ENTREVISTA DE EMPREGO | AS PERGUNTAS MAIS COMPLICADAS (e as respostas)
& OPETMERCADO Publicação do Grupo Opet | Curitiba-PR | Ano VIII N o 15 | Circulação dirigida | www.opet.com.br
CLÁUDIO TORRES
Entrevistamos o autor da Bíblia do Marketing Digital
A interação pessoal pela internet está mud@ndo o mundo
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EDITORIAL
50 milhões em dois meses Que empresa ou instituição pode captar 50 milhões de pessoas em dois meses? E qual produto pode reter sua atenção por horas? Resposta: redes sociais. O astronômico número acima se refere aos meses de janeiro e fevereiro de 2010 do Facebook, a rede social que mais cresce no mundo e que está encostando na marca dos 600 milhões de usuários ativos. Nestes mesmos meses, o Brasil registrou a maior média de tempo de uso diário de internet por usuário: 26,4 horas. No resto do planeta, cada usuário ficou on-line, em média, 22,6 horas, segundo levantamento da comScore. O relatório mostra que 85,5% dos internautas brasileiros fazem buscas pela web, enquanto 81,9% acessam redes sociais, 78,9% fazem uso de correio eletrônico (email) e 78,8%, sites de entretenimento. Os serviços de mensagens instantâneas ocupam apenas a quinta posição na preferência dos usuários brasileiros, com participação de 71%. A visita a sites de vendas on-line é feita por 62,1% dos usuários de web no país e o acesso a blogs por 61,6%, ocupando a oitava posição na preferência. A pesquisa revela que o uso de redes sociais no Brasil só perde para as ferramentas de buscas, ficando à frente de serviços como e-mail e de mensagens instantâneas. Para entender esta nova realidade que nos cerca, Opet&Mercado dedicou esta edição às redes sociais e ouviu diferentes linhas de pensamento sobre o que é e o que pode se tornar esta nova ferramenta de comunicação. Falamos com Cláudio Torres, mestre em Sistemas pela USP e autor do livro “A Bíblia do Marketing Digital”, que mostra que a falta de planejamento pode acabar com qualquer estratégia, mesmo quando as intenções são as melhores. E descobrimos como diferentes nichos de mercado trabalham em redes sociais. Do Porto de Paranaguá a Spaipa, empresas com faturamentos e custos elevados, a uma escola de natação, uma loja virtual de roupas, um escritório de advocacia e uma empresa gerenciadora de redes. Todos, à sua maneira, estão em contatos com clientes/ usuários como forma de aproximação e comunicação direta. Não importa o tamanho da empresa, a rede social hoje significa redução de custos, agilidade na informação e retorno rápido de campanhas e ações como nenhum outro tipo de mídia pode dar. Mas isso tem um preço e, muitas vezes, a aposta de sucesso em redes sociais pode significar o fracasso de uma empresa, se a ação não apresentar propostas e, principalmente, conteúdo atualizado. Por isso, o momento ainda é de cautela, como ensinam os professores da Opet que participam desta edição. 4 opet&mercado NÚMERO 15
Ano VIII Número 15 2010 - 2011 GRUPO EDUCACIONAL OPET Diretor Presidente José Antônio Karam Superintendente Educacional Adriana Veríssimo Karam Koleski Superintendente de Marketing e Negócios Corporativos Cristina Swiatovski Diretor-Geral Francisco Carlos Sardo Diretora Geral da Editora Opet Cristina Swiatovski Gerente de Marketing Corporativo Teodoro Luiz Pereira Neto Sede Rebouças Avenida Getúlio Vargas, 902 CEP 80230.030 - Curitiba, Paraná Telefone (41) 3028-2002 Sede Centro Cívico Rua Nilo Peçanha, 1635 CEP 80520.000 - Curitiba, Paraná Telefone (41) 3028-2800 Sede Portão Rua Isaac Guelmann, 4387 (Rápida Centro-Bairro) CEP 81050.030 - Curitiba, Paraná Telefone (41) 3085-4500 Sede Editora Rua Hugo Simas, 1220 CEP 80520.250 - Curitiba, Paraná Telefone (41) 3017-0111 Central de Atendimento Telefone (41) 3028-2828
Opet&Mercado Jornalista responsável Heidi Motomura (DRT 2651-PR) imprensa@opet.com.br Reportagem e edição de textos Marialda Gonçalves Pereira e Melissa Bergonsi Projeto gráfico e diagramação Flávio Costa Ilustrações Theo Cordeiro, Odyr Bernardi Fotografia Daniel Sorrentino Editoração Ayrton Tartuce Correia Opet&Mercado é uma publicação do Departamento de Marketing Corporativo. Artigos assinados não refletem, necessariamente, a opinião do Grupo Educacional Opet. Tiragem 10.000 exemplares
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ÍNDICE
PLUGADOS 10
ENTREVISTA
Cláudio Torres, autor da Bíblia do Marketing Digital, afirma: subestimar as redes sociais é perder mercado.
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ENSINO
As redes sociais chegam às salas de aulas. Conheça as experiências de coordenadores de curso Opet.
EMPRESAS GUSTAVO BORGES 28
As redes sociais ganham espaço na academia do atleta.
SPAIPA 32
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DONO DO MUNDO
As redes sociais alteram a forma como estamos nos relacionando. E, claro, criam oportunidades de negócio.
CONHECER E INOVAR
É fundamental criar processos para aquisição do conhecimento e explorá-los estrategicamente.
USE COM MODERAÇÃO Quem somos nós, professores e pais, senão norteadores do navegar de nossos filhos e alunos na internet?.
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GESTÃO
Quer conhecer o Porto de Paranaguá, um dos maiores do Brasil? Fique amigo no Facebook, siga no Twitter...
TECNOLOGIA
Morar longe deixou de ser um problema para estudar. A Educação a Distância (EaD) eliminou barreiras.
Para manter a liderança, Coca-Cola está em todas as mídias.
WEB MAGIC 34
Nas descuide da rede, mas atenção: é fácil cometer erros na internet.
+ MAIS ZOOM 06
Para iniciar a leitura: notas, frases, números.
CONEXÃO 8
PESSOAS
Fazer amigos e networking nas redes sociais é ótimo. Mas não esqueça do bom e velho contato pessoal.
A carreira profissional de quem faz Opet.
CARREIRA 36
Perguntas complicadas na entrevista de emprego. NÚMERO 15 opet&mercado 5
Z00M
www.twitter.com/grupoopet
P R I M E I R A S . N O TA S
O Teatro Paulo Autran foi palco das apresentações de trabalhos práticos dos alunos formandos dos cursos técnicos de Publicidade&Propaganda e Informática do Colégio Opet – Sede Rebouças. O evento aconteceu nos dias 22 e 23 de novembro e reuniu pais e familiares dos estudantes, além de profissionais atuantes no mercado de trabalhos dos dois segmentos. O Projeto Formar é uma das principais atividades práticas do curso técnico, pois além de simular situações reais do mercado de trabalho, aplica a interdisciplinaridade dos conteúdos adquiridos em sala de aula. É o trabalho de conclusão de curso do 3º ano do Ensino Médio Técnico, que aplica na prática os conteúdos estudados. É a preparação final para o aluno atuar na sua área de formação técnica
Divulgação Opet
FormarOpet simula situações de mercado
Comemorações dos 40 anos homenagearam ex-alunos da instituição
Os 40 anos da Cidade Mirim Inúmeras atividades promovidas no primeiro semestre marcaram os 40 anos de existência da Cidade Mirim, projeto pedagógico que estimula a cidadania e o empreendedorismo. A Cidade Mirim foi fundada em junho de 1970
pelo professor Ney Lobo no então Colégio Lins de Vasconcelos. Na década de 90 o projeto foi adotado pela Opet e, em 2005, o espaço físico (pólos político, cultural, ambiental e de serviços), passou por uma ampla reforma.
Administração ganha 3 estrelas O curso de Administração das Faculdades Opet ganhou três estrelas na avaliação de cursos superiores realizada pelo Guia do Estudante (GE) e consta na publicação GE profissões vestibular 2011. O Prêmio Melhores Universidades Guia do Estudante tem como objetivo identificar as melhores instituições de ensino superior brasileiras. Estar na lista das Melhores Universidades é motivo de muita comemoração, pois o prêmio
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atesta a qualidade do curso das Faculdades Opet. As Faculdades Opet foram uma das primeiras instituições de ensino superior a criar programas de empreendedorismo e relacionamento com o mercado corporativo.
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entre aspas
Não confunda ter uma carreira com ter uma vida. Não são a mesma coisa. HILLARY CLINTON
Secretária de Estado norte-americana
na ponta do lápis
6h27 é o tempo que cada italiano dedica todo mês, em média, às redes sociais. A Itália é a maior “consumidora” de redes sociais, segundo estudo da Nielsen em 2010. O Brasil aparece na sexta posição, com 4h27.
EmDestaque
Jefferson Fernando, estudante beficiado pelo PrOpet Seminário de Gestores de Escolas
Seminário de Gestores
Divulgação Opet
A Editora Opet promoveu em setembro o V Seminário Nacional de Gestores de Escolas. No evento, com palestras de renomados profissionais ligados à educação, foi oferecido a gestores da educação e parceiros conveniados ao Sistema de Ensino Opet um conjunto de soluções pedagógicas e material didático para escolas privadas. Em outubro a Editora realizou o V Fórum Nacional de Gestão Pública. Em pauta o futuro da educação pública brasileira. Atletas que representaram a Opet nas Olimpíadas Escolares Brasileiras
Bela Classificação em Fortaleza Os atletas do time de futsal masculino B dos Colégios Opet ficaram entre os quatro primeiros lugares nas Olimpíadas Escolares Brasileiras, que aconteceram em setembro, em Fortaleza (CE). Quem patrocinou a viagem foi a Paraná Esportes. A equipe, comandada pelo técnico Sandro Mendes, foi formada pelos seguintes atletas: Antonio da Silva Rosa JR., André F. Ribas, Antonio H. D. Moreira, Cássio A. dos Santos Silva, Cesar Roberto Linhares Dias Jr., Deivy Costa Naumowicz, Felipe Roberto Linhares Dias, Gustavo Matheus da Silva,
Julio Cesar Gruba Filho, Paulo M. da Cruz Durat, Paulo R. M. Age e Taigo Vital A. de Araújo. As Olimpíadas Escolares são o maior evento estudantil esportivo do Brasil. Reuniu milhares de alunos-atletas de instituições de ensino públicas e privadas para uma competição de abrangência nacional. Durante os dias de disputa em Fortaleza, houve também uma programação intensa direcionada aos participantes, com uma série de atividades culturais, educativas e sociais. Foi promovido pelo Ministério do Esporte.
Chef Revelação é aluno Opet Lênin Palhano, formando do curso de Gastronomia das Faculdades Opet, foi eleito Chef Revelação do ano pelo Prêmio Bom Gourmet, do jornal Gazeta do Povo. A banca examinadora foi formada pelos chefs Fabiano Marcolini, Geraldine Miraglia e Laurent Suaudeau, pelo enófilo Guilherme Rodrigues e por Nádia Schiavinatto, editora da Gazeta do Povo Online. Lênin, sub-chefe do restaurante Terra Madre, preparou carré de leitão grelhado com penne ao molho de cenoura e ervas.
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CONEXÃO
A carreira profissional de quem faz Opet
com o mercado
Quem – Rosiane S. Chemim Curso – Marketing Onde trabalha – Arteche EDC Equipamentos e Sistemas
Quem – João Alberto Dumas Curso – MBA Executivo Gestão Empresarial Onde trabalha – Metalis Aluminum
Quem – Rafael Garret e Ezequiel Inácio Santos Curso – Análise e Desenvolvimento de Sistemas Onde trabalham – Inbe Comunicação e Total Systems
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Quem – Ozana Rodrigues e Marize Dumas Curso – Gestão de Recursos Humanos Onde trabalham – Omar Calçados e Nova Gam
Quem – Lucas D. Cordeiro Curso – Jornalismo Onde trabalha – Pocket Publihelp
Quem – Cassiana Marty Curso – Eventos Onde trabalha – Free Lance em Eventos
Quem – Lênin Palhano Curso – Gastronomia Onde trabalha – Restaurante Terra Madre
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Daniel Sorrentino
ENTREVISTA
ENTRE ANTES QUE SEJA TARDE
ENTREVISTA
CLÁUDIO TORRES | SUBESTIMAR AS REDES SOCIAIS É PERDER MERCADO Autor do livro “A Bíblia do Marketing Digital”, um dos dez mais vendidos da área em 2009, Cláudio Torres tem 47 anos, é engenheiro eletrônico formado pelo ITA, fez pós-graduação em Marketing na Suíça e mestrado em Sistemas, na USP. Acompanhou o surgimento da Internet e viu nascer de perto as criações da endeusada Apple e do papa Bill Gates. Como bom conhecedor da área técnica, ganha pontos para entender o que está por trás do cenário das redes sociais. Somando sua especialidade em Marketing, trabalha num dos mercados mais promissores da atualidade ajudando empresas a alavancarem seus negócios através da Internet, a rede de maior audiência no mundo. Alerta que o profissional que ainda está fora do universo online está no século passado e as empresas que teimam em se manter longe das redes podem estar sendo passadas para trás por concorrentes “virtuais” pequenos, que, a cada dia, abocanham fatias reais do mercado. Mas, para entrar nesta nova mídia, as empresas devem estar preparadas para uma mudança de paradigma. Nas redes sociais, só propaganda não funciona. Conteúdo é a palavra-chave para aglutinar pessoas e conquistálas. O exemplo: “se você é uma empresa de táxi e seu público-alvo é formado por casais que vão geralmente a restaurantes, fale sobre restaurantes, dê dicas, não fale sobre táxi. Assim, você será visto como parceiro do seu cliente e não como simples vendedor do seu produto”. Nesta entrevista exclusiva a Opet&Mercado, Cláudio Torres revela um pouco dos segredos sobre o bom uso das redes sociais e fala como algumas empresas ainda podem errar feio e perder mercado ao subestimarem estes espaços.
O Brasil ainda está engatinhando no uso das redes sociais? De jeito nenhum. As últimas pesquisas mostram que em torno de 84% dos internautas brasileiros têm algum perfil em rede social. Este é um número expressivo porque a grande maioria dos usuários está nas redes sociais. Mas qual a abrangência da internet no Brasil? Pesquisa do CETIC de 2009 mostra que 49% da população usa a internet. Na classe C passou de 52%. Por isso, nós estamos muito além de 65 milhões de usuários que é o que se comenta por aí. Não há dúvidas de que a Internet hoje tem um impacto bastante forte na sociedade e é difícil compará-la a qualquer outra mídia porque é muito dispersa. O Facebook tem um pouco da audiência, o Twitter outra parcela, mas o que você pode dizer com certeza é que o impacto social da Internet é bastante expressivo na sociedade brasileira. O brasileiro tem uma peculiaridade de redescobrir as coisas. O Orkut aqui virou uma febre, o Facebook que é mais usado profissionalmente nos EUA aqui parece ter um uso mais pessoal. O Brasil tem sua maneira própria de ver as redes sociais? O brasileiro é bastante criativo e absorve muito rápido o que é oferecido a ele. Nós entramos no Twitter muito mais rapidamente que qualquer outro país e estamos com 18 milhões de usuários, por exemplo. No caso do Twitter temos soluções muito criativas feitas aqui no Brasil como o “ajude o repórter”, por exemplo, que basicamente concentra solicitações das pautas e quando publicadas, as milhares de pessoas que seguem o perfil podem
ajudar. Citando outra estatística: somos nós e os paquistaneses que utilizamos o Orkut em grande proporção. No mercado mundial, o Orkut é muito pequeno, tem 8% da fatia, mas aqui no Brasil ele é gigantesco. Mas, acredito que a invenção destes usos tem sido uma característica mundial. Na Espanha, o Facebook é segundo colocado, brigando com uma rede social espanhola. Isso mostra que apesar de termos uma visão muito monopolista da Internet (pensando que o Google e o Facebook dominam), vemos que ela é muito dispersa. O problema não é saber se o Orkut, Twitter ou Facebook são mais relevantes. O problema é saber onde é que está o seu consumidor. As mídias sociais, para empresas e profissionais, são importantes ou essenciais? Vamos separar os usos. Para o profissional de nível médio, alto, o universitário ou quem já tem uma carreira, é essencial. As pesquisas mostram que mais de 90% da classe A está na Internet, a classe B passou de 85%. Tanto no Facebook como em outra rede como o LinkedIn, você encontra do recém-formado ao presidente de grande empresa. Nesse sentido, ela é essencial para alavancar seu networking e sem ela você é um profissional do século passado. Já para alguns setores como os ligados a commodities isso é menos relevante. Mas, em outros, é questão de vida ou morte. Vou citar um setor que está morrendo e não sabe: o de turismo. Hoje, o consumidor se guia pela internet para qualquer coisa ligada ao turismo e as agências continuam fazendo a mesma coisa que faziam há 50 anos. Já no caso de grandes empresas, que investem pesado na mídia convencional elas podem usar a internet em maior ou... [CONTINUA ] NÚMERO 15 opet&mercado 11
ENTREVISTA ...menor grau, porque está baseada na forte mídia convencional e isso faz com que o impacto do investimento em Internet seja menos sentido. Mas, para uma empresa pequena ou média, onde o acesso à mídia convencional é quase proibitivo pelo valor do investimento, a Internet se mostra essencial fazendo com que alguns negócios decolem por usarem bem as redes sociais, ou se focarem bem no marketing digital como um todo. Muitas vezes, quando se fala em redes sociais, as pessoas fazem algumas associações como “essa tecnologia é complicada e difícil de dominar”, “é trabalhosa e dá preguiça” e ainda que é “coisa de adolescentes para trocar fotos e marcar balada”. É isso mesmo? Eu costumo brincar que a gente tem dois grandes públicos nas empresas: os conservadores e os ansiosos. Os conservadores são esses que falam “isso é coisa de garoto, ainda não é hora, isso é muito complicado, é perigoso...”. Já ouvi gerentes de empresas dizerem que é perigoso estar nas mídias sociais!. E tem os ansiosos, que é aquele tipo de pessoa que entra na empresa querendo abrir uma conta no Twitter, mas nem sabe para quê. O preconceito ainda acontece, infelizmente, em função do histórico de quase uma década atrás, de quando a Internet no Brasil entrou (pegando o caso do Orkut), onde quase todos os perfis eram fakes, eram histórias inventadas por alguém para parecer outra pessoa e também pelo fato de 96% dos jovens entre 16 e 24 anos estarem na Internet. Na faixa seguinte, entre 25 e 34 anos, este número cai para 58%. Entrar nas redes sociais gera lucro direto ou gera imagem que pode gerar lucro? Depende. Se você tem um produto que o fechamento pode ser feito online como um curso, por exemplo, pode gerar lucro direto. Mas se você é uma instituição que não está preparada para vender a matrícula online, o impacto da internet é mais de marca, de repercussão. Ainda sim funciona, mas em menor grau. Você simplesmente trabalha com a parte publicitária da internet. 12 opet&mercado NÚMERO 15
”
Quem decide se você vai ou não para as redes sociais é o consumidor, não é você
Quando é a hora de eu entrar com minha empresa numa rede social? Quem decide se você vai ou não para as redes sociais é o teu consumidor, não é você. A empresa, às vezes, resiste em ir. E qual o problema de resistir? É que você não está enxergando o que está acontecendo no mercado. Imagine que sou dono de uma loja de camisetas e começo a ver que não aparece propaganda de concorrente em mídia convencional nenhuma, não li na primeira página de jornais que existe uma grande loja de camiseta abrindo na cidade, mas eu percebo que cada vez menos consumidores entram na minha loja, estou vendendo menos camisetas e não sei o que está acontecendo. Por quê? Porque eu não estou no universo online. Tenho visto isso acontecer demais no mercado. É o caso da Camiseteria, que vende camisetas online numa proposta onde qualquer designer entra no site, faz uma estampa e concorre para ter seu desenho impresso na camiseta pelos votos dos próprios consumidores. Hoje, a Camiseteria é o terceiro maior varejista de camisetas encostado na Americanas.com e Submarino. E é uma garotada que começou há quatro, cinco anos e, com certeza, passou todos os outros varejistas convencionais em termos de volume de vendas de camisetas. Esse tipo de concorrência é perigoso, porque se você está fora das redes sociais, você não enxerga, só percebe as pessoas parando de entrar na sua loja. Há uma espécie de “dez mandamentos” para participar dessas redes? Quais são? Não sei se existem dez (risos). Mas, o primeiro mandamento é conhecer
muito bem o seu consumidor, conhecer teu público-alvo. Porque se você tentar falar com 100% da audiência vai perder muito tempo, vai enfrentar muito mais restrição porque quem manda nesta mídia é o consumidor e não o editor. Se você anuncia na TV e seu comercial não é bom, ninguém vai reclamar. Mas na internet vão reclamar, vão te bloquear, reclamar com o dono da rede social. O segundo mandamento é complicadíssimo: saber ouvir. As empresas hoje fingem que ouvem e quando você vai para as redes sociais estará em contato direto com o consumidor e a primeira coisa que vai acontecer é que você vai ouvir os problemas da tua empresa. E a outra regra importante é que você tem que ter conteúdo. O consumidor na rede social não quer ver só propaganda. Vou citar um exemplo: se um escritório de advocacia resolve entrar nas redes sociais, pode pegar um setor onde é especializado e começar a prestar informações gratuitas sobre temas daquele setor e até no meio do caminho posso fazer minha propaganda (porque o consumidor aceita bem). Mas o conteúdo é um imã, um dos aglutinadores mais eficientes da internet. E quais os maiores pecados que posso cometer ao entrar numa rede social? Eu diria que o maior pecado é não saber o que você vai fazer lá. Planejamento é fundamental. Os grandes erros na internet em termos de marketing têm sido cometidos por empresas que não se planejam, começam a trabalhar nas redes sociais, têm idéias boas, mas que acabam gerando um estrago gigante para a marca. Um case deste ano, arrasador, é o do Twix que prometeu uma chuva do produto na avenida Paulista. Isso pegou fogo na internet, se tornou um viral bacana nas redes sociais e o que era para ser uma chuva, virou uma garoazinha porque não havia Twix suficiente. Eles não se prepararam para cumprir a expectativa que tinham criado na mente do consumidor. Para azar, muita gente levou filmadoras, smartphones para blogar de lá e quando aconteceu o fiasco ele foi filmado e reproduzido no Youtube, em blogs. Portanto, não planejar, não se preparar, não ser transparente pode ser fatal.
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CAPA
todos
PLUGADOS A maior mudança que o mundo enfrenta desde a Revolução Industrial? A maior ruptura na comunicação desde Gutemberg? Dê a este fenômeno o nome que quiser. As redes sociais vieram para modificar definitivamente a sociedade.
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A cantora nova iorquina Lady Gaga tem mais seguidores no Twitter do que toda a população da Irlanda. Ela arrebanhou estes quase sete milhões de followers em apenas 32 meses. Só para se ter uma ideia da comparação, o bispo Edir Macedo precisou de 33 anos para conseguir conquistar seus 13 milhões de fiéis à Igreja Universal do Reino de Deus no Brasil. De acordo com dados divulgados pelo autor do livro Socialnomics: Como a mídia social transforma a nossa maneira de viver e fazer negócios, Erik Qualman, o rádio levou 38 anos para atingir 50 milhões de usuários. Já a tevê levou 13 para chegar para a mesma quantidade de gente. O Facebook, em menos de um ano, atingiu a marca dos 200 milhões usuários. Dê a este fenômeno o nome que quiser. Mas não se iluda: as redes sociais vieram para modificar definitivamente a sociedade. O próprio Erik Qualman afirma categoricamente que esta é a maior mudança que o mundo enfrenta desde a Revolução Industrial. O pesquisador carioca Carlos Nepomuceno, um dos principais pensadores brasileiros sobre o mundo web e seus efeitos, é ainda mais específico. Para ele, desde que o alemão Johannes Gutenberg inventou o processo da impressão lá pelos idos de 1.450, não sofremos tamanha ruptura na maneira como nos comunicamos. E, esta mudança, sem sombra de dúvidas, irá modificar profundamente a nossa sociedade, economia e política. “O que tivemos com o livro impresso e com a internet é a introdução de novas fontes de informação que começam a oxigenar a sociedade através das novas ideias que vem de vários lugares diferentes. Quando o ser humano passa por isso ele começa a pensar diferente, a fazer determinadas perguntas que não fazia antes. Quando se conseguiu trabalhar com o papel impresso a sociedade mudou radicalmente: surge o capitalismo que é mais dinâmico, sai da monarquia para a república e se cria uma nova classe social que estrutura uma sociedade, um governo para que este ambiente de produção possa ser viável. Nós estamos no momento inicial deste novo processo que vai eclodir numa nova sociedade com mudanças em todos os níveis”, afirma Nepomuceno que é doutorando em Ciência da Informação pela Universidade Federal Fluminense, jornalista e consultor especializado em Redes Humanas.
Mas, como é que a gente chega ao ponto de criar algo tão poderoso capaz de modificar o mundo inteiro? Segundo ele, esta ruptura não surge do nada. Nasce de uma pressão causada pelo vertiginoso crescimento populacional que exige uma inovação, uma revisão da civilização que terá que se ajustar a este mundo de sete bilhões de pessoas que precisam resolver problemas produtivos muito mais complexos do que os de 200 anos atrás. Aí entram os ganhos e as perdas, comuns a toda e qualquer mudança.
Novas fontes de informação oxigenam a sociedade O maior ganho para o pesquisador é que as pessoas terão que reaprender a trabalhar em equipe. Para ele, a Internet com as redes sociais criou um ambiente colaborativo, onde não existe mais a solução de um só. “É um processo de mudança profundo no ser humano. Não dá mais para resolver os problemas complexos da maneira passada. Agora a gente vai trabalhar em coletivos multidisciplinares como já vem acontecendo em diversos setores como o projeto Genoma, os estudos para a cura da Aids, da gripe do frango. Problemas complexos exigem soluções colaborativas e este é o grande desafio, reaprender a conversar, a trabalhar em equipe, a colaborar”, afirma. Em contrapartida, o risco que a Internet traz para a humanidade é justamente a falta de humanidade, com o costume do relacionamento à distância. Por isso, ele conta que não permite o uso de computadores, telefones celulares e tablets em sala de aula porque no presencial é necessário combater as tecnologias que criamos em prol das “tecnologias biológicas” que temos. “Nós não nascemos falando e agora parece que vamos passar uma borracha naquilo que demoramos séculos para aprender que é a fala e a audição. Por isso, incentivo que as pessoas conversem, troquem entre si e não fiquem como zumbis na sala de aula”. Ele afirma que enquanto estamos adquirindo uma boa capacidade de conversar pela Internet, perdemos a competência de conversar presencialmente. Aliás, um dos maiores expoentes da atualidade, o
francês Dominique Wolton resume que estamos vivendo neste mundo conectado uma grande crise da comunicação. “A gente tem que começar a colocar humanidade neste ambiente que é frio. Nós é que temos que esquentá-lo”, orienta Nepomuceno. Legal. E onde isso tudo entra no meu mundinho? Há um bom tempo as redes sociais deixaram de ser coisa da molecada para troca de fotos, recados e marcação de baladas. Elas se transformaram em veículos poderosíssimos para alavancar carreiras profissionais e transformar pequenas empresas em líderes de mercado. Não é a toa que a Lady Gaga está lá. Para se ter uma ideia, citando mais uma vez dados do expert Erik Qualman, 80% das empresas americanas usam hoje o LinkedIn como ferramenta primária para encontrar funcionários. Aliás, você já criou seu perfil e cadastrou seu currículo nesta rede? Deveria. Balanço de junho de 2010 apontava a participação de 68 milhões de perfis cadastrados. Lançada em 2003, é uma rede de relacionamento usada basicamente por profissionais. A jornalista Mariela Castro, que escreve o blog Mídias Sociais no Portal Exame, dá a dica que se um profissional ainda está em dúvida sobre qual rede participar, deve anotar como fundamental o LinkedIn. Já o Orkut, que faz muito sucesso no Brasil e no Paquistão, tem um uso basicamente pessoal. O Facebook está no meio termo pessoalprofissional, mas tem o bom apelo do enorme número de usuários internacionais cadastrados. Enquanto isso, o Twitter é a febre mundial e serve muito bem para interesses profissionais. O publicitário André Telles, primeiro brasileiro a publicar um livro sobre Social Media Marketing, em 2005, autor de outros dois livros na área e colunista do portal de tecnologia IDGNow, complementa dizendo que as pessoas e empresas precisam ter em mente o conceito de segmentação de mercado. “Se você não sabe seu nicho, não sabe a mídia. Se for um artista ou se meu consumidor faz parte deste público, por exemplo, vale a pena investir no MySpace, caso contrário avalie. De um modo geral, as mídias sociais que aconselho para a realidade brasileira são Twitter, Orkut, Facebook, Formsping, Flickr e YouTube, as demais considero complementares, novamente, dependendo do caso.” [CONTINUA ]
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Fotos páginas 5, 15 e 16: stock.xchng
CAPA
Por isso, Mariela Castro orienta os profissionais que quiserem entrar no Twitter, por exemplo, a selecionarem com critério os perfis a serem seguidos de acordo com o objetivo dentro da rede. “Se eu sou expert em vinhos, devo procurar perfis que falem com qualidade sobre o assunto. Aos poucos, você deve começar a interagir com informações consistentes para formar sua rede de contatos”, explica. Justamente por não saber o que fazer nas redes sociais, muitas pessoas cometem o erro comum de seguir centenas ou milhares de pessoas que não possuem interesses comuns. “Parece que é uma etiqueta do Twitter você seguir quem está te seguindo, mas você deve selecionar. Alguns acham até que é uma competição de quantidade de seguidores, mas o fato é que os profissionais precisam entender a diferença entre ser popular e ser influente. Você pode ter mil seguidores, mas suas opiniões não fazem diferença para este grupo. Ao contrário de profissionais que possuem 100 seguidores sempre atentos ao que ele está falando. Isto é ser influente”, garante. Para conseguir este grau de respeito na internet, a primeira dica que Mariela dá é a coerência. “As pessoas precisam ser coerentes na sua presença online e offline. Você precisa ser a mesma pessoa em todos os ambientes. Não dá para cadastrar um super currículo no LinkedIn e pessoalmente você não corresponder”, explica. 16 opet&mercado NÚMERO 15
Você pode ter mil seguidores no Twitter, ser popular. Mas suas opiniões fazem diferença para esse grupo? E, para isso, a qualidade do conteúdo postado é essencial e esta é uma máxima que todos os especialistas na área assinam embaixo. “Não dá para escrever o que você comeu no almoço se isso não agrega informação a sua imagem e não contribui para quem está te seguindo”, diz. Telles alerta que gerar conteúdo relevante é fundamental na presença online tanto para empresas quanto para profissionais. “Quando se entra nas mídias sociais o objetivo principal deve ser o relacionamento e não a propaganda agressiva e intrusiva”, afirma. E Mariela completa que, gerando estes conteúdos relevantes, o usuário gera para si ou para sua empresa um valor intangível ligado a conceitos como respeito, conhecimento, credibilidade. Um exemplo de uso inteligente das mídias sociais que agregou valor à marca de medicamentos Tylenol é citado pela jornalista. Segundo ela,
em vez da propaganda agressiva, a empresa passou a monitorar todos os grupos de discussão sobre “dor” existentes no Twitter. A partir disso, passou a desenvolver pesquisas e estudos que depois eram postadas para o deleite destas pessoas. “O prazo e a maneira de venda na Internet é diferente. Neste caso eles tiveram um ótimo posicionamento da marca e construíram a imagem da empresa como preocupada, conhecedora e disseminadora de conteúdos relevantes”, conta. Nessa toada, André Telles também chama a atenção das empresas e empresários que precisam urgentemente a aprender a monitorar suas marcas nas mídias sociais. Segundo ele, saber o que as pessoas estão falando é crucial já que as discussões influenciam atitudes e comportamentos que afetam o negócio. O próprio pesquisador Carlos Nepomuceno afirma, sem titubear, que daqui a pouco tempo todas as pessoas estarão usando o computador como ferramenta e o mundo inteiro estará trabalhando neste ambiente. Por isso, ele alerta que entrar ou não numa rede social não é simplesmente uma questão de escolha pessoal ou profissional. “As redes sociais serão a maneira pela qual a sociedade estará trocando informações. Então não é mais uma questão de se pode ou não pode, deve ou não deve, vai ou não vai entrar. Vai. E daqui a vinte anos, todos nós estaremos rindo dessa discussão.”
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ARTIGOS ARTIGOS
COMO SER DONO DO SEU MUNDO
As redes sociais aproximam pessoas, alteram a forma como estamos nos relacionando e ampliam o acesso à informação. E, claro, criam oportunidades de negócio
HUDSON JOSÉ JORNALISTA, ESPECIALISTA EM MARKETING
No Brasil, já somos 87% os internautas usuários de redes como Facebook, Orkut e Twitter. E passamos, em média, 45 horas conectados na internet por mês
A dona de casa Andreia S. complementa a receita do orçamento familiar como revendedora de uma linha de cosméticos. Tem uma comunidade no Orkut e 80% da suas vendas vêm da sua rede de relacionamento social na web. Começou a entrar na internet nos sites de lojas que não “entraria de verdade” por se sentir intimidada. Acha que na web pode “ser quem deseja” e pela internet ajuda as pessoas. E é assim que define o seu trabalho. “Os produtos que vendo, as dicas que dou, as facilidades de entrega, de pagamento e o atendimento diferenciado — você pode me enviar um email de madrugada que eu vou atendê-lo nas primeiras horas do dia — ajudam outras pessoas a serem mais bonitas, mais felizes”, diz. Aos 35 anos, parte da classe C, mas em ascensão, Andreia também descobriu o mesmo conceito que inspirou o brasileiro Eduardo Saverin e os americanos Mark Zuckerberg e Chris Hughes, fundadores do Facebook. Há seis anos, em Harvard, eles colocaram no ar a comunidade online para conversar com seus amigos da faculdade, em Boston, no Estados Unidos. Nascido no Brasil, mas criado em Miami, Saverin afirma “que o que torna mais importante qualquer ação na web é a ajuda de outras pessoas”.
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Interação é a palavra que define a web e alinha as redes sociais. O usuário da web não é passivo. O consumidor interage, produz conteúdo. Pode criar laços, superar distâncias físicas e sociais. E essa aproximação está cada vez mais intensa, em todas as classes sociais, todas as faixas etárias e em todos os segmentos. Da simples diversão ao mundo dos negócios e ao intrigado mundo da política. Não há como ficar de fora. Não se conectar ou desligar-se das redes é como exilar-se da própria sociedade humana. E não estamos falando da capital de Massachustes,nos Estados Unidos, onde fica a universidade dos criadores do Facebook. No Brasil, já somos 87% os internautas usuários de redes como Facebook, Orkut e Twitter. E passamos, em média, 45 horas conectadas na internet a cada mês. Tempo suficiente para assistir 30 partidas de futebol ou 36 capítulos de novela, só para citar duas paixões brasileiras. Segundo o Ibope, fazemos isto das nossas residências (73%), de lanhouses (51%), da casa de amigos (37%), do nosso trabalho (34%), da escola (22%) e pelo celular (5%). Temos em média 273 amigos virtuais e começamos a substituir os emails e as mensagens SMS por posts em plataformas de redes sociais. Estamos
na web para trocar mensagem com amigos (73%), em busca de diversão (51%) e informação (37%). Pode ser que a relevância dessas informações ainda não seja considerada grande. Afinal a TV ainda é a principal mídia dos brasileiros. Basta ver os trendings tópicos, temas mais citados no Twitter, quase sempre relacionados a algo na TV. Mas o interesse para outros conteúdos está aumentando. E junto com este interesse, o cruzamento de mídias. É como se tivéssemos uma espécie de subconjuntos. A web está dentro de outra rede que reúne TV, rádio, jornal, conversa com os amigos, e que vai se retroalimentando. Por isso, é preciso entender a contribuição de cada parte e captar o que os alemães chamam de zeitgeist: o espírito do tempo. Estamos ou estaremos todos conectados, e este é o espírito do nosso tempo: a enorme e crescente comunidade digital está aumentando sua malha, criando uma espécie de camada de ozônio virtual que paira sobre o tecido social deste ainda novo século 21. Redes sociais estão viabilizando modelos de negócios, como os portais de compras coletivas. Redes sociais geram e sustentam movimentos em prol de causas culturais, ambientais. Redes sociais estimulam o empreendedorismo. Redes sociais geram novas oportunidades de emprego e até ajudam a definir o futuro do país: no Linkedin dois milhões de internautas brasileiros gerenciam suas marcas profissionais e as eleições deste ano ganharam uma dinâmica que vai além do horário gratuito de rádio e televisão.
É certo que a política brasileira não conseguiu reproduzir o engajamento que resultou, nos Estados Unidos, na eleição do primeiro presidente negro, com sobrenome árabe, pai africano, mãe branca e padrasto asiático, mas já começa a se associar intensamente com as redes sociais. Nas cinco primeiras semanas do primeiro turno da campanha eleitoral presidencial, foram citadas 288 mil ocorrências das “marcas” dos presidenciáveis nas redes sociais. No primeiro debate da eleição, na TV Bandeirantes, o Twitter bateu 30 mil ocorrências em apenas duas horas. As grandes corporações empresarias já desceram do pedestal das mídias convencionais e passaram
a respeitar as redes sociais. Os políticos também estão seguindo o mesmo passo. E o mais interessante é que além do cruzamento com as outras plataformas de comunicação, as redes sociais viraram pauta. Empreendedores. Empresas. Donas de casa. Estudantes. Jovens. Maduros. Mais maduros. Artistas. Pensadores, Engajados. Alavancados. Compradores. Vendedores. Políticos. Eleitores. Estamos todos ou vamos entrar nas redes sociais. É inevitável. As redes sociais alteraram a forma dos relacionamentos. Informação produz associação e vice-versa. As redes sociais dão poder. Cidadãos se juntam e somam esforços para fazer juntos o que não fariam isoladamente. Pessoas comuns viram extraordinárias. Foi assim que o mundo conheceu e se chocou com os horrores da ditadura no Irã, durante as eleições em junho do ano passado. Foi assim também, um pouco antes, em 2006, quando um senador desconhecido de Ilinois se lançou candidato a presidente da maior potencia mundial e foi eleito graças à ação voluntária de internautas que criaram mais de dois milhões de perfis, formaram 35 mil grupos, postaram mensagens em 400 mil blogs, produziram mais de 1.800 vídeos online e arrecadaram US$ 760 milhões pela internet. E tem sido assim, diariamente, há pouco mais de um ano, para a curitibana Andreia S. que descobriu o poder das redes sociais e está deixando de ser dona de casa para ser dona do seu próprio negócio. Ou como ela prefere dizer: dona do seu mundo.
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ARTIGOS
CONHECER PARA INOVAR
É fundamental criar processos para aquisição do conhecimento e explorá-los estrategicamente
LEANDRO HENRIQUE DE SOUZA COORDENADOR adjunto DOS CURSOS DE INFORMÁTICA DAS FACULDADES OPET
As mudanças tecnológicas, sociais e econômicas proporcionam uma participação ativa dos consumidores em processos de produção, distribuição e comercialização de serviços e produtos. A oportunidade de conectar-se em redes e o crescente acesso às tecnologias permitem que as empresas criem valor nesse ambiente. Esse modelo é denominado peering. Milhões de pessoas unem suas forças em colaboração dinâmica e auto-organizada. A demanda dos clientes e as mudanças são tão fortes que as empresas não podem depender apenas das capacidades internas na criação de produtos inovadores.
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Os indivíduos compartilham conhecimento, capacidade computacional e outros recursos para criar uma ampla gama de serviços gratuitos e de código aberto onde todos podem usufruir. E mais, as pessoas contribuem com os “espaços digitais públicos” a um custo muito baixo, o que torna a ação coletiva atraente. Para Chris Anderson, autor do livro “Cauda Longa”, a cultura colaborativa se acelera devido a três forças: a) democratização das ferramentas de produção; b) redução dos custos de distribuição; c) facilidade de busca que possibilita uma forte ligação entre a oferta e demanda. O fortalecimento das redes sociais traz grandes mudanças e oportunidades. As redes são uma representação de relacionamentos afetivos e profissionais entre pessoas e grupos de interesses mútuos É fundamental criar processos para aquisição de conhecimento e competências e explorá-los estrategicamente. De acordo com autores como Davenport, Choo, Nonaka, Takeuchi e Terra, a criação e gestão do conhecimento é essencial no processo inovativo. O processo de criação do conhecimento é beneficiado pelas novas tecnologias colaborativas. O suporte à colaboração, ao compartilhamento de informações e ao conhecimento, bem como um ambiente propício a criatividade, proporcionada pela chamada Web 2.0 gera uma inteligência coletiva. As redes sociais, apoiadas por ferramentas Web 2.0, podem ser utilizadas para a inovação. Sugere-se que, em vez de impor o uso, os gestores devem se concentrar na criação de uma cultura de inovação, criativi-
dade e no comprometimento dos colaboradores. Inovações surgem do fluxo do conhecimento e da capacidade da organização em direcioná-lo para o desenvolvimento de novos produtos e serviços. Para isso, existe a necessidade de as empresas criarem ambientes de trabalho informais, onde o controle seja moderado e que se incentive os funcionários a compartilharem informações. As redes sociais se posicionam como essas ferramentas, mas vale ressaltar que o uso delas não se faz apenas pela adoção de tecnologias colaborativas, mas sim pela criação de uma cultura organizacional suportada pelos objetivos estratégicos e, portanto, capaz de render a diferenciação competitiva necessária para o exercício da inovação. Faz-se necessário o real entendimento das redes sociais como um conjunto de conceitos, antes de tudo sociais e não apenas tecnológicos. A criação do conhecimento é um processo dinâmico e dialético de pensamento e ação. Nesse contexto, as redes sociais contribuem para promoção e aquisição de conhecimento numa organização que busca ser inovadora, criando uma cultura de alto desempenho. A inovação não é resultado apenas da ação individual, mas sim, reflete a modificação das regras resultantes da conduta humana interligadas nas atividades empresariais. Desse modo, o processo de inovação representa a intersecção de estruturas de significação, legitimação e dominação existentes numa rede de relações sociais, as quais estão inseridas no sistema organizacional preexistentes.
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ARTIGOS
USE. MAS COM MODERAÇÃO
Quem somos nós, professores e pais, senão norteadores do navegar de filhos e alunos?
ALEXANDRE SANTOS COORDENADOR DOS CURSOS DE COMUNICAÇÃO SOCIAL DAS FACULDADES OPET
O lúdico fazer saber da educação tem sofrido com os avanços das multiplataformas midiáticas que experimentam novos fazeres e saberes com a expansão da Internet e, por consequência, com a popularização das chamadas redes sociais. McLuhan, polêmico visionário e estudioso da comunicação, já afirmava em 1960: O homem modifica e é modificado pela tecnologia. No livro A Galáxia de Gutenberg (1962), propõe o conceito que ganhou o mundo: Aldeia Global. “A nova interdependência eletrônica recria o mundo à imagem de uma aldeia, uma aldeia global” (1962, p. 31). Por também ser um processo construtivista, social e coletivo que remonta à ideia de uma aldeia global, a redesocial pode — e deve — ser
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usada largamente com fins e propósitos educacionais, principalmente por quem trabalha em comunicação. Segundo pesquisa recente do Ibope Nielsen online, em 2005 experimentamos uma explosão da chamada banda larga, pós-criação do Orkut e hoje, com o Twitter, Facebook e outras redes sociais, a multiplicação de usuários das plataformas é diária. Se fossem nações, as redes sociais estariam entre as oito mais populosas do mundo. Estimular o uso dessas ferramentas pode trazer efetivos resultados, por dois motivos principais: primeiro, que o perfil do alunado evoluiu muito nos últimos anos. O que para a geração anterior era tecnologia e inovação, para os jovens em idade universitária é apenas mais uma “coisa”. Aí, enquadram-se as redes sociais. O segundo motivo é que, com a evolução dos meios digitais, experimentamos uma revalorização do conteúdo na sociedade, pelo leitor e usuário, que passou a ter voz e opinião. O uso criativo dessas ferramentas, o estímulo à apropriação dos mecanismos e a incessante busca por novas informações devem ser aliados de docentes, escolas e alunos. O mais curioso é que esse fenômeno causa desconforto. O que vemos hoje são resultados tentativos de inserção e conexão com esse “mundo paralelo”. As múltiplas plataformas comunicacionais, por exemplo, tentam se adaptar a essas redes, trazendo o seu público junto às suas marcas, para efetivamente buscarem um posicionamento nesse novo cenário. Como cita Beth Saad (2008, p.61), “devido às características dessa tecnologia, a Internet passa a ter um papel significativo no processo
de produção da informação com a flexibilidade, o tempo atemporal, a agilidade e o imediatismo e fundamentalmente, a imprevisibilidade”. Podemos citar como mau uso dessas redes sociais o cyberbulling, causado por comportamentos desviantes justamente por falta de fiscalização, em parte pelos pais, professores e instituições. Não que essa imprevisibilidade não possa ser corrigida. Pode ser evitada, através da mediação e do controle. Sob o ponto de vista educacional, os docentes precisam aprender a lidar com essas tecnologias, tanto para o seu aprimoramento como para empregá-las como instrumentos educacionais, estimulando a reflexão desses meios e novos conteúdos. Ao adotarmos uma metodologia de formação que envolva um mix multimidiático, espera-se possibilitar o ensino a todos os discentes em qualquer área do conhecimento, independentemente de suas preferências e estilos de aprendizagem ou de suas habilidades cognitivas e dialéticas. Navegar (nesse caso, na internet) deriva do latim navigare, pela formação nav(is), nave, agere, agir, fazer. Quem somos nós, professores e pais, senão norteadores e facilitadores desse navegar dos alunos e filhos? O que devemos discutir é quem queremos formar, com esse fazer saber, através do saber conhecer: um grupo de pessoas alienadas ou indivíduos pensantes, críticos e fundamentalmente capazes de sobreviver a um mundo repleto de novos sentidos, fazeres e saberes? Referências McLUHAN, Marshall. A Galáxia de Gutenberg. Editora Usp.1968. SP SAAD, Beth. Estratégias 2.0 para a mídia digital. Editora Senac, 2008. SP.
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Daniel Sorrentino
ENSINO
Os professores Leandro Souza, Jane Vecchi, Rodrigo dos Santos e Alexandre Santos: aulas conectadas
INVASÃO BEM-VINDA
Redes sociais chegam às salas de aula. O resultado, até agora, é positivo
Facebook, Orkut e Twitter são assuntos para a sala de aula? Se a resposta for não, você, professor, saiba que pode estar deixando de lado um tema atual entre seus alunos. Para entender como é a relação redes sociais / alunos / instituição de ensino, Opet&Mercado conversou com quatro coordenadores de cursos da Pós-Graduação, Comunicação Social, Web Design e Informática da Opet. Eles contam como trabalham o assunto em sala de aula Saiba como e porque este processo vem ocorrendo nas coordenações e quais os ganhos que surgem.
Resultados aparecem na conexão com o mercado Jane Vecchi Coordenadora de Pós-Graduação
“As redes sociais são usadas desde 2006 pela coordenação, no processo de educação e com diferentes focos. O Twitter é destinado para informativos rápidos e maior interatividade; o Facebook para a Comunidade Acadêmica; o Orkut para manter conectivi-
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dade com a Comunidade Acadêmica. Incentivamos que os alunos participem também da rede EBAH (redes de relacionamentos acadêmicos do Brasil), para troca de informações e conhecimentos entre seus usuários, grupos de estudos e pesquisas institucionais. Já temos meios virtuais de comunicação como a revista eletrônica da Pós-Graduação, com links de redes sociais, para estimular no aluno trabalhos científicos e publicações com ganho maior para a carreira acadêmica e corporativa.
O meio possibilita conectividade e estreitamento dos relacionamentos, incluindo mídias orientadas a cada público, também com fins de agregar a gestão do conhecimento em tempo real e o networking crescente. No grupo Opet temos uma conduta com fins de compartilhamento de informações, não somente incentivando, mas construindo canais de acesso ao mundo globalizado. Isso envolve a OpetPress, Tudo Opet, revistas eletrônicas e jornalismo empresarial.
Planejamento de comunicação deve contemplar as redes Alexandre Santos Coordenador do curso de Comunicação Social “Usamos as redes sociais há três anos porque percebemos a necessidade de os alunos interagirem com a coordenação, para assuntos cotidianos ou para resolução de problemas. E este é um meio imediato. Estamos no Orkut, Facebook, Twitter, Comunidades do Google, Linkedin, Youtube, Flickr, Myspace. Além da maioria das plataformas, trabalho com um blog e um site voltados para os alunos de Jornalismo e Propaganda das Faculdades Opet. Como estratégia, incentivamos que se filiem e conheçam todas as plataformas e ferramentas da Rede porque elas fazem parte da pauta de grande parte das disciplinas dos cursos de Comunicação Social. Temos inclusive disciplinas que versam sobre este assunto, como Mídias Digitais e Produção na Internet. A orientação passada ao aluno depende do foco e do objetivo pretendido. Na disciplina de Mídia, por exemplo, é impossível ministrar uma aula sem citar a força e amplitude desses canais. Hoje, o profissional de comunicação que ignora ou fica à margem dessas plataformas está defasado. O planejamento de comunicação deve contemplar um estudo das Redes aliado a um projeto
estratégico de campanha. Já no ensino, principalmente de Comunicação, é fundamental ministrar conteúdos que abordem e tratem desse fenômeno, até porque o considero irreversível. Como tudo que envolve docência, o cuidado é não extrapolar os limites do ensino mediado em sala de aula. Não conheço instituição de ensino que libere integralmente as redes para os alunos porque, invariavelmente, há excessos. Além de tudo que foi citado, a rede social permite estabelecer relação de confiança e amizade com os egressos da Instituição. Indiretamente consigo acompanhar a evolução do aluno no mercado de trabalho através dos posts que publicam ou em seus perfis pessoais ou na própria comunidade da qual fazemos parte.”
Ferramenta do cotidiano de professores e alunos Rodrigo dos Santos Coordenador do curso de Web Design “As redes são eficientes para a sociedade de uma maneira geral. O ensino é um dos pilares da sociedade, logo, tais ferramentas têm que estar integradas ao cotidiano de professores e alunos. Usamos as redes sociais de várias formas desde que estas surgiram. Passamos informações e vagas via Twitter, postamos vídeos dos alunos no Youtube, aulas tira-dúvi-
Conceito da década de 60 potencializado pela internet Leandro Souza Coordenador Adjunto dos cursos de Informática
das pelo Twitter e reuniões organizadas pelo Facebook. Como o curso é de Web Design, são raras as matérias onde não há menção ou integração com tais ferramentas. A maior experiência positiva desta facilidade virtual é perceber a quantidade de alunos que consegue seus primeiros empregos por conta das redes sociais. E os principais ganhos são o aumento de networking e a percepção de novidades e informações que, de outra forma, não chegariam ao nosso conhecimento. É tudo muito fácil e parece divertido, mas é bom lembrar que nunca a pessoa deve se expor demais nas redes. Tudo que se escreve será lido. Por isso a recomendação, principalmente se o uso for profissional, é de cautela. As redes sociais fazem com que o indivíduo perca a privacidade. E a regra número um é evitar falar mal de pessoas ou de organizações, e tentar perceber que o que se escreve é aberto aos demais. São palavras que o vento leva. E o que está na rede é facilmente encontrável.”
“Há um ano usamos o Twitter para a publicação de notícias, eventos e informações acadêmicas. As redes sociais são apresentadas aos alunos por alguns professores, de acordo com a necessidade de sala de aula. Desenvolvemos palestras sobre o assunto e, na Feira de Informática do ano passado, trouxemos um mini-curso de Design de Redes Sociais. Tratamos do assunto também em palestras de empresas parceiras. O conceito de redes sociais não é novo. É da década de 60, porém, com o uso das chamadas mídias sociais potencializadas pela internet e constante popularização de redes como Facebook e LinkedIn, elas estão no centro das atenções Participar é importante, no entanto, não considero ainda fundamental. Estudos apontam como tendência o crescimento das redes para um patamar além do uso atual. Se este cenário de fato se concretizar, de fato, as redes sociais serão fundamentais. A proposta das redes sociais é muito boa, no entanto, tirando o sucesso do LinkedIn não conseguimos apontar usos mais eficientes. O próprio LinkedIn, abstraindo raras exceções, acaba se tornando uma rede social apenas para uma presença online e não para uso profundo das diversas potencialidades. Acredito que seja uma questão cultural.”
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GESTÃO
O PORTO CAI NA REDE
Quer conhecer o Porto de Paranaguá? Fique amigo no Facebook
A Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) também está nas redes sociais. Primeiro foi o Twitter (@portosPR) e, desde outubro, o Facebook. Estas passaram a ser novas formas de divulgar ações e resultados dos portos públicos do estado que movimentam milhões em toneladas e milhões em dólares todos os meses. Somente nos primeiros nove meses de 2010, os portos marítimos do Paraná movimentaram 29,2 milhões de toneladas de mercadoria, um crescimento de 18% em relação ao mesmo período de 2009. A receita cambial de janeiro a setembro de 2010 chegou a US$ 9,4 milhões. Todos os produtos movimentados, como carga geral, granéis sólidos e líquidos, veículos e contêineres tiveram alta na comercialização nesse período. De acordo com o superintendente da Appa, Mario Lobo Filho, o uso das mídias
sociais aproxima a população do que acontece nos terminais portuários paranaenses. “Começamos usando o Twitter. Percebemos então a necessidade de nos aproximarmos do público de um modo geral, que conhece pouco sobre os terminais paranaenses. Precisávamos fazer uso de todo tipo de ferramenta para esclarecer o público como funcionam os portos do Paraná e estabelecer canais de comunicação direta, com o menor número possível de filtros e distorções”, conta Lobo Filho. Para 2011, já está no planejamento de mídia da empresa inserir a divulgação digital de informações. “Vamos produzir vídeos explicativos sobre o funcionamento do porto, especialmente pensados e feitos para internet. Também vamos focar na comunicação com o público infantil e adolescente, uma vez que recebemos grande número de visitantes de escolas e que são integrantes
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desta geração mais digital, que estão mais conectados com as possibilidades que a internet oferece”, afirma Lobo Filho. Números na rede Sempre tendo a comparação os meses de janeiro a setembro de 2009 e 2010, as importações cresceram neste período quase 50%, passando de 6 milhões de toneladas no ano passado, para 9 milhões de toneladas em 2010. As exportações subiram de 18,7milhões de toneladas, para 20,1 milhões de toneladas, no acumulado deste ano. A cabotagem (navegação pela costa brasileira) aumentou 13% e somou 9 milhões toneladas. “Estamos otimistas com a evolução das movimentações. A cada mês, o desempenho obtido é melhor e confio que até o fim do ano ultrapassaremos 38 milhões de toneladas comercializadas”, afirmou Lobo Filho. Desde maio, os terminais
paranaenses passaram a receber navios de contêineres de até 301 metros de comprimento e permitem que o abastecimento de combustível das embarcações seja feito durante o período em que elas estão atracadas. A infraestrutura e os resultados positivos para a economia despertam o interesse das pessoas, de diferentes faixas etárias, que querem saber mais sobre o funcionamento dos portos. De acordo com o superintendente, considerando o retorno para a empresa, a presença nas mídias sociais é positiva porque demonstra transparência, modernismo e, principalmente, economia. A Appa divulga as ações sem dispensar recursos, o que para uma empresa pública é bastante atrativo. “Nossa intenção é estar cada vez mais próximos da população, mostrar nossa preocupação em evoluir, e estarmos integrados com as novas tecnologias e o desen-
Rodrigo Félix
volvimento. Por isso, damos prioridade às formas alternativas de comunicação e temos obtido bons resultados através da divulgação dos nossos portos nas mídias sociais”, afirma o superintendente, um grande apoiador do projeto. O abastecimento de informações nas redes sociais é feito atualmente pela equipe de jornalistas da assessoria de imprensa da Appa. Para 2011, a equipe planejam desenvolver novas campanhas para aproximar o público geral dos portos, por meio de promoções ou ações públicas. Movimentação A exportação de grãos foi destaque, seguindo o perfil graneleiro do Porto de Paranaguá. A exportação de soja mais que triplicou no comparativo entre os meses de setembro de 2009 (55,2 mil toneladas) e de 2010 (231,1 mil toneladas). Assim, no acumulado dos nove
meses deste ano, o terminal parnanguara atingiu a marca de 5.121.525 toneladas de soja comercializadas no mercado internacional. O milho teve o maior crescimento para um mês setembro e as exportações do produto foram até seis vezes maiores que no ano anterior: 731.330 toneladas. Desde janeiro, 1,9 milhão de toneladas foram exportadas, alta de 31% em relação ao mesmo período de 2009, quando o movimento foi de 1,4 milhão de toneladas. As exportações de açúcar no acumulado de 2010, tanto em sacas, quanto em granéis (direto no porão do navio), também subiram. As movimentações destas cargas chegaram a 437,3 mil toneladas e 2,6 milhões de toneladas, respectivamente. Mercadorias como couros, celulose e cerâmica voltaram a ser comercializadas através do porto paranaenses, puxando o crescimento de 9% no embarque de car-
ga geral. Na exportação de celulose e bobinas de papel, por exemplo, a quantidade movimentada chegou a 47,6 mil toneladas, o maior valor dos últimos cinco anos. Para se ter uma ideia deste crescimento, durante o ano de 2005, este número não passou de 111 toneladas, chegando a zero nos dois anos seguintes e subindo para 8,9 mil toneladas durante o ano de 2008, e para 11,4 mil toneladas em 2009. Importação Com a vantagem do frete de retorno, pelo qual caminhões e trens chegam com grãos para exportação e na volta, ao invés de retornarem vazios, carregam os produtos para produção de adubo, a importação de fertilizantes aumentou 45,7% nos últimos nove meses. Entre janeiro e setembro de 2009, foi de 3 milhões e, neste ano, já soma 4,4 milhões de toneladas.
A compra de produtos derivados de petróleo cresceu quase 68% e passou de 650,3 mil toneladas, no ano passado, para mais de 1 milhão de toneladas, em 2010. Destacaram-se também para a importação de produtos químicos (347.867 toneladas), sal (263.133 toneladas) e cevada (116.374 toneladas). Contêineres e veículos A importação e exportação de veículos, como carros de passeio, caminhões, maquinário agrícola e ônibus, teve alta de quase 45% no comparativo entre os primeiros nove meses de 2009 e de 2010. Subiu de 88.505 para 128.236 unidades. O número de contêineres movimentados desde janeiro chegou a 500 mil TEUs (unidades de 20 pés). Aumento de aproximadamente 10% nas operações, já que no mesmo período do ano anterior foram comercializados 456 mil TEUs.
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Daniel Sorrentino
MARKETING
A supervisora Daphne Lambros: “Uma janela para os clientes e fornecedores”
NADANDO A FAVOR DA MARÉ
Na academia de Gustavo Borges, um dos maiores atletas da natação brasileira, as redes sociais ganham espaço de braçada. A Academia Gustavo Borges, com unidades no Paraná e em São Paulo, está em redes sociais desde 2008, quando a administração reformulou sua página na internet, acrescentando espaço também para blogs, abastecidos pelos professores, coordenadores e atletas do grupo. Esta foi a largada para as postagens de notícias, promoções e novidades também no Twitter, Facebook, Flickr e Orkut. As redes sociais, segundo a supervisora de marketing da holding Gustavo Borges, Daphne Lambros, atingem um grande número de pessoas, principalmente as que estão realmente interessadas nas notícias das unidades da academia. Ela cita como exemplo o Twitter criado para cada uma das cinco academias (Barigüi, Tarumã, Mercês, Londrina e Morumbi) e seguido por pessoas que realmente estão interessadas nas atividades da GB. “Mas o melhor é que as redes sociais se tornaram um espaço a mais para divulgarmos a nossa marca, e isso é ótimo, pois a cada dia mais pessoas 28 opet&mercado NÚMERO 15
estão ingressando nestas redes e, de uma forma ou de outra, acabam nos encontrando”, diz ela. A avaliação do grupo é que, com as redes sociais, eles estão sempre atualizados em termos de mercado e mais próximos a professores e alunos. “Quando nos colocamos mais próximos, abrimos espaço também para que eles e se relacionem conosco. Por exemplo, já recebemos sugestões de alguns alunos para implantação de novas aulas e de novos horários. Sugestões e solicitação são levadas para os coordenadores e gerentes das unidades, que analisam e verificam a possibilidade de implantação”, afirma a supervisora. Estrutura Para abastecer as redes sociais, a Academia tem uma pessoa responsável pela T.I. (Tecnologia da Informação) do grupo, e as assessorias de imprensa ajudam a alimentar estes espaços. O conteúdo é gerado quase que diariamente nas cinco unidades (três em Curitiba, uma em Londrina e uma em São Paulo).
São cerca de 7 mil alunos que participam de eventos e 300 profissionais que acompanham o dia a dia da academia. Segundo ela, devido ao grande número de pessoas ligadas diretamente à Academia, às vezes, T.I e assessorias não conseguem dar vazão instantânea para todas as notícias e solicitações nas mídias sociais, mas a maioria é publicada. Na avaliação de gestão da empresa, as redes sociais melhoram muito a comunicação com o público ao qual se destina porque as informações colocadas se disseminam rapidamente facilitando o diálogo de todos. Profissionalismo Muitas vezes as redes sociais são associadas à comunicação informal e pessoal, um bate-papo entre amigos. Mas a partir da entrada de empresas nas redes, este perfil está mudando e novos ares chegam. E o diferencial é a qualidade e a apresentação da informação. Daphne Lambros diz que este cuidado é diário. “Nossa participação em redes sociais tem caráter profissional. Procuramos postar somente assuntos relacionados à nossa empresa e cuidamos do conteúdo das informações. Procuramos não expor nossos alunos para não gerar insegurança na vida deles. Outro ponto com o qual nos preocupamos muito é em relação aos nossos parceiros e patrocinadores, evitando publicar posts de produtos conflitantes”. Os bons resultados na participação em redes sociais animam para novos ajustes. A meta do grupo GB é melhorar a participação, conteúdo e rapidez. “Procuramos ser ágeis e presentes na divulgação de informações necessárias aos nossos alunos, atletas e professores. Buscamos atualização em tudo que se refere a ferramentas que facilitam a comunicação nas redes sociais, seja através de treinamento ou da aquisição de programas ou equipamentos. E sempre aceitamos sugestões. A rede social é uma janela para cliente e fornecedor. Por isso o respeito é primordial”, afirma Daphne. Para acompanhar as atividades das academias Gustavo Borges, visite academiagb.com. No Twitter: @gbbarigui, @gbtaruma @gbmerces, @gbmorumbi e @gblondrina.
Daniel Sorrentino
Luiz Antonio Firmino (Z&J) e Luiz Gustavo Fraxino é advogado: “Transparência”
DIFERENTES, MAS IGUAIS
Empresas de setores diferentes do mercado encontram um denominador comum nas redes sociais O que um escritório de advocacia e uma confecção virtual têm em comum? Numa resposta rápida o mais certo seria dizer, nada, porque os segmentos são muito distintos. Mas olhando com atenção, eles têm um denominador comum porque ambos estão em redes sociais, mesmo que por objetivos e ações diferentes. De um lado, a Zebra Joaninha (Z&J), loja virtual criada em 2007 e denominada alternative cloathing. Do outro, a Conselvan, Fraxino & Advogados Associados com 13 anos de atuação e especialista em Negócios Públicos. Os objetivos de cada um Para Luiz Antonio Firmino, um dos sócios da Z&J, estar na rede é sinônimo de negócios e vendas. A empresa vende somente pela internet e mesmo tendo o site da marca, é pelas redes sociais que o ‘boca a boca’ acontece. Eles participam há quatro anos do Orkut, há um ano do Twitter e há seis meses constam no Facebook, que passaram a ser as vitrines virtuais para o negócio. Apesar da facilidade da loja virtual
– principalmente em termos de custos – a possibilidade de uma loja física já começa a surgir. E aparece como reflexo da participação em redes sociais. “As pessoas conhecem a nossa marca pelo site e pelas redes sociais, mas ainda preferem comprar a mercadoria em uma loja física. Isso fica claro pelo retorno que temos”, diz Firmino. Acostumado a atender clientes com perfil moderno, como fashionista e músicos, com idades entre 17 e 30 anos (do Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, São Paulo e Mato Grosso), as redes sociais passaram a ser fortes aliadas para uma clientela que está conectada com rapidez de informação. As medidas dos moldes estão descritas no site e a modelagem se aproxima muito do padrão industrial. “Algumas pessoas ainda resistem em comprar roupas por uma loja virtual, mas passamos confiança mostrando que nosso trabalho é bem feito e organizado”, afirma. A marca deu um passo importante para novos mercados quando o caderno Gazetinha, do jornal Gazeta do Povo, em Curitiba, fez algumas repor-
E-COMMERCE tagens e a levou ao Crystal Fashion, conhecido evento de moda no Paraná. “Nosso objetivo é inovar e, por isso, não se vê muito do que criamos nas ruas, mas o interesse do público pelas nossas roupas tem crescido”. Segundo ele, para a Z&J as redes sociais passaram a ser cartão de visita, relações públicas e vendedor porque é com a troca informações entre cliente e empresa que a ampliação acontece. “Estaremos sempre nas redes sociais, mesmo que dentro de algum tempo tenhamos uma loja física. Pelas redes, a interação entre nós e nossos clientes, independente de onde estejam, é transparente e moderna. E eu aprovo isto!”, afirma Luiz Antonio Firmino. A função da Rede Social De acordo com Luiz Gustavo Fraxino, sócio da Conselvan, Fraxino & Advogados Associados as redes sociais são uma ferramenta muito mais compatível com pessoas físicas do que jurídicas. Por isso, o escritório não lança mão das mesmas, mas sim seus profissionais. “Usamos principalmente o Twitter, com as contas @b2g_brazil e @cfaa_ gvp, bem como o LinkedIn, através da presença pessoal de alguns de nossos colaboradores. Além destas, utilizamos largamente o Skype, como ferramenta de comunicação direta”. Fraxino lembra que tudo pode ser encontrado em redes sociais e há quem as use puramente como ferramenta de socialização, porém, em termos de aperfeiçoamento profissional e networking ele as considera eficientes. Na avaliação do advogado, que também é presidente do Instituto Brasileiros de Negócios Públicos e vice-presidente do Núcleo Internacional de Negócios (NINBrasil), desde que corretamente selecionadas e usadas, é possível adquirir muito conhecimento através dos contatos que são gerados. O importante, segundo ele, é fixar o objetivo que se tem ao manter um perfil em uma ou mais redes sociais, e procurar manterse neste trilho. “Assim como se podem colher benefícios, as desvantagens de uma exposição podem ser bastante contundentes e nefastas. Sob o meu ponto de vista, deve-se evitar a exposição pura e simples. Há que se ter objetivos bem fixados e manter um compromisso com os mesmos”, afirma.
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tecnologia
NÃO IMPORTA A DISTÂNCIa Morar longe deixou de ser um problema para estudar. A Educação a Distância (EAD) eliminou barreiras A Educação a Distância da Opet também está nas redes sociais. E usa esta presença como ferramenta para processo de seleção. “Usamos o FaceBook e o Twitter e temos link no nosso site de acesso a eles. Nós usamos as redes sociais para contratação de professores, principalmente, pelo LinkedIn. Atualmente quase 80% dos profissionais que trabalham com educação estão em alguma rede social. E a captação de profissionais está sendo feita basicamente pelas redes”, afirma Fábio Fonseca, coordenador do EaD. Algumas atividades da coordenação são desenvolvidas no ambiente virtual de aprendizagem (Ava) onde há espaço dedicado ao aluno, denominado Centro de Convivência e que é operado exclusivamente pelos alunos e para eles. Outro apoio para a integração dos alunos do EaD é o ‘ciber café’, uma sala de bate-papo onde eles conversam assuntos que não são ligados à disciplina além da Sala dos Pensadores, espaços que não têm intromissão dos professores. “Nosso ambiente virtual de aprendizagem tem áreas distintas. Uma formada por rede social, que é o espaço do aluno e a outra, que é a maioria dela, é desenvolvida para conteúdos acadêmicos”, diz. Fonseca considera que as redes sociais ajudam o aluno por ter uma identi-
dade maior com a interface WEB, ao criar mais habilidade, a conversar através da internet, a trocar idéias e a construir conhecimento. E respira com satisfação ao afirmar que as redes contribuem bastante para tirar o mito ‘vou estudar pelo computador’. “Não se estuda pelo computador. O que ocorre é que se usa uma ferramenta diferente do que se conhecia há alguns anos (livros) para estudar. As redes sociais estão fazendo com que as pessoas percam este medo, quebrem o paradigma. O conteúdo tem que ser adquirido pelo aluno estudando e não copiando da internet”, diz. Usuário de redes sociais nos poucos momentos de folga, Fonseca defende que a ferramenta reaproxima pessoas e empresas e que é uma maneira fácil de localizar um indivíduo, mesmo quando trocam de emprego, de cidade ou de país. Mas faz uma ressalva importante para quem está no mercado. Quase sempre as pessoas contatadas pelas redes sociais já tiveram anteriormente contatos pessoais e referenciais profissionais. Segundo ele, não basta aparecer em uma rede social para conseguir uma colocação no mercado. É preciso um histórico profissional e uma rede de contatos pessoais (e não virtuais). “Antigamente eu trabalhava muito por indicação. Temos um canal no nosso
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2.400% A EAD teve crescimento de 2.400% em dez anos e, de acordo com a Associação Brasileira de Educação a Distância (Abed), o número de alunos matriculados no Brasil passa de 2,5 milhões. Pesquisa da Abed aponta: evasão na EAD é menor que no presencial.
site Opet que é o Trabalhe Conosco onde são cadastrados os currículos. E existe, por exemplo, uma rede específica para professores a qual recorremos com frequência, que é o GPCON. Se eu preciso de um professor, encaminho esta vaga e o sistema distribui para todos os professores cadastrados. Às vezes para uma vaga, recebo 70 emails somente usando este canal”, afirma. Estrutura - O Brasil tem a melhor educação a distância entre os países da América do Sul. E a Opet nos últimos quatro anos vem investimento no aprimoramento da educação a distância. O resultado deste investimento foi a conquista do
credenciamento que ocorreu em base aos novos critérios do Ministério da Educação. A Opet foi uma das primeiras instituições de ensino do Brasil a conseguir esta liberação. Junto com esta resolução foram autorizadas as aberturas de dois cursos de graduação: Gestão Comercial (quatro semestres) e licenciatura em Pedagogia (sete semestres). Os novos critérios do MEC para esta prática ficaram mais rígidos e melhoraram muito a qualidade. Determinaram, por exemplo, pontos de excelência como a formação do corpo docente, a criação de polos de apoios com biblioteca e laboratório de informática e pessoas com habilitação específica para trabalhar. Com isso, acabou a imagem, muitas vezes, de pouca credibilidade das telessalas. “Com o credenciamento institucional e um curso de graduação aprovado, automaticamente o MEC libera a prática na pós-graduação”, comemora Fábio Fonseca que diz que são vários os planos para o próximo ano, mas que, por determinação do MEC, para expandir é preciso formar a primeira turma. “No início de 2011 solicitaremos a visita de técnicos do MEC para o reconhecimento do curso de Gestão Comercial. Assim que chegue este reconhecimento teremos a possibilidade de abrir novos cursos e ampliar o número de polos”.
Fábio Fonseca grava teleaula do Ensino a Distância Opet: novos cursos e ampliação do número de polos em 2011
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Daniel Sorrentino
MÍDIA
A gerente de Marcas Ana Flávia Barbosa: “Aproximação com o cliente”
A NOVA FRONTEIRA DA COCA-COLA A Spaipa põe a mais tradicional marca de refrigerantes em todas as mídias. Na internet também, é claro
Quando o engenheiro de aeronáutica americano Otto Katz Jr. chegou em Curitiba, em 1940, e decidiu ficar na cidade porque se apaixonou por uma paranaense, não sabia que seria responsável pela criação de uma das maiores empresas do Brasil, a Spaipa, fundada em 1946 como Paraná Refrigerantes. Na época, Katz chegou a propor a compra da marca registrada de refrigerantes Coca-Cola, mas descobriu que esta jamais seria vendida. Ele não desistiu e reuniu um grupo de 12 empresários para montar a fábrica em Curitiba e produzir o refrigerante, cujo sabor refrescante lembrava os melhores momentos da vida dele. Passados 64 anos, a Spaipa (São Paulo Interior e Paraná), foi apontada pelo Instituto Great Place to Work como uma das 100 melhores empresas para trabalhar no Brasil, e foi reconhecida pela revista Exame como uma das 500 maiores e melhores empresas do Brasil. Quando não havia televisão, a divulgação do nome Coca-Cola ocorria com grande sucesso pelos seus cartazes veiculados, a partir dos anos 40, e 32 opet&mercado NÚMERO 15
Pioneira no Brasil A Spaipa foi um dos primeiros fabricantes de Coca-Cola no Brasil. Com 3,5 mil funcionários e cerca de 130 mil clientes cadastrados, a Spaipa comercializou, em 2008, 187 milhões de caixas de refrigerante, cerveja, chope, água mineral, chá, sucos e bebida láctea. que fizeram por aqui uma nova escola em propaganda e marketing. Hoje a marca está em todos os tipos de mídia e as redes sociais são a mais nova fronteira. Desde 2007 a empresa trabalha de forma consistente com estas ferramentas nas ações da marca. No Brasil, a Spaipa foi a franquia pioneira no uso das mídias sociais como Orkut, Facebook, Twitter e Youtube. “A aproximação com o cliente é primordial. Aproveitamos estes canais para o lançamento de
produtos, campanhas e atividades promocionais das marcas”, diz a gerente de Marcas da Spaipa, Ana Flávia Barbosa de Bello Rodrigues. Tais atividades estão voltadas para o segmento jovem universitário. O Guaraná Kuat, por exemplo, tem um Clube de Relacionamento para o qual são direcionadas ações promocionais específicas. E as redes sociais apóiam as campanhas nacionais. O Clube foi criado no início de 2010 e a ação de divulgação aconteceu nas cantinas das faculdades. Os sócios receberam uma cartela carimbada e passaram a ter vantagens como sorteio de ingressos e brindes. “Associados sabem, em primeira mão, do lançamento de filmes e de shows. O Clube Kuat, na internet, é para as pessoas se relacionarem e mais um espaço para a empresa postar informações úteis para universitários com a segmentação de assuntos como tecnologia, esportes e baladas”, explica Ana Flávia. Apesar da aceitação por esta parcela de consumidores, ela assegura que é difícil medir quantitativamente estes resultados de forma ampla e estratégica. Segundo Ana Flávia, em termos de adesão aos perfis, há bons resultados assim como em participação em ações promocionais, tanto as promovidas pela Spaipa, como diretamente pela Coca-Cola. Como exemplo ela cita o Estúdio Coca-Cola Zero, realizado em São José do Rio Preto (SP), que teve a divulgação somente pelo Orkut. Diferenças O que difere a ação em mídia tradicional para os novos meios é que a comunicação tem vias múltiplas e não mais unidirecional. A gerente de Marcas diz que não se acredita que quem está em redes sociais seja um novo consumidor, pois ele também está ligado aos meios tradicionais. “Dizemos que este consumidor é múltiplo em consumo de mídias porque consome tudo ao mesmo tempo. Há investimento em redes sociais e redução em outros meios como outdoor e rádio”. Para atender às redes sociais, a equipe de comunicação da Spaipa administra o trabalho com o suporte de parceiros para tocar esta frente.
Daniel Sorrentino
PESSOAS
NÃO IGNORE O COLEGA DO LADO
comunicação pode ser feita de forma ágil e objetiva a qualquer momento. Por outro lado, a comunicação virtual perde a intencionalidade. “Eu não vejo todas as nuances da intenção. Quando se está frente a frente, percebe-se o gestual do outro e, até de forma subjetiva, o que o outro está passando. Se existe integridade, verdade ou não. Esta intenção se perde no virtual”. Cruz afirma que quando se indica alguém para um emprego, pode-se sugerir o nome de alguém conhecido por uma rede social virtual qualquer. Mas para indicar, colocando a mão no fogo, somente àquele com quem você realmente se relacionou, fez negócios, viajou, conheceu a família. Porque existe uma credibilidade social que não se faz somente com dois, mas com o conjunto em torno de cada um. “A história que vem junto com cada pessoa me dá esta certificação. Então, de fato, a relação humana é bem mais forte”, diz.
As redes sociais existem desde que o homem vive em grupos. São as relações entre pessoas e são sinônimos de parentesco, cortesia, educação, oportunidades e negócios. Nos últimos anos, com a velocidade da informação e a urgência em resolver problemas, o contato pessoal ganhou um aliado: as redes sociais virtuais. Quando se amplia esta relação para uma empresa, a situação toma uma dimensão gigante. “Se eu não me dou bem com o coordenador de RH de um concorrente, nós nunca teremos parceria para fazer ações conjuntas não porque a empresa X não se entende com a empresa Y. É a minha ‘relação’ que é ruim ou inexistente como outro e isso prejudica muitos projetos”, comenta o coordenador da Opet Placement, Ronaldo Cruz. Ele destaca dois pontos interessantes nas redes sociais. Primeiro, as pessoas se relacionam por mimetismo. Por exemplo, dentro do universo educacional, um professor de uma faculdade fala com outros professores. O mesmo ocorre com coordenadores e reitores tendem a falar com outros reitores.
Produtos ou pessoas Por modismo, há algum tempo as redes sociais foram usadas em processos seletivos. Os recrutadores entravam e viam em quais comunidades a pessoa estava. Um procedimento não aprovado por Cruz que nunca usou e não indica como processo de avaliação. “Eu não considero isso relevante porque o fato de participar de uma comunidade, salvo alguma coisa muito maluca, o resto é uma bobagem porque é onde a pessoa brinca, extravasa e pode ser lúdica. Não é porque uma moça faz parte da comunidade ‘sou Barbie’ que ela não pode ser competente. A Barbie tem 60 anos de idade e vende um monte, ou seja, é um empreendimento muito sério”. As redes sociais vieram para ficar, mas ainda estão em construção. Para ele, as redes começaram com um tipo de intenção e isso está se modificando, assim como as relações humanas. E reitera que esta é mais uma forma de relação humana e não a forma. “Assim como teve a carta, o telégrafo, o tambor, a visita de parentes no fim de semana, agora as pessoas têm as redes. E tudo se soma. Alguns prevêem que ela vai substituir o contato direto, mas eu considero que é mais um meio de comunicação”.
Ronaldo Cruz, da Opet Placement: “A relação humana é mais forte”
Fazer amigos e networking nas redes sociais é ótimo. Mas não esqueça do bom e velho contato pessoal
Mas também por similaridade. O diretor de uma faculdade tende a falar com diretor de prefeitura, com gerente de outras instituições. Dificilmente ele falará com um atendente e vice-versa. “Na prática isto que dizer que, se você precisa de um emprego e não tem na rede de contatos pessoas influentes, será mais complicado ter uma colocação. Mas se você começa uma relação num nível mais elevado profissionalmente, entre pessoas que tomam decisões, você tem mais chance. E se você conhece pessoas que realmente sustentam o processo, a tua chance aumenta muito”, afirma Cruz. A Opet está formatando uma rede social interna, para alunos, ex-alunos, professores e funcionários. “Esta futura comunidade virtual começou como uma comunidade física. As pessoas se relacionaram e o que faremos é dar uma continuidade para que se consiga falar com estas pessoas mesmo depois que elas saiam da instituição”. Na opinião do coordenador, as redes sociais tanto podem facilitar como dificultar. Facilitam em termos de dimensão porque não há fronteiras e a
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EMPRESAS
O QUE REALMENTE IMPORTA NA WEB As empresas brasileiras estão na dianteira no uso das Redes Sociais. Mas atenção para o alerta da Web Magic: é fácil cometer erros na internet
Há 15 anos quando foi criada, a Magic Web fazia um trabalho que poucos entendiam, mas que parecia ser promissor. “Um trabalho de futuro”, era o que ouvia Antônio Borba, fundador da empresa e hoje diretor comercial, sem saber ao certo se as pessoas sabiam o que era a internet e muito menos o que era um site. Dos sistemas hoje considerados rudimentares a ferramentas de última geração, o mundo acompanhou passo a passo a evolução da rede internacional de computadores. Dos sites simples, quase como um folheto de propaganda, a portais com recursos ilimitados, a Magic Web se estruturou e hoje tem uma equipe de 50 pessoas, das mais diversas profissões, que atende de pequenas empresas a gigantes do mercado como McDonald, Itaú, Sadia e Goodyear. A empresa cresceu 50% ao ano, nos últimos três anos. Desde 1996, a Magic Web fez cerca de 500 projetos. Metade dos clientes nos últimos anos optaram por estar em redes sociais. Hoje eles administram as redes de 20 empresas, a um custo mensal que varia de R$ 2mil a R$ 4 mil. Além dos sites, muitas empresas começam a aparecer em redes sociais, um
trabalho também desenvolvimento e gerenciado pela Magic Web. Mas, estar em redes sociais importante para uma empresa? De acordo com Borba, dependerá do nicho em que atua e da forma como vai participar. Em áreas menos competitivas, onde a empresa tem poucos concorrentes ou não exista material de pesquisa na web sobre o assunto, ela pode compensar esta ausência participando de redes sociais. Outra situação é se a empresa tem muitos concorrentes e, como conseqüência, precisa melhorar o ranking do site, se diferenciar, ter melhores resultados de busca. Neste caso será fundamental estar em redes sociais Mas ele alerta que é fácil cometer erros porque muitos entendem rede social como comunidade do Twitter, Orkut, Facebook, sem conteúdo, o que acaba dando em nada. Ou pior, a empresa cria um blog e fala só dela mesma, das conquistas e que normalmente não é este o objetivo deste tipo de meio de comunicação. Borba reforça que quando se cria um blog deve-se pensar em colocar assuntos relevantes do setor, com a participação comercial de forma indireta e sutil para atrair o público interessado
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naquele assunto. A partir deste ponto, a pessoa visita o site e isso gera referência para o cliente. “Vejo ainda hoje empresas estruturadas, com departamento de marketing, divulgando no Twitter que eles são os melhores, que o produto deles é excelente. Você não deve fazer isso porque é contra produtivo. Esta não é a conduta correta”, afirma. A empresa que participa de redes sociais deve estar aberta à discussão, usar esta ferramenta como canal de contato com o público para trocar idéias. Borba defende que a função primeira da rede social é interação e tem que discutir assuntos que sejam de interesse das pessoas. E para quem pensa que os empresários brasileiros devem estar engatinhando em redes sociais, ele avisa que o Brasil está na dianteira pelo intenso uso em todo o país. “Inicialmente parecia modismo, mas veio para ficar”, afirma Borba que tem 15 contas de emails para diferentes realidades. Impacto Pesquisa da Nielsen feita no segundo semestre de 2010, mostra que 74% das pessoas com acesso à internet em todo o mundo usam redes sociais e passam em média 5h27min33s nes-
Antônio Borba, fundador da Web Magic: antes da internet, “sinais de fumaça”
Divulgação
ses ambientes, o que, para muitos, já configura a rede social como o shopping do futuro porque as empresas podem expor seus produtos e atrair o consumidor. Mas esta não é a visão de Antonio Borba que lembra da existência do social commerce, que no Brasil está seguindo alguns cases dos Estados Unidos de algum tempo atrás. “É mais no sentido de criar um viral, mas eu não vejo isso cair nas graças da rede social de uma forma tão gritante. Considero que as lojas virtuais continuarão existindo e o que talvez aconteça é que as redes sociais induzam as pessoas às compras. Mas do mesmo modo este cliente vai cair num site para finalizar a aquisição do produto. Não sei se é possível chamar de comércio de rede social se vai servir apenas de fonte para divulgação”, diz Borba, lembrando que o e-commerce existe praticamente desde que a internet foi criada e mantém o padrão. Ele avalia que cada vez menos as pessoas deverão ir a lojas físicas. Recursos Humanos Se por um lado o investimento e a curiosidade em redes sociais aumentam dia a dia, elas ainda não são fonte de contratação de profissionais, independente da área. Ainda, para as empresas, preencher uma vaga significa recorrer aos bons e “velhos” sites de Recursos Humanos. E na Magic Web não foi diferente. Todas as tentativas de contratação por redes sociais foram infrutíferas porque a abrangência da rede é ampla e, segundo Antonio Borba, os profissionais que estão nela têm emprego estável ou são pessoas que querem trabalhar como freelancer.
Existe uma discussão grande sobre as redes de georeferências, que compartilham com outras pessoas os locais onde você está. Isso facilita a vida de executivos que costumam viajar muito porque tanto a equipe do escritório como o cliente sabem exatamente da localização. “Eu mesmo estou usando o Google Latitude no meu celular e como eu viajo muito, meus clientes sabem onde eu estou. Isto facilita porque muitas vezes preciso falar com alguém da minha equipe e acho interessante também que o cliente saiba onde eu estou. Por exemplo, nós temos escritórios em Curitiba e em São Paulo, e o fato de eu estar lá e não precisar avisar o cliente é uma comodidade. Saber se um cliente está chegando ou se está atrasado e viceversa”, informa Borba. Tanta tecnologia cria dependência pelas facilidades que proporciona. Férias e lazer podem ser seriamente prejudicados se alguns cuidados não forem tomados. Para um executivo como Antonio Borba que, às vezes, passa mais horas voando do que em terra, é impossível ficar sem celular e laptop. Segundo ele, o caos se instaura se ele não abrir os emails diariamente. A conseqüência é que há mais de 15 anos ele não tira um mês inteiro de férias. E afirma que não consegue imaginar a vida hoje sem estas tecnologias. “É tão primitiva a comunicação pré-internet, com ramal de telefone ocupado, deixar recado, gravar disquete e mandar por motoboy. Era tão primário que parecia que a gente mandava sinais de fumaça”, brinca, mas com ar sério.
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CARREIRA
COMO SE DAR BEM NA
ENTREVISTA “Quem fala muito, geralmente mente. Falar muito esgota o estoque de verdades.” Millôr Fernandes, escritor
O QUE LEVOU VOCÊ A NOS ENVIAR SEU CURRÍCULO? Se você está desempregado, não vá dizer que foi apenas por isso. Diga que teve ótimas referências de amigos. Se for empresa de porte, diga que você a acompanha pela internet, jornais e revistas. E que a percepção geral é de uma empresa empreendedora, que valoriza o seu quadro de colaboradores. Se a empresa não for tudo isso, tente achar um ponto positivo; afinal, toda organização tem virtudes. FALE SOBRE VOCÊ Não “enrole”. Fale objetivamente sobre seus valores, habilidades profissionais e capacidade para trabalhar em grupo.
QUAIS SEUS OBJETIVOS? Seja direto. Se ainda não há definição de cargos, diga onde você quer trabalhar. Se a função está definida, fale da importância de contribuir com o grupo do qual fará parte. Aborde o assunto profissionalmente, colocando a importância de construir gradativamente uma carreira no novo emprego. Fuja da abordagem particular, de assuntos que não contribuirão para a sua imagem. O QUE GOSTARIA DE ENCONTRAR AQUI? Um ambiente de cooperação e comprometimento, com espaço para desafios, criatividade e empreendedorismo. Uma empresa que valoriza o capital humano.
E O QUE NÃO GOSTARIA DE ENCONTRAR? Esta é “dureza”. Aponte situações que não constranjam a empresa. Diga que não gosta de ambientes sem desafios, com pouca disposição para enfrentar a concorrência. TIPO DE PESSOA QUE PREFERE TRABALHAR? Não critique algum tipo específico. Diga
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que o relacionamento é construído com confiança, transparência e cooperação. Se as pessoas forem bem humoradas, ótimo. Se não, você tem capacidade de adaptação, respeitando o perfil de cada colega.
tem qualidades, não é difícil encontrar motivos para algum elogio. Se foi demitido, é comum isto ter ocorrido por reformulação organizacional, redução de pessoal, etc. Se pediu demissão, diga que está buscando novos desafios.
QUE IMAGEM TEM DE NOSSA EMPRESA? Antes da entrevista procure saber mais sobre a empresa, a internet é uma boa opção. Converse com amigos, veja o que eles já sabem a respeito. Ache algum ponto positivo.
QUE RESULTADOS OBTEVE NAS EMPRESAS ONDE TRABALHOU? Procure mencionar aqueles que, preferencialmente, tenham relação com a função que você está pleiteando.
O QUE MAIS O DESAGRADAVA NO EMPREGO ANTERIOR? Nova armadilha! Jamais critique, não fale mal das empresas e empregos anteriores. Toda empresa
QUAIS SÃO SEUS PONTOS FORTES? Os entrevistadores procuram gente dedicada, comprometida, persistente, criativa e com iniciativa, além de experiência e sólida formação na área.
E OS PONTOS FRACOS? Mais armadilha! Você não pode negar, então relacione “fraquezas” que podem ser relevadas, tais como: um pouco de impaciência, perfeccionismo, é muito autocrítico, etc. SE FOSSE COMEÇAR DE NOVO, O QUE FARIA DIFERENTE AGORA? Não adianta reclamar da vida e nem apontar as suas fraquezas. Diga que procurou fazer o correto, mas que sempre é possível melhorar ainda mais. TRABALHARIA ALÉM DO HORÁRIO NORMAL? Ninguém contrata quem não atenda a este requisito. Sempre haverá situações que exigirão esta condição. Profissionais precisam estar sempre disponíveis. EM QUE AMBIENTE DE TRABALHO VOCÊ SE SENTE MAIS CONFORTÁVEL? Não há ambiente ideal para quem não sabe conviver e trabalhar em grupo. Quem faz o ambiente é a gente mesmo, respeitando as diferenças de cada um, sabendo ouvir e trabalhando alinhado com a cultura organizacional da empresa. É possível agir assim e, ao mesmo tempo, não compactuar com coisas erradas e procedimentos inadequados. QUAL É O SEU PASSATEMPO PREFERIDO? Não aponte preferências que estejam desalinhadas com o perfil da empresa. É importante usar saudavelmente o tempo livre, mostra que você está de bem com a vida.
você. Um sinal claro de um possível interesse na sua contratação.
POR QUE DEVEMOS ESCOLHER VOCÊ E NÃO OS OUTROS CANDIDATOS? Pergunta complicada. Querem ver se você sabe “se vender”. Mostre, sem arrogância e prepotência, que suas habilidades, qualidades e experiências, agregarão valor ao trabalho que irá desenvolver.
5. Se você foi bem na entrevista, em uma ou duas semanas irão contatá-lo. Contratação ou convocação para você participar das etapas seguintes do processo seletivo. Se isto não ocorrer neste período, é hora de pensar em outras opções e partir para outras empresas.
5. Leia o currículo antes para não fazer perguntas óbvias e redundantes. O tempo da entrevista deve ser usado para levantar informações que não estão no currículo. E por favor, não vá para a entrevista sem a sua via do currículo do candidato.
VEJA SE VOCÊ FOI BEM NA ENTREVISTA 1. O entrevistador, em nenhum momento, ficou olhando para o relógio, preocupado com o tempo. Embora respeitoso, o clima era amistoso e agradável.
SE VOCÊ É O ENTREVISTADOR, FIQUE ATENTO
2. Durante os momentos em que você falava, não foi interrompido pelo entrevistador.
1. Respeite o candidato. Você está ajudando a construir o capital humano da organização. Mesmo não sendo contratado, o candidato bem tratado falará bem da empresa lá fora.
3. Após cada resposta sua, o entrevistador fazia comentários e desejava saber mais, antes de passar para a pergunta seguinte.
2. Atenda o candidato no horário previsto. Atraso significa desrespeito e desorganização. Péssimo cartão de visita.
4. Em vários momentos o entrevistador falou da empresa, dos desafios da função a que você está se candidatando, do ambiente de trabalho, etc. Ficou a impressão de que ele estava “tentando vender a empresa” para
3. Não é só o candidato que deve desligar o celular. Faça isso você também e peça ao seu pessoal para não ser interrompido. 4. Para a entrevista use um local reservado, ventilado e apresentável.
6. Não fale mais do que o candidato, afinal é ele o entrevistado. E preste atenção, não são todos os candidatos que têm respostas fúteis, decoradas e padronizadas. 7. Use bom-senso e evite perguntas estúpidas e sem qualquer utilidade para um eficaz processo seletivo. 8. Após a entrevista, não aumente a angústia de quem não será contratado: ligue ou mande ligar para eles agradecendo a participação. E ajude a construir uma cultura organizacional que respeite o candidato. Quem garante que amanhã você não estará do outro lado da mesa?
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ANIMAL BIZ
ODYR
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