House Organ Eco-Lógica

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Consumo verde e atitude ambiental

Sustentabilidade pág. 2

Preocupação com o descarte de resíduos sólidos A reutilização de matérias-primas ainda é um assunto defasado em muitas regiões do país e necessita de maior atenção. Para isso, a educação ambiental precisa ser uma atitude diária para diminuir os danos gerados com o lixo.

Educação ambiental pág. 3

Sobrecarga energética e suas consequências A utilização exagerada de energia elétrica pode acarretar problemas graves ao meio ambiente. Isso porque o impacto influencia diretamente nas mudanças climáticas, e o Brasil está entre os dez países que mais usam energia de forma descontrolada.

SOS Planeta Terra pág. 4

Newsletter mensal WWF-Brasil • Ano 1, Nº 1 • São Paulo, junho/2014

WWF-Brasil é sinônimo de preservação da natureza ONG é referência na área da sustentabilidade no país e exemplo com ações ambientalistas Seeklogo

A sustentabilidade se tornou um tema recorrente em, praticamente, todos os âmbitos da sociedade. É difícil encontrar uma pessoa que utilize as redes sociais com regularidade que nunca tenha lido nada a respeito do tema.

Por Raul Felix

Organização é uma das mais reconhecidas em território nacional

A WWF-Brasil é uma organização que trabalha no país desde a década de 1970, quando iniciou um estudo sobre um primata desconhecido no Rio de Janeiro. Posteriormente, esse programa viria a se chamar Programa de Conservação do Mico-Leão-Dourado, um dos maiores projetos do gênero no mundo. Na década de 1980, a participação da instituição no Brasil aumentou, graças ao Projeto Tamar (programa de proteção às Tartarugas Marinhas), além de ajudar outras organizações ambientalistas, como a Fundação da Vitória Amazônica (FVA). A partir de 1989, as filiais dos Estados Unidos, Reino Unido e Suécia passaram a apoiar os projetos brasileiros. Dessa maneira, foi necessário instalar uma sede oficial no Brasil. Isso ocorreu em 1990, em Brasília, e o responsável foi o Dr. Cléber Alho. Para a colaboradora da organização, Marcele Freitas, a importância da divulgação de casos de preservação é muito relevante. “Além de estar preocupada com as questões de sustentabilidade, a

WWF também se importa com a exposição de seus eventos”, comenta. Ela faz parte da ONG há oito anos. A consolidação da ONG no território brasileiro ocorreu em 1996, mais precisamente no dia 30 de agosto, quando foi criada oficialmente a WWF-Brasil. A organização conta com empresários, ambientalistas, e outros membros da sociedade apoiadores da brasileira. Assim, o Brasil se tornou o primeiro país da América Latina a ter este selo. Hoje, a atuação da WWF-Brasil está associada a outras ONGs, além de órgãos do governo federal, estadual e municipal. Ela atua em quatro estados no país: São Paulo, Acre, Amazonas e Mato Grosso do Sul. De acordo com outro colaborador da WWF, Mateus Silva de Almeida, é preciso mais divulgação nos meios de comunicação para que a instituição cresça cada vez mais nos próximos anos. “Se tivéssemos mais apoio de programas de televisão e, principalmente, na internet, seria possível abraçar causas em todo o Brasil, sem restrições”, opina.

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Editorial

Quando adjetivamos a sustentabilidade

Contextualizando a intenção do título, explico o porquê assim o fiz: em suma, todo adjetivo qualifica ou caracteriza o substantivo que o precede, sem mudá-lo. Certo? Não totalmente. Muitos órgãos governamentais e empresas privadas utilizam deste jargão social a fim de se promover apenas como “instituições politicamente corretas”. Ela, a sustentabilidade, serve como etiqueta de garantia de que a empresa, ao produzir, respeita o meio ambiente, quando na prática não é nada disso o que acontece. Um exemplo claro de como isso ocorre nas instituições quando há diminuição na poluição química de uma indústria. Assim, são colocados filtros capazes de

reduzir significativamente a emissão dos gases pelas chaminés. Entretanto, a forma de extração da matéria-prima na natureza não é modificada e, assim, continua a devastação ambiental. Isso deixa claro que a preocupação nunca foi com o meio ambiente, mas apenas com o aumento dos lucros. Portanto, a sustentabilidade, nesses casos, é apenas uma acomodação e não uma mudança; é adjetiva, não substantiva. Nesta edição de estreia, vamos tratar de assuntos ligados ao meio ambiente, sua preservação e a necessidade de desenvolver hábitos que ajudem a solidificar atitudes sustentáveis. A natureza pede socorro. Boa leitura!

Expediente O house organ Eco-Lógica é uma publicação única, elaborado como projeto experimental para a disciplina de Planejamento Gráfico em Jornalismo (PLJGRJ), do 3º ano do curso de Jornalismo, da Universidade São Judas Tadeu. As matérias são de responsabilidade exclusiva dos autores.

Editores: Graziela dos Santos e Raul Felix; Repórteres: Graziela dos Santos, Raul Felix e Rodrigo Luiz; Diagramação, arte e revisão: Graziela dos Santos.

Sustentabilidade

A consciência verde do consumo Consumismo e responsabilidade social devem andar unidos Por Graziela dos Santos

Você sabe quantos potes de iogurte vão para o seu lixo em uma semana? Quantas folhas de papel você descarta por mês? Quantas sacolas plásticas cheias o seu consumo diário produz? Essas podem parecer questões simples do dia, mas é a partir de suas respostas que tudo pode significar uma grande diferença para o meio ambiente. A sustentabilidade se tornou um tema recorrente em, praticamente, todos os âmbitos. É difícil encontrar uma pessoa que utilize as redes sociais com regularidade que nunca tenha lido nada a respeito do tema. Essa realidade se deve ao fato de que as mídias sociais estão dando maior atenção às consequências decorrentes da falta de consciência com que a maioria das pessoas descarta o seu lixo. A sociedade é constituída pelos seres humanos, indivíduos que dependem do consumo para sobreviver. Após consumir itens diários, como alimentos, produtos de higiene pessoal e limpeza, o correto é fazer o descarte das embalagens em uma lixeira. Porém, esse se tornou um hábito tão corriqueiro que a maioria não pensa sobre o destino desses resíduos. A coleta de lixo semanal resolvia o problema do recolhimento dos descartáveis, antigamente. Nos dias atuais, o ato da busca desenfreada dos caminhões de lixo não é mais o suficiente. Dizer que o “Planeta pede socorro” pode parecer exagero, mas a situação é exatamente essa! A importância da sustentabilidade se tornou uma situação de emergência. Por mais que empresas e indústrias estejam se mobilizando sobre o consumo verde (ou sustentável), de nada adianta se os consumidores também não assumirem essa responsabili-

dade. Reclamar e se preocupar é fácil, mas não faz a diferença; cada cidadão precisa SER a diferença. Comece a adotar um estilo de vida mais equilibrado, visando o bem-estar do Planeta. No âmbito alimentício, por exemplo, consuma alimentos produzidos através da agricultura orgânica (sem agrotóxicos). Evite consumo diário de carne, produtos industrializados e fast-food; dessa maneira, a produção de embalagens será diminuída. Quando for viajar, você pode optar pelas chamadas Viagens Sustentáveis, que se baseiam no transporte e estadia coletivos. Em relação a locomoção, ao invés de ir de carro, comece a ir de bicicleta aos lugares. Também é possível organizar caronas solidárias com pessoas do trabalho ou faculdade. Use, preferencialmente, transporte público e vá a pé, se o trecho for curto. O excesso de hábitos consumistas tem ajudado a acabar com as reservas naturais da Terra. Por isso, comece a evitar substituir aparelhos eletrônicos que ainda estejam bons, como celulares e computadores. Sempre verifique se os produtos que adquire são “verdes”, ou seja, se as empresas que os produzem estão envolvidas em programas de responsabilidade socioambiental. Dê preferência ao comércio ético e solidário, que reúne produtos orgânicos, artesanato, terapias alternativas, entre outros setores. Passando a tomar essa simples medida, você contribuirá para salvar a natureza, ao mesmo tempo em que sua vida se tornará mais saudável. O Planeta agradece.

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São Paulo necessita de maior atenção com a reciclagem de resíduos sólidos Reutilização de matérias-primas e coleta seletiva precisam ser reformuladas para que as estratégias funcionem com maior eficácia Por Graziela dos Santos

mudar seu comportamento em relação à preservação ambiental. Procurando dar base à questão, o Ministério do Meio Ambiente instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), que busca encontrar resoluções para os problemas decorrentes do lixo urbano. Essa ação tornou os próprios cidadãos responsáveis por aquilo que desDisney Babble

A questão dos resíduos sólidos (ou lixo) tem recebido cada vez mais atenção nos centros urbanos, graças ao aumento da consciência coletiva gerada pelos projetos voltados à sustentabilidade. Foi proposta no Brasil, em 1999, a prática da Educação Ambiental, que consiste em gerar consciência ecológica nas pessoas com o intuito de que possam

Educação ambiental na infância aumenta chances de mudança para o paradigma sustentável

cartam e pela maneira que o fazem. A meta estabelecida por esse plano instituiu como meta acabar com os lixões de São Paulo até agosto de 2014. A Doutora em Ciências e Saúde Ambiental Gina Rizpah Besen acredita que a PNRS não é aplicada de forma adequada, em São Paulo. “O sucesso destas iniciativas dependem dos investimentos do Poder Público, mas, sobretudo, da participação de todos os setores da sociedade”, opina. É necessário que a sociedade seja conscientizada dos males causados pelos dejetos nos lixões. Cada item descartado gera biogás, uma mistura gasosa constituída por dióxido de carbono, ácidos, e outros componentes prejudiciais, como o gás metano. Esses componentes provocam graves consequências na natureza, como o aumento de temperatura do planeta, causado pelo Efeito Estufa. Uma das alternativas para diminuir esses agravantes é praticar a reciclagem. A Técnica em Comunicação Visual, Thais Borelli, reside na Penha, zona Leste de São Paulo, e vê a coleta seletiva como uma forma de reutilizar a mesma matéria-prima mais de uma vez. Porém, ela considera errada a forma como é feita. “Os lixeiros não separam os materiais por categoria. Tudo acaba misturado no caminhão”, reclama.

Hora do Planeta

A importância da água

Por Rodrigo Luiz

Por Raul Felix

Principiada no ano de 2007 em Sidney, Austrália, a Hora do Planeta tornou-se um ato simbólico promovido pela ONG World Wide Fund for Nature, WWF Internacional, que convida o mundo a apagar todas as luzes de casa por 60 minutos. O evento acontece anualmente no dia 29 de março, entre 20h30 e 21h30. Desde a sua criação, mais de um bilhão de pessoas aderiram em cinco mil cidades de 152 países diferentes. As pirâmides do Egito, a Torre Eiffel, a Acrópole de Atenas, o Cristo Redentor (RJ) e a Ópera de Manaus estão entre os monumentos mais famosos que apoiam a iniciativa e se mantêm no escuro durante 60 minutos na data marcada.

A água é um recurso natural vital para a sobrevivência da humanidade. E o Brasil é um dos países que mais tem essa fonte. O território nacional tem cerca de 12% da água doce de todo o mundo, segundo dados da FAO (Fundo de Agricultura e Alimentação das Nações Unidas). Outro fator que ajuda na aquisição dessa água são as chuvas, que caem durante o ano inteiro, segundo a pesquisa. Mas, toda essa abundância de água não será para sempre. Para a Sabesp, é preciso economizar para as gerações futuras, pois essa moderação no consumo pode trazer benefícios, como a preservação do meio ambiente, o desenvolvimento econômico e regional, além de beneficiar à saúde.

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SOS Planeta Terra

Sobrecarga de energia elétrica gera consequências graves para o meio ambiente Uso desenfreado de aparelhos tecnológicos acarretam sérios problemas, levando ao acontecimento de desastres ambientais Por Rodrigo Luiz

Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), classifica como preocupante as conclusões do relatório, “dado que as mudanças climáticas devem levar a ainda mais intensas e frequentes ondas de calor, precisamos estar preparados”. Todos os períodos desta década presente, com a exceção de 2008, entraram para a lista dos dez anos mais quentes já registrados desde 1850. “Em 2010, a temperatura média ficou estimada em 14,54°C, cerca de meio grau acima de média histórica global”, aponta o estudo. No ano 2010 registrou-se o maior volume pluviométrico no mundo; enquan-

to que a década como um todo foi a segunda mais chuvosa desde 1901. Enchentes fizeram estragos em quase todos os todos os continentes e, curiosamente as secas também. Em relação aos furacões e os ciclones, a década também foi a mais mortífera de que se tem notícia: foram 511 tempestades, causando um prejuízo econômico de US$ 380 bilhões, deixaram cerca de 170 mil pessoas mortas e impactaram a vida de outros 250 milhões. Juntando tempestades, enchentes, secas, ondas de calor e outros eventos extremos, a conta de mortos pelo clima entre 2001 e 2010 chega a 370 mil pessoas; 20% a mais do que na década anterior. Rodrigo Luiz

Conforme o relatório publicado no início deste mês pela Organização Mundial de Meteorologia (OMM), a última década foi a mais quente desde o início das medições climáticas em 1850. Recordes que não gostaríamos de quebrar foram ultrapassados: de calor, do derretimento de gelo, da emissão de gases do efeito estufa, dos eventos climáticos extremos e mortes relacionadas a eles. Entre 2001 e 2010, a temperatura média do planeta foi estimada em 14,47°C, quase meio grau acima da média de 1961 a 1990, e 0,21°C acima da média da década anterior, entre 1991 e 2000. O estudante de ciências ambientais Douglas Rene Rocha Silva, bolsista da

*Fonte dos dados do infográfico: censo realizado em 2010 pelo IBGE

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