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BEBIDAS TRADICIONAIS 05.
Bebidas tradicionais, duas chamaram nossa atenção: o vinho do jatobá e o café tiririquim. Conhecemos o vinho rubro da deslumbrante arvore jatobá (Hymenaea courbaril) na aldeia pé-do-monte, com o Sr. Braga.
Na aldeia trevo-do-parque, conhecemos uma rara semente do café tiririquim, quase extinto na região, depois da entrada do café industrializado.
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O tiririquim, segundo consta no livro de Apinaera Pataxó e Txahú Pataxó, é um café raro, que serve para dor de cabeça; a folha serve para benzer, a raiz para febre e a semente para o artesanato: "ele era um café que a gente utilizava sempre, sempre, sempre. O café que conhecíamos era esse, não conhecíamos o café de pacote, nem sabíamos usar, nem sabíamos se existia."
Cauim: é uma bebida alcoólica tradicional dos povos indígenas do Brasil desde tempos pré-colombianos, feita através da fermentação da mandioca ou do milho.
No caso dos Pataxó o cauim é também chamado de aluá. A matéria-prima é a mandioca, que é ralada, amolecida em água durante alguns dias (pubada), cozida, triturada e recozida para a fermentação. A bebida resultante é opaca e densa e tem gosto azedo; ela pode ser misturada com várias frutas e com caldo de cana.
O cauim pode ser consumido no cotidiano por uma ou duas pessoas, mas é mais comumente consumido em festas com dezenas ou centenas de pessoas, frequentemente de duas ou mais aldeias. Atualmente, contudo, produz-se cada vez menos o cauim devido ao processo demorado e trabalhoso de feitura da bebida. Povo Pataxó.