Revista nutriNews Brasil 3º Trimestre - 2024

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EQUILÍBRIO E CAUTELA

O primeiro semestre de 2024 trouxe uma combinação de fatores favoráveis ao setor agropecuário, criando um cenário de equilíbrio entre oferta e demanda. O câmbio favorável e o custo de produção comparativamente mais baixo que em 2023 contribuíram para um desempenho positivo, especialmente para o segmento de carne suína e de frango, que apresentaram valores médios superiores aos do ano anterior. Por outro lado, o setor de carne bovina enfrentou desafios maiores, com uma significativa desvalorização ao longo do ano.

À medida que avançamos para o segundo semestre de 2024 e projetamos o cenário para 2025, é essencial adotar uma postura de cautela. Embora o câmbio tenha favorecido o setor até agora, com uma expectativa de apreciação da taxa ao longo do ano, há indícios claros de que ele se ajustará, mesmo em um cenário de alta. As projeções apontam para uma taxa de R$/US$ 4,92 ao final de 2024 e de R$/US$ 5,00 para o final de 2025, o que sugere que o setor precisa se preparar para possíveis oscilações e ajustes no mercado.

A robustez das contas externas do país, com um déficit em transações correntes inferior ao de 2023 e um aumento no Investimento Direto no País (IDP), indica uma economia ainda resiliente. No entanto, fatores externos, como tensões geopolíticas e incertezas na política monetária dos Estados Unidos, continuam a pressionar o câmbio e as moedas de países emergentes. Portanto, o otimismo deve ser moderado com um realismo prudente para evitar surpresas negativas.

O comportamento dos preços em 2024 rompeu com o ciclo sazonal tradicional. A carne suína, por exemplo, apresentou uma valorização expressiva, enquanto a carne de frango manteve relativa estabilidade. O desempenho da carne bovina, no entanto, não acompanhou essa tendência, registrando uma desvalorização contínua. Diante desse cenário, o próprio setor precisará atuar com responsabilidade para manter o equilíbrio entre oferta e demanda, evitando excessos que possam comprometer o desempenho futuro.

Para 2025, o grande desafio será não se deixar levar por um excesso de otimismo. É crucial que o setor mantenha um controle rigoroso sobre suas operações e evite uma produção desenfreada que possa gerar um descompasso entre oferta e demanda. A capacidade de autogerir o equilíbrio de mercado será fundamental para enfrentar um cenário econômico potencialmente mais desafiador.

Olhando adiante, o ano de 2025 exigirá cautela estratégica. Embora 2024 tenha trazido ventos favoráveis, a manutenção desse equilíbrio dependerá de uma abordagem consciente e bem fundamentada, focada na realidade do mercado e nas incertezas que ainda permeiam o cenário global. O setor precisa se preparar para ajustes e adotar práticas responsáveis para garantir uma continuidade saudável e sustentável em suas operações.

EDITOR

AGRINEWS

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Simone Dias nutribr@grupoagrinews.com

DIREÇÃO TÉCNICA

José Antônio Ribas Jr.

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Tainara C. Euzébio Dornelas redacao@grupoagrinews.com

ANALISTA TÉCNICO

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Alex Maiorka

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Equipe Tilápia CEPEA

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Carmen Garcia e Santos

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Larissa Aparecida R. Kordel

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ISSN 2965-3371

A revista nutriNews Brasil é uma publicação nacional, editada em português, cujo editorial é direcionado à nutrição animal, incluindo nutricionistas, fábricas de ração e alimentos para animais, instituições de ensino, sindicatos, empresas e o Ministério da Agricultura e Pecuária. Os artigos, bem como informes publicitários não expressam a opinião dos editores. É proibida a divulgação total ou parcial de conteúdos publicados sem a autorização dos editores.

Preço da subscrição:

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CONTEÚDOS

22 04

Fitogênicos e antibióticos para leitões de creche não desafiados: uma abordagem sistemática e de meta-análise

Cheila Roberta Lehnen1 e Larissa

Aparecida Ratuchene Kordel2

1Professora Associada do Departamento de Zootecnia UEPG e 2Mestranda no Programa de Pós-graduação em Zootecnia UEPG

10

Quem é você na cadeia de produtos medicados?

Karin Riedel Franco Médica veterinária, Compliance.vet

18

Estratégias de tratamento com GAMAXINE® e UNIWALL® MOS 25 em matrizes de frango

Fabrizio Matté, Luiz Eduardo Takano e Patrick Roieski

Equipe técnica Vetanco

28

Uso de ingredientes alternativos na nutrição de cães e gatos

Estephany Taiane L.da Silva, Luana Z. Massirer, Erick Cordeiro C. dos Santos, Tereza Christina Minatoya, Laiane da S. Lima, Lorenna Nicole A. Santos, Eduarda Lorena Fernandes, Heloísa Lara Silva, Renata Bacila M. dos S. de Souza, Ananda Portella Félix Universidade Federal do Paraná

Cesta básica é uma conquista, mas ainda são necessários incentivos para o pescado se consolidar na mesa dos brasileiros

Equipe tilápia CEPEA

32 Tabela anti-micotoxinas e endo-toxinas

Edição Brasil

O problemas das micotoxinas em grãos e concentrados para ruminantes

Carmen García e Santos1; Lina Bettucci2; Alejandra Capelli3 e Cecília Cajarville4

1Doutora em medicina e tecnologia veterinária;

2Professora titular, Universidad de la República;

3Professora assistente, Universidad de la República; 4 DMTV, PhD, professora, Facultad de Veterinaria, UDELAS

Pioneirismo e inovação: como a JEFO contribui para o sucesso do agronegócio

Equipe técnica JEFO para nutriNews Brasil no SIAVS

Qualidade de mistura na produção de rações e as mudanças na portaria SDA nº798

Guilherme F. Deda1*, Ana C. B. Doi1*, Vivian I. Vieira1*, João P. F. R. de Oliveira1*, Isabella de C. Dias2* e Alex Maiorka3*

1Programa de pós-graduação em zootecnia (PPGZ); 2Programa de pós-graduação em ciências veterinárias (PPGCV);

3Professor titular;

*Universidade Federal do Paraná, Curitiba/PRdo Paraná, Curitiba/PR.

Matéria especial - SIAVS recebe mais de 30 mil pessoas de 60 países

Equipe de redação agriNews

Probióticos, prebióticos e substâncias fitogênicas para otimizar a saúde intestinal em aves - Parte II

Juan D. Latorre1, Sakine Yalçin2, Guillermo Tellez-Isaias1, Hafez M. Hafez3 et al.

1Departamento de Ciência Avícola, Universidade de Arkansas, EUA;

2Departamento de Nutrição Animal e Doenças Nutricionais, Faculdade de Medicina Veterinária, Universidade de Ancara, Turquia;

3Instituto de Doenças Aviárias, Faculdade de Medicina Veterinária, Universidade Livre de Berlim, Alemanha

FITOGÊNICOS E ANTIBIÓTICOS PARA LEITÕES DE CRECHE NÃO DESAFIADOS:

UMA ABORDAGEM SISTEMÁTICA E DE META-ANÁLISE

Cheila Roberta Lehnen1 e Larissa Aparecida Ratuchene Kordel2

1Professora Associada do Departamento de Zootecnia UEPG

2Mestranda no Programa de Pós-graduação em Zootecnia- UEPG

No processo de desmame dos leitões, fatores estressantes como: separação da mãe, mudanças na dieta e no ambiente levam à diminuição na ingestão de ração e ganho de peso.

Mudanças na forma física e na composição química da dieta alteram a arquitetura das vilosidades e podem reduzir a digestão e absorção dos nutrientes (Wang et al., 2021).

Os antibióticos são utilizados para minimizar esses efeitos negativos, administrados preventivamente através da dieta. Considerado uma ameaça a saúde humana, a resistência bacteriana causada por antibióticos levou diversos países à restrição do uso como promotores de crescimento na produção animal (Rahman et al., 2022)

Os aditivos fitogênicos são alternativas promissoras aos antibióticos promotores de crescimento pois:

São compostos vegetais de ervas, especiarias e óleos essenciais e funcionais (Zhai et al., 2028);

Melhoram a saúde intestinal permitindo maior aproveitamento dos nutrientes (Omonijo et al., 2018);

Possuem mecanismos de ação complexos e pouco conhecidos (Wang et al., 2021);

A diversidade de resultados verificados em artigos científicos nesta temática motivou o uso da sistematização e metaanálise para compilar informações sobre o uso de aditivos fitogênicos em dietas de leitões em creche.

Apresentam variações nas fontes botânicas, concentração de componentes ativos e formas de administração nas dietas.

Pensando nisso, o grupo de estudos em biologia integrativa e modelagem na produção de não ruminantes (BIOMODEL) da Universidade Estadual de Ponta Grossa realizou um estudo meta-analítico a fim de comparar os efeitos de aditivos fitogênicos e antibióticos no desempenho e na morfometria intestinal de leitões não desafiados.

A construção da base de dados considerou buscas por estudos envolvendo leitões alimentados com dietas contendo fitogênicos com respostas para desempenho e morfometria intestinal em bases indexadas Scielo e Science Direct.

A base de dados contemplou: 41 estudos publicados entre 2004 e 2017, totalizando 5.197 leitões de creche não desafiados, com peso corporal de 7,7 a 13,8 kg e avaliados entre 27,3 e 47,8 dias de idade, distribuídos em 156 grupos experimentais.

Os aditivos fitogênicos mais comuns incluídos foram orégano, tomilho, pimenta e canela. Além disso, 54% dos estudos utilizaram antibióticos, destes 40% dos estudos empregando colistina.

A análise de variância foi realizada aplicando um modelo linear generalizado com ajuste de covariáveis (médias LS).

Este modelo analítico incluiu os efeitos de fitogênicos e antibióticos (aditivos), estudos (efeitos aleatórios) e erros aleatórios. As análises estatísticas foram conduzidas no software Minitab 19.

Os resultados intraestudos (∆) indicam leitões não desafiados que recebem ATB apresentam ganhos de peso 12,2% superior (P=0,04) ao grupo controle (Tabela 1). Já leitões que recebem fitogênicos apresentam respostas semelhantes ao controle.

Leitões que recebem ATB em dietas apresentam conversão alimentar 4,6% inferior (P = 0,08) comparados ao CON e FIT.

Tabela 1. Desempenho de leitões em creche alimentados com dietas contendo aditivos fitogênicos ou antibióticos

Desempenho

SD, desvio padrão residual. n, número de tratamentos. Probabilidade a 5%; 1CON, controle negativo (sem aditivos); FIT, aditivo fitogênico; ATB, antibióticos; 2LS-Means (medias ajustadas) para análise intraestudos. 3∆, obtido pela diferença entre tratamentos (intraestudos) com aditivos fitogênicos ou antibióticos comparados com o respectivo tratamento controle, valores seguidos de letras diferentes diferem pelo teste de Fisher (P < 0.05).

Mudanças abruptas nos padrões alimentares, desafios sanitários e condições de alojamento podem induzir uma queda na imunidade e ativação de respostas inflamatórias, especialmente em animais mais jovens, devido à imaturidade gastrointestinal (Lallès et al., 2009).

Os antibióticos melhoram o desempenho dos leitões, possivelmente devido ao controle das bactérias patogênicas e à promoção de bactérias benéficas no intestino.

A relação vilosidades: criptas é um excelente indicador para uma absorção de nutrientes eficiente. Neste estudo verificamos relações de 2,20 para FIT, 2,00 para COM e 1,98 para ATB.

Uso de ATB em dietas aumenta (P = 0,031) a profundidade de criptas no jejuno (Tabela 2).

Na análise intraestudos (∆), este efeito é mais acentuado, indicando que dietas com ATB aumentam (P = 0,014) a profundidade de criptas em leitões não desafiados em 12,7% comparados ao grupo controle.

Tabela 2. Morfometria de frações do intestino delgado de leitões em creche não desafiados alimentados com dietas contendo aditivos fitogênicos ou antibióticos

1CON, controle negativo (sem aditivos); FIT, aditivo fitogênico; ATB, antibióticos; SD, desvio padrão residual. n, número de tratamentos. 2LS-Means (medias ajustadas) para análise intraestudos. Probabilidade a 5%. 3∆, obtido pela diferença entre tratamentos (intraestudos) com aditivos fitogênicos ou antibióticos comparados com o respectivo tratamento controle, valores seguidos de letras diferentes diferem pelo teste de Fisher (P < 0.05),

Aditivos
Altura de vilosidades, μm
Profundidade de criptas, μm

O uso de aditivos fitogênicos combinados (blends) em dietas de leitões apresentam melhores resultados sobre o ganho de peso em relação ao uso isolado de um determinado aditivo fitogênico. Indicando que a combinação de aditivos fitogênicos pode ser mais eficaz do que os antibióticos específicos em leitões de creche (Lallès e Montoya, 2021).

Embora os antibióticos tenham apresentado melhores respostas de desempenho é essencial considerar os resultados positivos do uso de aditivos fitogênicos na morfometria intestinal, os quais estão associados a (ao) :

Em conclusão, os antibióticos promotores de crescimento são eficazes para melhorar o desempenho dos leitões de creche, mas podem comprometer a integridade intestinal. O uso combinado de aditivos fitogênicos pode proporcionar melhores resultados em desempenho do que o uso isolado de compostos fitogênicos.

e antibióticos para leitões de creche não desafiados: uma abordagem sistemática e de meta-análise

01

Aumento na diversidade microbiana o que pode prevenir respostas in amatórias desencadeadas por bactérias patogênicas (Xu et al., 2018);

Referências sob consulta junto ao autor

02

03

Uma menor resposta in amatória e menor turnover celular favorecendo ao crescimento das vilosidades (Wei et al., 2020), e,

Consequentemente, uma melhor utilização dos nutrientes da dieta devido a uma menor necessidade de manutenção (Wang et al., 2020).

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QUEM É VOCÊ NA CADEIA DE PRODUTOS MEDICADOS?

Em maio de 2023, o Agricultura e Pecuária (MAPA) atualizou os requerimentos regulatórios para a fabricação e emprego de produtos destinados à alimentação animal com medicamentos de uso veterinário, publicação da Portaria n° 798.

Riedel Franco Médica veterinária, Compliance.vet

1 2

3

4 5

O conceito principal desta normativa é estabelecer procedimentos para mitigar os riscos de contaminação cruzada, a partir do momento que uma fábrica de nutrição animal adquira um medicamento de uso veterinário, estabelecendo critérios objetivos para cada participante desta cadeia, a saber:

A quem se aplica a portaria?

Fabricante/ de medicamentosRegularizado nо МАРА

Distribuidor/ Comerciante de medicamentos - Regularizado nо МАРА

Fabricante de produtos de alimentação animal (PPA) medicamentosos registrados - Inclusive integrações e cooperativas

Fabricante produtor rural - Para o consumo de seus próprios animais em suas propriedades

Médicos veterinários prescritores, gerentes, supervisores, colaboradores, responsáveis técnicos

Será dada ênfase às condições aplicáveis as indústrias fabricantes registradas e aos fabricantes produtores rurais, destacados em vermelho.

Se você é um colega que participa dos demais elos da cadeia – fabricantes e distribuidores de medicamentos / médicos veterinários prescritores, seja bem-vindo na leitura deste artigo. Ao final, deixei uma mensagem especial a vocês!

Os fabricantes de produtos de alimentação animal (representados acima na terceira imagem) podem ser divididos em duas categorias:

Fabricantes do produto intermediário medicamentoso. Exemplos: as indústrias que formulam premix, núcleo e concentrado com a incorporação de medicamentos veterinários.

Fabricantes de produto de pronto uso medicamentoso. Exemplos: as agroindústrias / integradoras / cooperativas que formulam ração e suplemento a partir de produtos intermediários medicamentosos.

Esquematicamente, o MAPA demonstrou os fluxos permitidos de produtos medicados entre os fabricantes de produtos de alimentação animal, da seguinte forma:

AUTORIZADO Situação A:

Fábrica de produto intermediário medicamentoso

Centro de distribuição do fabricante de produto intermediário

PEDIDO

AUTORIZADO Situação B:

Fábrica de produto de pronto uso medicamentoso

AUTORIZADO

PEDIDO

Fábrica de produto intermediário medicamentoso

Centro de distribuição do fabricante de produto intermediário

Fabricante produtor rural AUTORIZADO

Nota: na imagem acima, o produtor rural é fabricante, ou seja, possui uma fábrica de ração em sua propriedade.

Este produtor rural adquire um premix / núcleo / concentrado medicamentoso, irá fabricar o produto acabado (ração ou suplemento medicamentosos), para depois usar direto nos seus animais.

AUTORIZADO Situação C:

Fábrica de produto intermediário medicamentoso

Centro de distribuição do fabricante de produto intermediário

PRESCRIÇÃO AUTORIZADO

Produtor rural

Nota: na imagem acima, o produtor rural não é fabricante, ou seja, não possui uma fábrica de ração em sua propriedade.

Este produtor rural adquire uma ração ou um suplemento medicamentoso, para uso direto nos seus animais.

Lembrando que o MAPA enfatiza bastante que o produto medicado está relacionado a uma prescrição médico veterinária ou a um programa sanitário; portanto, não sendo um “produto de prateleira” / “um produto de linha” com livre comercialização.

AUTORIZADO

Fábrica de produto intermediário medicamentoso Não existe produto da alimentação medicamentosoanimal de linha

Fábrica de produtos de pronto uso medicamentosos cooperativa

AUTORIZADO

Revenda de medicamentos da cooperativa

Se você é profissional atuante em fabricantes produtores rurais:

A ilustração abaixo exemplifica o entendimento do MAPA sobre o fabricante produtor rural.

O que significa "para consumo de seus próprios animais"?

Propriedade 1 do produtor A animais do produtor A

Propriedade 2 do produtor A animais do produtor A

E essa regra não tem a ver com essa norma, mas com o 6.296/2007Decreto

Fábrica do produtor A

Propriedade 3 do produtor A animais do produtor A

Qualquer modificação nesta configuração, como por exemplo: animais de outro produtor ou propriedade de outro produtor, configura que a fábrica de ração deverá ser registrada.

Considerando que você é um fabricante produtor rural, quais as vias de aquisição de um medicamento veterinário ou de um núcleo / premix / concentrado medicamentoso?

Produtor rural quer elaborar a ração medicamentosa, precisa de autorização?

SIM!

AUTORIZADO

Fabricante de rações para consumo de seus próprios animais

Fabricante de medicamento registrado no MAPA

Medicamento

AUTORIZADO

Fabricante registrado no MAPA

Núcleo ou premix com medicamento

Uma das novidades da Portaria 798/2023 foi categorizar os fabricantes produtores rurais em 3 grupos distintos de grau de risco, a saber:

Estabelecimentos que antendam à Suinocultura, sendo:

Unidades de reprodução (desmama até creches Unidades de ciclo completo laté 1.999 matrizes);

Unidades de desmama e/ ou terminação (até 60.000 animais abatidos/anol.

GRUPO B

Unidades de cicio completo (2.000 a 19.999 matrizes):

Unidades de desmama elou terminação (60.001 a 480.000 animais abatidos/ano).

Estabelecimentos que antendam Avicultura, sendo:

Aves para reprodução

Até 50.000 aves de corte abatidas/dia;

Até 1000.00 aves de postura

50.001 a 100.000 aves de corte abatidas/dia

1.000.001 a 2.000.000 de aves de postura.

Estabelecimentos que antendam as Demais Espécies, sendo:

Uma das demais espécies independente do quantitativo de animais.

Unidades de cicio completo (mais de 20.000)

Unidades de desmama elou terminação (mais de 480.000 animais abatidos/ano).

Mais de 100.000 aves de corte abatidas/dia; Mais de 2.000.000 de aves de postura.

Fonte: Adaptado do Artigo da Agroceres

Mais de uma das demais espécies independente do quantitativo de animais.

GRUPO A
GRUPO C

Os fabricantes produtores rurais classificados no Grupo A possuem menor risco que os classificados no Grupo C.

Consequentemente, foram estabelecidos os respectivos níveis de exigências para cada um dos grupos de risco, conforme:

Para autorização

Grupo A - Manual de BPF Plano de sequenciamento da produção grade de sensibilidade

Anualmente

Se você é profissional atuante nos demais elos da cadeia – fabricantes e distribuidores de medicamentos / médicos veterinários prescritores:

Aqui minha mensagem especial a vocês: recomendo também a análise crítica das referências mencionadas abaixo.

Cada um de nós tem as suas obrigações no tema de produtos medicados e a responsabilidade é compartilhada entre todos, seguindo o preceito de saúde única!

Teste de homogeneidade de mistura

Fiscalização amostral, denúncias, violação de medicamento em carne, leite e ovos e colheita de amostras Grupo B - Documentos do grupo A + Teste de homogeneidade de mistura

Novo teste de homogeneidade de mistura

Grupo C - Documentos do grupo B + Estudo de Validação de limpeza

As regras dos estabelecimentos registrados

Fiscalização conforme registrados, denúncias, violação de medicamento em carne, leite e ovos e colheita de amostras

Meu objetivo foi sintetizar as principais regras regulatórias da Portaria 798/2023 do MAPA | Alimentação Animal, através de uma forma objetiva e visual.

Mas sabemos que atalhos são diferentes que estudo!

Portanto, se você, colega que leu este artigo até o fim atua nos Departamentos de Garantia de Qualidade / Controle de Qualidade / Assuntos Regulatórios / Responsabilidade Técnica, recomendo fortemente acessar os seguintes materiais de estudo:

Materiais de estudo

15/06/2023 e 04/08/2023 e disponíveis no Canal Enagro do YouTube.

A Compliance Vet é uma consultoria especializada em assuntos regulatórios de saúde e nutrição animal, presente no mercado há 9 anos.

Canal Enagro

Quem é você na cadeia de produtos medicados?

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INTRODUÇÃO

Colibacilose é uma das principais doenças da avicultura moderna, por ser a causa de grandes perdas econômicas em todo o mundo, por quadros como colisepticemia, peritonite, pneumonia, pleuropneumonia, aerossaculite, pericardite, celulite, coligranuloma, doenças crônicas respiratórias complicadas, panoftalmia, salpingite, síndrome da cabeça inchada, osteomielite, ooforite e sinovite.

Uma empresa da região de Cuernavaca – México apresentava histórico de baixa produção de ovos e mortalidade elevada no período de 28 a 34 semanas de idade, em lotes de matrizes pesadas, problemas esses associados à colibacilose.

ESTRATÉGIAS DE TRATAMENTO COM GAMAXINE® E UNIWALL® MOS 25 EM MATRIZES DE FRANGO

Fabrizio Matté, Luiz Eduardo Takano e Patrick Roieski Equipe técnica Vetanco

Para diminuir as perdas produtivas e econômicas e auxiliar em melhorias na saúde intestinal das aves foi recomendado o uso de dois produtos, os quais são detalhados a seguir.

GAMAXINE® um produto elaborado a partir da fermentação de cultivos puros de bactérias saprófitas inativadas, que favorece o equilíbrio da microbiota intestinal proporcionando uma melhor proteção contra desafios entéricos e melhorando o desempenho produtivo das aves.

UNIWALL® MOS 25 uma combinação de ácidos orgânicos (acético, fórmico e propiônico com os sais formiato de amônio e propionato de amônio), parede de levedura (mananoligossacarídeos e betaglucanos) e um carrier mineral protetor, que oferece ao produto a capacidade de transporte ativo.

Essa associação proporciona uma sinergia e modulação da microbiota intestinal benéfica constituída por bactérias acidófilas, suprimindo a multiplicação de bactérias patogênicas

MATERIAIS E MÉTODOS

Foram utilizados dois lotes de matrizes pesadas, da linha genética Ross 308 da região de Cuernavaca, México. Todas as aves receberam a mesma alimentação e os mesmos manejos.

Os animais foram divididos em dois tratamentos de 19 mil aves cada um. O tratamento 1 (T1 – Controle) sem fornecimento de produtos, e o tratamento 2 (T2 – GMX + UMOS25), com o fornecimento dos produtos Gamaxine® e Uniwall® MOS 25, denominado T2.

Os parâmetros avaliados foram: peso médio, mortalidade, percentual de produção de ovos diários.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

As aves do T2 – GMX + UMOS25 iniciaram a produção de ovos com 2,26% com 25 semanas, enquanto as aves do T1 – Controle apresentaram uma produção de apenas 0,74% na mesma semana. Sendo que o recomendado pela linha genética é de 5% de produção para essa semana.

A produção de ovos média para T2 –GMX + UMOS25 foi de 62% no período, enquanto no T1 - controle foi de 39% durante o mesmo período. O pico de postura foi de 84,48% no T2 – GMX + UMOS25 e no T1 - controle de 67,03%, dados apresentados no Gráfico 1.

O pico de produção contemplado pela linha genética Ross é de 84,8%. Em números absolutos, o total de ovos produzidos (número de ovos por lote) foi de 899 mil no T2 –GMX+UMOS25 e 497 mil no T1 – Controle.

Gráfico 1 - Produção média de ovos (%) no período.

As aves do tratamento 2 receberam o Gamaxine® na semana 24 de idade (0,2 ml por ave em água de bebida) e uma segunda dose 14 dias após. Essas aves também receberam Uniwall® MOS 25 na ração, na dose de 2 kg/ton, entre as semanas 25 e 34 de idade.

Gamaxine + Uniwall MOS 25 Grupo Controle

O peso das aves do T2 - GMX+UMOS25 ficou melhor que o T1 - Controle e próximos ao recomendado pela linha genética, levando em consideração que ambos estavam com o peso semelhante na semana 23, na entrada da fase de produção.

ANÁLISES LABORATORIAIS

Isso certamente, devido a uma melhor saúde e integridade intestinal, que permitiu uma melhor absorção dos nutrientes oferecidos na ração.

O indicador de mortalidade demonstra que as aves do T2 - GMX+UMOS25 sofreram menos desafios entéricos, se demonstrando mais saudáveis que o T1- Controle.

Os dados do T1 - Controle corresponderam ao histórico da empresa, ou seja, aumento da mortalidade na semana 28 de idade das aves.

As aves que receberam o tratamento T2 - GMX+UMOS25 apresentaram uma mortalidade estável e controlada durante os períodos mais estressantes do pico de produção. Uma diferença de 1900 aves entre os tratamentos, isso representa 10% do lote.

Para confirmar o diagnóstico presuntivo de colibacilose, concluído através das lesões de necropsias das aves, foram realizadas análises bacteriológicas e histopatológicas de intestino, fígado, baço e pâncreas, nas semanas 24 e 27 de idade.

Nos resultados do primeiro exame bacteriológico, encontrou-se E. coli no pâncreas e intestino e no exame histopatológico encontrou-se colangite linfocítica leve relacionadas com E. coli.

Na segunda amostragem, algumas aves apresentaram no exame bacteriológico a presença de Staphylococcus no baço e E. coli no pâncreas, enquanto na histopatologia revelou colangite linfocítica e peritonite linfocítica provocada por E. coli

CONCLUSÃO

O tratamento das aves com Gamaxine® na água de bebida e Uniwall® MOS 25 na ração favoreceu para diminuir os quadros históricos de Colibacilose, melhorando a produção de ovos, o peso médio e diminuindo a mortalidade das aves.

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USO DE INGREDIENTES ALTERNATIVOS NA NUTRIÇÃO DE CÃES E GATOS

Estephany Taiane L.da Silva, Luana Zabunov Massirer, Erick Cordeiro C. dos Santos, Tereza Christina Minatoya, Laiane da S. Lima, Lorenna Nicole A. Santos, Eduarda Lorena Fernandes, Heloísa Lara Silva, Renata Bacila M. dos S. de Souza, Ananda Portella Félix Universidade Federal do Paraná, UFPR

Com a terceira maior população de animais de estimação do mundo (ABINPET, 2023), o Brasil enfrenta o desafio de suprir de maneira sustentável as necessidades nutricionais de cães e gatos.

Dado o aumento significativo no número de animais de estimação, pesquisas têm se voltado para a busca de fontes alternativas de proteína que sejam de alta qualidade e ecologicamente viáveis para a produção de alimentos completos.

Nesse contexto, o uso de diversas farinhas, como as de insetos, minhocas e penas hidrolisadas, emerge como alternativa promissora.

Essas matérias-primas oferecem benefícios nutricionais, além de poder contribuir para a redução do impacto ambiental associado à produção de alimentos para pets.

A seguir, exploraremos mais detalhadamente o papel dessas farinhas na alimentação de cães e gatos, considerando tanto seu valor nutricional quanto seu potencial sustentável.

Farinha de Insetos e Minhoca

As farinhas de insetos podem apresentar alta qualidade nutricional e podem substituir com sucesso ingredientes como o farelo de soja e farinhas animais, usados na produção de alimentos completos para cães e gatos.

Estudos direcionados para a nutrição de cães e gatos destacam o uso de espécies, como tenébrio comum (Tenebrio molitor), tenébrio gigante (Zophobas morio), grilo doméstico (Acheta domesticus), moscasoldado negro (Hermetia illucens) e grilo da casa tropical (Gryllodes sigillatus), devido à boa digestibilidade do nitrogênio, alta concentração de aminoácidos limitantes e potenciais efeitos antioxidantes (Bosch et al., 2014; Mccusker et al., 2014; Leriche et al., 2017ab; Lisenko, 2017; Kierończyk et al., 2018; Lei et al., 2019; Kilburn et al., 2020).

Ainda, os insetos podem ser ótimas fontes de taurina, aminoácido essencial para gatos, sendo a sua concentração variável de acordo com cada espécie, como pode ser observado na tabela abaixo:

Espécie Taurina (mg/g de MS) Fonte

Hermetia illucens (larva) 0,19

Chondracanthus spp. 6,22

Acheta domesticus 1,4

McCusker et al. (2014)

McCusker et al. (2014)

Finke (2002)

De forma geral, a inclusão de insetos na alimentação não afetou negativamente a saúde de cães e gatos em estudos com duração de 15 dias (Lisenko, 2017), 28 dias (Leriche et al., 2017ab), 29 dias (Kilburn et al., 2020) ou 42 dias (Kröger et al., 2017; Lei et al., 2019). Contudo, o impacto do consumo de insetos na saúde a longo prazo ainda é desconhecido.

Na Europa há o registro de pelo menos 12 alimentos secos para cães à base de insetos, sendo o primeiro lançado em 2015.

Todos os 12 alimentos são classificados como hipoalergênicos

Outro aspecto importante a ser considerado é que os insetos podem influenciar positivamente no aroma dos alimentos para cães.

Kierończyk et al. (2018) realizaram uma análise da atratividade olfativa de alimentos à base de T. molitor, Shelfordella lateralis (barata

MS = matéria seca

Assim como as farinhas de insetos, a farinha de minhoca também possui potencial de uso em dietas para cães e gatos. Atualmente, a demanda por produtos oriundos da agricultura orgânica está em crescimento.

Nesse sentido, a minhocultura surge como uma interessante forma de reciclagem de resíduos orgânicos, a fim de produzir vermicomposto para fornecer adubação orgânica.

T. molitor e S. lateralis na melhora da atratividade. Os autores atribuíram a preferência às substâncias aromáticas presentes nos insetos, assim como ao valor nutricional, visto que T. molitor (58,8%) e S. lateralis (73,4%) apresentam maior concentração de proteína bruta comparados à H. illucens (40,4%) e Gryllodes sigillatu (56,4%) e à dieta comercial (28,6%).

Desta forma, alguns insetos podem melhorar a atratividade das dietas e representar uma alternativa aos aromatizantes e palatabilizantes comerciais para cães.

As matrizes de minhocas produzidas podem ser aproveitadas na alimentação animal e humana, seja na forma “in natura”, ou para a fabricação de farinha de minhoca (Ferreira, 2022).

De acordo com Beveloni et al. (2019) a farinha de Eisenia fetida possui cerca de 70% de proteína, o que demonstra ser um potencial substituto para a farinha de carne e ossos (35% a 65% de proteína bruta) ou farelo de soja (44 a 48% de proteína bruta) na nutrição animal (Rostagno et al., 2017). Entretanto, o valor nutricional da farinha de minhoca precisa ser avaliado para cães e gatos.

Alimento

Farinha de penas hidrolisadas por microrganismos

O Brasil é considerado um dos maiores exportadores de carne de frango, tendo produzido em 2022 o volume de 14,524 milhões de toneladas (ABPA, 2023).

As penas correspondem a 7% do peso corporal do animal vivo são consideradas coprodutos do abate.

Por não serem comestíveis para os humanos e apresentarem potencial poluente se descartadas na natureza (Machado, 2018), sua transformação em farinhas para a nutrição animal é uma alternativa eficaz (Sinhorini, 2013).

Penas frescas possuem aproximadamente 1% de gordura, 9% de água, uma pequena quantidade de minerais e cerca de 90% de proteínas estruturais, como a queratina (Machado, 2018).

Os métodos convencionais de hidrólise incluem o processamento sob alta pressão e temperatura, permitindo a digestão parcial da queratina (Scapim et al., 2003). No entanto, o processo térmico gera somente 50% de disponibilidade de aminoácidos.

1 = Rumpold e Schluter (2013); 2 = Makkar et al. (2014); 3 = Finke (2002); 4 = Vieira et al. (2004); 5 = Rostagno et al. (2017).

Em contrapartida, microrganismos queratinolíticos e suas enzimas podem ser empregados para o processamento hidrolítico das penas (Said & Pietro, 2004), aumentando seu valor nutricional (Grazziotin et.al. 2006).

Segundo estudo de Pacheco et al. (2016), a farinha de penas hidrolisada possui proteínas de baixo peso molecular.

Aproximadamente 95% das moléculas são menores que 10.000 Da e 50% menores que 500 Da, conferindo baixa capacidade de induzir reações alérgicas em cães e gatos (Sampson, 1993), o que a tornaW uma alternativa para dietas hipoalergênicas.

Considerações finais

Os estudos sobre o uso de farinhas de insetos na nutrição de cães e gatos são relativamente recentes, mas os resultados apresentados até o momento indicam potencial da sua inclusão em dietas comerciais.

Essas farinhas são ricas em proteínas e gorduras (se não forem desengorduradas), são palatáveis e possuem potenciais efeitos benéficos ao organismo.

Outra alternativa é a farinha de minhoca, que também é rica em proteínas e ácidos graxos essenciais, mas ainda precisa de estudos em cães e gatos.

Além disso, considerando que o Brasil é um grande produtor de frangos, as farinhas de penas podem se tornar uma alternativa sustentável na formulação de dietas, desde que seu valor nutricional realmente seja melhorado pelo processo de hidrólise. Inclusive, pode ser uma fonte proteica para dietas hipoalergênicas.

Em resumo, essas farinhas oferecem potenciais benefícios à nutrição dos animais de estimação, mas é fundamental que mais estudos sejam realizados, principalmente para avaliar os efeitos desses ingredientes na saúde de cães e gatos a longo prazo.

Uso de ingredientes alternativos na nutrição de cães e gatos BAIXAR EM PDF

Alimento

CESTA BÁSICA É UMA CONQUISTA, MAS AINDA SÃO NECESSÁRIOS INCENTIVOS PARA O PESCADO SE CONSOLIDAR NA MESA DOS BRASILEIROS

Equipe de tilápia do Cepea

Em 2023, o mercado brasileiro de tilápia cresceu em aspectos importantes para começar a consolidar a atividade e contribuir para uma maior visibilidade à piscicultura.

Foi um período de preços em alta, impulsionados pela oferta restrita e pela demanda aquecida. O ano de 2024, por sua vez, tem sido de amadurecimento para o setor; de modo geral, a disponibilidade elevada vem pressionando as cotações, mas o mercado começa a se ajustar.

Uma das conquistas de 2024 foi a inclusão do pescado na cesta básica. No dia 10 de julho, a Câmara dos Deputados aprovou o textobase que considera o peixe, assim como outras proteínas animais, item da Cesta Básica Nacional; ou seja, esses produtos recebem isenção dos novos impostos introduzidos pela Reforma Tributária.

Segundo agentes do setor, trata-se de um incentivo importante e um passo relevante para o fortalecimento da atividade, uma vez que coloca o pescado entre todas as outras proteínas já consolidadas no mercado brasileiro, como a suína, avícola e bovina.

Para produtores aquícolas, além de impulsionar o setor, com a geração de emprego e renda, a inclusão do pescado na cesta básica também auxilia o acesso da população a proteínas saudáveis – no Brasil, predomina o consumo de tilápia.

Segundo a FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura), sistemas alimentares aquáticos são, majoritariamente, sustentáveis em sua produção por oferecerem uma variedade de benefícios ambientais, econômicos e sociais; são, ainda, cada vez mais reconhecidos pelo alto valor nutricional e beneficiamento de ecossistemas.

Dados mais recentes da FAO (relatório sobre o estado da pesca e da aquicultura no mundo publicado em 2024) mostram que, em 2022, a produção global de aquicultura superou, pela primeira vez, a captura pesqueira de animais aquáticos, para 94 milhões de toneladas, contra 91 milhões de toneladas.

Apesar do crescimento global do setor aqua e de iniciativas como a inclusão do peixe na Cesta Básica Nacional, ainda existem lacunas a serem preenchidas para o pescado se tornar uma proteína frequente na mesa do brasileiro.

Atualmente, o consumo per capita de peixes no mundo está em 20kg/hab/ ano, enquanto no Brasil, é de cerca de 10 kg/hab/ano, ou seja, a metade –ainda conforme a FAO.

Segundo o Anuário da Peixe Br, em 2023, o consumo per capita de tilápia, o peixe mais cultivado, foi de 2,84kg/hab/ ano e de 4,35kg/hab/ano se considerados peixes de cultivo (tilápia, nativos e outras espécies).

Apesar de haver uma margem grande para crescimento no País, já que a tilápia adaptou-se muito bem aos modelos de produção nacional, a proteína ainda não é tão requisitada pelos brasileiros quando comparado a outras.

O primeiro lugar fica com a carne de frango, cujo consumo per capita em 2023 foi de 46 kg/hab/ano, seguida da bovina (32kg/ano) e da suína (18 kg/ano).

PERSPECTIVAS

Empresas de genética e sanidade animal têm investido fortemente em melhoramento genético dos alevinos e juvenis e na vacinação da forma jovem da tilápia, visando o melhor rendimento do animal e a diminuição da mortalidade, minimizando as perdas ao produtor e aumentando a margem liquidada.

Destacam-se, ainda, os investimentos em matrizes e reprodutores para aquicultura, que, em 2023, corresponderam a R$ 16,1 milhões, forte crescimento de 163,9% em relação ao ano anterior. Quanto ao total investido na aquicultura, chegou a R$ 79,3 milhões em 2023, aumento de 55,7% na comparação anual.

Os valores dos contratos de custeio de janeiro a dezembro de 2023 superaram em 19,8% os de 2022, totalizando R$ 953,4 milhões.

O setor também tem investido em toda infraestrutura envolvida na produção de tilápia, desde a construção e modernização de fábricas de rações, o que contribui para o aumento da oferta e a melhor distribuição das rações em diversos polos produtivos, até o aperfeiçoamento dos tanquesrede, com o objetivo de prevenir escapes de animais e melhorar a eficiência da produção.

Além disso, há um foco crescente em tecnologias de monitoramento e gestão da qualidade da água, fundamentais para a saúde e o crescimento das tilápias. Esses esforços visam garantir uma produção sustentável e de alta qualidade, atendendo à demanda crescente e às exigências do mercado.

Frigoríficos e indústrias, por sua vez, estão cada vez mais investindo em alternativas para o aproveitamento total da tilápia, o que, além de ampliar a gama de produtos disponíveis ao consumidor final, contribui para a redução dos resíduos gerados durante o processamento.

As inovações incluem o desenvolvimento de novos produtos, como filés das mais variadas formas de cortes, processados e subprodutos aproveitáveis, além de técnicas avançadas de processamento que garantem a utilização de cada parte do peixe.

Esse enfoque não apenas melhora a eficiência operacional e reduz o impacto ambiental, como também agrega valor ao produto, atendendo às demandas do mercado por produtos mais diversificados e sustentáveis.

Além disso, setores públicos e privados se unem anualmente para criar campanhas de incentivo ao consumo de pescado.

Um exemplo é a “Semana do Pescado”, quando a cadeia produtiva se reúne para fomentar o varejo e o food service no Brasil visando à consolidação de uma cultura duradoura de consumo de peixes e frutos do mar, para além da Semana Santa e do Natal.

Juntas, essas ações criam uma perspectiva promissora para os próximos anos, com oportunidades significativas de crescimento e consolidação de toda a cadeia.

Investimentos em infraestrutura e inovação, com foco no aprimoramento da produção, não só reforçam o compromisso com a qualidade e a sustentabilidade, como também colocam o setor em condições de aumentar a visibilidade e a competitividade tanto no mercado nacional quanto internacional.

Cesta básica é uma conquista, mas ainda são necessários incentivos para o pescado e consolidar na mesa dos brasileiros BAIXAR EM PDF

EDIÇÃO BRASIL

TABELA ANTI-MICOTOXINAS E ANTI-ENDOTOXINAS 2024

Toxy-Nil®

COMPOSIÇÃO DOSE

a Argilas modificadas com alta capacidade de adsorção (bentonita 1m588 e sepiolita);

a Levedura inativada e extratos de levedura (Saccharomycescerevisae)

a Argilas modificadas com alta capacidade de adsorção (bentonita 1m588 e sepiolita);

Toxi-Nil Plus ®

1-3 kg/t

0,5-2,5 kg/t

a Levedura inativada e extratos de levedura (Saccharomycescerevisae);

a Antioxidantes celulares.

a Argilas modificadas com alta capacidade de adsorção (bentonita 1m588 e sepiolita);

Unike Plus ®

Toxy-Nil®

Unike ®

a Levedura inativada e extratos de levedura (Saccharomycescerevisae); a Antioxidantes celulares; a Compostos herbais.

a Argilas modificadas com alta capacidade de adsorção (bentonita 1m588 e sepiolita);

a Levedura inativada e extratos de levedura (Saccharomycescerevisae); a Antioxidantes celulares; a Compostos herbais.

0,5-2,5 kg/t

EFICÁCIA ESPECÍFICA SOBRE O TIPO DE MICOTOXINA

0,5-2,5 kg/t

Eficácia sobre amplo espectro de micotoxinas, polares e não polares, comprovada através de testes invitroe invivo. A bentonita (1m588) presente nestes produtos é aprovada na União Europeia como ingrediente adsorvente de micotoxinas.

INFORMAÇÃO ADICIONAL

Inativadores de micotoxinas que protegem os animais dos efeitos deletérios das micotoxinas através de até cinco diferentes mecanismos de ação:

1) ADSORÇÃO: Sequestrando micotoxinas para que sejam excretadas sem serem absorvidas.

2) BIO-INATIVAÇÃO: Alterando as estruturas químicas das micotoxinas para metabólitos menos tóxicos e/ou mais facilmente excretados.

3) REVITALIZAÇÃO DO SISTEMA IMUNE: Protegendo a resposta imune normal que é suprimida pelas micotoxinas.

4) DEFESA ANTIOXIDANTE: Prevenindo os danos celulares através do manejo eficaz do estresse oxidativo causado pelas micotoxinas.

5) PROTEÇÃO DE ORGÃOS: Prevenindo danos e suportanto o funcionamento normal de órgãos sensíveis às micotoxinas.

COMPOSIÇÃO

EFICÁCIA ESPECÍFICA SOBRE O TIPO DE MICOTOXINA

INFORMAÇÃO ADICIONAL

MYCOSORB ® A+

a Parede celular de levedura a Levedura inativada a Aluminossilicato de cálcio e sódio a Farinha de alga Chlorella vulgaris

0,5 a 2 kg por tonelada de ração para animais de produção, aves, aquacultura e animais de estimação.

Múltiplas micotoxinas tais como Aflatoxinas, Zearalenona, DON, Ocratoxina A, T2 e Fumonisina.

Adosrvente de micotoxinas de amplo espectro e rápida adsorção registrado no MAPA, com eficácia comprovada no campo e por mais de 200 estudos in-vivo, in-vitro e ex-vivo publicados em revistas científicas nomeadas.

BG-MAX™

Midds ou

BG-MAX™

COMPOSIÇÃO DOSE

Combinação de Carboidratos Refinados Funcionais (RFCs) biologicamente ativos e bentonita.

a BOVINOS DE LEITE:

8 gr/cabeça por dia

a BOVINOS DE CORTE: 10-15 gr/ animal por dia

a SUÍNOS: Matrizes Suínas: 2 kg/ton

Leitões: 2 kg/ton Crescimento e Terminação: 1 kg/ton

a AVES: 1 kg/ton

COMPOSIÇÃO DOSE

EFICÁCIA ESPECÍFICA

SOBRE O TIPO DE MICOTOXINA

Amplo espectro de eficácia contra múltiplas micotoxinas: Aflatoxina, Fumonisina, Ocratoxina, DON, T2 e Zearalenona.

INFORMAÇÃO ADICIONAL

Fórmula pronta para ser usada em fábricas de rações e granjas.

Observe que devido às diferenças de exigências de registro, a descrição dos ingredientes pode ser um pouco diferente entre os países. Contate o representante local para mais informações.

B.I.O.Tox ®

Bentonita, sepiolita, produtos de leveduras, carvão vegetal.

COMPOSIÇÃO

BIŌNTE® QUIMITŌX® Bentonitas (1m558; 1m558i) / Argila sepiolítica.

DOSE

EFICÁCIA ESPECÍFICA

SOBRE O TIPO DE MICOTOXINA

Adsorvente de micotoxinas de amplo espectro de ação.

EFICÁCIA ESPECÍFICA

SOBRE O TIPO DE MICOTOXINA

INFORMAÇÃO ADICIONAL

América Central e Brasil.

INFORMAÇÃO ADICIONAL

De 0,5 a 3,0 kg/t de ração, em função do nível de contaminação por micotoxinas.

Aflatoxina B1 (AFB1) / Zearalenona (ZEA) / Toxina T-2 / Fumonisina B1 (FB1) / Ocratoxina A (OTA) / Toxinas alcaloides do ergot (AEs).

Adsorvente de micotoxinas altamente eficaz que adsorve as micotoxinas mais perigosas. Atua independentemente dos níveis de pH e proporciona uma ação rápida contra as micotoxinas após a ingestão de ração. É um produto seletivo que não interfere com a absorção de nutrientes essenciais, como vitaminas e aminoácidos e é isento de compostos tóxicos (por exemplo, dioxinas e metais pesados).

COMPOSIÇÃO DOSE

EFICÁCIA ESPECÍFICA SOBRE O TIPO DE MICOTOXINA

Solução anti-micotoxinas de tripla ação: adsorção/ bioproteção/efeito pós-biótico.

Eficaz contra:

INFORMAÇÃO ADICIONAL

BIŌNTE® QUIMITŌX® PLUS

BIŌNTE® QUIMITŌX® LIVŌX®

Bentonitas (1m558; 1m558i) / Argila sepiolítica / Mistura de extratos fitogênicos (extratos de açafrão (cúrcuma) e de cardo mariano)/Parede celular de levedura e levedura hidrolisada.

BIŌNTE® QUIMITŌX® AQUA

Solução líquida à base de mistura de extratos fitogênicos (extratos de uva e de azeitona) / Minerais essenciais / Emulsionantes / Conservantes.

De 1,0 a 3,0 kg/t de ração, em função do nível de contaminação por micotoxinas.

a Aflatoxinas (AFB1, AFB2, AFG1 e AFG2), Fumonisinas (FB1, FB2 e FB3), Zearalenona (ZEA), toxinas T-2 e HT-2, Ocratoxina A (OTA), Deoxinivalenol (DON; por desintoxicação) , Toxinas alcalóides do ergot (EAs)

a Micotoxinas emergentes (Beauvericina: BEA; Enniatinas: ENN A, ENN A1, ENN B e ENN B1; Esterigmatocistina, ETC)

a Micotoxinas modificadas Zearalenona glucuronido (ZEA 14-G).

Eficácia avaliada com base em estudos toxicocinéticos e biomarcadores de exposição a micotoxinas em diferentes espécies-alvo, de acordo com os regulamentos da EFSA.

BIŌNTE® QUIMITŌX® AQUA PLUS

Bentonita selecionada (1m558i) / Argila sepiolítica / Aditivo fitogênico para ração animal (farinha de casca de laranja).

Bentonita selecionada (1m558i) / Argila sepiolítica / Mistura de extratos fitogênicos (extratos de açafrão (cúrcuma) e cardo-mariano) e emulsionante / Parede celular de levedura e levedura hidrolisada.

1,0 a 2,0 mL/L de água de consumo.

De 1,0 a 3,0 kg/t de ração, em função do nível de contaminação por micotoxinas.

De 1,0 a 3,0 kg/t de ração, em função do nível de contaminação por micotoxinas.

Solução sistêmica que aumenta a viabilidade celular, apresenta atividade antimicrobiana contra Salmonellaenterica,Shigella dysenteriae,Staphylococcus aureus e Yersinia enterocolitica; melhora a qualidade da água e reduz a biodisponibilidade das micotoxinas emergentes no fígado (ácido tenzuanóico).

Aflatoxina B1 (AFB1) / Ocratoxina A (OTA) / Zearalenona (ZEA) / Toxina T-2 / Fumonisina B1 (FB1).

Complexo metabólico multiação que atenua os efeitos secundários das micotoxinas como a alteração da integridade intestinal, stress oxidativo e alterações dos órgãos-alvo. A administração contínua melhora os parâmetros produtivos e melhora a qualidade dos produtos de origem animal (carne, ovo, leite).

Adsorvente de micotoxinas para espécies aquáticas que oferece uma solução completa para enfrentar o desafio da micotoxicose na aquacultura.

Aflatoxinas / Fumonisinas / Toxinas T-2 y HT-2 / Deoxinivalenol (DON) / Micotoxinas emergentes (Beauvericina, Enniatinas, Esterigmatocistina) / Micotoxinas modificadas.

Solução anti-micotoxinas para espécies aquáticas altamente sensíveis a micotoxinas e ficotoxinas com triplo modo de ação: adsorção, bioproteção e efeito pós-biótico.

Myco-Marker™

COMPOSIÇÃO

DOSE

a AVES E SUÍNOS: 0.5 - 3 kg/T

a RUMINANTES: 20-40 g/animal/dia

a Mistura de argilas a Levedura a Antioxidantes a Protetores renais e hepático

A verdadeira referência no biomonitoramento de micotoxinas. A ameaça de 36 micotoxinas reveladas com apenas 1 gota de sangue.

COMPOSIÇÃO

Fintox Mold Plus a Argilas selecionadas a Ácidos orgânicos a Leveduras e suas partes

DOSE

1-2 kg/t de alimento em função do grau de contaminação.

EFICÁCIA ESPECÍFICA SOBRE O TIPO DE MICOTOXINA

Excelente eficácia demonstrada in vivo para todas as principais micotoxinas:

a Deoxinivalenol a Aflatoxinas a Fumonisinas a Zearalenona -T-2 a Ocratoxina A -Ergot a Micotoxinas emergentes

Myco-Marker™, a primeira ferramenta de biomonitoramento por sangue do setor, transforma a ciência de ponta em aplicações práticas, oferecendo diagnósticos superiores e tomadas de decisão informadas. O sangue é coletado por meio de cartões FTA para facilitar o processo de amostragem nas fazendas, sendo necessária apenas uma gota de sangue por animal.

EFICÁCIA ESPECÍFICA SOBRE O TIPO DE MICOTOXINA

INFORMAÇÃO ADICIONAL

A combinação do serviço Myco-Marker™ e da tecnologia Levian ® compõem a plataforma RISE®

O serviço Myco-Marker™ permite - pela primeira vez - medir o real impacto das micotoxinas na saúde e produtividade e a otimizar a estratégia de mitigação com o desintoxicante (Levian ®).

Levian ® tem vários modos de ação, todos os quais foram demostrados in vivo, para ajudar os animais a combater o estresse:

a Apoiar o fígado e os rins a Prevenir o estresse oxidativo a Elevar a resposta imune a Aumentar a desintoxicação a Adsorver (mico)toxinas.

Fintox Pro Advance a Argilas selecionadas a Leveduras e suas partes a Frutooligossacarídeos a Botânicos

a Betaína

1-2 kg/t de alimento em função do grau de contaminação.

a AFB1, AFB2, AFG1, AFG2, AFM1 a ZEA a T-2 a OTA a FB1 a DON a Citrinina a Fumitoxina

INFORMAÇÃO ADICIONAL

a Aditivo anti-micotoxinas com efeito detoxificante e melhorador de desempenho zootécnico.

a Adsorvente e detoxificante de amplo espectro, eficaz contra micotoxinas e outras endotoxinas com efeito depurativo. Pode atuar como agente hepatoprotetor.

Na Argentina, o FINTOX PRO ADVANCE é conhecido como LIPTOMIC PRO ADVANCE.

Fintox Pro Nature

a Leveduras e suas partes a Algas marinhas a Frutooligossacarídeos a Botânicos

a Betaína

1-2 kg/t de alimento em função do grau de contaminação.

a Adsorvente e detoxificante de amplo espectro, livre de componentes minerais.

Levian ®

nutriNews Brasil, sua revista sustentável

do agro!

A sustentabilidade está no alimento que você consome, na roupa que você veste e até nas informações que você lê!

Nossas revistas utilizam tintas offset convencional de alto brilho, composta por 70% de soja e livre de óleos minerais! Além disso, o nosso papel possuí o selo FSC, certificação que garante a rastreabilidade dos produtos desde a floresta até o produto final, assegurando a produção de forma social, econômica e ecologicamente correta.

Free-Tox ® XP (Aglutinante de micotoxinas)

COMPOSIÇÃO DOSE

O Free-Tox ® XP contém uma mistura de adsorventes cuidadosamente selecionados, incluindo vários tipos de silicatos processados e combinados para garantir uma capacidade de adsorção de amplo espectro, adicionados a componentes purificados da parede celular de levedura (Saccharomyces cerevisae) que contribuem para a modulação do sistema imunológico do animal e um inibidor de crescimento de fungos.

É usado preventivamente como adsorvente de micotoxinas em caso de contaminação confirmada ou suspeita de matériasprimas ou rações. Pode ser usado em todas as espécies e idades e pode ser adicionado diretamente à ração ou por meio de pré-mistura.

a Dosagem: 0,5 - 2 kg/tonelada de ração completa.

EFICÁCIA ESPECÍFICA

SOBRE O TIPO DE MICOTOXINA

O Free-Tox® XP é um adsorvente de micotoxinas de amplo espectro, altamente eficaz em baixa dosagem.

a Ele tem excelente capacidade de adsorção para uma ampla gama de micotoxinas em níveis de contaminação baixos e altos. a A adsorção permanece estável em todo o trato digestivo em diferentes níveis de pH. a Melhora a imunidade e aprimora o desempenho da produção a Ajuda a inibir o crescimento de fungos a Estimula a saúde do fígado

INFORMAÇÃO ADICIONAL

Principais vantagens do Free-Tox ® XP: a Eficaz em baixa dosagem a Alta capacidade de adsorção para uma ampla gama de micotoxinas, tanto em níveis de contaminação baixos quanto altos a Não adsorve vitaminas ou minerais a A adsorção permanece estável durante o trato digestivo a Resistente a altas temperaturas a Melhora a imunidade e aprimora o desempenho da produção a Ajuda a inibir o crescimento de fungos a Estimula a saúde do fígado

O EndoBan ® contém uma mistura de ingredientes amplamente pesquisados, especificamente selecionados e processados para alcançar uma alta capacidade de remoção de endotoxinas, incluindo vários silicatos e extratos de plantas que fortalecem ainda mais o sistema de defesa do animal contra as endotoxinas.

As endotoxinas estão sempre presentes nos animais, especialmente em seu trato digestivo, mesmo sem contaminação da ração ou da água. As endotoxinas desafiam continuamente o sistema imunológico, reduzindo assim o crescimento e a capacidade de produzir carne, ovos ou leite a baixo custo. Portanto, recomenda-se o uso preventivo contínuo do EndoBan® para reduzir o estresse inflamatório induzido pelas endotoxinas e apoiar o crescimento e a eficiência da produção. O EndoBan® é seguro em todas as espécies e idades e eficaz em doses baixas.

a Dose recomendada: 0,5-2 kg/tonelada.

Desde o início, o EndoBan® foi desenvolvido especificamente como uma ferramenta de prevenção contra endotoxinas e estresse inflamatório induzido por endotoxinas, e não como um derivado de um aglutinante de micotoxinas existente.

Portanto, ele é único na magnitude e na eficácia de sua abordagem para reduzir a perda de rendimento relacionada à endotoxina. O EndoBan® tem uma forte capacidade de remover altos níveis de endotoxinas encontradas no trato intestinal de monogástricos, ruminantes e espécies aquáticas, aumentando assim o desempenho produtivo e o lucro.

Principais vantagens do Endoban ®: a Eficaz em baixas doses a Melhora a utilização de nutrientes e energia a Protege contra os efeitos negativos das endotoxinas a Aditivo exclusivo e inovador para rações a Aumenta o ganho de peso e a produção

Endoban ® (Redutor de Endotoxina)

Endoban ® FT (Redutor de Toxinas)

COMPOSIÇÃO DOSE

O EndoBan® FT é uma mistura otimizada do EndoBan® e do Free-Tox® XP, que contém a combinação ideal de silicatos cuidadosamente selecionados e processados para garantir a remoção ideal de micotoxinas e endotoxinas, além de componentes purificados da parede celular de levedura (Saccharomyces cerevisae)e extratos de plantas para apoiar o sistema imunológico do animal e o mecanismo de defesa contra endotoxinas, bem como um inibidor de crescimento de fungos.

FIX HP

COMPOSIÇÃO

a Carvão vegetal a Selênio a Betaglucanos a Mananoligossacarídeos a Silimarina a Bentonita

FIX FUSION

FIX S

a Bentonita a Betaglucanos a Mananoligossarídeos a Silimarina

a Betaglucanos a Mananoligossacarídeos a Carvão vegetal a Silimarina a Bentonita a Selênio

O EndoBan® FT é usado como uma ferramenta de defesa preventiva contra o impacto negativo das micotoxinas e endotoxinas que têm efeitos negativos sinérgicos sobre o crescimento e o desempenho produtivo dos animais.

O EndoBan® FT é seguro para uso em todas as espécies e idades e é eficaz em doses baixas.

a Dosagem: 1,5 - 3 kg/MT

EFICÁCIA ESPECÍFICA

SOBRE O TIPO DE MICOTOXINA

O Endoban ® FT combina o melhor dos dois mundos: suprime os riscos de micotoxinas e endotoxinas, eliminando-as do trato gastrointestinal antes que possam exercer seus efeitos tóxicos, promovendo assim o crescimento e o desempenho produtivo.

INFORMAÇÃO ADICIONAL

Principais benefícios do Endoban ® FT: a Eficaz em doses baixas a Melhora o desempenho e a eficiência alimentar, estimulando um trato gastrointestinal saudável e reduzindo o estresse inflamatório a Alta capacidade de remoção de micotoxinas e endotoxinas a Não adsorve vitaminas ou minerais a A adsorção permanece estável durante todo o trato digestivo a Resistente a altas temperaturas a Estimula a saúde do fígado a Ajuda a inibir o crescimento de fungos”

DOSE

a AVES: 0,5 -2,0kg/ ton

a SUÍNOS: Crescimento e Terminação: 1,0kg/ ton

Pré-inicial, Inicial, Reprodução e Lactação: 2,0kg/ton

a EQUINOS E MUARES: 1,0-2,0kg/ ton

a CÃES E GATOS: 1,0-3,0kg/ton

a PEIXES E CAMARÕES: 1,0-2,0kg/ton

a OVINOS E CAPRINOS: 1,0-2,0kg/ ton

a BOVINOS: 1,0-2,0kg/ton

EFICÁCIA ESPECÍFICA SOBRE O TIPO DE MICOTOXINA

Aflatoxina ++ Fumonisina ++ Zearalenona +++ Desoxinivalenol ++

Aflatoxina +++ Fumonisina + Zearalenona ++

INFORMAÇÃO ADICIONAL

A silimarina destes produtos atua como um potente hepatoprotetor e, o selênio orgânico, atua como um antioxidante natural.

A silimarina destes produtos atua como um potente hepatoprotetor e, o selênio orgânico, atua como um antioxidante natural.

Afla +++

A silimarina destes produtos atua como um potente hepatoprotetor e, o selênio orgânico, atua como um antioxidante natural. MT.X+

a Montmorillonita micronizada a Tecnologia Algoclay a Terra de diatomáceas a Paredes celulares de levedura

a Extratos de algas

Incorporar de forma homogênea na ração total, de 0,5 a 2,5 kg/Ton de alimento, dependendo da contaminação.

Aplicação em fábricas de ração.

Adsorve micotoxinas muito complexas, como DON, FB1 e ZEA, bem como micotoxinas mais simples, como AFB1 e OTA.

Protege eficazmente o sistema imunológico dos animais contra o ataque de micotoxinas, melhorando a saúde da fazenda, a lucratividade e a reprodução.

Solução completa com quatro modos de ação que trabalham de maneira sinérgica.

COMPOSIÇÃO

DOSE

EFICÁCIA ESPECÍFICA

SOBRE O TIPO DE MICOTOXINA

TOXO ® -XL

Contém bentonita à base de esmectita cuidadosamente selecionada e altamente purificada, com biopolímeros de glicose que reforçam as junções estreitas dos enterócitos para uma boa integridade intestinal, e β- glucanos rigorosamente purificados para promover a modulação imunológica do animal.

0,5-2 kg por tonelada de ração balanceada. a Aflatoxinas a Toxinas de Ergot a Toxina T-2 a Zearalenona a Fumonisina a Ocratoxina a Deoxinivalenol (DON)

INFORMAÇÃO ADICIONAL

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1.0-5.0 kg por tonelada de ração balanceada.

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TOXO ® -MX

E CONCENTRADOS PARA RUMINANTES

INTRODUÇÃO

Os fungos toxigênicos utilizam como substrato alimentos de uso animal e humano, e produzem micotoxinas, metabólitos secundários de baixo peso molecular e alta toxicidade (Zain, 2011) Particularmente, grãos e concentrados de origem vegetal são os substratos ideais para o seu crescimento (Yiannikouris e Jouany, 2002). A colonização dos grãos por fungos pode ocorrer antes da colheita ou posteriormente, durante o armazenamento.

As micotoxinas, por sua vez, podem ser produzidas tanto na fase de crescimento exponencial do fungo quanto durante a fase estacionária, e representam um importante risco à saúde animal e humana (Bullerman e Draughon, 1994). Em humanos, a intoxicação pode ocorrer pelo consumo de alimentos contaminados de origem vegetal e também pela ingestão de alimentos de animais que, por sua vez, consumiram alimentos contaminados (OMS, 2018).

Carmen García e Santos, Lina Bettucci, Alejandra Capelli e Cecilia Cajarville

Os principais gêneros toxicogênicos que contaminam grãos destinados a ruminantes são Fusarium, Aspergillus e Penicillium (Bonifaz, 2012).

Os fungos do gênero Fusarium são amplamente difundidos e geralmente contaminam a cultura ao se desenvolverem antes do armazenamento. Principalmente as culturas de trigo, cevada e milho são contaminadas com estes fungos quando as condições de umidade e temperatura são favoráveis.

o Câncer (IARC) considera-o um possível carcinógeno humano (grupo 2B).

Em animais, têm sido mais estudados em suínos e equinos. Os ruminantes - especialmente o gado de corte - parecem ser mais resistentes à sua toxicidade. No entanto, sabe-se que as fumonisinas são pouco metabolizadas no rúmen, têm efeitos hepato e nefrotóxicos e têm um impacto negativo no consumo e na produção em vacas leiteiras (Smith, 2012).

Os tricotecenos, o desoxinivalenol (DON) e a toxina T-2, por outro lado, são metabolizados no rúmen em um metabólito muito menos tóxico, portanto dificilmente causam alterações em ruminantes (Eriksen e Pettersson, 2004), embora os autores anteriores destaquem a informação limitada que existe a este respeito.

A zearalenona possui configuração

molecular tridimensional semelhante ao estradiol, por isso pode ocupar seus receptores, estimulando-os e atuando então como desregulador endócrino em machos e fêmeas de diferentes espécies animais (D’Mello et al., 1999, Haschek et al., 2002).

As aflatoxinas são hepatotóxicas, imunossupressoras, mutagênicas, teratogênicas e carcinogênicas em todas as espécies, incluindo humanos (Zain, 2011), sendo uma delas, a aflatoxina B1, o agente carcinogênico natural mais potente conhecido (Coppock et al., 2018)

Nas fêmeas bovinas promovem impacto negativo na fertilidade, produzindo estro anormal, vaginite, redução da sobrevivência embrionária e fetal, vulvovaginite e prolapso retal. Sofre desintoxicação ao nível do rúmen, embora em vacas leiteiras que consomem dietas com elevados níveis de contaminação, a zearalenona e seus derivados tenham sido detectados no leite (Liu y Applegate, 2020).

Nos machos, observa-se uma síndrome de feminização e diminuição dos níveis de testosterona, peso testicular, espermatogênese e libido (Zinedine et al, 2007).

Enquanto isso, fungos das espécies dos gêneros Aspergillus e Penicillium desenvolvem-se principalmente durante o armazenamento. Os Aspergillus são reconhecidos pela sua capacidade de produzir toxinas potentes, como aflatoxinas e ocratoxinas (Navale et al., 2021).

Os efeitos também podem ser agudos ou crônicos, dependendo da dose e do tempo de exposição. Principalmente em vacas e outros ruminantes leiteiros, a intoxicação crônica tem grande relevância para a saúde pública, uma vez que tanto a aflatoxina B1 quanto seu metabólito M1 (que é eliminado no leite) são carcinogênicos para humanos (IARC, 1993; IARC, 2002), bem como um imunossupressor para bezerros lactentes.

Por sua vez, as ocratoxinas, nefrotóxicas e imunossupressoras, também são produzidas por diversas espécies de fungos do gênero Penicillium (Perrone e Susca, 2017). A ocratoxina A é extremamente potente, mas os efeitos negativos em ruminantes são raros, uma vez que é transformada no rúmen em compostos menos ativos por protozoários (Mobashar et al., 2010).

Micotoxina Espécies e categorias animais

Aflatoxina B1 Vacas leiteiras

Bovinos de corte

Efeitos relatados

A Tabela 1 resume os principais efeitos observados pelo consumo de micotoxinas em ruminantes, relatados por Gallo et al. (2015) num trabalho de revisão, confirmando que a informação é relativamente escassa e pouco conclusiva, aspecto que os autores destacam.

Ovinos

DON Vacas leiteiras

Diminuição: consumo, produção de leite, eficiência reprodutiva.

Alterações: parâmetros sanguíneos (glucose, ureia, creatinina, albuminas), função hepática

Diminuição: crescimento, eficiência de conversão, motilidade ruminal.

Aumento: peso do fígado e rim

Apatia. Diminuição: consumo, ganho, peso, diminuição da eficiência de conversão, resposta imune.

Alterações: parâmetros sanguíneos (glicose, ureia, creatinina, albuminas), função hepática. Lesão hepática, sinais neurológicos, morte

Poucas alterações: consumo, produção.

Diminuição: síntese de proteína microbiana no rúmen, digestibilidade de fibras, pH ruminal. Resposta imunológica alterada

Fumonisinas Vacas leiteiras Sem alterações observadas

Bovinos em engorda

Alteração: hepato-celular, biliar, função hepática

Bezerros lactentes Lesão hepática e renal. Disfunção hepática

Ovinos

Alteração da função hepática e urina com sangue. Morte

ZEA Vacas leiteiras Sem alterações observadas

Novilhas

Ovinos

ZEA + DON Novilhas

Ocratoxinas Ovinos

Citrinina Ovinos

Diminuição da taxa de concepção

Desordens reprodutivas, infertilidade, redução da % de parto

Ciclos estrais irregulares, vaginite, desenvolvimento antecipado de glândulas mamárias

Sem alterações observadas, redução de consumo

Uremia, febre, diarreia

Tabela 1. Principais efeitos das micotoxinas em ruminantes observados em trabalho experimental ou de campo (resumido de Gallo et al., 2015)

Além de ações específicas em tecidos ou órgãos, as micotoxinas raramente produzem intoxicação aguda e os sintomas em ruminantes são geralmente bastante inespecíficos. A diminuição da produção ou consumo sem causa aparente, a rejeição de alimentos, a maior susceptibilidade a doenças, falhas reprodutivas ou abortos podem ser causadas pela presença de micotoxinas nos alimentos, embora esta presença muitas vezes passe despercebida se o diagnóstico não for feito de forma adequada.

INÍCIO DA CONTAMINAÇÃO E CONDIÇÕES DE DESENVOLVIMENTO

O crescimento dos fungos e a produção de toxinas não são constantes, mas dependem das condições ambientais como umidade e temperatura. Em geral, condições de alta temperatura e umidade ambiental favorecem tanto o crescimento do fungo quanto a produção de micotoxinas.

Os fungos podem crescer nos alimentos sem necessariamente produzir micotoxinas, mas quando confrontados com certos fatores de estresse, sintetizam-nas. Assim, condições climáticas extremas de seca ou umidade, presença de grãos danificados, ou mau manejo da colheita ou armazenamento, são fatores que desencadeiam o estresse e com ele a produção de micotoxinas (Whitlow e Hagler, 2005).

Neste sentido, os fenómenos relacionados com as alterações climáticas parecem estar a modificar os padrões de apresentação dos surtos de micotoxicoses, que estão a surgir em regiões onde antes não ocorriam (Tolosa et al., 2021).

A contaminação fúngica nos grãos (e portanto a concentração de micotoxinas) não é uniforme, sendo comum que, em lotes, silos ou outros locais de armazenamento, apareçam setores mais contaminados que outros, como “focos de acumulação” (Food Safety authority of Ireland, 2009) e até mesmo que existem diferenças entre grãos do mesmo lote (Tittlemier et al., 2022)

É importante levar em consideração essas variações na amostragem de grãos para detecção de micotoxinas: durante a amostragem deve-se seguir um protocolo específico para o tipo de material e armazenamento, extraindo material de diversas áreas, levando em consideração as diferentes profundidades e alturas.

Em silos de grãos de sorgo úmido armazenados em sacos, García e Santos et al. (2020) relatam um efeito benéfico do tempo de armazenamento. Se o armazenamento ocorrer em condições adequadas, o baixo pH sustentado ao longo do tempo reduz a concentração de taninos condensados (que no grão são potenciais protetores contra a contaminação fúngica, mas dificultam a fermentação ruminal) e reduz a contaminação fúngica.

Segundo este trabalho, 180 dias de armazenamento em sacos seriam ideais para melhorar a fermentação ruminal de grãos de difícil digestão e reduzir a contaminação Segundo García e Santos et al. (2022), em silos de grãos de sorgo a abundância relativa de Fusarium diminuiu após 30 dias de armazenamento, e em grãos com alto teor de tanino Aspergillus spp diminuiu.

Essas descobertas abrem uma nova perspectiva sobre possíveis vantagens da utilização de grãos com alto teor de taninos para a confecção de silagens, pelo menos em ambientes com alto risco de contaminação por fungos.

Uma característica das micotoxinas é a sua resistência aos tratamentos de processamento de alimentos. Resistem à secagem, à trituração e são muito estáveis termicamente, pelo que a cozedura dificilmente os elimina (Kabak, 2009). Tudo isso dificulta muito o seu controle, e os nutricionistas sabem que quando se trata de controlar as micotoxinas, “tudo é pouco” em termos de prevenção.

É neste sentido que se recomenda para alimentos: a identificação e quantificação de fungos toxicogênicos e a determinação e quantificação de concentrações de micotoxinas. Com essas informações, podem ser tomadas medidas de controle e prevenção para mitigar o risco de contaminação em alimentos para consumo humano e animal.

IDENTIFICAÇÃO E QUANTIFICAÇÃO

Para a identificação e quantificação de fungos toxicogênicos contaminantes de alimentos, o isolamento e a identificação morfológica são historicamente realizados de acordo com suas características fenotípicas. Nestes métodos, as colônias desenvolvidas a partir de culturas alimentares isoladas são contadas e transferidas para meios específicos para identificação ao microscópio óptico pelas suas características micro e macromorfológicas de acordo com as chaves de identificação convencionais correspondentes para os principais gêneros de fungos.

Esses métodos são muito trabalhosos, exigem muita experiência e treinamento e também consomem muito tempo. Atualmente, existem métodos moleculares baseados em PCR para identificação e quantificação, que evitam os problemas levantados acima.

Esses métodos permitem a identificação de isolados em nível de espécie

Para determinar e quantificar as concentrações de micotoxinas nos alimentos, diferentes métodos imunoensaios e cromatográficos podem ser realizados (Díaz e Smith, 2005). Técnicas cromatográficas como cromatografia em camada delgada (TLC), cromatografia líquida (HPLC), cromatografia líquida de ultra-desempenho (UHPLC) e cromatografia líquidaespectrometria de massa (LC-MS).

Este último método LC-MS está sendo amplamente desenvolvido, devido ao seu grande potencial para avaliar grandes quantidades de amostras e diferentes micotoxinas simultaneamente (Krska et al., 2008). Outra metodologia utilizada atualmente é uma técnica imunocromatográfica rápida combinada e integrada.

Este método combina anticorpos numa única tira de membrana, permitindo assim a detecção de vários analitos em apenas alguns minutos. Requer equipamento portátil de cromatografia de fluxo

Micotoxinas

CONTROLE + PREVENÇÃO

Para controlar e prevenir a contaminação por fungos toxicogênicos e micotoxinas nos alimentos, o manejo deve começar no campo, o que inclui o tipo de semeadura, variedade de cultura, controle de ervas daninhas, irrigação e rotação de culturas (Edwards, 2004). fatores climáticos não podem ser controlados e influenciam o desenvolvimento de fungos e micotoxinas, as medidas utilizadas no campo muitas vezes não são eficientes e devem ser tomadas medidas durante a colheita e o armazenamento.

não atuam no conteúdo de micotoxinas caso estas já existam.

Durante a colheita devem ser evitados danos ao grão, pois o predispõe à contaminação por fungos e micotoxinas. Já no armazenamento, pode ser possível controlar a umidade e a temperatura para que o risco de contaminação possa ser reduzido (Shapira & Paster, 2004). Ambiente ácido e baixa atividade de água são formas eficazes de controlar e inibir o crescimento bacteriano. No entanto, os fungos podem crescer sob uma gama mais ampla de condições físico-químicas do que a maioria das bactérias.

Quando os alimentos são contaminados por micotoxinas, uma das estratégias utilizadas para controlá-los é a aplicação de agentes sequestrantes Estas substâncias são polímeros inorgânicos ou orgânicos de alto peso molecular que reduzem a absorção de micotoxinas no trato digestivo, diminuindo sua toxicidade no organismo animal.

Para isso, os sequestrantes formam complexos irreversíveis com essas toxinas na luz intestinal e são posteriormente eliminados nas fezes (Devegowda e Murthy, 2005). A maioria são compostos orgânicos, inorgânicos ou multimodulares (Díaz e Smith, 2005).

O problema das micotoxinas em grãos e concentrados para ruminantes

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PIONEIRISMO E INOVAÇÃO: COMO A JEFO CONTRIBUI PARA O SUCESSO DO AGRONEGÓCIO

Equipe técnica JEFO para nutriNews Brasil no SIAVS

AJefo, empresa canadense fundada em 1982, tem se destacado no setor de nutrição animal ao longo das

últimas décadas, trazendo inovações que visam otimizar a produção sem o uso de antibióticos.

Com ênfase na tecnologia e na sustentabilidade, a empresa tem se consolidado como uma das principais fornecedoras de soluções nutricionais para produtores em todo o mundo.

Durante o SIAVS 2024, a agriNews Brasil entrevistou Emilie Fontaine, vice-presidente de marcas e produtos e diretora de assuntos técnicos e Lucas Rodriguez, diretor-geral para o Brasil, para entender melhor o impacto da empresa no mercado latino-americano.

Crescimento e Estratégia no Mercado Brasileiro

Lucas Rodriguez nos contou que a Jefo atua no Brasil há mais de dez anos, com uma equipe técnica local altamente qualificada. Segundo o diretor-geral, o Brasil é um mercado essencial para a empresa, não apenas pelo tamanho da produção animal, mas também pela excelência dos profissionais brasileiros em nutrição animal, cuja expertise é reconhecida mundialmente.

"Ter o apoio de uma equipe formada por esses profissionais é uma vantagem competitiva significativa", afirma Lucas. Ele também observa as semelhanças culturais entre brasileiros e canadenses, que valorizam relações de amizade e colaboração, o que facilita o trabalho conjunto.

No Brasil, a Jefo é conhecida por produtos que são amplamente utilizados pelos produtores locais. como:

Belfeed 1100 Xilanase de origem bacteriana para nutrição animal

Gallinat+ Ácidos orgânicos + óleos essenciais microencapsulados para aves

Porcinat+ Ácidos orgânicos + óleos essenciais microencapsulados para suínos

Tetracid 600: Ácidos orgânicos microencapsulados para suínos

Galliacid: Ácidos orgânicos microencapsulados para aves AG175: Levedura desidrata e Streptomyces

Poultrygrow 250 / Enzynat Pro: Protease para aves e suínos

"Esses produtos se tornaram padrões para avaliar a eficácia de novos aditivos para rações", explica Lucas, ressaltando a confiança dos produtores brasileiros nas soluções oferecidas pela Jefo.

No entanto, ele alerta sobre as tentativas de imitação da tecnologia de microencapsulação original da Jefo, enfatizando a importância de adquirir produtos genuínos da marca, que são a única garantia de qualidade e eficácia das soluções.

Tecnologia Original de Microencapsulação

Um dos principais diferenciais da Jefo é o pioneirismo na microencapsulação de produtos, uma tecnologia que tem revolucionado a nutrição animal ao garantir a entrega eficiente de nutrientes, segundo Emilie Fontaine.

Ela explica que a Jefo Matrix Technology é uma inovação que protege os ingredientes ativos em uma matriz de triglicerídeos e ácidos graxos específicos, permitindo que esses ingredientes sejam liberados diretamente nos intestinos, evitando a inativação no estômago dos animais.

"A Jefo Matrix Technology mantém a atividade de seus componentes até que cheguem aos intestinos, permitindo uma redução de até dez vezes na quantidade de ingredientes necessários", explica Emilie.

Segundo a vice-presidente de marcas e produtos, essa eficiência na entrega de nutrientes não só melhora a saúde e o desempenho dos animais, mas também combate efetivamente a resistência a antibióticos, que é um desafio crescente na indústria.

Emilie explica que a tecnologia da Jefo protege tanto os animais, quanto os trabalhadores de substâncias corrosivas e voláteis, demonstrando o compromisso da empresa com a segurança e a sustentabilidade.

"Estamos prontos para apoiar o mercado brasileiro com novas soluções para aves e suínos com a Jefo Matrix Technology, que melhoram a saúde animal e reduzem despesas veterinárias", afirma Emilie.

Ela destaca que essa tecnologia é uma solução nutricional sustentável, essencial para a produção moderna, que visa minimizar o impacto ambiental e promover o bem-estar animal.

Investimentos e Inovação para o Futuro

Olhando para o futuro, Emilie Fontaine vê grandes oportunidades para a Jefo no Brasil, especialmente com a adoção de novas soluções tecnológicas.

A empresa investiu cerca de R$ 250 milhões em uma nova planta de produção no Canadá, a Jefo Technologies, para atender à crescente demanda mundial por produtos especializados, tendo o Brasil como um dos principais mercados-alvo.

A executiva destaca que a Jefo está comprometida em apoiar os produtores brasileiros com inovações que atendam às exigências do mercado global, especialmente no que diz respeito às exportações para países com regulamentos rigorosos, como os europeus.

Emilie observa ainda que os produtores brasileiros têm sido pioneiros na adoção de soluções que reduzem o uso de antibióticos, demonstrando seu compromisso com a sustentabilidade e a saúde animal.

"Os brasileiros sempre estiveram na vanguarda da indústria e provaram isso ao adotar nossas soluções anos antes das pressões para reduzir antibióticos se tornarem um problema", comenta.

Outro ponto destacado por Emilie e Lucas, é que a Jefo está ativamente envolvida em parcerias com universidades brasileiras para comprovar a eficácia de seus produtos nas condições específicas do mercado local.

Esses esforços, segundo eles, refletem o compromisso da empresa em fornecer soluções baseadas em ciência sólida e adaptadas às necessidades dos produtores brasileiros.

Lucas Rodriguez revela que a Jefo está focada em restabelecer laços diretos com seus clientes no Brasil, após anos de atuação indireta no mercado.

"Somos conhecidos por fornecer um alto nível de suporte e serviço técnico em todo o mundo, e estamos ansiosos para apoiar o mercado brasileiro em expansão", destaca.

Parcerias e Impacto no Mercado Brasileiro

As parcerias da Jefo com universidades brasileiras, segundo Emilie e Lucas, são fundamentais para o desenvolvimento contínuo de soluções eficazes e adaptadas às necessidades do mercado local.

Eles explicam que essas colaborações permitem à empresa conduzir pesquisas que comprovem a eficácia de seus produtos nas condições específicas do Brasil, garantindo que os produtores tenham acesso às melhores soluções disponíveis.

Emilie Fontaine vê essas parcerias como uma oportunidade para a Jefo expandir sua presença no Brasil e continuar inovando em resposta às necessidades do mercado.

Lucas Rodriguez, por sua vez, compartilha histórias de sucesso, nas quais as soluções da Jefo são protagonistas em ajudar empresas brasileiras a superar desafios significativos, como o combate à Salmonella e outros problemas de saúde intestinal.

Ele explica que a Jefo tem sido uma parceira confiável para os produtores que buscam melhorar seus resultados sem o uso de antibióticos, ajudando-os a manter suas atividades de exportação e a cumprir os rigorosos requisitos de segurança alimentar dos mercados internacionais.

"Temos ajudado empresas a gerenciar a saúde intestinal e os desafios bacterianos, permitindo que elas recuperassem suas atividades de exportação", afirma Lucas.

Ele destaca que, por mais de 20 anos, a Jefo tem sido referência em microencapsulação com sua Tecnologia Jefo Matrix, o que tem contribuído significativamente para o sucesso dos produtores no Brasil e em outros mercados.

Compromisso com a Sustentabilidade e a Biossegurança

Além de suas inovações tecnológicas, a Jefo está comprometida com a sustentabilidade e a biossegurança, dois pilares fundamentais para o futuro da nutrição animal.

Emilie Fontaine enfatiza que a empresa tem uma grande responsabilidade em gerar impacto positivo no planeta, promovendo práticas que reduzem o uso de recursos naturais e minimizam o impacto ambiental da produção animal.

"Estamos comprometidos em desenvolver soluções que não apenas melhoram o desempenho zootécnico, mas também contribuem para a sustentabilidade do setor", afirma Emilie.

A biossegurança é outro aspecto crítico abordado pela Jefo. A empresa tem adotado rigorosas medidas para garantir que seus produtos sejam seguros e eficazes, protegendo tanto os animais quanto os consumidores finais.

A conversa com os executivos da JEFO demonstra que a empresa está bem posicionada para liderar o mercado nos próximos anos. Preparada para enfrentar os desafios futuros, a empresa trabalha para continuar sendo uma referência global em nutrição animal, ajudando os produtores a alcançar o sucesso em um setor cada vez mais competitivo e exigente.

Pioneirismo e Inovação: Como a Jefo contribui para o sucesso do Agronegócio BAIXAR EM PDF

Saiba mais:

Perdas por Salmonella custam caro.

O blend de ácidos orgânicos e óleos essenciais microencapsulados da Jefo é a solução.

Resultados comprovados Pesquisas científicas, de campo e aplicações comerciais

Tecnologia Jefo Matrix Microencapsulação original, exclusiva e patenteada

Saúde intestinal Prevenção e controle da Salmonella

SIAVS RECEBE 30 MIL PESSOAS DE MAIS DE 60 PAÍSES

Neste ano de 2024, o SIAVS (Salão Internacional da Proteína Animal) contou com 30 mil credenciados de mais de 60 países da América Latina, Europa e Ásia. Os números superaram as expectativas não só da organização, como de todos os participantes do evento.

Ao todo, 317 expositores ocuparam os mais de 30 mil m2 de Feira, incluindo empresas de genética, equipamentos, insumos, laboratórios, soluções tecnológicas e outros fornecedores da cadeia produtiva.

Também participaram do evento, 90 empresas produtoras, processadoras e exportadoras de proteína animal.

Ainda segundo a organização, mais de 2,5 mil congressistas participaram presencialmente das apresentações dos 80 palestrantes, durante os três dias de programação.

Houve, ainda, 2,4 mil produtores vinculados ao Projeto Produtor, e outros 300 inscritos na ação à distância, especialmente preparada para universidades e institutos de educação que não puderam estar presentes ao evento.

“Tivemos uma grata surpresa com a grande adesão de toda a cadeia produtiva global no SIAVS 2024”, informou o presidente da ABPA, Ricardo Santin.

“Estabelecemos um novo patamar para o encontro, com a adesão de entidades do setor não apenas do Brasil, mas de diversas regiões do planeta”, completou.

Negócios

Os exportadores da avicultura e da suinocultura do Brasil projetam embarques de US$ 2,03 bilhão em negócios para os próximos 12 meses após reuniões realizadas durante o SIAVS

As projeções são resultado de uma ação organizada pela ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal) e ApexBrasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos).

A ação ocorreu durante o SIAVS e gerou 9,2 mil encontros de negócios, sendo dois mil com novos clientes, segundo informações da ABPA.

Importadores de mais de 50 países estiveram no espaço das agroindústrias durante os três dias do evento, quando foram realizados US$ 192,8 milhões em negócios de exportações de aves, suínos, ovos e genética avícola.

Perspectivas futuras

Perspectivas para a participação da cadeia produtiva brasileira no mundo foram debatidas no segundo dia do SIAVS.

O tema reuniu três dos maiores especialistas do setor no mundo: o italiano Nicolò Cinotti, secretário-geral da IPC (International Poultry Council), a chinesa Yu Lu, vice-presidente da câmara de comércio da China e o norte-americano Greg Tyler, presidente da USAPEEC (USA Poultry and Egg Export Council).

Cinotti apresentou uma projeção de crescimento de consumo de carne de aves no mundo de 16% até 2033. “O futuro das carnes de aves para países como o Brasil é brilhante”, afirmou.

Segundo ele, quase 80% dessa demanda virá de países de renda média, como o Brasil, que é líder global de exportações no segmento e tem aumentado progressivamente no mercado, junto com a China e a Tailândia, enquanto os Estados Unidos estagnaram.

Outra boa perspectiva para a proteína animal brasileira vem da China. O país, que já é o principal destino das embarcações nacionais de frango e suínos, apresenta demanda crescente, sobretudo por produtos orgânicos.

“Alguns estudos mostram que muitos consumidores chineses estão dispostos a pagar de duas até três vezes mais por produtos saudáveis, seguros e sustentáveis”, explicou Yu Lu. “A mensagem é: nós queremos carne. E o Brasil tem um potencial muito grande de expandir esse mercado conosco”, completou.

Já os Estados Unidos, líderes mundiais na produção avícola, com 17% do mercado, seguido por Brasil (12%) e China (11,5%), têm visto o Brasil ascender no cenário global impulsionado por questões como a biossegurança.

“Antes o Brasil olhava para os EUA e agora nós olhamos para o Brasil para ver o que vocês estão fazendo”, brincou o presidente da USAPEEC, destacando a liderança brasileira em exportações de frango, de 34,4% contra 25,8% dos norteamericanos.

O SIAVS 2026 já tem data marcada, de 04 a 06 de agosto no Distrito Anhembi!

AgriNews no SIAVS 2024

Entre os dias 4 e 6 de agosto, o Grupo de Comunicação agriNrews Brasil protagonizou sua maior ação de cobertura jornalística no SIAVS (Salão Internacional de Proteína Animal).

Somente pelo estúdio agriNews TV Brasil, mais de 30 personalidades do setor foram entrevistadas, oferecendo ao público insights estratégicos e discussões de alto nível.

A agriNews Brasil também se destacou ao articular mais de 20 entrevistados, entre líderes das principais agroindústrias do setor, que participaram do AveLive, realizado no estande da Agroceres Multimix.

“A confiança depositada em nossa equipe para a parceria nesse projeto destaca nossa capacidade de inovação e qualidade técnica que são marcas registradas do Grupo agriNews Brasil”, destaca Priscila Beck, que é Diretora de Comunicação do Grupo no Brasil.

O SIAVS 2024 foi um marco, mas para 2026, a agriNews Brasil está determinada a elevar o padrão, buscando novas maneiras de entregar conteúdo relevante e de qualidade, alinhado com as crescentes expectativas de um público global.

“A cada edição, o SIAVS se apresenta ainda maior e mais forte, desafiando-nos, enquanto mídia especializada do setor, a nos reinventar e buscar novas formas de engajar o público e agregar valor às discussões do setor”, salienta Priscila.

toda a cobertura da agriNews Brasil no SIAVS por aqui!

O grupo também realizou a 3ª edição do incubaFORUM, Com o mote “Inovação que Choca, Conhecimento que Transforma”, o evento reuniu mais de 400 pessoas no Auditório 9 do Distrito Anhembi.

O evento aconteceu durante o segundo dia do SIAVS (Salão Internacional de Proteína Animal), sob a coordenação da doutora em Produção Animal, Tainara Euzébio, que é a responsável técnica da revista aviNews Brasil.

O evento discutiu a produção e mercado de ovos férteis, tecnologias de incubação e manejo de aves.

Destacaram-se a importância do agronegócio, genética e biossegurança, além de inovações como vacinação e sexagem in ovo. O manejo de reprodução ao pinto de um dia também foi abordado, com foco em qualidade e controle de processos.

Saiba tudo que aconteceu no incubaFORUM 2024!!!

SIAVS recebe 30 mil pessoas de mais de 60 países BAIXAR EM PDF

Confira

PROBIÓTICOS, PREBIÓTICOS

E SUBSTÂNCIAS FITOGÊNICAS PARA OTIMIZAR A SAÚDE INTESTINAL EM AVES - PARTE II

Juan D. Latorre1, Sakine Yalçin2, Guillermo Tellez-Isaias1, Hafez M. Hafez3 et al.

1Departamento de Ciencia Avícola, Universidad de Arkansas, EE.UU.

2Departamento de Nutrición Animal y Enfermedades Nutricionales, Facultad de Medicina Veterinaria, Universidad de Ankara, Turquía

3Instituto de Enfermedades Avícolas, Facultad de Medicina Veterinaria, Universidad Libre de Berlín

Nos sistemas modernos de produção animal, é essencial impactos da inflamação crônica e do stress excessivo para que as galinhas possam utilizar a sua energia para crescer em vez de se defenderem.

Embora não exista uma “pílula mágica” para prevenir condições multifatoriais associadas ao estresse crônico, numerosos estudos demonstraram que produtos alternativos, como probióticos, micróbios direcionados, prebióticos e fitoquímicos, podem ajudar melhorar o equilíbrio microbiano intestinal, o metabolismo e a integridade intestinal.

PROBIÓTICOS

Os probióticos em doses adequadas melhoram o equilíbrio microbiano intestinal, a resistência à colonização contra infecções e as respostas imunológicas.

Lactobacillus spp., Streptococcus thermophilus, Enterococcus faecalis e Bifidobacterium spp. São as ácido láticas (BAL) mais utilizadas em formulações probióticas.

melhoram com o uso de probióticos.

Os possíveis mecanismos de ação incluem:

Manter um equilíbrio saudável de bactérias no intestino por exclusão competitiva, ou seja, um processo pelo qual bactérias benéficas excluem bactérias potencialmente patogênicas através da competição através de locais de adesão nos intestinos e nutrientes.

Impedir o crescimento excessivo de bactérias no intestino.

Competição por nutrientes

Competição por espaços de adesão

Um probiótico comercial baseado em bactérias ácidas foi recentemente estudado para uso em aves. Utilizando esta cultura BAL, extensas pesquisas laboratoriais e de campo demonstraram maior resistência a infecções por Salmonella em galinhas e perus.

Várias cepas de probióticos melhoraram o desempenho animal e poderiam ser usados como possíveis alternativas aos antibióticos.

Antagonismo direto

Estimulação imune

Micro ora intestinal Organismo probiótico Organismo patógeno Célula imunológica

Figura 1. Mecanismo de ação dos probióticos contra a presença de patógenos a nível intestinal.
Nutrição avícola

Higgins et al. relataram que os probióticos reduziram a diarreia idiopática em aviários comerciais de perus, com base em ensaios experimentais e comerciais publicados. Além disso, foi demonstrado que a mistura probiótica melhora o desempenho e reduz os custos de produção em experimentos comerciais em larga escala.

Aves tratadas com probióticos demonstraram variações na expressão gênica relacionada ao complexo do fator nuclear kappa B (NF-B), de acordo com pesquisas recentes de microarranjos.

Estas descobertas indicam que culturas probióticas específicas podem por vezes ser uma alternativa atraente à terapia antibiótica tradicional.

Portanto, esporos de cepas selecionadas de Bacillus têm sido utilizados como microrganismos confiáveis de alimentação direta (DFM) na produção animal devido à sua capacidade de resistir a condições ambientais adversas e longos períodos de armazenamento.

Requisitodeprobióticosde longa duração

Probióticos comerciais que sejam duradouros, econômicos e resistentes ao processo de granulação térmica são urgentemente necessários para promover a conformidade e um uso mais amplo.

Alguns produtos probióticos contêm formadores de esporos bacterianos, normalmente do gênero Bacillus Está provado que alguns (mas não todos) previnem certos problemas gastrointestinais.

A variedade de espécies utilizadas e seus múltiplos usos são surpreendentes.

Estes meios demonstram o benefício de que alguns isolados de esporos de Bacillus são os esporos mais tolerantes ao calor conhecidos e podem, portanto, também ser empregados em circunstâncias de calor intenso.

Melhoraraeficiênciadeamplificação e esporulação

Ensaios de campo sugeriram que uma cepa isolada de esporos de Bacillus subtilis é eficaz como probiótico comercial à base de bactérias lácticas na redução de Salmonella spp. Pesquisas adicionais podem revelar isolados ou combinações de isolados mais potentes.

Alguns desses isolados ambientais de Bacillus foram testados in vitro quanto à atividade antibiótica, estabilidade ao calor e crescimento populacional.

Melhorar a eficiência da amplificação e esporulação é fundamental para obter a aprovação industrial de um probiótico de base alimentar para intervenção ante mortem de patógenos de origem alimentar.

A melhoria do crescimento vegetativo e da taxa de esporulação pode levar a novas eficiências para amplificação comercial e à criação de produtos rentáveis com contagens de esporos muito elevadas.

ALTASCONCENTRAÇÕESDENSP

O aumento na viscosidade da digesta e o aumento do tempo de passagem do alimento causado por altas concentrações de polissacarídeos não amiláceos solúveis (PNAs) nas dietas de aves influenciam a população bacteriana intestinal.

Portanto, carboidrases exógenas (xilanase, glucanase, mananase, galactosidase e pectinase) são utilizadas como aditivos alimentares na tentativa de reduzir o impacto negativo desses fatores antinutricionais.

Microrganismos de alimentação direta

Bacillus-DFM também demonstrou prevenir distúrbios do TGI e fornecer uma variedade de benefícios nutricionais para animais e humanos. Estudos in vitro e in vivo demonstraram que 90% dos esporos de B. subtilis germinam em diferentes segmentos do TGI em 60 minutos na presença de alimentos.

Além disso, ao utilizar diferentes dietas in vitro para aves (dieta à base de centeio, trigo, cevada e aveia).

Onde a inclusão de candidatos selecionados de Bacillus-DFM que Eles produzem um conjunto diferente de enzimas extracelulares.

Isso resultou em uma redução significativa na viscosidade da digesta como na proliferação de Clostridium entre o controle e as dietas suplementado com Bacillus-DFM.

Curiosamente, a suplementação com DFM à base de Bacillus demonstrou melhorar o desempenho do crescimento, a viscosidade da digesta, a translocação bacteriana, a composição da microbiota e a mineralização óssea em frangos de corte e perus alimentados com uma dieta à base de centeio.

Essas diferenças podem ser devidas à menor quantidade de substratos disponíveis para o crescimento bacteriano, o que resultou em menos inflamação intestinal e translocação bacteriana quando a viscosidade intestinal foi reduzida pela inclusão do candidato DFM, implicando que os grupos suplementados absorveram mais nutrientes na borda em escova do intestino.

Nutrição avícola

As melhorias significativas no desempenho observadas em perus e galinhas alimentados com a dieta suplementada com Bacillus-DFM em comparação com o grupo controle não suplementado sugerem que:

A produção de enzimas a partir das cepas combinadas de Bacillus spp usadas como DFM pode:

Aumentar a absorção de nutrientes;

Promover desempenho de crescimento e uma taxa de conversão alimentar mais eficiente;

Além de melhorar a integridade intestinal.

Da mesma forma, o DFM demonstrou reduzir significativamente a gravidade das infecções experimentais por Salmonella enterica, subespécie enterica, sorotipo Enteritidis e aflatoxicose.

Num estudo, a translocação bacteriana, a viscosidade intestinal, a composição da microbiota e a mineralização óssea em frangos de corte demonstraram ser afetadas pelo uso de energia do centeio. No entanto, Bacillus-DFM reverte os efeitos negativos de dietas com alto teor de NSP em aves.

Além disso, o desempenho de frangos de corte e perus foi melhorado pela inclusão de DFM em dietas com baixo teor de gordura, o que foi associado ao aumento da digestibilidade da energia, medida pela energia metabolizável aparente e pelo

PREBIÓTICOS

Os prebióticos são um conceito relativamente recente, que surge da ideia de que elementos alimentares não digeríveis (por exemplo, oligossacarídeos não digeríveis) são fermentados seletivamente por bactérias conhecidas por beneficiarem a função intestinal.

Foi demonstrado que a proliferação de bactérias endógenas ácido láticas e bifidobactérias no intestino beneficia a saúde do hospedeiro.

Os prebióticos podem ajudar as bifidobactérias e os lactobacilos a proliferarem no intestino, melhorando o equilíbrio microbiano do hospedeiro.

Os prebióticos, ao contrário dos probióticos, estimulam as bactérias intestinais que se aclimataram ao ambiente do trato gastrointestinal.

A microbiota intestinal saudável pode aumentar a absorção, o metabolismo das proteínas, o metabolismo energético, a digestão das fibras e a maturação intestinal em camundongos resistentes à leptina.

Também foi demonstrado que os prebióticos melhoram a defesa do hospedeiro e

REDUÇÃODEPATÓGENOS

A capacidade dos prebióticos de aumentar a quantidade de BAL no intestino pode auxiliar na exclusão competitiva de patógenos do trato gastrointestinal das aves.

Enquanto isso, o aumento da acidez intestinal causado pelos prebióticos também pode ajudar a reduzir infecções no intestino das galinhas.

Também foi demonstrado que os prebióticos aumentam a resposta imunológica em galinhas, resultando em uma eliminação mais rápida da infecção.

Por exemplo, os prebióticos podem interagir diretamente com as células imunes intestinais ou interagir indiretamente com as células imunes através da colonização de bactérias benéficas e metabólitos microbianos preferidos.

Os prebióticos podem funcionar de forma semelhante aos probióticos para apoiar a saúde intestinal das galinhas. Os prebióticos mais utilizados em aves são:

Inulina;

Frutooligossacarídeos (FOS);

Mananooligossacarídeos (MOS);

Galactoligossacarídeos (GOS);

Oligossacarídeos de soja (SOS);

Xilooligossacarídeos (XOS);

Pirodextrinas;

Isomaltoligossacarídeos (IMO); e Lactulosa.

A pesquisa sobre prebióticos em aves tem sido realizado desde 1990, resultando em uma grande biblioteca de estudos. Foi demonstrado que os prebióticos na alimentação de frangos aumentam os níveis de lactobacilos.

Alguns estudos sobre os efeitos microbianos da suplementação prebiótica encontraram um aumento nas bifidobactérias e uma diminuição nos clostrídios. Enquanto isso, em outros, a Salmonella e os coliformes foram reduzidos.

O uso de prebióticos também demonstrou aumentar a altura das vilosidades intestinais em dietas para frangos de corte, dependendo da morfologia intestinal. Enquanto isso, os processos de desintoxicação e eliminação são reforçados por uma população saudável destas bactérias úteis no trato digestivo.

Da mesma forma, foi demonstrado que os prebióticos melhoram a qualidade da casca e dos ossos, aumentam a utilização de minerais e melhoram o desempenho em galinhas poedeiras.

Nutrição avícola

BENEFÍCIOSDOUSODEPREBIÓTICOS

Um prebiótico frequentemente utilizado diz respeito ao Aspergillus oryze, que é comercializado como farinha de Aspergillus (AM). O AM inclui 16% de proteína e 44% de fibra e pode ser usado para melhorar o desempenho em dietas comerciais para aves com baixos níveis de proteína.

O micélio ou A. oryzae também contém betaglucanos, FOS, quitosana e MOS. Esta substância também beneficia as galinhas, promovendo o crescimento, provavelmente melhorando a absorção e digestibilidade dos ingredientes da ração.

O beta-glucano é um poderoso impulsionador da imunidade. Esta substância única afeta as vilosidades intestinais e ajuda o corpo a combater invasores virais e bacterianos.

Outro estudo descobriu que alimentar perus recém-nascidos com prebióticos AM por 30 dias aumentou o peso corporal e melhorou a conversão alimentar em comparação com a alimentação com uma dieta controle basal.

Curiosamente, os pintinhos alimentados com prebióticos AM na dieta apresentaram menor teor de proteína e energia no íleo do que os pintinhos controle, indicando maior digestão e absorção desses nutrientes.

Foi demonstrado que os frutooligossacarídeos (FOS) melhoram a absorção intestinal de cálcio e magnésio, bem como as concentrações de minerais ósseos.

Vários estudos demonstraram que os probióticos podem reduzir a colonização por Salmonella em galinhas.

Os MOS ligam-se aos sítios ativos da toxina e defendem o TGI contra a invasão.

FOS e quitosana são carboidratos não digeríveis e facilmente fermentados pela flora intestinal.

Finalmente, a quitosana é um biopolímero natural criado pela desacetilação da quitina principal componente das paredes celulares dos fungos e dos exoesqueletos dos artrópodes Como afirmado acima, a quitosana tem vários benefícios, incluindo propriedades antimicrobianas e antioxidantes.

Foi demonstrado que a refeição dietética de Aspergillus (AM) altera a morfometria intestinal em perus. Isto aumentou o número de células de mucina ácida, células de mucina neutras e células de sulfomucina no duodeno e no íleo.

Além da altura e área superficial das vilosidades no duodeno e íleo dos perus recém-nascidos em comparação com o controle.

Além disso, a quitosana tem mostrado aplicações promissoras na agricultura, horticultura, ciências ambientais, indústria, microbiologia e medicina. Além disso, muitos estudos utilizaram a quitosana como adjuvante da mucosa, aumentando os níveis de IgA.

Em outro estudo, avaliou-se a eficácia de 0,2% de AM na dieta contra a transmissão horizontal de Salmonella spp. Este estudo descobriu que alimentar perus e frangos com 0,2% de AM reduziu a transmissão horizontal de Salmonella Enteritidis e Typhimurium ao reduzir os níveis gerais de colonização.

A redução na colonização por Salmonella pode ser atribuída a um efeito sinérgico de beta-glucano, MOS, quitosana e FOS encontrados no micélio de Aspergillus oryzae.

Yalçın et al. relataram que a parede celular da levedura derivada da levedura de panificação era um aditivo prebiótico eficaz na ração de frangos de corte, devido ao aumento do desempenho de crescimento, aumento da resposta imune humoral e redução da gordura abdominal.

Em outro estudo realizado com galinhas poedeiras, Yalçın et al. concluíram que a parede celular da levedura teve efeitos benéficos na produção de ovos com baixo teor de colesterol e na melhora da resposta imune humoral.

Exclusão competitiva

Redução de amônia

Produção de vitaminas e manutenção do pH intestinal

Atividade antimicrobiana

Imunomodulação (simulação/tolerância)

Produção de enzimas

Integridade da barreira epitelial Diversidade e equilíbrio da microbiota

SIMBIÓTICOS

Quando uma combinação de prebióticos e probióticos é usada, eles são chamados de simbióticos e têm a capacidade de aumentar ainda mais a viabilidade dos probióticos. Probióticos, prebióticos e simbióticos são agora amplamente utilizados em todo o mundo. Na próxima seção, discutiremos o papel dos simbióticos na fisiologia digestiva e na produção avícola.

PAPELDOSSIMBIÓTICOSNA PRODUÇÃOAVÍCOLA

Imediatamente após a eclosão, as aves devem transferir a energia endógena – lipídios da gema – para energia proveniente da dieta exógeno rico em carboidratos. Durante este período vital, o tamanho e a morfologia do intestino mudam dramaticamente. Mudanças nas membranas das células epiteliais alteram a interface mecânica entre o ambiente interno do hospedeiro e o conteúdo luminal.

Estudos sobre nutrição e metabolismo de crescimento inicial em pintinhos podem ajudar a otimizar o manejo nutricional para um crescimento ideal.

Os produtos finais digeridos por microrganismos intestinais simbióticos podem modificar não apenas a dinâmica intestinal, mas também vários sistemas fisiológicos.

As múltiplas funções dos simbióticos na fisiologia digestiva estão resumidas na Figura 2.

Probiótoco Prebiótico

Figura 2. O papel dos simbióticos na fisiologia digestiva

Nutrição avícola

ADITIVOS FITOGÊNICOS PARA ALIMENTOS BALANCEADOS

Os aditivos fitogênicos para rações (PFAs) são classificados como compostos sensoriais e aromatizantes de acordo com a legislação da União Europeia (EC 1831/2003).

Foi sugerido que os PFAs aumentam o desempenho do crescimento, a digestibilidade dos nutrientes e a saúde intestinal das aves.

Atualmente, os PFAs são utilizados em programas de alimentação de aves e suínos. A contagem de Lactobacillus spp no ceco aumentou quando 75 mg/kg de pó de raiz de ginseng vermelho foram adicionados como suplemento.

Vários produtos comerciais são baseados em ervas como:

Estas substâncias fitogênicas são promovidas, devido aos seus perfis e qualidades de segurança, para melhorar o desempenho e a saúde animal, através dos seguintes efeitos:

Melhor digestibilidade;

Atividades antimicrobianas;

Efeitos anti-inflamatórios e antioxidantes;

Estabilização da microbiota intestinal;

Melhoria das características dos animais; e

Redução de emissões ambientais.

Além dos efeitos farmacológicos, estudos recentes indicaram que as substâncias fitogênicas modulam a microbiota intestinal, ou seja, aumentam Firmicutes, Clostridiales, Ruminococcaceae e Lachnospiraceae

Sementes de anís (Pimpinella anisum); Folhas de melissa (Melissa officinalis);

Sementes de cominho (Carum carvi);

Bulbos de cebola (Allium cepa);

Casca de canela (Cinnamomum verum); Folhas de orégano (Origanum vulgare); Flores de camomila (Matricaria recutita); Folhas de menta piperita (Mentha piperita);

Casca de citrus (Citrus sp); Folhas de alecrim (Rosmarinus officinalis);

Botões de cravo (Syzygium aromaticum); Folhas de salvia (Salvia officinalis);

Sementes de erva-doce (Foeniculum vulgare); Folhas de tomilho (Thymus vulgaris); y

Bulbos de alho (Allium sativum);

Rizoma de gengibre (Zingiber officinale);

Raíz/rizoma de valeriana (Valeriana officinalis).

ENTEROTIPOS

Bacteróides

Prevotella

Ruminococo

ATIVIDADES BIOLÓGICAS SUBSTÂNCIAS FAVORÁVEIS

Sacarolítico, proteolítico

Síntese de biotina, riboflavina, pantotenato e ascorbato

Degradação de mucina/glicoproteína

Síntese de tiamina e folato.

Degradação de mucina/glicoproteína. Transporte transmembrana de açúcares.

Tabela 1. Efeito da dieta na composição do microbioma.

Vários fatores podem modular a microbiota intestinal causando efeito positivo ou negativo no hospedeiro. Os efeitos da dieta na composição do microbioma são mostrados na Tabela 1. A suplementação de frangos de um dia com antibióticos modulou negativamente a microbiota intestinal e afetou negativamente o desenvolvimento do sistema imunológico.

Verificou-se também que a mudança da dieta de milho para trigo e cevada levou a um aumento de Lactobacillus e coliformes. Os polissacarídeos não amiláceos solúveis em água aumentaram a viscosidade do conteúdo digestivo e a produção de SCFA, o que regulou beneficamente a motilidade ileal.

Probióticos, prebióticos e substâncias fitogênicas para otimizar a saúde intestinal em aves - Parte II

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Proteínas e óleos

Dieta com alta fibra

Açucares

CONCLUSÕES

Para prevenir condições multifatoriais associadas ao stress crónico, numerosos estudos demonstraram que produtos alternativos, como probióticos, micróbios direcionados, prebióticos e fitoquímicos, podem ajudar a melhorar o equilíbrio microbiano intestinal, o metabolismo e a integridade intestinal.

Foi confirmado que estes aditivos alimentares possuem características anti-inflamatórias, antioxidantes, imunomoduladoras e que melhoram a integridade da barreira.

Para cumprir os seus objetivos de saúde e produtividade, os criadores de aves que eliminaram os antibióticos dos seus sistemas de produção podem utilizar uma combinação de produtos alternativos juntamente com métodos de gestão melhorados, biossegurança rigorosa e programas de imunização eficazes.

Nutrição avícola

QUALIDADE DE MISTURA NA PRODUÇÃO DE RAÇÕES E AS MUDANÇAS NA PORTARIA SDA Nº 798

Guilherme F. Deda1*, Ana C. B. Doi1*, Vivian I. Vieira1*, João P. F. R. de Oliveira1*, Isabella de C. Dias2* e Alex Maiorka3*

1Programa de pós-graduação em zootecnia (PPGZ);

2Programa de pós-graduação em ciências veterinárias (PPGCV);

3Professor titular;

*Universidade Federal do Paraná, Curitiba/PR

Ofornecimento de uma dieta completa e fabricada de maneira adequada, é importante para garantir que os animais consumam os nutrientes necessários, o que irá refletir no desempenho e saúde durante o ciclo produtivo.

A qualidade da mistura durante a fabricação de rações tem um papel determinante na distribuição dos ingredientes na dieta, impactando diretamente a quantidade de nutrientes que o animal recebe.

O processo de mistura é um ponto crítico e essencial na produção de rações, e é essa etapa que garante a uniformidade na distribuição dos ingredientes (Ciftci e Ercan, 2003)

Conforme a Portaria SDA nº 798, de 10 de maio de 2023, foram introduzidas mudanças relevantes no cenário.

No contexto da nutrição animal, a qualidade da mistura é um tema amplamente debatido, especialmente devido à inclusão de ingredientes em pequenas quantidades em rações para aves e suínos, como é o caso de aditivos tecnológicos, sensoriais e/ou zootécnicos.

Ter entendimento de como a qualidade da mistura influencia a dispersão de todos os ingredientes na ração, é essencial para obter um produto de qualidade.

Alguns fatores podem impactar na qualidade de mistura em dietas de aves e suínos, sendo assim, ao longo desse material vamos discutir alguns pontos relevantes.

Conhecendo o ingrediente antes de fabricar uma ração

É importante entender que a qualidade de mistura não se dá apenas no processo que acontece dentro da fábrica de rações, mas sim desde a compra dos ingredientes.

A qualidade da ração produzida vai depender da matéria prima que será utilizada. Todo o processamento de rações em uma fábrica deve ter início no setor de controle de qualidade.

Realizar a avaliação dos ingredientes e ter um histórico dos fornecedores são estratégias que quando adotadas vão refletir diretamente no processo de fabricação de rações.

As avaliações químico-físicas dos ingredientes que chegam em uma fábrica de ração são realizadas por meio de análises e inspeções de matéria prima no recebimento e seguindo protocolos desde o momento da amostragem, até a realização de análises laboratoriais.

Atualmente, uma tecnologia que está bem estabelecida é o uso de NIRS (Near Infrared Spectroscopy) tanto em laboratório, quanto o equipamento portátil que permite um uso mais amplo e fora das estruturas do setor de controle de qualidade.

Como o tempo de mistura pode impactar na qualidade do processo?

O uso de NIRS em avaliações de ingredientes é um método adotado para prever o valor nutritivo e está correlacionado positivamente com métodos qualitativos de referência e mesmo o aparelho portátil se mostra eficiente (Modroño et al., 2017).

Explorando não apenas a análise individual de ingredientes, mas também avaliando a dieta em si, o uso NIRS pode ser uma alternativa para investigar a qualidade de mistura dos ingredientes durante o processo de fabricação da ração.

De acordo com Fernández-Ahumada et al., (2008), o NIRS pode auxiliar na detecção de erros durante a mistura, e essa ferramenta é viável de ser adotada nessa fase de produção por ainda permitir a correção do processo.

Segundo Teixeira (2012), fatores como o tempo de mistura e o tipo de ingrediente são determinantes para a qualidade do produto. É importante considerar o tempo ótimo de mistura, pois períodos curtos ou excessivos podem comprometer a qualidade da ração.

Nesse sentido, a qualidade da mistura pode impactar na distribuição dos ingredientes da ração, o que diretamente está relacionado com as quantidades de nutrientes que são fornecidos aos animais.

A moagem dos ingredientes é um dos processos que impactam na qualidade da mistura, visto que o tamanho de partícula pode influenciar na qualidade final do produto.

Considerando que cada espécie de animal de produção tem uma exigência diferente conforme a fase do ciclo, é necessário entender o processo como um todo.

O tamanho da partícula não vai afetar apenas a digestibilidade pelo animal, mas também o processo de mistura, onde é necessária uma moagem uniforme para obtenção de um produto mais homogêneo.

Ordem de inclusão dos ingredientes

Um método prático para investigar a qualidade de mistura na fábrica e homogeneidade dos ingredientes, é avaliar o coeficiente de variação (CV) da mistura ou a uniformidade da mistura.

No dia a dia, avaliar a qualidade de mistura de cada ingrediente em uma ração não é um método prático, para isso são utilizados indicadores internos (algum ingrediente da ração) ou externos (adicionados de forma intencional) (Eisenberg, 1992).

Alguns tipos de componentes que podem ser usados são: DL-metionina, HCl-lisina, íon cloreto, partículas de ferro, semduramicina e roxarsone (Clark et al., 2007).

Segundo Fahrenholz (2018), um controle estatístico acurado dentro do processo é extremamente necessário e eficaz para garantir qualidade de mistura.

Mudar alguma variável dentro do sistema de produção pode impactar o restante do processo, e assim é possível predizer o que pode acontecer em conjunto com um bom sistema de controle de qualidade, desde a recepção dos ingredientes, até o produto final.

Rocha et al. (2022) testaram diferentes tempos de mistura em relação a adição do premix por meio do coeficiente de variação entre as misturas, com o tempo variando de 30 a 120 segundos e intervalos de 30 segundos, e investigaram o impacto no desempenho de frangos de corte.

Como resultado, os autores encontraram que coeficientes até 22,6% não tiveram efeito negativo sobre o desempenho dos animais após os 12 dias de idade, quando as dietas eram balanceadas.

O CV ideal para frangos de até 12 dias é de no máximo 7,5% e misturas de 30 segundos apresentaram efeitos negativos para o desempenho, com CV de 39,5%. Como conclusão foi relatada a necessidade estudos sobre a forma física das rações, em relação ao CV da produção até o consumo e desempenho dos animais.

Ao comparar diferentes indicadores de mistura, Rocha et al. (2015) avaliaram a homogeneidade de mistura utilizando um misturador experimental horizontal, com o uso de diferentes matérias primas, por meio da avaliação de misturas secas e úmidas.

As misturas foram avaliadas por meio do coeficiente de variação, com indicadores de 15 segundos entre 20 e 155 segundos de mistura. Os resultados encontrados mostram algumas diferenças, principalmente para a vitamina B e para o cloreto de cobre.

No entanto, o uso de aminoácidos em formatos diferentes (pó ou líquido) podem ser utilizados para avaliar eficiência de mistura, visto que o coeficiente de variação não apresenta diferença significativa.

Alguns fatores que podem interferir na qualidade da mistura estão relacionados às características físicas e químicas dos ingredientes, (Djuragic et al., 2015), e o tempo e ordem de mistura.

Períodos curtos ou excessivos de mistura resultam em uma má qualidade da ração final. Esses fatores estão relacionados tanto para qualidade de premix, quanto para a ração.

Quadro 1. Características físicas e químicas que afetam a qualidade da mistura.

Características físicas Características químicas

Tamanho de partícula

Formato da partícula

Potência

Puridade

Densidade da partícula pH

Fluidez

Compressibilidade

Reatividade

Estabilidade

De acordo com Djuragic et al., (2015) essas características têm um papel importante para se obter uma mistura homogênea e de alta qualidade.

O tamanho e formato das partículas afetam diretamente como os ingredientes se misturam, enquanto a densidade das partículas influencia a compressibilidade e a fluidez da mistura.

Aspectos químicos como potência, pureza, pH, reatividade e estabilidade são cruciais para garantir a eficácia e estabilidade dos premixes, e consequentemente, da ração final.

Mudanças na portaria SDA n° 798

Em maio de 2023 a Portaria SDA nº 798 foi oficialmente publicada e a partir de junho de 2023, os estabelecimentos iniciaram os processos de adequações com prazo final de implantação até 28 de novembro de 2023.

De maneira geral, todos os estabelecimentos autorizados a produzir alimentos para nutrição animal se adequaram nesse período seguindo uma série de orientações do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento.

A fabricação de rações é regulamentada por legislação específica que visa assegurar seu adequado funcionamento e o emprego correto de medicamentos na alimentação animal.

Atualmente, a Portaria SDA nº 798, de 10 de maio de 2023, estabelece as diretrizes vigentes nesse contexto. Em vigor desde 1º de junho de 2023, a portaria trouxe alterações significativas no âmbito da produção de rações, incluindo a implementação de programas sanitários elaborados por médicos veterinários e sujeitos a revisões semestrais.

Em termos de mistura ou avaliações de qualidade de mistura, as alterações que a Portaria SDA nº 798 trouxe modificações no método de avaliação, anteriormente era adotado somente a avaliação do coeficiente de variação no teste homogeneidade de mistura independente se era realizado o teste direto ou indireto de homogeneidade.

O teste de homogeneidade de misturas é um processo fundamental que deve ser conduzido através da contagem de partículas e do coeficiente de variação.

O coeficiente aceitável passou de 5% para 10%, com interpretação dos resultados conforme descrito na tabela abaixo (Tabela 1).

O método de avaliação por contagem de partículas metálicas é feito em uma amostra de ração e a leitura dos resultados deve indicar a proporção do que foi recuperado. Geralmente essas partículas são adicionadas no processo de mistura da ração, uma amostra representativa é coletada e analisada.

Com base na análise dos resultados, a concentração das partículas recuperadas é avaliada com testes de probabilidade que deverá estar dentro do limite aceitável maior ou igual a 5%.

Quando se fala do método de concentração de substâncias ela considera somente a avaliação e mistura pelo valor do coeficiente de variação.

de avaliação

Contagem de partículas metálicas

Concentração da substância

Para isso, um componente que já existe na formulação da ração é escolhido, podendo ser um aminoácido ou um determinado mineral, após o processo de mistura uma amostra é coletada e analisada.

Na leitura da concentração desse determinado componente, a avaliação dos valores obtidos deve ter um coeficiente de variação menor ou igual a 10%.

Para a limpeza de linha, destaca-se a modificação em relação à normativa anterior, que determinava limite de 1,0%, porém com essa alteração passou a ser até 2,5% de concentração do princípio ativo para que o estudo seja considerado satisfatório.

expressos

Limite aceitável

Probabilidade (P) ≥ 5%

Coeficiente de variação (CV) < 10%

Tabela 1. Interpretação dos resultados dos testes de homogeneidade.
Fonte: Portaria SDA nº 798, de 10 de maio de 2023.
Método
Valores

Quanto aos treinamentos, estes se tornaram obrigatórios para todos, incluindo médicos veterinários prescritores, gerentes, supervisores, colaboradores, responsáveis técnicos dos estabelecimentos e produtores rurais.

Tais treinamentos abordam a utilização responsável de medicamentos e produtos medicamentosos, bem como a conscientização sobre seu uso e a mitigação da resistência aos antimicrobianos, alinhados ao programa de boas práticas de fabricação.

Considerações finais

Qualidade de mistura de rações de animais de produção é uma das variáveis que impactam grandemente o desempenho zootécnico, sendo assim, ter atenção durante o processo é um ponto importante e que faz diferença.

Os estabelecimentos autorizados a produzir alimentos para animais devem cada vez mais seguir regulações que garantem que o material produzido será de qualidade.

As adequações realizadas pelo MAPA na Portaria SDA nº 798, trazem consigo uma série de detalhes que melhoram as avaliações do processo de mistura e asseguram qualidade do que está sendo produzido e será colocado a campo.

Qualidade de mistura na produção de rações e as mudanças na portaria SDA nº 798 BAIXAR EM PDF

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