Selecionadoras ópticas para sementes: Algodão, Milho, Soja, Feijões e Girassol.
Innovations for a better world.
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EDITORIAL
Caros Amigos e Leitores Ano XVIII • nº 106
JANEIRO / FEVEREIRO 2021
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Diretor Executivo Domingo Yanucci
Colaboradores Antonio Painé Barrientos Maria Cecília Yanucci Victoria Yanucci
Matriz Brasil Rua dos Polvos 415 CEP: 88053-565 Jurere - Florianópolis - Santa Catarina Tel.: +55 48 991626522 / 3304 6522 E-mail: graosbr@gmail.com br.graosbrasil@gmail.com diretoria@graosbrasil.com.br Sucursal Argentina Rua América, 4656 - (1653) Villa Ballester - Buenos Aires República Argentina Tel/Fax: 54 (11) 4768-2263 E-mail: consulgran@gmail.com Revista bimestral apoiada pela: F.A.O - Rede Latinoamericana de Prevenção de Perdas de Alimentos -ABRAPOS As opiniões contidas nas matérias assinadas, correspondem aos seus autores. Conselho Editorial Diretor Editor Flávio Lazzari Conselho Editor Adriano D. L. Alfonso Antônio Granado Martinez Carlos Caneppele Daniel Queiroz Jamilton P. dos Santos Maria A. Braga Caneppele Marcia Bittar Atui Maria Regina Sartori Sonia Maria Noemberg Lazzari Tetuo Hara Valdecir Dalpasquale
Com imensa alegria chegamos a vocês. Seja de forma física o virtual, o importante é que a mensagem dos destaques profissionais, a tecnologia de empresas de primeira linha e as experiências de sucesso sejam compartilhadas. Ao longo destes 19 anos de publicações da Grãos Brasil, foi desenvolvido um trabalho constante de capacitação e atualização. Nada e mais importante que aqueles que devem tomar decisões tenham sobre sua mesa uma boa informação. Tomadas de decisão como se fazer um expurgo, como fazer uma secagem, como manejar o resfriamento, de que modo fazer um bom monitoramento, como deve ser a ampliação a melhora do armazém, quais são as caraterísticas essenciais para um novo armazém, como calcular um custo de pós-colheita, como calcular uma quebra técnica ou uma perda, como diferenciar os fungos e os insetos que atacam os grãos e sementes, e muitas outras técnicas essenciais para um ótimo rendimento. Este trabalho no Brasil não é feito de forma isolada, já que praticamente todos os países da região utilizam a tecnologia desenvolvida no Brasil, e por isso nossa irmã a revista Granos é a outra ferramenta em língua espanhola que lidera uma série de trabalhos de divulgação. Grãos Brasil e Granos, por mais de duas décadas levam conhecimento para que a pós-colheita Latinoamericana seja cada dia melhor. Nesta edição, apresentamos informações de grande utilidade sobre diversos temas. Como já mencionado, para o ano de 2021 temos programados uma série de encontros com o uso do Gr@os Meet, para tratar assuntos de seu interesse, nossos parceiros apresentaram suas tecnologias e todos poderão participar de forma gratuita. Nada mais valioso que capacitar profissionais que tomam decisões e somando conhecimento para fazerem seu trabalho cada dia melhor. Agradecemos aos nossos assinantes e leitores, assim como os profissionais que aportam suas experiências e a nossos parceiros, empresas privadas e instituções que compartilham sua tecnologia. Nos despedimos desejando que Deus abençoe suas famílias e trabalhos. Com afeto.
Produção Arte-final, Diagramação e Capa
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Domingo Yanucci Diretor Executivo
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SUMÁRIO
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04 Boletim de Monitoramento Agrícola – CONAB 17 Armazenagem de Precisão - Tendências tecnológicas – NBRtec 20 3 benefícios de utilizar o sistema RR 500 ECO na impermeabilização do silo – Saneplan 22 Silo Bolsa, trabalho com segurança - AGRO ADHESIVO – Rivamar 25 A verdade em números – Eng. Domingo Yanucci 30 Buscando Novas Respostas para Questões Antigas– Osvaldo J. Pedreiro 32 Perdas e quebras tecnicas - Limpeza e secagem de grãos - Eng. Domingo Yanucci 36 SHERIFF – Garten 38 CoolSeed News 40 Utilíssimas Críticas e Sugestões: diretoria@graosbrasil.com.br NOSSOS ANUNCIANTES
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Boletim de Monitoramento Agrícola Produtos e período monitorado: Cultivos de Verão – Safra 2020/2021
S E Na primeira quinzena de janeiro de 2021 houve chuvas em praticamente todas as regiões em produção do país, favorecendo os cultivos de verão que se encontram majoritariamente em floração e enchimento de grãos. Mesmo com a irregularidade das precipitações em algumas regiões, o armazenamento hídrico no solo foi satisfatório. No Rio Grande do Sul e em partes da Bahia houve uma melhora no final do período. Em todas as regiões produtoras há uma predominância de anomalias positivas do Índice de Vegetação (IV), devido à boa condição das lavouras e ao atraso no plantio da safra atual em alguns estados. Mapa das condições das lavouras nas principais regiões produtoras de grãos
O presente monitoramento constitui um produto de apoio às estimativas de safra, análise de mercado e gestão de estoques da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O enfoque consiste no monitoramento da safra de grãos nas principais reRevista Grãos Brasil - Janeiro / Fevereiro 2021
giões produtoras do país. O propósito do monitoramento é avaliar as condições atuais das lavouras em decorrência de fatores agronômicos e eventos climáticos recentes, a fim de auxiliar na estimativa da produtividade. As condições das lavouras são analisadas através do monitoramento agrometeorológico e espectral, em complementação aos dados de campo, que resultam em diagnóstico preciso, auxiliando no aprimoramento das estimativas da produção agrícola obtidas pela Companhia. A seguir é apresentado o monitoramento agrícola das principais regiões produtoras do país, através da análise de parâmetros agrometeorológicos e espectrais, com foco nos cultivos de verão – Safra 2020/2021, durante o período de 01 a 15 de janeiro de 2021. Na primeira quinzena de janeiro de 2021 houve chuvas em praticamente todas as regiões em produção do país, favorecendo os cultivos de verão que se encontram majoritariamente em floração e enchimento de grãos. Os maiores volumes ocorreram em Minas Gerais, Goiás, Tocantins, Pará e Rondônia; e os menores no Rio Grande do Sul e em parte do MATOPIBA. Durante os primeiros cinco dias do mês, praticamente não houve precipitação no Rio Grande do Sul. As chuvas só retornaram com intensidade à região oeste do estado no final de primeira quinzena, amenizando o déficit hídrico causado pela irregularidade das chuvas desde o mês anterior. No MATOPIBA, houve períodos com pouca ou nenhuma precipitação principalmente em partes do sudoeste do Piauí e do oeste da Bahia. Mesmo com a irregularidade das precipitações em algumas regiões, o mapa da média diária do armazenamento hídrico no solo durante a primeira quinzena de janeiro mostra índices satisfatórios de umidade em praticamente todo o país, com exceção de parte do Rio Grande do Sul, do centro-sul e centro-norte da Bahia. Entretanto, mesmo nessas regiões, houve uma melhora no índice de umidade no solo no final do período.
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TECNOLOGIA
Figura 1 - Mapa das condições das lavouras nas principais regiões produtoras de grãos
Figura 2 - Precipitação acumulada de 1 a 5, de 6 a 10 e de 11 a 15 de dezembro de 2020.
Figura 3 - Média diária do armazenamento hídrico no período de 1 a 15 de dezembro de 2020.
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Figura 4 - Média diária do armazenamento hídrico nos períodos de 1 a 5, de 6 a 10 e de 11 a 15 de dezembro de 2020.
Região Centro-Oeste Os mapas de anomalia do Índice de Vegetação (IV) em relação à safra passada mostram uma predominância de anomalias positivas nos três estados. Isso se deve, principalmente, à boa condição das lavouras e ao atraso no plantio da safra atual. Na safra passada, nesse mesmo período, havia mais áreas em maturação e colheita,quando as lavouras apresentam redução do IV. Já na safra atual, a maior parte das lavouras encontra-se em enchimento de grãos, estádio em que o IV é mais alto. Nota se que no Mato Grosso as anomalias positivas são maiores, devido ao maior atraso no plantio. Consequentemente, nos histogramas das principais regiões produtoras de cada estado, observase um deslocamento mais acentuado à direita nas curvas da safra atual, em relação à safra anterior e à média histórica. Esse deslocamento deve-se ao maior percentual de áreas com alto IV, e refletem a quantidade de lavouras em enchimento de grãos e boas condições em cada ano safra. Percebe-se que no Mato Grosso do Sul, a diferença entre os anos safra é menor, não só pelo menor atraso, como também pelas condições climáticas menos favoráveis na safra atual após a implantação das lavouras, quando comparado aos outros dois estados. Os gráficos de evolução do IV das três regiões monitoradas mostram o atraso no plantio e no desenvolvimento das lavouras na safra atual, em relação à safra anterior e à média histórica, quando compara-se as curvas no período de início do desenvolvimento. No Mato Grosso e em Goiás, o Índice da safra atual começou a crescer mais tarde e permaneceu abaixo da safra anterior por mais tempo, quando comparado com o Mato Grosso do Sul. Atualmente o IV da safra atual encontra-se acima da safra anterior e da média histórica nas três regiões, e igualou ou ultrapassou o maior valor do índice da safra anterior. Esse pico maior do IV na safra atual não significa, necessariamente, um maior potencial produtivo. Como houve atraso, o plantio da safra atual ocorreu em uma janela de tempo menor, fazendo com que mais áreas estivessem em um mesmo estádio no mesmo período. Portanto, o pico do IV na safra atual maior do que na safra anterior pode estar relacionado a uma maior quantidade de áreas em enchimento de grãos, e não ao maior poten-
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cial produtivo das lavouras. Entretanto, pela evolução do Índice desde a emergência, é possível se ter uma previsão favorável de rendimento na safra atual nos três estados. Figura 5 - Mapas de anomalia do IV das lavouras de grãos em relação à safra passada.
Figura 7 - Gráficos de evolução temporal do IV.
Figura 6 - Gráficos de quantificação de áreas em função do IV (histogramas).
Região Sudeste No mapa de anomalia do Índice de Vegetação (IV) em relação à safra passada de Minas Gerais, principal estado produtor da região Sudeste, e nos histogramas das maiores regiões produtoras, observam-se uma predominância de áreas com anomalias positivas na região Noroeste e um equilíbrio entre as anomalias positivas e negativas no Triângulo/Alto Paranaíba. Isso se deve, principalmente, à boa condição das lavouras na safra atual. Revista Grãos Brasil - Janeiro / Fevereiro 2021
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Os gráficos de evolução do IV indicam um atraso na implantação e no desenvolvimento da safra atual na região do Triângulo, em função do crescimento mais lento do Índice no período de emergência e desenvolvimento das lavouras. Já na região Noroeste, o IV da safra atual evoluiu acima da safra passada desde o início do desenvolvimento. Em ambas, os gráficos sugerem uma safra atual igual ou melhor do que a safra passada, o que tem sido corroborado pelos dados de campo.
Figura 10 - Gráficos de evolução temporal do IV.
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Figura 8 - Mapas de anomalia do IV das lavouras de grãos em relação à safra passada.
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Figura 9 - Gráficos de quantificação de áreas em função do IV (histogramas).
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Região Sul Os mapas de anomalia do Índice de Vegetação (IV) em relação à safra passada mostram uma maior quantidade de áreas com anomalias positivas nos três estados. Isso se deve à recuperação no desenvolvimento das lavouras de soja e milho a partir de dezembro, quando as precipitações voltaram a ocorrer com regularidade. Além disso, em função do atraso no plantio da safra atual no Paraná, áreas onde as lavouras já se encontravam em maturação na safra anterior, na safra atual ainda estão em enchimento de grãos, o que resulta em anomalias positivas do IV. O histograma da região Oeste Paranaense mostra que 43,2% das áreas na safra atual encontram-se na faixa de altos valores do IV, representada principalmente pelas áreas em enchimento de grãos. Na safra passada esse percentual era de 21,2%. Já no Norte Central, a situação é inversa: 26,6% na safra atual, contra 30,6% na safra anterior. Nesse caso, as chuvas não chegaram a tempo de recuperar lavouras afetadas pela falta de chuvas nos meses anteriores, o que continua resultando em anomalias negativas do IV em parte da região. No Oeste Catarinense o histograma mostra uma condição similar entre a safra atual e a anterior. Enquanto que, no Noroeste Rio-Grandense, a safra atual apresenta uma distribuição de áreas em função do valor do IV melhor do que na safra passada, em função das condições climáticas favoráveis a partir de dezembro. Na safra passada, faltou chuva nesse período, o que impactou a soja no momento crítico da produção, quando a maior parte das lavouras encontrava-se em floração e enchimentode grãos. Os gráficos de evolução do IV das principais re-
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giões produtoras de cada estado mostram que o índice da safra atual ficou abaixo da safra anterior e da média histórica durante praticamente todo o estádio de desenvolvimento das lavouras de soja. Em dezembro, no entanto, houve uma recuperação no crescimento do IV da safra atual, chegando a alcançar ou superar o Índice da safra anterior em algumas regiões. No Norte Central Paranaense e no Oeste Catarinense o IV da safra atual encontra-se atualmente bem próximo ao da safra passada. Já no Oeste Paranaense e no Noroeste Rio-Grandense, a média ponderada do Índice da safra atual encontra-se até 12% acima da safra anterior, superando até o maior valor do índice da safra passada no Oeste do Paraná. Vale ressaltar que esse pico maior do IV no Oeste Paranaense também está relacionado ao aumento na área de soja e à concentração do plantio, em função do atraso no início da semeadura da safra atual. E que a maior diferença entre a safra atual e a anterior no Noroeste Rio-Grandense deve-se ao impacto que a safra anterior sofreu pela de chuvas em dezembro/19 e janeiro/20.
Figura 13 - Gráficos de evolução temporal do IV.
Figura 11 - Mapas de anomalia do IV das lavouras de grãos em relação à safra passada.
Principais regiões produtoras de trigo Figura 14 - Gráficos de quantificação de áreas em função do IV (histogramas)
Principais regiões produtoras de soja Figura 12 - Gráficos de quantificação de áreas em função do IV (histogramas)
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Figura 15 - Gráficos de evolução temporal do IV.
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TECNOLOGIA Figura 17 - Gráficos de quantificação de áreas em função do IV (histogramas)
MATOPIBA Os mapas de anomalia do Índice de Vegetação (IV) em relação à safra passada e os histogramas mostram uma predominância de áreas com anomalias positivas nos quatro estados. Isso se deve às condições climáticas mais favoráveis nesta safra em relação à anterior, quando as lavouras foram afetadas pela falta de chuvas em novembro e dezembro de 2019, principalmente, no Sudoeste Piauiense e no Extremo Oeste Baiano. Os gráficos de evolução do IV mostram um crescimento mais lento do índice da safra atual no período de implantação e início do desenvolvimento das lavouras no Sul Maranhense e na região Oriental do Tocantins, quando comparado à safra anterior, em função de um pequeno atraso na semeadura. Já no Sudoeste Piauiense e no Extremo Oeste Baiano, o IV da safra atual evoluiu acima da safra anterior e da média histórica durante praticamente todo o período desde a emergência das lavouras. Atualmente, o IV da safra atual encontra-se ligeiramente abaixo ou até 16% acima da safra anterior nas regiões monitoradas. Entretanto, nota-se em todas elas uma desaceleração no crescimento do Índice da safra atual na última quinzena, devido ao estádio das lavouras e ao impacto que a irregularidade das chuvas causou principalmente em lavouras do Piauí e da Bahia. Figura 16 - Mapas de anomalia do IV das lavouras de grãos em relação à safra passada.
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TECNOLOGIA Figura 18 - Gráficos de evolução temporal do IV.
Milho Primeira Safra No Rio Grande do Sul o retorno das chuvas em bons volumes contribuiu para a evolução da semeadura e o desenvolvimento das plantas. O efeito do estresse hídrico foi atenuado, em algumas regiões produtoras, principalmente nas lavouras que se encontravam em fases anteriores à floração e enchimento de grãos. Nas regiões Noroeste e no Planalto Médio, nas lavouras que entraram no estádio reprodutivo durante o período de estiagem, os danos são irrecuperáveis. Em Santa Catarina as chuvas trouxeram um alívio para os cultivos. O plantio está concluído e algumas áreas que semearam mais cedo já começaram a colheita. Vale destacar o registro de dano
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econômico em algumas lavouras em razão da incidência de doenças como o enfezamento e a virose da risca, ambas relacionadas ao ataque do seu vetor que é a cigarrinha do milho (Dalbulus maidis). Essas perdas ainda serão contabilizadas, mas já há um indicativo de redução no potencial produtivo da cultura. No Paraná as chuvas ocorridas nas últimas semanas foram benéficas para atenuar o estresse hídrico, porém algumas lavouras já estavam em fases mais avançadas de seu desenvolvimento e não conseguiram recuperar seu potencial produtivo. Expectativa para início da colheita em fevereiro de 2021. Em Minas Gerais as lavouras apresentam boas condições, com a maioria delas atingindo a fase de floração e enchimento de grãos. Em São Paulo, a semeadura está concluída e as lavouras estão apresentando bom desenvolvimento, favorecidas pelas condições climáticas mais adequadas. As lavouras, majoritariamente, estão em estádio de floração, que é um dos períodos mais críticos dentro do ciclo da cultura. Em Goiás as lavouras estão em fase de floração e enchimento de grãos. Atualmente, as plantas apresentam boas condições, mesmo após o estresse hídrico sofrido no início do ciclo. A retomada das precipitações auxiliou na recuperação dessas lavouras. Na Bahia, a semeadura está em fase final. A escassez de chuvas trouxe adiamento das operações de plantio e dificuldades no desenvolvimento das plantas, especialmente por estresse hídrico (principalmente no Centro-Sul e Centro-Norte do estado). No Extremo Oeste baiano, as chuvas do final da primeira quinzena de janeiro geraram maior acúmulo de umidade nos solos e isso ajudou a recuperar parte do potencial produtivo das lavouras. Soja No Mato Grosso a colheita foi iniciada, ainda que de forma pontual, com a execução das operações em algumas lavouras irrigadas de ciclo precoce. De forma geral, a cultura tem demonstrado bom desenvolvimento e apresentado boas condições fitossanitárias. Maior parte das lavouras em fase de enchimento de grão. No Mato Grosso do Sul as lavouras apresentaram boa recuperação (após um período de estresse hídrico no início do ciclo) depois da retomada das chuvas, especialmente no centro-sul do estado. A umidade disponível no solo está mais adequada e isso tem favorecido o desenvolvimento da cultura. Atualmente, as lavouras estão, majoritariamente, em enchimento de grãos. Em Goiás grande parte das lavouras está na fase de enchimento de grãos. Até o momento, apresentam boas condições de desenvolvimento. Em Minas Gerais, as condições climáticas estão favoráveis ao desenvolvimento da cultura e www.graosbrasil.com.br
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isso tem propiciado lavouras em boas condições. Atualmente, a maior parte delas está em fase de floração. Em São Paulo a colheita da soja começou, mesmo que de maneira incipiente, alcançando pequenas áreas no leste do estado. De forma geral, as condições atuais são consideradas favoráveis e as lavouras estão apresentando bom desenvolvimento. No Paraná, as condições climáticas registradas em 2021 têm sido mais favoráveis, se comparadas àquelas verificadas no início do ciclo. As chuvas estão mais constantese as temperaturas mais ame nas, propiciando bom desenvolvimento da cultura. Em Santa Catarina as chuvas estão ocorrendo em níveis satisfatórios e há maior acúmulo de umidade nos solos, de modo geral. Isso beneficia a cultura, especialmente as lavouras que estão em fases mais críticas do ciclo, com maior demanda hídrica. No Rio Grande do Sul a semeadura está finalizada e se beneficiou das melhores condições climáticas, especialmente no quesito pluviométrico. Atualmente, a maioria das lavouras está em fase de desenvolvimento vegetativo. No Maranhão, na região sul maranhense, o plantio já foi finalizado. Nas demais regiões produtoras,
Revista Grãos Brasil - Novembro / Dezembro 2020
a semeadura segue acontecendo, porém dentro do cronograma esperado, visto que o estado tem uma semeadura mais tardia em comparação ao Centro-Sul do país. As lavouras, até o momento, estão em boas condições. Em Tocantins a semeadura está encerrada, com lavouras apresentando bom desenvolvimento, até o momento. Na Bahia o plantio está finalizado e as lavouras têm apresentado bom desenvolvimento. Atualmente, a maior parte da cultura está em fase de enchimento de grão.
Armazenagem de Precisão Tendências tecnológicas
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Se compararmos a evolução tecnológica no segmento da pós-colheita, mais especificamente na armazenagem e conservação de grãos, com as demais tecnologias disponíveis no segmento da produção agrícola ao longo dos últimos 50 anos, facilmente percebemos que no campo os avanços foram expressivamente maiores.
A evolução tecnológica presenciada na mecanização agrícola e, mais recentemente, a integração de tecnologias que tornaram possível a conectividade das máquinas, trazendo assim uma nova possibilidade de gestão, baseada na inteligência artificial, contribuiu para aumentar o já notável abismo tecnológico entre o campo e o setor de pós-colheita. Hoje a agricultura de precisão é uma realidade que vem se fazendo cada vez mais presente no campo e se tornou sinônimo de inovação constante, alta produtividade e competitividade. Já não é mais um “luxo” de grandes produtores e sim uma necessidade para quem deseja maior produtividade e otimização de recursos. Sua presença já alcança as lavouras de pequenos agricultores, e seus benefícios se consolidam a cada nova safra. Contamos, no agro brasileiro, com máquinas agrícolas equipadas com tecnologia de ponta, possibilitando uma infinidade de recursos, visando o aumento da produtividade e rentabilidade no campo, entretanto quando adentramos na fase pós-colheita, no momento de tratarmos e preservarmos os resultados obtidos por meio de tantos
investimentos na lavoura, percebemos com facilidade o atraso tecnológico na grande maioria das propriedades e unidades armazenadoras. Esse atraso tecnológico vivenciado ao longo de anos no pós-colheita se mostrou, no entanto, uma grande oportunidade de inovação, especialmente com os eventos da quarta revolução industrial, ou a indústria 4.0, onde empresas vêm apostando alto em tecnologias para Armazenagem de Precisão através do que denominam agroindústria 4.0 num esforço significativo para trazer ao segmento do pós-colheita ferramentas que permitam uma gestão focada em rentabilidade e máxima redução de perdas de produto nos silos e armazéns. Nesse contexto, sistemas de termometria e automação de aeração, ferramentas fundamentais para a manutenção e preservação da qualidade dos grãos armazenados, passaram a ser vistos sob uma nova ótica. Se nos últimos 50 anos esse era um recurso que tinha sua atuação de forma passiva e corretiva, agora, com os adventos da Indústria 4.0, as empresas e equipes de engenharia se empenham por soluções que atuem de forma ativa e preventiva. www.graosbrasil.com.br
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O foco da gestão deixou de ser exclusivamente defensivo, na correção de eventos já ocorridos, e passou a atuar de forma preventiva, conduzindo e moldando os eventos futuros, maximizando os resultados e minimizando a ocorrência de perdas. Percebeu-se que o modo de efetuar o controle e monitoramento na armazenagem de grãos não apresentava ferramentas e recursos que tornassem possível uma gestão estratégica da atividade, obrigando sempre os operadores a uma atuação defensiva. Essa limitação dos sistemas e tecnologias disponíveis até então tornava o controle deficiente, comprometendo a eficácia operacional do manejo da armazenagem de grãos. Rapidamente se percebeu que, para uma Armazenagem de Precisão, apenas o monitoramento passivo de temperaturas da massa de grãos não seria suficiente. A forma de automação e atuação dos sistemas também deveria passar por melhorias e possibilitar novos recursos. Constatando essa deficiência e percebendo a necessidade de modernização no segmento, fabricantes de equipamentos e soluções em pós colheita concentraram seus esforços na busca por inovação tecnológica que tornasse possível trazer para a armazenagem de grãos uma gama maior de recursos de modo a viabilizar o surgimento da Armazenagem de Precisão. Essa inovação vem ocorrendo em duas frentes simultaneamente. Nos silos podemos ver novas tecnologias de monitoramento, como a aplicação de sensores eletrônicos digitais (ver figura 01) que permitem medições mais precisas e rápidas, além de viabilizarem também o monitoramento da umidade, grandeza que até então não era possível ser medida por meio dos sensores convencionais do tipo termopar. Figura 1 - Sensor eletrônico digital de temperatura
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Essa nova tecnologia de monitoramento tornou possível uma série de controles da massa de grãos, especialmente pelo fato de possibilitar o monitoramento da umidade, uma grandeza fundamental e que possui impacto direto sobre inúmeros fatores inerentes ao ecossistema formado pela massa de grãos. Graças a essa nova possibilidade, hoje podemos monitorar o comportamento dos grãos de forma mais assertiva, além de ser possível maior controle sobre a ação de microrganismos e pragas, uma vez que sua atividade pode ser controlada por meio do correto manejo de temperatura e umidade intersticial da massa. Na área de software e automação, a inovação se dá na aplicação de ferramentas e conceitos de Data Analytics (ver figura 02) vindos da Internet das Coisas, Big Data, Machine Learning, Business Intelligence, Nuvem e Artificial Intelligence, que permitem formas de gestão até então pouco prováveis. Esse conjunto de ferramentas torna possível a captação e estruturação de dados de forma estratégica, de modo que podemos monitorar, aprender e antecipar situações, com base em dados históricos, tornando o processo decisório mais estratégico. Explicando esses avanços de forma simples, podemos dizer que a Armazenagem de Precisão tem hoje sua operação fundamentada na análise de dados e informações estratégicas, visando permitir ações preventivas, antecipando situações e evitando perdas, enquanto os sistemas de monitoramento convencionais atuam de forma passiva, apenas apresentando dados e tomando ações corretivas. Basicamente, enquanto os sistemas de monitoramento convencionais detectam problemas e tomam ações de correção, as ferramentas de Armazenagem de Precisão atuam para evitar a sua ocorrência. Daí esse conceito de atuação ativa e preventiva. Essas inovações que permitem a Armazenagem de Precisão são fundamentadas em análise, cruzamento e tratamento de dados vindos da massa de grãos, históricos climáticos e fisiologia dos grãos, suas características e comportamento. Além disso, a tecnologia permite a inserção de dados e recursos de modo a viabilizar o monitoramento de outras variáveis inerentes à armazenagem de grãos como, por exemplo, condições favoráveis ao desenvolvimento e proliferação de pragas. Tendências de aquecimento da massa de grãos, quebra técnica, quebra de umidade, desenvolvimento e proliferação de pragas são algumas das possibilidades onde a armazenagem de precisão pode atuar de forma preventiva. O tratamento de dados e o uso estratégico de informações orientadas para a conservação da qualidade de grãos, a possibilidade de geração de bancos de dados gigantescos em nuvem (Cloud)
TECNOLOGIA Figura 2 - Data Analytics
cria um aparato tecnológico em torno da pós-colheita que permite agregar uma série de ferramentas de gestão, as quais podem ser customizadas de acordo com cada cliente. É possível comparar os sistemas de Armazenagem de Precisão a um “GPS”, onde uma vez definido nosso objetivo final para a massa de grãos podemos, com base nas informações da situação atual, obtermos tendências de eventos futuros que nos permitam ações antecipadas, de forma preventiva, maximizando os resultados e reduzindo ao máximo a ocorrência de perdas. Além das ferramentas e recursos direcionados ao monitoramento e condução do manejo da armazenagem, vale frisar que a possibilidade de conectividade dos equipamentos e máquinas ligadas ao processo de beneficiamento de grãos pré armazenamento, pode permitir a captação e análise de dados que tornem possível análises bastante complexas quanto a operação de uma unidade armazenadora de uma forma global. Esse tipo de integração de tecnologias e ferramentas cria possibilidades de mapeamento de todo o processo de pós-colheita, de modo que seja possível, no futuro, identificar falhas, corrigir e adequar processos operacionais de acordo com resultados que se pretenda alcançar no final da cadeia. É necessário reconhecer, no entanto, que a Armazenagem de Precisão está ainda nos seus primeiros passos. Podemos vislumbrar ainda grandes avanços tecnológicos num futuro bem próximo. Esse crescimento e inovação tecnológica dependerá, principalmente, de uma aproximação cada
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vez maior entre empresas de criação de tecnologia, profissionais de segmento pós-colheita, das áreas da agronomia e engenharia agrícola, bem como da administração. A busca por inovação não depende exclusivamente do aprimoramento tecnológico oferecido por fabricantes de sistemas e soluções, mas de uma cooperação entre várias frentes, de modo a unir tecnologia, gestão estratégica, conhecimento técnico e operacional de campo em prol de um objetivo comum. Temos pela frente um mar de oportunidades para fazer da Armazenagem de Precisão uma realidade cada vez mais presente na pós-colheita, contribuindo para o desenvolvimento e fortalecimento do agronegócio brasileiro. Estamos só no começo.
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3 benefícios de utilizar o sistema RR 500 ECO na impermeabilização do silo
Aumente a qualidade dos seus grãos com um armazenamento livre de umidade
Assegurar as melhores condições de armazenamento dos grãos é fundamental para garantir a rentabilidade da safra e evitar os prejuízos na pós-colheita. “A premissa básica da pós-colheita de grãos é conservar os mesmos: sãos, secos, limpos, frios, com manejo eficiente, sem afetar o meio ambiente e cuidando da sua qualidade especifica”, afirma o engenheiro agrônomo Domingo Yanucci, no livro Manejo Integrado de Pragas Pós-Colheita. De acordo com pesquisa do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) os prejuízos de qualidade e quantidade que ocorrem na pós-colheita de grãos são causados principalmente pela presença de contaminantes de natureza biológica, física e química. O que afeta aproximadamente 10% da produção nacional. Um dos principais vilões nessa etapa de produção é a umidade, responsável pela geminação precoce do grão e o surgimento de fungos e insetos. Esses problemas diminuem não apenas a qualidade do produto, como o seu valor no mercado e pode levar até a perda parcial ou total de uma colheita. Por isso, é fundamental investir em uma impermeabilização de qualidade do silo, para garantir a estanqueidade desse local e evitar perdas. Uma solução para a vedação do silo é o sistema RR 500 ECO, composto pelo Impermeabilizante Hard RR 500 ECO, a Tela Estruturante de Reforço Revista Grãos Brasil - Janeiro / Fevereiro 2021
para Impermeabilizações Flexfelt e o Selante RR 500 ECO. Para você conhecer esta linha, abaixo três características que farão toda a diferença na impermeabilização do seu silo e consequentemente na armazenagem da sua colheita. Previne a corrosão dos parafusos e elimina a infiltração nesses pontos Parafusos expostos a intempéries e sem nenhum tipo de proteção são a porta de entrada para inúmeras patologias, principalmente a corrosão. Além disso, quando instalados incorretamente, seja por causa do aperto excessivo ou insuficiente, podem causar pontos de acúmulo de água, oxidação da chapa e o comprometimento da arruela de vedação. Aumentando assim as chances de infiltrações. Por isso, é tão importante garantir a vedação desses pontos considerados críticos. Com o Selante RR 500 ECO, é possível encapsular a cabeça do fixador e protege-lo da corrosão, uma vez que apresenta excelente resistência a intempéries. Esta solução também pode ser usada em reparos, ou seja, não é mais necessário trocar o parafuso que apresentou algum tipo de problema, basta utilizar este selante na manutenção. Outro benefício é que ele protege até os fixadores instalados incorretamente, tornando quase nulas as chances de um problema começar nesses pontos.
TECNOLOGIA
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Rende até 200 parafusos por sachê e, em sua formulação, não tem nenhum tipo de solventes, isocianatos e estirenos, sendo amigável ao meio ambiente. Disponível nas cores branco e cinza, testes comprovam sua alta resistência a raios solares, névoa salina e chuva ácida. Redução da temperatura da telha Um dos maiores benefícios do Impermeabilizante Hard RR 500 ECO é a sua refletância térmica, que pode chegar até a 89% dos raios solares. Sendo assim, ao utilizar esta solução no silo, é possível diminuir a temperatura interna do local e, consequentemente, reduzir o uso do sistema de ventilação, garantindo uma economia nas despesas com a energia elétrica. Em uma aplicação em um silo de uma fazenda no Mato Grosso do Sul, a redução da temperatura chegou a 25%. Além de diminuir os custos com a ventilação, é uma contribuição a mais para o controle preventivo de pragas e a garantia de qualidade da colheita. Uma vez que o aumento da temperatura pode ocasionar um rápido processo de deterioração da safra, pois pode estar ligado ao teor irregular de água dos grãos e ao ataque de fungos. Diminua custos com manutenção Todo o sistema RR 500 ECO passa por testes internos de resistência a raios solares, chuva ácida e névoa salina, a fim de atestar a qualidade e garantir a alta resistência dos produtos. Sendo assim, a vida útil do substrato poder aumentar em até 15 anos, pois estará protegido contra a corrosão e infiltrações. Com isso, manutenções frequentes não são mais necessárias, oferecendo em longo prazo um melhor custo e benefício. Além de serem feitas em intervalos maiores de tempo, essas manutenções serão mais rápidas, porque estes produtos foram desenvolvidos para terem uma aplicação ágil e fácil. Já vem prontos para o uso e têm os menores tempos de cura entre demãos e final, respectivamente, duas e 48 horas.
Além de produtos de qualidade, contar com empresas especializadas na aplicação desses itens é fundamental para garantir a longevidade da vedação. Uma dessas empresas é a Saneplan, dos quais um dos serviços oferecidos é o de impermeabilização. Com mais de 30 anos de história e atuação em todo o Brasil, a Saneplan tem experiência com o sistema RR 500 ECO. Dessa forma, é possível aliar uma mão de obra especializada e uma impermeabilização 100% estanque para garantir uma safra protegida e rentável.
A Saneplan atua na área de impermeabilização, recuperação de estruturas, isolamento térmico e acústico e tratamentos de juntas de dilatação. Com mais de 2.300.000 m² de obras executadas, tem como principal objetivo levar soluções técnicas e eficientes para seus clientes, a fim de prolongar a vida útil dos empreendimentos.
Conte com parceiros comprometidos com a qualidade Com 35 anos de história, o Grupo Hard é comprometido com a qualidade, tem altos níveis de estoque com 100% de rastreabilidade e a missão de facilitar o dia a dia dos clientes com soluções inovadoras. Além de oferecer um mix completo de produtos, todas as linhas cumprem normas de qualidade nacionais e internacionais. Ou seja, utilizar os produtos Hard é o primeiro passo para levar mais qualidade, durabilidade e eficiência para o canteiro de grandes obras, residências e silos. www.graosbrasil.com.br
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ARMAZENAGEM
Silo Bolsa, trabalho com segurança AGRO ADHESIVO
Queremos apresentar para vocês o primeiro sistema exclusivamente desenhado para a reparação e fechamento dos silos bolsa, o que permite guardar neles a produção de maneira hermética e mais segura.
AGRO ADHESIVO foi apresentado como novidade no Primeiro Congresso Internacional de Silo Bolsa, dedicado exclusivamente a ensinar e melhorar as práticas de armazenagem hermético em bolsa. O sistema é composto basicamente de três produtos: • AGRO ADHESIVO – Remendo. Desenhado para reparações pontuais e pequenas, produzidas por amostragem, inspeções, golpes, cortaduras, perfurações para rede de monitoramento, etc. • AGRO ADHESIVO – Fita de reparações. Desenhada para reparações de dimensões medianas ou grandes, de formas irregulares que geram uma perda importante de produção e putrefação imediata dos grãos. Estas rupturas podem ser geradas por golpes de maquinas, roedores, granizo, investidas de animais, etc. • AGRO ADHESIVO - Fita de fechamento. Estes produtos forem desenhados para fechar o extremo inicial e final de qualquer tipo de bolsa de maneira hermética, prática, simples e segura, brindando uma importante poupança na utilização da bolsa além de vedação e permitindo uma maior capacidade de armazenagem. O princípio de funcionamento de cada um dos componentes é o mesmo e se baseia em selar firmemente a bolsa mediante um sistema de adesivo rápido e eficiente e permanece intacto durante o ciclo de conservação da produção armazenada. O adesivo se produz de maneira instantânea, e somente precisa contar com uma superfície seca e limpa e um pressionado posterior da superfície sem elemento mais complicado que a utilização da mão. Uma vez colocado suporta perfeitamente as inclemências climáticas da mesma maneira que o faz a bolsa. Revista Grãos Brasil - Janeiro / Fevereiro 2021
Eng. Fabián A. López Rivamar S.A. www.rivamarsa.com info@rivamarsa.com
ARMAZENAGEM Está composto de uma borracha especial sumamente elástica, adesiva e completamente atóxica que foi desenhada para acompanhar os movimentos de dilatação e contração da bolsa, devido às variações de temperatura. Por suas características de desenho, os componentes do sistema AGRO ADHESIVO incrementam sua aderência com o calor, o sol e o passar do tempo. Conhecendo a importância que tem, para o adequado cuidado da produção no armazenamento em silo bolsa, conservar os grãos secos, evitar que se humedeçam e deteriorem, impossibilitar o ingresso de agua, pó, insetos ou qualquer sustância prejudicial, foi nosso principal desafio quando trabalhamos em o desenvolvimento do produto. Características e forma de uso: AGRO ADHESIVO – Remendo • Características: Trata-se de um produto de borracha sobre filme de polietileno, coberto com papel siliconado. • Forma de uso: Basta identificar a perfuração, limpar e secar a área no caso necessário. Retirar o papel siliconado do remendo e colocar de maneira tal que deixe a perfuração completamente coberta. Passar um pano, ou a mão, para pressionar firmemente e com elo o trabalho fica terminado e o silo perfeitamente reparado. • Vantagens: Aderência imediata, fácil aplicação, flexibilidade, rapidez e, fundamentalmente, “segurança de vedação e durabilidade”.
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AGRO ADHESIVO – Fita de Reparação • Características: Se trata de uma fita adesiva de borracha enrolada sobre papel siliconado que, bem colocada, assegura uma excelente vedação. • Forma de uso: é suficiente com identificar as rupturas, limpar e secar as áreas ao redor, desenrolar a quantidade necessária de fita de reparação para fixar as proximidades dos contornos. As uniões entre fitas se fazem por simples sobreposições. Uma vez colocadas se pressiona e retira o papel siliconado. Posteriormente se coloca um pedaço de bolsa já utilizada que cubra a totalidade da ruptura. Determinado o tamanho do polietileno a colocar, retirar o papel siliconado e pressionar firmemente ao longo de toda a fita colocada. Posteriormente e com a intenção de deixar correta a reparação, cortar o polietileno sobrante. • Vantagens: Repara quase qualquer tipo de ruptura com aderência imediata, facilidade de uso, rapidez e, fundamentalmente, “segurança de vedação e durabilidade”
AGRO ADHESIVO – Fita de Fechamento • Características: Se trata de uma fita adesiva de borracha enrolada sobre papel siliconado que, bem colocada, assegura excelente selado e vedação. • Forma de uso: Se limpa e seca se fosse necessário, o extremo inicial interno da bolsa antes de iniciar o enchimento, se vai desenrolando a medida que seja necessário a fita de fecha-
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ARMAZENAGEM mento, pressionando-a até chegar ao outro extremo da boca. Se vai retirando o papel siliconado e fechando a boca. Pressiona-se pisando a bolsa, se dobra para dentro e inicia com o embolsado. Para o extremo final se procede de maneira similar. • Vantagens: Realizam-se fechamentos de maneira mais segura, muito prática, veloz e económica assegurando um nível de vedação de excelência, sejam qual for o tamanho da bolsa e o produto a embolsar. “Apenas é necessário contar com dos rolos de fita de fechamento e um pano”. Não requer energia, nenhum equipamento ou elemento adicional.
A linha AGRO ADHESIVO e seus derivados também tem aplicação em sistemas de canalização e cisternas de agua, como assim também de contenção de resíduos e qualquer tipo de reparação de sistemas que use plástico. Os produtos AGRO ADHESIVO são fabricados por Rivamar S.A. Empresa Argentina, que se dedica ao desenvolvimento, produção e venda, tanto no mercado nacional como de exportação, de tecnologia de Adesivos, Seladores, poliuretanos e plásticos para sol.
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DETALHES DE CONTATO NO BRASIL: Tel: (+55) 11 29857935 WhatsApp: (+55) 11 9 8153 0003 Mail: vendas_sp@tracbras.com.br - Web: https://www.rivamarsa.com/br Info de nuestras redes:
A verdade em números
RESFRIAMENTO
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No nosso setor podemos encontrar diferentes níveis de empresas: as tradicionais, as tecnificadas, as que já se encontram num nível de precisão, dentre outras, cada uma vive ou sobrevive em seu nível de eficiência.
Eng. Domingo Yanucci Consulgran / Granos / Grãos Brasil diretoria@graosbrasil.com.br
Além disso, as realidades variam de acordo com as regiões climáticas, tipos de grãos, sistemas de comercialização, o tamanho das instalações, principalmente No entanto, das latitudes mais meridionais da América aos Estados Unidos da América, temos uma vasta experiência com refrigeração. É por isso que, desta vez, tentaremos expressar essa tecnologia em números. Sabemos que o objetivo do Pós-colheita comercial é obter rentabilidade e poder oferecer ao mercado um produto de qualidade. Neste sentido, temos vários aspectos que são facilmente quantificáveis. Vamos identificar alguns deles. Então você em suas situações, grãos e indústrias poderão ajustar os cálculos e analisar os aspectos não quantificáveis. Veremos os cálculos baseados em uma tonelada considerando os valores médios Custo de refrigeração: O gasto se resume basicamente no uso de energia elétrica, que é de 3 a 4 kWh/t. Tomando um valor médio de Kw/h de 0,50 R$, temos uma despesa de refrigeração por tonelada de 1,5 a 2 R$/t. Em alguns países, o KWh é de 0,25 e em outros de R$ 0,75. Em todo caso estamos falando de um custo muito baixo.Na pós-colheita
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RESFRIAMENTO
de grãos apenas operações como movimentação e limpeza podem ter um custo menor. O expurgo pode custar o dobro, secar 7 vezes mais, etc. Perda de peso (MS) por respiração: Sabemos que a perda de peso durante o armazenamento é inevitável, por isso temos que ter uma quebra tecnica para compensar ou em alguns países é cobrada em dinheiro para compensar a perda de peso. Para cada redução de 5oC, a perda de peso (respiração do grão e microflora) cai pela metade. É por isso que se conseguirmos armazenar a 10oC menos que o normal, a perda só chega a ¼ do normal. Para quantificar, devemos definir um tempo de armazenamento e o valor de uma tonelada. Para este cálculo tomaremos 100 dias e um valor de R$ 1500 (sabemos que hoje temos grãos especiaes que estão a R$ 2500/t e algumas especialidades ou sementes que estão a R$ 4000/t). Uma baixa sem refrigeração: 0,008% por dia e t, em 100 dias totalizam 0,8% de 1500 R$, temos 12 R$/t (estimativa baixa) Perda com refrigeração: 0,0025% ao dia, para o grão em questão 3,75 R$/t. Diferença a favor: 8,25 R$/t Controle de pragas: Neste caso, podemos encontrar várias alternativas. Por exemplo, no caso do uso de agrotóxicos residuais, o custo da dose cai pela metade e no caso do expurgo, o tratamento fica reduzido a apenas um controle, no pior caso. No caso de serem usados resíduos, o custo por tonelada diminui em 1,5 R$ e para o expurgo em 2,5 R$/t. Para os objetos do cálculo podemos tomar um valor médio de 2 R$/t. Não estamos considerando as perdas de peso ou qualidade que as pragas implicam, porque sabemos que elas são controladas. No caso de os insetos pragas serem um problema, sem dúvida a refrigeração é uma ferramenta fantástica de controle. Não vamos considerar duas realidades neste caso, uma das demandas cada vez mais comuns para reduzir o uso de agroquímicos e as restrições que eles têm e os riscos principalmente para o aplicador. Secagem: Sabemos que quando não podemos baixar substancialmente a temperatura, a alternativa que temos é diminuir a umidade e melhorar a eliminação de corpos estranhos. Então o manuseio sem refrigeração tem duas implicações, a perda de peso (umidade abaixo da norma de comercialização) e o gasto com secagem. Se considerarmos 0,5% menos umidade, que é um valor muito conservador, estamos falando de Revista Grãos Brasil - Janeiro / Fevereiro 2021
7,5 R$/t (perda de peso devido à umidade) e para secar essa umidade um custo de secagem (principalmente combustível) de 1 R$/t. Somando esses dois aspectos sem refrigeração, o maior custo por tonelada é de R$ 8,50. Custos de aeração: Normalmente, quando a refrigeração não está disponível, a aeração é usada, por exemplo, para um silo de 1000t um ventilador de 7,5 HP. Isso implica um gasto de energia elétrica de: 7,5 HP x 0,75 x 0,75 x 0,5 R$/ KWh = 2,11 R$/hora Devemos multiplicar esse valor pelo tempo de uma TANDA (Tempo de Acionamento Necessario Da Aeração) ou dose, 120 horas por exemplo, e pelo número de dose. Para esta última consideração vamos falar de 3, um valor que normalmente está abaixo do usual no manuseio tradicional.
O custo da aeração seria: 0,76 R$/t Sabemos que o normal depois de 3 ou 4 meses de armazenamento que devido à aeração o granel perde umidade, armazenamos com 14% e retiramos com 13,5% em média, e isso é muito dinheiro contra a empresa responsável pela gestão, no entanto, não o consideraremos neste exemplo. Fungos e manuseio: Como a temperatura é mais baixa e a produção de água por respiração é menor, com o uso da refrigeração temos menos desenvolvimento de fungos e consequentemente menos possibilidade de produção de micotoxinas. Outro aspecto que também evitamos com a refrigeração é a frequente necessidade de manuseio (pasar um grão a outro depósito). Não vamos incluir esses dois aspectos na balança, mas eles são, sem dúvida, a favor da refrigeração.
MICOTOXINAS
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Figura 2 - Café mofado e contaminado com OTA.
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RESFRIAMENTO sementes, raçoes - uso em grãos com umidade uso para secagem combinada - etc.
Qualidade da mercadoria: Este é outro aspecto favorável da refrigeração. Porém, é difícil quantificar, no pior dos casos podemos identificar a preferência de um comprador pelo grão tratado com refrigeração e outras melhorias de preço. Também não vamos quantificar esse aspecto, mas é sempre a favor da refrigeração.
É claramente explicado porque aqueles com experiência em refrigeração não querem voltar ao manuseio tradicional. Outro aspecto que devemos comentar é o investimento necessário. Em termos gerais, para um armazén com capacidade estática de 20.000 t, o investimento é da ordem de 3%. Ou seja, 3% modifica o manuseio de, por exemplo, 60 milhões de reais por safra do dia para a noite. O investimento em uma máquina de refrigeração é pago em 1 a 2 safras. Neste caso analisamos o uso da refrigeração na conservação de um grão acondicionado por 100 dias, porém existem outros usos possíveis: uso em Revista Grãos Brasil - Janeiro / Fevereiro 2021
Você não pode apenas pensar em resfriar Claro que sabemos que o resfriamento é uma ótima ferramenta, mas precisa ser acompanhado por um pacote de tecnologia. Por exemplo, podemos citar: boa limpeza e tratamento do depósitos antes do armazenamento - classificação adequada da mercadoria (evitar misturas que dificultem a conservação), bom sistema de distribuição de ar - espalhadores adequados - bons exaustores - termometria adequada - sensor de ar servido - amostragem adequada, sistema de monitoramento e controle (SMC). E reservamos a recomendação mais importante para o final, a formação do time de trabalho. Nada é mais importante do que treinar quem tem esse capital em instalações e produtos em suas mãos. Não menos importante é a tecnologia de refrigeração em uso, para estas considerações contamos com as máquinas daCool seed que possuem milhares de equipamentos instalados em todos os países do nosso continente. Quem está em uma pós-colheita tradicional é hora de começar a medir, medir e aplicar a tecnologia disponível, passar para uma pós-colheita tecnificada e todos passarem para um pós-colheita de precisão onde alcançamos os melhores índices de eficiência e os melhores produtos, esses dois aspectos juntos podem garantir o sucesso em um mundo que sempre precisa de alimentos de qualidade.
ABRITRIGO
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COMERCIALIZAÇÃO
Buscando Novas Respostas para Questões Antigas
Na imagem acima vemos o fluxo de navios a caminho dos portos brasileiros: em busca de alimentos para o mundo A história é antiga, o Brasil seria o celeiro do mundo! A cada ano que passa temos observado a confirmação dessa profecia com mais precisão, pois independente do que se comenta no mercado (China x EUA) a melhor opção e a América do Sul e praticamente Argentina e Brasil são os países que ocupam o primeiro lugar em termos de abastecimento de alimentos para o mundo. Mesmo enfrentando sérios problemas de logística, de ambições políticas, de discussões internas entre direita e esquerda, nossas exportações a cada ano ganham novos patamares de embarques os mais diversos, desde vacinas para combater a pandemia do COVID-19 (é questão de dias para que o Instituto Butantã inicie as exportações) e os volumes extraordinários de soja, farelo de soja e milho que saem para o exterior através dos mais diversos portos nacionais. A imagem acima confirma o que se espera para o corrente ano/ safra. A tendência é aumentar o fluxo de navios vindo buscar alimentos, tendo a China como principal destino e Europa e Asia como um todo disputando quem leva mais. A seguir o resumo das exportações de 2020 segundo a ANEC: Revista Grãos Brasil - Janeiro / Fevereiro 2021
Oswaldro J. Pedreiro Novo Horizonte - Assessoria e Consultoria contato@nhassessoria.com.br
COMERCIALIZAÇÃO
As exportações de milho americano para a China extrapolou as previsões, com o total embarcado em janeiro de 2020 atingindo 7,52 milhões de toneladas. Apesar das noticias de quebra de produção na Argentina, e com as notícias de superprodução de grãos no Brasil mesmo com problemas de clima lo-
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calizados, tudo isso vem refletir a oscilação violenta nos preços internos aqui no Brasil, com as ofertas de milho e soja se avolumando à medida em que avança o ritmo de colheita. Se de um lado apesar dos problemas políticos, da inconstância no clima em geral, e assim mesmo tendo previsões de muita produção no mundo, a impressão que se tem é que a demanda está aberta, com tendências de aumentar ainda mais com a silenciosa, modesta mas crescente recuperação econômica no mundo alimentada pelo advento da vacina que promete salvar muitas vidas, tudo isso nos leva a esperar por um ano de excelentes oportunidades de negócio para o setor de agronegócios em todo o planeta. Espero que os políticos não atrapalhem, e Deus esteja sempre acima de tudo, sucesso pra todos vocês!...
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TECNOLOGIA
Perdas e quebras tecnicas Limpeza e secagem de grãos
Eng. Domingo Yanucci Consulgran / Granos / Grãos Brasil diretoria@graosbrasil.com.br
Revista Grãos Brasil - Janeiro / Fevereiro 2021
Normalmente, os grãos recém-colhidos devem passar por uma série de processos para serem armazenados ou comercializados. Pré-limpeza, limpeza, secagem, classificação, expurgo, mistura, etc. Países que possuem legislação vigente fazem uma série de quebras tecnicas (descontos por peso) sobre os grãos que o produtor entrega. Em alguns grãos ou regiões, a falta de uma legislação clara e justa ameaça uma negociação transparente, que não afeta negativamente nenhuma das partes envolvidas na negociação. Além das perdas, as normas de comercialização estabelecem uma série de descontos (redução de preço) para os grãos para compensar alguns defeitos de qualidade. Claro, bons sistemas de comercialização também consideram bônus, prêmios de qualidade, por exemplo, PH, proteína, etc. Tanto as quebras tecnicas, como descontos e bonificações ou prêmios, ocorrem antes do grão entrar na gestão da armazenagem (etapa de amostragem e pesagem) e referem-se à negociação entre o destinatário da mercadoria e o entregador (geralmente o produtor). Após esta etapa vem a gestão que implica necessariamente perdas, de diferentes magnitudes, algumas evitáveis e outras não. Aqui, o nível tecnológico do armazen define as perdas. Deste balanço entre as quebras tecnicas cobradas e as perdas sofridas, surge um resultado que pode ser positivo (geramos excedente) ou negativo (geramos déficit). Este deficit (falta de grãos) costuma ser bastante traumático e apresenta uma série de problemas, o
TECNOLOGIA primeiro é saber quais são ou suas origens. Já discutimos esse assunto em outras ocasiões. Nesta nota queremos resgatar as 2 formas que temos de estimar e/ou medir as perdas de peso devido à limpeza e secagem que são geradas na pós colheita. Uma forma muito intuitiva de estimar as perdas por limpeza é o cálculo da diferença de peso entre o grão com impurezas e o grão limpo, a fórmula que apresentaremos a seguir (1) também pode ser usada. Vejamos aqui que o termo perda não é usado de forma negativa, por exemplo a perda de peso pela eliminação de sementes de ervas daninhas ou o excesso de umidade, é uma perda positiva. A diminuição do peso atribuível à secagem artificial também pode ser determinada matematicamente ou pela diferença no peso do grão na entrada e na saída do secador. É claro que depois desses no próprio armazenamento há perdas, algumas delas são compensadas com quebras tecnicas e outras com a cobrança de serviços. A aeração inoportuna, o manuseio, a respiração do grão, o desenvolvimento de insetos e microflora, vertebrados (pássaros-roedores), tudo isso acarreta a perda de quilos de água e matéria seca (MS). No contexto do armazenamento de grãos, as diferenças de peso e qualidade são extremamente importantes, tornando um armazén eficiente ou economicamente deficiente. Por exemplo, para um custo de manuseio de grãos de 50 R$/t, a receita pode compensar, cobrindo despesas, amortizações e juros, gerando também lucros por diferenças de qualidade ou mudanças nos momentos de compra/venda ou melhor transporte logístico, etc. Por exemplo, uma perda de 2%, para um grão de 1500 R$/t, significa 30 R$/t, 60% do custo e / ou receita direta. Na pós-colheita, de acordo com os níveis tecnológicos, as perdas variam de 2 a 10%. Há alguns anos desenvolvemos o SMC (Sistema de Monitoramento, amostragem e Controle), destacando que ter uma amostra verdadeiramente representativa é a base para o cálculo de quebras tecnicas / perdas ser aceitável. Caso contrário, diferenças substanciais são geradas entre os cálculos de laboratório (com base na amostra) e a realidade da gestão. CÁLCULO MATEMÁTICO As fórmulas são comuns para impurezas e umidade. Perda de limpeza: (1) PL = G * Ii - lf = 100 - If PL: perda de limpeza (kg) G: quantidade de grãos a limpar (kg) Ii: porcentagem de impureza inicial If: porcentagem final de impurezas
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Perda na secagem: (2) PS = G * Hi - Hf 100 - Hf PS = perda na secagem (kg) G = quantidade de grãos a secar (kg) Hi = teor de umidade inicial do grão (% base úmida) Hf = teor de umidade final do grão (% base úmida) VAMOS VER UM EXEMPLO: São 30.000 kg de grãos com 4% de impurezas e 17% de umidade inicial. Esses grãos são acondicionados e atingem 1% de impurezas e 14% de umidade. Substituindo os dados na fórmula (1), a perda de limpeza é calculada PL = 30000 • (4 - 1) 100-1 PL = 909,09 (kg) Portanto, ficamos com 1% de impurezas: 30.000 - 909,09 = 29090,91 kg, que deve ir para a secagem. Substituindo os dados na fórmula (2), temos:, PS = 29090,91 • (17 - 14) 100 - 14 PS: 1014,8 kg Portanto, a quantidade final de grãos com 14% de umidade é 29090,91 - 1014,8 = 28076,11 kg Consequentemente, a perda percentual devido à limpeza e secagem é (909,09 + 1014,8) X 100 = 6,41% 30.000 USO DE TABELAS Para simplificar o trabalho de cálculo, podemos recorrer a tabelas ou gráficos, as tabelas 1 e 2 mostram os fatores a serem utilizados para os casos em estudo.Os valores intermediários podem ser interpolados ou também a partir dos dados das tabelas ser representados graficamente. Seguindo os exemplos anteriores: • Na Tabela 1, o valor 4% é lido na coluna inicial de impurezas, isso se cruza com a coluna final de impurezas 1% e o fator 0,96970 é observado. Este fator 0,96970 é multiplicado pelo número de grãos 30000 kg e dá 29091 kg que correspondem ao número de grãos com 1% de impureza e que serão secos. • Na Tabela 2, a coluna de umidade inicial 17% é lida e o fator 0,96512 é lido na mesma linha até a coluna de umidade final de 14%. Posteriormente, o fator de 0,96512 é multiplicado pela quantidade de grãos a serem secos (29091 kg) e o resultado é 28076,31 kg, que é a quantidade final de grãos com 14% de umidade dos www.graosbrasil.com.br
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TECNOLOGIA
30.000 kg, na qual foi descontada a perda de limpeza e secagem (Podemos encontrar diferenças mínimas devido ao tratamento de decimais entre os cálculos da fórmula e os da tabela) OUTRA FORMA DE CÁLCULO Uma forma de cálculo amplamente usada pelos americanos é multiplicar a diferença por um fator calculado primeiro. Por exemplo, se temos um grão com 17% e o levamos para 14%, a diferença de umidade é de 3%. Fator de perda de umidade = 100 . 100 - Hf Por exemplo: Fator de perda de umidade = 100 . = 1,1628 100 - 14 Então, a perda de umidade será:
3% * 1,1628 = 3,49% Exemplo de cálculos de perda de umidade: Suponha que temos 1000 t de milho com 17% de umidade e queremos saber quantos t teríamos com 14% de umidade final: Grão no final da secagem = 1000 t x [(100 - fator de diferença de umidade) ÷ 100] = xxx t Por exemplo: Grão no final da secagem = 1000 t x [(100 - 3,49) ÷ 100] = 1000 t x 0,9651 = 965,1 t Insistimos na necessidade de não confundir quebra tecnica com perda. Idealmente, as quebras tecnicas são estabelecidas por organizações de prestígio. As quebras tecnicas, conceitualmente falando, devem ser maiores do que as perdas se quisermos fazer um manejo razoável da pós-colheita.
Tabela 2 - FATORES PARA CÁLCULO DE PERDAS DEVIDO À SECAGEM DO GRÃO
Revista Grãos Brasil - Janeiro / Fevereiro 2021
TECNOLOGIA 35 Tabela 1 - FATORES PARA CÁLCULO DE PERDAS DEVIDO À LIMPEZA
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36 INFORME EMPRESARIAL
SHERIFF Sistema de monitoramento usado principalmente para elevador de canecas, correia transportadora e transportador helicoidal. Pode ser instalado em qualquer outro equipamento, com acréscimo de módulos de expansão.
Nos dias de hoje, onde é fundamental a produtividade na indústria para obter melhor qualidade com menor custo, o sistema Garten modelo Sheriff atende a necessidade de prevenir e/ou alertar aos administradores e gerentes de produção, sobre possíveis paradas não planejadas devido ao desgaste natural ou falhas por falta de manutenção preventiva dos elevadores de canecas, correias transportadoras ou transportadores helicoidal. Os sensores adequados e localizados em pontos estratégicos de cada tipo de transporte monitoram os desalinhamentos das correias, os movimentos dos eixos, o embuchamento na entrada e saída dos equipamentos, as temperaturas dos mancais de rolamentos e a temperatura do motor. A utilização das informações geradas pelo sistema Sheriff permite utilizar cada rolamento na sua totalidade de vida útil, impede a queima do motor elétrico por qualquer tipo de sobrecarga, evita quebra de caçambas com o desalinhamento da correia e embuchamento de produto. Uma vez que uma elevação de temperatura seja detectada, um alarme é enviado, possibilitando que uma Revista Grãos Brasil - Janeiro / Fevereiro 2021
solução seja providenciada em tempo hábil, sem que o equipamento seja danificado e ocorra uma parada de produção inesperada. Com o sistema Sheriff, ter um estoque de peças de reposição se torna desnecessário, assim como um acompanhamento de horas trabalhadas de cada equipamento, pois a análise de temperatura permite que se preveja com muita antecedência do momento de quebra do rolamento. Todas as informações necessárias geradas pelo sistema Sheriff, são disponibilizadas através de servidor Web básico incorporado, RS 485 Modbus RTU e ETHERNET opcional, que permite a conexão do sistema à rede do cliente. PALAVRAS CHAVES • Fim das quebras inesperadas em horários impróprios • Reduz drasticamente a necessidades de estoque de peças de reposição • Manutenção sempre feita com programação, sem horas extras, sem urgência • Fim das perdas de produção por quebras de equipamentos
INFORME EMPRESARIAL 37 Composição Geral do Sistema
Aplicação Web
Sensor de movimento na aplicação Web
Sensores de embuchamento e desalinhamento
Sensor de desalinhamento na aplicação Web
Sensor de temperatura na aplicação Web
Sensores de temperatura e movimento
Sensor de obstrução/embuchamento na aplicação Web
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38 COOLSEED NEWS
Revista Grãos Brasil - Janeiro / Fevereiro 2021
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UE e China aprovam a importação de híbridos de milho com tecnologia VT Pro 4® O grão será utilizado no processamento de alimentos e ração. Com o certificado de segurança concedido pelos órgãos reguladores internacionais, a Bayer segue o plano de lançamento comercial da tecnologia na safra 2021 É com satisfação que a Bayer informa que o Ministério da Agricultura e Assuntos Rurais da China (MARA) e a Comissão Europeia (EC) concederam certificado de segurança para importação de grãos de milho híbrido com tecnologia VT PRO 4® para uso e processamento em alimentos/ração. Com isso, a Bayer segue com o plano de lançamento comercial da tecnologia na safra 2021. VT PRO 4® é a nova biotecnologia para milho híbrido que a Bayer traz ao mercado brasileiro, que proporciona ampla proteção contra as principais pragas que podem atingir partes aérea e radicular das plantas. Entre as pragas de parte aérea estão incluídas a lagarta-docartucho (Spodoptera frugiperda), broca-do-colmo (Diatraea saccharalis), lagarta-da-espiga (Helicoverpa zea) e lagarta-elasmo (Elasmopalpus lignosellus). Adicionalmente, a tecnologia VT PRO 4® estende a proteção contra a larva alfinete (Diabrotica speciosa), praga que afeta a raiz da cultura de milho híbrido. Isso acontece porque a tecnologia tem três modos de ação acima do solo, que cuidam da planta e da espiga de milho, e dois modos de ação que protegem a raiz da planta. Para oferecer mais flexibilidade no controle de plantas daninhas, os híbridos com tecnologia VT PRO 4® são tolerantes ao herbicida glifosato. A Bayer reforça seu compromisso em trazer ao mercado brasileiro novas tecnologias que ajudem o agricultor a proteger o potencial produtivo de sua lavoura, mesmo em condições imprevisíveis, impactando também a competitividade do setor. VT PRO 4® é marca utilizada mediante autorização da Monsanto Technology LLC.
Revista Grãos Brasil - Janeiro / Fevereiro 2021
Exportação de amendoim in natura cresce 38% em 2020 No acumulado de janeiro a dezembro de 2020, o setor de amendoim in natura apresentou resultado positivo em sua balança comercial. Dados da ComexStat, organizados pela ABICAB, mostram um resultado superavitário de US$ 314,4 milhões. O valor representa um crescimento de 38% em relação a 2019 (US$ 227,7). Ao todo, foram exportadas 259 mil toneladas de amendoim in natura, um aumento de 31% na comparação com o ano anterior. De acordo com o vice-presidente da ABICAB, Renato Fechino, esses resultados mostram que a confiança do mercado internacional no produto brasileiro, que sempre se destacou pela sua qualidade, cresceu mesmo em um período de crise. "Durante este ano atípico, a pandemia do coronavírus teve um impacto significativo em todos os setores, mas, ainda assim, o setor de amendoim conseguiu aumentar as exportações", conta. Tratando-se do mercado de amendoim processado, foram exportadas 5 mil toneladas, correspondendo a um valor de US$ 9,8 milhões, o que representa uma retração de 12% em comparação à 2019. Ao todo, em 2020, o Brasil exportou amendoim in natura e processados para mais de 79 países. Vale ressaltar que em 2019, o Brasil fechou o ano como o 14º maior produtor de Amendoim in natura do mundo segundo a USDA e vem aumentando sua capacidade de produção ano a ano. "Este resultado positivo até dezembro do ano passado está de acordo com o previsto pelo setor após o final da colheita da safra 2019/2020. Além disso, houve um crescimento na área total plantada em comparação com a safra anterior superando 200 mil hectares.", ressalta Fechino. Os dados são do Instituto Agronômico (IAC), do governo do Estado de São Paulo. O aumento da área plantada assegurou o atendimento de demanda crescente no país e nos seus principais mercados no exterior. GRANOS 139 JÁ CHEGOU! Uma nova edição da Granos, prima irmão da Grãos Brasil já esta disponiveis para toda América. Emtre outras materias se presenta: Rendimento e qualidade do trigo no região central da Argentina safra 2020/21 - Fatores de risco na gestão de Conteiner fumigados - Efeitos de atmosferas modificadas em insetos com especial referência a silobolsa - Fosfina e Corrosão - A verdade em números Biologia, danos, condições de desenvolvimento e controle do Cadra cautella (Lepidoptera: Pyralidae). - e outras seçoes fixas. Os interesados podem solicitar a revista digital a consulgran@gmail.com