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EDITORIAL
Ano XVII • nº 100
Janeiro / Fevereiro 2020
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Diretor Executivo Domingo Yanucci
Administradora Giselle Pedreiro Bergamasco Colaborador Antonio Painé Barrientos Maria Cecília Yanucci Matriz Brasil Rua dos Polvos 415 CEP: 88053-565 Jurere - Florianópolis - Santa Catarina Tel.: +55 48 991626522 E-mail: gerencia@graosbrasil.com.br Sucursal Argentina Rua América, 4656 - (1653) Villa Ballester - Buenos Aires República Argentina Tel/Fax: 54 (11) 4768-2263 E-mail: consulgran@gmail.com Revista bimestral apoiada pela: F.A.O - Rede Latinoamericana de Prevenção de Perdas de Alimentos -ABRAPOS As opiniões contidas nas matérias assinadas, correspondem aos seus autores. Conselho Editorial Diretor Editor Flávio Lazzari Conselho Editor Adriano D. L. Alfonso Antônio Granado Martinez Carlos Caneppele Celso Finck Daniel Queiroz Jamilton P. dos Santos Maria A. Braga Caneppele Marcia Bittar Atui Maria Regina Sartori Sonia Maria Noemberg Lazzari Tetuo Hara Valdecir Dalpasquale Produção Arte-final, Diagramação e Capa
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Caros Amigos e Leitores Aproveito nossa primeira edição do ano para desejar o melhor para este 2020, que não nos faltem forças para lutar pelos nossos objetivos e por uma sociedade mais justa. Trabalhando juntos conseguimos em 17 anos produzir 100 edições de nossa querida Grãos Brasil. Juntos vimos como ano a ano o Brasil aumentava sua produção, melhorava sua tecnologia de pós-colheita e afrontava os grandes desafios de uma fronteira agrícola crescente. Por isso, entrando em 2020, com a edição 100 estamos otimistas, nesta que é a era do entendimento. Sim, já temos o conhecimento para entender o que acontece na massa de grãos e no manejo em geral e definir onde estão os gargalos que devemos superar. Atingir a pós-colheita de precisão deve ser nossa meta, e para isso necessitamos de um exército de funcionários capacitados, concientizados, estimulados e supervizionados. Quando se planta uma semente, se faz sempre com esperança, tendo o máximo cuidado e pensando em dar um bom destino ao fruto do trabalho. Nesta edição apresentamos várias matérias de grande utilidade. O Dr. Flavio Lazzari nos apresenta informação sobre impurezas e o Eng. Arnaldo Cavalcanti Rezende nos fala de expurgo. Outros temas tratados são, qualidade, mercados, secagem, etc.. Muito obrigado aos nossos leitores, as empresas e instituições que junto a nós trabalham para aperfeiçoar nossa especialidade. Que Deus abençoe suas famílias e trabalhos. Com afeto.
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Diretor Executivo Consulgran - Grão Brasil
Revista Grãos Brasil - Janeiro / Fevereiro 2020
04 A IMPORTÂNCIA DAS IMPUREZAS NA INFECÇÃO FÚNGICA E NA INFESTAÇÃO POR INSETOS EM GRÃOS ARMAZENADOS - Eng. Phd. Flavio Antônio Lazzari e outros 09 EFICÁCIA DA FUMIGAÇÃO E O TEMPO DE EXPOSIÇÃO - Eng. Arnaldo Cavalcanti de Rezende 14 CONJUNTURA MUNDIAL DE TRIGO ELEVA PREÇOS EM MAIS DE 25% NOS ÚLTIMOS 60 DIAS - ABITRIGO 15 ANO NOVO, VIDA NOVA? #SÓQUENÃO - Oswaldro J. Pedreiro 18 J -System - Bequisa 21 AERAÇÃO E RESFRIAMENTO - Eng. Domingo Yanucci 24 ACIDENTES DE TRABALHO - Eng. Adriano Divino Lima Afonso e Eng. Adilio F. de Lacerda Filho 30 BORRACHA LÍQUIDA NO AGRONEGÓCIO - QUAIS SÃO AS PRINCIPAIS VANTAGENS? - HMHubber 31 SECA-AERAÇÃO - Dr. Luís César da Silva 35 TRÊS NOVOS PROJETOS PARA A SYMAGA EM 2020 - Symaga 36 Utilíssimas 38 CoolSeed News 41 Não só de pão... Críticas e Sugestões: gerencia@graosbrasil.com.br NOSSOS ANUNCIANTES
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A IMPORTÂNCIA DAS IMPUREZAS NA INFECÇÃO FÚNGICA E NA INFESTAÇÃO POR INSETOS EM GRÃOS ARMAZENADOS Impurezas e matérias estranhas podem estar presentes em diferentes tipos, granulometrias e proporções, podendo tornar-se um sério problema, principalmente na massa de grãos de milho e soja. Apesar das práticas de comercialização e da legislação permitirem uma porcentagem de impurezas em lotes de soja e milho, a recomendação técnica é de armazenar a massa de grãos limpa (livre de impurezas), conforme discutiremos neste artigo. A remoção das impurezas reduz as perdas de qualidade, quantidade e valor do grão durante o armazenamento. Além disso, otimiza a eficiência dos processos industriais, reduzindo desgaste de equipamentos, paradas para manutenção e melhora a qualidade do produto final. Por definição, a porção das IMPUREZAS na massa de grãos de milho e soja consiste de fragmentos de grãos e partes da planta, partículas pequenas e poeira misturadas à porção de grãos inteiros que lhes deram origem. Podem ser removidas da massa por máquinas de pré e pós-limpeza usando peneiras de diferentes tamanhos e por aspiraRevista Grãos Brasil - Janeiro / Fevereiro 2020
Flavio Antônio Lazzari, PhD Eng. Agrônomo/Fitopatologista
Sonia M.N. Lazzari, PhD Bióloga/Entomologista Fernanda N. Lazzari, MSc Eng. Agrônomo/Entomologista
TECNOLOGIA ção. Também entram nessa categoria grãos inteiros pequenos e pedaços de grãos (no caso de grãos de milho oriundos da ponta da espiga), grãos geados, chochos e imaturos. No caso de soja, a casquinha e fragmentos dos cotilédones de tamanhos variados. Por definição, a porção das MATÉRIAS ESTRANHAS consiste de outros grãos, sementes de plantas invasoras, terra, pequenas pedras e outros materiais não pertencentes à planta que originou o grão. Existe diferença no valor nutricional de impurezas e de matérias estranhas. Apesar dos grãos chochos, imaturos, pedaços de grãos, fragmentos e partículas pequenas terem menor valor comercial do que o grão inteiro de milho e a casquinha do grão de soja, as impurezas são mais valiosas nutricionalmente do que as matérias estranhas, pois podem ser usadas na alimentação de suínos e de gado de corte. O valor econômico das impurezas depende da quantidade e da localidade, pois a distância encarece seu valor devido ao custo do frete. A produção de impurezas ocorre por impacto, abrasão (atrito) e compressão. Essas forças estão sempre presentes na colheita, secagem e manuseio, principalmente quando se usam roscas transportadoras. As impurezas reduzem o valor comercial do grão, interferem com o fluxo de ar durante a secagem, reduzem a eficiência da aeração e do resfriamento artificial da massa de grãos, aumentam os riscos de incêndio nos secadores, favorecem o aumento da infecção fúngica e infestação por insetos. Sua presença pode estar relacionada com as explosões de poeira durante a movimentação de grãos na unidade de armazenamento. As impurezas, em razão de sua forma e peso, agregam-se durante o carregamento ou enchimento do silo, caminhões, vagões, barcaças e navios no local ou ponto onde o grão é descarregado. Diferenças significativas podem ser encontradas entre a quantidade de impurezas dentro de cargas transportadas. Diferentes tipos de grãos, milho ou soja, e diferentes variedades apresentam diferentes níveis na produção de impurezas. Os fatores que mais influenciam na produção de impurezas em grãos de milho e soja são os danos provocados pela colheitadeira (problemas na regularem), temperatura de secagem (altas temperaturas) e técnicas de secagem e de descanso da massa de grãos. Não entraremos em detalhes na descrição dos testes para medir a suscetibilidade genética de quebra de milho e soja e de suas variedades e sua relação com a produção de impurezas. Apenas mencionaremos que o teste é realizado lançando os grãos contra uma superfície metálica ou contra outros grãos de forma controlada. Os grãos quebrados são recolhidos numa peneira para remover as impurezas. A quantidade de impurezas é calculada e relatada como Suscetibilidade à Quebra do grão e/ou da variedade especifica.
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Neste artigo definiremos Impurezas e Matérias Estranhas presentes na massa de grãos de milho e soja simplesmente como IMPUREZAS. O foco é nos problemas e efeitos que a presença de impurezas causa direta e indiretamente na massa armazenada de milho e soja e no desenvolvimento de fungos e insetos. Impurezas Como Substrato para Crescimento Fúngico e como Fonte de Inóculo As impurezas presentes na massa de grãos influenciam o crescimento fúngico, pois podem ser fonte de inóculo de fungos (esporos) porque pedaços de grãos e fragmentos são mais vulneráveis à infecção fúngica do que grãos inteiros com a película intacta. Além do que, o acúmulo de impurezas dificulta o fluxo de ar, resultando em secagem, aeração e resfriamento desuniformes para sanar o problema com os fungos. Os esporos de fungos são as estruturas reprodutivas desses organismos e estão sempre presentes na massa de grãos e nas impurezas. Como fonte de inóculo, as impurezas têm uma quantidade muito maior de esporos de fungos diversos do que grãos inteiros em uma mesma amostra. Observe, na Tabela 1, que os fungos de armazenamento Aspergillus e Penicillium foram 10 vezes mais abundantes nas impurezas do que nos grãos inteiros. Os níveis de fungos de campo, Fusarium e Cephalosporium, foram também altos nas impurezas. A remoção das impurezas pode reduzir, mas não elimina os esporos de fungos presos ao pericarpo (superfície externa) dos grãos.
Foto 1 - Impurezas presentes na massa de grãos de soja e milho. Tabela 1 - Número de esporos de fungos presentes em grãos inteiros e nas impurezas de milho no momento de recebimento.
Fonte: Dados adaptados da literatura por Lazzari, 2018 Esporos por grama de produto (x 1000)
As impurezas e poeira de grãos por apresentarem altas concentrações de esporos de fungos, milhares a milhões de esporos por metro cúbico de ar, podem conter www.graosbrasil.com.br
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micotoxinas, além de contribuírem para o desencadeamento de doenças alérgicas, principalmente respiratórias, estando ou não em suspensão. Grãos recém-colhidos contêm uma quantidade de esporos de diversos fungos suficiente para servir de inóculo caso a umidade e a temperatura do grão sejam favoráveis para o seu crescimento. A infecção do grão recém-colhido ocorre no transporte, moegas, secador, elevadores e nos silos (Tabela 2). Mistura de grão novo com grão velho resultará na inoculação por esporos de fungos no grão novo. A biodeterioração poderá ou não ocorrer porque o desenvolvimento dos fungos é determinado por fatores ambientais externos (temperatura e umidade relativa).
O teor de umidade aumentou de 15,5% para 16,616,9% e a infecção nos grãos inteiros aumentou proporcionalmente ao conteúdo de impurezas. A contagem de esporos também foi maior em grãos inteiros com quantidades maiores de impurezas, e maior nas impurezas do que em grãos inteiros. Grãos de milho inteiros danificados mecanicamente com 0, 25, 50, 75 e 100% de dano apresentaram substancialmente maior produção de CO2 do que grãos inteiros. Existe uma relação praticamente linear entre a quantidade de dano e a respiração dos fungos (Figura 1).
Tabela 2 - Número de esporos de Aspergillus e Penicillium no grão de milho, na poeira coletada no ciclone e na poeira emitida na atmosfera durante uma transferência do produto de um silo para outro.
Fonte: Dados adaptados da literatura por Lazzari, 2018 Esporos por grama de produto (x 1000)
Impurezas adicionadas aos grãos inteiros de milho resultam em altos níveis de invasão e infecção por Aspergillus glaucus, tanto nas impurezas quanto nos grãos (Tabela 3). Tabela 3 - Infecção por Aspergillus glaucus em grãos de milho inteiros armazenados com 15,5% de umidade inicial contendo de 0 a 18 % de impurezas, mantidos em laboratório a 84% de umidade relativa e 26 °C por 16 dias.
Figura 1 - Produção de dióxido de carbono (CO2) em grãos de milho com diferentes níveis de dano mecânico armazenados a 25 °C e 25% de umidade.
Fonte: Dados adaptados da literatura por Lazzari, 2018 Esporos por grama de produto (x 1000)
A respiração resultante da atividade metabólica fúngica, o conteúdo de ergosterol e aflatoxinas foram maiores em grãos danificados. Existem evidências consideráveis e muita observação prática acumuladas durante décadas de que grãos danificados mecanicamente são muito mais suscetíveis à infecção fúngica do que grãos não da-
Revista Grãos Brasil - Janeiro / Fevereiro 2020
TECNOLOGIA nificados. O pericarpo intacto do grão é uma barreira física contra a penetração e crescimento fúngico. Enquanto que grãos com o pericarpo danificado expõem uma quantidade de nutrientes (óleo, proteína e carboidratos) que são prontamente utilizados pelos fungos de armazenamento. As impurezas na massa de grãos são constituídas principalmente de grãos quebrados e fragmentos. Assim sendo, é razoável concluir que o crescimento fúngico será maior e mais rápido nos grãos quebrados e fragmentos, pois eles têm uma área superficial exposta maior. Também, deve-se usar com cuidado a expressão “respiração da massa de grãos”. A Figura 1 demonstra que existe uma relação linear direta entre a presença de fungos e a intensidade da respiração metabólica dos mesmos. Grão morto de milho ou de soja (com o embrião morto), fragmentos, quirera ou bandinha de soja não respiram. Impurezas como Fonte e Sustentação de Infestação de Insetos Pelo fato de impurezas, sementes de plantas invasoras, grãos quebrados, poeira de grãos e esporos de fungos serem a dieta preferida de diversas espécies de insetos (basicamente daquelas que se alimentam externamente do grão), direta ou indiretamente influenciam na infestação da massa de grãos pelos insetos. Impurezas, particularmente a porção de grãos quebrados e poeira espalham-se pela estrutura interna e externa de armazenamento, representando um problema para a limpeza, promovendo o desenvolvimento de infestações de insetos (populações de insetos residentes nas estruturas) que irão migrar para lotes de grãos recém-armazenados. Algumas espécies de insetos não dependem da presença de impurezas para seu desenvolvimento, pois se desenvolvem e se alimentam internamente do grão. Essas espécies têm a capacidade de romper a película intacta e danificar o grão, facilitando a ação dos insetos secundários.
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Com relação ao controle de insetos, da mesma forma que as impurezas interferem com o fluxo de ar na aeração, elas interferem na ação dos fumigantes. As impurezas restringem o movimento do gás (ar e fumigante) dentro da massa de grãos, nas porções ou áreas onde a densidade é maior (bolsões de acúmulo de impurezas). Infelizmente, isso ocorre exatamente onde se concentram as infestações de insetos, onde o fumigante é mais necessário. Também, as impurezas aumentam a área superficial e a capacidade de adsorção, causando perdas do fumigante. Desta forma, doses mais elevadas de fumigante são necessárias quando a quantidade de impurezas é mais elevada. A presença de impurezas e poeira na superfície dos grãos também dificulta a aplicação de inseticidas líquidos na correia transportadora, pois o produto não atinge uniformemente a superfície externa dos grãos, reduzindo a eficácia do controle. Resistência ao Fluxo de Ar - Efeito na Secagem, Aeração e Resfriamento As impurezas interferem e podem até impedir o fluxo e direção do ar através da massa de grãos dentro de secadores, silos pulmões e silos de armazenamento de produto seco contribuindo para o crescimento fúngico, aquecimento microbiológico e consequente biodeterioração de porções da massa de grãos. No carregamento do silo, o grão cai de alturas expressivas e se acomoda numa pilha na forma de cone, cuja inclinação ou ângulo de repouso varia conforme o tipo de grão. Os grãos inteiros rolam através da inclinação da pilha, enquanto que as impurezas ficam próximas ao local aonde caem. À medida que o enchimento do silo progride, a pilha aumenta e se forma no centro, no chamado cone de impurezas. O cone central de impurezas reduz a armazenabilidade da massa de grãos de forma abrupta. Um cone de impurezas maior que 2-3 metros de diâmetro iniciará o processo de aquecimento microbiológico da massa de grãos. Esse aquecimento iniciado por fungos ou por insetos, ou por ambos, começa no cone central de impurezas, espalhando-se para cima e para as laterais do mesmo. Impurezas e matérias estranhas podem se acumular na superfície das chapas perfuradas do assoalho dos silos, armazéns graneleiros e nos espaços intergranulares dos grãos inteiros bloqueando a passagem do ar e reduzindo a eficiência da aeração com ar ambiente ou com ar refrigerado. Mesmo que as impurezas estejam uniformemente distribuídas na massa de grãos, a vazão de ar é reduzida proporcionalmente à quantidade e tamanho das impurezas. Espalhadores de impurezas podem concentrá-las em anéis ou camadas e interferir com a passagem de ar. Como resultado, inicia-se o crescimento fúngico que pode causar o empedramento www.graosbrasil.com.br
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da massa de grãos restringindo ainda mais o fluxo de ar. No caso do resfriamento do grão com máquinas resfriadoras, um dos requisitos para o melhor desempenho do equipamento é justamente a remoção do cone central de impurezas. Esse procedimento pode ser feito após o enchimento do silo, como uma medida muito importante para melhorar a aeração e resfriamento da massa de grãos, visando à redução de problemas com fungos e insetos e manter a qualidade do produto armazenado. Impurezas e poeira podem ainda acumular-se nos sensores localizados nos cabos de termometria dentro da massa de grãos causando erros de leitura e de detecção/localização de bolsões de acúmulo de impurezas, onde é maior o desenvolvimento fúngico e infestações de insetos. O Custo das Impurezas Existem custos associados ao excesso de impurezas na massa de grãos: • Aumento da ocorrência e atividade de fungos e insetos; • Aumento no consumo de energia para aerar e/ ou resfriar a massa de grãos; • Necessidade de intensificar as medidas de monitoramento da qualidade da massa; • Medidas de controle de poeira; • Custos para remover o cone central de impurezas; • Custos de remoção das impurezas em excesso; • Custos da destinação e uso das impurezas; • Espaço para estocagem das impurezas; • Riscos de incêndio nas estruturas; • Riscos de explosão; • Perda de qualidade; • Quebras ou perda de peso por biodeterioração (em especial em soja); • Custo de remoção dos blocos “carbonizados” dos silos e/ou dos graneleiros; • Riscos aos operadores Além dos efeitos negativos na qualidade do grão, por promover a infecção fúngica e a infestação por insetos, as impurezas podem criar situações de grandes perdas físicas principalmente no cone central de impurezas formado no carregamento de silos ou graneleiros e dificultar o manuseio, descarregamento e remoção de porções carbonizada da massa de grãos armazenados. A poeira que resulta das impurezas com alta proporção de partículas menores fica em suspensão durante a movimentação e depositam-se nas superfícies horizontais da estrutura criando riscos de incêndio e de explosão. Quando a poeira de grãos fica em suspensão no ar ambiente dentro da estrutura pode incendiar-se por uma faísca de um equipamento, aparelho de solda ou lixadeiras. A combustão inicial da poeira cria correntes Revista Grãos Brasil - Janeiro / Fevereiro 2020
de ar que suspendem mais poeira depositada nas superfícies e uma sequência de explosões irá ocorrer, sendo a próxima explosão maior que a anterior. Essas explosões causam perdas de vidas e grandes danos na estrutura de armazenamento. Medidas para o Controle e Remoção de Impurezas Como vimos, a presença de impurezas na massa de grãos é um problema bastante sério tanto no armazenamento como no transporte e processamento, mas as medidas para sua remoção e controle são relativamente simples, se adotadas corretamente e no momento certo. Começando ainda no campo com o manejo adequado da cultura, pelo controle de plantas invasoras. Passando pelo processo de colheita, com o ajuste da colheitadeira. A utilização de máquinas de pré-limpeza bem ajustadas pode remover grande parte das impurezas. Após o enchimento do silo, a remoção do cone central contribui para a otimização da aeração, resfriamento e no manejo de fungos e insetos. Antes do processamento, a passagem do grão por máquinas de ar e peneiras podem eliminar quase que por completo as impurezas ainda presentes no produto reduzindo as paradas para a manutenção de equipamentos. Conclusão: Quanto mais longo for o período de armazenamento de milho ou soja, o melhor custo-benefício para as ações de manutenção da qualidade e quantidade por aeração e/ou resfriamento, irão ocorrer se a massa de grãos for armazenada com um mínimo de impurezas. Pois, grão inteiro e limpo reduz a infecção fúngica, a infestação por insetos, os riscos de biodeterioração e aumenta a eficiência da aeração, reduzindo o tempo de aeração e/ou resfriamento em 20-50%. Sugere-se avaliar localmente, pois existem diferenças entre unidades de armazenamento no que se refere à atitude das pessoas, tipo de equipamentos, silos, capacidades e gerenciamento. Os armazenistas devem avaliar as vantagens de remover as impurezas para a redução dos custos e dos riscos durante o armazenamento da massa de milho e soja, mantendo a qualidade, quantidade e o valor do produto.
CONTROLE DE PRAGAS
EFICÁCIA DA FUMIGAÇÃO E O TEMPO DE EXPOSIÇÃO Conceitualmente o processo de fumigação é a técnica de eliminar os insetos em todas as suas fases de desenvolvimento, mediante a aplicação de inseticidas fumigantes. No Brasil, o mais utilizado é o Fosfeto de Alumínio/Magnésio, sobretudo porque é o único fumigante registrado para o controle de insetos em produtos armazenados. A Fosfina, produto da reação do Fosfeto de Alumínio ou de Magnésio, tem como modo de ação atuar nas vias respiratórias dos insetos. A sua ação em adultos, pupas e larvas se dá através dos espiráculos e, nos ovos, por difusão e pelos canais respiratórios. A toxicidade da Fosfina é diferente quando se avalia as diferentes fases de desenvolvimento. Ovos e pupas, por se encontrarem em desenvolvimento e apresentarem maior “barreira física” para a entrada do gás, bem como menor taxa respiratória, absorvem menor quantidade de Fosfina, demandando maior Tempo de Exposição para que ocorra a concentração mínima necessária e no tempo requerido, para a mortalidade dessas formas. Por outro lado, a ação da temperatura, relacionada à expansão dos gases, também é fator determinante na toxicidade da Fosfina. Assim, em temperaturas mais elevadas, em razão da maior contração muscular dos insetos, há um aumento na taxa respiratória, seus espiráculos se abrem e fecham mais vezes, permitindo maior absorção de Fosfina, tornando a mortalidade destas fases mais rápidas.
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ARNALDO CAVALCANTI DE REZENDE Engenheiro Agronomo Diretor Bytech Fitossanitária Centro Oeste Ltda Consultor Técnico Pós–Colheita na BEQUISA arnaldo.rezende@acrezende.com
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CONTROLE DE PRAGAS Rhyzopertha dominica
Além da dose recomendada, que está associada a uma concentração de Fosfina (medida em ppm), a eficácia da mortalidade dos insetos em todas as suas fases de desenvolvimento, está associada ainda ao tempo em que essas diferentes fases estarão submetidas a essa concentração. Diante a estas premissas, em uma operação de fumigação a Dosagem e o Tempo de Exposição são fatores indispensáveis para que o processo tenha a eficácia esperada: a mortalidade de todos os insetos presentes, em todas as suas fases de desenvolvimento. PROPRIEDADES FISICAS DOS GRÃOS A massa de grãos armazenada é considerada um sistema formado por características biológicas, físicas e químicas. Para efeito da fumigação pode-se considerar as propriedades físicas como mais relevantes, compostas pela conjunção de fatores como porosidade, capacidade de dispersão, acamamento dos grãos, sorção, propriedades térmicas e físicas; estrutura do armazém e etc. (Sinha, 1973) Entre as propriedades físicas de uma massa de grãos a “porosidade” pode ser considerada a mais importante, quando nos preocupamos com a dispersão da Fosfina, em um processo de fumigação. A Porosidade se constitui pela presença dos espaços intergranulares existentes na massa de grãos. A extensão da porosidade depende, entre outros aspectos, do tamanho e da forma do grão, idade do lote, peso, grau de compactação, período de estocagem e distribuição da umidade na massa. Essas características físicas, por sua vez, influenciam o movimento do ar, do calor e da umidade, afetando diretamente a dispersão da Fosfina no interior de uma massa de grãos. (L.R.D.F - UFV, 1998) Outra propriedade importante a ser considerada é a forma como os grãos se acomodam no interior dos silos, durante o seu carregamento. Quando o grão é armazenado em um silo ou graneleiro, existem grãos e impurezas com elevado peso específico e alta velocidade, determinando que estes materiais em queda vertical se acomodem rapidamente sobre o piso do silo ou graneleiro, Revista Grãos Brasil - Janeiro / Fevereiro 2020
ou se desloquem em direção às paredes ou sobre a superfície da massa de grãos. (Kentucky Pesticide Safety – 2018) Por outro lado, fragmentos de grãos, resíduos com baixo peso específico e baixa velocidade, por sua vez, irão se acomodar na coluna central do silo ou graneleiro, formando o que chamamos de “finos”.
Fines increase potential problems with some stored grain pests and can reduce effectiveness of fumigation. (Photo: info.intellifarms.com)
Este princípio da gravidade aplica-se toda vez que o grão é movimentado. O acamamento natural também depende do formato do depósito, do ângulo de repouso e da localização da abertura de descarga. Como pode ser verificado, ambas as propriedades são fundamentais para a garantia da dispersão da Fosfina em uma massa de grãos, durante o processo de fumigação, e que poderão ser definitivas para a toxicidade da Fosfina sobre as diferentes fases de desenvolvimento dos insetos, tendo em vista a manutenção da concentração mínima, pelo tempo mínimo necessário. Sitophilus zeamais Motsch
CONTROLE DE PRAGAS CORRENTE DE CONVECÇÃO Tem por conceito a movimentação natural do ar no interior do silo ou armazém graneleiro em razão das diferentes condições de temperatura existentes nestes locais. Desta forma, o ar existente entre os espaços intergranulares dos grãos estão sempre em movimento. Essa movimentação natural do ar no interior de uma massa de grãos, irá permitir a melhor e mais rápida dispersão da Fosfina. Desta forma, deve-se ter em conta que para a conservação dos grãos, uma boa eficiência do sistema de aeração, manutenção de temperaturas adequadas, bem como para a eficácia de um processo de fumigação, os grãos devem estar limpos, classificados e íntegros, tendo em vista manter esses espaços livres para uma boa circulação do ar e da Fosfina na massa de grãos. FOSFINA A fumigação com Fosfina para o controle de insetos-praga em grãos e produtos processados armazenados, continua sendo a técnica mais empregada no controle de todas as fases de sua vida, tendo em vista inúmeros benefícios, como a segurança e facilidade de manuseio das formulações; eficácia em baixas concentrações; baixo nível de resíduos nos grãos; aeração rápida, além de não ser danosa ao meios ambiente. A Fosfina é um gás sem cheiro e sem cor, gerado através de uma formulação sólida de Fosfeto de Alumínio ou Fosfeto de Magnésio. Do ponto de vista eficiência a Fosfina é o fumigante ideal, pois possui baixo peso molecular (34,0 g) e baixo ponto de ebulição. É apenas 1,2 vezes mais pesado do que o ar, misturando-se com facilidade sem se estratificar ou requerer circulação para que ocorra a mistura. Devido a Fosfina ser uma molécula pequena e apolar, tem fácil penetração na massa de grãos ou outras barreiras. A penetração é um fator importante uma vez que a maioria dos produtos a serem fumigados, encontram-se acondicionados de alguma forma, representando uma barreira para o gás. Essas características favorecem a sua distribuição uniforme nos produtos a serem fumigados (grãos, sementes, farinhas etc.) e grande facilidade de aeração, após o processo de fumigação. O odor característico do carbureto/alho se deve a presença de elementos adicionais, tais como carbamato de amônio e catalisadores, que desprendem, ao mesmo tempo, dióxido de carbono e amoníaco, que servem para diluir a Fosfina, reduzindo o perigo de combustão, e ainda como indicadores da presença de Fosfina no meio ambiente (MONRO,1980).
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A liberação de gás Fosfina começa lentamente, uma vez que as diferentes apresentações inseridas em uma massa de grãos, irão depender da umidade do ar e da temperatura neste local, tendo em vista mitigar os riscos de ignição espontânea (27,1 g/m³), e atender requisitos de segurança dos colaboradores. A lei de Graham, de difusão de gases, determina que a velocidade de difusão de um gás é inversamente proporcional à raiz quadrada de sua densidade. Além disso, as densidades dos gases são proporcionais aos seus pesos moleculares. Portanto, um gás mais pesado, difunde-se mais lentamente em um espaço aberto do que um mais leve. (FAO) Embora essa lei seja importante, especialmente para fumigações de espaços vazios, o movimento dos gases em contato com qualquer superfície interna do silo ou dentro de uma massa de grãos, por exemplo, é bastante modificado por vários fatores, ainda que a taxa de difusão esteja diretamente relacionada à temperatura, um determinado gás difunde mais rapidamente no ar quente do que no ar frio. Então, pode-se concluir que o teor de umidade do local de fumigação é o fator catalizador da reação de liberação da Fosfina, e a temperatura, deste mesmo local, será o fator relacionado à sua dispersão, tendo em vista buscar a sua homogeneização entre, e no interior dos grãos, objetivando alcançar a concentração mínima necessária para eliminar o insetos, em todas as suas fases de desenvolvimento. TEMPO DE EXPOSIÇÃO O fator Tempo de Exposição é muito importante no uso da Fosfina, no processo de fumigação. É o fator responsável pela toxicidade da Fosfina aos insetos, em todas as suas fases de desenvolvimento. Para a execução da fumigação, é necessário que o gás entre em contato com a praga alvo, numa certa concentração e num determinado período de tempo.
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CONTROLE DE PRAGAS ou menor facilidade de passagem entre os espaços intergranulares. Portanto, a medição da concentração de Fosfina, em diferentes pontos (alturas e espaço) é fundamental e mandatória, tendo em vista garantir que a concentração mínima de Fosfina esteja dispersa e homogeneizada por todo o silo.
Muito utilizado pelos usuários, o aumento das dosagens de Fosfina com o objetivo de reduzir o Tempo de Exposição ou mesmo compensar eventuais fugas, definitivamente não é uma atitude correta. Se aumentarmos a concentração com o objetivo de diminuir o Tempo de Exposição, o efeito destas altas concentrações pode fazer com que os insetos entrem em um processo de narcose que os protege da morte. Além disso, a Fosfina pode não ser absorvida pelo inseto na proporção direta de sua concentração. Por outro lado, podemos enxergar na curva de liberação da Fosfina, em condições normais de Temperatura e Umidade do local de fumigação, que a dosagem total é desprendida em um período compreendido entre 30 e 40 horas, de forma atender dois importantes pilares; eficácia e segurança do processo de fumigação. Portanto, além dos aspectos relacionados acima, deve-se destacar que mesmo aumentando a dose (concentração), o desprendimento levará o mesmo tempo, não compensado pela sua redução. Deve notar-se ainda que muito pouco ou mesmo nada se ganha com o prolongamento do período de exposição, se os silos/câmara de fumigação que contenham os produtos a serem fumigados não sejam herméticos, pois a distribuição de gás será deficiente, e os insetos não estarão expostos ao tempo suficiente sob concentrações letais de Fosfina. A aplicação correta, bem como uma vedação adequada são medidas necessárias para garantir que a concentração de Fosfina seja mantida durante todo o período de exposição. No entanto, em razão das diferentes condições de armazenamento (grãos quebrados, impurezas, etc.), não se consegue estabelecer antecipadamente o tempo em que a Fosfina estará na concentração ideal, e homogeneizada no interior da massa de grãos. Considerada como um “fluído”, a massa de grãos apresenta características distintas de porosidade, fazendo com que a Fosfina tenha maior Revista Grãos Brasil - Janeiro / Fevereiro 2020
FUMIGAÇÃO - RECOMENDAÇÕES Considerando estes conceitos, para um resultado eficaz de uma operação de fumigação, a Dosagem, a Vedação e o Tempo de Exposição são os principais fatores indispensáveis para que o processo tenha a eficácia esperada: a mortalidade de todos os insetos presentes, em todas as suas fases de desenvolvimento. Assim, para uma fumigação eficaz e segura, é importante ressaltar os seguintes aspectos: 1. Os grãos armazenados, tendo em vista à sua conservação e melhor eficácia do processo de fumigação, devem estar limpos e dentro das especificações oficiais de classificação, para que a Fosfina penetre na massa de grãos, e a sua dispersão permita que a concentração necessária para a eliminação dos insetos, em todas as suas fases de desenvolvimento, esteja presente e no tempo mínimo necessário;
CONTROLE DE PRAGAS 2. Monitoramento da concentração de Fosfina, em diferentes locais do silo, da câmara de fumigação, etc, deve ser mandatório, para garantir que a concentração de Fosfina tenha sido dispersada e homogeneizada por todo o local de fumigação; 3. Observar as condições de Temperatura e Umidade para um processo de fumigação eficiente, que devem ser tomados no local de fumigação; 4. Não aumentar a dosagem para compensar uma eventual redução do Tempo de Exposição, medida que não trará qualquer benefício, conforme demonstrado pela curva de liberação da Fosfina; 5. Sempre observar eventuais locais de fuga de Fosfina. Incrementar a dose não trará qualquer benefício, pois não se conhece o tamanho da fuga; 6. O Tempo de Exposição também não deve ser reduzido diante as diferentes formas de aplicação do fumigante. A medição da concentração de Fosfina, nos diferentes pontos do silo, além do estabelecido na Bula do fumigante, dos protocolos definidos em trabalhos científicos sobre as Concentrações x Tempo de Exposição, são as condições determinantes para eventual redução do Tempo de Exposição. Porém, sempre levando em consideração que a concentração de Fosfina deve estar homogeneizada na massa de grãos e mantida por todo o Tempo preconizado nestes protocolos; 7. A aplicação do fumigante deve ser no maior número possível de pontos, de forma a garantir uma maior e melhor dispersão, além de mitigar possível risco de ignição, causado pela concentração de Fosfina, no local de fumigação; 8. Para grãos com formas alongadas, a exemplo do arroz, trigo, entre outros, deve-se levar em conta a sua forma de acamamento, diferente Pupa de Rhyzoperta Dominica
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Infestação Oculta
de outros tipos de grãos (Milho, soja, etc.). Naqueles, a dispersão da Fosfina é mais lenta, determinando que os Tempos de Exposição preconizados na Bula sejam respeitados. 9. Considerando que o processo de fumigação preconiza a mortalidade dos insetos em todas as suas fases de desenvolvimento e, considerando também que esses insetos em suas fases imaturas de “ovo e pupa”, por estarem ainda em desenvolvimento apresentam baixa atividade biológica, baixa taxa de respiração, a absorção do fumigante “Fosfina” se dá mais lentamente, condição que deve ser considerada quando se pensar em uma redução do Tempo de Exposição. Muito pelo contrário, aqui o Tempo de Exposição é determinante para a eficácia do processo de fumigação. Pode-se concluir portanto, que o “tempo de Exposição” deva ser determinante para que a “Fosfina” se desprenda totalmente e tenha tempo suficiente e necessário para difundir-se por toda a massa de grãos, seja armazenado em sacos ou a granel, e que fique em contato com as diferentes espécies de insetos, em todas as suas fases de desenvolvimento, para que tenham a ação efetiva de controle, e sempre de forma segura. www.graosbrasil.com.br
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ATUALIDADE
Conjuntura mundial de trigo eleva preços em mais de 25% nos últimos 60 dias Seca na Austrália, perda de produção na Rússia, problemas logísticos na França, clima desfavorável para a nova safra nos Estados Unidos, na Europa e na região do Mar Negro, e ainda uma maior demanda por parte dos países da Ásia são alguns dos fatores que estão provocando alta nos preços de trigo em nível mundial. A Argentina, principal fornecedora de trigo para o Brasil, foi a mais favorecida pelo forte aumento da demanda na exportação pela competitividade no mercado internacional e pela rápida comercialização interna desta safra por parte do produtor local. Já foi comercializada 75% da safra recém colhida de 18,5 milhões de toneladas, restando assim um volume disponível mínimo que poderá ir para exportação. Esse cenário gerou uma forte elevação nos preços do trigo argentino, da ordem de 26% nos últimos 60 dias, passando de US$ 190,00 por tonelada FOB para US$ 240,00. O trigo nacional, por sua vez, vem acompanhando essa evolução dos preços internacionais, Revista Grãos Brasil - Janeiro / Fevereiro 2020
principalmente pela forte quebra de produção de 33% no Paraná, por problemas climáticos de seca e geadas. Os preços do trigo no Paraná avançaram de R$ 850,00 por tonelada para R$ 1.000,00 (+18%), e no Rio Grande do Sul passaram de R$ 700,00 por tonelada para R$ 900,00 (+28%) em algumas semanas. Pressão também de oferta em grandes mercados como São Paulo e Minas Gerais, que já tiveram toda a sua safra nacional comercializada. Este período turbulento se estenderá, no mínimo, até a entrada da próxima safra em meados de setembro, se tudo correr bem. Outro fator importante é a grande desvalorização do real frente ao dólar, que saltou de R$ 4,00 no início de novembro de 2019 para os atuais R$ 4,18 (+ 4,5%). O cenário é de forte pressão de custos para os moinhos de trigo do Brasil, fato que inevitavelmente gerará um expressivo reajuste de preços das farinhas nas próximas semanas.
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ANO NOVO, VIDA NOVA? #SÓQUENÃO MILHO Para acompanhar o atual cenário do mercado do milho, sugerimos acompanhar os comentários que se seguem: • O Notícias Agrícolas conversou nesta terça-feira com Étore Baroni - Consultor em Gerenciamento de Riscos - INTL FCStone, que destaca que 2019 foi um excelente ano para o setor, principalmente quando se fala em produção, preços e fundamentos. • De acordo com o consultor, vários fatores contribuíram para que o ano de 2019 terminasse de maneira positiva para o produtor de milho, entre eles a alta produção, alta exportação e o consumo interno alto devido também a peste suína que atingiu de maneira expressiva a China. • Apesar dos números serem positivos, ele destaca que o estoque entre 2019 e 2020 é relativamente baixo com o consumo interno em alta e o atraso na plantação do milho safrinha em decorrência de problemas climáticos enfrentados sobretudo no Paraná e no Mato Grosso do Sul. "O estoque tem que chegar até a entrada safrinha, que na nossa visão a gente vai ter um volume maior de milho a partir de 15 de junho, uma vez que nós temos a soja um pouco atrasada", afirma. • Quanto aos preços, ele destaca que os níveis ainda nãio atingiram os valores de 2016, mas destaca que a produção no ano passado foi muito maior quando comparada com três anos atrás. De acordo com Étore, o produtor continuará encontrando bons níveis de preços em 2020 e que a exportação deste ano pode ficar entre 35 e 40 milhões de toneladas, além do consumo que deve continuar em alta.
Oswaldro J. Pedreiro Novo Horizonte - Assessoria e Consultoria contato@nhassessoria.com.br
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Mesmo com as expectativas positivas para os preços, o consultor acredita que o mercado poderá ter dias calmos no próximo mês, podendo voltar ver alta nos preços entre o final de abril e o começo de junho, em função da janela que será ser estendida neste ano. "O mercado pode acalmar e depois ele tem uma retomada de alta a partir do final de abril, o período que a gente chega com pouca disponibilidade de milho", explica. O analista acredita ainda que a partir de junho o cenário será completamente diferente quando comparado com o primeiro semestre. "Nós podemos ver um mercado totalmente diferente no segundo semestre. Nós podemos ter um mercado do primeiro semestre muito alto e com safrinha normal, produção normal, a partir de junho a gente pode ver os preços voltando a cair bastante forte no interior", explica. Apesar dos preços mais baixos, Étero destaca que os valores ainda serão bons para o produtor. Ainda de acordo com o analista, os preços só ficariam mais altos, caso aconteça uma quebra de produção na safrinha em decorrência de problemas climáticos, por exemplo. Ainda de acordo com o consultor, no momento todo o setor trabalha visando um clima dentro da normalidade, o que não indicaria a quebra na produtividade. A fase um do acordo comercial entre a China e os Estados Unidos foi firmada e oficializada na última semana, porém, sem trazer muitos detalhes para o comércio da soja entre os dois países. E enquanto ações efetivas não aparecem, a competitividade da soja brasileira segue mantida e ainda trazendo importantes margens de lucro ao produtor nacional. Coletamos também a análise do mercado segundo o analista Paulo Molinari, da consultoria Safras & Mercado: • O mercado se empolgou com alguma compra de milho por parte da China, o que, até o momento, é tecnicamente inexplicável, já que o país asiático tem em estoque cerca de 200 milhões de toneladas do grão. Mas, tão logo a empolgação passou, os preços na Bolsa de ChiRevista Grãos Brasil - Janeiro / Fevereiro 2020
cago voltaram a ceder • O risco para o milho é de um plantio acima do normal na safra norte-americana de 2020, gerando uma superprodução e um elevadíssimo estoque de passagem a partir de setembro. O risco desse movimento está na fraca condição da soja, visto que a China não eleva as compras do produto norte-americano • Atenção ainda ao clima na Argentina, apesar da projeção de boas ocorrências de chuva para a próxima semana • A safra argentina, na projeção atual, está em 48 milhões de toneladas • No Brasil, o quadro segue muito firme. As colheitas seguem para a segunda metade na região gaúcha das Missões, por exemplo, e os preços não caem; pelo contrário: estão muito estáveis • Haverá colheitas regionais até abril, certamente, mas muita procura deve surgir por esse milho novo, já que ele será mais barato do que o importado • Os fretes devem começar a subir nos próximos dias com a colheita da soja, o que deve dificultar o trânsito do milho em longas distâncias e elevar os preços CIF • Pode ocorrer com as colheitas regionais o mesmo que nas Missões, no Rio Grande do Sul: ou seja, a colheita passa e os preços sobem. • Para a “safrinha”, contudo, o quadro é muito diferente. Se houver a confirmação de um plantio elevado com milho nos Estados Unidos e não houver problemas grandes com a safra norte-americana, o espaço para preços internacionais na Bolsa de Chicago acima de US$ 3,70 por bushel é muito limitado • Uma supersafra nos EUA limitaria os preços nos portos brasileiros a R$ 37-R$ 38 ou menos, e com o mercado interno tendo que se ajustar a esse perfil para poder exportar • É possível haver uma segunda safra recorde em 2020, e a necessidade de exportação de 30 milhões de toneladas no segundo semestre é
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inevitável. Sem ela, a segunda metade do ano terá preços completamente diferentes da primeira. SOJA A soja do Brasil hoje conta com uma vantagem competitiva sobre a americana ao custar cerca de US$ 10,00 a US$ 15,00 por tonelada mais barata. Ainda assim, a escala maior das vendas brasileiras acaba compensando esse valor mais baixo, como explica o consultor de mercado Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting. "Tudo no Brasil é maior agora, a escala é maior. A safra é maior, as exportações são maiores. Além disso, nossa soja é mais competitiva também porque temos maior disponibilidade de navios aqui e frete mais barato para a China, e nossa soja tem maior teor de proteína, o que faz com que seja necessário menos soja brasileira, por exemplo, para a produção de ração", explica. Hoje, a oleaginosa do Brasil sai para a exportação, ainda como reforça Brandalizze, com um teor de proteína de 46% a 48%, contra 42% da americana. E assim, o lineup brasileiro está cheio e com muita soja a ser embarcada nos próximos meses diante dessa competitividade maior. Além disso, 2020 começou com o Brasil com seus
estoques praticamente zerados e os embarques ainda fortes. Segundo os últimos números da Secretaria de Comércio Exterior, os primeiros sete dias contabilizaram as vendas externas de 434,7 mil toneladas, com média diária de 62,1 mil. Ou seja, o Brasil "segue embarcando mais de um navio diariamente, o que indica que estes embarques em bom ritmo devem se manter e crescer nas próximas semanas com a chegada da safra nova. As primeiras indicações deste ano nos apontam que devemos bater a marca de 75 a 80 milhões de toneladas exportadas em 2020", acredita Brandalizze.
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FUNGOS
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Mais do que isso, o consultor explica também que "esta diferença que se vê agora entre a soja do Brasil e dos Estados Unidos nada mais do que é um valor de proteção. Os compradores estão mais retraídos agora esperando por saber o que acontecerá no comércio de soja entre a China e os EUA. O prêmio aqui no Brasil poderia estar melhor do que está hoje, mas não está por isso". Ainda assim, a demanda segue presente e focada no mercado brasileiro. E também como diz Brandalizze, a soja tem dado de 5% a 25% de margem de lucro ao produtor, a depender de sua região. Nos estados do Centro-Oeste, por exemplo, as margens são de 5% ou algo pouco a mais do que isso, já nos estados do Sul, os níveis são mais altos onde há um favorecimento logístico e um volume menor de produto. Enquanto isso, nos EUA, o que impede que o produtor esteja amargando prejuízos mais severo são os subsídios pagos pelo governo Donald Trump diante da perda de demanda da nação asiática em razão do guerra comercial. O diretor da ARC Mercosul, Matheus Pereira, complementa a análise ainda com a chegada da nova oferta brasileira ao mercado na medida em que os trabalhos de campo ganham mais ritmo nas principais regiões produtoras. "A soja brasileira continua sendo uma das mais baratas do mundo para embarque, isso levando em consideração que ainda passamos por um período sazonal de escassez do grãos. Estamos na entressafra, a colheita deve ganhar mais ritmo nessas próximas duas ou três semanas e aí sim teremos soja disponível. E é quando esses contratos para embarque estão delimitando preços mais atrativos do que a soja disponível e abundante que lá no Golfo dos EUA, e isso se dá pela desvalorização cambial", diz. Desde o início do ano até esta segunda-feira (20),
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a moeda americana já acumula uma alta de 2,51% e valia, nesta primeira sessão da semana, R$ 4,1860. "Hoje o real é fraco frente ao dólar americano o que dá muito poder de barganha ao importador que compra a soja em dólares. E essa é uma das razões pela qual nos mantemos tão otimistas quanto ao nosso mercado para exportação no Brasil", explica Pereira. NEGÓCIOS Os negócios, neste momento, são pontuais no Brasil e o interesse de venda por parte do sojicultor brasileiro é limitado, ainda segundo Vlamir Brandalizze. Focado na colheita, o produtor espera condições mais próximas de um alvo que colocou para os preços. "O produtor espera algo perto de R$ 90,00 por saca, e os compradores hoje trabalham com R$86,00 nos portos. E ele já comercializou bastante antecipado (o Brasil tem mais de 40% da safra 2019/20 comprometido), evitando o risco. Então, não há pressa para vender, salvo para quem tem dívidas no curto prazo, contas para os próximos 60 dias", orienta o consultor. Em suma, o mercado segue de olho na aplicação prática do acordo SINO/AMERICANO que ainda não mostrou nada de diferente do que se imaginava no final de 2019. Para complicar ainda mais, o avanço da doença provocada pelo CORONAVIRUS no China com certeza vai interferir no comportamento do mercado agrícola, tanto que já no dia em que completávamos esta matéria (27 de janeiro) o mercado CBOT apontava queda de 8 pontos na cotação do milho, e de 12 pontos de queda no soja cotado pra março/2020. Continua a situação que prevíamos no final do ano passado: UM OLHO NO MERCADO E OUTRO NA MESA DE NEGOCIAÇÕES SINO/AMERICANAS.
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AERAÇÃO E RESFRIAMENTO Quando eu dou palestras ou cursos sobre aeração, frequentemente surgem algumas perguntas: 1. Em quanto tempo se renova todo o ar de uma massa de grãos ? 2. Quanto tempo tarda em esfriar uma determinada massa de grãos ? 3. O que esfria mais, um ar frio e seco ou um ar frio e úmido ? 4. Quais são as diferenças de manejo entre insuflaes e extrair o ar do depósito ? 5. Qual é a pressão estática de trabalho ? 6. Qual é a vasão específica do silo ? 7. Como sai o ar do depósito quando esta arejando por causa de um foco de aquecimento central ? 8. Quem esfria mais rápido: um ar de 24ºC ou um de 18ºC ? 9. Quantas horas de aeração durante a armazenagem ? 10. Como devemos trabalhar para que o grão ganhe umidade com a aeração? 11. Quanta umidade extrai da massa de grãos depois de resfriamento ? 12. Quantos Kw/h consumiu ? 13. Qual é o efeito da secagem por minuto ?
Eng. Domingo Yanucci Consulgran - Granos - Grãos Brasil graosbr@gmail.com
Só concretizando alguma destas perguntas já podemos definir se o responsável do manejo e conservação tem o conhecimento básico do que é uma aeração e de como se trabalha. Lamentavelmente devo dizer que na maioria das vezes não obtemos respostas corretas. Podemos concluir que todo mundo tem sistemas de aeração mas a maioria não sabe como trabalhar. www.graosbrasil.com.br
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Por outro lado não é incomum quando falamos de resfriamento artificial (a forma mais natural de conservar os grãos e sementes), que alguns opinam que é caro, desnecessário, difícil de amortizar, etc. Todas as idéias são equivocadas desta nobre tecnologia. Objetivos da Aeração e do Resfriamento • Baixar a temperatura. • Uniformar a Temperatura. • Eliminar cheiros indesejáveis. • Ajudar no expurgo (uso dos condutos, não dos ventiladores) • Manter o grão úmido. • Secar o grão natural e os grãos esquentados no secador. Cada um destes objetivos tem requerimentos diferentes e isto podemos visualizar definindo a vasão específica. Vasão específica: Se define com a quantidade de ar que passa por uma tonelada de grão em uma determinada unidade de tempo, exemplo: se temos um ventilador centrífugo de 100 m3/min em uma massa de 1000 t, a vasão específica será: 100 m3/min / 1000 t = 0,1 m3/min t Este é o parâmetro básico que nos informa para que pode ser útil uma aeração, e logicamente vai depender do grão e da região onde estamos armazenando. A grande maioria das aerações no Brasil tem uma vasão específica de 0,1 m3/min t, idêntica a qualquer silo de Kansas (EEUU) onde no verão esfriam o grão a 150C em menos de uma semana. Então não pode resultarmos estranho que não funcionem bem, já que não estão adequados ao clima do Brasil. Vasão Recomendada:
** Depende da região.
Claro que para definir a vasão específica deve conhecer qual é a vasão que está entregando seus ventiladores e qual é o volume de grão que esta trabalhando. Outro aspecto relevante é a uniformidade na distribução do ar. Não pode ter partes do depósito, onde por um problema de resistência o ar não passa suficientemente. O ar como qualquer fluido segue a lei do menor esforço. PRINCÍPIOS DO MANEJO Este é outro item que desperta questionamentos, Revista Grãos Brasil - Janeiro / Fevereiro 2020
os responsáveis perguntam: Quando (momento do dia), quantas horas (continuo ou descontinuo), quando dar outra doses, que acontece se tiver chuva ? Sabemos que para definir o acionamento da aeração necessitamos de 5 dados: 1. Temperatura do ar 2. Temperatura do grão 3. Umidade do ar 4. Umidade do grão 5. Objetivo da aeração Conhecendo estes 5 dados básicos e a história prévia do grão e seu destino, podemos definir um manejo. Por exemplo um aspecto importante é o manejo em TANDA (Tempo de Acionamento Necessário da Aeração), também podemos chamar de doses (é o tempo que se requer para esfriar toda a massa de grãos). EQUIPAMENTOS DE MONITORAMENTO E AUTOMATIZAÇÃO Quando tratamos aeração não só devemos interessarmos nos ventiladores ou na superfície furada. Também são importantes os exaustores, os conta horas, os sensores de ar servido (o que sãe do depósito) a termometria, a casinha meteorológica. Todos estes elementos devem estar adequadamente desenhados e trabalhando em forma econômica para chegar a ter uma aeração eficiente. É incomum que se dispõe de quantas horas, definir o tempo de funcionamento da aeração em uma determinada massa de grãos. Muito menos podemos encontrar no leito dos silos um sensor de umidades relativas e temperaturas do ar servido, de maneira a conhecer o que a aeração ou o resfriamento estão realmente produzindo na massa de grãos. É imprescindível conhecer como variam os fatores
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temperatura e umidade na armazenagem, como funciona o diagrama de Mollier, como se comporta os grãos (isotermas de sorção de umidade), assim como os possíveis ritmos de aquecimento ou desenvolvimento das pragas na conservação. CUSTOS DE AERAÇÃO E RESFRIAMENTO É muito comum que se visualize o gasto de energia elétrica e se associe ao custo. Então por exemplo para resfriar 1000 t de um trigo, compararemos uma aeração convencional de 0,1 m3/min t com um resfriamento artificial. Aeração: considerando uma potência unitária de 0,02 cv/t de produto e 400 horas de aeração, para um silo de 1000 t teremos um ventilador de 20 CV e um consumo promédio de energia elétrica de 6900 Kwh. Considerando o preço médio do Kwh de 0,7 R$ teremos um custo de R$ 4830. Resfriamento Articifial: Considerando um equipamento de frio de 30.000 Kcal/hora de potência frigorífica. Com potência elétrica total de 16,7 Kw, resfriando a um ritmo de 80 t/24 horas, teremos um consumo total de energia elétrica de 5.000 Kwh o que representa um custo de R$ 3500 para resfriar o mesmo silo. Então trata-se de um verdadeiro mito ou grande desconhecimento da tecnologia de resfriamento, afirmar que o consumo de energia elétrica é elevado. No melhor dos casos o consumo da aeração é igual ao consumo do resfriamento, com a diferença que este último realmente reduz a temperatura a níveis seguros, reduzindo perdas, controlando as pragas, mantendo as propiedades físicas, sanitárias, nutricionais e sensoriais dos grãos, com maior rentabilidade para o armazenador. Uma aeração ainda com várias doses não chega ao nível de temperatura do resfriamento em quase a totalidade do território Brasileiro. Baixar a
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temperatura de forma rápida, sem depender do tempo ambiental, reduz as perdas por respiração na massa de grãos. Cada 50C disminuímos a metade da perda. Uma massa a 270C perde 4 vezes mais que o mesmo grão a 170C. Só isto já justifica o resfriamento artificial. • Se o grão está mais frio pode manter-se mais perto da base de umidade, evitando perda de peso desnecessária. • Se aplicamos algum inseticida residual, o mesmo duplica seu tempo de proteção. • Diminui drásticamente o desenvolvimento de fungos e a possível produção de micotoxinas. • Dispomos de um grão com melhor qualidade e melhores condições de conservação, mais apreciado no mercado. • Evita a perda de poder e energia germinática, imprescindível para sementes de cevada para malte. Lembremos que um grão que não germina é mais fácil de deteriorar. • Reduz o aumento de acidez própria da degradação da matéria grassa, proteínas, etc.. Em definitiva com uma visão ampla, em praticamente todas as regiões produtoras de grãos e sementes de nosso continente, o resfriamento artificial é mais econômico que a aeração e o investimento de amortização em 1 a 2 anos. Contrariamente ao que muitos pensam que o resfriamento artificial só pode ser usado em grãos acondicionados buscando uma melhor conservação, podemos usar também em: • Grãos úmidos antes da secagem • Grãos semi-úmidos (depois de ums passagem no secador) • Grãos quente saindo do secador (para terminar de acondicionar) Não perca a oportunidade de chegar na Póscolheita de precisão, pode consultar com seus colegas que já tem a tecnologia de resfriamento.
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SEGURANÇA
ACIDENTES DE TRABALHO Desde as épocas mais remotas, o homem tem se dedicado há várias atividades profissionais, as quais apresentam risco em potencial à integridade física e à saúde, acarretando o que chamamos de acidente de trabalho, que é a interrupção inesperada do processo normal da atividade do trabalhador. Os acidentes de trabalho representam um grande inconveniente para todos os que se relacioanam com o fato, sejam os empregados, os empregadores, a sociedade e a nação. Os riscos de acidentes das diversas atividades humanas são chamados de riscos profissionais, sendo oriundos de condições inseguras inerentes ao local de trabalho ou pela execução deste, direta ou indiretamente. De acordo com Brasil (1979), acidente de trabalho é uma ocorrência não programada, inesperada ou não, que interfere no andamento normal das atividades exercidas pelo profissional, ocacionando a perda de tempo e ou lesões nos trabalhadores e ou danos materiais. Um trabalhador sofre um acidente de trabalho quando uma das três situações é verificada (Brasil 2002): 1. É vitima de um acidente em decorrência das características da atividade profissional por ele desempenhada (acidente típico); 2. É vitima de um acidente ocorrido no trajeto entre a residência e o local de trabalho (acidente de trajeto); 3. É vitima de um acidente ocacionado por qualquer tipo de doença profissional produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho, peculiar a determinado ramo de atividade, ou por qualquer doença de trabalho adquirida ou desencadeada em função de condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente. Revista Grãos Brasil - Janeiro / Fevereiro 2020
Eng. Agr. Adriano Divino L. Afonso Prof. Ajunto UNIOESTE Campus Cascavel-PR adriano.afonso@unioeste.br Eng. Adilio F. de Lacerda Filho Prof. Universidade Federal de Visoça alacerda@ufv.br
SEGURANÇA Conforme Grisso (1981), pode-se, basicamente, dividir as lesões oriundas de acidentes de trabalho em duas categorias: 1. Lesões imediatas: são aquelas em que se observa imediatamente ou no espaço de algumas horas após ocorrido o acidente (por exemplo, os traumas físicos, queimaduras e intoxicações agudas); 2. Lesões mediatas: são aquelas em que os estados patológicos somente se manifestam após meses e às vezes anos (por exemplo, as intoxicações crônicas e surdez) Os fatores relacionados aos acidentes de trabalho são informações de fundamental importância em todos os tipos de acidentes. Essas informações, de acordo com Walter & Koch (1980), podem ser utilizadas para investigação do acidente de trabalho, objetivando descobrir as causas, estudar, e sugerir mudanças que eliminem a causa evitando, assim, a repetição do acidente.Ábila Filho (1971) cita os seguintes fatores relacionados aos acidentes de trabalho: 1. Agente de lesão: o que determina a lesão quando em contato com a pessoa e identifica-se pela parte do corpo onde ele se localiza (por exemplo, componente de uma máquina);
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2. Condição insegura: as falhas, defeitos, carência de dispositivos de segurança e outros, os quais colocam em risco a integridade física e a saúde das pessoas (por exemplo, fios expostos e ventilação inadequada); 3. Ato inseguro: comportamento do trabalhador, seja ele consciente ou inconsciente, o qual expõe a riscos de acidentes (por exemplo, brincadeiras e uso de equipamentos inadequados); 4. Acidente tipo: maneira pela qual se dá o contato entre o trabalhador e o agente lesivo (por exemplo, batida contra obstáculo e contato com eletricidade); 5. Fator pessoal inseguro: característica mental ou física do trabalhador, a qual ocasiona o ato inseguro (por exemplo, deficiência mental, fadiga e estresse). De acordo com a norma regulamentadora (NR) número 1 do Ministério de Trabalho (Brasil 2002), cabe ao empregador informar aos trabalhadores os riscos profissionais que possam originar-se nos locais de trabalho e os meios para prevenir e eliminar tais riscos, bem como, as medidas adotadas pela empresa. Ao empregado, cabe cumprir as disposições legais e regulamentares sobre segurança e medicina do trabalho, inclusive as ordens de serviço expedidas pelo empregador, usar os equipamentos
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SEGURANÇA lativamente alto. Dependendo das condições em que o produto está armazenado (por exemplo com elevadas porcentagens de teor de umidade e de impurezas), das características construtivas do silo, das características físicas do produto, do tempo de armazenamento, e do fluxo de retirada do produto. Espaços vazios no interior da massa de grãos podem ser formados, originando perigosas armadilhas para o empregado. Em propiedades agrícolas, particularmente devido à presença de crianças, o risco de acidente é maior, devido ao desconhecimento dos riscos que elas encontram brincando na superficie da massa de grãos, por entenderem ser ali um ambiente adequado para brincar.
de Proteção Individual (EPI) e colaborar com a empresa na aplicação das Normas Regulamentares. SUFOCAMENTO Sufocamento e esmagamento do trabalhador é um acidente de trabalho que ocorre em Unidades Armazenadoras e está relacionado ao encobrimento total do empregado pela massa de grãos no interior do silo ou graneleiro. Há alguns aspectos envolvidos com esse tipo de acidente (Loewer Jr. & Loewer, 2002); - Aumento da produção de grãos - Aumento no armazenamento de produtos na propiedade agrícola - Alta movimentação do produto em transportadores rápidos - Desconhecimento da maioria dos operadores sobre os riscos envolvidos na descarga de grãos de silos e graneleiros. A massa de grãos armazenada apresenta, durante seu descarregamento de silos e graneleiros, potencial perigo em surpreender e apanhar empregados desprevinidos, que poderão ser sufocados por insuficiência de oxigênio quando encobertos pelo produto ou esmagados pelas pressões internas existentes no interior da massa de grãos (McLeod & Doss, 2002). O operador, gerente ou propietário de uma Unidade Armazenadora, confere visualmente a qualidade e quantidade do produto armazenado entrando em células armazenadoras. Na superfície da massa de grãos, ele supervisiona a temperatura e o teor de umidade do produto utilizando-se de sondas apropiadas, com objetivo de verificar a ocorrência de áreas problemáticas de aquecimento, bem como, monitora a infestação de pragas no produto e em determinada circunstância, realiza o tratamento fitosanitário indicado. O produto agrícola é retirado do silo ou graneleiro, utilizando-se de equipamentos de transporte (transportador helicoidal, de correia ou fita transportadora, elevadores de caçambas) em fluxo reRevista Grãos Brasil - Janeiro / Fevereiro 2020
Ocorrência de sufocamento em silo Para melhor entendimento do perigo relacionado ao sufocamento, deve-se compreender como é realizada a descarga das células de armazenamento. A descarga dos grãos, na maioria dos silos e graneleiros é realizada no centro da célula por meio de válvulas reguladoras de fluxo ou através de transportadores helicoidais. Quando a válvula é aberta ou o transportador é ligado, o porduto começa a fluir no interior do silo, na área central, formando o que chamamos de “fluxo em funil”. Segundo Calil Jr. et al (1997), o fluxo de funil no silo é caracterizado pela ocorrência de fluxo confinado a uma região central acima da boca de descarga enquanto que o produto adjacente às paredes permanece estacionário. Esta zona central tem a forma de um funil e se estende até a superfície da massa de grãos:
A título de exemplo, considerando a utilização de um transportador helicoidal para realizar a descarga de grãos de um silo, com fluxo de aproximadamente 35 m3 h (26 t/h), um empregado de 1,82 m desloca cerca de 0,21 m3 assumindo um corpo de diâmetro igual a 0,38 m, isto significa que o corpo inteiro de um homem pode ser submergido na massa de grãos em aproximadamente 22 segundos. Mais importante ainda, o empregado poderia estar com grãos até a altura dos joelhos em apenas 5 segundos, deixando-o totalmente impotente para se livrar da situação.(Field 2002)
A quantidade de força exigida para retirar alguém em condições de submersão em grãos é muito maior do que é requerida em água, porque a massa de grãos não apresenta nenhuma força de empuxo e sim uma força de atrito interna muito superior. Assim, esforços para o salvamento somente serão possíveis, se a movimentação do produto for imediatamente interrompida (Loewer Jr. Loewer 2002)
Em determinadas condições de conservação, produtos mofados ou deteriorados presentes principalmente na superfície da massa de grãos podem formar aglomerados, semelhantes a falsas “pontes”, os quais são armadilhas para o empregado. Essas estruturas são estaticamente instáveis e tendem a entrar em colapso mediante a aplicação de esforços, tais como, peso da pessoa e vibrações mecânicas e sonoras. No momento da descarga do produto do silo, espaços vazios podem ser formados devido ao bloqueio que esses aglomerados ocasionam no fluxo normal de grãos, acarretando diferentes perigos para o empregado que entra no silo. O primeiro perigo está relacionado com a ação do grão úmido e mofado, podendo ocasionar baixa concentração de oxigênio no interior do silo pela ação microbiana e respiratória do produto e à formação de cavidade na massa de grãos. Portanto, uma pessoa desinformada dos perigos inerentes de se entrar em silo ou graneleiro, ao cair na cavidade poderá ser encoberta pela massa de grãos, imobilizando-a e bloquendo a sua respiração normal, além de ser forçada a respirar gases tóxicos, principalmente dióxido de carbono e esporos microbianos presentes na massa de grãos. O segundo perigo está relacionado ao sufocamento do empregado quando esse entra no silo e é surprendido pelo rompimento de falsa ponte e, posteriormente, submersão na massa de grãos em fluxo de descarga. Um terceiro perigo envolvido é quando há um grande espaço vazio, criado debaixo da falsa ponte, em decorrência da retirada de produto do silo. O empregado ao penetrar no silo provoca o abalo na estrutura instável, rompendo o ponte, sendo inesperadamente submergido totalmente na massa de grãos, ocacionando sua imobilidade e, na
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sequência, o sufocamento, apesar do transportador estar desligado ou a válvula de descarga fechada.
Perigos relacionados ao descarregamento de grãos, além da submersão e sufocamento do empregado, existem quando se formam altas paredes de grãos no interior do silos (Field @ Bailey 1979). A parede de grãos pode-se perfeitamente segura, mas uma pazada ou vibração na parede pode abalar a fundação da pilha e propiciar uma avalanche de grãos acima do empregado. Tem que se considerar que o produto agrícola é pesado, por exemplo, um homem de 1,82 m de altura, deitado e coberto com cerca de 30 cm de camada de grãos de milho, estará debaixo de aproximadamente 130 kg de milho.
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PROCEDIMENTOS SEGUROS PARA PREVENIR O SUFOCAMENTO Algumas regras básicas para prevenir acidentes por sufocamento e ou esmagamento devem ser seguidas quando o empregado tem que entrar na célula de armazenamento (Loewer Jr. & Loewer 2002). 1. Assegure que o sistema de descarga do silo esteja desligado. Sempre tenha 3 homens envolvidos durante a entrada no interior do silo. O empregado que entre na célula de armazenamento deve estar preso à um cinto de segurança de couro, sendo amarrado por corda a um ponto fixo no exterior do silo, tendo um segundo homem atento ao que está ocorrendo com o empregado no interior do silo e orientando a um terceiro homem, presente no solo, que poderá, em caso de necessidade, ajudar a erguer o empregado com segurança. 2. Nunca entre em um silo em condições inseguras para recolher sondas de grãos ou ferramentas de trabalho enquanto o sistema de descarga estiver ligado, pois poderá ser puxado pelo objeto e sufocado na massa de grãos. Primeiro pare o fluxo do produto, considere as recomendações da regra 1, somente então retire o material deixado em cima da massa de grãos. Lembre-se de que nenhum equipamento vale o preço da vida humana. Em caso de acidente com empregado que entrou inadvertidamente no silo com a descarga sendo realizada, deve-se imediatamente desligar os equipamentos e fechar as válvulas de descarga antes de proceder o salvamento do acidentado. 3. Não entre em silos sem ter conhecimento prévio do histórico de descarga, especialmente se a superfície da massa de grãos apresentar evidências de deterioração, como costras, pois, nesses caso, falsa pontes ou armadilhas já podem ter sido formadas. Se o produto apresenta visualmente aparência de deterioração, ventile primeiro o silo antes de entrar, para expulsar os gases tóxicos e esporos microbianos que por ventura estejam confinados.
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4. No caso de formação de encostramento de superficie, de cavidades na massa de grãos ou de paredes íngrimes de grãos, utilize, antes de entrar no silo, uma haste longa de madeira (bambu) ou plástico (tubo rígido de PVC) para desarmar as armadilhas ao invés de usar uma pá ou ferramenta de cabo curto. 5. Se o empregado tiver que entrar sozinho no interior do silo, conte para outro funcionário o que está fazendo, e garanta que o equipamento de descarga permanecerá desligado
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colocando sinal de advertência no botão do acionamento do painel de controle, ou, se possível, bloqueando o circuito do transportador. Da mesma forma, deve ser conferido se não há presença de funcionário no interior do silo antes de acionar o sistema de descarga. Em silos que descarregam por gravidade tranque a válvula de descarga antes de entrar. 6. O empregado deve ter o cuidado especial na tentativa de salvar o companheiro do sufocamento ou intoxicação, a fim de evitar que seja puxado pelo fluxo de grãos e se torne um segundo acidentado. 7. O empregado deve ser sempre cauteloso quando estiver trabalhando com produto armazenado que saiu das condições normais de armazenamento, pois podem resultar na formação de cavidades, encostramentos, avalanches, fungos, gases tóxicos (Cornell U. 2002 – Field 2002). 8. Medidas adicionais de segurança devem ser realizadas, tais como, proibir o acesso de crianças e de pessoas estranhas ao ambiente de trabalho, instalar escadas e cordas no interior do silos, informar aos companheiros de trabalho sobre locais inseguros, colocar avisos alertando sobre perigo de sufocamento e, principalmente, utilizar sempre equipamentos de segurança.
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INFORME EMPRESARIAL
Borracha Líquida no Agronegócio - Quais são as principais vantagens? Com a moderna solução desenvolvida à base de borracha líquida, o setor do agronegócio pode reduzir perdas substanciais em seu processo de armazenamento. Graças ao poder impermeabilizante, protetivo e com alta resistência, a borracha líquida se tornou uma grande aliada do agronegócio. Sua tecnologia inovadora desenvolvida a partir da nanotecnologia possibilita uma aplicação mais eficiente e duradoura. As propriedades únicas presentes na borracha líquida cumprem os mais elevados níveis de exigência, qualidade e satisfação. Esses são quesitos fundamentais em uma área como agronegócio - um cenário competitivo, que exige alternativas inovadoras e que elevem a produtividade. Os produtos da HM Rubber oferecem alta performance, excelência em impermeabilização, elevada memória de recuperação, manutenção simples, resistência às movimentações e diversas condições climáticas, ótimo acabamento e muito mais. Além disso, a HM Rubber conta com produtos testados e validados pelos principais institutos de análise do Revista Grãos Brasil - Janeiro / Fevereiro 2020
Brasil. OS BENEFÍCIOS PARA O AGRONEGÓCIO: Conheça as principais vantagens da utilização da borracha líquida HM Rubber no agronegócio: • Com o revestimento à base borracha líquida, a armazenagem de grãos apresenta maior eficiência; • Controle da umidade interna de silos e armazéns, reduzindo a corrosão; • Diminuição de índices de contaminação da produção; • Reduz a temperatura interna de silos – mantendo o clima ideal aos grãos; • Resistente à chuva ácida; • Demanda curto prazo de aplicação e secagem; • Evita-se a intensa radiação solar; • Vedação completa das paredes externas; • Redução de custo e agilidade; Quer conferir mais detalhes sobre o poder da borracha líquida? email: flaviobonilla@hmrubber.com.br WhatsApp: 51 9 9521 0076
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SECA-AERAÇÃO Atualmente, com a busca da otimização do uso da terra, a duração das colheitas tem reduzido, consequentemente ocorrem alto fluxo de caminhões às Unidades Armazenadoras Coletoras, demandando por limpeza, secagem e armazenagem dos grãos. Aliado a isso, outra tendênciada é a prevalência de cargas com maior teor de água. Nesse cenário, são requeridos unidades armazenadoras com alta capacidade horária de secagem, visando agilizar o atendimento, de tal forma a diminuir a permanência dos caminhões em extensas filas. Assim, é reduzido os custos do frete e preservado a qualidade do produto ao minimizar a proliferação de fungos em cargas úmidas. Além de investimentos em secadores, há outras alternativas que podem aumentar a capacidade horária de secagem da unidade, como a seca-aeração, que foi desenvolvida pela Universidade de Purdue nos anos sessenta.
Dr. Luís César da Silva Universidade Federal de Viçosa Depto de Engenharia de Agrícola silvalc@agais.com www.agais.com
Seca-aeração No Brasil, a seca-aeração, tradicionalmente, é empregada na secagem de arroz em casca quando conduzida em secadores de fluxos cruzados ou em secadores de fluxos mistos com torre em cavaletes ou em colunas. Nesses casos, a secagem ocorre em torre inteira com temperatura do ar ao redor de 60 °C. Pelo fato, de a secagem ser em torre inteira, o produto não é resfriado no corpo do secador, sendo descarregado com temperatura próxima de 40 °C e teor de água dois pontos percentuais acima do ideal para o armazenamento. O produto quente é transferido a um silo, onde permanecerá em descanso e, em sequência, é resfriado ao aplicar um fluxo de ar à temperatura ambiente. Para outros produtos como milho, soja e trigo, a seca-aeração tem sido utilizada para agilizar o recebimento. A maioria das unidades armazenadoras coletoras no Brasil contam com secadores de fluxos cruzados ou de fluxos mistos, os quais aprewww.graosbrasil.com.br
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sentam capacidade horária superior a 40 t/h e a torre de secagem dividida em câmara de secagem e de resfriamento. Para o caso de secadores de fluxos mistos, em que a temperatura do ar de secagem é 100 °C e o teor de água inicial do produto é 18,0%, ao passar pela câmara de secagem terá o teor de água reduzido a valores próximos de 13%, enquanto a temperatura é elevada em até 55 °C. Em sequência, o fluxo de produto quente ao cruzar a câmara de resfriamento terá a temperatura reduzida a valores próximos à ambiente. No entanto, podem ocorrer cargas com teor de água de até 28%, assim, o produto deverá passar várias vezes pelo secador, o que reduz a capacidade horária e aumenta os riscos de danos mecânicos e térmicos. Nesse caso, para aumentar a capacidade horária em até 40%, a alternativa é a secagem em torre inteira. Ao operar os secadores em torre inteira, com temperatura do ar de secagem próxima a 100 °C, a temperatura do produto ao sair do secador será aproximadamente 50 °C, sendo necessário resfria-lo para o armazenamento. Adotando coeficientes operacionais apresentados por WEBER (2001) em seu livro “Armazenagem Agrícola” podem ser exemplificados os seguintes cenários: Cenário 1 - Um secador de 40 t/h ao ser utilizado para reduzir o teor de água do produto de 28 para 13% a capacidade horária será reduzida em 35%. Desse modo, a capacidade horária de 40 t/h passará a 14 t/h. Portanto, para secar 400 t de milho demandará 28,5 h. Cenário 2 – Se o secador do Cenário 1 fosse empregado para reduzir o teor de água de 28 para 15% a capacidade horária do mesmo seria 41% da nominal. Assim, a capacidade horária do secador de 40 t/h passará a 16,4 t/h (40 t/h x 0,41), sendo, portando, necessárias 24,4 h para secar 400 t de milho.
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Cenário 3 – Se o secador do Cenário 2 for operado em torre inteira, a capacidade horária seria aumentada em 40%, passando a 23 t/h (40 t/h x 0,41 x 1,4). Sendo assim, para secar 400 t de milho seriam necessárias 17,4 h. Analisando os cenários, constata-se que ao remover o produto do secador com dois pontos acima do teor de água final desejado, nos Cenários 2 e 3, o tempo de secagem reduz, o que agiliza o atendimento dos clientes. No entanto, para esses cenários é necessário complementar a secagem e reduzir a temperatura do produto para o armazenamento seguro. Evidentemente, o Cenário 3 é a melhor alternativa operacional do que o Cenário 2, pois no primeiro há melhor aproveitamento da energia térmica do ar de secagem. Enquanto no segundo, ao operar com a câmara de resfriamento, a cada recirculação parte do aporte de energia térmica do produto é perdida, o que retarda a secagem e aumenta os custos operacionais. Secagem em torre inteira Na operação em secagem em torre inteira, a câmara de resfriamento passará a funcionar como extensão da câmara de secagem. No caso de secadores de fluxos mistos, a conversão da câmara de resfriamento em câmara de secagem é feita pelo reposicionamento de registros que direcionam os fluxos de ar pela torre do secador. Após reposicionados os registros, o operador deverá verificar pressões de sucção do ar nas câmaras plenum do ar de secagem e do ar de exaustão. Para o caso de secadores de fluxos cruzados, os registros de entrada do ventilador da câmara de resfriamento deverão ser reposicionados para sucção do ar de secagem ao invés do ar ambiente. Nesses casos é importante consultar o manual de operação e seguir as recomendações dos fabricantes para obter o melhor rendimento dos equipamentos.
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Período de descanso O calor transferido aos grãos durante a secagem, internamente, é empregado como calor latente ou sensível. O primeiro está associado à remoção da água do produto, enquanto o segundo à elevação da temperatura. No início da secagem, devido à maior umidade do produto, a taxa de remoção de água é maior, nesse caso, o aporte de calor transferido aos grãos, preferencialmente, é empregado como calor latente. No entanto, no decorrer da secagem essa taxa diminui, passando a prevalecer o calor sensível. Consequentemente, a temperatura dos grãos aumenta. O descanso consiste em um período em que o produto não tem contato com o ar de secagem. Nesse período, o aporte de calor contido nos grãos é utilizado para remover a água localizada na região central, que ao tomar os estado de vapor migra para a superfície. Isso faz aumentar a umidade relativa no microclima ao redor dos grãos (Figura 1) e consequentemente aumenta a umidade relativa do ar intergranular. Secadores que dispõem de câmara de descanso normalmente apresentam menor consumo de energia térmica e menores riscos de danos térmicos e, ou, mecânicos. Na seca-aeração o descanso ocorre após o acondicionamento do produto, preferencialmente em silos. Nesse caso, os grãos provenientes da secagem em torre inteira com temperatura entre 45 a 55 °C e teor de água dois pontos percentuais acima do valor final desejado são colocados em descanso por 4 a 8 h.
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temperatura ambiente e intensidade entre 500 a 1.000 L de ar/min.t (0,35 a 0,75 m³ de ar/ min. m³ de produto). Finalizada a operação, o produto deve ser transportado aos silos armazenadores e, se necessário, receber o tratamento preventivo para o controle de insetos. Em algumas unidades, procede-se a seca-aeração acondicionando o produto quente em parcelas nos silos armazenadores ou nos graneleiros. Nesse caso, é requerida especial atenção, pois uma nova parcela de produto quente só deve ser transportada ao silo, ou graneleiro, se a parcela anterior teve a seca-aeração complementada. Caso isso não seja observado, poderá ocorrer porções da massa de grãos que propiciem condições para proliferação de fungos gerando focos de aquecimento e com alto risco de contaminação por micotoxinas. Planejamento de um sistema de seca-aeração Para exemplificar o uso da seca-aeração é considerada uma linha de processamento de 40 t/h dedicada à recepção diária de 400 t de milho com teor de água inicial de 26% e a ser armazenada a 13%. As etapas da seca-aeração são representadas na Figura 2. Conforme coeficientes operacionais apresentados por WEBER (2001) ao se proceder a secagem do produto de 26 para 15% de teor de água, a capacidade horária do secador será reduzida em 48%. Assim, o secador de 40 t/h terá a capacidade horária reduzida para 19,2 t/h (40 t/h x 0,48), e ao operar em torre inteira essa capacidade horária será acrescida em 40%, correspondendo a 26,9 t/h (19,2 t/h x 1,4).
Aplicação do fluxo de ar Encerrado o descanso, o produto deve ser resfriado e o ar intergranular, com umidade relativa acima de 75%, removido. Para tanto, é aplicado um fluxo de ar a www.graosbrasil.com.br
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Desse modo, para a secagem de 400 t por dia, serão necessárias 15 h (400 t ÷ 26,9 t/h), com consumo horário de lenha estimado em 2,24 m³ de lenha/ h, totalizando 33,6 m³. O consumo horário de um secador de 40 t/h, em média, é 1,60 m³ de lenha/ h, no entanto, ao operar em torre inteira, o consumo é aumentado em 40%. Ao final da secagem, o produto apresentará teor de água de 15%, temperatura de 55 °C e massa igual a 348,23 t, que poderá ser acondicionada, por exemplo, em um silo de diâmetro de 9 m e altura de cilindro de 8,5 m. Caso esse silo seja equipado com um ventilador de 5, 12,5 ou 25 cv a duração da operação é estimada em 24, 18 e 12 h, respectivamente. Nesses casos as vazões de ar foram, respectivamente, 200, 276, e 356 m³ de ar/min, correspondendo à necessidade de 33 m³ de ar /t para redução da temperatura do produto em 1 °C. Ponderações Finais A seca-aeração traz benefícios como agilização do recebimento, redução dos custos de secagem e preservação da qualidade do produto ao serem observados critérios técnicos operacionais e se dispor de instalações devidamente projetadas. O ideal para a seca-aeração é contar com silos especificamente destinados a condução da operação, pois diferente dos silos armazenadores, o fluxo de ar requerido é de 500 a 1.000 L de ar/min.t (0,35 a 0,75 m³ de ar/min. m³ de produto), enquanto na aeração de produtos armazenado são indicados fluxos de 30 a 100 L de ar/min.t.
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Desse modo, a linha de processamento dedicada a um produto deverá contar com dois silos com capacidade estática equivalente à expectativa de recebimento diário máximo. São requeridos dois silos, pois enquanto um está sendo carregado no outro estará sendo feito o resfriamento do produto. Isso é invertido a cada dia.
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TRÊS NOVOS PROJETOS PARA A SYMAGA EM 2020 A Symaga iniciou 2020 com a instalação de três novos projetos, consolidando sua expansão no mercado brasileiro e mantendo o crescimento contínuo da empresa no México e na Romênia. A Ab Inbev, um dos principais grupos cervejeiros do mundo com marcas como Brahma, expandiu sua capacidade de armazenamento em suas fábricas brasileiras em Uberlândia e Itapisuma. Os dois projetos, confiáveis para a Symaga pelo Zeppelin Brasil, incluem 8 e 4 silos SCE920 / 12T60, um total de 13.380 m3. Meoqui é o local de uma das referências mais importantes da Symaga para este ano. O projeto Bühler é uma nova fábrica de malte para a Malteurope, um dos maiores fabricantes de malte do mundo, com presença em 14 países e 24 plantas com 2,4 milhões de toneladas de produção por ano. A Malteurope expandiu sua capacidade de armazenamento no México em 22.548 m3, um projeto desafiador, mas muito satisfatório para a equipe técnica da Symaga, devido a seus requisitos de cálculo muito rigorosos, informou a empresa. Os 12 silos SCE0993 / 19T45 foram calculados sob os regu-
lamentos mexicanos. Outro projeto relevante é a extensão do terminal portuário Scoceep da Romênia, com seis silos SBH2215 / 24, e uma capacidade total de 68.346 m3. A Symaga consolidou sua posição como um dos principais atores no Mar Negro, onde instalou aproximadamente 1 milhão de capacidade de armazenamento. Trinta e cinco anos de experiência e sua capacidade técnica e produtiva permitem o desenvolvimento de referências à cervejaria Symaga, malte e terminais portuários, mas também em diferentes setores, como fábricas de alimentos, fábricas, usinas de bioetanol, secadores, moinhos de farinha, além de como o armazenamento de matérias-primas para a indústria de plásticos, biocombustíveis e biomassa.
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Especialistas em tecnologia desenvolverão projetos para fortalecer os sistemas de informação dos mercados agrícolas das Américas Com o objetivo de gerar projetos que proporcionem transparência e fortaleçam as capacidades tecnológicas dos sistemas de informação de mercados agrícolas (SIMA) da América Latina e do Caribe, especialistas de diversos países do hemisfério participarão de um encontro na Costa Rica, no Fab Lab (Laboratório de Fabricação Digital) do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA). A reunião acontecerá de 28 a 30 de janeiro e é organizada pelo IICA com a participação da Universidade Cenfotec, a empresa Accenture, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) e o Serviço Nacional de Saúde Animal (SENASA) da Costa Rica. Participarão do encontro representantes dos SIMA do Canadá, Chile, Equador, Estados Unidos, Guatemala e Santa Lúcia, países membros da Organização de Informações de Mercados Agrícolas das Américas (OIMA, composta por 33 países do hemisfério) e que são parte de um painel assessor em tecnologias da informação e da comunicação desse organismo. Na reunião, será elaborado um plano de trabalho regional nessa área para fortalecer os SIMA. Também serão identificadas oportunidades e áreas de trabalho para a formulação de projetos que ajudem a atender as necessidades de informações agrícolas nos países e estabeleçam um roteiro para a OIMA. Na atividade, buscar-se-á construir propostas de ferramentas para a coleta de dados para repórteres de mercados (encarregados de coletar informações sobre produtos agrícolas), o processamento dos dados e os diversos serviços dos SIMA. Também será impulsionado o desenvolvimento de uma plataforma ou programa para a divulgação de relatórios e a formulação de estratégias para a retroalimentação por parte dos produtores. “Para os usuários, o projeto dessas propostas deve ajudar a dotar o mercado de transparência e lhe permitir tomar decisões mais informadas sobre produção e comercialização”, disse Terry Long, presidente da OIMA. Sobre o IICA : É o organismo internacional especializado em agricultura do Sistema Interamericano. Sua missão é estimular, promover e apoiar os esforços de seus 34 Estados-membros para alcançar o desenvolvimento agrícola e o bem-estar rural, por meio da cooperação técnica internacional de excelência. Mais informação: Helena Ramírez, Coordenadora Técnica da OIMA. helena.ramirez@iica.int Revista Grãos Brasil - Janeiro / Fevereiro 2020
Porto de Antonina foi o quinto porto que mais cresceu no Brasil O Porto de Antonina, no Litoral do Paraná, registrou o quinto maior crescimento entre 19 portos brasileiros em 2019. Segundo o Ministério da Infraestrutura, o volume de carga movimentado foi 17,3% maior que o registrado no ano anterior. A média nacional de crescimento entre os portos públicos do país foi de 10,3%. Segundo Gilberto Birkhan, Diretor Presidente do TPPF - Terminais Portuários Ponta do Félix, empresa responsável pelas operações no porto, a meta para 2020 é manter índices elevados de expansão. “O fundamental é reconhecer essa nova etapa dentro do TPPF, com mais consistência na prestação de serviços, principalmente nos serviços de armazenagem de produto e trabalho especializado com cargas diferenciadas”, ressalta. Previsão de crescimento - De acordo com Gilberto, o TPPF espera crescer 70% e movimentar cerca de 1,5 milhão de toneladas de produtos neste ano, principalmente farelo de soja não transgênico e fertilizantes, os carros-chefe do Porto de Antonina. Uma das principais vantagens do TPPF para quem comercializa estes produtos, segundo Birkhan, é o terminal alfandegado com entreposto aduaneiro que permitiu um crescimento de 47% de fertilizantes entrepostado. “O produto quando chega em nossos armazéns permanece em propriedade do exportador lá de fora”, explica. “O produto pode ficar no Paraná ou ser nacionalizado para o estado de Goiás, por exemplo, sem o pagamento do ICMS interestadual”. Quando o produto chega com destino determinado no Brasil, e o cliente tem a necessidade de alterar o destino, Estado de consumo ou uso, ele será taxado com ICMS. Essa cobrança pode ser evitada com a utilização do entreposto aduaneiro. “Obviamente também fazemos descarga direta, o produto vai direto para o destino final. Mas a grande oportunidade é o entreposto aduaneiro, o qual o TPPF oferece”, completa. Além da vantagem do entreposto, Birkhan afirma que o TPPF conta também com melhorias na estrutura marítima para manter o crescimento. “Estamos na expectativa de aumento da profundidade em nosso calado, o que permitirá alavancar ainda mais estes números”, afirma. Antonina em números - Em 2019, passaram pelo Porto de Antonina 908.377 toneladas. Do total, 559,4 mil toneladas se refere a importação de fertilizantes que cresceu 18% em relação a 2018. A exportação de açúcar ensacado cresceu 7% em relação ao registrado em 2018.
UTILISSIMAS 37 Já o farelo de soja, o crescimento da movimentação superou a casa de 18%. O TPPF conta, atualmente, com 60 mil metros quadrados de infraestrutura de armazenagem, com capacidade estimada de 200 mil toneladas estática. Este número será elevado com as obras de expansão em andamento. Comunicore Comunicação e Marketing (41) 3343.4797 (41) 99896.4740 (WhatsApp)
Cargill atinge a marca de 4 milhões de litros de óleo de cozinha usado coletados Programa Ação Renove o Meio Ambiente reciclou 1 milhão só em 2019 O Programa Ação Renove o Meio Ambiente da Cargill, mantido pela marca LIZA, atingiu o número recorde de um milhão de litros de óleo de cozinha usado coletados somente no ano de 2019. Desde sua criação, em 2010, a iniciativa já encaminhou para reciclagem 4,3 milhões de litros, transformando todo o material adquirido em matéria-prima para produtos mais sustentáveis, como o biodiesel - combustível de fonte limpa e renovável.
O Programa tem como objetivo oferecer ao consumidor uma alternativa prática e sustentável para o descarte ambientalmente correto do óleo de cozinha usado. Ao invés de jogar o resíduo na pia, ralos, lixo comum e até mesmo na terra, o consumidor pode, com a ajuda de um funil, separar a o óleo de cozinha usado em uma garrafa PET, e levar até um dos mil pontos de coleta que estão disponibilizados pela marca LIZA. A relação de todos os pontos de coleta está disponível no site liza.com.br . Presente em 10 estados brasileiros (São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás, Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul, Bahia e Pará), a inciativa conta com pontos de coleta localizados em Redes de Supermercados, Shoppings, Prefeituras, Órgãos Públicos, empresas e ONGs. Para Fernando Janizello, analista de Sustentabilidade da Cargill Foods Brasil, diversificar a localização foi importante para atingir essa marca. "Através de pontos de coleta em locais de fácil acesso ao consumidor, conseguimos disponibilizar uma rede maior para a participação de todos". O Ação Renove o Meio Ambiente também está presente em mais de 300 escolas, onde através de um projeto dedicado a educação e conscientização ambiental realiza uma série de atividades desenvolvidas para as crianças e adolescentes. "Queremos mostrar para os alunos a importância da preservação e o cuidado com
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40 UTILÍSSIMAS o meio ambiente, além de encorajá-los a transmitir esse conhecimento para seus pais, avós e tios, assim, conseguiremos a promoção de um ambiente mais sustentável em toda a comunidade", explica Janizello. Além disso, o projeto ainda conta com pontos de coleta em redes de restaurantes, oferendo aos clientes Cargill a possibilidade da gestão dos resíduos de seus estabelecimentos. "Além de oferecer um produto de alta qualidade, como o óleo Liza, a Cargill que ser responsável pelos resíduos gerados pelos restaurantes, queremos ajudar nossos clientes, e até mesmo as Redes que ainda não sejam nossos clientes, a aumentar o nível de sustentabilidade de seus estabelecimentos", complementa Fernando. Sobre a Cargill Os 160 mil funcionários em 70 países trabalham para atingir o propósito de nutrir o mundo de maneira segura, responsável e sustentável. Todos os dias, conectamos agricultores com mercados, clientes com ingredientes e pessoas e animais com os alimentos que precisam para prosperar. Unimos 154 anos de experiência com novas tecnologias e insights para sermos um parceiro confiável aos clientes dos setores de alimentos, agricultura, financeiro e industrial em mais de 125 países. Lado a lado, estamos construindo um futuro mais forte e sustentável
Revista Grãos Brasil - Janeiro / Fevereiro 2020
para a agricultura. No Brasil desde 1965, somos uma das maiores indústrias de alimentos do País. Com sede em São Paulo (SP), estamos presentes em 17 Estados brasileiros por meio de unidades industriais e escritórios em 147 municípios e 11 mil funcionários. Para mais informações, visite www.cargill.com e a central de notícias . Nova edição de Granos - Ed. 133 Estimados lectores! Ya está disponible en internet la nueva edición de la Revista Granos, la primera del añó 2020. En este número con información muy interesante sobre Rendimiento y calidad del trigo en la región central de Argentina 2020 – Ideas para la Argentina en el 2030 – Entrevista al presidente y gerente de AFA – Fumigación de encarpados – Eficacia de la fumigación y tiempo de exposición – Filtros de mangas – El caso Deltametrina y varias notas más. Puede verla online en https://issuu.com/graosbrasil/ docs/granos133online o suscribirse escribiendo a consulgran@gmail.com. ¡Manténgase siempre bien informado!