprimento os senhores participantes do I Seminário sobre Extensão em Arquitetura e Urbanismo, parabenizo a Faculdade de Arquitetura e a Pontifícia Universidade Católica de Campinas pelo acoll ime nto simpático, que nos faz prever um excelente encontro, e homenagei a ABEA pela r .alízação. l~ fácil perceber o quanto a área de arquitetura e urbanismo se organizou. Nós somos mencionados constantemente a nível da Secretaria de Educação Superior/MEC, por constituirmos uma área que voluntariamente buscou organizar-se através da sua associação de ensino, e que por isso está mais à frente em termos de organização e avaliação. A ABEA está de parabéns. Temos uma prograrnaçào para o período 94/9:1, e o que é mais relevante, no trabalho da ABEA, é justamente esta atitude de construir o processo de auto-avaliação consensuado, voluntário, enquanto em outras áreas ele sequer começou. O Seminário de Pós-Graduação vai gerar agora o encaminhamento da SESU para a CAPES no sentido de uma maior abertura da CAPES, que todos nós sabemos ser um organismo bastante reticente para admitir contribuições de áreas específicas para a questão da pós-graduação. Temos certeza de que este Seminário de Extensão vai trazer também diretrizes que serão trabalhadas a nível da Secretaria de Educação Superior, em um momento em que o próprio Ministério da Educação começa a dar destaque à área de extensão. Até então não havia uma coordenação na SESU, de extensão. Ela foi criada este ano e já financiou projetos em 94. A área de extensão, historicamente, é uma área que conta com poucos recursos até no interior das próprias universidades. Então o MEC já começa a ter um olhar crítico sobre a

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extensão. Eu volto a ter certeza de que a primeira área de ensino a se manifestar nesse campo erá a área de arquitetura, através de sua entidade, a Associação Brasileira de Ensino de Arquitetura e a partir deste encontro. Trago aos senhores os cumprimentos e os parabéns do professor Rodolfo Joaquim Pinto da Luz e do Coordenador de Extensão do MEC, professor Paulo Roberto Silva. Vamos trabalhar em conjunto e estamos atentos ao que este Seminário vai produzir. Obrigada.

Arq. Valesha Peres Pinto Eu saúdo os integrantes Seminário.

da Mesa e os que participam

deste

A Federação Nacional dos Arquitetos tem acompanhado todas as atividades da ABEA com a preocupação e o olhar daqueles que têm por incumbência cuidar do profissional egresso do ensino, lidando com as questões, com as dificuldades do mercado de trabalho. Nós, Sindicatos e Federação, estarnos na outra ponta, com aqueles que já saíram desse ambiente que apresenta tantas dificuldades, mas que ainda é um ambiente acolhedor e que lá fora vivem tropeçando em novas dificuldades. A área de ensino, sob este aspecto, é um pouco um ensaio das relações que vão ser construidas pelos profissionais com a sociedade. Aqui dentro, dentro da Universidade, se ensaiam as relações, as múltiplas formas de relação que existirão e que se exercerão, por conseguinte, entre os profissionais e a sociedade. Portanto, no âmbito da extensão, ele é um quadro muito específico dessa experiência, dessa construção de relações de compromisso e responsabilidade para com a sociedade. Para nós, acompanhar as múltiplas experiências, avaliar em que aspectos este ensaio está também construindo relações que vão, na seqüência, preparar-nos para enfrentar os desafios da sociedade brasileira é muito importante, já que a extensão é uma porta de relação permanente da Universidade com a sociedade, mas também se reveste internamente do aprimoramento do ensino e da educação como um todo. Do ponto de vista da Federação, este Seminário e seus resultados serão bastante examinados, e naquilo

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em que o Movimento Sindical e ,I Federação para o aperfeiçoamento dessas experiências, apoio.

puderem contribuir daremos o maior

Aqui trazemos urna mensagem de saudações e o desejo de que este Seminário se conclua com os melhores frutos. Acredito que ~IS 9:00h da manhã, com toda a dificuldade, j;í estarem em Campinas os trabalhos inserir s de todas as escolas, comprova que há uma disposição para que isso dê cerro. Então, felicidades Prof, Wilson Ribeiro Eu gosrmi:1 de agraelecer ;1 presença ele todos os integrantes ela mesa, Acreel ito que terão cond içócs ele conrribu ir especial mente par:1 o bom desempenho e para os resultados deste Seminário, e gost;lri,1 ele dar ;IS boas vindas :.1rodos os participantes que irão compor este universo ele discussão e debates, que acredito será muito interessante nestes C\i;IS. Gostaria

de rc zistrar Cjue considero uma vitória, ele fato, a realizaSeminário, porque nós est,11110Scercados por uma série ele eventos de difícil encaminhamento e solução, como as greves nas federais, nas estaduais paulisras Nós cstamos saindo neste momento e retomando nossas arividadcs, e acho que é urna pro\';1 ele vit.rlidaclc nossa na área ele arquitetura e da própria ABEA realizar, conseguir manter e, ele faro. ler este número significativo ele trabalhos inscritos e este número ele participantes que começa ;1cresc 'r nesta manhã. Boas vindas. espero que nós possamos dar o suporte necessário para que as atividades se desenvolvam de boa maneira.

~;~IO deste

Gostaria também de registrar nosso agradecimento a todo o pessoal elo L'Habitat, na pessoa ela Mel e elos monitores, I elo extraordinário esforço de organização e de encaminhamento das atividades do Seminário. Para nós da fAU-PUCC, este Seminário é uma atividade absolutamente necessária, porque temos procurado, nos últimos anos, discutir as atividades de extensão. Existe uma série de experiências feitas internamente e não tínhamos como trocáIas até este momento. Queríamos, ele faro, refletir não só do ponto de vista interno ao conjunto da nossa Universidade, onde algumas outras experiências ele extensão também são significativas,

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mas fundamentalmente reconceituar talvez, na área de arquitetura, aquilo que entendemos como extensão e as suas interfaces: e~sino e pesquisa. Achamos que as condições mudaram, a produçao da niversidada hoje se dá de outra maneira, e é necessário repensar essa possibilidade de experimentação de um novo contato com a própria sociedade, rediscutindo formação, rediscutindo processos e atualizando o próprio ensino dentro disso, São e~tas as expectativas que temos quanto à realização deste Seminário, e acredito que ele mostra um ótimo caminho para que possamos progredir futuramente dentro da ABEA, junto com as nossas entidades nacionais, a esse respeito. Obrigado. Prof. Itamar Kalil Eu gostaria, finalizando esta seção de abertura, de agradecer sinceramente o apoio da Reitoria ela PUC Campinas, Tivemos todo o apoio necessário, como Comissão Organizadora e como Comissão de Sistematização, formada exatamente para consolidar os trabalhos enviados, Estarnos trabalhando desde a sexta-feira à noite aqui ,em Campinas, recebendo o apoio e o carinho da Universidade. E um trabalho que tem sido árduo, inclusive nos faz pedir desculpas pelo certo atraso que tivemos no início. Quero agradecer de coração à equipe do L'Habitat por todo o apoio e carinho que .~os dispensou neste período, todo o empenho e dedicação q~e )li vem mostrando há algum tempo na preparação deste Serninarro, e agradecer aos participantes. A ABEA vem realizando um trabalho que teve início na gestão da professora Maria Elísa, quando presidente da Associação Brasileira de Ensino de Arquitetura, e que lançou esse desafio para as escolas, professores e alunos, no sentido de discutir o ensino da arquitetura. A ABEA vem trabalhando numa seqüência de eventos, tentando equacíonar, discutir e criar subsídios para a definição de políticas dentro do ensino da arquitetura, Realizamos inicialmente um Seminário de Graduação, há dois anos atrás, em Belo I [orizo~te, onde definimos alguns critérios e sugestões de autoavaliação das escolas que vêm trabalhando desde então com esses indicadores. Em seguida realizamos, no ano passado, em maio, ) Seminário sobre Pós-Graduação, partindo inclusive da

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constatação de que um número significativo - em torno de cinco mil professores - hoje ministra aulas nas escolas de arquitetura do paí e, em contrapartida, temos pouquíssimos cursos de pós-graduação nessa área, somente com um doutorado. Assim a ABEA resolveu, naquela oportunidade, criar um seminário que obteve um êxito surpreendente no sentido de apontar alguns caminhos para a solução desse entrave. Hoje nós estamos realizando o Seminário de Extensão, para exatamente ampliar essa seqüência de eventos da ABEA, e que teve origem na constatação trazida pelo Inventário das escolas de arquitetura sobre a necessidade d se discutir a questão da extensão. Surpreendeu-nos e inclusive nos gratificou o grande número de trabalhos inscrito. Trinta e uma contribuições foram apresentadas ao Seminário, originárias de treze instituições de ensino, quais sejam: a Federal do Rio Grande do Sul, a Federal de Pernambuco, a Gama Filho do Rio de Janeiro, o Instituto Moura Lacerda de Ribeirão Preto, a UnB de Brasília, a UNESP, a Federal de Pelotas, a PUC Campinas, Federal do Rio de Janeiro, Federal do Espírito Santo, Federal do Rio Grande do Norte, Federal Fluminense e a Federal da Bahia Estas escolas contribuíram, através dos seus professores e alunos (vale ressaltar que temos também trabalhos de alunos inscritos nesse Seminário), para a montagem do documento que os senhores vão receber daqui a alguns instantes. Estarnos recebendo, também, inscrições de outras instituições, que não enviaram trabalhos, mas estarão presentes ao Seminário. Por tudo isso, eu gostaria de agradecer, mais uma vez, todo esse apoio e, particularmente, aos nossos "pupilos" do L'Habitat, e agradecer aos senhores, que atenderam ao convite da ABEA.

os temas relacionados para o Seminário: Universidade e Extensão, níversídade e Sociedade e Limites e Possibilidades de Ação com os seus subtemas. ' , Na verdade, e como n80 poderia deixar de ser, alguns dos trabalhos abordaram exatamente essa ternática, outros discorreram a respeito de suas experiências, o que dificultou sobr maneira a tentativa de sisternatizá-ios e enquadrá-Ios dentro dessa ternátíca. A proposta de trabalho se resume a: uma vez esses documentos em mãos dos senhores, promover o debate sobre cada tema. A comissão decidiu por não haver relatos específicos de experiências dentro da programação do Seminário, procurando no entanto atender àqueles que se interessarem em trocar experiências, reservando espaço a cada seção no final da tarde início da noite para apresentação dos seu~ tr~balhos. É uma p/ogramação mai~ livre cio Seminário que não faz parte cio bloco anteriormente programado. Esta é, basicamente, a estrutura prevista: teremos discussões hoje à tarde, na terça pela manhã e à tarde, esgotando nestes três turnos os três temas previstos e reservando para quarta-feira O que esta mos chamando de "plenária um" e "plenária dois", que seriam a plenária final elo nosso encontro, reservada às conclusões e1esse Seminário, a partir elas quais pretendemos, a exemplo do que fizemos no Seminário de Pós-Graduação extrair subsídios que definam uma política na área de extens;lo,' para encaminhamento aos órgãos competentes.

Nós teremos, na seqüência, um debate, onde procuraremos situar e conceituar a questão da extensão; na parte da tarde, daremos início e seqüência aos painéis. Declaro aberto o I Seminário acional sobre Extensão em Arquitetura e Urbanismo.

" II

li:!

Dando continuidade ao Seminário, teremos em uma mesa redonda a professora Maria Elisa, o arquiteto lves de Freitas e a professora Maria Amélia. A intenção dessa mesa redonda é criar o pano de fundo para as discussões durante o Seminário. Teremos trinta e um trabalhos, inicialmente convocados a abordar

I

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MESA REDONDA

Prof, Itamar Kalil Dando inicio segunda atividade da parte da manhã, convido a compor a Mesa o arquiteto Ives de Freiras, Presidente do Sindicato dos Arquitetos do Estado ele São Paulo, a professora Maria Elisa, Presidente ela Comissão ele Especialistas de Ensino de Arquitetura e Urbanismo - CEAU e Conselheira Federal representando as Escolas de Arquitetura no CONFEA. Convido também a professora Maria Arnélia, coordenadora do L'habitat, da PUCc. à

Passo a palavra

inicialmente

à professora

Maria Elisa Meira.

Prof" Maria Elisa Meira Dando seqüência ao que eu tinha falado antes, na mesa de abertura, vou falar um pouco sobre a Secretaria de Educação Superior, da maneira como ela está funcionando no MEC, muito em função do interesse existente para o encaminhamento dos resultados deste Seminário. A SESU, na minha avaliação - e não somente na minha, mas na avaliação generalizada -, está num momento bastante interessante comparativamente ao que vinha acontecendo. Nós temos na Secretaria um ex-reitor, ex-presidente do Conselho de Reitores, que é o professor Rodolfo , um homem de espírito bastante universitário, e nós temos na Diretoria de Política Superior a nossa querida Maria]osé Feres, a "Ze'zé ", ex-presidente da ANDES. Quan-

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do você vê dentro do Ministério de Educação, justamente numa direção essencial, que é aquela que define a política de ensino superior, um companheiro vindo do movimento docente e COITla qualidade de "Zezé", já é um sinal de expectativa em relação a procedimentos novos no relacionamento da SESU com as universidades e com o âmbito acadêmico.

E no momento em que o Ministério refez sua política sobre uma matriz cruzada da avaliação da Universidade brasileira, ele criou em paralelo uma estrutura horizontal que avalia as questões das áreas específicas. Então o MEC se abre para a perspectiva de que cada área coloque as suas variáveis fundamentais. Temos que aproveitar esse espaço e consolidar uma proposta nossa.

Sabemos que o Ministério é uma estrutura bastante pesada, é uma estrutura bastante infiltrada por interesses que não são exatarnente de defesa da educação do país, ou da educação superior. Ent~IO, as mudanças logícarnente são muito lentas e leva-se muito remi o para perceber os feitos daquil que se pr t nde. Justam ntc por isso, porque estarnos em um ano de mudanças a nível do procedimento no relacionamento com as universidades, mas também um ano em que acaba o governo, um momento de transição em todo o país com as eleições e uma nova presidência da república, nós precisamos ter uma estratégia muito definida para este ano ele 94, e uma estratégia no seu sentido pleno, muito prática e muito eficiente, porque senão o que foi conseguido, neste t mpo, em função dos resultados eleitorais, pode-se perder.

Na área do Conselho Federal de Educação, a questão é bastante grave, no momento; temos conhecimento de sessenta pedidos de abertura de novos cursos de arquitetura e outros não sabidos. Estávamos em Natal, e de repente descobrimos que tinha sido aberto um curso m Sergipe e outro em São Paulo. Não que a CEAU - e ela já colocou isso no seu relatório de área - não que nós tenhamos a visão da prolif ração do ensino de arquitetura; nada disso, achamos que há lugares com necessidade de cursos de arquitetura e que há muito espaço para formar arquitetos, essa demanda ainda não bem explicada dos estudantes de arquitetura que aparece na demanda por vestibular.

Eu alertaria aos participantes deste S miná rio sobre a importância de aproveitar-se este momento na construção de uma estratégia de encaminhamento da área. Certamente não vamos ter outro momento de encontro nacional, a não ser, previsivelmente em outubro, no Encontro Nacional de Ensino, em que nós já deveríamos estar fazendo encaminhamentos em termos de uma política para a nossa área. Acho que devíamos ser neste momento menos futuristas e bastante pragmáticos: o que é possível consolidar? Do ponto de vista da SESU há essa expectativa, essa estratégia. O que nós podemos consolidar? O que nós podemos trazer dos interesses da área para dentro do MEC, de maneira que qualquer alteração da direção de uma política de ensino superior possa ter um campo forte, externo ao próprio Ministério, que leve a cobranças no futuro. Como já havia dito antes, a área de arquitetura é uma área hoje que, sem modéstia alguma, tem sido referência, para outras áreas, e essa referência está posta indubitavelmente na ABEA. Quando o Ministério da Educação parou, a partir dos anos 70, qualquer política que considerasse os problemas específicos de cada área de ensino, a ABEA se fez presente e continuou atuando.

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É preciso,

no entanto, ter condições para funcionar. Temos conhecimento, tanto na ABEA quanto na CEAU, de que muitas dessas iniciativas desorganizadas de abertura de cursos levam ao funcionamento de um ou dois semestres, e logo o curso entra em crise. Sobre isso é que nós precisamos criar exigências maiores, mas o quadro é muito difícil e não vou me estender sobre a questão do Conselho Federal de Educação, porque nós já sabemos disso. A outra questão é a o do nosso currículo, eu também entendo que é um momento favorável para construirmos alguma alternativa para ele. Em relação fala geral da CEAU, eu encerro aqui, e se for necessário, nos debates, volto. à

Vou agora me deter no tema da extensão e optei por falar um pouco ela minha trajetória profissional, porque extensão para mim foi uma opção como profissional e como docente. O que é extensão? O que não é extensão' O médico João Amílcar Salgado, que é um pesquisador e pedagogo da área de medicina, deu uma contribuição essencial, sobre a qual eu me debruço agora para colocar um pano de fundo na discussão que se abre neste momento. No caderno 11 da ABEA, ele faz um pequeno discurso, muito sintético, um pequeno texto, que foi a fala dele na abertura do congresso da ABEA em Belo Horizonte, em que ele aborda a

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" xtensào". Então, o que ele diz! Ele diz que a Universidade tem historicamente e na sua essência três funções; era de se esperar que ele citasse: ensino, pesquisa e extensão, mas ele menciona acumulo, trasrnissào e produção do saber, mediante a atenção crítica às necessidades sociais. Então o que o .João Amilcar sintetizou é que a extensão não é um conteúdo, a extensão é uma atitude. Aqueles que trabalham com extensão estão talvez despertos para uma determinada insatisfação que leva a uma atitude, a uma busca e a uma definição de um determinado campo que' crítico Então, seria extensão a atividade do professor em sala ele aula, e a atitude do aluno dentro da mesma sala de aula>. Seria de extensão a atitude do pesquisador e do material que ele escolhe! E se nós formos examinar assim, vamos ver que a Universidade é antiextensionista. Eu não gost da palavra extensão. Acho que nós tínhamos que caminhar para descobrir outra expressão. Gosto muito da expressão "atenção crítica ~ISnecessidades sociais", - a crítica ao que é necessidade, e a crítica ao nosso desempenho, ao nosso papel. Em verdade, começando pela área do ensino, começando pela atitude dentro da sala de aula, ela não é nada extensiorusta, são dois blocos: o professor com seu saber, do qual ele é muito zeloso, e o aluno do outro lado, numa atitude passiva. Na sala de aula o que vem primeiro é a atenção crítica à necessidade social, que eleve estar explicitada no programa elo professor, na atitude do prof ssor, na literatura que ele indica, no universo que ele aborda, na maneira pela qual ele trata o tema. E que deve ser a mesma do aluno, quando ele pergunta - mas, e a tal da casa popular! a cobrança e na própria atitude do aluno, nós também vamos ter a atenção crítica às necessidaeles sociais e assim também na pesquisa. Ou não conhecemos o campo da crítica, do que se produz e pesquisa no Brasil. O CNPq financiou consultar o acervo impossível. Então, cujo resultado nem guém beneficiar-se

longos anos de pesquisa no Brasil, mas se se técnico de pesquisa financiada pelo CNPq, é o Brasil financia pesquisas de alguma coisa é aproveitado, além de não se permitir a ninde tais pesquisas. Isto demonstra a falta de

omunicação, que permite que todos façam a mesma coisa ao mesmo tempo, inutilmente. O pessoal que trabalha com extensão s~be que dificilmente se consegue dinheiro do CNPq, CAPES, a nao ser se que disfarce um projeto ele extensão em um projeto de

pesquisa

'~'udo isso me leva hoje, mais uma vez, a afirmar que extensão não , um conteúdo e sim uma atitude. Então a atenção crítica às ne.cssidades sociais vale para o acúmulo, transmi;são e produção 10 sab:r. Atenção, crítica às necessidades sociais, é um compromisso etrco, ou nos estarnos dentro de uma instituição chamada l niversidade e ela tem um compromisso ético, ou então estarnos no lugar errado. Acho que compromisso ético devemos ter em iodos os campos, em todas as instituições e em todos os desernp '~hos, e muito mais na Universidade, por sua própria natureza, , e por ISSO que nós prezamos tanto a chamada autonomia da Universidade, que não pode ser entendida como autonomia de luzer o que se quer. Autonomia não é isso. Não é essa autonomia ou esses os conteúdos ela autonomia que aqueles que defendem \'~ m unhas e dentes autonomia na Universidade pretendem; mas ';1111, pretendem que elas sejam um campo autônomo, capaz ele , uperar momentos de ditaduras, momentos de convulsões, para 'Ili a SOCIedade tenha uma garantia de que alguém, em algum lugar, naquele tempo, pensa criticamente. li por isso que a Universidade precisa de autonomia. Ou você tem '~mpo da liberdade da a utonornia dentro da Universidade ou \ (~ 'c não vai tê-Ia em lugar algum, porque ela é a instituição rriada para isso, historicamente. É lógico que se sabe que ela é I 'I redutora. Nós somos reprodutores, nós temos todos os proI1I 'mas da SOCIedade, mas nós temos uma função e essa função 1(,Il1, s de preservar. Portanto, exige-se de nós uma atitude crítica [11'01 s,sores e alunos, administradores ete. Eu acho que caminha:I ()J: ai, .~amInhar com a indissociabilidade, isso é que é ser 111 II sociável. Quero chamar a atenção para esta atitude e dar 111 '11 S importância aos possíveis conflitos advindos do entendiIIIV M de que extensão é prestação de serviços, quando o primeiII1 prestador de serviços da Universidade é a pesquisa. Eu gostaria I li' saber porque a pesquisa não tem pecba de prestador de serviI I I,', 1\ pesquisa é prestadora de serviços sim, a pesquisa hoje no II

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Brasil tem facilidade de captar recursos fora da Universidade. A prestação de serviço é um outro campo e nós não devíamos místurá-Io com extensão. Paro aqui para voltar nos debates. Obrigada.

Arq. Ives de Freitas Primeiro quero agradecer o convite feito pela ABEA. É com satisfação que participo deste evento, pela importância que ele tem de estar r t1etindo criticamente sobre a questão da extensão, sobretudo voltando a esta casa, onde me licenciei em 91, para atuar na Prefeitura de São Paulo junto ao Governo Municipal. Realmente eu me afastei, mas quero dizer que é com satisfação que retorno para esta ou qualquer outra atividade. Pensei numa contribuição que permitisse dar uma polernizada nesse assunto e parece que eu fui, um pouco, convidado para isso. Então eu fico à vontade para estar debatendo com uma visão crítica, mas nada com relação a Maria Elisa, porque, apesar das brincadeiras, participamos do movimento estudantil, tentando reconstruir a UNE, e em especial junto ao movimento de organização de estudantes de arquitetura da época. Então eu estou muito ~l vontade para me reportar à memória da nossa trajetória comum, a nível do movimento estudantil, a nível do movimento docente na ANDES, e outras atividades. Sobre

extensão, pretendo me referir mais ao que está voltado que procurei aplicar ao nosso campo da Arquitetura do que propriamente sobre os trabalhos que foram elaborados para este encontro, dos quais não tenho conhecimento. Estive sabendo que são trinta e uma contribuições. Nào conheço o que está sendo elaborado, mas isso, talvez até ajude a situar um pano de fundo que permita estar refletindo à luz de cada experiência no contexto nacional. àquilo

Disponho de algumas informações do que ocorre a nível nacional, mas vou me ater aquilo que em São Paulo nós podemos destacar como experiências ocorridas no campo da extensão universitária, se é que se pode chamar assim. Eu concordo com a Maria Elísa e não vou me prender muito à questão do termo, mas o Seminário tem exata perspectiva e nós vamos tentar trabalhar

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em cima disso. Gosta ria tal~bém de destacar que é uma crítica do período que se 1~lcla na década de 80, quando, pelo menos em São Paulo, uma serre de experiências a nível de extensão universitária surgiu nas escolas ele Arquitetura, em especial (e aqui aproveitando a presença ela Mel) na Faculdade ele Belas Artes de São Paulo no início da dé_cada, de 80. E,m que pese ser uma Faculdade isola'da, privada, nao pública, nos arriscamos e acho que f· i possível, por um certo período, manter ssa atividade. Depois a escola nos colocou todo~ na rua - lit:eralmente 9')%, do corpo docente -, e se muitos de nos foram acusados e foram demitidos por justa causa, foi uma causa Justa, a desenvolvida na Belas Artes. Lá tivemos a oportunidade de promover várias atividad s no campo da extensão, uma special que diz respeito ao laboratório d habitação, que ficou conhecido como L!\.BI-IJ\13- este foi o título original. Podemos atestar que essa atividade se reproduziu em várias outras escolas, tanto no estado de São Paulo, como a nível nacional a partir da lécada de 80. Mas nã~ foi só essa atividade de extensão que conseguimos monLar, na epoca. Também desenvolvemos algo chamado de Projeto lnterior, po:-que tinha uma estrutura mais leve, mas nem por isso menos orgaruca, que vinculava formação de estudantes em um trabalho conjunto com as prefeituras do interior do Estado de São Paulo. Era uma atividade que envolvia, a exemplo do laboratório, rnorutores e todo o corpo de professores que buscavam uma perspectiva de um regime integral na Faculdade. É importante destacar que era privada, mas essa era a postura que procurávamos colocar. Esse projeto na verdade se desenvolvia ao longo das féri:IS, e era preparado a cada período, de maneira a estar prestando serviço _e trabalhando sobretudo naquilo que podemos chamar de habitação de interesse social e questões afetas à gestão dernocráI ica da cidade. Ainda no período da Belas Artes, conseguimos dar uma dinâmica u que chamamos, à época, de CEDOC, um Centro de Documenlação que também procurava ter aplicação a nível da graduação e 10 enSII10 da Faculdade. Tivemos também, e a Mel conduziu muito bem na ocasiã~, a exemplo do que vem fazendo aqui em Carnpi11:1 , o laboratório de estruturas, que tinha uma perspectiva de

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a pl ícação direta ~l questão da habilitação e teve várias int rface~ com o laboratório de habitação enquanto estrutura aplicada a habitação de interesse social. Estou só desenhando um pouco, porque foi um período extremamente rico essa última experiência na Belas Artes. Essa atividade teve início em 80 e começou a naufragar ao final da primeira metade da década, q ua ndo em 85 a Facu Idade - isso é um registro pes s oal -, exatamente pelo acervo, pela conquista que ~l'.teve, comcc u a receber pressão por todo lado, e a partir dai foi-se dissolv nelo. Nà foi exatamente a questão salarial que motivou o seu fim, mas uma per pcctiva e um trabalho que eles nvolvernos e qu ' n~IO cabia mais na estrutura particular do, ensino pago. A verdade é esta Cada um de nós já tinha exp ri netas em outras atividades profissionais e também a nível ela docência, mas nem I or isso, e aqui eu queria resgatar, I ara começar ~ entrar na questão principal, nós pudemos sentir que esta cxpcnencia conseguiu 11101"iv~lr e se reproduzir em contextos diferenciados, com outras perspectivas

Acho que um processo que começou de 80 para cá, e por isso eu queria cenrrar a crítica nestes últimos 12 a 15 anos, e sob_re como as escolas de Arquitetura conseguiram trabalhar a questao da extensão ~l nível da graduação. Vou fazer uma generalização, mas quero deixar claro que é proposital, quer dize~', eu não vou, I or ora, fazer uma distinção entre Universidade pública ~ priva(b c também vou deixar um pouco em aberto as extensoes que tiveram uma perspectiva mais voltada ao campo institucional e aquelas que tiveram uma agregação orgânica mais direta com os movimentos sociais, com movimentos populares ou com a prestação de serviço neste campo. é

Se fosse fazer essa diferenciação agora, ficaria muito difícil. Um primeiro campo que eu tomaria seria um quadro mais geral,daquilo que envolveu a crise da Universidade, em especial da década de 80 para cá, na elaboração do processo constitumte e~n. 88, daquilo que já foi uma conquist~l da aut::momla uruversitana a partir de 91 e a partir do qual reformulações passaram a ocorrer tanto a nível das universidades públicas como das particulares. Em especial nas particulares, começou a haver agregação, porque eram escolas isoladas e começaram a tentar galgar um status de,

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quando não universidades, federações ou instituições de um porte um pouco maior. Essa reestruturaçào em grande parte envolveu a revisão ele planos de carreira, e começou-se a dar mais ênfase à questão da extensão, e também, por que não, dentro da ótica do ensino privado - agora deixando um pouco as públicas _ , a um grande mercado que surgiu para efeito de cursos de especialização e outros, quando, na verdade, o mercado ela graduação já vinha evidenciando uma certa fadiga. ~ um período que também vai mostrar uma expansão violenta das escolas particulares, qu r dizer, quando chegamos, hoje, a 71 escolas pelo Brasil, acho que isso é importante. O mais irnportante é a informação sobre o quadro de como nós chegamos à expansão da escolas: em qu stão de poucos meses, uma escola dava entrada em um processo e já estava autorizada pelo MEC sem que tivesse passado pela CEAU e por outras instâncias hoje utilizadas para se ter um mínimo de critérios no tocante à expansão do ensino no Brasil. Acho importante colocar isso porque, quando vamos discutir extensão, nós não temos controle sequer sobre a graduação propriamente dita, nos cursos que vêm sendo nutorizados, e muito menos sobre a maneira como vêm sendo .fetivarnenre autorizados pelo governo. Voltando,

eu parei na questão da expansão da rede privada e de toda a reorganização que passa a ocorrer novamente, , que envolve a situação elo MEC, da SESU e até a reconstituiçào le comissões, tipo de Ensino de Arquitetura - CEAU, depois de nnos (87, me parece), quando efetivamente os cursos já não tinharn qualquer crivo, sobretudo por instâncias do MEC. t.unbérn

Coloquei um pouco da crise nesse primeiro campo, sem entrar no mérito de como isso vai rebater, porque já havia pressões claras à ..ociedade, e havia efetivamente uma busca para que a questão da 'xtensão pudesse ser uma porta pela qual a Universidade iria até ,I sociedade e teria um intercâmbio maior, até porque nós temos l'l:lro isso: o ensino de graduação carrega uma série de falhas, e 11:10 são poucos os professores, mesmo a nível da graduação, que pr curam com as mais diferentes propostas didáticas enquanto -scola, enquanto seqüência vertical/horizontal, em cada uma das luruldades, ter uma agregação, uma instrumentação prática, tanto II() campo da Arquitetura como do Urbanismo.

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De qualquer forma, essas pressões motivaram tanto uma via de extensão a nível do campo institucional propriamente dito, a nível geral com prefeituras, com os mais diferentes poderes, como também no campo da participação popular. Efetivamente n 's chegamos da década de 70 para 80 com eSSJ "redernocratízação' O país com uma pressão direta da sociedade, a Universidade não tinha como não responder ou, pelo menos, não se colocar na perspectiva de responder parte dos anseias que os setores populares passaram a colocar. Por outro lado, o que vamos encontrar? Um outro bloco de problemas: uma redução acentuada de verbas para a educação, de uma maneira geral. Agora nós nos estamos reportando ~lquestão universitária, mas, não vamos esquecer, desde o ensino básico. No períoelo Collor, mas já vindo d Sarney, com a gestão do PFL, é quase como lima herança dentro elo Ministério ela Educação, uma ênfase mais do que exacerbada no tocante ao ensino privaelo, uma queda de financiamento generalizael,l para as atividades ele pesquisa, uma evasão de quadros docentes para o m rcado profissional propriamente dito, pelos baixos salários que as universidades vêm pagando. Quando eu digo mercado, pode ser tanto a nível nacional como a nível internacional, mediante qualquer oferta ele trabalho com um salário compatível, no campo ela pesquisa, da graduação, não importa, com o doutorado aqui ou fora, n~IO havia porque se discutir muito e a evasão se caraterizou de uma maneira geral. NOV~ISexigências passaram a surgir também em função ela abertura de mercado, e isso não foi tanto pela gestão elo Collor, mas seja pelo Mercosul, seja pela integração européia, o fato é que para um país atrasado tecnologicamente e em termos culturais, essa expansão de mercado também deu uma mexida na área, e a própria extensão não tinha como não ser afetada por essa questão. Por último, para as alternativas que já se procuravam colocar: burocracia universitária. Todos conhecem a dificuldade de estar empreendendo alguma atividade nova, fugindo um pouco da burocracia instaurada, e aí não há a menor diferença, quer sejam publicas ou privadas, universidades e cursos muitos antigos ou recém-criados. De qualquer maneira, isso motivou o que, nessa crise? Pelo menos para aqueles todos, e nào são poucos, que se

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colocavam ampliação

numa perspectiva crítica de chegar à sociedade eu diria, dos conceitos de extensão universitária:

uma

Daria talvez para tomar três perspectivas que para mim estão claras. Uma, prestação de serviços, e nós temos que trabalhar muito em cima diSSO. Acho qu muita atividade acabou procurando fugir dessa denominação, mas a meu ver a caracterização clara é esta : é prestação de serviços, sim. Outras, que passaram na verdade a buscar parcerias no setor privado a nível de obtenção de r:cursos, acho que também não se deve escamotear essa quese nem estou dizendo, por ora, se é boa ou má, em função da propna crise. Eu poderia entender até com muita facilidade o que represen~ou desenvolver parcerias para obter os recursos que o Estado efetJ,vamente não destina para a área de educação, inclusive para a area de extensão. E tarnbé m por que não pesquisas aplicadas ,em trabalhos voltados à população de uma maneira geral, prefer~ncialmente a setores e movimentos populares. Isso a meu ve~ definiu uma certa característica, um certo padrão de 01'ganizaçao do ponto de vista das atividades de extensão. E vários nom~s passal~am a ser mais usuais entre nós: ou fundações, ou centros, ou nucleos, ou laboratórios, isso na dependência do por~e, da estrutura, se pública ou privada, se mais diretamente ligada a pesquisa ou prestação de serviços, mas vários organismos passaram a se constituir em volta da atividade de graduação.

=

A minha ~ritica, agora, é que, se já era difícil nós percebermos uma relação direta entre a graduação e a extensão, com essa atividade mais nucleada , a meu ver, esse fosso foi e vem aumentando. Cada vez mais a graduação não vem tendo retorno "feedback necessário, elo que a atividade de extensão propriamente vem abrindo, e pior, cada vez mais a atividade de extensão vem-se consolidando como um organismo próprio, separado, e perde-se I,nc.lu~l\'e 9ualquer perspectiva de estar instrurnentando a própria rcvisao cnnca da graduação propriamente dita. .uais, as conseqüênci.as que eu poderia agora arrolar neste qua,~~ o, Jél que tentei conhg~rar que houve efetivamente uma expanSdO no campo de extensão na nossa área A nível das universida' des públicas e privadas, agora generalizando de novo, algumas I .ssas .atividades tinham uma clara percepção de mercado, de 'onsolidar um certo prestígio, vamos chamar assim. Era um

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marketing importante, afora a graduação, a faculdade e tar oferecendo também uma atividade com esse perfil ltgad~ a tal movimento, ou conveniada C0111tal segmento do poder publico. Ou;ra questão é que isso configurou um mercado e?lergente também no campo dos docentes e professores, sem duvida al~ulml porque de repente se verificoL~ que havi,~ um ,1l1teres~e rec~pr~co ~.~ mercado também era favorável, no 1111CIO, a atividade d<=:sseporte Terceiro aspecto, passou a haver uma complcmentaçào salarial para o corpo docente que não é possível negar. Na discussão salarial, isso pode ser visto melhor, o que ~ ANDE enfrent u e enfrenta até hoje. Seja hora/aula no tocante a Iniciativa privada, seja na carreira mesma',em regime integral n~~ universidades, essa atividade de extcnsao passou a remunerar muito mais deixou até de ser uma complernentaçâo e passou a ser preferc~cialmente uma opção d s docentes. Outro aspecto é que esses organismos, para ,I inic.iativa privada ou para a rede privada, começaram a conferir uma forma 'lI, rimorada de caixa dois, porque toda contabilidade exercida pOI esses organismos não passava mais a nível central. Dentro ele uma aparente ínformalidade de como estar obtendo recursos, financiando as monitorias, esse complemento salarial, dentro dessa Improvisação em muitos asp ctos configurava uma contabilidade paralela, ou quando não, sem o rigor da conta bilidade ,por parte central da universidade ou da faculdade. Uma captaçao de recursos que oassou a ser um canal inclusive para pagar atividades de manutençào de algumas escolas em função da arrecadação extra dessa atividade. Na relação com outro grupo, entre a graduação e a extensão, ampliou-se o distanciamento entre as atividades de gradita e aquilo que poderia ser uma atividade I ação propriamente c us co "f lb k" de extensão, voltada à sociedade ou trazendo esse . eec , para a graduação. Na ânsia de superar a bUl:ocracIa u nI;,ersIta na , acho também que nós redundamos numa serre de equivocos do ponto de vista da inform~lidade, de como tentar con:ornar a ~urocracia sem ter um enfrentamento direto, e em glan~e parte, I menos do que eu levantei para esta discussão, essa pe o di' d . 1 informalidade levou a um custo alto o ponto c e vista as imp 1cações e responsabilidades que envolveu Exploração descarada primeiro

:c

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de estágios não-regulamentados junto aos estudantes, este é outro campo que também não adianta fazermos de conta que nào OCOITft.Isso envolve tanto a figura de monitores como estagíáríos, C0l110 auxiliares de ensino. Esse exercício de extensão em grande parte, sobretudo nas atividades remuneradas, passou na verdade ,I explorar c muitas vezes sem qualquer forma de enquadrarnento na própria formação de graduação elo estudante. Não só as universidades como as empresas que se associaram, ou quando não, as próprias faculdades que se empresariaram para efeito de está. gio, fizeram e fazem uso dessa mão-de-obra qualificada de maneira assim sem restrições - e são braços e mão-de-obra da atividade de extens:l0.' , Outra questão que se criou também foi uma modalidade nova que começou a possibilitar, para os docentes, uma boa jusuficaríva de se afastar como professor titular das disciplinas e se dedicar mais :1 extensão criar aquele esquema de substituição com auxiliares ou suplentes para efeito de suas atividades. A conseqüência disso foram vários concursos que vêm acontecendo para permitir novos ingressos para suprir aquele titular que preferencialmente, até pela rentabilidade, optou e cada vez mais converge para a extensão. Quando não converge integralmente, a maior pane ela dedicação elo regime integral está nessa área e não na gracluaçào como titular - j::í há outros professores em seu lugar ensinando, porque já se pode detectar onele está ha vendo maior benefício, e sobretudo as prioridades. É possível dizer que, nessa rel<tção da extensão, são priorizadas a habitação de interesse social e a gestão da cidade, tanto envolvendo obras enquanto mutirões como na discussão de planos diretores ou gestões de políticas municipais, Quer dizer, é nessa figura que, a meu ver, se configurou a maior participação desses núcleos, lembrando mais diretamente a nossa área. Que implicações isso também trouxe para efeito do ensino e da graduação nossa? Sempre houve uma crítica pesada quanto ao currículo mínimo das escolas. Há uma relação direta nessa questão: quanto mais nós avançamos para a questão da extensão, mais nós relegamos a necessidade de tirar esse traste da nossa atividade. Talvez pela autonomia universitária, nós tenhamos achado que fosse possível ter novas propostas didáticas, alterações nas estruturas

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de ensino, relações de extensão que permitissem deixar aquele famoso projeto de 69, ainda íntegro e, bem ou mal, servindo como a referência principal para efeito da nossa formação. De qualquer maneira isso levou a atividade de extensão, quando muito, a refletir nos TGIs, mais ao final do curso, onde as propostas didáticas por disciplinas conseguem ter uma perspectiva mais diretamente ligada ao exercício profissional, em função da opção temática que o aluno venha a fazer. Isso também não representa dizer que são preferencialmente opções profissionalizantes nessa etapa, ao contrário, quer dizer que, se as extensões conseguem convergir mais para atividades que de alguma forma têm uma perspectiva, um trabalho mais profissional, me parece que é porque os TGIs ainda conseguem ter um controle maior do ponto de vista da produção conceitual ou até mesmo teórico. Acho que também nessa relação entre graduação e extensão não foi muito fácil perceber mudanças para efeito dos planos de carreira. Até onde as universidades, em especial as particulares, refizeram a estruturação de carreira em função da maior dedicação dos professores à extensão, isso acabou, em alguns casos, simplesmente somando como um acréscimo da carga horária que vinha sendo prestada, sem diferenciar muito se era prestação de serviço ou o que fosse; e, por último, uma certa diferenciação que se torna cada vez mais patente entre uma atividade quase que puramente acadêmica a nível da graduação e a natureza mais de aplicação prática, experimental ou de prestação de serviço, nessa área. Finalmente, destaquei aqui onze pontos com os quais, até pela condição do Sindicato, eu queria encerrar, dizendo que são problemas que, a meu ver, vêm surgindo e cujas soluções não estão sendo muito fáceis. Por aqui é possível ter-se um quadro para polernizar um pouco mais. A primeira avaliação é que esses organismos - laboratórios, fundações etc - cada vez mais vêm-se incorporando à burocracia e tendendo a se distanciar aceleradamente daquilo que motivou a sua criação, em especial a nível da graduação. Acho que a burocracia, e talvez a própria necessidade de consolidar a atividade de extensão, vem tornando esses organismos mais fechados e já sob um controle tranqüilo por parte de qualquer burocracia central.

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)utra: deixaram de se" tr . '10 rr f _ I lOS Iumentos que poderiam estar motivan.. Ians ormaçoes a nível do e' d f ( uer di _ .. nslOO e a ormação profissional, s' b z~r nao estao permltlOdo uma reflexão no nosso cotidiano . o r.e ate onde cada experiência que se abre na extensão pode 'stal revendo conteúd . " I '. c . os, tnteg: açao c e disciplinas ou um a rirnoramerirz, de qualquer proposta didática. p T rceiro vão-se crist _ ' c ..a 1'-' rzanooI Iamentavelmente (eu digo isso porI~~een~~;le coloco fora dessa crítica) os grupos e equipes docen'ã entes, ::nando quase que um corpo próprio A gradua~ .0 tem um carater entre as relações docentes/discentes e esse orgarusmo V'll criando l ,. I . fissi .c c lIna espeCle c e panela um certo perfil de pro rssionars , tanto pr f . . ' <. o essores quanto estudantes que vão mais )U menos gnvlta d ' ' c • , , . '.' ~ .', c n o e vao optando. também, como já disse no InICIO, pnolltclllclmente para essa atividade. 1:larto, qld,anto mais isso Ocorre mais difícil se torna ter critérios OUjetlvos e renovaç'I I . • . <,10 cesses quac ros, e vai ficando alzo um ~~tUCOn:<1ls complicado. Eu me recordo de que, quando ;1,~Belas ' eS'dnos amplIamos por um lado as vagas de docentes e t'1111I) m e morutores e cl .' . . < , , ., uellamos renc)\"ar alguns elementos que ,st<1\am. no quadro. FOI urna diticuldaclc tcnive l porque não se tonsegulu criréri . .' .', '.'estabelecer 1I erros . o I')Jetlvos para essa' renO\'aç,10 ela !)IOPllcl atl\ idade ele exrcnsào. Eu me recordo ele que na ~ )OC'I 'lI1:es ele deixar essa ati\·ielaelc. ela correspondía, no n'lcu c:·so L,; quase mais da metade da de I'" ,,' I I . ' " I" . " ,ec IClçao c e au as que efetivamcnre eu ,CClOna\.a. _Entao de repente, até no plano s:tlari~\1 o efeito 11eSS'I Icmunenç'lo '" um corte ele. no mínimo ')Oo/t 7')0;( iÍf()OI-o c " c c Il11p1 icana lintào o enca» .... ' o, O,. 10. '1 .•·. I . b' jdm~nto, o regrrnc de eleelic;I~';'I() intearal também ,Iilcutavatercnte' 'I""· I b , ' b I IIOS o )JCI.I\os. lc em para moniroros que obtíI 111am o sas para estar Cl ." I I ' do tr b: 1I I' c c irsancio e qua quer mudança na equipe , Ia cl 10 C esenvol\"iclo '. "' I I . . _. Importa na em voltar a pagar OS cstu. Ela uma situaçao igualmente complicaela. ( uinto pont I" ,,', . I. o, um c IStdnClamento cada vez ma ior das elemandas !)OPU ales e uma ampllélçào ele trabalhos voltados 1)'\1"'\o C'll11pO Il1stltuclonal Acho q " - , , <, c I . I -' ue ISSOnao e so uma opção elo pomo ele vista leaçoescom o poder )'bl'" c . . I u ICO, ou, como disse no inicio ela I),uloclacw,clue se veio alastr: I ' ' . • c d lanco, mas rambém pelo refluxo cio movrmento popular eI' • • . .,_. . c, e uma maneIra geral, que nós p demos constatar de CIl1COanos para GÍ.

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Outra: na nossa área, cada vez mais esses organismos foram adquirindo todos os piores vícios existentes nos escritórios de arquitetura, aquilo que nós já temos como prática tradicional na atividade profissional Não sei até que ponto é possível estar diferenciando isso, mas q u a n to mais a atividade foi-se profissionalizando, mais trouxe com ela os vícios dos escritórios, e a própria atividade, o próprio funcionamento, vai e vem se ajustando nessa perspectiva, Conseqüência disso: começa a surgir urna certa tipologia de profissionalizaç~o sem qualquer responsabilidade técnica perante o mercado ele trabalho propriamente dito, 1S50 é um problema, eu digo isso agora mais como sindicalista elo que como professor, é uma questão que está aí para ser resolvida, S~IO equipes, por exemplo, onde estudantes acabam desernpenhando uma atividade de caráter exclusivamente profissional, assumem até responsabilidades técnicas ou em cálculos, não importa em que etapa ele projeto, ou mesmo e111contato ou na finalizaçào OLI no produto final, e nào há efetivamente uma clarificação de qual é a responsabilidade que cada um tem na equipe, individualmente c nesse trabalho prestado a nível ínstítucíonal ou ele qualquer instância, ou de um movimento popular, uma associação popular ou coisa que o valha, Outra: conflitos que passam a surgir entre instâncias e organismos da própria Universidade, Um pouco com esse perfil, a extensão deixou ele ser simplesmente uma questão de carreira, de dedicação docente, e passou também a motivar conflitos entre os próprios professores, estudantes, entre atividades acadêmicas, entre a prestação de serviços, Criou categorias onele nào há ainda estruturas capazes ou que facilmente absorvam essa realidade, Implicações enquanto práticas e o exercício profissional envolvendo contratos, remuneração, licitações e outros mecanismos dessa natureza que esses organismos, até a nível estatutário, na sua atividade normal não previram, e que, quando surgem, têm uma dificuldade grande ele estar resolvendo e têm impossibilitado que a burocracia universitária dê uma resposta imediata para isso, quando não arbitrando e resolvendo a nível da estrutura geral. Ou seja, não há uma solução no dia-a-dia, porque são órgãos que não tem plena autonomia Décimo

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ponto,

e penúltimo,

Há um certo

esgotamento

interno

nessa perspectiva e também uma alteração violenta das demandas iniciais, Acho que em qualquer um desses organismos, vistos a partir ela sua criação - que tipo de atividade exigia maior tempo, maior dcdicaçào, qual era o perfil dos laboratórios em especial e qual é a realidade e o trabalho que se desenvolve hoje, naqueles que ainda não fecharam as portas - já é possível perceber que há um esgotamento naquele modelo que se pensou, que se implantou h;í dez anos atrás, E eu queria concluir que isso nos obriga a estar revendo urgentemente essas questões Acho que o Serninárir, é urna contribuição imporranro J luz d,IS experiências que vêm sendo feitas, não só no CIi11pO cio Estado mas a nível nacional, O caráter cio Seminário implica ;1 necessária reflexão IXlr;1 o resgate dessas atividades, tenham lá o nome de extens;10 uu nào, mas que possam estar contribuinclo na transfonn,I\';10 do próprio ensino de gr,leluaçüo, Porque quando surgiram, surgiram com essa perspecnvn e ,I meu ver cada vez mais se constituem, hoje, em um braço autônomo, distante e sem permitir uma reflexão critica necessária ;,1nível do acumulo, da transmissào e da produção elo saber. Este é o quadro que eu queria trazer para reflexão, Profv Maria Amélia Bom dia a todos, Depois eI,lS colocações da Maria Elisa e do lves, acho que n;10 resta muito :1 colocar a respeito da extensão univcrsitána em Arquiteturu e Urbanismo, até porque a minha experiência nessa .irea é muito mais prática, no sentido ele organizar c coordenar ,IS atividades tanto na época da Belas Artes, como Ivcs citou, como aqui no L'Habitnr ela FAU-PUCC Vou apenas colocar alguns pontos de visra que ele certa maneira até coincidem com questões j:t colocadas, mas tentanelo apenas explicitar o que tem sido a nossa posição aqui na FAU-PUC:C I~u concordo plenamente com os onze pontos do Ives como prohicrnas que derivam e se originam da atividade de extensão, nas escolas de Arquitetura; acho que eles são totalmente válidos, nós ternos convivido com eles e tentado continuamente solucionálos Na verdade, particularmente acredito que esse tipo de ativi-

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dade à qual a Maria Elisa chama de "atenção crí~ica aos pr~ble, "" sejac L1111'1 atividade absolutamente fundamental na nlaS sociais c "eelucacão e'scolarizada do arquiteto", fazendo uso de ~um~1ex)ressã~ também usada pela Maria Elisa Meira. Vejo que ,~~ae fun,1da menta, I enl VdllO ;',' S .., sentidos: , primeiro " no~ sentido de , fazer u ma , , ~ ele tempos o tempo dos fenômenos SOCiaiS que aproxllllaçdO, , I A' ' estão acontecendo no momento e o tempo do enSl110 e e rquitetu1'<1,

Nós )ercebemos, tanto na Belas Artes como aqui,~ que existe L~m dclr'/ de tempo entre o m mente em que os fenômenos SOCldI~ , .rre 11 e o momento em que eles passam a ser 1l1corporad?s OCOII I , 'I 1 le : tencao "I' les ele ensino Ao meu ver , .essa " ativic ac e e , a, " I pe as ntivic ae 5 " ' .', ,' tensão SCI"Io que for ela possibilita que nos estejacnnca ou ex "," , , , I ~ , , ~atentos e presentes ao que esta acontcccnuo d nOSSd mos ma IS ", _ ,,' , ~ It', e p'lrticu!armente, a nível ela educação do alq~"teto, eu ~on~icl~ro 'iSSO fundamental, porque todos nós, que FI estan~os formados há algum tempo, sentimos aquele impacto do q,ue e ,o '''I'11110S dac: escola e mergulhamos n<l ativrmomento em que n o"5 ,,'<. , " , " I' I." profissional seja essa atividade ele qU~I~quer natureza, como ~'~~f~ssion'lI liber;t\ ou como assalariado, enfim, ou mesm como I, I,,' _ est e sentido " eu acredito docente, Então, nes " que nós contribuamos _ , 1o ndS as escolas, " de Arquitetura organismos de" extensao, comI tene uma maior instrumentalização do aluno de Arqultetul~1 ,n~, sentl~ ~ de situar-se dentro do contexto onde ele vive e com~ç,ll,a pelce, ber , com mais rapidez e clareza, qual seria o papel social do ar,

>

quiteto.

Um outro, aspec t o' que me parece extremamente " salutar, em ,terl: mos da atividade de extensão, é que eu não consigo ,\'~;' a ,~tlvle ,1de de extensão diferentemente de um pr~cesso de vrvencia :oletiva, de construção contínua de coisas, IdeJa,s, resultados e produtos Como me parece que a atividade profissional ~o arqUlteto~ er tipo ele categoria seja uma atividade predominante I em qua qu " , \ ' e e um contexto, t ele trabalho em equipe, de entencltmento nlen e , c , 'I' ízad os os 'a lunos de me palece ta,I nbém que quanto mais tami ianzac ,_' Are uítetura estejam com esse processos ,de discussão e~:l,eqlllp~~ 1, ' \"15Clp ' linares prinClp'llmente mais ISSOvai auxiliar e equipes mu Iuc I. ',' I 'pl'of'l'ssional Eu me retiro novamente no seu f uturo 'I a um uocuL"II'sa'lpresentou em Belo HOrizonte, no qua mento que ca Maria 'c L 'c <

40

'

ela fala que a atividade de ensino também tem, a todo momento, dois tempos: ela é um tempo presente do educador, mas que está educando o aluno para um tempo futuro, Então eu acho que continuamente, todos os dias, na sala de aula, na escola, nós vivemos com esse tempo que é o tempo presente, mas a preparação do aluno é para o tempo futuro, Como nós podemos contribuir para esse tempo futuro se não estarnos nele? Acredito que podemos contribuir tentando fortalecer o aluno na criação, no estabelecimento de .urn métoclo próprio de perceber um contexto e de reagir a esse contexto, de se apropriar de uma problemática e dar respostas e saber como chegar a essas respostas, Neste sentido, o que temos percebido nas atividades do L'Habitar e o que eu percebi na época da Belas Artes (LABJ-IAB) é que esse resultado é atingido, e é atingido muito rapidamente, Nós temos percebido isso nos alunos que convivem dentro ele trabalhos dessa natureza, É lógico que eu estou referindo-me a trabalhos sobre os quais tenho uma avaliação positiva (eu assumo integralmente os onze pontos que o lves colocou como pontos que acontecem e são decorrentes da atividade de extensão, e acho que nós devemos estar atentos a eles; nós aqui estamos atentos, mas mesmo atentos nos defrontamos com eles), mas estou-me referindo aos processos, aos produtos que eu considero positivos, Um exemplo disso, é o fato de termos percebido que, a partir do momento em que as administrações municipais assumiram e tentaram se estrururar para dar conta das demandas por habitação (e aí eu faço uma ressalva explicitamente ;IS administrações iniciadas em 1989), nós percebemos que, a partir do momento em que houve uma abertura nesse sentido, tínhamos alguns profissionais preparados para assumir esse trabalho, e verificando esses quadros, percebemos que, na sua grande maioria, eram arquitetos que haviam sido monitores dentro do Laboratório de Habitação da Belas Artes - LABHAB e aqui da FAU-PUCC. Logicamente, estou-me referindo a uma situação paulista, regional, talvez esse mesmo quadro tenha-se repetido em outros estacios que tiveram realidades semelhantes, Neste sentido, eu só queria deixar o meu depoimento, que considero essa atividade reflexiva, rítica, da Universidade em relação ao contexto em que ela está

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situada, fundamental para o processo educacional do arquiteto de boa qualidade. Como ela vai acontecer? Quais são os critérios que nós vamos empregar para julgar se ela não está sofrendo distorções? Esta é uma discussão que é decorrente, é conseqüente, ela deve acontecer, deve ser contínua. Para este Seminário, até a nossa contribuição, em termos de trabalho vem muito nesse sentido. Quais são os formatos institucionais possíveis para que a extensão ocorra nas escolas de Arquitetura ' A absoluta necessidade de que essa atividade venha acompanhada de mecanismos de avaliação. Concordo plenamente com este último ponto em que nós ainda não tivemos uma verificação, digamos, talvez com bases mais científicas, da verdadeira efetívídade dessa atividade dentro da escola de Arquitetura no seu retorno ao ensino de graduação e mesmo ao de pós-graduação. Eu não posso afirmar que nós já tenhamos uma avaliação disso, de qual é o retorno. Existe um retorno que é indubitável, que é um crescimento, um amadurecimento particular d cada um que participa do processo. Se esse retorno acontece de forma coletiva, quer dizer, se ele voltou para dentro da graduação, realmente, não podemos dizer. Nós tivemos casos, por exemplo, de disciplinas, uma disciplina optativa de planos diretores, que surgiu recentemente. Se ela foi influenciada pelos trabalhos desenvolvidos no Laboratório ou não, não acredito que tenha havido uma discussão profunda e consciente a esse respeito. Pode ser, sem dúvida alguma o que percebemos aqui é que o material produzido no L'Habitar foi utilizado nessa disciplina, e era um material atual.

I1I1I1

Outra coisa que considero importante é que essa imersào se faz, em um determinado momento, na realidade que nos cerca, e permite, depois, tornar-se, constituir um material que pode ser apropriado para a atividade de pesquisa. O acervo que o laboratório do L'Habitat tem hoje, do que foi o movimento" por moradia na região de Campinas, a partir de 1986, é um acervo que pode servir para inúmeros trabalhos de pesquisa a respeito, porque é um acervo vivo, ele reflete, ele é constituído de documentos, de atas, de croquis, de manifestações das pessoas que estavam diretamente envolvidas naqueles problemas, e não é um acervo institucional, não é uma história oficial. Então, acredito que o trabalho

-

de extensão também possa ter essa contra partida para o ensino h Arquitetura, trazendo, recolhendo, constituindo-se em mecanismo, em elemento que faz esse recolhimento dos fenômenos lue estão acontecendo em um determinado momento e esse material pode ser depois apropriado para as atividades de pesquisa e pode servir como tema de teorização por parte da escola. ; nsidero que talvez o ponto essencial que nós devamos analisar :\ ui no Seminário, um dos pontos essenciais é: se há sentido ou 1180 na atividade de extensão para a qualidade na educação 'scolarizadn do arquiteto. Esse entendimento há que se ter, o I' ~sto, para mim, é uma questão de amadurecimento, acho que 11<10 há outro mecanismo. Nós aqui, internamente, temos confli10 , apesar de haver um trabalho que se desenvolve, que é consisI .nte, que nós resolvemos institucionalmente. Estamos vencendo ()S trâmites burocráticos, administrativos. O Laboratório existe há oito anos, o que é, como o lves falou, uma coisa rara; esses organismos são de difícil manutençào ao longo do tempo, sofrem muitas oscilações Mas acho que nós deveríamos partir desta reflexão: Importa ou não importa Porque sim, porque não Depois, temos ' ' ,\ esperança, a expectativa de que teremos maturidade, cada um d~ nós em seus próprios lugares, para trabalhar com esses confliIOS. Acho que essa maturidade vai surgir em função da freqüência (I' discussões que nós tenhamos sobre o assunto. Acho que o I roblerna da extensão tornar-se um braço autônomo é muito séI lc , mesmo porque o ritmo da extensão é um ritmo cornpletamenI . cllfer:nte cio ritmo cio ensino. Nós trabalhamos 12 meses por .1110,36) dias. Então, é um outro ritmo, há um compromisso com ,I outra parte, que é uma coisa que nâo acontece na atividade de 11 'squisa e que deveria acontecer no ensino, mas isso não é total1II .nte explícito, quer dizer, os resultados nã'o são muito claros na ,11 ividade que acontece curricularmente. Nós estamos iniciando t.rlvez um trabalho muito importante que é, primeiro, revelar o Illl tem acontecido, o que cada um pensa sobre extensào, quais •,\ ) os problemas que estamos tendo, ou não temos ainda porque 11.10 fizemos, mas a meu ver o ponto crucial a ser encontrado é da IIllportância ou não dessa atividade. Obrigada.

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SĂşmulas


SÚMULAS DAS CONTRIBUiÇÕES

TRABALHO FACULDADE

01 UFRGS DE ARQUITETURA

"Formaçãode operários também é compromisso da Universidade" Prol Airton Cattani ocupada com a formação superior, a Universidade tem entre suas atribuiçôes a preparação de trabalhadores que \':10 atuar sob orientação de seus egressos. Deixa esta responsabilidade ao ensino de }º e 2º graus, ao ensino técnico! I I' fissionalizanre e a outros segmentos (sindicatos, serviços de l listoricamente

1\:10

.1prendizagern,

etc),

No caso da construção civil, a formação de operários não encon1":1, no entanto, a mesma resposta que o ensino não universitário pl' porciona à outras categorias de trabalhadores. Predominando ,I I' rmação no próprio canteiro de obras, esta não é levada à cabo li ' maneira a propiciar a aquisição de conhecimentos técnicos e/ I lU 'métodos de trabalho de maneira criteriosa. Esta situação tem I'(·n xos no desempenho geral do setor, que vem apresentando tudices preocupantes no desperdício, advindos, entre outros, da lorrnaçào inadequada de operários, I :nbe

assim à Universidade,

via Extensão

Universitária,

preocupar-

47


se também com a formação destes trabalhadores, buscando qualificar as relações profissionais nos canteiros de obra, através do amplo acesso ao saber sistematizado, contribuindo para evitar que se ampliem as diferenças de conhecimento entre os que concebem e os que constroem o espaço habitável.

TRABALHO

02

UFPE

DEPARTAMENTO DE ARQUITETURA E URBANISMO

"Estágio Acompanbado como alternativa para o trabalho de graduação" Prol Zenildo Sena Caldas Prof". Célia Maraubào Campos A presente Proposta consiste em formalizar Convênio entre os Governos Municipais de Cidades e as Escolas de Arquitetura no sentido de viabilizar estágios para alunos no último semestre do seu curso, como alternativa ao trabalho colaborando com uma instituição pública, permite ressarcir em parte com o País o custo de sua formação.

TRABALHO

03 GAMA

FILHO

TRABALHO

Prof". Ana Lucia Cordeiro Luz "Olhar a Cidade"

torna-se

cada dia mais difícil.

Aos estudantes das faculdades de Arquitetura e Urbanismo é cobrado esse saber olhar a cidade. Mas como ajudá-los nessa busca muitas vezes sem êxito. A conscientizaçào desse problema por parte da universidade (corpo docente e discente) e poder público é que proporcionará a íntegração entre currículo, e extensão. Visando uma reflexão sobre o ambiente urbano.

48

LACERDA

CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO

"Plano Diretor de Santa Rosa de Viterbo" I)entro do tema Universidade e Sociedade através da colaboração (10 curso de Arquitetura e Urbanismo das Unidades Escolares" ela Instituição Moura Lacerda de Ribeirão Preto - SP, com a Prefeitura Municipal de Santa Rosa de Vircrbo- SP., foi desenvolvido durante () '1110 letivo de 1993 ~1 intcgraçào, através da disciplina de Planejamente Urba no S e 6, do 7º e 8º períodos respectivamente, com a rornunidade local para a realização da primeira parte elo Plano I iretor Municipal, que consiste nas diretrizes básicas setoriais ele I1-senvolvímenro urbano. l'ura a instituição de ensino a oportunidade de colocar em prática conceitos estudados durante o curso de Arquitetura e Urbanis1110na seqüência de Planejamento Urbano e para a instituição 1"lhlica e população local, a oportunidade de obtenção ele instru111-ntos eficazes ele Planejamento Urbano gerados a partir ele asI'ssorias de alto nível, ela experiência profissional de cada Proles111'c elo empenho e dedicação cio corpo docente.

li',

TRABALHO

FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO

"Olhar a cidade: uma reflexão"

04 MOURA

05 MOURA

LACERDA

CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO

'I'roposta para

implantação

do Laboratório

de desenho

e maquete e do ateliê de tecnologia aplicada" lruplantaçào elo LABORATÓRIO DE DESENHO E MAQUETE e hI \ll'DÊ DE TECNOLOGIA APLICADA, como extensão das disIJdlll:IS ele Planejamento Arquitetõnico, visa buscar a maior per1I1111('I)ciade alunos e professores no ateliê. I III1I'I i 1'0 é aproximar os alunos ela realidade profissional, ofereIIII,I li ma visão de conjunto ao projeto, onde todas as questões II1 1,'\':lntaelas, debatidas e solucionadas, desde a representação

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gr{t!:ica aos problemas

técnicos

de projeto

e construção.

TRABALHO

08 UNESP-BAURU

FAC. DE ARQUITETURA ARTES E COMUNICAÇÃO

TRABALHO DECANATO

06 UnB "Revista A"

DE EXTENSÃO

"Projetando com a população"

Prol

Litiz Albeito

Couuea

Este artigo descreve o projeto de criação de um periódico espcci.ilizado em Arquitetura e Urbanismo no departamento de Arquitetura, Urbanismo e Pai agismo da UNESP-Bauru, a Revista A.

No present:e trabalho pretend -se fazer uma avaliação critica e relatar a experiência de desenvolvimento de um projet urbanístico com a participação popular.

TRABALHO

Buscou-se num primeiro momento tecer comentários sobre o pa pel da Universidade e .em particular do trai alho Ia Faculdade d Arquitetura e Urbanism perante a sociedade. Em seguida descre vou-se alguns métodos para se trabalhar junto ~l população. Passou-se então a relatar ;1 experiência de ensino, pesquisa exten são desenvolvida nas comunidades do Varjào, do acampament da Telebrasília e da Super Quadra orte 413/414 Brasília-Df, n ano de 1993, evidenciando os acertos e dificuldades enfrentados Finalmente, avaliou-se criticamente os objetiv s alcançados e repercussão do Projeto junto ;1.5 comunidades e sua importâncí futura no desenvolvimento da pesquisa e ensino de organizaçã de estruturas ambientais urbanas, com participação popular.

TRABALHO

07 UNESP-BAURU

---------FACULDADE DE ARQUITETURA, ARTES E COMUNICAÇÃO

"Central de Estudos

Urbanísticos

09 UFPel

FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO

"Relato de experiência"

Prol Rogério Gutieirez Filho I) trabalho sintetiza uma breve listagem das atividades com preclo1IIInio extensionista e dos debates, sobre este assunto, realizados 111'1[1 comunidade da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da I nlversidade Federal de Pelotas. faz algumas considerações sobre I dificuldades encontradas na extensão. 111serra sobre: planejamento urbano e rural; patrimônio 1lIllitetônico, urbano e rural; tecnologia com materiais alternati.1 , publicações e anota palestras e cursos. Prevê a atuação na h.uuada "habitação popular". Finaliza relacionando: extensão e 11r 'ira docente; extensão e mercado de trabalho. t tu.rliza

pontuando

o estágio

curricular.

e Ambientais"

Criação de infra-estrutura básica para o desenvolvimento de proje tos temáticos de pesquisa e extensão para o desenvolvimento d metodologias de intervenções urbanas e regionais (inicialmente em Bauru e sua micro-região).

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51


TRABALHO FACULDADE

1 O PUCC DE ARQUITETURA

"Universidade e Sociedad parceria com movimentos populares" Prof. A ri vicente Fernandes A presente contribuição ao Seminário sobre Extensão da ABEA parte de algumas definições que procuram reativar os trabalhos de extensão, no interior dos cursos de arquitetura e urbanismo, voltados à assessorar movimentos populares por moradia e melhores condições cl moradia urbana. Tendo como referência o caso do Laboratório do Habitar ela FAUPUCCAMP procurou-se nas origens do curso e do órgão de extensão, a fundamentação teórica e histórica que permita um retomada desse trabalho em novos moldes, adequados à atual onjuntura do ensino e às ações desses movimentos. Entende-se que a superação do estágio de simples curso universitário que busca sua afirmação como escola é o elemento dinâmico principal da renovação pretendida. A proposta aponta uma lista das atividades principais à implantar, agrupadas de acordo com 6 níveis de relações: no interior elo próprio L'Habitat, no âmbito d FAU, nas interfaces desta com a PUCCAMP, no intercâmbio com os demais cursos ele arquitetura do país (através ela ABEA), junto às entidades de classe e na sociedade representada pelas cornunidades locais e regionais. Apresentam-se 4 linhas de ação para o pla nejamento e o funcionamento da extensão: detalhamento e operacionalização, qualificação das demandas execução dos serviços e rebatimentos sobre o ensino. Apesar de formulada inicial mente para um caso específico, a proposta é geral e visa contribui para o tema aplicando-se à outros cursos no Brasil.

TRABALHO FACULDADE

11 rucc

DE ARQUITETURA

E URBANISMO

"Casada Floresta" Proj Vicente Guilbermo N. Moreno Prof". Luiza Afonso da Silva Arq. [uliana Cortez Barbosa O projeto "CASA DA FLORESTA" trabalha com a essência das relações entre a arquitetura e os problemas ambientais contemporâneos, em momentos distintos da história da devastação das florestas e a relação com a evolução das cidades. A concepção deste espaço comporta elementos de permanência e transformação de valores culturais e as possibilidades dentro da técnica construtivas relacionadas com o pensar mais livre e criativo. Sendo assim, estrutura espaços e procura ultrapassar representações mentais cristalizadas, articulando a simultaneidade do macro e do micro espaço e dando base para a compreensão da vida contida e explícita na biodiversidade. Esta base relaciona mundos distintos da vida vegetal interdependente da vida animal e está ligada aos minerais. A compreensão destes mundos: animal vegetal e mineral, a partir das artes foge de uma lógica rígida de conhecimentos oriundos de múltiplos campos das ciências da vida, da terra, do homem, tendo como fio condutor, a energia que se manifesta nos infinitos espaços da matéria. Esta energia tem sua expressão máxima no homem, dado os níveis de consciência que neles se expressam. . Do ponto de vista ~ultural é a ligação do passado com o presente ligando pontos comuns de povos diferentes, a "CASA DA FLORESTA " é arquitetada com trabalhos voltados para direcionar energias em termos de cooperação e trocas onde as expressões humanas das artes, emerge com toda sua força criadora, com múltiplas possibilidades em suas relações que se estabelecem no processo educativo. É ela, "A CASA DA FLORESTA" uma unidade que contribui para a reorganização do espaço urbano-rural. É estruturada em módulos, demostrando as possibilidades do potencial contido no bambu a partir das condições anatômicas e fisiológicas do mesmo.

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o

potencial do bambu demonstra a partir dos protótipos um tipo específico de design, originando a linguagem visual adequada à comunicação desta proposta. Nesta linha reconstrói espaços chegando à novas posturas a nível pedagógicos, educacional e cultural.

sobre os materiais, cursos diversos e concursos. Devido à controvérsia existente sobre o sentido da extensão na universidade, consideramos que a nossa experiência servirá para fornecer elementos para os debates sobre o assunto.

A escolha de materiais renováveis como o bambu e as fibras vegetais, seu sentido antropológico, demonstram a viabilidade econômica de sustentar a vida dos cidadãos, tendo em vista a moradia a baixo custo. A base conceitual, os espaços arquitetados e estruturados pedagogicamente constitui uma proposta a ser avaliada em todos os momentos do seu processo, ao mesmo tempo, e aberta ao público com a preocupação de captar idéias, dando origem ao desdobramento de reflexões potencializando e diversificando as ações no próprio projeto "CASADA FLORESTA".

Consideramos que ambas as experiências são importantes pois constituem uma forma de se estender as atividades da universidade para um público mais amplo, estabelecendo intercâmbios entre a universidade e as empresas.

TRABALHO FACULDADE

13 UnB

DE ARQUITETURA

E URBANISMO

"Extensãoou parceria" TRABALHO FACULDADE

Prof. Gunter Koblsdorf Prof". Maria Elaine Koblsdorf Prof. Frederico de Holanda

12 UFRJ

DE ARQUITETURA

E URBANISMO

Procuramos inicialmente nesta comunicação questionar o conceito correntemente aceito de "extensão universitária", pelo qual procura-se transmitir às populações um saber tido como pronto e acabado e produzido exclusivamente no âmbito da academia. A isto coloca-se uma alternativa, pela qual estabelece-se uma efetiva parceria caracterizada pela troca entre saberes distintos, nas diversas etapas de atuação sobre a realidade (explicação, avaliação, proposição). A luz destas preocupações, ilustramos nossa experiência. recentemente em extensão na FAU-UnB.

"Umaexperiência relacionada aos materiais de construção" Prof. Maria Amália A. de A. Magalhães

No presente trabalho procurei relatar a minha experiência em atividades de extensão, ligada à disciplina de Materiais da Construção, que leciono à 19 anos na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Essa experiência consiste de duas iniciativas no âmbito da FAU-UFRJ,sendo uma de caráter permanente e a outra de realização anual. A de caráter permanente, o Balcão de Tecnologia e Informação, é um setor do departamento de tecnologia de construção, que reúne um acervo de amostras, catálogos e informações técnicas sobre materiais e serviços ligados à construção, servindo como fonte de consulta para os alunos. A de realização anual, a ARTECON- Arte e Técnica da Construção - consiste de uma feira de materiais e serviços , com a participação de expositores de várias indústrias, que se realizou na FAUde 1984 até 1987. Paralelamente à exposição, eram programados ciclos de palestras

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TRABALHO FACULDADE

14 UnB

DE ARQUITETURA

E URBANISMO

"Aextensão e adequação ao meio" ».

Profr.Dk". Marta A. B. Romero

A Universidade e em especial a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo de Brasília deve outorgar a resposta do desenho aos desafi-

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os do desenvolvimento, apoiar com ações de extensão especialmente aqueles lugares que enfrentam, pela sua proximidade com ~ capital do país graves problemas, desde a profunda alteração da forma de uso e ocupação do solo até a carência estrutural de emprego. _Situação ,esta que não a faz destoar do quadro geral da urbanização do pais, quer dizer, apresenta grandes contingentes populacionais alijados da economia local do espaço urbano central, porém acrescenta um elemento a mais no tradicional quadro do urbano, a população carente vem perdendo sistematicamente sua identidad,e cultural, eles não possuem laços com o local que os atrai (Brasília) nem com os que o abriga (Entorno).

pela aceitação da demanda, sua auto- imagem.

TRABALHO

15 UFES

DE ARQUITE1URA

de idéias próprias,

por

E esse texto procura olhar o laboratório como algo que vai mudando, procura mostrar como vai se construindo procurando estabelecer um olhar crítico de suas próprias referências para que isso lhe sirva como avaliação e como proposta de trabalho para novos organismos de extensão de outras escolas e para si próprio

TRABALHO FACULDADE

DEPARTAMENTO

pela formação

17 rucc

DE ARQUITETURA

E URBANISMO

"PlanoDiretor Municipal e a Extensão"

E URBANISMO

Prol José Roberto Merlin Relatório preliminar 93/94 Relato e avaliação preliminar das atividades do Laboratório de Pia" nejamento e Projetos do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal do Espirito Santo, no período de junho de :993. e maio de 1994. O laboratório, criado para atuar como apoio a~ atividades de ensino, pesquisa e extensão do curso de graduaçao neste pnmeiro ano ,de atividade, desenvolveu vários projetos, estudos e planos urbanísticos, principalmente através de convênios com órgãos públicos: a Universidade, Governo do Estado e prefeituras municipais.

TRABALHO FACULDADE

16 rucc

DE ARQUITETURA

E URBANISMO

L'Habitat: mais que um espaço, uma idéia

Monitores Laboratório do Habitat O Laborat~rio se define pelas pessoas, pela forma de ensinar, pela partrcipação, pelo estabelecimento de parcerias, pela demanda,

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O projeto de extensão vinculado à carreira docente da Faupuccamp, começou efetivamente em 1990, com o simpósio "Plano Diretor: Lei Inútil ou Instrumento Efetivo de Ação?" tomou corpo com a assinatura dos convênios com as prefeituras de Pirassunuga (991), ltu (991) e Valinhos (993), ganhando perenidade neste ano com os términos dos trabalhos. Durante esse tempo acabou acontecendo outro convênio com a Unimed Brasil 0992-93), cujo objetivo foi determinar padrões construtivos regionais para hospitais da rede. Sendo arquiteto, professor, vereador e presidente da câmara, o autor do projeto foi instigado à trabalhar com o tema pela precariedade dos quadros técnicos das prefeituras de cidades com até 100.000 habitantes, bem como pela nova organização jurídica-administrativa do país engendrada pelas constituições federal, estadual e municipal, que tornou obrigatória a feitura dos Planos Diretores pelas prefeituras municipais. Desenvolveu-se nos três convênios um método de trabalho, através de assessoria e consultoria técnica especializadas que além de elaborar o Plano Diretor inicia um processo de planejamento permanente na administração pública treinando a equipe técnica local e possibilitando e instigando a participação da comunidade através do conselho do Plano Diretor.

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Trabalhando multidiciplinarmente esse processo de planejamento acabou reunindo professores de diversas faculdades, acadêmicosbolsitas e estagiários, técnicos municipais, políticos locais e população, transformando-se numa rica experiência. Os trabalhos foram acompanhados por seminários, work shops, palestras, vídeos, encontros, etc, como forma de prospecção e sustentação teóricas enriquecendo o cotidiano da escola e acabaram apontando pelo menos 4 temas a serem aprofundados pela pesquisa: função social da propriedade; participação popular no processo de planejamento, a questão ambiental e a autoaplicabilidade dos Planos Diretores. Sabe-se que a pesquisa dada pela extensão é bastante salutar para desenvolver a capacidade crítica, reflexiva e ética dos acadêmicos vinculando as práticas básicas de ensino e pesquisa da universidade com o concreto da sociedade na qual se insere, podendo instigar a transformação da estrutura social, vislumbrando-a mais justa humana e fraterna.

TRABALHO DEPARTAMENTO

18 UFRN

DE ARQUITETURA

E URBANISMO

"Aassessoria técnica à comunidade do Bairro Mãe Luiza nas questões do uso e ocupação do solo" Prof'.Dulce Bentes Nesse artigo apresenta-se a experiência de assessoria técnica prestada ás organizações comunitárias do Bairro Mãe Luiza sobre problemas de uso e ocupação do solo ocorrentes no Bairro. Trata-se de um projeto de extensão universitária desenvolvido no âmbito do Deptº de Arquitetura da Universidade federal do Rio Grande do Norte, com financiamento da PROEX/UFRN. Envolvendo entidades do movimento comunitário do Bairro, ONG e Setores da Igreja, esse projeto tem como um dos principais produtos o projeto de lei que visa a regularização do uso e da ocupação do solo do Bairro, ora em discussão no Conselho de Planejamento de Natal - CONPLAN.

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Nesse sentido, o Bairro Mãe Luiza constitui a primeira área de Natal com características de "área de interesse social" em vias de ter regulamentação do uso e ocupação do solo a nível do Plano Diretor de Natal. Essa é a primeira experiência de projeto de lei de iniciativa popular na cidade. A ternática uso e ocupação do solo é trabalhada com base nas premissas formuladas e aprofundadas pelo Movimento Nacional de Reforma Urbana, buscando-se, principalmente, o cumprimento da função social da cidade e da propriedade a e gestão urbana democrática.

TRABALHO DEPARTAMENTO

<~

19 UFRN

DE ARQUITETURA

E URBANISMO

atividade de extensão - suas especificações e relações com o Ensino e a Pesquisa" Profr.M" da Conceição Ferrari B. S. Passegi Prof". Dulce Bentes

"Visando o aprofundamento da ternática "A Integração r da Exten-' são ligada ao Ensino e a Pesquisa", que está na pauta da reunião de Pró- Reitores de Extensão, e se realizar em agosto do corrente ano, em Natal/RN, a Pro-Reitoria de Extensão da Universidade Federal do Rio Grande do Norte - PROEX/UFRN retomou o trabalho de discussão acerca das questões que envolvem a concepção, implementação e avaliação dessa atividade, especialmente no âmbito da UFRN, Com base nas reflexões desenvolvidas conjuntamente com a chefia do Departamento de Arquitetura/UFRN, apresentação para discussão no presente artigo um conjunto de idéias acerca das especificidades da atividade extensionista e sua relação com o . Ensino e a Pesquisa, Essas reflexões são de caráter preliminar e constituem parte de um processo de trabalho onde se busca avançar na gestão dessa atividade de forma torna-Ia efetivamente uma prática acadêmica, e sobretudo pautada' em princípios relativos à transformação social e de unidade entre a teoria e ação, à

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••• /


TRABALHO

20

UFF

ESCOLA DE ARQUITETURA E URBANISMO

"OLabirinto da Extensão Universitária'" Profs.Isabel Cristina Eiras de Oliveira Profê.Marlice Nazaret S. de Azevedo "Dá-se o nome de MINOTAURO a um monstro que tinha corpo de homem e cabeça de touro. Na realidade, chamava-se de Astério ou Astérion, e era filho de Pacifae, mulher de Minos, e de um touro por Pacidon a este rei. Minos aterrorizado e envergonhado com o nascimento do monstro, fruto dos amores contranaturais de Pasifae, ordenou ao artista ateniense DÉDALO, que nessa altura encontrava-se em sua corte, que construísse um imenso palácio (O LABIRINTO), composto de um tal emaranhado de salas e corredores que ninguém, a não ser DÉDALO, conseguisse encontrar o caminho para dele sair. Foi lá que encarcerou o monstro. E todos os anos dava-lhe de devorar sete jovens e sete donzelas, tributo que impusera à cidade de Atenas. TESEU ofereceu-se voluntariamente para fazer parte do grupo de jovens e mercê da ajuda de ARIADNE, conseguiu não só matar o animal como também encontrar o caminho para voltar à luz do dia", (GRIMAL, 1992)

de mão-de-obra especializada deve se direcionar em duas vertentes: a primeira propiciando a formação e/ou reciclagem de operários especializados que' possam atuar na restauração. A segunda no que tange a qualidade do construido, contribuindo para tornar mais duradouras as edífícações do nosso tempo. Na presente comunicação, são abordadas questões referentes à fixação da grade curricular e ao conteúdo programático das disciplinas adotadas pelo CFMO, assim como os resultados da avaliação do curso feita após a realização da sua primeira edição na Faculdade de Arquitetura da Universidade Federal da Bahia. Palavras

chave: Cursos, Preservação,

TRABALHO

ProfMarcelo R. P. Silva Estudo dos processos de representação gráfica que permitem plano uma visão dos objetos do espaço.

21 UFBA

A adoção de do a redução esquecimento discípulos. A

60

"novas" técnicas e o "fazer" mais simplificado, visande custos na construção civil, têm relegado ao quase o legado cultural transmitido pelos artesãos a seus partir desta constatação, entende-se que a formação

23

no

UFBA

FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO

"Aquarela Aplicada à Paisagem Urbana" Prof.Marcelo R. P. da Silva

"Cursos de formação de mão-de-obra especializada"

A formação adequada de recursos humanos com vistas à proteção de bens culturais tem sido mundialmente aceita como condição indispensável para a implantação de uma eficaz política de preservação.

UFBA

"Perspectiva para arquitetos"

FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO

ProfLuiz Carlos Botas Dourado

22

FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO

TRABALHO TRABALHO

Restauração

curso se desenvolverá em três unidades; lação à técnica ao urbanismo; com a técnica

desde

exercícios

Unidade

1 - Exercícios

Unidade

2 - Aquarela

e sua aplicação

na Arquitetura.

IJnidade

3 - Aquarela

e sua aplicação

ao projeto

com

de aquarela;

urbano

61


TRABALHO

24 UFBA

FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO

"OLaboratório de Computação Gráfica Aplicad à Arquitetura e desenho" Prof. Gilberto Corso Pereira

Este artigo relata a experiência do Laboratório de Computação Gráfica Aplicada à Arquitetura e Desenho - LCADda Faculdade de Arquitetura e Urbanismo. Na primeira parte do artigo se apresenta suscintamente sua proposta de trabalho, e sua estrutura atual, e na segunda parte seu relacionamento com as atividades de extensão, seus objetivos, bem como os entraves e dificuldades de atuação, em termos institucionais. É feito um breve relato de suas atividades atuais e planejadas, em termos de extensão. '

TRABALHO

25 rucc

FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO

"A extensão na FAUPUCCAMP: uma contribuição à discussão" Prof. Wilson Ribeiro dos Santos

O texto busca analisar a trajetória das atividades e práticas de extensão na FAUPUCCAMPdesde a criação do seu Laboratório do Habitat (L'Habitat) em 1986. Procura situar o significado do crescimento da perspectiva das atividades extra-curriculares como as assessorias aos movimentos populares por moradia e assentamento urbano e sua priorização enquanto conceito "difuso" de extensão da época. Analisa ainda a importância das experiências realizadas para a renovação do quadro de ensino e pesquisa nas escolas de arquitetura e urbanismo. Aponta para as alterações políticas resultantes da mudança do quadro político do país, em particular após as eleições municipais em 1989 e a necessidade de um reequacionamento e a atualização do conceito de extensão e suas

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diversas relações e interfaces com os demais aspectos do ensino, pesquisa e da formação profissional do arquiteto e urbanista.

TRABALHO

26 pucc

FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO

"Proposta de Criação do "Laboratõrio de imagem" LAR]"" Prof. Wilson Roberto Mariana

A proposta do LABI,apresentada no segundo semestre /93, junto ao Departamento de Linguagem Arquitetõnica da FAU/PUCCAMP, a rigor configura-se como um dos objetivos mais relevantes do Projeto de Pesquisa de Carreira Docente, em desenvolvimento do professor Wilson Roberto Mariana com o título: Arquitetura e Urbanismo e sua inserção no conjunto das Linguagens Visuais. Após elaboração de várias faces do projeto (com início em 1990), através de pesquisas, seminários, debates, foram realizados vários videos acerca do tema central: Arquitetura e Urbanismo. Esta pesquisa além de sua importância junto aos departamentos e ao curso de graduação e pós-graduação na FAU/PUCCAMP,confirmou um potencial de investigação e produção de material visual, requerendo uma estrutura de maior porte para responder à estas necessidades, indicando para a direção de criação de um laboratório. Desta forma, o "Laboratório de Imagem " - LABI",além de estimular a pesquisa interna à Universidade, se propõem a ser um Projeto de Extensão. Isto porque, a sua organização indica para o necessário estabelecimento de convênios com, instituições culturais públicas e privadas que já possuam núcleos interessados na produção de material visual (vídeo, fotos, diapositivos, computação gráfica, etc), sobre arquitetura e urbanismo. Um dos principais objetivos do estabelecimentos destes convênis, é de estruturar uma equipe de produção que de fato promova um salto de qualidade do produto final, para que seja possível ampla divulgação e intercâmbio com a comunidade universitária e podendo atingir ainda os profissionais como fonte de informação

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para os diversos

setores

ele atuação

dos arquitetos

e urbanistas.

De forma mais ampla o "LABI", objetiva ser um núcleo de investigação e produção de imagens, articulando as diversas linguagens visuais manipuladas na atividade de ensino e no segundo profissional. A apresentação desta proposta, se cornplemenra pelo projeto em anexo, que se encontra em fase de discussão no Departamento de Linguag m Arquitetõnica da FAU/PUCC!\.MP. Destacamos porém que, este projeto foi apresentado com algumas particularidades da estrutura existente no momento na rAU/PUCCAMP. Porém para efeito de discussão neste Seminário, consideramos pertinente que seja abordad na sua forma estrutural.

TRABALHO __

o

-

2 7 rucc

Arnbiental"

Prol Nelson Marques da Silva Filho Desenvolver nos próximos dois anos em etapas, uma série de procedimentos operacionais sisternatizatórios e organizativos com vistas à obtenção de espaço de referência ( não necessariamente físico) para a aglutinaçào dos dados e informações, divulgação e apoio a cursos e eventos e, ~IO final capacitar a PUCCAMP para a elaboração de estudos, análises e propostas sobre a problemática a rnbienta I da região de Campinas.

TRABALHO

28

rucc

FAU ' LABORATÓRIO DO HABITAT

"Contribuição do Laboratório do Habitat da FAU/PUCCAMPpara a extensão em Arquitetura Urbanismo" Prcf=.Maria Amélia DFDAzevedo

64

A extensão em Arquitetura e Urbanismo deve buscar uma aproximacào entre teoria e prática sem contudo se confundir com o exercício profissional. Seu maior valor é o fomento ao desenvolvimento de estudos e atividades que aproximem a educação do arquiteto da compreensão da realidade que nos cerca. Do rrinômío ensino-pesquisa-extensão apregoado como ela Universidade, talvez a extensão seja ainda o elemento difícil definição.

objetivo de mais

Aplicada à Arquitetura e ao Urbanismo transita continuamente no delicado limiar da inserção no mercado profissional, carecendo portanto de critérios claros para sua efetívação no meio acadêmico.

_

FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO

"Núcleo de Referência

Entendemos que a extensão é a participação reflexiva e crítica da Universidade em trabalhos voltados à busca de soluções para problemas da comunidade. Nesses trabalhos, a Universidade procura aplicar métodos e teorias existentes e verificar sua adequação a diferentes realidades, dinamizando assim os próprios processos de ensino aprendizagem.

Hoje mais do que nunca a extensão universitária surge como elemento integrador da Universidade à sociedade na busca de sol?ções e da compreensão dos graves problemas e dos novos fenômenos sociais emergentes. A imersào na realidade que nos cerca é vital para que a educação escolarizada do Arquiteto instrumenralize o futuro profissional para o efetivo desempenho ele sue papel social. O presente trabalho reflete exclusicarnente a opinião de sua autora e colaboradores quanto ao significado e formas institucionais da extensão universitária no ensino de Arquitetura e Urbanismo, e transmite as impressões de sua vivência particular como coordenadora, monitores e funcionários do Laboratório do Habitat da IAC/PUCCAMP a partir de fevereiro de 1991, procurando com isso contribuir para as discussões do Seminário.

em

Leite e colaboradores

65


TRABALHO

29 UFF

31

TRABALHO rucc -------

ESCOLA DE ARQUITETURA E URBANISMO

-------

FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO

"Preservação

da Ilha da Boa Viagem - estudo preliminar" Prof". Maria

Ciistttta

F Mello

Este estudo originou- e a partir de um ofício da "Associação de moradores e amigos da Ilha da Boa Viagem (AMA/BV) "dirigido ~I Coordenação de Projetos Experimentais (COPEX-PROF.X - lJFF), no qual solicitava ,.... a participação e coordenação da Univcrsidade Federal Fluminensc para estudar solução para a Ilha da Boa Viagem em situação prccá ria, sofrendo a ação da erosão c do va ndal iS111o,fechada à visitação pCIbl ic<I. A Preservação da Ilha da Boa Viagem - Estudo Preliminar condensa os principais aspectos levantad s para a preservação do Patrimônio ela llh a : pesquisa histórica e iconográfica, levantamento arquitetõnico e fotográfico, mapeamenro d danos, diagnóstico, terapia e anteprojeto c interfaces com os outros sub-projetos recomposição paisagística (diagnóstico geo-ambiental e recomposição da flora) e centro de memória da Ilha da Boa Viagem (dinarnizaçào cultural e educação arnbiental).

TRABALHO

"Descrição Suscinta das Atividades de Extens do Laboratôrio de Conforto Ambienta e Conservação de Energia" Prof.

Pau 10 Sergio

ã

Scarazzato

Apresenta em linhas gerais a idéia norteadora de criação do LABCON, analisa as dificuldades enfrentadas para a sua real consolidação como laboratório acadêmico, notadamente as' concernentes a sua equipagem e dá conta das atividades de extensão em andam nto e programadas, com destaque especial ao te:'1110de cooperação acadêmica firmado com o Instituto de Informarica ela PUCCAMP que já produziu um primeiro sofrware aplicativo para o cálculo da disponibilidade de luz natural em planos horizontais e verticais quaisquer.

Os textos completos dos trabalhos inscritos, estão disposição dos interessados para reprodução na s~de da ABEA :

OBSERVAÇÃO

ã

Rua Caetano Moura, 121 - Federaçáo - CEP40210-340 - Saluador, Babia -Te/' (071) 245-2627.

3O PUCC

FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO

" O Restauro-Escola:

uma proposta

de ensino"

PrQ{ Samuel Kucbiri Trata-se de um projeto que envolve o elaboração no projeto de restauro do sede central da PUCCAMP, bem como Pesquisa e Projeto onde tal experiência gendo uma ação concreta sobre a arquitetônico regional.

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corpo docente e discente na Palácio do Barão de ltapura, a criação' de um Núcleo de deverá multiplicar-se abranpreservação do patrimônio

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Relat贸rio do Semin谩rio


RELATÓRIO DO I SEMINÁRIO NACIONAL SOBRE EXTENSÃO EM ARQUITETURA E URBANISMO

SISTEMATIZAÇÃO DAS CONTRIBUiÇÕES ENVIADAS

o presente trabalho consiste na consolidação, pela Comissão Sistematizaçào, dos documentos enviados ao Seminário. A elaboração

documentos

deste relatório preliminar considerou enviados pelas Escolas de Arquitetura

de

os seguintes e l 'rbanismo:

Formação de operários também é compram isso da VIIioersidade, C01 -UFRGS); Estágio acompanhado como alteruatiua para o irabaibo de graduação, (02 - UFPe); Olhar a cidade: lima reflexão, (03 - Gama Filho); PIa 11o Diretor de SCIII/aRosa de vtterbo, (04 Moura Lacerda ), Proposta para tmptauraçào do Laboratório de Desenho e Maquete e do /tle/iê de TecIIologia Aplicada, (05 - Moura l.acerda ), Projetando C01/? a populaçáo, (06 -UnB); Central de E,'tudos Urbauisticos e Ambieutats, (07 - UNESP); Revista :11 " (08 UNESr); Relato de experiência, <09 - UFPel); Proposta para relaEscola/ Movimentos Populares, (]O - PUCC); Casa da Flores/a, (11 - rUCC); Uma experiência relacionada CLOS materiais de COIIStrução, 02 - UFRJ); Extensão ou.parceria, (l 3 - nfs); A extensão e a adequação ao meio, (14- UnB); Rekuono Preliminar 93/94, (1') - UFES)j L 'Habitas. mais do qu.e um espaço.' uma idéia, (16- PUCC); Plano Diretor Municipal e a extensão, (17 - rUCC); A assessoria técnica a comunidade do bairro Mãe Luiza nas questões do uso I:.' ocupação do solo - Natal/RN, (18 - UFRN)j A atioidade de extensão suas especificações e relações com o ensino e a pesquisa, 09 - UFRN)j çâo

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o labirinto da extensão universitária, (20 - UFF); Cursos deformação de mão-de-obra especializada, (21 - UFBA); Perspectivas para arquitetos, (22- UFBA); Aquarela aplicada à paisagem urbana, (23 - UFBAJ; O Laboratório de Computação Gráfica Aplicada à Arquitetura e Desenho LCAD da Faculdade de Arquitetura da Universidade da Babia e a extensão, (24 - UFBA); A extensão na J:/1UPUCCA/IIIP.uma contribuição à discussão, (25 - PUCC); Proposta de criação do 'Laboratório de Imagem - LABI " (26 - PUCC); Núcleos de Referência Ambiental, (27 - PUCC); Contribuições do Laboratório do Habitat da FAUPUCCAMP para à extensão em Arquitetura e Urbanismo, (28 - PUCe); Preservação da ilha Boa Viagem - estudo preliminar, (29 - UFF); O Restauro - Escola: uma proposta de ensino, (30 - PUCC); Descrição sucinta das atividades de extensão do Laboratório de COI~f0110Ambienta! e Conseruaçáo de energia, (31 - ruce). Desta listagem participaram 13 escolas de um total de 31 trabalhos. Desses, apenas um texto foi produzido por estudantes. Quanto à metodologia adotada, a Comissão, após uma leitura geral do conjunto dos textos, procedeu aos destaques pelos pontos do Temário, considerando que uma grande parcela das contribuições abrangia vários itens da organização temática proposta para o desenvolvimento do Seminário; outras, não especificavam o tema ; a lgu ma s, não apresentavam a devida pertinência; muitas, extrapolaram o âmbito do evento e, parte das reflexões, trouxe propostas "implícitas", o que acabou por constituir tarefa impossível de ser realizada. Acrescente-se, ainda, a descrição não detalhada por conseqüência a dificuldade de compreensão cas apresentadas.

das experiências e das análises críti-

Por tudo isto, resumir e sistematizar todas as contribuições, algumas contendo posições divergentes, num único documento pode ter deixado muitas lacunas, bem como, pode ter ocorrido interpretação inadequada das idéias apresentadas. Quanto ao temário, a leitura dos documentos levou a Comissão à inserir outras questões "correlatas", que aparecem nos trabalhos. Assim, o Tema 3 recebeu novos pontos para reflexão.

TEMAl UNIVERSIDADE

o

tema Universidade e Extensão, especialmente no item Ensino, Pesquisa e Extensão, foi o que recebeu o maior número de contribuições, nem todas com a mesma abrangência e profundidade. Dos trinta e um trabalhos apresentados, vinte e três situam-se predominantemente no item 1.1. (Ensino, Pesquisa e Extensão), dez no item 1.2. (Relação com Órgãos lnstitucionais), cinco no item 1.3. (Vínculos com Graduação e Pós-Graduação) e seis no item 1.4. (Fontes de Custeio ele Financiamento). 1.1. ENSINO,

PESQUISA E EXTENSÃO

Dos trabalhos considerados, afinidade de abordagem:

-

foi possível

articular

4 grupos

por

a) trabalhos que relatam proposta (()2 UFPe) ou experiências de ensino diretamente ligadas à graduação, como os de números 04Moura Lacerda, 06-UnB e 18-UFRN, onde a tônica esteve, na maioria elos casos, no objetivo de compatíbilizar as necessidades das comunidades em áreas ele interesse social com propostas de integração e vinculaçào à realidade no exercício didático. foi enfatizada a importância de processos partícipativos, principalmente no trabalho 06-UnB, que configurou uma experiência realizada e avaliada; b) seis dos trabalhos referiram-se à existência e a propostas de criação de núcleos ele apoio: 07-UNESP, 12-UFR], 1'i-UFES, 26PUCC, 30-PUCC e 31-PUCC. Tais núcleos situam-se como elementos de infra-estrutura para desenvolvimento de projet e pesquisa na área ele planejamento (07-U ESP), como referencial d materiais ele construção C12-UFRJ) e como potencial de el senvolvimento de pesquisas em termos de novas linguagens cI r pre ntaçào e de concepção do espaço (26-PUCC). De outra parte, constituem assessoria à graduaçã a Trabalho Final de Graduação, integrando pesquisa e en in, mo o caso elo trabalho 30-PUCC, que objetiva a criação ele Lima m todologia projetual específica. c) seis trabalhos

72

E EXTENSÃO

situaram-se

de forma mai

isolada,

' mo as pro-

73


postas de cursos dirigidas à comunidade acadêmica e profissional e à formação de mão de obra (22-UFBA, 23-UFBA e 01-UFRGS), as reflexões sobre o "olhar a cidade" refletido na extensão, como forma de compromisso ético e profissional da Universidade, articulando docentes e discentes (Oô-Garna Filho) e o trabalho 14Un13, que coloca como papel da Universidade "outorgar as respostas do desenho aos desafios do desenvolvimento", ligados ao espaço e clima enquanto cultura, propondo a extensão para a capacitação de técnicos ligados aos executivos municipais. Ainda, neste tópico se insere o trabalho 11 PUCC apresentando urna proposta de pesquisa e ensino-aprendizagem dentro ele uma viSJO holística e arnbicntal. d) os trabalhos 09-UFPel, 10-PUCC, 13-UnB, ie-rucc, 17-PUCC, 19-UFl<N, 20-UFF, 25-PUCC, 28-PUCC e 29-UFF têm caráter conccitual, abordando diferentes aspectos da extensão, porem suas ligações com o ensino e a pesquisa, embora enfatizadas como indispensáveis, nem sempre se configuram claramente.

II I I

Contribuem ele forma mais murcante para a questão posta nesse item os trabalhos] 9-UFEN, 20-UFF e I,3-UnB Nesse último, o assunto é encaminhado dentro de pressupostos que colocam a maioria das escolas de arquitetura e urbanismo brasileiras como "áreas onele se adota um ensino rotineiro e pragmático" .sern uma base de pesquisa e investigação produtora do conhecimento e alirncntadora do ensino. Se ensino e pesquisa, embora relativamente bem definidos na Universidade "sofrem ,lmbigüidades", debatendo-se entre o pensar (e seu status científico) e o fazer (e ,1 importânciade quem age sobre a realidade), a extensão aparece com definição ainda mais discutível, até porque a Universidade Brasileira "debate-se entre dois modelos acadêmicos ... 0 consoliclador do status quo ... e outro que a vê como transformador da sociedade, considerada marginalizadora da maioria de seus indivíduos em relação aos benefícios gerados pela ciência e tecnologia". Para o primeiro modelo a extensão não é importante ao núcleo básico, enquanto é vital para o segundo, onde, como agente da produção de conhecimento recompõe o pensar e o fazer na medida que é "conjunção da academia com a sociedade" e portanto "troca de saberes". Nesse caso o "termo extensão é impróprio porque não expressa suas características essenciais" - porque não

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optar por parceria' O termo parceria aparece também nos princípios postos pelo trabalho 19-UFRN, para quem extensão implica em inrervençào em dada realidade, cujos "parceiros", a Universidade e os agentes da sociedade, estariam trabalhando nos planos teórico e prático da articulação dos saberes. Esse trabalho situa a atividade exterisionista como compromisso com os processos de construção da cidadania, de transformação social, representando para o aluno u ... 0 espaço privilegiado de vivência com os agentes sociais e os problemas c o n c r e to s da s o c ie d ~1de". A rt ic ul a cIa a o e n s i no, s e r ia retroalimentação e à pesquisa seria "espaço de reava liaçào e revaliclação ele conceitos e pressupostos".

Poucos são os trabalhos que se referiram especificamente ao aluno, e quando isso aconteceu, denunciou-se que na maioria das vezes são "contratados como estagiários de professores para execuçào ele tarefas inferiores no processo de projeto ou de planejamento para as comunidades ou para as instituições governamentais" (1,)-UnB). Reforçando essa ausência, enquanto agentes coparticipantes da extensão, aparece nesse seminário um único trabalho ele alunos C16-PUCC1, trazendo a necessidade da discussão de uma postura democrática nas relações professor-aluno, também colocada de forma mais ampla no 20 UFF. 1\ posição explicítada pelos alunos enfatiza "que a necessidade de extensão se justifica pela responsabilidacle que deve ter a Universid.ide frente aos problemas sociais procurando relacioná-tos. Porém o selTiço não é o produto que a Universidade produz para si. O procluto é o método que ela usa para educar durante o processo ele busca das soluções que a sociedade lhe solicita. A proposta que os monitores ela rucc apresentam (16 PUCC), é que o trabalho ligaclo à extensão tem que estar estrutura do numa reflexão democrática da relação aluno / professor, onde ambos irào conjuntamente refletir sobre o que, com quem e como fazer.

É esta a relação que justifica a Extensão como forma de ensino. Trabalhos ele extensão, onde cabe ao aluno executar tarefas, em alguns casos estritamente técnicas como levantamentos e desenhos, não se configuram como experiência do universo da extensão, que podemos definir a grosso modo como Projeto, Execução,

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Revisão

do Projeto

e Síntese.

Não se pode pensar o processo do projeto levando em consideração apenas os aspectos técnicos, deve-se pensá-lo como um conjunto de fatores: sociais, políticos e econômicos, para que o aluno possa posicíonar-se criticamente, ultrapassando uma visão fragmentada e tendo a oportunidade de um entendimento global". No "labirinto" C20-UFP) da extensão universitária "a necessidade de contato direto com a realidade lá fora, reivindicada insistentemente ou até mesmo perseguida ele forma consciente quando o estudante busca experiência dos estágios técnicos, ainda não foi assimilada pela maioria das carreiras que considera normal, mas não de responsabilidade da escola prover e prever essa ligação básica e permanente extra-muros. É necessário frisar que os propósitos dessa ligação essencial e permanente, elevem ser assentados em bases sól idas com a extensão respondendo a ensino, g .rando novas pesquisas e possibilitando contato com a diversidnde de situações frequentes no mundo exterior e desprotegido da tutela do palácio". Alunos TE, EUS e professores ARIADNES devem empreender um trabalho conjunto em direção ao centro do palácio, lugar do conhecimento. Atingir esse centro prende-se a uma reformulaçào das relações professor-aluno elifícil no "ambiente universitário .iinela impregnado de atitudes autoritárias' onde o professor ensina e o aluno aprende. "Fntretanto o mundo moderno, em permanente mutação, vem obrigando a transformações necessárias e contínuas nos conteúdos disciplinares, uma vez que cabe à nutornaçào a resolução do programá\'el e à inteligência ;1 responsabilidade pela função índagadora Professor inforrnador e o aluno ouvinte vem cedendo lugar ao professor animador e ~10 aluno pesquisador. (LIMA 1991 )" 1.2. RELAÇÃO COM ÓRGÃOS INSTITUCIONAIS Buscou-se nesse item, entender onde se originam, Universidade, os órgãos vinculados à extensãr trabalhos enviados ao seminário.

na estrutura da ) conjunto dos

Dos 31 trabalhos apresentados, apenas 02 estào .líretamente ligados institucionalmente a pró-reitorias; 14 trabalhos estão ligados

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às escolas, sendo 04 diretamente, 02 em núcleos e 08 em laboratórios (neste caso todos são ligados a PUCC, como existentes ou propostos); 09 ligados a departamentos e 06 ligados a professores ou disciplinas Isoladas. Certas experiências envolvem vários órgãos insritucionais, especialmente aqueles de proteção ao meio ambiente, como o 11 PUCc. ~ale ressaltar que a origem e a forma dessas ligações nem sempre hc<~m bem. explicitadas, nem mesmo o projeto pedagógico a que estao relaCionadas. 1.3. ~í~CULOS C00 GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO A referência específica à graduação surge em 06 trabalhos (02 UPPE, 04 Moura Lacerda, 06 UnB, 09 UFPel, 13 Unb e 18 UFRN) que se constituem em exercícios didáticos nas disciplinas ou confíguram ,propostas nesse sentido. Outra forma de relação com a gradLlaç'~lo aparece nos núcleos que desenvolvem trabalhos de ass;ssoria e outras diferentes propostas, através de monitoria e estagros supervisionados. Naquelas contribuições que tratam de núcleos de apoio e centrais de informações, a vinculação reside no subsídio às atividades didáticas e de pesquisa, na maioria das vezes sem precisar a natureza (graduação ou pós) da clientela. Especificam esse aspecto os :rabalhos 12 l!FHj, inicialmente voltado para a graduação e hoje atingindo a pos-graduação e a proposta do LABI C26-PUCC) que explicit.i sua importância junto aos departamentos e aos cursos de graduação e pós-graduação. Ainda, experiências já realizadas na extensão, como a de Mãe Luiza (18 UFRN) que gerou um trabalho de graduação e subsidiou dissertação de mestrado, e a de Barra do Garça C13-UnB) que atingiu seis turmas ele disciplinas de projeto urbanístico e diplornaçào e tOI utilizado como estudo de caso em duas dissertações de mestra do, confIguraram um desdobramento que atingiu os dois níveis de enS1I10.

1.4. FONTES DE CUSTEIO E FINANCIAMENTO A maior parte dos trabalhos recebidos pela Comissão de Sistematização não cita a fonte de financiamento e/ou custeio para os projetos a que estão vinculados, tornando-se difícil desvendar esse

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sub-irem com o detalhamento desejável. Dos 25 trabalhos analisados no TernaL, 09 nada informam sobre os recursos necessários 3 sua realização, 04· aparecem com financiamentos exclusivos de universidades e instituições de fomento C06-UnB, 12-UFRJ, 13-UnB, 18-UFRN), 04 receberam auxílios de instituições públicas, sejam significcltivos 05-UFES e 17-PUCC), ou apenas apoio mínimo (02UFPe e 04-Moura Lacerda) e 8 apresentam-se com formas mescladas de financiamento, variando-se as fontes. Convém que se ressalte a dificuldade de conseguir financiamentos em agênci~ls de fomento para o processo de extensão, que tem sido colocado como inferior e111relaçà aos outros pilares da Univcrsidade.; que existem muito poucas opções para conseguir recursos, e por último, fica claro que a assessoria a movimentos populares, gera lmcnte tem sido coberta pela Universidade ou órg~los de fomento. Por outro lado, alguns trabalhos sugerem formas ou alocaçà de recursos que devem ser discutidas.

para obtenção

Atividades ínstitucionais existentes ou órgãos a serem criados podem ser financiados por fundos especiais (07 UNESP) ou fundações (1 ') UFES) da própria Universidade Na mesma linha, sugere-se que a obtenção de recursos possa advir de prestação ele serviços remunerados, ofertados 3 própria instituição ele ensino (1')- FES e 31-PlICCJ ou a órgãos públicos externos C17-PUCC e 24-UP13A).

TEMA2 UNIVERSIDADE E SOCIEDADE 2.1. PARCERIACOM MOVIMENTOS POPULARES Seis trabalhos trataram ela parceria com movimentos populares. D,esses, dOIS atuaram somente em grupos de extensão, os casos do L Habita] 00 e 16-PUCC); três, alternaram grupos de extensão com trabalhos de sala ele aula, (09-UFPel, 13-UnB e 18-UFRN) e um, especificamente na disciplina (06-Un13). Este tipo de parceria ,... ré-situa a Universidade na Sociedade possibilitando que seja agente de transformações sociais porque: no n1l11lI110,restttui o conhecimento retirado aos grupos sociais oprimidos ao longo da história - mas também porque restabelece a cidadania dos intelectuais que passam a pertencer, efetivamente a grupos de agentes transformadores" ( l3-UnB: =j).

'

As parcerias tem sido com associações de moradores movimentos clol11unit~rios de bairros, ONGs, setores de igreja, gru~os organizac os de trabalhadores sem-teto, ete. A exceção ficou por conta da UFPel que abrange os sem-terra. As atividades extensionistas tem P?ssibilitado a integração com a pesquisa, alimentando dissertaçoes de mestrado (]8-urHN e 13-UnB) Ainela,~o :'Projeto Casa da Floresta" (] 1 Pl'CU" é dirigido Sociedade CIvIl, envolvendo assessoria a setores públicos e privados. At:,nc~e :sc.ala, prefeituras, com planos diretores, ONGCs): - orgaruzaçoes nao governamentais, aos 'sem casa'- suas associações e Sll~c"cat~s':,. A" "estratégi:1 ~Ie~retloresta~11ento·' que a experiência p eceitua esta direcionada a construçao de moradias populares urbano rurais", com emprego ele "materiais alternativos renováveis" e um "tipo específico de design". à

A proposta ele repasse interno dos recursos gerados de uma atividade rentável para outra do mesmo órgão extensionista, vem sendo examinado 00 PUCC). Ressalta-se, por último que houve manifestações críticas em relação 3 remuneração dos participantes das atividades de extensão que envolveram: denúncia à exploração do trabalho gratuito dos alunos (29 UFF); proposta de estágio remunerado (2 UFPe); e considerações que supõem que a remuneração de professores (09 UFPel) está contida no seu regime de dedicação

2.2. ASSOCIAÇÃO COM EMPRESAS Nenhum texto apontou para contratos com empresas privadas. Apenas um trabalho (12 UFRJ) trata elo intercâmbio entre Universldad~ e as empresas. A experiência apresenta-se na forma de uma reuniao informações técnicas sobre materiais de construção e na promoçao de feira de materiais e serviços. Paralelamente à feira

=.

78

79


são organizadas palestras, cursos, concursos e exposições de projetos de arquitetura, o que amplia a sua finalidade didática

e Desenho - LCAD, de Salvador, também prevê convênios com órgãos públicos C07-UNESP,27-PUCC, 30-PUCC e 24-UFBA).

Neste caso, o entendimento das atividades extensionistas, expressa-se da seguinte maneira: "A forma como se programam e realizam essas atividades pode levar a uma distorção. Um exemplo disto s30 atividades que se revestem de cunho predominantemente assistencial junto a alguns setores da sociedade. Não compete à Universidade esse tipo de atividade, a menos que faça parte de observações necessárias para a geração de novos conhecimentos que servirão de subsídios para a atuação nesses setores" (12-UFRJ:1).

A experiência "Casa da Floresta" (11 PUCC) trabalhando "planos diretores, recuperação de áreas degradadas, implantação de florestas, proteção de mananciais e matas ciliares e tendo a qualidade ele vida como eixo fundamental", envolve, enquanto Projeto, "a PAUPUCC, o IAC, a Fundação Florestal - Secretaria do Meio Ambiente, FEAGHE - Unicarnp, Universidade de Quito com quem deve ser celebrado acordo. Fundamenta-se no congresso Mundial dos trabalhos com Guadua, na Colômbia, o que confere seu cunho internacional".

2.3. COLABORAÇÃO

A questão ela preservação do patrimônio arquitetõnico e urbanístico tem sido <I bra ngida pelas escolas de Brasília e Pelotas, respectivamente pelo 1Brc e Ministério Público 03-UnB e 09-UFPel)

COM

INSTITUiÇÕES

PÚBLICAS

Quatorze trabalhos trataram das relações com órgãos públicos Planos Diretores e assessoria à Prefeituras Municipais são a maior experiência acumulada em extensão, nas Escolas de Arquitetura e Urbanismo do país . já realizaram atividades relativas a Planos Diretores os cursos de Ribeirão Preto, Pelotas, Campinas C04-Moura Lacerda, 09-UFPel, 16-PUCC , 17-PUCC). As duas primeiras, como temas de sala de aula, a última dentro do Laboratório (propondo treinar equipe técnica local para implementar o processo de planejarnento permanente) gerando polêmica quanto à determinação que estes convênios acabam tendo sobre o plano do ensino universitário. Na área de intervenções em setores urbanos também apresentaram relato de trabalhos, Brasília e Natal, com atividades disciplinares, e Vitória, com 'grupos de extensão C13-UnB, 18-UFRN, 15-UFES). Recife propõe o estágio acompanhado como alternativa para o Trabalho de Graduação, vinculando-o às prefeituras municipais como forma de ressarcir, em parte, ao país o custo da formação universitária (02-UFPE) De forma ampla, o 14 UnB "propõe que o meio acadêmico valorize ações e instrumente quadros do executivo local quanto à compreensão do meio ambiente enquanto valor cultural, resgatando aspectos que a elite dominante não realizará". As propostas de criação da Central de Estudos Urbanísticos e Ambientais, de Bauru; do Núcleo de Referência Ambiental, de Campinas; e Restauro - Escola também de Campinas, têm a intenção de i se conveniarem com as prefeituras municipais das áreas de estudo. O Laboratório de Computação Gráfica Aplicada a Arquitetura

80

81


TEMA

3

LIMITES E POSSIBILIDADES

DE AÇÃO

Este tema compreende as propostas e contribuições que analisam e criticam experiências realizadas e apontam perspectivas, diretrizes e inovações que permitam superar os limites atualmente existentes às atividades de extensão. /\. Comissão de Sistematização identificou 1'5 trabalhos que aj resentarn contribuições ao tema 3, dentre os quais 6 com referências explícitas ~l divulgação ou comunicação das atividades de extensão. São consideradas contribuições relevantes ~l crítica das experiêncirealizadas, os trabalhos 13-UnB, 16-PUCC e 28-PUCC. O trabalho ela UnB procura avançar na definição de "parceria" enquanto forma atualmente adequada i'IS relações com os movimentos populares; o trabalho 16, é uma contribuição crítica dos estudantes/ monitorcs elo L'l Iabitat arnparadn na sua experiência prática, voltada a novas "idéias" enquanto o ele nQ 28 realiza um balanço crítico dessas experiências a partir cio qual apresenta proposições, :IS

Três trabalhos tratam ela recolocaçâo das relações ele extensão com os movimentos populares, visando ampliá-Ias de modo inovador (6-UnB , 10-PUCC e 18-LlFRN). Â Comissão destaca no trabalho da UnB os resultados obtielos "Projetando COI11 a população" pela aplicação ele métodos e técnicas próprias ao ensino-aprendizagem, no tratamento de relações ele extensão. Também merece destaque o trabalho nQ 10 pela busca de interfaces da "assessoria a movimentos populares" com outras atividades de extensão de cunho institucional ou de associação com empresas, atualmente em curso na PUCc. O trabalho desenvolvido em Natal junto comunidaele do "bairro Mãe Luiza" traz contribuições relevantes, em especial no tocante a elaboração e discussão de um instrumento legal - o projeto de Lei que regulamenta o uso e ocupação do solo no bairro - com a população, à

I 1I1

11'1

I1

As formas de extensão baseadas em convênios institucionais são abordadas como maneira de superar os limites próprios à Universidade e como possibilidades reais de ação, apesar de todas as precauções que esses trabalhos devem exigir. Nessa direção, a

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Comissão identifica os trabalhos 17-PUCC, 2')-PUCC e 24-UFBA como .ontribuiçoes relevantes. Os trabalhos da PUCC revelam os resultados e a reflexão crítica a resp ito do "Plano Diretor Municipal e a extensão" (n? 17) enquanto prática adequada, geradora ele pesquisas, e com perspectivas de cre 'cimento nos próximos anos, face às necessidades das prefeituras que dificilmente seriam atendidas pelos métodos tradicionais disponíveis no mercado. 1\ "contribuição ;1 discus ão" presente n trabalho nQ 25 aponta para o suporte que o curso deve fornecer a esse tipo de extensão, com base em retrospectiva da experiência da escola. Pa rtindo de uma experiência distinta, o Laboratório ele Computação Gráfica Aplicada ~IArquitetura e Desenho (LCAD) da UFBA revela preocupações similares aos anteriores quanto aos "entraves e dificuldades" a serem superados nessa forma de extensão. Dentre ~IS possibilidades de açào apresentadas, encontram-se os trabalhos 'I-UFl{G , 2-lJFPc e 2l-UP13A que tratam ela formação profissionaiizante e/ou de mão-de-obra especializada como perspectivas de extensão. O trabalho ele Pernambuco (nQ 2) propõe o "estágio acompanhado" junto ~l prefeituras municipais como alternativa para o "trabalho eI graduaçào", visão polêmica que merece discussão sob o ponto de vista de preparação dos futuros arquitetos para o mercado de trabalho, Âo considerar a 'formação de operários" para a construção civil como um compromisso a ser assumido pela Universidade, o trabalho do Rio Grande do Sul (n? '1) propõe novas formas de exrensào em parte contempladas pela experiência ela Ba hia (n? 21) onde já funcionam "cursos de formação" voltados a operários que trabalharão nas obras de "conservaÇ;IO e restauração de monumentos e conjuntos históricos" que são objeto ele curso de especialização existente na UFBA desde 1962. Quanto às formas de comunicação e divulgação das práticas ele extensão cabem referências aos trabalhos 8-UNESP, 9-UFPel e 26PUCc. No caso ele Bauru (n? 8), apresentou-se proposta de criação da "Revista 'A' ,. como forma ele divulgação futura ele textos de professores O curso de Pelotas já publicou o primeiro número do "Caderno e Folhas de Arquitetura e Urbanismo" destinado à divulgaçào de trabalhos dos alunos de graduação (nº 9). Voltada também à divulgação das atividades de extensão, a proposta do "Laboratório de Imagem (LABI)" apresentada por Campinas (nQ 26)

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visa aprimorar e sistematizar o uso do vídeo para esse fim. Dentre os trabalhos já citados neste Tema 3, encontram-se também referências a formas de comunicação em C6-UnB) pelo registro ela documentação e elos eventos ao se projetar com a população, em 10-PUCC com a proposta ele registro e intercâmbio nacional de exp riências de asse soria a movimentos populares através ela AREA e em 2I-UFRA com a produção ele apostilas e manuais de apoio e de divulgação elo curso de formação ele mão-ele-obra especializada.

QUESTÕES CORRELATAS AOS TEMAS, DETECTADAS NOS TRABALHOS

A leitura

e discussão dos trabalhos apresentados, levou a Comisde Sistematização a tratar em separado algumas questões ou recortes propostos. O critério adotado foi destacar para o debate no Seminário aspectos históricos e culturais relevantes para a fundamentação elos trabalhos de extensão.

S;IO

As atividades de extensão pressupõem uma conceituação enquanto indissociáveis do processo de ensino e pesquisa, mas também enquanto subsídios próprios ao seu desenvolvimento. As contribuições apresentadas pelos proponentes ilustram essa questão 'e foram agrupadas pela Comissão em seis sub-itens: Lfilaboraçào de conceitos importantes para a definição de "Extensão em Arquitetura e Urbanismo" aparecem nos trabalhos 16-PUCC, 2,)-PUCC e 19-UFRN. Os trabalhos de Campinas discorrem sobre a produção teórica (idéias) e prática no interior do processo de extensão (nº 16) e sobre as mudanças do conceito de extensão ao longo do tempo face às alterações do quadro político do país (n? 2'») No texto 19-UFRN encontram-se contribuições importantes como as definições de "disseminação de conhecimento entre o povo", "a idéia de prestação de serviço" e "o conceito de integraçào universidade/população" que auxiliam o entendimento das relações exteriores à extensão. 2.Fonnulação de "procedimentos metodológicos", sua análise crítica e meios de reforrnulação, constam dos trabalhos 13-UnR, 17PUCC, 28-PUCC e 18-UFRN. O trabalho da UnR, recebe destaque da Comissão pelo aprofuridamento analítico colocando em

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85

I


contraposição as noções de "extensão ou parceria". Também é destacada a contribuição apresentada pelo Laboratório do Habitar de Campinas (nº 28) que reflete sobre a sua própria experiência, sugerindo alterações nos procedimentos metodológicos atinentes ao trabalho de extensão. O outro trabalho citado de Campinas (n? 17) discorre sobre a metodologia adotada na elaboração de "planos diretores municipais", também a partir de experiências realizadas. O trabalho 18-UFRN explícita e avalia a metodologia empregada na assessoria técnica ~I comunidade do "Bairro Mãe Luiza" em torno da ternática elo uso e ocupação do solo. 3.H.esgate das "referências históricas" ao ensino e à extensão são ensaiadas nos trabalhos 10-PUCC e 20-UFF No primeiro são enfatizadas as injunções de políticas pertinentes - profissional e estudantil - que presielem a criação dos novos cursos de arquitetura em São Paulo, a partir dos anos 70. O segundo busca as origens das políticas nacionais ele extensão desde 1931, analisando ao longo do processo os reflexos dessas políticas no interior dos cursos universitários.

através de um convento de cooperação técnica. O trabalho de Campinas propõe a instituição' de uma linha de extensão a partir do "restauro-escola", integrada ao processo de ensino e tendo como objeto de estudo e trabalho um prédio tombado da própria Universidade (nQ 30) ó.Recorte "arnbiental'' específico consta nos trabalhos 7-UNESP que é uma proposta de "central de estudos" urbanísticos e ambíentaís, no lI-PUCC que conceitua a relação moradia/natureza através da "casa da floresta", no 27-PUCC que propõe a organização de um núcleo especial de "referência arnbiental" de âmbito regional e no 31-PUCC ao situar a questão ambiental a nível da edificação como referência central de trabalhos de extensão.

-í.Ênfase às "questões culturais" pertinentes à extensão aparece nos trabalhos 03-Gama Filho, 6-UnB e ze-r-ucc, alem do já citado 20-UFE Situa-se a capacidade de "olhar a cidade" como dado fundamental para construir uma "estrutura significativa no momento da análise" necessária à extensão (nº 3) O trabalho de Brasílía (nº 6) inicia o seu "Projetando com a população" identificando os marcos visuais da cidade sob a ótica da população e buscando uma interaçào cultural via extensão. Na linha de viabilizar a difusão cultural, o trabalho zs-rucc enfatíza a "produção de material visual" como um dos instrumentos de suporte da extensão. O trabalho 20-UFF é um mergulho no "labirinto" acadêmico que busca, dentre outros objetivos, explicitar o viés cultural inerente às atividades de extensão. 5.Referências a "patrimônio, preservação e restauro" em arquitetura e urbanismo, também surgem nos trabalhos apresentados ao Seminário de Extensão: (21-UFBA, 29-UFF e 30-PUCC) O trabalho citado de Salvador (n? 21) apresenta experiências já amadurecídas de integraçào entre ensino e extensão nessa área. No caso do (29UFF), uma atividade de extensão está relacionada desde 1989 ao "conjunto arquitetõnico e paisagístico da Ilha da Boa Viagem",

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ENCAMINHAMENTOS AO SEMINÁRIO

Na avaliação da Comissão de Sistematização, os trabalhos apresentados ao Seminário de Extensão, constituem um corpo de proposições e reflexões consistentes a respeito do seu temário. Notase que alguns pontos importantes não foram abordados pelos proponentes, tais como formas jurídicas possíveis dos órgãos de extensão, tratamento a ser dado a recursos externos à universidade, dentre outros. A leitura dos trabalhos citados, levou a Comissão participantes do Seminário, as seguintes questões:

a sugerir

aos

a) As reflexões e avaliações críticas de experiências realizadas devem ser mais estimuladas e sistematizadas, pois representam insumos fundamentais para as futuras extensões. b) Constata-se uma relativa diminuição dos trabalhos de extensão de assessoria a movimentos populares nos últimos anos, fato que leva a - caso confirmada - examinar as causas dessa diminuição. c) Os limites de natureza político-institucional que marcaram a década de ~O e, de certo modo, a de 80, parecem ter sido superados nos trabalhos de extensão mais recentes, o que se constata tanto pelo crescimento dos convênios institucionais quanto pela maior liberdade no tratamento de temas ligados a conflitos sociais de moradia e de urbanismo. d) As práticas de registro, intercâmbio e divulgação dos trabalhos de extensão entre os cursos e para a sociedade, continuam sendo incipientes e não sistematizadas. e) Pela diversidade

dos conteúdos

dos trabalhos

aqui apresenta-

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elos, conclui-se que ~IS potencíalkladcs ela extensão permanecem amplas, sendo recomendável evitar-se confronto ele linhas ele cxtCIlSJU (por exemplo entre predomínio de colaborações com instiruiçõcs públicas e parceria com movimentos populares); disciplinar o universo ele proposições tcmáticas ele mudo J evitar tanto :.1 sua excessiva subdivisão, quanto a pr()lifer;I~':io ele órg:1os ele e.\.terisáo no mesmo curso.

RECOMENDAÇÕES

AO SEMINÁRIO DE EXTENSÃO

nCollstat:a-se ainda que as inúmeras formas ele opcracionalízaçào eI;IS experiências ele extensão - praticadas ou propostas rcprcsenram uma qualidade a ser manrida até que .unadurcçarn os procedimcnros que apontem lxml "modelos" ele institucion:tlil.:lç:io. a) É fundamental que se tenha uma definição de extensão em arquitetura e urbanismo que sirva de embasamento - ainda que temporário - aos cursos que a praticam e, nesse sentido, devem ser usadas as referências conceituaís apresentadas a este Seminário. b) A produção teórico-metodológica pertinente às diversas atividades de extensão eleve ser ampliada no que se refere a visões interdísciplinares, bem corno deve ser melhor articulada ao ensino e à pesquisa. c) É relevante a busca das "origens da extensão" na própria história de formação cios cursos superiores no Brasil, nas injunções externas conjunturais e no papel desempenhado pelas entidades ele classe. Tais investigações devem ser sistematizadas. d) A exemplo elo embate que se dá no plano elo ensino, cabe discutir a conveniência (ou não) ela "especialização" nos temas de extensão, face tendência constatada de criação de órgãos ou atividades de extensão voltados exclusiva ou predominantemente para fins específicos. à

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91


de ensino-aprendizagem. A extensão em Arquitetura e Urbanismo deve buscar uma aproximação entre teoria e prática, sem contudo se confundir com o exercício profissional. Seu maior valor é o fomento ao desenvolvimento de estudos e atividades que aproximem a educação do arquiteto da compreensão da realidade que nos cerca".

CONCEITO DE EXTENSÃO EM ARQUITETURA E URBANISMO

Como resultado da preocupação a respeito da amplitude do conceito de extensão presente no decurso dos trabalhos, foram apresentadas algumas conceituações, sem contudo configurar urna definição consensual. Esse não foi o objetivo perseguido, ao contrário, foi comum o pensamento de que "não se deveria ainda elaborar o conceito de extensão, mas somente delinear alguns parâmetros a respeito de: • Legitimidade,

o que quer dizer abrangência

• Possibilidade

de incorporação

• Atitude

de novas

social do tema;

práticas

profissionais;

pedagógica".

As experiências práticas de extensão em arquitetura e urbanismo trazem idéias divergentes que devem ser confrontadas e discutidas - de fato - nos seminários ou encontros da ABEA, daí resultando o embasarnento para uma delimitação maior do conceito. Os entendimentos

explicitados

estão postos

a seguir:

"Extensão é a produção de conhecimento interativamente Universidade e sociedade, tendo ca como fio condutor do processo".

que articula a prática e a éti-

"Extensão Universitária é a participação reflexiva e crítica da Universidade em trabalhos voltados à busca de soluções para problemas da comunidade. Nesses trabalhos, a Universidade procura aplicar métodos e teorias existentes e verificar sua adequação a diferentes realidades, dinamizando assim, os próprios processos

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"A extensão Universitária, deve ser entendida como o efeito de estender (alargar, espalhar, alastrar, divulgar e propagar) o conhecimento adquirido e acumulado nos ensinos de Graduação e Pósgraduação e pesquisa na Universidade e reconhecer que o registro e a divulgação desta atividade realimentam com os dados da realidade o conhecimento universitário. Deste modo a extensão compreende todas as formas que permitam propalar e adquirir, pela sua produção, conhecimentos que possam ser úteis ao desenvolvimento da sociedade". "Um contorno possível (lirnite/) para extensão seria atuar naquilo que apresenta expectativa pedagógica, de pesquisa ou contribuição relevante para o saber específico e a produção de conhecimento. Atuar comparando, avaliando, analisando o produzido, enquanto corpo crítico independente, criando ou construindo parâmetros, métodos, meios arquitetõnicos e urbanísticos, processos; dando através deles assistência técnica que oriente e instrumente o usuário ou coletivos organizados do meio construido e/ou espaço urbano, para que este possa realizar ou contratar com terceiros, projetos que atendam aos parârnetros estabelecidos". "É uma atividade desenvolvida dentro da Universidade e paralelamente à esta (enquanto instituição de ensino e órgão de interveniência direta com a sociedade), dentro de critérios absolutamente definidos, utilizando sempre a mão de obra acadêmica (afinal não existe Universidade sem corpo docente e discente) no sentido de aprimoramento e alastramento do conhecimento, colocando os discentes muito próximos da realidade do mercado, apresentando soluções certamente apropriadas aos problemas impostos.

É fundamental estabelecer critérios em relação às áreas de atuação, de maneira a evitar atividades conflitantes e/ou concorrentes com as atividades do arquiteto urbanista mas sim, preenchendo as lacunas que eventualmente tenham ficado no vasto campo das suas atribuições"

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pando da formulação dos planos didático-pedagógicos voltados ao processo de ensino-aprendizagem e não serem meros órgãos burocráticos.

PROPOSiÇÕES RESULTANTES DO SEMINÁRIO

b) A extensão em Arquitetura e Urbanismo deve pressupor nismos constantes de verificação de resultados e do retorno ao ensino e à pesquisa, minimamente, de: • qualidade

Durante o desenvolver dos debates, nas Plenárias, surgiram pontos para aprofundarnento de novas discussões e diversas propostas referentes ao ternário definido para o Seminário, levantando também aspectos mais específicos. Esse conjunto levou a uma nova estruturação dos sub temas, mais coerente com as questões emergentes nas discussões. Assim, no TEMA 1, apareceram com destaque os conteúdos didático pedagógicos e o problema dos organismos extensionistas, enquanto no TEMA 2 Universidade e Sociedade, os debates enfatizararn as relações entre: Extensão Universitária e Mercado de Trabalho.

do trabalho

mecadestes

realizado

• correspondência

com as linhas de pensamento

• correspondência tados obtidos

à expectativa

• correspondência à expectativa vivenciada no processo

teórico da Escola

da outra parte quanto dos alunos

quanto

aos resul-

à experiência

• correspondência à expectativa dos professores validade das experiências frente ao seu posicionamento

quanto à acadêmico

• correspondência à expectativa da Universidade quanto desempenho acadêmico na construção da sociedade Esses mecanismos de avaliação metodologias propostas.

devem

ser parte

ao seu

integrante

das

c) O trabalho com instituições deve ser incentivado desde que resulte diretamente num processo de ensino / aprendizagem e que não submeta a escola aos interesses dessas instituições. d) A revisão de programas de extensão deve acontecer na programação curricular e didática da graduação e da pós-graduação.

TEMA

e) Os mecanismos de extensão devem incluir no seu programa de ação a definição da metodologia de ensino a ser aplicada nos seus trabalhos, principalmente porque é fundamental:

1

UNIVERSIDADE E EXTENSÃO 1.1 CONTEÚDOS DIDÁTICO PEDAGÓGICOS a) Os organismos de extensão devem ser considerados paços didático-pedagógicos das Escolas de Arquitetura em que a compreensão da realidade seja considerada fundamental na educação escolarizada do arquiteto. Esses organismos devem os colegiados acadêmicos

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• Explicitar

a filosofia

• Definir claramente como esna medida elemento

compor, através de suas coordenações, e equipes diretivas das Escolas, partici-

• Reconhecer

que alimenta a relação

o trabalho

a relação

extensão

/ ensino

aluno / professor

de extensão

como atividade

acadêmica.

D É preciso ampliar a legitimação da extensão na Universidade, em todas as suas dimensões, visando recuperar preconceitos existentes quanto à sua caracterização como "trabalho técnico", "não científico", entre outros. g) A troca de informações entre os alunos é necessária porque

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I i;1bil iza o con hccimento dos conceitos que est.«: :->l'1 \eI() tra bulhados c revela as relações do a lu no com os prokSSOl'CS, com os Iuncioná rios c com os próprios alunos,

1\) 1\ I,'I-:NI-:i\,é o canal que congrega os estudantes, permitindo :1 t~\JC;1ele experiências C a organização da SU<l<ItU<lç~Ona cxrcnsào. F importante que :\ i\BFi\ possa apoiar grupos ele alunos e profcsSC)l'(.'5que estejam cstrururundo atividades de cxtensào, participando em conjunto com a FENFi\ c os órg;los exrcnxionistas da divulga~::lo e proll1ulgaç50 dessas atividades e de seus resultados.

1,2 ORGANISMOS

EXTENSIONISTAS

a) I~:importante :1 caracrcrtzaçào precisei elos interesses da l 'n ivcrsidacle P;II';I atividades de pesquisa e ele presraç';lo de serviços. COIl\ ;1 clr:lcr<:'rizaç50, deve-se enquadrar os trahalhos :ltr:l\'é~' ele prugr:II11<15intcrdcpartamcntuis ou organismos de extensão. h) i\ extensão eleve estar contemplada na estrururacào das carrci1':15docente c funcional. incorporada no regime ele cledicaçiio c no processo currículnr, com créditos, ' /\. extensão em Arquitetura e Urbanismo eleve acontecer prefercncialrnenre em organismos .institucionalmcnrc estruturados e caIXI/,CSde aglutinar conteúdos e especialidades, contrapondo-se ~I dc pa rta me ntn l i zn çào ou a qualquer outro dispositivo que compu rrimcnral ize o conhecimento, l')

A configurnçào desses espaços aglutinadores deve visar o gerenci:11ll~'11l0do trabalho ele equipes mulrídisciplinares ao longo de pcnod()~ de tempo, em termos de suporte orgauizacional para a real iznçao dos trabalhos, ele seu registro, de sua divulgação e ele sua avaliaçào. d ) /I.. interdisciplinaridacle deve ser buscada em todas as formas de realização de exrensào. laboratórios, outros organismos, programas, redes e outras possíveis novas formas

f) Deve-se garantir condições de trabalho e qualidade ele ensino (carreira docente, bolsas monitoria is, financiamento e apoio, equipamentos etc) compatíveis, como suporte às diversas práticas de extensão, sejam aquelas realizadas através de núcleos ou órgãos constituídos para tal fim, ligados à disciplinas ou outras, g) É fundamental a programação de trabalhos dentro de um perfil que permita a renovação das equipes, a abertura a atividades de extensão de outras equipes, o .uporte a pesquisas e a indicação democrática de coordenadores com mandatos definidos, h) Urge reunir maiores informações para o aprofundarnento da discussão a respeito da natureza jurídica dos organismos e/ou atividades ele extensão, visando superar os obstáculos administrativos e burocráticos atualmente detectados, i) Os organismos de extensão que buscam conquistar autonomia ele ação, enfrentam obstáculos quanto ao controle dos fluxos de recursos financeiros que, na maioria das instituições de ensino superior, estão subordinados à figura do ordenador ele despesas que é um atributo da administração central. Portanto há que definir as estruturas para a gestão dos recursos, financiamento e custos envolvidos, com as "aplicações carimbadas",

j) A questão das verbas públicas para as- atividades de extensão nos cursos de arquitetura e urbanismo deve ser examinada à luz da política de transição da ANDES-SN (Sindicato Nacional de Docentes do Ensino Superior) que estabelece as condições e os parârnetros para o aperte dessas verbas por parte das instituições de ensino superior privadas,

TEMA

2

UNIVERSIDADE e) Formas variantes ou a parenremente decorrentes dos procedimentos convencionais de extensão tais como empresas júnior, escritórios modelos, ateliês experimentais etc, devem ser melhor definidas e avaliadas quanto à sua pertinêricia e compatibilidade com o ensino e com a pesquisa, antes de serem acloradas.

E SOCIEDADE

2,1 EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA E MERCADO

DE TRABALHO

a) A prática da extensão obriga a Universidade a definir claramente sua inserção social de modo a não entrar em conflito com as atividades profissionais existentes no mercado, Por outro lado, ".!

96

97


devem ser recusadas todas as formas de utilização dos órgãos acadêmicos por grupos de profissionais e/ou empresas para reserva ou domínio de mercados profissionais cativos, a partir da escola. b) A atividade de extensão não deve ser confundida com o exercício profissional. O trabalho da Universidade junto às empresas, deve ser de consultoria de serviços especializados e de busca de parcerias para desenvolver pesquisas de novos materiais e tecnologras.

REFERENClAL DOS TRABALHOS

01 - UFRGS

Formação de Operários Também é Compromisso da Universidade Prof. Airton Cattani

c) Os trabalhos de prestação de serviços realizados como extensão devem atender às exigências profissionais (responsabilidade técnica, direito autoral, serviços externos, licitações etc.) e regulamentação do estágio.

02 - UFPE Estágio como Alternativa para o Trabalho de Graduação Prol Zenildo Sena Caldas

d) As atividades extensionistas devem abandonar a atitude voluntarista e passar a ser encaradas com maior profissionalismo, buscando responsabilizar as partes pelo desempenho do trabalho.

03 - GAMA FILHO Ollhar a Cidade: Uma Reflexão Profa. Lúcia Cordeiro Luz

e) A extensão não deve ser entendida como uma atração alternativa ~\clientela de cursos que apresentam baixa qualidade de ensino, mas exatamente como uma manifestação que ultrapassa os muros da escola nos momentos em que o seu ensino atinge um grau de melhorias significativas.

04 - MOURA LACERDA Plano Diretor de Santa Rosa de Viterbo 05 - MOURA LACERDA Proposta para Implantação do Laboratório de Desenho e Maquete e do Ateliê de Tecnologia Aplicada 06 - UnB

Projetando com a População Prol Lúiz Alberto GOUlJea 07 - UNESP Central de Estudos Urbanísticos e Ambientais 08 - UNESP Revista "A" 09 - UFPel Relato de Experiência Prol Rogério Gutierrez Filho 10 - PUCC Proposta de Relação Escola / Movimentos Populares Prol Ari Vicente Fernandes

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99


Profa. Isabela Cristina Eiras de Oliveira Profa. Marlice Nazaret S. de Azevedo

11 - PUCC

Casa da Floresta Pro]. vicente Gu ilhermo N. Moreno Profa. Luiza Alonso da Silua Profa. [uliana Cortez Barbosa

21 - UFBA

Cursos de Formação de Mão-de-Obra Especializada Prof. Lluiz Carlos Botas Dourado

12 - UFRJ

Uma Experiência Relacionada aos Materiais de Construção Profa. Maria Amália A. de A. Magalhães

22 - UFBA

Perspectivas para Arquitetos Prol Marcelo R. P Silva

13 - UnB

Extensão ou Parceria Pro]. Gu nter Koblsdorf Profa. Maria Ela/te Koblsdorf Pro]. Frederico de Holauda

Aquarela Aplicada à Paisagem Urbana Prol Marcelo R. P Silva

14 - UnB

24 - UFBA O Laboratório de Computação Grdfica Aplicada à Arquitetura e

23 - UFBA

A Extensão e a Adequação ao Meio Prof. Dra. Maria A. B. Roniero

Desenho LCADda Faculdade de Arquitetura da Universidade Federal da Bahia e a Extensão Prol Gilberto Corso Pereira

15 - UFES

Relatório Preliminar 93 /94

25 - PUCC

16 - PUCC

A Extensão na FAU-PUCCAMP: Uma Contribuição à Discussão Prol Wilson Ribeiro dos Santos

L'Habitat: Mais do que um Espaço: UrnaIdéia 17 - PUCC

Plano Diretor Municipal e a Extensão Prof. José Roberto Merlin

~.

26 - pucc Proposta de Criação do "Laboratório de Imagem - LABi" Prof. Wilson Roberto Mariana 27 - PUCC

18 - UFRN

A Assessoria Técnica à Comunidade do Bairro Mãe Luiza nas Questões de Uso e Ocupação do Solo - Natal/ RN

Núcleos de Referência Ambiental Prol Nelson Marques da Silva Filho 28 - PUCC

19 - UFRN

A Atividade de Extensão suas Especificações e Relações com o Ensino e a Pesquisa

Contribuições do Laboratório do Habitat da rAU-PUCCAMP para a Extensão em Arquitetura e Urbanismo Profa. Maria Amélia D. G. D'Azeuedo Leite e Colaboradores

Profa. Dulce Bentes 29 - UFF 20 - UFF O Labirinto da Extensão Universitdria

_. 100

Preservação da Ilha Boa Viagem Profa. Maria.Cristina F Mello

101


30 - PUCC O Restauro - Escola: Uma Proposta de Ensino Prof. Samuel Kucbin 31 - PUCC

Descrição Sucinta das Atividades de Extensão do Laboratârio de Conforto Ambiental e Conservação de Energia Prof. Paulo Sergio Scarazzato

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