vol. 19 núm. 3 (2023)
SETEMBRO 2023
vol. 19 núm. 3 (2023)
SETEMBRO 2023
Nélio Hand p. 92
A
COM INOVAÇÃO, TECNOLOGIA E DESENVOLVIMENTO DE PESSOAS E BEM-ESTAR ANIMAL
O ano de 2023 está caminhando para o final. Vem sendo um período de desafios e superações, sendo aplicada a máxima de “um dia de cada vez”.
O primeiro semestre de 2023 trouxe para a avicultura números recordes na produção de ovos, carne, exportação. Mesmo diante desse cenário vemos não somente a produção de aves, mas as outras espécies de proteína animal rodeadas por um ambiente de desafios que se impôs nesse ano com resultados abaixo de uma linha minimamente sustentável.
Vivemos um momento que desafia todo o setor de produção de proteína animal. Um ambiente de dificuldade multiproteínas, ou seja, aves, suínos e bovinos navegando por incertezas e resultados abaixo de uma linha minimamente sustentável. Basta uma leitura simples dos resultados divulgados do primeiro e segundo trimestres, pelas empresas do setor. Há pouco a ser comemorado, exceto o fato de que ainda mantivemos nosso status de Livre de Influenza Aviária (IA). Fato este que, mesmo desafiando a “lógica” técnica, pode ser compreendido sob a ótica dos investimentos feitos em biosseguridade ao longo dos últimos 15 anos e a seriedade que todos conduzem do setor realizam sua parte do trabalho. Como superar este momento? Quais aprendizados podemos nos apropriar?
Para a Avicultura a superação passa por diversos fatores. Um olhar para dentro, minucioso, nos faz perceber nossas ineficiências estruturais, sejam logísticas, tributárias e ou de planejamento. Sob a ótica do que está no nosso controle, de fato, é que estamos ofertando volumes que pressionam uma demanda retraída. Filme que se repete com alguma frequência. Afinal sabemos, no final do dia, que gostamos mais de produzir do que de ganhar dinheiro. Afirmação que seria cômica não fosse verídica.
Este ajuste de mercado forçosamente está acontecendo, como aquela velha máxima do aprendizado pela dor. Este olhar para dentro, exige rigor e austeridade em custos, eficiência técnica e gerencial e muita cautela em pensar nos dias que virão. Não há nas observações citadas nenhum conhecimento novo. O que nos remete ao básico, ao simples. Perseverar em resolver nossas questões setoriais estruturais, e, fundamentalmente, fazer o básico na gestão. Mas sem esquecer, no que tange a mercado, a Lei de oferta e demanda continua em vigor. Ignorá-la nos faz depender dos bons ventos que por ora não sopram.
Neste contexto 2023 nos trará um segundo semestre de lenta e tímida recuperação. As variáveis políticas e macroeconômicas, internas e externas, continuarão pressionando a renda e capacidade de compra dos consumidores. Será possível apurar melhores resultados, entretanto, com os cuidados de não comprometermos 2024.
E os aprendizados? Seguir cuidando incansavelmente do nosso patrimônio sanitário. Disciplina na gestão das eficiências e qualidade – fatores que nos garantem ao menos a venda de hoje. Afinal ter o pedido do cliente, neste ambiente de margens tão achatadas, constrói a sustentação. Qualidade e custos geram diferenciais conhecidos e reconhecidos. Nada de novo. Entretanto, para o “pedido” de amanhã, as margens virão de novos diferencias. Considerem a sustentabilidade - na amplitude gerencial do ESG – como um valor a ser embalado junto com o seu produto. São nestes momentos de “crise” que o plantio se torna mais relevante, para que as colheitas futuras sejam fartas e consistentes. E as crises podem ser atenuadas por valor agregado de mercados consolidados. Ganhando a preferência do consumidor e o planeta agradece.
Boa leitura!
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Estamos preparando as granjas para os efeitos do aumento das temperaturas e calor extremo?
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Particularidades da produção de codornas 84
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A ciência por trás da cor da gema: como a alimentação das aves pode afetar a qualidade do ovo
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Os polifenóis de uva (NUXAFEN®) podem substitutir a vitamina E sintética em formulações padrões e exigentes
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Muitos pesquisadores e profissionais relacionados à avicultura, têm salientado a importância desse nutriente no desenvolvimento, saúde e bem-estar animal.
A busca na produção de proteínas linkadas ao conceito “One Health”, faz com que aumente nossas ações profiláticas em busca de integridade e manutenção da saúde dos plantéis.
A qualidade da água é um fator determinante para esse sucesso, no entanto, em muitas vezes acaba sendo esquecida ou negligenciada.
Em 2013, a OIE definiu as bases do bemestar animal, devendo ser observados os padrões de saúde, conforto, nutrição, capacidade de expressar seu comportamento natural e não sofrer injúrias como: medo, dor e ansiedade.
Atualmente não temos uma legislação do MAPA específica para padrões de qualidade de água na avicultura. Basicamente, todos os padrões e orientações em termos de qualidade de água estão vinculados ao CONAMA ou ANVISA.
A água é um componente crucial para a avicultura, pois ela desempenha funções vitais no organismo das aves, incluindo a digestão, o transporte de nutrientes, a regulação da temperatura corporal e a manutenção da hidratação.
Em geral, as aves necessitam de água em quantidades superiores às de alimentos sólidos, principalmente durante os períodos quentes do ano ou quando as aves estão em fase de crescimento e produção.
O acesso à água potável, é essencial para que as aves possam desenvolver suas aptidões zootécnicas. A contaminação microbiológica, composição físico-química e a temperatura da própria água são fatores que podem afetar negativamente o desempenho e a saúde das aves.
Sendo assim, seu monitorado deve ser constante nas propriedades, pois todos esses parâmetros podem sofrer mudanças ao longo do ano.
O percentual hidrogênico (pH) da água é um importante fator de monitoramento. É importante sempre regular o pH da água e realizar ajustes conforme necessário para garantir que o pH esteja dentro dos níveis adequados (6,0-7,0).
A água com pH alcalino pode interferir na digestão de proteínas, afetando a absorção de nutrientes e elevando a incidência de problemas de entéricos.
Assim como, o fornecimento de uma água com pH extremamente ácido pode irritar o trato digestivo das aves, causando danos nas mucosas, diminuindo a absorção de nutrientes, resultando em problemas de crescimento e desempenho, assim como, distúrbios metabólicos relacionados a menor mineralização da matriz óssea. Além desses fatores de interferência fisiológica nas aves, o pH também está diretamente ligado a uma eficiente cloração.
O cloro é frequentemente utilizado para controle de agentes patogênicos, como bactérias, fungos e vírus presentes na água. Dos agentes oxidantes, ainda é o produto com melhor custo-benefício no que se refere a desinfecção de águas. A atividade biocida do cloro varia de acordo com o pH da água.
É importante lembrar que o mau do uso de cloro pode formar subprodutos potencialmente tóxicos.
O pH entre (4-7), permite uma dissociação do cloro mais efetiva, garantindo uma melhor capacidade de oxidação junto aos microrganismos presentes da água. Isso ocorre porque a forma dissociada do cloro com maior capacidade biocida é o ácido hipocloroso (HClO).
Em pH mais alcalinos, o percentual de prótons de hidrogênio disponíveis na água diminui, favorecendo uma maior concentração e dissociação de íons hipocloritos (OCl-), com baixa capacidade biocida.
Por exemplo, em pH 6, o cloro pode eliminar mais de 99% das bactérias em menos de 30 segundos, enquanto em pH 8, o mesmo nível de eliminação pode levar mais de 16 minutos
Lembramos que o cloro é gás, para estabilizar em meio liquido ou sólido (pastilhas) é necessário a utilização de outros produtos como: ácido cianúrico (Dicloro e Tricloro), hidróxido de sódio (Hipoclorito de sódio) e cálcio (hipoclorito de cálcio).
O hipoclorito de sódio é mais solúvel em água e, por isso, geralmente é mais fácil de aplicar na água de bebida. Ele se dissolve rapidamente e libera uma quantidade controlada de cloro na água.
No entanto, mesmo a solução de hipoclorito de sódio possa ser adquirida em diferentes concentrações (10-12%), trata-se de um produto extremamente volátil, com prazo de validade curto, gerando uma oscilação grande de concentração.
Por outro lado, o hipoclorito de cálcio é geralmente usado em concentrações de 65% a 70%, o que significa que a quantidade necessária para desinfetar a água é significativamente menor do que a necessária para o hipoclorito de sódio. O uso de hipoclorito de cálcio tem algumas vantagens em relação ao hipoclorito de sódio.
Por exemplo, enquanto o hipoclorito de sódio gera o hidróxido de sódio como subproduto da sua dissociação. O hipoclorito de cálcio gera apenas o cálcio, diminuindo riscos de toxicidade e melhor palatabilidade da água para consumo.
A utilização de cloros orgânicos (dicloro e tricloro) também merece destaque. São cloros com atividade biocida mais lenta, ou seja, precisam de tempo de contato (mínimo 30 min) e também apresentam riscos de toxicidade em função da grande concentração de ácido cianúrico presente em sua dissociação.
O ORP (Potencial de Oxidação-Redução) também é um parâmetro importante para avaliar a qualidade da água na produção avícola. O ORP da água é influenciado por alguns fatores como:
Presença turbidez (matéria orgânica);
Minerais;
Produtos químicos;
pH e,
Principalmente a concentração de agentes oxidantes.
Se o ORP da água estiver baixo (menor que 650 mV), significa que a água tem capacidade reduzida de oxidar as substâncias presentes, o que pode levar ao acúmulo de bactérias e outros micro-organismos patogênicos que afetam a saúde das aves.
Por outro lado, se o ORP da água estiver alto (acima de 670 mV), significa que a água está com atividade oxidante e por consequência, com capacidade biocida. Por isso, é importante controlar o ORP da água fornecida às aves e escolher sistemas de tratamento adequados que ajudem a manter um ORP adequado, correlacionando a concentração de cloro e pH.
Outro fator a ser considerado, é a conservação e limpeza dos reservatórios de água e tubulações. Muitas vezes esquecemos ou negligenciamos essa etapa no programa de biosseguridade e comprometemos a qualidade da água fornecida aos plantéis.
A presença de biofilmes no interior das tubulações, pode aumentar significativamente a chance de desafios sanitários por diferentes microrganismos.
Portanto, muitos são os fatores a serem observados quanto se trata de qualidade da água a ser utilizada para dessedentação dos plantéis avícolas, desde a fontes de captação, armazenagem, distribuição, temperatura, pH, composição físico-química, e o tipo de agente oxidante a ser utilizado.
A sustentabilidade está no alimento que você consome, na roupa que você veste e até nas informações que você lê!
Nossas revistas utilizam tintas offset convencional de alto brilho, composta por 70% de soja e livre de óleos minerais! Além disso, o nosso papel possuí o selo FSC, certificação que garante a rastreabilidade dos produtos desde a floresta até o produto final, assegurando a produção de forma social, econômica e ecologicamente correta.
As mudanças tecnológicas e climáticas são constantes e a todo momento escutamos sobre isso. Dos países do Hemisfério Norte vieram notícias de calor extremo, secas e incêndios florestais por conta disso.
Como preparar as nossas estruturas e ajustar manejos para mitigar as consequências e os efeitos do estresse calórico que a as aves podem sofrer é o tema deste artigo.
Quais seriam as influências destas mudanças climáticas, altas amplitudes de temperatura e umidade muitas vezes diárias nas estações e as correlações com o manejo de alimentação, de ingestão de água, de estresse calórico, da ventilação e do conforto ambiental para as aves?
As linhas genéticas de aves são selecionadas para desempenho zootécnico cada vez mais eficiente e produtivo, mas exigem melhores condições e conforto térmico nos aviários.
Também em matrizes em fase de produção as temperaturas altas interferem na performance, mesmo com a geração de calor menor que um frango de corte (Foto 1)
Mas, em situação de estresse por calor, as aves vão direcionar a energia para a perda de calor corporal e nutrientes importantes deixam de ser absorvidos e usados para produção de ovos resultando em queda da produtividade das aves, da fertilidade e da eclosão (Figuras 1 e 2).
A água é o ingrediente principal na dieta diária e o consumo pode ser alterado na medida em que a temperatura ambiente aumenta. Muitas vezes este consumo pode dobrar ou triplicar.
Uma das maneiras mais efetivas de as aves perderem calor é aumentar a taxa respiratória, fazendo com que o sistema respiratório ajude na perda de calor corpóreo. Porém, para manter o equilíbrio as aves ingerem maior quantidade de água.
Figuras 1 e 2 - Trabalho comparando aves controle com aves estressadas por calor, diferenças em produção e fertilidade.
Veja um trabalho com frangos de corte, adaptado pela Cobb, mostrando a relação de consumo de água em frangos de corte de acordo com as diferentes temperaturas de manejo (Gráfico 1 e Figura 3).
A performance de frangos de corte em galpões de ambiente mais controlado, com ventilação em túnel, mais isolamento com cortinas duplas, sistemas de resfriamento eficientes, entre outras melhorias, devem ser melhores desde que o manejo seja bem-feito e os controles sejam efetivos. (Figura 5)
E outra relação mostrando como é importante este ingrediente e sua dependência e resposta no comportamento de consumo das aves.
e túnel de ventilação em sistema dark house. E claro, minimizam os efeitos do calor e do aumento das temperaturas externas. Isto é uma constante e cada vez mais comum de encontrar em novas construções até galpões cada vez melhores com material isolante no forro.
O isolamento térmico do forro com diferentes métodos é essencial para o bom funcionamento de galpões avícolas, o que minimiza o ganho de calor no verão e a perda de calor no inverno (Foto 2)
Há diversos tipos de materiais utilizados para o isolamento térmico em galpões, como forros de plásticos, plástico com alumínio, celulose e materiais mais novos, como fibra de vidro e lã de rocha, poliuretano, poliestireno expandido, entre outros (Foto 3 e 4)
A principal fonte de calor em um galpão avícola são as próprias aves.
Quanto maior a ave, maior a produção de calor. Um frango produz cerca de cinco BTU´s de calor por hora para cada 450 gramas de peso vivo. Assim, uma ave de 2.700 gramas produz 30 BTU’s de calor por hora. Se considerarmos um galpão com 20 000 aves, temos um total de 600.000 BTU´s por hora.
E isso apenas considerando a produção de calor sensível (calor por condução, irradiação e convecção). Se considerarmos um estresse calórico, as aves podem perder o dobro desta quantidade por evaporação da água através do sistema respiratório.
A capacidade isolante dos diferentes tipos de materiais é medida segundo um coeficiente de troca térmica entre superfícies, o valor-R; quanto mais alto é o valor-R, maiores são as propriedades isolantes do material.
O calor que vem do telhado é a segunda maior fonte de calor aos aviários. Estudos mostram que telhados de metal ou telhas de fibrocimento podem chegar a irradiar um calor de 65 a 70oC (Foto 5 e Foto 6).
Em muitas regiões, os galpões avícolas são bastante simples e antigos. Nestes casos, se usa o plantio de árvores ou a instalação de telas para sombrear as laterais. Essas medidas simples podem propiciar melhores condições ambientais para as aves.
O melhor mecanismo de perda de calor sensível para as aves é a convecção, e ela é conseguida através do uso dos ventiladores e exaustores nas granjas.
Em nossa concepção, aviários devem ter velocidades para trocar o ar de dentro para fora em torno de 37 segundos, ou seja, se tiverem entre 150 e 200 metros de comprimento, devem ter vento de 4 a 5 metros por segundo de velocidade de ar pelos exaustores. Já os aviários convencionais devem ter um ventilador para, no mínimo, 50 a 60 metros quadrados do aviário.
Usamos os sistemas de refrigeração para ajudar a baixar as temperaturas do ar que entra nos aviários. Este é o caso das placas evaporativas, bem mais eficientes por conta desta capacidade.
Os nebulizadores também são equipamentos muito eficientes. Porém, o uso deles deve ser feito com muito critério e as dicas aqui a seguir, devem ser consideradas:
Sistemas de refrigeração via água só devem ser usados após temperaturas acima de 27,5°C, no mínimo. O ideal é acima de 28°C;
Para as aves jovens de primeira e segunda semanas, pintinhos em regiões quentes, quando as temperaturas vão acima de 36°C, podemos sim usar as placas ou nebulizadores. Mas, apenas depois de usar cerca de 0,5 a 1m/s de velocidade de ar com os ventiladores para tentar primeiro a convecção, e, logo em seguida, o resfriamento adiabático com a evaporação da água.
Lembrem-se sempre que não queremos dar muito vento em cima das aves, por isso, usar a placa ou o nebulizador por apenas alguns segundos, cerca de 15 a 30 segundos;
Para as aves de idades intermediárias, terceira e quarta semana, onde o empenamento está se desenvolvendo, vale o mesmo critério de ligar as placas somente depois de cerca de 1,5 m/s de velocidade de vento e por um tempo de 30 a 45 segundos;
Para as aves adultas, empenadas, nas quinta, sexta e sétima semanas, os sistemas de refrigeração devem estar somente acima de 2,8 metros por segundo de velocidade de ar, quase todo sistema de exaustores ou ventiladores ligados, e podem usar as placas e os nebulizadores (sempre primeiro aplaca, depois os nebulizadores). Podemos usar um tempo ligado de 1 a 2 minutos e um tempo desligado de 2 a 5 minutos para que as placas não sequem por completo. Chamamos este manejo de encharcar e desencharcar as placas durante o seu uso.
Referências Consultadas: Sob consulta dos autores
Estamos preparando as granjas para os efeitos do aumento das temperaturas e calor extremo?
Aprodução de carne de aves, que representa aproximadamente um terço da produção global de carne em todo o mundo, aumentou de forma exponencial nos últimos anos e é uma realidade para os próximos.
A produção de carne de frango somente pelo Brasil em 2022 foi na ordem de mais de 14,5 milhões de toneladas, com quase 5 milhões destas sendo para exportação (ABPA, 2023).
Dentre os principais pontos que contrastam com a dimensão da produção avícola, a infecção por Salmonella sp. é um ponto sempre relevante.
Entre os mais de 2.500 sorovares de Salmonella, vários foram identificados como os principais patógenos para humanos e animais domésticos, incluindo Salmonella Typhimurium, Enteritidis, Typhi, Newport, Heidelberg e Paratyphi A (Si Hong et al., 2009)
As salmonelas são bactérias gram-negativas anaeróbicas facultativas em forma de bastonete, os tamanhos dos genomas de Salmonella variam entre os sorovares.
No caso da infecção em aves de produção a Salmonella pode causar doença clínica ou infecção subclínica tendo assim animais assintomáticos que são muitas vezes referidos como portadores.
A epidemiologia da salmonelose é complexa. A alta densidade nos aviários, juntamente com a persistência do microrganismo na água, ingredientes da ração e cama, bem como em vetores biológicos no ambiente da granja, facilitam sua disseminação.
Salmonella dos sorotipos Dublin, Pullorum, Pullorum , Choleraesuis, Abortusovis e algumas cepas de Typhimurium e Enteritidis abrigam plasmídeos de virulência que codificam genes necessários para a capacidade de causar doenças sistêmicas.
No entanto, S. Pollorum e S. Pullorum causam doenças em aves domésticas esses sorovares de Salmonella são imóveis e específicos do hospedeiro e causam pulorose e tifo aviário, respectivamente. Já o paratifo aviário pode ser causado por qualquer espécie com exceção da Salmonella Pollorum , Salmonella Pullorum e Salmonella Arizonae.
A infecção por Salmonella pode ser detectada por meio de isolamento bacteriano, identificação, testes sorológicos e PCR, que é mais precisa, especialmente no caso de cepa áspera sem antígeno (Al-Baqir et al., 2019).
Aves infectadas com a maioria dos sorovares de Salmonella não apresentam sinais clínicos da doença, dificultando o diagnóstico na granja.
É importante também salientar que dois sorovares de Salmonella enterica – Heidelberg e Minnesota – ganharam destaque no frango brasileiro de uma prevalência anteriormente baixa e atualmente são sorovares de Salmonella predominantes nesse cenário (Alikhan et al., 2022).
Apesar das melhorias no controle de Salmonella durante o abate, os produtos avícolas contaminados são responsáveis por um quarto dos casos de salmoneloses. Por exemplo nos EUA 17% dos casos são atribuídos a frangos de corte (IFSAC, 2021).
Não só a presença no trato intestinal das aves, e a possibilidade da contaminação da carcaça (por contato com objetos contaminados, secreções, etc), mas também a possibilidade da presença de múltiplos sorovares de Salmonella em uma única amostra de carcaça positiva fazem com que a incidência de contaminação durante o processamento e abate seja recorrente. (Bourassa et al., 2015; Cox et al., 2019; Boubendir et al., 2021).
A grande maioria dos estudos ao redor do mundo com o objetivo de elucidar os principais pontos de introdução da contaminação por Salmonella na planta de abate indicam que ela pode ocorrer principalmente por contaminação durante a sangria ou por dano ao intestino durante as atividades de abate.
Contaminação durante a sangria
Considerando que as penas, pele, papo e cloaca das aves que entram no abatedouro podem carregar cargas bacterianas signi cativas, a contaminação nesta etapa pode originar-se do ambiente da granja ou até mesmo na disseminação durante o transporte. É importante ressaltar que a contaminação também pode estar presente nos utensílios e até mesmo no funcionário. (Perez, Calvo e Sanabria, 2014; Rajan, Shi e Ricke, 2016; Boubendir et al., 2021).
Durante a evisceração, a principal forma de ocorrência de contaminação por salmonela é através da ruptura do intestino da ave contaminada. O contato do meio externo com o conteúdo intestinal infectado permite a distribuição da Salmonella ou pelos utensílios, ou na carcaça que está sento eviscerada.
Outro ponto que também traz uma possibilidade de contaminação é o contato com a água. Diversos sorovares apresentam amplas variações de temperaturas. Existem salmonelas capazes de sobreviver em temperaturas extremamente baixas ou altas (2°C a 54°C).
O equipamento de resfriamento e os agentes antimicrobianos químicos usados para a sanitização das carcaças podem variar consideravelmente entre estabelecimentos de processamento.
A taxa de renovação de água, o tempo de residência da carcaça no chiller e a incorporação de um auxiliar de processamento químico na água de resfriamento fatores que podem contribuir para a prevalência ou não de Salmonella no abatedouro.
O abate logístico só pode ser eficaz quando a linha de abate e os equipamentos antes do início das atividades de abate estiverem realmente livres de Salmonella após limpeza e desinfecção efetivas (Zeng et al., 2021).
Dessa forma podemos concluir que as cepas de Salmonella podem sim, evoluir através de mutações genéticas que são adquiridas através do uso de antibióticos, sanitizantes de carcaças, altas e baixas temperaturas, e as variações de pH e osmolaridade que são encontradas nas instalações avícolas e plantas de processamento.
Essas observações destacam a importância da otimização do controle da contaminação cruzada por Salmonella ao longo da linha de abate.
Para minimizar a chance de contaminação cruzada de um lote positivo para Salmonella para um lote negativo, o abate logístico é indicado. Isso depende da determinação do status de Salmonella dos lotes antes do abate.
Os lotes com status livre de Salmonella são abatidos primeiro, seguidos pelos lotes com status positivo.
Assim, não deve ser ignorada a capacidade de sobrevivência e disseminação de alguns tipos específicos de Salmonella no nível do abatedouro para otimizar a qualidade microbiológica dos produtos de carne de aves.
Aintrodução do cascudinho em sistemas de produção animal ocorreu por meio de ração contaminada (O'Connor, 1987), dispersando-se rapidamente pela prática agrícola de utilização da cama como adubo (Le Torc'h, 1979) Em 1950 foi registrado pela primeira vez infestando aviários (Gould & Moses, 1951), apresentando-se atualmente distribuído em várias regiões do Brasil e do mundo, em altas populações.
Após o acasalamento, a fêmea de cascudinho tem potencial para colocar mais de 2 mil ovos, com média aproximada de 200 a 400 ovos.
Os ovos são colocados na cama do aviário, em rachaduras e fendas no piso do aviário e nas paredes (Figura 2).
As larvas eclodem em 4 a 7 dias e se desenvolvem até a fase adulta, em 40 a 100 dias, dependendo da temperatura e da qualidade do alimento.
Existem em torno de 6 a 11 instares larvais dependendo da nutrição dessas larvas. Além disso, as condições ambientais necessárias para o desenvolvimento ideal são de 30° a 33°C com aproximadamente 80% a 90% de umidade relativa (UR) (Dunford e Kaufman 2006).
ovos durante a maior parte de sua vida em intervalos de 1 a 5 dias. Relata-se que adultos vivem mais de 2 anos em condições experimentais (Falomo, 1986). As densidades de insetos em um aviário podem chegar de 10 mil a 20 mil indivíduos por metro quadrado (Arends, 1987).
O ciclo biológico do Alphitobius diaperinus se completa em 55 dias, em temperatura de 27°C e 80% UR. (Figura 4).
Após cinco dias da postura, eclode de cada ovo uma larva esbranquiçada, com 1,5mm de comprimento.
A fase larval estende-se por 38 dias, quando os imaturos atingem o tamanho de 13,8mm de comprimento e coloração marrom escura. (Vergara e Gazani, 1996).
Após a fase larval, sofrem ecdise e empupam por cinco dias, emergindo adultos de coloração branca, que, após quatro dias, adquirem coloração característica (marrom).
Os adultos começam a se reproduzir 20 dias após a emergência (Schafer da Silva et al., 2005).
Figura 1. Ovos, larva, pupa e adulto. Figura 2. Infestação no aviário Figura 3. PupaFoi observado que à temperatura de 22°C o tempo de desenvolvimento das fases do cascudinho é maior, porém, a sobrevivência é baixa, e que a temperatura de 31°C foi considerada a mais adequada para o desenvolvimento das fases imaturas, com alta sobrevivência.
Situações com baixas temperaturas - inferiores a 16,5°C - podem contribuir, de maneira eficiente, no controle dos cascudinhos, uma vez que não ocorre o desenvolvimento das fases imaturas, o que leva a diminuição da população (CHERNAKI & ALMEIDA, 2001) Deste modo, demonstrando um momento ideal para realizar o controle estratégico do inseto com inseticida químico.
O cascudinho é responsável por diversos problemas que afetam direta ou indiretamente as aves.
Esses insetos podem ser ingeridos pelas aves, podendo comprometer o consumo de ração, proporcionando menor aproveitamento dos nutrientes e, consequentemente, afetar o desempenho produtivo (Axtell & Arends, 1990). De acordo com Despins (1987), perus com 2 a 10 dias de idade podem consumir de 174 a 221 larvas de cascudinhos, ave/dia. E pintinhos durante os primeiros 10 dias de vida podem consumir uma média média de 450 larvas / ave / dia (Gomes, 2000)(Figura 5).
Estudos indicam que o Alphitobius diaperinus atua como fonte de contaminação de Campylobacter spp (Jacobs-Reitsma et al., 1995; Jespersen, 1996; Bates et al., 2004), Escherichia coli (McAllister et al., 1996), entre outros. No Brasil, há registro da presença de diversas enterobactérias em adultos de Alphitobius diaperinus, dentre elas E. coli, que causa a colibacilose em frangos de corte, Proteus vulgaris, Proteus mirabilis, Enterobacter ssp., Enterobacter agglomerans, Enterobacter gergoviae, Enterobacter sakasakii, Citrobacter diversus e Klebsiella pneumoniae (Chernaki-Leffer et al., 2002).
Entre todas essas bactérias, as salmonelas apresentam maior importância atualmente na avicultura, devido ao risco de contaminação alimentar em seres humanos. A presença desta bactéria em carcaça de frangos de corte pode influenciar na comercialização deste produto e, portanto, é de extrema importância econômica.
Em estudos laboratoriais in vitro foi observado que Alphitobius diaperinus adultos excretam Salmonella Thompson durante 15 dias após serem alimentados durante 24 horas com alimento contaminado na concentração de 108 UFC/ml (Von Geissler & Kösters, 1972, citado por Davis & Wray, 1995).
De maneira semelhante, McAlllister et al. (1994) relataram que os adultos de Alphitobius diaperinus permanecem positivos para Salmonella Typhimurium por até 24 dias, após serem alimentados com ração inoculada com 3x108 UFC/ml.
Além disso, De las Casas et. al. (1968) observaram que cascudinhos adultos mortos e armazenados em ambiente estéril permanecem positivos para Salmonella Typhimurium por até 45 dias.
Além disso, os vírus da leucose aviária e da doença de Marek também podem ser transmitidos para as aves através de cascudinhos infectados (Eidson et al., 1966; Lancaster e Simco, 1967)
O cascudinho também é citado como hospedeiro intermediário de cisticercóides de helmintos que afetam frangos (Moya et al., 1977; Uchida, 1980; Godoi & Chaudhuri, 1982; Karunamoorthy et al., 1994).
A salmonela tem sido isolada de Alphitobius diaperinus não apenas mediante contaminação induzida em laboratório, mas também de insetos provenientes de aviários. Harein et al. (1970) isolaram cepas de Salmonella spp. em adultos de Alphitobius diaperinus, identificadas como Salmonella Heidelberg, Salmonella Whorthington, Salmonella San Paul e Salmonella Typhimurium
Em estudo conduzido por Gazal et al.(2021), avaliando o uso de antimicrobianos no sistema de produção de frangos de corte, concluiu-se que o Alphitobius diaperinus é um dos fatores que influenciam na presença de linhagens de E.coli produtoras de β-lactamase de espectro estendido (ESBL)/AmpC e resistentes à fosfomicina neste sistema de produção no sul do Brasil.
Em estudo conduzido por Poole e Crippen em 2009 foi comprovado que existe uma
Para Baptista (2010), os cestódeo como a Raillietina spp. que parasitam o intestino delgado das aves necessitam de um hospedeiro intermediário que pode ser moscas, formigas, baratas e coleópteros coprófagos como o Alphitobius diaperinus. (Figura 6).
Salmonella E.coli
A transmissão transestadial (transmissão da bactéria presente nas larvas para as fases de pupa e adulto) de Salmonella spp. parece ocorrer no cascudinho. Esta pode ser a razão pela qual
Figura 6. Raillietina spp. Figura 7. Salmonella e E.coli com transferência de genes de resistência.No experimento realizado por comprovada a retenção intestinal persistência de bactérias do gênero o cascudinho passar pelo processo de metamorfose.
Foram avaliados, no estudo, adultos e larvas de cascudinhos em uma única exposição por duas horas com Salmonella Typhimurium 108 UFC/ml.
A variação no tempo de retenção de salmonella por adultos variou de 11 dias para adultos e 12 dias para larvas. Sendo que 19% das larvas conseguiram carrear a salmonela através da sua metamorfose e eclosão, com 5% das exúvias pupais sendo também positivas.
Concluindo que os Alphitobius diaperinus são capazes de eliminar salmonela em suas fezes por até 12 dias, após uma única exposição de duas horas ao agente infectante.
A reutilização da cama nos aviários favorece a permanência e a reprodução do Alphitobius diaperinus nos aviários, predispondo a um aumento populacional de maneira significativa. Devido à grande demanda de produção de frangos de corte no Brasil, a troca de cama está sendo realizada com menos frequência.
Os cascudinhos podem sobreviver no intervalo entre os lotes, albergando patógenos até o recebimento de novas aves.
Desta forma, dando a devida importância aos impactos que esse inseto pode causar na indústria avícola, é necessário um estratégico controle e monitoramento populacional da infestação do Alphitobius diaperinus dentro da cadeia produtiva de aves no Brasil.
Figura 8. Porcentagem (%) de adultos e larvas de cascudinhos excretando diariamente fezes positivas para salmonela até 12 dias após exposição por duas horas com o agente. A média e o intervalo do experimento em triplicata são apresentados nos gráficos de pontos de dispersão. Os dados foram coletados diariamente durante 21 dias, no entanto, nenhuma Salmonella foi recuperada após 12 dias (Os gráficos representam os primeiros 15 dias).
Alphitobius diaperinus: tão persistente em nossa avicultura quanto os patógenos que ele transmite BAIXAR EM PDF
Asaúde geral das aves está relacionada com a saúde intestinal, que por sua vez está ligada com um balanço positivo da microbiota intestinal (eubiose).
Existem diferentes probióticos, como:
Bactérias ácido láticas, Leveduras vivas e Bactérias formadoras de esporos.
Quando o epitélio intestinal está saudável, forma-se uma barreira efetiva contra a entrada de patógenos e toxinas na corrente sanguínea. Ao mesmo tempo, um intestino íntegro será mais eficiente em digerir e absorver nutrientes.
Neste sentido, aditivos equilibradores de microbiota vêm sendo amplamente utilizados, com destaque para os probióticos.
Os Bacillus comumente utilizados como probióticos costumam inibir bactérias patogênicas gram-positivas, e como são bactérias esporulantes, possuem resistência ambiental. Já as bactérias ácido láticas produzem ácido lático eficientemente e, dessa maneira, controlam bactérias patogênicas gram-negativas.
Porém, as bactérias ácido láticas e leveduras vivas são particularmente sensíveis a temperatura e pressão.
Portanto, seu uso em rações peletizadas é limitado, ou dependendo do manuseio do produto, se torna difícil atingirem e chegarem íntegras a região-alvo: o intestino.
E se existisse um probiótico que unisse as vantagens de ambos os tipos de probióticos? Conheça TechnoSpore®, um aditivo probiótico inovador, formulado com a cepa probiótica exclusiva Biochem - Bacillus coagulans DSM 32016 - desenvolvida para enfrentar desafios práticos na produção animal.
Bacillus coagulans do TechnoSpore® combina de forma única as características benéficas de dois tipos de probióticos bem estabelecidos: bactérias ácido láticas e bactérias formadoras de esporos (Tabela 1).
TechnoSpore® é estável ao calor (a temperaturas de até 100ºC) e possui característica incomum a outros Bacillus – capacidade de produzir ácido lático eficientemente (Figura 1).
Modos de ação Probióticos à base de Bacillus Bactérias ácido láticas Bacillus coagulans
Otimização da microbiota intestinal
Produção de L (+) -ácido lático
Inibição de bactérias patogênicas gram-positivas
Inibição de bactérias patogênicas gram-negativas
Imunomodulação
Digestibilidade de nutrientes
Exclusão competitiva
Estabilidade térmica
Insensibilidade à pressão
Maior shelf-life
Uma vez germinado no intestino das aves, Bacillus coagulans de TechnoSpore® atua modulando beneficamente a microbiota intestinal, favorecendo o crescimento de bactérias benéficas e inibindo bactérias patogênicas gram-negativas (E. coli e Salmonella) e gram-positivas (Clostridium), por diferentes modos de ação
Os estudos realizados com aves, tanto não-desafiadas quanto desafiadas com patógenos gram-positivos e gram-negativos, demonstraram vários benefícios com o uso de TechnoSpore®:
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Há uma demanda crescente por produtos alternativos naturais na alimentação das aves, estes não devem deixar resíduos nos produtos de origem animal e devem ter a mesma atividade enzimática que os produtos sintéticos, dentre as opções surgem produtos como os pro e prebióticos, óleos essenciais, ácidos orgânicos entre outros (Catalan et al., 2012).
Os óleos essenciais são constituídos de extratos vegetais e possuem geralmente moléculas de natureza terapêutica.
Apresentam compostos voláteis, lipofílicos, com baixo peso molecular. São substâncias derivadas do metabolismo secundário das plantas, não estão diretamente ligados à manutenção da vida do vegetal, porém, conferem vantagens à sua sobrevivência, permitindo melhor adaptação às condições impostas pelo ambiente.
supercrítico (utilizado na indústria) e por solventes orgânicos apolares (Jorge, 2009)
Devido a sua volatilidade, seus compostos ativos são sensíveis quando na presença de oxigênio, luz, calor, umidade e outros agentes ambientais, podendo ser oxidados e degradados facilmente, por isso, para a utilização industrial e alimentação animal se faz necessário o desenvolvimento de técnicas que possibilitem proteger e manter as principais propriedades, como o microencapsulamento (Hall et al., 2020).
Desta forma o uso de óleo essenciais para animais monogástricos quando adicionados a ração, tem demonstrado bons resultados principalmente na melhora da digestibilidade de nutrientes por manter a eubiose (condição de equilíbrio da flora saudável) do trato gastrintestinal (Amad et al., 2011), uma ação antimicrobiana na redução de bactérias patogênicas (Alhajj et al., 2015), além de poder proporcionar um melhor consumo de ração, aumento das secreções digestivas e auxiliar nas atividades antioxidantes do organismo (Fonseca et al., 2015).
O encapsulamento foi desenvolvido para a estabilização, solubilização e liberação controlada de compostos, é um processo pelo qual determinado material é envolto ou revestido por outro material ou conjunto de materiais.
Além disso, a busca por extratos naturais que possam minimizar os efeitos dos radicais livres no organismo das aves, assim como nos seus produtos, carne e ovos, também tem impulsionado pesquisas no uso dos aditivos fitoterápicos como antioxidantes, uma vez que a produção intensiva de aves eleva a exposição dos animais às condições de estresse oxidativo (Zhao et al., 2011).
É de forma resumida um mecanismo de empacotar, separar e armazenar substâncias em cápsulas microscópicas para posterior liberação, fazendo com que haja um maior aproveitamento dos componentes encapsulados (Gonçalves et al., 2017).
O estresse oxidativo ocorre quando há um desequilíbrio entre a geração de compostos oxidantes e a atuação dos sistemas de defesa antioxidante que podem ser enzimáticos e não enzimáticos.
A geração de compostos oxidantes (radicais livres) ocorrem normalmente na mitocôndria, membranas celulares e citoplasma, sendo que a mitocôndria por meio da cadeia transportadora de elétrons é a principal geradora, isso porque para a obtenção de energia (ATP) há a redução progressiva e completa do oxigênio (O²) tendo como produtos duas moléculas de água (H2O).
Membrana celular
Porém, a designação “radical livre” não é o termo ideal para o conjunto dos agentes reativos patogênicos, pois alguns deles não apresentam elétrons desemparelhados em sua última camada, embora façam parte das reações de oxirredução.
Assim, os termos reactive oxygen species (EROespécies reativas de oxigênio) e reactive nitrogen species (ERN - espécies reativas de nitrogênio) são considerados mais apropriados por descreverem melhor esses compostos oxidantes (Vasconcelos et al., 2014)
Citoplasma
Mitocôndria
Quando a redução ocorre de forma parcial, há a formação de elétrons desemparelhados com capacidade de ocasionar dano oxidativo conhecidos como radicais livres (Barbosa et al., 2010).
Os ERO’s e ERN’s são extremamente reativos a compostos próximos, célula ou tecido, cuja reação tem por objetivo captar um elétron para obter sua estabilização, sendo capazes de lesar moléculas como DNA, proteínas, lipídios e carboidratos.
Como o oxigênio é de extrema importância para as células obterem energia através de reações metabólicas, a produção de ERO’s e ERN’s ocorre sempre e é considerado um processo fisiológico normal, desde que gerada em pouca quantidade (Halliwell eGutteridge, 2015).
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Definindo o padrão na produção de ovos
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Essa reatividade do oxigênio e consequente toxidez ao organismo resultou no desenvolvimento de mecanismos de defesa antioxidante do próprio sistema que inclui as enzimas Superóxido Dismutase (SOD), Catalase (CAT) e Glutationa Peroxidase (GPx), com objetivo de manter a homeostase oxidativa e garantir a sobrevivência da célula, no entanto o organismo não é capaz de garantir a defesa sozinho, fazendo-se então necessário o uso de antioxidantes não enzimáticos para conter a propagação da oxidação (Augustyniak et al., 2010).
Antioxidante é descrito como “qualquer composto presente em baixas concentrações, quando comparada com outras, que retarda ou previne significativamente a oxidação de substratos oxidáveis”.
O orégano (Origanumvulgare L.) é uma planta aromática que possui na composição química de suas folhas e inflorescências até 1% de óleo essencial, sendo os seus principais constituintes o carvacrol, tem sido utilizado em experimentos pelos seus possíveis efeitos sobre o metabolismo animal, como antibacteriano, anticoccidiano, antifúngico, antioxidante, anti-inflamatório e sobre o sistema imune (Pasquali et al., 2014).
A canela (Cinnamomumverum) é uma árvore de ciclo perene cuja parte interna da casca do seu tronco é rica em óleo essencial composto principalmente pelo princípio ativo cinamaldeído, enquanto as folhas são fontes de eugenol.
Tais substâncias podem agir diretamente, neutralizando a ação dos radicais livres, ou indiretamente, participando dos sistemas enzimáticos com tal capacidade.
Os antioxidantes podem ser caracterizados como sintéticos (produzidos de forma industrial) ou como naturais (compostos fenólicos encontrados em produtos de origem vegetal) (Ramalho e Jorge, 2006).
Ensaios farmacológicos mostraram que o óleo essencial e seu principal componente, têm atividade antibacteriana antifúngica e antioxidante, apresentando ainda ação estimulante sobre as enzimas digestivas (Wang et al., 2009).
Dentre os compostos de origem vegetal têm-se os óleos essenciais da pimenta vermelha, canela e orégano.
As pimentas do gênero Capsicum apresentam como principal composto ativo a capsaicina que é um alcaloide que tem se mostrado eficiente em aumentar a secreção de enzimas pancreáticas e intestinais, resultando em um melhor processo digestivo, além deste, outros grupos de compostos são encontrados na pimenta, como flavonoides, terpenoides e saponinas, tanto no fruto como nas folhas da pimenta (Pinto et al., 2013).
No entanto, mesmo que haja diversos estudos na área com o uso de óleos essenciais e oleoresinas para aves ainda há divergências nos resultados obtidos, principalmente por causa de fatores como:
O tipo e a parte da planta utilizada e suas propriedades físicas;
O tempo de colheita;
O método de preparação do aditivo togênico;
A compatibilidade com outros componentes alimentares e o nível de suplementação nas dietas animais;
Diante disso tem sido realizado pelo grupo de pesquisa GENCO da Universidade Estadual de MaringáUEM, estudos com o objetivo de avaliar a adição de óleos essenciais para poedeiras desde a cria até a fase inicial de postura (35 semanas).
Foi realizado um experimento com cinco dietas experimentais sendo elas:(T1) controle 0 mg de óleo essencial/ kg de dieta; (T2) 100 mg/ kg de óleo essencial blend; (T3) 200 mg/kg de óleo essencial blend; (T4) residual blend 100 mg/kg fase de cria e recria; (T5) residual blend 200 mg/kg fase de cria e recria.
Além dos resultados variarem também em relação à técnica de processamento de extração do óleo e tipo de análises laboratoriais realizada pelos pesquisadores (Yang et al., 2009; Paschoal et al., 2014).
Na fase de postura (20 a 35 semanas de idade), para as aves do tratamento 1, foi fornecido somente a ração basal durante a fase de cria e recria, para os tratamentos 2 e 3 as aves receberam o mesmo tratamento durante a fase de cria e recria e os tratamentos 4 e 5 as aves receberam o tratamento blend de óleos essenciais durante a fase de cria e recria e não receberam durante o período de 20 a 35 semanas). O blend foi composto por: Oleoresina de Capsaicina (pimenta vermelha) + Cinammaldeído (canela) +Carvacrol (orégano).
Como resultado não foram observadas diferenças significativas para as variáveis de desempenho avaliadas: peso corporal inicial, peso corporal final, consumo de ração diário, taxa de postura, conversão alimentar por quilo de ovos e conversão alimentar por dúzia de ovos, entre os tratamentos.
Para as variáveis de qualidade de ovos avaliadas: unidade Haugh, gravidade específica, espessura de casca, porcentagem de gema, albúmen e casca, índice de gema e albúmen também não foram observadas diferenças significativas entre os tratamentos, entretanto para o peso dos ovos houve diferença significativa, onde os tratamentos 1, 2 e 3 tiveram maior peso quando comparados aos tratamentos 4 e 5.
Esse resultado pode ser explicado pela mudança na dieta tendo em vista que as aves dos tratamentos 4 e 5 receberam óleo essencial na dieta do primeiro dia até a 18ª semana e quando pararam de receber no período inicial de postura houve essa diminuição no tamanho médio dos ovos.
Deste modo pode-se concluir que a adição de óleo essencial na fase inicial de postura não afeta o desempenho e a qualidade dos ovos das aves de 20 a 35 semanas, no entanto, as aves que receberam blend de óleos essenciais desde o 1º dia de idade apresentaram maior peso dos ovos na fase de postura de 20 a 35 semanas de idade.
A Doença de Newcastle (DN) é uma infecção viral altamente contagiosa que afeta o sistema nervoso, respiratório e digestório das aves (FLORES et al. 2006), transmitida principalmente pelo contato direto entre as aves.
Esta doença está presente no mundo todo, inclusive no Brasil, afetando principalmente aves silvestres e migratórias. Pode gerar grandes perdas econômicas na avicultura industrial com eliminação de milhares de aves e restrições nas importações e exportações (RAUW et al., 2009).
A principal forma de prevenção da DN é a vacinação, atualmente as vacinas comerciais que existem disponíveis contra a DN são vacinas vivas atenuadas, vacinas inativadas e vacinas vetorizadas (BERMUDEZ et al., 2003, MARANGONet al., 2006).
As vacinas atuam principalmente no sistema respiratório das aves e/ou epitélio intestinal, irá variar de acordo com a vacina escolhida. As vacinas vivas atenuadas, têm como principal desvantagem a patogenicidade residual e seus efeitos adversos, especialmente em animais jovens.
As vacinas inativadas são comumente destinadas a imunização de aves de ciclo longo, onde exige a permanência do antígeno por mais tempo a fim de promover uma resposta imune duradoura, assim, não são muito utilizadas no Brasil.
A reação pós vacinal esperada são espirros leves na maioria das aves entre três e cinco dias após a vacinação, passado este período as aves devem apresentar um quadro de recuperação (BERNARDINHO, 2004), quando a reação pós vacinal se torna exacerbada implica em comprometimento do desempenho zootécnico das aves e quadros patológicos.
No sistema respiratório um dos órgãos mais afetados é a traqueia, pode-se notar alterações em sua mucosa e submucosa, quanto mais graves essas alterações, piores serão as reações pós vacinais.
Pesquisas moleculares proporcionaram o desenvolvimento de um novo grupo de vacinas, as chamadas vacinas vetorizadas, que diminuem as reações pós-vacinais, reduzem a excreção de vírus no campo, sem a interferência de anticorpos maternais por período prolongado (> 70 semanas), e não interferem na resposta imune para outras enfermidades (PALYA et al., 2014)).
Quando as aves têm um dano ou injúria da mucosa respiratória, o epitélio perde capacidade funcional para limpar as partículas inaladas, permitindo que bactérias, como por exemplo, Escherichia coli, possam colonizar e danificar o trato respiratório inferior e, em alguns casos, invadir a corrente sanguínea e causar septicemia (ABDUL-AZIZ et al., 2016).
Rocha et al. (2022) realizaram um estudo testando as principais vacinas contra a Doença de Newcastle disponíveis no mercado, simulando condições de criação de frango de corte à campo por meio da avaliação da resposta vacinal no epitélio traqueal.
As vacinas foram:
Vacina vetorizada cepa Sorotipo3 lentogênica pneumotrópica (Vectormune ND HVT ®), aplicada por via subcutânea;
Vacina da cepa PHY.LMV.42 lentogênica enterotrópica (Cevac Vitapest L®), administrada pela via ocular e spray;
Vacina da cepa La Sota lentogênica pneumotrópica (Newcastle LaSota®), administrada pela via ocular e spray.
Neste trabalho, os autores verificaram que a vacina vetorizada foi a que gerou menos reação vacinal, pois não apresentou espessamento de mucosa traqueal significativo em nenhuma etapa do ciclo de criação das aves, o mínimo espessamento observado neste tipo de vacina é relacionado aos fatores ambientais como amônia e poeira.
Nas demais vacinas ocorreram espessamentos significativos, esses espessamentos da mucosa traqueal ocorrem devido ao processo de replicação das cepas vacinais lentogênicas pneumotrópicas que possuem tropismo respiratório, replicando-se especialmente na mucosa da traqueia e causando lesões inflamatórias que promovem o espessamento da mesma (ABDUL-AZIZ e ARP 1983).
No entanto, mesmo possuindo tropismo pela mucosa intestinal, as vacinas lentogênicas enterotrópicas apresentam baixa replicação na mucosa traqueal como foi observado por (ABDULAZIZ e ARP 1983, ALEXANDER 1991, BORNE e COMTE 2003).
Para análise histomorfométrica da mucosa traqueal foi utilizado o protocolo de Nunes et al. (2002).
Fig.1. Análise histopatológica da mucosa traqueal de aves de sete dias de idade vacinadas com a cepa LaSota por via spray. Infiltrado inflamatório mononuclear multifocal moderado na lâmina própria e no epitélio respiratório e desciliação difusa das células epiteliais. HE.
Nas demais vacinas ocorreram espessamentos significativos, vistos a partir do 14º dia pós-vacinal. Esse espessamento da mucosa traqueal ocorrem devido ao processo de replicação das cepas vacinais lentogênicas causando lesões inflamatórias.
Já aos 21 dias a via ocular apresentou diminuição da espessura da mucosa traqueal, isso pode ter ocorrido porque permite que a ave ingira a vacina através da fenda palatina, dessa forma, um maior número de partículas virais chega ao epitélio entérico (BORNE e COMTE, 2003).
Aos 14 dias a cepa La Sota via ocular apresentou maior espessura da mucosa traqueal comparada ao Sorotipo 3 (p<0,05), mantendo sua maior agressividade (Figura 2).
La Sota tanto via ocular quanto via oral no 4o dia pós vacinal foi possível observar um maior espessamento da mucosa traqueal nos animais.
No 21º dia pós-vacinal, as aves vacinadas via spray que apresentaram maior espessura de mucosa traqueal. Esse resultado pode ser explicado pelo fato dessa vacina penetrar mais profundamente nas vias respiratórias das aves e com o fato de ser uma cepa pneumotrópica, o que já havia sido observado no trabalho de Stewart-Brown (1995).
Já aos 21 dias foi possível observar que os animais vacinados com cepa PHY. LMV.42 por via ocular e com a cepa La Sota por via spray apresentaram maior espessamento da mucosa da traqueia comparada ao Sorotipo 3 (p<0,05), sendo visível a qualidade superior da Sorotipo 3 em provocar um menor espessamento da mucosa (Figura 3).
Este achado referente a cepa PHY.LMV.42 demonstra que apesar das estirpes entéricas apatogênicas se replicarem principalmente no trato intestinal, também existe replicação no trato respiratório (SATRA 2011).
Sendo assim, é importante ressaltar o enorme avanço ocorrido do desenvolvimento de vacinas contra a DN, uma vez que hoje o mercado dispõe de vacinas de alta tecnologia, como as vacinas vetorizadas, amplamente difundidas no mundo, que conseguem controlar o vírus de Newcastle velogênico sem desencadear efeitos colaterais.
Além disso, diferente das vacinas vivas, as vacinas vetorizadas promovem uma imunidade duradora, protegendo a ave por toda vida, sem necessidade de refazer vacinações. Muito importante para aves de vida longa.
Sendo assim, este trabalho de Rocha et al. (2022) demonstrou que a vacina La Sota produz maiores reações pós-vacinais, principalmente a aplicada via spray, logo, ela não é recomendada para vacinações preliminares (GLISSON e KLENVEN, 1997), e que a vacina vetorizada produziu as menores reações pós-vacinais, preservando mais a mucosa traqueal e assim assegurando uma melhor barreira de defesa as aves, sendo a melhor opção para imunização das aves contra a Doença de Newcastle.
Em caso de dúvida ou necessidade de mais referências bibliográficas, favor consultar a autora (Priscilla Rocha – priscilla.rocha@ceva.com).
Luiza Fernanda da Silva Sabino1, Cândida Pollyanna Francisco Azevedo2
1Médica veterinária, MBA em Agronegócios USP-ESALQ
2Zootecnista- Doutora em Ciência Animal e Pastagens
Em 2022, o Brasil produziu 14,524 milhões de toneladas de carne de frango, ocupando o segundo lugar como maior produtor mundial e o primeiro nas exportações, já que 33,20% de toda sua produção é exportada.
A produção nacional atinge altos níveis de desempenho relacionados ao ganho de peso, conversão alimentar e baixos índices de mortalidade. Resultados esses que são reflexo de boa genética, biosseguridade, sanidade, ambiência adequada, nutrição de boa qualidade e um manejo correto desde a chegada dos pintinhos no aviário até a retirada do lote, o chamado período pré-abate.
O frango moderno avança seu potencial genético por meio da seleção de programas de melhoramento animal, o que exige cada vez mais animais que apresentem maior eficiência produtiva. No Brasil, tem-se diferentes tipos de linhagens de frangos de corte como HubbardIsa, Arbor, Acres, Cobb, Ross, Shaver.
É desejável, para a produção de carne, que a ave apresente algumas características, como rápido crescimento uniforme, boa conversão alimentar, empenamento precoce, boa pigmentação da pele, peito largo e pernas curtas, e ser resistente a doenças.
Toda a produção de frangos é destinada para os abatedouros onde é avaliada pelo Serviço de Inspeção Sanitária. O resultado dessa avaliação determina o grau de aproveitamento das carcaças. Nessa etapa, entre a produção até a comercialização, a resposta esperada pode ser drasticamente reduzida, de acordo com o grau de alterações encontradas nas aves durante a inspeção.
A presença sugestiva de doenças infectocontagiosas ou parasitárias, incluindo zoonoses ou lesões indicativas de deficiências no manejo pré-abate dos animais e durante o abate podem ocorrer nas aves.
Diversos trabalhos destacam como principais causas de condenação a celulite, dermatoses, contaminação, contusão/ fratura e má sangria, dentre outras.
Estas lesões apresentam grande importância na indústria avícola devido às modificações nas tecnologias de criação e manejo, assim como no processamento industrial das aves ao longo do tempo.
A dermatose trata-se de uma classificação estabelecida de enfermidades que englobam diversas lesões cutâneas, como calo de peito e dermatites. As principais dermatites são de contato, gangrenosa e micótica e traumática. As de contato, ocorrem nas áreas de contato da pele com a cama e aparecem como lesões erosivas e superficiais com manchas marrom-avermelhadas.
A dermatite gangrenosa está relacionada há um comprometimento do sistema imunológico da ave o que facilita a contaminação por Clostridium septicum e Staphylococcus coagulase positivo, levando à uma infecção com aspecto fibrinoso ou caseoso, entre a pele e a musculatura.
A dermatite micótica torna a pele com coloração amarelo acastanhado acompanhada de espessamento da pele.
Por último, a scabby-hip ou dermatite traumática está associada a densidade populacional, empenamento lento e o comportamento agressivo dos machos, que causam arranhões na pele.
Em geral, as lesões de pele são caracterizadas de acordo com a aparência visual, associando o aspecto macroscópico das lesões e a sua localização no corpo das aves, que permitam definir uma determinada doença. As dermatoses são lesões que abrangem grande parte do corpo da ave, sendo ulcerações de cor escura ou avermelhada (Anexo 1).
Dessa forma, as carcaças que apresentarem evidência de lesão na pele, e/ou carne das mesmas, deverá ser rejeitada a parte atingida, ou quando a condição geral da ave foi comprometida pelo tamanho, posição ou natureza da lesão, as carcaças e vísceras serão condenadas.
Todos os dias, o mundo exige mais dos produtores de aves. Mais crescimento. Mais eficiência. E a cada dia, suas responsabilidades só aumentam. Mais desafios para superar. Mais produtos que prometem fazer mais... mas não cumprem. É por isso que você pode contar com a NOVUS para soluções de nutrição inteligentes que vão além. A NOVUS oferece tecnologias avançadas, com base em pesquisas científicas, projetadas para ajudar suas aves a atingirem seu potencial máximo. Juntos, podemos mostrar ao mundo do que você é capaz.
O estudo teve o objetivo de avaliar a prevalência de casos de dermatose no período de janeiro de 2015 a junho de 2023 e como a relação com manejo pré-abate podeinterferir no resultado do produto final na cadeia produtiva da carne.
O projeto foi realizado, em um abatedouro frigorífico situado na região Centro Oeste de Minas Gerais, com o consentimento da administração. O abate nesse estabelecimento ocorre em cinco dias da semana em dois turnos, abatendo cerca de 180 mil aves por dia.
O estabelecimento possui permissão para exportar, sendo os seus produtos destinados ao mercado interno e externo.
Além disso, foi utilizado como exemplo o cálculo para demonstrar em peso (Kg) o prejuízo que a empresa teve no período de 2015 a 2023, utilizando como exemplo o peso médio (0,0225kg) encontrado por corte condenado que varia de 0,015kg a 0,030kg, segundo dados da empresa, demonstrando como o manejo pré-abate interfere no resultado do processo.
x peso médio (0,0225kg)
Trata-se de um estudo retrospectivo, onde foram utilizadas planilhas de condenações parciais e totais do DIF (Departamento de Inspeção Final) dos anos de 2015 a 2021 e planilhas de monitoramento interno do frigorífico (2019-2023).
O estudo de prevalência é feito através do número de casos de uma doença em uma população, durante um período específico de tempo, além do impacto que isso tem na produção, levando em consideração casos antigos e novos (Mathias, 2014).
A fórmula utilizada para os cálculos foi: Taxa de prevalência igual ao número de casos existentes dividido pelo número de aves estudadas na população.
P = Número de casos existentes x 100 Número de aves estudadas
Pode-se observar nos resultados que das 285.272.021 milhões de aves abatidas, 2.290.040 foram condenadas por dermatose, com uma prevalência de 0,8%, tendo relação com vários fatores, dentre eles a utilização de detrminada linhagem. A Tabela 1 mostra a quantidade de aves condenadas parcialmente e a prevalência dos últimos oito anos expressa no gráfico (Figura 1), onde o ano de 2015 apresentou maior resultado, de 1,88%.
Tabela 1. Quantidade de aves e abatidas e número de casos registrados de dermatose.
Fonte: https://www.gov.br/agricultura/pt-br/ assuntos/inspecao/produtos-animal/sif e planilhas de monitoramento interno
A partir de 2019, a empresa em estudo, aderiu ao monitoramento intenso de todas as granjas, a fim de diminuir o prejuízo das condenações por dermatose e outras doenças. As planilhas de monitoramento são desde o incubatório, ao rendimento final do abate.
Dessa forma, são avaliados, conversão alimentar, custo de produção, comportamento dos machos e fêmeas alojados, linhagem, dentre outras características.
Nesse monitoramento a linhagem Ross foi a que apresentou maiores índices de dermatose com 1,30%, 1,16%, 1,81% e 2,11% nos meses de Junho, Julho, Agosto e Setembro, respectivamente, compreendendo um total de 605.070 aves no ano de 2021.
Quando transformado esses valores em peso (kg) do período de 2015 a 2023 (Tabela 2), pode-se obter um resultado relativamente alto, sendo, os maiores valores em 2015 e 2021, com 13.259,79 kg e 13.614,07kg, respectivamente.
Figura 1. Prevalência dos casos de dermatose (%)
Fonte: Resultados originais da pesquisa
O manejo inadequado como reutilização da cama, alta densidade nas granjas, distribuição sazonal e a nutrição inadequada das aves, são as possíveis causas para registros de tantos casos.
Já fatores que afetam o processo no frigorífico no momento do abate, que pode-se quantificar são:
Além disso, atrasos nos processos e o reprocesso, as perdas das partes afetadas e condenadas e a quantidade de carcaças que perdem a integridade da pele, deixando de agregar valor às carcaças comercializadas e aos cortes causando impacto diretamente no rendimento de carcaça e industrial.
Sendo assim, o monitoramento constante, treinamento dos colaboradores nas granjas para melhor manejo, são cruciais para melhorar os resultados na linha de produção, desde a granja até a expedição do produto no frigorífico.
Momento da redução de velocidade da linha, removendo as partes de pele afetadas, além de acarretar problemas na escaldagem;
Escalda excessiva;
Prevalência
No ponto de insensibilização, resultando na má sangria e sendo condenados também por retardamento na evisceração, aumentando os custos operacionais de modo intenso.
Tabela 2. Demonstração das quantidades de aves condenadas por peso (kg) Fonte: Resultados originais da pesquisaComplexo Cruzeiro 7 (Maior Complexo de Combustíveis da América L BR 232, KM 160, 6, Tacaimbó, PE
Agroceres Multimix
Seguindo a filosofia de se antecipar às tendências de mercado, a Agroceres Multimix vem direcionando suas pesquisas com aves de postura e de corte para a promoção da saúde intestinal, com reflexos sobre o desempenho das aves, assim como a qualidade interna e externa dos ovos.
"Há sete anos já começamos a levantar as alternativas que estavam em uso no mercado mundial, encontramos resultados positivos em alguns produtos e passamos a validar suas combinações”, explicou Torretta. Segundo ele, o trabalho resultou em fórmulas inéditas no mercado brasileiro.
Segundo o gerente nacional de aves da empresa, Marcelo Torretta, o enriquecimento da microbiota das aves, com promoção da melhoria da saúde intestinal voltou ao foco da produção avícola a partir da proibição do uso de grande parte dos antimicrobianos melhoradores de desempenho.
O trabalho de pesquisas em aves realizado pela Agroceres Multimix é desenvolvido no Centro de Pesquisas, localizado em Patrocínio (MG). A estrutura, que é inédita entre as empresas brasileiras de nutrição animal, está instalada numa área de 54 hectares, onde são realizadas pesquisas não apenas com aves, mas também com suínos e bovinos.
Segundo o diretor da Agroceres Multimix, Ricardo Ribeiral, o Grupo Agroceres nasceu da pesquisa, em 1945, a partir do desenvolvimento do primeiro milho híbrido do Brasil. “Isso faz parte da nossa cultura e todas as unidades de negócios da Agroceres têm uma ligação muito forte com a pesquisa e a inovação”, explicou.
A Agroceres Multimix abriu as portas de seu Núcleo de Tecnologia e Inovação para profissionais de imprensa e a equipe da agriNews Brasil esteve lá, conhecendo in loco, a razão de o slogan da Agroceres Multimix ser “Muito Mais que Nutrição”.
Ele destaca que, anualmente, a empresa investe mais de R$10 milhões para desenvolvimento de novos produtos, validação e qualificação de insumos e aditivos, aperfeiçoamento das matrizes nutricionais, além de estudos de manejos e equipamentos.
Todos os meses, as equipes técnicas da Agroceres Multimix participam de fóruns internos onde são discutidas tendências, situações encontradas em campo e diversos outros assuntos referentes à realidade do mercado. A partir dessas discussões são criados protocolos de pesquisa, testes e validações que, posteriormente, são realizados no Núcleo de Tecnologia e Inovação.
“Então, está no nosso DNA a permanente busca por inovação através da pesquisa”, afirma.Foto 1 - Cândida Azevedo e Camila Ferreira – equipe agriNews Brasil – no galpão de aves de postura do Centro de Pesquisa da Agroceres Multimix.
Entre 1990 e 2023 mais de 1,3 milhão de animais, entre aves, suínos e bovinos participaram de experimentos dentro da estrutura de pesquisas da Agroceres Multimix, resultando em importantes avanços para o setor.
Segundo o Gerente de Pesquisa e Saúde Animal da empresa, Tarley Araújo Barros, para cada experimento é desenvolvido um protocolo de bem-estar animal, que é avaliado por uma CEUA (Comissão Ética de Uso de Animais).
A referida Comissão é formada por funcionários da Agroceres Multimix, professores de universidades e membros da sociedade civil organizada.
A CEUA também é registrada no CONCEA (Conselho Nacional de Controle e Experimentação Animal), órgão federal a quem a empresa presta contas de todos os experimentos que realiza a cada ano.
Todos os experimentos desenvolvidos pela Agroceres Multimix são delineados considerando repetibilidade (aumenta a precisão das médias e reduz erros), casualidade/aleatoriedade (elimina intenção de priorizar determinado tratamento) e controle local (aumenta a precisão experimental).
Nos espaços de pesquisas da Agroceres Multimix também é aplicado o princípio do controle de meio, voltado para o ambiente e demais variáveis não experimentais que possam colocar o experimento em risco. As medidas fazem parte dos cuidados essenciais para que os resultados dos experimentos tenham poder estatístico e algo grau de confiança.
No dia da visita da imprensa ao Centro de Pesquisas, o galpão Dark House abrigava aves de oito dias, que estavam sendo submetidas a experimentos de comprovação da linha agPro, voltada para apoiar os produtores de frangos de corte na retirada dos antimicrobianos promotores de desempenho.
Segundo o gerente nacional de aves da Agroceres Multimix, os trabalhos de pesquisa da equipe resultaram na identificação de três cepas específicas, sendo uma para o controle da Clostridiose, outra para agir sobre salmonela e E. coli e uma terceira para liberar enzimas endógenas.
“Com essa descoberta voltamos a ter uma solução de amplo espectro, porém, em um produto natural”, salientou Torretta. “Então, a gente está natureba, porém, com muita tecnologia, porque não adianta só fazer um chá, temos que conhecer a fundo os compostos e sua ação sobre bactérias”, completou.
As aves, que já haviam recebido o alimento pré-inicial no incubatório para, entre outras coisas, evitar a desidratação das aves no transporte, estavam sendo alimentadas com a ração inicial.
O alimento é especialmente desenvolvido para que as aves tenham alto desempenho na primeira semana de vida e possam chegar à idade de abate com uniformidade, o que é uma característica fundamental para os abatedouros.
Na área de aves de postura, os trabalhos de pesquisa desenvolvidos pela Agroceres Multimix resultaram em uma fórmula inédita no mercado brasileiro, que combina óleos essenciais, extratos fitogênicos e prebióticos.
O novo fitogênico formulado pela Agroceres Multmix foi validado em galinhas poedeiras e os experimentos demonstraram um aumento de 5% na integridade intestinal das aves.
Adicionado à ração pré-inicial e inicial o simbiótico com cepas específicas descobertas pela Agroceres Multimix, apresenta resultados iguais ou superiores aos resultados alcançados com uso de antimicrobianos promotores de desempenho.
Segundo Torretta, o trabalho com óleos essenciais, fitogênicos, probióticos, prebióticos e ácidos orgânicos teve início com o objetivo de promover a saúde intestinal dos animais, porém, também tem resultado em melhoria de desempenho. Além dos alimentos neonatal, pré-inicial e do simbiótico, a linha abrange ainda um polivitamínico com probiótico, um fitogênico e um blend de ácidos orgânicos.
A partir do método Health Tracking System (HTSi), os levantamentos realizados pela empresa, apontaram para um aumento de 1,5% na integridade intestinal das aves. O excesso de muco, que era de 55% sem o uso do simbiótico, caiu para 35% (-36%) e descamação celular passou de 90% para 55% (-38%).
Ainda no que se refere à qualidade de fezes, as aves tratadas com agProFito apresentaram um aumento de 4% de matéria seca nas excretas.
“A melhora nas excretas é resultado de uma melhor absorção de nutrientes no intestino, dentre eles o cálcio e o fósforo, que refletem em melhora da espessura de casca dos ovos”, explicam Torretta.
Todos os dados dos experimentos desenvolvidos no Núcleo de Tecnologia e Inovação da Agroceres Multimix são inseridos em um software próprio da empresa e abastecem uma plataforma analítica que apoia a tomada de decisões do grupo.
Os experimentos demonstraram um aumento de 2% na espessura dos ovos das galinhas que utilizaram o agProFito. O índice de gema, por sua vez, apresentou resultado 5% superior ao das aves do grupo de controle negativo.
Como exemplo, mais de 674 mil ovos já foram analisados, gerando um banco de dados capaz de correlacionar dados como idade, genética, nutrição, peso de ovos, espessura e resistência de casca, altura, peso e percentual de albúmen, cor, peso e percentual de gema, entre outros. Tarley explica ainda que a estrutura de pesquisas da Agroceres Multimix também abriga experimentos desenvolvidos em parceria com casas genéticas e universidades, entre outras entidades. Entre os parceiros da empresa para a realização de pesquisas e experimentos estão a EPAMIG, Universidade Federal de Viçosa, UFMG, UFLA, Unesp, USP, Kansas State University e Embrapa.
Confira o vídeo com a cobertura da visita guiada ao Núcleo de Tecnologia e Inovação da Agroceres Multimix
Dados seguros e estruturados para gerar muita análise
Oprincipal objetivo de um programa de imunização na produção avícola é reduzir o nível de infecções com sintomatologia e mortalidade, o que como consequência resultará em melhores performances produtivas.
Para aves de reprodução, o programa de imunização também tem o objetivo de evitar a transmissão vertical de patógenos e promover a transferência de anticorpos maternos para a progênie, fornecendo a imunidade passiva tão importante nos primeiros dias de vida dos pintinhos.
Alguns tipos de vacinas, como no caso das vacinas contra Salmonella, podem proteger o lote, mas também possuir impacto na saúde humana ao reduzir a contaminação das carcaças e assim diminuir a exposição do homem a agentes envolvidos nas infecções alimentares.
A vacinação consegue assim atuar em diversas vertentes dentro da cadeia de produção avícola, e por isso, torna-se tão importante conhecer sobre a dinâmica da doença contra a qual um lote será vacinado assim como a forma de aplicação e preparo da vacina além dos tipos de vacinas e cepas disponíveis.
As vacinas são desenvolvidas a partir de diferentes tecnologias e sua classificação irá depender da forma que o agente ou parte dele se apresenta. Elas podem ser classificadas em vacinas modificadas ou atenuadas (agente vivo), vacinas inativadas ou recombinantes.
As vacinas consistem em suspensão de microrganismos ou frações destes em um diluente que, quando administradas a um indivíduo ou grupo de indivíduos, induzem uma resposta imunológica. As vacinas são aplicadas por diversas vias, mas aquelas realizadas no incubatório podem ser administradas via ovo, subcutânea ou spray.
As vacinas vivas foram naturalmente ou artificialmente modificadas em formas atenuadas dos vírus de campo;
As vacinas inativadas são compostas pelos vírus ou bactérias inteiros que foram mortos durante o processo de produção do imunizante;
Já as vacinas recombinantes ou vetorizadas, são feitas utilizando vírus ou bactérias vivos como vetor para transportar o gene que codifica o antígeno protetor de um segundo agente para o qual a imunidade é desejada.
Aves que estão em condições de estresse ou imunossupressão respondem insatisfatoriamente a administração de vacinas devido a alterações fisiológicas presentes no organismo, e portanto, a vacina pode ter sua eficácia comprometida.
Além disso, a vacinação não pode ser uma estratégia utilizada para corrigir falhas dos procedimentos de biosseguridade ou desinfecção, pois a vacina de forma geral não impede a infecção, mas prepara o organismo a combater os agentes invasores.
São inúmeras as vantagens em realizar a vacinação das aves no incubatório, pois nesse ambiente é possível ter maior controle de parâmetros fundamentais para o adequado preparo e manipulação das vacinas, como: qualidade da água, armazenamento de vacinas e maior disponibilidade de mão-de-obra.
A vacinação por via spray é usada principalmente para aplicação de vacinas vivas contra agentes envolvidos em doenças respiratórias (Vírus da Bronquite Infecciosa das Galinhas - IBV e Vírus da Doença de Newcastle - NDV) e vacina de coccidiose.
Este método de vacinação tem como objetivo primordial induzir uma proteção a nível local, o que é extremamente importante, pois a principal via de entrada destes patógenos ocorre através das mucosas dos tratos respiratório ou gastrointestinal.
Devido ao hábito que os pintinhos possuem de limpar as penas com os bicos, há uma otimização da absorção da vacina aplicada por esta via.
Também a aplicação antecipada e mais uniforme da vacina e consequentemente o desenvolvimento de uma resposta imune precoce e eficaz, reduzindo ou eliminando a realização de vacinas a campo constitui outro ponto favorável para a aplicação das vacinas no incubatório.
Alguns pontos em relação ao preparo da vacina e sua aplicação podem interferir diretamente na eficiência da vacinação e por isso serão abordados a seguir:
Para vacinas que são aplicadas via spray, a água serve como meio de transporte do vírus vivo, e por isso, ela deve ser de ótima qualidade, destilada, livre de contaminação e cloro ou qualquer outro resíduo de desinfetante. O pH deve estar compreendido entre 6,5 a 7,5 e a dureza em até no máximo 500 mg/L Ca+2Mg+2.
A água utilizada deve estar em temperatura ambiente (24 a 26°C), pois água fria pode submeter os pintinhos a uma condição de estresse por frio, já que eles não são capazes de controlar sua temperatura corporal nos primeiros dias de vida.
Análises rotineiras da qualidade físico-química e microbiológica da água utilizada no processo de vacinação podem ser feitas como forma de assegurar se estes requisitos estão sendo atendidos. A correta manutenção dos equipamentos que produzem a água destilada como a limpeza e troca dos filtros regular, devem ser realizadas criteriosamente de acordo com as recomendações do fabricante.
O tamanho da gota é muito importante neste método de vacinação e precisa ser controlado assim como o volume de água utilizado. O tamanho da gota utilizada na vacinação spray no incubatório ideal é de 100 a 200 µm. Gotículas menores podem se mover com as correntes de ar e não atingir os pintinhos, além de atingirem a porção do trato respiratório inferior e causar maior reação após a vacinação. Já o volume de água mudará em função do tipo de vacina e equipamento utilizado, além das condições ambientais.
Outros itens como: a pressão do ar, o padrão de pulverização do bico, o volume de vacina fornecido por bico, a velocidade da esteira e altura da caixa de pintinho devem ser monitorados diariamente e seguir as recomendações do fabricante do equipamento.
Métodos automatizados para vacinação spray nos incubatórios incluem tanto o uso de um gabinete, que é acionado cada vez que uma caixa de pintos é colocada, como uma vacinadora montada acima da linha do transportador das caixas de pintos.
Para a garantia de adequada imunização é importante seguir a recomendação do fabricante da vacina em relação ao número de dose por caixa, avaliar a eficiência do processo de vacinação e acompanhar o desempenho dos lotes a campo. Um bom programa vacinal deve vir acompanhado de monitorias de rotina.
Solução completa para Marek, Gumboro e Newcastle
A Combinação Perfeita entre vacinas para uma proteção precoce e segura
aviNews Brasil e Rodrigo Galli
Arevista avinews Brasil conversou com o zootecnista, mestre em produção animal Rodrigo Galli, Rodrigo tem anos de experiência na indústria avícola e divide seu tempo a pesquisar tecnologias para a produção animal.
Para que possamos entender o que é a Avicultura 4.0 e como chegamos até ela, Rodrigo nos traz um breve contexto:
“Para contextualizar a Avicultura 4.0, é importante explicar primeiro o que é a Zootecnia de Precisão (PLF), que é a ciência que mede, modela e gerencia as respostas biológicas dos animais de produção de forma contínua e automatizada, utilizando diversas tecnologias de sensoriamento, comunicação e controle.
Através da PLF é possível criar um sistema de alertas precoces para monitoramento do bem-estar, saúde e produtividade dos animais, com tomada de decisões dinâmicas baseadas em dados.
O resultado é a otimização de processos, recursos e desempenho dos animais, com melhoria na qualidade de vida das pessoas envolvidas.
Portanto, a Zootecnia de Precisão é um conceito mais amplo que abrange todas as espécies animais, enquanto a Avicultura de Precisão é um conceito mais específico, focado na produção avícola.
Todavia, quando nos referimos ao emprego das tecnologias atuais em prol da Avicultura de Precisão, fazemos uma analogia com a Indústria 4.0, que destaca a convergência entre tecnologias digitais, físicas e biológicas. Ao adaptarmos e utilizarmos essas tecnologias e conceitos para a Avicultura, utilizamos então o termo Avicultura 4.0.
Obviamente, o termo não é estático e, assim como suas tecnologias, deve progredir em algum momento para 5.0 e além. Por essa razão, eu costumo utilizar o termo Avicultura 4.0 e além, para que não nos prendamos à numeração 4.0, uma vez que o avanço tecnológico é exponencial.
A Avicultura 4.0 ainda se encontra em uma fase inicial, mas temos muito a evoluir em estudos, escalabilidade e mudança de mindset das pessoas.
No entanto, a velocidade da evolução tecnológica aumenta a cada dia e acredito que, desde que as infraestruturas básicas, como a internet, sejam atendidas a cada ano, teremos avanços muito significativos.
Como exemplo, posso citar diversos exemplos que operam em cooperação:
Balanças automáticas para frangos, galinhas de postura e matrizes
Sensores bioacústicos
Câmeras com visão computacional para estimativa de peso das aves, contagem de ovos e qualidade dos ovos
Robôs autônomos (não estão em fase de escalabilidade ainda, não no Brasil)
Equipamentos de NIR para fábricas de ração (bancada, inline ou online, portátil)
Realidade aumentada para abatedouros
Sexagem in ovo
Utilização de dados biológicos para de nição de sistema personalizado de criação do lote.
Biotecnologia - desenvolvimento de novas moléculas ou marcadores para monitoramento de patógenos e prevenção da saúde do animal
Análises Metabolona (análises de um conjunto de metabolitos que podem ser usados para avaliar a saúde e o bem-estar das aves)
Sistema de Nuvem
SAD (Sistema de Suporte à Decisão)
Sistemas de automação
Big Data Analytics
Inteligência arti cial (aprendizado de máquina e aprendizado profundo)
Por fim, a Avicultura 4.0 permite o melhor controle do ambiente, nutrição customizada, detecção precoce de problemas de saúde e aumento da eficiência produtiva.
Rodrigo ainda destaca a eficiência produtiva que as ferramentas tecnológicas podem fornecer na produção de ração para as aves.
A avicultura 4.0 oferece recursos para que a produção de alimentos para as aves seja feita de maneira personalizada, mas ainda é preciso avaliar a viabilidade desse processo sob vários aspectos, principalmente quanto à logística de produção da ração, entrega e estoque, bem como planejamento de compra de matérias-primas.
No entanto, devemos ter em mente que cada lote é único e, mesmo que pertença à mesma linhagem que o anterior e seja criado em condições muito semelhantes, com certeza nunca terá o mesmo resultado. Dessa forma, tratar cada lote de maneira personalizada evita que certos erros contínuos nos processos de criação das aves ocorram.
Sob o âmbito da alimentação, como esse processo poderia ser realizado, caso viável? Devemos agir em 3 frentes:
Conhecer bem as exigências nutricionais específicas dos animais (genética, idade, condições de criação etc.);
Conhecer a composição dos ingredientes e gerenciar bem a variabilidade nutricional;
Monitorar o desempenho das aves e tomar ações corretivas quando necessário.
A avicultura se destaca na indústria de produção animal pelo conhecimento avançado das exigências nutricionais das aves, que acompanha a evolução genética e emprega tecnologias de ponta, como análises de metaboloma.
Nas fábricas de ração, os equipamentos de espectroscopia no infravermelho próximo (NIR) possibilitam a análise da composição nutricional dos ingredientes em segundos, fornecendo aos nutricionistas dados valiosos para atualizar suas matrizes nutricionais de acordo com a variabilidade dos ingredientes e viabilidade para a empresa.
Por fim, é importante monitorar o desempenho das aves e tomar ações corretivas quando necessário.
Alarmes em tempo real podem ser gerados por sensores associados a softwares de IA que monitoram o desempenho (peso das aves, produção de ovos, consumo de ração) e saúde das aves, permitindo a detecção precoce de problemas. Isso possibilita uma resposta rápida, minimizando o impacto de doenças ou condições adversas.
Além disso, a otimização dos recursos, como o controle do ambiente de criação com base em dados em tempo real, melhora o conforto das aves, resultando em crescimento saudável e maior produtividade.
Em última análise, a abordagem personalizada, orientada por dados, com alarmes em tempo real e otimização de recursos como assistência técnica (o técnico tem uma visão clara de onde está o problema), beneficia tanto os animais quanto os produtores, ao aprimorar a saúde das aves, reduzir custos e aumentar a eficiência da produção.
Com base na rastreabilidade dos dados, pode-se checar a raiz de um problema, seja de origem nutricional ou não, e quando necessário, realizar modificações nas rações ou atuar com tratamento das aves através de complementos nutricionais.
Sabemos que essas medidas nem sempre são possíveis de serem implementadas imediatamente devido ao estoque de ração nos silos e logística de produção de ração, porém, o conhecimento do problema permite que ações personalizadas para cada lote sejam tomadas, sejam elas com base na alimentação ou não.
E esse conjunto de ações pode trazer benefícios para aves e produtores.
Benefícios para as aves:
Acredito que o maior benefício seria maximizar o potencial de desempenho do animal, uma vez que não se trabalha com uma estimativa de requerimento nutricional para um grupo maior e sim com uma exigência para um lote específico, podendo levar em consideração, além das suas características de linhagem, tipo de aviário, época do ano, também uma análise de banco de dados que sugiram algum padrão que não poderia ser previsto sem o uso de tecnologias como big data ou IA
Tem que se trabalhar nesse sentido com a análise de microbiota para determinar o perfil de produção específico de alguns lotes.
Para os produtores, os resultados estariam relacionados com melhor eficiência produtiva e retorno de investimento do negócio.
Eficiência: Alimentos personalizados otimizam a conversão alimentar, resultando em um crescimento melhor e mais eficiente das aves.
Redução de custos: Aves vão utilizar melhor o alimento e reduzir o desperdício.
Reputação e qualidade: Alimentos personalizados mostram comprometimento com a qualidade e o bem-estar animal, fortalecendo a reputação da marca.
Portanto, a produção de alimentos mais personalizados na Avicultura 4.0 resulta em aves mais saudáveis, produtores mais eficientes e um setor avícola globalmente mais sustentável e responsável.
Confira na próxima edição a parte 2 dessa conversa!
Avicultura 4.0 como chegamos e para onde vamos?
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A espectroscopia de reflectância no infravermelho próximo (NIR) é uma técnica analítica baseada na absorção de luz na região do infravermelho por compostos orgânicos. Esta técnica permite uma predição rápida e barata da composição química de diversos tipos de amostras: forragens, rações, ingredientes, etc...
Ao contrário do que se imagina, esta técnica não é nova, no livro Handbook of Near Infraread Analysis, os editores Burns & Ciurczak (2008) comentam que no início da década de 1880 os primeiros passos para a tecnologia foram dados quando os investigadores Niepce & Daguerre avaliaram que uma chapa fotográfica tinha alguma sensibilidade para a espectroscopia infravermelho. Isso permitiu que Abney & Festing, mais tarde, registrassem os espectros de líquidos orgânicos na faixa de 1 a 1,2 μm, em 1881.
De acordo com Burns & Ciurczak (2008), a tecnologia NIR moderna depende fortemente do computador (e do microprocessador em particular), não apenas por sua capacidade de controlar e adquirir dados do instrumento, mas pela facilidade da calibração e análise. Desta forma, os fundamentos da análise de dados modernos do sistema NIR foram estabelecidos em 1930.
Em 1933, Hotelling escreveu um artigo clássico sobre análise de componentes (PCA, sigla do inglês) que abriu as portas para a formulação de uma abordagem matemática para representar o agrupamento e separar os dados no espaço multidimensional, o que seria conhecido como as calibrações NIR.
Na década de 1950, o primeiro computador comercial, UNIVAC, estava disponível. O primeiro computador pessoal (PC) foi provavelmente o ALTAIR em 1975, seguido em 1977 pelo COMMODORE PET, no mesmo ano em que Bill Gates e Paul Allen fundaram a Microsoft.
Atualmente o staff técnico da Aunir faz parte da empresa AB Vista, que desde 2014 possui disponível para os nossos clientes, dois sistemas de calibrações NIR com características únicas, sendo elas o sistema Ingot® e o Feed Quality Service®, sendo este último sistema, objeto da discussão neste artigo.
Pouco tempo depois, nascia o grupo Aunir, empresa britânica sediada em Towcester/UK, que construiu uma coleção de bibliotecas de calibração NIR por um período de quase 40 anos com foco principal em ingredientes, forragens, rações para animais e muito mais.
O sistema Feed Quality Service®, é um serviço online que permite acesso rápido a uma variedade de calibrações globais, incluindo calibrações exclusivas da empresa AB Vista. Estas calibrações foram desenvolvidas ao longo de 25 anos, incorporando mais de 400 mil amostras de referência global e mais de 4 milhões de espectros com valores de referência, resultando em um dos bancos de dados de calibração mais robustos do mundo.
Para ter acesso a este sistema, basta ao usuário solicitar a um representante da AB Vista a criação de uma conta remota e carregar no sistema um arquivo do espectro desejado, sendo que os resultados podem ser baixados por um portal web em um arquivo Excel.
O portal online ainda permite a colaboração com colegas e representantes da empresa AB Vista na avaliação de como podemos aplicar estes dados em prol da melhoria de performance de nossos clientes.
Em 2018 iniciamos um projeto de suporte ao sistema Feed Quality Service® que são os reportes Feed Quality Insights® (ferramenta da AB Vista para interpretação estatística dos dados analisados no FQS), emitidos bimensalmente a todos os clientes que desejam receber a estatística descritiva de suas análises, bem como as médias de seus pais dentro do mesmo período analisado; possibilitando assim, uma comparação com períodos anteriores além de uma avaliação do comportamento dos seus resultados versus os resultados do mesmo ingrediente a nível nacional.
Alguns dos exemplos práticos destas comparações podem ser vistos no próximo tópico.
Um exemplo de aplicação pode ser visto na Tabela 1, onde podemos observar as médias de alguns nutrientes e da energia do milho grão em diferentes regiões do planeta, obtidas durante o período de Janeiro a Julho de 2023.
Estas análises foram processadas pelo sistema de reportes Feed Quality Insights®. Estes dados são apresentados tomando-se em consideração diferentes regiões, sendo o descritivo de cada região, bem como o número de amostras analisadas/região, apresentados no Gráfico 01.
# de Amostras de Milho Grão Analisadas em 2023
NAM 2082
CAM 1774
LAM 4354
EMEA 1031
ASPAC 4884
Gráfico 01. Descritivo das diferentes regiões planetárias relacionado aos dados descritos na Tabela 01, bem como o número de amostras analisadas/região com base ao sistema Feed Quality Service® entre janeiro e junho de 2023. AB Vista 2023.
Com base nos dados descritos na Tabela 1, podemos observar que a região com maior valor de energia do milho grão (que é a EMEA, com quase 50 kcal/ kg superior quando comparado à região de menor conteúdo energético) não se associa com o maior conteúdo de amido, tão pouco com o conteúdo de extrato etéreo disponível neste grão de milho.
Em nossa visão, esta característica se deve a proporcionalidade entre todas as frações nutricionais, além do processamento (secagem) deste ingrediente que foi excelente durante este princípio de ano na região EMEA (Gráfico 02).
Valor da Solubilidade Proteica do Grão de Milho, %
NAM 34,18
CAM 38,04
LAM 37,82
EMEA 41,2
Com técnicas avançadas disponibilizadas no sistema Feed Quality Service®, podemos realizar uma avaliação NIR simples para determinar a qualidade deste processamento (secagem) e sua relação com a matriz energética deste ingrediente.
Esta medição refere-se à determinação do Índice de Solubilidade da Proteína (cuja a sigla inglesa seria PSI, %), como descrito por Brito (2022).
O PSI pode ser usado para prever a digestibilidade do milho, sendo que um baixo valor de PSI leva a uma digestibilidade reduzida e, portanto, a um valor energético ruim para os animais. A principal causa do baixo PSI é gerado pelo calor adicionado durante a secagem do milho colhido com umidade mais alta.
ASPAC 39,55
Gráfico 02. Valor do índice de solubilidade proteica do grão (PSI, %) de milho de diferentes regiões com base ao sistema Feed Quality Service® entre janeiro e junho de 2023. Fonte: AB Vista (2023)
A secagem mal realizada resulta em mudança estrutural do grão, com formação de complexo amido/ proteína/fibra pouco solúvel, o que afeta sua performance nutricional com penalização da matriz energética e, como consequência, na rentabilidade do produtor.
Tabela 02. Composição nutricional e energética do milho grão com a média geral brasileira, além de uma média obtida em duas diferentes regiões, com base ao sistema Feed Quality Service® entre janeiro e junho de 2023.
Quando avaliamos este cenário para as diferentes regiões brasileiras, algo similar pode ser visto em nosso país. Embora a média energética do grão de milho, analisado pelo sistema Feed Quality Service® entre janeiro e junho de 2023, foi de 3362,79 kcal/ kg (Tabela 02), existe uma importante variação entre regiões produtoras deste cereal, o que impossibilita denominarmos uma média geral para o milho para todo o país.
Estes dados são apresentados tomando-se em consideração o diferente grupo de estados brasileiros associados a sua respectiva zona de colheita de grãos descrita como Centro Sul versus Centro Norte, sendo o descritivo de cada um destes grupos, bem como o número de amostras analisadas/grupo de estados, apresentados no Gráfico 03.
# de Amostras de Milho Grão Analisadas em 2023
É interessante observar que existe uma importante diferença entre a matriz energética para o milho grão, dependendo do grupo de estados analisados, sendo que o milho produzido nos estados do grupo Centro Norte chega a possuir um volume 2% superior de energia metabolizável quando comparado ao grupo de estados Centro Sul.
Quando avaliamos os dados proximais descritos na Tabela 02, não existe uma grande diferença em termos de bromatologia entre os dois grupos de estados capazes de justificar esta diferença de mais de 55 kcal/kg do ingrediente.
Centro Norte 1700
O que nos leva supor que o sistema de colheita/ secagem deste cereal pode ser diferente entre os dois grupos de estados brasileiros, que produzem colheitas ligeiramente distintas em termos de matriz energética para a nutrição animal.
Média Brasil 3179
Centro Sul 1479
Da plataforma Bing © Microsoft, OpenStreetMap
Gráfico 03. Descritivo de diferentes grupos de estados brasileiros relacionados na avaliação descrita na Tabela 02, bem como o número de amostras analisados/grupo de estados com base ao sistema Feed Quality Service® entre janeiro e junho de 2023. Fonte: AB Vista (2023)
No Gráfico 04, encontra-se apresentado os diferenciais de PSI (%) deste cereal para ambas as regiões, demonstrando que o processo de secagem é realmente mais agressivo nos estados do Centro Sul do Brasil, comparando-se o grupo de estados do Centro Norte.
Neste último grupo, é comum observarmos que os principais estados produtores de milho (Goiás, Minhas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins e Bahia), costumam deixar o cereal secar praticamente em sua totalidade no campo (antes da colheita), devido às características climáticas inerentes à estes estados, o que incrementa de forma substancial a qualidade nutricional do ingrediente, e por consequência energética do milho.
Este é apenas um exemplo de como podemos associar a ferramenta NIR a um sistema robusto de geração de dados confiáveis (como é o caso do Feed Quality Service®), associado ao uso de um sistema de analises estatísticos igualmente robusto destes dados gerados (como é o caso do Feed Quality Insights®). Ambos os sistemas podem trazer uma oportunidade de incremento de lucros para sua empresa. Avaliações idênticas podem ser realizadas com farelo de soja, sorgo, soja integral, alimentos completos, etc..
Média Brasil 37,61
Da plataforma Bing © Microsoft, OpenStreetMap
Gráfico 04. Valor do índice de solubilidade proteica do grão (PSI, %) de milho dos diferentes grupos de estados brasileiros com base ao sistema Feed Quality Service® entre janeiro e junho de 2023. Fonte: AB Vista (2023)
Para isso, basta contatar um colaborador de AB Vista. A experiência interna da AB Vista em nutrição, qualidade de ração e espectroscopia de infravermelho próximo fornece previsões rápidas e precisas dos componentes nutricionais da ração. Estaremos sempre próximos para ajudá-los!
Na última edição abordamos como o transporte e o tempo de espera afetam a viabilidade dos pintinhos.
Um dos argumentos para reduzir o tempo de acondicionamento e de viagem permitidos se fundamenta no pressuposto de que o embrião do frango de corte moderno produz mais calor e que, graças à sua “taxa metabólica mais elevada”, tende a utilizar a gema residual após o nascimento muito mais rapidamente do que no passado. Embora seja uma teoria interessante, os dados publicados não mostram esse resultado.
A Aviagen mantém linhas de controle genético, que foram separadas das populações de suas linhagens respectivas em 1972. Um estudo feito em 2017 comparou as linhas de controle genético com suas equivalentes atuais.
O tempo que a gema residual se esgotou foi muito similar entre a linha antiga e os pintinhos modernos.
Realizadas durante 72 horas após a retirada dos pintinhos, as linhas testadas utilizaram pouco mais de 80% da gema residual presente no incubatório.
A Figura 3 mostra que a taxa de utilização do saco vitelínico foi ligeiramente mais rápida na linha de controle de 1972 do que o seu equivalente moderno até 24 horas, e igual em 48 e 72 horas.
Uso de gema residual durante 72 horas por pintinhos não alimentados Linha
2017
Tratamento
Temperatura
alojamento, temperatura corporal, uso da gema residual e viabilidade
A temperatura ambiente é importante durante o processamento, na sala de pintinhos no incubatório e o transporte em caixas até a granja.
É importante estabelecer a diferença entre a temperatura na sala de pintos, ao redor das aves e a temperatura de cloaca. A velocidade do ar ao redor dos pintinhos também fará uma grande diferença em relação à temperatura sentida por eles. (Figura 4).
real na caixa
desejada na caixa
Quando os pintinhos nascem, eles não controlam plenamente sua temperatura corporal, que muda em função da temperatura ambiental.
No entanto, os pintos geram calor metabólico e podem modificar o seu comportamento, aglomerando-se caso esteja muito frio, ou distanciando-se de pintos ofegantes, se estiver muito quente (Figura 5).
A temperatura corporal dos pintinhos com um dia de idade pode ser medida de modo fácil, seguro e preciso com um termômetro pediátrico Braun ThermoScan® via cloaca.
Quando pequenos grupos de pintos não alimentados são acondicionados em caixas para transporte, a temperatura retal alvo de 39,4–40,6 °C (103–105 °F) será atingida geralmente se a temperatura no interior da caixa for de aproximadamente 30 °C (86 °F).
Em estudos internos onde a temperatura ambiente nas caixas foi reduzida ou aumentada em 6 °C (11 °F), para 24 °C (75 °F) ou 36 °C (97 °F), as temperaturas corporais dos pintos também mudaram.
Figura 5. Adaptação comportamental às temperaturas fora da zona de conforto dos pintos (de cima para baixo). Pintos com frio se amontoam, já com calor, ofegam, enquanto aqueles que estão confortáveis se dispersam e relaxam.
Os pintos no ambiente mais quente ganharam 0,4 °C (0,7 °F).
perderam 0,4 °C (0,7 °F) 48 horas depois perderam 3,1ºC de temperatura corporal nas primeiras 24 horas.
No entanto, passadas 48 horas de espera na sala de pintos, a temperatura corporal dos pintinhos nos ambientes aquecidos e ideais se manteve estável, ao passo que os pintinhos no ambiente mais frio perderam mais 3,1 °C (5,6 °F) na temperatura corporal.
A mudança média na temperatura da cloaca com o passar do tempo, nos três estudos, é demonstrada na Figura 6.
A temperatura retal muda após 72 horas de espera no incubatório
106 °F (41,1 °C)
104 °F (40,0 °C)
Temperatura retal
102 °F (38,9 °C)
100 °F (37,8 °C)
98 °F (36,7 °C)
96 °F (35,6 °C)
94 °F (34,4 °C)
92 °F (33,3 °C)
Horas desde o saque dos pintos 0 24 48 72 96
Frio - 75,2 °F (24 °C) Ideal - 86,0 °F (30 °C)
Quente - 96,8 °F (36 °C)
A temperatura de alojamento na granja não teve muito efeito na rapidez com que o pintinho utilizou sua gema residual.
No entanto, alguns poucos indivíduos no tratamento frio aparentemente interromperam a mobilização da gema após 48 horas de alojamento. Isso fez com que a utilização de 60 horas parecesse menor do que a dos controles em um ambiente ideal.
Relatos na literatura sugerem que os extremos de temperatura após a eclosão podem atrasar ou interromper a utilização das gemas residuais.
ao longo de 72 horas, em média, em três estudos.
A
Uso de gema residual durante 72 horas por pintinhos não alimentados
Frio - 75,2 °F (24 °C)
Ideal - 86,0 °F (30 °C)
Quente 96,8 °F (36 °C)
Horas desde o saque dos pintinhos do nascedouro
Frio - 75,2 °F (24 °C) Ideal - 86,0 °F (30 °C)
Quente - 96,8 °F (36 °C)
A viabilidade no 7º dia de vida foi diferente em cada estudo, mas os efeitos do tratamento foram muito semelhantes.
Na Figura 8, foram tratadas como unidade de referência as taxas de mortalidade para o tratamento de controle em cada estudo, e a diferença causada por temperatura adversa foi calculada como uma elevação relativa.
As populações mantidas no ambiente frio perderam 2,7 vezes mais pintinhos do que as mantidas em temperaturas ideais. O calor ambiente também gerou mais perdas, com aumento de 1,5 vezes.
Mortalidade relativa de 7 dias após o alojamento de 72 horas a diferentes temperaturas (tratamento ideal = 1)
Embora o transporte em condições muito frias seja pior para os pintinhos do que em ambientes muito quentes, esta condição é muito menos provável de acontecer.
Os pintinhos produzem calor metabólico e, estando juntos nas caixas, o objetivo é impedir que muito calor se acumule. No entanto, os testes deram uma mensagem muito clara de que, ao tentar evitar o superaquecimento, é de vital importância não ir longe demais.
Confira na próxima edição a terceira parte deste artigo.
Fatores que afetam o conforto e a viabilidade dos pintinhos, desde o nascedouro até o alojamento – Parte II
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Figura 8. Média de mortalidade na primeira semana nos três estudos expressa como múltiplo da mortalidade ocorrida no tratamento a temperaturas ideais.
Zootecnista – Mestrado, Doutorado e Pós-doutorado em Zootecnia Instituto Federal do Sudeste de Minas Gerais – Campus Rio Pomba
As pequenas notáveis (como apelidei carinhosamente as codornas), são aves pequenas e encantadoras que não apenas possuem uma aparência única, mas oferecem diversos benefícios como animais pet e de produção.
Essas aves têm uma história rica e uma série de características que as tornam uma escolha bem interessante para a criação e o consumo de carne e ovos em várias partes do mundo.
Espécies de codornas têm sido domesticadas há milhares de anos, com registros que remontam ao Egito antigo e à China.
A coturnicultura, criação racional de codornas, pode ser encontrada em diversos países atualmente, devido à sua adaptabilidade e manejo. São aves de tamanho pequeno, o que torna possível criar uma grande quantidade em espaços menores.
Entretanto, uma das dificuldades e/ou equívocos que criadores enfrentam com muita frequência é fornecer a mesma alimentação das galinhas para as codornas.
Contudo, embora codornas e galinhas sejam aves e tenham sistemas digestórios com algumas semelhanças, existem alguns motivos pelos quais a ração de galinha não é adequada para as codornas, você sabia?!
Espécies diferentes
Algumas razões são
Taxa de crescimento e desenvolvimento Tamanho e características dos ovos
As codornas são originárias do norte da África, da Europa e da Ásia, pertencem à família dos Fasianídeos (Fhasianidae) e à subfamília Perdicinidae, gênero Coturnix e espécie Coturnix coturnix. As duas subespécies mais criadas para a produção de ovos e carne, respectivamente, são a subespécie japonesa (Coturnix coturnix japonica) e a subespécie europeia (Coturnix coturnix coturnix).
Já as galinhas pertencem ao
Gênero: Gallus; Espécie: Gallus gallus; Subespécie: Gallus Gallus domesticus
Essas diferenças podem influenciar a formulação da ração e a forma como as codornas e as galinhas digerem e utilizam os nutrientes de suas respectivas dietas. Portanto, é importante fornecer uma alimentação adequada para cada espécie, levando em consideração suas necessidades específicas.
Por serem de espécies diferentes, as codornas têm um sistema digestório distinto das galinhas, o que significa que podem ter dificuldade em digerir e absorver os nutrientes presentes na ração para galinha. Isso pode resultar em uma digestão inadequada e na falta de nutrientes essenciais para as codornas.
As codornas têm necessidades nutricionais específicas que diferem das galinhas. Por exemplo, as codornas requerem uma dieta com maior teor de proteína em comparação com as galinhas. A ração para galinhas não atende às necessidades de proteína das codornas, o que pode afetar negativamente seu crescimento, desenvolvimento e saúde geral.
Codornas europeias adultas, destinadas à produção de carne, consomem entre 30 a 35 g de ração por ave por dia e codornas japonesas na fase de postura consomem cerca de 25 a 28 g por dia. Galinhas poedeiras ingerem em média de 100 a 120 g de ração/ave/dia, ou seja, quatro vezes mais.
Além disso, galinhas são aves onívoras e se alimentam de uma variedade de alimentos, incluindo grãos, insetos e vegetais. As codornas também são onívoras, mas têm uma dieta mais granívora, ingerem principalmente grãos e sementes.
A ração para galinhas em postura é formulada com partículas maiores, adequadas para seu tamanho e anatomia. As codornas têm bicos menores e têm dificuldade em consumir a ração das galinhas, o que pode levar a problemas de alimentação e ingestão inadequada de nutrientes.
Ainda, codornas são aves menores em comparação às galinhas, o que significa que seu trato digestório também é menor. Isso afeta a quantidade de alimento que podem consumir e a taxa de digestão.
As codornas geralmente têm um trânsito alimentar mais acelerado, o que significa que a comida passa pelo sistema digestório mais rapidamente em comparação às galinhas.
Codornas são aves de rápido crescimento, nascem com peso corporal entre 8 a 10 g. A codorna japonesa aos sete dias de idade triplica o peso corporal. Aos 28 dias pesa dez vezes mais que o peso inicial. europeia, nesta idade, pesa 20 vezes mais em relação ao peso ao nascer.
O peso corporal de uma codorna japonesa adulta é de 140 a 160 g, enquanto uma codorna europeia pesa de 250 a 270 g. Ambas, geralmente estão aptas para postura e abate em torno de 35 a 40 dias de idade (6 semanas).
Pintainhas de postura nascem pesando entre 35 a 38 g, aos sete dias pesam em média 61 a 69 g e aos 28 dias pesam sete vezes mais: 245 a 255 g, e iniciam a produção de ovos entre 18 a 20 semanas de idade (126 a 140 dias). O ovo de codorna corresponde a um quinto do tamanho do ovo de galinha, pesa aproximadamente 8 a 13 g (ovos de codornas japonesas pesam em média 11 g), o que representa 8% do peso corporal da codorna, enquanto essa proporção é de 3% para o ovo da galinha.
Em relação aos componentes dos ovos, gema do ovo de codorna é de maior proporção em relação ao de galinha.
A gema de ovos de codornas corresponde a 35% do peso do ovo, em ovos de galinhas representa de 30 a 32%. Pode ser a razão
Albino; Barreto para explicar o curto período de incubação dos ovos de codorna (16 dias) assim como o alto valor
A gema de ovos de codorna contém quase metade da proteína do ovo, das vitaminas e dos minerais e a totalidade das gorduras e do colesterol.
Outra questão a ser considerada são as condições estruturais das cascas de ovos de galinha e de codorna em relação ao teor de matéria orgânica, que é maior em cascas de ovos de galinha.
Contudo, em ambas as espécies, o teor de cálcio na casca é cerca de 37% da massa desse componente.
A espessura da casca de ovos de codorna é em torno de 55 a 59% mais fina do que ovos de galinhas.
Porém, de acordo com Reis et al. (2019), a espessura da membrana da casca em relação ao volume total da casca é maior quando comparada com a dos ovos de galinha, contabilizando 21% da espessura total da casca, enquanto em ovos de galinha, representam 11%.
Isso é visível quando um ovo de codorna e um ovo de galinha caem da mesma altura sobre o chão, o primeiro não espatifa enquanto o outro se rompe com facilidade, expondo todo o conteúdo interno facilmente.
Em resumo, as codornas são aves fascinantes e versáteis, que oferecem uma série de benefícios. Seja como fonte de ovos nutritivos, carne saborosa ou até mesmo como pets encantadores, essas aves têm conquistado espaço na indústria avícola e no coração de muitas pessoas ao redor do mundo. Para garantir uma nutrição adequada e saudável para as codornas, é recomendado o uso de ração especialmente formulada para cada subespécie considerando as necessidades nutricionais particulares.
Essas rações são balanceadas e contêm os nutrientes necessários para adequado crescimento, desenvolvimento, saúde e produção das codornas.
Não deixe de consultar um(a) profissional especializado(a) na área para auxiliar na formulação e no fornecimento de rações específicas para as #pequenasnotáveis!
Particularidades da produção de codornas
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Referências Consultadas: Sob consulta dos autores
Muito mais que um conceito, inovação é uma característica do DNA da multinacional traduzido por meios das avançadas tecnologias em vacinas e serviços exclusivos disponíveis para toda a indústria avícola nacional.
“Investir em tecnologias capazes de gerar valor dentro da cadeia produtiva avícola é uma prerrogativa inegociável nas operações da Ceva Saúde Animal. Somos uma empresa movida pela inovação", destaca o Diretor da Unidade de Negócios Aves da Ceva Saúde Animal Brasil, Branko Alva.
Com sua rede global de P&D e seu um amplo arcabouço científico de investigação e inovação para desenvolver vacinas inovadoras para a avicultura nacional, a empresa mantém constante troca de ideias e percepções técnico-científicas com colaboradores corporativos e de campo em mais de 40 subsidiárias espalhadas pelo mundo.
Toda essa estrutura faz da Ceva uma empresa referência global na área da inovação na pesquisa na área da saúde animal e no fornecimento de produtos e serviços para prevenção e controle das principais doenças que ameaçam a cadeia produtiva brasileira e de diversos países do mundo.
Com mais de duas décadas atuando para o desenvolvimento sustentável da avicultura mundial, a inovação sempre se fez presente na trajetória da companhia.
Com uma visão global atenta aos desafios locais, diversas tecnologias disruptivas do portifólio da Ceva são consideradas marco na história da indústria de produção de carne de frango e ovos, argumenta o Gerente de Serviços Veterinários para a América Latina da Ceva, o Dr. Luiz Sesti. “Contamos com uma série de soluções diferenciadas e tecnologias únicas em todo o mundo. Em 1994, por exemplo, a Ceva apresentava para o mercado o lançamento da primeira vacina veterinária vetorizada no mundo", lembra o Dr. Luiz Sesti.
Como umas das cinco maiores empresas de saúde animal, o portfólio da Ceva de vacinas vetorizadas representa controle eficaz e seguro das mais importantes enfermidades aviárias.
Outro bom exemplo deste compromisso com a inovação é a Cevac IBras, vacina contra a Bronquite Infecciosa, desenvolvida exclusivamente para proteção e controle da cepa de maior prevalência no território nacional, a variante BR-I.
Além dela, vacinas de alta tecnologia baseadas em técnicas de biologia molecular, como as vetorizadas e de RNA sintético, recentemente aprovada por órgãos reguladores na França como ferramenta para controle da Influenza Aviária de Alta Patogenicidade, são exemplos do engajamento da Ceva para produção de soluções para o controle de importantes enfermidades, como o caso da IAAP e outros graves desafios da indústria avícola global.
Atualmente, a empresa possui o mais amplo portfólio de vacinas inativadas, vetorizadas e de RNA Sintéticos, além de ser pioneira em tecnologias baseadas em biologia molecular, a exemplo das vacinas de RNA e DNA sintéticos.
Toda esta contribuição, atenta ao perfil e desafios regionais nos países que mantem operação, reforçam sua posição de companhia referência global em avicultura.
“Toda a tecnologia inovadora da Ceva tem sido um diferencial para a avicultura moderna, proporcionando eficácia clínica e segurança, além de contribuir para os desafios no campo”, descreve o Gerente de Marketing Aves de Ciclo Curto da Ceva Brasil, Tharley Carvalho.
Aliado a isso, a Ceva possui uma série de equipamentos para otimizar e trazer mais segurança para os avicultores, garantindo assim integridade e efetividade da aplicação das vacinas na marca.
Máquinas como o pulverizador Desvac IN LINE Duo Spray e Gel® para incubatórios; Egginject® para a vacinação in-ovo mais segura graças à sua tecnologia patenteada de injeção de dupla pressão;
Dovac HIGHSPEED LINE® que combina vacinação subcutânea e spray em um fluxo de trabalho otimizado;
A injetora semiautomática Desvac Dovac® projetada para vacinar pintinhos de um dia subcutaneamente no pescoço; e a
Laser life um equipamento que melhora os níveis de contaminação microbiológica no processo de incubação, por meio da detecção de ovos contaminação e embriões mortos sendo possível evitar a disseminação de micro-organismos no momento da transferência e vacinação dos ovos.
Sobre a Ceva Saúde Animal - A Ceva Saúde Animal (Ceva) é a 5ª empresa global de saúde animal, liderada por veterinários experientes, cuja missão é fornecer soluções de saúde inovadoras para todos os animais e garantir o mais alto nível de cuidado e bem-estar. Nosso portfólio inclui medicina preventiva, como vacinas, produtos farmacêuticos e de bem-estar para animais de produção e de companhia, como também equipamentos e serviços para fornecer a melhor experiência para nossos clientes. Com 6.500 funcionários localizados em 47 países, a Ceva se concentra diariamente para dar vida à sua visão como empresa do Bem-Estar (OneHealth): “Juntos, além da saúde animal”. Faturamento em 2022: 1,53 bilhão de euros. www.ceva.com.br
Inovações que reforçam toda sua estrutura dedicada à inovação aplicada às granjas.
Altos e baixos afetaram fortemente a avicultura de postura comercial nos últimos meses, da mesma forma que foi (e ainda é) vivido em alguns segmentos, especialmente na proteína animal.
Os altos custos com os insumos básicos para a produção, como o milho e a soja, que chegaram a uma diferença de 100% e 135%, respectivamente entre janeiro de 2020 e janeiro de 2022, e que agora estamos vendo retrocederem, deixaram fortes resquícios e uma baixa na produção de ovos.
O decrescimento no plantel de postura comercial nacional de 9%, entre janeiro de 2021 e dezembro de 2022, chegando ao pico de 12% em agosto de 2022, mostrou a agressividade do período de convivência com os custos elevados desses insumos, junto com outros itens como a energia, combustível, papelão, entre outros; que reduziram não só a produção, mas também o número de produtores em vários territórios produtivos, já que a reação do mercado, ou a mudança de patamar como muitos mencionavam, chegou tardiamente para o segmento de produção comercial de ovos.
Contrariado por uma tendência de crise contínua, com a manutenção dos elevados preços de tais insumos, o ano de 2023 está apresentando preços mais leves até o momento, possibilitando um respiro para quem produz proteína animal, embora esse cenário positivo dos insumos vez ou outra mostra suas incertezas, seja por questões climáticas, como as registradas nos Estados Unidos, ou até fatores decorrentes do conflito entre Rússia e Ucrânia, por exemplo, que prejudicam o mercado.
As quedas abruptas registradas no Brasil nessa primeira metade de 2023, especialmente no milho, também preocupam, já que podem desestimular quem produz grãos, gerando lá na frente, consequências que podem elevar novamente o custo de produção.
Ou seja, ainda falta segurança para os dois lados, nenhum mercado fica tranquilo quando os custos ou os preços obtidos atingem extremos.
Todos precisam ter seus negócios remunerados para que tenham continuidade e possam atender a contento o principal elo em toda essa cadeia: o consumidor, que também é afetado, especialmente quanto à demasia que prejudica a sua capacidade de pagamento, podendo gerar, inclusive, retrocesso no consumo.
No caso do segundo alimento mais completo do planeta - o ovo, ainda não se percebe essa reação, mas o comportamento do consumidor, de buscar menores preços, mostra que o valor que ele precisa desprender para consumir a proteína já afeta o bolso, o que acende o alerta junto aos conceitos de oferta e demanda.
E nesse contexto, quem produz está tentando recuperar aquilo que perdeu durante o período de discrepância ocorrida nos custos, visando recompor também sua produção.
É importante destacar que a avicultura de postura comercial foi uma das mais afetadas com essa crise, provocando em muitos estados o fechamento de estabelecimentos avícolas, especialmente de produtores de pequeno porte, na maioria com a mão de obra do próprio produtor e sua família.
Para se ter uma ideia, se a produção de ovos no Brasil foi 5% menor em 2022, quando comparada a 2021, em estados como o Espírito Santo, por exemplo, essa redução foi de 17%.
Com uma recuperação gradativa dos volumes produzidos, o plantel de postura comercial no Brasil atingiu em junho deste ano o mesmo volume que existia em janeiro de 2020 (ainda 6% menos do que o pico registrado nesse período), mostrando que a recuperação de uma crise não é fácil.
Ao mesmo tempo, as incertezas, que neste momento ocorrem em vários contextos, também deixam quem produz mais cauteloso.
Adicionalmente, o próprio comportamento do mercado mostrou que no período onde houve um volume ofertado muito próximo, ou em alguns momentos até acima da capacidade de consumo, o resultado afetou diretamente os preços recebidos na granja.
Aplicando uma linha de tendência nesse crescimento gradativo, o setor de postura comercial brasileiro mostra um potencial de recuperação da produção ainda para este ano. Em outras palavras, isso certamente acomodará os preços pagos pelo consumidor, que podem permanecer compensados se os custos menores dos insumos se mantiverem.
Uma coisa, no entanto, é necessária ter em mente: o mercado como um todo vive uma outra época relacionada aos preços obtidos, ou seja, mesmo que estejamos com custos menores com os insumos, ou mesmo que ocorra um volume maior de produção de ovos, não há perspectiva de deles voltarem aos patamares do início de 2020, já que existem vários fatores que ajudaram (e ajudam) a potencializar a valorização de produtos e serviços não só no Brasil, mas no contexto global.
No próprio mercado, surgem ferramentas ou oportunidades que também dão suporte a esse raciocínio.
Se observarmos quanto aos grãos, temos uma estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB), em seu 10º levantamento da Safra 2022/23, onde a produção de soja será 23% maior do que a safra do período anterior, por outro lado as expectativas para os volumes a serem exportados são de 21% maior do que o mesmo período.
Assim também ocorre com o milho, cuja produção deve ser, segundo a CONAB, em torno de 13% maior do que a safra 21/22 e as exportações serão 3% maiores.
Dados da Secretaria de Comércio
Exterior (Secex), compilados pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), mostram que no primeiro semestre de 2023 os volumes exportados foram 150% maiores do que no mesmo período do ano de 2022.
Similarmente pode se configurar o mercado de ovos, já que as exportações devem ser maiores do que no ano passado.
Ou seja, se o ritmo continuar nesse crescente, o setor de ovos comerciais brasileiro poderá alcançar um feito histórico nas exportações, superando 1% da produção nacional, que até então tem ficado em torno do tímido meio por cento.
É ainda um volume aquém das possibilidades que podem ser alcançadas pelo setor de ovos brasileiro, mas que vem mostrando uma margem de oportunidades que podem ocorrer nos próximos anos junto a vários mercados, além dos 70 países que importam ovos do Brasil atualmente.
Portanto, além da redução de custos, no cenário de um ano em que o mundo saiu de uma pandemia, convive ainda com o conflito entre Rússia e Ucrânia, e onde a preocupação está voltada também para o contexto sanitário, que agora está mais latente em nosso país com a chegada da Influenza Aviária, o misto de cautela e otimismo pode fazer parte do dia a dia da produção, não só de ovos, mas da avicultura brasileira como um todo.
Isso coloca sob análise outros riscos, que podem apresentar a necessidade de reforçar os meios relacionados à biossegurança das granjas, significando em adicional de custos e investimentos, talvez pensados pelo produtor para um segundo momento, mas que agora se tornam prioritários.
Essa é a grandeza de um setor que no ano de 2022 produziu 52 bilhões de ovos, representou 1,7% do PIB do agronegócio brasileiro, e que segue frente aos seus desafios, não somente de mercado, mas relacionados também às intempéries que surgem no dia a dia de quem produz alimentos, e que muitas vezes fica vulnerável a fatores de toda sorte e que necessitam que cada vez mais um setor econômico esteja atento e preparado para lidar com tais desafios.
Sendo importante o planejamento e estratégias inteligentes, que ficam mais práticas e efetivas de serem solucionadas, se trabalhadas de forma conjunta, através das representatividades nacionais, estaduais e regionais, que desempenham um importante papel institucional, não somente para os setores que representam, mas também para a sociedade e a economia brasileira, através da atuação direta bem como de parcerias nos vários âmbitos, públicos e privados.
22 bilhões de ovos em 2022
1,7% do PIB do agro brasileiro
Exporta ovos para mais de 70 países
No primeiro semestre de 2023 já exportou um volume 150% maior que o mesmo período de 2022
OVO é o 2º alimento mais completo existente
O setor de postura comercial brasileiro mostra um potencial de recuperação da produção ainda para este ano Mais de 230 unidades consumidas/per capita
Somente agora em 2023 o plantel de postura comercial no Brasil atingiu o mesmo volume que existia em janeiro de 2020
M.V. M.Sc. Dino Garcez e M.V. Letícia Tonoli Braga
1Consultor técnico/ DGbioss
Nutricionais S/A
A continuação do primeiro artigo, nesta seção serão abordados o diagnóstico, controle e prevenção da EN nas aves.
O diagnóstico é realizado através da análise do histórico da mortalidade do lote, dos sinais clínicos e achados de necropsia associados com a histopatologia onde se verificam as lesões microscópicas características.
Também pode ser realizada sorologia (ELISA) para detecção da toxina bem como isolamento do Clostridium perfringens (CP) que é feito a partir do conteúdo intestinal (raspado da mucosa ou Placas de Peyer hemorrágicas). Por fim o PCR pode ser realizado a partir de amostras de conteúdo intestinal e/ou raspado da mucosa.
Nos casos de enterites verifica-se fusão das vilosidades intestinais (Foto 1) e hiperplasia das células caliciformes (Foto 2), que são as células produtoras de mucina, principal componente do muco.
Foto 1 - Fusão de vilosidades no jejuno (cada seta corresponde a uma vilosidade). HE, obj.20x. Fonte: Mesa, D. et al., 2014.
Foto 2 - Hiperplasia de células caliciformes em vilosidade do duodeno (área demarcada). HE, obj.40x. Fonte: Mesa, D. et al., 2014.
O processo inflamatório é caracterizado pela migração massiva de heterófilos para as regiões em que ocorre a necrose e intenso infiltrado de leucócitos na lâmina basal, concomitantemente com edema, hiperemia, congestão e hemorragia da lâmina própria, submucosa e serosa.
O controle da mortalidade durante surtos é realizado através da administração de antibióticos via água de bebida ou ração, dentre os principais antibióticos com ação contra G+ podemos citar as tetraciclinas, a tilosina e a amoxicilina.
Os AMDs controlam a microbiota patogênica e diminuem a disputa por nutrientes, além de reduzirem a produção de metabólitos depressores do crescimento das aves, assim, melhoram os índices zootécnicos (ganho de peso, conversão alimentar e mortalidade).
Desde o banimento dos AMDs na União Europeia em 2006, o seu uso vem sendo reduzido gradativamente a nível mundial, esta iniciativa é apoiada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e visa a redução da resistência antimicrobiana (RAM).
No Brasil, diversos antimicrobianos foram descontinuados na última década, sendo que apenas um número reduzido de AMDs estão permitidos pelo Ministério de Agricultura a Abastecimento (MAPA) para uso em rações. Os principais AMDs utilizados em frangos de corte bem como as suas respectivas doses estão listados abaixo:
Avilamicina (2,5 a 10 ppm);
Bacitracina (4 a 55 ppm);
Enramicina (5 a 10 ppm – fases pré-inicial/ inicial/crescimento, 3 a 5 ppm final);
Flavomicina (1 a 2 ppm);
Virginiamicina (5,5 a 16,5 ppm);
Químicos: são utilizados tanto em quadros clínicos de maneira terapêutica bem como preventivamente via ração nos programas de aditivos anticoccidianos (diclazuril, toltrazuril, amprólio e nicarbazina).
Ionóforos: são empregados na prevenção de infecções por Eimeria através do uso contínuo via ração. Eles podem ser usados de maneira isolada ou conjugada (salinomicina, monensina, maduramicina, lasalocida e narasina).
Vale ressaltar que os ionóforos apresentam ação antimicrobiana com baixa probabilidade de geração de RAM, portanto, auxiliam no controle de CP de maneira direta.
Podem impedir indiretamente as perdas pelo CP uma vez que a presença de espécies de Eimeria spp., é um fator predisponente da EN.
Atualmente, diversas opções de vacinas estão disponíveis mundialmente, com tecnologias inovadoras de desenvolvimento e aplicação que possibilitam segurança e eficiência no seu resultado.
São aditivos à base de bactérias, leveduras ou fungos que alteram a microbiota intestinal promovendo um balanço entre as diferentes populações bacterianas benéficas que inibem o desenvolvimento de bactérias patogênicas.
Em consequência disto, aumentam a integridade intestinal, modulam a imunidade o que se traduz em melhoria da performance zootécnica e contribuem para uma maior inocuidade dos produtos avícolas.
Dentre os gêneros bacterianos mais utilizados como probióticos se destacam os Bacillus spp., Lactobacillus spp., e Enteroccoccus spp., Além disso, leveduras da espécie Saccharomyces cerevisae são utilizadas de maneira concentrada.
Sua utilização está voltada principalmente para formar a proteção sanitária da ave através da exclusão competitiva, do incremento da resposta imune celular e humoral bem como da redução da permeabilidade intestinal.
Além disso, podem melhorar o desempenho zootécnico através da produção de bacteriocinas e ácidos orgânicos que atuam diretamente sobre CP reduzindo a sua população bem como de enzimas que aumentam a digestibilidade dos ingredientes da ração.
São aditivos compostos por óleos essenciais (OEs) e/ou extratos vegetais (EVs) que apresentam efeitos antimicrobiano (bactérias, vírus e fungos), antioxidante, anti-inflamatório e digestivo pelo estímulo à produção de enzimas endógenas (ex. amilase).
Os OEs constituem-se em complexas misturas de substâncias voláteis, geralmente lipofílicas, cujos componentes incluem terpenos, álcoois simples, aldeídos, cetonas, fenóis e ésteres.
Os efeitos antimicrobianos dos óleos essenciais tais como o timol e eugenol, ocorrem devido à danos diretos à membrana bacteriana, inibição enzimática do seu metabolismo energético e desnaturação de certas proteínas. O efeito digestivo verificado com o seu uso (ex. piperina) ocorre devido ao estímulo à produção de enzimas endógenas (ex. amilase).
Para que haja melhorias no controle de micotoxinas, é necessário um melhor entendimento dos seus mecanismos de ação, dos seus efeitos nas aves, bem de técnicas de diagnóstico mais precisas e sensíveis.
Adicionalmente, o uso de componentes que além de adsorvê-las, bloqueiem os seus efeitos e que sejam capazes de biotransformá-las (ex. enzimas) em compostos inócuos às aves.
Quando utilizados em rações, melhoram o desempenho animal, mas não apresentam efeito medicamentoso, quer seja pelo princípio ativo ou por sua dosificação.
A presença de DON na ração a 5.000 ppb é um fator predisponente de EN em frangos de corte. Isso ocorre devido aos efeitos negativos diretos desta micotoxina sobre a barreira intestinal (aumento da permeabilidade, lesão das microvilosidades) e o consequente aumento da concentração de proteína total no duodeno, o que estimula o crescimento e a produção de toxinas pelo CP.
Dietas baseadas em grãos como o trigo, centeio, aveia e cevada podem aumentar a incidência e a gravidade de EN, pois estes cereais apresentam altos níveis de polissacarídeos não amiláceos (PNAs) que aumentam a viscosidade e a produção de muco intestinal. Assim, o uso de enzimas nutricionais (ex. xilanase), melhoram a digestibilidade destes ingredientes.
Além disso, ingredientes com altas concentrações de proteínas tais como o farelo de soja (que contém inibidores de protease e lectinas), farinhas de peixe, carne e farelo de ossos podem conter altos níveis de contaminação por CP.
Para informações relativas as referências bibliográficas ou aprofundamento do assunto favor entrar em contato com os autores deste artigo.
A ração para as aves pode representar até 70% dos custos totais de produção. A utilização eficiente de nutrientes em seu lote garante um desenvolvimento saudável, aumenta a produtividade e melhora o desempenho. Ao melhorar a eficiência e a sustentabilidade, nós da dsm-firmenich ajudamos a impulsionar o desempenho do seu lote e a sua rentabilidade com confiança.
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GREEN START é um modelo inovador projetado para enfrentar os desafios que os avicultores enfrentam durante a fase de criação em aviários.
O principal objetivo deste sistema é obter ótimos resultados em termos de uniformidade do lote, baixa mortalidade e excelente taxa de conversão (consumo de ração/peso das aves), tudo em um ambiente saudável para as poedeiras.
Além disso, o GREEN START foi concebido para facilitar o manejo das aves nas diferentes etapas do processo de criação.
Equipe técnica ZucamiUma das características que destacam nosso modelo GREEN START é o seu foco no treinamento das futuras poedeiras para alcançar excelentes resultados de produção durante a fase de postura.
O desenho do sistema foi concebido de forma a proporcionar às aves a superfície e os elementos ideais para desenvolver todas as suas capacidades e ter um bom início na fase de produção.
Da mesma forma, as pintainhas criadas no GREEN START recebem o treinamento adequado para poderem se orientar naturalmente no aviário de postura.
Uma das vantagens notáveis do GREEN START é a sua durabilidade.
Este modelo foi criado para ter uma longa vida útil e foi desenhado com elementos de excelente qualidade e solidez.
Os materiais utilizados na sua construção garantem a resistência e estabilidade necessárias para suportar o uso contínuo e as condições de um ambiente avícola.
A comodidade e facilidade de uso também são características de destaque de GREEN START.
O sistema foi projetado para permitir a visualização completa das frangas durante toda a etapa de cria e recria, facilitando o monitoramento e acompanhamento de seu desenvolvimento.
Da mesma forma, possui 3 níveis de áreas habitáveis adaptadas às necessidades específicas de cada fase do ciclo de cria e recria.
Isto garante um ambiente confortável e seguro para as aves, promovendo o seu bem-estar e crescimento saudável.
Neste sentido, a adaptabilidade e mobilidade das aves também são aspectos fundamentais na concepção do GREEN START.
Desde o primeiro dia, as pintainhas podem se movimentar livremente dentro do sistema, permitindo-lhes explorar o ambiente e desenvolver suas habilidades naturais.
Isto contribui para um crescimento mais equilibrado e um comportamento mais saudável das aves.
Outra vantagem significativa do GREEN START é o seu sistema de montagem de acesso rápido e fácil. Os avicultores podem montar o sistema com facilidade e rapidez, economizando tempo e esforço.
Ao mesmo tempo, o fácil acesso ao sistema facilita as tarefas de limpeza, manutenção e manejo das aves.
Os resultados obtidos com GREEN START são excepcionais.
O sistema demonstrou oferecer excelentes níveis de uniformidade de lote, o que é essencial para uma produção eficiente e lucrativa.
Além disso, foi observada baixa taxa de mortalidade e alta produtividade em aves criadas com GREEN START.
Estes resultados positivos são o resultado de um desenho cuidadoso e da implementação de práticas de gestão adequadas.
O sistema permite uma configuração flexível de grupos, o que facilita a vacinação, controle e manejo adequado das aves.
Os avicultores têm a capacidade de organizar e manejar eficientemente as pintainhas de acordo com suas necessidades específicas, ajudando a otimizar a produção e o bem-estar das aves.
A versatilidade de GREEN START é outro aspecto a ser destacado.Em resumo, GREEN START é um modelo inovador e completo para os desafios da cria e recria de aves.
O seu design, durabilidade, conforto, adaptabilidade, excelentes resultados e versatilidade fazem deste sistema a escolha ideal para avicultores que procuram:
Maximizar a uniformidade
Minimizar a mortalidade
Aumentar a produtividade nos lotes
Com o GREEN START, os avicultores podem ter certeza de que estão proporcionando às suas pintainhas um ambiente saudável e ideal para o desenvolvimento e desempenho da postura.
Obtenha os melhores resultados durante as fases de cria e recria de uma maneira eficiente, fácil e segura com Green Start
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AVIÁRIO VISION para GALINHAS POEDEIRAS
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Entre as maiores companhias produtoras de ovos na América Latina, 50% estão localizadas no Brasil, contemplando um pouco mais de 10% de toda produção mundial.
Em 2021, dos 55,5 bilhões de ovos produzidos, 99,54% foram destinados para consumo do mercado interno,
257 unidades de ovos por habitante. Segundo o relatório publicado pela ABPA em 2023, no período entre os anos de 2018 e 2022 o consumo de ovos per capita da população brasileira aumentou pouco mais de 35%.
O aumento no consumo de ovos em 2021 pode estar relacionado à pandemia da COVID-19, que levou muitos consumidores a buscarem fontes de proteína animal mais acessíveis e econômicas.
Em situações de restrições orçamentárias, como aconteceu durante a pandemia, os consumidores tendem a selecionar alimentos de menor valor agregado, o que pode explicar o aumento da demanda por ovos.
Brasil responde por 10% da produção mundial
2021 – produção de mais de 55 bilhões de unidade produzidas
99,5% consumidos internamente
257 unidades per/capita
2023 o consumo per capita pode ser maior que 260 unidades
O ovo é uma fonte de proteína de alto valor biológico que pode ser comparado ao leite materno em termos de composição nutricional, isso significa que boa parte de todos os aminoácidos que compõe esse alimento serão aproveitados de maneira eficiente pelo organismo.
Além de fonte de proteína, os ovos também são fontes de ácidos graxos insaturados, minerais e vitaminas (Tabela 1).
A escolha do consumidor é impulsionada por características intrínsecas como textura, aparência e aroma, por características extrínsecas do produto como rotulagem e embalagem, ou por fatores socioculturais como hábitos, crenças ou confiabilidade na indústria produtora.
Apesar disso, as propriedades sensoriais como a casca, tamanho do ovo e cor da gema são as principais características que determinam a escolha do produto pelo consumidor (Rondoni et al., 2020).
A coloração da gema pode variar de um tom amarelo pálido até alaranjado intenso, e para determinar isso de maneira rápida, pode-se fazer uso de uma ferramenta prática que é a comparação da coloração da gema in natura com um leque de cores com escala de 1 a 16 tons de amarelo a alaranjado (Figura 2).
As fontes de carotenoides xantofilas, podem ser naturais, como milho e pimentão vermelho, ou sintéticas, como cantaxantina 10% (pigmento vermelho) ou etil éster beta apo-8-caroteno (Garcia et al., 2002).
Os carotenoides são amplamente utilizados em indústrias voltadas para fabricação de alimentos, fármacos e cosméticos para seres humanos, além de terem seu uso difundido na indústria de ração (Valduga, 2009).
Um exemplo da sua aplicação na nutrição animal é o seu uso como aditivo na avicultura de postura, sendo o grupo das xantofilas o mais utilizado, uma vez que são absorvidas e acumuladas no organismo, assim modificando a coloração a gema do ovo.
Dentre as três características sensoriais citadas acima, vamos discutir no decorrer desse material técnico o uso de alguns ingredientes naturais em rações de aves de postura e seu efeito na coloração da gema.
Entre diversos compostos de origem vegetal, os carotenoides são substâncias lipossolúveis que além de apresentar capacidade pigmentante, também são precursores de vitamina A, protegem as células contra o estresse oxidativo e melhoram o desempenho do sistema imunológico (Bendich & Olson, 1989; Rios et al., 2012).
O metabolismo de absorção de carotenoides se dá na presença de sais biliares, na forma de gotículas de gordura, que se transformam em micelas na luz do lúmen intestinal (Parker, 1996).
Com o auxílio das lipoproteínas presentes na membrana celular, o carotenoide, já absorvido, se acumula nas células ricas em gordura e consequentemente se deposita na gema do ovo (Pérez-Vendrell et al., 2001).
O transporte e a absorção vão depender do tipo de carotenoide, quantidade fornecida na dieta e o teor básico de pigmentos presentes nas fontes utilizadas nas formulações das dietas destes animais (Maia, 2020).
Urucum (Bixa orellana L.)
Entre as espécies vegetais ricas em carotenoides está o Urucum, fruto do urucuzeiro, uma pequena árvore amplamente distribuída pela região da américa tropical.
A sua semente, utilizada moída, é rica em substâncias corantes denominadas bixina, norbina e nobixato, e usada para a produção de colorífico. (Fabri & Teramoto, 2015).
O uso de farinha de Urucum como alternativa para modificar a coloração do ovo de poedeira, é uma estratégia que já foi utilizada em diversos estudos, como o de Silva et al. (2000) que utilizaram seis níveis de inclusão de extrato oleoso de Urucum em rações de poedeiras utilizando o sorgo como principal fonte de energia, em comparação a dieta a base de milho.
Os autores relataram que a inclusão de 0,1% de extrato de Urucum na ração com inclusão de sorgo promoveu similar pigmentação da gema quando comparado as poedeiras que receberam ração a base de milho.
Em um estudo recente, Martínez et al. (2021) avaliaram 3 níveis de inclusão de pó de urucum na dieta de poedeiras (0,5%, 1,0% e 1,5%) durante 56 dias sobre as características externas dos ovos, tais como peso de ovos, resistência e espessura de casca, e características internas como altura de albúmen, unidade Haugh e coloração da gema. Os autores relataram que de todos os atributos qualitativos que foram influenciados pela inclusão de pó de Urucum, a coloração da gema foi afetada de maneira mais expressiva.
Esses estudos demonstram que o uso do urucum como alternativa para modificar a tonalidade de gema, é eficaz e se mostra uma estratégia para produzir ovos com coloração diferenciada e mais alaranjada do que o convencional.
A Marigold é uma flor pertencente à família das ervas Asteraceae e são nativas das Américas do norte, tropical e do sul. Atualmente é a única flor comercializada como fonte de carotenoides (xantofilas, zeaxantinas, luteína) e outros compostos como os flavonoides por exemplo (Hadden et al., 1999).
A utilização do extrato de pétala de Marigold é viável quando a dieta contém baixos níveis de xantofilas, como dietas à base de sorgo, milheto e trigo.
No estudo de Oliveira et al. (2017) os autores avaliaram a inclusão de extrato de páprica e Marigold em dietas à base de sorgo para poedeiras leves e constataram que a adição dessas pigmentastes naturais modificou a coloração da gema.
Para codornas japonesas existem estudos, como o desenvolvido por Moura et al., (2011), que investigou como a inclusão de extrato de pétala de Marigold em dieta à base de sorgo poderia modificar a coloração da gema dos ovos.
Os autores relataram que o uso do extrato foi eficaz e resultou escore colorimétrico da gema equivalente aos das demais codornas alimentadas com dietas a base de milho.
A páprica é obtida através da moagem de frutos desidratados de pimentão (Capsicum annuum).
Os frutos devem estar completamente maduros, para que os pigmentos caroteoides como capsantina, capsorubina, caroteno, criptoxantina e zeaxantina estejam presentes (Henz & Ribeiro, 2008). Dentre os pigmentos, a capsantina representa 50 a 70% das xantofilas presentes na páprica, assim conferindo ao pigmento cor vermelhoalaranjado (Marçal, 2021).
Os compostos presentes no extrato de páprica são substâncias pigmentantes eficazes para modificar a coloração de gema de ovos (Ribeiro et al., 2012) porém seu custo é mais elevado se comparado a outras fontes.
Ao comparar a inclusão de extrato de páprica isolado ou combinado com extrato de pétala de Marigold, Lokaewmanee et al. (2010) relataram que a coloração de gema de poedeiras alimentadas com dieta controle a base de milho (sem adição de pigmentante) era mais pálida quando em comparação a gema das aves alimentadas com 0,1% de extrato de páprica.
Porém, quando os extratos de páprica e marigold foram utilizados de modo combinado, com inclusão de 0,1% de cada um deles, a intensificação do tom alaranjado da gema foi mais pronunciada, conforme demonstrado na Figura 5.
Isso demonstra que o uso da páprica, combinado ou não com a pétala de Marigold, é capaz de intensificar a cor da gema.
Porém, os autores não observaram efeito significativo na coloração da gema quando as aves foram alimentadas com os dois pigmentantes, logo, concluindo que o extrato de páprica é efetivo para intensificar a coloração da gema independente da presença ou não do uso de extrato de Marigold.
A cúrcuma ou açafrão da terra (Curcuma longa L.) pertence a mesma família do gengibre e é comumente utilizada na culinária por apresentar um sabor levemente amargo/apimentado e por ter fragrância cítrica. Além das características sensoriais já conhecidas dessa especiaria, o seu uso como aditivo pigmentante já foi demonstrado em dietas de aves.
Figura 5. Coloração de gemas de ovos de poedeiras alimentadas ou não com extrato de páprica e de Marigold combinados ou não. A = Dieta controle sem inclusão de extrato; B = Inclusão de 0,1% de extrato de páprica; C = Inclusão de 0,1% de extrato de páprica + Inclusão de 0,1% de extrato de Marigold. Adaptado de Lokaewmanee et al., (2010).
De modo semelhante, ao avaliar a inclusão de extrato de páprica e Marigold para poedeiras leves alimentadas com dieta à base de sorgo, Oliveira et al., (2017) observaram que 0,6% de extrato de páprica foi eficaz para modificar a coloração da gema de modo que atingisse o escore 14 no leque colorimétrico.
A suplementação com pó de cúrcuma durante 7 semanas foi capaz de intensificar a coloração da gema de ovos de poedeiras como mostrado por Park et al., (2012), os autores utilizaram níveis de 0,10%, 0,25% e 0,50% e obtiveram efeito na coloração da gema já com o nível mais baixo de inclusão de cúrcuma.
Esse mesmo efeito foi observado por Hadj Ayed et al. (2018) ao avaliar inclusão de pó de cúrcuma para poedeiras nas dosagens de 0,5; 1,0; 1,5 e 2,0%, a coloração da gema se intensificou de modo linear para as aves alimentadas com o pó de cúrcuma variando de 7,81 a 9.19 em comparação ao leque de calorimetria.
Além da função de pigmentante, a cúrcuma pode exercer efeito sobre a saúde intestinal de frangos de corte desafiados com Eimeria.
Um estudo realizado por Gogoi et al. (2019) demonstrou que os animais suplementados com pó de cúrcuma (200mg/kg de ração), apresentaram menor deposição de oocistos e redução de lesões intestinais (Yadav et al., 2020).
O milho é um ingrediente amplamente utilizado como fonte de energia na dieta das aves. Apesar de possuir menor concentração de carotenoides, quando comparado a outros alimentos, é considerado uma fonte dessa classe de substâncias pigmentantes (Fassani et al., 2019).
No endosperma do grão são encontrados carotenoides classificados como xantofilas (luteína, β-criptoxantina e zeaxantina) e os carotenos (β-caroteno, α-caroteno e β-ζcaroteno) (Janick-Buckner et al., 1999).
Segundo Fassani et al. (2019), os teores de carotenoides presentes no milho variam de acordo com as linhagens, cultivares, a fase de maturidade, o clima, local de produção e até condições ambientais durante a colheita.
Os híbridos de milho apresentam composição variável de carotenoides, Kljak et al. (2021) investigaram cinco híbridos comerciais em dietas de poedeiras criadas em sistema convencional e avaliaram a coloração da gema após 10 semanas de consumo das dietas experimentais contendo somente os híbridos de milho como fonte pigmentante.
Os autores verificaram que as aves alimentadas com o híbrido mais rico em carotenoides, principalmente em zeaxantina (9,99µg) e β-caroteno (1,74µg), apresentaram escore de coloração de gema de 10,8 conforme descrito na escala do leque de coloração.
A escolha do híbrido de milho pode ser uma estratégia para modificar e intensificar a coloração da gema produzida por aves criadas em sistema convencional, sendo uma alternativa financeiramente mais vantajosa uma vez que não se faz necessário o uso de outros aditivos pigmentantes na dieta.
Atualmente é possível encontrar o milho biofortificado, que é um produto obtido através do melhoramento genético, possuindo em sua composição o β-caroteno modificado.
Recentemente, Ortiz et al. (2021) avaliaram o uso de um híbrido biofortificado enriquecido em carotenoides para poedeiras com 32 semanas de idade alimentadas durante 31 dias de produção.
A coloração da gema é um atributo que o consumidor leva em consideração no momento da compra, muitas vezes buscando por ovos que tenham casca e/ou gema mais escuras por acreditar que esse produto de coloração diferenciada tenha mais nutrientes e seja mais saboroso.
O uso de pigmentantes naturais é uma alternativa para intensificar a coloração da gema de aves de postura, e os estudos desenvolvidos até o momento demonstram que esses pigmentos apresentam capacidade significativa de modificar a coloração, além de conferir outras vantagens como melhorar a saúde e integridade intestinal das aves.
Os autores verificaram que a coloração a gema foi mais intensa para as aves alimentadas como híbrido modificado denominado como alaranjado, em comparação ao híbrido de milho comum amarelo e ao branco, já a partir do 4°dia recebendo a dieta experimental (Figura 6).
A ciência por trás da cor da gema: como a alimentação das aves pode afetar a qualidade do ovo BAIXAR EM PDF
Os extratos secos de uvas (Vitis Vinifera spp. Vinifera, NuxaFen®, Nuproxa Suíça) contêm elevados níveis de polifenóis, incluindo proantocianidinas, que conferem uma elevada capacidade antioxidante.
Os polifenóis atuam como: Antioxidantes, eliminando os radicais livres; Quelando os íons metálicos que induzem a produção de radicais livres e Aumentando a atividade de enzimas antioxidantes como SOD, CAT e GPX.
Estudos anteriores mostraram que NuxaFen® pode substituir parcialmente a vitamina E sintética nas dietas de frangos de corte sem alterar o rendimento zootécnico (Dewez et al., 2022).
Avaliar a capacidade de substituir parcial ou totalmente a vitamina
E sintética em frangos de corte alimentados com uma dieta com altos níveis de ácidos graxos polinsaturados, Fe e energia metabolizável (EM).
O estudo foi realizado com o serviço de investigação da ZOOTEST, Ploufragan e dentro de uma granja comercial (GAEC de La Ville Gestin, Gestin 22640).
Pesaram-se mil e vinte (1020) pintos ROSS-308 de um dia (100% machos) e distribuíram-se aleatoriamente em 60 boxes (N=17 pintos / box) e 6 tratamentos (T) (Tabela 1).
Os tratamentos 1 e 4 foram dietas de controle suplementadas com 50 mg/kg de vitamina E.
Nos T 2 e 5, 50% da vitamina E foi substituída por 2,3 mg/kg de NuxaFen® e em T 3 e 6, a vitamina E foi substituída por 4,6 mg/kg de NuxaFen®.
A proporção de substituição foi de 1:11 (NuxaFen®: vitamina E) com base no peso, baseando-se nos resultados de estudos anteriores (Dewez et al., 2022).
Os alimentos T4, T5 e T6 eram mais ricos em EM e continham 5% de óleo de linhaça e 0,2% de FeSO4 para aumentar o estresse oxidativo nas aves (alimentos desafiados).
As dietas experimentais baseavam-se em trigo, milho e farelo de soja e satisfaziam as necessidades nutricionais dos frangos.
A duração do experimento foi de 42 dias.
¹Níveis de EM de dietas iniciais (1-14 d), crescimento (15-28 d) e terminação (29-42 d), respectivamente.
Dieta A: dieta padrão; Dieta B: alta EM, com 5% de óleo de linhaça e 0,2% de FeSO₄.
Frangos alimentados com as rações testadas (Dieta B, Figura 1) atingiram um menor peso corporal (PC) aos 42 dias, embora a única diferença significativa (p < 0,05) observada foi entre T 1 e 3 (maior PC) em comparação com T6 (PC inferior).
Em relação ao tipo de ração, não foram observadas diferenças (p < 0,05) entre os tratamentos.
O menor peso corporal observado nas aves alimentadas com as dietas em questão resultou de uma redução da ingestão de ração (Figura 1).
A taxa de conversão alimentar (IC) melhorou (p < 0,05) alimentadas com a dieta em questão, provavelmente devido a maior EM destas rações (Figura 2). Quanto ao tipo de dieta, não se observaram diferenças (p < 0,05) entre tratamentos.
Outras medições registadas durante o estudo, incluindo o estado antioxidante das aves e o rendimento de carcaça, não diferiram (p > 0,05) entre o tipo de ração ou os tratamentos.
Figura 2. Taxa de conversão alimentar aos 42 dias:
Dieta A: dieta padrão; Dieta B: alta EM, com 5% de óleo de linhaça e 0,2% de FeSO₄.
NuxaFen® pode substituir parcial ou totalmente a vitamina E sintética em uma proporção de 1:11, mantendo o desempenho zootécnico.
Os resultados não mostram diferenças no rendimento de frangos de corte suplementados com vitamina E sintética ou extrato de uva, quer com substituição parcial ou total.
sob consulta dos autores
AAFI nas Filipinas é especializada em soluções prontas para uso na indústria avícola. O proprietário da AFI, Hugh McDougall, explica que MagFan é o número um e com o novo DACS Solectrifier eles estão vendo um "boom" em seus negócios.
Em temperaturas ambiente elevadas e também em pressões estáticas bastante altas, os ventiladores muitas vezes queimam durante o dia. A maioria dos ventiladores convencionais simplesmente não consegue lidar com isso.
Mas parece que os MagFans podem funcionar para sempre e sempre ter uma reserva de energia, porque foi assim que o DACS os projetou.
“Podemos simplesmente aumentar a velocidade do ventilador, se precisarmos, e eles oferecem um desempenho massivo e consistente por uma fração do custo de operação.”
Quando se trata de economizar energia, nós pregamos! Não podemos dar-nos ao luxo de falar apenas sobre a Transição Verde. Devemos agir! A energia não é apenas cara, mas a rede elétrica pública também está bastante sobrecarregada e frágil, de modo que o alto consumo de energia pode facilmente levar à falha de energia.
MagFans normalmente geram economias impressionantes de 60-70% em comparação com ventiladores convencionais.
Isto por si só significa um menor consumo de energia e, consequentemente, um grau muito mais elevado de estabilidade do fornecimento e, claro, uma factura energética muito mais baixa.
“Além disso, os ventiladores toleram uma faixa de tensão muito mais ampla do que os ventiladores convencionais, e isso é de suma importância em um país onde a alimentação de 230 V oscila entre 160 e 270 V.”
MagFan é o ventilador com maior eficiência energética que você encontrará. MagFan foi desenvolvido usando o design CFD mais avançado combinado com testes de protótipos em escala real em uma das instalações de testes mais avançadas da Europa.
Numa comparação direta com o principais fornecedores do mercado atualmente, a MagFan oferece consumo de energia pelo menos 50% menor com taxas de fluxo equivalentes.
AFI foi um dos primeiros revendedores DACS a testar o novo solectrificador e Hugh vê muitas oportunidades com este novo produto:
O Solectrificador é uma forma totalmente nova de pensar sobre a energia solar. Alimenta energia solar diretamente ao ventilador, sem perdas de conversão e sem inversor separado.
Durante o dia, os MagFans podem funcionar com energia solar pura, sem consumo de energia da rede. É um verdadeiro sistema de energia dupla. A combinação de energia solar e de rede é completamente automatizado.
evita automaticamente o uso de energia da rede, mantendo a energia solar como fonte de energia primária, mas garantindo sempre o fornecimento ideal de energia para os ventiladores.
Não só economiza muita energia. O Solectrificador também alivia a rede e ajuda a manter uma boa qualidade de energia sem flutuações de tensão e com a segurança adicional de um sistema de energia duplo.
“Este é um grande trunfo também quando se trata de bem-estar animal e proteção de investimentos para nossos clientes”, conclui Hugh.
O Solectrificador
O Solectrificador coleta eletricidade diretamente dos painéis fotovoltaicos e alimenta essa eletricidade através do MagDrive diretamente para o MagFan, reduzindo o consumo de eletricidade em até 91%.
A DACS A/S é uma empresa familiar que produz e vende sistemas de ventilação e controle climático. Estamos sediados na Dinamarca e servimos a empresa com orgulho há mais de 35 anos.
A tecnologia solectrificadora permite que os MagFans operem completamente fora da rede durante o dia, quando os painéis fotovoltaicos fornecem a energia necessária para acionar os ventiladores.
Somos conhecidos por uma abordagem prática, artesãos altamente qualificados e conhecimento substancial de controle climático. A DACS possui uma rede global de distribuidores e opera em mais de 50 países.
Oferecemos sistemas de ventilação e controle climático que melhoram muito o bem-estar e o conforto dos animais, permitindo que os animais prosperem e cresçam em todo o seu potencial.
Ao mesmo tempo, os custos de gás e eletricidade são reduzidos ao mínimo. Fatores-chave que rentabilizam a sua produção e fortalecem a sua competitividade.
Todos os nossos sistemas são projetados para lhe proporcionar a melhor eficiência energética sem comprometer o clima e o bem-estar animal.
Nossos sistemas reduzirão seu custo total de operação em 40% em comparação com outros sistemas, e ainda assim garantimos condições climáticas ideais que permitem que suas aves utilizem todo o seu potencial genético.
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