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¦ Editorial ¦ Ano XIV • nº 81

Novembro / Dezembro 2016

www.graosbrasil.com.br Diretor Executivo Domingo Yanucci Administradora Giselle Pedreiro Bergamasco Colaborador Antonio Painé Barrientos Matriz Brasil Av. Juscelino K. de Oliveira, 824 Zona 02 CEP 87010-440 Maringá - Paraná - Brasil Tel/Fax: (44) 3031-5467 E-mail: gerencia@graosbrasil.com.br Rua dos Polvos 415 CEP: 88053-565 Jurere - Florianópolis - Santa Catarina Tel.: +55 48 3304-6522 | 99162-6522 graosbr@gmail.com

Caros Amigos e Leitores Como comentamos em outras oportunidades, tudo passa e já entramos em uma nova etapa de grandes desafios. Os crescentes volumes, pelos incrementos de produtividade da terra Brasilera nos levam a trabalhar para tirar mais proveito das instalações disponíveis. Os responsáveis deverão antecipar-se aos problemas que podem gerar um volume maior de produtos recebidos, fazer uma revisão a fundo, providenciar as reposições, dispor dos agrotóxicos necessários dos silos bolsas e preparar a equipe para ter tudo sob controle. Nos últimos meses Granos e Grãos Brasil realizaram cursos , jornadas, simpósios e exposições em vários países da região. Permanentemente estamos ao lado das empresas que buscam aperfeiçoamento. Se deseja realizar um curso ou jornada de atualização, nossa equipe está à sua disposição para apoiar.

Sucursal Argentina Rua América, 4656 - (1653) Villa Ballester - Buenos Aires República Argentina Tel/Fax: 54 (11) 4768-2263 E-mail: consulgran@gmail.com

Na edição anterior resgatamos uma variável de grande importancia para a pós-colheita, que é o TEMPO, apresentamos algumas reflexões e sabemos por comentários recebidos que muitos aproveitaram bem esta mensagem.

Revista bimestral apoiada pela: F.A.O - Rede Latinoamericana de Prevenção de Perdas de Alimentos -ABRAPOS

Neste número tratamos sobre os temas de logística, laboratório, qualidade, análise de mercado e comercialização entre outros, graças aos destacados profissionais que compartilham suas experiências.

As opiniões contidas nas matérias assinadas, correspondem aos seus autores. Conselho Editorial Diretor Editor Flávio Lazzari Conselho Editor Adriano D. L. Alfonso Antônio Granado Martinez Carlos Caneppele Celso Finck Daniel Queiroz Jamilton P. dos Santos Maria A. Braga Caneppele Marcia Bittar Atui Maria Regina Sartori Sonia Maria Noemberg Lazzari Tetuo Hara Valdecir Dalpasquale Produção Arte-final, Diagramação e Capa

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Seguiremos usando as páginas centrais para apresentar informação resumida em forma de cartaz, de maneira que você possa destacar da revista e colocar em lugar bem visível. Esta será nossa última edição do 2016 e aproveitamos para desejar felizes festas e o melhor para 2017, que já se apresenta com desafios e oportunidades. Os deixo com boa leitura, lembrando que você pode receber a Grãos Brasil digital sem custo, assinando o Gr@nos News. Esperamos suas críticas e sugestões. Que Deus abençoe sua família e trabalho. Com afeto.

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(44) 3031-5467 02 | Revista Grãos Brasil | Novembro/Dezembro 2016

Domingo Yanucci Diretor Executivo Consulgran - Granos Revista Grãos Brasil



¦ Indice ¦ 06

Levantamento de perdas de grãos de milho no transporte Rodoviário| Canepelle, C. e Outros

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Qualidade do milho quanto a Fungos Toxigênicos e sua importância na Avicultura| Carlos E. Soares M.Sc e PhD. Vildes M. Scussel

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Grupo Degesch faz aquisição da J-System® Recirculação – Llc

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Espaço confinado e trabalho em altura são temas de oficinas do Soja Plus

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PERTEN INSTRUMENTS®: Lider em soluções rápidas para um mercado que demanta inovação tecnologica e simplicidade| Aloízio Souza

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Esteja preparado para próxima safra - armazenagem – processo com qualidade garante rentabilidade - (11/2016)| Eng. Adriano Mallet

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O risco de se consultar relatórios de mercado| Osvaldo J. Pedreiro

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Quantificando a quebra técnica, medindo o PH do grão.| Silvio José Kolling

Setores

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Editorial

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Não só de pão...

04 | Revista Grãos Brasil | Novembro/Dezembro 2016

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Cool Seed News

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Utilíssimas


GRÃOS BRASIL - DA SEMENTE AO CONSUMO | 05


¦Logística¦ Levantamento de perdas de grãos de milho no transporte rodoviário CARDOSO, D. A. | Universidade Federal de Mato Grosso – MCTI/CONAB/CNPq DAROS, R. F. | Universidade Federal de Mato Grosso – FAAZ/PPGAT PEREIRA, P. S. X. | Universidade Federal de Mato Grosso – FAAZ/DFF SILVA, A. R. B. | Universidade Federal de Mato Grosso – FAAZ/ DSER CANEPPELE, C. | Universidade Federal de Mato Grosso – FAAZ/ DSER/ NTA

Em levantamento da CONAB, a estimativa para a produção brasileira de grãos é de 186,4 milhões de toneladas na safra 2015/16. Dessa produção 35,93% destina-se ao milho, chegando aos 66,9 milhões de toneladas sendo que 19,33 milhões de toneladas estão previstos para serem colhidos no Estado do Mato Grosso. Mato Grosso vem se consolidando, a cada safra, como maior produtor nacional de milho; obtendo avanço de 125% nas ultimas cinco safras, e já produziu 22,87% da produção nacional do grão na última safra (CONAB, 2016). Essa posição do Estado no cenário nacional de produção de milho, coloca a BR-163 como uma das principais vias de escoamento do grão no Brasil, ainda mais considerando que o médio norte do Estado colhe 46,47% da produção do milho Mato Grossense (IMEA, 2016). Para suportar esse crescimento, são necessários investimentos em toda a cadeia de logística, desde o armazenamento até a distribuição pelos meios de transporte. O transporte rodoviário é ainda o modal mais utilizado no Brasil para transportar cargas. No setor de transporte, as péssimas condições das estradas desde as que estão 06 | Revista Grãos Brasil | Novembro/Dezembro 2016

nas propriedades, ou municipais, estaduais e federais colaboram com as perdas de grãos no transporte. As perdas de grãos que ocorrem da colheita à indústria, não revelam apenas sérias deficiências de logística, representam também uma falha no agronegócio brasileiro, pesando negativamente na economia do País. Estima-se que existam grandes prejuízos com perdas de grãos produzidos no País quando o armazenamento e transporte são avaliados em conjunto. No transporte ocorre o derrame de grãos por causa da trepidação e do veículo que não está preparado para suportá-la. Dada a importância da rodovia no escoamento de grãos das safras Mato-grossenses e ao alto índice de perdas de grãos no transporte rodoviário, está sendo desenvolvido um projeto para quantificar essas perdas, possibilitando formar parâmetros de avaliação para buscar melhorias que possam reduzir o prejuízo relacionado a tais fatos. Nos meses de julho e agosto de 2016 realizou-se um levantamento da perda de milho na BR-163, trecho de aproximadamente 230 km entre os municípios de Cuiabá / Nova Mutum, onde foram estabelecidos 23 pontos de coletas, em quatro amostragens de grãos de milho nas


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¦Logística¦ que houve uma perda de 13.900 Kg de grãos de milho na primeira semana de avaliação; seguindo a mesma ideia de avaliação, foram perdidos 12.260 Kg na segunda semana e 13.640 Kg na última semana avaliada. Portanto, perde-se em média 13.267Kg de grãos de milho semanalmente no trecho avaliado.

seguintes datas: 19/07, 25/07, 01/08 e 08/08/2016. As coletas de perdas no transporte de milho foram realizadas no acostamento da BR-163. O primeiro ponto de coleta foi estabelecido no perímetro urbanos (distrito industrial) de Cuiabá, sendo medidos para as coletas, três pontos de 1 m2 cada, distanciados 30 m. Os pontos de coleta foram marcados a cada 10 km com auxílio de uma armação de madeira com dimensão de 1m2, totalizando 23 pontos de coleta, em 230 km. Os grãos foram coletados no acostamento, canaletas e próximos ao gramado, com auxílio de uma vassoura, escova e pá de lixo. O material coletado foi colocado em sacos plásticos, etiquetados e numerados. A limpeza e pesagem do milho foi realizada no NTA (Núcleo de tecnologia em Armazenamento), na Faculdade de Agronomia e Zootecnia da Universidade Federal de Mato Grosso.

Gráfico 1. Quantidade de milho coletada (kg/m2) semanalmente nos 23 pontos estabelecidos entre as regiões.

Para fins de obtenção de maiores detalhes a respeito dessa quebra, o trecho avaliado foi divido em sub-trechos de acordo com o quantitativo das perdas, sendo a primeira parte dentro da cidade de Cuiabá-MT; a segunda parte da saída da cidade de Cuiabá-MT até próximo à cidade de Jangada-MT; a terceira parte da saída de cidade de Jangada-MT até as aproximações da cidade de Rosário Oeste-MT; a quarta parte do trecho duplicado entre a cidade de Rosário Oeste-MT e o Posto Gil-MT; a quinta e a sexta parte do Posto Gil seguindo sentido a cidade de Nova Mutum-MT e do mesmo ponto do Posto Gil-MT seguindo sentido a cidade de Diamantino-MT, respectivamente.. O gráfico 2 mostra a percentagem das perdas representativas de cada sub-trechos avaliado

Figura 1. Exemplificação do método utilizado na coleta por ponto de amostragem.

No gráfico 1, está disposto o resultado do volume médio semanal coletado durante o período de avaliação nos 23 pontos de referência. Como cada ponto, em média, representa 1m2, o gráfico mostra que na 1ª semana de coleta houve uma perda de 0,695 Kg de grãos de milho em 23 m2, extrapolando isso para o trecho de 230 km em que foi avaliado as perdas e considerando que a rodovia tem em média 2 m de acostamento, o resultado mostra 08 | Revista Grãos Brasil |Novembro/Dezembro 2016

Gráfico 2. Avaliação das perdas por sub-trecho de avaliação.

Dos sub-trechos avaliados, os três primeiros, seguindo da cidade de Cuiabá sentido Norte do estado, representaram 95,26% do total das perdas de grãos constatados. Na Tabela 1 pode-se verificar o volume médio semanal perdido em cada sub-trecho avaliado. Os sub-trecho entre Cuiabá e


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¦Transportadores¦ ¦Gestão¦ ¦Logística¦ Jangada perdem, em média, 6.075,89 Kg de grãos de milho semanalmente, e de Jangada a Rosário Oeste, o segundo sub-trecho avaliado, perde 4.473,69 Kg de grãos de milho. Tabela 1. Perdas semanais de grãos de milho nos sub-trechos de rodovia avaliados.

Figura 3. Condições da rodovia no trecho entre Jangada e Rosário Oeste, MT, 2016.

Dentre os pontos avaliados, o ponto 6 (Figura 2), localizado entre Cuiabá e Jangada, e o sub-trechos localizado entre as cidades de Jangada e Rosário Oeste (Figura 3), merecem destaque. Esses dois pontos representaram 35,59% das perdas encontradas, perdendo semanalmente 2.427,48 Kg e 2.270,40 Kg, respectivamente. Abaixo seguem fotos desses dois pontos onde houve as maiores perdas de grãos do estudo. Esses pontos por apresentarem reparos no asfalto, aumentam a trepidação dos caminhões e, por serem trechos de descida, a velocidade média dos veículos é maior.

Figura 2. Condições da rodovia localizada no trecho entre Cuiabá e Jangada.

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Diante desses dados de perdas de grãos milho durante o transporte, foram realizados questionários com os caminhoneiros para identificar qual o real estado de conservação dos caminhões e das carrocerias. Os resultados demostraram que as condições dos veículos não são a causa principal dessas perdas, pois cerca de 75% dos caminhões (cavalos mecânicos) e 71% das carrocerias se encontravam e bom ou excelente estado de conservação, e para ambos, apenas 5% apresentavam conservação ruim. As perdas ocorrem em função das condições das estradas, na opinião dos motoristas, com relação a conservação. Os motoristas relataram que alguns trechos foram melhorados, porém no geral, as estradas ainda continuam ruins. Para 59% dos entrevistados as rodovias continuam ruins ou precárias. Apenas 8% dos entrevistados fizeram avaliação positiva das rodovias. O ponto mais crítico relacionado com a má qualidade das rodovias são as trepidações, como podem ser vistos nos locais de maiores perdas (Figuras 1 e 2), ainda que a rodovia não apresente buracos, feito o recapeamento pelas empresas terceirizadas, a trepidação continua devido a irregularidade dos reparos. Os dados mostraram que 77 % dos motoristas entrevistados apontam que os locais de maior concentração das perdas de grãos são pontos de buraco, entradas e saídas de pontes e a trepidação. Recomenda-se estabelecer metas para minimizar as perdas de grãos durante o transporte; tais como: melhoria das estradas, controle de pesagem, conservação de carroceira de caminhões e ampliação da área de acostamentos.



¦Fungos¦ Qualidade do milho quanto a Fungos Toxigênicos e sua importância na Avicultura

Por: Soares, Carlos Eduardo M.Sc e PhD. Vildes M. SCUSSEL |Universidade Federal de Santa Catarina

Nos anos 40 no Brasil as rações para frangos eram produzidas nas instalações dos moinhos de trigo e o farelo de trigo era o principal ingrediente dentro da formulação. Em 1948 inicia-se a utilização de misturadores verticais de ração. A partir daí o setor de rações foi se desvinculando do ramo moageiro do trigo, e o milho ganhou espaço chegando a 65% da formulação nas rações balanceadas. ¬ No cenário mundial os fungos toxigênicos, bem como suas toxinas podem ocorrer em rações para animais e alimentos, principalmente em regiões onde o clima propicia seu desenvolvimento. A contaminação dos grãos acontece pela propagação dos esporos do fungo, presentes no ambiente (solo e ar) e durante os procedimentos de colheita e secagem, inclusive em seus maquinários. QUALIDADE DO GRÃO DE MILHO O ataque de patógenos na semente e plântula no campo, principalmente fungos do gênero Fusarium, Rhizoctonia, Phytium e Macrophomina estão ligados à lentidão durante a germinação. Predispõe a redução de sua resistência às condições ambientais adversas 12 | Revista Grãos Brasil | Novembro/Dezembro 2016

(MAGALHÃES, 2002). Grãos de má qualidade (a) tem suas características nutritivas prejudicadas em relação ao grão normal, (b) leva a proliferação fúngica com ou sem produção de micotoxinas, fungo que interfere com a


Acesse: www.graosbrasil.com.br biodisponibilidade dos nutrientes. Para avaliar a qualidade do milho, a Instrução Normativa nº 60 publicada em 2011 pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), classifica o milho como carunchado, ardidos, gessados, fermentados, chochos e imaturos, avariados e mofados entre outros (Figura 1). A cor marrom escura, é característica de grãos deteriorados por fungos, certamente resultado de produtos da reação de Maillard, compostos pela reação entre açúcares redutores, encontrados nas células do germe, e aminoácidos ou amônia liberada pela ação de enzimas proteolíticas fúngicas.

Figura 1. Variação de defeitos do milho (quanto a danos causados por fungos e insetos) destinado ao consumo humano e animal.

MICOTOXINAS EM GRÃOS As aflatoxinas (AFLs) – produzidas por espécies de fungos do gênero Aspergillus são as micotoxinas que preponderam na questão econômica, pois são facilmente encontradas no milho e subprodutos, sorgo, soja e outros grãos (utilizados nas rações) e que causam sérios malefícios aos animais. Também a ocratoxina (OTA) e fumonisinas (FBs), produzidas pelos fungos de armazenmagem e campo Penicillium e Fusarium, respectivamente, afetam as aves. Cabe salientar que a presença da zearalenona (ZON - Fusarium) a qual pouco acomete as aves, indica a possível presença de outro Grupo de toxinas de campo – os Tricotecenos (incluindo deoxinivalenol – DON, nivalenol – NIV, toxina T2). A colheita tardia, presença de insetos (que deterioram as estruturas do grão), mistura de cargas (com grãos deteriorados), alta umidade (>16%), aeração inadequada e secagem insatisfatória são condições ideais para o desenvolvimento de fungos e micotoxinas. Os sinais clínicos nas aves são variáveis, dependem da idade, tempo de exposição, condições nutricionais e linhagem. As aves mais jovens, que são mais susceptíveis, (a) apresentam redução do ganho de peso, (b) variação de tamanho, penas eriçadas e prostração (Figura 2), sendo que muitas vezes chegam a morte (BACK, 2010).

SEGURANÇA DAS AVES QUANTO A FUNGOS TOXIGÊNICOS As AFLs (metabólitos secundários de fungos) foram descobertas em 1960, após provocarem um surto tóxico em 400.00 peruzinhos na Inglaterra (Turkey-X-disease). Intoxicação essa que matou milhares de aves após consumirem torta de amendoim (proveniente do Brasil) na ração no período (SCUSSEL,2002). Em frangos de corte há redução no peso vivo, e aspergilose (ocular e pulmonar). Já em poedeiras, o peso dos ovos é reduzido, ocorre alteração de enzimas séricas e bem como aumento da gordura hepática. Nas matrizes de frango de corte, leva a redução do consumo de ração e queda na produção de ovos. FBs são extremamente tóxicas para animais de grande porte como suínos e eqüídeos, entretanto a maioria das espécies de aves domésticas apresenta elevada resistência para a essas toxinas (LEESON et al., 1995). Nos frangos de corte e postura, ocorrem diarreia, perda de peso, queda na produção de ovos e morte. Já a OTA é produzida por dois gêneros de fungos toxigenicos (Aspergillus e Penicillium) as, são encontradas com mais frequência no milho e trigo. Em aves de postura comercial a exposição a OTA reduz a qualidade da casca e a produção de ovos, já em frangos de corte diminui a eficiência alimentar e aumento no peso dos rins e fígado. ZON - as aves são menos susceptíveis a exposição por ZON, sendo que em baixos níveis a conversão alimentar, ganho de peso, postura, peso do ovo, fertilidade e peso médio não são alterados. Contudo, quando há associações com outras micotoxinas podem resultar em graves perdas. Com níveis acima de 800 ppm os pintainhas de postura comercial apresentam desenvolvimento precoce do ovário.

Figura 2. Sinais de intoxicação por micotoxicoses

CONTROLE DAS MICOTOXICOSES EM AVIÁRIOS O CONTROLE tem como base a profilaxia, tanto no momento do arraçoamento (administração da ração), quanto na matéria prima, pois sua neutralização e descontaminação se tornam difícil. Contudo, a aplicação de um programa de biosseguridade na fábrica de ração e granjas trará benefícios e evitará a aquisiçao de grãos deteriorados (monitoramento da umidade dos grãos), contaminação dos silos, moegas, e maquinários agrícolas devem ser limpos periodicamente (MENDES, 2004). SÃO MÉTODOS DE PREVENÇÃO NO CONTROLE DAS MICOTOXINAS NAS GRANJAS: GRÃOS BRASIL - DA SEMENTE AO CONSUMO | 13


¦Fungos¦ Aplicação de procedimentos de higienização das: • telas • cortinas • forros Importante também realizar: • vedação de vazamentos de água no sistema de bebedouros, • eliminação de insetos (Alphitobius diaperinus), • controle da umidade relativa do ar dentro do galpão. Além de evitar: • amontoamento de ração armazenados em sacos de ráfia e • excesso de ração durante a alimentação aves A Figura 3 apresenta uma granja onde a estrutura está favorável ao desenvolvimento de fungos e outros tipos de patógenos.

Figura 3. Granja de frangos de corte com locais propícios á contaminação por fungos e micotoxinas.

CONCLUSÃO Rações com grãos de má qualidade, interferem negativamente na produção animal, no momento da alimentação, onde o animal evita o alimento devido as condições ruins de palatabilidade. Sinais de micotoxicoses também tem como efeito a perda de apetite o que causa onerando economicamente o produtor.

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Os níveis de micotoxinas em grãos devem ser monitorados frequentemente, e métodos de descontaminação como o gás ozônio devem ser utilizados para minimizar as perdas tanto para a saúde humana quanto animal.


¦Tecnologia¦ Grupo Degesch faz aquisição da J-System® Recirculação – Llc O Grupo Degesch, do qual faz parte a Bequisa - uma das principais empresas nos segmentos de tratamento de grãos armazenados e controle de pragas urbanas – adquiriu a J-System® Recirculação – LLC, empresa que produz os originais ventiladores para recirculação, utilizados na fumigação de grãos armazenados e em porões de navios. Os sistemas J-System® incluem ventiladores que permitem injetar e recircular a Fosfina a baixo volume de ar no interior da massa de grãos, em diversas condições de armazenamento ou em fumigação em trânsito, como silos metálicos ou de concreto, armazéns graneleiros e em porões de navios. Essa tecnologia potencializa a ação das soluções já oferecidas pela Bequisa e amplia o portfólio do Grupo Degesch para o tratamento de grãos armazenados. A tecnologia J-System® é fabricada nos Estados Unidos e, graças à comprovação de sua eficácia, o método de recirculação foi incorporado ao Manual de Fumigação do Serviço de Inspeção Federal dos Estados Unidos desde 1987.

Sobre a Bequisa Fundada em 1949, a Bequisa é uma empresa do segmento de química fina e líder no mercado brasileiro na linha de inseticidas fumigantes para grãos armazenados com o GASTOXIN® B57. No cenário internacional a Bequisa exporta seus produtos a base de fosfeto de alumínio para mais de 50 países, em 5 continentes. Desde novembro de 2007, a Bequisa é parte do grupo multinacional Degesch, de origem alemã. Com a aquisição da Bequisa o grupo tornou-se o principal produtor mundial de fosfeto de alumínio, com subsidiárias em 6 países e presente em mais de 120 mercados. Neste novo formato empresarial a empresa direcionou seus esforços e investimentos para 2 linhas de produtos: pós-colheita, a principal do grupo e saúde ambiental, com produtos em sintonia com a linha principal. www.bequisa.com.br


¦Segurança¦ Espaço confinado e trabalho em altura são temas de oficinas do Soja Plus

Realizadas desde 2013 em parceria com a ADM, objetivo é capacitar cada vez mais trabalhadores rurais A Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja) realiza neste mês oficinas sobre espaço confinado e trabalho em altura. Em parceria com a ADM, o objetivo dos cursos é levar orientações que constam nas Normas Regulamentadoras (NRs) 33 e 35 – sobre saúde e segurança no trabalho - ao maior número de trabalhadores e produtores possíveis. Iniciado pela região Norte, o módulo faz parte de um cronograma de oficinas dentro do programa Soja Plus e contemplarão as quatro regiões produtoras do Estado. “As oficinas são realizadas desde 2013 e podem participar dela produtores, técnicos e funcionários que realizam trabalhos no setor. Além das regiões Norte e Sul, as regiões Oeste e Leste serão as próximas contempladas”, afirma a gerente de Pesquisa e Gestão de Propriedades, Cristiane Sassagima. Até o momento, Sinop, Sorriso, Lucas do Rio Verde, Nova Mutum, Diamantino e Alto Garças receberam os cursos. Nesta terça-feira (20), Pedra Preta terá o curso e Itiquira recebe a oficina na quarta-feira (21). Composta de parte teórica e demonstração de 16 | Revista Grãos Brasil | Novembro/Dezembro 2016

equipamentos utilizados na prática, Cristiane afirma que as oficinas são fundamentais para que haja, cada vez mais, prevenção de riscos nas propriedades rurais de Mato Grosso.


“A oficina é composta por uma parte teórica e uma demonstração de equipamentos utilizados na prática. Na teórica, eles aprendem tudo o que é relacionado ao espaço confinado e trabalho em altura, cuidados que devem ter, prevenção de riscos, prevenção de acidentes, treinamentos, tipo correto da utilização de equipamentos. E na parte prática eles aprendem a utilizar corretamente o equipamento de segurança, como vestir e prender adequadamente para o desenvolvimento de um trabalho seguro”, explica a gerente. Soja Plus - Desenvolvido em 2011 pela Aprosoja e pela Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), o Soja Plus tem o objetivo de fazer com que produtores rurais apliquem boas práticas em relação às legislações trabalhista e ambiental. Hoje, além de Mato Grosso, os estados de Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Bahia aderiram ao Soja Plus. Neste ano, pela Aprosoja, os produtores contaram com oficinas ambientais e agora recebem o módulo sobre espaço confinado e trabalho em altura. “Ainda está previsto até o fim do ano visitas dos supervisores de projetos aos produtores que realizaram os cursos do módulo trabalhista. Outro objetivo, ainda em 2016, é realizar uma nova rodada de oficina ambiental”, afirma Cristiane Sassagima. Fonte: Ascom Aprosoja - Assessoria de Comunicação Contatos: Telefone: 65 3644-4215 Email: comunicacao@aprosoja.com.br


¦Tecnologia¦ PERTEN INSTRUMENTS®: Lider em soluções rápidas para um mercado que demanta inovação tecnologica e simplicidade

Especialista no controle de qualidade de grãos, farinha, alimentos e demais produtos da industria de alimentos. Por: Aloízio Souza | Especialista de Produto

Com mais de 50 anos de experiência no mercado de Alimentos, Grãos, Produção de Álcool e outros, a Perten® atende às necessidades analíticas atuais mais exigentes tais como: Monitoramento de Processo, Controle de Qualidade e Pesquisa & Desenvolvimento. Hoje, a empresa Perten® faz parte do grupo PerkinElmer®, agregando ao que já existe no amplo portfólio de soluções analíticas. O nosso fundador, o Sr. Harald Perten, tinha como visão de negócio auxiliar os clientes na melhoria da qualidade de seus produtos, fornecendo métodos analíticos que eram acessíveis, fáceis de usar e interpretar por qualquer usuário. Essa continua sendo a nossa missão. A Perten Instruments® sempre teve um papel ativo no mercado do agronegócio. Podemos demonstrar essa atuação com diversos produtos desenvolvidos juntos a organizações tais como: ICC, AACC, IAOM e do Departamento de Agricultura da EE.UU. Como o desenvolvimento dos nossos produtos é sempre impulsionado pelas necessidades do mercado, as relações com nossos clientes sempre são de longo prazo. Prezamos por parcerias duradouras o que faz com que as Equipes de Vendas e Assistência Técnica estão sempre prontas a servir e responder com extrema agilidade. Todos os funcionários são altamente qualificados, e possuem formação nas seguintes áreas: Química, Química de Cereais, Agronomia ou de Engenharias. Isso nos permite desenvolver e entregar equipamentos analíticos que empregam a tecnologia mais inovadora. Estamos presentes em mais de 100 países. Em alguns países atuamos diretamente, enquanto outros são atendidos através de distribuidores locais. Os distribuidores são parte da equipe Perten, mantemos uma estreita cooperação com eles, sendo que alguns deles trabalham conosco há mais de 20 anos e tornaram-se amigos valiosos. Desde a sua criação e até hoje, quando Perten Instruments inventou o método Falling Number (instrumentos clássicos), continuamos a investir extensivamente em pesquisa e desenvolvimento de novos produtos. Estamos trabalhando com a tecnologia NIR desde o início dos anos 80 e atualmente oferecem o mais avançado e moderno instrumentos NIR do mercado, mas o que é NIR? NIR é um termo usado para a técnica de Espectroscopia no Infravermelho Próximo, esse tipo de análise é utilizado 18 | Revista Grãos Brasil | Novembro/Dezembro 2016

na indústria alimentícia e agrícola desde a década de 70. Os Sistemas NIR com curvas pré-calibradas pode atender aos seguintes mercados: carnes e derivados, leite e derivados, açúcar, álcool, tabaco, snackfoods, grãos, óleo vegetal, forragem entre outros. É com grande satisfação que apresentamos os principais diferenciais do nosso Sistema NIR, modelo INFRAMATICTM 9500: O IMTM 9500 através da tecnologia de infravermelho NIR permite analisar diferentes tipos de grãos inteiros, oleaginosas e farinha de trigo, apresentando como resultado os seguintes parâmetros: Umidade, Proteína, Gordura e Peso do Hectolitro (com o acessório HLW/TW). RESULTADOS IMEDIATOS: De fácil manipulação e amostragem, resultados em menos de 1 minuto! BAIXO CUSTO: As analises são realizadas sem a necessidade de reagentes e sem preparo de amostra, o que minimiza os custos operacionais. QUALQUER PESSOA: Possuí uma tela sensível ao toque com interface intuitiva ao usuário; Sistema de apresentação da amostra que minimiza erros de operadores; Análises mais precisas independentemente de quem é o operador; Risco zero de contaminação cruzada, pois não requer limpeza após análise Temos orgulho em dizer que somos “Líderes no controle de qualidade”. Solicite-nos uma demonstração ou venha por a mão na massa e descobrir na prática os benefícios do IMTM 9500 e outros equipamentos analíticos que poderão lhe proporcionar em nosso Centro de Excelência localizado em São Paulo.

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¦Tecnologia¦ Esteja preparado para próxima safra armazenagem – processo com qualidade garante rentabilidade - (11/2016) Por: Eng. Adriano Mallet |Diretor Técnico da Agrocult

Estaremos recebendo mais uma nova colheita de grãos (Safra 2016/17), Todo esse volume terá que ser armazenado adequadamente e com garantia de qualidade, segurando a nossa integridade alimentar. Trabalhamos com alimentos, todos os produtos que muitas vezes compramos em Mercados Atacadistas passaram pelas nossas unidades de armazenagem: Arroz, farinhas, óleos e outros. Nesta ocasião, reforçar algumas informações referentes a operação e manutenção dos equipamentos e também para uma conservação e armazenagem correta, é extremamente importante. O ponto de partida é ter um plano de trabalho de prevenção dos equipamentos no período entre safra, onde devemos preparar a Unidade para receber atividades e ações de manutenção preventiva e consequentemente corretiva. Um plano bem elaborado proporciona ao armazenador reduções de custos quando da necessidade de aquisição de peças de reposição e contratações de serviços, devido ter a condição de tempo para troca e disponibilidade de mão de obra, sem paralisar o funcionamento no período de safra, evitando filas de caminhões na recepção e atrasos na colheita. Etapa inicial 22 | Revista Grãos Brasil | Novembro/Dezembro 2016

Eng. Adriano Mallet | agrocult@agrocult.com.br


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ZHENG CHANG DO BRASIL Especialista em engenharia com tecnologia "4 em 1" de projetos completos para Armazenagem de Grãos

Referência no mercado de armazenamento de grãos da China. Linha de produção avançada e automatizada. Projetamos silos Helicoidais e Corrugados, além de todos os equipamentos necessários. Com mais de 1.000 projetos de armazenamento de grãos instalados em todo o mundo.


¦Tecnologia¦ é executar um “Check List” de itens a serem verificados, seguindo uma limpeza na estrutura de armazenagem (higienização - lavagem), removendo os resíduos de grãos existentes e depositados sobre pisos, moegas, poços e túneis, pois a decomposição forma gases que são mortais e de ação rápida. Retirar o pó acumulado, o qual é um dos maiores agentes de contaminação e proliferação de pragas. Na sequencia realizar ações mecânicas como revisão de rolamentos, correias, motores, redutores, reapertos, lubrificações e troca de peças desgastadas. Para uma ótima e segura armazenagem, a limpeza dos grãos é muito importante. Esta etapa podemos considerar como o filtro da unidade armazenadoras. Este processo funcionando adequadamente, facilita aeração, expurgo com maior eficácia, reduz a emissão de pó, acumulo de palha no interior do secador (reduz risco de incêndios), obstruções na canalização e concentração no interior da massa de grãos, gerando pontos aquecimento e focos de infestação. Iniciamos com uma limpeza periódica no interior da máquina com ar comprimido, especificamente na câmara gravitacional - local onde ocorre a captação do pó e das impurezas leves. No quadro das peneiras estão as esferas de borracha que têm por função retirar as impurezas e grãos retidos nos furos das próprias peneiras. A verificação do estado das esferas de borracha otimiza a limpeza dessas áreas, evitando a redução da capacidade

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de produção pela diminuição da área de processo (esfera de boa qualidade, ao deixa cair no piso, de forma vertical, deverá retornar aproximadamente de 70% da altura). Importante, também, é a distribuição uniforme dos grãos sobre área de peneiras, regular a entrada para que ocorra o uso total da largura da mesma (Capacidade máxima). Em caso de substituição de bielas ou tensores das caixas de peneiras, devemos trocar sempre o conjunto (direito/esquerdo), independentemente de ser metálica ou de madeira. Isso manterá o equilíbrio do conjunto e, consequentemente, o balanço dinâmico, evitando fissura na estrutura da maquina. Regular os registros de ar que atravessam a massa de grãos, arrastando o pó e as impurezas leves para o ciclone, observar o sistema de captação de pó, não deixando pó/cascas precipitar na canalização de ligação (máquina-ciclone) e manter regulado o saco de coleta de pó sempre estufado é fundamental para aumentar a eficiência da captação. Para maquinas de grandes capacidades, recomendamos automatizar o recolhimento das impurezas, devido ao grande volume que é gerado durante o funcionamento. Devemos observar que os percentuais de impureza e umidade influenciam direto na capacidade de produção, quanto maior for o percentual de impureza e umidade menor será a capacidade. A maquina necessitará de mais tempo para processar a limpeza e o


Acesse: www.graosbrasil.com.br grão com umidade maior tem seu fluxo lento, dificultando o escoamento sobre as peneiras. O principal objetivo da secagem é reduzir a unidade do grão a níveis processáveis e armazenáveis. No secador, verificar o sistema de descarga, observando o nivelamento da mesa de descarga e, caso for do modelo pneumática, cuidar das pressões necessárias de trabalho, do sistema de lubrificação do cilindro pneumático e do funcionamento do compressor de ar, seguindo instruções do fabricante (cuidado com vazamentos no sistema – observando algo, de imediato trabalhar a reposição). Caso o sistema for por eclusas, observar existência de pás quebradas, esta situação gera secagem desuniforme. A limpeza deve ser periódica no interior (torre). A realização é conforme características dos grãos recebidos (percentual de impurezas), a limpeza deve ser definida como tarefa padrão, com base em horas de trabalho. O não cumprimento desta instrução poderá provocar incêndios e danos na estrutura do secador gerando custos para reposição das peças danificados devido à temperatura elevada chegando ao ponto de queda da estrutura metálica (fim de safra). Cuidar para que a entrada do produto seja sempre de forma vertical, através do uso de amortecedores que têm

como objetivo amenizar a queda do produto, reduzindo danos físicos, e direcionar verticalmente para o interior, de forma que a distribuição seja homogênea na torre de secagem. A utilização de amortecedor deve ocorrer na entrada de todos os equipamentos. Operar o secador sempre nas temperaturas especificadas pelo fabricante. Secagens a altas temperaturas provocam danos aos grãos, como redução do valor nutritivo (queima de proteínas, carboidratos, vitaminas, etc..), fissuras na parte externa (casca) que facilitam a penetração de pragas. Após a operação, deixar o secador trabalhar por 20 minutos, para que ocorra a secagem da umidade no interior do mesmo, eliminando a saturação e possíveis pontos de oxidação nas chapas. Com a torre de secagem carregada e fornalha em funcionamento, regular as pressões de trabalho do secador através de manômetro (este equipamento deverá ficar conectado no secador durante todo o período de funcionamento). Verificar funcionamento do controle de nível, termômetros e do quadro de comando geral. Na fornalha, verificar as condições das grelhas da câmara de combustão, das paredes internas, do quebra chamas, e a limpeza do redemoinhador. Para uma operação adequada, os cinzeiros deverão ser limpos e abertos, a lenha (seca) distribuída sobre toda a área de grelha e a porta da fornalha deve permanecer fechada, forçando o ar a passar pela câmara de combustão. As pressões de trabalho do conjunto da fornalha e do secador devem ser monitoradas pelo manômetro durante todo o funcionamento, instalado junto ao secador em locais indicados e visíveis. Ele deve ser observado, em caso de alteração das pressões, o operador deverá regular novamente o sistema para manter os índices especificados e observar o que gerou a desregulagem. Geralmente é por excesso de alimentação de lenha, aumentando a temperatura e obrigando abertura da entrada do ar natural. A economia de lenha esta relacionado diretamente com uma alimentação continua da câmera de combustão e distribuição da lenha na mesma. As oscilações de temperatura provocam secagem GRÃOS BRASIL - DA SEMENTE AO CONSUMO |25


¦Tecnologia¦ não uniforme e quando a temperatura se eleva acima do limite, surgem riscos de incêndio. Por isso, é ideal manter a alimentação contínua de lenha deixando a temperatura de secagem dentro dos parâmetros determinados pelo fabricante. Quando em situação de incêndio deve-se abrir a chaminé, fechar a alimentação de grãos e agilizar a descarga, desligar os exaustores, abafar a fornalha fechando os cinzeiros, fechar entradas de ar no secador, identificar ponto do incêndio, aguardar a conclusão da queima e, após, promover uma limpeza. Lembramos que o incêndio sempre inicia onde há concentração de impurezas e este é o principal motivo para a realização de limpezas. Em caso de reincidência de incêndio no mesmo local, deverá ser feito uma inspeção criteriosa, pois poderá existir alguma peça obstruindo o fluxo do grão na torre e retenção de palhas/vages. Evite utilizar água para apagar incêndios, oxigena o ambiente e acelera a queima. Importante reforçar, secador não pega fogo, mas sim a concentração de impurezas (palhas). A etapa da armazenagem de grãos para o produtor é a hora da verdade. Todas as fases anteriores irão terminar neste ambiente onde guardaremos nosso produto (renda). Desta forma, qualquer processo realizado de forma inadequado, as consequências como perdas qualitativas e quantitativas surgirão nesta etapa final. Para reduzir riscos de perdas, devemos ter antecipadamente uma boa limpeza, secagem homogênea/padrão e distribuição da massa de grãos mais uniforme possível. Tudo sustentado por 3 itens: Aeração, Termometria e Exaustão.

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Devemos ter o conceito de que guardar com qualidade exige recipientes higienizados. Silos ou Armazéns devem ser preparados criteriosamente para receber a safra, que ficará depositada por tempo indeterminado. Logo, existe a necessidade de realizar uma limpeza retirando todos os resíduos de grãos, impurezas e focos de contaminação. Nos Silos devemos limpar as paredes internas, canaletas e as chapas perfuradas de aeração (desobstrução dos furos) e verificar a existência de infiltração de umidade. Lubrificar o espalhador de grãos, os registros de descarga, o ventilador e a rosca varredoura, quando houver e o fechamento da porta de inspeção pela parte interna do silo. Verificar a fixação dos cabos de termometria e o seu funcionamento (calibragem anual), testando os sensores de temperatura e suas conexões, nunca enrole os cabos este procedimento provoca desconexão dos sensores gerando o ponto “off”. Quando iniciar a carga, observar o funcionamento do espalhador de grãos (giro), em momento de paradas, nivelar o talude interno para termos uma aeração uniforme, iniciar o processo de aeração por insuflação e monitorar as temperaturas da massa. A aeração deverá ser acionada com base nas informações recebidas da termometria, estação meteorológica e com analise das tabelas de equilíbrio higroscópico, neste processo deveremos sempre buscar o resfriamento da massa. Na descarga dos grãos, iniciar sempre pelo registro central (para silos verticais). Na sequência, acionar os demais, observando o comportamento do talude interno, concluindo o processo através da rosca varredora. Para os armazéns, as instruções são similares. Jamais caminhar sobre a massa de grãos, caso seja necessário, fazer somente com utilização de sistema de segurança e acompanhado. Os transportadores são fundamentais para manter a capacidade de processamento (fluxo). Nos elevadores de caçambas, devemos seguir as instruções de manutenção como fixação das caçambas e seu desgaste, alinhamento das calhas (cabos de estaiamento) e correias das caçambas e a tensão desta última, e regulagem do freio contra recuo (desgaste da lona), dispositivo que evita embuchamento do elevador no caso de falta de energia, retirar as impurezas


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que ficam acumuladas no funil de saída para evitar obstrução de passagem dos grãos, reduzindo a capacidade de transporte e provocando retorno do produto ao pé. A alimentação deve ser feita somente com as caçambas em movimento, não ultrapassando a capacidade máxima especificada, caso contrário ocorrerá embuchamento no pé. Evitar parada com as caçambas cheias de grãos, que provoca sobra carga quando da nova partida, causando danos no motor/motoredutor e transmissões. Estas instruções de operação são válidas e se aplicam aos demais transportadores. Em situações de necessidade de trocar o sistema de acionamento, recomendamos para casos de polia e correia, realizar a troca por sistema com motoredutor com freio eletromagnético já acoplado ao conjunto. Nas correias transportadoras, deve-se verificar o alinhamento e se os roletes estão girando livremente. Cuidar da tensão da correia através dos esticadores (manual ou por contra peso). Se estiver operando acima da tensão, haverá redução na capacidade de transporte, por não poder formar a superfície adequada para transportar o volume. Com tensão abaixo do especificado, provoca desalinhamento e possíveis danos na borracha. Na questão segurança, não deslocar o carro de despejo lateral com a correia em movimento e observar que roletes trancados, quando a correia em funcionamento, geram aquecimento na mesma (borracha) provocando risco de incêndio e explosão em ambientes confinados com pó. Cuidar para que não ocorra vazamento de produto nos pontos de carga, caso esteja acontecendo, recomendamos instalar

mais um conjunto cavaletes. Nos transportadores helicoidais, é importante manter os mancais lubrificados e observar a regulagem do caracol (helicóide), mantendo-o nivelado e alinhado, não permitindo o contato deste com a calha. Cuidar que o afastamento entre o helicoide e a calha seja entre 5 a 8mm, ou maior que o grão, evitando danos mecânicos no mesmo. O grande item de desgaste é a bucha interna dos mancais intermediários, esta deve ser substituída quando o caracol iniciar o contato direto com a calha e danificar o grão (quebrar). Transportadores de Correntes, para estes equipamentos, devemos manter sempre os roletes lubrificados. Para uma vida útil maior, cuidar da tensão da corrente, esta não poderá ficar nem frouxa e nem esticada, deverá ficar de forma normal entre os roletes (Para afastamento entre roletes guias de 1,5m – Flecha de flexão de 2 cm). Observar o trilho de condução da corrente localizado no fundo, o qual tem função de alinhamento da mesma. O desgaste é natural, não podemos permitir iniciar o desgaste da tampa do fundo. Quando da instalação, recomendamos deixar um afastamento entre o equipamento e piso de 15 cm com apoio no corpo lateral do transportador, possibilitando a retirar do fundo para manutenção. São algumas instruções técnicas para iniciar o recebimento da sua colheita. Importante é termos um plano de manutenção preventiva e corretiva e de um programa de capacitação dos operadores. Uma equipe capacitada para operação, com o domínio das melhores práticas, complementa e garante uma armazenagem segura. Conservação de grãos consiste em cuidar corretamente do mesmo, deste a recepção até guardar final em silos e armazéns, mantendo a integridade original da lavoura.

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¦Mercado¦ O risco de se consultar relatórios de mercado Por: Oswaldo J. Pedreiro | Novo Horizonte Consultoria e Assessoria

Você com certeza recebe dezenas de relatórios de mercado que são divulgados diariamente e que são distribuídos por outra centena de corretores do mercado a termo, cujos relatórios desempenham pelo menos duas funções bastante distintas no dia-a-dia do mercado brasileiro. Vamos comentar as duas funções a nosso ver mais representativas dos relatórios de forma resumida, para que os senhores possam avaliar cada ponto que será comentado. 1- A FUNÇÃO INFORMATIVA: - Os editores desses relatórios captam as informações junto aos órgãos governamentais, que por sua vez efetuam levantamento periódico de pesquisas estatísticas por amostragem junto às instituições de classes específicas e também através de consultas a cooperativas, associações de produtores e os próprios produtores agrícolas. Neste caso, é comum se preparar quadros estatísticos comparativos, onde se aborda de maneira bem elementar os dados de área plantada, produtividade, produção estimada entre outros itens abrangentes numa projeção estatística de comportamento de mercado. Nesses demonstrativos (sejam eles numéricos ou por gráficos), pode-se ter uma idéia generalizada do que pode vir a acontecer no mercado, tomando-se por base o comportamento de anos anteriores lastreados em números reais encontrados nos relatórios anuais da CONAB – apenas como exemplo de fonte de informação, 28 | Revista Grãos Brasil | Novembro/Dezembro 2016

mas existem uma vasta relação de fontes dedicadas a esse tipo de levantamento. 2- A FUNÇÃO ESPECULATIVA: - Com base nesses relatórios, cria-se uma perspectiva de mercado totalmente aleatória do ponto de vista CREDIBILIDADE, uma vez que a maioria dos técnicos (ou curiosos) e dos analistas de mercado fazem uso dessas informações para levar aos

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seus clientes qual será a tendência do mercado com base nesses números. Quando você começa a avaliar o que ocorreu em cada ano anterior, o erro mais comum que se comete é o de esquecer de levar em consideração as análises dos fatores que influenciaram o comportamento de cada mercado ao longo do ano, quando você teve variações de preço em função de clima, de oscilação de câmbio, de evolução de colheitas ou de demanda deste ou daquele mercado consumidor. Os mais renomados analistas de mercado norteamericanos se prendem em gráficos comparativos para TENTAR descobrir se o mercado vai ou não vai repetir o que aconteceu em anos anteriores – comparando todas essas variáveis possíveis – em cada período do ano/safra. Por sua vez, o mercado de bolsas (que chamamos de MERCADO FUTURO) sofrem influência direta dos especuladores que se posicionam nas bolsas de commodities para melhorar a rentabilidade do pacote de produtos incluídos nas cestas de produtos apresentados pelos fundos de investimento, distorcendo desta forma a lei de OFERTA E DEMANDA que deveria ser sagrada para o nosso mercado. E no bolo desses fundos de investimento vc pode encontrar diversas multinacionais do setor aproveitando as “deixas” para melhorar sua performance nas travas de comércio (HEDGE) de produtos realizados no mercado físico. E na ponta de produção, onde o produtor tem normalmente poucos recursos tecnológicos para operar o mercado tal qual uma trading company, por sua vez fica desnorteado sem saber exatamente o que fazer diante de tanta influência extra-mercado que mexe exatamente no seu minguado bolso onde ele tenta sempre guardar alguns centavos para cobrir despesas inesperadas no ciclo produtivo de sua propriedade. Se ele seguir os relatórios nunca vai conseguir realizar seu resultado; se fechar os olhos e travar as vendas em cima dos custos de produção (o que seria digamos próximo do ideal) ele vai se sentir prejudicado porque poderia ter esperado mais pra quem sabe vender melhor, e agindo desta forma sempre vende no pior momento do mercado, quando todos parece que decidiram vender ao mesmo tempo e os preços sofrem perdas elevadas e que vão interferir diretamente no seu resultado. O ideal seria o produtor ter um fundo de capital que lhe permita efetuar o HEDGE nas suas operações físicas travando posições contrárias em bolsas de mercado futuro, mas aí vamos voltar à primeira aula do curo intensivo de comercialização, que é o de definir qual o melhor momento para se firmar uma venda sem ter que perder os poucos fios de cabelo que ainda teimam em se manter na nossa cabeça! Vamos aos relatórios atualizados para que possamos ao menos imaginar o que o mercado nos pode oferecer num futuro próximo!...


¦Mercado¦

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¦Mercado¦

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¦Tecnologia¦ Quantificando a quebra técnica, medindo o PH do grão. Fabricando um medidor de PH provisório. Por: Silvio José Kolling |Equipasa – Tecnologia em Armazenagem e Conservação de Grão.

A identificação visual da quebra de peso do grão na armazenagem já foi facilmente percebida tanto pelos balanceiros quanto pelo pessoal do carregamento no momento do embarque. Em virtude dos caminhões toco e truck terem caçambas de pequenas dimensões. Frequentemente usava-se tábuas, conhecidas como “fominha” para alcançar o peso desejado, como mostra a figura abaixo.

A finalidade era aumentar o volume para que se conseguisse alcançar o peso que havia reduzido. Embora no momento do embarque se pudesse perceber a quebra de peso do grão, ainda assim essa diferença não era quantificada. Com o advento dos caminhões bitrem e rodotrem com

Soares, Carlos Eduardo M.Sc. GRÃOS BRASIL - DA SEMENTE AO CONSUMO | 33


¦Tecnologia¦ caçambas de grandes dimensões, essa quebra de peso deixou também de ser visualizada. O fato de não ser visualizada, não quer dizer que tenha desaparecido, a quebra de peso passou a ser invisível aos olhos mas continuou a ser percebida no resultado financeiro. Em vista disso, cada vez mais tem se tornado necessário o controle de peso hectolitro ou PH, ou que é conhecido como densidade ou peso específico da massa de grãos armazenada. Resultados obtidos em pesquisas pertinentes ao peso final do grãos armazenados comprovaram cientificamente a quebra de umidade e matéria seca resultante da atividade respiratória. Por essa razão, cabe ao armazenador buscar alternativas de monitoramento durante todo o processo de recebimento, secagem e armazenagem. Existem no mercado, balanças apropriadas à qualquer tipo de grão mas que até então eram destinadas especificamente ao Trigo. Novos determinadores de umidade já estão sendo lançados com esse recurso. Nesse ínterim, estamos disponibilizando a seguir, uma alternativa simples, porém funcional que permite uma avaliação bastante aproximada das variações de densidade ocorridas durante o processo de armazenagem de grãos. Para esclarecimento prévio: DENSIDADE. • A densidade é uma das propriedades mais características de cada substância. • É a massa da unidade de volume. • Obtém-se dividindo uma massa conhecida da substância entre o volume que ocupa. • Chamando m à massa, e v ao volume, a densidade, d, vale: d=m/v. PESO ESPECÍFICO. • O peso específico de uma substância é o peso da unidade de volume. • Obtém-se dividindo um peso conhecido da substância entre o volume que ocupa. • Chamando p ao peso e v ao volume, o peso específico Pc vale: Pc=p/v PESO HECTOLÍTRO. • O hectolitro é uma unidade de volume equivalente a cem litros, representado pelo símbolo hl. É o segundo múltiplo do litro e também equivale a 100 decímetros cúbicos (0,1 metros cúbicos). No caso da armazenagem de grãos, o peso hectolitro é comumente expresso em kg/litro. Fabricando um medidor de PH provisório. Inicialmente precisaremos de alguns vasilhames e ferramentas simples, facilmente obtidos no comercio. 34 | Revista Grãos Brasil | Novembro/Dezembro 2016

• 1 vasilha graduada com capacidade mínima de 1 litro • 1 garrafa de refrigerante 2 litros, de preferência lisa. • 1 funil • 1 estilete ou tesoura • 1 fita adesiva

Sob uma superfície nivelada, encha a embalagem graduada com água até o volume de 01 litro.

Com o auxílio do funil, transfira todo o conteúdo dessa embalagem para a garrafa pet.


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Uma vez feita a transferência e mantendo a garrafa sobre a superfície nivelada, passe a fita adesiva contornando a garrafa exatamente na linha d’água

Com o auxílio de uma régua ou similar, remove-se o excedente para que a superfície da amostra fique plana. Não tentar acomodar o produto, batendo ou agitando a embalagem.

Recorte a garrafa com cuidado para que a superfície fique plana. Nosso medidor já está pronto.

A partir de agora, o produto que entra em nossa unidade armazenadora, em todos diversos passos do processo que demandem a medição de umidade, passaremos a incluir a pesagem da referida amostra, assim como o seu lançamento em planilha de controle. É bastante simples como mostra o procedimento a seguir:

Pese o produto e anote o valor obtido. Obs.: Se usarmos sempre o mesmo recipiente para amostragem, torna-se desnecessária a determinação da “tara”. As pesquisas do INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA GOIANO com milho armazenado pelo período de 60 dias, visando determinar a importância do sistema de exaustão Cycloar na armazenagem produziu o seguinte gráfico:

Enche-se o medidor até o seu transbordamento natural.

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¦Tecnologia¦ Através desse procedimento pode-se identificar de maneira bastante clara, os índices de redução de peso específico ou PH ocorridos durante o processo de armazenagem. Trazendo o resultado dessa pesquisa para o nosso medidor temos a seguinte situação: PH do milho na entrada = 795kg/m³, ou seja; nossa amostra pesará 795g. PH do milho na saída = 763kg/m³, ou seja; nossa amostra pesará 763g. Diferença entre o peso da entrada e o peso de saída = 763 ÷ 795 = 0,95975 Então: 1 - 0,95975 = 0,04025, ou seja: Quebra de peso de 4,025%.

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¦Utilíssimas ¦ Curso em CAIASA

Durante o mês de outubro realizou-se um curso de 2 dias na empresa CAIASA localizada em Villeta, Asunción, Paraguai. CAIASA é a empresa mais importante em armazenagem, moagem e exportação do Paraguai. O principal processador de oleaginosas do país. Um numeroso, jovem e entusiasta plantel participou ativamente desta atividade de capacitação, que foi coordenada pelo Eng. Domingo Yanucci. Toda empresa que pretende manter sua máxima eficiência, deve sempre preocupar-se em atualizar e motivar seus funcionários operativos e de laboratório.

Participantes do evento

Tratamento Industrial de Sementes a serviço da produtividade brasileira

Bayer oferece soluções integradas ao produtor que busca sementes tratadas para a safra A safra de verão já começou e os produtores rurais estão a todo vapor para superar desafios de aumentar cada vez mais a produtividade. O manejo adequado, se realizado desde o início do plantio, pode viabilizar o máximo potencial produtivo das plantas. Assim, a escolha e a proteção das sementes se destacam no processo de produção. O ataque de pragas e fungos na fase inicial causam sérios prejuízos ao agricultor como a má formação das plantas e a perda de produtividade. Para isso a Bayer oferece um pacote de soluções integradas que visam a proteção da semente contra os fatores de risco da lavoura protegendo seu potencial produtivo. E, uma das inovações que a empresa

oferece ao produtor de sementes é o sistema de Telemetria, isto é, monitoramento online dos dados gerados no campo. Esta facilidade é muito importante, pois como existem máquinas operando em todo Brasil, o suporte técnico se torna muito mais eficiente. “Temos uma equipe dedicada a atender o produtor de sementes onde quer que ele esteja. Aconteceu alguma coisa com a máquina, ele liga para o Converse Bayer e daqui de Paulínia nós acessamos remotamente o equipamento e identificamos o problema”, explica Maurício Amade – Especialista em Serviços SeedGrowth. “Resolvemos em média 70% das ocorrências em menos de 30 minutos e assim, nosso índice de máquinas paradas é inferior a 1%”, conclui. Bruno Lemes, Coordenador de Serviços SeedGrowth, comenta que “além disso, o sistema de operação do equipamento proporciona ao produtor de sementes maior gestão dos recursos, facilidade de operação em plataforma mais amigável, e rastreabilidade através da emissão de relatórios”. A Bayer disponibiliza, em comodato, ao produtor de sementes, o modelo Tratador Contínuo por Bateladas, para as sementes de soja, milho, algodão, trigo, cevada, entre outras, podendo chegar a tratar 22 toneladas por hora. “Nossas máquinas estão operando em cooperativas e sementeiras que fazem mais de 70% do mercado de sementes de todo o Brasil”, enumera Lemes. De acordo com Siegfrid Baumann, gerente da Bayer SeedGrowthTM, (área de tratamento de sementes da empresa), a proteção das sementes é um passo muito importante para que o produtor possa iniciar bem sua lavoura explorando o potencial produtivo de cada cultura ou variedade aliados ao uso de alta tecnologia. Pioneira no Tratamento Industrial de Sementes, a companhia disponibiliza para o mercado a possibilidade do uso de sementes já tratadas e prontas para o plantio. A vantagem é que o agricultor economiza tempo e recursos, além de receber uma semente com dose exata dos produtos recomendados. Para mais informações sobre a divisão Crop Science, acesse nosso site: www.bayer.com.br e os nossos canais nas redes sociais: Facebook (www.facebook.com/BayerCropScience. BR); Twitter (@Bayer4CropsBR); YouTube (www.youtube. com/BayerCropScienceBR).

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¦ CoolSeed News ¦

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¦ CoolSeed News ¦

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¦Utilíssimas ¦ Cargill expande negócios em óleos industriais e compra SGS Microingredients

Nova fábrica sediada em Ponta Grossa permitirá que a empresa aumente o faturamento em aplicações industriais A Cargill assinou nesta quinta-feira, dia 10 de novembro, o contrato para a aquisição da SGS Microingredients (SGS Agricultura e Industria Ltda). A compra faz parte da estratégia de crescimento da empresa no Paraná. Segundo Paulo Hoffmann, gerente geral da Cargill Industrial Specialties no Brasil, o objetivo da empresa é incrementar a atual capacidade produtiva na linha de produtos industriais, bem como aquisição de capacitações não existentes nos ativos atuais da Cargill. “A planta traz capabilidades e processos complementares que agregam valor à cadeia já existente em Especialidades Industriais, atendendo melhor às necessidades do mercado”, explica. Os resultados da Cargill nesse setor nos últimos anos foram expressivos e acima da média do mercado. “Atualmente, a empresa tem um importante posicionamento dentro do mercado de óleos industriais, apresentando soluções inovadoras, de alto valor agregado e boa percepção por parte dos clientes. Nosso objetivo é ser líder no fornecimento de biosoluções e bioprodutos em substituição aos óleos derivados do petróleo”, ressalta Hoffmann. A SGS Agricultura, sediada em Ponta Grossa (PR), processa e produz oleoquímicos e emulsificantes para os segmentos alimentícios, nutrição animal e industrial no mercado doméstico e para exportação. Com capacidade produtiva na casa de 56 mil toneladas/ano, a fábrica possui 80 funcionários que serão contratados pela Cargill. O negócio de óleos industriais da Cargill atua também em Mairinque, onde a planta está no limite da produção. A fábrica com aproximadamente 90 funcionários não sofrerá impactos com o crescimento do negócio, já que a Cargill tem investido nessa área visando o aumento da capacidade produtiva e ampliação do seu portfólio global. A conclusão da transação depende de aprovações regulatórias do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE). Para mais informações, visite www.cargill.com e a central de notícias.

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SISTEMA DE BOAS PRÁTICAS DE ARMAZENAMENTO – SBPA /CASEMG

O Eng. Agrônomo José Carlos Alves Borges, da Companhia de Armazéns e Silos do Estado de Minas Gerais – CASEMG, nos faz chegar a uma excelente publicação, digna de ser imitada por outras instituições e empresas. Este Sistema veio sendo progressivamente desenvolvido por força de reais demandas de roteirizar e padronizar processos internos de controle de qualidade em unidades armazenadoras que passam por adequações para obterem várias certificações formais de capacitações técnicas e operacionais, sejam estas obrigatórias para cumprimento de legislações ou facultativas. Por fim, este livro consiste em modelo geral para o desenvolvimento de sistemas integrados de gestão de unidades armazenadoras de grãos, com base na documentação ISO 9.001 e HACCP e que contempla o uso de ferramentas de boas práticas de armazenagem, como os mapas de riscos/ fluxogramas, check list de verificação de não conformidades e auditorias técnicas de monitoramento e os procedimentos operacionais padrões – POP. Estes POP metodizam todas as etapas do processo produtivo, desde a recepção até a expedição, passando pela amostragem, análise laboratorial, limpeza, secagem, controle de pragas, higiene e segurança, manutenção e etc. Na prática, o SPBA vem sendo há alguns anos a base de aplicabilidade de boas práticas de armazenagem necessárias para a preservação das certificações conquistadas pela CASEMG, como a UTZ CERTIFIED E RAINFOREST ALLIANCE (aplicáveis à cadeia de custódia do café para exportação) - UA Monte Carmelo e Patrocínio, CERTIFICAÇÃO – GMP – Good Manufaturing Pratices (aplicável a grãos e farelo de soja para exportação) - UA de Araguari e Uberlândia, para milho, soja e farelo de soja e CERTIFICAÇÃO DE UNIDADES ARMAZENADORAS EM AMBIENTE NATURAL (Lei Federal de Armazenagem n° 9.793/ 2.000 e Decreto de Regulamentação n° 3.855/ 2001 e IN 29/2011) UA de Araguari, Patrocínio, Uberlândia e Uberaba. Trata-se de uma publicação de mais de 200 páginas. Os interessados poderão ter acesso virtual ao livro através do site www.casemg.gov.br ou se o desejarem em exemplar impresso, também poderão obtê-lo pelo contato, jose. borges@casemg.gov.br e telefones - celular VIVO (34) 9 9988- 6213, CLARO (34) 9 8406-4460 e fixo (34) 3842-1062 e (31) 3272 - 2833.


Há 80 anos a CASP e o Produtor Rural Brasileiro dão show em armazenagem de grãos Nosso agro é campeão de produtividade no campo. A CASP, que é pioneira em soluções de armazenagem de grãos e equipamentos para produção de proteína animal, faz questão de ajudar o produtor e o Brasil a crescer ainda mais.

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