Revista Olhares Múltiplos 2011-2

Page 1

Revista dos cursos de Design da Univali *U½ƭFR ,QGXVWULDO Jogos e Moda

Cultura Global Case Biblioteca Comunitåria As tendências em evidência Objetos do cotidiano viram coleçþes Prata da casa Design e criatividade no Pixel e BGS


Olhares MĂşltiplos Revista Digital dos Cursos Editorial de Design da Univali

editorial

Diretora geral

Cultura Global. Esse ĂŠ o tema da terceira edição da Revista Digital Olhares MĂşltiplos, produzida pelos cursos de Design da Univali. A ideia de cultura global foi o ponto de partida para a elaboração desse nĂşmero que procura englobar temas de discussĂŁo relacionados ao design, Ă s prĂĄticas da universidade e trazer Ă tona assuntos para GLVFXVVžR H UHĆŽH[žR QD IRUPDĂ‚žR DFDGĂ…PLFD $SUHVHQWDGD FRPR XPD macrotendĂŞncia por grandes agĂŞncias de pesquisa de comportamento, mercado e moda, a ideia de cultura global estĂĄ associada a uma visĂŁo nova das formaçþes sociais, das culturas nacionais e dos hĂĄbitos de FRQVXPR TXH LQWHUIHUHP H LQĆŽXHQFLDP WRGD D UHODĂ‚žR GR GHVLJQ FRP D sociedade.

Bianka Cappucci Frisoni

Editora Graziela Morelli

Diretora de arte e diagramação Mary Meßrer

3URMHWR *UŸƏFR Mary Meßrer Fernanda da Silva Vanessa Outeiro

)RWRJUDĆŹD Vinicius de Oliveira

Colaboradores Anderson Alves Carol Macam Deivid Hodecker Isabela Bugmann Marco AurĂŠlio Petrelli Marco AurĂŠlio Santos Maria Ligia Carvalho Michelle Moltini Thiago Grzybowski Thiago Ficagna

RevisĂŁo Graziela Morelli

Contato Campus Balneårio Camboriú Bloco 02 Sala 103 5ª Avenida s/n Bairro dos Municípios CEP 88337-300 Balneårio Camboriú – SC Telefone: (47) 3261-1304 www.designunivali.com

Nesta edição produzida de forma coletiva e mĂşltiplos olhares apresentamos alguns dos TGIs - Trabalho de Graduação Interdisciplinar que se destacaram no primeiro semestre de 2011 nos cursos de Design GH 0RGD 'HVLJQ *UŸƏFR H 'HVLJQ ,QGXVWULDO 1D VHĂ‚žR 2OKDUHV H Mercado MĂşltiplo trazemos duas belas contribuiçþes dos professores Marco AurĂŠlio Petrelli e Thiago Ficagna que escrevem sobre o Pixel Show e o Brasil Game Show aproveitando para debater sobre a criatividade e o mercado de games. O texto escrito pelo Prof. Petrelli relata ainda a viagem de Ă´nibus de BalneĂĄrio CamboriĂş atĂŠ SĂŁo Paulo atĂŠ o Pixel Show com os diversos momentos de euforia, diversĂŁo e cultura vivenciados pelos alunos. A seção MostraĂ­ estĂĄ presente mais uma vez com a colaboração de LOXVWUDĂ‚Ă?HV H IRWRJUDĆŹDV FULDGDV SRU DOXQRV GRV FXUVRV GH 'HVLJQ H D SDUWLFLSDĂ‚žR GHOHV VH HVWHQGH D XP GHVDĆŹR SURSRVWR D GXDV HVWXGDQWHV do curso de Design de Moda que se colocaram numa situação atĂ­pica com o intuito de repensar nossos valores e nossa forma de consumir. &RQĆŹUD DV SURSRVWDV TXH ĆŹ]HPRV QD VHĂ‚žR ( VHf Movidos pelo tema da edição discutimos a Cultura Global na matĂŠria de capa e em trĂŞs editoriais produzidos nos nossos laboratĂłrios. As inspiraçþes foram os grandes temas relacionados desenvolvidos a partir da leitura das macrotendĂŞncias: Hipercultura, Eco Hedonismo e Neutralidade Radical. E, aproveitando o caminho das pesquisas de tendĂŞncias produzimos duas matĂŠrias: a primeira chamada de “A HUD GDV WHQGĂ…QFLDVq HP TXH UHĆŽHWLPRV VREUH DV WHQGĂ…QFLDV GH moda e comportamento e o crescimento desse mercado de agĂŞncias de pesquisa; e a segunda, mais nostĂĄlgica, falamos sobre as coleçþes e a relação emocional que temos com os objetos que revelam nossos gostos e nossa vida. A nova Biblioteca ComunitĂĄria inaugurada no Campus de BalneĂĄrio CamboriĂş ĂŠ o case desta edição. Na seção Vida no campus, a coordenadora dos cursos de Design conta sobre a criação da identidade YLVXDO GD %LEOLRWHFD &RPXQLWÂźULD IHLWD SHOD 2I 'HVLJQ 2ĆŹFLQD AcadĂŞmica de Design. Ainda podemos nos deliciar com dois editoriais: um deles produzido com o curso de Cosmetologia e EstĂŠtica e outro produzido a partir do curso de ExtensĂŁo de Produção de Moda para (GLWRULDLV H 3DVVDUHOD ( ĆŹQDOPHQWH SDUD IHFKDU FRP FKDYH GH RXUR entrevistamos nossos egressos para saber por onde andam depois que deixam a universidade para trilhar novos caminhos. Em A Prata da Casa FRQYHUVDPRV FRP GHVLJQHUV IRUPDGRV SHOD 8QLYDOL QDV ÂźUHDV GH *UŸƏFR Moda e Industrial. NĂŁo perca! Graziela Morelli


sumĂĄrio 7*, Olhares 12 Mercado MĂşltiplo 16 Pesquisa de TendĂŞncias 18 Capa Cultura Global 26 MemĂłria 48 &DVH %LEOLRWHFD 3UDWD GD &DVD Vida no Campus 66 ,PDJHP $ĂƒÂżR ( VH Charge 84


Ana Paula Design de Moda - 4° período


7*, 'HVLJQ

O 7UDEDOKR GH *UDGXDĂ‚žR ,QWHUGLVFLSOLQDU TGI dos cursos de Design da UNIVALI, ĂŠ XPD DWLYLGDGH SUÂźWLFD GH SURMHWR JUŸƏFR desenvolvida pelos acadĂŞmicos no Ăşltimo perĂ­odo do curso como requisito parcial para a conclusĂŁo da sua graduação. O TGI consiste no desenvolvimento de um projeto individual completo, onde o aluno deve LQWHJUDU RV FRQKHFLPHQWRV DGTXLULGRV durante todo o curso nas diversas disciplinas e atividades de pesquisa, extensĂŁo e estĂĄgio. Os projetos sĂŁo apresentados publicamente e defendidos oralmente perante uma Banca Examinadora, que procede a avaliação do mesmo, sempre objetivando a adequação Ă s ĂĄreas do 'HVLJQ *UŸƏFR ,QGXVWULDO RX GH Moda. A seguir sĂŁo apresentados os TGIs que se destacaram no primeiro semestre de 2011. SĂŁo projetos desenvolvidos para diversos segmentos e representam a LQRYDĂ‚žR WHFQRORJLD FULDWLYLGDGH H SUHRFXSDĂ‚žR VRFLDO presentes nos cursos de Design.

7*,


TGI Design

*U¼ƬFR

Livro interativo SDUD FULDQÃDV FHJDV Aluno: &DPLOD 3HUHLUD %LWHQFRXUW Orientador: Mary Vonni Meürer O objetivo era desenvolver o projeto JU¼ƬFR GH XP OLYUR GH OLWHUDWXUD LQIDQWLO para crianças cegas de 3 a 7 anos, valorizando a utilização de recursos táteis, sonoros e olfativos, trazendo mais interatividade para o livro.

$SOLFDWLYR SDUD L3DG focado no empreendimento imobiliário da construtora Mendes Sibara Aluno: Karen Canuto Orientador: Mary Vonni Meürer O objetivo do projeto era criar um aplicativo para iPad para o empreendimento ‘Marina Beach Towers’, da construtora Mendes Sibara de Itajaí, D ƬP GH DSHUIHLÂRDU R DWHQGLPHQWR DR cliente.

7*,


&RQVFLHQWL]DÿR GH DEDQGRQR H maus tratos animais através de LQWHUYHQÿR XUEDQD Aluno: 5LFDUGR GH $OPHLGD Orientador: Luiz Roberto de Lima 2 REMHWLYR GR SURMHWR HUD FDXVDU XPD UHƮH[¾R no dia-a-dia da sociedade da região do Vale do Itajaí sobre os maus tratos e abandono animal, trazendo conscientização e preocupação, e assim atingir o público de forma estranha e agressiva por meio de ilustração.

7*,


TGI Design

Industrial

FLET HELMET capacete com sistema GH LOXPLQDĂƒÂżR SDUD RV FLFOLVWDV Aluno: Bruno Rebelo Orientador: Carlos Eduardo de Borba O FLET HELMET ĂŠ um capacete com sistema de iluminação para os ciclistas de MTB Mountain Bike – Cross Country. O projeto ĂŠ composto por aplicaçþes de mĂŠtodos e ferramentas, abordando toda a criação e conceituação do produto com suas devidas informaçþes sobre aspectos estĂŠticos, tĂŠcnicos e de marketing atribuindo ĂŞnfase a sustentabilidade. Esta nova proposta de produto envolvendo o sistema de iluminação integrado a superfĂ­cie do capacete utilizando energia alternativa poderĂĄ conscientizar os ciclistas e sua nova geração pela importância da sustentabilidade no esporte, podendo assim melhorar a qualidade de vida das pessoas e contribuir ao meio ambiente tornando-o mais ecolĂłgico.

7*,


/,%580 Food Dispenser Aluna: 0DULDQD /HWÈFLD GH 0RUDHV Orientador: Carlos Eduardo Mauro O projeto aborda temas relacionados ao desenvolvimento de um produto que seja facilitador e adaptável, onde segundo as pesquisas realizadas detectou-se a QHFHVVLGDGH GH PRGLƬFDU FRQFHLWRV GH autosserviços, agregando referenciais SDOS¼YHLV D ƬP GH SRVVLELOLWDU XPD HVFROKD pratica e saudável de alimentos.

0(&+$ $UEDOHWH SDUD LQLFLDQWHV Aluno: Diego Manoel Mafra Orientador: Georgio Leandro de Souza Alguns dos equipamentos utilizados na pesca subaquática ainda apresentam aspectos que podem ser melhorados através do design. Com base nesta premissa este projeto foi elaborado. O projeto visa o sistema de preparação do arbalete para o disparo, pois a referida preparação é composta por uma seqüência de procedimentos que apresentam diversos pontos críticos.

7*,


TGI Design

0RGD OPOSTOS Dusty and New Luxury Editorial de Moda Aluna: $QD &ULVWLQD 3HOOL]]DUR &RUUHLD Orientadora: %LDQND &DSSXFFL )ULVRQL Este projeto propõe um debate entre o novo luxo e a moda de rua, por meio da produção de um editorial de moda ambientado no espaço urbano, analisando e demonstrando as possibilidades de associação entre as novas formas de consumo autoral e o mercado antes inacessível de produtos de moda cada vez mais disponíveis a todas as classes. Ao invés de fronteiras que demarcam as diferenças de poder aquisitivo entre os indivíduos, a proposta do editorial fomenta o acesso ao consumo como uma tendência comportamental.

7*,


81,2)),&( 9HVWLPHQWDV 3URĆ­VVLRQDLV para a empresa Toka Som Aluna: $QD &DUROLQD 'DJRVWLQ Orientadora: (JĂ„ULD +Ă‘HOOHU %RUJHV 6FKDHIHU Esse projeto apresenta uma proposta de YHVWLPHQWD SURĆŹVVLRQDO SDUD D HPSUHVD GH sonorização Toka Som que proporcionasse FRQIRUWR VHJXUDQĂ‚D H HĆŹFÂźFLD QR H[HUFLFLR de suas funçþes. Elaborados a partir de tecidos tĂŠcnologicos e modelagens funcionais, complementa a identidade visual por meio de peças que harmonizem com o FRQFHLWR ĆŹQDOLGDGH H PLVVžR GD HPSUHVD H proporcionando praticidade e funcionalidade preservando ainda as caracteristicas pessoais de cada usuĂĄrio.

(&2)5,(1'/< 6+2(6 &ROHĂƒÂżR GH FDOĂƒDGRV GH VDOWR DOWR SDUD R YHUÂżR Aluna: (PDQRHOOD 6FKZHGHU GH /LPD Orientadora: 7DL]D .DOLQRZVNL O objetivo deste projeto ĂŠ desenvolver uma coleção de calçados femininos de salto alto para o verĂŁo 2012, levando em consideração as questĂľes estĂŠticas, GH FRQIRUWR H VXVWHQWDELOLGDGH D ĆŹP GH satisfazer as necessidades do pĂşblico alvo. Este projeto explorou a falta de conforto nos calçados de salto alto, procurando minimizar o problema atravĂŠs da utilização de materiais jĂĄ existentes no mercado e que foram desenvolvidos para solucionar esta questĂŁo. 7*,


olhares

Por Marco AurĂŠlio Petrelli

Realizado nos dias 15 e 16 de outubro passado, o Pixel Show nunca contou com um grupo tĂŁo grande de participantes de Design da Univali (75 inscritos) entre professores e alunos das diferentes habilitaçþes: Moda, Industrial, *UŸƏFR H *DPHV $WĂ„ D 8QLGDGH ,OKD HVWHYH representada nesta viagem. Sei que nĂŁo ĂŠ fĂĄcil passar mais de 10 horas dentro de um Ă´nibus, escutando cantores deVDĆŹQDGRV EULQFDGHLUDV pVHP JUDĂ‚Dq WLUDQGR R sono de praticamente todo mundo. “- Como conseguem?â€? perguntam os que nĂŁo estavam na mesma “vibeâ€?, tentando tirar alguns momentos de descanso para aproveitar melhor o evento. Acredito que o bacana em participar de um evento como o Pixel nĂŁo esteja somente relacionado Ă s palestras principais, ou as demais atividades programadas pela organização, mas sim, pelo contexto de sua existĂŞncia e das histĂłrias ocasionadas por ele.

Dos passeios por São Paulo em decorrência da falta de direção de nossos motoristas; das brigas por parceiros de assento no ônibus e pelo acompanhante no quarto; da festa atÊ altas horas no hotel e das estratÊgias criadas para fugir das reclamaçþes dos recepcionistas. Situaçþes vivenciadas por todos os presentes, demonstram que participar de um 12 Olhares

evento como este pode representar uma JUDQGH DYHQWXUD VHP XP URWHLUR GHĆŹQLGR R que o deixa sob certo aspecto, mais interessante. Imaginemos entĂŁo, um evento paralelo, aonde tudo acontecesse exatamente como o previsto e sem estas caracterĂ­sticas? NĂŁo seria tĂŁo interessante, nĂŁo ĂŠ? $RV TXH DFHLWDUDP HVWH GHVDĆŹR SHUFHEHUDP ainda que a receita de misturar: ilustração, moWLRQ JUDSKLFV GHVLJQ JUŸƏFR TXDGULQKRV ' DUWHV YLVXDLV JUDĆŻWL PRGD FLQHPD JDPHV H RXWURVf IRL XP JUDQGH VXFHVVR &RQKHFHU GH perto um pouco mais do trabalho (os processos, as ferramentas, as tĂŠcnicas, explorando os bastidores dos portfolios) de alguns dos nomes mais expressivos do cenĂĄrio criativo contemporâneo, nĂŁo tem preço. Percebo que na volta, muitos tenham se transformado e realmente tenham sido tocados pelas diversas horas de debate em razĂŁo da Criatividade e de suas vĂĄrias maneiras de expressĂĄ-la. Precisamos realmente começar a dialogar com o mercado e deixar de olhar o mundo “pelo monitor GH QRVVRV FRPSXWDGRUHVq DĆŹQDO GH FRQWDV nem tudo estĂĄ disponĂ­vel ou acontece no mundo virtual. Pudemos estabelecer novos laços de amizades, forjados nas inacabĂĄveis horas de Ă´nibus, por exemplo. Conversar com SURĆŹVVLRQDLV GH GLYHUVDV SDUWHV GR %UDVLO DPpliando nosso network; conhecer novas maneiras de ver o Design, alĂŠm de obviamente, sair de nossas rotinas.


Aos que por algum motivo nĂŁo puderam participar de nossa aventura, “o mundo nĂŁo acabou!â€?. Experimente digitar “Eventos de Designâ€? no Google. O resultado pode assustar aos despreparados; uma vasta lista de oportunidades. HĂĄ nĂŁo muito tempo atrĂĄs, esta procura poderia ser considerada uma grande jornada, mas nos WHPSRV GH KRMH ĆŹFD QžR PDLV GR TXH pD XP cliqueâ€? de distância. Basta olhar para portais como o Designbrasil (www.designbrasil.org. br) e ter acesso aos principais eventos do segmento, saciando os mais diferentes gostos, objetivos e interesses. Se o seu objetivo ĂŠ o de conhecer o melhor do Design nacional, eventos como a Bienal Brasileira de Design ou a Bienal de Design GrĂĄĆŹFR VžR JUDQGHV RSRUWXQLGDGHV SRLV DSUHVHQWDP GLYHUVDV DWLYLGDGHV H[SRVLĂ‚Ă?HV RĆŹFLQDV HWF FRQFRPLWDQWHPHQWH FRP D PRVWUD RĆŹFLDO Aos que se interessam pela pesquisa cientĂ­ĆŹFD R &RQJUHVVR %UDVLOHLUR GH 3HVTXLVD H Desenvolvimento em Design (P&D Design) e o Congresso Internacional de Pesquisa em Design (ANPE Design) sĂŁo um prato cheio, pois oportunizam conhecer os resultados dos PHOKRUHV HVWXGRV FLHQWĂˆĆŹFRV GRV SULQFLSDLV temas relacionados ao Design. JĂĄ, se o seu interesse ĂŠ por um tema mais criativo, participar dos eventos destinados a estudantes de design sĂŁo uma Ăłtima pedida. Os Encontros Regionais (R Design) e os Encontros Nacionais (N Design), realizados anualmente, proporcionam uma Ăłtima oportunidade para discutir o ensino do Design no Brasil, bem como, conhecer de perto um pouco mais sobre a realidade de outros estudantes, ampliando seu network e ainda participar de palestras, workshops e exposiçþes e ĂŠ claro, nĂŁo esquecendo as tĂŁo faladas festas temĂĄticas. Ainda abordando o tema criatividade, eventos como o Pixel Show (www.pixelshow.com.br) podem ser considerados “imperdĂ­veisâ€? pois criam uma grande ponte de diĂĄlogo com o mercado. De certa maneira, nada melhor do que escutar os grandes nomes do mercado, dizendo como trabalham, apresentando seus projetos, abrindo seus sketchbooks, alĂŠm das atividades paralelas, como os murais para intervençþes.

A lista dos eventos de nossa årea não para por aí e só tende a aumentar, uma vez compreendida a amplitude de atuação, de abordagem e de conhecimentos a que um designer Ê posto a prova em cada um de seus projetos, forçandoo a uma busca constante por informação. Sei que nos encontramos em um mundo de compromissos e agendas apertadas, onde praticamente não temos tempo para sequer respirar, mas serå que participar de eventos de nossa area não deveria ser considerado como uma obrigação de cunho pessoal? Serå que ao me colocar como agente passivo neste processo estaria realmente vivenciando todas as possibilidades de estudar e aprender o que realmente Ê ser Designer?

3RU ĆŹP YDOH D SHQD OHPEUDU TXH WRGR DFDGĂ…PLco dos Cursos de Design da Univali deve obrigatoriamente participar de Palestras, Cursos, Workshops como forma de cumprir as 240 horas de Estudos e PrĂĄticas e sĂł assim conseguir seu diploma. Por que entĂŁo nĂŁo unir o Ăştil ao agradĂĄvel e preparar o seu roteiro para 2012?


14 Olhares


João Pereira 'HVLJQ *U¼ƬFR SHUÈRGR 7*,


mercado mĂşltiplo

O mercado de jogos no Brasil e no mundo tem se mostrado um campo SURĆ­VVLRQDO FDGD YH] mais promissor Por Tiago Ficagna

Não são apenas algumas fontes que sugerem ou mostram dados crescentes sobre esse mercado, mas todas as mídias importantes RX LQƎXHQWHV GHPRQVWUDP SRU números que, cada vez mais, os jogos eletrônicos encabeçam as listas dos mercados mais lucrativos Ê considerado tambÊm um dos mercados que mais precisa de SURƏVVLRQDLV TXDOLƏFDGRV 8P GRV fatores associado a isso se deve ao aumento crescente de investimento por parte das pessoas em lazer e diversão.

de dĂłlares. Isso ultrapassa em muito R PHUFDGR FLQHPDWRJUŸƏFR TXH DWĂ„ entĂŁo era a meca de arrecadação no mercado de entretenimento. Vale ressaltar que nĂŁo estamos falando de um mercado de games voltado apenas para homens. Para se ter uma ideia, estatĂ­sticas indicam que sĂł em jogos para celulares existam cerca de 465 mil jogadoras no Brasil. Com um potencial de crescimento desse tipo as empresas estĂŁo FRQWUDWDQGR ERQV SURĆŹVVLRQDLV TXH tĂŞm interesse em ingressar na carreira de jogos.

Segundo o site SuperDataResearch, em 2010, o Brasil gastou no mercado online de jogos aproximadamente 165 milhĂľes de dĂłlares e a previsĂŁo para 2014 ĂŠ dobrar esse valor.

No site Game Industry existem cerca de 1300 vagas abertas ao redor do globo para as mais diversas ĂĄreas.

Segundo a consultoria Newzoo, hoje no Brasil, existem 35.000.000 (trinta e cinco milhĂľes) de jogadores ativos, e cerca de 47% desses jogadores gastam com seus jogos. Segundo o site Industry Gamers, em 2015, a cifra global para o mercado de jogos aproxima-se de 100 bilhĂľes

É interessante destacar que o mercado de jogos ĂŠ amplo e existe uma atuação forte em vĂĄrias frentes.

16 Mercado MĂşltiplo

Esse nĂşmero ĂŠ bastante expressivo se considerarmos que esse mercado ĂŠ relativamente recente e exige um alto JUDX GH HVSHFLDOL]DĂ‚žR SURĆŹVVLRQDO


Podemos citar os jogos casuais em sites de entretenimento, jogos em redes sociais, jogos voltados para celulares e agora, com bastante expressividade, os jogos voltados para tablets, jogos online (o mais famoso World of Warcraft possui hoje uma base com cerca de 11 milhões de usuários pagantes, porém no seu auge haviam 14 milhões de usuários pagantes), e os jogos para vídeo games e computadores.

Essas cifras representam não apenas uma tendência de mercado, mas sim uma mudança profunda de comportamento das pessoas ao redor do mundo. As pessoas estão escolhendo jogar como forma de entretenimento, ou seja, em seu momento de descanso as pessoas estão conectadas ou estão segurando um controle adentrando num mundo virtual de fantasia e ilusão, se divertindo, sentindo, e interagindo cada vez mais com pessoas ao redor de todo o globo. Portanto, nos resta aproveitar essa oportunidade e criar conteúdos inteligentes, informativos, que despertem o interesse do público, para que possamos também “comer” uma fatia desse bolo maravilhoso e lucrativo que é o mercado de games.

De 5 a 9 de outubro aconteceu o Brasil Game Show, a maior feira de games da América Latina. Os alunos do curso de Design de Jogos e Entrenimento Digital marcaram presença na feira e puderam acompanhar os principais lançamentos dos jogos que estão acontecendo no país. A feira contou com cerca de 90 expositores e bateu recorde de público com aproximadamente 60 mil visitantes. Este número demonstra o crescente interesse dos brasileiros em prestigiar eventos que tenham como assunto principal a área de jogos eletrônicos. A feira contou com as “grandes” do setor de jogos no Brasil como Microsoft, Sony, Level Up e NC Games. Essas empresas trouxeram seus principais lançamentos apresentando-os em seus estandes montados com bastante tecnologia para realmente impressionar as pessoas que por ali passavam. Houve também diversas conferências e eventos musicais voltados para alegria das pessoas TXH VH LGHQWLƬFDP FRP D FXOWXUD pop dos games. Os alunos da UNIVALI mais uma vez se engajaram e participaram de um dos eventos mais importantes da área, e vale ressaltar o nome do aluno Alexandre de Lima que organizou e oportunizou a ida a esse evento. 9DOHX &+$9(6


18 Pesquisa de TendĂŞncias


A ERA DAS TENDĂŠNCIAS Os personagens responsĂĄveis e as dinâmicas SRU WUÂźV GDV JUDQGHV LQĆŽXĂ…QFLDV GR FRQVXPR Por  Graziela  Morelli  e  Michelle  Moltini Ilustração  Deivid  Hodecker  e  Thiago  Grzybowski   Diagramação  Isabela  Bugmann

2 352&(662 '$ ,1)OR0$¢Âž2 Falar que o minimalismo estĂĄ em alta, que a transparĂŞncia estourou nas Ăşltimas SDVVDUHODV GH PRGD RX DSHQDV DĆŹUPDU que a eco-sustentabilidade veio para ĆŹFDU Ă„ UHODFLRQDU GLUHWDPHQWH FRP XPD palavra: tendĂŞncia. Nos Ăşltimos anos o termo entrou em ascensĂŁo e tornou-se sinĂ´nimo de diretrizes dos mais variados segmentos. E por que falamos tanto nisso? Pelo fato de grandes empresas estarem investindo pesado para conhecer a fundo o comportamento humano e extraindo resultados detalhados das nossas futuras tendĂŞncias. Alegar que este ĂŠ um negĂłcio recente tamEĂ„P QžR Ă„ SRVVĂˆYHO DĆŹQDO hĂĄ quase um sĂŠculo a The Color Association of United States, antiga Textile Color Card Association (1915 ĆŹUPDYD XP FRPLWĂ… formado pelos provedores de tecido para criação de XPD FDUWHOD GH FRUHV GHĆŹQLGD para a estação. Ainda hoje, duas vezes ao ano, este comitĂŞ e outras instituiçþes organizam e promovem a padronização entre as vĂĄrias indĂşstrias.

Os primeiros centros de pesquisa ou mesmo os birĂ´s de estilo, inicialmente organizados para atender a indĂşstria GD PRGD TXH VH ĆŹUPDYD DWUDYĂ„V GR prĂŞt-Ă -porter, surgiram nos anos 60 e, por volta dos anos 90 houve crescimento do setor e uma mudança de rumos instigada pela globalização e a chegada da internet. Foi entĂŁo que esse segmento percebeu a necessidade de desenvolver conceitos e desejos, atendendo de forma antecipada as vontades do consumidor, realizando relatĂłrios, anuais ou mensais, e mostrando Ă s indĂşstrias interessadas o que realmente o cliente quer consumir. 'HQWUR GHVWH FRQWH[WR H[LVWH XPD ĆŹJXUD de grande destaque para manter toda essa rede de informaçþes, o coolhunter. Mais conhecido como ‘caçador de tendĂŞncias’ ĂŠ o olhar dele que examina o que acontece ao nosso redor. Como um radar, estĂĄ sempre atento a encontrar o cool e defende que sĂŁo poucos os que podem exercer esse talento. Com uma percepção apurada e uma visĂŁo contemporânea, faz previsĂľes alĂŠm de seu tempo. É comum UHPHWHU R SHUĆŹO GHVVHV FDĂ‚DGRUHV D SHVsoas modernas e descoladas que desde o tempo de escola estavam em evidĂŞncia no seu grupo de amigos.

3HVTXLVD GH 7HQGÆQFLDV


O coolhunter trabalha com a sensibilidade, intuição e observação. Suas anĂĄlises envolvem questĂľes antropolĂłgiFDV VRFLROĂŽJLFDV H HWQRJUŸƏFDV VHQGR esta Ăşltima um de seus mĂŠtodos mais IUHTXHQWHV $ HWQRJUDĆŹD SHUPLWH LQYHVtigar os costumes, crenças e histĂłrias de uma comunidade observando os hĂĄbitos cotidianos. HĂĄ alguns anos, os resultados dessas pesquisas despontavam de lugares que transbordavam de pessoas irreverentes nas ruas, como Londres, que por muito tempo foi referĂŞncia de estilo. Hoje, o olhar do cool volta para o mundo. Mas toda essa percepção e essa pesquisa tem uma inspiração. Ao descrever o coolhunter nĂŁo ĂŠ difĂ­cil lembrar do famoso personagem de Charles Baudelaire, SRHWD GR VĂ„FXOR ;,; R Ǝ½QHXU 2 Ǝ½QHXU surgiu na modernidade no momento em que a industrialização dos sĂŠculos XVIII e XIX trouxe a urbanização das cidades europĂŠias e, como consequĂŞncia disso, a formação das multidĂľes e dos conglomerados humanos. Um grande REVHUYDGRU R Ǝ½QHXU GHGLFDYD VHX WHPSR a vagar pelas ruas no intuito de observar o que acontecia ao seu redor, apreendendo cada detalhe, sem ser notado, sem se inserir na paisagem buscando uma nova percepção da cidade. Ele tinha a rua como matĂŠria-prima e fonte de inspiração.

“O coolhunter trabalha com a sensibilidade, intuição e observação. Suas anĂĄlises envolvem questĂľes antropolĂłgicas, sociolĂłgicas e HWQRJUŸƏFDV VHQGR HVWD Ă•OWLPD XP de seus mĂŠtodos mais frequentesâ€? O alcance da internet possibilitou novas formas de pesquisas, sem contar na facilidade da interação. O mundo virtual ĂŠ um diĂĄrio aberto para tirar fortes conclusĂľes. Nunca nos expomos tanto como nos dias de hoje, onde relatamos a cada momento, atravĂŠs das redes sociais, nossas vontades e preferĂŞncias. Sem dĂşvida 3HVTXLVD GH 7HQGÆQFLDV


uma grande oportunidade, porĂŠm ĂŠ preFLVR WHU FDSDFLGDGH SDUD ĆŹOWUÂź ODV FDVR FRQWUÂźULR D LQIRUPDĂ‚žR VH PDVVLĆŹFD O coolhunter, na maioria das vezes, trabalha sozinho e seus dados sĂŁo repassados para os centros de pesquisas. Estes, por sua vez, seguem abastecidos de conteĂşdo para repassar aos seus clientes. No entanto, tanta informação tem seu valor. Uma assinatura de um portal de tendĂŞncias pode começar prĂłximo ao valor de 3 mil reais/ano em um site como o Use Fashion, ou ĂŠ possĂ­vel escolher uma das empresas lĂ­deres do setor, o WGSN, que possui sede em diversos paĂ­ses com uma ampla equipe e sua assinatura nĂŁo sai por menos que 15 mil dĂłlares anuais.

75$16)250$1'2 2 COOL EM PRODUTO A importância do coolhunter desenvolveu-se muito nos Ăşltimos anos. Parece estranho se comparar o acesso a informação que se tem hoje ao que se tinha hĂĄ 15 anos, mas ĂŠ exatamente por conseguir ĆŹOWUDU H FDSWDU PHOKRU DV VHQVLELOLGDGHV junto a um mundo de links, notĂ­cias, movimentos etc que o ‘çaçador de tendĂŞncias’

Pesquisa de TendĂŞncias 21


ganha força. Numa era em que as pessoas e as empresas estão hiperconectadas, as empresas precisam tomar decisões cada vez mais assertivas e prever o interesse do consumidor antes mesmo dele saber disso. Segundo Andrea Bisker, diretora do WGSN para a América Latina em entrevista ao FFW, com a quantidade de informações disponíveis no mercado, a pesquisa e a antecipação de tendências é fundamental. E isso não acontece mais só com o mercado de vestuário: “agências de publicidade e empresas de tecnologia já entendem a importância de olhar mais pra frente”, avalia Camila Toledo, diretora de tendências do Stylesight também em entrevista ao FFW.

$6 2325781,'$'(6 '2 0(5&$'2 Na era contemporânea, viabilizar a informação em forma de negócio tornou-se uma oportunidade. Conhecer a própria estrutura empresarial é fundamental para manter sua missão e conceito no mercado e a grande vantagem de ter um suporte de coolhunting, seja interna ou externamente a empresa, é tentar desPLWLƬFDU R IXWXUR 2V UHODWÎULRV Q¾R V¾R garantias de nada, apenas norteadores de previsões estudadas, mas inúmeras empresas vêm destacando o aperfeiçoamento de suas pesquisas. Algumas empresas estão incluindo na sua própria estrutura um setor voltado

22 Pesquisa de Tendências

especialmente à pesquisa de tendências e consumo. Interpretar a necessidade do consumidor de forma individual permite criar um maior vínculo com a empresa SHUPLWLQGR TXH R FOLHQWH VH LGHQWLƬTXH cada vez mais com a marca. Com grande destaque no setor da indústria têxtil no Brasil, a Tecelagem Santaconstancia possui uma diretoria internacional de estilo, representada por Consuelo Blocker, neta de Gabriella Pascolato - fundadora da empresa. Residente na Itália, Consuelo é presença frequente nas semanas de moda, está sempre viajando em busca de referências culturais e captando os novos sinais de


comportamento. Procura olhar para o que vai alĂŠm do Ăłbvio, analisando tudo o que estĂĄ a sua volta. Questionada sobre FRPR VH GHWHFWD XPD WHQGĂ…QFLD DĆŹUPD

â€œĂ‰ preciso estar sempre, sempre ligado no que estĂĄ acontecendo, ter uma cultura de moda para entender o ciclo da moda e... intuição.â€? Para Suzana Caroline dos Santos Lobo, egressa do curso de Design de Moda da Univali e designer da empresa RenauxView, “a informação multiplica as possibilidades de articulação para quem investiga as tendĂŞnciasâ€?. Utilizar diversos mĂŠtodos de coleta de dados ĂŠ essencial para obter uma ampla pesTXLVD H XPD ERD ĆŹOWUDJHP GR FRQWHĂ•GR facilitando abordar os resultados no desenvolvimento do produto e na sua forma de comercialização e comunicação. Em relação Ă anĂĄlise do cenĂĄrio atual do PHUFDGR H SURĆŹVVLRQDLV 6X]DQD DFRQselha aos interessados ser fundamental

“apurar o olhar, ter posicionamentos crĂ­ticos e criteriosos, conectar as informaçþes de forma inteligenteâ€?. Sobre o interesse no setor as agĂŞncias de pesquisas podem se considerar aliviadas. Segundo uma pesquisa realizada pelo site Use Fashion, em 2011, em entrevista com mais de 500 estudantes da ĂĄrea de PRGD H[SUHVVLYRV DĆŹUPDP TXHrer trabalhar na ĂĄrea de pesquisas. Essa porcentagem compĂľe-se, na sua maioria, de jovens entre 21 e 25 anos e do sexo feminino. A atenção voltada ao setor cresce justamente por estar ligado a uma parcela jovem da população. As caracterĂ­sticas desta nova geração competem com suas habilidades em desenvolver diversas atividades simultaneamente. Desenvolvem a curiosidade pelo conhecimento e aguçam a vontade por este campo de atuação. A previsĂŁo para o setor ĂŠ otimista e oportunidades nĂŁo faltam para atender as exigĂŞncias do mercado.

Pesquisa de TendĂŞncias 23


www.designunivali.com/npdesign



cultura */2%$/

$ LGHLD GH VXSHUPHUFDGR FXOWXUDO JOREDO DSUHVHQWD QRYRV FRPSRUWDPHQWRV H WHQGĂ…QFLDV GH FRQVXPR Por Graziela Morelli e Bianka Frisoni

Durante o segundo semestre de 2011, o tema abordado no desenvolvimento dos projetos dos cursos de Design da Univali foi intitulado de Cultura Global. A ideia da cultura global estĂĄ associada a uma visĂŁo nova das formaçþes sociais, das culturas nacionais, dos hĂĄbitos GH FRQVXPRf 6LP LVVR Ă„ R TXH HVWDPRV YLYHQGR H GH FHUWD IRUPD R WHUPR SDUHFH UHĆŽHWLU DV QRVVDV UHDOLGDGHV 0DV VHUÂź TXH HVWDPRV entendendo tudo isso? SerĂĄ que esses conceitos tĂŞm alguma relação com as nossas identidades? Vamos procurar entender um pouco mais a respeito disso. 26 Capa


A ideia de cultura sempre foi estudada e pesquisada por diversas ĂĄreas das ciĂŞncias mas, em particular, a antropologia VH RFXSRX GH GHĆŹQLU D FXOWXUD SRU entender como seu campo mais amplo de atuação. Em muitos momentos usamos o termo cultura para indicar se alguĂŠm ou um grupo possui ou nĂŁo cultura. É o que ĂŠ chamado por Guatarri (1986), ĆŹOĂŽVRIR IUDQFĂ…V GH pFXOWXUD YDORUq que corresponde a um julgamento que determina quem tem e quem nĂŁo tem cultura. É uma noção que descreve a organização simbĂłlica de um grupo onde algumas pessoas tĂŞm mais cultura que outras e estes valores estĂŁo relacionados ao conhecimento das artes visuais, literatura, mĂşsica, etc. Mas o campo da antropologia estĂĄ IXQGDPHQWDGR QXPD VHJXQGD GHĆŹQLĂ‚žR do termo cultura. A cultura pode ser entendida como o contexto onde os fatos sĂŁo produzidos, percebidos e interpretados. A cultura de um grupo ĂŠ o FRQMXQWR DUWLFXODGR GRV VLJQLĆŹFDGRV TXH os membros daquele grupo sancionam, visando lidar com o mundo natural que os FHUFD H GHĆŹQLU DV UHODĂ‚Ă?HV TXH PDQWĂ…P com os outros seres humanos.

E global? O que se entende por global RX JOREDOL]DĂ‚žR" $WĂ„ R ĆŹQDO GR VĂ„F ;; FRQVHJXĂˆDPRV LGHQWLĆŹFDU pFXOWXUDV QDFLRQDLVq RX PHOKRU LGHQWLĆŹFÂźYDPRV as culturas de determinados grupos, estados ou paĂ­ses a partir de alguns elementos que eram comuns ou que entendĂ­amos como caracterĂ­sticos daquelas regiĂľes.

$ SDUWLU GD GĂ„FDGD GH QRV HQFRQWUDPRV FRP D JOREDOL]DĂ‚žR XP SURFHVVR TXH DWXD QXPD HVFDOD global atravessando fronteiras QDFLRQDLV LQWHJUDQGR H FRQHFWDQGR FRPXQLGDGHV H RUJDQL]DĂ‚Ă?HV HP QRYDV FRPELQDĂ‚Ă?HV GH HVSDĂ‚R WHPSR WRUQDQGR R PXQGR HP UHDOLGDGH H HP H[SHULĂ…QFLD PDLV LQWHUFRQHFWDGR 0F*5(: DSXG +$// Giddens (citado por HALL, 2006) tambĂŠm explica que globalização implica em um sistema que se concentra na forma como a vida social estĂĄ ordenada ao longo do tempo e do espaço. Esse processo de globalização passou a interferir DPSODPHQWH QD GHĆŹQLĂ‚žR RX QD SUÂźWLFD da cultura.

Lucia Santaella (2003) explica: “a cultura se refere aos costumes, Ă s crenças, Ă lĂ­ngua, Ă s idĂŠias, aos gostos estĂŠticos e ao conhecimento tĂŠcnico, que dĂŁo subsĂ­dios Ă organização do ambiente total humano, quer dizer, a cultura material, os utensĂ­lios, o habitat e, mais geralmente, todo o conjunto tecnolĂłgico transmissĂ­vel, regulando as relaçþes e os comportamentos de um grupo social com o ambienteâ€?.

Alguns autores passaram a sugerir o conceito de supermercado cultural global. Como pensar em culturas nacionais quando uma boa parcela da população mundial, diariamente, escolhe aspectos da sua vida nas prateleiras de um supermercado cultural global? As opçþes de escolha disponíveis a todos são inúmeras: tratando-se de comida, &DSD


por exemplo, pode-se comer ovos e bacon no cafĂŠ da manhĂŁ, lasanha no almoço e sushi no jantar; como entretenimento, pode-se ouvir jazz, samba, reggae e salsa; no campo da religiĂŁo, pode-se escolher entre se tornar FULVWžR EXGLVWD VXĆŹ RX DWHX 2 DQWURSĂŽORJR &OLĆŞRUG *HHUW] VXJHULX XPD GHĆŹQLĂ‚žR GH FXOWXUD TXH ĆŹFRX FRQKHFLGR como conceito semiĂłtico de cultura. A cultura ĂŠ como um conjunto de teias de VLJQLĆŹFDGRV TXH R LQGLYĂˆGXR FRQVWUĂŽL GXUDQWH sua vida. É constantemente relembrada, WUDEDOKDGD H[HUFLGD PRGLĆŹFDGD QR VHQWLGR que ĂŠ possĂ­vel incorporar novos conceitos, fenĂ´menos, tecnologias, ou seja, novos elementos Ă teia. NĂŁo se trata, portanto, de algo que tende a se enfraquecer ou que corre o risco de desaparecer com as novidades advindas da globalização, porque a teia de VLJQLĆŹFDGRV DTXHOH HOHPHQWR TXH SHUPLWH ao indivĂ­duo rir de uma piada ou entender R VLJQLĆŹFDGR GH XPD SLVFDGHOD EXUOHVFD nĂŁo pode ser transformada em objeto de consumo. Tathyane Costa, no artigo “A mundialização da cultura e os processos de homogeneização e formação da cultura globalâ€?, cita Hannerz procurando explicar que essa cultura global nĂŁo ĂŠ uma forma de homogeneização da cultura e nem se dĂĄ de uma forma imposta. A cultura global estĂĄ assinalada por um organismo de diversidade e nĂŁo por uma repetição de uniformidade. SĂŁo as culturas locais e suas relaçþes, trocas, contatos cada vez mais acentuados que formam a cultura global. SĂŁo partes importantes, cada qual com suas particularidades, que formam uma rede de subculturas. Por exemplo, as pessoas podem se sentir “mais globaisâ€?, ou mesmo pertencentes a essa cultura global, ao acenderem um incenso, adquirirem uma escultura africana, usarem roupas indianas, DVVLVWLUHP D ĆŹOPHV LUDQLDQRV RX MDQWDUHP QXP restaurante japonĂŞs. É essa diversidade de opçþes que compĂľe a mundialização cultural e que ĂŠ compartilhada – e nĂŁo sobreposta – com RV VĂˆPERORV H VLJQLĆŹFDGRV GD FXOWXUD ORFDO 28 Capa


$ WUDQVIRUPDĂƒÂżR GD REVHUYDĂƒÂżR HP tendĂŞncia Essas observaçþes e constataçþes a respeito GDV GHĆŹQLĂ‚Ă?HV GH FXOWXUD H JOREDOL]DĂ‚žR H D evolução de uma cultura global foi traduzida para o apontamento de uma tendĂŞncia, ou seja, a percepção de que esse caminho da cultura global ĂŠ uma realidade que tende a se transformar num comportamento real, observado aqui, entre nĂłs e que vai nos guiar nas prĂłximas estaçþes ou anos para o desenvolvimento de novos produtos e projetos e para a compreensĂŁo do comportamento de consumo. As agĂŞncias de pesquisa de tendĂŞncias WGSN e UseFashion apresentaram leituras que sinalizam alguns desses novos comportamentos que vĂŁo, conforme o conceito de Geertz, formando WHLDV GH VLJQLĆŹFDGRV QRYRV D FDGD QRYR encontro, a cada movimento.

eco hedonismo

(VWH WHPD WHP VXDV UDĂˆ]HV ĆŹQFDGDV QD sustentabilidade. A natureza e a ecologia e um novo modo de pensar o consumo e o desenvolvimento de produtos estĂĄ relacionado a esse tema que traz uma nova ideia de luxo. Tudo que ĂŠ natural ganha XPD DERUGDJHP VRĆŹVWLFDGD GD PRGD DR comportamento, da gastronomia Ă beleza.

neutralidade radical

A neutralidade radical då uma chacoalhada nos valores humanos. Seu foco estå em duas vertentes: a androginia e o minimalismo. O gênero se torna mais aberto a traduçþes à medida em que os estilos de vida e sexualidades múltiplas se tornam mais FRPXQV 2 LQGLYLGXDOLVPR VH LQƏOWUD QR genÊrico e a uniformidade Ê usada como um inesperado veículo de statements complexos.

hipercultura $VVLVWD R YLGHR FRQFHLWXDO VREUH &XOWXUD *OREDO SURGX]LGR por Vinicius de Oliveira e Euclydes da Cunha Neto

A hipercultura que intitula esse tema trata de uma nova ordem visual que aparece a partir de uma grande mistura de estilos, valores e ícones promovida pelo design cross-cultural e pelas novas formaçþes sócio-econômicas. A combinação de antigas tradiçþes com a tecnologia desenvolvida atravÊs da internet e das redes que relacionam uma nova geração de artistas, designers e pensadores marcam esse tema que busca transcender seus limites para criar algo novo. &DSD


&DSD

luxo sustentรกvel


3URGXĂƒÂżR ([HFXWLYD JĂŠssica Pinn Estilo .DXDQD $PDUDO )RWRJUDĆ­D Celso Peixoto CenĂĄrio )HUQDQGD $]DQKD -Ă…VVLFD 3KLOLSSL $PDQGD /XQHOOL Look 5RVHPDUL 0RVHU 5DIDHOOH %RUWROLQ Modelo Lurdiana Tejas Maquiagem Vanessa Guerra $X[LOLDU GH SURGXĂƒÂżR &DUOD 0LFKHOOH %RFDUWH $PDQGD &DUYDOKR 7UDWDPHQWR GH ,PDJHP $QGHUVRQ $OYHV $X[LOLDU GH IRWRJUDĆ­D 0DNLQJ RĆŤ Charles Kobayashi 'LVFLSOLQD IRWRJUDĆ­D GH PRGD Prof. Vinicius de Oliveira

Capa 31


32 Capa


Capa 33


34 Capa


Momento GH DƭUPDU R prazer como o supremo bem da vida humana entendido de forma mais ampla como felicidade. Prazer moderado SHOD UD]¿R numa interUHODÿR FRP DV FRQGLÃÑHV GH OXWD pela existência respeitando a economia da natureza da vida.

&DSD


36 Capa


&DSD


neutral+

LQGLIHUHQoD ‡ LPSDUFLDOLGD EiVLFR R HVVHQFLDO VH WRUQD GUiVWLFR SURIXQGR H GHFLVLY LQWUDQVLJHQWH QDV LGHLDV RX Q UHFHEH UHIRUPDV SURIXQGDV ‡ OXJDU D H[SHULrQFLDV SHULJRVD GR VHU YLYR TXH VH FRPSRUWD FRPR IrPHD ‡ p D TXDOLGD SUHVHQoD GH IORUHV PDVFXOL L Q I O R U H

38 Capa


+i+dade

DGH p IXQGDPHQWDO H FRPSOHWR H WRWDO WXGR p YR R TXH p LQIOH[tYHO RX QDV DWLWXGHV R TXH p UDGLFDO DV SRVLo}HV H[WUHPLVWDV GmR DV H DUULVFDGDV D TXDOLGDGH VLPXOWDQHDPHQWH FRPR PDFKR H DGH GR LQGLYtGXR TXH DSUHVHQWD LQDV H IHPLQLQDV QD PHVPD V F r Q F L D

&DSD


WROHUkQFLD OLEHUGDGH FUHQoD QDV GLIHUHQoDV GH RSLQLmR RUJDQLVPR VXEVWkQF

&DSD


FLD TXH SRVVXL DIHWR

Capa 41


FRUDJHP GH VHU PRVWU LGHRORJLD H DWLWXGH VHP RULJLQDO VHU HX

42 Capa


UDU R TXH SHQVR ‡ DGRWDU XPD LGHLD VHP PHGR ‡ WHU GHFODUDU HP DOWR H ERP VRP ‡ XVDU XP WRP VHJXUR H DPDU ‡ LQWHQVR ‡ WUDQVSDUHQWH ‡ LQFRQGLFLRQDO

3URGXĂƒÂżR ([HFXWLYD Elisa Michels )RWRJUDĆ­D Vinicius Oliveira Modelos *DEULHO *DUFLD +HQULTXH 6LOYHVWUH 'Ă…ERUD %DUERVD Maquiagem Mateus Correia 7UDWDPHQWR GH ,PDJHP Vinicius Oliveira $X[LOLDU GH IRWRJUDĆ­D 0DNLQJ RĆŤ Charles Kobayashi Texto Mix List 'LDJUDPDĂƒÂżR Bianka Capucci Frisoni

Capa 43


44 Capa


&DSD


cultura global

brasil

8PD FRQH[¾R JOREDO HP TXH D ORFDOL]D¾R JHRJU¼ƬFD Q¾R QRV PRVWUD PDLV RQGH HVWDPRV 8P PL[ GH FXOWXUDV K¼ELWRV YDORUHV QR PXQGR LQWHUFRQHFWDGR LQVWDQW½QHR H JOREDOL]DGR 8P PXQGR RQGH Ä SRVVÈYHO DEVRUYHU H FRQKHFHU WXGR QXP OXJDU VÎ H RQGH DV UHIHUÅQFLDV GH FDGD HVSDÂR GH FDGD FXOWXUD GH FDGD KLVWÎULD VH WUDQVIRUPD HP XPD ÕQLFD D GR KRPHP JOREDO H FRQWHPSRU½QHR -DS¾R 7XUTXLD %UDVLO 0Ä[LFR H IULFD GR 6XO FRQHFWDP VH QHVVD YLDJHP TXH SURWDJRQL]D QHVVH HQVDLR DV LQƮXÅQFLDV GD PRGD

46 Capa


&DSD


africa

48 Capa


japao

&DSD


mexico

&DSD


turquia

Beleza Marcia Gomes De Souza 3URGXĂƒÂżR GH 0RGD $QGUHVVD 'DOOD]HQ &DUOD % 6RX]D )HUQDQGD 'H &KDYHV +DGDVVD 0DFKDGR -RVHDQH 'RV 6DQWRV Larissa Freitas e Michelle Moltini Modelo Vilma Lundt )RWRJUDĆ­D Vinicius Oliveira e Charles wKobayashi 7UDWDPHQWR GH ,PDJHP Michelle Moltini 'LVFLSOLQD 3URGXĂƒÂżR GH 0RGD Prof. Graziela Morelli

&DSD


MemĂłria

,WHP GH colecionador 2EMHWRV GR FRWLGLDQR QRV DMXGDP D FRQVWUXLU QRVVD LGHQWLGDGH H QRVVD UHODĂ‚žR FRP D VRFLHGDGH GH KRMH H GH RQWHP 3RU *UD]LHOD 0RUHOOL 'LDJUDPDĂƒÂżR 0DUFR $XUĂ…OLR 6RDUHV

Vivemos o mundo do consumo e dos objetos. Somos rodeados pelos mais variados tipos de objetos que vĂŁo nos acompanhando (ou nĂŁo porque tambĂŠm existem aqueles totalmente desapegados) pela nossa vida. Alguns tĂŞm hĂĄbito de descartar frequentemente e outros vĂŁo carregando aquelas coisas consigo por grande parte da vida.

VocĂŞ conhece alguĂŠm que coleciona alguma coisa? É fĂĄcil encontrar pessoas que gostam de colecionar objetos dos mais diversos, desde a tradicional coleção de selos, moedas, bolinhas de gude atĂŠ obras de arte, carros, aparelhos eletrĂ´nicos etc.

O fato Ê que atravÊs das roupas que vestimos, dos livros que lemos, das músicas que ouvimos, dos objetos que ocupam os espaços e decoram a nossa casa mostramos quem nós somos, representando nossas escolhas e dizendo muito sobre nós. E mais: muitas vezes nos apegamos de tal forma a esses objetos que desenvolvemos uma relação emocional. Um professor de psicologia e educação

( PDLV YRFĂ… MÂź ROKRX SDUD RV REMHWRV TXH WĂ…P HP FDVD H VH SHUJXQWRX R TXH HOHV GL]HP VREUH YRFĂ…"

0HPĂ?ULD

0DV SRU TXH DV SHVVRDV FROHFLRQDP H MXQWDP objetos?

da Universidade de Chicago visitou 80 famílias americanas e perguntou para cada uma delas o que era mais importante dentro de casa. A grande maioria não indicou nada que tivesse alto valor monetårio, mas algo de valor afetivo: a cadeira de balanço que foi do avô,

a mesa de estudos da adolescĂŞncia, a mĂĄquina de costura que pertenceu a tia. Isso mostra que os artefatos tĂŞm participação no nosso cotidiano organizando prĂĄticas VRFLDLV LQĆŽXHQFLDQGR comportamento e representando quem somos. p2 PXQGR DFDERXq ĂŠ um livro maravilhoso e divertido escrito por um jornalista chamado $OEHUWR 9LOODV que faz a arqueologia do prĂłprio passado apresentando um inventĂĄrio de personagens, hĂĄbitos, produtos, nomes, marcas e objetos que se eternizaram na memĂłria de muitos brasileiros, principalmente aos que hoje passaram dos 40. No livro, o autor faz uma busca por uma sĂŠrie de produtos e marcas que jĂĄ nĂŁo existem mais mas que ĆŹFDUDP QD QRVVD PHPĂŽULD como por exemplo, a


ĆŹFKD GH WHOHIRQH R WĂ…QLV bamba, os slides ou o forte apache. Em cada um deles, uma histĂłria - a dele - e a sua lembrança para com aqueles objetos que permeiam a memĂłria de muitos de nĂłs. Essas histĂłrias e objetos estĂŁo cada vez mais presentes na vida de cada um. Numa era em que tudo se move a uma

velocidade absurda, em que nos relacionamos cada vez com menos pessoas ou a distâncias cada vez maiores, eles fazem com que possamos nos sentir mais seguros, mais estimados. São eles que nos fazem recordar bons momentos, pessoas especiais, nossas origens, nossos desejos, nossos valores e nossa personalidade.

2 ODU FRPR H[WHQVÂżR de nĂłs mesmos JĂĄ prestou atenção nas casas das pessoas? SĂŁo fantĂĄsticas quando realmente permitem-se expor e organizar suas “preciosidadesâ€?.

+RMH HP GLD FRP WDQWDV IDFLOLGDGHV H RSĂ‚Ă?HV GH PĂŽYHLV HOHWURGRPĂ„VWLFRV H REMHWRV SRGHPRV FULDU DPELHQWHV TXH VžR D QRVVD FDUD RX PRVWUDU TXH simplesmente nĂŁo FRQVHJXLPRV VDEHU TXHP VRPRV Objetos trazidos de viagens, coleçþes de obras de arte ou fotos de famĂ­lia, plantas, FDUWD]HV GH ĆŹOPHV RX objetos herdados, mĂłveis

antigos convivendo com peças antigas, cantinho de criação ou equipamentos de alta tecnologia podem fazer parte de um lar reproduzindo muito da personalidade, dos gostos e valores daquela pessoa ou daquela família. 0DUFHOR 6RPPHU, estilista paulista da marca Do Estilista, Ê famoso por colecionar brinquedos e pela sua moda lúdica. Recentemente, o estilista lançou uma linha de móveis para a marca de decoração Micasa fabricadas a partir de peças de acervo do designer. AlÊm de tapetes e telas de estamparia, foram usadas camisetas e calças. O resultado? Tapetes com estampa de dominó e luminårias em forma de boneco.

SDUD D 0LFDVD

PPHU RU 0DUFHOR 6R S DV G LD FU V ĂƒD 3H

0HPĂ?ULD


Objetos que viram FROHĂƒĂ‘HV

Muitas vezes os objetos que habitam a nossa casa e a nossa vida tornam-se coleçþes. Na infância ou na vida adulta, os indivĂ­duos LGHQWLĆŹFDP VH FRP SHĂ‚DV ou tipo de peças e passam a colecionĂĄ-las. O poeta paulistano Haroldo de Campos colecionava livros, bengalas e gibis do personagem Asterix. Eduardo Loos, dentista de Brusque, coleciona aparelhos eletrĂ´nicos. “Tive contato com esse universo muito cedo. Em 1978, meu pai comprou o primeiro videogame lançado no Brasil, o Telejogo. Depois, ganhei um Intellivision, em 1983â€?, conta Duda Loos que, um ano mais tarde, ganhou seu primeiro computador, o TK 85. Desde entĂŁo, vem acompanhando a evolução dessas mĂĄquinas. A ideia de colecionar microcomputadores e

0HPĂ?ULD

videogames sĂł surgiu em 1997, como nostalgia de uma â€œĂŠpoca que teve muita inovação e criação de coisas que estavam Ă frente do seu tempo, uma ĂŠpoca de se divertir e fazer muitas amizadesâ€? GHĆŹQH R FROHFLRQDGRU

¤ LQWHUHVVDQWH SHUFHEHU TXH R YDORU GH XPD FROHĂ‚žR YDL PXLWR DOĂ„P GR VLPSOHV REMHWR TXH D FRQVWLWXL 2 TXH KÂź GH YDORU QXPD FROHĂ‚žR GH DSLWRV SRU H[HPSOR" 9DORU GH PHUFDGR SRGH QžR KDYHU DOJXP PDV valor sentimental para R FROHFLRQDGRU WHP H PXLWR

0D[ZHO 0XHOOHU, egresso do curso de Design Industrial da Univali, cultiva uma paixĂŁo pelos personagens da Disney desde criança. Sua habilidade em desenhar foi muito exercitada a partir das ilustraçþes que fazia, e ainda faz, dos desenhos e personagens da Disney. Sua paixĂŁo se transformou em coleção quando começou a adquirir as estatuetas dos personagens produzidas pela Disney, muitas delas numeradas e produzidas artesanalmente, FRP FHUWLĆŹFDGR GH colecionador. Maxwel comenta que existe uma relação forte com todo esse universo e que elas o acompanham sempre, tanto que se mantĂŠm expostas na sua casa e nĂŁo guardadas. “Preciso olhar para elas todos os diasâ€?, diz.


0HPÏULD


Maxwel M ue 3DL[ยฟR SH ller ORV SHUVR QDJHQV G habilidad D ' es de ilus trador ao LVQH\ H VXDV retratรก-lo s.

$VVLP SHUFHEHPRV TXH QHVVD vontade de registrar a memรณria H GH VH UHODFLRQDU FRP D SUร SULD histรณria desenvolvemos um VHQWLPHQWR GH SUHVHUYDร ยพR SUHVHQWH QDV FROHร ร HV SDUWLFXODUHV RX DFHUYRV GH PXVHXV VHMD GD PHPร ULD GDV FRLVDV H GRV OXJDUHV VHMD GH Qร V PHVPRV GD QRVVD YLGD GH TXHP VRPRV H GR TXH DSUHFLDPRV


O Mundo $FDERX =HEULQKD GR )DQWÂźVWLFR. “Ela era a estrela do FantĂĄstico nas noites de domingo. Era uma zebrinha muito simpĂĄtica, FRP XPD YR]LQKD ĆŹQD TXH anunciava o resultado da loteria esportiva mexendo apenas a bocaâ€?. $WLUHL R SDX QR JDWR “Nunca tive um gato. Minha mĂŁe dizia que gato dĂĄ aZma. Com medo GH YHU D ĆŹOKDUDGD VHP IĂ?OHJR ela preferiu o cachorro, os passarinhos, os pombos e atĂŠ mesmo tartaruga. Tudo menos gato. Pensava sempre no gato da Dona Chica, como ele deve ter sofrido. Quantas crianças nĂŁo atiraram o pau no gato e o gato nĂŁo morreu? Passei minha infância inteira atirando o pau no gato e com dĂł da Dona Chica, que assistia tudo e VHPSUH ĆŹFDYD DGPLUDGD FRP R berro que o gato davaâ€?. &ROFKD GH FKHQLOOH pFoi da noite para o dia que em todas as camas do Brasil se estenderam colchas de chenille. SĂł minha tia Lili comprou seis numa promoção. Uma vinho, uma vermelha, uma amarela, uma azul, uma branca e uma verde-ĂĄgua. Elas tinham uns desenhos cafonas em alto-relevo e costumavam soltar um pouco os pelos quando eram sacudidas na janela todas as manhĂŁsâ€?.

%DPEROĂ… “Ao som de Bill Halley e Seus Cometas, subi ao palco com um bambolĂŞ no concurso de twist do colĂŠgio. Um assombro. Baixou alguma coisa em mim, que nĂŁo conseguia mais largar aquele bambolĂŞ. Eu requebrava para cĂĄ, requebrava para lĂĄ e o EDPEROĂ… VH PDQWLQKD ĆŹUPH QD minha cintura. Fui aplaudido de pĂŠâ€?.

1DWD GH OHLWH “O leite pasteurizado era colocado num vidro e entregue por uma camionete Chevrolet adaptada com um galĂŁo enorme. Logo que o leite chegava, todos os dias, minha mĂŁe colocava numa panela de alumĂ­nio para IHUYHU H ĆŹFDYD DOL GR ODGR do fogĂŁo, para que ele nĂŁo entornasse quando atingisse o ponto de ebuliçãoâ€?.

&UXVK “O meu primeiro Crush foi, me lembro bem, na lanchonete das Lojas Americanas, ao lado da minha mĂŁe. A onda era a Coca-Cola, e nas festas de aniversĂĄrio, o GuaranĂĄ Champagne Antarctica. AtĂŠ que apareceu o Crush, diferente, numa garrafa estilosa, completamente diferente dos outros refrigerantesâ€?.

(QFHUDGHLUD “ChĂŁo era taco. Para deixar o taco brilhando, era preciso passar palha de aço, depois cera e enceradeira. Na minha casa tinha uma enceradeira moderna e minha mĂŁe tinha um xodĂł especial por ela. Guardava as escovas numa caixinha de madeira que meu pai fabricouâ€?.

0LFR SUHWR “Eram vinte e poucos casais de bichos e um pobre mico preto. EmbaralhĂĄvamos as cartas e dĂĄvamos cinco para cada um. A partir daĂ­, o objetivo era formar os casais e se livrar daquele maldito mico pretoâ€?. 8QLIRUPH GH JDOD “Sapato de verniz, meias brancas, calça azul-marinho e um paletĂł branco de mangas

compridas com o distintivo criado, acredito eu, pelo irmão Champagnat. Minha mãe passava sempre uma brilhantina Myrurgia no meu cabelo�.

3DSHO DOPDĂ‚R “Era uma folha grande, pautada e com PDUJHP ĆŹQD HP YHUPHOKR Era vendido em papelarias em bloquinhos de cinco. Quando olhava para uma folha de papel almaço vinha-me sempre Ă cabeça a imagem de Mr. Élcio, meu professor de inglĂŞs, que nunca me deu nota superior a 5â€?. %RPEULO QD DQWHQD “Bombril tem mil e uma utilidades! Essa era a propaganda. Sempre ĆŹTXHL PXLWR HQFXFDGR FRP essa histĂłria de mil e uma. Mil tudo bem. Mas por que mil e uma? AtĂŠ que descobri que a milĂŠsima primeira utilidade era melhorar a imagem da televisĂŁo. Nas pontas da antena da televisĂŁo da sala de qualquer casa elas estavam lĂĄ: duas bolotas de Bombrilâ€?.

0HPĂ?ULD


Vida no Campus

,GHQWLGDGH 0RGXODU Case da Biblioteca ComunitĂĄria Univali

Em 10 de Agosto de 2011 foi inaugurada a nova Biblioteca da UNIVALI. Um espaço diferenciado para atividades de pesquisa, leitura, estudo, etc. Com um acervo que envolve cerca de 23.655 títulos e 72.421 exemplares à disposição da comunidade. O projeto do espaço teve caråter sustentåvel, procurando fazer uso no prÊdio de novas tecnologias de construção com intuito de proporcionar luminosidade e controle da temperatura com o mínimo de gasto, alÊm de reaproveitar a ågua da chuva e ter menos resíduos do que uma obra comum. Estas soluçþes pretendem garantir uma economia de atÊ R$ 20 mil ao ano para a universidade e impacto reduzido ao meio ambiente. AlÊm da atividade da equipe de arquitetura que desenvolveu criativamente o projeto estrutural e acompanhou e implantou a obra, outras åreas tambÊm colaboraram para tornar

9LGD QR &DPSXV

R OXJDU ERQLWR HƏFLHQWH H FRQIRUWŸYHO WDLV FRPR RV SURƏVVLRQDLV GH GHVLJQ GH LQWHULRUHV H GH GHVLJQ JUŸƏFR WUDEDOKDQGR o layout interno, ambientando e sinalizando o mesmo.

Para a realização do projeto de identidade visual e sinalização da Biblioteca ComunitĂĄria utilizou-se a prĂłpria construção como inspiração. Tomou-se a HVWUXWXUD FRPR LFRQRJUDĆŹD e ponto de partida para o conceito do projeto. 7HP VH FRPR GHĆŹQLĂ‚žR SDUD D HTXLSH GR SURMHWR JUŸƏFR TXH ,GHQWLGDGH YLVXDO ĂŠ o conjunto de elementos formais que representa visualmente, e de forma sistematizada, um nome, ideia, produto, empresa, instituição ou serviço. Esse


conjunto de elementos costuma ter como base inicial o logotipo, um sĂ­mbolo visual e conjunto de cores. A confecção de um logotipo ou de um sĂ­mbolo visual capaz de representar a assinatura institucional da empresa deve ser estabelecido atravĂŠs de um documento tĂŠcnico ao qual os designers nomearam de manual da identidade visual. Esse documento serve para estabelecer normas e critĂŠrios tĂŠcnicos de reprodução da marca nos mais variados suportes existentes no atual estado da tĂŠcnica como por exemplo: VXSRUWHV JUŸƏFRV LPSUHVVžR H VXSRUWHV eletrĂ´nicos (interfaces). Ressalta-se que mesmo sendo uma biblioteca e de carĂĄter Institucional, um dos pontos fortes do projeto ĂŠ MXVWDPHQWH D ĆŽH[LELOL]DĂ‚žR GH DOJXQV conceitos tradicionais e rĂ­gidos do design JUŸƏFR SX[DQGR D LGHLD GR PHVPR SDUD uma proposta mais contemporânea e de acordo com o mercado.

Para a construção do conceito foi realizada uma pesquisa de mercado e algumas identidades institucionais serviram de referĂŞncia, principalmente: a da cidade de Melbourne, o MIT Media Lab, a Queen Rania Foundation, SPAIN arts & culture e a Casa da MĂşsica. A ideia foi de perspectivar a forma 3D da estrutura do prĂŠdio em multifacetas 2D, PDLV HVSHFLĆŹFDPHQWH D SDUWH GR WHOKDGR A proposta do projeto desde o inĂ­cio foi SHUPLWLU D LGHQWLĆŹFDĂ‚žR GD %LEOLRWHFD como um investimento diferenciado atravĂŠs de sua identidade, porĂŠm sem se tornar um elemento independente da Instituição.

9LGD QR &DPSXV


$OĂ„P GH LGHQWLĆŹFDU D ELEOLRWHFD R GHVDĆŹR IRL FULDU XPD LPDJHP JUŸƏFD TXH SXGHVVH dar oportunidade para derivaçþes a partir GD PHVPD H DVVLP LGHQWLĆŹFDU RXWURV organismos que dela derivem como por exemplo: um projeto de cinema na biblioteca entre outros que futuramente venham acontecer e que necessitem de uma identidade, mas que nĂŁo fuja da referĂŞncia visual da biblioteca.

2 &RQFHLWR VH ĆŹUPRX HP “Flexibilidade e abertura para inovar. Ser vĂĄrias, mas representar uma sĂłâ€?. Vivemos numa era de total interatividade em que o dinamismo e a YHUVDWLOLGDGH QžR SRGLDP ĆŹFDU de fora. 9LGD QR &DPSXV


Desta forma optou-se por uma solução modular - composta por unidades que se unem de formas diferentes. 6LVWHPDV QžR UĂˆJLGRV VHP ĆŹ[DĂ‚žR HP manuais de identidade Ă cumprir Ă risca, uma proposta que tenha uma pegada de arte digital generativa em que a prĂłpria ORJR VH UH PRGLĆŹFD $OĂ„P GH UHFHEHU XPD LQĆŽXĂ…QFLD GR 3,;(/ que marca fortemente as tendĂŞncias nas DUWHV JUŸƏFDV H WDPEĂ„P QD DUTXLWHWXUD atravĂŠs dos chamados Flares (sistemas modulares) que transformam as paredes GDV HGLĆŹFDĂ‚Ă?HV FRQWHPSRU½QHDV A vontade ĂŠ que a marca chegue ao pĂşblico SDVVDQGR ĆŹGHOLGDGH FRQĆŹDELOLGDGH segurança, admiração, sentimento de pertencer Ă s pessoas a que se dirige, atualidade, referĂŞncia, comunicativa e sĂłlida.

No projeto da identidade foi H[SORUDGR FRU IRUPD WLSRJUDĆŹD lema, slogan, logotipo, sĂ­mbolo, textura, som, cheiro, sabor sempre tendo como referĂŞncia o material trabalhado pelas equipes de arquitetura e interiores. 6ĂˆQWHVH GRV 3UĂ„ UHTXLVLWRV HVWDEHOHFLGRV r FDUWHOD GH FRU OHYRX HP FRQWD D combinação com o ambiente; r IRUPD PRGXODU DGDSWD FRQIRUPH D necessidade das aplicaçþes; r XWLOL]DĂ‚žR GH PD[L WLSRJUDĆŹD HP DOJXPDV aplicaçþes da marca; r GLVSRVLĂ‚žR GRV HOHPHQWRV H GR VĂˆPEROR que informe e de sentido de movimento; r XVR GH OLQKDV PLVWDV QDV VLQDOL]DĂ‚Ă?HV usando opostos e contrastes para dar suavidade, leveza, direção e movimento. Ex. Letras robustas dispostas amparadas por JUDĆŹVPRV HP PRYLPHQWR


Na sinalização para se manter a unidade estético formal utilizou-se a própria WLSRJUDƬD SDUD FULDU RV elementos visuais como por exemplo na indicação dos banheiros e o próprio VÈPEROR FRPR JUDƬVPR Destaca-se no projeto também a importância da proximidade com um tipo de cliente especial - os funcionários da Biblioteca e a direção do Ceciesa CTL - pois só assim podeVH WHU XP EULHƬQJ FRQVLVWHQWH H traçar uma proposta bem alinhada com as expectativas do público alvo tão eclético – professores, alunos e comunidade em geral. Acredita-se que este seja um bom exemplo de trabalho multidisciplinar onde cada um fez seu papel e além disso, viu-se claramente o poder de XP SURMHWR JU¼ƬFR HP WUDQVIRUPDU XP espaço que poderia ser simples em destaque e referência.

62 Vida no Campus


9LVLWH D %LEOLRWHFD GD 81,9$/, )LFD D GLFD Campus da UNIVALI de Balneário Camboriú na Quinta Avenida 1100 no Bairro dos Municípios. SC.

Vida no Campus 63


Prata da Casa

( GHSRLV o que vem? Egressos dos cursos de design contam suas experiĂŞncias SURĆŹVVLRQDLV VXDV UHDOLGDGHV H expectativas no mercado. Por Graziela Morelli, Michelle Moltini e Mary MeĂźrer Fazer um curso superior em Design, mesmo sendo uma ĂĄrea tĂŁo ampla, com tantas possibilidades de atuação e rica no seu olhar, sempre desperta algumas inseguranças aos HVWXGDQWHV GR LQĂˆFLR DR ĆŹQDO GR FXUVR A Univali possui uma histĂłria de 13 anos de Design e jĂĄ levou ao mercado muitos proĆŹVVLRQDLV TXH ID]HP VXFHVVR SRU DĂˆ FRP SUH-

miaçþes, empregados em grandes empresas ou ralando para montar sua própria empresa, fazer o que gosta e ser feliz.

(QWUHYLVWDPRV HJUHVVRV GRV FXUVRV GH 'HVLJQ *UŸƏFR 0RGD H ,QGXVWULDO TXH QRV FRQWDUDP R TXH Ə]HUDP GH VXDV SURƏVV�HV GHSRLV GH OHYDU R FDQXGR GR FXUVR GH 'HVLJQ GD 8QLYDOL

'HVLJQ *U½ƭFR Gabriel Rech, Rafael Mondini e Thomas Balem são formados pelo curso de Design GråƏFR GD 8QLYDOL HP H HQWUH DV FRQYHUVDV de corredor e os projetos desenvolvidos no FXUVR FULDUDP D $WUDND 6WXGLR *UŸƏFR $TXL HOHV FRQWDP XP SRXFR GRV GHVDƏRV GD FDUUHLUD

Olhares MĂşltiplos: Depois da JUDGXDĂ‚žR FRPR YRFĂ…V SURFXUDUDP FRPSOHPHQWDU D formação? Atraka Studio: NĂłs trĂŞs nos formamos em 2008 e, desde entĂŁo, procuramos por workshops e cursos de acordo com o que cada um WHP PDLV DĆŹQLGDGH GHQWUR GD DJĂ…QFLD $V Ă•OWL64 Prata da Casa

mas experiĂŞncias foram com o Rafael que particiSRX GH XP ZRUNVKRS GH IRWRJUDĆŹD GH DOLPHQWRV em Curitiba, direcionado principalmente a food VW\OLQJ H WĂ„FQLFDV GH IRWRJUDĆŹD SDUD DOLPHQWRV e o Thomas que vem procurando participar de workshops direcionado a mĂ­dias digitais.


20 $QWHV GH PRQWDU R HVFULWĂŽULR TXDLV IRUDP DV H[SHULĂ…QFLDV SURĆŹVVLRQDLV GRV VĂŽFLRV" AS: O Ăşnico que realmente teve experiĂŞncias com Design antes de montarmos a agĂŞncia foi o Thomas, que trabalhou durante 4 anos na Tempo Brasil, no setor de criação e desenvolvimento de websites, mailing e outras ferramentas para internet. O Gabriel trabalhava na prĂłpria universidade na ĂĄrea de informĂĄtica, supervisionando os laboratĂłrios de informĂĄtica e o Rafael trabalhou durante 8 anos com vendas, no ramo de laticĂ­nios, atendendo mercados da regiĂŁo do Vale do ItajaĂ­.

OM: Quando surgiu a idĂŠia de montar R $WUDND" AS: Durante a faculdade, nos Ăşltimos semestres, jĂĄ cogitĂĄvamos, durante os intervalos, a possibilidade de abrir uma agĂŞncia em que todos que trabalhassem fossem realmente Designers, no caso, com habilitação HP 'HVLJQ *UŸƏFR ,VVR SRUTXH DSĂŽV PXLWDV palestras, assistidas na faculdade, percebiase que raramente havia alguĂŠm formado em 'HVLJQ *UŸƏFR GHQWUR GD HPSUHVD RX HQWžR eram em ĂĄreas que nĂŁo condiziam com o que aprendĂ­amos na faculdade, pessoas de outros ramos de atividade criando assinaturas visuais, identidades corporativas e sites sem nem ter D EDVH TXH QĂŽV HVWXGDQWHV GH 'HVLJQ *UŸƏFR temos.

20 &RPR IRL R SURFHVVR SDUD YLDELOL]DU UHFXUVRV HVWUXWXUD FRQTXLVWDU RV SULPHLURV FOLHQWHV? AS: O inĂ­cio foi bem complicado, e nĂŁo vou dizer que agora, apĂłs 3 anos, estĂĄ sendo fĂĄcil. A estrutura no inĂ­cio era sempre a casa de um dos integrantes, mĂŞs em um local, mĂŞs em outro, o que tornava ainda mais complicado formar uma carteira de clientes, pois sem um ORFDO IĂˆVLFR GHĆŹQLGR ĆŹGHOL]DU XP FOLHQWH VH tornava um processo muito complicado. Nosso primeiro cliente, conseguimos ainda durante a faculdade, o desenvolvimento de rĂłtulo e criação de um nome para o produto. ApĂłs pouco mais de 1 ano, conseguimos um local em ItajaĂ­ onde estamos atĂŠ hoje, onde podemos receber FOLHQWHV H WHU XP ĆŹQDOPHQWH XP OXJDU SUĂŽSULR

20 *RVWDULDP GH GHVWDFDU DOJXQV SURMHWRV" 2 TXH FRQVLGHUDP RV

3UDWD GD &DVD


E os SUĂŽ[LPRV GHVDĆŹRV?

“melhores momentosq GHVGH TXH R HVFULWĂŽULR IRL FULDGR" AS: Todos os projetos sĂŁo Ăşnicos para a gente, isso porque nĂŁo nos utilizamos de um padrĂŁo para criação, cada projeto ĂŠ um novo começo. Temos a parte de pesquisa de segmenWR FULDĂ‚žR DSUHVHQWDĂ‚žR H ĆŹQDOL]DĂ‚žR GR SURjeto. Em 3 anos de mercado podemos destacar alguns casos curiosos que aconteceram com a gente, como por exemplo o nosso primeiro trabalho. Tratava-se de produtos em conserva, a empresa jĂĄ tinha um nome, porĂŠm por ter o nome “SADDAIâ€? e lembrar nome de um ditaGRU p6$'$0q R SURFHVVR GH H[SRUWDĂ‚žR ĆŹFRX parado atĂŠ que se trocasse o nome, principalmente porque este produto seria exportado para os Estados Unidos. ApĂłs longa pesquisa, desde saber para onde seria exportado atĂŠ que tipo de pĂşblico iria atender, elaboramos um nome e rĂłtulo e o processo para exportação foi concluĂ­do. Outro caso interessante que foi o nosso primeiro contrato anual, de uma empresa de malhas de Guaramirim, a Alenice Malhas. Foi um WUDEDOKR PXLWR JUDWLĆŹFDQWH TXH DSUHQGHPRV muito sobre o ramo tĂŞxtil que atĂŠ entĂŁo nĂŁo tĂ­nhamos nenhuma experiĂŞncia neste segmento. Os trabalhos para esta empresa envolveram o redesign da marca que possuĂ­a uma tipograĆŹD FRPSOLFDGD GH VH FRPSUHHQGHU H RXWURV PDWHULDLV FRPR RXWGRRU ĆŽ\HU IROGHU ZHEVLWH hotsites, material de papelaria, banner, crachĂĄ H WDJ 7RGRV RV WUDEDOKRV TXH ĆŹ]HPRV DWĂ„ KRMH H TXH IDUHPRV WHP XP VLJQLĆŹFDGR H LPSRUW½Qcia para a gente, porĂŠm acredito que estes dois tĂŞm um destaque maior por ser o primeiro trabalho e o primeiro contrato que tivemos.

20 4XDLV DV SULQFLSDLV GLĆŹFXOGDGHV HQFRQWUDGDV"

3URMHWRV GHVHQYROYLGRV SHOR $WUDND

66 Prata da Casa

$6 $V SULQFLSDLV GLĆŹFXOGDGHV TXH DLQGD enfrentamos sĂŁo a competição desleal, por SDUWH GH JUŸƏFDV TXH RIHUHFHP R VHUYLĂ‚R GH criação de arte grĂĄtis cobrando apenas a impressĂŁo, e empresas nĂŁo especializadas que oferecem o mesmo trabalho, com qualidade questionĂĄvel muitas vezes, por um valor inferior ao praticado por qualquer agĂŞncia. Outro problema ĂŠ a prospecção de clientes. Na verGDGH LVVR VH UHĆŽHWH GLUHWDPHQWH DR QRVVR primeiro problema, o pouco conhecimento GDV SHVVRDV D UHVSHLWR GR 'HVLJQ *UŸƏFR TXH VžR SURĆŹVVLRQDLV TXH WĂ…P R HVWXGR QHFHVVÂźULR para solucionar o problema dela. Em alguns casos as pessoas/empresĂĄrios sĂł procuram a gente quando a primeira alternativa nĂŁo surtiu efeito. Com certeza este ĂŠ o nosso maior deVDĆŹR PXGDU HVWH SHQVDPHQWR GH WRGRV GLDQWH GH XP SURĆŹVVLRQDO GH 'HVLJQ *UŸƏFR


Design Industrial JosĂŠ Chaves Neto ĂŠ formado em Design Industrial pela Univali desde 2006, teve uma passagem pela ItĂĄlia e Reino Unido e, de volta ao Brasil, estĂĄ consolidando sua carreira em gerenciamento de projetos na Catarina Yachts.

20 &RPR IRUDP VXDV SULQFLSDLV H[SHULĂ…QFLDV SURĆŹVVLRQDLV DWĂ„ FKHJDU Âť empresa atual? JC: Quando estava fazendo o curso, trabalhei na Of Design e, enquanto fazia o mestrado na ItĂĄlia, trabalhei em um empresa de eletrodomĂŠstico a AE – Appliances Engeneering. Minha tomada de decisĂŁo de retorno ao Brasil aconteceu devido a premiação num FRQFXUVR EUDVLOHLUR H D FODVVLĆŹFDĂ‚žR SDUD R Design Awards nos EUA com o SKIMER esquisubaquĂĄtico.

2OKDUHV 0Ă•OWLSORV &RPR YRFĂ… FRPSOHPHQWRX D formação depois de ter se formado? JosĂŠ Chaves: Logo que me formei, em YLDMHL SDUD D ,WÂźOLD RQGH ĆŹ] PHVWUDGR HP Design de EletroeletrĂ´nicos e EletrodomĂŠsticos no PolitĂŠcnico di Milano e, em 2007, apĂłs o tĂŠrmino do Mestrado, estudei InglĂŞs na Inglaterra por um ano e retornei ao Brasil em 2008. Por aqui, iniciei o MBA em Gerenciamento de Projetos em Joinville.

6.,0(5 3URMHWRV GH &RQFOXVÂżR GH &XUVR

Assim, em meio a crise de 2008, a falta de trabalho mesmo tendo dupla cidadania, falando inglês e Italiano, as empresas não estavam contratando. Na volta ao Brasil, me instalei em Curitiba onde consegui uma vaga de assessor comercial na empresa Gift do Brasil com a promessa de tambÊm ajudar na parte de desenvolvimento de produtos. Durante os VHLV PHVHV TXH ƏTXHL SRU OŸ WLYH FRQWDWR FRP diversos setores como a compra de materiais, estoques, vendas, marketing, produção, administração etc agregando muito conhecimento. Com o custo de vida um pouco elevado em Curitiba, resolvi retornar a Santa Catarina e fui contratado pela Catarina Yachts para a årea 3UDWD GD &DVD


de design. Com a evolução dos meus estudos no MBA em Gerenciamento de Projetos fui tambÊm convidado a dar aula na Univali onde lecionei por 1 ano.

OM: Qual a sua função atual na empresa? Comente os SULQFLSDLV projetos desenvolvidos atĂŠ o PRPHQWR JC: Sou coordenador de Planejamento e Controle da Produção. A empresa trabalha FRP PROGHV GH HPEDUFDĂ‚Ă?HV HP ĆŹEUD GH YLGUR fazendo desde a modelagem em 3D, usinagem com CNC de 5 eixos construindo assim o modelo e tirando seu molde para posterior UHWLUDGD GH SHĂ‚DV GH HPEDUFDĂ‚Ă?HV GH ĆŹEUD GH vidro, carbono ou kevlar.

20 4XDLV DV SULQFLSDLV GLĆŹFXOGDGHV HQFRQWUDGDV na FDUUHLUD FRPR GHVLJQHU" ( RV SUĂŽ[LPRV GHVDĆŹRV"

JC: As principais barreiras que encontrei quando voltei para o Brasil foi a falta de networking SRLV KDYLD ĆŹFDGR DQRV IRUD GR SDĂˆV H perdido praticamente todos os meus contatos. 1R %UDVLO DLQGD WHPRV XP SRXFR GH GLĆŹFXOGDGH TXDQWR D YDORUL]DĂ‚žR GHVWH SURĆŹVVLRQDO GHQWUR das empresas. A partir dessa percepção, notei que, como designers, temos um leque grande de opçþes de atuação. No meu caso optei pela ĂĄrea administrativa me encaminhando para o MBA em Gerenciamento de Projetos. De qualquer forma, nĂŁo abandonei totalmente o design - projeto de produto. Hoje em dia dou consultoria a pessoas que querem desenvolver novos produtos.

Design de Moda

$VVLQDWXUD YLVXDO FULDGD SHOR $WUDND 6WĂ–GLR *U½ƭFR

Daniela Colzani formou-se em Design de Moda na Univali em 2006 e, depois de ganhar experiĂŞncia em algumas empresas da regiĂŁo, foi para a ItĂĄlia se especializar e buscar um UXPR SDUD VXD SURĆŹVVžR 2 UHVXOWDGR" 9HQFHdora de um concurso europeu do setor de lingerie e a criação de uma marca de corseteria. Olhares MĂşltiplos: $SĂŽV D FRQFOXVžR GR

FXUVR GH 'HVLJQ GH 0RGD YRFĂ… SURFXURX por alguma especialização?

68 Prata da Casa

Daniela Colzani: Assim que me formei, minha intenção era a especialização em gestĂŁo, jĂĄ que meu plano era abrir um negĂłcio prĂłprio. Cheguei a iniciar o curso na prĂłpria Univali, mas abandonei quando decidi abrir meus horizontes conhecendo uma nova cultura. Foi entĂŁo que resolvi ir para MilĂŁo, um dos berços da moda. Cheguei em agosto de 2008 sem saber em qual instituição iniciaria uma especialização. Pesquisando, comecei a notar que grandes escolas como Marangoni, IED, Naba, Accademia del Lusso, entre outras, estavam focadas para o ensino teĂłrico, enquanto o que eu buscava, HUD D SUÂźWLFD )RL DĂˆ TXH PH LGHQWLĆŹTXHL FRP R Istituto di Moda Burgo e me inscrevi para iniciar a especialização em Estilismo. 20 &RPR IRL VXD LGD SDUD ,WÂźOLD MÂź WLQKD DO gum objetivo ou curso SDUD R TXDO HVWDYD VH destinando? DC: Minha viagem para a ItĂĄlia foi meio que um acaso do destino. Eu nĂŁo estava satisfeita com o meu emprego, tinha o salĂĄrio padrĂŁo de todo


recĂŠm formado. Queria algo a mais, pensava muito maior do que eu realmente poderia ser com pouco tempo de experiĂŞncia. De tanto reclamar, meu pai, Eurides dos Santos, teve a iniciativa de me propor a ida atĂŠ MilĂŁo para ver se eu me adaptava ao sistema europeu. Ele disse que se eu realmente encontrasse o que HX HVWDYD EXVFDQGR HP WHUPRV SURĆŹVVLRQDLV ele poderia me dar uma ajuda inicial.

20 5HFHQWHPHQWH IRL SUHPLDGD em um concurso de moda. Como WHYH FRQKHFLPHQWR H FRPR IRL VXD SDUWLFLSDĂ‚žR DWĂ„ VXD YLWĂŽULD" DC: Quando cheguei em MilĂŁo comecei a pensar de que forma eu poderia ganhar espaço no mundo da moda aqui na Europa. Minha grande paixĂŁo sempre foi a Alta Moda, mas concorrer com o europeu, que domina o mundo em termos de Haute Couture, seria perder tempo. EntĂŁo comecei a perceber uma abertura para moda praia, moda Ă­ntima, acessĂłrios, entre RXWURV 3RU HOLPLQDĂ‚žR DFDEHL ĆŹFDQGR FRP D lingerie. Coincidentemente, durante minha especialização, eu notei um cartaz que eu sempre observava mas nunca tive interesse de saber o

'DQLHOD &RO]DQL H XPD GH VXDV FULDĂƒĂ‘HV

que era. Certo dia, estava com um colega do curso e li sobre o concurso “The Link/Mare di Modaâ€?, um concurso europeu de beachwear e underwear na França. Naquela ĂĄpoca eu estava criando uma coleção inspirada no tema “Moulin Rougeâ€?, o cabarĂŠ mais famoso da França. Resolvi arriscar, mandei esse projeto e fui uma das escolhidas entre 100 participantes de toda a Europa no setor moda Ă­ntima. Foi destino mesmo, nĂŁo existe outra palavra.

20 $SĂŽV VXD SDUWLFLSDĂ‚žR TXDLV foram resultados TXH YRFĂ… REWHYH FRP D YLVLELOLGDGH GD SUHPLDĂ‚žR" DC: Inicialmente o projeto era lingerie, mas como sempre gostei da corseteria, mandei FULDĂ‚Ă?HV GH FRUVHW WDPEĂ„P 1R ĆŹQDO HX WHria que escolher sete dos dez desenhos criados e executĂĄ-los. Uma das exigĂŞncias do concurso ĂŠ que tudo deveria ser feito pelo criador. Eu nĂŁo sabia absolutamente nada de costura, entendia pouco, quase nada de modelagem, mas jĂĄ entendia por causa das ĆŹFKDV WĂ„FQLFDV TXH QĂŽV HVWLOLVWDV WHPRV TXH fazer para a modelista entender a criação e a costureira saber o que esta sendo feito. Foi entĂŁo que me joguei de cabeça em mais uma especialização no IMB de modelagem em perĂ­odo integral e, duas vezes por semana tinha aula atĂŠ a noite. Cansei de ir pra casa e ainda continuar trabalhando para SRGHU ID]HU R SURMHWR DĆŹQDO GH FRQWDV HUD cheio de detalhes, muito uso de pedrarias como swarovski, pĂŠrolas, cristais, rendas IUDQFHVDV (QĆŹP FRQVHJXL H[HFXWDU DV peças e depois disso essas criaçþes foram para a feira de lingerie e moda praia na França, aonde os visitantes e empresas do 3UDWD GD &DVD


setor votariam no melhor. Eu ganhei o prêmio em 1° lugar e, com isso, minha vida tomou um outro rumo. Comecei a ser procurada na Itålia por amigas, amigas das amigas, para fazer corsets. Essa moda voltou com tudo e tem ganhado muito espaço em todo o mundo. Fui convidada pra trabalhar em empresas, tanto no Brasil como na França. Aqui na Itålia eu praticamente me fechei para meu pequeno público e comecei a vender para conhecidas. O melhor de tudo era ver o retorno, comecei a pagar meu curso com minhas vendas, isso foi XPD GDV FRLVDV PDLV JUDWLƏFDQWHV

20 $WXDOPHQWH YRFĂ… WHP XPD marca prĂłpria FRPR GHVFUHYH VXD EXVFD SRU LQVSLUDĂ‚žR SDUD VXDV FROHĂ‚Ă?HV"

sensibilidade muito grande por ser um pouco artista, mulher, intuitiva. Deixo-me levar pelos meus sentimentos e instintos, nĂŁo permito que minha emoção seja bloqueada, libero minha cabeça e quando menos espero a coleção jĂĄ esta pronta. Quando se trabalha em uma empresa existe todo um processo diferente, confesso que nĂŁo ĂŠ minha grande paixĂŁo, mas me adapto ao sistema com facilidade. Mentes criativas devem ser treinadas, porque nunca se sabe o dia de amanhĂŁ. É sempre importante estar preparado para tudo, nĂŁo acredito na estabilidade, imprevistos sempre existirĂŁo, cabe a nĂłs sermos criativos, usarmos a sabedoria pra resolver os problemas.

OM: Quais as prĂłximas novidades ou GHVDĆŹRV TXH YRFĂ… HVSHUD DOFDQĂ‚DU HP breve? DC: A nova coleção estĂĄ sendo feita, pretendo executĂĄ-la em breve, podem nĂŁo nego que tenho muita vontade de entrar numa grande empresa para adquirir mais experiĂŞncia ao trabalhar com pessoas renomadas no mercado. 3RUĂ„P VH LVVR QžR DFRQWHFHU YRX RĆŹFLDOL]DU D marca Daniela Colzani Corsets e seguir carreira como corsetterie de inicio.

20 'DQLHOD DWUDYĂ„V GD H[SHULĂ…QFLD TXH YRFĂ… WHYH FRP VXD IRUPDĂ‚žR H DVFHQVžR GD FDUUHLUD SURĆŹVVLRQDO TXDO VXD GLFD SDUD TXHP HVWÂź LQLFLDQGR QD ÂźUHD"

DC: Minha marca leva meu nome, Daniela Colzani Corsets. Estou sempre trabalhando, desenhando, fazendo coleçþes novas, costurDQGR ID]HQGR D PRGHODJHP HQĆŹP SDUDGD VĂŽ se eu estiver doente. Confesso que adoro essa vida frenĂŠtica de MilĂŁo! Quando vou para o litoral no verĂŁo e vejo as lojas fecharem Ă s 12h ĆŹFR HQORXTXHFLGD 0LQKD EXVFD SRU LQVSLUDĂ‚žR geralmente ĂŠ ligada ao momento de vida que estou passando ou sentindo. As participaçþes em feiras de tendĂŞncias em MilĂŁo (Milano Ăšnica, famosĂ­ssima) tambĂŠm ajudam. Tenho uma 3UDWD GD &DVD

DC: A dica ĂŠ estar sempre atento ao mundo, Ă s QRWĂˆFLDV SRUTXH HODV LQĆŽXHQFLDP FRQVWDQWHmente. É necessĂĄrio estar ligado e conectado com seu “euâ€?, ser persistente, ter foco e disciplina. Geralmente criadores nĂŁo sĂŁo muito disciplinados. É preciso aceitar que erros existem, mas nĂŁo permitir que façam parte da sua vida. Errar ĂŠ humano, mas persistir no erro ĂŠ falta de inteligĂŞncia. Trabalho sĂł ĂŠ reconhecido e valorizado quando ĂŠ feito com sabedoria e inteligĂŞncia, ligados a um grande SURĆŹVVLRQDOLVPR

9RFĂ… Ă„ H[ DOXQR GRV FXUVRV GH 'HVLJQ GD 8QLYDOL" (QWžR HVFUHYD SUD QĂŽV FRQWDQGR FRPR HVWÂź D YLGD GHSRLV GD IDFXOGDGH contato@designunivali.com


Max Yan 'HVLJQ *U¼ƬFR SHUÈRGR ZZZ ƮLFNU FRP SKRWR PD[\DQB


Vida no Campus

Olhar, Sensibilidade e Criatividade nos Processos de Produção de Moda Por Carol Macam

VĂĄrias sĂŁo as formas de reproduzir IMAGENS! Marcas, produtos, segmentos, apelos sensitivos e o mercado extremamente competitivo necessitam todos de mensagens capazes de surpreender.

3HVTXLVDV SURFHVVRV &21&(,726 H PHQWHV H[SORUDP FRWLGLDQRV TXH FKHJDP DR OLPLWH GR LPDJLQÂźULR &ULDĂ‚Ă?HV TXH FRPXQLFDP HVWLORV HIHLWRV H HVWĂ„WLFDV SURĆŹVVLRQDLV integram conhecimentos para resultar em materiais que marcam ĂŠpocas, criam estilos e ditam tendĂŞncias.

)RWRJUDĆ­D Vinicius Oliveira Tratamento de imagem Karin Romano &XUVR GH ([WHQVÂżR HP 3URGXĂƒÂżR GH 0RGD Professores Carol Macam e ClĂŠ Carrer

9LGD QR &DPSXV


9LGD QR &DPSXV


&RUSRV H[SUHVV�HV OLQKDV IRUPDV FRUHV YROXPHV texturas são linguagens FDSD]HV GH WRFDU R PDLV SURIXQGR GR HPRFLRQDO transmitindo arte e SURSRUFLRQDQGR UHƎH[�HV 2 SURƏVVLRQDO TXH SDVVD D trabalhar e pensar moda deve compreender e detectar necessidades humanas atravÊs de seus profundos comportamentos e emoçþes. Deve transitar por lugares que ultrapassam hemisfÊrios, trocar experiências e conhecimentos pelos meios sociais, manter a informação sempre atualizada, conectar-se às exigências futuras para um bom entendimento com a contemporaneidade. Com isso, vem a necessidade de colocar no mercado ofertas de cursos que possam suprir e principalmente estimular o poder da sensibilidade, criatividade e aguçar a estÊtica GR ROKDU GHVVHV SURƏVVLRQDLV

9LGD QR &DPSXV


9LGD QR &DPSXV


2V FXUVRV GH H[WHQVžR SRVVXHP HVVH REMHWLYR H IRUPDWR SRXFDV KRUDV H XPD LQWHQVLGDGH GH PDWHULDO H IRUPDV GH DSOLFDĂ‚žR QD DWXDĂ‚žR SDUD R PHUFDGR LQWHQVLĆŹFDQGR IRUPDV H H[SHULĂ…QFLDV DJUHJDQGR PDWHULDO DR FXUUĂˆFXOR e possibilitando integração de alunos e FRPXQLGDGH GH RXWUDV UHJLĂ?HV A experiĂŞncia prĂĄtica pode ser observada no resultado do Curso de Produção de Moda para Editoriais e Passarela PLQLVWUDGR SHORV SURĆŹVVLRQDLV &DURO 0DFDP e ClĂŠ Carrer, que explorou conteĂşdos teĂłricos de VXPD LPSRUW½QFLD DOĂ„P GH ĆŹQDOL]DU D H[SHULĂ…QFLD FRP XP PDWHULDO IRWRJUŸƏFR GH TXDOLGDGH TXH UHJLVWURX uma produção criativa de coletivo. Para 2012 a agenda dos Cursos de ExtensĂŁo da Univali terĂĄ muitas novidades, sempre preocupada em atender as necessidades de mercado e proporcionar aos DOXQRV SRVVLELOLGDGHV GH LQWHQVLĆŹFDU QRYDV IRUPDV GH conhecimento.

Mais informaçþes sobre os cursos de extensão da Univali pelo e-mail H[WHQVDR EF#XQLYDOL EU 9LGD QR &DPSXV


9LGD QR &DPSXV


Jerson Figueroa 'HVLJQ *U¼ƬFR SHUÈRGR KWWS ZZZ ƮLFNU FRP SKRWRV OLWWOHBVOLPBVSLULW


Jose Rene Aguilar Moreno Design Industrial - 4° período KWWS ZZZ ƮLFNU FRP SKRWRV MRVH PRUHQR


,PDJHP $Ă‚žR

3URGXĂƒÂżR de Beleza Pessoas criativas sĂŁo produtivas e usam todo seu potencial em trabalhos que possam ser reconhecidos e admirados por outras pessoas, imergir os alunos em um mundo de imagens ĂŠ fornecer experiĂŞncia visual para ensinar a comunicar com os olhos. A teoria ĂŠ linda e simples mas, na prĂĄtica, muitas vezes num ambiente com muitos alunos, despertar o interesse para VH FULDU XPD IRWRJUDĆŹD Ă„ XP WUDEDOKR GH HWDSDV D VHUHP cumpridas, aonde o processo criativo ĂŠ dinâmico e enriquecido pela diversidade dos interesses individuais. As imagens nĂŁo sĂŁo apenas escolhidas, tratadas como nĂşmeros e correçþes tĂŠcnicas, sĂŁo transformadas em arte a partir de um foco tanto criativo quanto informativo. A informação deriva de um acontecimento, um fato, uma histĂłria, um poema ou uma mĂşsica. E, se tratando de mĂşsica, falamos de uma arte universal entre os humanos. 5HYHODU XPD FDQĂ‚žR JUDĆŹFDPHQWH H[LJH VHQVLELOLGDGH RXVDGLD alegria, e principalmente compreensĂŁo das entrelinhas para serem ilustradas atravĂŠs da luz em termos de intensidade, cores, contraste e direção.

+RMH HP XPD FXOWXUD JOREDO RV DFRUGHV IRWRJUŸƏFRV produzidos pelos alunos sĂŁo expressĂŁo da associação livre das OLQJXDJHQV DUWĂˆVWLFDV TXDOTXHU IRUPD TXH D IRWRJUDĆŹD WRPH Ă„ no entanto, o fundo que ĂŠ impossĂ­vel negar. Prof. Vinicius de Oliveira

Tropicalismo MĂşsica 7UHP GDV FRUHV &DHWDQR 9HORVR FotĂłgrafo Celso Peixoto 'LUHWRUD GH SURGXĂƒÂżR $PDQGD &DUYDOKR Diretora Executiva Jessica Philippi Modelo Thayse Pereira Maquiadora e Hairstyle Michele Bezerra Tratamento de imagem Laura Laus 'LVFLSOLQD )RWRJUDĆ­D GH 0RGD Prof. Vinicius de Oliveira

,PDJHP $ĂƒÂżR



MĂşsica Â?JXDV GH 0DUĂƒR 7RP -RELP )RWRJUDĆ­D )HUQDQGD $]DQKD 3URGXĂƒÂżR H[HFXWLYD Rafaelle Bortolin $X[LOLDU GH SURGXĂƒÂżR 5RVHPDUL 0RVHU &DUOD 0LFKHOOH %RFDUWH Maquiagem )DELDQD 7KLYHV 0DWHXV &RUUHD Modelo $QD 6DQWRV Tratamento de imagem Laura Laus 'LVFLSOLQD IRWRJUDĆ­D GH PRGD Prof. Vinicius de Oliveira



MĂşsica 6XSHU 0XOKHU $QD &DQÂżV 3URGXĂƒÂżR ([HFXWLYD $PDQGD /XQHOOL )RWRJUDĆ­D JĂŠssica Pinn Estilo .DXDQD $PDUDO ,OXVWUDĂƒÂżR Eduardo Vaso Maquiagem Fabiana Thives Modelo Bruna Werner Tratamento de imagem Laura Laus 'LVFLSOLQD IRWRJUDĆ­D GH PRGD Prof. Vinicius de Oliveira

,PDJHP $ĂƒÂżR


Ana Paula Design de Moda - 4° período


E se...

Quebrando paradigmas OU

Conscientizando o consumo

9RFĂ… MÂź LPDJLQRX SDVVDU XPD VHPDQD utilizando apenas seis peças de roupa? Ou restringir o uso da cor preferida de suas roupas? 'HVDĆŹDPRV H SURYDPRV que ĂŠ possĂ­vel rever alguns conceitos e descobrir novas alternativas conscientes. Por Graziela Morelli e Michelle Moltini

Muito se fala em sustentabilidade nos dias de hoje. Produtos ecologicamente corretos, atitudes de preservação e consciência de que Ê preciso mudar diversas coisas. Ao analisar a questão, muitas vezes, não nos damos conta que pequenos håbitos podem auxiliar em um novo pensamento VXVWHQWŸYHO 3URSRPRV XP GHVDƏR 'XDV alunas do curso de Design de Moda foram FRQYLGDGDV D SDUWLFLSDU VREUH XPD UHƎH[žR

do consumo. Serå possível passar cinco dias usando apenas seis peças de roupa? E brincar com as cores para descobrir novas alternativas de se ter um guarda roupa inusitado? Personalidade e estilo contaram PXLWR SDUD H[HFXWDU D WDUHID $ƏQDO UHGX]LU o consumo e prolongar o ciclo de vida de um produto Ê uma boa forma de conquistar novos håbitos.

DianeÕ, PHUR WH Q

DQ D GHVDĆŹ

te studan e Ê l e umm gn de Diane D íodo de Desi a Ê id er do 8° p ua cor prefer s dores Moda e la pelos corre UŸ OD QW VêFD HQFR omo preto. Ə L Q J L V DOL mc GD 8QLY preto. Ela te aioria o m para a vestind s r o c a us look cia e n s ê r s e o f d re R es posiçþ D HVVH GHVDƏ m o c s a H W d ar DWDPHQ a: deix H IRL H[ foi convidad 5 dias, que ela reto durante is as ma ir p de vest do um pouco årio. an arm explor idas do r o l o c peças

86 E se...

Yasmin ,

D GHVDĆŹ

DQWH QĂ•

PHUR Yasmim Fassbin de Des der, alu ig n de esti n de Moda, ĂŠ a do 4° perĂ­o lo. Gos do b logueir ta de p WRTXH G a e c e h ç e H a a ela fo LUUHYHUĂ…QFLD s casuais com ia 2 GHV i escolh um DĆŹR SU er seis roupa R S p RV eças no par seu gu WR looks d a passar a se a rda m iferent es para ana e compo r o seu d ia a dia As peç . as esco 1 – T-sh lhidas foram: ir 2 – T-sh t branca irt listr ada 3 – Sho 4 – Car rts jeans dig 5 – Saia ĂŁ marrom es s 9HV tampada WLGR ĆŽR UDO


Diane

1° dia no primeiro dia, Foi difícil fugir do preto sinha manga 3/4 nÊ? Calça jeans clara, blu saco de oncinha com estampa frontal, ca e Melissa aranha preta.

2° dia

ns, blusinha Rosa, aĂ­ vamos nĂłs! Calça jea mesclado rosa (sim! ĂŠ minha), casaqueto e roubei do rosa e cinza (confesso que ess tĂŞnis branco. guarda-roupas da mamĂŁe!) e ora me esNeste dia atĂŠ minha orientad eu estava tranhou e perguntou por que funcionade rosa! E eu pensei “uau, tĂĄ bizarro ĂŠ ndo essa experiĂŞncia!â€? O mais diversas que jĂĄ usei essa blusa rosinha der! vezes na faculdade.. vai enten

3° dia LD GH ƏQDGRV G R G D UL H I D LU H 4XDUWD I ƏR L GR PHX GHVD J X I R ž Q LP VV rts jeans ( PHVPR D oiaba com sho g r co a h n si lu rata. B e rasteirinha p

4° dia inha rosa, Rosa mais uma vez! Blus manchada, calça jeans com lavagem co jeans claro. rasteirinha prata e casa

ÂŒ GLD mo look. Tinha Finalmente, o Ăşlti um pouco, nĂŠ? Me que “extravasarâ€? ao tentar lembrar perco na memĂłria ei uma blusinha a Ăşltima vez que us esta ! Tive que roubar estampada assim . -roupas da mamĂŁe tambĂŠm do guarda H XVDU XP VKRUWV ( ĆŹQDOPHQWH SXG R QKD ĆŽRULGD FDVDF 6KRUWV MHDQV EOXVL op vermelha. jeans e Melissa ho

( VH


Yasmin

1° dia O primeiro dia Ê sempre o mais difícil. Coloquei todas as peças sobre da cama e não fazia ideia do que usar! Preferi escolher as peças mais simples e complementar o look com acessórios. Usei a t-shirt branca, o shorts jeans e o cardigã marrom, mas resolvi fechar todos os botþes do cardigã e colocå-lo por dentro do shorts, somente na parte da frente, deixando à mostra o cinto de animal print. Outras peças utilizadas: bolsa carteiro preta, sapato oxford preto, óculos de grau Wayfarer, cinto com estampa de onça e colar de coroa dourado.

3° dia ApĂłs um look m ais elaborado, re solvi vestir algo bem simples. Usei o vestido GH HVWDPSD ĆŽR UDO FRPR EOXVD R TXH Ă„ uma Ăłtima opçã o quando se tem poucas peças (tamb ĂŠm dĂĄ para usĂĄ -lo como saia, colocando uma t-shirt por cima ou como saia de ci ntura alta, com uma blusa dobrada e um cinto para segu rĂĄ-la). Usei o short de cintura mais alti nha por cima, para “esco nderâ€? melhor a p arte de baixo do vestid o. O cardigĂŁ ĂŠ u m a Ăłtima escolha para a p rimavera, jĂĄ que nunca se sabe se vai es tar quente ou fr io. Outras peças uti lizadas: bolsa ca rteiro preta, ankle bo ot preta, colar d e coroa dourado e Ăłculo s de grau aviado r.

Œ GLD

88 E se...

2° dia No segundo dia, resolvi monta r um look mais ousado, com mistu ra de estampas, uma tendência qu e semSUH WLYH GLƏFXOGDGH SDUD UHSUR GX]LU 3DUD LVVR XVHL D VDLD ƎRUDO EHP FROorida, e a t-shirt listrada, em cores mais neutras. Procurei equilibr ar o look atravÊs dos acessórios pre tos, que ajudaram a unir as duas peças. Outras peças utilizadas: chapÊ u panamå, bolsa carteiro preta, cinto preto, colar de relicårio doura do, óculos gatinho e sapato oxford pre to.

4° dia 1R TXDUWR G LD GR GHVDƏ R HVFROKL ID um look ma ]HU is folk-româ ntico, usand a saia estam o pada, t-shir t båsica bra e o cardigã n c a marrom, co m acessório de couro m s arrom e ouro envelhecido 2 DU PDLV IR . ON ƏFRX PDUF DGR SHOR mocassim c om franjas e o chaveiro de pelo, en quanto o ro m ântico vem da saia e a tr ança feita n a franja. Outras peça s utilizadas: bolsa carteiro ma rrom, chave iro fox WDLO FLQWR Ə QR PDUURP P RFDVsim marrom e óculos ma rrom.

2 TXLQWR GLD IRL R PDLV TXHQWH GR GHVDĆŹR e por isso resolvi investir em um look navy, com listras e cores tĂ­picas desse estilo. O look ĂŠ bem simples, formado basicamente por shorts, t-shirt e sneaker, porĂŠm o maxi colar de cavalos marinhos e o lenço usado no cabelo deram um “upâ€?, deixando-o mais divertido. Outras peças utilizadas: colar de cavalos marinhos dourado, lenço de poĂĄ vermelho e branco, bolsa preta e All Star cano mĂŠdio branco.


Look Extra Look extra: Resolvi estender um pouco R GHVDĆŹR H FULDU WDPEĂ„P um look para a noite, para mostrar mais ainda o quanto poucas peças certas podem ser usadas em qualquer lugar. Neste look usei apenas o vestido estampado, com uma bota wedge preta e carteira de tachas. O que deu um ar mais “glamâ€? ao look foi o cabelo preso de lado e a maquiagem com batom vermelho.

A opiniĂŁo de

p$R FKHJDU QR ĆŹQDO GR GHVDĆŹR HX DLQGD WLQKD WDQtos outros looks com essas peças na cabeça que PH GHX YRQWDGH GH ĆŹFDU R UHVWR GR PĂ…V XVDQGR VĂŽ HODV )RL XP ĂŽWLPR GHVDĆŹR H SUHWHQGR ID]HU isso com outras peças, principalmente peças que uso pouco, para descobrir outras formas de usĂĄlas e nĂŁo deixĂĄ-las em esquecimento no fundo da gavetaâ€?. ExperiĂŞncias e exercĂ­cios como esse provam que a criatividade vale muito e que ĂŠ possĂ­vel viver com menos - menos roupas, menos consumo e mais criatividade e consciĂŞncia. Segundo Yasmin: “Tentem fazer isso em casa, porque ĂŠ muito mais simples e divertido do que parece!â€?.

O desabafo de Cinco dias sem preto. ‘Ok, eu tiro de letra, tenho roupas de outras cores!’ foi o primeiro pensamento. Mas nĂŁo foi bem assim. A primeira e maior preoFXSDĂ‚žR IRL VH ĆŹFDVVH IULR 3RLV ĂŠ - sĂł tenho casacos pretos -. Durante o dia era tranquilo, solzĂŁo, mas para quem sai cedinho de casa e volta anoitecendo, o ventinho estĂĄ ali pra acompanhar e, claro que devido ao deVDĆŹR D VHPDQD WLQKD TXH VHU mais fria, nĂŠ? SenĂŁo nĂŁo teria graça. Em ĂŠpoca de TGI nĂŁo hĂĄ muito tempo para pensar em looks, entĂŁo eles sĂŁo do gĂŞnero ‘tĂ´ saindo de casa pra passar o dia com essa roupa, entĂŁo tem que ser confortĂĄvel’. Mesmo sendo liberada de usar acessĂłrios e calçados pretos tentei ao mĂĄximo nĂŁo usar.

Yasmin

Diane

Durante toda a semana fui ‘monitorada’ por diversas pessoas: amigos, colegas, MĂƒE principalmente (que aliĂĄs ADOROU a ideia!). E eu que achei que seria moleza, nĂŁo foi tanto assim. NĂŁo tenho uma super diversidade de peças de outras cores. Essas sĂŁo as mais diferentes que tenho! A maior parte da cartela de cores do meu guarda-roupa vai do preto para o branco. Algumas cores eu nem possuo no meu armĂĄrio! E estampas coloridas, quem diga. Talvez se tivesse tempo pra pensar nos looks teria abusado mais, porĂŠm alĂŠm de ser difĂ­cil conseguir pensar nas peças e combinaçþes com cores aleatĂłrias, a correria do TGI nĂŁo permitiu. Admiro muito mais quem consegue montar looks coloridos legais! É um baita aprendizado, mas realmente nĂŁo consigo viver sem o preto!


Anderson Lisboa Alves 'HVLJQ *U¼ƬFR SHUÈRGR ZZZ ƮLFNU FRP SKRWRV DQGHUVRQ DOYHV ( VH


Max Yan 'HVLJQ *U¼ƬFR SHUÈRGR ZZZ ƮLFNU FRP SKRWR PD[\DQB


Charge

9RFĂ… Ă„ DOXQR GRV FXUVRV de Design da Univali H SDVVD SRU VLWXDĂ‚Ă?HV SDUHFLGDV" (QWžR HVFUHYD SUD QĂŽV LOXVWUDQGR FRPR Ă„ VXD YLGD GH GHVLJQHU contato@designunivali.com

&KDUJH

Jackson Duarte 'HVLJQ *UŸƏFR ‹ SHUĂˆRGR


Ilustração $QGHUVRQ $OYHV

Conecte-se

Clique nos logotipos para acessar



Conselho Diretor 0ÂźULR &HVDU GRV 6DQWRV 3URI 'U Reitor $P½QGLD 0DULD GH %RUED 3URID 'UD Vice-Reitora &ÂźVVLD )HUUL 3URID 'UD PrĂł-Reitora de Ensino 9DOGLU &HFKLQHO )LOKR 3URI 'U PrĂł-Reitor de Pesquisa, PĂłs-Graduação ExtensĂŁo e Cultura 0Ă„UFLR -DFREVHQ 3URI 06F SecretĂĄrio Executivo da Fundação Universidade do Vale do ItajaĂ­ 9LOVRQ 6DQGULQL )LOKR 3URI 06F Procurador Geral da Fundação Universidade do Vale do ItajaĂ­ &DUORV $OEHUWR 7RPHOLQ 3URI 'U Diretor do Centro de CiĂŞncias Sociais Aplicadas Comunicação, Turismo e Lazer %LDQND &DSSXFFL )ULVRQL 3URID 06F Coordenadora dos Cursos de Design de Moda ,QGXVWULDO *UŸƏFR -RJRV H (QWUHWHQLPHQWR 'LJLWDO


www.designunivali.com


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.