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¦ Editorial ¦ Ano XI • nº 62 Setembro | Outubro 2013

www.graosbrasil.com.br

O GRÃO É RIQUESA, CUIDE.

Diretor Executivo Domingo Yanucci Gerente de Marketing Marcos Ricardo da Silva Colaborador Antonio Painé Barrientos Matriz Brasil Av. Juscelino K. de Oliveira, 824 Zona 02 CEP 87010-440 Maringá - Paraná - Brasil Tel/Fax: (44) 3031-5467 E-mail: gerencia@graosbrasil.com.br Rua dos Polvos 415 CEP: 88053-565 Jurere - Florianópolis - Santa Catarina Tel.: +55 48 9945-8565 graosbr@gmail.com Sucursal Argentina Rua América, 4656 - (1653) Villa Ballester - Buenos Aires República Argentina Tel/Fax: 54 (11) 4768-2263 E-mail: consulgran@gmail.com Revista bimestral apoiada pela: F.A.O - Rede Latinoamericana de Prevenção de Perdas de Alimentos ABRAPOS As opiniões contidas nas matérias assinadas, correspondem aos seus autores. Conselho Editorial Diretor Editor Flávio Lazzari Conselho Editor Adriano D. L. Alfonso Antônio Granado Martinez Carlos Caneppele Celso Finck Daniel Queiroz Jamilton P. dos Santos Maria A. Braga Caneppele Marcia Bittar Atui Maria Regina Sartori Sonia Maria Noemberg Lazzari Tetuo Hara Valdecir Dalpasquale

Caros Amigos e Leitores Espero que se encontrem muito bem. Sempre trabalhando para fazer as coisas melhor. Sabemos que a armazenagem é uma atividade onde manejamos riqueza, onde tudo significa custos, seja expresso em dinheiro, peso ou qualidade de grãos. Conscientes dos desafios da pós-colheita realizamos em novembro próximo um encontro a nível nacional, com profissionais de alto nível acadêmico e anos de experiência pratica, tratarão temas de grande atualidade. Nos dias 27 e 28, o Grãos 2013, Simpósio e Exposição 12ª Expo Pós-colheita, na bela Maringá (PR) situada no coração produtivo brasileiro, todos os temas de interesses na armazenagem serão aprovados. O encontro contará com palestras, mesas redondas, exposição, confraternização, intercambio de experiências, reconhecimento a trajetórias, etc.. O Grãos 2013 é uma oportunidade única no ano para encontrar-nos e juntos buscar os caminhos superadores de nossa especialidade. Por isso esperamos que todos os interessados e as empresas armazenadoras prestigiem nossa convocatória. Aproveitaremos o evento para entregar a Copa Grãos 2013, para um armazenista. As empresas apresentarão sua melhor e mais moderna tecnologia. O Grãos 2013 é também um encontro de amigos, porque nada substitui o abraço entre colegas. Nesta edição da Grãos Brasil apresentamos interessante informação sobre controle de pragas, armazenagem em silo bolsa, manutenção de motores, mercado agrário, prevenção de acidentes, Ecossistema, matérias com enfoques práticos que seguramente serão úteis para suas empresas. Agradecemos as empresas que apoiam a difusão da melhor tecnologia de Brasil e também a você por seu tempo. Como sempre esperamos suas criticas e sugestões . Que Deus abençoes suas famílias e trabalhos.

Com afeto.

Produção Arte-final, Diagramação e Capa Marcos Ricardo da Silva

Ligue e Assine:

(44) 3031-5467 02 | Revista Grãos Brasil | Setembro / Outubro 2013

Domingo Yanucci Diretor Executivo Consulgran - Granos Revista Grãos Brasil



¦ Indice ¦ 06

Monitoramento em Silo Bolsa

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Interferência dos Fungos e das Micotoxinas na Qualidade de Produtos Agrícolas Manutenção em motores elétricos

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Adivinha quanto já foi colhido nos EUA?

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Armazenagem: uso de silo-bolsa reduz estocagem de milho a céu aberto Riscos no Trabalho em Silos e Armazéns

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Pulverização Correta de uma Veia de Grãos com Preventivos Liquidos Residuais, Otimiza o Controle de Pragas em Grãos e Sementes Armazenadas Ecossistema de Grãos Armazenados

Setores

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Editorial

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Não só de pão...

04 | Revista Grãos Brasil | Setembro / Outubro 2013

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Cool Seed News

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Utilíssimas


GRテグS BRASIL - DA SEMENTE AO CONSUMO | 05


¦Monitoramento¦ O grande crescimento da produção de grãos no Brasil, assim como em muitos outros países do mundo, junto com outras condições produtivas tem levado que se use cada vês mais o silo bolsa.

Monitoramento em Silo Bolsa Por: Eng. Domingo Yanucci| Consulgran - Grãos Brasil |

Concebido como uma ferramenta de armazenagem provisional do grão secos hoje já esta incorporado como uma ferramenta básica dos ciclos produtivos. Na Argentina, país onde se iniciou o desenvolvimento deste sistema de armazenagem, os produtores falavam que no agro temos 03 bases de uma revolução produtiva: o plantio direto - os transgênicos e o silo bolsa. Isto permite ao produtor alcançar níveis razoáveis de competitividade. O principio de conservação e totalmente diferente dos sistemas convencionais de armazenagem. O silo bolsa para alcançar seu objetivo de conservação deve manter a estanqueidade (impedindo o ingresso de O2 e a saída de CO2), desta forma produz uma atmosfera modificada que limita o desenvolvimento de reações aeróbicas, que são fundamentais para insetos, fungos, etc... Gera uma atmosfera pobre em O2 e rica em CO2, favorecendo a conservação. Como toda ferramenta, o silo bolsa deve ser bem usado, para não ter resultados ruins. No caso que se armazene grão com umidade, os tempos de seguridade caem notavelmente, o que obriga a armazenar pouco tempo. Grão seco, limpo, relativamente frio, da para armazenar em bolsa hermética por muitos meses. Nos 06 |Revista Grãos Brasil | Setembro / Outubro 2013

graosbr@gmail.com

próximos quadros vemos uma orientação sobre a armazenagem segura. O grupo de micro-organismos bactérias, são anaeróbicos, mas requerem alta umidade para danar os grãos. Sempre falamos que a pratica mais importante da pós-colheita de grãos e sementes e a amostragem e o monitoramento, e no silo bolsa não é diferente. Se desejamos armazenar com sucesso deveremos partir de 3 premissas básicas: 1) saber como esta o grão que ingressa na bolsa. 2) respeitar as recomendações de enchimento. 3) ter um programa de amostragem e monitoramento. O ponto 1 é fundamental, já que define o que podemos fazer com o grão, que se pode esperar em quanto a armazenagem


Acesse: www.graosbrasil.com.br segura. Quanto mas frio, seco, sano e limpo, melhor. O ponto (2) se refere a preparação do terreno, enchimento adequado da bolsa, bem fechado, etc.. Que podemos fazer com respeito ao ponto 3? Amostragem Devemos implementar um programa de visitas aos silos, para verificar seu estado geral, possível ataque de pragas, danos por fatores climáticos, pragas, etc., extração de amostras, considerando número de sondagens por silo bolsa e localização dos mesmos, procedendo o fechamento dos pontos furados. No caso que se detectem furos ou problemas de armação nas bolsas, devemos fazer a amostragem dirigida aos pontos potencialmente mais perigosos (a integridade da bolsa é o primeiro a ser visto). No caso que a bolsa se encontre em boas condições e se trate de grãos homogêneos em boas condições, devem-se realizar no mínimo 3 sondagens por bolsa. Na medida em que estamos trabalhando em regiões más quentes, com maior insolação, se recomenda fazer monitoramentos e amostragem mais frequentes. Para grãos secos podemos deixar 15 dias entre cada revisão, no caso de não detectar problemas, para mercadoria em zona de perigo o controle deve ser semanal, considerando as condições de clima quente de Brasil. (Tabela3) Monitoramento Se baseiam na determinação de concentração de gases, SERVIÇO DE MONITOREAMENTO NA ARGENTINA ( Silcheck) Silcheck oferece um serviço preventivo, para controlar o estado da mercadoria dentro dos silos bolsas, que permite adiantar-se as perdas baseado nos trabalhos de pesquisa realizados conjuntamente com o INTA (Premio Cita 2009 de Inovação Tecnológica), centralizado na evolução de CO2, e sua relação ao tipo de grão (características) e condições climáticas de onde se encontra a bolsa entre outras variáveis como assim também evolução comparativa dos mesmos. A empresa SILCHECK vende ao cliente os equipamentos a baixo custo, capacita os operários da empresa (cerealistas e produtores ) para que possam realizar as tarefas de campo (operativamente são muito simples), Silcheck realiza uma auditoria periódica sobre o bom funcionamento do equipamento (teste de sensores online), também permite ter um controle do pessoal (hora e dia da tomada de dados), consta com GPS e tecnologia para identificar a bolsa de RFID (identificação única, só lida por proximidade do equipamento). Estes equipamentos tem uma memória interna, que através de um software, envia os dados a um servidor, os mesmos são processados pelo sistema (produto de um know-how de más 2 milhões de dados obtidos), dando diferentes escalas de perigo, segundo as características do grão, localozação geo-

CO 2 que normalmente são bastante sensíveis. O Eng. Ricardo Bartosik, que junto com o Eng. Juancito Rodriguez do INTA, desenvolveram diversos estudos desta tecnologia comenta: "Baseado em nossa experiência podemos falar que o sistema de monitoramento de CO2 primeiro põe em evidência se esta fazendo as coisas bem, regular ou mal. Nas empresas que adotam esta tecnologia vemos uma melhoria no tempo. Se vão ajustando o manejo da bolsa, se controla melhor a umidade de embolsado, se melhora o fechamento, se trata de restaurar a bolsa de maneira mais eficiente, etc... Neste contexto a medição de CO2 favorece uma melhora. Agora bem, si só se pretende melhorar o sistema incorporando a medição de CO2... não funciona. Uma vez que se "aprendeu" a fazer as bolsas, o sistema tem outras potencialidades, porque já se pode programar as vendas daquelas bolsas que estão más rasgadas que outras. A sua vez, como toda a informação fica centralizada em uma página web, o dono da mercadoria pode ter um controle muito preciso do estado da mesma. No contexto que mencionava, acredito que para uma empresa que tenha intenções de ir melhorando suas condições de manejo de silo bolsa é altamente recomendável a adoção desta tecnologia”. gráfica e condições climáticas e posicionamento das bolsas em um nível de ranking. A informação recebida pelo servidor pode ser vista de diferentes formas, através da página WEB, com um usuário e contrassenha, ou pelos informes que envia o sistema de forma mensal via email, onde se informa, as bolsas de maior a menor perigo, e em que condições de armazenagem se encontra. Ao final da armazenagem, o sistema envia um informe final, de como foi a conservação das bolsas, por zona ou por fazenda. Este serviço em forma completa se abona ao adquirir um kit de instalação por única vez, no momento de instalação, independente do tempo que permaneça a bolsa. Que benefícios oferece Silcheck aos cerealistas e fazendeiros: - Ao saber em que estado se encontra cada bolsa e onde está o problema de perda de qualidade, permite organizar por nível de perigo a extração de cada silo bolsa para minimizar as perdas, baixando os custos de processamento da mercadoria ( secagem , blending , frete). - Outro beneficio que oferece o serviço é poder comprar a produtores mercadoria ou gerar um compromisso de venda e embolsar em seus próprios campos. Este controle permite saber o estado exato dessa mercadoria, permitindo poder carregar direto ao porto, sem passar pelo armazém, poupanGRÃOS BRASIL - DA SEMENTE AO CONSUMO | 07


¦Monitoramento¦ do frete, embolsado e desembolsado. Também permite ao produtor conhecer o estado de seus grãos, o qual evita conflitos na hora de carregar. - Logística de acondicionamento ao conhecer o estado da mercadoria que tem o armazém dentro de seus silos bolsas, se podem manejar melhor as compras, já que se pode comprar mercadoria danada e misturar para aproveitar ao máximo as tolerâncias.

Para maior informação acesse:

www.silcheck.com

08 | Revista Grãos Brasil | Julho / Agosto 2013


¦Micotoxinas¦ Interferência dos Fungos e das Micotoxinas na Qualidade de Produtos Agrícolas Parte 1: Os Fungos Os grãos e oleaginosas constituem organismos biologicamente vivos e a respiração deles não é interrompida pela colheita, prosseguindo durante o armazenamento, permanecendo sujeitos a pequenas, porém contínuas transformações ocasionadas pelo processo respiratório.

Valdecir A. Dalpasquale Consultor em Pós-Colheita dalpasquale@secarmazena.com.br

Sandra Regina Pelegrinello Schuab Doutora em Agronomia sandraschuab@uol.com.br

Sob o ponto de vista prático, três fatores podem fazer variar a intensidade de respiração: a umidade, a temperatura e a presença de oxigênio. Havendo desequilíbrio, isto é, dependendo da quantidade ou intensidade destes fatores, a capacidade de respiração do material torna-se mais ou menos intensa (CESA, 1974). A umidade ou o teor de umidade é muito importante na compra, no recebimento, na secagem, no armazenamento e no processamento do produto. A umidade afeta o valor econômico, a qualidade, a armazenagem e as propriedades dos produtos agrícolas para processamento (Lazzari, 1997). A umidade e a temperatura são fatores independentes, porém correlacionados, pois quando a temperatura do ar aumenta, a sua capacidade de absorção de água também aumenta. Para uma dada temperatura, a umidade relativa do ar aprisionado entre o material armazenado vai depender do teor de umidade deste produto. Com elevado teor de umidade no material, o ar em equilíbrio com ele apresenta elevada umidade relativa, favorecendo o desenvolvimento de fungos e insetos. Estes, devido a atividade biológica, elevam a temperatura, que, por sua vez, incrementa a atividade respiratória dos produtos agrícolas. Em decorrência

da respiração, eleva-se a umidade relativa do ar, incentivando a ação de microrganismos, gerando mais calor. Forma-se, assim, uma reação em cadeia que eleva, rapidamente, a temperatura da massa, chegando, inclusive, ao ponto de entrar em combustão (CESA, 1974). Os principais fatores que favorecem o desenvolvimento de fungos durante o armazenamento de sementes, grãos e rações são: umidade, temperatura, período de armazenamento, nível de oxigênio, condições físicas do produto e as condições sanitárias deles. Os produtos e sub-produtos agrícolas podem ser classificados de acordo com o risco relativo de deterioração que apresentam. O risco de deterioração é dependente das características próprias de cada produto ou sub-produto e do tamanho de suas partículas ou tamanho do grão. O algodão, o feno, a farinha de peixe e de milho, os farelos diversos que possuem níveis maiores de gordura são classificados no nível de risco alto. O milho, a soja, o girassol, sementes de algodão, a canola e as rações são classificados em nível de risco médio. No nível de risco baixo estão classificados o sorgo, a cevada, o feijão, o arroz, o trigo e a aveia (Lazzari, 1997). Os teores de umidade recomendados para armazenagem de produtos agrícolas, por um ano, sem risco de deterioração, são mostrados no quadro 1. Isto porque o ar nos espaços vazios de um produto armazenado equilibra uma quantidade de umidade nele de acordo com a umidade do produto. É por isso que existe uma umidade desejável para a armazenagem de um produto agrícola. Ela irá entrar em equilíbrio com a umidade relativa do ar. Assim, se as meGRÃOS BRASIL - DA SEMENTE AO CONSUMO | 09


¦Transportadores¦ ¦Micotoxinas¦ lhores condições de desenvolvimento de um fungo forem conhecidas, recomenda-se armazenar um produto agrícola com um teor de umidade que resulte em umidade relativa de equilíbrio abaixo desse ótimo para o desenvolvimento do fungo. A umidade relativa que favorece o crescimento de diferentes fungos é apresentada no quadro 2. A porcentagem de umidade, apresentada no quadro 2, refere-se a umidade de armazenagem de diferentes produtos agrícolas nas quais os fungos se desenvolvem. Nota-se que o "temido" Aspergillus flavus precisa de focos com mais de 15% de umidade, valor que não se recomenda fazer armazenagem de nenhum dos principais produtos agrícolas. Imagens deste fungo são mostradas na figura 1. Os alimentos e outros materiais biológicos são conservados em melhores condições em ambiente refrigerado do que em altas temperaturas, principalmente, se eles apresentam alto teor de água. Este fato é baseado no princípio de que a maioria das reações químicas são aceleradas com o aumento da temperatura (Puzzi, 1986). Fungos de armazenamento são sensíveis às mudanças de temperatura, crescendo mais rapidamente a temperaturas ao redor de 30°C. Quando ela estiver abaixo de 15°C o seu desenvolvimento é bastante reduzido, com exceção do Penicillium spp. A aeração e o resfriamento são usados para isto. A principal finalidade da aeração é uniformizar a temperatura da massa de grãos para evitar transferência de umidade de uma porção de grãos para outra (Lazzari, 1997). Ela deve ser feita com uma quantidade de ar abaixo de um máximo, para reduzir toda a massa a uma desejada temperatura, preferencialmente usando ar com umidade relativa em equilíbrio com a umidade do produto. O material aerado se mantém em condições estáveis por quatro a seis meses. O resfriamento é feito mais rapidamente, pois usa quantidade maior de ar do que em aeração e, por isso, reduz somente a temperatura das camadas mais externas das sementes, o que requer repetição a cada 40 - 45 dias. Material assim mantido não favorecem o desenvolvimento de nenhum tipo de fungo. Os fungos de armazenamento contaminam os produtos guardados após a colheita e necessitam, para o seu desenvolvimento, grãos com teor de umidade em equilíbrio com umidade relativa acima de 65% ou 70% (Puzzi, 1986), como pode ser visto no quadro 2. O produto contendo impurezas e matérias estranhas, 10 | Revista Grãos Brasil | Setembro / Outubro 2013

Figura 1: Colônia de Aspergillus flavus

como detritos vegetais e torrões de terra, é portador de maior quantidade de microrganismos, além de que essas impurezas apresentam teores mais elevados de umidade do que o produto, o que favorece o desenvolvimento da flora fúngica (Puzzi, 1986). O principal problema da presença de fungos nos produtos armazenados é a produção de micotoxinas, à qual traz prejuízos a saúde humana e animal. Devido a isso é que se tem leis para limitar a quantidade dessas substâncias nos produtos alimentícios e nas rações. Nas sementes o seu efeito mais sério é devido a perda da viabilidade, ou seja, perda do poder germinativo.

“Os fungos de armazenamento contaminam os produtos guardados após a colheita...”


¦Manutenção¦ Os motores elétricos são responsáveis por grande parte da energia consumida nos segmentos onde seu uso é mais efetivo, como nas indústrias, onde representam em média mais de 50% do consumo de eletricidade dessas instalações. São, portanto, equipamentos sobre os quais é preciso buscar, prioritariamente, a economia de energia.

Manutenção em motores elétricos Por: Prof. João Maria Camara | Igor Mateus de Araújo | Crisluci Karina S. Santos | UFRGN Carregamento Conveniente dos Motores Um motor elétrico é dimensionado para fornecer um conjugado nominal Cn, a uma velocidade nominal Nn. Isto é, para uma potência nominal Pn, temos: Pn = Cn x Nn

Nos motores elétricos as operações de controle de materiais e equipamentos têm na sua maioria um efeito direto sobre o estudo mecânico e elétrico destes equipamentos, agindo direta ou indiretamente sobre seus rendimentos. Apresentaremos ações que, se adotadas pelos técnicos de manutenção, resultarão na melhoria do rendimento dos motores existentes em suas instalações, proporcionando economia de energia elétrica. Cabe ainda observar que 90% dos motores elétricos instalados são assíncronos com rotor em curto-circuito, sendo portanto este tipo de equipamento objeto da análise a seguir apresentada. A figura abaixo mostra as principais perdas que ocorrem nos motores elétricos assíncronos:

As perdas elétricas (ou perdas térmicas) variam com o quadrado do conjugado resistente (carga). Num motor bem dimensionado, o conjugado resistente deve ser menor que o conjugado nominal. Se for igual ou ligeiramente superior, o aquecimento resultante será considerável. Por outro lado, um motor "sub-carregado" apresente uma sensível redução no rendimento. O carregamento ideal deveria corresponder à carga do trabalho a ser efetuado, o que nem sempre é fácil de determinar. Se o trabalho exigido da máquina acionada apresente sobrecargas temporárias, a potência do motor deve ser ligeiramente superior à potência necessária. É importante limitar o crescimento das perdas, realizando adequada manutenção das máquinas e componentes mecânicos de acionamento, como por exemplo: regulagem das folgas, lubrificação adequada, verificação dos alinhamentos, etc. Finalmente, devemos lembrar que motores individuais são geralmente mais econômicos em energia do que as transmissões múltiplas. A título de ilustração, apresentamos no quadro a seguir a diminuição do rendimento de um motor assíncrono trifásico de 75 CV, 4 pólos, em função do carregamento apresentado em regime normal de operação. VARIAÇÃO DO RENDIMENTO DE MOTORES DE 75 CV Carregamento (%) Diminuição do Rendimento (%) 70 1 50 2 25 7 Ventilação Adequada Nos motores auto-ventilados, o ar de resfriamento é fornecido por um ventilador interno ou externo acionado pelo eixo do motor. O fluxo de ar arrasta consigo poeira e materiais leves que obstruem aos poucos as aberturas ou canais e impedem a passagem do ar e a dispersão normal de calor, o que aumenta fortemente o aquecimento do motor. Por outro lado, é comum encontrar nas indústrias motoGRÃOS BRASIL - DA SEMENTE AO CONSUMO | 11


¦ Manutenção¦ res instalados em espaços exíguos que limitam a circulação do ar, provocando aquecimentos excessivos. Nos motores que utilizam ventilação forçada externa, a parada do grupo moto-ventilador pode causar os mesmos problemas. Portanto, para assegurar o bom funcionamento das instalações, devem ser tomadas as seguintes precauções: - limpar cuidadosamente os orifícios de ventilação; - limpar as aletas retirando a poeira e materiais fibrosos; - cuidar para que o local de instalação do motor permita livre circulação de ar; - verificar o funcionamento do sistema de ventilação auxiliar e a livre circulação do ar nos dutos de ventilação.

essa característica deve ser prevista no projeto do equipamento e o motor deve estar adaptado para trabalhar desta forma. Porém, em conseqüência de reguladores de algumas máquinas, pode ser necessário proceder a várias partidas num tempo relativamente curto, não permitindo que o motor esfrie adequadamente. A figura abaixo mostra que entre cada partida a curva de aquecimento tem sua origem e pico mais elevados e pode ultrapassar rapidamente o limite crítico de temperatura.

Controle da Temperatura Ambiente De forma geral, a temperatura limite suportada pelos isolantes do motor é calculada para o funcionamento num ambiente com temperatura de 40ºC. Portanto, é importante verificar e controlar a temperatura ambiente para não ultrapassar os valores para os quais o motor foi projetado. Cuidado com as Variações de Tensão O equilíbrio térmico de um motor é modificado quando a tensão de alimentação varia. Uma queda de tensão limita o fluxo do circuito magnético, reduzindo as perdas no ferro e a corrente em vazio. Porém, o conjugado motor deve superar o conjugado resistente, para impedir o aumento excessivo do escorregamento. Como o conjugado motor é função do produto entre o fluxo e a intensidade da corrente absorvida, se o fluxo diminui a intensidade da corrente aumenta. Com a corrente em carga aumentada pela queda de tensão, o motor se aquecerá, aumentando as perdas. Um aumento de tensão de alimentação terá efeitos mais limitados, uma vez que a corrente em vazio aumenta enquanto a corrente em carga diminui. Operação com Partidas e Paradas bem Equilibradas Devem ser evitadas as partidas muito demoradas que ocorrem quando o conjugado motor é apenas ligeiramente superior ao conjugado resistente: a sobreintensidade de corrente absorvida, enquanto a velocidade nominal não é atingida, aquece perigosamente o motor. Da mesma forma, uma frenagem por contra-corrente, ou seja, através de inversão do motor, representa, a grosso modo, o custo equivalente a três partidas. Em todos os casos, é fundamental assegurar-se que o conjugado de partida seja suficiente: - através da escolha de um motor adequado; - verificando se a linha de alimentação possui características necessárias para limitar a queda da tensão na partida; - mantendo a carga acoplado ao motor em condições adequadas de operação, de forma a não apresentar um conjugado resistente anormal. Partidas Muito Freqüentes Quando o processo industrial exige partidas freqüentes, 12 | Revista Grãos Brasil | Setembro / Outubro 2013

Aconselha-se, durante essas regulagens, observar a temperatura do motor, proporcionando tempos de parada suficientes para que a temperatura volte a um valor conveniente. Degradação dos Isolantes Térmicos A vida útil de um isolante pode ser drasticamente reduzida se houver um sobreaquecimento representativo do motor. As principais causas da degradação dos isolantes são: sobretensão de linha, sobreintensidade de corrente nas partidas, depósito de poeira formando pontes condutoras, ataque por vapores ácidos ou gases arrastados pela ventilação. Para prevenir a degradação desses isolantes, recomendamos asseguir algumas medidas a serem tomadas. Procedimentos para Manutenção dos Isolantes Elétricos - Equipar os quadros de alimentação com aparelhos de proteção e comandos apropriados e verificar periodicamente o seu funcionamento. - Aproveitar os períodos de parada dos motores para limpar as bobinas dos enrolamentos. - Caso necessário, instalar filtros nos sistemas de ventilação dos motores, proporcionando-lhes manutenção adequada. - Colocar os motores em lugares salubres. - Verificar qualquer desprendimento de fumaça. - Verificar periodicamente as condições de isolamento. - Equipar os motores com dispositivos de alarme e proteção contra curtos-circuitos. - Observar ruídos e vibrações intempestivas. - Observar sinais de superaquecimento e anotar periodicamente as temperaturas durante a operação. - Observar o equilíbrio das correntes nas três fases.


Acesso: www.graosbrasil.com.br - Verificar se a frequência prevista para o motor é realmente igual à frequência da rede de alimentação. Fixação Correta dos Motores e Eliminação de Vibrações O motor standard é construído para funcionar com eixo horizontal. Para funcionamento com eixo vertical ou outras inclinações, o motor deve ser construído para esse fim, geralmente equipado com um mancal de encosto. Em poucas palavras, um motor nunca deve ser fixado numa inclinação qualquer de seu eixo sem que se tenha certeza de suas características próprias. Vibrações anormais causam uma reduçào no rendimento do motor: elas podem ser consequencia de uma falha no alinhamento, de uma fixação insuficiente ou defeituosa do motor em sua base, de folgas excessivas dos mancais, ou ainda de um balanceamento inadequado nas partes giratórias. Para controlar este problema, podemos tomar algumas medidas preventivas, mostradas asseguir. Medidas para Prevenir Vibrações - Observar o estado dos mancais - Observar a vida útil média dos mancais (informação fornecida pelos fabricantes) - Controlar e analisar as vibrações de forma muito simples: basta colocar uma ferramenta sobre o mancal, aproximando o

ouvido e detectando as falhas pelos ruídos produzidos - Tomar cuidado ao substituir um rolamento por outro - Nas paradas de longa duração, trocar periodicamente a posição de repouso dos rotores dos motores elétricos, assim como das partes móveis das máquinas. Lubrificação Correta Dos Mancais É importante saber que a uma temperatura de 40ºC, a vida útil de um rolamento de esferas em funcionamento contínuo pode ser de 3 a 4 anos ou mais. No entanto, para cada 10ºC de elevação da temperatura de trabalho a vida útil diminui, em média, 50%. A correta lubrificação dos rolamentos, além de permitir um melhoria de rendimento, evita a elevação da temperatura que prejudica a vida útil desses equipamentos. A lubrificação dos rolamentos é feita geralmente com graxa mineral. Quando as temperaturas de operação forem elevadas (de 120ºC a 150ºC) ou as velocidades de rotação forem acima de 1.500 rpm, usa-se óleo mineral para a lubrificação. Esses óleos devem ter características lubrificantes adequadas às condições de trabalho. Nos motores de pequena potência, a lubrificação inicial na montagem é prevista de modo a assegurar um número elevado de horas de funcionamento. Às vezes, a reserva de graxa é suficiente para toda a vida útil do equipamento. Nos motores maiores há necessidade de lubrificação externa. A

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¦ Manutenção¦ frequência de lubrificação depende do projeto dos mancais e das características dos lubrificantes utilizados. No quadro abaixo são apresentadas algumas recomendações que podem garantir maior vida útil para os rolamentos e um menor consumo de energia. Recomendações Para Prolongar A Vida Útil Dos Rolamentos - Respeitar os intervalos de lubrificação - Não engraxar excessivamente os rolamentos e limpá-los com gasolina antes de colar a graxa nova (salvo se houver evacuador automático de graxa)

Tabela 1: Defeitos mais frequentes

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- Utilizar as graxas recomendadas pelo fabricante em função do serviço e da temperatura. - Para os mancais lubrificados a óleo, verificar os anéis de retenção e utilizar o óleo recomendado. - Observar a temperatura dos mancais em operação. - Cuidar para que a temperatura ambiente permaneça dentro dos limites normais. - Se o motor precisa funcionar num ambiente anormal, assinalar este fato ao fabricante no momento do pedido. - Durante a limpeza, evitar dos depósitos de poeira nas caixas de rolamentos.


Acesso: www.graosbrasil.com.br ツヲTecnologiaツヲ Tabela 2: Razテオes de sobrecarga mais frequentes

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¦ Manutenção¦ Nas figuras a seguir temos as ilustrações dos principais defeitos listados. Diagnóstico: Queima da bobina auxiliar ou de partida Causa: Causada normalmente pela não abertura do conjunto centrifuco-platinado, deixando esta bobina ligada por mais tempo que o especificado. Objetos extranhos que penetre no interior do motor poderão causar este defeito

Diagnóstico: Queima por sobrecarga. Causa: A queima total do isolamento em todas as fases do enrolamento trifásico, origina-se na sobrecarga do motor. Subtensão e sobretensão provocarão o mesmo tipo de falha.

Diagnóstico: Curto na conexão

Diagnóstico: Curto entre fases

Causa: Defeito de isolamento, causado, caracteristicamente, por contanimações, abrasão ou oscilação de tensão.

Causa: Defeito de isolamento, causado, caracteristicamente, por contanimações, abrasão ou oscilação de tensão.

Diagnóstico: Curto contra a massa, na saída da ranhura.

Diagnóstico: Fase danificada por desbalanceamento da tensão da rede.

Causa: Defeito de isolamento, causado, caracteristicamente, por contanimações, abrasão ou oscilação de tensão.

Causa: Tensões desiguais normalmente são motivadas por cargas não balanceadas na rede de alimentação, por conexões deficientes junto aos terminais do motor ou por mau contato. Um desequilibrio de corrente de 6% a 10% da nominal

Diagnóstico: Curto entre as espiras.

Diagnóstico: Queima na bobina principal.

Causa: Defeito de isolamento, causado, caracteristicamente, por contanimações, abrasão ou oscilação de tensão.

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Causa: A sobrecarga do motor provoca a queima total do isolamento da bobina principal do enrolamento monofásico. Subtensões, sobretensões ou ainda a bobina auxiliar não conectada no momento da partida, causam o mesmo tipo de falha


¦Mercado¦

Adivinha quanto já foi colhido nos EUA? Moral da História: Mais um ano de Sufoco para a Agricultura Brasileira Pois é, minha gente. Agora vamos voltar aos tempos de criança, quando a gente passava horas e horas tentando adivinhar as "pegadinhas" que os amigos nos apresentavam.

Osvaldo J. Pedreiro Novo Horizonte Assessoria osvaldo.pedreiro@uol.com.br

Com a paralisação das ações do governo Norte Americano, o USDA simplesmente parou de emitir os relatórios semanais de avaliação de colheita, condições das lavouras, estatísticas de vendas internas e de exportação para os produtos resultantes das safras agrícolas das terras do Tio Sam, que está mais para o primo pobre do que para a grande potência mundial dos últimos séculos. E com a falta de informação, o mercado tenta sobreviver com as informações que alguns setores privados especializados em levantamento de dados se propõem a anunciar para quem quer ouvir e anotar, e em cima desses números tentar se encontrar nesse mercado que não pára de surpreender todo mundo. De concreto mesmo, resta o "feeling" (sentimento aguçado de operadores de mercado) de cada profissional para tentar tirar proveito da situação mundial carente de informações oficiais (sabendo que mesmo os relatórios do USDA também sofre de alguns descréditos em seus números), mas que de uma forma ou de outra conseguem realizar negócios meio que "se não dá pra ser melhor, vamos ver no que dá". Dizer que isso não prejudica o comércio mundial também é uma alegoria, porque o mundo inteiro depende e muito de dados concretos para assumir suas posições de compra e venda, diga-se de passagem a China, que independente de saber se os números anunciados pelas entidades privadas norte americanas são reais ou são fictícias, o povo tem que comer, os rebanhos precisam se alimentar para que o povo não passe fome, e aí o mercado segue num ritmo mais lento, mas sem sofrer solução de continuidade.

Saber se verdadeiramente a safra de soja dos EUA vai ser 82, 85 ou 88 milhões de toneladas só o tempo vai dizer, e isso deve acontecer somente no final da colheita do hemisfério Norte, assim como só depois é que vamos saber se vamos ter 350 ou 360 milhões de toneladas de milho. Em paralelo a essas incertezas, segue o plantio do hemisfério Sul, com expectativas de recordes de produção agrícola principalmente aqui no Brasil, onde se estima que na próxima safra deveremos produzir ao menos 88 milhões de toneladas de soja (ultrapassando os EUA) e 93 milhões de toneladas de milho, cujos montantes já assustam os mais realistas do nosso mercado, antevendo a catástrofe que vai ser mais uma vez - e não se sabe ainda por quanto tempo -, a logística tupiniquim vai emperrar mais uma vez o já sofrido mercado brasileiro tanto a nível indústria quanto a nível de exportação. Convém ressaltar que estudos e anúncios de possíveis melhorias na área de armazenagem e escoamento das safras em especial do Mato Grosso, pra não dizer dos demais Estados mais ao Norte do Brasil que não produzem tanto quanto os Estados do Centro Sul também sofrem com a mesma logística por falta de opções de exportação pelos portos mais ao Norte do Brasil, que carecem e muito de aparelhamento para escoar a grande safra que se avizinha. De uma coisa podemos estar certos: mais uma vez os produtores brasileiros - que são os responsáveis pelos recordes de produção que o país vem alcançando -, mais uma vez será o grande prejudicado no resultado final, ficando para os intermediários (principalmente do setor logístico de transportes em todos os modais existentes no Brasil) a maior fatia de lucro na somatória dos valores diários que se faz para negociar o que se produz com tanto sacrifício, e lamentar que só conseguem bons lucros aqueles que nada produzem. GRÃOS BRASIL - DA SEMENTE AO CONSUMO | 17


¦Silo-bolsa¦ Sem pressa para escoar a produção, os agricultores podem aguardar um melhor momento para comercializar.

Armazenagem: uso de silo-bolsa reduz estocagem de milho a céu aberto Por: Tássia Kastner | Agência Estado O uso de silos-bolsa ainda é incipiente no Brasil, mas tem ganhado espaço como alternativa de estocagem nas propriedades, uma vez que a armazenagem vem se tornando um problema sério no campo, após anos consecutivos de safras recordes de grãos. O investimento é considerado baixo e bastante compensador, levando em conta a expectativa de ampla produção no mundo, o que tende a deprimir os preços na entrada da colheita. Sem pressa para escoar a produção, os agricultores podem aguardar um melhor momento para comercializar. Neste ano o uso de silos-bolsa contribuiu para reduzir o volume de milho estocado a céu aberto em Mato Grosso, onde a produção é de 18,6 milhões de toneladas para um consumo local de 3 milhões de toneladas. A pedido do Broadcast, a consultoria Céleres apurou que o custo para armazenar milho no silo-bolsa varia entre R$ 0,80 e R$ 1,50 por saca, dependendo da escala de produção e da compra ou necessidade de alugar o equipamento para usar o sistema. Para adotar o silo plástico, além da bolsa, que custa, em média, R$ 1,5 mil, o produtor precisa do maquinário para "embolsar" os grãos e, depois, para retirá-los. O investimento nos equipamentos parte de R$ 60 mil, de acordo com Carlos Fávaro, presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT). Ele reforça que o investimento cabe no bolso do produtor, e descarta a demanda por linhas

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de crédito para financiar o maquinário. A compra do plástico pode ser incluída no crédito de custeio, dentro do Plano Safra, em até 5% do limite por produtor, que é de R$ 1 milhão. Apenas em Mato Grosso foram adquiridos silos-bolsa para 2,4 milhões de toneladas das mais de 18 milhões de toneladas esperadas pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para esta safra. O levantamento é do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária, que pela primeira vez apurou o uso da armazenagem na propriedade - nos anos anteriores a prática era inexpressiva. Levando em conta a capacidade média de 3 mil sacas de 60 quilos por silobolsa, pode-se estimar mais de 13 mil armazéns desse tipo adquiridos para estocar o milho de segunda safra apenas no Estado. "Quase não se vê milho a céu aberto. E o que tem vai ser escoado até o fim da safra", afirmou Fávaro.O presidente da Aprosoja-MT contou também que produtores têm buscado alternativas para tornar a nova despesa menor. Há casos de agricultores que compram apenas a máquina para ensacar o milho no silo, já que a colheita e a armazenagem são simultâneas nas fazendas. Mas como a comercialização ocorre em ritmo distinto, o aluguel do equipamento para retirar o cereal para entrega tem sido uma alternativa. O secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Neri Geller, produtor em Lucas do Rio Verde (MT), é um


Acesso: www.graosbrasil.com.br ¦Tecnologia¦

entusiasta do silo-bolsa. Ele conta que na semana passada sobrevoou o município e ficou maravilhado com a quantidade de milho que estava armazenada em silos-bolsa nas propriedades, algo que não foi necessário no ano passado, quando a quebra da safra norte-americana acelerou o escoamento da safra. O secretário também investiu na compra do silo-bolsa, mas acabou não utilizando o equipamento, pois vendeu a produção logo após a colheita. Ele calcula que o custo do silo bolsa é de R$ 0,42/saca, bem abaixo dos R$ 1,50 a R$ 2,00/ saca gastos para guardar a produção em armazéns de terceiros. Geller avalia que o equipamento é uma boa alternativa para o milho, que é colhido no período seco e dependendo do ajuste da colheitadeira, para evitar quebras, o produto já sai pronto para armazenagem. Demanda aquecida - Além das lavouras de milho de Mato Grosso, os silos-bolsa têm sido amplamente utilizados por arrozeiros do Rio Grande do Sul e por produtores do oeste da Bahia, de acordo com Gustavo Borrat Bazzano, diretor comercial da Pacifil, primeira indústria a fabricar esse tipo de armazém no País. Bazzano calcula que o mercado tenha demandado 40 mil silos-bolsa no ano passado, e projeta crescimento de 35% para 2013, o que equivale 54 mil unidades até o final do ano. Na Argentina, a demanda chega a 350 mil silos-bolsa por ano. Mas Fávaro, da Aprosoja, enfatiza que mesmo com a garantia de manutenção da qualidade do cereal no silo-bolsa os investimentos em novos armazéns metálicos não devem ser abandonados. "São sistemas complementares", afirma. Para ser acondicionado no silo plástico, o milho precisa estar com umidade de até 14% na colheita, algo relativamente

fácil em Mato Grosso, Estado em que as chuvas são raras no período de retirada da segunda safra, lembra Ângelo Ozelame, analista de grãos do Imea. Mas em outros Estados, como Mato Grosso do Sul e Paraná, segundo maior produtor de milho segunda safra, o grão precisaria passar por uma secadora, nas grandes estruturas de armazenagem. Em Mato Grosso do Sul, a Aprosoja-MS chegou a incentivar produtores na adoção de silos-bolsa, no caso de não encontrarem estruturas convencionais para estocar o cereal. O analista de grãos da Federação da Agricultura e Pecuária de MS, Leonardo Carlutto, reforçou, no entanto, que por lá a maior demanda pelos silos-bolsa vem das unidades de armazenagem, que podem passar o cereal pela secadora e aumentar a capacidade de estocagem com a estrutura temporária. CEO da Céleres consultoria, Anderson Galvão destaca que a busca por estocagem da produção ocorre, normalmente, quando há perspectiva de recuperação das cotações do produto, algo que, na sua opinião, no caso do milho, dificilmente ocorrerá no segundo semestre. A safrinha recorde brasileira e a previsão de recuperação da safra norte-americana derrubaram os preços do cereal, que chegam a R$ 8,50/saca no Médio-Norte de Mato Grosso. "Eu só estoco aquilo que vai subir de preço no futuro. Se existe uma expectativa de que daqui a alguns meses o milho vai subir, compensa o custo financeiro e operacional de deixar o produto parado", argumentou. Mas ele próprio ressalva que, "olhando pela perspectiva de risco, o preço (do milho) está tão barato que o risco de cair é menor do que de subir".

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¦Prevenção¦

Riscos no Trabalho em Silos e Armazéns Os silos e os armazéns são construções indispensáveis ao armazenamento da produção agrícola e influem decisivamente na sua qualidade e preço. Entretanto, por sua dimensão e complexidade, podem ser fonte de vários e graves acidentes do trabalho.

Por serem os silos locais fechados, enclausurados, perigosos e traiçoeiros, são conhecidos comoespaços confinados e são objeto da NR33 - Espaços Confinados, da NBR 14.787 da ABNT e de alguns itens da NR 18 - Construção Civil do MTE. Principais Tipos de Acidentes - Afogamento e Sufocamento na massa de grãos - Intoxicações causadas por gases - Explosões Afogamento e Sufocamento - Afogamento: a vítima é arrastada ou dragada pela massa de grãos. - Sufocamento: a vítima é encoberta pela massa de grãos. Para um fluxo de grãos de 54 toneladas por hora, uma pessoa de 1,70 m pode ser dragada pela massa de grãos em menos de 11 segundos.

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Tipos de Acidente em Silos As ocorrências mais comuns são afogamento e sufocamento. As vítimas são submetidas à asfixia mecânica por ação da massa de grãos. Sendo que no primeiro caso as vitimas são arrastadas enquanto no segundo as vitimas são encobertas. No Brasil há tanto acidentes em silos, muito provável que o Ministério do Trabalho não tem controle desses acidentes para maior divulgação da prevenção e boas práticas de segurança. Segundo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) os silos para grãos apresentaram 47.101.060 toneladas de capacidade útil total no país. Podemos estimar a existência de 10.000 silos no país. O padrão de acidentes no Brasil segue as ocorrências registradas nos EUA, tais como: - Caminhar na superfície de grãos - Limpeza ou retirar massa de grãos nas laterais do silo - Não adotar boas práticas de segurança - Entrar no silo com operação de carga/descarga


Acesse: www.graosbrasil.com.br mento de movimentação de grãos para impedir o seu acionamento. O padrão de instalações de operações de grãos da OSHA inclui: - exigência de que os empregadores forneçam aos trabalhadores que entram em silos ou tanques com equipamento de proteção individual, tais como cinto de segurança tipo paraquedista com fixação peitoral e dorsal para facilitar a remoção em caso de uma emergência. - fornecendo proteção adequada e não permitindo que os trabalhadores andem em superfície de grãos ou permanecem em cima de produtos empilhados maior do que a altura da cintura, reduzindo assim o risco de trabalhadores de afundar e sufocar.

As figuras mostram situações graves que podem ocorrer 1- O trabalhador entrou sozinho no silo 2- O trabalhador estava sem cinto de segurança e linha de vida monitorada por outro trabalhador 3- O trabalhador desconhece o histórico de acidentes em silos. Ele tem de ser cauteloso 4- O trabalhador não bloqueou e identificou o equipa-

A OSHA (Occupational Safety & Health Administration) sigla que em portugues significa Segurança Ocupacional e Administração Saudável, também recomendas as seguintes orientações: - Quando os trabalhadores entrarem em depósitos de armazenamento, silos, tanques, e armazenamento, os proprietários devem (entre outras coisas): 1. Desligar e bloquear todos os equipamentos de força associado ao silo, incluindo roscas sem fim, usadas para ajudar a mover o grão, de modo que o grão não esteja sendo movimentado para fora ou dentro do silo. Permanecendo em movimento o grão é mortal; o grão age como 'areia movediça' e pode enterrar um trabalhador em segundos. Movimentando grãos em silo, enquanto um trabalhador estiver no seu interi-

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¦Prevenção¦ or cria uma sucção que pode puxá-lo em segundos. 2. Proibir andar sobre a superfície de grãos e práticas similares, com função de criar fluxo, para que ele possa fluir. 3. Fornecer a todos os trabalhadores cinto de segurança tipo paraquedista com fixação peitoral e dorsal com linha de vida ou uma cadeira de segurança e garantir que é seguro antes do trabalhador entrar no silo. 4. Providenciar um observador ou vigia postado fora do silo, quando da entrada de um trabalhador. Garantir que o observador/vigia esteja equipado para prestar auxílio e que sua tarefa é apenas rastrear continuamente o empregado no interior do silo 5. Proibir a entrada de trabalhadores m depósitos ou silos sob a condição de ponte (caminhar sobre a superfície aparentemente firme de grãos), ou quando há acúmulo de produtos de grãos nas laterais e que podem desmoronar e soterrar. 6. Garantir a comunicação (visual, voz ou linha de sinal) é mantida entre o observador/vigia e os trabalhadores que entraram no silo. 7. Antes de entrar, testar o ar no interior do silo quanto à presença de gases inflamáveis e tóxicos, e determinar se há oxigênio suficiente. oFornecer, ventilação contínua até que quaisquer condições atmosféricas perigosas são eliminadas oSe a toxicidade ou deficiência de oxigênio não podem ser eliminadas, trabalhadores devem usar respiradores apropriados. 8. Assegurar que a permissão de trabalho é emitida para cada etapa de serviço do trabalhador durante sua entrada no silo, certificando que as precauções acima referidas foram implementadas.

Outras recomendações 1. fixar avisos sobre a existência de pessoas trabalhando; 2. Usar carretilhas mecânicas que permitam a rápida elevação dos indivíduos em casos de acidentes; 3. evitar o acesso de pessoas estranhas, principalmente, crianças, desacompanhadas de pessoas que conheçam as normas de segurança; e 4. fixar avisos alertando sobre os perigos de afogamento e sufocamento na massa de grãos. Outro fator de risco são as explosões em locais onde exis24 | Revista Grãos Brasil | Setembro / Outubro 2013

te muita poeira acumulada. Essas explosões ocorrem frequentemente em instalações agrícolas ou industriais onde são processados: a) farinhas = de trigo, milho, soja, cereais, etc.; e b) particulados = açúcar, arroz, chá, cacau, couro, carvão, madeira, enxofre, magnésio, eletrometal (ligas), etc. O milho é considerado um dos grãos mais voláteis e perigosos, embora toda poeira de grãos possa ser tida como MUITO PERIGOSA. Na Agricultura, existem ainda os chamados espaços confinados móveis: os tanques que são levados para o campo, onde são armazenados os agrotóxicos usados na lavoura; e os caminhões-tanque transportadores de combustível ou de água (carros-pipa). Exemplos de espaços confinados que podem ser encontrados nas diversas atividades ligadas à agroindústria são: tonéis (de vinho/aguardente, p.ex.), reatores, colunas de destilação, vasos, cubas, tinas, misturadores, secadores, moinhos, depósitos e outros. As indústrias que processam produtos alimentícios e as unidades armazenadoras de grãos, apresentam alto potencial de risco de incêndios e explosões, pois o trabalho nessas unidades consiste basicamente em receber os produtos, armazenar, transportar e descarregar. O processo inicia com a chegada dos caminhões graneleiros e ao descarregar seu produto nas moegas, produzem uma enorme nuvem de poeira, em condições e concentrações propícias a uma explosão. O acúmulo de poeiras no local de trabalho, depositada nos pisos, elevadores, túneis e transportadores, apresentam um risco de incêndio muito grande. Isso ocorre quando, uma superfície de poeira de grãos é aquecida até o ponto de liberação de gases de combustão que, com o auxílio de uma fonte de ignição com energia, dá início ao incêndio. Além disso, a decomposição de grãos pode gerar vapores inflamáveis; se a umidade do grão for superior a 20%, poderá gerar metanol, propanol ou butanol. Os gases metano e etano, também produzidos pela decomposição de grãos, são igualmente inflamáveis e podem gerar explosões. A poeira depositada ao longo do tempo, quando agitada ou colocada em suspensão e na presença de uma chama, poderá explodir, causando vibrações subsequentes pela onda


Acesse: www.graosbrasil.com.br de choque; isto fará com que mais pó depositado no ambiente entre em suspensão e mais explosões aconteçam. Cada qual mais devastadora que a anterior, causando prejuízos irreversíveis ao patrimônio, paradas no processo produtivo e, o pior, vidas humanas são ceifadas ou ficam permanentemente incapacitadas para o trabalho. Nos Estados Unidos, que estudam as explosões de poeira de grãos há mais tempo, recomenda-se que a concentração máxima de poeira de grãos no ambiente de trabalho seja de 4 g/m3 de ar. A faixa mais perigosa para gerar uma explosão, varia entre 20 e 4.000 g/m3 de ar. Se uma lâmpada de bulbo (incandescente) de 25 watts pode ser vista a 2 m de distância num ambiente empoeirado, isso significa que a concentração de poeira é inferior a 40 g/m3 de ar mas, mesmo assim, dentro do limite da explosividade. Foi criado nos Estados Unidos um equipamento experimental para testar peiras explosivas, com sensores diversos que permitem conhecer as características das peiras explosivas Para o trabalho em espaços confinados, existem pequenos aparelhos (como o da foto ao lado) que indicam a concentração de gases perigosos no interior dos silos (e demais espaços confinados), que dão segurança ao operário que vai adentrar esse recinto. Há umas poucas REGRAS BÁSICAS a observar para ver se uma determinada poeira apresenta RISCO DE EXPLOSÃO:

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¦Prevenção¦ - a poeira deve ser combustível; - ela deve ser capaz de permanecer em suspensão no ar; - deve ter um arranjo e tamanho passível de propagar a chama; - a concentração da poeira deve estar dentro da faixa explosiva; - uma fonte de ignição com energia suficiente deve estar presente; - a atmosfera deve conter oxigênio suficiente para suportar e sustentar a combustão. Se todas essas condições estiverem presentes, pode ocorrer a explosão da poeira. A melhor maneira de evitá-la é anular a maior parte dessas pré-condições. Parâmetros Críticos para a Explosão de Poeiras 1. tamanho da partícula: < 0,1 mm; 2. concentração da poeira: 40 a 4.000 g/m3; 3. teor de umidade do grão: <11 %; 4. índice de oxigênio no ar: > 12%; 5. energia de ignição: > 10 a 100 mJ (mega Joule); e 6. temperatura de ignição: 410 a 600oC. Outras temperaturas de ignição da nuvem, adotadas nos EUA (NFPA, Revista Proteção N.181) para poeiras agrícolas, em graus centígrados (oC) são: - açúcar em pó = 400 - amido de milho = 350 - arroz = 450 - cacau 19% gordura = 24 - café instantâneo = 350 - café torrado = 270 - canela = 230 - casca de amêndoa = 210 - casca de amendoim = 210 - casca de arroz = 220 - casca de coco = 220 - casca de noz de cacau = 370 - casca de semente de pêssego = 210 - casca de noz preta = 220 - celoluse = 270; e - celulose alfa = 300 Para diminuir o risco de explosões, deve-se: 1 - proceder à limpeza frequente do local; 2 - evitar fontes de ignição (solda, fumo, etc.); 3 - manutenção periódica dos equipamentos;

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4 - peças girantes devem trabalhar sem pó; 5 - instalar bom sistema de aterramento (eletricidade estática); 6 -nunca varrer o armazém; usar o aspirador de pó; 7 - equipar elevadores, balanças e coletores de alívios contra pressões; 8 - usar sistemas corta-fogo em dutos de transporte, e outros; 9 - cuidados com ventiladores e peças girantes (faíscas); e 10 - manter umidade do local => 50% (ambiente sêco é explosivo). Recomenda-se, sempre que possível, a VENTILAÇÃO LOCAL EXAUSTORA, que é a solução ideal. Ela tem como objetivo principal a proteção da saúde do trabalhador, uma vez que capta os poluentes da fonte, antes que os mesmos se dispersem no ar do ambiente de trabalho, ou seja, antes que atinjam a zona de respiração do trabalhador. Os sistemas de controle de particulados para a atmosfera, são compostos basicamente de: - captores no ponto de entrada ou de captação; - dutos para o transporte do produto granulado; - ventiladores industriais para mover os gases; e - equipamentos de coleta de poeiras (filtros, ciclones, lavadores e outros).

Alguns fumigantes contêm produtos inflamáveis: dissulfeto de carbono, dicloreto de etileno, fosfina e outros. Fumigantes e pesticidas são um risco habitual para os trabalhadores das unidades armazenadoras de grãos. Normalmente implicam na exposição ao tetracloreto de carbono, dissulfeto de


Acesse: www.graosbrasil.com.br carbono, dibrometano, fosfeto de alumínio e dióxido de enxofre, todos potencialmente perigosos. A foto anterior mostra o EPI (máscara) indicado para gases. A maior parte dos acidentes ocorre nas regiões em que a umidade relativa do ar atinge valores inferiores a 50%, e onde se armazenam produtos de risco como: trigo, milho e soja, ricos em óleos inflamáveis.

aparelhinho é mostrado em detalhes, à esquerdaa. Porta, também, o indispensável capacete e luvas.

Problemas ergonômicos Os problemas ergonômicos, normalmente, estão associados às reduzidas dimensões do acesso ao espaço confinado (exigindo contorções do corpo, o uso das mãos e dificultando o resgate em caso de acidente) e ao transporte de grãos ensacados. São eles: 1. portinhola de acesso; 2. agressões à coluna vertebral; 3. lombalgias; 4. torções; e 5. esmagamento de discos da vértebra. A figura ao lado mostra um operário entrando num espaço confinado. A seção transversal, normalmente, é circular mas a da foto é quadrada. Observe que ele leva, pendurado no pescoço, um instrumento para verificar a existência e a concentração de gases perigosos no interior do recinto. O

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¦Prevenção¦ A figura esquemática abaixo mostra a forma errada (ou não ergonômica) de levantar peso, à esquerda e a forma correta, à direita.

Problemas com os pulmões e os olhos Alguns grãos armazenados, como o arroz em casca, desprendem uma poeira que pode causar lesão aos olhos ou dificuldades respiratórias. A soja, por ser uma planta de porte baixo, ao ser colhida com colheitadeira, leva consigo muita terra. Assim, ao ser armazenada, ao movimentar-se, desprende essa poeira, que pode provocar uma doença terrivel chamada silicose ou o empedramento dos pulmões. Os Equipamentos de Proteção Individual - EPI's recomendados são: a) máscaras contra poeiras; e b) óculos de segurança. Riscos físicos (ruídos, iluminação, etc.)

Além dos riscos físicos já relacionados anteriormente, juntam-se: a falta de aterramento de motores, o uso de lâmpadas inadequadas e a temível eletricidade estática. Os EPI's recomendados são: a) protetores auriculares; b) óculos ray-ban (para raios ultravioletas) nas fornalhas à lenha; e c) capacete de segurança. Equipamentos de Proteção A Revista Proteção (N.158, fev./05), que trás como reportagem de capa os ESPAÇOS CONFINADOS, relaciona os equipamentos de proteção individual (EPIs), equipamentos de proteção coletiva (EPCs) e instrumentos mais usados no Brasil para prevenir os acidentes nesses locais. Confira a relação: EPIs: 1. Capacete com jugular 2. Luvas (PVC ou raspa) 3. Trava-quedas e acessórios 4. Botas de segurança 5. Óculos de segurança EPCs: 1. Ventilador/insuflador de ar 2. Rádio para comunicação 3. Tripé 4. Detector de gases e/ou poeiras 5. Lanternas apropriadas 6. Sistema autônomo com peça facial Instrumentação: 1. Detector de gases 2. Cromatógrafo 3. Explosímetro

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¦Controle de Pragas¦ Pulverização Correta de uma Veia de Grãos com Preventivos Liquidos Residuais, Otimiza o Controle de Pragas em Grãos e Sementes Armazenadas Existem hoje no mercado diversos aplicadores de inseticidas preventivos líquidos de várias marcas e diferentes tipos, mas nãos sempre são usados eficientemente, a razão, muito simples, não se dispõe de informação precisa neste aspeto.

Guillermo Laitano Dpto. Comercial Rizobacter Argentina S.A. glaitano@rizobacter.com.ar

Nas próximas linhas tentaremos descrever os aspetos mais importantes a se ter em conta, ao realizar tratamentos durante o armazenamento de grãos e sementes, com respeito às dosagens e os equipamentos aplicadores. Quando nos dispomos a realizar tratamentos preventivos em grãos e sementes armazenados, o primeiro tema a ter em conta, é a condição do grão, este deve estar são, seco, limpo e frio. Estas quatro condições são as ideais para que os agrotóxicos líquidos preventivos funcionem adequadamente, devemos lembrar que estes praguicidas degradam por hidrolises, tendo como consequência um grão com umidade acima do padrão, acelera a degradação do produto e se o grão supera os 20ºC de temperatura também acelera o processo de degradação, o que leva a encurtar os tempos de proteção que estabelece a etiqueta. No caso que não se tenha as condições ideais deve-se considerar no momento de escolher a dosagem. E imprescindível conhecer as toneladas por hora que passam na veia de grãos onde realizamos a aplicação, para determinar a vazão que deve ministrar o equipamento; "quando se parte de dados errados, se termina com falhas no tratamento". A única forma de estar seguros de quantas toneladas/hora passam nos movimentos do armazém, sejam elevadores de canecas, fitas, etc., é medindo!!! Muitas vezes os cálculos de dosagem são incorretos porque o elevador que tem uma capacidade de 60 toneladas/hora alimenta um

transporte de 40 toneladas /hora onde se realiza a aplicação, isto que parece tão obvio é um erro comum nos armazéns. Uma vez conhecida a capacidade em toneladas/hora corretas, regularemos o equipamento em quanto a sua vazão escolhendo o bico correspondente para entregar 1 litro de emulsão por tonelada de grão a uma pressão não inferior a 2,5 kgr/cm2, com esta pressão lograremos a melhor qualidade de aspersão sobre tudo a maior médio de gotas pequenas, as que cobrirão maior superfície de grão fazendo

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¦Controle de Pragas¦ muito bem o controle. Depois só necessitamos calcular quantos cc de produto misturaremos a cada 100 litros de água de acordo ao que indica a etiqueta (etiqueta ou bula) e as condições da mercadoria a tratar. Já que no parágrafo anterior mencionamos os bicos que, para estas aplicações, comunmente se utilizam as de leque plano, e bom saber, que as mesmas nunca se entope de fora para dentro, por mais pó em suspensão que tenha o lugar de aplicação, os bicos, quando se tampam e do interior por duas razoes fundamentais, a primeira é que não se utiliza água completamente limpa e a segunda é que o equipamento não tem os filtros correspondentes no sistema. Se usamos água limpa, somado a ação dos filtros, teremos a segurança que não se tamparam os bicos, sobre tido se mantemos corretamente o sistema e se limpam os filtros com frequência. Os bicos de polímeros devem ser trocados todos os anos, dado que por seu uso sofrem alterações no orifício de saída, aumentando e mudando a vazão do sistema. É muito importante contar com uma tabela de medidas de bicos onde figurem os distintos números homologados com distintas cores e cada um a vazão que entrega nas distintas fixas de pressão. Abaixo encontraremos um esquema prático de um equipamento de grande funcionalidade para um armazém e sobre o qual descreveremos, as utilidades mais importantes. Podemos destacar o seguinte: a) Observa-se em primeiro lugar uma linha de fornecimento de água ao tanque N° 1, onde se destaca a palavra "limpa", isto é crucial, se a água utilizada tem impurezas, pode ser causadora do entupimento do bico, por isto é bastante recomendável que antes de sua entrada ao tanque tenha um filtro.

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b) No tanque N° 1 também se observa na boca onde se carrega o praguicida uma malha que evitará o ingresso de partículas em suspensão que sempre tem nos armazéns. Este tanque destinado à preparação da emulsão (recomendado de 100 litros), ajuda na exatidão da preparação e permite que o equipamento trabalhe de forma continua, já que não e necessário parar a descarga para preparar o praguicida em nenhum momento. c) A passagem da emulsão do tanque Nº 1 para o tanque de tratamento N° 2 se faz de forma rápida e simples, abrindo uma chave de passagem e por gravidade. Sempre é conveniente ter uma chave de passagem na saída do tanque N°2, por qualquer necessidade operacional. d) Logo da saída do tanque N° 2, passamos a linha de pressão, onde se observa antes da bomba outro filtro, pois se tem alguma impureza que tenha passado. A bomba que se deve usar deve entregar uma pressão entre 6 e 7 kg/ cm2 , deste modo poderemos trabalhar com 2,5 a 3 kg/cm2, sem dificuldades. Sempre devemos ter em conta que quando falamos de uma determinada pressão no


Acesse: www.graosbrasil.com.br bico, em geral se encontra longe do regulador e manômetro; em consequência deve-se levar em conta que a cada 10 metros lineares de tubos a pressão baixa 0,01 kg/cm2 e quando sobe ou baixa do nível do equipamento cada 10 metros sobe ou baixa respectivamente 1kg/cm2. Outra consideração para ter em conta sobre a bomba é que a mesma deve ser para o uso de agrotóxicos, com juntas de Viton ou Teflon, materiais resistentes para estes casos. e) Por último temos o porta bico onde se aloja uma malha de filtro que dependendo do bico varia a medida, é importante a presença do filtro pelas razões antes mencionadas. O bico mais usado para estes casos é de leque plano e o mesmo, de acordo a sua numeração, entregará distintas vazões. Os números dos bicos têm 02 partes a primeira referida ao ângulo do leque, exemplo: 80 o 120 se refere aos graus e a segunda a vazão. Exemplo 01, o bico mencionado nestes exemplos pode ser 80-01 de cor laranja, cada número de bico tem uma cor de referencia, 015=verde, 02=amarelo, 03=azul, etc.

elevador ou um equipamento de transporte, quando se faz o tratamento sobre um transporte deve-se realizar onde descarrega e não onde carrega, deste modo lograremos um melhor molhado dos grãos, pelo contrario se estamos pulverizando onde se carrega uma fita transportadora, por exemplo, molharemos só a superfície do granel e quando recorre alguns poucos metros o produto já estará seco sobre o grão, a quantidade utilizada de caldo para a aplicação e aproximadamente 1/1000, por esta razão quanto melhor se aproveite a distribuição das gotas melhores resultados obteremos.

Outro ponto muito importante é o lugar onde se realizará a aplicação, nos armazéns qualquer veia de grão servirá para pulverizar, exceto as canecas do elevador, de modo geral os agrotóxicos são corrosivos e em consequência no lugar mencionado terminará deteriorando as chapas do elevador. Perfeitamente se pode pulverizar sobre a bateia de recepção do

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¦Ecossistema¦

Ecossistema de Grãos Armazenados Os grãos são, após o processamento, armazenados em estruturas armazenadora apropriadas visando a conservação de suas qualidades ao longo do tempo de armazenamento.

Eng. Agr. Adriano Divino Lima Afonso Prof. Adjunto/UNIOESTE/Cascavel adriano.afonso@unioeste.br

Os produtos agrícolas se comportam no interior dessas estruturas como um ecossistema complexo, com diversas variáveis influenciando em sua conservação. Quando o armazenador coloca um produto agrícola dentro de uma estrutura armazenadora, ele não está colocando somente os grãos, mas uma série de elementos que irão, ao longo do tempo, influenciar diretamente nas condições de conservação desse produto. Assim, por exemplo, ao armazenar milho em um silo metálico, o armazenador tem intuitiva idéia de que haverá somente milho no interior da estrutura. No entanto, há outros elementos físicos (impurezas, condição da estrutura armazenadora, teor de umidade do produto, tipo de produto armazenado, etc), químicos (composição química do ar, inseticidas, etc) e biológicos (microrganismos, insetos, roedores, etc) que irão afetar a conservação do produto, sendo que, esses elementos combinados poderão agir de tal forma a deteriorar mais ou menos rapidamente a qualidade dos grãos armazenados. Soma-se a esses elementos o componente relativo às condições climáticas no interior da estrutura e da região, ou seja, mais 32| Revista Grãos Brasil | Setembro / Outubro 2013

precisamente os fatores climáticos temperatura e umidade relativa do ar (Figura 1). Esse produto agrícola armazenado normalmente é denominado de massa de grãos armazenados, pois contém, além do próprio produto agrícola, uma série de elementos que irão conferir as suas características finais de conservação. A interação entre os diversos elementos físicos, químicos e biológicos acontecem naturalmente no interior da estrutura armazenadora. Por exemplo, a presença de insetos na massa de grãos está diretamente relacionada com a presença de impurezas, ou seja, grãos armazenados limpos inadequadamente pelas máquinas de pré-limpeza e/ou pós-limpeza é um produto sujeito a maior infestação de insetos; a presença de inseticida na massa de grãos irá controlar a infestação de insetos; grãos armazenados com teor de umidade acima do recomendado poderão contribuir para o desenvolvimento e proliferação de microrganismos na massa de grãos. Há, portanto, uma série de interações entre os elementos que irão definir o estado final de conservação do produto agrícola armazenado. Soma-se a esse processo de interação entre os elementos físicos, químicos e biológicos, as condições climáticas do ar no interior da estrutura e do ar ambiente. As propriedades termodinâmicas envolvidas no processo de armazenamento são basicamente temperatura e umidade relativa do ar e são fatores que afetam diretamente os elementos, podendo citar como exemplos: temperatura do ar no interior da massa de grãos acima de 20ºC irá aumentar o desenvolvimento de insetos e poderá favorecer a proliferação de microrganismos; temperatura dos grãos armazenados abaixo de 15ºC inviabiliza a aplicação de inseticidas; dependendo do tipo de grão armazenado, da temperatura e umidade relativa do ar no interior da massa de grãos, poderá ocorrer redução do teor de umidade dos grãos.


Acesse: www.graosbrasil.com.br Figura 1: Interaテァテ」o entre os diversos elementos na massa de grテ」os.

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¦Ecossistema¦

A massa de grãos armazenados possui propriedades próprias como porosidade, higroscopicidade e condutividade térmica que irão, juntamente com os elementos físicos, químicos e biológicos, determinar as condições finais de conservação do produto. Essas propriedades, os elementos e os fatores climáticos atuam conjuntamente e se interagem entre si e sobre os grãos armazenados, interferindo diretamente aos mesmos a sua condição final de conservação. A porosidade da massa de grãos é a relação entre o volume de grãos e o volume ocupado pelos grãos, sendo que irá variar entre 35 a 55% dependendo da espécie de grãos, sendo composta de macro e micro poros. Isso quer dizer que, um produto ao ser armazenado apresenta um espaço vazio entre os grãos de 35 a 55%, ou seja, considerando uma estrutura armazenadora de 1.000 m3, o volume de espaço vazio, também denominado de espaço intergranular, é de 350 a 550 m3. É importante essa propriedade da massa de grãos, pois é justamente por esse espaço vazio que o ar de aeração ou resfriamento irá atravessar a massa de grãos reduzindo a temperatura dos grãos, bem como será através desse espaço que o inseticida gasoso irá difundir na massa de grãos controlando os insetos que porventura estejam infestando o produto armazenado. Presença de impurezas e Figura 2: Teor de umidade de equilíbrio do produto agrícola soja.

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matérias estranhas na massa de grãos irá reduzir o percentual de macro poros e aumentar o percentual de micro poros, dificultando a passagem do ar de aeração ou de resfriamento na região com concentração elevada de impurezas, por conseguinte os grãos armazenados permanecerão com temperatura mais elevada contribuindo para o desenvolvimento de insetos, proliferação de microrganismos e deterioração da qualidade do produto. A higroscopicidade é a propriedade que o produto agrícola armazenado apresenta de ganhar (adsorção) ou perder (dessorção) água em função das condições de temperatura e umidade relativa do ar intergranular. Estando o produto armazenado sobre determinada temperatura e umidade relativa do ar intergranular, o grão irá entrar em equilíbrio térmico e higroscópio com essas condições climáticas médias, conferindo ao mesmo uma determinada temperatura e teor de umidade (Figura 2). Quando o armazenador realiza a operação de aeração ou resfriamento ele tem como objetivo a redução da temperatura dos grãos armazenados (alterando o equilíbrio térmico) e a manutenção do teor de umidade dos mesmos (mantendo o equilíbrio higroscópio). Ao injetar o ar através dos aeradores, o armazenador estará substituindo o ar intergranular que estava em equilíbrio térmico e higroscópio com o grão que o circunvizinhava, introduzindo um novo ar ambiente ou resfriado em condições adequadas para realizar a redução da temperatura do grão e manter o seu teor de umidade. Esse novo ar introduzido irá alterar a condição de equilíbrio térmico que existia na massa


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¦Ecossistema¦ de grãos, conferindo ao grão uma nova temperatura, inferior a que o mesmo apresentava. Nesse caso, o equilíbrio que será alterado será somente o equilíbrio térmico existente entre o ar intergranular e o grão, mantendo o equilíbrio higroscópio. No entanto, se o armazenador injetar ar através dos aeradores em condições climáticas inadequadas, poderá alterar, além do equilíbrio térmico, também o equilíbrio higroscópio existente, ou seja, poderá substituir o ar intergranular por um ar seco ou úmido que irá secar ou umedecer o grão, respectivamente, alterando assim o teor de umidade do produto armazenado. Portanto, há uma relação entre a porosidade e a higroscopicidade no que diz respeito à passagem do ar de aeração ou resfriamento e a quantidade de ar presente no interior da massa de grãos que irá alterar o equilíbrio térmico e/ou higroscópico. A condutividade térmica de um produto agrícola é a capacidade que o mesmo apresenta de conduzir ou transferir calor. De maneira geral os produtos agrícolas apresentam baixa condutividade térmica, ou seja, conduzem ou transferem calor de forma lenta. Assim, o aquecimento ou resfriamento do grão é um processo demorado que necessita de tempo para que aconteça. O produto agrícola devidamente armazenado ao ser aerado ou resfriado pelo armazenador, permanecerá com a temperatura final em equilíbrio térmico com as condições médias de temperatura do ar injetado. Essa tempe-

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ratura final do grão permanecerá ao do longo tempo de armazenamento, com gradual aumento de temperatura em função das condições climáticas médias da região de localização da estrutura, ou seja, uma vez reduzida à temperatura do grão o uso da aeração ou resfriamento, o mesmo permanecerá a baixa temperatura ao longo do tempo de armazenamento, com gradual tendência de aumento. Isso é possível devido a baixa condutividade térmica dos produtos agrícolas. No entanto, caso o produto agrícola seja armazenado de forma inadequada por diversos fatores, tais como infestado por insetos, com teor de umidade não recomendado, colocado em estrutura armazenadora impróprio, o mesmo poderá alterar sua temperatura de forma mais rápida devido a ação de outros fatores como insetos e microrganismos que irão deteriorar a qualidade dos grãos. O tipo de produto armazenado e as condições em que foi realizado o armazenamento do produto, juntamente com as propriedades e os fatores físicos, químicos e biológicos, interagindo com as condições climáticas do ar intergranular, irão, portanto, conferir a condição final de conservação do produto agrícola ao longo do tempo de armazenamento. Portanto, atuando favoravelmente nesses elementos que afetam a conservação dos grãos, o armazenador poderá gerar um ambiente favorável a manutenção da qualidade dos grãos ao longo do período de armazenamento.


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¦Utilíssimas ¦ Curso de Classificação e Análise de Grãos Dezembro/2013 Período: 02/12/2013 à 06/12/2013 Local: Centreinar - Viçosa - MG Descrição: A grande questão na comercialização de grãos, tanto no ato da compra como na venda, é saber exatamente o que está sendo comprado ou vendido. O desconhecimento das características ou padrões de classificação de grãos tem trazido não só prejuízos para compradores e vendedores como também problemas de ordem litigiosas e judiciais. O Curso de Classificação e Análise de Grãos, oferecido pelo CENTREINAR, tem por objetivo dar ao participante a oportunidade de conhecer as técnicas corretas de coleta de amostras, de determinação de umidade utilizando-se equipamentos padrões e de identificação de defeitos"" e impurezas em amostras de grãos. Além disso, o curso fornece ao participante uma visão a respeito das condições e estruturas de armazenagem de grãos e das exigências de qualidade oficial e de mercado. Tudo é ensinado com base nas novas leis da armazenagem (Lei no. 9973 de 29 de maio de 2000) e da classificação de grãos (Lei no. 9972 de 25 de maio de 2000). Além da teoria, os participantes terão oportunidade de praticar os procedimentos de classificação de arroz, milho, feijão, soja e trigo. Assim, ao término do curso, o participante estará apto para realizar a análise de grãos dentro da classificação e padrões exigidos tanto pelo mercado consumidor como pelos órgãos oficiais. Entretanto, esse curso não credencia o participante a atuar como classificador oficial uma vez que a carga - horária exigida pelo MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) é de 96 horas. Para obter o credenciamento junto ao MAPA é necessário realizar o curso de Formação de Classificadores de Grãos Conteúdo Programático - Introdução ao armazenamento - Amostragem, determinação de umidade e impurezas - Legislação - Padronização - Teoria de classificação - Práticas de classificação - produtos: Sorgo, Feijão, Milho, Soja e Trigo Requisitos: Este curso não exige nenhum requisito Público Alvo: Profissionais que atuam na área Vagas: 30 Inscrição: O valor total do curso a vista é R$700,00 (setessentos reais) para pessoa física. A prazo o valor é de R$ 750,00. Para as empresas (pessoa jurídica) que mandarem 2 participantes, terão 7% de desconto no valor a prazo (R$750,00). No caso de 3 participantes terá 10% de desconto no valor a prazo e para as que mandarem 4 participantes terão 12% de desconto. Nesse valor está incluso todo o material didático, a emissão de certificados e o deslocamento interno (do hotel ao local do curso). A hospedagem e alimentação correm por conta do participante. Mais Informações: http://www.centreinar.org.br Campus da Univ. Federal de Viçosa - Viçosa/MG - 36570-000 Telefones: (31) 3891-2270 / 3891-8380 / 3899-2783 40 | Revista Grãos Brasil | Setembro / Outubro 2013

Revista Granos & Postcosecha Latino Americana Já esta circulando a nova edição da Revista Granos & Postcosecha Latino Americana - De La Semilla Al Consumo. No seu 18º ano de existência ela vem rechegada com o mais atual conteúdo sobre a Pós-Colheita de Grãos e Sementes na América Latina. Interessados em assinar enviar email para:

consulgran@gmail.com

XVI Expo Post-Cosecha Internacional Granos SAC

Estimados Amigos e Leitores: Nos dias 18 e 19 de Setembro, no Patio de la Madera, em Rosario, Santa Fe, Argentina, aconteceu com pleno êxito a XVI Expo Post-Cosecha Internacional Granos SAC, um evento já tradicional no calendário de todos os que têm que ver com a especialidade, desta vez contou 300 participantes provenientes de todo o Cone Sul que ficaram muito satisfeitos com as dissertações de empresas e instituições do setor. Ademais contou com uma exposição de empresas argentinas y do outros países apresentando o último em tecnologia. Foram realizadas diversas mesas redondas, apresentação de experiências práticas, etc. que lograram sanar as dúvidas do numeroso público. Como sempre se entregou a Copa Granos SAC ao técnico eleito pelo público e se realizaram reconhecimentos a trajetória. Já estamos trabalhando na nova edição a realizar-se em 2014. Agradecemos a todos os que colaboraram com este novo êxito do mais importante evento da especialidade na região. Com afeto. ING. DOMINGO YANUCCI MAIS INFORMAÇÕES (5411) 4768-2263 - consulgran@gmail.com www.consulgran.com




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