LOOK
BOOK #01
JORNAL MUNICÍPIO DIA A DIA BRUSQUE | QUINTA FEIRA, 14 DE ABRIL DE 2016
é mais
Diminuir a velocidade, a quantidade e a necessidade de ter tudo. O slowness vem para repensar a moda. página 5
MOODBOARD No Rio, brusquense desmistifica estereótipo de comida vegetariana sem sabor página 4
BEM ESTAR Segredos da beleza da juventude são bem mais simples do que você pode imaginar páginas 10 e 11
MODO DE USAR Oversize propõe estéticas mais confortáveis e looks com comprimentos exagerados páginas 6 e 7
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LOOKBOOK
Município Dia a Dia
quinta-feira, 14 de abril de 2016
EDITORIAL
/graziela.morelli @gramorelli
GRAZIELA MORELLI
colaboradora do jornal Município Dia a Dia desde 2001 e professora dos cursos de Design da Univali. A formação em Moda e o doutorado em Ciências da Linguagem ampliaram ainda mais a paixão pela área, que mostrou a ela um novo olhar sobre o mundo: mais complexo, belo, e em constante transformação.
/rodrigothomzen @rodrigozen @rodrigothomzen
“PAREM O MUNDO QUE EU QUERO DESCER” Andamos afogados num turbilhão de informações que emitem sinais de que muita coisa está errada no mundo. Vez ou outra, percebemos que algumas coisas devem melhorar até em nós mesmos, talvez aqui a parte mais difícil do julgamento. O que nos resta é refletir para buscar mudanças, parar pra pensar nosso papel no mundo para sermos agentes de alguma espécie de mudança. Soou autoajuda barata, né? Longe disso! É hora de dar uma PAUSA. Seja para dar um tempo naquilo que nos incomoda, ou pra curtir mais a vida, a família, e os amigos. Seja pra voltar a se conectar consigo mesmo, buscar uma nova oportunidade ou um novo caminho pra sua vida.
Para discutir esse tema, apresentamos a primeira edição do LOOKBOOK, um suplemento do jornal Município Dia a Dia feito para olhar, ver, e sobretudo enxergar novas possibilidades, que surge com a intenção de ampliarmos os temas para além da moda, falando de comportamento, beleza e tudo o mais que estiver atrelado ao Zeitgeist. No comando desse novo formato, uma parceria de dois apaixonados e pesquisadores da moda: Graziela Morelli e Rodrigo Zen. Nosso convite é pra desacelerar e curtir com essa vibe poderosa de ir mais devagar e curtir a viagem. Pra começar, apresentamos nosso MOODBOARD, que dá o tom desta primeira edição, trazendo um pouco
sobre o Fashion Revolution Brasil, iniciativas da economia criativa na nossa região, um restaurante vegetariano com um toque brusquense em pleno Rio de Janeiro, e sobre um país em que a performance econômica é medida de uma maneira, no mínimo, inusitada. Próxima parada: MODO DE USAR. As tendências de moda também apontam novas estratégias na composição do estilo e trazem novas estéticas, mais simplificadas, mais confortáveis e amplas. É o oversize que tomou conta das passarelas nos últimos desfiles e logo chega às ruas. Inspire-se. Depois, uma CONEXÃO direta, mostrando como as coisas de lá, que acontecem nos centros difusores
de moda, refletem nas coisas daqui. Então, chegou o momento de relaxar e curtir o BEM ESTAR, com algumas dicas de beleza que vão deixar sua vó orgulhosa! Soou estranho? Os segredos de beleza da eterna juventude estão mais perto do que você pode imaginar! Nosso RADAR aponta esse novo comportamento de diminuir a velocidade, a quantidade e a necessidade de ter tudo. O slowness, o viver mais simples, desapegando e buscando mais experiências do que posses é o tema da reportagem. Não deixa de ler. Respira fundo, relaxa, e curte com a gente! Seja bem vindo ao LOOKBOOK!
Graziela e Rodrigo
RODRIGO ZEN
coordenador e professor do curso de Design de Moda da Unifebe. Pesquisador de moda e mestrando em Design pela UFSC. Entusiasta pela moda desde que se conhece por gente, e feliz por fazer dessa paixão profissão.
Jornal Município Dia a Dia Rua Felipe Schmidt, 31 - sl. 01 Centro - Brusque - SC Fone: (47) 3351-1980 www.municipiomais.com.br Diretor Claudio José Schlindwein Editor-executivo Andrei Paloschi
editor@municipiomais.com.br
Diagramação Djoni Paul Richter Luis Fernando Bornhausen Comercial
comercial@municipiomais.com.br
Tiragem 5.900 exemplares Páginas 12
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MOODBOARD
PRANA VEGETARIANO Conexão Brusque-Rio
A brusquense Adriane Maurice no Prana
DOUGLAS KRISCINSKI/ESPECIAL
Feirinha Coletiva, organizada pelo coletivo Quintal, que aconteceu no IAK no último mês
Tem brusquense fazendo acontecer no Rio de Janeiro. Adriane Maurici reside há alguns anos na cidade com o namorado, Marcos Freitas, chef do Prana, restaurante inaugurado há um ano e sete meses na praça São Judas Tadeu, aquela que sobe para o Cristo Redentor, no charmoso bairro do Cosme Velho. O restaurante foi idealizado para desmistificar a comida vegetariana, quebrando com o estereótipo de comida sem cor e sem sabor. Por lá, dentre pratos, sanduíches, sucos, smothies e sobremesas, prezam a criatividade nas receitas e na apresentação, em um ambiente aconchegante e com aquele atendimento próximo e atencioso com os clientes. E tem um toque todo especial e em sintonia com os novos tempos. Muitas das receitas do Prana levam ingredientes da horta comunitária do bairro, que fica pertinho do restaurante. Todo lixo orgânico gerado é levado para a composteira da horta. Além disso, utilizam garrafas de vidro retornáveis para os sucos, e talheres compostáveis para os pedidos de delivery. E a maravilha de viver na cidade maravilhosa? Nas palavras da Adri “Viver no Rio é uma experiência única! Conviver com tantas diferenças, todas juntas e misturadas me surpreende a cada dia. Viver no Rio é acordar e dar bom dia pro Cristo Redentor da janela. O Rio me acolheu e eu respiro fundo essa cidade todos os dias!” Fica a dica: o restaurante funciona das 12h às 15h para almoço e das 16h às 19h para lanches, como sanduíches, sucos, smoothies e sobremesas.
BUTÃO FIB Econômico DIVULGAÇÃO
É inegável a propulsão criativa dos últimos tempos, de gente fazendo e acontecendo em todas as formas de arte, e fazendo arte de todas as formas. Tem muita gente talentosa fazendo arte aqui, bem perto da gente. E o mais incrível é que se pode conferir tudo isso de uma vez só, em feiras coletivas que acontecem por Brusque e em cidades vizinhas. As feirinhas coletivas (e se trata de um diminutivo carinhoso) são sinais dos novos tempos. Uma mistura de mercado de pulgas, plataforma de novos artistas - e aqui vale artes visuais, música, decoração, e até gastronomia! - muita gente bonita, de todos os estilos, convivendo em harmonia com um objetivo: repensar modos de vida e de consumo. E tem feiras coletivas por aí com um toque bem brusquense: O Quintal Coletivo, aqui de Brusque, organiza a Feirinha Coletiva. A última aconteceu dia 5 de março, no Instituto Aldo Krieger (IAK). Mais informações na página: www.facebook.com/quintalcoletivo A Surto - Feira de Ideias Impressas, acontece em Balneário Camboriú, e o foco é nos artistas independentes, para exporem, venderem e trocarem suas artes. Dá um look: www.facebook.com/feirasurto
Por Rodrigo Zen
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ECONOMIA CRIATIVA Coletivos
A ideia é fazer você pensar um pouco fora da caixa, porque se inspirar é preciso! Ver coisas novas, experimentar, e ver como o mundo anda mudando, inclusive bem perto da gente. Dá um look no que dá o tom desta edição.
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FASHION REVOLUTION BRASIL #fashrev Neste ano, o Fashion Revolution, movimento internacional criado com o objetivo de aumentar a conscientização sobre o verdadeiro custo da moda e seu impacto, acontece entre os dias 16 e 24 de abril em todo o mundo. O movimento faz uma pergunta simples, ao mesmo tempo tão complexa: quem fez minhas roupas? O objetivo é aumentar a conscientização sobre o verdadeiro custo da moda e seu impacto em todas as fases, desde o processo de produção até o consumo e pós consumo. E você pode fazer parte dessa Revolução da Moda! É só vestir uma peça de roupa do lado avesso, fotografar e compartilhar com as hashtags #whomademyclothes #quemfezminhasroupas. Afinal de contas, nada mais sensato do que saber - e cobrar de quem fez - se o que cobre a sua pele não fez alguém sentir na pele algo que você não gostaria. Conheça mais no https://www.facebook.com/fashionrevolution.brasil
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E se o seu país medisse a economia através do FIB? Não, não é um erro de digitação, é FIB mesmo: Felicidade Interna Bruta. A Felicidade Interna Bruta não é uma lei escrita, mas um ideal que vem norteando as decisões do governo nos últimos 30 anos. Há inclusive a fórmula da felicidade butanesa, estipulando 9 áreas para medir a felicidade do povo: [1] padrão de vida, [2] boa governança, [3] vitalidade da comunidade, [4] uso e equilíbrio do tempo, [5] saúde da população, [6] vitalidade e diversidade da cultura, [7] vitalidade e diversidade do ecossistema, [8] educação, [9] bem-estar emocional. Existem alguns questionamentos entre o que ocorre na prática e toda esta história de FIB. Mas que a ideia podia pegar, podia, hein?!
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RADAR
DESACELERA, VAI! Reduzir a velocidade e a necessidade de acumular estão entre as atitudes mais cool dos últimos tempos
Por Graziela Morelli Sabe aquela sensação de estar sempre atrasado? De estar sempre cansado? De chegar no fim do ano e achar que poderia ter feito mais? De achar que tem que ter aquele último modelo de não sei o que ou de ter que ter visto aquele filme lançado na semana passada? Esse é um reflexo do estilo de vida que assumimos nas últimas décadas, acelerando cada vez mais e deixando de lado os melhores prazeres da vida. O consumismo ainda domina a vida de muitas pessoas, mas tem gerado uma sensação de excesso, de saturação e, com isso, um cansaço. A partir daí, a sociedade começou a refletir sobre o tema, percebendo que todo aquele acúmulo de coisas, de responsabilidades e afazeres não o deixou mais feliz, mas mais cansado. Conhece aquele ditado popular que diz que, quanto mais chaves uma pessoa tem, mais complicada é a vida dela? Então,
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ter menos bens significa precisar de menos dinheiro para manter o patrimônio, o que também demanda menos trabalho e menos preocupação. Esse novo movimento que está ganhando cada vez mais adeptos baseia-se exatamente na ideia de que menos é mais. E isso se manifesta em todos setores: na moda em uma roupa mais simples que preza pelo conforto, sem a necessidade de exibir o último lançamento ou a marca mais fashion do momento; na forma de consumir, conhecendo mais sobre a origem do que compra, como compra e se aquilo é realmente necessário; no modo de se alimentar buscando por uma alimentação mais saudável, sem excessos; e voltando a valorizar as experiências, mais do que a sua posse. Um grande estudo, desenvolvido pela agência brasileira de pesquisa de comportamento e tendências Box 1824, chamado Lowsumerism mostrou exata-
mente isso. O consumidor que está se formando hoje busca por experiência e satisfação em consumir menos. E isso vai contribuir para que você consiga trabalhar menos e precisar de menos. Claro, a ideia não é deixar de consumir, mas sempre pensar antes de comprar, buscar alternativas de menor impacto e viver somente com o que é realmente necessário. E mais: fazer com que o que você tem e precisa tenha o seu tempo de vida estendido. Como? Trocando, emprestando, customizando, reformando etc. Está achando demais isso? Bem, mas vamos então pensar um pouco mais a respeito. Você acessa a internet, certo? Usa redes sociais? Se sim, então provavelmente você já compartilhou alguma coisa: foto, arquivo, música, vídeo. Se já disponibilizou algo pela rede e já baixou algum tipo de arquivo disponibilizado por alguém, você já experimentou essa ideia. Mas
essas novas propostas, que vão muito além de uma reciclagem, começaram exatamente aí. Inicialmente de forma virtual, as pessoas começaram a demonstrar abertura para o compartilhamento, o empréstimo e a doação e, aos poucos, essas ideias se ampliaram, saindo do mundo virtual para o real. Ao redor do mundo, são muitas as iniciativas que estão focadas num consumo mais consciente em que os processos e padrões foram reorganizados para uma realidade de um consumidor mais inteligente e mais propenso a dividir, emprestar e reaproveitar. Deu vontade de começar? Para isso não é preciso muito. Criatividade, mente aberta e consciência são suficientes. Mas uma coisa é importante destacar: é preciso começar. O estilo de vida consumista e acelerado é coisa do passado. A qualidade de vida de hoje e de amanhã começa na sua consciência.
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MODO DE USAR
OVER DOSE Sinalizando novos tempos e estilos, o oversize começa a dar forma em looks com comprimentos exagerados
Por Graziela Morelli O mundo está em crise e em profundo processo de transição. E a moda, como fenômeno social e cultural dos mais representativos na contemporaneidade, reflete isso nas suas novas propostas e atitudes. Para quem pensa que moda se resume apenas a velocidade de renovação sem se importar com o que acontece no resto do mundo, engana-se. Há algum tempo que ela dá sinais de que o mundo não é mais o mesmo. Nem a moda. Propostas que sinalizam muito mais que aparências interessantes e revelam sentimentos, visões de mundo, necessidades, além, é claro, de novas estéticas numa velocidade que não é mais a do fast fashion, mas a de cada um. Nesse sentido, um olhar para referências estéticas dos anos 90 totalmente repaginadas, ampliadas, intensifica-
das e retrabalhadas começam a ganhar espaço e despertar interesse das marcas e das personalidades mais cool do planeta. O oversize, ou seja, as silhuetas amplas e exageradas revelam uma revalorização do conforto, da necessidade de proteção e uma grande influência das ruas. Junto a isso, sobreposições, peças infladas e proporções esquisitas deixam o corpo submerso, evidenciando uma despreocupação com a definição de gênero. Tecidos e modelagens inflaram o shape dos looks da última temporada de desfiles internacionais e reflete o que já vem aparecendo, ainda de forma tímida, nas ruas. Casacos, calças e cachecóis ultrapassam os comprimentos normalmente utilizados, mas revelam estilos que vão dos mais casuais e esportivos aos mais sofisticados. O novo designer da Balenciaga ampliou as doudonnes em tecidos ultraleves, mas super quentes a proporções que parecem levantar voo
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FOTOS INDIGITAL MEDIA
A BCBG Max Azria evidenciou os tons neutros referenciando um estilo normcore com proporções ampliadas no casaco, calça e cachecol
Peças em modelagens extralarge que parecem ter sido roubadas do armário de alguém muito maior estiveram na passarela de Isabel Marant
Tricôs enormes, fofos e quentinhos como os da Chloé, que se transformaram em vestidos, parece que cuidam e protegem quem usa
All over! Marc Jacobs ampliou toda a silhueta e propôs saltos, saias, casacos e calças enormes
Os comprimentos dos looks de Stella McCartney arrastam no chão, mas são extremamente sofisticados e contemporâneos
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CONEXÃO
Em plena era das redes, tudo hoje está conectado o tempo todo. O espírito do tempo logo bate a nossa porta sem a mínima defasagem. E o inconsciente coletivo nunca esteve tão consciente! É hora de perceber que o que acontece longe da gente tem reflexos por aqui, quase que simultaneamente. CONEXÃO é isso: perceber que tudo se desdobra rapidamente e que as coisas #delá podem também ser #daqui. Por Rodrigo Zen
#DELÁ “Tudo muda o tempo todo no mundo”, já cantava Lulu Santos em “Como uma Onda”. E essa efemeridade é característica imprescindível da moda, que a cada seis meses desembarca coleções desfiladas nas passarelas para as prateleiras e araras das lojas - pra ficar num exemplo bem simples, porque o caminho é bem mais tortuoso. A maior parte das grandes marcas trabalham com pelo menos 20 coleções ao ano! Façamos as contas: um ano tem apenas 12 meses e todas essas coleções são supervisionadas por um único diretor artístico. Haja criatividade! Os sinais de fadiga deste sistema enlouquecido da moda já aparecem. Diante da crise econômica,
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Raf Simons
o próprio consumidor questiona seu consumo desenfreado. Do lado da indústria da moda, grandes nomes à frente de marcas consagradas acabam saindo ou sendo desligados, justamente porque questionam esta criatividade programada para um consumo desenfreado, que parece estar cada vez mais fora de moda. Raf Simons, desde 2013 foi diretor artístico da Dior. O belga anunciou em outubro do ano passado sua saída e um dos principais motivos era justamente esta velocidade da moda: coleções feitas em 3 semanas, falta de tempo para incubar as ideias. Outro grande nome, desligado recentemente da marca Lanvin, foi Alber Elbaz. Neste caso, a iniciativa foi da própria marca. Os motivos
também estão relacionados a esta velocidade da moda atual, e desta necessidade de produção industrial da criatividade. A moda, que teve seus dias como grande questionadora, volta a se questionar. E este talvez seja justamente o que se precisa para a moda voltar aos seus dias de glória diante de um modelo econômico que também busca mudanças. Avante! Outro grande nome, desligado recentemente da marca Lanvin, foi Alber Elbaz. Neste caso, a iniciativa foi da própria marca e aconteceu sete dias após o anúncio de Raf Simons na Dior. Os motivos também estão relacionados a esta velocidade da moda atual, e desta necessidade de produção industrial da criatividade.
Alber Elbaz
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#DAQUI Enquanto grandes marcas questionam seus modelos de negócio frente aos novos tempos, outras pessoas fazem acontecer por aqui, com novas marcas e novos modelos de negócio. A era da economia criativa rende frutos em nosso quintal, com o surgimento de marcas e negócios em total sintonia com esses novos tempos, com valores diferenciados e um novo jeito de viver. Thais Rossiter esteve à frente da direção criativa de uma grande marca por mais de dez anos, trabalhando ao lado de grandes executivos e pessoas talentosas. A transformação veio quando se tornou mãe, com mudança de valores e a batalha de conciliar tempo como profissional, e estar mais presente nos momentos importantes da vida do filho. Esta transformação imensurável, a fez perceber um mercado ainda em crescimento no Brasil, o de moda infantil. E veio a grande virada: decidiu empreender. Depois de DOIS anos amadurecendo ideias e possibilidades, surgiu a Beleleo Kids, com todos os conceitos que uma roupa de criança deve ter: colorida, criativa, e cheia de referências
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do imaginário infantil. Foram mudanças profundas, decisões importantes de vida, novos aprendizados e novos caminhos, sem deixar de ser um desafio constante, mas recompensador. O jovem Cássio Chaves vem na contramão. A experiência de trabalho vem da indústria metalúrgica, mas o gosto particular na maneira de se vestir, que desde muito cedo dava trabalho para a mãe, fez com que Cássio empreendesse no mundo da moda masculina. Ainda estudante de moda, buscou conhecer mais o processo de costura e desenvolvimento, em especial da camisaria. Hoje, a Xavez Costura Masculina é especializada em camisaria. Iniciada no segundo semestre de 2015, a marca busca atender o público jovem masculino, em ampla ascensão, com peças limitadas, estampas alternativas e modelagem diferenciada. Como slogan da marca, a frase “#heraça ou #legado a escolha é sua” chama a atenção e desperta para os valores dos novos tempos: fazer acontecer e inspirar pelo exemplo. Inspire-se nestes exemplos daqui, que estão em conexão com tudo o que está acontecendo hoje no mundo e faça acontecer também!
Cássio Chavez
Thais Rossiter
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BEM ESTAR
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A beleza vem do bem estar, principalmente estar bem consigo mesmo. Em tempos em que os excessos são questionados, os artifícios em (des)favor da beleza também entram em crise. Afinal, passar o dia sob o efeito da técnica Kardashian dá certo trabalho, não é verdade? Não vamos ser hipócritas: há beleza ali também. Mas, mais importante do que entender dos artifícios, deve-se cuidar bem da base de tudo: corpo, alma e coração. Porque a nova onda é a beleza real! Confira nossas dicas. Por Rodrigo Zen
LUSH - FEITO À MÃO A marca inglesa de cosméticos Lush tem um slogan, no mínimo, inusitado frente à indústria tecnológica que hoje dita as últimas novidades da beleza. Com o lema “cosméticos frescos feitos à mão”, a marca entra num nicho de mercado cada vez mais em sintonia com os novos tempos, oferecendo produtos frescos e orgânicos, longe de qualquer apelo puramente marqueteiro. Na linha de produtos, 100% são vegetarianos, 83% veganos, 60% sem conservantes, e 38% são produtos a granel, sem embalagens, chamados
de produtos “pelados”. Dentre seus fornecedores, somente empresas que seguem a mesma ética, que, sobretudo, não financiem testes em animais. A marca já está no Brasil há alguns anos, mas seu endereço em algumas das capitais do mundo é parada obrigatória pra aqueles que se sentem inebriados pelo cheiro que alcança as calçadas da Oxford Street em Londres, por exemplo. Confira no Facebook da marca no Brasil os mais vendidos e que são sucesso absoluto por aqui: www.facebook.com/lushbrasil
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BELEZA BEL L QUE VEM DA COZINHA!
A onda ond do DIY - do it yourself, em português: faça você mesmo port - já conq conquistou a área da beleza q há muito o tempo, vide vídeos e tutoriais s nas redes sociais aos milhares. milhares s Mas, a nova onda é buscar n no “livro de receitas da vovó” aquelas velhas fórmulas aq q caseiras s para limpeza da pele, hidratação o dos cabelos, entre outras fórmulas milagrosas testadas fórm m e aprovadas há muito tempo. aprova a acordo com matéria De ac publicada publicad d recentemente no site Ponto Eletrônico, por Fernanda E Franco Cannalonga, “aprender a C fazer o que q só se imaginava possível comprar é dar um passo com m para lon longe n das expectativas do mercado. Evita os excesmerc c sos, é sa saudável e proporciona o a resgate de sabedorias de gera-
ções anteriores ou de culturas que valorizam a natureza”. Nos Estados Unidos, já existem marcas que disponibilizam no mercado produtos básicos para que, em casa, os consumidores possam criar seus próprios produtos de beleza, dentro das suas necessidades. Uma dessas marcas é a S.W. Basics, de Adina Grigore, que escreveu o livro Skin Cleanse, onde conta os incômodos que inspiraram a criação da marca. As receitas levam, no máximo, cinco ingredientes, todos fáceis de encontrar em qualquer cozinha. Quem sabe, é hora de ter aquela conversa com a mãe, tias e avó pra saber tudo, hein?! E quem sabe, empreender! Salvo casos em que as receitas sejam segredo de família.
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MEDITAÇÃO Esvaziar a mente, dar aquele reset. Quem nunca quis isso, ou quem nunca ouviu algum amigo querendo um botão de desliga? Numa era que somos bombardeados o tempo todo com informações ao alcance dos dedos na tela de um smartphone, desconectar parece artigo de luxo. Não é a toa que uma das práticas mais procuradas hoje por mentes multi atarefadas, criativas, e que queiram um pouco de paz e harmonia seja a meditação. Procurei duas amigas de Facebook para pedir algumas dicas, já que as acompanho há algum tempo e vejo fotos maravilhosas mostrando suas práticas por aí. A modelo brusquense Analu Silveira busca esvaziar a mente. A prática consiste em não se apegar em nenhum pensamento e, aos poucos, ir diminuindo, voltando sua atenção para a respiração, pro aqui e agora. “Eu faço sentada numa almofada. A coluna tem que estar ereta. Uso o aplicativo Sattva e tento fazer diariamente 15min pelo menos. O ideal é pela manhã e de estômago vazio”. Analu buscou aperfeiçoar sua
prática na Chácara Ananda Ashram, um local maravilhoso no meio da natureza que oferece retiros e vários cursos. Só no ano passado, fez três retiros e recomenda a experiência. A empreendedora criativa e artista Rafa Melara conheceu a meditação há 3 anos e foi amor à primeira vista. Conta que sua vida mudou completamente desde que iniciou as práticas, com maior percepção das situações, uma nova visão em relação à vida, maior conexão consigo mesma e com o mundo. “Meditar é estar presente aqui e agora. Sofremos basicamente por dois motivos: ou estamos lamentando algo que aconteceu no passado, ou estamos aflitos com o futuro”, relata. No seu espaço, Rafa promove encontros todas as quartas para desmistificar a meditação e estimular a prática. Que uma mente forte tem um poder absurdo, não podemos duvidar. E estar bem consigo mesmo certamente reflete uma beleza essencial. Quer prova maior do que essas fotos?
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A modelo Analu Silveira, adepta também da acroioga
Rafa Melara, em um dos seus retiros de meditação
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