Revista Grãos Brasil - Edição 91

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COLEÇÃO

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Publicação apoiada pela F.A.O. - Rede Latinoamericana de Prevenção á Perdas de Alimentos - ABRAPOS - CONAB - Ano XVI - Nº 91 - Julho / Agosto 2018

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02 EDITORIAL

Ano XVI • nº 91

Julho / Agosto 2018

www.graosbrasil.com.br Diretor Executivo Domingo Yanucci Administradora Giselle Pedreiro Bergamasco Colaborador Antonio Painé Barrientos Maria Cecília Yanucci Matriz Brasil Av. Juscelino K. de Oliveira, 824 Zona 02 CEP 87010-440 Maringá - Paraná - Brasil Tel/Fax: (44) 3031-5467 E-mail: gerencia@graosbrasil.com.br Rua dos Polvos 415 CEP: 88053-565 Jurere - Florianópolis - Santa Catarina Tel.: +55 48 991626522 graosbr@gmail.com Sucursal Argentina Rua América, 4656 - (1653) Villa Ballester - Buenos Aires República Argentina Tel/Fax: 54 (11) 4768-2263 E-mail: consulgran@gmail.com Revista bimestral apoiada pela: F.A.O - Rede Latinoamericana de Prevenção de Perdas de Alimentos -ABRAPOS As opiniões contidas nas matérias assinadas, correspondem aos seus autores. Conselho Editorial Diretor Editor Flávio Lazzari Conselho Editor Adriano D. L. Alfonso Antônio Granado Martinez Carlos Caneppele Celso Finck Daniel Queiroz Jamilton P. dos Santos Maria A. Braga Caneppele Marcia Bittar Atui Maria Regina Sartori Sonia Maria Noemberg Lazzari Tetuo Hara Valdecir Dalpasquale Produção Arte-final, Diagramação e Capa

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Estimados Amigos e Leitores Com grande alegria chegamos a vocês com esta nova edição da Grãos Brasil, da semente ao consumo. Apesar das grandes limitantes, juntos estamos trabalhando e melhorando a tecnologia de pós-colheita de grãos e sementes do Brasil. Em cada uma das edições apresentamos para vocês novas tecnologias, seja de controle de pragas, secagem limpeza, etc., que permitem otimizar os benefícios e manejar os grãos com menores perdas. Nesta edição a empresa Granfinale apresenta uma nova máquina de limpeza, que já demonstrou grande eficiência nos testes realizados. Também damos continuidade a nossa pauta sobre desenho de instalações que nos levará 6 edições Muitos países do mundo estão utilizando o silo bolsa e por isso encontramos oportuno apresentar as máquinas que se desenvolveram para trabalhar no armado e esvaziado deste sistema de armazenagem provisional. Como sabem nossa publicação por seu caráter técnico não apresenta informação que perca sentido rapidamente, mas nesta edição acreditamos que falar da perspectiva do comércio de soja, pode ser interessante. Convidamos a todos a participar, com ingresso livre e gratuito no Granos PC de Precisão XXI Expo Feira Internacional, que realizaremos nos dias 26 e 27 de setembro em Rosario (SF-Argentina), um dos maiores centros agroindustriais do mundo. Agradecemos aos editorialistas e as empresas e instituições que apoiam e publicam na Grãos Brasil, assim como aos milhares de leitores que dedicam seu tempo para promover um incremento dos conhecimentos. Não duvidem, esta é a base da mudança, cada um de nós deve-se converter em um líder, de maneira a levar o Brasil para um novo patamar. Que Deus abençoe seus trabalhos e família. Com afeto.

Domingo Yanucci Diretor Executivo Consulgran - Grão Brasil



04 SUMARIO

06 Configuração de treliças frente ao acúmulo de impurezas provenientes de produtos agrícolas - Eng. Klaus Strassburg e Prof. Evandro Marcos Kolling 10 Desenho de Instalações: Depósitos e Equipamentos de Manipulação - Eng. Domingo Yanucci

18 Um Olho no Trump, outro no Li Keqiang - Oswaldo J. Pedreiro 19 Presidente da John Deere afirma que capacitação é maior desafio para o futuro da agropecuária - Embrapa 23 Mercado internacional de soja O que se espera para os próximos 10 anos? - Julio Calzada 26 Armazenamento móvel uma solução lucrativa que dá poder para produtores rurais de diferentes portes - Marcher Brasil 29 Jovens do Programa Geração Futuro da Cargill fazem carreira na empresa e na região 30 Mudando paradigmas da armazenagem: O resfriamento, a tecnologia superadora - Eng. Domingo Yanucci 32 CEPTIS e Embrapa assinam acordo de cooperação para projetos de rastreabilidade segura na soja 33 Feijão orgânico chega à mesa do brasileiro 35 VII Conferência Brasileira e Pós-Clheita - Abrapós

36 Não só de pão... 38 CoolSeed News 40 Utilíssimas NOSSOS ANUNCIANTES

Revista Grãos Brasil - Julho / Agosto

COLEÇÃO

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CG AN

CO N

Publicação apoiada pela F.A.O. - Rede Latinoamericana de Prevenção á Perdas de Alimentos - ABRAPOS - CONAB - Ano XVI - Nº 91 - Julho / Agosto 2018

11 Resultados Dos Testes Com A Limpadora Rotativa Rotaer 250 - Claiton José Silveira de Souza e Carlos Eduardo Correa

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Impresso Especial 991225735-/2010-DR/PR

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06 TECNOLOGIA

Configuração de treliças frente ao acúmulo de

impurezas provenientes de produtos agrícolas ... os galpões, do ponto de vista estrutural, satisfazem bem a necessidade, no entanto, do ponto de vista funcional; geralmente constituemse em agentes potencializadores no desenvolvimento de pragas...

Eng. Klaus Strassburg Engenheiro Civil formado klaus.burg@hotmail.com

Evandro Marcos Kolling

Professor do Magistério Superior UTFPR kolling@utfpr.edu.br

Revista Grãos Brasil - Julho / Agosto

A armazenagem de produtos agrícolas representa uma das mais importantes etapas produtivas, por ser responsável pela manutenção da qualidade dos grãos até a fase de processamento. Atualmente, os galpões, do ponto de vista estrutural, satisfazem bem a necessidade, no entanto, do ponto de vista funcional; geralmente constituem-se em agentes potencializadores no desenvolvimento de pragas, o que pode comprometer a o trato e a qualidade dos produtos armazenados. Algumas dessas coberturas apresentam suscetibilidade ao acúmulo de impurezas, o que pode implicar na contaminação do ambiente, assim como, potencializar o desenvolvimento de pragas, apropriação de insetos, roedores, aves e microrganismos, além de implicarem diretamente nas despesas

operacionais de uma Unidade de Armazenamento. O resultado final é um elevado custo de armazenagem e o aumento do índice de perdas. Sendo assim, estudaram-se os alguns padrões de coberturas, mais especificamente de treliças comumente empregados nos galpões, de modo a propor um padrão estrutural que seja capaz de atender os requisitos técnicos dimensionais aliados à redução do potencial acúmulo de impurezas em seus elementos construtivos. O trabalho foi realizado partindo de duas tipologias que apresentam melhor eficiência quanto à taxa de consumo de aço e quanto ao deslocamento vertical do pórtico, por sua resistência. São estas a treliça de banzos paralelos e a treliça em arco. A Figura 1 apresenta os pórticos citados.


TECNOLOGIA 07

Figura 1 - Tipologias de galpões: (a) Treliça de banzos paralelos; (b) Treliça em arco. - Fonte: CHAVES (2007)

Tais padrões de treliça são compostos em sua maioria por aço nos perfis U e dupla cantoneira (2L), apresentando concavidades propícias ao acúmulo de impurezas. Portanto, a partir dos pórticos citados foram realizadas e simuladas modificações em componentes, assim como em suas posições até a obtenção da melhor configuração técnica para galpões armazenadores. A treliça deve atender aos requisitos estruturais para que seja eficiente, ou seja, as barras devem suportar as forças axiais de tração e compressão à que estão sujeitas, além do que, o pórtico deve suportar a flecha limite. Para determinação dos carregamentos incidentes na estrutura por meio das combinações de ações, bem como o dimensionamento da treliça foi

utilizada a norma NBR 8800 (ABNT, 2008). Além disso, utilizou-se o software “Ftool” para determinar os esforços incidentes nos elementos da treliça provenientes dos carregamentos. O mesmo procedimento de cálculo foi utilizado para todos os padrões de treliça. Para sugerir modificações nas treliças deve-se conhecer o ângulo de repouso das impurezas características dos locais de armazenagem. Isso, para estabelecer a inclinação da superfície necessária para que as impurezas escorram por gravidade. Portanto realizou-se o ensaio para determinação do ângulo de repouso das impurezas. Tal procedimento utilizou-se de uma amostra referente ao armazenamento do grão da soja e possui pedaços de casca do produto, bem como seu farelo, pó e restos de matéria orgânica; retirados de ciclones das maquinas de limpeza. O dimensionamento da configuração inicial de treliça de banzos paralelos foi baseada em um vão de 20 m, 11 nós na parte superior, inclinação da cobertura de 10%, banzos superior e inferior no perfil U, além das diagonais e montantes no perfil de dupla cantoneira, como apresentado na Figura 2.

Figura 2 - Configuração inicial de treliça de banzos paralelos. Fonte: Autoria própria (2018).

As bitolas dos perfis foram retiradas do catálogo da Gerdau e definidas de acordo com o dimensionamento. As modificações que devem ser realizadas na treliça inicial tratam de não permitir o acúmulo de impurezas nas barras constituintes da estrutura e isso é obtido na medida em que as impurezas escoem por gravidade, ou seja, estejam sujeitas à uma superfície cujo ângulo de inclinação seja maior que seu próprio ângulo de repouso. Sendo assim, realizou-se o ensaio de determinação do ângulo de repouso característico do material das impurezas, cujo resultado foi em média 39,8º. A primeira modificação realizada na treliça foi aumentar o número de nós para que as barras diagonais, que antes possuíam inclinação inferior a 39,8º, passassem a apresentar inclinações superiores a esta. Portanto, foi necessária a quantidade de 17 nós na parte superior da treliça, resultando em diagonais com 42º de inclinação. Esta configuração recebeu o nome de treliça 2. Na medida em que se aumentou o número de nós da treliça, pode-se diminuir a bitola dos perfis, ainda resistindo aos carregamentos. Tal procedimento foi realizado, recebendo o nome de Treliça 3. Porém nota-se que a as impurezas que escorrem das diagonais e montantes se depositam no banzo inferior, sendo assim selecionou-se um perfil para os banzos que não retivesse as impurezas. O perfil escolhido foi o de cantoneira rotacionada com a concavidade para baixo, como apresentado na Figura 3. www.graosbrasil.com.br


08 TECNOLOGIA

Figura 3 - Perfil de cantoneira rotacionada com a concavidade para baixo. Fonte: Autoria própria (2018).

Observa-se que ambas as abas da cantoneira foram um ângulo de 45º com a horizontal, fazendo com que as impurezas escoam também por gravidade e não se acumulem nos elementos da treliça. Assim sendo, o padrão de treliça sugerido não apresenta pontos de acúmulo de impurezas. Portanto, dimensionou-se a bitola dos perfis chegando na configuração da Treliça 4, como apresenta a Figura 4.

Figura 5 - Treliça em arco: (a) Configuração Inicial; (b) Configuração Final. Fonte: Autoria própria (2018)

Tabela 1 - Consumo de aço.

Figura 4 - Configuração da Treliça 4: (a) Pórtico; (b) Modelo 3D. Fonte: Autoria própria (2018)

O mesmo procedimento de cálculo e modificações foram realizadas na treliça em arco, sendo ainda efetuado o redirecionamento das barras diagonais. A Figura 5 apresenta as configurações inicial e final da treliça em arco. Na medida em que são feitas modificações nos elementos da treliça, altera-se o consumo de aço da estrutura. A Tabela 1 apresenta a comparação do consumo de aço das treliças apresentadas em relação à Configuração inicial de sua respectiva tipologia. Revista Grãos Brasil - Julho / Agosto


TECNOLOGIA 09 Observa-se que a inclusão de nós causou um aumento do peso próprio, além do aumento da resistência, sendo assim possível substituir os perfis por outros de bitola menor. Esse fato causou um decréscimo do peso próprio das treliças e consequentemente uma diminuição do consumo de aço. Ainda, ao resolver a problemática do acúmulo de impureza nos banzos, a substituição do perfil U pelo perfil de cantoneira rotacionada, cuja área de seção transversal é inferior, reduziu ainda mais o consumo de aço. As treliças de banzos paralelos e em arco apresentaram resultados excelentes, pois quando modificadas, além de atenderem ao quesito de redução do potencial acúmulo de impurezas nos elementos construtivos, apresentaram menor taxa de consumo de aço, sendo a treliça de banzos paralelos 21%, e a treliça em arco 12% mais leves que suas respectivas configurações iniciais. Visto que, a taxa de consumo de aço tem relação direta com o custo da treliça, as configurações modificadas apresentaram vantagens funcionais e econômicas em sua utilização. Dessa forma, demonstrou-se uma ótima opção para serem empregadas nas coberturas de galpões de armazenamento agrícola. Deve-se ressaltar que as análises realizadas no trabalho não levaram em conta os custos com mão de obra, instalação e produção das estruturas. Além disso, são válidas para o vão de 20 metros. Ainda, tais análises não contemplam os carregamentos vinculados a sistemas transportadores, sistemas de termometria e outros. Contudo, considerando a no-

tória implicação destas estruturas no trato dos produtos e a evidente necessidade de expansão das Unidades, é necessário reunirmos esforços para obtermos estruturas especificas para a atividade, sem adaptações. Assim, apresentamos aqui, de forma provocativa, nossa pequena contribuição.

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10 DESENHO

Desenho de Instalações Depósitos e Equipamentos de Manipulação

Grãos como o feijão, amendoim, arroz, café, frequentemente se vêem favorecidos por uma maior versatilidade das bolsas. Os silos bolsa plásticos tem características intermédias entre bolsas clássicas e a granel.

Eng. Domingo Yanucci

Consulgran - Granos - Grãos Brasil graosbr@gmail.com

Revista Grãos Brasil - Julho / Agosto

Nos equipamentos de manipulação é fundamental considerar uma capacidade suficientemente ampla, superando pelo menos uns 25 % as máquinas de manejo (peneiras – secadora), em nenhum caso deve-se instalar uma máquina de movimentação de grãos de capacidade inferior a uma anterior. Também é necessário considerar a qualidade dos materiais, de maneira que não se desgastem na primeira safra. Os equipamentos devem tratar adequadamente o grão e contemplar

os desenhos modernos de alta eficiência e mínimo gasto. Em todos os casos devemos pensar em provedores confiáveis que nos assegurem a disponibilidade de respostas rapidamente. As características do lugar de construção, desenho e material de construção dos depósitos, são algumas das variáveis que atuam determinando a conservação da qualidade dos grãos e sementes. No seguinte quadro apresentamos as vantagens e inconvenientes do manejo com bolsas e a granel.


DESENHO 11

Em função da maior eficiência, o manejo de grãos, realiza-se quase em sua totalidade em granel; porém a necessidade de classificação e distribuição das sementes encontra no manejo em bolsas maior praticidade. Grãos como o feijão, amendoim, arroz, café, frequentemente se vêem favorecidos por uma maior versatilidade das bolsas. Os silos bolsa plásticos tem características intermédias entre bolsas clássicas e a granel. Os depósitos a granel devem reunir pelo menos as seguintes características: Estrutura adequada – Solidez (deve suportar todas as cargas quando se carga e descarga) – Impermeabilidade (o depósito deve proteger das variações climáticas e do ataque de insetos e ratos, deve-se evitar o ingresso de umidade. A vedação ajuda para um bom expurgo). Mantimentos de qualidade (deve facilitar a inspeção – considerar também sistemas de termometria, aeração, espalhadores, etc..), equipes adequadas para manipulação. Entre os aspectos básicos para considerar um desenho temos: 1. Quanto grão recebe por dia (pico). Aqui nós temos que considerar os volumes máximos por dia, de maneira que não se acumulem caminhões. Também sabemos que a tendência dos armazéns é receber cada vez mais. 2. Quantos grãos distintos receberam simultaneamente. Este é um tema muito importante, depende das características produtivas da região, pode ser que de distintas origens ingresse soja e milho simultaneamente. 3. Que tonelada deverá secar e os níveis máximos de ingresso de umidade. Está claro, que todas as safras não são iguais, mas devemos estimar que porcentagem de grãos e com que umidade deveremos secar. 4. Quanto grão de colheita de inverno (trigo – cevada) 5. Quanto grão de colheita de verão (milho – soja) 6. Tempo de armazenagem para os diferentes grãos. Em diferentes regiões temos tempo de armazenagem variado, de 12 meses a 1 mês, dependendo do tipo da indústria, forma de comercialização, localização, produtividade da região, disponibilidade de transporte, etc.. 7. Expectativas de crescimento. Deve-se prever espaços e infraestruturas pensando nos crescimentos futuros, tanto na recepção, como no acondicionamento, assim como na armazenagem e despacho. 8. Considerações comerciais.

Estes 8 pontos nos orientam sobre: Número de moegas – número de elevadores de canecas – coletor de amostras tombadores – capacidade do secador e outros equipamentos de acondicionamento – número e capacidade de silos de recepção – número e capacidade de depósitos de armazenagem prolongado. Claro que a esta informação temos que somar o referente a qualidade que se pretende comercializar, informações dos mercados, etc.. O bom conhecimento dos custos põe de manifesto como devemos mudar o enfoque na aquisição dos equipamentos. Por exemplo no caso de um silo, que afeta principalmente com a amortização e os juros e onde o gasto é pequeno, devemos ter maior atenção no preço inicial (valor do investimento); no caso de um secador, onde os gastos tem um rol mais preponderante, a qualidade do secado, assim como o consumo de energia, incidem mais na tomada de decisão que o valor inicial da compra. Veremos a continuação das diferenças básicas entre um silo convencional e um silo moderno. Para os que não conhecem de tecnologia de pós-colheita, estas diferenças podem não ser advertidas, mas tem uma grande importância. Já a última década se armam os silos com as estruturas por fora, isto é uma boa ideia, também se aumentar o número de extratores de ar e se melhorar as escadas de serviço. Mas ainda temos muitas coisas para fazer dos silos uma ferramenta mais eficiente. Sobretudo devemos dizer que os silos modernos têm menores perdas de grãos (tanto quantidade como qualidade). Aerações: Mais de 95% das aerações instaladas no Brasil resultam pobres, se instalaram aerações copiadas às das americanas, que tem um clima muito mais frio e com mais horas por dia propícias para aeração. Por esta razão os americanos resfriam em 1 semana e aqui no Brasil em 2 ou 3 semanas, e a maiores temperaturas. Isto faz toda a diferença na conservação. Então temos 2 alternativas, onde o clima nos permita aumentar aos níveis necessários e na grande parte do Brasil instalar o resfriamento artificial. Então a vasão baixa implica menos ventiladores, menos superfície de chapa furada, etc..

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12 DESENHO

Normalmente as aerações não tem instalado conta horas, para saber como vai o manejo do sistema. Os armazéns comumente dispõem de sistemas de controle das condições do ar (temperatura – umidade relativa), mas nenhum silo dispõe de um controle das condições do ar de saída, portanto sabemos como ingressa o ar, mas não se sabe como sai e, portanto, não dá para definir o que é que o sistema de aeração esta fazendo na massa de grãos. Sensores de ingresso e regresso: Estes instrumentos se conhecem há muitos anos. Os sensores das condições do ar normalmente se instalam quando se pretende trabalhar com aeração em forma racional, assim como quando se instalam sistemas de automatização. O que os depósitos não têm, são instrumentos que permitam conhecer as condições do ar de saída. Então se você sabe como ingressa o ar, mas não sabe como sai, não sabe com certeza o que é que o ar esta fazendo no granel. Termometria: Seguindo com a ideia de abaratar o silo instala-se menos termômetros (cabos) e desta forma os silos tem necessidade de menos estrutura. Normalmente se instala o mínimo que a CONAB estabelece. Resultando quase a metade dos cabos do que têm países como: Estados Unidos de Norte América ou Argentina, países que tem climas melhores para a armazenagem. Os silos modernos devem contar com uma adequada termometria, de maneira de detectar esquentamentos mais cedo, assim como de sinal sem fio, de maneira que o dado da leitura chegue ao computador sem mudanças.

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Descarga por gravidade: Sempre que seja possível devem instalar-se descargas por gravidade laterais. Desta forma aumenta-se consideravelmente os pontos de cargas do caminhão. Usar esta tecnologia evita movimentos extras, por equipes em funcionamento, maiores desgastes dos equipamentos, etc.. Espalhadores: As empresas fornecedoras de silos dispõem de espalhadores, com diversas eficiências e caraterísticas. Os espalhadores devem instalar-se nos depósitos onde o grão vai permanecer armazenado, de maneira a diminuir, a possibilidade de esquentamentos no coração do granel. Exaustores: Como comentamos, os silos mais novos têm normalmente mais exaustores fixos, mas ainda resultam insuficientes, sobretudo nas regiões de maiores temperaturas. Sistemas como os desenvolvidos pela Cycloar, que permitem eliminar calor e umidade que se gera entre os grãos e o teto dos silos, são bem necessários. Sensor de nível: Este tipo de instrumento resulta um bom aliado quando se deseja estimar os volumes armazenados (stock). Mas ainda não estão muito difundidos entre nós.


TECNOLOGIA 13

Resultados Dos Testes Com A Limpadora Rotativa Rotaer 250

Claiton José Silveira de Souza Gerente de Operações - Belagrícola

Carlos Eduardo Correa

Coordenador de Operações e Qualidade Belagrícola

Os testes de avaliação da máquina de limpeza rotativa ROTAER 250, fabricada pela Granfinale Sistemas Agrícolas, com soja foram realizados na unidade da Belagrícola de Cambé – PR nos meses de abril e maio de 2018. Avaliou-se o rendimento (t/h de processamento), a eficácia (qualidade da classificação) e a eficiência (% de impurezas totais retiradas da massa de grãos) da máquina, cujos resultados são apresentados a seguir. No momento do startup, a capacidade nominal (estimada) de transporte das linhas existentes na unidade era de até 200 t/h, para fluxo de produto seco, e até 100 t/h, para o fluxo de produto úmido. Os transportadores e conexões foram ajustados e modificados durante os testes e startup e chegaram a 150 t/h

para a linha úmida e 180 t/h para a linha seca. EQUIPAMENTO A ROTAER 250 é uma máquina para pré e/ou pós-limpeza de grãos. A capacidade de processamento de soja divulgada pela fabricante é de 240 t/h, na configuração de prélimpeza, e de 192 t/h, na configuração de pós-limpeza. A configuração testada inclui um painel de controle com um controlador (PLC) e uma tela touchscreen (IHM) onde são carregadas “receitas de fábrica” ou definidas novas receitas de acordo com o tipo de grão recebido. Através do PLC é possível definir alguns parâmetros de funcionamento dos atuadores, da rotação do exaustor e do tambor rotatório das peneiras. www.graosbrasil.com.br


14 TECNOLOGIA

Figura 1 - Painel de controle com IHM touch-screen colorida

A entrada de grãos ocorre em uma caixa na parte superior da máquina onde se forma uma cortina de grãos, através do acionamento de uma aba automatizada. As impurezas finas e leves (palhas, cascas e poeira) são retiradas por um sistema de exaustão em um compartimento que permite a separação de pequenos detritos em suspensão. Estes se precipitam e são removidos através de uma rosca extratora. A poeira e partículas muito leves são direcionadas para um sistema de reaproveitamento de ar (recirculador de ar) e retiradas através de um pequeno ciclone. O produto que passou pelo fluxo de ar (exaustão) cai em um tambor rotatório com quatro decks de peneiras que separam os grãos de impurezas grossas, na configuração de prélimpeza, ou separam os grãos de fragmentos de grãos (quirela) e impurezas grossas, na configuração de póslimpeza. O produto limpo / padronizado é direcionado para um transportador que alimenta os silos ou secadores.

REGULAGENS Para o processamento da linha úmida, utilizou-se o equipamento com a configuração padrão de pré-limpeza, ou seja, as peneiras dos quatro decks estavam com crivos circulares para permitir a passagem do produto e reter as impurezas graúdas (vagem e impurezas grossas). O sistema de exaustão foi configurado para arrastar as impurezas leves e finas. Com a configuração de pré-limpeza, onde o fluxo chegou a 150 t/h, os resultados atenderam às expectativas desejadas para os parâmetros de eficiência da limpeza, eficácia e rendimento, ressalvando que os transportadores existentes não permitiram processar maior volume.

Figura 3 - Esquema de entrada e saída de produtos da Rotaer 250 configurada para pré-limpeza

Figura 2 - Imagem em computação gráfica da Rotaer 250 com rerciculador de ar Revista Grãos Brasil - Julho / Agosto

Para o processamento da linha seca, utilizou-se o equipamento com a configuração padrão de pós-limpeza, ou seja, a peneira com crivos circulares entre 3 mm e 5 mm estava instalada no primeiro deck de peneiras, permitindo somente a passagem de impurezas finas (quirela), que foram transportadas separadamente do produto processado. A partir do segundo deck, utilizou-se peneiras com crivos circulares para retirar as impurezas graúdas, de acordo com as características de cada produto, permitindo a passagem dos grãos e retendo a vagem e impurezas grossas ainda existentes na massa de grãos e que não foram retiradas


TECNOLOGIA 15 pelo processo de pré-limpeza. Na configuração de póslimpeza, o fluxo alcançado foi de 180 t/h, em função da capacidade limitada dos transportadores na unidade. Nas análises das amostras, constatou-se pouca passagem de quirela e vagem na soja processada e pouca passagem de soja na vagem retirada pelas peneiras.

40% de impurezas finas (quirela) e 20% de palha (leves). Então, para realizar um balanço de massa do equipamento, considerou-se uma massa de grãos de entrada (antes da limpeza) com a seguinte composição sobre o total de produto processado: 0,672% de vagem, 0,672% de quirela e 0,34% de palha. Portanto, com o fluxo teórico de 150.000 Kg/h, transformou-se as amostras em quantidades aproximadas de cada um dos componentes. Assim, o equipamento tratou de uma massa de entrada contendo 147.480 kg de soja, 1.008 kg de quirela (fragmentos de grãos), 1.008 kg de vagem e impurezas grossas e 504 kg de impurezas leves (palhas). IMPUREZAS LEVES Foram coletadas amostras nas saídas de impurezas finas e leves para determinar o percentual de quirela retirada pelo sistema de exaustão, produto este que possui valor agregado e não deve ser retirado nesta operação. De acordo com as amostras, do total de impurezas leves retiradas pela ROTAER 250, 99,54% foram impurezas e apenas 0,46% foram quirela.

Figura 4 - Esquema de entrada e saída de produtos da Rotaer 250 configurada para pós-limpeza

METODOLOGIA Para realização do presente trabalho, foi necessário primeiramente entender o fluxo de produto, impurezas e vagem em uma máquina de limpeza rotativa, cujo processo de funcionamento é diferente de uma máquina de limpeza tradicional. Estas informações foram levantadas in loco através de amostras retiradas em pontos cruciais. Todas as amostras foram coletadas em balde, homogeneizadas e quarteadas. Pontos de coletas de amostras: - Entrada de Grãos. Essa análise serve de parâmetro para classificar o produto e o tipo de cada impureza que entrou no processo. - Saídas de impurezas leves e finas (palha). Esta amostra serve para determinar a eficiência do sistema de exaustão do equipamento para limpeza do produto. - Saída de impurezas finas (quirela). Coleta realizada na saída de impurezas finas do primeiro deck de peneiras com máquina configurada para pós-limpeza. Esta amostra serve para determinar a eficiência do equipamento para a retirada de particulados do produto. - Saída de impurezas grossas (vagem). Serve para determinar a eficiência do equipamento na retirada das impurezas grossas do produto; - Saída de produto. Serve para determinar a eficiência do equipamento na limpeza do produto processado. Para efeito de cálculo de quantidades utilizou-se um fluxo teórico de 150 t/h. Portanto, todas as análises com resultados percentuais foram transformadas em quantidades (kg ou g) considerando-se um fluxo hipotético de 150 t/h. ANÁLISES PRODUTO DE ENTRADA O teste realizado foi com a soja que estava armazenada previamente em um silo pulmão, com 1,684% de impurezas totais. A proporção das impurezas foi de 40% de vagem,

Transformando os resultados da amostra em valores aproximados com um fluxo teórico de 150.000 Kg/h, o sistema de exaustão retirou 395,54 Kg de material, sendo que 393,54 Kg foram de palha (impurezas) e apenas 2 Kg foram de quirela (que tem algum valor comercial). PARTICULADOS (QUIRELA) Foram coletadas amostras no primeiro deck de peneiras para determinar o percentual de grãos particulados (quirela) retirado pelo tambor rotatório (peneira 4,5). De acordo com as amostras, do total de material retirado na saída de particulados, 99,32% foram de quirela e, apenas 0,68%, de impurezas leves.

Transformando os resultados das amostras em valores aproximados com um fluxo teórico de 150.000 Kg/h, constata-se que a ROTAER 250 retirou um total de 801,46 Kg de material no primeiro deck, sendo que 796,00 Kg foram de quirela e apenas 5,46 Kg foram de impurezas leves misturadas à quirela. IMPUREZAS GROSSAS (VAGEM) - Foram coletadas amostras na saída de impurezas grossas do equipamento e constatou-se uma pequena passagem de grãos junto com a vagem. Do total retirado na saída de vagem, 0,82% foram soja e 99,18% foram vagem.


16 TECNOLOGIA

Transformando os resultados das amostras em valores aproximados com um fluxo teórico de 150.000 Kg, o equipamento retirou 804,59 Kg de material pela saída de impurezas grossas, sendo 796,00 Kg de vagem e apenas 5,46 Kg de soja, o que significa uma “perda” de 0,003% de soja entre a vagem. PRODUTO PROCESSADO (LIMPO) Foram coletadas amostras na saída de produto processado para cálculo final de eficiência do equipamento. As análises foram as seguintes:

De acordo com as amostras, o produto saiu dentro dos padrões comerciais com relação ao quesito impurezas, resultando em 0,35% das mesmas na massa total de produto processado. O produto final, depois de processado, apresentou 0,14% de vagem, 0,14% de quirela e 0,08% de palha. Transformando os resultados de amostras em valores aproximados, com um fluxo teórico de 150.000 Kg/h, obteve-se 147.998,41 Kg de produto acabado (processado), sendo que deste volume, 147.473,41 Kg foram soja, 210 Kg foram quirela, 210 Kg foram vagem e 105 Kg foram palha. EFICÁCIA Considera-se como eficácia da máquina a sua capacidade de extrair somente o tipo de material a que se propõe em cada uma de suas saídas, sem que esse material esteja “contaminado” por materiais de outras naturezas. Dessa forma, o resultado foi o seguinte:

EFICIÊNCIA GERAL O sistema de exaustão para impurezas leves e finas retirou 393,54 Kg de palha do total de 504 Kg, resultando em uma eficiência de 78,08%. O sistema de tambor rotatório de peneiras para retirada de impurezas grossas extraiu 798,00 Kg de vagem do total de 1.008 Kg, resultando em uma eficiência de 79,16%. O equipamento retirou no primeiro deck de peneiras 796,00 Kg de quirela um total de 1.008 Kg, resultando em uma eficiência de 78,96%. Revista Grãos Brasil - Julho / Agosto

Acima, foram desdobradas as eficiências por tipo de resíduos (leves + finos, quirela e grossos) e produto acabado. Para o cálculo da eficiência geral do equipamento, basta dividir o total de produto padronizado (saída produto) pelo total de entrada (fluxo) para saber o quanto de impurezas foi retirado do total de 1,684% que havia no produto antes do processamento. O demonstrativo de cálculo é o seguinte: Eficiência Geral (%) = {[1 – (147.998,41 Kg / 150.000,00 Kg)] x 100} / 1,68% Eficiência Geral (%) = {1,334%} / 1,68% Eficiência Geral (%) = 79,42%

Portanto, o quadro resumindo das eficiências por tipo de resíduos e produto é o seguinte:

CONCLUSÃO Embora a capacidade máxima da linha de transporte existente na unidade tenha alcançado 180 t/h, ou seja, 20 t/h a menos que a desejada, é seguro concluir que a máquina atingiria as 200 t/h na configuração de póslimpeza. Com relação a eficiência de limpeza dos grãos e qualidade dos resíduos, a máquina atende aos padrões de classificação comercial, tanto na pré (linha úmida), como na póslimpeza (linha seca). A sua eficiência geral (capacidade de retirada das impurezas contidas na massa de grãos) foi de 79,42% com uma eficácia média (retirando-se somente aquilo a que se propõe em cada saída de impurezas) foi de 99,35%. Sua alta eficiência e eficácia é em decorrência dos inúmeros ajustes que podem ser feitos em quatro pontos de regulagem: ventilação, peneiras, inclinação e velocidade do tambor rotatório.


TECNOLOGIA 17 O esquema a seguinte sintetiza a eficácia e eficiência da Rotaer:

altura e largura total são semelhantes aos das limpadoras convencionais, embora seu comprimento total (cerca de 6m) seja maior, o que demanda um pouco mais de espaço para a instalação. A ROTAER gera baixo ruído dentro da casa de máquina e baixo consumo de energia elétrica. Não se constataram vibrações durante o funcionamento do equipamento, uma vez que o sistema rotativo de peneiras é de baixa velocidade. O sistema autolimpante das peneiras mostrou-se eficiente, sem a necessidade de paradas para desobstrução dos orifícios. O sistema de automação, com painel de controle em tela touch-screen colorida, tem uma interface amigável com o operador e apresentou um bom desempenho durante os testes. Esse tipo de solução se mostrou bastante útil no dia a dia da operação.

Figura 5 - Resumo da eficiência e eficácia de limpeza da ROTAER 250 na configuração de pós-limpeza

Mesmo quando se reduziu para 150 t/h a entrada de grãos para processamento na máquina, sua eficácia e eficiência se mantiveram semelhantes (estáveis) às observadas na condição de processamento maior (180 t/h). A recirculação interna do ar, que leva à redução de investimento em ciclones e/ou filtros de manga, mostrou-se eficiente e com menor impacto sobre o meio ambiente. Porém, é recomendável a canalização das impurezas para evitar a contaminação da casa de máquinas com particulados. Sua

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18 COMÉRCIO

Um Olho no Trump, outro no Li Keqiang A estimativa é de uma produtividade média de 50 sacas por hectare até o momento.

Oswaldo J. Pedreiro

Novo Horizonte – Assessoria e Consultoria contato@nhassessoria.com.br

Revista Grãos Brasil - Julho / Agosto

Os nomes podem ser esquisitos, mas a influência no mercado é bem conhecida. Bastou surgir o rumor de que os dois estão tentando se acertar com as tributações sobre as exportações e importações, o mercado no final do mês de julho já mostrou boa recuperação nas cotações da CBOT, deixando a impressão de que as exportações americanas de soja poderão voltar a ser negociadas para a China, resultando em melhores preços para os produtores norte-americanos. Para nós, brasileiros, essa notícia pode e deve influenciar nos preços aqui no Brasil pois, se de um lado teremos uma redução nos volumes estimados de exportação para a China, em compensação os preços unitários ganharão considerável reforço nas quantidades que forem exportadas em 2018, bem assim como para os contratos futuros ainda por concretizar. Por outro lado, as condições das lavouras norte-americanas têem sido anunciadas como boas e excelentes, em comparação com os anos anteriores, o que pode significar uma produ-

tividade por hectare acima das melhores previsões do USDA. Os níveis atuais na CBOT voltaram a se firmar acima de 9 dólares por bushel podendo resultar em uma produção mais favorável para os produtores norte-americanos, e consequentemente culminando em melhores resultados no final do exercício. Outro ponto importante a ser analisado é que, com melhores preços de venda da presente safra esse fator com certeza irá provocar um maior interesse para os produtores em geral a aumentarem suas áreas de plantio para a próxima temporada. Tudo isso são meros palpites lançados à luz das atuais circunstâncias, todavia a grande incógnita ainda está alojada nas cabeças pensantes dos dois maiores líderes mundiais, conhecidos pela sua inconsistência nas decisões que possam vir a facilitar a decisão do que se plantar na próxima safra. Resta aguardar os acontecimentos e esperar que boas decisões venham a ser anunciadas e a partir daí possamos definir com tranquilidade o que plantar e pra quem vender.


CAPACITAÇÃO 19

Presidente da John Deere afirma que capacitação é maior desafio para o futuro da agropecuária A capacitação de pessoas é o maior desafio para o futuro do setor agropecuário na opinião de Paulo Herrmann, presidente da John Deere no Brasil e um dos conferencistas do VIII Congresso Brasileiro de Soja, que está sendo realizado no Centro de Convenções em Goiânia (GO). Em sua conferência com o tema “Inovações e desafios na mecanização agrícola” Herrmann não abordou novas tecnologias que cada vez mais são utilizadas no campo. Para ele o uso de drones, tecnologias geoespaciais, inteligência artificial entre outras já está virando realidade e farão cada vez mais parte do dia-a-dia do setor produtivo. Entretanto, de nada adiantarão se não houver pessoas capacitadas a trabalhar com essas inovações. Um exemplo citado pelo palestrante é o da quantidade de informações que são geradas diariamente por colheitadeiras e são perdidas por falta de pessoas capacitadas para trabalhar com essas informações. “Está faltando gestão, está faltando profissional para destrinchar esses dados. A tecnologia de máquinas e sementes correu na frente, mas a capacitação de pessoas não acompanhou”, disse Paulo Herrmann. De acordo com ele, o problema só será resolvido com atualização das grades curriculares de cursos técnicos e superiores no país. A maior parte deles continuam com a mesma estrutura por décadas e não se adequaram às demandas que surgiram no campo. “Precisamos fazer com que nossas instituições se preparem para dar conta de toda tecnologia que já está por aí . Nosso sistema de ensino, pesquisa e extensão está parado no tempo. Hoje temos dificuldade de encontrar profissionais que tenham capacidade de transformar todos esses números e esses dados gerados pelas máquinas em informação. Precisamos de tecnólogos, nossos institutos federais precisam ser ruralizados e temos de recompor nossa extensão rural”, elenca Herrmann. A deficiência de conectividade no campo também foi apontada por Herrmann como um desafio a ser enfrentado bem como a questão da harmonia geracional. Em relação ao primeiro, o palestrante citou ações da própria John Deere visando o aumento do acesso à internet na zona rural. “O desafio que nós temos é sobre a questão da conectividade. Toda essa tecnologia embarcada que os equipamentos possuem, na medida em que você não consegue transferir os que as máquinas adquirem no processo natural de produção, ela se torna uma máquina cheia de enfeites

tecnológicos, mas de pouco uso prático”, afirma. Já em relação à sucessão familiar, ressaltou a importância de se atrair as novas gerações para permanecerem no campo. Contextualizando a o cenário global futuro sobre a demanda de alimentos, Hermmann mostrou que o Brasil deverá ser o maior responsável pelo aumento da produção. Para isso precisará melhorar a eficiência produtiva, aumentando a produtividade e reduzindo perdas. Como exemplo da baixa eficiência, mostrou dados de um monitoramento feito em uma grande fazenda que mostrou que as colheitadeiras trabalham em média apenas 2,4 horas por dia, um número considerado muito baixo tendo em vista o investimento feito no maquinário. De acordo com Paulo Herrmann, parte desse aumento na eficiência produtiva virá com o terceiro grande salto do setor agropecuário brasileiro, a integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF), possibilitando uma produção cada vez maior e mais sustentável. Congresso Promovido pela Embrapa Soja, o VIII Congresso Brasileiro de Soja teve início nesta segunda-feira, no Centro de Convenções de Goiânia, e vai até quinta-feira. Mais de 2.000 pessoas de todos os seguimentos da cadeia produtiva da soja participam das discussões. Nos quatro dias de evento, a programação terá cinco conferências, 16 painéis temáticos, 50 palestras e 340 trabalhos científicos apresentados em forma de pôsteres. Além disso, no pavilhão principal, 57 empresas expõem suas tecnologias, produtos e serviços disponíveis para a cultura da soja. Acompanhe mais informações sobre o CB Soja 2018 em www.cbsoja.com.br. Assessoria de imprensa do Congresso Brasileiro de Soja Jornalistas: Carina Rufino, Lebna Landgraf e Gabriel Faria soja.imprensa@embrapa.br www.cbsoja.com.br

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Revista GrĂŁos Brasil - Julho / Agosto


MERCADO 23

Mercado internacional de soja

O que se espera para os próximos 10 anos? ... a China continuaria sendo o principal comprador de soja no mundo com 112 Mt, e o Brasil continuaria a ganhar a queda de braço dos Estados Unidos como o principal exportador de soja do mundo.

Julio Calzada

Sofía Corina BCR prensa@bcr.com.br

A Bolsa de Comércio de R osario (Argentina) analisou qualitativa e quantitativamente os dados estatísticos da OCDE / FAO para os próximos 10 anos no mercado internacional de soja. Conclusões interessantes foram alcançadas: os preços em 10 anos registrarão um aumento moderado de 13% em relação aos valores atuais, mas o crescimento estaria abaixo da inflação internacional. A produção global cresceria, a área semeada global e os rendimentos. A produção da Argentina cresceria em 10 anos, mas há uma taxa logo abaixo daquela que seria evidenciada pela produção mundial, a do Brasil e da China. Em 2027, a China continuaria sendo o principal comprador de

soja no mundo com 112 Mt, e o Brasil continuaria a ganhar a queda de braço dos Estados Unidos como o principal exportador de soja do mundo. A China usaria mais soja do que o resto dos países esmagadores e seu crescimento na década seria de 29%. Um número muito alto que ajuda a fortalecer esse mercado. Conclusão N ° 1: Os preços nominais da soja em 10 anos registrarão um aumento moderado de 13% em relação aos valores atuais. Isso equivale a um aumento médio anual de 1,2%, o que seria abaixo da taxa de inflação dos EUA, que atualmente é de 2,9% ao ano (Índice de Preços ao Consumidor). Desta forma, fica claro nas projeções da OCDE-FAO que os preços cairiam em termos reais. www.graosbrasil.com.br


24 MERCADO ceria em 10 anos, mas há uma taxa pouco inferior à que seria evidenciada pela produção mundial, o Brasil e a China. A partir da tabela 2 pode-se observar que a produção de soja na Argentina poderia passar de 56,7 Mt (média de 2015/2017) para 66,3 Mt em 2027. Isso implica um aumento de 17% em 10 anos, abaixo do aumento que registraria a produção mundial (21%), a do Brasil (22%) e a da China (45%). Segundo a OCDE-FAO para o ano de 2027, os Estados Unidos continuariam sendo o principal produtor mundial de soja com 140 Mt, seguido pelo Brasil com 128 Mt e em terceiro lugar pela Argentina com 66 Mt. O crescimento que a China poderia sofrer seria importante (quase 45%), mas partindo de níveis mais baixos do que os três principais produtores, iria dos atuais 13 Mt para 19,1 Mt em 2027.

Essa conclusão, que pode ser vista na tabela 1, não é boa para os países produtores de soja, entre eles a Argentina. Segundo a OCDE-FAO, o preço de exportação da soja (CIF Roterdã) teria sido, em média, no período de 2015/2017 em 399 US $ / tn. De acordo com suas projeções, esse preço nominal chegaria a 2027 a 452 US $ / tn. Conclusão N ° 2: Em 10 anos, até 2027, a produção mundial de soja, a área semeada global e os rendimentos cresceriam. Conforme projetado por esta agência e mostrado na tabela No. 2, a produção mundial de soja cresceria 21% em 10 anos, passando de 337 Mt (milhões de toneladas) para 406 Mt. Essa situação ocorreria devido à combinação de um aumento na área plantada mundial de 11% em 10 anos e de rendimentos em 9% nesse período. A moagem da soja aumentaria ainda mais que a produção, perto de 24% em 10 anos. Passaria de 297 Mt atuais para 367 Mt em 2027.

Esse contexto de aumento da produção de soja com um consumo que cresceria em percentuais semelhantes não nos permite ver - na opinião da OCDE-FAO - aumentos importantes no preço do feijão. Lembre-se de que estas são projeções de 10 anos e que os últimos desenvolvimentos na disputa comercial entre os Estados Unidos e a China mostram que as mudanças geopolíticas no comércio e as políticas governamentais podem causar grandes flutuações nos preços das commodities. Conclusão nº 3: a produção de soja da Argentina cresRevista Grãos Brasil - Julho / Agosto

Conclusão nº 4: até 2027, a China continuará sendo o principal comprador de soja no mundo, com 112 Mt, e adquirindo 64% da soja comercializada internacionalmente. A Tabela 3 mostra as previsões da OCDE-FAO sobre as importações de soja. O comércio internacional passaria de 144 Mt atuais (média anual de 2015/2017) para 175 Mt em 2027. O aumento seria de 21% em 10 anos. Até 2027, a China continuará sendo a principal compradora de soja no mundo, com 112 Mt, e adquirindo 64% da soja comercializada internacionalmente. Atualmente, este país compra cerca de 90 Mt por ano. O gigante asiático continuaria a ser o grande animador desse mercado, beneficiando a Argentina com suas exportações de feijão.

Conclusão N ° 5: O Brasil continuaria a ganhar a queda de braço para os Estados Unidos como principal exportador de soja no mundo. A Argentina dificilmente aumentaria suas exportações de feijão em 5% em 10 anos porque priorizará as operações da indústria petrolífera local. A Tabela 4 reflete as projeções para as exportações de soja. O grande vencedor da década em termos de exportações seria o Brasil, que sairia de vender, no exterior, cerca de 60 Mt (média atual de 2015/2017) para 73 Mt em 2017, com um aumento de 22% nos próximos 10 anos. O crescimento dos Estados Unidos no mercado internacional seria menor: seria de 55 Mt exportados para 64 Mt, com crescimento nesses 10 anos de 15% (ano-a-ano). O de menor crescimento seria a Argentina, que no período 2015-2017 exportou uma média anual de 13,6 Mt de soja e em 2027 poderia comercializar 14,3 Mt. Apenas 700 mil toneladas a mais. Isto é explicado pelo fato de que a Argentina tem que destinar a maior parte de sua produção de feijão para alimentar a importante indústria local de oleaginosas, atualmente composta por 55 fábricas que, teori-


MERCADO 25 camente, precisam de 202.800 toneladas / dia. Lembre-se de que muitas empresas planejam aumentar suas capacidades de moagem nos próximos anos e estão fazendo investimentos pesados, e é por isso que as necessidades de grãos para uso industrial aumentarão na próxima década em nosso país.

A Tabela 5 mostra que a China continuará fortemente sua política de passar esmagamento de soja de moagem de 89,7 Mt (agora) para 115,8 milhões de toneladas em 2027. É muito importante para a Argentina e o mercado internacional de soja, o aumento de exportações para Ásia de quase 25 Mt de sua moagem em 10 anos. Se realizado este montante, a China vai aumentar em 29% a sua moagem, uma figura acima do crescimento esperado para a indústria de oleaginosas no Brasil (crescimento de 22% na década), os EUA (20%) e na Argentina (19 %). Argentina, de acordo com as agências, seria moer cerca de 42 Mt (média 2015/2017) para 51 Mt em 2027. Quem iria mostrar um crescimento interessante em suas atividades industriais na próxima década seria o Paraguai, que aumentaria esmagamento de soja em 1 milhões tn em 10 anos (dos atuais 3,9 Mt para 4,9 Mt em 2027). A indústria petrolífera daquele país é perfeitamente capaz de moer esse número pelas grandes fábricas que foram instaladas nos últimos anos, um assunto que desenvolvemos extensivamente em várias notas desta notícia semanal. Conclusão nº 6: a China usaria mais soja do que o resto dos países esmagadores e seu crescimento na década seria de 29%, um número muito alto que não é superado pelos Estados Unidos, Brasil ou Argentina.

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26 ARMAZENAGEM

Armazenamento móvel

uma solução lucrativa que dá poder para produtores rurais de diferentes portes

Pioneira no setor, Marcher Brasil aposta na solução e apresenta equipamentos para o segmento Armazenar de forma adequada a safra e a forragem para alimentação animal tornou-se uma decisão estratégica para produtores rurais de diferentes portes. Com os silos fixos apresentando alto custo de construção e manutenção, o armazenamento em silos-bolsa vem ganhando cada vez mais adeptos em todo o país. Fundada em 2004, a Marcher Brasil atua no mercado agropecuário de armazenagem móvel, sendo pioneira no Brasil no desenvolvimento e fabricação de implementos e fornecendo soluções para clientes em todo o país. Compõem o portfólio da Marcher Brasil máquinas de alta qualidade para embolsamento e extração de grãos secos, úmidos e forragem, armazenados em silos-bolsa. Entre os prêmios já recebidos pela empresa estão o Troféu Ouro do prêmio Gerdau Melhores da Terra para a máquina extratora OUTGRAIN 2015, o Destaque Agricultura de Escala, do prêmio Gerdau Melhores da Terra, para a embolsadora INGRAIN 100, e o de melhor empresa brasileira do setor "Ferramentas e Implementos Agrícolas", concedido pela revista Revista Grãos Brasil - Julho / Agosto

Globo Rural. “A consolidação do sistema de armazenamento móvel comprova que estocar em casa dá ao produtor poder e autonomia para escolher o melhor momento de comercializar a sua produção”, comenta Fernando Herrmann, diretor da Marcher Brasil. A expectativa da Marcher é a de que o Brasil, que hoje embolsa 11% de sua produção anual de grãos, siga os passos da Argentina, que já embolsa cerca de 60%. Em 2017, o número de grãos armazenados em silos-bolsas no Brasil alcançou a marca de 18 milhões de toneladas, aumento de 97% sobre o montante conservado em silos-bolsa no ano anterior. Em 2016, foram comercializadas 40 mil bolsas e, em 2017, este número passou para 100.000 unidades, salto de 150%. Vantagens do sistema: • Permite que o armazenamento aconteça em diferentes localizações da propriedade rural, como ao lado da sede, por exemplo. • Os grãos ou forragem ficam totalmente selados. • Facilita a adaptação dos agricultores as suas necessidades de armazenamento anuais. • Permite vender o produto na entressafra, reduzindo os custos com fretes e elevando o preço médio de venda da safra.


ARMAZENAGEM 27 • Dispensa a contratação de frete entre a fazenda e a cooperativa/trading no período de colheita. • O silo-bolsa permite obter preço de venda para o mercado de lotes, sem intermediários, ampliando a lucratividade na hora da comercialização. • Armazenagem segregada de grãos de acordo com sua qualidade comercial ou transgenia. Características dos silos-bolsa: Na bolsa, o grão se mantém com a mesma qualidade do dia em que foi colhido. Isso se deve ao fato de que, ao ser embolsado, o grão consome quase todo oxigênio presente dentro da bolsa, deixando o ambiente rico em dióxido de carbono, que mantém distante os insetos e impossibilita a

Ingrain 150 Marcher Brasil

existência e proliferação de pragas, fungos ou insetos. Os silos-bolsa são feitos de polietileno e aditivos anti-UV, que o seu conteúdo protegido. As bolsas têm vida útil de 24 meses e, após o uso, o silo pode ser vendido para empresas de reciclagem Equipamentos Entre as máquinas que promovem o embolsamento dos grãos, estão: INGRAIN100 A máquina utiliza a força direta do trator e está equipada com freios a disco de alta eficiência e fácil regulagem. Com isso, os grãos no interior da bolsa ficam melhor compactados, aumentando ainda mais a segurança do sistema e aproveitando melhor a capacidade da bolsa. Possui um exclusivo guincho elétrico para elevação do silo-bolsa que facilita a operação. INGRAIN160 É uma solução para o agricultor que deseja embolsar os grãos diretamente do caminhão basculante. Com capacidade de 300 ton/h para soja, a INGRAIN160 possui freios a disco de alta eficiência e fácil regulagem. Também está equipada com guincho elétrico para levante da bolsa, aumentando a segurança do sistema.

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28 ARMAZENAGEM

Outgrain 215 Marcher Brasil

INGRAIN200 Indicada para aqueles que desejam embolsar os grãos sem o uso do trator. Possui motor a gasolina ou a diesel que deve ser acionado dependendo do terreno, tipo de grão armazenado e estiramento desejado. É ideal para os produtores que armazenam grãos que exigem cuidados especiais. Entre os equipamentos que fazem a extração dos grãos dos silos-bolsa, estão disponíveis: OUTGRAIN215 Promove a retirada dos grãos dos silos-bolsa com rapidez, segurança e eficiência graças ao seu sistema patenteado que evita perdas ao longo do processo. Extrai com eficiência todos os tipos de grãos, sejam eles milho, soja, arroz, trigo, etc. É a única extratora que possui tubo de descarga inteiro sem emendas, evitando a obstrução de grãos ao longo do caminho. OUTGRAIN220 Possui um sistema patenteado de enrolar a bolsa que, aliado com o diâmetro do tubo de descarga, trabalha com 300 ton/h de vazão na retirada dos grãos da bolsa. A operação é simples e confortável ao operador, com controles ao alcance da mão e sem necessidade de sair do trator. Possui o tubo de descarga inteiro sem emendas evitando a obstrução dos grãos no seu interior. TRANSGRAIN215 Este equipamento recebe os grãos diretamente do caminhão basculante e leva até a embolsadora de grãos INGRAIN150. Possui alta capacidade de operação, 300 ton/h para soja. Facilita muito a logística de armazenagem em silo-bolsa no campo. A Marcher Brasil ainda disponibiliza para os produtores máquinas específicas para a pecuária, como: INGRAIN60 (FORRAGEM) A embolsadora de forragem é uma excelente alternativa para armazenar silagem sem perdas, de forma rápida e com o uso de mão-de-obra reduzido. A máquina é equipada com freios a disco de excelente desempenho essencial para uma boa compactação do material no interior da bolsa. Possui chassi reforçado para maior durabilidade e a rosca sem-fim com diâmetro de 410 mm para garantir a melhor compactação e conservação do material ensilado. Como opcional apresenta sistema de aplicação de inoculador prático e eficiente. INGRAIN60 (GRÃO ÚMIDO) Revista Grãos Brasil - Julho / Agosto

Os grãos-úmidos são largamente utilizados na alimentação animal em pecuária de corte e leite. A máquina possui um moinho quebrador que facilita o processo de fermentação e produz alimento de alta qualidade e valor energético. Como opcional apresenta o sistema de aplicação de inoculador que é prático e eficiente. INGRAIN900 Com capacidade de 120 ton/h, esta embolsadora de silagem foi desenhada para acompanhar o trabalho das picadoras auto propelidas de alto rendimento. O abastecimento da máquina é realizado diretamente do caminhão basculante facilitando muito a logística no campo. A compactação do material ensilado através de rotor promove uma melhor distribuição e uniformidade da silagem no interior da bolsa. Fábrica e centro de P&D A Marcher Brasil possui fábrica e centro de Pesquisa & Desenvolvimento localizados na cidade de Gravataí, na Região Metropolitana de Porto Alegre, no Rio Grande do sul. Seus produtos são comercializados por representantes e revendas presentes em todos os Estados brasileiros e Distrito Federal, e já são exportados para países como a Austrália e Uruguai. Inovação Focada em inovações tecnológicas para o mercado de armazenagem móvel, a empresa possui a patente do sistema de rolamento utilizado nas máquinas que realizam a extração dos grãos dos silos-bolsa. A tecnologia é benchmark mundial e é adotada no Brasil por todos os equipamentos similares. Premiações e destaques: Ao longo de sua história, a Marcher Brasil já foi reconhecida com os seguintes prêmio: 2016 - Troféu Ouro do prêmio Gerdau Melhores da Terra, em 2016, na categoria Destaque, Agricultura de Escala, para a máquina extratora OUTGRAIN 2015 2014 - Gerdau Melhores da Terra, considerado o “Oscar” do agronegócio, na categoria Destaque Agricultura de Escala, para a máquina embolsadora INGRAIN100; 2014 - Melhor empresa brasileira do setor "Ferramentas e Implementos Agrícolas", pela revista Globo Rural. Contatos Marcher Brasil: Mauro Longa Neto – Gerente Comercial da Marcher Brasil – (51) 3484.5500 / (51) 9.8425.9539. Sergio Chalegre – Supervisor de Vendas da Marcher Brasil – (51) 3484.5500 / (51) 9.8404.7445.


NOTICIÁRIO 29

Jovens do Programa Geração Futuro da Cargill fazem carreira na empresa e na região

51 estudantes receberam seus diplomas na formatura realizada no dia 24 de julho e outros 39 de formarão dia 9 de agosto O Programa Geração Futuro, desenvolvido pela Cargill, tem gerado grandes talentos para a própria empresa. Hoje, são mais de 15 jovens que concluíram seus cursos e integram o quadro de funcionários da multinacional. Além disso, mais de 110 já atuam em outras instituições da região. Visando o protagonismo social dos jovens de 16 a 24 anos do município de Castro (PR) e região, a iniciativa atua por meio dos pilares de cidadania, qualificação profissional e empreendedorismo na cadeia produtiva da alimentação. A ação da Cargill desenvolve cidadãos autônomos e participativos, capazes de identificar seu potencial e gerar novas oportunidades alinhadas ao cenário econômico da região. Este é o caso de Ketelin Correa, 18 anos, estudante de engenharia mecânica e funcionária da Cargill: "Iniciei os cursos do Geração Futuro quando tinha 15 anos e cada um deles contribuiu muito para minha carreira profissional. No mesmo ano que finalizei o curso de Operador e Reparador de Computadores, consegui uma vaga como estagiária no Detran de Castro". O gerente industrial da Cargill, Marconi Vieira, ressalta que "o objetivo com o Programa Geração Futuro é preparar esses jovens para os desafios do mercado de trabalho e, por isso, tê-los dentro da nossa empresa é gratificante. Assim, podemos garantir que estamos formando os melhores profissionais e gerando um retorno benéfico para as nossas operações também". Rayeli Mascarenhas, 19 anos, que foi contratada pela Cargill assim que finalizou o curso de Auxiliar Administrativo, concorda com o executivo. "Assim como me ajudou,

tenho certeza que o Geração Futuro está ajudando muitos outros jovens e, consequentemente, trazendo benefícios a nossa sociedade." No dia 24, quando se encerrou mais uma edição do Programa, 51 novos talentos foram reconhecidos com a entrega de diplomas dos cursos Viver e Adolescer com Qualidade de Vida e Assistente Administrativo. Outros 39 se formarão em Manutenção Mecânica Industrial em cerimônia a ser realizada no Centro da Juventude de Castro. Desde 2014, mais de 460 jovens foram formados em qualificação profissional, 52 em empreendedorismo, 71 passaram pelo curso Foco na Carreira e 339 pelo Geração Cidadã. O programa conta com as parcerias do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), Serviço Social da Indústria (Sesi), Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), Instituto Euvaldo Lodi (IEL/PR), Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), Associação de Moradores do Distrito de Abapan, Centro da Juventude de Castro e Prefeitura Municipal de Castro. Sobre a Cargill Os 155 mil funcionários em 70 países trabalham para atingir o propósito de nutrir o mundo de maneira segura, responsável e sustentável. Todos os dias, conectamos agricultores com mercados, clientes com ingredientes e pessoas e animais com os alimentos que precisam para prosperar. Unimos 153 anos de experiência com novas tecnologias e insights para sermos um parceiro confiável aos clientes dos setores de alimentos, agricultura, financeiro e industrial em mais de 125 países. Lado a lado, estamos construindo um futuro mais forte e sustentável para a agricultura. No Brasil desde 1965, somos uma das maiores indústrias de alimentos do País. Com sede em São Paulo (SP), estamos presentes em 17 Estados brasileiros por meio de unidades industriais e escritórios em 160 municípios e mais de 10 mil funcionários. Para mais informações, visite www.cargill.com e a central de notícias. www.graosbrasil.com.br


30 RESFRIAMENTO

Mudando paradigmas da armazenagem O resfriamento, a tecnologia superadora

Ao poder resfriar de forma imediata no ingresso ao depósito, independentemente das condições climáticas, se geram uma série de possibilidades de manejo muito interessantes.

Eng. Domingo Yanucci

Consulgran - Granos - Grãos Brasil graosbr@gmail.com

Revista Grãos Brasil - Julho / Agosto

O que estamos trabalhando por várias décadas vemos agora com grande alegria os progressos tecnológicos do setor armazenista. Basta ver como são muitos armazéns que ainda trabalham, concebidos na década de 70 e compará-los com a tecnologia que atualmente se dispõe. Hoje todos os aspectos foram aprimorados. Mas na última década de desenvolvimento, da mão de Cool Seed, o resfriamento de grãos é mais do que isto, significa um progresso, porque não se trata de fazer algo mais rápido ou mais fácil ou, ainda mais econômico, temos uma mudança de paradigmas na armazenagem de grãos e sementes. Para deixar isto bem claro, vamos ver o que se entende por paradigma. “Paradigma é um termo com origem no grego “paradeigma” que significa modelo, padrão. No sentido lato corresponde a algo que vai servir de modelo ou exemplo a ser seguido em determinada situação. São as normas orientadoras de um grupo que estabelecem limites e que determinam como

um indivíduo deve agir dentro desses limites”. “O norte-americano Thomas Samuel Kuhn (1922-1996), físico e filósofo da ciência, no seu livro “A Estrutura das Revoluções Científicas” designou como paradigma as “realizações científicas que geram modelos que, por período mais ou menos longo e de modo mais ou menos explícito, orientam o desenvolvimento posterior das pesquisas exclusivamente na busca da solução para os problemas por elas suscitados.” Já vimos o que é um paradigma, agora porque falamos que o resfriamento muda os paradigmas e não é só uma nova tecnologia que soma?. Para explicar isto veremos uma série de exemplos em vários aspectos fundamentais de trabalho do armazenista. 1. Quebras técnicas 2. Controle de pragas 3. Umidade de armazenagem 4. Manejo da conservação e a secagem 5. Perdas qualiquantitativas 6. Custos e benefícios


RESFRIAMENTO 31 1. As quebras técnicas estabelecidas oficialmente nos distintos países do mundo se baseiam em experiências mais ou menos práticas, a partir de muitas safras se definem quebras técnicas de armazenagem, secagem, limpeza, movimentação, etc.. Por exemplo, é comum resgatar como quebra técnica de armazenagem um índice referente a perda de peso por respiração dos grãos e principalmente dos fungos que acompanham sempre os grãos. Assim se determina para um lapso uma porcentagem de peso do ingressado. Mas os valores de quebras técnicas estão gerados dentro de um manejo tecnológico tradicional onde não estava presente o resfriamento artificial. Com a incorporação desta tecnologia todas as quebras técnicas na prática são menores, o que permite, fazer um manejo honesto que sempre sobre grão. Situação que seria impensada dentro do manejo sem resfriamento. 2. O controle de pragas tradicional se define em 3 etapas, a) limpeza e tratamento de instalação, b) tratamento preventivo com residuais e c) tratamento curativo (expurgo). Com a incorporação do resfriamento este paradigma também muda. Sabemos que a temperatura é o fator que mais afeta a vida dos insetos, ao conseguir baixar desde o início da armazenagem e de forma drástica, o comportamento destas pragas muda e, portanto, podemos assumir novas práticas de conservação. Com boas limpezas e tratamentos de instalação, complementando com o resfriamento, pode-se conseguir uma mercadoria livre de insetos e de inseticidas. 3. As umidades de comercialização e armazenagem estão estabelecidas em função dos níveis de temperatura da região ou país em questão para a época da conservação. Assim por exemplo, os Estados Unidos podem armazenar com mais umidade que o Brasil porque as temperaturas médias na época da armazenagem variam de 10 a 20 C a menos que aqui. O armazenista tradicional sabe que não pode mudar o clima da região, então tem que adaptar a umidade do grão ao clima, isto significa que conservar por mais de 4 meses um milho deve-se armazenar a 13,5 %, no caso de dispor de resfriamento podemos armazenar a 14,5 % e com mais tranquilidade. O mesmo podemos falar para soja, trigo, etc.. Esta é uma mudança de paradigma muito forte. 4. Manejo da conservação e secagem. Ao poder resfriar de forma imediata no ingresso ao depósito, independentemente das condições climáticas, se geram uma

série de possibilidades de manejo muito interessantes. Por exemplo podemos armazenar com mais umidade antes da secagem por mais tempo, podemos conservar grãos levemente úmido para misturar com o que se colhe mais seco posteriormente, podemos secar até um ponto onde seja possível conservar com frio, podemos secar todo calor e terminar o processo de secagem com a máquina de resfriamento. É dizer que o resfriamento nos permite uma série de alternativas que não estavam em nossos manejos habituais, ganhando flexibilidade na armazenagem. 5. As perdas qualiquantitativas, que estão sempre presentes na pós-colheita, passam a ser uma história antiga. Sabemos que não podemos melhorar cada grão de forma individual, mas sempre podemos melhorar o conjunto. E se diminuímos a uma mínima expressão os fungos e a respiração dos grãos, evitamos os insetos, podemos armazenar evitando a secagem em excesso, tudo isto se faz dentro das normas de comercialização estabelecidas sobre o grão. 6. Em oposição aos muitos que são contra as mudanças, os custos diminuem notavelmente, já que são muitos os aspectos de importância econômica que atuam a favor do armazenista. Menos perdas, menos energia elétrica, menos combustível, resultando em um grão de melhor qualidade, que nos permite chegar a mercados mais exigentes e assegurarmos melhores preços e resultados para o nosso armazém. Podemos acrescentar outros aspectos positivos que contribuam para uma mudança nos paradigmas de armazenagem, mas entendemos que com o que já foi exposto seja o suficiente para que você compreenda nosso ponto de vista. O que aqui está escrito não se trata de especulações teóricas, muito mais que isto: são os benefícios que os armazenistas que incorporarão o resfriamento artificial desfrutarão safra após safra. Por isto encorajamos a você que ainda não se somou a esta tecnologia, que pesquise, que veja como estão trabalhando as empresas de ponta que acederam à tecnologia da Cool Seed há vários anos. www.graosbrasil.com.br


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CEPTIS e Embrapa assinam acordo de cooperação para projetos de rastreabilidade segura na soja A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e a CEPTIS, empresa de origem suíça com ampla experiência mundial em rastreabilidade segura, assinam nessa quarta-feira, 13 de junho, às 16h30, durante o Congresso Brasileiro de Soja, em Goiânia, um acordo geral de cooperação para desenvolvimento de projetos conjuntos de rastreabilidade de produtos agrícolas com valor agregado. O acordo geral prevê, inicialmente, a discussão de projetos-piloto para a cadeia produtiva da soja convencional. “O Brasil é hoje o maior exportador mundial de soja convencional. É um mercado interessante para a agricultura brasileira, com possibilidade de bonificação, mas que demandará cada vez mais transparência, rastreabilidade e garantias de origem e de qualidade em todas as etapas do processo. Com essa parceria, estamos unindo duas empresas com conhecimentos profundos em áreas de atuação bem distintas, com o objetivo de abrir novas possibilidades de negócios de valor agregado para o produtor brasileiro”, explica Cleber Oliveira Soares, diretor de inovação e tecnologia da Embrapa. De acordo com Phillippe Ryser, presidente da CEPTIS, empresa que detém os direitos exclusivos para exploração da tecnologia suíça mais utilizada no setor de identificação, autenticação e rastreamento seguro, “a rastreabilidade segura é um processo capaz de garantir a legitimidade aos produtos, proporcionando segurança ao consumidor, produtor e governos. É uma característica que vem sendo cada mais valorizada pelos consumidores”. A rastreabilidade segura de produtos agrícolas é apontada como uma das megatendências da área para os próximos anos. Nessa primeira fase do acordo de cooperação serão mapeadas as oportunidades e etapas que envolvem o processo de produção de soja convencional. As duas empresas pretendem iniciar diálogos com diferentes elos da cadeia produtiva, a fim de desenhar um projeto piloto de rastreabilidade da soja brasileira. O projeto será coordenado pela Secretaria de Inovação da Embrapa e contará com equipes da Embrapa Soja e Embrapa Cerrados. “A combinação das tecnologias de rastreabilidade segura com o conhecimento dos elos da cadeia produtiva e seus principais desafios têm potencial de criar vantagem competitiva para o Brasil no mercado internacional”, explica Soares. O conceito de rastreabilidade segura respeita a privacidade dos usuários ao mesmo tempo que registra e processa todas as interações entre consumidores e produtos. Além de garantir maior transparência em todas as etapas da produRevista Grãos Brasil - Julho / Agosto

ção ao consumo, os processos de rastreabilidade agregam inteligência para o processo de tomada de decisão. Sobre a Ceptis: A CEPTIS é a única empresa no Brasil a deter os direitos da tecnologia suíça no setor de identificação, autenticação e rastreamento seguro, capaz de garantir a legitimidade aos produtos, proporcionando segurança ao consumidor, produtor e governo. A Empresa é reconhecida mundialmente pela produção de tintas de segurança, usadas em papel moeda e outras tecnologias de rastreabilidade. Sobre a Embrapa A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) foi criada em 26 de abril de 1973 e é vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Desde a sua criação, assumiu um desafio: desenvolver, em conjunto com nossos parceiros do Sistema Nacional de Pesquisa Agropecuária (SNPA), um modelo de agricultura e pecuária tropical genuinamente brasileiro, superando as barreiras que limitavam a produção de alimentos, fibras e energia no nosso País. Esse esforço ajudou a transformar o Brasil. Hoje a nossa agropecuária é uma das mais eficientes e sustentáveis do planeta. Incorporamos uma larga área de terras degradadas dos cerrados aos sistemas produtivos. Uma região que hoje é responsável por quase 50% da nossa produção de grãos. Quadruplicamos a oferta de carne bovina e suína e ampliamos em 22 vezes a oferta de frango. Essas são algumas das conquistas que tiraram o País de uma condição de importador de alimentos básicos para a condição de um dos maiores produtores e exportadores mundiais. A missão da Embrapa é viabilizar soluções de pesquisa, desenvolvimento e inovação para a sustentabilidade da agricultura, em benefício da sociedade brasileira. Serviço: 13 de junho - Assinatura do Acordo de Cooperação Ceptis/Embrapa Local: estande da Embrapa no Congresso Brasileiro de Soja – Goiânia-GO Horário: 16h30. Assessoria de Imprensa Embrapa – CBSoja Carina Rufino e Lebna Landgraf Soja.imprensa@embrapa.br (43) 9 9994-2271 Assessoria de Imprensa – Ceptis Lucio Barbosa Lucio.Barbosa@ceptis.com.br Embrapa Soja


Feijão orgânico chega à mesa do brasileiro

Catorze tipos de Feijão. Todos orgânicos, tratados, quando muito, com produtos biológicos. Quem procura o produtor Roberto Gurski, da cidade paranaense de Palmeira (a 82 quilômetros de Curitiba), encontra exatamente isso. O Feijão se tornou uma parte importantíssima de sua produção orgânica, que teve início no ano 2000. Tudo começou com as hortaliças e o Feijão-preto, uma das variações mais procuradas e consumidas pela população brasileira. No entanto, a pesquisa e a conversa com chefs de cozinha fizeram com que Gurski ampliasse os horizontes e resgatasse variedades de Feijões que não eram tão conhecidas pelos moradores da região ou que ficaram esquecidas com o passar do tempo. Além disso, eram variações bem aceitas na produção orgânica, o que agregava ainda mais valor diante da relação custo x benefício. "Com o passar dos anos, fomos resgatar essa variedade de tipos de Feijão, especialmente nos últimos cinco anos", conta. Gurski vende parte de sua produção de Feijões orgânicos para o restaurante Girassol, da região de Palmeira e apontado por muitos apreciadores como a melhor receita de Feijão-preto no Brasil, voltada para a culinária paranaense, e para o Quintana Gastronomia, de Curitiba, espaço que tem como filosofia a alimentação equilibrada, o menor impacto possível ao meio ambiente e a valorização dos produtores locais e da cultura regional. O restaurante está completando 10 anos de atividades no mês de julho e é um dos mais ativos divulgadores dos Pulses no Brasil. Além disso, ele está em contato direto com os consumidores nas feiras de orgânicos. "Quando eles veem um Feijão diferente, de uma variedade que nunca viram e ainda sabem que é orgânico, querem experimentar. Levam o Feijão-preto e levam mais um tipo de Feijão", comenta. O produtor já avisa que pretende aumentar ainda mais a

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plantação de Feijão orgânico e "puxar mais gente para trabalhar". A sua irmã e seus sobrinhos já embarcaram na produção de orgânicos e pretendem plantar estes tipos de Feijão. "Tem mercado para vender", enfatiza Gurski. Este resgate das variedades de Feijão foi essencial para estimular a produção orgânica de Gurski e teve conexão direta com o trabalho da chef Gabriela Carvalho, do Quintana Gastronomia. Ela relembra que, até 2015, tinha mais dificuldade em encontrar Feijão orgânico de uma forma mais contínua. Mas depois de 2016, quando a FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura) declarou aquele ano como o das leguminosas, ela passou a estudar mais sobre este tipo de produto. "A partir de uma sensibilização principalmente do Marcelo Eduardo Lüders – presidente do Instituto Brasileiro de Feijão e Pulses (IBRAFE) –, passei a compreender melhor o mercado regional do Feijão e a buscar produtores locais. Isso abriu um horizonte e um leque imenso de alternativas. Com o Roberto, em Palmeira, passamos os últimos anos trabalhando com algumas variedades e isto trouxe reflexos muito importantes, como a regionalidade", analisa Gabriela. Na outra ponta, a chef consegue oferecer um prato orgânico, com valor agregado ainda maior, pois tem este caminho cheio de história e de peso regional, além de permitir ainda elaborações variadas a partir de maior oferta no campo. "Frequentemente pensamos em novas formas de preparo do Feijão orgânico, e não apenas ele com caldo, mas em bolos e doces, por exemplo. Mas nosso carro-chefe são as saladas com Feijões", salienta. Gabriela ainda enfatiza que o Feijão é um alimento importantíssimo, especialmente para quem é vegano e ajuda em uma dieta equilibrada. Para a chef, todo este trabalho pensando no Feijão orgânico trouxe apenas resultados positivos. "Apenas ampliou www.graosbrasil.com.br


34 FEIJÃO esta nossa referência e as nossas perspectivas quanto a um produto que já estava ao nosso alcance. O Feijão é um produto muito rico e toda a experiência com ele vem sendo valiosa, ao abrir este leque para criação", declara. Mercado O Feijão orgânico deixou de ser um produto encontrado apenas em feiras. Ele ganhou uma outra escala no momento em que grandes empresas alimentícias passaram a investir em linhas orgânicas. Atualmente, é possível encontrar com mais facilidade o Feijão orgânico em supermercados, empórios e lojas especializadas. Cobi Cruz, que faz parte da diretoria do Organis (Conselho Brasileiro da Produção Orgânica e Sustentável), revela que cadeias do comércio varejista, especialmente as de hipermercados, também apresentam interesse em entrar no mercado de orgânicos, percebendo a demanda do consumidor e a necessidade de um abastecimento regular deste tipo de produto. Na avaliação de Cruz, a partir do momento em que há este tipo de participação, o mercado de orgânicos – no início movido principalmente por ideais – pode alcançar um outro patamar. "Estamos falando de um mercado que cresce em torno de 20% ao ano. A estimativa é de que, apenas no Brasil, movimente cerca de R$ 3 bilhões em 2018. Os orgânicos não são mais 'moda'. O consumidor está mais consciente para a sustentabilidade e os produtores viram que os orgânicos são uma grande oportunidade", aponta. As perspectivas para o mercado do Feijão e Pulses, além de novas possibilidades de consumo desses grãos estarão em debate durante a sexta edição do Fórum Brasileiro do Feijão, que será realizado de 15 a 17 de agosto em Curitiba (PR). O objetivo é debater temas técnicos ligados à crescente disponibilidade dos produtos biológicos, os desafios e as oportunidades para toda a cadeia produtiva, reunindo produtores, sementeiros, agrônomos, pesquisadores, empresários e outros profissionais ligados à agricultura. E a produção à base de biológicos será uma das pautas em discussão ao lado de outros assuntos que podem ser conferidos aqui www.forumdofeijao.com.br.

Demanda O presidente do Instituto Brasileiro de Feijão e Pulses (IBRAFE), Marcelo Eduardo Lüders, confirma a demanda pelo produto orgânico e que este movimento não é diferente com o Feijão. Ele credita este fenômeno a um maior cuidado com a dieta por parte da população, além das pessoas que decidiram se tornar vegetarianas ou veganas. "Estas pessoas têm um cuidado bastante grande com a alimentação e buscam um produto de qualidade", indica. Lüders lembra que havia mais dificuldades para os produtores conseguirem sucesso com o Feijão orgânico, especialmente com algumas variedades, mas o recente sucesso dos produtos biológicos viabilizou este caminho no campo. "Em algumas regiões, é possível produzir praticamente apenas orgânicos, dependendo da variedade. Ainda não temos uma grande produção de Feijão orgânico, pois a viabilidade da produção ainda é recente", explica. No entanto, de acordo com ele, o aumento da demanda deve impulsionar ainda mais a produção. O presidente do IBRAFE salienta que o mercado de Feijão orgânico não cresce apenas no Brasil, mas principalmente na Europa. Países como Alemanha, Holanda e Itália estão se destacando entre os consumidores deste tipo de produto. Lá fora, o Feijão orgânico custa, em média, 30% a mais do que o convencional. "Aqui, à medida que houver ganho de escala e aumento na produção, a tendência é de que o preço se torne mais acessível", afirma Lüders. Assessoria de Imprensa VI Fórum de Feijão, Pulses e Colheitas Especiais Interact Comunicação e Assessoria de Imprensa Juliane Ferreira - (41) 9 9997-2971 juliane@interactcomunicacao.com.br

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CONFERÊNCIA 35

A Associação Brasileira de Pós-colheita (ABRAPOS) está promovendo a VII CONFERÊNCIA BRASILEIRA DE PÓS-COLHEITA (VIICBP2018), que será realizada de 16 a 18 de outubro de 2018 no Centro de Eventos Villa Planalto em Londrina, PR, juntamente com o X Simpósio Paranaense de Pós-colheita de Grãos e convida para enviarem TRABALHOS para apresentação oral e em poster. O evento tem a realização da cooperativa INTEGRADA. O tema central do evento é " O Valor da Pós-colheita de Grãos" e terá palestras e painéis tratando de automação de unidades armazenadoras, manejo e eficiência do expurgo de grãos no armazenamento, atmosfera modificada e ozônio na conservação de grãos, manejo de particulados na unidade armazenadora, armazenagem emergencial: silo bolsa e a conservação dos grãos, qualidade dos grãos e suas implicações no armazenamento e industrialização, implica-

ções dos resíduos químicos e de micotoxinas na exportação de grãos brasileiros, técnicas de secagem e aeração dos grãos com qualidade, e manejo dos custos para viabilização da unidade armazenadora de grãos. A expectativa é de um público de 800 participantes, reunindo todo o setor de pós-colheita de grãos do país, com a apresentação dos temas pelos maiores especialistas da área, trabalhos técnico-científicos pelos autores nas apresentações orais e na forma de poster, e toda indústria do setor demonstrando o melhor em seus estandes em termos de tecnologias, produtos e serviços. Os cinco melhores trabalhos técnico-cientifícos serão premiados durante o evento, conforme as normas abaixo. A data limite de envio dos trabalhos é 31 de julho de 2018, através do website http://eventos.abrapos.org.br/ cbp2018.

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38 COOLSEED NEWS

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40 UTILISSIMAS

Cesário Ramalho da Silva, vice-presidente de Abramilho, é o novo presidente de MAIZALL Sob o Agribusiness Fórum Global 2018, realizada em 23 e 24 de julho, em São Paulo, Brasil, Cesário Ramalho da Silva, vice-presidente da Abramilho, tomou posse como presidente da MAIZALL substituindo Pam Johnson. Ele será secundado por John Minvielle, de Maizar como Vice-Presidente 1º e Phillip "Chip" Councell, o Grains Council dos EUA, como 2º vice-presidente. Além de ser vice-presidente da Abramilho, Cesário Ramalho presidiu a Sociedade Rural Brasileira (SRB), a Câmara de Milho e Sorgo Ministério da Agricultura e da Federação das Associações Rurais do Mercosul (Farm) setorial, foi também diretor de organizações como a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Hoje, ele é presidente do Conselho do Agronegócio Fórum Global (GAF). Por sua vez, Juan Minvielle representa o Conselho CREA de Maizar. MAIZALL é formado pela Associação Brasileira de Milho Produtores (Abramilho), o Grains Council dos Estados Unidos (Grãos Conselho US), a Associação de Produtores de milho dos Estados Unidos (National Corn Growers Association) e a Associação de milho e Sorgo Argentino (Maizar). Juntos, eles representam cerca de 50% da produção e 70% do comércio global de milho. A Aliança foi criada em 2013 com o objetivo de colaborar globalmente para comunicar as principais questões relacionadas à segurança alimentar, biotecnologia, proteção ambiental, comércio e imagem pública dos produtores. Como países exportadores de milho, Argentina, Brasil e Estados Unidos enfrentam muitas das mesmas barreiras ao comércio mundial de milho e produtos derivados. A diretoria da MAIZALL também participou e ofereceu apresentações em diversos painéis do GAF 2018, que contou com a presença de mais de 3.000 pessoas. A abertura do evento ficou a cargo do ministro da Agricultura, Blairo Maggi, que disse estar trabalhando para aumentar a produção de grãos em 30% nos próximos 10 anos. Brasil vai continuar comprando trigo para a Argentina Em uma viagem a São Paulo, uma delegação de funcionários provinciais e nacionais e operadores da cadeia agroexportadora argentina, incluindo o presidente do Centro de Acopiadoras, Puerto Quequén, Matías Bretschneider, representantes de Abitrigo e Abimapi - Representantes da indústria moageira do país vizinho - afirmaram que o Brasil comprará aproximadamente dois milhões de toneladas de trigo no restante do ano. O encontro teve como marco um almoço de trabalho que contou com a presença dos diretores de ambas as instituições ligadas à indústria moageira brasileira, fazendo o mesmo, pelo governo nacional, o subsecretário de Agricultura da Argentina Luis María Urriza e o subsecretário de Mercados Agropecuários, Revista Grãos Brasil - Julho / Agosto

Jesús Silveyra; pela Província de Buenos Aires Leo Sarquís, Ministro da Agroindústria e Miguel Astezano Pinto; o adido comercial e de desenvolvimento de investimentos da embaixada argentina Javier Gustavo Dufourquet e o cônsul da Argentina em São Paulo, Luis Castillo. Pela delegação argentina da cadeia agroexportadora, Diego Cifarelli, presidente da FAIM (Federação Argentina da Indústria Molinera); o chefe da Câmara de Arbitragem da Bolsa de Grãos, Javier Buján; Javier Cané, do Argentrigo e Alberto Rodríguez, do Centro de Exportadores de Cereais (CEC). Matías Bretschneider representou ao setor de armazenamento. A esse respeito, o responsável do Centro de Acopiadoras de Cereais Puerto Quequén destacou que durante a reunião "falou-se do compromisso de que o Brasil continuará comprando trigo argentino até o final do ano", observando que tanto Abitrigo quanto Abimapi seguirão "fazendo durante 2019". Congresso CIGA 2018 México O Eng. Domingo Yanucci foi convidado a participar com uma palestra sobre Boas Práticas em Pós-Colheita, nos dias 14 e 15 de maio no CIGA (Congresso Internacional de Armazenamento de Grãos) realizado em Jalisco, México. Um evento de muito sucesso onde profissionais de toda a América Latina participaram. Agradecemos ao Dr. Mario Ramirez Martinez, Martin Ramirez Falcón e seus colaboradores pelo convite e a Mega Engenharia pelo apoio. Para mais informações: www.ciga.com

Alguns dos palestrantes do CIGA 2018

Dr. Mario Ramirez - Alejandra Zuñiga - Guillermo Tarelli

Revista Granos edição 124 Nossa última edição da revista Argentina, conta com matérias como: Desenho de instalações; Armazenagem, uma chave da Agroindústria; Produtividade e qualidade da soja; Como guardar grãos úmidos sem perder a qualidade e entre outras. Você pode ver a online em https://issuu.com/ graosbrasil/docs/granos124online




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