Revista nutriNews Brasil 4º Trimestre - 2024

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Vol. 22 núm. 4 (2024)

BENEFÍCIOS E DESAFIOS NO USO

DE ENZIMAS E ADITIVOS FITOGÊNICOS NA NUTRIÇÃO DE AVES, SUÍNOS E CÃES

Linha de enzimas

PERSPECTIVAS 2025: GEOPOLÍTICA, CLIMA E EXPANSÃO DA NUTRIÇÃO ANIMAL NO BRASIL

Ao encerrarmos 2024, o setor de nutrição animal no Brasil se encontra em um momento decisivo.

As condições econômicas globais, aliadas a fatores como geopolítica, mudanças climáticas e demandas por sustentabilidade, trazem tanto desafios quanto oportunidades para os profissionais e empresas da área.

O crescimento do mercado de nutrição animal, impulsionado por inovações tecnológicas e pela integração entre lavoura, pecuária e floresta, é um reflexo da capacidade do Brasil de se adaptar e superar adversidades.

As estimativas do Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal (Sindirações) apontam para um aumento de 2% na produção de rações em 2024, com perspectivas ainda mais promissoras para 2025. Esses números, embora animadores, exigem estratégias assertivas para manter a competitividade em um ambiente de alta volatilidade.

Cenário global e desafios locais

As tensões geopolíticas continuam a impactar os fluxos de exportação e importação de grãos, matéria-prima essencial para a nutrição animal. A guerra na Ucrânia e as incertezas relacionadas às eleições nos Estados Unidos reacenderam discussões sobre acordos comerciais e segurança alimentar.

Para o Brasil, que figura como líder na produção de farelo de soja e milho, a competitividade global depende da eficiência logística, da redução de custos e do alinhamento às exigências de mercados internacionais.

No plano doméstico, os desafios climáticos, como as chuvas excessivas no Rio Grande do Sul e o atraso no plantio em outras regiões, comprometem a oferta de milho e soja, elementos cruciais para a produção de rações.

Ao mesmo tempo, o aumento do uso de milho na produção de etanol e a expansão do biodiesel reforçam a necessidade de um equilíbrio cuidadoso entre as demandas do agronegócio e da indústria de combustíveis renováveis.

Sustentabilidade e tecnologia como alicerces

Se 2024 foi o ano de consolidar práticas sustentáveis, 2025 será o de expandi-las. A integração entre lavoura, pecuária e floresta segue como um dos pilares para fortalecer a sustentabilidade no setor, ao mesmo tempo em que impulsiona a produtividade. Tecnologias voltadas ao bem-estar animal e ao controle de resíduos, como a mitigação de micotoxinas, continuarão a ter um papel central na agenda da nutrição animal.

Nesse contexto, as expectativas para o setor avícola são especialmente promissoras. A produção de carne de frango deve crescer 1,9% em 2025, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), favorecida pela redução nos custos de produção e pela expansão das exportações.

Para a suinocultura, o cenário também é otimista, com o Brasil ampliando sua presença internacional em meio às incertezas causadas pela Peste Suína Africana em outros países.

A importância da adaptação

O setor de nutrição animal brasileiro tem mostrado resiliência e capacidade de adaptação diante de desafios. No entanto, o sucesso futuro dependerá de investimentos contínuos em inovação, estratégias comerciais bem definidas e uma abordagem integrada que considere as demandas dos mercados interno e externo.

Ao olharmos para 2025, a nutrição animal se apresenta não apenas como uma indústria essencial, mas como um elemento estratégico para a segurança alimentar global e o desenvolvimento sustentável. Estamos prontos para fazer parte desse movimento?

A nutriNews seguirá trazendo análises e perspectivas para auxiliar nossos leitores a navegar por esse cenário desafiador e, ao mesmo tempo, repleto de oportunidades. Que o próximo ano seja marcado por crescimento, inovação e fortalecimento do setor!

EDITOR

AGRINEWS

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ISSN 2965-3371

A revista nutriNews Brasil é uma publicação nacional, editada em português, cujo editorial é direcionado à nutrição animal, incluindo nutricionistas, fábricas de ração e alimentos para animais, instituições de ensino, sindicatos, empresas e o Ministério da Agricultura e Pecuária. Os artigos, bem como informes publicitários não expressam a opinião dos editores. É proibida a divulgação total ou parcial de conteúdos publicados sem a autorização dos editores.

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CONTEÚDOS

Opinião do especialistaNutrição de peixes de cultivo: otimizando o crescimento sustentável 06 10 16 04

Francisco Medeiros Presidente executivo da Associação Brasileira da Piscicultura (Peixe BR)

ECOBIOL® – Uma cepa, muitos benefícios

Equipe técnica Evonik

Algas marinhas na alimentação de aves: uma estratégia sustentpavel que melhora a qualidade do produto final

Letícia Aline Lima da Silva e Vinício dos Santos Cardoso Universidade Estadual de Maringá

BRONCHOVEST®: a solução natural para suporte aos desafios respiratórios e térmicos na produção animal

Equipe técnica Biochem

As exportações de grãos em 2024

Como atender à crescente demanda por proteínas livres de antibióticos? 20 40

Jean Carlo Budziak Eng. Agrônomo, responsável pela área de Inteligência de mercado na ANEC

Equipe técnica Agroceres TABELA DE ENZIMAS & FITOGÊNICOS

Edição Brasil 25

Propriedades e benefícios da curcumina na alimentação de pets

Camilla Mariane Menezes

Souza

Zootecnista, Doutora em nutrição de cães e gatos

P&D e Inovação em Pet Food

Saúde e metabolização

hepática: como otimizá-las e assim melhorar o desempenho de leitões em fase de creche?

Ana Paula Pavaneli e Eduardo Raele

MV, Msc, PhD Consultor técnico de suínosNuproxa Switzerland Ltd

O Brasil

Conheça as particularidades Halal para nutrição animal

Yuri de Gennaro Jaruche Auditor Técnico CDIAL Halal - Autoridade de Certificação

Esporo bacteriano, o mais resistente dos probióticos

Fabrizio Matté, Patrick Yuri Roieski e Luiz

Eduardo Takano

Equipe técnica Vetanco

Benefícios e desafios no uso de enzimas e aditivos fitogênicos na nutrição de aves, suínos e cães

Renata B. M. S. Souza1,a; Laiane da S. Lima1,a; Maria L. B. Mariani1,b; Vivian I. Vieira1,b; Ananda P. Felix1,a; Alex Maiorka1,b

Universidade Federal do Paraná, Curitiba, PR, Brasil; Programa de pós-graduação em ciências veterinárias; Programa de pós-graduação em zootecniab

Escolha sua fonte de potássio com sabedoria

Jorge Castro

Gerente de Serviços Técnicos LATAM, Nutrição Animal Arm & Hammer

OPINIÃO DO ESPECIALISTA

Francisco Medeiros

Presidente executivo da Associação

Brasileira da Piscicultura (Peixe BR)

NUTRIÇÃO DOS PEIXES DE CULTIVO: OTIMIZANDO O CRESCIMENTO SUSTENTÁVEL

OBrasil produziu 887.029 toneladas de peixes de cultivo em 2023, com crescimento de 3,1% sobre o resultado do ano anterior (860.355 toneladas), mostra o Anuário da Associação Brasileira da Piscicultura (Peixe BR).

Esse resultado denota o consistente avanço da atividade desde 2014, quando a Peixe BR foi criada para reunir empresas dos mais variados segmentos da cadeia produtiva, objetivando o fomento, a defesa e a valorização do setor.

O avanço ocorreu em várias frentes – inclusive na nutrição, além da genética, da sanidade, do manejo e dos equipamentos. A profissionalização evolui rapidamente e os resultados produtivos comprovam esse crescimento.

Sendo a alimentação o item de maior custo para os produtores, o investimento tem de ser correto, com o uso de insumos de qualidade, específicos para as diferentes fases do ciclo de produção, considerando também as necessidades dos peixes em cada período de criação e em cada época do ano, além do manejo eficiente e do controle sanitário indispensável.

Com essa atenção à nutrição, a piscicultura brasileira avança em conversão alimentar. E isso significa maior produtividade na criação e também alimentos de melhor qualidade para atender à crescente demanda.

Ao mesmo tempo em que avança nas boas práticas, a piscicultura brasileira encontra o seu caminho. A tilápia e os peixes nativos representam as espécies mais importantes. Com isso, a atividade está presente em todo o país, oferecendo alimentos saudáveis para a população e, inclusive, ganhando espaço no mercado internacional.

O consumo de peixes de cultivo proporciona inúmeros benefícios à saúde, como a contribuição para prevenção de doenças cardiovasculares, fortalecimento dos ossos, além de ser um alimento rico em proteínas, vitaminas e propriedades antioxidantes.

A Organização Mundial da Saúde recomenda o consumo de peixes ao menos três vezes na semana.

Você já comeu peixe nesta semana?

Nutrição dos peixes de cultivo: otimizando o crescimento sustentável BAIXAR EM PDF

ECOBIOL® – UMA CEPA, MUITOS BENEFÍCIOS

Equipe técnica Evonik

Uma das causas mais comuns para o desequilíbrio microbiano intestinal é a alta variabilidade na qualidade das matérias-primas da ração, o que leva a um aumento de nutrientes não digeridos no lúmen intestinal.

Isso, por sua vez, pode desencadear um crescimento excessivo de Clostridium perfringens no intestino, causando disbiose, inflamação e estresse oxidativo.

O ambiente resultante dessa disbiose permite o crescimento de outras bactérias oportunistas, como a Escherichia coli.

Esse desequilíbrio na população microbiana causa o rompimento da barreira intestinal e diarreia, ambos responsáveis por perdas econômicas devido à redução das taxas de crescimento e ao aumento dos custos com medicamentos.

Além disso, o controle de Salmonella spp. em aves continua a ser uma preocupação de saúde pública e o desenvolvimento de resistência bacteriana a diferentes antibióticos aumenta a necessidade de medidas alternativas para controlar os patógenos intestinais.

Solução probiótica

O Ecobiol® consiste em uma cepa de crescimento rápido do Bacillus amyloliquefaciens CECT 5940 com uma capacidade inerente de produzir metabólitos secundários e ácido lático, o que pode influenciar as interações entre diferentes populações bacterianas.

Ao promover a relação simbiótica entre nutrição, microbiota intestinal e imunidade, o Ecobiol® melhora o estado geral de saúde dos animais e ajuda os produtores a solucionar desafios de qualidade, segurança alimentar e baixo desempenho.

Como funciona

A maneira pela qual o Ecobiol® mantém um ambiente intestinal equilibrado está em sua capacidade de reagir ao ambiente, principalmente por meio da redução do quorum sensing.

Dependendo das condições do ambiente em que está crescendo, o Bacillus amyloliquefaciens CECT 5940 (Ecobiol®) produz macrolactinas ou ácido lático.

As macrolactinas são metabólitos secundários com forte atividade inibitória contra patógenos. O ácido láctico, um ácido orgânico, favorece a alimentação cruzada de outras bactérias benéficas, aumentando a resistência às bactérias enteropatogênicas.

O Ecobiol® funciona por meio da quebra de quorum sensing

As bactérias se comunicam entre si por meio da produção de diferentes moléculas específicas, um fenômeno denominado quorum sensing .

Um dos grupos conhecidos de moléculas "comunicadoras" é a N-acilhomoserina lactona, que envia às bactérias uma mensagem para que se tornem mais virulentas, produzam toxinas, invadam células, entre outros efeitos.

O bloqueio da comunicação entre essas bactérias patogênicas é chamado de quorum quenching e é mediado por enzimas e moléculas produzidas pelo Bacillus amyloliquefaciens CECT 5940 (Ecobiol®). Esses compostos são capazes de reduzir o impacto dessa comunicação.

Atividade in vitro

O Ecobiol® demonstrou ter uma atividade in vitro significativa contra diferentes cepas de Clostridium perfringens e Salmonella spp.

O Ecobiol® provou ter efeitos positivos em testes in vivo

A eficácia do Ecobiol® in vivo é comprovada, reduzindo as lesões intestinais causadas pelo Clostridium perfringens, além de diminuir a sua eliminação nas fezes o que resulta em menor pressão de infecção no ambiente das aves.

Além do Ecobiol® inibir o crescimento de bactérias patogênicas in vitro e in vivo, ele também favorece a proliferação de bactérias benéficas, como os lactobacilos.

Como usar o Ecobiol®

Para facilitar o uso, o Ecobiol® é compatível com outros aditivos de ração, como coccidiostáticos, melhoradores de desempenho ou ácidos orgânicos, e está disponível em diferentes formas para ser usado em aplicações de ração, premix e água.

Propriedades do Ecobiol®

Composto por Bacillus amyloliquefaciens

CECT 5940 formadores de esporos

Resistente a temperaturas de peletização de até 90 °C por 1 minuto

Resistente ao pH baixo e à bile

Rápida germinação e taxa de crescimento

Mecanismos de ação comprovados:

Produção de macrolactinas e outros metabólitos secundários específicos

Produção de ácido láctico

Sobrevive aos processos de fabricação de ração

Fácil de manusear por trabalhadores em fábricas de ração

O Ecobiol® persiste no intestino por pelo menos 3 dias, garantindo um benefício prolongado para o animal

Favorece o crescimento da microbiota benéfica, como os lactobacilos

Reduz o risco de ter bactérias oportunistas colonizando o intestino

Ecobiol – uma cepa, muitos benefícios BAIXAR EM PDF

ALGAS MARINHAS NA ALIMENTAÇÃO DE AVES: UMA ESTRATÉGIA SUSTENTÁVEL QUE

MELHORA A QUALIDADE

DO PRODUTO FINAL

Letícia Aline Lima da Silva e Vinício dos Santos Cardoso Universidade Estadual de Maringá, UEM

Autilização de algas marinhas na alimentação de aves vem tendo destaque devido aos seus benefícios nutricionais e seu impacto positivo na saúde das aves.

O crescente interesse no uso de algas na nutrição de aves decorre de seu perfil nutricional diversificado, uma vez que estas possuem uma rica variedade de proteínas, lipídios, aminoácidos, vitaminas, minerais e antioxidantes, posicionando-as como um ingrediente coringa para as formulações das rações.

Por ser um ingrediente rico em diversos nutrientes pode ser adicionado a deita em substituição parcial ou total dos ingredientes convencionais, como o milho e o farelo de soja.

Contribui para uma alimentação mais sustentável devido a sua produção ser realizada em pequenas áreas, não necessitando de grande quantidade de recursos terrestres, contribuindo assim para a captura de mais gás carbônico da atmosfera.

Com o aumento do interesse por alternativas alimentares mais ecológicas e nutritivas, o uso de algas na alimentação de aves representa uma inovação e estratégia promissora para a indústria avícola.

Um dos principais destaques da incorporação de macroalgas e microalgas está em seu elevado teor de proteína. Variedades de microalgas como Spirulina e Chlorella exibindo níveis de proteína de até 5070%, superando fontes tradicionais como o farelo de soja.

As algas marinhas podem ser incorporadas na preparação da ração na forma de pó ou farinha após a desidratação, isso facilita a adição na ração por apresentar a mesma consistência que o milho ou soja. Na forma de farinha, a algas podem ser misturadas diretamente nas rações secas ou até mesmo incluída em dietas úmidas.

Além disso podem ser suplementas na forma de pellets ou extratos líquidos, que podem ser adicionados à água de bebida das aves. Dentre as microalgas utilizadas na produção animal, Spirulina (Arthrospira sp.), Chlorella sp. e Schizochytrium sp. são as mais frequentemente utilizadas.

As algas são definidas como organismos aquáticos pertencentes ao reino Protista, e podem ser pluricelulares, apresentando diversas formas e tamanhos. As algas marinhas são divididas em diferentes grupos: Chlorophyta (algas verdes), Phaeophyta (algas castanhas), Rhodophyta (algas vermelhas) e Cyanophyta (algas azuis).

PRINCIPAIS ALGAS

As Chlorophyta, ou algas verdes, são ricas em clorofila, isso faz com que esta auxilie na desintoxicação, ajudando assim na eliminação de toxinas acumuladas no organismo das aves e promovendo uma melhor digestão.

Além disso, são fonte de proteínas vegetais de alta qualidade e aminoácidos essenciais como a lisina, metionina, treonina e valina, que são essenciais para o crescimento e manutenção muscular das aves e são considerados aminoácidos limitantes para aves.

Elas fornecem altas concentrações de cálcio, que é crucial para o desenvolvimento ósseo e a saúde da casca dos ovos, e de ferro que ajuda no transporte de oxigênio no sangue, prevenindo anemias.

Além disso o alto teor de celulose que servem como fibra alimentar, ajudando a regular o trânsito intestinal e promover a saúde do trato gastrointestinal.

São ricas em vitamina A, que contribui para a saúde ocular, crescimento e desenvolvimento de penas, além de manter a integridade das mucosas e da pele, vitamina C que neutraliza radicais livres no corpo das aves, vitamina K, ácido fólico, B12 que auxiliam na produção das células sanguíneas.

Os principais carotenoides são a luteína e a zeaxantina que são antioxidantes que protegem as células dos danos causados pelos radicais livres, para aves expostas ao estresse ambiental ou térmico.

Algumas algas verdes, como Codium, possuem polissacarídeos sulfatados, que são compostos que podem ter efeitos benéficos na saúde das aves.

Esses polissacarídeos podem agir como anti-inflamatórios e imunomoduladores, ajudando a fortalecer o sistema imunológico das aves. As algas verdes mais utilizadas na alimentação de aves são Chlorella sp., Ulva sp., Volvox sp. e Cladophora sp.

A alimentação de frangos de corte com microalgas verdes de água doce Chlorella vulgaris a 1,55 g / kg aumentou o desempenho de crescimento e o rendimento de carne de peito.

Já as Phaeophyta, ou algas castanhas, contêm altas concentrações de iodo, ácido algínico, fibras e carboidratos.

O iodo é um mineral essencial para o bom funcionamento da glândula tireoide, que regula o metabolismo das aves, auxiliando a manter o equilíbrio hormonal, promovendo uma boa saúde geral, e pode ser especialmente benéfico para aves em períodos de maior exigência metabólica, como durante a reprodução ou muda de penas.

O ácido algínico, uma substância que tem propriedades gelificantes e que pode ajudar na digestão, promovendo a eliminação de toxinas no trato intestinal das aves, pois atua como uma forma natural de controle de pH no intestino.

Outras propriedades da alga castanha é que ela contém imunomoduladoras e antioxidantes como os fucoidanos que são polissacarídeos sulfatados e a fucoxantina um carotenoide.

As algas castanhas possuem também uma grande quantidade de ácidos graxos poliinsaturados, como os ácidos eicosapentaenoico (EPA) e docosahexaenoico (DHA), que são importantes para a função cerebral, a saúde cardiovascular das aves e o enriquecimento da carne de ovos com esses ácidos graxos.

A principal forma de armazenamento de energia das algas castanhas é na forma de laminarina (polissacarídeo), o qual as aves não digerem completamente, porém ela pode ser fornecida como fonte de energia para as aves.

As principais algas marrons utilizadas são as Fucus vesiculosus, Ascophyllum nodosum, Laminaria e Sargassum. Ao utilizarem a farinha de algas marinhas secas F. vesiculosus, para galinhas poedeiras foi observado um aumento no teor de proteína bruta e carotenoides na gema de ovo.

Além disso foi observado uma uma diminuição significativa no nível de gordura bruta do fígado e o nível de eritrócitos, hemoglobina e eritrócitos apresentaram um aumento (Buryakov, 2023).

As Rhodophyta, ou algas vermelhas, são fontes ricas em ácidos graxos essenciais, como o ômega-3, principalmente o ácido eicosapentaenoico e o ômega-6, que auxilia na manutenção da saúde celular e na melhoria do perfil lipídico das aves.

O consumo desses ácidos graxos pelas galinhas poedeiras pode contribuir para a qualidade das cascas dos ovos, tornando-as mais resistentes e melhorando sua durabilidade, diminuir o teor de lipídios da gema e aumentar o teor de proteína e ômega-3 na gema.

As algas vermelhas são fontes de vitaminas importantes, como a vitamina B12, que é essencial para o metabolismo das aves e auxilia na formação de células sanguíneas e no funcionamento adequado do sistema nervoso, sendo particularmente importante para o crescimento saudável de frangos de corte e para a manutenção da saúde geral das galinhas poedeiras, especialmente em condições de alta produção de ovos.

Outro benefício das Rhodophyta é seu alto conteúdo de antioxidantes, como a vitamina C, vitamina E e os polifenóis, que ajudam a fortalecer o sistema imunológico das aves, tornando-as mais resistentes a doenças e infecções.

Sendo assim, as ficocianinas têm sido associadas a benefícios como a melhoria da função imunológica e proteção contra o estresse oxidativo, ajudando a reduzir danos celulares nas aves e contribuindo para a saúde geral.

Em relação aos polissacarídeos as algas vermelhas são ricas em agar e ácido algínico. O agar é utilizado na produção de alimentos e suplementos e tem efeitos prebióticos no trato intestinal das aves, promovendo o crescimento de bactérias benéficas e melhorando a digestão.

Já o ácido algínico tem efeitos detoxificantes e pode ajudar na eliminação de metais pesados e toxinas do organismo das aves. A alga mais utilizada desse grupo na alimentação de aves é a Porphyra (também conhecida como nori).

Ao utilizar extratos aquosos de Porphyra dioica, para avaliar o retardamento do apodrecimento e a oxidação do peito de frango ao longo do armazenamento, foi observado que os peitos de frangos que receberam o tratamento com alga, apresentou o menor teor de oxidação lipídica, menor crescimento bacteriano e maior estabilidade da cor quando comparados ao tratamento sem algas (Reboleira et al.,2020)

As algas vermelhas são ricas em ficobiliproteínas, que incluem pigmentos como ficocianinas e ficoritrinas, estes pigmentos dão à alga sua coloração vermelha, bem como possuem propriedades antioxidantes, anti-inflamatórias e imunomoduladoras.

As Cyanophyta, ou algas azuis, destacam-se pelo alto conteúdo de proteínas e clorofila, além de compostos bioativos que promovem a saúde digestiva e respiratória.

Elas contêm cerca de 50-70% de proteína em massa seca, o que as torna uma excelente fonte de proteína vegetal e possuir altos teores de aminoácidos essenciais, como lisina, metionina e leucina, são importantes para o crescimento e a manutenção dos tecidos musculares.

As Cyanophyta possuem ácidos graxos essenciais, incluindo os ácidos graxos poli-insaturados, como o ômega-3 (ácido linolênico) e ômega-6.

As cianobactérias são ricas em carotenoides, como a betacaroteno, que é um precursor da vitamina A, esta que é essencial para a visão, saúde da pele e do sistema imunológico das aves. Além de serem fonte de várias vitaminas, especialmente do complexo B, incluindo vitamina B12 (cobalamina), riboflavina (B2), niacina (B3) e ácido fólico (B9).

As Cyanophyta contêm polissacarídeos como a cianoficocelulose, que tem efeitos prebióticos. Estes compostos favorecem o crescimento de bactérias benéficas no trato intestinal das aves, promovendo a saúde digestiva e a absorção eficiente de nutrientes.

A presença desses polissacarídeos também pode melhorar a função intestinal e a resistência a doenças gastrointestinais. Além disso a cianobactérias possuem uma alta concentração de ácidos nucleicos, como RNA e DNA, que são importantes para a regeneração celular e o crescimento.

As principais algas azuis utilizadas na alimentação das aves são Spirulina (Arthrospira platensis e Arthrospira maxima), Aphanizomenon flos-aquae e Nostoc

A spirulina plaquensis a 0,25–1,0% em rações de frangos de corte melhorou significativamente o desempenho de crescimento, incluindo peso corporal, ganho de peso corporal e taxa de conversão alimentar (Park et al.,2018).

A utilização de algas marinhas na alimentação de aves representa uma estratégia promissora e sustentável para melhorar a qualidade nutricional das rações e promover a saúde avícola.

A inclusão de algas pode reduzir a dependência de ingredientes convencionais como o farelo de soja e ajudar a diversificar as fontes alimentares, melhorando a produção de carne e ovos de forma eficiente. Por possuir diversas espécies com diferentes propriedades podem ser utilizadas para inúmeras finalidades.

Algas Marinhas na Alimentação de Aves: Uma Estratégia Sustentável que Melhora a Qualidade do Produto Final BAIXAR EM PDF

Referências sob consulta junto ao autor

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Melhora a digestibilidade do alimento.

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BRONCHOVEST®: A

SOLUÇÃO NATURAL PARA SUPORTE AOS DESAFIOS RESPIRATÓRIOS E TÉRMICOS NA PRODUÇÃO ANIMAL

ABiochem possui em seu portfólio o produto BronchoVest®, um aditivo composto pelos óleos essenciais de eucalipto e hortelã e por cristais de mentol. BronchoVest® foi cuidadosamente desenhado para oferecer suporte às funções respiratórias dos animais.

Equipe técnica Biochem

Podendo ser administrado via spray ou água de bebida, com rápida absorção via mucosas, o produto é ideal para aplicações pontuais, em momentos de desafio aos animais.

A composição de BronchoVest® oferece o suporte ao sistema respiratório dos animais, atuando preventivamente na redução dos efeitos negativos dos desafios respiratórios e situações de estresse por calor.

Sendo assim, fica clara a ação sinérgica dos ingredientes de BronchoVest, que possuem características que se complementam para apoiar as funções respiratórias e o bemestar animal.

O óleo de eucalipto, com alta concentração do princípio ativo 1,8-cineol, ajuda a melhorar as funções pulmonares. Ele restaura a atividade natural do epitélio respiratório e diminui o acúmulo de muco nos bronquíolos.

O óleo de hortelã regulariza a produção excessiva de muco, aumentando o uxo de ar para os pulmões.

Os cristais de mentol têm efeitos em receptores sensoriais especí cos, trazendo sensação de refrescância, em especial em situações de estresse por calor.

Os primeiros estudos com BronchoVest® foram realizados com aves. Estes demonstraram, dentre os principais benefícios, redução dos efeitos negativos respiratórios frente a desafios, padronização da titulação vacinal quando usado após a vacinação, redução das reações pós-vacinais, redução das perdas em frigorífico e melhoria do desempenho zootécnico de frangos de corte, reprodutoras pesadas e postura comercial.

Saúde

Mais recentemente, no Brasil, foram realizados estudos com suínos em creche, crescimento e terminação, que resultaram em redução da frequência respiratória pós-parto das matrizes, redução da necessidade de medicação dos leitões em creche, redução dos efeitos negativos respiratórios frente a desafios para animais em creche e engorda, redução da mortalidade dos leitões e melhor desempenho zootécnico para as categorias avaliadas.

De forma semelhante, para bezerros, o uso de BronchoVest® levou à melhor status geral de saúde e redução da necessidade de medicação.

Como conclusão geral, BronchoVest®, aplicado tanto por água de bebida ou spray, possui eficácia comprovada, podendo levar à melhoria do bem-estar dos animais e dessa forma favorecer a expressão do potencial genético para desempenho.

BRONCHOVEST®: a solução natural para suporte aos desafios respiratórios e térmicos na produção animal BAIXAR EM PDF

AS EXPORTAÇÕES DE GRÃOS EM 2024

Este ano foi marcado por incertezas na produção das principais commodities agrícolas. As projeções iniciais da safra de soja foram otimistas, mas passaram por revisões devido às condições desfavoráveis de plantio.

No caso do milho, previa-se uma redução da área plantada por conta dos preços menos atrativos para os produtores. Apesar disso, as exportações seguiram como esperado, embora fiquem abaixo dos volumes recordes de soja e milho alcançados em 2023.

As exportações de soja iniciaram o ano impulsionadas devido a negociações realizadas no ano anterior e mantiveramse acima do mesmo período até outubro, encerrando o mês com 93,6 milhões de toneladas exportadas, em comparação com 92,9 milhões no ano anterior.

Em novembro, espera-se uma desaceleração significativa, com o fechamento do mês estimado em 96,4 milhões de toneladas.

Até o final de outubro, a China foi o maior comprador, representando 76% desse volume, seguida pela Espanha, com 4%, e pela Tailândia, com 3%. A previsão total para o ano é de 98 milhões de toneladas exportadas da oleaginosa.

Como previsto, as exportações de milho este ano serão menores em relação ao ano passado, com o programa brasileiro estimado em 39,5 milhões de toneladas.

Em 2023, a China teve destaque, importando quase 17 milhões das 55,6 milhões de toneladas exportadas e liderando como principal destino. Este ano, com melhores estoques, o país reduziu as importações.

Até o final de outubro, o Egito e o Vietnã lideraram com 11% cada, seguidos pelo Irã com 9%, enquanto a China ficou em sexto lugar, com 6%.

Até outubro, as exportações de farelo de soja somaram 19,3 milhões de toneladas, e com a previsão para novembro, devem atingir 21,2 milhões de toneladas. Os principais destinos são a União Europeia, seguida de países asiáticos como Indonésia, Tailândia e Vietnã.

Neste ano, o futuro das exportações de soja e farelo de soja para a União Europeia esteve em xeque devido à European Union Deforestation Regulation (EUDR), cuja vigência, inicialmente prevista para 1º de janeiro de 2025, foi prorrogada por mais um ano após intervenções de diversos setores, inclusive de membros do bloco europeu.

A decisão trouxe alívio ao mercado, que agora terão mais tempo para ajustar suas operações e atender às exigências da nova lei. Mesmo assim, a regulamentação continua a gerar preocupação sobre a continuidade do fornecimento de soja e farelo para a UE.

Mercado

Estima-se que o custo do produto em conformidade com a EUDR tenha um aumento de 5 a 10% para o consumidor europeu, enquanto o produto que não atender aos critérios poderá ser destinado ao mercado interno ou a países asiáticos, conforme ilustrado no Gráfico 1

Gráfico 1 - Principais destinos das exportações brasileiras de farelo de soja em 2024

Para o próximo ano, as perspectivas indicam que o Brasil terá o potencial de bater recordes de produção e exportação de grãos, especialmente se a produção alcançar as estimativas de até 170 milhões de toneladas de soja.

No entanto, essa expansão na oferta de commodities, somada à maior concorrência internacional, pode manter a pressão sobre os preços. O cenário exigirá dos produtores e exportadores brasileiros estratégias de comercialização e eficiência logística.

Fonte: Cargonave, elaborado por ANEC.

Além disso, a manutenção da qualidade dos produtos e o compromisso com práticas sustentáveis serão essenciais para atender às demandas dos principais mercados e manter a competitividade no cenário global, reforçando a posição do Brasil como um dos maiores fornecedores mundiais de grãos.

As exportações de grãos em 2024 BAIXAR EM PDF

Indonésia
Tailândia Irã

Por que oferecer colina e vitaminas B microencapsuladas às vacas em fase de transição?

problemas de saúde na transição

Saiba mais:

EDIÇÃO BRASIL

ESPÉCIE/S RECOMENDAÇÃO DE USO

COMPOSIÇÃO DOSE

Administrar diretamente na dieta dos animais, no misturador. Para dietas extrusadas usar aplicação líquida após processamento.

Aves, suínos, peixes e entre outras espécies.

Doses variáveis quanto a idade e espécie/ fase. Recomenda-se contatar um colaborador AB Vista.

Endo-Xilanase

ATIVIDADE ENZIMÁTICA

PRODUTO

Xilanase

Econase XT

Quantum Blue Fitase Fitase

RECOMENDAÇÃO

ESPÉCIE/S

DOSE

COMPOSIÇÃO

ATIVIDADE ENZIMÁTICA

100g/ton

Complexo multienzimático composto de xilanase, β -glucanase, celulase, arabinofuranosidase e 1.000 FTU de fitase.

Endo-1,4-xilanase, Endo-1,3(4) β -glucanase, 6-fitase, Arabinofuranosidase

Incorporação na ração

Todas espécies animais

50g/ton 25 g/500 FTUs

Complexo multienzimático composto de xilanase, β -glucanase, celulase e arabinofuranosidase. Fitase

Endo-1,4-xilanase

Endo-1,3(4) β -glucanase Arabinofuranosidase 6-fitase

PRODUTO

375 a 500g/ ton. Melhora no desempenho zootécnico e oportunidade de redução de custo

Frangos de Corte, Matrizes e Postura

375 a 500g/ton

Complexo Multienzimático composto de: Fitase, Xilanase, Amilase, Protease Ácida e Protease Neutra

6-fitase, Endo-1,4xilanase, Alfa-amilase, Protease Ácida e Protease Neutra

AgZyme

RECOMENDAÇÃO DE USO

Rações contendo ingredientes vegetais e/ou animais de aves e suínos. Atua melhorando a digestibilidade da proteína dos ingredientes.

ESPÉCIE/S

Aves e suínos

Rações de aves e suínos, hidrolisando o fitato de forma mais rápida e eficiente aumentando a disponibilidade de fósforo e reduzindo uso de fosfato.

Aves e suínos

DOSE

PRODUTO ATIVIDADE ENZIMÁTICA COMPOSIÇÃO

ProAct 360™ Protease Protease de 2ª geração 50 g/ton de ração

HiPhorius™ Fitase 6-fitase de 4ª geração 1000 FYT/kg de ração

Aumenta a digestibilidade do amido, principalmente os de digestibilidade mais lenta proporcionando melhor eficiência enegética para os animais.

Aves e suínos

RONOZYME® HiStarch Alfa-amilase Amilase 90 g/ton de ração

Rações ricas em polissacarídeos não amiláceos, principalmente arabinoxilanos solúveis e insolúveis.

Frangos, perus, poedeiras, leitões, suínos reprodutores e matrizes suínas

100200 g/t de ração

Endo-1,4-β-xilanase: 1.000 FXU/g

RONOZYME® WX Xilanase

Recomendado para rações ricas em polissacarídeos não amiláceos, principalmente β-glucanos, arabinoxilanos e celulose.

Também comercializada em forma líquida com uma dose de 100-125 ml/t.

Frangos de corte, perus de corte, poedeiras e leitões de até 35kg de peso vivo

100 a 125 g/t de ração

1. Endo-1,4-β-xilanase: 2.700 U/g ou ml

2. Endo-1,3(4)-β- glucanase: 700 U/g ou ml

RONOZYME® MultiGrain Xilanase, β -glucanase

3. Endo-1-4-β-glucanase (celulase): 800 U/g ou ml

Indicado para inclusão em rações que contenham mais de 0,23% de ácido fítico.

Hidrolisa os fitatos, melhorando a digestibilidade das dietas e aumentando o desempenho animal.

A hidrólise parcial ou total dos fitatos fornece aos animais nutrientes essenciais como o fósforo, o cálcio, outros minerais, aminoácidos, energia e mio-inositol.

Frangos de corte e leitões de até 35kg de peso vivo

200350 g/t de ração

Também comercializada em forma líquida com o dobro de concentração e uma dose de 75 a 100 g/t de ração.

Sua inclusão nas rações melhora a digestibilidade e o aproveitamento das proteínas provenientes dos cereais, das leguminosas e oleaginosas.

Hidrolisa estas proteínas, complementando a ação das enzimas digestivas.

Frangos de corte

200 g/t de ração

1. Endo-1,3(4)-β- glucanase: 50 FBG/g* 2. Pectinase: 5.000 PSU/g

RONOZYME® VP β -glucanase, Pectinase

Serino-protease: 75.000 PROT/g

RONOZYME® ProAct Protease

É compatível com outras enzimas da gama RONOZYME da DSM.

Indicado para inclusão em rações que contenham mais de 0,23% de ácido fítico.

Hidrolisa os fitatos, melhorando a digestibilidade das dietas e aumentando o desempenho animal.

A hidrólise parcial ou total dos fitatos fornece aos animais nutrientes essenciais como o fósforo, o cálcio, outros minerais, aminoácidos, energia e mio-inositol.

Também comercializada em forma líquida com o dobro de concentração e uma dose de 75 a 100 g/t de ração.

Frangos de corte, poedeiras, perus e outras aves de produção, leitões, suínos em terminação e matrizes suínas

100-300 g/ton de ração Líquida: 75-150 g/ton de ração

RONOZYME® HiPhos Fitase 6-fitase: 10.000 FYT/g

Primeira α-amilase pura (EC 3.2.1.1), registada na UE para vacas leiteiras (n.º 4a21), produzida por Bacillus licheniformis (DSM 21564), que melhora a eficiência alimentar e a produção de leite.

Aumenta a digestibilidade do amido dos cereais, principalmente em dietas à base de milho e sorgo, fornecendo mais energia disponível para a flora fibrolítica do rúmen, aumentando a capacidade de digestão das forragens.

Min. 300 KNU/ Kg de alimento completo (ração diária) com umidade de 12%, sem limite máx. Vacas leiteiras

RONOZYME® RumiStarTM α -amilase α-amilase: 160 KNU/g

ESPÉCIE/S RECOMENDAÇÃO DE USO

Enzima protease exógena que aumenta a digestibilidade das proteínas e promove a integridade intestinal em aves e suínos. Disponível exclusivamente através da Jefo do Brasil.

Xilanase bacteriana que atua em arabinoxilanos solúveis e insolúveis, liberando energia e nutrientes de ingredientes vegetais. Produz prebióticos, melhora a saúde intestinal, desempenho, eficiência alimentar e reduz custos em aves e suínos. Disponível exclusivamente através da Jefo do Brasil.

Aves e Suínos

Peixes e camarões

Aves e Suínos

DOSE

COMPOSIÇÃO

PRODUTO ATIVIDADE ENZIMÁTICA

Poultrygrow

125 g/t de ração

125 g/t de ração para aves e suínos

125 a 200 g/t de ração para leitões

Protease, extrato de leveduras e dióxido de silício

Enzynat Pro 125 Protease

175 g/t de ração

100 g/t de ração

Endo-1,4beta xilanase (EC 3.2.1.8)

Enzynat Aqua 175 FP Protease

Enzima para uso em alimentos de aves e suínos

Aves e Suínos

Utilizar de acordo com as recomendações do nutricionista ou como indicado na continuação: Aves: 0,250,50 kg de produto por tonelada de alimento.

Suínos: Sugestão de uso de 0,25 kg (ou conforme recomendado pelo nutricionista) de produto por tonelada de alimento.

Composto a base de protease e esporos de Bacillus licheniformisATCC 53757 e excipientes.

Xilanase bacteriana

Belfeed

Proteolítica

CIBENZA® EP150

RECOMENDAÇÃO DE USO

Via ração. Melhora nos índices zootécnicos, na qualidade interna e externa dos ovos, redução de calo de patas e ovos sujos.

ESPÉCIE/S

DOSE

Reduz a resposta inflamatória e seu custo metabólico. Sem efeitos colaterais, o que permite ser fornecido por períodos prolongados.

Reduz o estresse, inibindo a transmissão nervosa dos sinais de ansiedade ou excitação. Eficaz contra caudofagia, bicadas ou montas.

Frangos de Corte, Matrizes e Postura

1 a 2kg/ton

COMPOSIÇÃO

PRODUTO ATIVIDADE FITOGÊNICA

Ação antimicrobiana, antiinflamatória e antioxidante. Potencializa a saúde intestinal das aves, substituto ao promotor de crescimento e auxiliar no controle da coccidiose. Óleos essenciais, extratos fitogênicos e prebióticos

AgProFito

Flavonoides

Combinação de extratos de plantas padronizados em Flavonoides

ENACOX2®

Flavonoides + terpenos

Combinação de extratos de plantas padronizados em Flavonoides + terpenos.

ENARELAX®

Hepatomodulador. Aumenta a produção e liberação de bílis. Aumenta a absorção de ácidos graxos, vitaminas lipossolúveis e cálcio.

Aumenta a produção de leite e sua % de gordura. Melhora o peso ao desmame e previne mastite.

Consultar a dosificação recomendada com o Departamento Técnico de ENA. Para mais informações, entre em contato com: info@ naturaladditives.eu Todas as espécies animais: monogástricos, ruminantes, aquicultura e pets.

Flavonoides + ácidos cafeoilquínicos

Combinação de extratos de plantas padronizados em Flavonoides + ácidos cafeoliquínicos

ENADETOX®

Flavonoides + terpenos + ácidos cafeoilquínicos

Combinação de extratos de plantas padronizados em Flavonoides + terpenos + ácidos cafeoliquínicos

ENALACT®

Otimiza o Índice de Conversão e ganho de peso durante a etapa de engorda. Melhora o rendimento e qualidade da carcaça.

Estratégia multidirecional para melhorar a saúde intestinal através de efeito bacteriostático, prebiótico e imunomodulador.

Flavonoides + ácidos cafeoilquínicos

Combinação de extratos de plantas padronizados em Flavonoides + ácidos cafeoliquínicos

ENATERM®

Combinação de extratos de plantas padronizados, ácidos orgânico, monoglicerídeos e galactomananos Ácidos orgânicos, monoglicerídeos e galactomananos

ENAGUT®

ESPÉCIE/S RECOMENDAÇÃO DE USO

DOSE

Uso em misturador: de 1 a 3 kg/t de ração. Monogástricos

Suínos

Suínos

Suínos

Uso contínuo: 1kg/t de ração. Uso eventual: 2kg/t de ração.

Uso em misturador: 1kg/t de ração em fêmeas periparto e lactantes. Uso de 1kg/t em leitões até 70 dias de vida. Usar em caso de risco de infecções estreptocócicas.

COMPOSIÇÃO

ATIVIDADE FITOGÊNICA

Óleos essenciais protegidos por componentes técnicos + ácidos orgânicos.

Aditivo de equilíbrio metabólico que contribui para o ótimo desempenho na produção animal.

PRODUTO

PRO

HYGEN

Óleos essenciais e botânicos protegidos por componentes técnicos + minerais quelados.

Aditivo de equilíbrio metabólico que contribui para o ótimo desempenho na produção animal.

PRO LAW

HYGEN

Óleos essenciais e botânicos protegidos por componentes técnicos + monoglicerídeos + ácidos graxos.

Formulado a partir de um complexo de fitosoluções ativas cuidadosamente selecionadas com um efeito sinérgico comprovado, que melhora o desempenho produtivo através da modulação do microbioma respiratório em suínos.

PRO STREPT

HYGEN

Uso em misturador: 2kg/t de ração. Usar em caso de risco durante os distúrbios digestivos e na sua convalescença.

Óleos essenciais e botânicos protegidos por componentes técnicos + minerais quelados.

Formulado a partir de um complexo de fitosoluções ativas cuidadosamente selecionadas com um efeito sinérgico comprovado, que melhora o desempenho produtivo através da modulação do microbioma digestivo em suínos.

Entre em contato com o departamento técnico-comercial de Liptosa para obter informações adicionais.

Aves, coelhos, suínos e ruminantes

Aves: 0,15 a 0,3 cc/L em água de bebida.

Suínos e coelhos: de 0,25 a 0,5 cc/L em água de bebida. Ruminantes e pequenos ruminantes: 0,25 a 0,5 cc/L em água de bebida.

Óleos essenciais e botânicos protegidos pelo sistema LSP (Liptosa Smart Protection). + Monoglicerídeos, ácidos graxos, vitaminas, provitaminas e fonte de salicilatos.

Ajuda a mitigar os efeitos do estresse térmico, fortalecendo os sistemas fisiológicos que facilitam a termorregulação.

Aves e suínos

Aves: de 150 a 300ml/Mt de água de bebida.

Suínos: de 250 a 700ml/Mt de água de bebida. Até 7 dias consecutivos.

Óleos essenciais e botânicos protegidos por componentes técnicos + monoglicerídeos + ácidos graxos.

Apoia o equilíbrio dos processos entéricos e favorece um bom desempenho zootécnico.

Monogástricos e ruminantes

Monogástricos: de 0,25 a 1L/Mt de água de bebida.

Ruminantes: de 0,25 a 0,5L/Mt de água de bebida.

Botânicos, ácidos graxos e produtos de levedura.

Abordagem completa para ajudar a preservar o funcionamento ótimo dos órgãos-chave e as funções metabólicas contra os efeitos das micotoxinas e desequilíbrios nutricionais.

Aves: 0,5 a 0,7 cc/L em água de bebida durante 7-10 dias.

Suínos e coelhos: de 0,5 a 1 cc/L em água de bebida durante 7-10 dias.

Ruminantes e pequenos ruminantes: de 1 a 1,5cc/L em sucedâneo lácteo e de 0,3 a 0,6 cc/L em água de bebida durante 10-15 dias em fase de engorda. Aves, coelhos, suínos e ruminantes

Óleos essenciais e botânicos protegidos pelo sistema LSP (Liptosa Smart Protection). + Monoglicerídeos e ácidos graxos.

Apoio na superação de diversos desafios (ambientais e sanitários) durante a fase de cria, garantindo desempenho e condições ótimas.

Monogástricos

Monoglicerídeos, ácidos graxos de cadeia curta e média, propilenoglicol, aromatizantes e conservantes. 0.51L / 1000L de água de bebida.

Mistura sinérgica de ácidos graxos e botânicos projetada para favorecer o desenvolvimento da microbiota saprófita , exercendo assim um controle efetivo das bactérias Gram +, ao longo de todo o trato intestinal. Em água potável:Para a recepção, pós-vacinação e o estresse de transporte.Para problemas com a qualidade da água e outros.Para as mudanças de ração.É compatível com o uso de antibióticos.

HYGEN

PRO COMPLET

HYGEN PRO RESPIRFRESH

LIPTOCOL

LIPTOSAFE L

COCCILIP

LIPTODAL G+

*Algumas informações associadas aos produtos, sua composição e alegações podem ser diferentes dependendo da região geográfica e não são aplicáveis em todos os países. À Liptosa, reserva-se o direito de adaptar os requisitos e a legislação de cada caso. Também, a marca e nome do produto pode diferir de um país para outro. Entre em contato com nosso departamento técnico-comercial para obter informações adicionais.

ESPÉCIE/S RECOMENDAÇÃO DE USO

DOSE

Aves: 200g500g/ton de ração Suínos: 500g1kg/ton de ração Ruminantes: 5075g/animal/dia ou segundo recomendação do nutricionista

Aves, suínos e ruminantes

Aves: 300500g/ton de ração Suínos: 400600g/ton de ração Ruminantes: 7501kg/ton de ração. 1kg por tonelada de ração para vacas de alta produção de leite ou segundo recomendação do nutricionista

Para maiores informações entrar em contato com a equipe técnica da Natural Remedies.

Aves e suínos

Aves (para prevenção): 1kg/ton de ração ou segundo recomendação do nutricionista

Aves (como suporte): 23 kg/ton de ração Suínos (para prevenção): 12 kg/ton de ração Suínos (como suporte): 23 kg/ton de ração

COMPOSIÇÃO

Acacia nilotica Curcuma longa Soya Lecithin

Emblica officinalis Ocimum sanctum Withania somnifera

Acacia arabica Andrographis paniculata Holarrhena antidysenterica Punica granatumTerminalia bellerica

A taxa de mistura pode ser alterada pelo nutricionista

Aves, suínos e ruminantes

Aves: 300500g/ton de ração Suínos: 400600g/ton de ração Ruminantes: 7501kg/ton de ração. 1kg por tonelada de ração para vacas de alta produção de leite ou segundo recomendação do nutricionista

Andrographis paniculata Boerhavia diffusa Solanum nigrum Phyllanthus amamrus

PRODUTO ATIVIDADE FITOGÊNICA

Kolin Plus Alternativa mais natural à colina sintética.

Adaptógeno e antiestressor.

Phytocee

Stodi Agente aglutinante para fezes soltas.

Aditivo melhorador de desempenho a base de timol e carvacrol para ruminantes, monogástricos e aquacultura.

De acordo a indicação do responsável técnico pela elaboração do alimento ou como sugerido a seguir: Misturar 15 a 60 gramos do produto por tonelada de alimento. Ruminantes, monogástricos e aquacultura

Timol, carvacrol, mono e di-glicerídeos de ácidos graxos, ácido silícico precipitado

Otimizador de desempenho hepático.

Aditivo melhorador de desempenho a base de timol e carvacrol.

Zigbir

NEXT ENHANCE® 150

Disponível em:

COMPOSIÇÃO DOSE ESPÉCIE/S RECOMENDAÇÃO DE USO

Todas as espécies

500g/tn de ração balanceada. Consulte seu técnico da Nuproxa para estabelecer uma dosagem personalizada.

Combinação de fitoativos

ATIVIDADE FITOGÊNICA

PRODUTO

Melhora o rendimento produtivo dos animais através da modulação da microbiota intestinal, redução da inflamação crônica e do estresse oxidativo. Além disso, contribui em grande parte do controle de protozoários intestinais.

250g/tn de ração balanceada. Consulte seu técnico da Nuproxa para estabelecer uma dosagem personalizada.

Combinação de fitoativos

Aditivo natural que melhora o desempenho produtivo dos animais devido ao seu efeito protetor sobre a função hepática, graças à sua atividade antioxidante, desintoxicante e estimulante da secreção biliar.

Incluir na dieta animal de acordo com a orientação técnica.

Aves, Suínos, Coelhos e Ruminantes

Consulte seu técnico da Nuproxa para estabelecer uma dosagem personalizada.

Polifenóis

Antioxidante metabólico natural para a proteção do estresse oxidativo dos animais, contribuindo para a melhora de parâmetros produtivos, reprodutivos e de qualidade da carne. Substituto parcial da Vitamina E sintética, reduzindo o custo de formulação.

Todas as espécies

100-400g/tn de ração balanceada dependendo a espécie e fase de crescimento dos animais. Consulte seu técnico da Nuproxa para estabelecer uma dosagem personalizada.

Combinação de fitoativos

Antioxidante poderoso com ação na redução de todo o estresse encontrado durante a produção dos animais. Atuando na redução do efeito dos radicais livres, estresse oxidativo e muito importante durante as épocas mais quentes do ano para redução do estresse por calor. Possui grande estabilidade, resistindo a todos os processos de produção de alimentos balanceados, como a peletização e extrusão.

RECOMENDAÇÃO DE USO

Sangrovit® ED é um produto seguro, para aplicação em ração, premixes e/ ou concentrados, que pode ser utilizado durante todo o período de produção, não havendo necessidade de período de carência antes do abate.

Sangrovit® WS é um produto seguro, para aplicação via água, que pode ser utilizado de bebida durante todo o período de produção, não havendo necessidade de período de carência antes do abate.

Sangromix® AC é um produto seguro, para aplicação via água de bebida, que pode ser utilizado durante todo o período de produção, não havendo necessidade de período de carência antes do abate.

ESPÉCIE/S

DOSE

COMPOSIÇÃO

ATIVIDADE FITOGÊNICA

PRODUTO

Aves, Suinos, Bovinos, Cavalos, Peixes e Animais de Companhia

Aditivo melhorador de consumo de alimento e saúde intestinal. Extrato de Macleaya cordata e Macleaya cordata desidratadaAves, Suínos, Peixes, Cavalos e Animais de Companhia50 a 150 g/ton de raçãoBovinos400 a 2400 mg/animal/dia

Sangrovit ED

Aves, Suínos e Ruminantes

Aves, Suínos e Ruminantes50 a 100 g por 1.000L de água de bebida.

Aditivo melhorador de consumo de alimento e saúde intestinal. Extrato de Macleaya cordata e Macleaya cordata desidratada

Sangrovit WS

Aves e Suínos

Aves e Suínos100g por 1000L de água de bebida

Extrato de Macleaya cordata e Macleaya cordata desidratada e ácidos orgânicos

Aditivo melhorador de consumo de alimento e saúde intestinal.

Sangromix AC

ESPÉCIE/S RECOMENDAÇÃO DE USO

Produto deve ser misturado nas rações fareladas ou peletizadas, conforme orientação técnica.

Aves, suínos e peixes *Smizyme Phytase TS G5 indicada para peixes.

Produto deve ser misturado nas rações fareladas, conforme orientação técnica.

Aves e suínos

Produto deve ser misturado nas rações fareladas ou peletizadas, conforme orientação técnica.

Aves, suínos e carpas *Smizyme Xylanase Granular 10.000 indicada para carpas.

Produto em pó adicionado ao concentrado ou dieta total.

Ruminantes

O produto deve ser misturado na ração, de acordo com a recomendação do técnico responsável.

Aves, suínos e ruminantes

O produto deve ser misturado na ração, de acordo com a recomendação do técnico responsável.

Aves de corte e postura

DOSE

Conforme orientação técnica / recomendação do fabricante.

COMPOSIÇÃO

100 a 200 g/t de ração

Ou conforme orientação técnica / recomendação do fabricante.

Granular 10.000 UAves e suínos: 100 g/t de raçãoCarpas: 50 g/t de ração Powder 50.000 Utermoestável 20 g/t de ração Ou conforme orientação técnica / recomendação do fabricante.

6-FITASE

ATIVIDADE FITOGÊNICA

PRODUTO

6-fitase: Granular TS G5 10.000 FTU/g Powder 50.000 FTU/g Liquid 10.000 FTU/mL

PROTEASE ÁCIDA E NEUTRA

100 a 200 g/t de ração

0,25 g/kg de matéria seca da dieta ou conforme orientação técnica / recomendação do fabricante.

BETA GLUCANASE, CELULASE, XILANASE

Proetase Ácida e Neutra Powder 50.000 U/g

Smizyme Phytase

Smizyme Protease

Xilanase: Granular 10.000 U/g Powder 50.000 U/g

β -glucanase 2.000 U/g Celulase 300 U/g Xilanase 20.000 U/g

Ou conforme orientação técnica / recomendação do fabricante.

Extrato de castanheira portuguesa (Castanea sativa)Aves: 1 kg/t de raçãoSuínos: 1 a 2 kg/t de raçãoRuminantes: 500 g/t de ração

Kingbrown tem efeito direto sobre o equilíbrio da microbiota intestinal, reduzindo a necessidade de antibióticos melhoradores de desempenho e auxiliando o controle de eimérias. Atua melhorando o status sanitário entérico dos animais, fortalecendo as barreiras físicas e químicas do trato gastrointestinal e aumentando a produção de mucina. Atua como antioxidante natural graças à alta concentração de polifenóis. Melhora significativamente a qualidade das excretas e pode ser utilizado continuamente, sem período de carência.

Smizyme Xylanase

Smizyme Multi-Enzymes for Ruminants

Kingbrown

Até 21 dias: 400 g/t de raçãoApós 21 dias: 250 g/t de ração

Ou conforme orientação técnica / recomendação do fabricante.

Timol, carvacrol e ácido benzoico

Lumigard TCB é um blend de timol e carvacrol padronizados e ácido benzóico. A eficácia desta associação é potencializada pela

VSTAR Technology®, que permite liberar o princípio ativo no lugar certo do trato gastroentestinal. Lumigard TCB auxilia a digestão dos alimentos graças à melhoria da secreção de enzimas digestivas, do equilíbrio da microbiota e controle de enterobactérias.

TCB

Lumigard

ESPÉCIE/S

COMPOSIÇÃO

Aves, suínos, peixes, ruminantes e pet

Óleos essenciais de orégano, óleo essencial de canela microencapsulados e taninos

Ruminantes

Ruminantes

ATIVIDADE FITOGÊNICA

Antioxidante, anti-inflamatório e modulador da microbiota

PRODUTO

Enterosan

Microencapsulado

Óleos essenciais de orégano e óleo essencial de canela microencapsulados, combinados com cúrcuma e taninos

Óleos essenciais de orégano e canela combinados com taninos, cúrcuma, prebiótico, probióticos e minerais orgânicos

Modulador da microbiota ruminal e intestinal

Plus

PhytoRumen

Anti-inflamatório e antioxidante

Aves, suinos, peixes e pet

Óleos essenciais de orégano e canela combinados com taninos, prebiótico, probióticos e minerais orgânicos

Modulador de microbiota, antioxidante e antiinflamatório

PhytoMast

Concentrado

Enterobiosan

Aves, suinos e peixes

Acidificante e modulador de microbiota Ácidos orgânicos, óleos essenciais de orégano e canela combinados com taninos e cúrcuma

Ruminantes

Óleo de Allium sativum (alho), óleos essenciais de orégano, óleo essencial de canela microencapsulados, cúrcuma, taninos e enxofre pecuário

Infestações por ectoparasitas e infecções parasitárias gastrointestinais

Acidosan

Microencapsulado

Aves

Óleo de Allium sativum (alho), óleos essenciais de orégano, óleo essencial de canela, óleo de cravo microencapsulados, cúrcuma, taninos e enxofre pecuário

Infecções parasitárias gastrointestinais

Phyto Repel

Phyto Repel aves

ESPÉCIE/S

COMPOSIÇÃO

ATIVIDADE FITOGÊNICA

Aves e ruminantes

Minerais absorventes, óleos essenciais de orégano, óleo essencial de canela e óleo essencial de eucalipto microencapsulados

Absorvente de umidade ambiental

Suinos

Minerais absorventes, óleos essenciais de orégano, óleo essencial de canela e óleo essencial de eucalipto microencapsulados

Absorvente de umidade ambiental/ corporal e fator impriting

PRODUTO

Phyto Farm Dry

Phyto Pig Farm

Bezerros (as)

Peixes e crustáceos

Modulador da microbiota Óleos essenciais de orégano, óleo essencial de canela e óleo essencial de eucalipto

Aves, suínos e ruminantes

Óleo essencial de cravo, óleo essencial de eucalipto, óleo essencial de canela e óleos essencias de orégano

Óleo essencial de eucalipto e óleo essencial de menta

Aves e suinos

Aves e suinos

Óleo essencial de eucalipto e óleos essenciais de orégano

Ácidos orgânicos, óleos essenciais de orégano, canela e eucalipto

Aves, suinos e peixes

Efeito anestésico

Efeito refrescante e promotor de bem-estar frente ao estresse por calor

Bezerrosan

Calmasan Plus

Agasan

Mucolítico e expectorante

Acidificante e modulador de microbiota

Modulador da microbiota Óleos essenciais de orégano, óleo essencial de canela e óleo essencial de eucalipto

Respirosan

Acidosan Líquido

Enterosan Líquido

COMO ATENDER À CRESCENTE DEMANDA POR PROTEÍNAS LIVRES DE ANTIBIÓTICOS?

Apreocupação da sociedade em relação à resistência do organismo humano aos antibióticos é maior a cada dia. Esse é um caminho sem volta.

Como reflexo, a demanda por aves livres de antimicrobianos cresce rapidamente. Assim, o que parecia algo muito distante há alguns anos, hoje já se apresenta como preferência dos consumidores em mercados ao redor do mundo. Portanto, no futuro próximo, uma produção livre de antibióticos será exigência, já que o consumidor é quem dita as regras do mercado. Diante desse cenário, os nutricionistas assumem papel ainda mais importante na produção destas aves.

Isso porque os ingredientes utilizados nas rações devem passar por controle rigoroso de qualidade e possuir alta digestibilidade, além de criteriosamente balanceados, para modularem a microbiota intestinal e promoverem o bom funcionamento do sistema imunológico.

De qualquer forma, é preciso evitar o equívoco de imaginar que a nutrição será o único fator responsável pelo sucesso dessa produção. Uma combinação de fatores influencia o bom resultado.

Ou seja, a não utilização dos promotores de crescimento deve estar aliada ao aumento dos controles em sanidade e biossegurança, combinada com o uso de produtos alternativos com o objetivo de promover a saúde intestinal, reduzir o risco sanitário e aumentar o desempenho das aves.

Dentre esses produtos, é preciso se atentar como cada um possui o seu diferencial técnico, inclusões e devendo o nutricionista analisar tecnicamente e decidir sobre a melhor solução, considerando o uso combinado ou não de cada produto.

SOLUÇÕES ALTERNATIVAS

Probióticos, prebióticos, ácidos orgânicos e aditivos fitogênicos são alguns exemplos. Vamos aqui nos atentar a este último. Os aditivos fitogênicos são produtos originados das plantas, também conhecidos por fitobióticos ou nutracêuticos. Compreendem uma ampla variedade de ervas, especiarias, e produtos derivados.

Adicionados à dieta, são capazes de aumentar a produtividade, melhorar a qualidade da ração e as condições de higiene, além de melhorar a qualidade dos alimentos derivados desses animais.

Os efeitos de cada produto fitogênico podem ser potencializados quando utilizados em combinação. Diversos estudos disponíveis consideram a associação dos efeitos finais do aditivo, composto por diferentes substâncias bioativas.

Quando adicionados à ração das aves, os produtos fitogênicos, extratos e óleos essenciais fornecem substâncias ativas que podem ter efeito antioxidante, antimicrobiano, anti-inflamatório, antisséptico e imunomodulador, entre outros.

Óleos essenciais proporcionam controle da população intestinal patogênica, enquanto os extratos fitogênicos fortalecem a ligação entre os enterócitos, dificultando a transposição do intestino das aves por possíveis agressores.

A Agroceres Multimix, em seu Núcleo de Tecnologia e Inovação, colocou tais compostos à prova e, após dois anos de pesquisas e trabalhos com frangos de corte, matrizes e aves de postura comercial, comprovou a eficácia e chegou a uma fórmula ideal e de máxima sinergia. Essa associação foi então intitulada agProFito.

Ainda neste cenário de substituição dos antibióticos, outro composto de destaque são as enzimas. Essas moléculas facilitam a digestão de nutrientes e contribuem para uma nutrição mais eficiente e sustentável, mesmo sem antibióticos promotores de crescimento.

A produção de aves livres de antibióticos apresenta desafios aos produtores, que atualmente adotam estratégias distintas com uma diversidade de resultados.

Baseado na disponibilidade de substratos das dietas brasileiras, a Agroceres Multimix elaborou o agZyme, blend enzimático composto por fitase, proteases, xilanase e amilase.

Além de reduzir fatores antinutricionais dos ingredientes, essa associação complementa a ação das enzimas endógenas; assim, o produto maximiza o aproveitamento e a digestibilidade dos nutrientes da dieta e reduz o muco no intestino e os substratos para microrganismos patogênicos.

Desta forma, a ave poupa energia e a direciona para maximizar seu desempenho. O resultado é melhoria no desempenho zootécnico e redução de custos das dietas.

Esta produção cria a necessidade de relações cotidianas mais estreitas, ou seja, maior comunicação e interação entre os responsáveis pela nutrição, manejo, fábrica, incubatório, matrizeiro etc., a fim de identificar problemas e resolvê-los precocemente.

Retirar os antibióticos promotores de crescimento da ração, substituí-los pelos aditivos citados anteriormente e não alterar a forma com que se gerencia toda a produção de aves, certamente não trará os mesmos resultados zootécnicos.

Produzir aves sem antibióticos requer uma revisão aos procedimentos básicos de manejo e biossegurança, evitando os riscos às aves de se contaminarem em qualquer fase de sua vida.

Isto significa que os produtores precisam estar muito conscientes da limpeza de suas operações (desde o incubatório, matrizeiro, fábrica de ração e integração).

Um erro comum na criação destas aves é concentrar-se apenas no controle/ prevenção à coccidiose e clostridiose.

Estes, certamente, são os principais problemas de saúde das aves, mas a realidade é que ambos são consequência e não causa do problema real.

Condições ambientais adequadas, como temperatura ideal, velocidade de ar e umidade relativa de acordo com a idade, são fatores básicos que devem ser consideradas para produzir aves sem estresse.

Aves que sofrem devido ao calor, frio, ar seco ou úmido, excesso de amônia, CO2 etc., podem ter afetados o consumo de ração, a motilidade intestinal, resultando em redução na digestibilidade dos nutrientes.

A boa ventilação do aviário é fundamental para manter a cama seca e minimizar a condensação e a formação de aglomerados que favorecem os problemas sanitários.

É necessário estabelecer um período mínimo de vazio sanitário entre um lote e outro. Este período deve ser o ideal para que se possa fazer a lavagem e desinfecção correta dos equipamentos e perfeita fermentação/troca da cama, além de permitir aos produtores lotes suficientes em um período de um ano para sua viabilidade econômica.

Devido à crescente pressão pela redução dos custos na criação, outro equívoco é aumentar a densidade das aves alojadas.

Mais aves/m2 proporciona piora na qualidade da cama e nas condições atmosféricas do galpão, maior probabilidade de riscos na carcaça, menor peso ao abate, entre outros fatores negativos que levarão a uma maior probabilidade de desafio sanitário.

Oferecer água limpa (reduzir a presença de bactérias), na correta vazão e temperatura, também são fatores importantes, pois devemos lembrar que a ave ingere água na proporção do dobro do que comem.

ESTRATÉGIA NUTRICIONAL

A nutrição das matrizes é fundamental para o desenvolvimento adequado de sua progênie. Além de nutrientes, as matrizes também transferem imunidade e, portanto, é necessário que a saúde intestinal destas aves também esteja adequada.

Como estratégia nutricional, é importante iniciar um programa de alimentação que promova um intestino saudável o mais rápido possível, como a inclusão de AgProSymbios na dieta. Isso porque, estabelecer uma microbiota saudável e em equilíbrio precocemente evita que bactérias indesejáveis se tornem resistentes dentro do intestino.

Existem inúmeros conceitos de como melhorar a produtividade em sistemas de produção de aves sem antibióticos. O ponto mais importante é que a nutrição é tão importante quanto as práticas de manejo, biossegurança, ambiência etc.

Ou seja, é primordial que tenhamos uma visão geral de toda a cadeia. A gestão de cada área pertencente à cadeia, aliada ao conhecimento técnico sobre os principais pilares da avicultura, influencia diretamente na eficácia das combinações dos substitutos aos antibióticos melhoradores de desempenho.

Sem dúvidas é urgente o desenvolvimento de novas tecnologias para substituição dos antimicrobianos melhoradores de desempenho. O êxito, contudo, depende de um trabalho de base.

Um programa de promotores é geralmente definido pelo sanitarista; no caso dos aditivos alternativos, é preciso um trabalho integrado entre nutricionistas e sanitaristas.

Assim, o sucesso no uso dos aditivos não depende apenas do conhecimento técnico na escolha dos aditivos, mas também da eficiência na gestão de todas essas áreas, sendo inviável sem colaboração mútua.

Como atender à crescente demanda por proteínas livres de antibióticos?

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PROPRIEDADES E BENEFÍCIOS DA CURCUMINA

NA ALIMENTAÇÃO DE PETS

Camilla Mariane Menezes Souza Zootecnista, Doutora em nutrição de cães e gatos

P&D e Inovação em Pet Food

Os alimentos funcionais para cães e gatos não se limitam a atender às necessidades nutricionais básicas, mas visam proporcionar benefícios adicionais à saúde dos animais.

Esses produtos podem incluir ingredientes especiais com propriedades que promovem o bemestar, como antioxidantes, fibras prebióticas, ácidos graxos ômega-3, probióticos e nutrientes específicos, como a curcumina encontrada na cúrcuma.

A crescente popularidade desses ingredientes e a tendência de alimentos naturais estão impulsionando pesquisas sobre a eficácia e segurança de sua utilização para a saúde dos pets.

Curcumina: O Potencial da Cúrcuma na Alimentação Pet

A curcumina, um composto bioativo da cúrcuma (Curcuma longa), é um dos principais ingredientes em alimentos funcionais para pets. Famosa por sua cor laranjaamarelada, é usada tanto como corante quanto como aditivo alimentar e tem sido incorporada em alimentos para cães e gatos por seus potenciais benefícios à saúde.

Os extratos comerciais de curcumina também contêm demetoxicurcumina e bis-demetoxicurcumina, conhecidos como curcuminóides. A concentração e proporção desses compostos variam entre os extratos, o que pode afetar a eficácia do produto.

Propriedades nutricionais

Podendo ser obtida por síntese ou extração, a cúrcuma tem seu aroma devido aos terpenóides presentes em seus óleos essenciais, é rica em carboidratos, proteínas, aminoácidos essenciais, e contém macro e micronutrientes como cálcio, potássio, sódio e ferro, além de vitaminas e flavonóides.

Além disso, ela possui o status de "Generally Recognized as Safe" (GRAS) pela FDA, indicando que seu uso como aditivo alimentar é considerado seguro.

Diversas técnicas para a obtenção da curcumina são apresentadas nos dias atuais, como extração Soxhlet, maceração, e métodos avançados como a extração assistida por enzimas, são usadas para obter curcumina. A escolha do método e a qualidade da matériaprima são cruciais para a eficiência e qualidade da curcumina.

Quando usada em alimentos para cães, a cúrcuma pode melhorar a cor e o sabor, e, em doses apropriadas, oferecer benefícios antioxidantes e anti-inflamatórios.

Curcumina: Explorando seus benefícios

Os curcuminóides da cúrcuma, especialmente a curcumina, têm sido amplamente estudados em animais como camundongos, ratos e cães, mas ainda não foram investigados em gatos (KepinskaPacelik et al., 2023).

A curcumina é conhecida por suas potentes propriedades antioxidantes, anti-inflamatórias e antimicrobianas. Ela neutraliza radicais livres e estimula enzimas antioxidantes endógenas, como a superóxido dismutase e a glutationa peroxidase, protegendo as células dos danos causados pelo estresse oxidativo, que está associado a várias doenças crônicas.

Além disso, reduz inflamações ao inibir mediadores pró-inflamatórios e modular vias de sinalização imunológica, como NF-kB. Em cães, ela tem mostrado potencial para aliviar a artrite (Comblain et al., 2016) e doenças intestinais (KepinskaPacelik et al., 2023), além de melhorar a saúde geral (Campigotto et al., 2020).

Também pode ajudar a prevenir o acúmulo excessivo de gordura corporal e distúrbios metabólicos, e pode melhorar parâmetros

Apesar dos benefícios promissores, são necessários mais estudos para entender completamente os efeitos clínicos da curcumina em animais, incluindo gatos, e para definir os protocolos ideais de dosagem e tratamento.

Ação Antioxidante da Curcumina em Alimentos para Cães

A adição de curcumina aos alimentos para cães pode beneficiar tanto a qualidade do produto quanto a saúde dos animais. Como um potente antioxidante, ela ajuda a estabilizar os alimentos e a preservar sua qualidade sem afetar o bem-estar dos cães.

Estudos mostram que, em concentrações de 100 mg/kg, a curcumina é eficaz na prevenção da oxidação dos lipídios, prolongando a vida útil dos alimentos.

Rações com curcumina apresentaram menor formação de espécies reativas de oxigênio (ROS) e níveis reduzidos de substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico (TBARS) durante seis meses (Campigotto et al., 2020). Esses resultados destacam a curcumina como um antioxidante valioso para manter a estabilidade dos alimentos e promover a saúde dos cães.

Considerações e Precauções ao Usar Cúrcuma e Curcumina em Alimentos para Cães

A cúrcuma e a curcumina são frequentemente recomendadas como suplementos dietéticos para cães por veterinários e nutricionistas. Incorporá-las na dieta dos pets pode oferecer vários benefícios à saúde, mas é essencial seguir algumas precauções:

Biodisponibilidade e Formulação:

A curcumina possui baixa biodisponibilidade, ou seja, é pouco absorvida pelo organismo. Para melhorar sua absorção, é comum combiná-la com outros ingredientes ou formulá-la em lipossomas e nanopartículas.

A eficácia da curcumina depende da qualidade da matéria-prima e das condições de cultivo, além dos métodos de maturação e armazenamento. Embora geralmente segura, a curcumina deve ser administrada na dosagem correta para evitar efeitos adversos, como distúrbios gastrointestinais e problemas de palatabilidade.

Qualidade dos Suplementos:

Ao escolher suplementos de cúrcuma para cães, selecione produtos de alta qualidade de fabricantes confiáveis para garantir pureza e eficácia. Evite suplementos com aditivos desnecessários que possam ser prejudiciais.

Adulteração e Contaminação:

A cúrcuma pode ser adulterada com corantes artificiais ou outros materiais para melhorar sua aparência, e pode estar contaminada com metais pesados ou micotoxinas. Para evitar esses riscos, é crucial garantir a qualidade da matériaprima através de controles rigorosos e escolher fornecedores que monitorem a contaminação.

Considerações Finais

Ingredientes vegetais, como a curcumina, têm um potencial promissor em alimentos funcionais para pets, oferecendo benefícios antioxidantes, antiinflamatórios e antimicrobianos.

No entanto, para maximizar os benefícios, a curcumina deve ser parte de uma dieta equilibrada e consultada com um veterinário ou especialista em nutrição para otimizar a saúde do animal.

Propriedades e benefícios da Curcumina na alimentação de pets

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Referências sob consulta junto ao autor

SAÚDE E METABOLIZAÇÃO HEPÁTICA: COMO OTIMIZÁ-LAS E ASSIM MELHORAR O DESEMPENHO DE LEITÕES EM FASE DE CRECHE?

Ana Paula Pavaneli1 e Eduardo Raele1

1MV, Msc, PhD Consultor técnico de suínos - Nuproxa Switzerland Ltd

Asaúde hepática é crucial para a eficiência produtiva dos animais, melhorando a digestão, absorção e utilização dos nutrientes advindos da dieta.

O fígado desempenha papéis vitais no organismo, como a desintoxicação, o armazenamento de energia e nutrientes essenciais, a regulação do sistema endócrino, e o metabolismo de proteínas, carboidratos e lipídios (Liu et al., 2017).

Em sistemas de produção intensiva, no qual o máximo desempenho produtivo é almejado, a saúde hepática deve ser cuidada e mantida para que não haja comprometimento metabólico para o animal.

No caso de animais jovens, além de uma taxa metabólica mais alta em função do seu rápido crescimento e desenvolvimento, fatores relacionados com a produção, como o uso de antimicrobianos, a presença de micotoxinas nas dietas, e a geração aumentada de radicais livres em função de agentes estressantes, podem comprometer a saúde e o perfeito funcionamento hepático (Cui et al., 2016; Hasuda et al., 2023), além de demandarem uma maior taxa metabólica para serem eliminados do organismo.

Em contrapartida, a disponibilidade e a utilização de nutrientes para o crescimento e desenvolvimento animal podem acabar prejudicadas sob tais circunstâncias.

Buscando oferecer tecnologias naturais e sustentáveis para a produção animal, a Nuproxa traz em seu portfólio o produto LivoLiv®, um modulador hepático para otimizar o metabolismo e o desempenho produtivo dos animais, melhorando a digestão, absorção e utilização de nutrientes.

Com a presença da Quercetina e do Andrografolide em sua composição, dois componentes conhecidos por suas propriedades hepatoprotetoras na medicina tradicional, LivoLiv® se destaca pela ação sinérgica desses ingredientes.

O produto atua reduzindo os danos hepáticos, otimizando a capacidade de desintoxicação do fígado, acelerando seus processos regenerativos, e estimulando a produção de enzimas hepáticas pelo animal, o que na fase jovem está relacionada com o seu rápido crescimento e desenvolvimento.

Para validar a ação do produto LivoLiv® como um acelerador de metabolismo, optou-se por avaliar o seu uso em fase final de creche, a partir dos 35 dias de idade, quando o animal inicia sua demanda de crescimento proteico após o período de desmame.

Foram selecionados 288 leitões (genética DanBred, macho Duroc × fêmea DB90) para a avaliação. O estudo foi realizado sob condições experimentais na Granja Folhados (Patrocínio, Minas Gerais, Brasil), uma granja comercial de ciclo completo e referência em produtividade no país.

O experimento seguiu um delineamento em blocos casualizados de acordo com sexo e peso médio de entrada no estudo, aos 35 dias de idade, em esquema fatorial 2 x 2.

Foram estudados dois fatores e suas interações:

Fator Dieta, dieta máximo desempenho convencionalmente utilizada na granja (Rostagno et al., 2017), ou dieta máximo desempenho enriquecida com + 10% de aminoácidos e energia;

Fator LivoLiv, uso ou não de LivoLiv® nas dietas (250 g/ton).

Saúde hepática

Os leitões foram alojados em 24 baias coletivas com 12 animais cada, totalizando, portanto, 12 unidades experimentais para cada fator, e 6 unidades experimentais para cada interação na avaliação de desempenho.

Os animais foram alojados aos 35 dias de idade e avaliados zootecnicamente durante as fases de alimentação (35 e 50 dias; 50 e 70 dias) até a saída de creche (70 dias de idade). Para as análises complementares, 20 animais foram selecionados para a avaliação de produção de enzimas hepáticas e bilirrubina aos 35, 50 e 70 dias.

Como resultados, os animais do grupo sob efeito do LivoLiv® tiveram uma resposta de ganho de peso (GPD) superior ao grupo testemunha aos 50 dias e ao longo do estudo, independente do uso de uma dieta mais enriquecida com aminoácidos e energia.

O peso final dos animais aos 50 e 70 dias também foi superior para o uso do LivoLiv® em 435g e 628g de peso vivo, respectivamente, quando comparado ao grupo testemunha independente do fator dieta. Não foram observadas diferenças estatísticas para a interação de fatores em nenhuma das características zootécnicas avaliadas (Tabela 1)

Tabela 1. Desempenho em fase de creche de acordo com os fatores estudados

leitão,

dias

CA, conversão alimentar; CDR, consumo diário de ração; D, fator dieta; D x L, interação de fatores; EPM, erro padrão da média; GPD, ganho de peso diário; L, fator LivoLiv; MD, dieta máximo desempenho; MD + 10%, dieta máximo desempenho enriquecida com + 10% de aminoácidos e energia.

Nas avaliações séricas, observou-se que os animais suplementados com LivoLiv® dos 35 aos 70 dias de idade apresentaram uma maior produção da enzima gama glutamil transferase (GGT) aos 50 dias em relação ao grupo não suplementado (Gráfico 1).

Este mesmo efeito estimulante foi observado em função do oferecimento de uma dieta máximo desempenho enriquecida com 10% de aminoácidos e energia, porém apenas aos 70 dias (Gráfico 2). Em ambos os casos, os valores observados estiveram dentro do considerado normal para a espécie suína (González & Silva, 2022).

O uso da dieta enriquecida resultou ainda em aumento dos níveis de bilirrubina total (BT) e bilirrubina direta (BD), também aos 70 dias (Gráfico 3) – Valores também dentro da normalidade para a espécie suína (González & Silva, 2022). Conhecido o importante papel desempenhado pela bilirrubina no processo de digestão e absorção de nutrientes, tal resultado evidencia um estímulo para sua maior produção em decorrência do uso de uma dieta mais rica em óleo e aminoácidos, o que gera, portanto, uma maior demanda para o sistema digestivo.

Gráfico 1. Enzima gama glutamil transferase (GGT) aos 50 dias de idade em leitões suplementados ou não com LivoLiv®

P = 0,002

Controle LivoLiv

Fator LivoLiv

Foram avaliadas amostras de 10 animais por grupo experimental.

Gráfico 2. Enzima gama glutamil transferase (GGT) aos 70 dias de idade em leitões alimentados com diferentes dietas em fase de creche

Fator Dieta P = 0,064

Foram avaliadas amostras de 10 animais por grupo experimental. MD, dieta máximo desempenho; MD + 10%, dieta máximo desempenho enriquecida com + 10% de aminoácidos e energia.

Gráfico 3. Bilirrubina total e bilirrubina direta aos 70 dias de idade em leitões alimentados com diferentes dietas em fase de creche

Bilirrubina (mg/dL) P = 0,025 P = 0,041

Foram avaliadas amostras de 10 animais por grupo experimental. MD, dieta máximo desempenho; MD + 10%, dieta máximo desempenho enriquecida com + 10% de aminoácidos e energia.

Como principais conclusões deste estudo, a suplementação de dietas em fase de creche com LivoLiv® é capaz de estimular antecipadamente a produção da enzima hepática GGT, o que em animais jovens, em pleno desenvolvimento, está relacionado com o metabolismo de aminoácidos e energia para o seu máximo crescimento e desempenho.

LivoLiv® é uma solução natural eficiente e comprovada como modulador hepático, atuando como estimulante e acelerador metabólico, e melhorador de desempenho em fase de creche. Sem dúvida, este é mais um produto Nuproxa comprometido com uma produção animal mais eficaz, sustentável e rentável em toda a América Latina. Na prática, o uso de LivoLiv® sob as condições experimentais aqui apresentadas, resulta em maior peso final de leitão aos 50 e 70 dias de vida, com um máximo ganho de peso diário durante os primeiros dias de utilização do aditivo poli-herbal.

Saúde e metabolização hepática: como otimizá-las e assim melhorar o desempenho de leitões em fase de creche?

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O BRASIL SOMA RECORDES NA PRODUÇÃO ANIMAL BRASILEIRA

Ricardo Santin

Presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal

Presidente do Conselho Mundial da Avicultura

Vice-presidente da Associação Latinoamericana de Avicultura Presidente do Conselho Deliberativo do Instituto Ovos Brasil

Bons ventos sopraram a favor da avicultura do Brasil em 2024.

Após as tempestades de anos anteriores, que gradativamente se dissipou em 2023, o setor produtivo vivenciou em 2024 um período bastante positivo para a competitividade e o fortalecimento do fluxo produtivo.

Isso, por diversos fatores.

O primeiro e mais óbvio deles é o custo de produção. Após três anos de altas históricas – que testaram a sustentabilidade das agroindústrias e a resiliência de quem produz – os preços do milho e do farelo de soja reduziram a pressão sobre o balanço das empresas.

De preços médios superando R$ 100 em diversas praças durante 2021 e 2022, a saca de 60 quilos de milho reduziu quase à metade disso já em 2023, se estabelecendo neste patamar ao longo de 2024.

Algo parecido ocorreu com o farelo de soja, mas de forma ainda mais expressiva, com quedas comparativas nas médias entre 2023 e 2024.

Outro fator foi a consolidação do restabelecimento dos níveis de consumo. Em 2023, vimos o consumo de ovos decrescer. A carne de frango se manteve estável.

Era algo esperado: vivíamos a retomada após três anos de incertezas em meio à pandemia global. Estávamos precavidos e ainda sofríamos os efeitos daquele duro golpe ao nosso modo de vida.

Já em 2024, as inseguranças do ano anterior foram, gradativamente, deixadas para trás. O quadro econômico influenciou positivamente os níveis de consumo de proteínas. Houve mais recursos para investir em uma alimentação de melhor qualidade, com mais proteínas.

SUINOCULTURA BRASILEIRA

Houve uma forte ampliação no leque de oportunidades internacionais. Se internamente o consumo segue estável, nas vendas para os mais de 90 países importadores há uma importante reconfiguração de fluxo.

A China, antes principal destino das exportações, agora é superada pelas Filipinas, que deve encerrar este ano como principal importadora do produto.

O mercado filipino é um dos mais significativamente impactados pelo estabelecimento do sistema pré-listing, que estabelece um acordo de acreditação de sistema e estabelecimento que autoriza todas as empresas habilitadas pelo Sistema de Inspeção Federal a solicitarem o processo de credenciamento para exportar seus produtos.

Singapura e Chile também estabeleceram este modelo de acreditação, e tem registrado incrementos nas importações de carne suína do Brasil na casa de dois dígitos.

Frente a isto, as expectativas são de aumento acima de 7% nas exportações de carne suína em relação ao ano passado, superando a marca de 1,3 milhão de toneladas – mais um recorde para o setor.

Com isso, com a esperada estabilidade do consumo – em torno de 18 quilos per capita – a ABPA projeta para este ano uma produção em torno de 5,2 milhões de toneladas, 1% superior ao total do ano passado.

Mais de 1.3 milhão de toneladas exportadas

Consumo 18 kg per capita

Produção de 5,2 milhões de toneladas

Acima de 7% nas exportações

AVICULTURA BRASILEIRA

O consumo de ovos foi o mais notavelmente influenciado. Segundo as projeções estabelecidas pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), cada brasileiro deverá consumir até 263 unidades ao longo dos 12 meses deste ano, 21 unidades a mais em relação à 2023, quando o índice chegou a 242 unidades.

Como somos tradicionalmente consumidores de nossos produtos de ovos – o Brasil exporta menos de 0,5% do que produz – os maiores níveis de consumo influenciaram diretamente a produção do setor, para cima.

Conforme os dados da ABPA, o Brasil deverá encerrar o ano alcançando o marco de 56,900 bilhões de unidades de ovos produzidos nas granjas de norte a sul do país.

Este é um número ainda em fechamento pela ABPA, mas, conforme estas projeções, tanto os níveis de produção quanto o consumo de ovos no Brasil serão recordes históricos. Superamos significativamente a média mundial de consumo de ovos, em torno de 230 unidades.

263 unidades per capita 56,900 bilhões de unidades

1.800 ovos por segundo 8,5% a mais que em 2023

No caso da carne de frango, o cenário tem alguns pontos adicionais de complexidade, já que quase um terço da produção tem como destino o mercado internacional. O número é recorde, e supera em 8,5% a produção registrada no ano anterior, com 52,448 bilhões de unidades. Serão mais de 1.800 ovos por segundo produzidos por nossas granjas.

Entre estes fatores de influência externa, o mais destacado ocorreu justamente dentro do território brasileiro.

O foco pontual de Doença de Newcastle, ocorrido em granja localizada no município de Anta Gorda, no Rio Grande do Sul, foi aquilo que denominei como um reforço na preparação para uma eventual ocorrência de Influenza Aviária – o que não ocorreu em nosso País graças à competência e a excelência em biosseguridade de nossa produção.

Imediatamente à situação, seguindo os acordos sanitários firmados (lembrando que cada certificado negociado pelo Brasil possui regras próprias em comum acordo com a nação importadora), o Ministério da Agricultura e Pecuária do Brasil determinou a suspensão de parte do fluxo dos embarques.

Entre os mercados suspensos estavam alguns dos maiores importadores da proteína animal do Brasil, como China, México e outros.

Nesse momento se tornou clara a importância de um Ministério da Agricultura atuante como o brasileiro.

Tão rápida quanto a tomada de medidas de precaução para proteger a produção e cumprir com os acordos foi a implantação das estratégias de negociação para o restabelecimento do fluxo de exportação.

Todo o reconhecimento deve ser dado aos Ministro Carlos Fávaro, seus secretários e equipes pelo trabalho exemplar de defesa do setor produtivo.

Em pouco tempo, as suspensões mais relevantes em âmbito nacional foram superadas, permanecendo ainda questões sobre o Rio Grande do Sul que só tinham solução viável após comunicação da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) da “finalização” do caso.

A questão “Newcastle” foi relevante no comportamento dos embarques do ano, mas não foi isolada. Os impactos da Influenza Aviária mundo afora seguiram favorecendo as exportações brasileiras.

Reforçando sua estratégia de complementaridade às produções locais, o Brasil expandiu o fluxo de embarques em vários grandes mercados importadores.

É o caso dos Emirados Árabes Unidos, Japão, Arábia Saudita e outros. Nosso principal destino, a China, que registrou queda no fluxo no primeiro semestre, retomou significativamente o fluxo nos meses seguintes. O mesmo ocorreu com África do Sul, México e União Europeia.

Com isso, temos mantido uma média superior a 430 mil toneladas exportadas mensalmente em 2024, registrando dois dos três melhores resultados mensais históricas do setor, em patamares acima das 480 mil toneladas.

Com isso, pelas projeções preliminares da ABPA, as exportações de carne de frango deverão superar 5,2 milhões de toneladas, volume 2,2% superior ao alcançado em 2023.

É um recorde histórico para o setor.

Neste contexto, um novo recorde está previsto para a carne de frango do Brasil. Com o cenário interno favorável ao consumo – mantendo estabilidade, em 45 quilos per capita - e as exportações em crescimento, a produção deverá superar neste ano, pela primeira vez, a marca de 15 milhões de toneladas – número 1,8% maior que o total do ano anterior.

O cenário positivo registrado neste ano para a avicultura do Brasil deve prosseguir no próximo ano. As projeções do setor apontam para crescimento em torno de 2% na produção e nas exportações de carne de frango para 2025, além de uma alta de 1% na produção e no consumo de ovos do Brasil.

Esses números, contudo, podem ser influenciados por um cenário internacional mais complexo, com custos logísticos impactados por gargalos em áreas de conflitos (como a região do Oriente Médio), além de uma eventual elevação dos custos de produção, com possíveis pressões sobre o preço dos grãos.

5,2 milhões de toneladas exportadas

45 quilos per capita

15 milhões de toneladas produzidas

Mais de 430 mil toneladas exportadas por mês

O quadro é complexo, mas há uma certeza: o Brasil seguirá avançando dentro de sua posição como liderança global. Seja para o consumidor brasileiro ou para as milhões de famílias de mais de 150 nações que consomem o nosso produto, continuaremos em nosso papel de protagonismo no auxílio à segurança alimentar.

O Brasil soma recordes na produção animal brasileira BAIXAR EM PDF

Mercado

POR QUE AS MICOTOXINAS SÃO IMPORTANTES NA PRODUÇÃO DE FRANGOS DE CORTE?

Lorran Baeumle Gabardo1, Elle Chadwick2 e Shelby Ramire3

1 Global Product Manager, dsm-firmenich Nutrição e Saúde Animal

2 Global Poultry Marketing Specialist, dsm-firmenich Nutrição e Saúde Animal

3 Global Poultry Technical Manager, dsm-firmenich Nutrição e Saúde Animal

Os efeitos negativos das micotoxinas nas aves podem ser de alto impacto, diminuindo a integridade gastrointestinal, a imunidade e o desempenho dos frangos de corte e levando a perdas econômicas.

Considerando os altos níveis de micotoxinas na ração das aves, é necessária uma estratégia de gestão de risco de micotoxinas para reduzir os desafios na produção de aves e garantir a lucratividade.

Os avicultores frequentemente fazem a seguinte pergunta: Qual é o impacto real das micotoxinas na produtividade dos frangos de corte? O que parece ser uma pergunta fácil, no caso das micotoxinas, não é tão fácil de responder.

Três considerações importantes para avaliar o impacto das micotoxinas em uma granja de aves:

Incluir as micotoxinas como possíveis fatores predisponentes de problemas de saúde;

Medir os níveis de contaminação nos ingredientes e na ração;

Avaliar o efeito da contaminação com baixos níveis de micotoxinas sobre o rendimento e a lucratividade.

Contaminação em ração para frangos de corte

As micotoxinas são frequentemente encontradas em rações para aves. De acordo com a Pesquisa Mundial de Micotoxinas da dsm-firmenich (World Mycotoxin Survey), mais de 33.000 amostras de ração para aves tiveram resultado positivo para micotoxinas nos últimos dez anos (2013 - 2023).

Uma análise mais detalhada desses dados mostra que 83% dessas amostras estão contaminadas com mais de uma micotoxina (Figura 1) e até 50 micotoxinas foram encontradas em uma única amostra.

A exposição a várias micotoxinas ao mesmo tempo pode ter efeitos mais graves sobre a saúde e o desempenho das aves. Portanto, é de extrema importância medir um conjunto de micotoxinas para obter uma avaliação de risco mais robusta (Figura 2)

Figura 2. Presença de micotoxinas em 33.000 rações para aves, mostrando a porcentagem de amostras positivas para cada micotoxina (Fonte: dsm-firmenich World Mycotoxin Survey)

A análise da ração e/ou dos ingredientes da ração ajuda a avaliar o risco para a saúde das aves. A presença frequente de micotoxinas afeta a saúde intestinal e o sistema imunológico dos animais, reduzindo assim o desempenho do lote, o que pode resultar em perda de lucro para os produtores de aves.

Micotoxinas como fatores predisponentes para problemas de saúde

A falta de sinais clínicos visíveis se deve principalmente ao curto ciclo de vida dos frangos de corte. Isso significa que o desafio pode estar presente, mas não ter tempo para se manifestar externamente. Os efeitos combinados de mais de uma micotoxina dificultam o diagnóstico.

Figura 1. Co-ocorrência de micotoxinas em 33.000 rações para aves (2013 -2023). (Fonte: dsm-firmenich World Mycotoxin Survey)

No entanto, os principais efeitos das micotoxinas sobre a saúde das aves estão claramente demonstrados: destruição das vilosidades intestinais, prejudicando a absorção e a digestão de nutrientes e aumentando a permeabilidade intestinal, e modulação da resposta imune e da microbiota local, aumentando as chances de falha vacinal e disbiose.

As micotoxinas reduzem a funcionalidade das junções estreitas entre as células intestinais, abrindo a oportunidade para que patógenos e fatores antinutricionais passem da barreira intestinal para a corrente sanguínea. Isso desafia o sistema imunológico e o fígado, desviando nutrientes e energia do crescimento.

Diminuição da absorção de nutrientes: As micotoxinas, especialmente o deoxinivalenol (DON) e as fumonisinas (FUM), afetam vários aspectos da integridade intestinal. Uma metaanálise (Grenier e Applegate, 2013) mostrou uma clara influência do DON e do FUM (figura 3).

O fígado é diretamente afetado pela maioria das micotoxinas. Em frangos de corte, foi observada uma degeneração gordurosa visível e um aumento de aproximadamente 15% no peso do fígado.

3. Efeito de DON, NIV, FB1, toxina T-2 e ZEN no epitélio intestinal. Eles alteram diferentes mecanismos de defesa intestinal, incluindo a integridade epitelial, a proliferação celular, a mucosa, a imunoglobulina (Ig) e a produção de citocinas. (Fonte: Antonissen et al., 2014).

Figura

Isso reflete um aumento no custo de nutrientes e aminoácidos, especialmente a metionina, que é o primeiro aminoácido limitante para frangos de corte.

Uma estratégia que desativa diretamente as micotoxinas é uma ótima oportunidade para evitar perdas nutricionais sem ter que gerenciar mudanças nutricionais na dieta.

Falha na vacinação: a modulação da resposta imune é um dos principais modos de ação das micotoxinas, que pode influenciar a resposta das aves às doenças e às práticas de vacinação.

As micotoxinas atuam como um fator predisponente que reduz a imunidade a doenças virais em frangos de corte (Kamalavenkatesh et al., 2005; Hanif e Muhammad, 2015 e Yunus et al., 2012).

A ocratoxina, o DON, o T2 e o ácido ciclopiazônico reduziram significativamente o título de anticorpos para o vírus da doença de Newcastle (NDV), o vírus da bronquite infecciosa (IBV), o vírus da bursite infecciosa (IBDV) e a síndrome do hidropericárdio (HPS).

Isso aumenta a suscetibilidade das aves a doenças infecciosas que poderiam ser evitadas em condições normais.

Predisposição à coccidiose e à enterite necrótica (EN): Antonissen et al. (2014) demonstraram que doses baixas a moderadas de diferentes micotoxinas de Fusarium (DON, NIV, FB1, T-2, ZEN) predispõem as aves a uma resposta mais grave a um desafio de coccidiose e EN, conforme demonstrado pela redução da resposta imunológica e da eficácia do tratamento anticoccidiano.

Além disso, a contaminação por FB1 e DON resultou em um desafio mais grave de EN em dois estudos diferentes (Antonissen et al., 2012 e Antonissen et al., 2015). A coccidiose é uma das doenças mais caras na produção de aves. Ao controlar e reduzir as micotoxinas, as estratégias de manejo da coccidiose podem ser mais eficazes. Contaminação alimentar: também foi relatado um aumento da suscetibilidade a Salmonella typhimurium e Campylobacter jejuni na presença de tricotecenos (DON e T2), sugerindo que esses compostos podem modular o metabolismo bacteriano.

Conforme descrito acima, as micotoxinas causam um "intestino permeável". Quando as junções entre as células intestinais são rompidas, há uma troca de moléculas entre o intestino e a corrente sanguínea.

Essa situação pode influenciar a contaminação da carcaça durante o processamento:

O excesso de proteína no lúmen intestinal leva ao aumento da contaminação por bactérias patogênicas, como Salmonella sp e Campylobacter jejuni;

O aumento da quantidade de água no lúmen intestinal leva a fezes mais fluidas.

Ao mitigar o risco do efeito das micotoxinas, o efeito de "intestino permeável" é minimizado, o que contribui ainda mais para a produção de produtos avícolas seguros.

Efeitos das micotoxinas nos parâmetros de desempenho dos frangos de corte

O desempenho é um dos fatores mais importantes para a lucratividade da produção de aves.

Uma compilação de dados de ensaios científicos mostrou que a presença de micotoxinas em dietas de aves reduziu significativamente (P<0,05) o consumo de ração em 12% e o ganho de peso corporal (PC) em 14%, resultando em um aumento da conversão alimentar (CA) de 7% em comparação com grupos não contaminados (Andretta et al, 2011).

Além disso, os resultados de um projeto cooperativo com a Universidade de Ghent (Antonissen et al., 2018) mostram um efeito negativo sinérgico de uma dieta com desafio de disbiose e a presença de DON (5 mg/kg) e FB1 (20 mg/kg) no desempenho dos frangos de corte. Esses dados mostram que a redução no desempenho é mantida durante a fase final da produção (Figura 4).

Peso corporal

Controle

Disbiose + DON Disbiose + FBs

Consumo de ração

Controle Disbiose + DON

+ FBs

Controle Disbiose + DON Disbiose + FBs Disbiose

Figura 4. Parâmetros de desempenho no dia 39 de frangos de corte alimentados com uma dieta controle negativo, um controle com disbiose, uma dieta com disbiose contaminada com DON ou uma dieta com disbiose contaminada com FB1. As barras representam as médias das 7 réplicas (currais) por tratamento ± SD. No mesmo período, as barras com letras diferentes (a-b) diferem significativamente (P ≤ 0,05). (Fonte: Antonissen et al., 2018)

Concentração de micotoxina (µg/kg)

Em um estudo de longo prazo (18 testes sucessivos) em uma granja comercial, foi demonstrado que a contaminação natural com níveis abaixo das recomendações da UE para micotoxinas teve um impacto significativo de 2,5 pontos na CA (Figura 5), confirmando os efeitos sinérgicos das micotoxinas (fumonisinas, zearalenona, DON e DAS) e a diminuição do desempenho dos frangos de corte em condições comerciais (Kolawole et al., 2020).

As micotoxinas têm efeitos diretos e indiretos sobre a coccidiose, a segurança alimentar e o desempenho dos frangos de corte, que influenciam diretamente a lucratividade do produtor.

Conversão alimentar (CA) Diferença de 2,5 pontos na CA

Teste de desempenho

Micotoxina

Zearalenona Fumonisinas

Figura 5. Diferença entre CA (linha preta) em altas e baixas contaminações por micotoxinas (linhas coloridas) em frangos de corte (Adaptado de Kolawole et al., 2020).

Devido à ocorrência frequente de micotoxinas na ração das aves, é necessária uma estratégia de gestão de risco de micotoxinas para proteger os frangos de corte em todos os estágios e garantir a lucratividade.

dsm-firmenich oferece a solução mais completa do mercado: nossa pesquisa de micotoxinas mais antiga e abrangente para saber quais micotoxinas podem estar presentes em sua ração, nossos serviços analíticos para dar suporte à detecção de micotoxinas em seus ingredientes e nosso portfólio Mycofix® de aditivos nutricionais, que representa a solução mais avançada para proteger a saúde das aves desativando as micotoxinas que contaminam a ração.

Por que as micotoxinas são importantes na produção de frangos de corte?

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OCONHEÇA AS PARTICULARIDADES HALAL PARA NUTRIÇÃO ANIMAL

FMI estima que a nutrição animal representa 5% do mercado global, movimentando US$ 500 bilhões anualmente e crescimento de 4% ao ano.

Tratando-se de consumos globais, 20% da proteína animal e 6% do petfood são exclusivamente dos países de maioria muçulmana, os quais é comum ou solicitarem a certificação Halal ou cumprirem com requisitos mínimos Halal

A certificação Halal é um lastro que uma certificadora Halal devidamente credenciada e reconhecida (acreditada) expediciona para as organizações que cumpram devidamente todos os requisitos normativos Halal, além de atenderem as disposições legais do país, as normas empresariais internas e também a jurisprudência islâmica (Shariah).

Cada país de maioria muçulmana ou possui uma acreditadora que segue uma normativa ou apenas as reconhecem.

Dessa maneira, as empresas necessitam atentarem-se para quais países irão atuar, pois pode haver necessidade de atender uma ou mais normas Halal, as quais variam pouco ou muito, dependendo do requisito normativo aplicado.

As indústrias e empresas de nutrição animal podem vincular o selo Halal em suas marcas, oportunizando clientes e prospectados a identificarem os produtos que atenderam aos mais diversos critérios religiosos e técnicos, passando credibilidade, confiança e segurança, fornecendo ingredientes ou rações para pets de muçulmanos ou para animais a serem abatidos Halal

Este é o maior e o mais crescente mercado mundial. Os muçulmanos representam mais de ¼ da população mundial, detém a maior média de filhos por casal quando comparados com outros religiosos e a grande maioria dos consumidores, incluindo não-muçulmanos, compreendem e exigem o selo Halal nos produtos que irão consumir devido a força comercial.

Halal (حلال) é uma palavra do idioma árabe com amplos significados: permissível, autorizado ou lícito. Dentro da Jurisprudência Islâmica, Halal é tudo que Deus determinou ou autorizou aos seres humanos, em todos os aspectos da vida, seja obrigatório, recomendado, permitido ou mesmo desaconselhado.

Seu oposto é o Haram (حرام), a exemplo das fraudes, mentiras, omissões, descasos, etc.

Os Najis (نجس) são impurezas específicas que alteram automaticamente o status

Halal para Haram e, por isso, não devem estar presentes na produção Halal, a exemplo de fezes, urina, sangue, pus, bebidas alcóolicas, ingredientes oriundos de suínos ou a saliva dos cães.

A indeterminação ou a dúvida é o Mashbooh (مشبوه) e, segundo a Shariah, na incerteza, as atitudes não devem ser realizadas e os produtos não devem ser consumidos.

Por isso a certificação Halal é relevante, mas não necessariamente obrigatória em toda cadeia de custódia.

Conquistá-la necessita a implementação do Sistema de Gestão Halal (SGH), um conjunto de mecanismos administrativos que deve garantir a conformidade dos critérios técnicos e religiosos islâmicos.

Para ser válido, deve pautar-se em 4 (quatro) princípios fundamentais:

Honestidade: Todos os recursos utilizados, processos realizados, materializações das descrições e as conduções empresariais devem ser fidedignas.

Confiança: Deve-se estabelecer, implementar e manter um SGH que seja adequado e eficaz.

Envolvimento: Todas os colaboradores devem ser envolvidos na obtenção da certificação Halal e agirem positivamente em prol do SGH.

Evidenciação: Planejar, criar, preencher e lastrear documentos que comprovem produções e produtos devidamente Halal

Comumente o SGH é estruturado em 11 (onze) pontos que as organizações devem compreender, discutir, idealizar, implementar, acompanhar, rever, manter e melhorar constantemente.

1. Política Halal:

Um texto que expresse o compromisso da empresa com o conceito Halal, validada pela alta direção, disseminada e respeitada.

2. Comitê Halal:

Apontada pela alta direção com deveres estipulados e composta por pessoas atuantes em atividades críticas para a certificação Halal, cujas funções e implicações individuais estejam definidas de forma clara, sendo registrado todas as atividades executadas, incluindo os objetivos das reuniões que devem ocorrer periodicamente e competentemente.

Recomendável um treinamento externo Halal com especificidades e replicação deste conhecimento interno anualmente com comprovação de eficácia.

Nomes comerciais, rótulos enganosos e embalagens em desconformidade com a Shariah são proibidos, sendo obrigatório a segregação conforme as normativas Halal

Além da licitude (“halalidade”) nas negociações, relações e publicitações, as empresas devem comprovar o status Halal na origem, aquisição e processo de ingredientes, matérias-primas, aditivos, insumos, acessórios, saneantes, lubrificantes e produções, sendo mandatório atestar a certificação Halal da origem para alguns ingredientes ou apenas uma análise crítica Halal de homologação para outros.

Origem animal oriundos do abate: Pode ser obrigatório solicitar e apresentar certificação Halal válida expedicionada por uma certificadora reconhecida.

Origem animal não oriundos do abate: Recomendável a certificação Halal ou uma análise criteriosa de homologação de fornecedores.

Origem vegetal, microagente, sintética ou semi-sintética: A certificação Halal é opcional, desde que se respeite suas restrições de uso, tais como modificações estruturais, pré-processamentos, etc e não adquiram e/ou utilizem ilicitamente.

100% da produção das rações Halal deve possuir linhas de produção totalmente dedicadas e devidamente higienizadas.

Um procedimento escrito que demonstre que a empresa realizou uma análise criteriosa de tudo que possa modificar o status Halal dos produtos, que envolve desde uma matriz de risco dos alimentos até ações jurídicas que protejam os clientes de possíveis falhas.

Mecanismo de controle que seja capaz de rastrear desde a origem de cada um dos componentes dos produtos Halal até os lotes expedicionados para clientes, independente da metodologia.

3. Capacitação Halal:
4. Comprovação Halal:
5. Identificação e Segregação Halal:
6. Produção Halal:
7. Análises Crítica ao Halal:
8. Rastreabilidade:

9. Produtos Não Conformes:

Os produtos que não atenderam aos requisitos de conformidade Halal devem ser considerados como refugos não Halal e medidas de correção imediatas devem ser tomadas, seja para reclassificar, reparar e/ou retrabalhar com base em verificações conforme ações corretivas apropriadas, sendo mandatório ao menos um exercício de recolhimento/recall realizado por um comitê de crise.

Realizada de maneira abrangente e, ao menos, uma vez ao ano, por pessoal técnica competente, com conhecimento

Halal, cujos critérios de auditoria estejam norteados pela ISO 19011 (auditorias em sistemas de gestão) e pelo esquema Halal da certificadora, evidenciando o resultado em um relatório com possível resposta ao plano de ação.

11. Avaliação Halal:

A alta direção deve acompanhar todos os resultados e reunir-se com o comitê

Halal para feedbacks e revisões anuais de protocolos e documentos, assegurando tanto o status Halal na empresa quanto a melhoria contínua.

Segundo as diversas normativas Halal e/ou instruções das acreditações

Halal, as indústrias de nutrição animal podem incluir ingredientes de pescado que sejam exclusivamente aquáticos (anfíbios e répteis não).

Ingredientes de invertebrados são autorizados por alguns mercados, desde que a espécie consumidora, em seu estado selvagem, o consuma.

Ingredientes provenientes de animais terrestres são autorizados, desde que sejam de espécies Halal, tal como os ruminantes, equinos, lagomorfos, avestruzes e as aves que ciscam.

Caso haja intenção de comercializar ração com selo Halal, estas espécies também devem possuir certificação

Halal de origem. Ingredientes apícolas, laníferos, lácteos e ovos advindos de outras indústrias, devem seguir os requisitos do SGH.

Existem especificidades para algumas espécies. As rações de pescado, dependendo do mercado, devem possuir mais de 50% de alimentos Halal. As de ruminantes não podem incluir fonte animal nenhuma.

Aves de corte para o mercado do Golfo Árabe, nos últimos três dias antes do abate, devem receber exclusivamente ração verde. As embalagens das rações PETs precisam estar de acordo com os requisitos da Shariah, assim como o marketing e a comercialização de todos os tipos de rações animais.

Nutrição animal Halal BAIXAR EM PDF
10. Auditoria Halal interna:

ESPORO BACTERIANO: O MAIS RESISTENTE DOS PROBIÓTICOS

Fabrizio Matté, Patrick Yuri Roieski e Luiz Eduardo Takano

Equipe técnica Vetanco

Os probióticos são cepas específicas de microrganismos que agem como auxiliares na recomposição da microbiota intestinal dos animais, diminuindo a ocorrência dos microrganismos patogênicos ou indesejáveis (CARDOZO, 2006)

As bactérias mais comumente utilizadas são Lactobacillus, Bifidobacterium, Enterococcus, Bacillus, Streptococcus e algumas espécies de leveduras como a Saccharomyces (GUPTA & GARG, 2009).

Sendo, as bactérias produtoras de ácido lático encontradas em grandes quantidades no intestino de animais saudáveis, as mais empregadas na produção de probióticos (GONZALES, 2004).

Pela praticidade na incorporação na ração dos animais e sua resistência aos estresses ambientais extremos, os probióticos constituídos por Bacillus estão com grande demanda na produção animal, principalmente na avicultura industrial onde grande maioria das rações produzidas passam pelo processo de peletização, para favorecer o consumo das aves e até mesmo para otimizar o desempenho produtivo.

No processo de peletização, as temperaturas podem atingir entre 76,7°C e 93,3°C (Cutlip et al., 2006). Outros probióticos constituídos por bactérias na forma vegetativa, perderiam a sua viabilidade sofrendo o estresse térmico desencadeado pela peletização, ao contrário dos esporos de Bacillus.

Esporos bacterianos, da palavra grega “sporos”, que significa semente, são formas resistentes inativas em repouso, produzidas dentro da bactéria em resposta à limitação nutricional ou alta densidade populacional.

As espécies de bacilos gram-positivos e não patogênicos continuam a ser extensivamente pesquisadas, são bem caracterizadas e amplamente utilizadas em muitas aplicações comerciais.

Esporos de várias espécies de bacilos, incluindo Bacillus subtilis, Bacillus cereus e Bacillus clausii, são usados como probióticos para animais e humanos (Spinosa et al., 2000).

Em termos de resistência a estresses ambientais extremos, os esporos bacterianos representam o “pináculo da evolução”, sendo altamente resistentes a uma ampla variedade de estresses físicos como:

Calor úmido e calor seco,

Radiação ultravioleta e radiação gama,

Agentes oxidantes,

Produtos químicos, e,

Pressão de vácuo e pressão hidrostática ultra alta (Nicholson, 2002).

Como o reservatório primário para Bacillus é o solo, os melhores locais para a pesquisa de isolados de Bacillus podem ser do próprio solo ou de material vegetal e animal próximo ao solo. Em média, cada grama de solo pode conter 108 UFC de Bacillus (Stein, 2005).

Os esporos adormecidos exibem uma longevidade incrível e podem ser encontrados em praticamente todos os tipos de ambientes no nosso planeta, dos locais extremamente frios como os polos, aos desertos.

Os esporos bacterianos são reconhecidos como a forma de vida mais resistente da Terra, com evidencias de existirem já há 250 milhões anos (Vreeland, et al., 2000)

Devido à sua notória resistência e longevidade, os esporos bacterianos também têm sido estudados como possíveis candidatos para a transferência de vida entre os planetas.

ESPOROS BACTERIANOS

A esporulação é um tipo especializado de divisão celular que permite que uma bactéria sobreviva a condições extremas, em que a divisão celular simétrica do crescimento vegetativo é substituída por uma divisão assimétrica resultando em uma célula-mãe e um pré-esporo (Figura 1)

Célula vegetativa Célula lhas

Célula vegetativa Célula mãe

Pré-spore

Figura 1. Formação do esporo.

Spore

Divisão celular do crescimento vegetativo: o conteúdo de uma célula mãe é compartilhado igualmente entre as duas células-filhas.

A esporulação substitui a divisão celular do crescimento vegetativo sob condições apropriadas. A célula mãe envolve o préesporo e forma uma camada protetora em sua volta, depois a célula mãe morre. Este revestimento permite que o esporo tolere condições adversas por longos períodos de tempo.

A via de desenvolvimento que leva uma célula bacteriana em crescimento vegetativo a um esporo é desencadeada pelo esgotamento da fonte de carbono, nitrogênio ou fosfato do ambiente em que essa bactéria está vivendo.

As bactérias formadoras de esporos são encontradas principalmente no solo. Em condições ambientais adversas o metabolismo dessas células é reduzido para baixíssimos níveis e no interior da bactéria desenvolve o esporângio.

O processo de esporulação termina com a desintegração do esporângio e liberação de esporos para o meio (BARBOSA e TORRES, 2005).

Na forma de esporos, as células são metabolicamente inativas, possuindo maior resistência aos efeitos letais (calor, frio, barreiras gástricas) podendo ser estocadas sem refrigeração por longos períodos (SANDERS, 2003), sendo também resistentes a agentes antimicrobianos, desinfetantes, radiação e pressão hidrostática (CHAVES-LÓPEZ et al., 2009).

ESTRUTURA DO ESPORO BACTERIANO

A estrutura dos esporos bacterianos mais comumente descrita consiste em três subestruturas básicas: núcleo, córtex e capas (Figura 2), embora outras estruturas externas possam estar presentes, por exemplo, o exósporo e a crosta, descrita recentemente (Waller et al., 2004; McKenney et al., 2010).

BACILLUS SUBTILIS

Pertencentes à família Bacillaceae, o gênero Bacillus é geneticamente e fenotipicamente muito heterogêneo (tipo respiratório, metabolismo dos açúcares, composição da parede, etc.).

As espécies deste gênero são bastonetes de tamanhos variáveis, quase sempre móveis por possuir cílios peritríquios (GOMES, 2011).

As aves necessitam de reinoculação constante, já que a população de Bacillus subtilis podem reduzir em níveis significativos 48 horas após o fornecimento de única dose.

Apesar de ser considerado como microrganismo transitório no TGI, pois não possuí capacidade de adesão ao epitélio intestinal, possuem capacidade de germinar, se multiplicar e formar uma população dentro da microbiota normal de aves, suínos, cães, camundongos e humanos.

E ainda, se tem evidencias que podem favorecer a colonização de outros microrganismos probióticos, como é o caso dos Lactobacillus (Bortolozo, 2002)

Leser et al. (2008) usando um meio rico em nutrientes, obteve a germinação de Bacillus licheniformis e Bacillus subtilis, no período de tempo de 60 a 90 minutos em condições in vitro.

A subtilina é uma das bacteriocinas produzidas pelo Bacillus subtilis, foi descoberta por Dirmick & colaboradores em 1947, é estável em ambientes ácidos e possui resistência térmica suficiente para suportar a tratamentos de 121oC, durante 30 a 60 minutos.

Em sua forma vegetativa, Bacillus spp. produzem enzimas extracelulares que podem aumentar a digestibilidade e a absorção de nutrientes, além de desempenhar modulação do tecido linfóide associado a mucosa intestinal (Samanya e Yamauchi, 2002; Chen et al., 2009).

Figura 2. Estruturas do esporo bacteriano
Capa
Exospório
Córtex
Membrana externa DNA
Membrana interna

Entre as enzimas exógenas que algumas espécies de Bacillus têm a capacidade de produzir, podemos citar proteases, lipases, celulases, xilanases, fitases e queratinases (Hendricks et al., 1995; Monisha et al., 2009; Mazotto et al., 2011; Mittal et al., 2009). al., 2011; Shah e Bhatt, 2011; Jani et al., 2012).

CONCLUSÃO

A exclusão competitiva de patógenos é uma hipótese popular para explicar a ação dos probióticos (Patterson e Burkholder, 2003; Leser et al., 2008). Embora o processo tenha sido bem demonstrado em Lactobacillus spp. existem algumas evidências de que Bacillus spp. pode ter o mesmo modo de ação (Barbosa et al., 2005).

Algumas vantagens comerciais dos probióticos constituídos por esporos de Bacillus em relação aos constituído por bactérias em sua forma vegetativa:

Muitos probióticos constituídos por células em forma vegetativa tem sua administração através da água de bebida, neste caso, se não for seguido as recomendações de qualidade de água, manipulação e fornecimento da mistura para as aves, a viabilidade das bactérias pode estar em risco.

Probióticos produzidos a partir de células vegetativas podem possuir uma vida de prateleira muitas vezes limitada, e utuações de temperatura ou temperaturas ambientes altas podem reduzir ainda mais a vida útil.

Probióticos produzidos com culturas de células vegetativas não possuem a característica marcante do gênero Bacillus que é a capacidade de formar esporos extremamente resistentes ao calor, produtos químicos, radiação e dessecação. Esporos podem permanecer viáveis por anos.

Esporo bacteriano: o mais resistente dos probióticos

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As células vegetativas não possuem a estabilidade do esporo às temperaturas e pressões comumente exercidas durante a peletização e armazenamento de ração comercial.

Maximização de resultados

A combinação perfeita de aditivos probióticos para uma melhor saúde intestinal das aves.

BENEFÍCIOS E DESAFIOS NO USO DE ENZIMAS E ADITIVOS FITOGÊNICOS NA NUTRIÇÃO DE AVES, SUÍNOS E CÃES

Renata B. M. S. Souza1,a; Laiane da S. Lima1,a; Maria L. B. Mariani1,b; Vivian I. Vieira1,b; Ananda P. Felix1,a; Alex Maiorka1,b 1Universidade Federal do Paraná, Curitiba, PR, Brasil; aPrograma de pós-graduação em ciências veterinárias; bPrograma de pós-graduação em zootecnia

Contextualização

Aditivos alimentares são comumente descritos como substâncias, microrganismos ou produtos formulados que podem ser adicionados à alimentação animal proporcionando benefícios à qualidade do alimento ou à saúde dos animais.

Em animais de produção, como aves e suínos, esses aditivos têm como principal objetivo prevenir infecções por patógenos e otimizar a digestão e a absorção de nutrientes, resultando em melhor desempenho.

Já em animais de companhia, o foco é proporcionar saúde e longevidade. O objetivo deste material é explorar os principais efeitos desses compostos quando utilizados nas dietas de aves, suínos e cães.

Dentre as substâncias melhoradoras de desempenho, conhecidas como aditivos zootécnicos, destacam-se as enzimas. A suplementação de enzimas digestivas específicas na ração melhora o valor nutricional do alimento, aumentando a eficiência da digestão (Velázquez-De Lucio et al., 2021).

Além disso, as enzimas oferecem benefícios econômicos, ao reduzir a necessidade de ingredientes na formulação, e ambientais, ao diminuir a produção de resíduos animais (Imran et al., 2016).

Para animais de produção, o uso de enzimas é bem documentado na literatura e amplamente adotado nas formulações. A enzima mais utilizada para aves e suínos é a fitase, seguida de amilases, proteases e complexos multienzimáticos. Apesar dessa ampla utilização, pesquisas adicionais são necessárias para avaliar a eficácia e expansão do uso de enzimas para acomodar a ampla gama de constituintes dietéticos usados em programas de alimentação, principalmente de aves (Slominski, 2011).

Em animais de companhia, o uso de enzimas em dietas extrusadas não é comum, uma vez que o próprio processamento já aumenta a digestibilidade dos ingredientes (Chao-Chi Chuang et al., 2004; Ding et al., 2005).

No entanto, dietas com a inclusão de farelos de origem vegetal podem conter compostos que não são completamente degradados durante a extrusão e cuja digestibilidade poderia ser aumentada com o uso de enzimas (Félix et al., 2012 a).

Além disso, o uso desses aditivos como suplementos dietéticos coadjuvantes no tratamento de doenças, como a insuficiência pancreática exócrina, pode ser benéfico (Westermarck et al., 2012).

Além das enzimas, outro grupo de aditivos que vem ganhando destaque na nutrição animal são os fitogênicos. De acordo com o processamento e a origem, os fitogênicos podem ser classificados como plantas, ervas, óleos essenciais ou resinas (Hashemi et al., 2011).

Na nutrição animal, esses compostos podem ser utilizados como aditivos sensoriais, conferindo sabor ou odor ao alimento; aditivos tecnológicos, melhorando a qualidade e a segurança dos alimentos; e como aditivos zootécnicos (Karásková et al., 2015).

Na produção animal, o uso de fitogênicos não é apenas uma alternativa para substituir promotores de crescimento, mas também tem demonstrado funções como: melhora da palatabilidade dos alimentos, benefícios para as funções digestivas, microbiota intestinal e desempenho animal (Karásková et al., 2015) (Figura 1).

De forma semelhante, em cães e gatos, os efeitos terapêuticos dos aditivos fitogênicos, como suas propriedades antioxidantes, anti-inflamatórias e moduladoras da microbiota intestinal, têm sido amplamente destacados (Soares et al., 2023; Souza et al., 2023) (Figura 1).

Figura 1. Principais benefícios dos fitogênicos como aditivos zootécnicos para suínos, aves e cães (Pieri et al., 2010; Hanczakowska et al., 2012; Aguilar et al., 2013; Adaszek et al., 2017; Soares et al., 2023; Souza et al., 2023).

Além disso, devido ao crescente apelo comercial por parte dos tutores de pets, esses compostos vêm sendo estudados como alternativas aos antioxidantes sintéticos em rações (Rozenblit et al., 2018; Schlieck et al., 2021).

Fitogênicos

O uso de enzimas na nutrição de aves

Uma das principais motivações do uso de enzimas é otimizar o aproveitamento de nutrientes dos ingredientes utilizados na dieta. Sendo assim, uma vez que se faz a inclusão de enzimas exógenas nas formulações, é possível diminuir a proporção de determinados ingredientes na dieta.

As pesquisas com enzimas para aves avançaram de forma significativa nos últimos 40 anos. Tendo em vista que nos anos 80, os resultados promissores na nutrição de aves eram vistos com estudos avaliando carboidrases (xilanase, celulase e glucanase).

A partir dos anos 90, os estudos com fitase ficaram mais evidentes e assim tornando mais seguro e efetivo os benefícios desse aditivo que atualmente junto de outras carboidrases tem grande representatividade na indústria de nutrição animal.

Muitas dessas enzimas são fornecidas em formas de blends ou complexos enzimáticos na dieta de aves com o objetivo de diminuir o impacto negativo da variação do valor nutricional dos ingredientes e também do preço das fontes que são utilizadas, isso por sua vez traz benefícios sinérgicos no aproveitamento de nutrientes e no desempenho (Cowieson et al., 2005; Cowieson et al, 2006; Hao et al., 2014; Gallardo et al., 2020).

Atualmente, mais de 90% das formulações de rações para frangos de corte contêm fitase. Os benefícios do uso de fitase estão focados em melhorar o aproveitamento de fósforo fítico dos ingredientes, consequentemente reduzir a proporção de fosfato nas dietas, bem como diminuir a concentração de fósforo nas excretas e diminuir o impacto ambiental.

No estudo conduzido por Barrili et al. (2020), a digestibilidade de nutrientes da dieta foi melhorada com o uso de 750 e 1500 FTU/ kg de dieta, bem como impactou de modo positivo em características ósseas como peso, concentração de cálcio e fósforo na tíbia.

No estudo de Bassi et al., (2022), foram avaliadas doses de fitase (0, 1000 e 2500 FYT/kg de dieta) na dieta de perus e os autores constataram a eficácia da enzima no desempenho dos animais, digestibilidade de nutrientes, composição mineral dos ossos.

Bem como um efeito extra fosfórico quando a dose de fitase foi aumentada, esse incremento foi observado pela melhora nos valores de digestibilidade de nutrientes, mineralização óssea e concentração de mio Inositol no plasma.

Outro grupo de enzimas que tem sua atividade comprovada, são as carboidrases. Nesse material vamos explorar de forma mais ampla resultados recentes com estudos que investigaram o uso de amilase.

Diversas pesquisas mostram a eficácia da amilase no desempenho e digestibilidade de nutrientes por frangos de corte quando alimentados com diferentes proporções de milho, dietas contendo lotes de milhos com diferentes valores de solubilidade proteica, e até mesmo investigando o efeito da enzima na variação individual dos animais quanto a digestibilidade de amido (Stefanello et al., 2019; Liu et al., 2020; Schramm et al., 2021; Zhou et al., 2021; Bassi et al., 2023).

Quanto ao uso de protease, estudos recentes constataram efeitos positivos no desempenho e digestibilidade de proteína e aminoácidos para frangos de corte quando alimentados com dietas a base de milho e farelo de soja (Stefanello et al., 2024; Zavelinski et al., 2024; Xavier Junior et al., 2024).

Além disso, essa estratégia ajuda a reduzir os custos com insumos, pois, dependendo da região, o uso da enzima pode ser mais vantajoso do que o de certos ingredientes (Cowieson et al., 2020). E ainda de acordo com os mesmos autores, a protease também melhora a uniformidade dos lotes, diminuindo a variabilidade fisiológica dos animais, especialmente em casos de grande heterogeneidade fenotípica.

Como a inclusão de fitogênicos pode impactar na

dieta de aves?

A incorporação de aditivos fitogênicos na dieta das aves apresenta-se como uma alternativa estratégica, atendendo à crescente demanda por métodos de produção que sejam ao mesmo tempo eficazes e ecologicamente sustentáveis.

Esses aditivos, derivados de compostos bioativos de plantas, estão sendo cada vez mais utilizados para melhorar o desempenho animal, substituindo antibióticos cuja utilização é limitada devido ao risco de desenvolvimento de microrganismos resistentes, o que impacta tanto a saúde animal quanto humana.

Além de suas propriedades antimicrobianas, os fitogênicos têm mostrado potencial para neutralizar espécies reativas de oxigênio, ajudando a proteger o DNA e a expressão de proteínas hepáticas.

Esses compostos também estabilizam citocinas inflamatórias, reduzem a atividade de substâncias que promovem o crescimento celular descontrolado e auxiliam na regulação da absorção de minerais, como ferro e cálcio (Flora et al., 1998).

No trato digestivo, a suplementação com fitogênicos pode resultar em vilosidades intestinais mais altas, o que favorece a digestibilidade de nutrientes como proteína bruta e fósforo. Também é observado um impacto positivo na microbiota intestinal, com aumento de bactérias benéficas, como Lactobacillus, e redução de patógenos, como E. coli (Mehri et al., 2015).

Vários estudos específicos reforçam os benefícios de diferentes fitogênicos, como demonstrado por Li et al. (2015) que observaram que o extrato de fitoncida, um composto orgânico volátil extraído da espécie de pinheiro Pinus koraiensis, quando adicionado na dieta em frangos de corte em doses de 0, 0,5 e 1 g/kg, promoveu o crescimento da musculatura peitoral e melhorou a eficiência de crescimento e o estado de saúde, além de reduzir as emissões de gases das excretas.

Em um estudo com extrato de semente de Silimarina, Shanmugam et al. (2022) relataram melhorias no perfil sanguíneo, nas características de qualidade da carne, na microflora do ceco e na retenção de nutrientes em frangos de corte nas concentrações de 0%, 0,02%, 0,04% e 0,06%.

Outro estudo de Guo et al. (2019) mostrou que a suplementação com extrato de caules e folhas de Astragalus membranaceus em codornas (nas doses de 1%, 3% e 5%) aumentou o estado antioxidante, a eficiência de crescimento, a função imunológica sistêmica e a regulação da microbiota intestinal.

Além disso, Mehri et al. (2015) observaram que o extrato de hortelã (Mentha piperita L.) em codornas japonesas, nas concentrações de 10, 20, 30 e 40 g/kg, melhorou o comprimento do intestino delgado, as características das vilosidades intestinais e favoreceu o aumento de bactérias do ácido lático, ao mesmo tempo em que reduziu a presença de E. coli.

Uso e benefícios da inclusão de enzimas na nutrição de suínos

Na alimentação de suínos, a fitase, amilase e protease são as principais enzimas suplementadas para otimizar o aproveitamento de fósforo, carboidratos e proteínas, respectivamente.

As enzimas também atuam na modulação da microbiota intestinal de suínos, de modo que ajuda a otimizar a energia de carboidratos indigestíveis e fornece proteção contra patógenos, formando uma camada de defesa mucosa. Além disso, a interação entre enzimas dietéticas e microbiota intestinal pode levar a uma composição microbiana mais favorável, essencial para a digestão ideal e absorção de nutrientes (Kim et al., 2023).

Diversos processos digestivos são influenciados pelas enzimas, como a redução do pH do quimo e o estímulo à produção de enzimas pancreáticas, que ajudam ainda mais na digestão (Worning & Mullertz, 1966).

A suplementação com fitase microbiana é um método padrão para aumentar a absorção de minerais e outros nutrientes (Cowieson et al., 2017; Humer et al., 2015). Diversas pesquisas testaram fitases em dietas para suínos com o objetivo de melhorar a utilização de nutrientes e reduzir custos (Dersjant-Li et al., 2019; Rosenfelder-Kuon et al., 2020).

Estudos indicam que a suplementação de fitase aumenta o ganho de peso diário em cerca de 25g em suínos, com resultados ainda mais expressivos em leitões, que mostram um incremento de aproximadamente 40g (Guachamín-Guachamín & Quisirumbay-Gaibor, 2024). Além disso, a fitase promove a mineralização óssea e fortalece a estrutura óssea, já que eleva significativamente a digestibilidade do fósforo e do cálcio (Yin et al., 2024).

As carboidrases são enzimas que facilitam a quebra de carboidratos, incluindo amido e polissacarídeos não amiláceos (PNA), como celulose, hemicelulose e pectinas.

Elas são particularmente eficazes em dietas suínas que incluem ingredientes ricos em PNA, como cevada e trigo (Chen et al., 2023). As carboidrases mais comumente usadas na nutrição de suínos são β-glucanase e xilanase, embora outras enzimas como α-amilase, celulase e pectinase também sejam utilizadas.

As proteases são comumente adicionadas às dietas suínas juntamente com carboidrases, embora formulações de protease única também estejam disponíveis (Atoo et al., 2024). Seu uso é particularmente benéfico durante a fase de creche, por conta da diminuição em sua própria atividade enzimática após o desmame.

Além disso, as proteases auxiliam na digestão de proteínas de soja que são difíceis para os leitões e ajudam na degradação de alérgenos de soja (Galli et al., 2024).

Benefícios de aditivos fitogênicos para suínos

A eficácia dos fitogênicos pode variar dependendo de fatores como a dose, a forma de aplicação e a fonte dos ingredientes. Apesar dos benefícios reconhecidos, ainda há necessidade de mais estudos para determinar as doses ideais, a combinação de fitogênicos e seus efeitos em diferentes categorias de suínos (Biswas, 2024).

Fitogênicos podem interagir com outros ingredientes da dieta, o que pode impactar a digestibilidade e a absorção de nutrientes. Isso requer um planejamento cuidadoso na formulação das dietas (Wang et al., 2024).

Cada grupo químico de fitogênicos possui um modo de ação distinto. Por exemplo, os compostos fenólicos e flavonoides são conhecidos por suas propriedades antibacterianas e antioxidantes (Rafeeq et al., 2023).

Entre os impactos dos fitogênicos estão o estímulo à liberação de fluidos digestivos e enzimas, a modulação da resposta imunológica, mudanças na estrutura intestinal, melhor absorção de nutrientes e, consequentemente, uma melhora no desempenho (Shah, 2015).

A inclusão de extratos herbais na dieta de suínos tem gerado resultados positivos significativos em termos de saúde, crescimento e qualidade da carne.

Por exemplo, Wang et al. (2022) observaram que a combinação de Scutellaria baicalensis e Lonicera japonica, quando administrada a porcas e leitões em lactação na dosagem de 1 g/kg, aumentou a concentração de moléculas relacionadas à imunidade no leite materno e no soro, resultando em melhorias na saúde e eficiência de crescimento dos leitões.

Da mesma forma, Chang et al. (2022) relataram que a adição de extratos de citros amargos, timol e carvacrol (0.01%, 0.04% e 0.10%) em leitões desmamados melhorou a eficiência de crescimento ao promover a morfologia intestinal, a resposta do sistema imunológico e a expressão de tecido conjuntivo.

Liu et al. (2008) também evidenciaram que um extrato específico em doses de 250 mg/kg de ração, aplicado a suínos em fase de engorda, melhorou o desempenho de crescimento e demonstrou variação específica nos níveis de mRNA do receptor tipo 1 do fator de crescimento semelhante à insulina.

Uso e aplicações de enzimas na nutrição de cães

A maioria dos alimentos para cães é produzida por meio do processo de extrusão. Dependendo da classificação mercadológica, esses produtos podem incluir ingredientes de origem vegetal, como farelo de trigo e farelo de arroz, utilizados como fontes de fibra, e farelo de soja, empregado como fonte de proteína vegetal.

Esses ingredientes contêm compostos antinutricionais, como fitato e polissacarídeos não amiláceos (PNAs), que podem comprometer a qualidade das fezes e digestibilidade da dieta (Hsiao et al., 2006; Middelbos et al., 2007).

Nesse contexto, o uso de enzimas exógenas poderia ser uma estratégia promissora para reduzir esses efeitos negativos e melhorar o aproveitamento dos nutrientes.

Os resultados sobre o uso de enzimas exógenas em dietas para cães são inconsistentes. Isso porque, estudos que investigaram complexos multienzimáticos, compostos por carboidratases, fitases e proteases, em dietas com diferentes níveis de farelo de soja, trigo e arroz, apresentaram variações significativas nos efeitos sobre a digestibilidade.

Enquanto alguns trabalhos não identificaram impacto das enzimas na digestibilidade da dieta (Twomey et al., 2003 a; Carciofi et al., 2012; Sá et al., 2013; Tortola et al., 2013; Risolia et al., 2019), outros observaram resultados positivos sobre a digestibilidade e redução de volume de fezes (Twomey et al., 2003 b; Félix et al., 2012 a; b).

Em contraste, é possível que o uso de complexos enzimáticos possa ter efeitos positivos na microbiota intestinal, com aumento da diversidade microbiana e associação com gêneros relacionados a eubiose como Lactobacillus (Pereira et al., 2021).

Embora essa associação não seja clara, outros estudos relataram maior concentração de ácidos graxos de cadeia curta nas fezes de animais alimentados com ingredientes fibrosos e suplementados com enzimas, sugerindo que a “Ação enzimática nos PNAs” promoveu sua fermentação pela microbiota, promovendo aumento nesses metabólitos benéficos para saúde intestinal (Tortola et al., 2013).

É importante destacar que as discrepâncias observadas nos resultados podem ser atribuídas a fatores como os diferentes níveis de inclusão de ingredientes e PNAs nas dietas, além das variações nas concentrações de enzimas e no momento de sua adição ao alimento (antes ou após a extrusão).

Esses fatores podem influenciar de forma significativa nos efeitos observados, uma vez que, em alguns casos, o simples ajuste no nível de inclusão do ingrediente pode tornar desnecessário o uso de enzimas (Félix et al., 2012 a).

Dessa forma, a padronização de protocolos experimentais é importante para melhor entendimento do impacto das enzimas em dietas com diferentes perfis de ingredientes.

Além dos efeitos sobre a digestibilidade e saúde intestinal, alguns estudos avaliaram a influência das enzimas em parâmetros relacionados ao processo de extrusão.

Esses trabalhos indicam que as carboidratases podem facilitar a quebra da amilose, reduzindo a viscosidade e a resistência da massa, o que aumenta o fluxo do produto na extrusora, sem comprometer a qualidade final. Isso resulta em maior eficiência produtiva e menor consumo de energia (Carciofi et al., 2012; Sá et al., 2013).

Por fim, outra linha de pesquisa investiga o uso de enzimas como suplemento dietético coadjuvante no tratamento de doenças, como a insuficiência pancreática exócrina, onde o uso de amilase, lipase e pancreatina é recomendado (Westermarck et al., 2012).

No entanto, quando esses aditivos foram avaliados em alimentos para animais saudáveis, não apresentaram efeitos significativos sobre a digestibilidade dos nutrientes ou nos níveis séricos de tripsina (Santos et al., 2017; Villaverde et al., 2017). Dessa forma, os autores concluíram que o uso de enzimas em animais saudáveis, sem necessidade clínica, não é recomendado.

Portanto, embora o uso de enzimas exógenas em dietas para cães possa oferecer benefícios específicos, ainda existem muitos desafios para identificar outras combinações ou doses de enzimas que podem ser utilizadas nas dietas para essa espécie.

O papel de aditivos fitogênicos e os efeitos na saúde de cães

Nos últimos anos, o aumento de doenças crônicas, como obesidade, diabetes, doenças articulares e câncer em cães, tem contribuído para a redução da expectativa de vida desses animais.

Esse cenário leva os tutores a buscarem alternativas dietéticas para melhorar a saúde de seus pets, muitas vezes se inspirando em tendências da nutrição humana, como o uso de ingredientes mais naturais e sustentáveis. (Viana et al., 2020).

Nesse contexto, os aditivos fitogênicos têm se mostrado promissores, pois atendem tanto às demandas dos tutores quanto às necessidades biológicas dos animais.

Os efeitos desses aditivos dependem dos compostos bioativos presentes, como polifenóis, alcaloides e terpenos, que exercem ações anti-inflamatórias, antioxidantes e antimicrobianas (Karásková et al., 2015). Esses mecanismos sugerem que os aditivos fitogênicos podem trazer benefícios significativos principalmente para cães idosos, obesos ou com doenças crônicas.

No mercado de pet food, os fitogênicos podem ser utilizados como aditivos tecnológicos, atuando como alternativas aos antioxidantes sintéticos (Campigotto et al., 2020; Schlieck et al., 2021).

Entre os mais comumente empregados estão os óleos de orégano, cravo e alecrim, demonstrando efeito semelhante ao de antioxidantes convencionais (Schlieck et al., 2021).

Embora o efeito antioxidante dos fitogênicos na qualidade dos alimentos seja promissor, a maior parte dos estudos envolvendo seu uso em cães foca na ação desses compostos no organismo animal.

Como aditivos zootécnicos, os fitogênicos podem ser incorporados ao alimento extrusado ou oferecidos como suplementos na forma de extratos ou óleos de plantas, podendo ser micro encapsulados, dependendo do tipo de processamento ao qual serão submetidos. A Tabela 2 apresenta alguns estudos que avaliam o uso de fitogênicos administrados via oral em cães, destacando seus principais efeitos.

Apesar dos benefícios dos fitogênicos para a qualidade dos alimentos e saúde animal, seu uso na indústria pet food enfrenta desafios quanto ao regulatório e à avaliação de resultados científicos. A classificação de alguns compostos como flavorizantes pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) limita a comunicação de seus efeitos biológicos nos rótulos.

E, nos estudos, a complexidade na distinção e identificação botânica dos produtos fitogênicos, como ervas, extratos e óleos essenciais, dificulta a avaliação precisa dos resultados.

Ainda, existe a preocupação com a citotoxicidade de alguns fitogênicos, que por serem lipofílicos, que podem causar danos celulares (Burt, 2004; Saad et al., 2013).

Por fim, a palatabilidade dos alimentos contendo fitogênicos também é um desafio, pois cães podem rejeitar os sabores e odores desses compostos devido a seletividade alimentar (Sakkas et al., 2017; Soares et al., 2023).

Considerações finais

Embora o uso de enzimas seja uma estratégia nutricional bem adotada pela indústria na produção e a inclusão de aditivos fitogênicos seja reconhecida pelos seus diversos benefícios demonstrados na literatura, ainda há desafios relacionados à determinação de doses e de sua eficácia na avaliação conjunta com diferentes ingredientes da dieta e sobre possíveis interações que possam potencializar os benefícios tanto para animais de produção, quanto para animais de companhia.

Benefícios e desafios no uso de enzimas e aditivos fitogênicos na nutrição de aves, suínos e cães

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Tabela 2. Exemplos de uso de aditivos fitogênicos em cães e seus benefícios (Fonte: Souza, 2024).

Aditivo fitogênico

Extrato de pimenta Habanero Cães com tumores

Polifenóis do chá verde

Extrato de curcumina

Blend de óleos essenciais de cravo, orégano, alecrim e vitamina E

Timol, carvacrol e cinamaldeído microencapsulados

Blend de óleos funcionais de copaíba, líquido da casca da castanha de caju e pimenteiras

Blend de óleo essencial de orégano e mananoligossacarídeos

Cães machos

Efeitos favoráveis em diferentes tumores e foi bem tolerado pelos animais

Efeitos anti-obesidade e antiinflamatórios e melhoram a imunidade gastrointestinal

Beagles filhotes ↑ Capacidade antioxidante total, efeito anti-inflamatório

Cães da raça beagle

Cães da raça beagle

Beagles adultos submetidos a desafio cirúrgico

Cães da raça beagle

Efeito antioxidante

Efeito antioxidante e redução da contagem de Salmonella e Escherichia coli

Efeito anti-inflamatório e antioxidante e redução do gênero Streptococcus

Adaszek et al. (2017)

Li et al. (2020)

Campigotto et al. (2020)

Schlieck et al. (2021)

Campigotto et al. (2021)

Souza et al. (2023)

↓Digestibilidade da matéria seca da dieta, palatabilidade, concentrações de compostos nitrogenados nas fezes e ↑ gêneros relacionados a eubiose, diversidade bacteriana.

Soares et al. (2023)

A SUPLEMENTAÇÃO COM CELMANAX EM DIETAS DE REPRODUTORAS E FRANGOS DE CORTE REDUZIU A PREVALÊNCIA DE SALMONELLA

Equipe técnica Arm & Hammer

INTRODUÇÃO

RESUMO DOS ESTUDOS

CELMANAX™ é um suplemento natural multicomponente que contém Carboidratos Funcionais Refinados™ (RFC™) e recebeu o status de GRAS (Generally Recognized as Safe – Geralmente Reconhecido como Seguro) como ingrediente de rações animais.

Dois estudos independentes1,2 foram conduzidos para avaliar o efeito da suplementação com CELMANAX em dietas de reprodutoras e frangos de corte sobre a prevalência de Salmonella.

ESTUDO

11

Um total de 1040 reprodutoras de frangos de corte, com um dia de idade, foram alojadas em 16 baias (60-65 fêmeas e 8-18 machos por baia; 8 baias por tratamento)

As reprodutoras foram alimentadas com 0 ou 50 g/ton de CELMANAX SCP

Os ovos de reprodutoras com 51 semanas de idade foram coletados e incubados. Os machos da progênie foram alimentados com dietas contendo 0 ou 50 g/ton de CELMANAX SCP.

Todas as aves (n=192) foram testadas para a presença de Salmonella spp. no ceco aos 34 dias de idade

Os cecos das aves reprodutoras (n=28-30) de cada tratamento foram coletados às 23 e 64 semanas de idade e estes foram testados para a prevalência de Salmonella

O desempenho das aves reprodutoras foi avaliado

ESTUDO 22

Pintos de corte Ross com um dia de idade, separados por sexo, foram alojados em 24 baias com 12 aves cada, por dieta e por sexo, e alimentados com 0 ou 50 g/ton de CELMANAX SCP.

As aves receberam rações iniciais, de crescimento e terminação

As baias de frangos de corte foram testadas para a prevalência de Salmonella na cama de frango

Foi testada também a prevalência de Salmonella nos cecos das aves

O desempenho dos frangos de corte foi avaliado

1 Walker et al. Poult Sci 2017;96(8):2684-2690.

2 Walker et al. Poultry Science 2018;97:1412–1419.

RESULTADOS

No Estudo 1, as aves reprodutoras do grupo controle apresentaram 71,43% e 40,00% de prevalência de Salmonella no ceco, às 23 e 64 semanas, respectivamente. Nas aves alimentadas com CELMANAX foi observada prevalência zero de Salmonella (P<0,01) (Figura 1)

Reprodutoras com 23 semanas

Reprodutoras com 64 semanas P<0,01

Figura 1. Efeitos dos tratamentos sobre a % de prevalência de Salmonella no ceco de reprodutoras de frangos de corte – Estudo 1

No Estudo 1, a progênie das reprodutoras alimentadas com dieta controle que também recebeu dieta controle apresentou uma prevalência de Salmonella de 12,5% no ceco, enquanto as aves nascidas de reprodutoras alimentadas com CELMANAX que receberam 0 ou 50 g/ton de CELMANAX apresentaram zero prevalência de Salmonella na amostragem aos 34 dias (Figura 2)

Reprodutoras alimentadas com dieta controle

Reprodutoras alimentadas com CELMANAX

Dieta controle de frangos de corte

Dieta CELMANAX 50 g/Ton em frangos de corte

Figura 2. Efeitos dos tratamentos em reprodutoras e frangos de corte sobre a % de prevalência de Salmonella no ceco de frangos de corte – Estudo 1

RESULTADOS

No Estudo 2, Salmonella spp. foi isolada da cama de frango em 7 das 48 (14,58%) baias de frangos de corte alimentados com a dieta controle, porém não foi isolada (0%) nas baias de aves alimentadas com CELMANAX (P≤0,05) (Figura 3)

Sem CELMANAX CELMANAX 50 g/Ton

Figura 3 - Efeitos dos tratamentos em frangos de corte sobre a % de incidência de Salmonella na cama de frango – Estudo 2

A amostragem cecal para Salmonella em frangos de corte com 44 e 55 dias de idade confirmou as prevalências de 45,83% e 29,17%, respectivamente, nas aves alimentadas com a dieta controle. No entanto, foi observada prevalência zero nas aves alimentadas com CELMANAX (Figura 4).

Nas fêmeas de frangos de corte alimentadas com CELMANAX se observou uma tendência de maior peso corporal e melhor conversão alimentar (dados não apresentados).

0 g/Ton

CELMANAX, 50 g/Ton

CONCLUSÃO

Figura 4 - Efeitos dos tratamentos sobre a % de prevalência de Salmonella no ceco de frangos de corte –Estudo 2

A suplementação com CELMANAX em dietas de reprodutoras e frangos de corte reduziu significativamente a prevalência de Salmonella na cama de frango e no ceco, comprovando os benefícios do produto em uma estratégia multifatorial de mitigação de Salmonella na produção de aves.

A suplementação com CELMANAX em dietas de reprodutoras e frangos de corte reduziu a prevalência de Salmonella

ESCOLHA SUA FONTE DE POTÁSSIO COM SABEDORIA

Jorge Castro, Gerente de Serviços Técnicos LATAM, Nutrição Animal Arm & Hammer

Opotássio é um nutriente essencial para manter a produtividade e mitigar o estresse térmico dos animais. É também um nutriente móvel, ou seja, não deixa reservas no organismo e deve ser fornecido na ração diária.

A ausência de reposição de potássio pode causar deficiência e os animais podem apresentar redução de crescimento, fraqueza ou enrijecimento muscular, menor consumo de ração, distúrbios nervosos, palpitações cardíacas e outros.

A inclusão de fontes de potássio na dieta exige um manejo cuidadoso. O potássio faz parte de um crítico equilíbrio eletrolítico, que deve ser mantido quando se faz a suplementação via ração. Além disso, algumas fontes de potássio podem causar aquecimento da ração e perda de nutrientes. Portanto, é importante minimizar o risco de aquecimento o máximo possível.

Encontrar o equilíbrio correto se resume à fonte de potássio utilizada.

Minerais

EQUILÍBRIO ELETROLÍTICO DE FORMA SIMPLIFICADA

Existem duas fórmulas comuns para calcular o equilíbrio eletrolítico na nutrição animal, as quais nos ajudam a entender o importante papel do potássio na dieta.

A fórmula para calcular o equilíbrio eletrolítico da dieta (EED) é:

(Sódio + Potássio) – Cloro

A fórmula para calcular a diferença cátion-aniônica da dieta (DCAD) é:

(Sódio + Potássio) – (Cloro + Enxofre)

O QUE PODE PROVOCAR UM DESEQUILÍBRIO?

Esses elementos estão estreitamente relacionados. Isso significa que nenhum deles pode ser considerado individualmente, uma vez que um equilíbrio entre todos é necessário para manter e otimizar a saúde dos animais.

O organismo do animal possui um sistema de tamponamento que mantém o pH fisiológico próximo do normal e previne a maioria dos desequilíbrios. No entanto, muitos fatores podem afetar os níveis desses elementos a qualquer momento.

Ambas as fórmulas são comumente manipuladas para maximizar a saúde e produtividade dos animais. Os níveis de cátions (sódio e potássio) – que são íons carregados positivamente – e ânions (cloro e enxofre) – que são íons carregados negativamente – na dieta podem ser ajustados para criar um equilíbrio positivo ou negativo.

Em bovinos de leite, por exemplo, se utilizam dietas DCAD negativas na fase pré-parto para prevenir a hipocalcemia, enquanto as dietas de lactação são DCAD positivas para apoiar a produção de leite.

Por exemplo, as necessidades diárias de manutenção dos animais, a produção e alguns fatores ambientais como o estresse térmico esgotam o potássio e normalmente é necessário suplementar a dieta para manter seus níveis.

OS ALIMENTOS PARA ANIMAIS FORNECEM NÍVEIS SUFICIENTES DE POTÁSSIO?

As dietas à base de trigo, milho e soja são geralmente consideradas “suficientes” em termos de fornecimento de potássio. No entanto, os animais normalmente requerem uma relação EED/DCAD maior do que a fornecida na ração sem suplementação de potássio.

Para aproveitar os benefícios de uma maior relação EED/DCAD, é necessário suplementar sódio e potássio.

QUAL É A MELHOR FONTE DE POTÁSSIO PARA

INCLUSÃO NA DIETA?

O carbonato de potássio, encontrado no DCAD Plus™ da Arm & Hammer, é a melhor opção para inclusão de potássio na dieta.

Muitos nutricionistas e produtores utilizam o cloreto de potássio, porém este possui uma desvantagem no que diz respeito ao equilíbrio eletrolítico. A carga iônica positiva do potássio e a carga iônica negativa do cloreto se neutralizam no equilíbrio eletrolítico. Em outras palavras, o EED ou o DCAD não pode se tornar mais positivo para atender as necessidades da produção.

O carbonato de potássio atua de maneira diferente porque fornece apenas potássio. Ele pode ser utilizado para criar uma relação

EED/DCAD mais positiva, ajudando a manter a produção.

COMO O POTÁSSIO AQUECE A RAÇÃO?

As fontes de potássio normalmente geram calor quando expostas à umidade. O calor gerado acaba aquecendo toda a ração, o que pode causar seu “cozimento” e também a perda de nutrientes essenciais. A proteína é particularmente susceptível.

As moegas e silos podem até gerar vapor quando ocorre esse “cozimento”. Uma pilha de ração exalando vapor deve ser espalhada no solo para que esfrie. Há também risco de incêndio.

Os animais que consomem ração quente também sentem os efeitos. Reduzir o aquecimento da ração é uma estratégia necessária para diminuir o estresse térmico.

Escolher a fonte correta de potássio ajuda a minimizar o risco de aquecimento da ração, assim como adicionar o potássio próximo à etapa final da mistura.

QUAIS FONTES DE POTÁSSIO MINIMIZAM O AQUECIMENTO DA RAÇÃO?

Existem três fontes principais de potássio para inclusão na dieta:

Bicarbonato de potássio

Carbonato de potássio anidro

Carbonato de potássio sesqui-hidratado (DCAD Plus™)

O bicarbonato de potássio não provoca aquecimento da ração, porém sua forma contém apenas metade da quantidade de potássio encontrada no carbonato. Como resultado, o bicarbonato de potássio tem um custo cerca de duas vezes superior, tornando impraticável sua utilização.

O carbonato de potássio anidro gera muito calor quando exposto à umidade, tornando o aquecimento da ração uma grande preocupação.

DCAD Plus™ utiliza o carbonato de potássio sesqui-hidratado. Essa forma de potássio não gera calor por ser parcialmente hidratada, eliminando a possibilidade de aquecimento em rações úmidas.

Minerais

QUAIS ESPÉCIES SE BENEFICIAM MAIS COM A INCLUSÃO DE CARBONATO DE POTÁSSIO NA DIETA?

Muitas espécies se beneficiam da inclusão de carbonato de potássio na dieta. Diversas pesquisas têm sido conduzidas em vacas leiteiras lactantes e não lactantes, e os nutricionistas se sentem à vontade para gerenciar os níveis de DCAD em dietas de bovinos de leite.

Quando os níveis de cloreto ou enxofre são elevados, o equilíbrio eletrolítico geral se torna especialmente importante – e os cátions (sódio e potássio) são necessários para compensar os ânions carregados negativamente.

Embora não tenham sido amplamente adotados, as operações avícolas podem aplicar os mesmos princípios no manejo de dietas de frangos de corte e galinhas poedeiras, com efeitos semelhantes sobre a produção e mitigação do estresse térmico.

POR QUE OS PRODUTORES AVÍCOLAS DEVERIAM USAR O CARBONATO DE POTÁSSIO?

Níveis baixos de potássio são nocivos para as aves e podem provocar aumento da pressão sanguínea, doenças cardíacas e morte súbita, especialmente em dietas com altos teores de sal. Aumentar os níveis de potássio e reduzir o sal pode ajudar a diminuir a pressão sanguínea e o risco de acidente vascular cerebral.

Níveis baixos de potássio podem também reduzir os teores de cálcio, que é necessário para a formação de ossos e cascas fortes.

Além disso, o desequilíbrio eletrolítico causa distúrbios metabólicos como discondroplasia tibial e alcalose respiratória em galinhas poedeiras. Níveis excessivos de sódio em relação ao potássio, junto com altos níveis de cloreto, podem causar discondroplasia tibial.

As aves também são susceptíveis à perda de potássio durante períodos de estresse térmico, e o bicarbonato de sódio por si só não é capaz de mitigar esse estresse.

QUANDO SE DEVE FORNECER O CARBONATO DE POTÁSSIO?

O carbonato de potássio pode ser adicionado à dieta durante todo o ano e ajustado quando necessário para equilibrar os eletrólitos e otimizar a produção.

Onde posso aprender mais?

Visite o site da Arm & Hammer para aprender mais sobre o carbonato de potássio e o DCAD Plus™.

Entre em contato com seu representante local.

Escolha sua fonte de potássio com sabedoria BAIXAR EM PDF

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