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Escritas

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RURALIDADES Por Turmas do 11º ano

SABER, SABOR E SOM INSUBSTITUÍVEIS NO NOSSO MUNDO Visita de estudo ao lagar de Azeite do Marmelo SABERES I No dia 5 de novembro de 2019 as turmas do 11º ano dos Cursos Científico Humanístico de Línguas e Humanidades e Científico Humanístico de Ciências Socioeconómicas foram visitar o lagar do Marmelo, localizado no concelho de Ferreira do Alentejo, no âmbito da disciplina de Geografia, para observar uma das formas de valorização do espaço rural. À chegada, fomos recebidos por uma guia que nos explicou as origens da marca “Oliveira da Serra”. Esta grande herdade de 15.000 hectares, com cerca de 25.000 oliveiras, produz 200.000 litros de azeite por dia. De seguida, as plantações, nas quais observámos as técnicas utilizadas na apanha da azeitona: a máquina vibratória e a apanha tradicional com batimento de varas; ainda o sistema de rega gota a gota utilizado junto das raízes de cada árvore. Seguidamente, passámos para a zona de descarga, para onde as azeitonas são levadas diretamente do campo. Observámos diversos tapetes rolantes, nos quais eram depositados os diferentes tipos de azeitona; em cada tapete era feita uma recolha aleatória, para ser analisada em laboratório. Colocámos a questão das consequências ambientais da apanha da azeitona, mas não obtivemos resposta. Então, após pesquisa posterior na internet, encontrámos respostas em vários sites da especialidade: a apanha noturna da azeitona revela-se um tanto ou quanto prejudicial para as aves que circulam na zona, e os solos ficaram rapidamente esgotados com a produção intensiva e superintensiva da oliveira. SABORES Dirigimo-nos, de seguida, ao laboratório, onde observámos alguns dos procedimentos de análise das amostras vindas da zona de descargas. Subimos para a galeria de azeite, onde foi dada uma breve explicação sobre a produção, armazenamento e exportação dos vários tipos de azeite, após a qual seguimos para uma prova do azeite. Assim, com esta visita de estudo aprendemos o processo de produção dos vários tipos de azeite, a importância da barragem do Alqueva nas produções alentejanas, observámos as grandes dimensões dos campos, característicos do Alentejo e provámos o azeite. Sei um ninho. E o ninho tem um ovo. E o ovo, redondinho, Tem lá dentro um passarinho Novo. Mas escusam de me atentar: Nem o tiro, nem o ensino. Quero ser um bom menino E guardar Este segredo comigo. E ter depois um amigo Que faça o pino A voar... Miguel Torga

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Entrevista ao professor de Filosofia José Freitas Qual é a sua opinião relativamente à apanha noturna da azeitona? Não conheço o fundamento para fazerem a apanha noturna, não sei se é por ser mais fresco, mas tem uma raiz económica de certeza. Agora, as consequências são terríveis para as aves que se deslocam aqui para o nosso país para passarem o inverno. Quando fazem com aquelas máquinas a apanha noturna, as aves receiam voar, porque não veem devido aos faróis, por exemplo. São aves noturnas, portanto são passeriformes (pequenas aves). Isso mata milhares e milhares de aves; na Andaluzia já proibiram isso, aqui em Portugal ainda não fizeram nada. Então é a favor da proibição da apanha noturna? Exatamente, sou absolutamente a favor da proibição da apanha noturna. Espanta-me que o governo não tenha ainda visto isso, e não tenha feito nada. Quais são as principais aves vítimas? São as invernantes porque elas fazem a apanha, a toutinegra, o rouxinol, sei lá, … uma série de aves que se deslocam ao nosso país para passarem o inverno, e depois quando chegam cá, instalam-se para dormir nos olivais e são mortas. Já não voltam para o país de origem, normalmente são essas. É claro que as residentes também podem morrer neste processo, mas basicamente são passeriformes (pequenas aves) que dormem nas oliveiras, e porisso as máquinas que começam a trabalhar à noite, matam-nas e as aves... ficam ali mortas.

SABERES II Visita de estudo à EPDRG Por Docente de Geografia da EPDRG Tânia Nunes

No dia 12 de novembro, a turma do 11º TT (Curso de Técnico de Turismo) do Curso de Técnico de turismo ambiental e rural da Escola Profissional de Desenvolvimento Rural de Grândola realizou uma “Aula Aberta de Geografia” aos alunos do 11º dos Cursos Científico Humanístico de Línguas e Humanidades e Científico Humanístico de Ciências Socioeconómicas da Escola Secundária António Inácio da Cruz. A ideia das professoras de Geografia, de ambas as escolas, passou pela vontade de unir e articular entre as duas instituições escolares, dando a conhecer aos visitantes o Ensino Profissional e promovendo a sua valorização na comunidade. Os alunos anfitriões, de modo a treinarem as suas aptidões profissionais como técnicos de turismo, apresentaram o espaço da EPDRG, as suas infraestruturas, a metodologia de ensino do percurso profissional e explicaram conteúdos geográficos inseridos nos temas da Agricultura, das Novas Oportunidades das Áreas Rurais e da Promoção dos Produtos Endógenos (conteúdos lecionados na disciplina de Geografia tanto no ensino regular, como no ensino profissional). A manhã foi animada e de partilha, tendo culminado com um lanche elaborado pelos alunos da escola secundária e servido a todos os presentes como forma de agradecimento!

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