

MARÇO 2025 vol. 25 núm. 1
A IMPORTÂNCIA DA ANÁLISE DE DADOS
DO EMBRIODIAGNÓSTICO PARA O GERENCIAMENTO DO INCUBATÓRIO
















Uma plataforma de soluções para o controle dos cascudinhos.


MARÇO 2025 vol. 25 núm. 1
Uma plataforma de soluções para o controle dos cascudinhos.
EDITOR
AGRINEWS
A Influenza Aviária continua a ser uma ameaça crescente para a avicultura global, especialmente para os maiores exportadores de carne de frango. Com surtos recorrentes nos Estados Unidos e em outros países, o Brasil, já líder no setor, se vê diante de uma janela de oportunidade para aumentar suas exportações, enquanto os concorrentes enfrentam dificuldades para controlar a propagação da doença.
De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde Animal, mais de 34 países registraram surtos de gripe aviária entre janeiro e fevereiro deste ano, com os Estados Unidos destacando-se com mais de 60 focos ativos. Outros países exportadores importantes, como Reino Unido, Alemanha, Polônia e Holanda, também enfrentam surtos consideráveis.
Esses números refletem uma realidade desafiadora para a avicultura internacional, e o impacto nas exportações dos EUA é cada vez mais evidente.
Enquanto o Brasil viu um aumento de 10% nos embarques de carne de frango em janeiro, impulsionado pela forte demanda de mercados como China, União Europeia e Filipinas, o país também se beneficia da escassez de oferta causada pelos surtos nos concorrentes. A projeção de exportações brasileiras para 2025, inicialmente estimada em 5,4 milhões de toneladas, provavelmente será revisada para cima, à medida que o Brasil se beneficia do enfraquecimento de seus principais rivais.
No entanto, o panorama nos Estados Unidos está longe de ser estável. Há um debate acirrado no país sobre a adoção da vacinação contra a gripe aviária. O setor de ovos pede medidas mais contundentes, como a autorização de vacinas para granjas, após o surto afetar gravemente a produção de ovos e elevar os preços. Por outro lado, as processadoras de frango, alertam para os riscos de uma estratégia de vacinação, que poderia afetar negativamente suas exportações. A questão central é que muitos países importadores, especialmente os da União Europeia, podem suspender as compras de carne de frango americana caso a vacinação seja aprovada, o que criaria um grande impasse no comércio internacional.
Enquanto isso, o Brasil segue sua trajetória com uma política de livre de Influenza Aviária, o que garante a continuidade da confiança dos mercados internacionais. A ABPA, em comunicado recente, afirmou que o crescimento da demanda por carne de frango, impulsionado pela crise nos concorrentes, mantém as expectativas positivas para o ano de 2025. Com mais de 450 mil toneladas previstas para serem embarcadas em fevereiro, a tendência é de crescimento contínuo.
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Por José Antonio Ribas Jr. Diretor Técnico aviNews Brasil
O Brasil precisa, mais do que nunca, reforçar seu status sanitário, livre de Influenza Aviária, para garantir não só a manutenção, mas a expansão de sua liderança no mercado mundial. A crise nos Estados Unidos serve como um alerta para a importância de políticas sanitárias rigorosas e eficazes, algo que o Brasil deve continuar a priorizar para se consolidar como o maior fornecedor de carne de frango do mundo.
Preço:
30 $ Brasil
90 $ Internacional
Periodicidade: trimestral
A revista aviNews Brasil é uma publicação nacional, editada em português, cujo editorial é direcionado à cadeia avícola, incluindo associações de avicultores, instituições de ensino, sindicatos, empresas e o Ministério da Agricultura e Pecuária. Os artigos, bem como informes publicitários não expressam a opinião dos editores. É proibida a divulgação total ou parcial de conteúdos publicados sem a autorização dos
06
Por que as salmonelas S. MINNESOTA e S. HEIDELBERG emergiram na avicultura brasileira?
M.V., M.Sc. Dino Garcez Consultor em sanidade avícola
Bioimunomoduladores na Avicultura: um bom exemplo de que “a ciência também imita a vida”
Eduardo Muniz
Gerente de serviços técnicos e pesquisa aplicada - Zoetis – Aves
18
Detecção precoce de deficiências nutricionais e doenças
José Francisco Miranda Jr. Gerente de Serviços de Precisão, dsm-firmenich
COBB-VANTRESS anuncia mudanças no time de serviço técnico, vendas e marketing para região LatCan
COBB LatCan
Implicações e resultados do processo de incubação sobre a qualidade de pintainhos
Vinicius Santos Moura
Doutorando no departamento de Zootecnia da Universidade Federal da Grande Dourados
42
A importância da análise de dados do embriodiagnóstico para o gerenciamento do incubatório
Renata Steffen
Me. Veterinária - Consultora de incubatório Brasil / América Latina
Temperatura da casca do ovo: como obter a sinergia ideal entre a incubadora e o nascedouro para melhorar a qualidade dos pintinhos
Roger Banwell1 e Eduardo Romanini2 1Especialista Sênior em Incubatório; 2Coordenador de P&D em Incubação Petersime
Innovax® ILT-IBD: Proteção é o nosso legado
Equipe técnica MSD
Revestimentos sustentáveis para reduzir as perdas de ovos
Paula Gabriela da Silva Pires1 , Priscila de O. Moraes 2 , Gabriel da S. Oliveira3 e Vinicius M. dos Santos 4
1Instituto Federal Catarinense;
2Universidade Federal de Santa Catarina;
3Universidade de Brasília; 4Instituto Federal de Brasília
Eficácia da cipermetrina e imidacloprid para o contole de cascudinhos em aviários
Fabrizio Matté1 , Luiz Eduardo Takano2 e Patrick Iury Roieski2
1Consultor técnico aves; 2Assistente técnico aves
Ração triturada ou micropeletizada: qual a melhor escolha para frangos de corte? 62
Brenda C. P. dos Santos1 , Eduarda G. Rychwa2 , Isabella de C. Dias 3 , João
P. F. R. de Oliveira1 , Vivian I. Vieira 4 , Simone Gisele de Oliveira5 e Alex Maiorka5
1Mestrandos em Zootecnia, UFPR;
2Graduanda em Agronomia, UFPR; 3Doutoranda em Ciências Veterinárias, UFPR; 4Doutoranda em Zootecnia, UFPR; 5Professor Titular, UFPR
Impacto da ambiência sobre problemas respiratórios ligados ao gás amônia
Kenes Leonel de Morais Castro CST Nacional Aves JR - Agroceres Multimix
Qualidade da cama na criação de frangos de corte
Marcos Antonio Dai Prá Ger. Saúde Animal - CIEX Agropecuário BRF
TECHNOSPORE, cepa probiótica que une o melhor de dois mundos
Equipe técnica BIOCHEM Latam
A vacinação in ovo com a tecnologia EMBREX® ajuda a promover uma resposta imune mais precoce e robusta nos pintinhos
Equipe técnica ZOETIS LATAM
Os grãos secos de destilaria de milho (DDGS) na alimentação de codornas reduzem os gastos com a nutrição
Marcos Adriano Pereira Barbosa1 e Simara Marcia Marcato2
1Doutorando em Zootecnia, UEM-PR; 2Professora do Departamento de Zootecnia, UEM-PR
O sucesso da avicultura depende da qualidade da carcaça
Dra Kelen Zavarize
Gerente de serviços técnicos da NovusR
Opinião do especialista: Como podemos melhorar o desempenho imunológico e intestinal das aves nas primeiras semanas?
Luís Rangel
Médico Veterinário pela UFRGS, Mestre em Agronomia com ênfase em Nutrição Animal pela USP
Manejo de incubação: estratégias para garantir a qualidade do pintinho de um dia
Aviagen América Latina
M.Sc. M.V. Dino Garcez
Consultor em sanidade avícola
As salmoneloses em humanos figuram entre as principais responsáveis por doenças transmitidas por alimentos (DTAs), sendo que foram identificadas em 11% (1.559) dos surtos de toxinfecção registrados entre os anos de 2012 e 2021 no Brasil.
Em 2022, aproximadamente 6% dos alimentos incriminados em surtos de transmissão hídrica e alimentar foram provenientes de produtos avícolas de acordo com os dados do Ministério da Saúde.
Por outro lado, vale ressaltar o alto grau de inocuidade da carne de frango brasileira, o que justifica o status do país de maior player mundial em exportações e segundo maior produtor mundial de carne de frango (ABPA, 2023).
As fontes de salmonelas paratíficas (que não causam doenças nas aves) na produção avícola são diversas, podendo ser transmitidas de forma vertical ou
As principais fontes de contaminação incluem as aves reprodutoras, incubatórios, camas aviárias, ração, água, veículos de transporte, vetores,
A utilização abusiva de antimicrobianos leva à seleção de bactérias resistentes. Este é um fenômeno de grande complexidade e, acima de tudo, um relevante tema de saúde pública. A RAM pode ocorrer de duas maneiras:
Portanto, é crucial controlar este patógeno em todas as fases da cadeia produtiva, onde os ovos incubáveis, materiais, veículos e fômites devem ser submetidos a processos de limpeza e desinfecção criteriosos e eficazes.
Mais recentemente tem se verificado a emergência dos sorovares S. S. Heidelberg (SH) nas explorações avícolas do sul do Brasil, os quais são frequentemente detectados em aves assintomáticas, granjas, abatedouros e nos produtos cárneos representando um risco potencial para humanos.
Pesquisas científicas recentes demonstraram que o aumento da prevalência destes agentes está atrelado a sua alta capacidade de resistência e persistência tanto nas aves
1. Forma natural ou intrínseca, associada à ausência de sítio alvo para antibióticos, mecanismos de efluxo;
2. Forma induzida ou adquirida que envolve a transferência horizontal de genes de resistência entre bactérias de mesma espécie ou mesmo entre distintas espécies.
Vale pontuar que, considera-se multirresistência a drogas (MDR) quando um determinado microorganismo apresenta resistência a pelo menos três classes diferentes de antibióticos. Em uma pesquisa realizada em 2015 no Brasil, com 342 amostras de suabes de arrasto oriundas de granjas avícolas no Paraná, a SH apresentou um dos mais elevados índices de MDR.
Em nível nacional, existe uma ampla diversidade genética deste sorovar, com uma alta incidência de genes ligados à RAM. De maneira similar, sabe-se que a SM também apresenta MDR bem como alta similaridade genética (90%) entre alguns isolados de origem humana e avícola.
Em uma pesquisa científica mais recente utilizando 20 sorovares de SH e SM de origem avícola (pro-pés de cama aviária), provenientes de empresas do sul do Brasil, verificou-se que 100% dos isolados apresentaram MDR e foram sensíveis a apenas um antibiótico (GARCEZ et al., 2023) (Figura 1).
Sabe-se que a SM tolera a presença de alguns desinfetantes comumente utilizados na indústria tal como o hipoclorito de sódio a 1%, isso se deve em parte à sua capacidade de formação de biofilme (Figura 2), que são estruturas complexas que incluem comunidades microbianas ligadas a uma matriz de polímero produzida pelos próprios micro-organismos e que permite a troca de material genético, tais como genes de patogenicidade e RAM.
S. Heidelberg S. Minnesota
Figura 1. Perfil de resistência antimicrobiana (%) dos isolados de campo de S. Heidelberg e S. Minnesota ENR= enrofloxacina, TOB = tobramicina, RIF = rifampicina, SUL = sulfazotrim, FLO = florfenicol, MET = metronidazol ACA = Ácido clavulânico + amoxicilina, CEF = cefalexina, CEFO = cefotaxima, TET = tetraciclina, LIN = linezolida, CLI = clindamicina, IMI = imipenem, MDR= multirresistência a drogas
Estes aspectos puderam ser comprovados no mesmo estudo citado anteriormente onde a maioria dos isolados de SH e SM produziram biofilme (Quadro 1) ao mesmo tempo que apresentaram os genes associados à expressão de RAM (csgD e fimH).
O Quorum sensing (QS) é um mecanismo fundamental na formação de biofilme pois controla e regula a sua formação.
O QS é uma comunicação entre as células bacterianas que varia em função da sua densidade, está envolvido na expressão gênica (ex. genes de virulência para expressão de exoenzimas) e no metabolismo de bactérias presentes no biofilme, incluindo a resistência ao estresse.
O gene LuxS figura na literatura científica como um dos genes fortemente associados ao QS e foi detectado em 95% dos isolados de SH e SM no mesmo estudo supracitado.
Assim, a capacidade de Salmonella spp. para formar biofilmes tanto em hospedeiros como no ambiente, especialmente em plantas de processamento de alimentos e instalações avícolas contribui para o desenvolvimento da RAM.
A formação de biofilmes é favorecida pelo acúmulo de matéria orgânica tais como poeira, sujidades e incrustações as quais devem ser removidas por ação mecânica.
Vale lembrar que os desinfetantes não atuam bem sobre a matéria orgânica, portanto a limpeza a seco, seguida da aplicação de detergentes são etapas prévias fundamentais para aumentar a eficiência dos desinfetantes e reduzir a pressão de infecção no galpão.
Nas figuras 3, 4 e 5 pode-se observar pontos de acúmulo de matéria orgânica os quais favorecem a presença de biofilmes durante o processo produtivo.
Figura 3. Sujidade acumulada na caixa d’água do arco de desinfecção. Fonte: acervo pessoal
Figuras 4 e 5. Poeira acumulada no interior do aviário. Fonte: acervo pessoal
Inicialmente, é fundamental a remoção física de qualquer crosta ou sujidade acumulada nas instalações e equipamentos do aviário seguidos da aplicação de detergentes e desinfetantes em linha com protocolos préestabelecidos.
Um ponto de atenção que muitas vezes é negligenciado é a limpeza do sistema de distribuição de água (incluindo bebedouros) durante o intervalo entre lotes onde é fundamental a utilização de detergentes alcalinos, visando a remoção eficiente dos biofilmes que comumente se acumulam durante os ciclos produtivos (Figura 5).
A reutilização das camas é uma prática amplamente adotada no Brasil que minimiza o impacto ambiental dos resíduos gerados pela avicultura bem como possibilita melhor aproveitamento dos recursos naturais (madeira).
Entretanto, recomenda-se que a cama seja substituída totalmente em casos em que esteja: com baixa capacidade absortiva (cama velha), com alta umidade (empastada), positiva para Salmonella spp. ou outros patógenos de alto impacto produtivo.
Para o devido reaproveitamento das camas, o procedimento padrão recomendado é o amontoamento seguido da sua fermentação.
Alguns pontos-chave neste processo são:
Altura mínima da leira de 1 m;
Umidade adequada (se necessário, devese agregar água).
Uso de lona de cobertura;
Tempo de fermentação entre sete e dez dias. Estas medidas visam preservar a sanidade dos lotes subsequentes bem como a inocuidade do produtos cárneos em linha com os conceitos de saúde única defendidos pela OMS (Organização Mundial de Saúde).
Estas medidas favorecem o aumento da temperatura no interior da leira (ideal que seja ≥ 60 ºC), o que além de destruir as salmonelas também controla o cascudinho que é um importante vetor de enfermidades.
Em casos em que não seja possível realizar a sua fermentação (ex. intervalo entre lotes muito curto), recomenda-se aplicar cal hidratada (Ca(OH)2) na dosagem de 3,6 Kg/ m³ de maneira homogênea até 72 h antes do alojamento com o objetivo de reduzir a atividade de água e criar condições desfavoráveis ao desenvolvimento microbiano, em especial da Salmonella spp.
A avicultura brasileira se destaca no cenário mundial por seu alto nível de competitividade e qualidade microbiológica dos produtos avícolas.
Entretanto, o controle e prevenção de salmoneloses em aves representam um grande desafio para as agroindústrias dada a sua complexa epidemiologia.
Além disso, a recente emergência de S. Heidelberg e S. Minnesota no Brasil está associada a características intrínsecas destes sorovares tais como a capacidade de produzirem biofilme e alta resistência antimicrobiana.
Assim, é fundamental aplicar medidas básicas de biosseguridade tais como limpeza e desinfecção que algumas vezes, dentro da dinâmica da produção avícola, são deixadas em segundo plano. Tais práticas em conjunto com os estudos epidemiológicos e o uso racional de antibióticos são pontos-chaves cruciais no controle e prevenção destes sorovares emergentes.
Por que as salmonelas S. Minnesota e S. Heidelberg emergiram na avicultura brasileira?
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Para mais informações sobre este artigo e suas referências bibliográficas favor consultar o autor. dino.garcez@hotmail.com
José Francisco Miranda Jr. Gerente de Serviços de Precisão, dsm-firmenich
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COBB LatCan
Companhia realizou movimentações que devem conferir maior eficiência ao atendimento e sustentar o crescimento esperado para
Para dar suporte à expansão planejada para o ano de 2025, a Cobb-Vantress, mais antiga casa genética avícola em operação no mundo, anuncia mudanças estruturais em seus times de Serviço Técnico, Vendas e Marketing, na região LatCan, que compreende toda a América Latina e o Canadá.
Médico veterinário formado pela Universidade Federal do Paraná, com passagens pelos maiores grupos da agroindústria brasileira, como BRF e JBS, tendo liderado as áreas de avós e matrizes, possui mestrado em Ciência Animal e MBA em Agronegócios, com 15 anos de experiência na avicultura.
Assume a liderança da área de Vendas no Brasil, ao lado de Vitor Hugo Brandalize.
organizacional da companhia compreendem os seguintes profissionais:
Médico veterinário e mestre em Nutrição
Animal formado pela Universidade Federal do Paraná, está na Cobb há 10 anos e, desde 2023, atua como diretor do Serviço Técnico da Cobb LatCan, respondendo por toda a equipe técnica nas regiões da América Latina e Canadá.
Assume também a liderança da área de Vendas para estas regiões. Com passagens importantes por empresas de referência na avicultura, dedica-se há mais de 30 anos à avicultura brasileira, tendo uma experiência única no setor.
Com a liderança de Vendas, Brandalize terá como objetivo fortalecer os relacionamentos com clientes e compreender suas necessidades em relação a produtos e serviços, além de desenvolver soluções personalizadas e monitorar sua experiência.
Seu objetivo será prover as melhores soluções de negócios para os clientes, fortalecendo ainda mais as alianças mantidas pela companhia.
Médico veterinário formado pela Universidade UDESC, de Santa Catarina, e especialista em Avicultura, com mais de 20 anos de experiência no setor. Ao longo de sua carreira, atuou em grupos importantes como Perdigão, BRF, Granja Faria, Hy-Line e Ceva. Na Cobb, iniciou sua trajetória como Gerente Regional do Serviço Técnico, sendo responsável pelos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, contas estratégicas e o Paraguai.
Foi agora nomeado diretor-associado de Serviço Técnico para o Brasil, onde passará a coordenar a equipe de Gerentes Regionais no país, ao lado de Vitor Hugo Brandalize.
Seu objetivo é atuar de forma estratégica junto aos clientes, mantendo o padrão de excelência da companhia, otimizando o desempenho dos produtos e garantindo a satisfação dos clientes.
Com larga experiência de mais de 25 anos na avicultura brasileira, foi gerente de Matrizes em uma das líderes de produção de ovos da América Latina, a Globoaves, com resultados que permanecem referência no setor. Médico veterinário formado pela Universidade Federal do Paraná, possui pós-graduação pela mesma instituição e MBA em Estratégias Empresariais e Marketing pela Univel, além de MBA em Marketing pela Next MBA
Lidera iniciativas da companhia nas áreas técnica e de marketing há mais de uma década, com alto padrão de excelência. Agora, assume também a liderança técnica da região, exceto Brasil, como diretorassociado de Marketing e Serviço Técnico LatCan.
O objetivo da nova atuação será oferecer uma experiência completa ao cliente, do relacionamento ao serviço, contribuindo com o fortalecimento de parcerias de longo prazo e com o alcance de resultados de referência com o produto Cobb.
Médico veterinário formado pela Universidade Federal de Santa Maria, possui MBA em Gestão do Agronegócio pela ESALQ/USP. Desde 2016 na Cobb, atuou de forma relevante e estratégica como Gerente de Vendas para Brasil, Pacto Andino e também como Gerente Sênior de Vendas para contas-chave da América Latina.
Assume, a partir de agora, também os mercados do México e Caribe, além da liderança dos especialistas técnicos que atuam em toda a região LatCan. Com o novo foco, estará ainda mais próximo dos clientes, trazendo apoio e soluções rentáveis para seus negócios, reafirmando o compromisso da companhia em oferecer o pacote genético mais eficiente do mercado a seus parceiros estratégicos.
Médico veterinário formado pela Universidade San Luis Gonzaga, em Ica, no Perú. Trabalhou na empresa San Fernado e iniciou na Cobb há 25 Anos, atuando como gerente de Serviço Técnico.
Tem ampla experiência nas áreas técnica e de venda, atualmente é diretor-associado de Vendas para a América do Sul, e passará a atender também os clientes da América Central, com exceção de clientes do Brasil e contas-chaves.
Mais antiga casa genética avícola em atuação no mundo, com 107 anos de história, a Cobb-Vantress está presente em 120 países. Com atuação alinhada à missão de alimentar da companhia, de alimentar o mundo com proteína saudável, acessível e sustentável, a subsidiária brasileira da companhia está instalada, desde 1995, na cidade de Guapiaçu, a 20 km de São José do Rio Preto (SP). A empresa se destaca pelo seu reconhecido portfólio de genética avícola e pelo suporte técnico que oferece a seus clientes.
Além da sede, a estrutura física de produção da CobbVantress conta com granjas e incubatórios instalados estrategicamente nos estados de São Paulo (Guapiaçu, Palestina e Paulo de Faria), no Mato Grosso do Sul (Água Clara), e em Minas Gerais (Campina Verde, Itapagipe e Prata).
Mais informações: https://www.cobb-vantress.com/
Vinicius Santos Moura
Doutorando no departamento de Zootecnia da Universidade Federal da Grande Dourados
Devido à alta demanda por proteína animal, torna-se necessário aumentar o número de aves alojadas no campo, com o objetivo único de produzir um produto final de qualidade.
Contudo, a produção desses animais não se inicia no recebimento dos pintainhos, mas sim com a correta seleção e o adequado processo de incubação de ovos férteis.
O processo de desenvolvimento dos pintainhos se inicia com o correto cruzamento entre matrizes e galos, e, em decorrência disso, espera-se obter um ovo que apresente características que favoreçam o desenvolvimento embrionário e, consequentemente, produza pintainhos.
Nesse contexto, a nutrição maternal, a composição interna dos ovos, a qualidade externa dos ovos, a carga microbiológica, o status de desenvolvimento embrionário e o acondicionamento desses ovos em ambiente controlado compartilham a influência sobre o sucesso da incubação.
Ademais, parâmetros relacionados ao maquinário utilizado influenciam o sucesso final do processo, como a temperatura, a viragem adequada dos ovos, a umidade relativa, a remoção de gases tóxicos, assim como a limpeza e desinfecção prévia recebida pela incubadora.
Relacionada à utilização de incubadoras de estágio múltiplo, o ajuste da temperatura é feito através da geração de calor pelos próprios embriões.
Nesse tipo de processo, há a presença de ovos em diferentes estágios de desenvolvimento, o que implica a necessidade de diferentes faixas de temperatura, oxigênio e remoção de gases como amônia e dióxido de carbono, visando atender às exigências metabólicas dos embriões.
Alguns autores discutem que embriões mais velhos produzem temperaturas que favorecem o processo de incubação, mas acabam criando um ambiente que gera estresse térmico para os embriões em estágios menos avançados, aumentando a mortalidade embrionária e, em algumas situações, provocando a incorreta maturação tecidual devido ao estresse oxidativo causado às células em desenvolvimento.
Além disso, deve-se considerar a implicação da contaminação microbiológica, pensando na qualidade dos ovos.
Em incubadoras que trabalham com estágio único, consegue-se adequar o processo aos ovos que estão no mesmo estágio de desenvolvimento, favorecendo um ambiente físico melhor controlado.
Araújo et al. (2016), ao trabalharem com incubação em estágio único e múltiplo com ovos provenientes de reprodutoras em diferentes idades, verificaram que não houve diferença relacionada à eclosão quando se consideraram as variáveis idade, tipo de incubadora e eclodibilidade, o que demonstra que, independentemente do maquinário utilizado, ambos os tipos de incubadoras conseguem atender às exigências dos embriões.
Ainda verificaram que houve uma diferença na eclosão devido à idade dos progenitores, deixando claro que isso ocorre pela diminuição da qualidade da casca, o que interfere diretamente na ação dos parâmetros físicos da incubadora sobre o desenvolvimento dos pintinhos.
Um dos fatores apontados por esses autores é a janela de nascimento, afetada pelo tipo de incubadora. Quando se pensa em janela de nascimento, deve-se considerar a eclosão do primeiro ovo e as horas restantes que serão consideradas dentro do processo de nascedouro, para a classificação de pintos viáveis na eclosão.
Nesse contexto, se considerarmos aqueles que eclodiram nas horas iniciais, há uma desidratação facilitada, uso mais rápido dos substratos presentes na gema e secagem das penugens facilitada, o que leva a esses pintinhos serem considerados de melhor qualidade do que aqueles que nascem nas horas finais da janela, quando se realiza a análise de qualidade.
Mesquita et al. (2021) verificaram a diferença na perda de peso dos ovos ao final da incubação, sendo maior em incubadoras de estágio múltiplo, o que pode estar associado à regulação do calor por ovos em estágios embrionários mais avançados.
Os autores não verificaram diferenças relacionadas ao peso do pintinho no momento da eclosão, ou em relação ao percentual de peso do pintinho em relação ao peso do ovo.
Contudo, eles verificaram diferenças significativas relacionadas à verificação de alguns parâmetros no momento da extração do nascedouro, como peso ao nascimento, peso corporal sem a gema, peso corporal sem a gema em relação ao peso do ovo e tamanho do pintinho, sendo todos melhores quando provenientes de incubadoras de estágio único.
Além disso, os autores verificaram uma melhor qualidade de pintinhos provenientes de incubadoras de estágio único em comparação com as de estágio múltiplo.
Diversos autores relatam ainda que a temperatura dentro de uma incubadora se altera de acordo com a posição das bandejas e que o desenvolvimento dos embriões está associado às microregiões presentes dentro da incubadora.
Tejeda, Melhoche, Starkey (2021) não verificaram diferenças no consumo alimentar, conversão alimentar, ganho de peso e mortalidade final após 41 dias de criação das aves em decorrência da localização da bandeja de ovos na incubadora.
Alguns estudos demonstram que, conforme o tempo de armazenamento dos ovos aumenta, maior é a perda de peso dos ovos devido à desidratação, além de termos embriões em diferentes fases de desenvolvimento. Muitas vezes, isso ocorre devido à necessidade de se alcançar um número específico de ovos para iniciar o processo de incubação.
Assim, surge a necessidade de se trabalhar com ambientes controlados, realizando-se o zero fisiológico, um processo que busca controlar o desenvolvimento embrionário adequado, garantindo menor desidratação do ovo e, consequentemente, uma menor janela de nascimento e melhor qualidade dos pintos.
Bilalissi et al. (2022), ao investigarem os efeitos do tempo de armazenamento de ovos e as condições de ventilação em incubadoras sobre o desempenho de frangos, verificaram que o peso dos ovos diminuiu conforme o tempo de armazenamento aumentou (7 vs. 18 dias).
Quando comparados os pesos dos ovos no momento inicial da incubadora, os ovos armazenados por 7 dias apresentaram melhores pesos em relação aos de 18 dias, independentemente do tipo de incubadora (ventilada vs. não ventilada), enquanto o peso dos ovos não diferiu quando comparados os tempos de armazenamento (7x7 ou 18x18), independente do tipo de ventilação.
O que foi observado foi a maior eclodibilidade dos ovos armazenados durante 7 dias, além de melhor peso e qualidade no nascimento, independentemente do tipo de ventilação da incubadora.
Após o exposto, evidencia-se a necessidade não apenas de se conhecer os fatores físicos que interferem no processo de incubação, mas também de se pensar em como esses fatores, atrelados à genética, nutrição e microbiologia, podem favorecer melhores taxas de fertilidade, eclodibilidade e qualidade de pintainhos após o processo de incubação.
Pensar em incubação é interligar a cadeia produtiva, buscando alternativas para maximizar a produção e garantir a competitividade do mercado avícola.
Implicações e resultados do processo de incubação sobre a qualidade de pintainhos BAIXAR EM PDF
Referências sob consulta junto ao autor
Eduardo Muniz
Gerente de serviços técnicos e pesquisa aplicada - Zoetis – Aves
Obioimunomodulador CpG desempenha um papel crucial na resposta imune das vacinas inativadas. Oligonucleotídeos CpG –ODN são moléculas pequenas de DNA fita simples de sequência e tamanho definido contendo bases nucleotídicas de Citosina (C) seguida de Guanina (G). CpG é uma sequência de DNA sintético que contém bases nucleotídicas
CpG não metiladas, semelhantes aos encontrados no DNA bacteriano.
Esses oligonucleotídeos são reconhecidos pelo sistema imunológico inato através do receptor Toll-like 9 (TLR9), que está presente em células apresentadoras de antígenos, como células dendríticas e macrófagos.
Do ponto de vista prático, eles “treinam” as células do sistema imune inato a reconhecer o antígeno.
Dessa forma, a resposta imune fica potencializada. Esse componente tem uma aplicação prática extremamente valiosa quando acrescentado à formulação das vacinas.
A ativação do TLR9 por CpG leva à produção de citocinas pró-inflamatórias e à maturação das células dendríticas, que são essenciais para a ativação dos linfócitos T e B.
Isso resulta em uma resposta imune mais robusta e duradoura, o que é particularmente importante para vacinas inativadas, que geralmente induzem uma resposta imune distinta quando comparada com vacinas vivas atenuadas.
Essa potencialização da resposta imune irá melhorar a qualidade da resposta da vacina repercutindo em uma maior intensidade e longevidade da proteção, dois atributos fundamentais quando pensamos em imunidade frente à microorganismos patógenos.
O curioso é pensar que esse mecanismo de ação já acontece na interação hospedeiro e patógeno. As pequenas sequências repetitivas de Citosina e Guanina foram selecionadas ao longo da evolução para alertar o sistema imune frente ao perigo de microrganismos patógenos.
Elas estão entre os diversos componentes chamados padrões moleculares associados aos patógenos (PAMPs) e agora estão sendo utilizadas para melhorar o resultado das vacinas.
Parafraseando e adaptando a famosa frase podemos dizer que nesse caso “a ciência imita a vida”.
Ao usar o CpG na composição das modernas vacinas, a ciência lança mão de uma estratégia para vencer os desafios que são impostos pelo crescente desafio das doenças.
No fim das contas o CpG estimula tanto a imunidade inata quanto a adaptativa. Na imunidade inata, a ativação do TLR9 leva à produção de interferons tipo I e outras citocinas que ajudam a controlar a infecção inicial e a preparar o sistema imunológico para uma resposta adaptativa mais eficaz.
Na imunidade adaptativa, CpG promove a ativação e a proliferação de linfócitos T auxiliares e citotóxicos, bem como a produção de anticorpos por linfócitos B.
Aumento da E cácia Vacinal
CpG pode aumentar signi cativamente a e cácia das vacinas inativadas, promovendo uma resposta imune mais forte e duradoura.
Redução da Dose Antigênica
A inclusão de CpG como adjuvante pode permitir a redução da quantidade de antígeno necessário na vacina, o que pode diminuir os custos de produção e os efeitos colaterais.
Melhoria da Memória Imunológica:
CpG ajuda a gerar uma memória imunológica mais robusta, garantindo que o sistema imunológico responda mais rapidamente e de forma mais e caz a futuras exposições ao patógeno.
A prevenção de doenças é parte crítica e essencial do processo produtivo das aves. Sem procedimentos de biosseguridade associados ao uso das vacinas não seria possível alcançarmos o nível de excelência na moderna produção avícola.
Dentro das estratégias de prevenção das principais enfermidades, as vacinas inativadas tem um papel fundamental para aves de vida longa, especialmente as aves de reprodução e poedeiras comerciais.
Estudos têm demonstrado que vacinas inativadas polivalentes contendo CpG como adjuvante são mais eficazes na indução de respostas imunes protetoras das aves contra uma variedade de patógenos, incluindo vírus e bactérias.
Elas garantem uma resposta imune robusta antes do início da produção dos ovos, protegendo os animais ao longo do seu ciclo de vida ao permitir a associação de vários antígenos em um único produto.
Também na medicina preventiva humana existem iniciativas importantes de uso do CpG para melhorar o desempenho de algumas vacinas, por exemplo, vacinas contra a hepatite B e a gripe que utilizam CpG têm mostrado uma maior eficácia em comparação com aquelas que não utilizam este adjuvante.
Trabalhos científicos recentes realizados na Avicultura evidenciam, por meio de provas sorológicas, o efeito booster do imunomodulador do tipo CpG e tem demostrado que a adição desse bioimunoestimulante foi essencial para induzir níveis superiores de soroconversão quando comparados com vacinas convencionais.
Esses resultados indicam o singular efeito desta molécula e demonstram uma tendência do mercado em busca de novas vacinas cada vez mais equilibradas e eficazes.
Recentemente, na medicina veterinária aplicada às aves vem sendo desenvolvido produtos imunoprofiláticos onde na sua formulação estão sendo adicionados esses imunomoduladores do tipo CpG para melhorar ainda mais o desempenho das vacinas.
Um exemplo disso é o Fortilyst®, um CpG com sequência oligonucleotídica específica que já está sendo utilizado na formulação de vacinas comerciais de Aves.
Esse é mais um exemplo prático de como a imunologia aplicada à produção Avícola evolui continuamente.
O uso de CpG como adjuvante em vacinas inativadas representa uma importante inovação na imunologia vacinal.
Ao melhorar a resposta imune, CpG não só aumenta a eficácia das vacinas, mas também contribui para a proteção de populações vulneráveis e para o controle de doenças infecciosas.
A pesquisa contínua e o desenvolvimento de novas formulações vacinais que incorporam CpG são essenciais para enfrentar os desafios de saúde atuais e futuros da Avicultura.
Bioimunomoduladores na Avicultura: um bom exemplo de que “a ciência também imita a vida”
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Referências sob consultura junto ao autor.
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Renata Steffen
Me. Veterinária Consultora de incubatório Brasil / América Latina
Os dados da análise de embriodiagnóstico geram dados importante como da eclodibilidade e isso nos ajuda a melhorar a produtividade do incubatório, estudando os estágios de mortalidade dos embriões e observando se há oportunidade de melhoria no processo como um todo.
Mas na análise de embriodiagnóstico, mesmo com todas as automações que existem, ainda é um processo 100% realizado por humanos e, para isso, temos que ter pessoas bem treinadas para realizar o processo.
A análise de embriodiagnóstico é análise dos ovos não eclodidos após a retirada dos pintinhos da bandeja de eclosão, onde a porcentagem por estágio de mortalidade embrionária será contada e a soma dessa porcentagem será o resultado das perdas do incubatório.
Cada incubatório deve ter um banco de dados confiável para poder estabelecer suas metas de desempenho de eclosão. Quanto menor for a perda, melhores serão os resultados.
O percentual de perdas pode variar entre 5% e 13%, dependendo da realidade de cada incubatório, pois os incubatórios diferem entre si em vários pontos, como máquinas (estágio único X estágio múltiplo), controle climático, qualidade dos ovos, nutrição e outros.
Podemos elencar dois parâmetros muito importantes para serem monitorados pelos gestores em plantas de incubação, sendo o primeiro a eclosão total e o segundo a eclodibilidade.
Eclosão total é o número de pintinhos nascidos dividido pelo total de ovos incubados, resultando no percentual de pintinhos nascidos. Abaixo a ilustração do cálculo.
Total de pintinhos
Total de ovos incubados = % eclosão total
Para ilustra melhor vamos realizar um exemplo de uma incubação de 60.000 ovos onde obtivemos um nascimento de 52.500 pintinhos, o que nos resulta em uma eclosão total de 87,5%
52.500/60.000 = 87,5% de eclosão total
A eclosão total de maneira geral é utilizada para comparação entre os lotes, diferentes plantas de incubação e para o cálculo de pintinhos por ave alojada.
O percentual de nascimento é influenciado por diversos fatores que podem ocorrem desde a granja até incubatório, tais como fertilidade, contaminação, mortalidade inicial, intermediaria e/ou final.
O percentual de eclodibilidade nos mostra a eficiência da incubação, sendo desta forma o parâmetro mais importante para o gerenciamento da planta de incubação, pois é desconsiderado os ovos inférteis e considerado os dados de mortalidade embrionária.
A eclodibilidade é o percentual de pintinhos nascidos dividido pelo percentual de ovos férteis.
Realizando o cálculo de eclodibilidade considerando a eclosão total obtida no exemplo anterior e com uma fertilidade de 97,5% temos uma eclodibilidade 89,74 %, o que nos leva a concluir que existe uma perca de processo de incubação de 10,26% (diferença para 100%).
Esta perda de processo deve ser estratificada entre mortalidade inicial, intermediaria, tardia e outros pontos avaliados no embriodiagnóstico. Abaixo segue um exemplo descrito.
% Eclosão total
% Fertilidade
= % incubabildiade/ eclodibilidade
52.500/60.000 = 87,5% de eclosão
87,5% / 97,5% = 89,74% eclodibilidade
Agora vamos trabalhar com um exemplo prático, onde vamos ter 3 plantas de incubação de estágio múltiplo (Tabela 1) no qual podemos observar que a melhor eclosão está na planta X (85%), porém possui eclodibilidade de 87%, ou seja uma perda de incubação de 13%.
Planta de incubação X Y Z
% de eclosão 85% 82% 84%
% fertilidade 98% 92% 89%
% eclosão dos férteis 87% 89% 88%
% Perda do processo de incubação 13% 11% 12%
Tabela 1. Comparação de parâmetros de diferentes plantas de incubação
Realizando a comparação entre as três plantas de incubação, o incubatório X possui a melhor eclosão, porém possui a menor eclodibilidade (maior perda de processo).
Nesta análise simples podemos ilustrar a importância de analisar a eclodibilidade , pois a maior eclosão é a que possui também a maior oportunidade de melhorias de processo.
Este exemplo nos proporciona afirmar que uma boa eclosão pode ter uma grande oportunidade de melhoria também, pois a Incubatório X tem a melhor eclosão, porém com a maior perda de processo, ou seja uma oportunidade de ganhos em processo.
Trabalharemos agora com um exemplo prático, em que teremos 3 incubatórios de estágio múltiplo (Tabela 1), nos quais podemos ver que a melhor eclosão é no incubatório X (85%), mas ele tem uma eclodibilidade de 87%, ou seja, uma perda de incubação de 13%.
Comparando os três incubatórios, o incubatório X tem a melhor eclosão, mas tem a menor eclodibilidade (maior perda de processo).
Nessa análise simples, podemos ilustrar a importância de analisar a eclodibilidade, pois no incubatório Y tem a menor eclosão, porém é o melhor em resultados de processo, tendo uma perca de 11%.
Esse exemplo nos permite afirmar que uma boa eclosão também pode ter uma grande oportunidade de melhoria, já que o incubatório X tem a melhor eclosão, mas com a maior perda de processo, ou seja, uma oportunidade de ganho de processo.
O embriodiagnóstico deve ser realizado como rotina na planta de incubação em duas ocasiões:
Esta análise é realizada semanal ou quinzenal conforme a programação de cada planta para análise da fertilidade.
Primeiro é realizado a ovoscopia entre 10 - 14 dias de desenvolvimento embrionário onde vamos retirar os ovos claros para avaliação da fertilidade e mortalidade inicial, após identifica-se as bandejas que foram analisadas. Após os 21 dias retira os pintinhos e realiza a análise dos ovos não eclodido para avaliação da fase de mortalidade.
Vantagens da avaliação de fertilidade + embriodiagnóstico
Proporciona dados mais precisos da fertilidade e mortalidade inicial do embrião
Permite melhor análise entre ovos inférteis e mortalidade inicial pois há menor decomposição dos ovos devido ao calor e tempo de incubação.
foram incubados (câmara de ar cima ou para baixo).
Programação para realizar o teste, tem conhecimento dos dias de estoque da amostra.
Alguns cuidados para correta avaliação da fertilidade + embriodiagnóstico:
Identificar a bandeja realizada a amostra para não haver troca da amostra na transferência dos ovos para as caixas de eclosão
Treinamento da equipe de transferência para marcar corretamente as caixas do teste.
investigação
Quando há queda na eclosão programada do lote é necessário realizar uma quebra de embriodiagnóstico para tentar observar a causa da queda do resultado avaliando as fazes de desenvolvimento embrionário. realizamos a quebra de resíduo após os 21 dias, retirando os pintinhos nascidos e analisando os ovos não eclodidos das amostras.
Alguns cuidados para assertividade da avaliação do embriodiagnóstico para investigação da queda de eclosão:
Ideal retirar amostra por nascedouro e lote e ser realizado análise separado para uma melhor comparação entre os resultados
Retirar amostra de caixas de diferentes pontos do nascedouro
Quanto maior a amostragem melhor. Ideal ter uma amostragem de mínimo 6 bandejas por nascedouro.
Maior atenção na quebra para não confundir inférteis e mortalidade precoce
?
As categorias de modo resumido são:
Inférteis –
Mortalidade inicial-
Mortalidade intermediária –
Mortalidade final –
Contaminados (bacteriano e/ou fúngico).
Dentro da mortalidade final podemos ter divisões como – bicados vivos, bicados mortos, má posição, invertidos, trincas de transferência, anomalias, etc.
Há diversas maneiras de se dividir as categorias de mortalidade embrionária desde mais simples até mais especificas. Deixo um exemplo abaixo muito utilizado e que gosto muito pois fica em um meio termo de análise e tem os principais pontos para estar analisando para a tomada de decisões.
Data de nascimento
Lote
Incubadora
Nascedor
Infértil
Fase inicial 0 a 7
Fase Intermediária 8 a 14
15 a 8
19 a 21
Bicado Vivo
Bicado Morto
Fase Final
Contaminação
Perda processo
Má posição
Invertido
Anomalia
Cabeça aberta
Bactéria
Fungo
Trincado inicial
Trincado transferência
Pontos-chave para uma boa qualidade de dados no embriodiagnóstico:
Uniformidade das amostras realizadas –padronizar o número de bandejas analisadas e retirar demais de carro de eclosão as amostras.
No teste de fertilidade e embriodiagnóstico o ideal é realizar sempre amostra por aviários de produção e ter anotado a data de produção para melhor cálculo dos dias de estoque.
Padronizar a periodicidade das análises de fertilidade – semanal, quinzenal, mensal –quanto menor o período entre as análises melhor a curva dos dados.
Manter sempre, em incubatórios com vacinação in-ovo ou que retiram ovos claros na transferência, uma amostra de bandejas sem retirar os ovos e marcá-las para que no saque dos pintinhos sejam separadas para quebra de resíduo em caso de queda na eclosão programada.
Ter uma programação de reciclagem de treinamentos teórico- prático para avaliação de quebra de resíduo. Muito importante uma programação que seja anual ou semestral conforme a necessidade de cada planta para reorientar os funcionários, tirar dúvidas, uma vez que este é um processo 100% dependente de pessoas e estes resultados fazem parte da tomada de decisões.
Algumas possíveis causas para se investigar em cada fase de desenvolvimento embrionário:
Mortalidade inicial (0 a 7 dias):
Tempo de armazenamento – acima de 5 dias de estoque a incubabilidade diminui de 0,5% a 1 % por dia de estocagem
Temperaturas:
Permanência do ovo no ninho em temperaturas altas em tempo prolongado
Mudanças bruscas de temperatura – para frio e para calor
Temperatura de transporte de ovos
Temperatura de armazenamento sala de ovos
Desinfecção dos ovos
Preaquecimento inadequado
Condensação dos ovos
Viragem na incubadora
Problemas sanitários
Problemas nutricionais
Mortalidade intermediária (8-14 dias)
Problema de viragem
Ventilação na incubadora
Temperatura muito baixa/alta
Nutrição
Problema sanitário
Problema de umidade final da incubação e/ ou nascedouro – umidade muito baixa ou muito alta
Temperatura incubadora/ nascedouro
Tempo de estoque muito elevado
Problema de viragem na incubadora
Ventilação na incubação e nascedouros
Ovos perdem muita temperatura na transferência
Contaminação
Vacinação in-ovo – quando o pintinho já está muito adiantado.
Má posição
Bicados não nascidos
Horas de incubação
Janela de nascimento
Traumatismo durante a transferência
Perda de temperatura durante a transferência
Temperatura de nascedouro
Fumigação excessiva
Na análise dos resultados, teremos resultados dentro do padrão e fora do padrão. Para os resultados fora do padrão, temos que fazer algumas perguntas:
Esse fato é recorrente ou pontual?
Isso está acontecendo em mais de um lote de reprodutores?
Qual foi a fase mais desviante?
Os resultados da eclosão foram afetados?
A qualidade dos pintinhos foi afetada?
Nos resultados, podemos ter mais de um fator fora do padrão, portanto, para iniciar a investigação, é importante fazer uma lista com as possíveis causas para cada fase.
de caso:
Queda de 3% na eclodibilidade de um lote (25% dos pintinhos sendo observados tardiamente). Na análise de diagnóstico embrionário, foi observado um aumento na mortalidade inicial e na porcentagem de pintinhos recém-eclodidos nas caixas.
Dias de estoque de ovos
Oscilação de temperatura
Desinfecção dos ovos
Pré-aquecimento inadequado (tempo temperatura) ou
Condensação do ovo
Temperatura de incubação
Viragem na incubadora
Dias de estoque de ovos
Oscilação de temperatura
Pré-aquecimento inadequado (tempo ou temperatura)
Ventilação do nascedouro
Temperatura da incubadora/na incubadora
Tempo de transferência
Temos três hipóteses comuns para os problemas (itens sublinhados).
Depois de estudá-las e iniciar uma investigação reversa para verificá-las, elas são submetidas a:
Análise do registro de préaquecimento para ver como estava a temperatura de pré-aquecimento.
Análise dos dias de inventário dos ovos incubados, estudos das horas de incubação.
Análise da temperatura da granja, do transporte e da sala de ovos.
O problema do estudo da causa foi a falta de aumento das horas de incubação, havia ovos com 4 a 7 dias de incubação e um pequeno número de ovos com 9 dias de estocagem.
Quando o armazenamento dos ovos ultrapassa 6 dias, é necessário acrescentar horas de incubação para cada dia adicional de estoque. Quando esse aumento de horas não ocorre, há um atraso na eclosão dos pintinhos. Dias mais longos de estocagem também deixam as células embrionárias mais frágeis, promovendo um aumento na mortalidade embrionária precoce.
Depois de estudar as causas, estamos em uma posição melhor para fazer um diagnóstico e tomar uma decisão.
A importância da análise de dados do embriodiagnóstico para o gerenciamento do incubatório BAIXAR EM PDF
Referências sob consulta junto ao autor
Roger Banwell1 e Eduardo Romanini2
1Especialista Sênior em Incubatório 2Coordenador de P&D em Incubação Petersime
De todos os parâmetros monitorados ao longo da incubação, a temperatura é a mais crítica. A maior parte da atenção nesse aspecto se volta para a incubadora, enquanto pouco se fala sobre o nascedouro. Neste artigo, discutimos a importância de facilitar uma transição térmica suave da incubadora para o nascedouro e de ajustar a temperatura da casca do ovo durante a fase de eclosão.
Somente quando a temperatura da casca do ovo na incubadora e no nascedouro estiverem em perfeita sinergia, o nascedouro melhorará e otimizará o que foi alcançado na incubadora.
do ovo na incubadora… e no nascedouro
É de conhecimento geral que pintinhos que são incubados à temperatura ideal do embrião apresentam melhor qualidade e desempenho. O metabolismo do embrião do pintinho está intimamente relacionado à sua temperatura. Se a temperatura do embrião estiver alta ou baixa demais, o metabolismo do pintinho ficará abaixo do ideal.
No entanto, se a temperatura do embrião e, portanto, a taxa metabólica estiverem exatamente corretas, os pintinhos se desenvolverão perfeitamente.
Na incubação comercial, a temperatura da casca do ovo é usada como indicador da temperatura do embrião. O consenso é de que a temperatura ideal da casca do ovo durante a fase de incubação é de cerca de 100 °F (37,8 °C).
Por isso, o controle de temperatura da casca do ovo na incubadora se tornou uma prática comum para obter resultados ideais.
Por exemplo, as incubadoras controladas pelo OvoScan™ da Petersime usam tecnologia infravermelha de medição de temperatura para adaptar automaticamente a temperatura do ar na máquina em resposta à temperatura real da casca do ovo.
No entanto, pesquisas indicam que ajustar a temperatura da casca do ovo logo após a transferência e durante a fase de eclosão também afeta significativamente os resultados da eclosão, especialmente a qualidade dos pintinhos de um dia.
Por que otimizar a temperatura inicial do nascedouro após a transferência?
Normalmente, entre os dias 16 e 18 de incubação, o embrião de pintinho entra em um estágio de preparação para a fase de eclosão, observando-se uma fase de platô na produção de calor embrionário (ver gráfico). Por volta desse momento, ocorre a transferência do ovo da incubadora para o nascedouro. Idealmente, a transferência é realizada no dia 18.
Contudo, por motivos de logística, o momento da transferência pode variar entre o dia 15 e o dia 19. Como pode ser visto no gráfico, a transferência no dia 16, por exemplo, requer condições consideravelmente diferentes no nascedouro em comparação com a transferência no dia 18.
Portanto, é recomendável ajustar a temperatura inicial no nascedouro de acordo com o momento da transferência, levando em consideração as necessidades do embrião. Uma temperatura inicial correta garante uma transição térmica suave da incubadora para o nascedouro, evitando choques térmicos que causam problemas com a retração vascular e do saco vitelino, o que, por fim, afeta a qualidade dos pintinhos.
Produção de calor (mw)
Dias de incubação
Gráfico 1. O gráfico mostra a quantidade de calor metabólico que os embriões de pintinhos de frangos de corte geram ao longo do tempo.
Com a aproximação do momento da eclosão, o embrião do pintinho manobra para a posição correta, um processo que requer uma quantidade significativa de energia. Como ocorre em todos os aspectos da incubação eficaz, o segredo é garantir que as condições ambientais auxiliem o pintinho a concluir sem problemas o desafiador processo de eclosão, em vez de obrigá-lo a eclodir apesar das condições.
Por esse motivo, é extremamente importante monitorar e ajustar a temperatura real da casca do ovo no nascedouro. Um perfil de temperatura do nascedouro baseado nos pontos de ajuste da temperatura do ar nunca otimizará totalmente as condições para cada lote de ovos específico, pois nenhum lote é exatamente igual ao outro. Variáveis como genética, linhagem específica, idade do lote, estocagem do ovo, entre outras, afetam o momento e o curso da curva de temperatura.
Pesquisas que investigam o efeito da temperatura sobre as poedeiras revelaram que iniciar a incubação com uma temperatura da casca do ovo ligeiramente superior a 100 °F e aumentar essa temperatura durante a fase exotérmica melhora a qualidade do umbigo.
Para permitir a continuação desse processo, é fundamental garantir uma transição suave da incubadora para o nascedouro com base na temperatura real da casca do ovo e, subsequentemente, baixar a temperatura da casca do ovo para facilitar o processo de eclosão, como ilustrado no gráfico.
Em linhagens de frango de corte de alto rendimento, observa-se o inverso. Pesquisas já mostraram que temperaturas de casca de ovo na incubadora entre 99,4 °F e 100 °F geram o melhor rendimento, ao passo que temperaturas de casca de ovo pós-transferência superiores a 100 °F afetam negativamente a qualidade do umbigo.
Garantir a continuidade do controle adequado da temperatura da casca do ovo no nascedouro é crucial para evitar altas temperaturas que aceleram o processo de eclosão, garantindo que haja tempo suficiente para a absorção adequada da gema do ovo e para a cicatrização correta do umbigo.
Temperatura-alvo da casca do ovo (Poedeiras)
Dependendo da genética, linhagem, idade do lote, etc.
Temperatura
100ºF
Transferência
Gráfico 2. Temperatura da casca do ovo
Período de incubação
Imagem 1. Um umbigo de boa qualidade é fechado, seco e sem de resíduos da casca do ovo e da membrana. Um umbigo de má qualidade é uma entrada em potencial para bactérias na parte mais sensível da cavidade corporal, o que aumenta drasticamente a suscetibilidade a doenças e o risco de mortalidade pós-eclosão.
Na natureza, os conceitos de "incubadora" e "nascedouro" não existem. A ave mãe, com sua sabedoria inata, realiza sem dificuldades a transição entre os estágios da incubação, criando condições ideais para seus embriões e pintinhos.
Por isso, na incubação comercial, a melhor orientação é observar a natureza e replicar as condições vivenciadas no ninho.
Isso explica por que uma transição térmica suave entre a incubadora e o nascedouro, juntamente com o ajuste fino contínuo da temperatura da casca do ovo ao longo de todo o ciclo da incubadora até o nascedouro, fornece os melhores resultados de incubação, prestando atenção às necessidades dos embriões e pintinhos recém-nascidos e reagindo como uma ave mãe reagiria.
Até agora, a configuração da temperatura inicial ideal e do perfil de temperatura dos incubatórios dependia do conhecimento e da experiência dos gerentes de incubatório. Com a nova tecnologia HatchScan™ da Petersime, uma extensão da série Embryo-Response Incubation™, a temperatura do ar do nascedouro é ajustada, de maneira automática e contínua, às necessidades de cada lote específico de ovos férteis. Leia mais aqui ou fale conosco para obter mais informações.
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Software de incubatório inteligente que transforma dados em desempenho avícola máximo
Os incubatórios têm uma grande variedade de dados valiosos disponíveis. Aproveitar o potencial desses dados representa uma grande oportunidade para melhorar o desempenho geral dos incubatórios e de toda a cadeia de valor. Com o Eagle Trax™, a Petersime oferece o primeiro software inteligente de incubatório que transforma dados em desempenho avícola máximo. O Eagle Trax™ permite digitalizar, analisar e utilizar os dados de forma ideal para aumentar ainda mais a eficiência, produtividade e qualidade dos pintinhos do incubatório.
Com o Eagle Trax™, seu incubatório sempre maximizará o potencial genético de cada ovo fértil e fornecerá uma produção previsível dos pintinhos de um dia mais rentável possível para todos os envolvidos na cadeia de valor avícola.
Escaneie para obter mais informações:
Equipe técnica MSD
Cada vez mais a inovação está presente no dia a dia de todos nós. Desde a década de 50 a MSD Saúde Animal investe em ciência para trazer soluções que facilitem e contribuam com o desenvolvimento da avicultura.
Foi no final da década de 60 que lançamos a 1ª vacina licenciada para a doença de Marek no mundo e desde lá, não paramos mais de evoluir e somar para a saúde e bemestar animal.
A MSD Saúde Animal continua avançando e fazendo a diferença nesse setor pujante que é a avicultura. Hoje, trazemos para o mercado a Innovax®ILT-IBD, tecnologia em uma única vacina capaz de proteger contra doença de Marek, doença de Gumboro e doença da Laringotraqueíte Infecciosa.
Vacina que é traduzida no campo com a máxima expressão do desempenho zootécnico e saúde das aves.
Liderança e inovação se fazem com ciência, seriedade e visão.
Innovax®ILT-IBD é uma vacina de construção dupla de vetor HVT que oferece proteção contra três das doenças infecciosas mais importantes que ameaçam as operações avícolas comerciais.
Ela foi construída utilizando o HVT FC126 como vetor e os genes inseridos foram o I e D do vírus da doença da Laringotraqueíte Infecciosa, e o VP2 do vírus da doença de Gumboro.
Os fragmentos de material genético instruem as células das aves a produzirem proteínas imunogênicas associadas a uma infecção por Laringotraqueíte Infecciosa e doença de Gumboro, estimulando a imunidade mediada por células e a produção de anticorpos contra essas infecções.
Administrada in ovo ou subcutânea em aves com um dia de idade, a vacina Innovax®ILT-IBD fornece proteção cientificamente demonstrada já em 5 dias para doença de Marek, 14 dias para doença de Gumboro e 28 dias para Laringotraqueíte.
Já se foram os dias de ter que escolher entre vacinas de proteção para ILT ou IBD no incubatório. Innovax®ILT-IBD oferece proteção contra todas as três doenças com uma única vacinação conveniente no incubatório.
Os anticorpos maternos não afetam a vacina, o que significa que protegerão os pintinhos enquanto a imunidade para doença de Gumboro, doença de Marek e Laringotraqueíte Infecciosa se desenvolvem.
Aves SPF (Specific Pathogen Free) foram vacinadas com Innovax®ILT-IBD in-ovo (préincubação) e por via subcutânea (1 dia de idade) e desafiadas com 4 semanas de idade com a cepa de laringotraqueíte infeciosa LT 96-3 US. Abaixo os resultados de proteção.
As aves SPF foram vacinadas com Innovax®ILTIBD por via in-ovo (pré-incubação) e subcutânea (1 dia de idade) e desafiadas com 3 semanas de idade com a cepa vvIBDv CS89. Os resultados demonstraram 100% de proteção contra a infecção da doença de Gumboro apresentados no gráfico abaixo.
* Estudo realizado a partir das diretrizes da European Pharmacopoeia (Ph. Eur).
Contra a doença de Marek, aves SPF foram vacinadas com Innovax®-ILT-IBD por via in-ovo e subcutânea e desafiadas após vacinação aos 5 dias de idade com a cepa muito virulenta do vírus (vvMDV) GA5, seguindo as recomendações do 9CFR 113.330.
Após o desenvolvimento da imunidade, a proteção contra a enfermidade é para toda a vida da ave, devido as características do HVT.
* Estudo realizado a partir das diretrizes da Code of Federal Regulations (CFR).
Innovax®ILT-IBD apresenta desempenho de eficácia superior na proteção contra todas as três doenças, independentemente da vacinação in ovo ou subcutânea.
Innovax® ILT-IBD: Proteção é o nosso legado BAIXAR EM PDF
Paula Gabriela da Silva Pires1, Priscila de O. Moraes2, Gabriel da S. Oliveira3 e Vinicius M. dos Santos4
1Instituto Federal Catarinense
2Universidade Federal de Santa Catarina
3Universidade de Brasília
4Instituto Federal de Brasília
Oovo é nutricionalmente interessante para o ser humano, pois é fonte de lipídios essenciais, proteínas, vitaminas e minerais. Além disso, é um ingrediente eficiente em muitos produtos alimentícios, pois combina propriedades nutricionais, organolépticas e funcionais, como propriedades emulsionantes, coagulantes e gelificantes.
Embora os ovos ofereçam vários benefícios, eles são perecíveis e suscetíveis à contaminação e por isso devem ser mantidos refrigerados desde a produção até o consumo, o que resultaria num aumento de gasto de energia, custos de produção e, consequentemente, aumento no preço final do produto.
No Brasil, e em muitos outros países não há refrigeração dos ovos nos locais de venda, uma vez que este processo não é obrigatório, apenas sugerido imediatamente após a aquisição, conforme Resolução RDC n. 35 de 17 de junho da ANVISA (2009).
Portanto, os ovos são acondicionados em temperatura ambiente. Estratégias para manutenção da qualidade dos ovos deveriam ser aplicada pelo setor avícola devido à ausência de refrigeração dos ovos nos pontos de venda.
As lacunas e ineficiências em todo o processo de armazenamento, incluindo a falta de proteção eficaz, podem conduzir a grandes desperdícios alimentares.
Atualmente, há um interesse crescente no desenvolvimento de métodos eficazes para manter a qualidade interna do ovo. Os revestimentos comestíveis são uma tecnologia acessível que já é aplicada em muitos produtos para controlar a umidade, trocas gasosas e processos de oxidação.
A utilização de óleo mineral com o objetivo de recobrir os ovos e aumentar o tempo de prateleira foi relatada pela primeira vez por Rosser em 1942. Com o passar do tempo, novas pesquisas demonstraram que os revestimentos criados a partir de fontes renováveis podem ser uma alternativa consciente ao uso de matérias-primas de origem fóssil (como produtos petrolíferos).
Este fato é ainda mais interessante do ponto de vista comercial, uma vez que os consumidores estarão provavelmente mais preocupados com a segurança alimentar, sustentabilidade ambiental e produtos livres de resíduos.
Revestimentos baseados em resíduos e subprodutos de frutas, cereais e vegetais podem contribuir para a valorização da matéria-prima, gerando produtos de valor agregado.
A composição dos vegetais e frutas (amido, celulose e hemicelulose, substâncias pécticas, proteínas e lipídios) pode ser considerada como ótimas opções para o desenvolvimento de revestimentos.
O uso de resíduos de vegetais e frutas também pode ajudar a mitigar a perda substancial pós-colheita devido a defeitos ou um estágio de amadurecimento inadequado.
Pesquisas que utilizam matériasprimas regionalizadas são de grande importância, pois focam na aplicação de produtos produzidos localmente.
No entanto, é fundamental destacar também os cereais cultivados em grande escala e amplamente disponíveis em diversos países, como milho, arroz, trigo e soja, além de frutas como banana, maçã, uva e laranja.
Revestimentos desenvolvidos a partir de resíduos vegetais e cereais têm mostrado resultados promissores na preservação de ovos.
Devido à sua abundância no Brasil, o arroz se destaca como uma opção econômica e ambientalmente amigável. Nossos estudos demonstraram a eficácia da farinha e da proteína de arroz na elaboração desses revestimentos.
Além de formar uma barreira mecânica que reduz a perda de água e gases do interior do ovo, esses revestimentos podem incorporar substâncias com propriedades antimicrobianas, como óleos essenciais e própolis.
Em particular, o revestimento feito com proteína de arroz demonstrou ser capaz de manter a qualidade interna do ovo por até três semanas.
Quando se aborda a utilização de revestimentos na conservação e manutenção da qualidade de alimentos, é imprescindível preocupar-se com a capacidade antimicrobiana dos produtos.
Os pesquisadores devem estar atentos às espécies que podem apresentar capacidade de inibição dos crescimentos de microrganismos, e esse é o caso da própolis e de óleos essenciais. Em nossos estudos própolis e óleo essencial de copaíba, tomilho e melaleuca foram adicionados ao revestimento de arroz e mostrando resultados promissores.
Cascas, polpa e caroço de frutas também são considerados bons materiais para inclusão em revestimentos. Esses resíduos contêm muitas substâncias fenólicas com excelente capacidade antioxidante em sua composição.
Estudos recentes demonstraram que revestimentos comestíveis usando farinha feita de cascas de banana ‘Prata’ madura (Musa spp.) e amido de milho e mostraram que a farinha de casca de banana é uma matéria-prima promissora para o desenvolvimento de filmes comestíveis.
Além disso, a banana é uma das frutas mais populares e consumidas no mundo e a casca de banana contribui com cerca de 40% do peso total da
observamos que os ovos tratados apresentaram uma qualidade superior do albúmen, indicando que o revestimento foi eficaz na preservação da qualidade do ovo.
Além disso, encontramos contagens significativamente menores de bactérias mesófilas aeróbicas na casca e no conteúdo dos ovos revestidos, em comparação com os ovos que não receberam nenhum tratamento na casca.
Recentemente, tem havido um crescente interesse no desenvolvimento de revestimentos a partir de farinhas de culturas agrícolas, devido ao seu baixo custo, facilidade de obtenção e disponibilidade em comparação com componentes puros, como amido e proteínas.
Vários estudos têm se concentrado na avaliação de revestimentos biodegradáveis feitos de farinhas, incluindo pinhão, chia, quinoa e berinjela.
Existem inúmeras possibilidades para o desenvolvimento de novos revestimentos para ovos. Nesse contexto, é de extrema importância focar em matérias-primas sustentáveis e abundantes em cada região do país.
Pesquisas sobre revestimentos para ovos mostram que características como alta capacidade de cobertura e boa adesão ao produto são essenciais para a eficácia na conservação dos ovos.
O avanço dessas investigações tem revelado que diversos subprodutos podem oferecer propriedades desejáveis
Contudo, algumas lacunas significativas ainda precisam da atenção dos pesquisadores, especialmente no que diz respeito ao impacto dos revestimentos nas características sensoriais dos ovos.
É fundamental que o desenvolvimento de novos produtos leve em consideração não apenas as avaliações sensoriais e a aceitabilidade pelo consumidor, mas também os aspectos econômicos e ambientais envolvidos.
Além disso, estudos futuros devem investigar a relação entre o uso de revestimentos e a presença de agentes antimicrobianos ativos, visando reduzir a contaminação microbiana.
01 02
Polissacarídeos amido, pectina, celulose, quitosana, agar, alginato
Lipídios para na, ceras, óleos Compostos bioativos óleos essenciais propolis
Proteínas colágeno, caseína, gelatina, proteina da soja, proteína do soro do leite
Compostos bioativos óleos essenciais propolis
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Figura 1. Principais materiais utilizados para a elaboração de revestimentos para ovos
Revestimentos sustentáveis para reduzir as perdas de ovos BAIXAR EM PDF
Fabrizio Matté1, Luiz Eduardo Takano1 e Patrick Iury Roieski2
1Consultor técnico aves
2Assistente técnico aves
OBrasil é o maior exportador de carne de frango do mundo, e esta continua sendo a proteína animal mais consumida no Brasil, segundo dados da ABPA, informações referentes do relatório do ano de 2024.
Devido à relevância do setor avícola brasileiro no cenário nacional e internacional, surgem numerosos desafios para produtores de frangos e integradores, como gerenciamento e descarte de resíduos, bem-estar das aves e cuidados com questões de sanidade, o que envolve, além do uso de vacinas e aditivos, o controle de artrópodes vetores.
O protocolo consistiu em três coletas:
Sabe-se que o principal e mais desafiador vetor presente em granjas avícolas é o cascudinho (Alphitobius diaperinus), inseto implicado na transmissão de Salmonella que encontrou condições ideais em aviários de frangos de corte para sua reprodução.
Antes do tratamento com inseticidas (dois dias antes da apanha dos frangos para abate) e,
Aos 10 e 25 dias após o alojamento das aves.
Os problemas causados pelo inseto podem culminar em grandes perdas econômicas para os produtores, pois, além da transmissão de patógenos, causam estresse e desuniformização dos lotes (1).
O trabalho foi realizado em seis aviários de frangos de corte, na região Oeste do Paraná.
Os aviários possuíam semelhantes condições de manejo e a cama estava sendo reutilizada pela terceira criada. Em cada aviário, foram selecionados, por toda a extensão do galpão, 18 pontos de coleta, localizados abaixo dos comedouros, que foram devidamente identificados.
Amostras de cama foram coletadas em potes plásticos de 350 mL e acondicionadas em sacos plásticos para posterior contagem de larvas e adultos.
O delineamento da eficácia constituiu de três tratamentos e as doses utilizadas foram de 2,5 L/1200 m2 para a Cipermetrina Líquida (15%), 4 kg/1200 m2 para a Cipermetrina Pó (5%) e 4 kg/1200 m2 para a Cipermetrina (5%) + Imidacloprid (3%) Pó.
A análise dos resultados foi realizada considerando o percentual de redução de infestação, mediante o cálculo do número total de insetos coletados antes da aplicação dos inseticidas versus após a aplicação dos inseticidas.
A apresentação comercial Cipermetrina (5%) + Imidacloprid (3%) Pó apresentou os melhores resultados, principalmente devido à redução do número de larvas do cascudinho (eficácia de 99,2%).
Além disso, foi o único produto eficaz para controle das larvas mesmo 25 dias após o alojamento (eficácia de 78,9%).
Se considerarmos a população de cascudinhos presente nas camas dos aviários, o número de larvas é sempre superior ao número de adultos, somado ao fato de que as larvas são mais eficientes em transmitir Salmonella às aves se comparado com os insetos adultos (2).
Dessa forma, este produto torna-se realmente promissor para um melhor controle dos cascudinhos.
Com relação ao total de insetos coletados (larvas + adultos), a maior eficácia também foi atribuída ao uso da Cipermetrina (5%) + Imidacloprid (3%) Pó, sendo de 75,3% aos 10 dias e 53,9% aos 25 dias após o alojamento (Tabela 1).
Este produto possui em sua formulação, além da Cipermetrina (piretróide), o Imidacloprid, que é um neonicotinoide.
Nos Estados Unidos, o Imidacloprid é registrado para controle de cascudinhos desde o ano de 2008. No Brasil, no entanto, foi registrado recentemente.
Os resultados obtidos podem ser explicados devido à comprovada alta eficácia dos neonicotinoides, que apresentam maior capacidade de penetração na cutícula dos insetos, acumulando-se nos tecidos gordurosos e afetando seu organismo, comprometendo, inclusive, gerações subsequentes.
A Cipermetrina (5%) + Imidacloprid (3%) Pó, na dose de 1 kg/300 m2, é eficaz e pode ser indicada globalmente em estratégias de manejo para controle do cascudinho (Alphitobius diaperinus).
Eficácia da cipermetrina e imidacloprid para o controle de cascudinhos em aviários BAIXAR EM PDF
Tabela 1: Porcentagem de redução de Larvas e do total de Larvas + Adultos de A. diaperinus, após aplicação dos inseticidas.
Não = não observada porcentagem de redução no número de insetos.
Brenda C. P. dos Santos1 , Eduarda G. Rychwa 2 , Isabella de C. Dias 3 , João P. F. R.de Oliveira 1 , Vivian I. Vieira 4 , Simone Gisele de Oliveira 5 e Alex Maiorka5 1Mestrandos em Zootecnia, Universidade federal do Paraná; 2Graduanda em Agronomia, Universidade Federal do Paraná; 3Doutoranda em Ciências Veterinárias, Universidade Federal do Paraná; 4Doutoranda em Zootecnia, Universidade Federal do Paraná; 5Professor Titular, Universidade Federal do Paraná.
Um dos principais desafios na produção avícola é o custo das rações, que representa aproximadamente 66,1% dos custos totais de produção (ICP Frango/Embrapa, 2024). Para reduzir esses custos, é necessário otimizar o uso dos ingredientes na alimentação das aves de corte.
A otimização tem como objetivo maximizar o aproveitamento dos nutrientes, o que, por sua vez, reduz os custos de produção e melhora a conversão alimentar dos animais, favorecendo seu desenvolvimento (Surek et al., 2008)
Diante dessa necessidade, pesquisas atuais concentram-se em aprimorar tanto a utilização dos ingredientes das rações quanto a forma física. Um dos processos de produção das rações, que contribuem para a melhoria da eficiência de utilização dos ingredientes, a redução de desperdícios e o aumento do desempenho zootécnico é a peletização (Massuqueto, 2014).
As rações destinadas a frangos de corte podem ser apresentadas em diferentes formas físicas, como fareladas, peletizadas e trituradas (Vargas et al., 2007), essas diferenças estão destacas na Tabela 1.
A ração peletizada, quando triturada, passa por um processo adicional de redução do tamanho das partículas. Já a ração micropeletizada é composta por pequenos peletes, geralmente com diâmetros entre 1,0 e 2,0 mm, e é produzida de forma semelhante à peletização comum, sem a necessidade de trituração adicional.
Durante a fase pré-inicial, é importante maximizar o ganho de peso das aves para garantir a uniformidade do lote no momento do abate. Uma alimentação precoce, bem balanceada e de alta digestibilidade nesse período favorece o desenvolvimento inicial do intestino e, a longo prazo, melhora a eficiência alimentar e o peso das aves na idade de abate (Moreira et al., 2020).
Tabela 1. Formas físicas da ração e o impacto em diferentes variáveis de produção de frangos de corte.
Forma física da dieta
Item
Micropeletizada
Tamanho das partículas 1 a 2 mm
Idade 0 a 21 dias
Ingestão
Facilita ingestão
Peletizada Triturada
Peletizada comum Farelada
1,5 a 3 mm, dependendo da trituração 3 a 5 mm 0,5 a 1 mm
0 a 21 dias
Pode facilitar ou dificultar, a depender do tamanho das partículas
Ideal a partir do 21º dia Todo o período
Facilita a ingestão
Pode dificultar devido à textura fina
Digestibilidade Alta Alta Alta Moderada
Desempenho inicial
Bom ganho de peso e conversão alimentar
Custo de implantação Alto
Bom ganho de peso e conversão alimentar
Bom desempenho e conversão alimentar
Moderado
Desempenho inferior comparada as outras formas físicas
Moderado Baixo
Fonte: Adaptado de Jahan et al., (2006); Traldi (2009); Krabbe (2011); Castro (2020).
O tamanho da partícula e a forma física da dieta são fatores importantes a serem considerados na nutrição de aves de corte. Desde a primeira semana de vida, as aves são capazes de selecionar as partículas de sua dieta quando expostas a uma situação de escolha (da Silva Soares, 2020).
Na fase pré-inicial do frango de corte, uma dieta com diferente forma física na primeira semana de vida pode ser justificada pela anatomia e fisiologia do aparelho digestivo das aves jovens.
Principalmente devido tamanho do bico pois este é um importante fator na regulação da ingestão do alimento nessa fase, além do formato do bico das aves, a estrutura queratinizada deste órgão determina o tamanho e a forma do alimento a ser ingerido (Traldi, 2009, Vieira et al., 2010).
As rações trituradas e micropeletizadas são recomendadas e fornecidas na fase inicial da vida do frango, 1 a 21 dias de vida, pois as aves não conseguem consumir partículas maiores do que o tamanho do seu bico. Isso pode ocorrer devido a incapacidade de expansão da cavidade oral e pela ausência de dentes (Vieira et al., 2010).
De acordo com Reece et al. (1986), o tamanho de partícula influencia no consumo e no desempenho das aves, devido a capacidade do animal de selecionar o tamanho de partícula mais adequado para a sua idade.
Diante disso, frangos alimentados com rações trituradas durante a primeira semana de criação possuem melhor aproveitamento dos nutrientes pois, aumenta a energia metabolizável disponível para o ganho de peso, conforme demonstrado por Freitas et al., (2008), estudando diferentes formas físicas de ração, o autor observa que o ganho de peso das aves foi superior (144,12 g/ave) quando comparado as rações farelada (121,36 g/ave) e peletizada (139,76 g/ave).
Em outro estudo, conduzido por Vargas et al., (2001), demonstraram que o consumo de dietas trituradas por frangos de corte entre 22 e 35 dias de idade, seguido por dietas peletizadas entre 36 e 42 dias, foi mais eficaz do que o uso de dietas fareladas no mesmo período.
Esse resultado deve-se à redução da segregação dos ingredientes e da seleção de partículas durante o consumo da ração pelos animais.
Disponível em:
Da mesma forma, estudos demonstram (Michard e Hubbard, 2015; Idan et al., 2023) que a ração micropeletizada, por ter um diâmetro uniforme e facilitar a ingestão, é indicada na fase inicial, de 1 a 21 dias, reduzindo o esforço necessário para consumir a ração.
Já a ração peletizada triturada quando em comparação a ração farelada tem oferecido alguns benefícios após os 21 dias de vida como aumento do consumo de ração e redução do desperdício, quando as aves já estão mais desenvolvidas e conseguem ingerir partículas um pouco maiores (Jahan et al., 2006).
As rações peletizadas também podem favorecer o aumento inicial do número de vilosidades duodenais em comparação com rações fareladas (Lara et al., 2008).
Nesse contexto, a forma física da ração tem um impacto significativo sobre o consumo e, consequentemente, sobre o desempenho dos frangos de corte (López e Baião, 2004)
A peletização pode influenciar no desenvolvimento do trato digestivo das aves, pois a digestibilidade dos carboidratos aumenta devido à desagregação dos grânulos de amilose e amilopectina durante o tratamento térmico, facilitando a ação enzimática (Thomas et al., 1998).
Além de interferir na solubilização das proteínas, alterando suas estruturas secundárias, terciárias e quaternárias através da desnaturação proteica promovida pela alta temperatura do condicionamento e podendo melhorar a digestibilidade através do aumento da eficiência das enzimas endógenas (Massuqueto, 2014; Teixeira Netto, 2014).
Conforme observado por Castro et al. (2020), o tamanho das partículas e a forma física da ração podem influenciar o consumo de alimento e a digestão dos ingredientes, alterando a estrutura morfológica do trato digestório e/ou as secreções digestivas.
As rações peletizadas trituradas são produzidas a partir de rações fareladas prensadas sob alta temperatura e, após a prensagem, são trituradas em partículas menores.
A redução no tamanho das partículas é fundamental para a fase inicial da vida do frango, pois facilita o consumo e reduz o tempo de ingestão das partículas e, por consequência, diminui o gasto energético. Essa ração pode ser utilizada em qualquer fase da vida das aves, dependendo do grau de trituração (Traldi, 2009)
As aves possuem capacidade seletiva, e quando submetidas a escolha irão preferir as partículas maiores, podendo variar de acordo com a idade (Vieira et al., 2009). Essas observações são corroboradas por Nir et al. (1994), que demonstraram que a preferência alimentar das aves varia com a idade.
Conforme as aves envelhecem, há uma tendência para preferirem partículas de tamanho maior, o que pode influenciar diretamente a eficiência alimentar e o desempenho produtivo.
O fornecimento de dietas peletizadas trituradas durante o período inicial da vida dos frangos pode influenciar positivamente seu desempenho digestivo até a fase inicial, entretanto, o fornecimento de peletes íntegros, de 3 – 5mm de diâmetro, maiores do que seu bico, podem prejudicar o desempenho, já que levam mais tempo para serem consumidos e selecionados (Freitas et al., 2008; Neves, 2014).
Freitas et al. (2008) estudando diferentes formas físicas de ração (farelada, triturada e peletizada de 1,8mm) sobre o desempenho e desenvolvimento gastrointestinal de frangos, obteve melhor conversão alimentar em aves alimentadas com ração triturada (1,07) quando comparada a ração farelada (1,15).
Os autores ainda observam que a ração triturada pode proporcionar maior desempenho das aves na primeira semana, pois, na fase pré-inicial, a maior parte do desenvolvimento das vilosidades intestinais ocorre entre o quinto e o décimo dia.
Ainda de acordo com os autores, as formas processadas de ração, como a triturada e micropeletizada, podem influenciar o desenvolvimento de alguns órgãos digestivos, reduzindo o peso da moela (de 4,78% para 4,26% do peso corporal) e do trato digestivo (de 8,70% para 8,45% do peso corporal) mas aumenta as vilosidades intestinais, principalmente da região do duodeno, quando em comparação à ração farelada (Freitas et al., 2008; Idan et al., 2023).
De acordo com Lopez e Baião (2004), o menor peso da moela pode estar relacionado com a maior taxa de passagem das rações, podendo provocar menor volume de alimento no órgão e redução na atividade do músculo.
De forma geral, os trabalhos sugerem que a ração triturada é a forma mais eficaz para a produção comercial de frangos de corte, principalmente até aos 21 dias de idade (Choi et al., 1986; Jahan et al., 2006; Idan et al., 2023).
A ração micropeletizada é produzida diretamente em micropeletes com diâmetros entre 1,0 e 2,0 mm. Possui os mesmos benefícios que uma ração peletizada em relação à digestibilidade dos nutrientes por passar pelos mesmos tratamentos térmicos, mecânicos e de umidade (Krabbe, 2011).
Ela se diferencia da ração peletizada triturada por possuir menor diâmetro e ser mais uniforme, isso ocorre, pois, esta forma física não necessita passar pelo processo de trituração.
Essa forma física da ração apresenta vantagens em termos de desempenho nutricional, mas também possui limitações no processo de produção.
Para sua fabricação, é necessário maior investimento em comparação à ração peletizada triturada, pois exige a instalação de novos equipamentos e a aquisição de matrizes peletizadoras específicas, diferentes das matrizes convencionais.
Apesar do custo elevado de implementação, o impacto no custo total de produção é reduzido durante a primeira semana de vida do frango, quando o consumo alimentar ainda é baixo (Traldi, 2009; Bevilaqua, 2010).
Do ponto de vista nutricional, a ração micropeletizada oferece benefícios significativos. Seu fornecimento pode melhorar o desenvolvimento gastrointestinal, promover maior uniformidade do lote e aumentar a resistência a patógenos devido ao desenvolvimento precoce do sistema imunológico.
Esses fatores podem contribuir para ganhos de desempenho que se estendem até a idade de abate, justificando o investimento inicial mais elevado (Amerah et al., 2007).
Segundo Nir et al. (1994) e Moreira (2020), a ração micropeletizada auxilia no desenvolvimento dos pintinhos até os 14 dias de vida, pois facilita a ingestão da dieta, reduz o gasto de energia de mantença e aumenta a produção líquida de energia.
Ainda de acordo com o autor, geralmente esta forma física da ração pode ser considerada superior para as primeiras semanas de vida devido à sua palatabilidade, fácil digestão e menor desperdício, especialmente em sistemas de produção intensiva (Lara et al., 2008).
No entanto, de acordo com Maiorka et al. (2008), a palatabilidade em frangos não é relevante, visto que o número de receptores gustativos na língua é muito pequeno quando comparado a outros animais.
Em relação a qualidade física, os peletes com 2 mm apresentam menor teor de finos (12%) do que peletes com 4 mm (27%), entretanto, segundo Meinerz et al. (2001) não há diferença no desempenho e no rendimento de carcaça.
Penz et al. (2001) relatam que pintinhos alimentados com peletes de 1,5 a 1,8 mm de diâmetro obtiveram desempenho superior aos animais alimentados com dietas fareladas, provavelmente devido a maior capacidade de ingestão que a ração micropeletizada proporciona.
No estudo conduzido por Idan et al. (2023), também mostram que a ração micropeletizada possuem baixo percentual de finos (6,50%) quando comparados as rações trituradas com trituração grossa e fina (8,20 e 9,03%, respectivamente).
Dessa forma, os frangos alimentados com ração micropeletizada tem mostrado resultados promissores, apresentando desempenho de crescimento semelhantes ou superiores em comparação às rações trituradas (Idan et al., 2023; Rubio et al., 2020).
Ao investigar os efeitos de diferentes formas físicas da dieta, como micropeletes, ração triturada grossa e fina com e sem inclusão de finos, o estudo de Idan et al. (2023) mostram que frangos de 0 a 21 dias alimentados com micropeletes apresentaram maior peso corporal em comparação aos animais que receberam dieta triturada com inclusão de finos.
No entanto, ao comparar com a dieta triturada sem inclusão de finos, os autores observaram que o peso corporal foi semelhante ao dos frangos alimentados com micropeletes.
Além disso, ao avaliar o peso e a atividade da moela, os resultados indicaram que a dieta triturada de moagem fina, independentemente da presença de finos, apresentou melhor desempenho.
Idan et al. (2023) também destacaram que a alimentação com micropeletes ou ração triturada sem finos aumentou a ingestão de ração, promovendo maior ganho de peso corporal e melhor conversão alimentar.
A melhora do desempenho dos frangos quando alimentados com dietas trituradas de boa qualidade ou micropeletes se dá pela redução do desperdício de ração e pela redução da seletividade dos grãos pelos animais, diante disso, a forma física da ração nas primeiras semanas de vida pode influenciar o desempenho inicial dos pintinhos.
O aumento no consumo de ração nos primeiros 7 a 10 dias de vida do frango é fundamental para o desenvolvimento e maturação do trato digestório, que fará grande diferença no desempenho final do animal por aumentar a superfície de digestão e absorção de nutrientes (Nunes et al., 2011).
A melhora no desempenho de aves alimentadas com rações trituradas e micropeletizadas pode ser atribuído, em grande parte, à redução no tempo despendido para o consumo da ração (Traldi, 2009)
Essa diminuição no tempo de alimentação resulta em uma menor demanda energética para essa atividade, disponibilizando mais energia para o ganho de peso.
Freitas et al. (2008) discorrem que tanto as rações micropeletizadas ou as rações trituradas possibilitam maior consumo, metabolização da energia e retenção da energia ingerida, dessa forma, ambas as formas físicas podem favorecer o desempenho de pintos de corte.
Conforme relatado em alguns estudos, a peletização exerce impacto limitado sobre a disponibilidade de nutrientes.
Em contrapartida, processos mais intensivos, como a expansão e a extrusão, que envolvem a aplicação de maiores quantidades de umidade e temperatura em um intervalo de tempo mais curto podem promovem alterações mais significativas nas estruturas dos ingredientes e consequentemente melhorar ainda mais a capacidade de ganho de peso das aves (Massuqueto et al., 2020).
Apesar dessas vantagens, a produção de peletes ainda envolve maiores custos com equipamentos e energia (Surek et al., 2008).
Ração triturada ou micropeletizada: qual a melhor escolha para frangos de corte?
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Referências sob consulta junto ao autor
Marcela Triginelli
Coordenadora técnica de território
Assim como a Marcela Triginelli, cada membro de nossa equipe desempenha um papel importante na cadeia produtiva de alimentos do Brasil.
Prezamos pela qualidade e segurança alimentar, e temos orgulho em fazer parte da indústria, garantindo que alimentos seguros cheguem às mesas das pessoas em todo o mundo.
Kenes Leonel de Morais Castro CST Nacional Aves JR - Agroceres Multimix
Grandes são os impactos dos gases gerados pelas aves em seu processo de produção devido à má qualidade do ar e umidade da cama, ocasionado principalmente por manejo inadequado das instalações (estruturas mal dimensionadas, falta de isolamento, falhas de projetos, falha no treinamento de mão de obra, entre outros).
Estes fatores impactam diretamente o status sanitário do lote, abrindo portas para agentes oportunistas presentes no ambiente. E na maioria dos casos, há uma correlação dos fatores causadores, predispondo ainda mais ao aparecimento de patologias que acometem o trato respiratório.
Nas aves, os pulmões são ligados a nove sacos aéreos. Essas estruturas permitem uma alta eficiência de troca de gases do ar, visto que, após passar pelos sacos aéreos posteriores, o ar é forçado através dos pulmões por compressão dos brônquios primários, antes de retornar para o exterior. Apesar de possuírem pulmões rígidos e pequenos, esse mecanismo permite que a ventilação ocorra de forma eficaz nas aves.
No entanto, devido a esse fator, as aves ficam expostas aos agentes externos e variação do ambiente.
As membranas dos sacos aéreos são normalmente transparentes, muito finas e frágeis que se rompem facilmente ao toque durante a necropsia ou no abate. No entanto, essa condição muda em caso de alterações inflamatórias.
Os sacos aéreos tornam-se opacos, apresentam fibrose e, por vezes, acumulam conteúdo líquido e/ou espumoso, ou mesmo caseoso. Esse processo inflamatório é denominado aerossaculite.
Enfermidade infecciosa, pode apresentar diversificadas etiologias, desde bactérias e fungos a infecções virais. Entre os agentes mais encontrados estão: Mycoplasma gallisepticum, Escherichia coli e Aspergillus spp. E os menos frequentes são: Coronavírus, Paramixovírus e Herpes vírus. É frequente quadros de aerossaculite com agentes associados.
A aerossaculite geralmente está ligada a fatores ambientais e tem papel importante na manifestação e/ou na evolução do quadro clínico. Entre os fatores ambientais causadores da aerossaculite destaca-se a amônia (NH3), que se forma devido à falha na ambiência.
Os sinais clínicos podem variar, como:
diminuição na produtividade
e em casos graves, aumento na mortalidade.
taquipnéia pescoço alongado
respiração com o bico aberto inquietação, respiração di cultosa estertores e eriçamento de penas
Aves com aerossaculite tem seu desempenho zootécnico prejudicado, acarretando peso reduzido e desuniformidade do lote.
Um dos pontos críticos na avicultura, ligado diretamente à formação e liberação do NH3, é a cama do aviário, que tem o papel de garantir conforto às aves ao absorver parte da umidade, diluir uratos e fezes, proporcionar isolamento térmico e diminuir lesões de peito, joelho e coxim plantar e problemas respiratórios.
Normalmente, a cama é constituída por substratos inertes e sua qualidade depende da composição, tamanho das partículas, teor de umidade e grau de compactação. Pode ser reutilizada, a fim de diminuir os custos de produção, mas isso pode aumentar a umidade e propiciar a produção excessiva de amônia.
O excesso de umidade causada pelo mal manejo dos equipamentos e vazios sanitários curtos, entre outros, contribuem para a formação e liberação do gás.
O gás amônia (NH3) é tóxico e reconhecido como um dos contaminantes mais dominantes em galpões que abrigam frangos de corte.
Esta molécula provém da quebra do ácido úrico excretado pelos frangos de corte, e a taxa de emissão depende da umidade da cama, que tende a aumentar à medida que a excreta é acumulada no material. Uma vez emitida, a amônia se acumula no interior do aviário até ser liberada para a atmosfera pelo sistema de ventilação.
Os humanos não detectam amônia abaixo de 20ppm e não a percebem como nociva até 50ppm. Desta forma, as aves são afetadas antes que o problema seja identificado, visto ser detectada pelas aves a partir de 15ppm, sendo 25ppm o limite máximo de exposição.
Ajustes da ventilação e manejo adequado da cama são mecanismos estratégicos para manter uma adequada qualidade do ambiente no interior dos galpões.
A crescente busca por novas tecnologias contribui para as aves expressarem seu potencial genético, porém, faz-se necessário mão de obra qualificada para manter e seguir corretamente os parâmetros dos equipamentos.
A climatização de galpões estimula aumentos na densidade animal para reduzir custos e amortizar investimentos.
Todavia, o maior número de aves/m2 aumenta a compactação da cama, o que diminui sua capacidade de absorção e eleva a concentração de amônia.
Assim, ambientes de alta densidade requerem melhor controle do teor de amônia, especialmente no final do ciclo produtivo, para evitar prejuízos ao bem-estar e à produtividade do lote.
Em galpões de alta densidade é necessário garantir a troca de ar por meio de ventilação, sem que a temperatura interna do galpão se torne crítica. Os nebulizadores devem estar regulados para produzirem micro gotículas, facilitando a evaporação da água e para não umedecer a cama.
Os bebedouros e encanamentos demandam manutenção para evitar derramamento de água na cama e, se ocorrer, é preciso substituir por substrato seco e/ou trituração desta.
O correto dimensionamento é de extrema importância, proporcionando uma dinâmica perfeita de acordo com as necessidades e desafios enfrentados nos ambientes externos e internos. Todavia, falhas nos projetos levam a condições que impactam negativamente a produção.
Uso exacerbado de placas evaporativas e sistemas de umidificação durante o lote interferem nos alojamentos seguintes, pois uma cama mal trabalhada e com umidade elevada aumenta a liberação de amônia, afetando as aves nas primeiras semanas, período crítico.
A exposição de animais a altos níveis de amônia causa irritação das membranas mucosas e do trato respiratório, conjuntivite e dermatite.
No sistema respiratório das aves, a traqueia atua como um canal de ar para a respiração, sendo a primeira linha de defesa contra poluentes. A exposição ao NH3 afeta diretamente a traqueia, causando anormalidades na resposta imune traqueal no sistema respiratório.
O aumento das células T auxiliares
2 ( Th2 ) e das células T auxiliares
17 (Th17) acelera o desequilíbrio das células reguladoras (Treg)/células T auxiliares 1 (Th1), causando inflamação das lesões da traqueia (Figura 1).
Além disso, a exposição excessiva ao NH3 (30 ppm) causa resposta inflamatória nos neutrófilos do sangue periférico em frangos.
Desequilíbrio
Estresse oxidativo
In amação
1 - Efeito NH3 sobre o sistema imunológico
Estes fatores culminam em um gasto metabólico da ave para o sistema imunitário e aumenta a vascularização da área, abrindo portas para agentes expostos no ar.
Frangos de corte expostos à amônia, dióxido de carbono e poeira por seis dias consecutivos apresentam perda significativa de cílios a partir do epitélio da porção superior da traqueia, prejudicando o transporte de muco e a eliminação de partículas indesejáveis.
A partir de 10ppm de amônia, inicia-se a deterioração dos cílios do epitélio traqueal das aves e, acima de 20ppm, há maior susceptibilidade às enfermidades respiratórias.
Níveis de amônia acima de 25ppm paralisam alguns cílios, que deixam de filtrar contaminantes.
Concentrações de 50ppm são capazes de destruir alguns cílios e causar alterações patológicas nas aves, incluindo o desenvolvimento de E. coli na traqueia. Acima de 60ppm de amônia, as aves tornam-se predispostas a doenças respiratórias e infecções secundárias, mesmo após vacinações.
A exposição prolongada à grande concentração de amônia (75-100ppm) resulta em prejuízos à respiração, perda de cílios e aumento de células caliciformes.
Quando o nível de amônia atinge 100ppm, há redução na frequência e amplitude respiratória, prejudicando a troca gasosa. Níveis de amônia entre 60 e 100ppm podem ser observados no início de ciclos produtivos quando se reutiliza cama.
Os impactos negativos gerados pelo mal controle do ambiente das aves afetam diretamente o desempenho e status sanitário do lote, abrindo portas para agentes oportunistas, prejudicando a criação.
O dimensionamento incorreto, somado à falta de manutenção e ao manejo inadequado das instalações, inevitavelmente impactará o desempenho zootécnico e a imunidade dos animais.
Dentre as várias consequências está a formação em excesso da amônia, um dos principais causadores destes problemas, devido ao impacto negativo no sistema de defesa da ave.
O conhecimento sobre a forma correta de operação dos sistemas de climatização, assim como uma boa instalação, permite minimizar e até neutralizar estes efeitos negativos, proporcionando bem-estar animal, refletindo em melhor desempenho tanto produtivo como na resposta imunológica às vacinações e agentes nocivos presentes no ambiente.
Impacto da ambiência sobre problemas respiratórios ligados ao gás amônia BAIXAR EM PDF
Marcos Antonio
Dai
Prá Ger. Saúde Animal - CIEX Agropecuário BRF
Denomina-se cama o material distribuído no piso do galpão de frangos de corte que tem como função básica absorver e reciclar umidade, excreções, penas e restos de alimento, além de ser um elemento de promoção do bem-estar das aves durante todo ciclo da criação.
A cama normalmente é composta por material de origem vegetal e de natureza absorvente e como a ave praticamente toda sua vida está sempre em contato com ela, é necessário que o material utilizado seja de boa qualidade e receba as intervenções para correções de problemas de forma contínua.
É importante que ela esteja livre de agentes patogênicos, tóxicos e materiais estranhos.
Figura 1. Trabalho de cronoanálise concluiu que 98,17% da vida do frango de corte ocorre em contato com a cama
O material selecionado para ser utilizado como cama deve apresentar:
Boa capacidade higroscópica;
Ser rica em carbono (celulose e lignina);
Ter partículas de tamanho médio (material picado ou triturado);
Ter baixa condutividade térmica;
Liberar facilmente para o ar a umidade absorvida;
Ser tratada com método físico (calor) para não servir de veículo de patógenos, ter baixo custo de aquisição e boa disponibilidade na região e também deve servir para utilização posterior como fertilizante.
Cama não é apenas o acúmulo fecal em um substrato, mas sim, o produto dinâmico de um intenso metabolismo que resulta no amadurecimento do material. Desta forma, manejar adequadamente a cama significa interferir no processo para minimizar os efeitos negativos e valorizar as características favoráveis.
A cama de frangos de corte oferece uma condição excepcional para a multiplicação das principais bactérias da microbiota fisiológica, sobretudo de Lactobacilos e outros Gram-positivos benéficos.
Estas condições, entretanto, também facilitam a multiplicação de patógenos ou outras bactérias indesejáveis eventualmente presentes.
Entre esses organismos figuram Salmonelas e Campilobacter, implicados em problemas de toxinfecção alimentar em humanos e Escherichia coli, especialmente as amostras causadoras de dermatite necrótica nos próprios frangos.
Outras bactérias oportunistas, como Clostridium perfringens e Staphylococcus aureus, também estão no ambiente do aviário como contaminantes e podem ser eventualmente importantes por causarem infecções oportunistas ou condenação de carcaças.
A cama é um reservatório de salmonelas e a origem pode ser os próprios pintos ou os vetores que permanecem na instalação durante o período de vazio sanitário como os cascudinhos e roedores.
A reutilização da cama é uma necessidade para a sobrevivência da avicultura industrial, em função de dois aspectos fundamentais: o custo de produção e a sustentabilidade ambiental.
Com a reutilização evita-se o custo de aquisição de material de cama necessário para cobrir entre 10 a 12 cm de altura em toda a extensão do piso dos aviários.
A cama reutilizada não apresenta prejuízo às aves. Aves criadas em camas a partir do segundo lote apresentam uma tendência a serem mais produtivas, provavelmente devido a maior imunidade adquirida e estimulada desde o alojamento.
O contato das aves desde a chegada no aviário com a cama rica em bactérias remanescentes do lote anterior facilita a composição precoce da flora intestinal.
Condições
A interação entre as aves e a cama forma um ciclo que precisa ser quebrado. A descontaminação da cama é muito importante e alguns parâmetros como temperatura, pH e atividade de água (aw) devem ser levados em conta no momento da escolha do método de reuso.
A Tabela 1 mostra as condições ótimas e os limites superiores e inferiores de crescimento das salmonelas.
A presença de salmonelas na cama de frangos de corte decresce à medida que avança o número de lotes criados sobre ela. Ocorre que a reutilização da cama de alguma forma promove o que podemos chamar de exclusão por competitividade.
A reutilização da cama para vários lotes subsequentes é imprescindível para a sobrevivência econômica da avicultura.
Contudo, a utilização de algum tipo de tratamento com o intuito de reduzir a carga bacteriana patogênica é fundamental para que isto não seja a causa de contaminação dos lotes.
Existem várias metodologias disponíveis para conseguir este propósito, sendo as principais a fermentação, o enlonamento plano, a alcalinização e o uso de moduladores biológicos.
O êxito na reutilização da cama só é obtido quando planejamos rigorosamente o intervalo sanitário entre lotes. Duas premissas são fundamentais, o tempo para execução das tarefas e a ordem de execução dos procedimentos.
O planejamento deve ocorrer ainda com as aves alojadas do lote anterior, quando definimos o tempo do intervalo de acordo com o status sanitário do lote (positivo ou negativo para Salmonela) e pela situação da cama em relação a umidade e condição visual.
Exemplo de um diagrama de intervalo sanitário com a ordem dos procedimentos a serem executados
Para os métodos de tratamento da cama para reutilização, existem tarefas de preparação comuns a todos, como o controle de vetores, a queima de penas, trituração da cama e a limpeza a seco das instalações onde fazemos o processo de desinfecção sem o uso de água durante o intervalo sanitário.
Quando a cama está acima de 15 cm prejudica o tratamento pela dificuldade de incorporação dos produtos ou mesmo para realizar o revolvimento e trituração com equipamentos específicos
A manutenção da altura da cama em um patamar que facilite o tratamento é fundamental para que a qualidade da mesma se mantenha.
A altura ideal da cama deve ficar entre 10 e 15 cm. Quando a cama está abaixo de 10 cm facilita o tratamento, mas é um risco pela dificuldade de absorção da umidade podendo levar a deterioração da cama em poucos dias.
a 15 cm
Após a conclusão das tarefas de preparação da cama deve ser iniciado o tratamento. O método a ser adotado depende das condições para a realização, e de uma maneira geral se busca um modelo que seja eficiente e que tenha facilidade para a execução.
Atualmente quatro modelos estão entre os mais utilizados, que são a Alcalinização, Fermentação, Enlonamento plano e Modulação ambiental.
Alcalinização: É o modelo mais utilizado, onde utilizamos cal virgem na dose de 500 a 800 gramas por m² dependendo do teor de Óxido de cálcio (CaO).
A cal virgem incorporada na cama promove a elevação do pH (acima de 12), reação exotérmica (podendo atingir até 100° C por alguns segundos), redução da atividade de água aW (abaixo de 0,94), redução da umidade da cama (abaixo de 25%) e geração de amônia (que pode ultrapassar 120 ppm).
Fermentação: Amontoar a cama em uma única leira no centro do aviário no sentido longitudinal da instalação. Para que ocorra uma fermentação eficiente a leira deve ter no mínimo 1,20 m de altura.
A cama deve permanecer amontoada por um período mínimo de quatro dias para que ocorra um adequado processo de fermentação, com temperatura superior a 60° C.
Após a permanência do tempo mínimo da cama amontoada, espalhar e fazer revolvimento com o aviário aberto ou com exaustores ligados para remover a umidade.
Enlonamento plano: Fazer a cobertura da cama com lona plástica em toda a extensão do aviário, fixando as bordas. A cama deve permanecer coberta por um período mínimo de seis dias.
Após a permanência do tempo mínimo da cama coberta, a lona deve ser retirada, lavada, desinfetada e depositada em um local adequado para ser usada no lote seguinte.
A presença de roedores neste local deve ser controlada para preservação da lona. Revolver a cama e ventilar o aviário para retirar o excesso de umidade.
Modulação Ambiental: Consiste em um conjunto de procedimentos seguros que visam à redução da pressão de infecção de patógenos, modulação benéfica da microbiota da cama e redução de mão-de-obra do integrado.
O uso de moduladores biológicos vem ganhando espaço no controle de bactérias patogênicas no reuso da cama de frangos de corte.
Este método consiste em aplicar na cama no início do período de vazio sanitário, produtos cujo princípio ativo é uma alta concentração balanceada de microorganismos em forma de esporos, (acima de 108 UFC/g) ativados em contato com umidade, que rapidamente farão a colonização da cama competindo com as bactérias patogênicas principalmente Salmonelas e Escherichia Coli.
Os moduladores biológicos são produtos formulados normalmente através de Bacillus e Lactobacillus e suas enzimas proteases, que atuam sobre os dejetos das aves e matéria orgânica presentes na cama de aviário utilizando-os como fonte nutricional.
Destino da cama após o uso: A cama após reutilizações consecutivas deve ser retirada da instalação. A recomendação para a retirada é amontoar por 10 dias no interior do galpão.
Após este período, se a cama for destinada para uso como adubo orgânico em lavouras, deve permanecer por um período mínimo de 45 dias amontoada e coberta com lona plástica próximo ao local de uso, essa prática garante uma total fermentação do material com redução dos patógenos presentes reduzindo o risco de contaminação do ambiente.
Se a cama for comercializada com empresas de produção de adubo orgânico, deve sair da propriedade em veículos enlonados.
qualidade da cama na criação de frangos de corte, depende de uma rígida rotina de tarefas que devem ser realizadas no tempo adequado e na ordem de execução.
Portanto, o manejo adequado da cama de aves deve ser parte integrante de qualquer sistema produtivo de criação de frangos, devendo estar incluído desde o planejamento inicial desta atividade.
Qualidade da cama na criação de frangos de corte BAIXAR EM PDF
Referências bibliográficas sob consulta junto ao autor
Geise Linzmeier
Coordenadora técnica de território
Assim como a Geise Linzmeier, cada membro de nossa equipe desempenha um papel importante na cadeia produtiva de alimentos do Brasil.
Prezamos pela qualidade e segurança alimentar, e temos orgulho em fazer parte da indústria, garantindo que alimentos seguros cheguem às mesas das pessoas em todo o mundo.
Equipe técnica BIOCHEM Latam
Abarreira intestinal é a primeira linha de defesa do organismo das aves, desempenhando um papel fundamental na manutenção da saúde e no desempenho produtivo.
Quando íntegra, essa barreira impede a translocação de microrganismos patogênicos e toxinas para a corrente sanguínea, reduzindo o risco de infecções e inflamações sistêmicas.
Além disso, a integridade intestinal está diretamente ligada à capacidade de absorção de nutrientes, essencial para o crescimento e eficiência alimentar.
Para que essa barreira se mantenha funcional, é imprescindível um equilíbrio da microbiota intestinal (eubiose), no qual bactérias benéficas predominam sobre patógenos oportunistas.
Nesse cenário, o uso de probióticos tem se destacado como uma estratégia eficaz para promover a estabilidade da microbiota e fortalecer a saúde intestinal das aves, contribuindo para um melhor desempenho zootécnico.
Diferentes tipos de probióticos atuam de maneiras distintas. As bactérias ácido láticas produzem ácido lático, criando um ambiente hostil para patógenos gram-negativos, enquanto os Bacillus formadores de esporos oferecem maior resistência a condições ambientais adversas e são eficazes contra patógenos gram-positivos.
Contudo, bactérias ácido láticas e leveduras vivas possuem baixa estabilidade térmica, dificultando sua aplicação em rações peletizadas.
TechnoSpore®, formulado com a cepa exclusiva da Biochem Bacillus coagulans DSM 32016, combina os benefícios desses dois tipos de probióticos. Além de ser um Bacillus, e ser assim termo resistente, possui a capacidade de produzir ácido lático de forma eficiente, o que não é comum para outros Bacillus.
O ácido lático reduz o pH paracelular, dificultando a proliferação de bactérias patogênicas e também serve como substrato para bactérias benéficas que produzem ácidos graxos de cadeia curta (AGCC), como butírico, propiônico e acético.
Os AGCC têm funções essenciais na saúde intestinal. O ácido butírico, por exemplo, é uma fonte de energia para os enterócitos, contribuindo para a integridade da mucosa intestinal e promovendo um ambiente mais favorável para a absorção de nutrientes.
O ácido propiônico e o ácido acético também desempenham papéis importantes na regulação da microbiota e na redução de inflamações intestinais. Dessa forma, TechnoSpore® estimula um ciclo benéfico que fortalece a barreira intestinal e favorece o desempenho das aves.
Estudos conduzidos com frangos de corte em diferentes condições sanitárias demonstraram que a suplementação com TechnoSpore® levou a melhorias na taxa de crescimento, na conversão alimentar e na saúde intestinal.
As aves suplementadas apresentaram melhor desenvolvimento, maior eficiência alimentar e uma microbiota intestinal mais equilibrada (com aumento na quantificação de bactérias benéficas e redução de bactérias patogênicas).
Além disso, foi observada uma melhora em parâmetros de morfologia intestinal, redução nas taxas de mortalidade e na incidência de lesões intestinais associadas a enterite necrótica.
Com base nesses achados, TechnoSpore® oferece múltiplos benefícios para aves, comprovados por diversos estudos:
Modulação positiva da microbiota intestinal
Melhor integridade intestinal
Redução da mortalidade
Melhor qualidade de excretas
Ao unir a robustez dos Bacillus com a produção eficiente de ácido lático, TechnoSpore® se destaca como uma solução inovadora para otimizar a saúde intestinal e contribuir para um ótimo desempenho na avicultura moderna.
TechnoSpore® - mais do que um probiótico, um aliado estratégico para a produtividade!
TechnoSpore, cepa probiótica única que une o melhor de dois mundos! BAIXAR EM PDF
Melhor uniformidade do lote
Melhor e ciência alimentar
Maior índice de e ciência de produção
Adiivo probióico formulado com a cepa probióica exclusiva Biochem - Bacillus coagulans DSM 32016 - que combina de forma única as caracterísicas benéficas de bactérias ácido láicas e bactérias formadoras de esporos. TechnoSpore é termo resistente e produz ácido láico de maneira eficiente, e dessa maneira modula beneficamente a microbiota e a saúde intesinal dos animais.
Equipe técnica ZOETIS
As vacinas recombinantes se associam bem com a tecnologia Embrex de vacinação in ovo para ajudar a proporcionar uma forte proteção inicial contra os desafios virais.
Na eclosão, os pintinhos podem ser expostos a problemas de saúde, como o vírus da doença de Marek (MDV), a doença de Newcastle (ND) e a Doença infecciosa da Bursa (IBD) ou doença de Gumboro. Nessa fase, seus sistemas imunológicos podem estar pouco desenvolvidos para garantir proteção contra infecções.
Pode levar de uma a duas semanas para que o sistema imunológico do pintinho recém-nascido esteja completamente desenvolvido, o que gera um período de vulnerabilidade. Mas existem maneiras de ajudar a proteger os pintinhos antes disso.
Vacinas recombinantes baseadas em herpesvírus de perus (HVT), aplicadas com precisão por meio da vacinação in ovo, ajudam a acelerar a maturação do sistema imunológico do embrião, transferindo o início da imunidade para mais próximo da eclosão e permitindo que o pintinho responda mais rapidamente a um problema de saúde.
O local preciso da injeção durante a vacinação in ovo, no âmnio, é importante para maximizar o potencial completo dos investimentos nas vacinas e proporcionar uma resposta imune.
Em um estudo, aves vacinadas contra MDV no Dia 17 da incubação tiveram uma incidência mais baixa de lesões quando desafiadas com o MDV nos primeiros cinco dias após a eclosão em comparação com aves vacinadas no momento da eclosão, demonstrando que os pintinhos vacinados in ovo iniciaram uma resposta imune antes da eclosão. (Figura 1).
Vacinas recombinantes, como Poulvac® Procerta®, que são baseadas no HVT, são comumente usadas com sistemas de vacinação in ovo.
O vírus HVT, relacionado ao MDV e que confere proteção contra MDV, é um vírus grande, o que o torna um bom candidato para inserção de genes de outros vírus (particularmente vírus de ND, de IBD e de laringotraqueíte infecciosa).
As pesquisas mostraram que a replicação do HVT recombinante, ou rHVT, é maior quando administrada in ovo do que quando administrada por via subcutânea no dia do nascimento.
Mortalidade e lesões por MDV após desafio com RB1B (cepa do MDV)
Vacinação in ovo, 17 dias
Vacinação subcutânea na eclosão
Grupo de controle não vacinado
Figura 1. O estudo de um desafio com MDV comparou pintinhos vacinados in ovo no Dia 17 de incubação com pintinhos vacinados por via subcutânea na eclosão contra MDV. Foi mostrado que o grupo vacinado in ovo teve uma incidência mais baixa de lesões nos Dias 1 a 5 após o desafio em comparação com o grupo vacinado por via subcutânea, demonstrando que um pintinho vacinado in ovo tem proteção até cinco dias antes do nascimento.
Como as vacinas rHVT são associadas às células, elas podem superar os anticorpos maternos e conferir proteção duradoura porque estabelecem latência e são reativadas periodicamente em aves de vida longa.
A vacinação in ovo não só ajuda na imunidade adaptativa pelo desenvolvimento de anticorpos (imunidade humoral), mas também ajuda as aves a desenvolver imunidade mediada por célula, que é uma resposta imune que ajuda a combater os patógenos ao destruir células infectadas que apresentem na superfície determinadas proteínas conhecidas como antígenos.
As pesquisas demonstraram que a vacinação in ovo com HVT também pode acelerar a maturidade do sistema imunológico do embrião. A administração in ovo de HVT no Dia 18 de incubação gerou respostas de imunidade naturais e mediadas por célula comparáveis às de pintinhos com 1 a 2 semanas de idade.
O desenvolvimento precoce do sistema imunológico por vacinação in ovo ajuda a proteger as aves jovens contra outros patógenos além daqueles contra os
Em um estudo, um grupo de pintos recebeu vacinação de HVT in ovo
Um segundo grupo recebeu uma vacina in ovo simulada ou somente com diluente.
Todos os pintos que receberam vacinas in ovo foram expostos ao KLH, um antígeno não relacionado.
Pintos de 7 a 14 dias de idade não vacinados também foram expostos ao KLH.
Quando os anticorpos anti-KLH foram avaliados uma semana depois, foi visto que 100%
dos pintos vacinados in ovo desenvolveram anticorpos anti-KLH e o mesmo aconteceu com 100% dos pintos de 7 a 14 dias não vacinados.
Somente 20% dos pintos submetidos a vacinação in ovo simulada desenvolveram anticorpos anti-KLH detectáveis.
Quando todos os pintos foram submetidos a uma segunda exposição ao KLH, o nível de atividade de anticorpos para os pintos vacinados in ovo com HVT foi muito maior do que no grupo submetido a vacinação in ovo simulada.
A comparação entre os pintos vacinados in ovo com HVT e os pintos de 7 a 14 dias não vacinados mostrou que os pintos vacinados in ovo com HVT tinham 61% da atividade de anticorpos anti-KLH em comparação com os pintos de 7 a 14 dias (46,7% comparados com 76,4%).
Isso demonstra que a vacinação in ovo ajuda a aumentar a maturação do sistema imunológico das aves. Anteriormente, acreditava-se que os pintos não desenvolviam a reposta imune humoral até 1 a 2 semanas de vida.
As vacinas recombinantes se associam bem com os dispositivos Embrex in ovo
A linha de vacinas vetorizadas Poulvac Procerta de ação rápida da Zoetis foi criada para ajudar na proteção contra desafios virais onerosos.
A combinação dos sistemas Embrex de vacinação in ovo precisos e confiáveis com as vacinas Poulvac Procerta pode oferecer grande valor e resultados ideais em um programa de vacinas em incubatórios.
A vacina Poulvac Procerta HVT-ND, que oferece proteção contra os vírus de MDV e ND, apresentou 93% a 98% de proteção aos 19 dias de vida quando administrada por um sistema de vacinação in ovo Embrex no 18.º dia de incubação.
Contra a IBD, a vacina Poulvac Procerta HVT-IBD ajuda rapidamente na proteção aos pintos e proporciona uma forte proteção global aos desafios atuais com vírus da IBD, demonstrando eficácia em pintos com elevados níveis de anticorpos maternos.
Em um estudo comparativo com uma vacina concorrente, a Poulvac Procerta HVT-IBD proporcionou a proteção mais precoce contra um desafio de alta virulência de IBD no Dia 12, quando administrada in ovo com a tecnologia Embrex.
Outro estudo comparativo com uma vacina concorrente mostrou que a Poulvac Procerta HVT-IBD proporcionou a proteção mais elevada contra desafios clássicos de IBD no Dia 14, quando administrada in ovo com a tecnologia
Embrex.
Outro estudo mostrou que a Poulvac Procerta HVTIBD forneceu proteção precoce contra um desafio com vírus de ND velogênico no Dia 21, quando administrada in ovo com a tecnologia Embrex.
A tecnologia Embrex de vacinação in ovo oferece cinco fatores essenciais de sucesso que garantem uma resposta eficaz à vacina e que ajudam a colher os benefícios dos investimentos nas vacinas.
Os cinco fatores de sucesso da tecnologia in ovo são:
Localização adaptativa no ovo;
Manutenção da integridade da vacina. 1 / 2 / 3 / 4 / 5 /
Penetração consistente na casca;
Higienização completa;
Local preciso da injeção; e
A tecnologia Embrex tem o suporte de mais de 30 anos de experiência combinada em saúde aviária e engenharia, trabalhando com os avicultores para imunizar de forma eficaz as aves e enfrentar os desafios das doenças.
A Zoetis está comprometida em oferecer excelência em serviços, treinamento, suporte e tecnologia in ovo, pelos quais a marca Embrex é conhecida de forma consistente no mundo inteiro.
Nota: As informações sobre o produto, registro e disponibilidade podem variar de acordo com o país e podem mudar sem aviso prévio. Entre em contato com o representante local da Zoetis para obter mais detalhes. Baixe mais informações sobre imunidade precoce através davacinação in ovo com a tecnologia Embrex aqui ou entre em contato com seu representante da Zoetis para saber mais.
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Referencias sob consulta junto ao autor
A vacinação in ovo com a tecnologia Embrex ® ajuda a promover uma resposta imune mais precoce e robusta nos pintinhos
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Não importa os desafios a serem enfrentados. O compromisso da Zoetis é ajudar você a atender às suas necessidades na área de avicultura e alcançar o seu sucesso. Desde os planos até os produtos, estamos prontos para trabalhar com você para personalizar programas que ultrapassarão as metas de saúde do seu plantel avícola.
Saiba como podemos contribuir para o seu sucesso em zoetis.com.
Marcos Adriano Pereira Barbosa¹ e Simara Marcia Marcato²
¹Doutorando em Zootecnia, UEM-PR
²Professora do Departamento de Zootecnia, UEM-PR
Acompetitividade do mercado de alimentos e o seu constante crescimento fazem com que a procura por ingredientes alternativos para substituir os comumente utilizados na alimentação, seja frequente, em função da oferta e custos.
O DDGS ainda pode ser classificado de acordo com a matéria prima que é utilizada para a sua produção, dessa maneira existe o DDGS de:
A utilização do grão seco de destilaria com solúveis (DDGS) de milho tem sido estudada nas dietas para animais de produção, tanto para os monogástricos, quanto para os ruminantes, devido ao seu alto valor de proteína, energia e fibra (Silva, 2015).
O DDGS de milho é um coproduto da fabricação do etanol que se encontra em expansão, tendo em vista a preocupação nacional e mundial na produção de biocombustíveis e a minimização dos seus resíduos no meio ambiente, permitindo, assim, a utilização de uma fonte renovável para a produção de etanol e a consequente diminuição do uso de combustíveis fósseis (Werle, 2018; Brito, 2008).
Sendo assim definido como um coproduto da fermentação do bioetanol, que utiliza a tecnologia de moagem a seca ou úmida para grãos ricos em amido, como milho, trigo e cevada (Iram et al. 2020).
Além de um outro tipo que seria um DDGS produzido a partir da combinação dos citados anteriormente (Kannadhason et al., 2011).
O Brasil é o segundo maior produtor de bioetanol do mundo, detendo cerca de 28% da produção deste combustível em âmbito mundial (Renewable Fuel Association 2019), contudo ainda é pouco difundida a fabricação utilizando milho como matéria prima, pois mais de 95% desse etanol é produzido a partir da cana-de-açúcar e apenas 4,6% é proveniente do grão de milho, o que limita a produção DDGS (Cordonnier, 2019). No Brasil, os estados de Mato Grosso, Paraná e Goiás já possuem usinas com o aporte para produzir etanol utilizando o milho como matéria prima e, segundo a União Nacional de Etanol de Milho (Unem), existem mais 15 projetos de usinas em construção e sendo licenciados, a maioria em Mato Grosso e algumas em Goiás (Vecchi, 2018).
A produção do álcool a partir da utilização do milho como matéria prima, gera um coproduto conhecido como resíduos secos de destilaria mais solúveis (DDGS). Dados mostram que a partir de uma tonelada de milho, é possível produzir 420 litros de etanol e, no fim dessa produção, gera-se cerca de 300kg de DDGS (Erickson et al., 2005).
Quantidade de etanol, DDG e óleo que é possível produzir com uma tonelada de milho
1 Ton Milho
O DDGS é obtido no fim da cadeia de produção da utilização do milho para extração do etanol, e esta acontece da seguinte forma:
A matéria prima é moída e, após este processo, acrescida de água, essa já se torna uma pasta fluida. Essa pasta passa por um procedimento de liquefação, sacarificação, fermentação e, por fim, a destilação e, a partir dessa última etapa, é obtido o etanol (Erickson et al., 2005).
A partir da produção do etanol e a separação dos seus resíduos, esses são direcionados a centrifugação, com o intuito de desmembra-lo em vinhaça fina, que após o processo de evaporação resulta nos solúveis, e os grãos úmidos que levados a secagem, acrescidos dos solúveis, se obtém ao final o DDGS (Figura 1).
300 kg DDG (grão seco de destilaria)
420 litros etanol
18 litros de óleo de milho
Milho Moagem
α-amilase
Glicoamilase
S. cerevisiae
Cozimento
Liquefação
Sacari cação
DDGS
Fermentação
Destilação Solúveis
Evaporação
Etanol Resíduo
Secagem
Vinhaça na Grãos úmidos
Centrifugação
Figura 1 - Fluxograma da produção de etanol por meio do processo de moagem a seco. Adaptado de El-Hack et al. (2015).
O DDGS é um possível meio de redução no custo de produção da alimentação de codornas devido a sua composição nutricional, segundo Barbosa et al. 2024, o teor de proteína bruta do produto utilizado é de 31,69% e a energia metabolizável aparente para codornas é de 2.334 kcal/kg-1, com um coeficiente de utilização desse coproduto de 46,89%.
Diante disso o Grupo de Estudos em Nutrição de Codornas e outras aves (GENCO), pertencente a Universidade Estadual de Maringá, desenvolveu um estudo com o objetivo de avaliar a inclusão de 15% de DDGS de milho na alimentação de codornas de europeias na fase de crescimento e rendimento de carcaça, e de codornas japonesas durante a postura, contribuindo para a elucidação dos efeitos desse coproduto no desempenho dessa espécie.
Dessa maneira foi realizado experimentos tanto para codornas de corte quanto de postura, com dois tratamentos, sendo o primeiro deles, uma dieta basal, formulada e confeccionada a base de milho e farelo de soja, com base nas exigências e composição dos alimentos descritas por Rostagno et al. 2017.
E uma dieta teste cuja composição, é o primeiro tratamento acrescido de 15% de DDGS de milho, cuja sua composição química e metabolizabilidade está descrita por Barbosa et al. (2024).
Para as codornas de europeias, utilizadas na produção de carne não se observou diferença significativas para as variáveis de desempenho de ganho de peso (GP) e peso corporal (PC), contudo as variáveis consumo de ração (CR) e conversão alimentar (CA) foram influenciadas positivamente pela a inclusão de 15% de DDGS de milho.
Dessa maneira os animais que receberam a dieta teste, apresentaram um menor consumo de ração e melhor conversão alimentar quando comparados com as aves que receberam a dieta basal, sendo assim dieta com 15% de DDGS, resultou em 122,74 gramas e 1,86, de CR e CA respectivamente e a dieta basal com um CR de 135,52 gramas e uma CA de 2,08 na fase de cria compreendida de 1 a 14 dias de idade.
Para a fase de recria (15 a 35 dias) não se observou diferença significativa para as variáveis de desempenho, GP, PC, CR, CA e nem para rendimento de carcaça, sendo o DDGS uma alternativa viável para redução do custo produtivo das dietas de codornas de corte, uma vez que, a sua inclusão de 15% resulta em na economia de R$ 20,00 a cada 100kg de ração produzida.
Quando o assunto é produção de ovos, testou-se os mesmos tratamentos para codornas de postura, na fase de produção, com o intuito de avaliar a resposta das aves a inclusão de 15% de DDGS, sobre o desempenho produtivo das aves (peso corporal, consumo de ração, conversão alimentar por quilo de ovos, conversão alimentar por dúzia de ovos, taxa de postura e massa de ovos).
E sobre a qualidade interna e externa dos ovos, para isso foram realizados, três períodos de 21 dias cada, sendo a qualidade dos ovos realizada ao final de cada período sendo mensurado: o peso médio dos ovos, peso específico, unidade Haugh, índice de gema e albúmen, porcentagem de casca, de gema e de albúmen e espessura da casca e o custo produtivo das rações.
Como resultados não se observou diferenças para as variáveis produtivas e de qualidade, contudo o custo das rações resultou em uma leve queda, sendo assim as dietas contendo DDGS, apresentaram uma redução de R$ 10,00 a cada 100kg de ração.
Dessa maneira, assim como para codornas europeias os grãos secos de destilaria de milho podem ser inclusos nas dietas de codornas japonesas em fase de postura em 15%, com o intuito de reduzir o custo produtivo das dietas dessas aves.
Os grãos secos de destilaria de milho (DDGS) na alimentação de codornas, reduz os gastos com a nutrição BAIXAR EM PDF
Referências sob consulta junto ao autor
Nutrição, genética e manejo estão entre os fatores essenciais para influenciar as características das aves
Drª Kelen Zavarize
Gerente de serviços técnicos da Novus
Aqualidade da carne e da carcaça em frangos de corte é essencial para garantir um produto final padronizado, seguro e atrativo ao mercado. Isso impacta diretamente o rendimento da indústria, a aceitação dos consumidores e o atendimento às normas sanitárias e comerciais.
Além disso, carcaças com defeitos ou problemas de qualidade geram perdas econômicas devido ao descarte ou desvalorização no processamento. Quando o assunto é exportação, a uniformidade é um critério fundamental para a competitividade do setor.
Existem cinco fatores principais que influenciam durante o processo produtivo:
Genética: as linhagens de crescimento rápido podem apresentar maior rendimento, mas também são mais propensas a miopatias, como como peito amadeirado e estrias brancas.
Para enfrentar esses desafios, a Novus desenvolveu o programa Scale Up™, com o objetivo de aprimorar a qualidade da carne e da carcaça, aumentar a produtividade e fortalecer a sustentabilidade na produção avícola, trazendo maior rentabilidade ao produtor.
Nutrição: o balanço adequado de proteínas, energia, minerais e vitaminas in uencia o desenvolvimento muscular e a deposição de gordura.
Manejo: também impacta a qualidade nal, considerando aspectos como densidade das aves, ventilação, temperatura e bem-estar animal.
O resultado é alcançado por meio de estratégias nutricionais avançadas, incluindo o uso dos minerais orgânicos bi-quelatados MINTREX®, que fortalecem o organismo das aves, aumentando a viabilidade do plantel e garantindo conversão alimentar mais eficiente.
Como consequência, há maior produção de carne por ave de alta qualidade, resultando em mais carne vendável e impacto positivo na lucratividade dos produtores.
Sanidade: afeta diretamente o crescimento e a qualidade da carne, uma vez que doenças respiratórias, no intestino e de ciências nutricionais podem comprometer o desenvolvimento adequado das aves.
Transporte e abate: também são etapas críticas, pois o estresse e o manejo inadequados antes e durante o abate podem resultar em contusões, fraturas e até alterações na textura da carne.
A estratégia REDUCE & REPLACE™, presente em Scale Up™, substitui minerais inorgânicos por minerais orgânicos bi-quelatados MINTREX® Zn, MINTREX® Cu e MINTREX® Mn. Essa abordagem não apenas mantém o desempenho produtivo, mas também reduz a excreção mineral no ambiente.
Segundo estudo realizado pela Universidade do Paraná, a substituição do cobre inorgânico por MINTREX® Cu a 30 ppm pode diminuir a concentração de cobre no substrato da cama, minimizando a contaminação ambiental e promovendo práticas mais sustentáveis na avicultura.
Para adotar Scale Up™ na avicultura, os produtores e as agroindústrias podem entrar em contato com um representante da Novus.
A empresa oferece suporte técnico completo, incluindo análises laboratoriais, avaliação personalizada da produção e acesso à rede de especialistas Xpert Link™. Com essa tecnologia, é possível maximizar o retorno econômico e garantir crescimento sustentável da produção de frangos de corte.
O sucesso da avicultura depende da qualidade da carcaça BAIXAR EM PDF
Sabemos que os produtores de aves não querem comprometer a qualidade da sua produção, apesar da pressão adicional das crescentes exigências dos consumidores e da indústria. Por esse motivo, a NOVUS oferece soluções nutricionais com embasamento cientifico para alcançar:
• Rendimento de carcaça e carne
• Melhor qualidade de patas
• Diminuição do grau de miopatias, como peito amadeirado e estrias brancas
• Redução de peito amadeirado e do surgimento de estrias brancas
• Estrutura óssea mais forte e melhor formação do músculo esquelético
• Bem-estar animal
Ao trabalhar com a NOVUS, você alcança o máximo potencial dos seus animais e atende às expectativas dos consumidores que, por outro lado, estão cada vez mais exigentes.
Up a NOVUS program
O programa Scale Up™ ajuda aos nutricionistas e produtores de aves a atingirem todo o potencial genético e produtivo de seus animais, com foco na qualidade da produção de carne e de carcaça por meio de uma nutrição inteligente e sustentável.
Luís Rangel, Médico Veterinário pela UFRGS, Mestre em Agronomia com ênfase em Nutrição
Animal pela USP
O Plasma Spray Dried (SDP) é um ingrediente proteico, rico em proteínas funcionais, obtido de sangue coletado durante o processamento de animais que originarão carne bovina e suína destinadas ao consumo humano.
Nesses animais, a inflamação induzida pelo estresse ou por desafios com patógenos foi significantemente reduzida pela suplementação com o SDP, independentemente dos locais primários afetados serem os sistemas digestório, respiratório ou reprodutivo.
Esses resultados sugerem que o SDP consumido via oral contribui para que o sistema imune atue de forma eficiente em resposta a desafios por patógenos e, dessa forma, reduz a demanda por nutrientes pelo sistema imune e proporciona um maior suprimento de nutrientes para o crescimento e a produtividade.
A capacidade do plasma adicionado em dietas de aves de reduzir a permeabilidade intestinal, melhorar a absorção de nutrientes e a integridade estrutural da mucosa, também foi investigada em frangos.
Essas respostas benéficas provavelmente foram mediadas por uma redução na expressão de citocinas pró-inflamatórias associada a um aumento na expressão de citocinas anti-inflamatórias, concomitante a um aumento na expressão de defensinas no intestino.
Coletivamente, essas mudanças fisiológicas sugerem um efeito de modulação do sistema imune provocado pelo SDP e restauração mais rápida da homeostase da mucosa intestinal. Efeitos semelhantes foram relatados em outros sistemas de mucosas, como no sistema respiratório e no reprodutivo, indicando que os efeitos do SDP na alimentação não se limitam ao trato digestório, mas tem impacto de forma sistêmica.
Também cabe ressaltar a utilização do SDP em pintinhos de menor peso após a eclosão. O efeito do SDP na dieta de pintinhos de diferentes qualidades foi avaliado. O SDP melhorou o ganho de peso, a ingestão de alimento e a conversão alimentar em aves com peso inicial de 36,6 e 44 g.
As diferenças foram mais marcantes em aves de peso inicial de 36,6 g.
Aos 42 dias de idade em pintinhos de peso inicial de 36,6 g, o SDP melhorou a ingestão de alimento (P = 0,053) e ganho de peso (P <0,05) vs os controles (SDP = 2.962 vs Controle = 2.881g de GPD) maior do que em pintinhos de 44 g de peso inicial (SDP = 2.906 vs Controle = 2.896 g de ganho de peso).
O SDP melhorou o desempenho aos 7 e 42 dias de idade, e os parâmetros de carcaça com respostas mais marcantes em pintinhos de 36,6 vs 44 g.
No geral, o SDP melhorou o desenvolvimento e a funcionalidade do intestino, independentemente da qualidade do pintinho.
De modo geral, os dados indicam que o SDP nas dietas pré-iniciais de frangos de corte modula o sistema imunológico, melhora a saúde intestinal e a absorção de nutrientes, melhora o desempenho na idade de abate e aumenta a tolerância a doenças e ao estresse em uma ampla variedade de situações.
Referências sob consulta junto ao autor
Práticas de manejo, avanços tecnológicos e foco no bem-estar animal são determinantes para a produção de pintinhos de alta qualidade, garantindo uniformidade e potencial genético ao longo do ciclo produtivo
Aviagen América Latina
Aqualidade do pintinho de um dia é um tema central na avicultura moderna. Garantir que cada pintinho tenha condições ideais para um bom desempenho inicial é essencial para a produtividade e sustentabilidade da cadeia.
No entanto, definir o que caracteriza um pintinho de alta qualidade pode variar entre profissionais, já que diferentes critérios são avaliados de acordo com as necessidades de cada operação.
De modo geral, pintinhos de qualidade apresentam uma boa vitalidade e reflexo, evidenciado por movimentos ativos e de responsividade.
A hidratação adequada, umbigo cicatrizado, sem sinais de inflamação ou resíduos são alguns dos indicativos fundamentais, assim como a aparência da plumagem que devem estar fofas e macias.
Além disso, a ausência de deformidades, como bicos cruzados ou pernas tortas, é um critério visual importante na avaliação.
“Embora essas observações práticas sejam essenciais para uma análise inicial, elas não garantem, por si só, que o pintinho seja de alta qualidade. Uma avaliação mais precisa depende de indicadores objetivos, como a mortalidade na primeira semana, o desempenho inicial e a uniformidade do lote. Esses dados, quando combinados com as características visuais, permitem ajustes no manejo de incubação e no período pós-eclosão, contribuindo diretamente para o desempenho do lote”, aponta o supervisor regional de Serviços Técnicos da Aviagen e especialista em incubação, Felipe Kroetz Neto.
A qualidade dos pintinhos de um dia começa muito antes do processo de incubação e é diretamente influenciada pela cadeia produtiva anterior, em especial pela qualidade do lote de matrizes.
Aspectos como sanidade, nutrição balanceada e ambiência adequada ao longo do período produtivo das matrizes desempenham um papel fundamental.
Esses fatores impactam diretamente na formação do ovo, tanto na composição interna quanto na qualidade da casca, elementos importantes para garantir o nascimento de pintinhos saudáveis.
Além disso, o manejo inicial dos ovos é determinante para preservar a viabilidade dos embriões. Etapas como a coleta cuidadosa na granja, o armazenamento em condições controladas e o transporte eficiente até o incubatório são indispensáveis.
Durante o armazenamento, é fundamental manter temperaturas homogêneas e adequadas para evitar problemas como o desenvolvimento embrionário ou mortalidade precoce.
“Garantir uma gravidade específica dos ovos dentro dos padrões de incubação, são essenciais para a qualidade, pois influencia diretamente o desenvolvimento embrionário durante a incubação. Por isso, o cuidado e a eficiência em cada etapa da cadeia anterior são determinantes para maximizar as chances de obter pintinhos de alta qualidade e bom desempenho no lote final”, explica.
O manejo da incubação desempenha um papel importante na determinação da qualidade final dos pintinhos de um dia. No incubatório, cada etapa do processo é projetada para preservar a qualidade dos ovos e garantir que os pintinhos entregues à cadeia posterior atendam aos mais altos padrões.
Esse manejo requer um controle rigoroso de uma série de fatores que influenciam diretamente o desenvolvimento embrionário.
Entre as práticas fundamentais, destacase o tempo adequado de estocagem dos ovos, que deve ser cuidadosamente monitorado para evitar perdas de viabilidade.
Além disso, o controle dos parâmetros de incubação, como temperatura, umidade, níveis de dióxido de carbono (CO₂) e oxigênio (O₂), bem como a frequência e o ângulo de viragem dos ovos, é essencial para atender às demandas específicas fisiológicas do embrião em cada estágio do desenvolvimento embrionário.
O monitoramento da perda de umidade dos ovos e do rendimento final dos pintinhos também é indispensável para ajustar o manejo às condições ideais.
“A compreensão das necessidades reais do embrião em cada etapa permite ao incubatório proporcionar condições precisas para um desenvolvimento saudável”, complementa.
Garantir a qualidade dos pintinhos de um dia no incubatório passa por um conceitochave: UNIFORMIDADE. Este princípio deve nortear todas as etapas do processo de incubação.
Crédito: Aviagen América Latina
A uniformidade começa pela seleção dos ovos, priorizando pesos e tamanhos semelhantes. No armazenamento, no pré-aquecimento e em cada estágio da incubação, é fundamental manter temperaturas consistentes.
A circulação de ar deve ser uniforme, assegurando uma transferência de calor eficiente e reduzindo a variação de condições dentro das máquinas de incubação.
Esses fatores promovem uma janela de nascimento mais compacta e sincronizada, o que garante que os pintinhos sejam coletados no momento ideal e estejam dentro do rendimento esperado.
“Além disso, isso permite o alojamento rápido e eficiente na granja, contribuindo diretamente para o melhor desempenho a campo. Outro ponto importante é o manejo de ovos de tamanhos e idades homogêneas, que favorece um nascimento sincronizado, reduzindo os extremos de desenvolvimento dentro de um mesmo lote”, explica Kroetz.
A temperatura é, sem dúvida, um dos fatores mais críticos no processo de incubação, pois ela é responsável por todo o desenvolvimento embrionário e crescimento dos tecidos e órgãos, absorção de nutrientes e o metabolismo embrionário, entre outros fatores que regulam a perda de umidade, respiração amniótica e/ou pulmonar, oxigenação dos órgãos em desenvolvimento, crescimento e maturação do embrião.
Por isso, o controle preciso da temperatura garante que o embrião atinja o desenvolvimento ideal, o que se reflete diretamente na qualidade do pintinho ao nascimento. Por sua vez, isso permite que o frango expresse seu máximo potencial genético, resultando em um desempenho superior no campo.
Embora outros fatores, como umidade e ventilação, também sejam cruciais, a temperatura é a base para assegurar um processo de incubação eficiente e produtivo.
Os fatores críticos durante o nascimento dos pintinhos desempenham um papel de destaque para garantir a qualidade final do lote. “Nesse momento, uma série de indicadores físicos e de rendimento pode ser avaliada para identificar se os pintinhos atendem aos padrões esperados, sendo: uniformidade do lote; ausência de desidratação; umbigo seco e cicatrizado; plumagem limpa e fofa; e boa postura corporal e vitalidade”, elenca o especialista.
O peso ideal está relacionado ao rendimento do pintinho, que é o percentual do peso do pintinho em relação ao peso inicial do ovo.
O rendimento ideal geralmente varia entre 67% e 68%, pois, dentro dessa faixa, o pintinho está bem hidratado, com reservas nutritivas suficientes e pronto para se alimentar e beber ao ser alojado.
Rendimentos acima de 68% indicam que o pintinho pode ser letárgico, apresentando dificuldade para se alimentar e hidratar, devido à retenção excessiva de fluídos ou pouca maturação, atrasando o seu ganho de peso na primeira semana.
Rendimentos abaixo de 67% indicam maior desidratação e reservas nutritivas reduzidas, resultando em pintinhos muito ativos e barulhentos, com menor estabilidade energética.
Vale lembrar que, em situações nas quais o tempo de transporte é prolongado (acima de 12h), como em lotes de matrizes ou avós, o rendimento ideal deve ser ajustado para cerca de 1% a mais, visando preservar a qualidade até o alojamento.
Durante a eclosão, o monitoramento contínuo das condições do ambiente é determinante para garantir o bemestar dos pintinhos e a qualidade do lote.
Alguns cuidados essenciais:
Ventilação adequada, garantindo a oxigenação ideal;
Ajustes de temperatura e umidade para evitar superaquecimento ou resfriamento;
Estímulo controlado de CO₂ para promover uma leve hipóxia antes da saída da casca, sincronizando o nascimento e melhorando a qualidade geral dos pintinhos.
É fundamental que qualquer estímulo de CO₂ seja realizado no momento correto, ou seja, antes da eclosão completa. Caso contrário, pode haver impactos negativos na qualidade dos pintinhos, como fraqueza ou redução da vitalidade.
Após a eclosão, o manejo imediato é determinante para garantir que os pintinhos cheguem às granjas com vitalidade e em condições ideais de desempenho. Recomenda-se monitorar a temperatura de cloaca, que deve estar entre 103 e 105°F (ou 39,5 a 40,5°C).
Essa faixa de temperatura assegura que os pintinhos não estejam sofrendo com calor ou frio excessivo.
Embora muitos incubatórios utilizem uma temperatura ambiente entre 25 e 28°C, o mais importante é ajustar a umidade relativa e a ventilação para evitar sensações térmicas inadequadas que possam causar estresse calórico ou desidratação acelerada.
Por isso, está temperatura ambiental deve ser ajustada monitorando a temperatura de cloaca dos pintinhos, por meio de um termômetro de ouvido – (Braun), nos mais diversos pontos da sala. O manejo térmico eficaz promove o bem-estar e preserva a qualidade dos pintinhos, assegurando um início saudável no alojamento.
“Para preservar a qualidade durante o transporte, são indispensáveis, utilizar veículos climatizados com controle de temperatura e ventilação para manter um ambiente estável e confortável, garantir que as caixas de transporte estejam limpas e bem ventiladas, com densidade adequada para evitar superaquecimento e proporcionar conforto térmico, e minimizar o tempo de transporte para reduzir o estresse dos pintinhos.
Esses cuidados asseguram que os pintinhos cheguem ao destino com a vitalidade e a qualidade necessárias para um desempenho superior no campo”, aponta Kroetz.
Os problemas mais comuns incluem desidratação, onfalite, deformidades, baixa vitalidade e irregularidades no fechamento do umbigo. Esses problemas geralmente têm origem em falhas no manejo de temperatura, umidade, ventilação ou higiene durante a incubação e o nascimento.
Além disso, tempos excessivos no nascedouro ou transporte inadequado também podem comprometer a qualidade dos pintinhos.
Para minimizar perdas e melhorar a saúde dos pintinhos, é essencial investir no treinamento contínuo da equipe, garantindo que todos os envolvidos compreendam as boas práticas de manejo. A manutenção preventiva e calibragem regular dos equipamentos asseguram o funcionamento ideal.
A adoção de tecnologias modernas no manejo de incubação tem transformado significativamente a forma como os incubatórios monitoram e garantem a qualidade dos pintinhos.
Sensores avançados e sistemas de automação presentes nas máquinas mais recentes permitem o acompanhamento em tempo real de variáveis críticas, como temperatura, umidade, níveis de dióxido de carbono (CO₂) e até mesmo o peso dos ovos.
Essas tecnologias proporcionam ajustes precisos e imediatos, reduzindo inconsistências ao longo do processo de incubação. Isso garante melhores condições para o desenvolvimento embrionário durante todo o período de incubação, promovendo a uniformidade do lote e resultando em pintinhos de alta qualidade.
O monitoramento constante dos parâmetros ambientais, como temperatura, umidade e ventilação, aliado a uma higienização rigorosa de incubadoras e nascedouros, reduz significativamente os riscos.
Além disso, a adoção de ações corretivas imediatas ao identificar qualquer desvio no processo é necessária para evitar maiores perdas e preservar a qualidade do lote.
“Assim como, sistemas de eclosão sincronizada ajustam o ambiente de forma a permitir que os pintinhos nasçam em intervalos mais curtos, reduzindo estresse e otimizando a vitalidade.
Tecnologias de monitoramento remoto e inteligência artificial estão permitindo uma análise mais detalhada e decisões baseadas em dados em tempo real.
Esses avanços não apenas aumentam a eficiência do processo, mas também garantem pintinhos mais saudáveis e bem-preparados para os desafios pós-eclosão”, aponta.
O bem-estar animal durante a incubação é um dos pilares para garantir a qualidade dos pintinhos recém-nascidos e, consequentemente, o desempenho futuro dos lotes.
Práticas essenciais incluem manter uma temperatura estável e homogênea, garantindo que todos os ovos estejam expostos às mesmas condições térmicas.
Assim como, é fundamental assegurar uma boa ventilação para a oxigenação adequada dos embriões e evitar tempos prolongados no nascedouro, que podem causar estresse térmico ou desidratação.
A manutenção de uma higiene rigorosa em todas as etapas do processo reduz os riscos de contaminação, promovendo um ambiente seguro e saudável para o nascimento dos pintinhos.
Imagem 3. A uniformidade do lote começa com um controle rigoroso da temperatura e umidade durante a incubação. Crédito: Aviagen
América Latina
Essa atenção ao bem-estar durante a incubação reflete diretamente no desempenho futuro do lote.
“Pintinhos que nascem em condições ideais apresentam um desenvolvimento mais robusto, maior resistência a desafios sanitários e melhor uniformidade de tamanho e peso. Isso resulta em um desempenho superior ao longo do ciclo produtivo, tanto em termos de saúde quanto de eficiência zootécnica, o que é essencial para maximizar o potencial que a genética proporciona”, finaliza Felipe Kroetz.
Manejo de Incubação: estratégias para garantir a qualidade do pintinho de um dia
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Investimentos em pesquisa para impulsionar o progresso equilibrado e sustentável na saúde e produtividade das aves.