Revista aviNews Brasil 3º TRI 2024

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COMO FALAR DE BEM-ESTAR DE EMBRIÕES DE PINTOS DE UM DIA PRODUÇÃO

Para mais informações entrar em contato com o representante local da MSD Saúde Animal ou visitar www.innovax-vaccines.com

CAUTELA PARA A AVICULTURA EM 2025

Oano de 2024 está trazendo ventos favoráveis para a avicultura brasileira. Com um câmbio relativamente estável e custos de produção mais baixos em comparação ao ano anterior, o setor de frango e ovos conseguiu manter um equilíbrio entre oferta e demanda, proporcionando um ambiente positivo para crescimento. No entanto, ao olharmos para 2025, é essencial adotarmos uma postura de cautela e planejamento estratégico para evitar que o otimismo do momento nos conduza a dificuldades no próximo ano.

A perspectiva para o segundo semestre de 2024 é de recuperação e estabilidade nos preços, seguindo um ciclo tradicional de alta após um primeiro semestre de ajustes. O frango, por exemplo, mostrou um desempenho sólido até agora, mantendo-se próximo à curva sazonal, mas com ganhos significativos no início do ano. A previsão para 2025, no entanto, sugere um cenário mais complexo.

A robustez das contas externas e o controle do déficit em transações correntes sugerem que o câmbio deve se ajustar, mesmo em alta, ao longo de 2024 e 2025. Embora as previsões apontem para uma taxa de câmbio estável entre R$/ US$ 4,92 e R$/US$ 5,00, o aumento das tensões geopolíticas e a incerteza sobre a política monetária nos EUA devem ser monitorados de perto. As expectativas de investimento direto no país são positivas, mas a força do dólar e as pressões sobre as moedas de países emergentes indicam que o setor precisa se preparar para uma possível volatilidade cambial.

Nesse contexto, é preciso adotar um olhar de muita cautela, considerando que algumas estatísticas do setor estão prejudicadas por indicadores técnicos que não corresponderam ao esperado, como a recente perda de eclosão que afetou o mercado como um todo. Decisões baseadas em um cenário que pode não refletir concretamente a realidade podem levar a equívocos estratégicos. Embora haja uma tendência de se imaginar uma sobreoferta iminente, é importante lembrar que alguns dos indicadores que poderiam pressionar o mercado não se confirmaram, sugerindo uma necessidade de maior prudência.

O equilíbrio entre oferta e demanda será a chave para o sucesso em 2025. Com o frango e a carne suína apresentando ganhos relativamente positivos neste ano, é crucial que o setor não se embriague com o otimismo e mantenha uma produção ajustada às condições de mercado. O frango, por exemplo, é o único produto que deve registrar aumento no valor bruto da produção este ano, um sinal de resiliência, mas também de alerta para não comprometer o cenário futuro.

À medida que avançamos para 2025, a mensagem é clara: o setor avícola deve manter o foco no controle da produção e na vigilância dos fatores externos que podem impactar o mercado. Evitar excessos de oferta, monitorar o comportamento cambial e ajustar as estratégias de exportação são fundamentais para assegurar um crescimento sustentável.

EDITOR

AGRINEWS

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Periodicidade: trimestral

A revista aviNews Brasil é uma publicação nacional, editada em português, cujo editorial é direcionado à cadeia avícola, incluindo associações de avicultores, instituições de ensino, sindicatos, empresas e o Ministério da Agricultura e Pecuária. Os artigos, bem como informes publicitários não expressam a opinião dos editores. É proibida a divulgação total ou parcial de conteúdos publicados sem a autorização dos editores.

Por José Antonio Ribas Jr. Diretor Técnico nutriNews Brasil

Como as estratégias de marketing estão revolucionando a avicultura de postura

André Carvalho

Diretor de Marketing e Inovação da Mantiqueira Brasil. Administrador, mestre em marketing pela FGV. MBA pela FGV e Hult International

08

Luiz Eduardo Takano, Alisson Turcatel, Roney da Silva Santos

Equipe técnica Vetanco

Opinião do especialistaVocê sabe o que é abate

Dra. Soha Chabrawi

Gerente técnica e religiosa da qualidade da Fambras Halal desde 2017

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10 fatores inegociáveis para o controle de cascudinhos em granjas avícolas 14

Estratégias de controle de temperatura e ventilação para o frango de corte

José Luis Januário e Lucas Volnei Schneider Especialistas de frangos e ventilação da Cobb-Vantress LatCan

Vacina INNOVAX ND-IBD promove melhor resposta sorológica nas aves

Ana Paula Fernandes Médica veterinária, especialista técnica de frango de corte e incubatório na MSD Saúde Animal

SIAVS: ponto de encontro da proteina animal para o mundo

Equipe de redação agriNews Brasil

INATA marca presença no SIAVS com maior estande de sua história e novidades no time

INATA para aviNews Brasil

Qual é a relação entre a saúde do fígado e a produtividade?

MVZ Luisa F. Rivera G. Para o Grupo Nuproxa

Como a avicultura de postura pode se profissionalizar e gerar renda para o pequeno produtor

Kariny Moreira

Zootecnista, Dra em nutringenômica - Técnica de campo Senar-GO cadeia de avicultura

Manejo alimentar

Equipe técnica H&N

Manejo e fisiologia das aves frente ao calor extremo

Mercês, n . b.; Passinho, c. c. Médica veterinária da GALI Consultoria Avícola

Sustentabilidade na produção de aves através do uso eficiente de dejetos da avicultura

Equipe técnica Zucami

Enfrentando o desafio do Enterococcus Cecorum: soluções nutricionais e sanitárias para a resiliência das aves

Equipe técnica Adisseo

Demanda crescente e sustentabilidade do ovo impulsionam o mercado brasileiro

Tabatha Lacerda Instituto Ovos Brasil para aviNews

Machos reprodutores: como obter bons indicadores de fertilidade na fase de recria

Cidimar Trevisan1 , Marcel Pacheco2 e Eduardo Kohl3

1Supervisor regional de Serviços Técnicos, Aviagen América Latina; 2Supervisor regional de Serviços Técnicos, Aviagen América Latina; 3Coordenador de produção da Região Sul, Aviagen América Latina

IncubaFORUM reune mais de 400 pessoas no SIAVS 2024

Equipe de redação agriNews Brasil

Impacto da coccidiose em aves: apoio a medidas de controle

Marcelo Hidalgo Gerente de Saúde Intestinal Latam para dsm-firmenich

Artrite e suas causas multifatoriais em frangos de corte - Parte I

Eduarda da Silva1 e Cláudia Balzan2

1Discente do curso de medicina veterinária 2Docente do curso de medicina veterinária - UNOESC

Como melhorar a rentabilidade na produção de frangos de corte

Patricia Marchizeli Gerente técnica aves Agroceres Multimix

Equipe técnica Biochem

Como falar de bem-estar de embriões de pintos de um dia na produção de frangos de corte?

Jumara Coelho Ticiano1 Sérgio Luiz de Castro Júnior2 e Iran José de Oliveira da Silva2 1Médica Veterinária, Mestranda em Zootecnia (FZEA – USP) 2Pesquisadores do Núcleo de Pesquisa em Ambiência (NUPEA- ESALQ – USP)

No mercado brasileiro de avicultura de postura, houve uma transformação notável nos últimos anos. O potencial do mercado é promissor à medida que os consumidores priorizam dietas e estilos de vida alinhados com seus valores, bem-estar, proteção dos animais e sustentabilidade.

COMO AS ESTRATÉGIAS DE MARKETING ESTÃO REVOLUCIONANDO A AVICULTURA DE POSTURA

André Carvalho Diretor de Marketing e Inovação da Mantiqueira Brasil. Administrador, mestre em marketing pela FGV. MBA pela FGV e Hult International

À medida que os consumidores se tornam mais conscientes do impacto de suas escolhas no planeta, as empresas que dão prioridade à proteção animal e à sustentabilidade estão preparadas para prosperar neste cenário em evolução.

Essa mudança reflete uma crescente consciência e preocupação com o bem-estar animal e a necessidade de adotar práticas que promovam a sustentabilidade.

Portanto, fornecer consistentemente produtos que priorizem a sustentabilidade, a proteção animal e os mais recentes avanços na categoria é um caminho para se diferenciar dos concorrentes.

Neste ambiente dinâmico, os profissionais de marketing enfrentam o desafio não só de desenvolver produtos superiores, mas também de elaborar uma narrativa de marca que comunique autenticamente o seu compromisso com estes valores.

DESBLOQUEIE O POTENCIAL DA SUA MARCA

Construir uma marca forte que tenha impacto junto aos consumidores, enfatizando a sustentabilidade, o bem-estar animal e a inovação, torna-se essencial para estabelecer uma conexão significativa e promover a lealdade em meio à concorrência acirrada desse segmento.

Na verdade, uma marca forte serve como um farol, orientando os consumidores para produtos e valores que se alinhem com as suas preferências éticas e de estilo de vida, impulsionando, em última análise, o sucesso a longo prazo no mercado.

No atual mercado de ovos destinados para o consumidor, onde os produtos são frequentemente percebidos como intercambiáveis, construir uma forte presença de marca é essencial para a diferenciação e o sucesso a longo prazo.

E para compreender os desafios deste cenário competitivo, a questão chave é: Como a sua marca pode se destacar no competitivo mercado de ovos?

Libere o seu potencial aproveitando o poder da proposta da sua marca para conquistar o seu nicho no mercado. Ao priorizar métodos orgânicos, a agricultura ao ar livre e um compromisso constante com o bemestar animal e a sustentabilidade, uma marca se diferencia da multidão.

Essa abordagem repercute em consumidores exigentes que priorizam produtos produzidos de forma ética, elevando suas ofertas acima dos concorrentes convencionais e promovendo uma base de clientes fiéis, dedicada à qualidade e ao consumo consciente.

A NARRATIVA DE MARCA

Crie uma narrativa ressonante que impacte profundamente seu público através da história de sua marca.

Por meio de conteúdo envolvente e imagens visualmente atraentes partilhadas em várias plataformas de redes sociais, a marca inicia uma relação com seu consumidor, enfatizando um compromisso inabalável com a gestão ambiental, o envolvimento da comunidade e práticas responsáveis.

Aproveitando o poder das redes sociais, esta narrativa é amplificada, promovendo ligações significativas com os consumidores e cultivando uma lealdade duradoura que vai além de meras transações.

GARANTIA E CERTIFICAÇÃO DE QUALIDADE

Reconhecer a importância primordial da confiança do consumidor leva uma marca a valorizar medidas e certificações de garantia de qualidade para salvaguardar sua reputação de excelência.

Adquirindo certificações conceituadas como USDA Organic, IBD, Carbon Free ou Certified Humane Brasil, a marca inspira confiança nos seus consumidores, garantindo a qualidade superior e segurança dos seus produtos.

Além disso, a consistência nas operações e a manutenção de relacionamentos próximos com os clientes para monitorar a qualidade dos ovos em todas as etapas da cadeia de fornecimento são práticas fundamentais para garantir a satisfação contínua e reforçar a confiança no compromisso da marca em fornecer produtos de excelente qualidade.

IDENTIDADE DA MARCA E EMBALAGEM:

Priorizar o papel fundamental da identidade da marca e da embalagem na atração dos consumidores é essencial.

Com a orientação de uma agência de marketing respeitável e pesquisas minuciosas com o consumidor, as marcas podem investir em visuais atraentes, posicionamento claro, logotipos memoráveis e designs de embalagens sustentáveis para distinguir seus produtos.

O envolvimento ativo com os clientes sublinha o compromisso da marca com a excelência, promovendo a fidelização e reforçando a dedicação à qualidade e ao serviço responsável.

EDUCAÇÃO E ENVOLVIMENTO DO CONSUMIDOR

Liderar iniciativas para educar os consumidores sobre os benefícios da escolha de ovos de alta qualidade é uma prioridade para a marca, que emprega diversas estratégias para alcançar esse objetivo.

Isso inclui campanhas de marketing digital cuidadosamente elaboradas, um envolvimento ativo nas redes sociais para engajar o público e colaborações estratégicas com influenciadores renomados.

Ao oferecer informações valiosas, receitas práticas e dicas de culinária, a marca capacita os consumidores a fazerem escolhas informadas e a fortalecerem seu vínculo com o produto.

Dessa forma, a marca não apenas promove seus produtos, mas também constrói uma relação duradoura e de confiança com seus consumidores, demonstrando seu compromisso contínuo com a qualidade e a transparência.

CASE HAPPY EGGS:

Para materializar os 5 pontos mencionados a marca Happy Eggs® é um excelente exemplo. Com o propósito de tornar o mundo mais livre, leve e ovo, a marca surgiu em 2021 como uma marca de ovos de galinhas livres, caracterizada por um tom de voz único e inovador.

A marca faz parte da Mantiqueira Brasil, a maior produtora de ovos da América do Sul, que em 2020 se comprometeu publicamente a não criar granjas de criação tradicional e vem liderando a produção de ovos de galinhas livres, focada no bem-estar animal.

Elas voam até a lua, dançam no espaço e se divertem numa balada. O filme reflete o estilo de vida livre e feliz das galinhas Happy Eggs®, alinhando-se ao posicionamento e à estratégia de marketing da marca.

O primeiro passo para desenvolver uma campanha de marketing é definir os públicosalvo. No caso de Happy Eggs®, o foco está nos consumidores finais, desde aqueles que compram para consumo familiar até aqueles que valorizam ovos como parte de uma dieta saudável e se preocupam com a origem dos alimentos e o bemestar animal.

Com mensagens impactantes e criativas em animação 3D, Happy Eggs® inovou na categoria de ovos ao lançar um filme de 30 segundos que, de forma bem-humorada, narra as aventuras de suas galinhas livres em uma noitada divertida num karaokê.

Essa narrativa se estende tanto no varejo quanto nas redes sociais, utilizando uma linguagem leve e descontraída que segue o tom de voz da marca. As personagens interagem em conteúdos interessantes no Instagram e em posts no canal de Happy Eggs®

O plano de mídia envolve uma estratégia integrada de vídeo na TV aberta e, YouTube e Redes Sociais, com a estreia do filme no Fantástico na e exibições em várias praças. Na TV Fechada, a veiculação será nacional nos canais Viva, Sportv, GNT e no Masterchef do Discovery Home & Health. Além disso, haverá uma estratégia Always On em Redes Sociais, YouTube, Globoplay, site da Globo e OOH nas praças prioritárias da marca.

Como as estratégias de marketing estão revolucionando a avicultura de postura

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10 FATORES INEGOCIÁVEIS PARA O CONTROLE DE CASCUDINHOS EM GRANJAS AVÍCOLAS

Luiz Eduardo Takano, Alisson Turcatel, Roney da Silva Santos Equipe técnica Vetanco

Oinseto Alphitobius diaperinus, conhecido popularmente como “cascudinho”, é responsável por causar grandes prejuízos econômicos e problemas sanitários na avicultura industrial (CARDOSO; TESSARI, 2015)

O cascudinho se adaptou bem às condições dos aviários, onde se alimenta de ração, fezes e de carcaças (MCALLISTER et al.,1995; PACHECO; PAULA, 1995).

Devido a estas características, se tornou um importante veiculador de diversos patógenos da avicultura (AXTELL & ARENDS, 1990) como as bactérias do gênero Salmonella e a Escherichia coli patogênicas para aves (APEC) (MCALLISTER et al., 1994; CHERNAKI-LEFFER et al., 2002; SEGABINAZI et al., 2005; CHERNAKI-LEFFER, 2011; GAZAL et al., 2021).

O ciclo biológico do cascudinho pode se completar em 55 dias, com condições de temperatura e umidade adequadas (SCHAFER DA SILVA et al., 2005) Devido ao ciclo rápido do cascudinho, o planejamento e a execução dos procedimentos são de grande importância para controlar esta praga, mesmo durante o período em que as aves estão alojadas.

Saber a experiência de mercado da marca escolhida.

Fazer utilização estratégica;

Priorizar o sistema de monitoria;

Obter educação continuada;

Utilizar equipamentos corretos para aplicação e proteção;

Diante destas características, é necessário que seja realizado um controle efetivo do cascudinho na integração. Portanto, os fatores NÃO NEGOCIÁVEIS para o sucesso no controle de cascudinho são:

Utilizar produtos com registro no MAPA - Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento;

Conferir os testes de e cácia e estabilidade da molécula;

Escolher produtos que obrigatoriamente tragam segurança alimentar;

Saber os diferenciais de e cácia da forma física de apresentação (líquido ou pó);

Escolher marcas que tenham suporte técnico;

Para uso na produção de alimentos só é permitido o uso de produto registrado no MAPA, atendendo às legislações vigentes. O produto registrado passa por testes de estabilidade da formulação e estudos de eficácia e segurança na espécie-alvo.

Portanto, utilizando os produtos certificados nas indicações e dosagens corretas recomendadas na bula, preconizamos a segurança alimentar dos consumidores.

A Vetanco Brasil, pensando em estratégias eficazes para o controle de cascudinho em ambientes com aves alojadas, possui o Vetancid Pó Potencializado® que está aprovado no MAPA para uso na presença de aves.

A forma física da apresentação do produto é um ponto importante. Os produtos com apresentação em pó possuem como pontos-chaves a facilidade de aplicação, maior tempo de ação do produto no ambiente, não danifica equipamentos elétricos, não introduz umidade dentro do aviário e possui uma melhor uniformidade de aplicação.

Os equipamentos específicos TWS® para aplicação do produto e proteção individual são fundamentais, pois asseguram a aplicação de forma correta e segura, garantindo que o produto seja distribuído de forma uniforme, atingindo a sua máxima eficiência e tempo de ação do produto no ambiente.

Controle

O suporte técnico é primordial para o sucesso no controle de cascudinho. A Vetanco conta com dois especialistas com grande expertise no assunto e, entre os serviços realizados, destacam-se os treinamentos especializados e personalizados, administrados de forma teórica e prática, fundamentais para controlar de forma inteligente e eficiente o cascudinho.

Além disso, promovem a educação continuada através de informativos técnicos, levando conhecimentos atualizados e de relevância.

A monitoria da infestação de cascudinho na integração é outro fator fundamental. A Vetanco possui o APP Vetancid®, ferramenta desenvolvida para realizar leituras padronizadas, de uso fácil e prático. As monitorias geram gráficos de fácil interpretação, permitindo desta forma uma visão 360 graus da integração.

A utilização estratégica tem como premissa o programa Vetancid Nocaute, o qual conta com a utilização de dois produtos: o Vetancid Pó e o Vetancid Pó Potencializado®.

O primeiro produto possui a cipermetrina (5%) como princípio ativo principal e o segundo é a combinação das moléculas cipermetrina (5%) associado com a imidacloprid (3%). A utilização estratégica dessas soluções garante o controle eficaz do cascudinho durante o ano.

Diante deste grande desafio, a Vetanco Brasil há mais de duas décadas vem fazendo a diferença com sua experiência no mercado de controle de cascudinho.

Essa expertise permitiu o slogan de “autoridade no assunto”, fortalecida com soluções específicas para o controle de cascudinhos, através da Plataforma Vetancid. Uma plataforma completa fundamentada em pessoas, produtos, processos e serviços, liderados por dois profissionais da Vetanco, especialistas na entrega de valor e resultados para os clientes.

Avaliar todos esses pontos é fundamental antes de escolher a melhor solução para o controle de cascudinhos. Um leque de soluções para um antigo problema.

Considerações finais

O Alphitobius diaperinus é responsável por causar prejuízos econômicos e sanitários na avicultura industrial. O controle do cascudinho é fundamental para fortalecer o programa de biosseguridade. Avaliar todos os pontos no controle de cascudinho é de extrema importância para garantir um controle efetivo deste desafio, e assim fortalecer o programa de biosseguridade.

10 fatores inegociáveis para o controle de cascudinhos em granjas avícolas BAIXAR EM PDF

Dra. Soha Chabrawi

Bacharel e licenciada em ciências biológicas, Mestre em Neuropsicofarmacologia, Doutora em neurociência e cognição e Gerente técnica e religiosa da qualidade da Fambras Halal desde 2017

OPINIÃO DO ESPECIALISTA

Você sabe o que é abate Halal?

Muçulmanos de todo o mundo, uma população composta por quase 2 bilhões de pessoas, seguem a recomendação religiosa de consumir os chamados produtos Halal. Trata-se de uma palavra árabe que significa “lícito”, ou seja, permitido.

Os alimentos Halal são aqueles que não trazem qualquer malefício à saúde e segurança das pessoas. Mas para assim serem considerados, é preciso passar por um processo de certificação.

É um processo composto por avaliações laboratoriais, documentais e auditorias para provar que o produto segue os preceitos da religião islâmica e o que determina as principais normas internacionais de fabricação de produtos.

Falando especificamente sobre aves, o Brasil é o maior exportador de frango Halal do mundo. Segundo a Secretaria de Comércio e Relações Internacionais (SCRI), órgão ligado ao Ministério da Agricultura e Pecuária, o Brasil vende esta proteína para mais de 30 países.

Em 2023 foram exportados mais de 2,2 milhões de toneladas, o que corresponde a um montante de mais de US$3,9 bilhões.

Quando se fala em proteína animal, há um processo que precisa ser adotado pelos frigoríficos antes de comercializar a carne para os países interessados, nem sempre os de maioria muçulmana, mas também os interessados em produtos seguros: o abate Halal.

Trata-se de um ritual que tem por intuito minimizar o sofrimento do animal, sem causar estresse desnecessário.

As aves devem ser abatidas numa área exclusiva para este fim, assim como os equipamentos e utensílios necessários. Seguem outras orientações:

As aves devem ser saudáveis e aprovadas pelas autoridades sanitárias competentes.

A maioria das normativas internacionais exige que o abate seja realizado por um muçulmano plenamente consciente de sua ação e intenção, que entenda totalmente o fundamento das regras e das condições relacionadas ao abate de animais no Islam.

É recomendado que a ave esteja com o peito virado para a Meca, a cidade sagrada dos muçulmanos, localizada na Arábia Saudita. Todo muçulmano faz suas orações voltados para esta cidade.

Alguns países permitem que as aves sejam insensibilizadas, ou seja, passem por um processo que as leva a perder a consciência previamente ao abate.

No ato da degola, o sangrador deve evocar o nome de Deus, uma forma de agradecer pelo alimento: “Bismillah Allahu Akbar”, que em português signi ca “Em nome de Deus, Deus é maior”.

O corte precisa ser único e preciso, por isto, há a necessidade de utilizar uma faca bem a ada, a m de que atinja as estruturas de uma só vez.

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Este corte deve alcançar as quatro estruturas da região do pescoço: esôfago, traqueia, veias jugulares e artérias carótidas. É uma condição necessária para que ocorra o abate Halal. O corte nestas estruturas facilita o escoamento do sangue do corpo do animal. O tempo de escoamento é respeitado a m de garantir a total sangria.

Um inspetor muçulmano treinado tem a responsabilidade de checar se os animais são abatidos corretamente, de acordo com a Sharia (a jurisprudência islâmica).

A ave abatida somente poderá ser escaldada após a con rmação da morte pelo abate Halal. Depois, é lavada com água quente para limpeza e segue para a evisceração. Depois vai para a câmara fria e passa pelos processos de embalagem e transporte.

Vale lembrar que, ainda que o Brasil ocupe o topo entre os fornecedores de frango Halal, há muito espaço para crescimento. Em 2050, os muçulmanos serão 2,8 bilhões de pessoas, conforme estatísticas do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) e do Fundo Monetário Internacional (FMI).

E o mais importante: pela qualidade do produto Halal e tudo o que preconiza, especialmente o bem-estar animal, ele vem sendo procurado, cada vez mais, também por não muçulmanos.

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ESTRATÉGIAS DE CONTROLE DE TEMPERATURA E VENTILAÇÃO

PARA O FRANGO DE CORTE

José Luis Januário e Lucas Volnei Schneider Especialistas de frangos e ventilação da Cobb-Vantress LatCan

Segundo Steve Lesson, em 2019, e adaptando para os días atuais, o frango de corte, por estar cada vez mais rápido em seu desenvolvimento e crescimento, ficando cada vez mais eficiente em aspectos zootécnicos, deve ser manejado com critérios específicos e manejos necessários, com a melhor ventilação possível, em um ambiente satisfatório, com controle de temperatura, umidade e qualidade de ar no interior dos galpões.

Fatores que impactam na Produção de Frangos de Corte (Eficiência):

5% Decisões Corporativas de Manejo

7% Sanidade

8% Controle Ambiental dentro dos aviários

(Leasson,2019.)

70% Genéticos

10% Nutrição

Vamos considerar aqui, os aspectos relacionados ao manejo com as aves, a correta visualização do comportamento animal e o que representam nas nossas decisões de manejo ambiental dentro dos aviários. Desde o primeiro dia de vida, na chegada às granjas, as aves devem estar distribuídas uniformemente ao longo da área de recepção, demonstrado, sempre, em cada visita de inspeção, os quatro comportamentos: 25% das aves tomando água, 25% das aves se alimentando, 25% das aves descansado ou dormindo e 25% das aves despertas, movimentandose, batendo as asas, procurando água de qualidade e alimento balanceado e disponível.

Antes que tudo comece nas granjas, a preparação a um novo lote depende de toda a cadeia anterior interligada.

A qualidade intestinal das matrizes de origem, a qualidade das coletas de ovos e desinfecção deles, a incubação destes ovos, com as linhas genéticas separadas por máquinas de incubação (e, no mínimo, nas máquinas de eclosão, pois cada linha tem suas especificidades), sua janela de nascimento ideal, perfis de temperaturas de setups diferentes ao longo dos 21 dias nos incubatórios, bem como a programação de alojamento, com separação de linhas genéticas por galpões, e se possível por núcleos, já que a linha Cobb tem capacidade de abate com idades de 1 a 3 dias antes da concorrência, torna-se decisivo ter em mente estas recomendações para a programação.

Na manhã seguinte, 24 horas depois do alojamento, é necessário que mais de 95% das aves consigam se alimentar e tomar água.

Outro aspecto muito importante é que estamos ainda passando pelo maior período de calor dos últimos tempos, com vários dias de recordes de altas temperaturas no hemisfério Sul.

As matrizes e o frango estão passando por este período de calor da mesma forma e sabemos que mais de 80% do calor produzido em uma granja com isolamento térmico é gerado pelas aves.

Em galpões com telhados e forros simples de cortina, o percentual maior de calor do sol incrementa esta produção de calor nas granjas.

O transporte dos pintos também representa um ponto de atenção: é fundamental transportar com temperaturas adequadas, nas horas mais frescas do dia, com preferência para que as aves cheguem na parte da manhã, até no máximo 10 horas da manhã. Já em lugares mais quentes, é necessário que cheguem mais cedo ainda.

Vide tabela adaptada do professor Brian Fairchild, Athens 2018, e de Professor Robert Teeter 2002, onde são descritos por idade a produção de 11 btu´s/hora de calor sensível, por quilo de peso (por perdas secas de irradiação, condução e convecção e mais 15 btu´s/hora de calor latente (evaporação), de acordo com a idade.

Idade Peso (Kg)

Sensível (11 Btu’s/Kg)

As aves devem buscar consumir o alimento e a água já nas primeiras horas. O ideal é que após de 8 horas de alojamento seja realizada uma amostragem de teste de papinho, em que deveremos observar que mais de 80% das aves tenham papo cheio de água e ração.

Calor
Calor Latente (15
Calor

Por esta razão e pela maior geração de calor corporal, tendo em vista ainda a aceleração dos processos metabólicos, por parte do crescimento rápido das aves modernas de hoje em dia, temos uma necessidade de maior ventilação dentro de nossas granjas, com uso dos exaustores, ventilação mínima e transição e túnel.

Em função do calor, os frangos estão, desde sua primeira semana de vida, demonstrando atualmente uma necessidade de maior retirada de calor, então estamos propondo uma maior e decisiva observação das aves e aumento da taxa de ventilação.

Para que tenhamos uma orientação, fazemos o cálculo de ventilação mínima com um critério de ventilar e trocar o ar da área de recepção (pinteiro), com o volume desta área e mais o espaço até a entrada de ar, que troquemos este volume de ar pelo menos a cada 5 minutos.

Ou seja, para um aviário de 150 metros de comprimento e 16 metros de largura, onde se planeja alojar no verão com uma densidade de 25 a 35 aves/m², com no mínimo 25 pintos por bico de nipple, fazemos assim uma área de recepção com no mínimo metade da área total do aviário.

Calculando então os 75 metros x 16 metros largura x 2,6 metros de altura de forro, teremos mais de 3.120 m³ de área a ser bem ventilada. Este volume de ar dividindo por uma troca a cada 5 minutos, (3.120/5) equivale a 624 m³/ minuto de ar a ser retirado por minuto.

Para sacar este volume de ar com os exaustores disponíveis hoje em dia (com capacidades médias de 600 a 800 m³/minuto, estamos falando de, no mínimo, ligar dois exaustores na ventilação mínima com pelo menos 1 a 1,5 minutos ligados (ON) e 4 a 2,5 minutos desligados (OFF) durante as noites quentes.

Esta seria uma ventilação mínima à noite, (se incluídos inlets melhor ainda), que daria até para ligar mais exaustores, mas também em granjas sem inlets.

O importante é observar o comportamento das aves, se frio ou calor, ou gases como CO2 e amônia excessivos na granja. Estamos falando de registrar menos de 10 ppm de amônia da granja e no máximo 1500 ppm de CO2.

Já à noite, é preciso chegar a menos da metade disto (600 ppm CO2). Por isto é preciso aumentar ainda mais a ventilação oferecida às aves, desde o amanhecer.

Outras ideias efetivas para melhorar a ventilação são travar corretamente os níveis mínimos de ventilação no painel de controle, alterando e pensando adequadamente para a noite e para o dia e, se for preciso, alterar isto por período.

Pensando em uma forma mais automática e fácil, e somando a isto esta geração de mais calor para os pintinhos e frangos de hoje em dia, fazemos isto pelo controlador, diminuindo as temperaturas desejadas por idade, principalmente nos períodos ainda quentes. Isto fará a diferença, obrigando o sistema a ventilar mais, sem deixar de lado a observação das aves que é o mais importante.

Aves com calor demonstram certas características de comportamento, como:

Aves espalhadas.

Mais separadas umas das outras.

Deitam onde for mais fácil.

Abrem as asas, colam os pés no chão, aumentam a superfície corporal.

Tentam perder calor.

Ofegam, respiram com mais intensidade, batem abaixo do bico (glote).

Tentam passar a temperatura em excesso do corpo para a cama que está mais frio.

Aves com frio, estão demonstrando outros comportamentos:

Amontoadas.

Em blocos.

Tentando aquecer a cama por baixo dos pés, para aquecerem seu corpo.

Aves com corpo embolado, asas presas ao corpo, vasoconstrição, não ofegantes.

Paradas, como se sempre estivessem dormindo.

Para não perder o calor corporal.

Para finalizar, em se tratando de controle de temperatura, a ferramenta de baixar as temperaturas desejadas, levamos em conta a natureza e suas variações climáticas, por regiões.

Mas, para termos um parâmetro, podemos ter três recomendações de acordo com a umidade relativa do ar externo.

Para regiões de umidade abaixo de 60% de UR, onde abaixar muito a temperatura (e esta pode ser a tabela para inverno também), partimos de uma temperatura de 32°C e baixamos a curva a partir daí.

Para regiões de umidade relativas próximas de 60%, partimos de uma temperatura desejada de 31°C e vamos baixando com a idade. Para regiões de umidades relativas acima de 70%, partimos de 30°C de temperatura e baixamos mais rapidamente para realmente provocar maiores taxas de ventilação, de acordo com a tabela abaixo:

Temp. Desejada ºC | Umidade <=60%

Temp. Desejada ºC | Umidade >60%

Temp. Desejada ºC | Umidade >70%

Para complementar, uma prática muito eficaz é medir as temperaturas corporais das aves e buscar por idade alvos que tentem manter as aves a maior parte do tempo em zona de conforto de temperaturas cloacais.

Idade das aves

0 a 4 dias

5 a 10 dias

11 a 28 dias

Acima de 28 dias

Temperatura corporal vs. Densidade (temperatura do ar = 27°C)

Estressado pelo calor

Densidade (Kg/m²)

Prof. Brian Fairchild e Michael Czarick, Universidade de Athens, Georgia, 2022.

Em resumo, para buscar a excelência em performance é imprescindível ter um olhar para pontos importantes na cadeia em matrizes, incubatório, programação de alojamento e abate, no manejo de temperaturas, umidade e ventilação das aves nas granjas. É muito importante controlar os parâmetros e sempre observar os comportamentos normais das aves dentro das granjas.

Estratégias de controle de temperatura e ventilação para o frango de corte BAIXAR EM PDF

VACINA INNOVAX® ND-IBD PROMOVE MELHOR RESPOSTA SOROLÓGICA NAS AVES

Ana Paula Fernandes Médica veterinária, especialista técnica de frango de corte e incubatório na MSD Saúde Animal

Acadeia avícola vivencia uma evolução constante de processos, a fim de fomentar o bem-estar animal, promover uma proteção duradoura e garantir uma gestão assertiva por meio de dados.

Dentro dessa perspectiva de avanço de práticas, a vacina dupla recombinante, que protege em uma única aplicação, ainda no incubatório, contra as doenças de Marek, Gumboro e Newcastle, é uma tecnologia que se destaca.

Até pouco tempo, a empresa que desejava se proteger contra essas enfermidades necessitava aplicar, no mínimo, duas vacinas no incubatório.

Com a tecnologia da MSD Saúde Animal, por meio da vacina INNOVAX® ND-IBD, é necessário somente uma aplicação, o que oferece redução da demanda por espaço em armazenamento nos incubatórios e otimização de mão de obra.

A conveniência da tripla proteção contra as principais doenças da avicultura em apenas uma dose administrada individualmente in-ovo (com 18 dias de incubação) ou no primeiro dia de vida dos pintinhos torna o processo mais seguro e tranquilo, além de contribuir de maneira significativa para o melhor desempenho das aves nas granjas.

Por ser uma vacina vetorizada, ainda tem a vantagem de manter o sistema imunológico com capacidade máxima para a produção de anticorpos de outras vacinas, além de não ter reações vacinais e não causar lesões na bursa, o que permite que o sistema imunológico responda a todas as vacinações adequadamente.

Outro benefício da vacina é a ausência de excreção viral no ambiente.

A INNOVAX® ND-IBD, que já soma mais de 2 bilhões de doses comercializadas no Brasil, ainda permite Melhor Retorno sobre o Investimento (ROI), pois as aves vacinadas com essa solução conseguem expressar seu máximo potencial genético e zootécnico no ganho de peso e na conversão alimentar, uma vez que ela não promove processos inflamatórios ou de imunossupressão na bursa (Figura 1).

6 5 7 5

Saúde
Figura 1. Tamanhos esperados de bursa com o uso de INNOVAX® ND-IBD

SOBRE

AS DOENÇAS

Um estudo1 realizado na Universidade de Bolonha, na Itália, observou que a resposta sorológica após a vacinação para Bronquite Infecciosa das Galinhas foi melhor em aves que receberam vacina recombinante para Gumboro do que as que receberam vacinas com imunocomplexo. Esse estudo se baseou em coletas sorológicas de 14, 21 e 28 dias.

Como a vacina recombinante é construída de maneira a expressar proteínas diferentes, e isso leva a produção de anticorpos, o sistema imune da ave consegue “trabalhar” com capacidade máxima para produção de anticorpos para outras vacinas fornecidas.

Essa constatação reforça que a escolha da vacina dupla recombinante INNOVAX® ND-IBD fortalece o potencial produtivo da granja, uma vez que melhora a resposta sorológica das aves contra três enfermidades de alto impacto.

A Doença Infecciosa da Bursa (IBD), conhecida como Gumboro, é altamente contagiosa, sendo responsável por uma série de perdas econômicas para a produção.

A doença de Marek, por sua vez, afeta populações de aves no mundo todo e também é capaz de causar impactos econômicos importantes em lotes comerciais.

Já a doença de Newcastle, que é uma enfermidade viral, aguda e altamente contagiosa, é mais uma que afeta de maneira significativa a produção de aves.

Vacina INNOVAX® ND-IBD promove melhor resposta sorológica nas aves BAIXAR EM PDF

1Caterina Lupini, Giulia Quaglia, Giulia Mescolini, Elisa Russo, Roberta Salaroli, Monica Forni, Sara Boldini e Elena Catelli

aviNews Brasil, sua revista sustentável do agro!

A sustentabilidade está no alimento que você consome, na roupa que você veste e até nas informações que você lê!

Nossas revistas utilizam tintas offset convencional de alto brilho, composta por 70% de soja e livre de óleos minerais! Além disso, o nosso papel possuí o selo FSC, certificação que garante a rastreabilidade dos produtos desde a floresta até o produto final, assegurando a produção de forma social, econômica e ecologicamente correta.

SIAVS: PONTO DE ENCONTRO DA PROTEÍNA ANIMAL PARA O MUNDO

Neste ano de 2024, o SIAVS (Salão Internacional da Proteína Animal) contou com 30 mil credenciados de mais de 60 países da América Latina, Europa e Ásia. Os números superaram as expectativas não só da organização, como de todos os participantes do evento.

Ao todo, 317 expositores ocuparam os mais de 30 mil m2 de Feira, incluindo empresas de:

genética

laboratórios soluções tecnológicas outros fornecedores da cadeia produtiva

30 mil m2

equipamentos

insumos

Também participaram do evento, 90 empresas produtoras, processadoras e exportadoras de proteína animal.

Ainda segundo a organização, mais de 2,5 mil congressistas participaram presencialmente das apresentações dos 80 palestrantes, durante os três dias de programação.

Houve, ainda, 2,4 mil produtores vinculados ao Projeto Produtor, e outros 300 inscritos na ação à distância, especialmente preparada para universidades e institutos de educação que não puderam estar presentes ao evento.

AgriNews no SIAVS 2024

Entre os dias 4 e 6 de agosto, o Grupo de Comunicação agriNews Brasil protagonizou sua maior ação de cobertura jornalística no SIAVS (Salão Internacional de Proteína Animal).

“Tivemos uma grata surpresa com a grande adesão de toda a cadeia produtiva global no SIAVS 2024”, informou o presidente da ABPA, Ricardo Santin. “Estabelecemos um novo patamar para o encontro, com a adesão de entidades do setor não apenas do Brasil, mas de diversas regiões do planeta”, completou.

Somente pelo estúdio agriNews TV Brasil, mais de 30 personalidades do setor foram entrevistadas, oferecendo ao público insights estratégicos e discussões de alto nível.

“Eu gostaria muito de agradecer a agriNews, que vem fazendo um trabalho estupendo e que é uma parceira de muito tempo”, afirmou Ricardo Santin, em visita ao estande do Grupo. “Vocês nos apoiaram desde os pequenos SIAVS e agora estamos assistindo ao evento se transformando no ponto de encontro da proteína animal para o mundo”, completou.

A agriNews Brasil também se destacou ao articular mais de 20 entrevistados, entre líderes das principais agroindústrias do setor, que participaram do AveLive, realizado no estande da Agroceres Multimix.

“A confiança depositada em nossa equipe para a parceria nesse projeto destaca nossa capacidade de inovação e qualidade técnica que são marcas registradas do Grupo agriNews Brasil”, destaca Priscila Beck, que é Diretora de Comunicação do Grupo no Brasil.

O SIAVS 2024 foi um marco, mas para 2026, a agriNews Brasil está determinada a elevar o padrão, buscando novas maneiras de entregar conteúdo relevante e de qualidade, alinhado com as crescentes expectativas de um público global.

“A cada edição, o SIAVS se apresenta ainda maior e mais forte, desafiando-nos, enquanto mídia especializada do setor, a nos reinventar e buscar novas formas de engajar o público e agregar valor às discussões do setor”, salienta Priscila.

Negócios

Os exportadores da avicultura e da suinocultura do Brasil projetam embarques de US$ 2,03 bilhão em negócios para os próximos 12 meses após reuniões realizadas durante o SIAVS.

As projeções são resultado de uma ação organizada pela ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal) e ApexBrasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos).

A ação ocorreu durante o SIAVS e gerou

9,2 mil encontros de negócios, sendo dois mil com novos clientes, segundo informações da ABPA.

Importadores de mais de 50 países estiveram no espaço das agroindústrias durante os três dias do evento, quando foram realizados US$ 192,8 milhões em negócios de exportações de aves, suínos, ovos e genética avícola.

Tendências

Perspectivas para a participação da cadeia produtiva brasileira no mundo foram debatidas no segundo dia do SIAVS.

O tema reuniu três dos maiores especialistas do setor no mundo: o italiano

Nicolò Cinotti, secretário-geral da IPC (International Poultry Council), a chinesa Yu Lu, vice-presidente da câmara de comércio da China e o norte-americano

Greg Tyler, presidente da USAPEEC (USA Poultry and Egg Export Council).

Cinotti apresentou uma projeção de crescimento de consumo de carne de aves no mundo de 16% até 2033. “O futuro das carnes de aves para países como o Brasil é brilhante”, afirmou.

Segundo ele, quase 80% dessa demanda virá de países de renda média, como o Brasil, que é líder global de exportações no segmento e tem aumentado progressivamente no mercado, junto com a China e a Tailândia, enquanto os Estados Unidos estagnaram.

Outra boa perspectiva para a proteína animal brasileira vem da China. O país, que já é o principal destino das embarcações nacionais de frango e suínos, apresenta demanda crescente, sobretudo por produtos orgânicos.

“Alguns estudos mostram que muitos consumidores chineses estão dispostos a pagar de duas até três vezes mais por produtos saudáveis, seguros e sustentáveis”, explicou Yu Lu.

“A mensagem é: nós queremos carne. E o Brasil tem um potencial muito grande de expandir esse mercado conosco”, completou.

Já os Estados Unidos, líderes mundiais na produção avícola, com 17% do mercado, seguido por Brasil (12%) e China (11,5%), têm visto o Brasil ascender no cenário global impulsionado por questões como a biossegurança.

“Antes o Brasil olhava para os EUA e agora nós olhamos para o Brasil para ver o que vocês estão fazendo”, brincou o presidente da USAPEEC, destacando a liderança brasileira em exportações de frango, de 34,4% contra 25,8% dos norte-americanos.

SIAVS: ponto de encontro da proteína animal para o mundo BAIXAR EM PDF

INATA MARCA PRESENÇA NO SIAVS COM MAIOR ESTANDE DA SUA HISTÓRIA E NOVIDADES NO TIME

AInata fez história na última edição do SIAVS (Salão Internacional de Proteína Animal), destacando-se com o maior estande já montado pela empresa em suas participações no evento.

A companhia, que tem suas raízes em Uberlândia (MG), aproveitou a oportunidade para apresentar produtos típicos de sua região de origem, como o doce de leite, cachaça, café mineiro e goiabada.

Além disso, a Inata inovou ao instalar um estúdio de podcast dentro do estande, onde gravou programas que serão lançados em breve. Rui Peretti, CEO da Inata, celebrou o sucesso da participação da empresa no evento.

"O SIAVS deste ano superou as expectativas, tanto em termos de organização quanto de resultados”, destacou Peretti. “Estávamos preparados para aproveitar ao máximo essa oportunidade e acredito que conseguimos, tanto pela estrutura que montamos, quanto pelo engajamento dos nossos parceiros e clientes", completou.

Inovação e crescimento

Um dos destaques da participação da Inata no SIAVS foi a apresentação das novas contratações que reforçarão a equipe da empresa.

"Aproveitamos a relevância do evento para anunciar a chegada de profissionais que serão fundamentais para o crescimento e inovação da Inata", ressaltou Peretti.

A empresa está focada em expandir sua atuação, tanto no mercado nacional, quanto internacional. "Já estamos presentes em todos os estados relevantes do Brasil e começamos a trilhar um caminho no comércio exterior”, afirmou o CEO da Inata. “Temos grandes planos para conquistar novos mercados, especialmente nos Estados Unidos e na Ásia", acrescentou.

Novos reforços na equipe Inata

Marlon Soares – CFO: "Liderar a área financeira de uma empresa tão inovadora e comprometida com a biotecnologia me enche de orgulho."

Paulo Lesskiu - Diretor de Produção

Industrial: "Acredito muito no trabalho que estamos construindo, certamente ainda há muitas entregas por vir."

Inata marca presença no SIAVS com maior estande da sua história e novidades no time

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Eva Hunka - Diretora de Inovação: "Assumir a posição de Diretora de Inovação me coloca como um motor dos projetos que vão estar no mercado nos próximos anos."

Josiédi Pires - Gerente da unidade de negócios Aves: "Estando aqui, vejo que realmente fiz a opção certa para abraçar as oportunidades e entregar soluções."

Andrea Leão - Gerente Linha de Diagnóstico Saúde Animal: "Começar um novo ciclo profissional fazendo parte deste time para mim é uma grande honra."

Com um olhar voltado para o futuro, a Inata planeja expandir sua presença internacional, já com cinco produtos aprovados no Peru e outros em processo de registro em toda a América do Sul.

"Temos grandes ambições e queremos competir de igual para igual no mercado global, levando a qualidade dos nossos produtos para além das fronteiras brasileiras", concluiu Rui Peretti.

A participação da Inata no SIAVS não só consolidou sua posição no mercado nacional, mas também mostrou que a empresa está preparada para desafios ainda maiores no cenário global.

SAÚDE DO RELAÇÃO ENTRE

FÍGADO E A PRODUTIVIDADE?

A necessidade de melhorar os indicadores de produção, principalmente em animais com alta taxa metabólica, com programas de nutrição e linhagens genéticas cada vez mais exigentes, permitiu a evolução dos produtos naturais e/ou fitobióticos, que são utilizados como aditivos nas formulações nutricionais de várias espécies de importância zootécnica.

desafios constantes em seu metabolismo hepático, como no caso de intoxicações por processos de oxi-redução, hidrólise e conjugação, no metabolismo de antibióticos, por toxinas endógenas produzidas pelo próprio animal, como amônia, pigmentos biliares e produtos residuais de células sanguíneas.

Da mesma forma, toxinas exógenas de grãos contaminados, óleos oxidados e diferentes xenobióticos encontrados no ambiente são fatores que afetam o desempenho dos animais.

As doenças infecciosas também desempenham um papel importante na redução da produtividade, como as infecções virais, incluindo a hepatite por corpos de inclusão e outros tipos de hepatite.

O mesmo se aplica às infecções bacterianas, como septicemias por E. coli, em que os órgãos parenquimatosos são afetados, tifo

aviário causado por Salmonella entérica serovar Gallinarum, e infecções causadas por Pseudomona Aeruginosa, cólera aviária causada por Pasteurella Multocida e em casos de enterite necrótica causada pelo Clostridium perfringens.

E, por fim, devem ser mencionados os distúrbios metabólicos, sendo em primeiro lugar a síndrome do fígado gorduroso e hemorrágico, comum na produção de poedeiras comerciais e quando ocorrem desequilíbrios nutricionais.

Estes fatores afetam diretamente a produtividade dos animais e impedem que seu potencial genético se manifeste.

Por outro lado, temos a contaminação por micotoxinas das matérias-primas, a qualidade das gorduras utilizadas na formulação e a variabilidade dos planos de vacinação como fatores que também podem levar a problemas hepáticos. Todos estes desafios levam a danos e lesões no fígado.

Todas essas situações têm muitas variáveis, o que torna muito difícil controlá-las. Esta grande variabilidade dificulta garantir a saúde do fígado dos animais e, portanto, a produção ideal de acordo com as exigências genéticas.

O potencial genético máximo só pode ser obtido quando o fígado está trabalhando com eficiência próxima a 100%.

Por essa razão, a Nuproxa tem trabalhado na pesquisa de produtos fitobióticos que funcionam como melhoradores de desempenho, orientados para permitir a expressão genética adequada de órgãos importantes no desempenho produtivo de animais de produção, como o fígado.

Saúde hepática

outras substâncias. Considera-se que o fígado pode apresentar um desequilíbrio funcional quando ocorrem distúrbios endócrinos.

substância composta de colesterol, ácidos biliares e bilirrubina. É essencial para a emulsificação e a subsequente digestão da gordura.

Proteção metabólica e energética

Excesso de lipídios

Citocromo C Caspase 3

Hepatócito

ROS

Apoptose HSC ativado

Fibrogênese / Fibrose

Disfunção mitocondrial

Célula Kupffer

Citocinas Inflamatorias

Inflamação

Figura 1. Wieckowska e Feldstein (2008). Diagnosis of Nonalcoholic Fatty Liver Disease: Invasive versus Noninvasive (Diagnóstico de doença hepática gordurosa não alcoólica: invasiva versus não invasiva). Seminários em doença hepática. 28(4): 386-95. 10.1055/s0028-1091983. Created with BioRender.com

Insultos contínuos

Hepatócitos

Regeneração hepática

Inflamação

EMT parcial

Hepatócitos

Ganho ou perda de regeneração

EMT parcial

EMT completo

Hepatócitos danificados

HSC ativado

Insultos diferentes

Células biliares

EMT completo

Ganho ou perda de regeneração

EMT parcial

Fibrogênese

Figura 2. Xue, Wu, Liu (2013). Hepatic regeneration and the epithelial to mesenchymal transition (Regeneração hepática e transição epitelial para mesenquimal). World J Gastroenterol 19(9): 1380-1386.. DOI: https://dx.doi.org/10.3748/wjg.v19.i9.1380. Created with BioRender.com.

Além disso, gostaríamos de destacar sua função regenerativa, uma propriedade

A regeneração do fígado reproduz um modelo fisiológico de resposta ao dano

Necrose
Saúde hepática

composto por uma mistura de diferentes plantas, onde são potencializados os diferentes mecanismos de ação de seus ingredientes ativos, levando a um melhor funcionamento do fígado.

Qual é a relação entre a saúde do fígado e a produtividade? BAIXAR EM PDF

utilização de gorduras e vitaminas lipossolúveis (A, D, E e K), por meio de síntese e biodisponibilidade ideais a partir da bile.

As propriedades antioxidantes do LivoLiv 250™ ativam as enzimas glutationa, glutationa redutase, catalase, superóxido dismutase, que catalisam a eliminação de radicais livres e promovem a saúde animal.

Melhora a conversão alimentar em frangos, potencializa a produção de ovos e diminui a mortalidade em poedeiras ao melhorar a função hepática, a digestão e o metabolismo dos nutrientes.

OBSERVE

O Livoliv 250™ é um produto natural que ajuda a modular a função hepática, melhorando o desempenho produtivo dos animais de forma segura e confiável.

COMO A AVICULTURA DE POSTURA PODE SE

PROFISSIONALIZAR E

GERAR RENDA PARA O

PEQUENO PRODUTOR

Kariny Moreira

Zootecnista, Drª em nutringenômica - Técnica de campo Senar-GO cadeia de avicultura

OBrasil destaca-se como um dos principais produtores de ovos de galinha no mundo, com recorde em 2023, atingindo a marca de 4,21 bilhões de dúzias, com aumento de 2,7%, e esse crescimento vem se repetindo no primeiro trimestre de 2024 que apresentou aumento de 6,1% em produção de ovos (IBGE), estes números nos mostram que a avicultura de postura brasileira está continuamente inovando e crescendo é exemplo de atividade e de cadeia produtiva de sucesso que gera renda para grandes e pequenos produtores.

Estima-se que em torno de 95% dos ovos comercializados no Brasil são oriundos de avicultura de postura convencional, criadas em sistema de confinamento intensivo, ou seja, criadas em gaiolas, que apresentam alta produtividade e eficiência em pequeno espaço, tornando possível a produção de ovos a baixo custo.

Porém, a crescente conscientização referente ao bem-estar das aves fez aumentar a procura pelos consumidores por sistemas de criação do tipo alternativo que proporciona liberdade e oportunidade para as aves desempenhar suas funções naturais comportamento.

O Sistema de criação do tipo caipira, é um tipo de sistema alternativo, que se bem manejado gera aumento do padrão econômico da agricultura familiar, melhorando a qualidade e a quantidade da produção de carne ou ovos.

A criação de poedeiras do tipo caipiras em pequenas propriedades rurais familiares se diferencia do manejo extensivo pois, as instalações e práticas para favorecer eficientemente as condições reprodutivas, nutricionais e sanitárias são muitas vezes precárias e para se tornar uma prática rentável e proporcionar geração de renda necessita de investimento e mudanças no sistema de criação, para o manejo semi-intensivo que consistir em manter os pintinhos em galpões por até 25 dias e depois soltá-los no campo, para que a partir de então seja praticada a criação extensiva.

CONSTRUÇÃO DO GALPÃO

Para que o pequeno produtor se profissionalize o primeiro passo é a construção do galpão, não precisa ser uma construção sofisticada, o importante é que as aves disponham de ambiente no qual, elas possam expressar seu comportamento natural, que estejam protegidas das intempéries e de predadores para isso, deve ser construído levando em consideração os seguintes detalhes:

Construção no sentido LesteOeste, evitando assim que os raios solares incidam diretamente nas laterais abertas e dependendo da hora do dia possam causar desconforto aos animais, muretas de 0,50m de altura no sentido Norte-Sul e o restante da parede coloca-se tela com diâmetro fino, conhecida como tela de pinteiro evitando dessa forma, a entrada de predadores e de pássaros no qual, possam trazer prejuízo através do consumo de alimentos das aves ou até mesmo transmitindo doenças e para finalizar o sistema de cortinas para proteger as aves do frio, chuvas e ventos;

Piso de cimento no qual, possua declividade de 1,0% a 1,5%, de maneira que facilite a limpeza e desinfecção, declividades elevadas fará com que a cama das aves acumule sempre em um local;

Pé direito com altura de 2,50m, em cada lateral e um beiral de 0,70 a 1,00m de comprimento, com a finalidade de proteção contra chuvas e sol, conforme a região e estação do ano, a declividade do telhado declividade deverá ser de 15%;

EQUIPAMENTOS

A água a ser fornecida tem que ser limpa, tratada e de boa qualidade, deve-se ter o cuidado para que as aves não bebam água quente, o reservatório de água do aviário tem que ficar protegida do sol.

O tamanho do galpão depende da quantidade máxima de aves adulta que pretende alojar respeitando a capacidade máxima, no sistema de criação do tipo caipira considera-se 5 a 7 aves/m2.

Nos três primeiros dias, os bebedouros ficam sobre a cama para facilitar o acesso dos pintinhos, à medida que os pintinhos forem crescendo é necessário o ajuste dos bebedouros sendo que, altura ideal é de acordo com tamanho das aves, sempre ajustar conforme a altura do papo e lavados na mesma proporção que houver acúmulo de alimento, fezes ou cama; a proporção de bebedouro a ser utilizada depende do modelo adquirido.

Para esse é necessária área externa fechada, para pastejo e recreação com disponibilidade de 2 a 3 aves/m2, o importante é manter as aves protegidas de predadores, com acesso a volumoso de boa qualidade.

Diferentemente, os comedouros, que nos primeiros 15 dias de vida, o modelo a ser utilizado é do tipo bandeja, na razão de 1 para cada 80 pintos, posteriormente deve ser trocado para o comedouro do tipo infantil e depois o adulto, nesses modelos a regulagem de altura tem que ser realizada, semanalmente, para acompanhar o crescimento, ajustando sempre na altura do papo das aves.

Os equipamentos descritos anteriormente são necessários para frangos de corte e de postura porém, no sistema de criação do tipo caipira as poedeiras necessitam de ninhos, sendo este, construído em uma área de postura protegida, confortável e agradável, que está à sua disposição em todos ou em determinados momentos e o produtorr não precisa procurar ovos por todo o galpão, além disso, os ovos dentro dos ninhos permanecem limpos e protegidos, portanto, sua utilização correta é importante para o sucesso do negócio.

Os ninhos são estruturas retangulares que devem oferecer conforto às aves, facilidade de acesso, pouca luminosidade, praticidade para as coletas e segurança para o ovo por meio da forração, podendo ser utilizado palha de qualquer volumoso esta, deverá ser de material limpo, seco, macio, absorvente e livre de micro-organismos.

Uma solução

Gestão avançada para frigoríficos e plantas de industrialização, de um jeito simples.

Outro equipamento importante são os poleiros que podem ser definidos como estruturas elevadas que oferecem ao animal uma visão do entorno são consideradas uma prioridade para galinhas poedeiras.

Recomenda-se a disponibilização de um espaço de poleiro de 15 cm/ ave adulta com base no tamanho do corpo da ave.

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Conecta todas as áreas da empresa.

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AQUISIÇÃO DOS PINTINHOS

Para o sucesso da criação, é importante manter o lote saudável desde o início pois, o desenvolvimento final das aves, assim como a padronização desse lote, o índice regular de postura e a rentabilidade da produção dependem da atenção e dos cuidados durante o todo o processo de produção, envolvendo a qualidade do lote adquirido que está relacionado a idoneidade do incubatório e a qualidade dos pintinhos.

Na aquisição pintinhos, deve-se buscar sempre incubatório idôneo, que forneça pintinhos:

Saudáveis

De boa qualidade

Que apresentam aspecto ativo, com olhos e canelas brilhantes

Umbigo esteja bem cicatrizado

Com padronização do lote referente ao tamanho e peso

Apresentam plumagem seca e macia sem empastamento na cloaca

CONTROLE SANITÁRIO

As doenças podem causar grandes prejuízos às criações podendo até mesmo disseminar um plantel inteiro em pouco tempo, infelizmente não existe um programa de prevenção de doenças que seja adequado a todas as situações, todavia alguns cuidados básicos são necessários para evitá-las ou, pelo menos, diminuir os seus efeitos.

Por exemplo, a construção do galpão deve ocorrer em local arejado, seco e isolado, distante de estradas e de outras criações, adquirir, somente, aves de boa procedência, aves mais velhas não colocar diretamente junto com as outras, primeiro é necessário o procedimento de quarentena para garantir que a ave está sadia, evitar, o quanto possível, a aproximação de pessoas e animais.

É importante deixar do lado de fora do galpão um recipiente contendo cal, para a realização da desinfecção do calçado ao entrar e ao sair, lavar e desinfectar utilizando água, cloro e sabão, qualquer material ou equipamento que for introduzir no galpão que terá contato com as aves, isolar, em outro compartimento, as aves que se apresentarem comportamento de aves não sadias que estejam tristes e sem se alimentarem, queimar as aves mortas até se tronarem cinzas.

Evitar ao máximo derramamento de água no interior dos aviários, já que a umidade propicia o desenvolvimento de microrganismos causadores de doenças e por fim, vacinar contra as principais doenças que aparecem na região onde a criação está sendo desenvolvida, de acordo com as orientações do calendário de vacinação (Tabela 1)

Tabela 1- Calendário de vacinação para galinhas caipiras de corte e de postura.

Doenças Idade (Dias) Forma de aplicação

Newcastle 5º Ocular ou oral

Gumboro

Bronquite

Infecciosa

Newcastle 16º Ocular ou oral

Gumboro

Bouba Forte 28º Subcutânea

Newcastle 35º Ocular ou oral

Gumboro

Bronquite

Infecciosa

Cólera 60º Intramuscular

Tifo

Coriza Óleo 70º Intramuscular

Coriza Óleo 120º Intramuscular

Como a avicultura de postura pode se profissionalizar e gerar renda para o pequeno produtor BAIXAR EM PDF

Referências bibliográficas sob consulta junto ao autor.

Avicultura

MANEJO ALIMENTAR

Equipe técnica H&N

Tendo em conta que a galinha demonstra, naturalmente, comportamento seletivo na ingestão da partícula de alimento consumida e que, no sistema de criação alternativo, os animais não estão sujeitos a apenas um pequeno pedaço de comedouro onde escolhem as suas partículas, nem ao seu restrito grupo hierárquico, o maneio da alimentação do lote nesse novo tipo de sistema tem forçosamente de ser diferente.

Também é importante considerar que, devido ao livre movimento das aves, o gasto energético desses animais será, obviamente, maior.

Assim, é vital estimular o consumo diário de ração para, em recria, alcançar o desenvolvimento corporal adequado e, em postura, garantir o aporte nutricional necessário para assegurar a manutenção corporal da ave, bem como atingir a produção desejada.

É objetivo deste pequeno guia informar acerca de estratégias simples e importantes a aplicar em recria e postura para assegurar o melhor manejo alimentar possível às aves.

ESVAZIAMENTO DIÁRIO DE COMEDOUROS

O mais importante de todos os processos de manejo alimentar é assegurar o correto esvaziamento dos comedouros diariamente. Esvaziar o comedouro tem diversas utilidades:

Promove incremento do consumo de ração;

Inibe o comportamento alimentar seletivo da ave;

Favorece o desenvolvimento da moela (que é essencial para permitir à ave ingerir a elevada quantidade de ração necessária para satisfazer as necessidades nutricionais de manutenção e produção) ;

Impacto no desenvolvimento corporal, uniformidade do lote e produção total.

Salienta-se, contudo, que apenas deve ser praticado o esvaziamento do comedouro caso se trabalhe com densidade animal adequada para permitir a todas as aves acesso aos comedouros, respeitando a legislação em vigor.

O esvaziamento do comedouro deve ser realizado diariamente tanto em recria quanto em postura. Pode-se recorrer ao mesmo mais do que uma vez no dia.

Há, inclusive, casos bem-sucedidos de criadores que apenas trabalham com alimentação em bloco após cada esvaziamento do comedouro, o que requer grande prática e controlo, como será explicado de seguida.

RECRIA

Em recria, o esvaziamento dos comedouros poderá ser iniciado entre a 4ª e 6ª semanas de vida, altura em que os animais já comem quantidade suficiente para esvaziar efetivamente os comedouros sem impactar negativamente o total de ração ingerida no dia.

As idades aqui indicadas não deverão, todavia, ser encaradas como regra.

Tudo é adaptável quando trabalhamos em sistemas alternativos.

O início do processo poderá ser antecipado, caso se opte por trabalhar com comedouros mais vazios, por menor débito a cada passada, ou atrasado, caso coincida com a abertura do equipamento, uma vez que não é desejável aplicar mudanças em qualquer âmbito da vida das aves quando já estamos desafiando as frangas a sair do equipamento, explorar o ambiente e obrigá-las a regressar ao mesmo equipamento para se alimentar, hidratar e dormir.

Nutrição

Desta forma, conclui-se, que será dever do criador ponderar o melhor momento a iniciar o processo de esvaziamento do comedouro e adaptar-se à resposta dada pelas aves ao mesmo processo, nunca forçando as aves a adaptarem-se à sua vontade.

POSTURA

Em postura, passada a primeira semana de adaptação ao galpão de postura, de forma a garantir que os animais explorem o equipamento e conheçam a localização de todos os pontos de alimentação e água, o esvaziamento dos comedouros deverá ser iniciado de imediato.

Recomenda-se realizar o esvaziamento do comedouro após a primeira passagem de ração pela manhã. Essa decisão deve-se sobretudo a utilidade dessa aplicação em postura.

Regra geral, um lote de aves adultas demora entre 4-6 horas a esvaziar os comedouros, o que coincide favoravelmente com a janela de 6-8 horas que galinhas castanhas estão em processo de postura após o início do dia (já que temos que considerar o tempo necessário para o início da atividade diária e a primeira alimentação).

Deste modo será possível coincidir a segunda passagem de ração após a maioria das aves já ter posto.

Isso é importante por eliminar o estímulo sonoro gerado pelo funcionamento dos comedouros.

Pode distrair aves que deveriam estar se dirigindo aos ninhos para pôr, mas que voltam aos comedouros. Após essa alimentação, quedam-se nos corredores ou equipamento, depositando ovos fora dos ninhos.

O esvaziamento matinal permite também alimentar as aves melhor durante o período de verão, assegurando que diariamente as aves comem todas as partículas da ração (grossos e nos) no período mais fresco.

Obrigar as aves a ingerir as partículas menos desejadas justamente no período de maior calor, em que os animais já apresentam menor atividade e apetite, é praticamente impossível.

O processo de esvaziamento dos comedouros é muito simples: após a primeira passagem de ração apenas voltaremos a fornecer alimento às aves após os comedouros estarem vazios. Contudo há três pontos a ter em atenção:

Comedouro vazio?

Como ultrapassar diferenças entre os distintos pisos do pavilhão?

Como alimentar as aves após o vazio?

Possível praticar o esvaziamento dos comedouros com qualquer tipo de apresentação de ração?

O QUE É UM COMEDOURO VAZIO?

Um comedouro vazio não é um que tenha apenas pó, nem que se veja parte da corrente de distribuição (Figura 1).

Um comedouro vazio é um que esteja realmente completamente vazio ou com uma quantidade ínfima e residual nele (Figura 2)

COMO ULTRAPASSAR DIFERENÇAS ENTRE OS DISTINTOS PISOS DO GALPÃO?

É frequente verificarmos que ainda há ração em um piso quando já está esgotada em outro, principalmente por se verificar irregular distribuição das aves pelos distintos pisos do equipamento.

Apresenta-se três possibilidades ao criador, da mais preferível à menos, segundo nossa opinião:

O criador não deverá temer prejudicar o lote com o esvaziamento do comedouro, mesmo que essa recomendação vá totalmente de encontro a sua mentalidade de trabalho.

Sabemos que incomoda a maior parte dos criadores permitir os comedouros estarem completamente vazios, tal como se exige.

Contudo, a alimentação das aves após um esvaziamento apenas parcial é completamente inútil para atingir os objetivos previamente elucidados neste guia.

Trabalhar com diferentes níveis de débito de ração em cada piso;

Tendencialmente será o piso superior o que levará mais tempo a esvaziar.

Afinando o processo ao final de alguns dias, acertar a hora em que temos os diferentes comedouros vazios. Um desfasamento de 10-20 minutos entre esvaziamento de comedouros de diferentes pisos não é problema.

Este pequeno período de fome imposto as aves do piso que esvazia primeiro não irão causar qualquer prejuízo ao lote.

Nutrição

Encontrar o piso-chave do esvaziamento de comedouros.

Esse será, naturalmente, o 2º piso a esvaziar, de forma a que, utilizando o esvaziamento do comedouro desse piso como sentinela, será ativada a nova passagem de ração.

A utilização desse piso sentinela, porém, obrigará, forçosamente, sujeitar as aves do primeiro piso a esvaziar os comedouros a um período de fome, sem garantir total esvaziamento dos comedouros do piso retardatário.

COMO ALIMENTAR AS AVES APÓS O VAZIO?

Não é necessário recorrer a período algum de fome. Após a verificação do correto esvaziamento do comedouro já estaremos seguros que larga parte das aves está há suficiente tempo sem comer, pelo que o estímulo da próxima passagem será suficiente para atraí-las.

Já as aves que comeram por último, não só não serão tão estimuladas pela nova passagem como, por possivelmente estarem no fundo da pirâmide hierárquica, tampouco poderão alcançar os comedouros aquando da nova passagem de ração.

Trabalhar com horários de passagens de ração distintos entre os diferentes pisos.

Nomeadamente eliminando passagens de ração no piso onde o consumo é menor e o esvaziamento mais lento.

Ainda que seja uma forma possível de trabalhar, requer muita prática e atenção, sendo um processo complexo e ainda mais desafiador.

A alimentação após o esvaziamento dos comedouros deve ser dupla, ou seja, deverão ser encaixadas duas passagens de ração intervaladas por 30-45 minutos.

Tal se deve ao facto das aves que estão acima na pirâmide hierárquica serem as primeiras a se alimentarem, selecionando o grão, que não restará às aves que vierem de seguida.

Isso poderá afetar negativamente o consumo total de ração dessas aves, bem como fornecer-lhes aporte nutricional diário inadequado.

É possível aplicar o esvaziamento dos comedouros com qualquer apresentação de ração?

Somos da opinião que a melhor forma de apresentação da ração é a farinhada, desde que de apresentação homogênea.

Teoricamente, a migalha seria uniforme e distribuída toda ela por igual. Porém sabemos que mesmo a migalha apresenta um componente em pó, seja por dificuldade de fabrico, ou por quebra da partícula durante transporte ou distribuição da ração dentro do pavilhão.

Nesse caso, sim, também com migalha deverá ser tentado recorrer ao esvaziamento do comedouro.

Salienta-se, todavia, que todo o processo é muito mais difícil, já que aves alimentadas com migalhas são ainda mais refratárias a ingerir a parte fina da ração, o que pode limitar em demasia as passagens de ração diárias, impactando negativamente a alimentação do bando.

Explicados os quatro pontos de costumeira dúvida quanto à implementação do esvaziamento do comedouro, apresenta-se, de seguida, esquema para aplicação do mesmo:

Primeira alimentação

Junto ao despertar do bando e esvaziamento completo do comedouro

Segunda alimentação

Terceira alimentação 30-45 minutos após a segunda

A UTILIZAÇÃO DA RAÇÃO COMO FERRAMENTA PARA MOVER AVES

A modificação dos tempos de alimentação ou a diversificação dos mesmos entre os diferentes pisos do equipamento, quer em recria como em postura, poderá ser útil para combater problemas de acúmulo de animais em determinado piso, auxiliar na subida das aves para o equipamento antes do apagar das luzes ou aumentar o número de aves nos pisos mais próximos aos ninhos.

Todavia, convém esclarecer que a sua eficácia é limitada sendo o corte de água nos diferentes pisos mais eficaz, ainda que muito mais agressivo e capaz de causar maior dano ao lote, em caso de errada execução.

Nutrição de poedeiras

A utilização da ração como promotora de movimento é simplesmente executar passagens mais amiúdes junto ao local onde se deseja concentrar os animais, tendo em conta que, mesmo sem período de fome envolvido, o estímulo sonoro das cadeias de distribuição de ração é capaz de atrair animais para junto desses comedouros.

Uma ocasião em que esse procedimento é particularmente útil é, durante o período de recria, realizar a última passagem de ração, 30 minutos antes do início do apagar das luzes, concentrando maior número de animais no equipamento e, consequentemente, reduzindo o número de animais no solo durante o processo de dimming.

Mesmo sendo simples a execução do procedimento, é necessária constante monitorização dos consumos de ração diários, para excluir a possibilidade de se estar diminuindo o mesmo, uma vez que o estímulo constante para alimentação promove o comportamento seletivo e, consequentemente, desequilíbrio nutricional e queda do consumo diário.

Em caso de insucesso no resultado obtido, o procedimento deverá ser abandonado, não exagerado em duração ou severidade. É importante também ter claro que a execução desse procedimento irá deslocar todo o protocolo de alimentação diário.

Poderá inviabilizar o processo de esvaziamento do comedouro.

Salvo raras exceções, deverá ter primazia em relação ao procedimento de movimentação de aves por utilização da ração.

Assim, se já é requerido o afinamento constante dos horários de alimentação tanto na recria quanto na postura, ainda mais essencial se torna quando ao esvaziamento de comedouros se soma este novo procedimento.

Manejo alimentar BAIXAR EM PDF

Seu sucesso, o centro do nosso universo

MANEJO E FISIOLOGIA DAS AVES FRENTE O CALOR EXTREMO

MERCÊS, N . B.¹; PASSINHO, C. C.¹

¹Médica veterinária da GALI Consultoria Avícola

INTRODUÇÃO

A avicultura de corte e postura se consolidou mundialmente como uma das mais importantes fontes de proteína animal.

No Brasil, as duas cadeias possibilitaram oferecer aos consumidores fontes de proteína saudável de baixo custo, além de se destacarem quanto à produção, exportação e até mesmo nas medidas sanitárias (ABPA, 2024)

Porém, apesar de todo o desenvolvimento e ascensão da indústria, reconhece-se que muitos desafios ainda a cercam.

Dá-se destaque ao estresse térmico por calor, especialmente em regiões tropicais quentes e úmidas, o qual provoca consideráveis perdas econômicas devido à queda no desempenho, produtividade e bemestar de frangos e poedeiras (VANDANA et al., 2020; ABDEL-MONEIM et al., 2021).

Respostas fisiológicas e comportamentais das aves ao calor e como isso afeta o desempenho

As aves são animais homeotérmicos, ou seja, conseguem manter a temperatura corporal interna constante diante de alterações na temperatura ambiental.

No entanto, existe uma zona de conforto térmico que deve ser respeitada, em que a ave mantém essa temperatura corporal com a mínima utilização de mecanismos termorreguladores e mantem o seu desempenho otimizado.

De acordo com Charles (2002), a temperatura ideal para desempenho termoneutro está entre 19ºC - 22ºC para poedeiras, e 18ºC-22ºC para frangos de corte, ficando a umidade ideal para ambas entre 50-70%.

Quando essa temperatura ambiental ultrapassa essa faixa de conforto, o estresse térmico ocorre, aumentando a temperatura corporal das aves, as quais não possuem glândulas sudoríparas para dissipá-lo (VANDANA et al., 2020).

Esse mecanismo é realizado utilizando outras respostas fisiológicas e comportamentais, como:

A radiação, que ocorre na superfície da pele por ondas eletromagnéticas;

A condução, em que a ave busca entrar em contato com superfícies mais frias na instalação;

A convecção, em que abre as asas e eriça as penas para aumentar a superfície de contato com a circulação de ar, e,

A evaporação, através do trato respiratório, aumentando a sua frequência respiratória e a ofegação (KPOMASSE et al., 2021).

Este último gera alterações metabólicas consideráveis, por promover um desequilíbrio ácido-básico (alcalose respiratória) e consequentes alterações da homeostase.

Sendo assim, mudanças fisiológicas das aves ao estresse calórico envolvem uma variedade de sistemas (neuroendócrino, imunológico, circulatório e digestivo) e ainda comportamentos clássicos de estresse, como a bicagem e o canibalismo, e a prostração (VANDANA et al., 2020; WASTI et al., 2020; ABDEL-MONEIM et al., 2021).

Consequentemente, o estresse térmico afeta negativamente a saúde e desempenho das aves, levando a:

Alta mortalidade e morbidade; Diminuição do consumo de ração;

Alta ingestão de água;

Baixo ganho de peso e redução do peso corporal final;

Perda de qualidade da carne;

Queda na frequência de postura, tamanho/peso dos ovos, espessura da casca, cor da gema e o valor nutritivo dos ovos; e

Aumento da taxa de conversão alimentar (AZAD et al., 2010; LARA; ROSTAGNO, 2013; WASTI et al., 2020; ABDEL-MONEIM et al., 2021).

Alternativas de manejo para reduzir o estresse das aves ao calor

Os efeitos deletérios do estresse térmico nas aves são evidentes, por isso torna-se necessário desenvolver e adotar estratégias adequadas para reduzir os impactos das altas temperaturas e manter a boa produção de carne e ovos.

Manejo ambiental

Um dos principais manejos para mitigar os impactos do calor sobre as aves é a ambiência. O primeiro passo é planejar os galpões, evitando a superlotação, pois a alta densidade torna a perda de calor mais difícil para as aves, dificulta o acesso à água e ração, e facilita a propagação de doenças.

Cortinas com fácil manejo devem ser instaladas para manejar a entrada de raios solares e a circulação de ar.

O telhado também deve ser planejado, a fim de reduzir a absortividade solar e emissividade térmica na parte interna.

Daghir (2008) aborda que realizar a instalação de aspersão no telhado com água fria também é uma prática que reduz a carga de calor no galpão.

Com relação aos equipamentos, o uso de ventiladores, exaustores e nebulizadores ajudam a circular o ar, dissipar gases tóxicos e o calor por convecção, amenizando também as condições de umidade local (DAGHIR, 2008; PAWAR et al., 2016).

Manejo nutricional

Uma ração formulada para condições de termoneutralidade não seria adequada para atender as exigências nutricionais das aves em ambiente estressantes por calor.

Portanto, as práticas de manejo ambiental podem ser complementadas com o uso de algumas manipulações dietéticas, como:

Maior fornecimento de vitaminas e minerais:

O equilíbrio oxidativo é perturbado em aves sob estresse térmico e, portanto, a suplementação com antioxidantes é uma intervenção nutricional comum (BIN-JUMAH et al., 2020).

O uso das vitaminas C, E, D e o selênio têm demonstrado aliviar os efeitos deletérios do estresse, por terem ação imunológica e antioxidante em vários tecidos, além de colaborarem para uma melhor qualidade de ovos (VANDANA et al., 2020; WASTI et al., 2020; ABDEL-MONEIM et al., 2021).

Aumentar o fornecimento de Energia:

Para suprir o menor consumo alimentar e o gasto de energia com a manutenção da homeostase, é necessário fornecer uma ração com maior densidade energética, substituindo parte das fontes de carboidratos presentes por lipídeos, pois as gorduras, entre todos os nutrientes, têm o menor incremento calórico (WASTI et al., 2020).

Ajustar o fornecimento de proteína bruta (PB) e de aminoácidos essenciais:

Como as aves estressadas diminuem o consumo de ração, se recomenda elevar níveis proteicos com base no conceito de proteína ideal, através da suplementação com aminoácidos sintéticos e essenciais, como lisina, metionina e treonina, e diminuir a porcentagem de PB, a qual apresenta maior incremento calórico entre todos os nutrientes (GOUS; MORRIS, 2005; DAGHIR, 2009).

Controle do balanço eletrolítico da dieta:

Com o desequilíbrio ácido-básico e o aumento da ingestão de água, a quantidade de urina excretada irá aumentar e junto com ela haverá excreção de eletrólitos (Na, K e Cl), que são íons fundamentais na manutenção da pressão osmótica e equilíbrio ácidobase dos líquidos corporais.

Portanto, a utilização de sais via água de bebida ou ração é empregada para reduzir as perdas. Entre os principais sais utilizados destacam-se o bicarbonato de sódio, cloreto de amônio, cloreto de potássio e sulfato de potássio (WASTI et al., 2020; ABDELMONEIM et al., 2021).

Uso de ração peletizada:

De acordo com Cardoso et al. (2022), a peletização da ração resulta em maior consumo, ganho de peso, melhor digestibilidade da matéria seca e da PB, e maior energia líquida para produção.

Além disso, relataram que a ave gasta menos energia durante o consumo desse tipo de ração, devido à facilidade de apreensão.

Uso de fitoquímicos:

A oferta de fitoquímicos na alimentação, a exemplo da curcumina, principal polifenol extraído da cúrcuma, apresenta ação antioxidante e propriedades anti-inflamatórias, e demonstrou restaurar o desempenho prejudicado em aves em estresse térmico (ZHANG et al., 2018; LIU et al., 2020).

Manejo genético e na incubação

Restrição de alimentação:

Essa prática, segundo Wasti et al. (2020), deve ser bem implementada.

Nela, a ingestão de ração é reduzida retirando-se a ração durante o período mais quente do dia (geralmente das 8h às 17h) e ofertando-a em horários mais amenos de temperatura, como a noite, para reduzir a taxa metabólica das aves.

Qualidade e bom fornecimento de água:

A água ajuda na regulação da temperatura corporal e a manter o funcionamento vital celular, por isso, no calor, a temperatura ideal deve ser 18-20ºC.

Park et al. (2015) demonstraram que a ingestão de água fria aumentou a conversão alimentar e o peso corporal em frangos criados no calor.

As linhagens de frangos de corte atuais têm uma taxa metabólica mais alta e consequentemente são mais suscetíveis ao estresse por calor.

Por isso, a manipulação genética para criação de novas linhagens, incorporando alguns genes que possam ajudar a reduzir o estresse por calor, pode ser fundamental para melhorar ainda mais as características de produção das aves em ambientes quentes (WASTI et al., 2020; KPOMASSE et al., 2021).

Outra forma de amenizar as consequências da temperatura do ambiente de criação sobre as aves é no processo de desenvolvimento embrionário.

Pesquisas têm apontado a técnica de manipulação térmica na incubação como uma ferramenta eficiente para melhorar a aquisição de termotolerância durante a vida póseclosão das aves (TZSCHENTZE; TATAGE, 2013).

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Está claro que o estresse térmico influencia significativamente e negativamente a produção avícola, causando baixo desempenho e comprometimento da saúde e bemestar das aves.

Com as mudanças climáticas e aumento da temperatura do planeta, ele tem sido um desafio severo para o crescimento da indústria avícola e para as projeções futuras.

Por isso, é importante que cada vez mais haja estudos e pesquisas a fim de desenvolver estratégias de adaptação e mitigação que ajudarão a limitar ou reduzir os impactos adversos do estresse térmico na produção de aves.

Estratégias ambientais, nutricionais, genéticas e de manipulação térmica durante a incubação, podem ser ferramentas promissoras para o controle dos impactos das altas temperaturas ambientais na avicultura. Porém, nenhuma abordagem deve ser implementada de forma isolada, mas sim em conjunto, tendo assim resultados mais eficientes e eficazes.

Manejo e fisiologia das aves frente o calor extremo BAIXAR EM PDF

Referências sob consulta junto ao autor

A combinação da eficiência com a força e tradição em um só programa vacinal contra o metapneumovírus e bronquite infecciosa, para sua conveniência

NA PRODUÇÃO DE AVES SUSTENTABILIDADE

ATRAVÉS DO USO EFICIENTE DEJETOS AVICULTURA

Aeconomia circular baseiase nos seus princípios de utilização mais prolongada de matérias-primas num sistema de produção para o tornar mais sustentável.

É decidir que existe um uso eficiente das matériasprimas que permite que elas sejam constantemente reutilizadas e/ou recicladas sem gerar uma grande quantidade de resíduos.

Segundo o Parlamento Europeu, a economia circular visa reduzir o desperdício através mínimo.

Equipe técnica Zucami

Portanto, quando um produto chega ao fim da sua vida útil, os seus materiais são mantidos na economia sempre que possível através da reciclagem. Levando ao fato de que estes podem ser usados de forma produtiva repetidamente, criando assim valor adicional.

Neste tipo de economia estão relacionados os seguintes fatores:

Matérias-primas.

Resíduos.

Reciclagem.

Coleta.

Reutilização/Reparação de produtos.

Distribuição.

Reprodução.

Projeto.

O modelo de economia circular é amplamente aplicado no trabalho agrícola.

Porém, em um setor como o avícola, em que o frango é a segunda carne mais consumida na maioria dos países e os ovos são um alimento diário na dieta das pessoas devido ao seu baixo custo e ao seu teor proteico, são gerados cerca de 12 milhões de toneladas de excrementos por ano, apenas em países como Espanha.

O que se traduz num problema pela falta de armazenamento e eliminação destes resíduos, bem como pela emissão de gases de efeito de estufa considerada uma contribuição de 8% pelo setor pecuário global.

Portanto, é muito importante aplicar a economia circular para otimizar o aproveitamento dos resíduos gerados. Isto permite-nos ser mais amigos do ambiente, tornando a indústria mais sustentável, gerando valor ao que é considerado “resíduo”.

Esses excrementos são acúmulos de fezes, penas, restos de alimentos, resíduos de cama, entre outros que, dependendo do sistema de produção de origem, podem ser chamados de esterco de galinha se for proveniente

12 milhões de toneladas

Sustentabilidade

Esta situação afeta não só o ambiente, mas também os trabalhadores diretos das fazendas e as comunidades que as rodeiam, tornando-se um problema de saúde pública.

Portanto, uma das formas de gestão atuais do esterco de galinha e do esterco para evitar o acima exposto, é trabalhar sob o conceito de economia circular em que esses resíduos são aproveitados para serem utilizados seja como fertilizante para lavouras, compostagem ou para fins de reciclagem de produção de energia, o que é considerado um benefício para os sistemas avícolas, agroindústria, homem e meio ambiente.

Quiñones (2017), estabelece que o esterco de aves processado afeta positivamente a produção agrícola e, portanto, o abastecimento alimentar da população devido à melhoria do conteúdo nutricional das culturas e ao aumento da produtividade.

Isto leva a garantir a segurança alimentar graças à oferta de produtos com alto valor nutricional para o homem.

Além disso, por ter semeadura e colheita mais produtivas, reduz-se a necessidade de aumento da área agrícola e consequentemente há maior conservação do solo.

Concluindo, o processo de transformação de dejetos de aves para utilização em diferentes áreas do setor agrícola é uma medida altamente eficaz que reduz a poluição através da sua utilização noutros sistemas produtivos, bem como promove uma redução de resíduos e um benefício econômico.

SECONOV - SECAGEM DE RESÍDUOS

AVÍCOLAS: Reduzindo emissões e melhorando a produtividade avícola

SECONOV é um produto inovador da Zucami que está contribuindo significativamente para uma produção avícola mais sustentável.

Utilizando a energia térmica das próprias aves, SECONOV POULTRY DRYING oferecido pela Zucami, permite:

24 horas

obtém-se uma percentagem de matéria seca entre 80/85%.

Sem odores, insetos e gases derivados da amônia.

Este produto é o resultado de um processo de secagem de esterco de galinha que permite a obtenção de um fertilizante orgânico de alta qualidade.

Ao utilizar o SECONOV na produção avícola, promove-se uma gestão mais eficiente dos resíduos gerados pela atividade avícola e, portanto, reduz-se o impacto ambiental.

A ZUCAMI desenvolveu um sistema de tratamento que seca 85% do esterco de galinha e elimina odores, insetos e gases derivados da amônia: o sistema Seconov.

Sustentabilidade

Além disso, ao utilizar este produto, incentiva-se a economia circular e promove-se a utilização eficiente dos recursos naturais, uma vez que o esterco de galinha se torna um recurso valioso em vez de ser tratado como resíduo.

SECONOV PERMITE:

Redução da emissão de gases.

Porcentagem de umidade no produto final 15%-20%

Processo totalmente automatizado.

Até 300.000 aves por sistema.

Tempo de secagem 24 horas.

Buscando uma forma de melhorar a sustentabilidade em sua granja? Conheça SECONOV e converta os resíduos em um recurso valioso.

Referências sob consulta junto ao autor

Sustentabilidade na produção avícola através do uso eficiente de dejetos da avicultura BAIXAR EM PDF

ENFRENTANDO O DESAFIO DO ENTEROCOCCUS CECORUM: SOLUÇÕES NUTRICIONAIS E SANITÁRIAS

PARA A RESILIÊNCIA DAS AVES

OEnterococcus cecorum é um patógeno emergente na avicultura, apresentando desafios significativos para produtores ao redor do mundo.

Esta bactéria pode causar infecções graves, resultando em claudicação, redução na taxa de crescimento e aumento da mortalidade, fatores que impactam diretamente a lucratividade e a sustentabilidade das granjas.

A Adisseo ajuda a enfrentar esse problema, dando suporte à saúde e integridade intestinal dos animais.

O Enterococcus cecorum é considerado uma bactéria comensal do trato intestinal. No entanto, certas cepas dessa bactéria possuem genes de virulência e evoluíram para se tornarem patógenos significativos.

Essas cepas se disseminam rapidamente, causando infecções sistêmicas graves como osteomielite, necrose da cabeça do fêmur, espondilite e septicemia. Isso leva a problemas como claudicação, baixo crescimento e aumento da mortalidade, criando desafios consideráveis para os produtores avícolas.

Equipe técnica Adisseo

O problema da translocação bacteriana

Diversos fatores estressantes, como ambiental e nutricional, levam a desequilíbrios na microbiota intestinal e, consequentemente, à proliferação excessiva de bactérias patogênicas.

Além disso, fatores como micotoxinas, estresse térmico, desbalanços nutricionais e processos inflamatórios em função de infecções simultâneas comprometem a integridade intestinal, permitindo que bactérias como Staphylococcus, E. coli e Enterococcus atravessem a mucosa intestinal, podendo chegar na corrente sanguínea; esse processo é conhecido como translocação bacteriana.

Essas bactérias então se instalam em diversos órgãos, causando processos inflamatórios locais. A translocação durante as primeiras fases da vida dos frangos de corte pode resultar em infecções sistêmicas tardias.

Uma bactéria intestinal vem ganhando destaque em função de lesões específicas no sistema articular, o Enterococcus cecorum

Abordar o E. cecorum é crucial para manter a saúde, o desempenho e a lucratividade das aves. Felizmente, pesquisas em andamento buscam aprofundar o nosso conhecimento sobre o comportamento do E. cecorum e desenvolver estratégias nutricionais direcionadas para a prevenção e o tratamento.

Três linhas de defesa

A Adisseo aborda esse desafio concentrando-se na otimização da saúde e integridade intestinal. Esta abordagem baseia-se em três linhas de defesa:

Promover o equilíbrio do microbioma;

Fortalecer a barreira intestinal e,

Dar suporte ao sistema imunológico intestinal.

Ao priorizar esses aspectos, a Adisseo visa aumentar a resistência natural das aves, garantindo o controle de patógenos e a performance.

Construindo um microbioma resiliente

Probióticos são microorganismos benéficos que, quando administrados em quantidades adequadas, promovem a saúde do hospedeiro.

Na avicultura, os probióticos desempenham um papel crucial na manutenção de uma microbiota intestinal equilibrada, essencial para a saúde e o desempenho geral das aves.

O Bacillus subtilis é uma espécie probiótica comumente utilizada na nutrição de aves.

O Alterion®, probiótico desenvolvido pela Adisseo, é baseado em uma cepa exclusiva de B. subtilis (Bacillus subtilis 29784) que produz metabólitos especiais, conferindo propriedades únicas de suporte à saúde intestinal.

Ele promove a saúde intestinal ao auxiliar no crescimento de bactérias benéficas, ao mesmo tempo que auxilia no controle de patógenos potencialmente nocivos.

Para avaliar o efeito do Alterion® frente a este desafio, o produto foi utilizado em uma granja comercial na França, onde todos os frangos de corte testaram positivo para E. cecorum Os resultados mostraram uma redução significativa da presença de E. cecorum no ceco com a suplementação de Alterion®.

Além disso, foi observado aumento da proporção de Firmicutes sobre Proteobacteria, indicando uma modulação positiva da microbiota.

Com essa ação de equilibrar a microbiota intestinal, foi possível observar melhorias relacionadas à saúde e a performance, resultando em menor incidência de lesões por pododermatite, melhor desempenho e produtividade (Tabela 1)

Tabela 1 - Efeito do Alterion® no equilíbrio da microbiota, na incidência de pododermatite (FPD) e desempenho em frangos de corte.

E. cecorum no ceco (10log UFC)

Proporção Proteobacteria/ Firmicutes no ceco

Taxa de conversão alimentar 1,670

Pododermatite (%FPD>2)

Retorno sobre o investimento 1 5,1

Outro componente estratégico para a manutenção da saúde intestinal das aves é o ácido láurico, um ácido graxo de cadeia média reconhecido por suas potentes propriedades antimicrobianas contra patógenos intestinais. Ainda mais, os resultados demonstraram um aumento significativo de Actinobacteria, o que significa que bactérias como Bifidobacterium (que conferem benefícios positivos à saúde) também aumentaram.

O ácido láurico desestabiliza a membrana celular de diversos patógenos, incluindo bactérias e vírus, inibindo efetivamente seu crescimento e proliferação no trato intestinal.

Controle
Diferença

Um microbioma bem equilibrado está associado à ativação e estimulação do desenvolvimento do sistema imunológico intestinal.

Além disso, o próprio ácido láurico é conhecido por suas propriedades imunomodulatórias, particularmente no intestino.

Para enfrentar os desafios mais importantes para a saúde intestinal, a Adisseo desenvolveu o FRA® C12, um produto inovador composto por alfa-monoglicerídeo de ácido láurico, resultante de anos de cuidadosa pesquisa e desenvolvimento.

Dada a sua ampla atividade, os produtos à base de ácido láurico apresentam uma solução promissora para limitar o desenvolvimento de patógenos.

Saúde e Per formance

Resiliência animal contra desafios sanitários

Venha fazer parte da nossa missão de promover a saúde e o bem-estar das aves! Confira nossas soluções:

ALTERION

Cepa exaclusiva

Bacillus subtilis 29784

SELISSEO

HidróxiSelenometionina

FRA BUTYRIN HYBRID

Fonte de alfa-monobutirina

FRA C12

Fonte de alfa-monolaurina

ADIMIX PRECISION

Butirato de sódio de liberação precisa

FRA BUTYRIN ULTRA

Tributirina (triglicerídeos de ácido butírico)

O FRA® C12 é formulado especificamente para liberar seus componentes ativos no trato gastrointestinal das aves, onde os patógenos frequentemente se proliferam e representam riscos à saúde.

BARREIRA INTESTINAL ÍNTEGRA E MICROBIOTA RESILIENTE

CONTROLE DE PATÓGENOS

SISTEMA IMUNOLÓGICO ROBUSTO E COMBATE AO ESTRESSE OXIDATIVO

Saiba mais sobre nossa campanha de Saúde e Performance

O efeito do FRA® C12 foi demonstrado em um ensaio ex vivo envolvendo 100 frangos de corte (Figura 1). As aves receberam ração controle ou ração suplementada com FRA® C12.

Enterococcus faecalis DSM 29212

C12

Proventrículo Íleo Ceco

Figura 1 – Efeito do uso de FRA® C12 sobre Entereococcus faecalis (dados internos)

Após 28 dias, fluidos digestivos do proventrículo, íleo e ceco foram coletados e testados quanto à atividade contra o Enterococcus. Os resultados sugerem que a adição do FRA® C12 na dieta dos animais é capaz de inibir o desenvolvimento do E. faecalis em diferentes partes do trato gastrointestinal.

Fortalecendo a barreira intestinal

Estabelecer estratégias para melhorar a integridade intestinal é essencial para o controle da translocação bacteriana. Aumentar a expressão das uniões estreitas e diminuir a inflamação intestinal são chave para fortalecer a barreira intestinal.

No estudo publicado na Frontiers in Immunology (Rhayat et al., 2019), observamos através da metodologia de imunofluorescência, aumento da expressão de ocludina e ZO-1 quando da presencia do Alterion®.

Ainda, observamos que um processo inflamatório diminui drasticamente os níveis dessas uniões estreitas, e posteriormente ao incluir Alterion® junto ao estímulo inflamatório (IFN-γ e TNF-α) observamos uma recuperação da expressão de ocludina e ZO-1.

Outro componente crucial para o suporte à saúde intestinal é o butirato, um ácido graxo de cadeia curta conhecido por seus efeitos positivos na reeptelização e desenvolvimento da mucosa intestinal.

O butirato é produzido naturalmente no intestino das aves através da fermentação da fibra alimentar por bactérias benéficas, e também pode ser fornecido de maneira exógena pela ração.

O ácido butírico serve como fonte de energia para os enterócitos e desempenha um papel vital na manutenção da integridade intestinal.

No entanto, quando administrado em sua forma não protegida, o butirato é rapidamente absorvido no trato gastrointestinal superior, o que limita seus efeitos benéficos nas regiões distais do intestino.

Para enfrentar esse problema, a Adisseo desenvolveu formulações inovadoras de fontes de ácido butírico incluindo o butirato de sódio protegido de liberação precisa, o Adimix® Precision, e glicerídeos de ácido butírico, como o FRA® Butyrin.

Essas formulações são projetadas para liberar o butirato no trato intestinal, onde ele pode exercer seus efeitos benéficos na saúde intestinal de maneira mais eficaz.

Elas auxiliam efetivamente na proliferação e diferenciação das células epiteliais intestinais, reduzem a inflamação e melhoram a absorção de nutrientes.

Abordagem personalizada

A Adisseo não recomenda simplesmente o uso de todos os suplementos alimentares em casos de E. cecorum ou outros patógenos.

Nossa expertise reside na seleção ideal de um aditivo (ou uma combinação de aditivos) com base em um diagnóstico completo da sua granja. Avaliamos as condições das suas instalações, entendemos seus objetivos e priorizamos as suas preocupações específicas.

Ao analisar o panorama geral, incluindo a biossegurança na granja e o manejo sanitário, estamos comprometidos em apoiá-lo e garantir, de forma colaborativa, o desempenho da sua granja avícola.

Conclusão

A filosofia central da Adisseo é aprimorar a resiliência de seus animais, permitindo que eles resistam a diversos desafios da produção. Nossa pesquisa e inovação estão totalmente focadas nesse objetivo.

Tanto a prática quanto a literatura demonstram claramente que soluções probióticas, como o Alterion®, assim como produtos à base de ácidos graxos de cadeia curta (Adimix® Precision e FRA® Butyrin) e média (FRA® C12), podem contribuir para uma barreira intestinal mais forte nas aves. Isso permite que elas mantenham sua resistência natural e enfrentem patógenos como o E. cecorum

Enfrentando o desafio do Enterococcus cecorum: Soluções nutricionais e sanitárias para a resistência das aves BAIXAR EM PDF

Saúde

DEMANDA CRESCENTE E SUSTENTABILIDADE DO OVO IMPULSIONAM MERCADO BRASILEIRO

Tabatha Lacerda

Instituto Ovos Brasil para aviNews

Aprodução de ovos no Brasil deve alcançar 56,9 bilhões de unidades em 2024, representando um crescimento de 8,5% em relação a 2023.

A expectativa de crescimento também existe para o consumo interno, que deverá chegar a 263 ovos per capita, segundo dados da ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal).

O crescimento significativo que vem sendo experimentado pelo mercado de ovos no Brasil é impulsionado por mudanças no comportamento do consumidor, avanços tecnológicos na produção e pela crescente valorização do ovo como uma proteína acessível e sustentável.

tem desempenhado um papel fundamental nesse processo, educando o público e desmistificando os mitos em torno do consumo de ovos.

Nesta edição, Tabatha Lacerda, que é Diretora Administrativa do IOB conversou com nossa equipe sobre as transformações em andamento no setor, destacando o impacto da demanda global por ovos brasileiros, impulsionada pela escassez em outros países devido à Influenza Aviária, e as oportunidades de crescimento no mercado interno e externo.

INSTITUTO OVOS BRASIL

Instituto Ovos Brasil é uma entidade sem fins lucrativos que atua nacionalmente para promover o consumo de ovos, enfatizando suas propriedades nutricionais e benefícios para a saúde.

Desde a sua criação, o Instituto tem se posicionado como uma referência no país, oferecendo informações científicas e materiais educativos que ajudam a população a entender melhor a importância do ovo na

OPORTUNIDADES PARA EXPORTAÇÃO

A recente escassez de ovos em diversos países, causada pela Influenza Aviária, criou uma oportunidade única para a indústria avícola brasileira, segundo Tabatha Lacerda.

Segundo ela, com um status de livre de Influenza Aviária em plantéis comerciais, o Brasil tem uma vantagem competitiva que pode ser explorada para expandir suas exportações.

Através de palestras, campanhas publicitárias, materiais informativos e colaboração com profissionais da saúde, busca consolidar o ovo como um alimento essencial na dieta dos brasileiros.

"Trabalhamos para levar a mensagem dos benefícios do consumo de ovos para todos os públicos, e as ações realizadas ajudam a fazer com que o ovo tenha cada vez mais destaque nas refeições da população e nas recomendações médicas", comenta Tabatha.

Em 2023, o país atingiu apenas 1% de exportação de sua produção total de ovos, mas já conseguiu abrir mercados temporários, como foi o caso de Taiwan. "O Brasil segue livre de Influenza Aviária em plantéis comerciais, e isso se tornou um grande diferencial", destaca a representante do IOB

No entanto, desafios como o recente foco de Doença de Newcastle no Rio Grande do Sul demonstram que o caminho para a consolidação no mercado internacional ainda exige cuidado e gestão estratégica.

Apesar das dificuldades, o Brasil se posiciona entre os maiores exportadores globais, com potencial para expandir sua presença em mercados internacionais, desde que equilibre as demandas internas e externas.

TRANSFORMAÇÕES E TECNIFICAÇÃO

O setor de ovos brasileiro está passando por uma transformação significativa, impulsionada pela valorização do produto através de campanhas de marketing e educação nutricional.

Esses esforços resultaram em um aumento expressivo no consumo e nos preços pagos aos produtores, mesmo em um cenário de crises econômicas recentes.

A tecnificação da produção também é um fatorchave nessa transformação, com investimentos em unidades produtivas mais modernas e o desenvolvimento de marcas próprias, afastando-se do modelo de commodities

DIFERENCIAL COMPETITIVO

A produção de ovos possui uma pegada de carbono de 2 a 8 vezes menor que a de carne e laticínios, além de um consumo de água significativamente menor, segundo a diretora do IOB. No entanto, muitos consumidores ainda desconhecem esses números.

"Existem muitos temas que ainda são novos para os consumidores, mas o ovo é realmente uma das proteínas mais sustentáveis e precisamos comunicar isso melhor", enfatiza Tabatha.

"Apesar de todas as crises enfrentadas nos últimos anos, vemos o aumento da tecnificação, investimentos em unidades produtivas mais modernas, e muitas marcas saindo de serem apenas commodities para reais investimentos na valorização das marcas próprias", explica Tabatha.

Diversas empresas do setor já adotam práticas sustentáveis, como energia solar fotovoltaica, uso de biodigestores, tratamento de água e reflorestamento.

Para Tabatha, a divulgação dessas ações é fundamental para aumentar a percepção do ovo como um alimento sustentável e para atrair consumidores preocupados com o impacto ambiental de suas escolhas alimentares.

CONSUMO DURANTE A PANDEMIA

A pandemia de COVID-19 trouxe mudanças significativas no comportamento de consumo no Brasil, especialmente em relação ao ovo.

Tabatha explica que, com mais pessoas cozinhando em casa, o ovo se destacou como uma opção prática e saudável, resultando em um aumento notável no consumo.

"Realizamos campanhas explicitando que o ovo é um ótimo alimento para aumento de imunidade, devido à presença de vitaminas, proteínas e minerais de alto valor biológico em sua composição", comenta Tabatha.

MARKETING E EDUCAÇÃO NUTRICIONAL

Desde sua fundação, o Instituto Ovos Brasil tem conduzido campanhas para mudar a percepção do consumidor sobre o ovo, combatendo mitos antigos, como a associação com o aumento de colesterol.

Segundo Tabatha Lacerda, o sucesso dessas campanhas se evidencia quando profissionais de saúde passam a recomendar o consumo de ovos, assim como cresce sua presença em restaurantes e cardápios gourmet.

"Foram realizadas muitas campanhas em revistas de gastronomia para gourmetização do ovo, além de inúmeras aulas, palestras e workshops com foco em chefs de cozinha e profissionais da gastronomia", explica Tabatha.

ARCABOUÇO REGULATÓRIO

As políticas governamentais e regulamentações desempenham um papel crucial na produção e consumo de ovos no Brasil.

"São vários os temas regulatórios que afetam o setor, desde práticas produtivas, prevenção de doenças das aves, prevenção de doenças de saúde pública, segurança alimentar, entre outros", detalha Tabatha.

Segundo ela, a complexidade do arcabouço regulatório brasileiro representa tanto desafios, quanto oportunidades para o setor, que deve se adaptar às crescentes demandas por práticas de produção sustentáveis.

PERSPECTIVAS FUTURAS

As exportações de ovos brasileiros ainda representam uma parcela pequena da produção total. E nesse ano de 2024 devem registrar uma queda de aproximadamente 20%, totalizando cerca de 20 mil toneladas.

Porém, segundo Tabatha Lacerda, o cenário global, especialmente em países afetados por doenças avícolas, oferece um potencial significativo de crescimento. "O Brasil precisa ter uma boa gestão e trabalhar na consolidação de alguns mercados para que as operações sejam vantajosas", comenta.

Segundo ela, o equilíbrio entre o mercado interno, que ainda oferece preços competitivos, e o externo, que apresenta desafios logísticos e regulatórios, será fundamental para o sucesso futuro das exportações brasileiras de ovos.

O setor de ovos no Brasil enfrenta desafios, mas também oportunidades promissoras. Com o apoio do Instituto Ovos Brasil, a indústria tem potencial para expandir sua presença tanto no mercado interno quanto externo, promovendo o ovo como uma proteína acessível, nutritiva e sustentável.

As campanhas de marketing, os investimentos em tecnologia e a adaptação às regulamentações são estratégias essenciais para consolidar o ovo como um alimento preferido pelos consumidores e para posicionar o Brasil como um player importante no cenário global.

Demanda crescente e sustentabilidade do ovo impulsionam o mercado brasileiro BAIXAR EM PDF

Desinfetante em pó de uso veterinário de amplo espectro de ação, alto poder virucida e aprovado para uso em presença de animais.

BIOCHEM LANÇA PROGRAMA DE SAÚDE INTESTINAL PARA AVICULTURA

Projeto atende a todas as fases dos animais

Equipe técnica Biochem

OBrasil é um dos grandes destaques na criação de aves, sendo líderes na produção e abate dos animais, especialmente no mercado externo.

Para que essas aves estejam aptas ao consumo, a saúde intestinal dos animais deve ser o centro das atenções dos produtores e das empresas de nutrição e saúde.

Para dar tranquilidade aos criadores, a Biochem lança o Programa de saúde intestinal para avicultura, com ações especificas para cada fase de produção dos animais, sejam aves de corte, postura ou reprodução.

Uma microbiota intestinal equilibrada e eficiente é crucial para uma produção animal rentável.

No entanto, este equilíbrio é frequentemente perturbado por diversas causas como: presença de patógenos, momentos de stress e/ ou outros fatores que resultam em inflamações intestinais graves, impedindo uma boa conversão alimentar, lotes menos homogêneos e resultados economicamente mais viáveis.

Atualmente, várias estratégias de alimentação, incluindo probióticos, circulam para prevenir tais disbioses intestinais com confiança e apoiar a saúde intestinal, o desempenho animal, e o bemestar geral.

Como as causas são diversas as soluções devem ter uma maior amplitude em termos de permitir que as aves expressem todo seu potencial, desta forma a Biochem lança seu “Programa de Saúde Intestinal para Avicultura” que tem como objetivo estabilizar e promover uma melhor microbiota, promovendo maior estabilidade intestinal e promovendo maior rentabilidade e bem-estar em geral das aves, tanto de corte quanto aves de postura (reprodutores e postura comercial).

A fase inicial do programa se dá no incubatório logo após o nascimento das aves, a Biochem recomenda a aplicação de um programa simbiótico, HatchGel®SP e B.I.O.Sol.

Ambos os produtos quando aplicados logo após o nascimento das aves promovem uma colonização precoce do trato gastrointestinal e por serem um produto prebiótico e probiótico associados, promove grande sinergia e excelente resultado.

HatchGel®SP atua como transportador ideal para substâncias aplicadas via oral. O produto tem efeito imunoestimulante, com estabilizador de água, além de efeito de coloração verde, para ser notado na aplicação.

B.I.O.Sol é um produto probiótico, que na primeira fase do programa é aplicado juntamente com o HatchGel®SP, essa aplicação pode ocorrer no incubatório, através de equipamento recomendado e desenvolvido pela própria Biochem na chegada à granja.

Saúde

A segunda fase do programa é manter o B.I.O. Sol na água de bebida das aves nos 3 (três) primeiros dias de vida, essa ação irá promover uma excelente colonização do trato digestivo.

Desta forma reduzindo a mortalidade, melhorando a homogeneidade do lote e melhor resultado na primeira semana de vida da ave que é fundamental para o bom desenvolvimento do animal e garantia de bons resultados.

A terceira fase do programa é utilização do TechnoSpore® na ração das aves, um produto probiótico elaborado com a cepa de Bacilos Coagulans (DSM32016) que tem ampla eficácia em modulação intestinal, promoção de uma melhor saúde intestinal e com ampla documentação comprovando sua eficácia em testes “in vitro” e principalmente “in vivo”

O uso contínuo do TechnoSpore® promove de forma bastante expressiva todos os benefícios dos probióticos, especificamente o B. Coagulans (DSM32016) por sua alta capacidade de produção de ácido lático tem uma eficácia superior a outras cepas de bacilos, sendo assim chamado “O melhor de Dois Mundos!”.

O TechnoSpore® pode ser utilizado em rações fareladas e/ou peletizadas com comprovação de estabilidade térmica e facilidade de utilização em fábricas de ração.

Biochem lança Programa de saúde intestinal para avicultura BAIXAR EM PDF

“A aplicação integral do Programa de Saúde Intestinal para Avicultura da Biochem em suas três fases melhora significativamente a integridade e saúde intestinal das aves, melhora na qualidade dos lotes produzidos, promove redução na utilização de antibióticos, animais mais saudáveis e lotes mais homogêneos, revela Paulo Oliveira, diretor da Biochem LATAM.

MACHOS REPRODUTORES: COMO OBTER BONS INDICADORES DE FERTILIDADE NA FASE DE RECRIA

Cidimar Trevisan1, Marcel Pacheco2 e Eduardo Kohl3

1Supervisor regional de Serviços Técnicos, Aviagen América Latina

2Supervisor regional de Serviços Técnicos, Aviagen América Latina

3Coordenador de produção da Região Sul, Aviagen América Latina

Afertilidade é uma característica de grande interesse na avicultura, principalmente por causa de seu efeito na produção de pintinhos (Chambers Jr, 1990).

Durante a fase reprodutiva das aves, apesar da proporção de machos representar cerca de 10% em relação à das fêmeas, os machos contribuem com 50% da carga genética do plantel e são fundamentais para a fertilidade do lote (Borges et al. 2006).

São muitos os fatores que podem impactar na fertilidade dos machos, como os ligados ao metabolismo e qualidade espermática, assim como os comportamentais que incluem a capacidade e efetividade de cópula (Maciel, 2006; Vizcarra et al., 2010).

Nossa principal abordagem será na operação, ou seja, no manejo com os animais.

O principal objetivo na fase de recria é entregar animais aptos a reprodução e com características adequadas para a próxima fase que é a produção, portanto, precisamos ter condições estruturais e de mão de obra para aplicar as práticas de manejo recomendadas.

O local em que serão alojadas as aves deve ser planejado e preparado previamente para um bom desempenho do lote.

Alojamento dos pintinhos

Condições ambientais recomendadas no alojamento:

A temperatura do ar (medida na altura dos pintinhos na área onde se situam a ração e a água): 30-32 °C para o aquecimento de todo o aviário

Temperatura da cama: 28-30 °C

Temperatura cloacal dos pintinhos: 39,4-40,5°C

UR: 60-70%

Velocidade do ar:

máximo de 0,15 metros por segundo

CO2:

< 3000 ppm

Alimento:

Uma quantidade total de ração de aproximadamente 10 g por ave deve ser pesada e servida sobre o papel antes do alojamento dos pintinhos.

Temperatura da água:

18-21 °C

Densidade

45-55 pintinhos/m³ (respeitando as relações entre aves e equipamentos).

Bebedouros:

Tipo de bebedouro Aves/ equipamento Regulagem

Nipple 1 para cada 25 pintinhos Vazão de 40-50 ml/min

Infantil 1 para cada 100 pintinhos. Água rente a borda

Suplementar 1 para cada 50 pintinhos Água rente a borda

Comedouros:

Tipo de comedouro Aves/ equipamento Regulagem

Automático 1 para cada 60 pintinhos Ração rente a borda

Infantil 1 para cada 80 pintinhos Ração rente a borda

Papel suplementar:

80% da área de alojamento

Profundidade da cama:

10 cm

Intensidade luminosa:

30-40 lux

Forma física do alimento:

Tamanho das partículas

Partícula triturada/ micropeletizada Alimento farelado

Realizar as seleções de peso em 100% das aves em intervalos entre 4 e 5 semanas (1ª, 4ª, 8ª, 12ª, 16ª e 20ª semana) é necessário para obter uma boa uniformidade.

Durante as seleções recomenda-se separar do plantel os animais que não tenham apresentado ganho de peso esperado ou que apresentam características indesejadas, sempre respeitando a relação entre o percentual de machos e fêmeas existentes no lote.

Alguns pontos-chaves para obtermos sucesso na fase de recria:

Uniformidade e Coeficiente de Variação (CV) são informações importantes a serem monitoradas semanalmente em conjunto com o peso médio. Para John Dudgeon (2007) uniformidade de peso corporal é o componente chave no manejo de machos.

Ações corretivas serão necessárias sempre que houver desvios, tanto no peso quanto no CV. As causas mais comuns dos desvios estão relacionadas com volume e distribuição de ração, espaçamento de comedouro, mau funcionamento do sistema de distribuição de ração e saldo de aves.

Realizar catas entre as seleções, separando as aves que se destacam por menor ou maior peso, melhoram ainda mais os índices de uniformidade e CV do lote.

O espaçamento de comedouros deverá ser gradualmente aumentado conforme a idade e desenvolvimento das aves e ajustado sempre que houver alteração no saldo, respeitando o número de centímetros por ave ou número de aves por prato conforme a indicação do fabricante (Dudgeon, 2007).

Acompanhar visualmente a distribuição dos animais no momento do trato (arraçoamento) auxilia na identificação de falhas no processo, evitando sobras, falta de espaço no comedouro ou a má distribuição da ração.

A densidade, que é o número de aves por metro quadrado, possui influência significativa sobre a qualidade dos machos e fertilidade potencial, interferindo no empenamento, desenvolvimento corporal e na uniformidade (Dudgeon, 2007).

Após 11 semanas de idade a densidade deve ser priorizada. Trabalhar com no máximo 3,5 machos/m² possibilita maior mobilidade aos animais e consequentemente o melhor desenvolvimento músculo esquelético, fortalecendo os músculos e tendões das pernas.

A preparação final dos machos na recria deve ser realizada entre 18 e 20 semanas, sendo a última seleção por peso nesta fase.

Importante que junto a este manejo, os machos passem por avaliação fenotípica individual, separando do plantel os animais que apresentam peso corporal muito abaixo do padrão, defeitos físicos ou características indesejadas.

Ao final da recria é esperado índices de CV menor que 6 e uniformidade acima de 90% para a obtenção de galos com boa uniformidade de escore de peito, maturidade sexual e desenvolvimento de crista.

Atender o ganho de peso previsto em cada fase é fundamental para que ocorra o desenvolvimento esperado.

Monitorar e acompanhar os resultados semanalmente, nos ajuda a entender o que está acontecendo com as aves do lote e nos permite realizar ajustes finos no aporte de ração (GAD), controlando e garantindo assim os ganhos esperados para cada fase de vida da ave.

Pontos-chaves na cria e recria:

1 a 5 semanas:

Alimentação à “vontade” até o consumo de 53 gramas ave/dia, após deve ser controlado.

Programa de luz inicial dos machos serve como referência, porém o foco deve ser o ganho de peso semanal, o consumo de ração diário e principalmente atender o peso alvo de 4ª semana.

Intensidade de luz: 80 a 100 lux, nas três primeiras semanas, o mais uniforme possível em toda área de alojamento, evitando pontos sombreados.

Intensificar a recuperação de carcaça das aves leves, traçando novas curvas de peso para estas, objetivando os alvos de peso

Peso alvo nas 4 semanas: STD ou até +6% (800 g). Alvos de conformação nesta idade:

De
Ganho
Escore 1 Escore 3
Escore 5
Escore 2 Escore 4

De 6 a 14 semanas:

Seleções 100%:

8ª semana: Seleção 100% - 5 categorias: LL (aves devem ser separadas do plantel) – L –

ML – MP – P.

12ª semana: Seleção 100%: 5 Categorias: LL (aves devem ser separadas do plantel) – L –

ML – MP – P.

Aves devem migrar lentamente do escore de peito “3,5 – 4” para escore “2” entre 11 e 14 semanas (enxugar a ave).

Controlar peso, buscando o STD até as 12 semanas. Alvos de conformação nesta idade:

Seleções 100%:

7 dias: Seleção 100% com no mínimo 4 categorias de peso.

Seleção parcial (catas): até a 4ª semana.

4ª semana: Seleção 100%: 5 Categorias: LL (aves devem ser separadas do plantel) – L –

ML – MP – P.

Garantir que as aves leves estejam no STD.

Conformação ideal nesta idade: Escore de peito “4”.

% CV: igual ou abaixo de 8.

Diferenciação:

Células Leydig

Células Sertoli

Machos reprodutores: como obter bons indicadores de fertilidade na fase de recria BAIXAR EM PDF De 15 a 20 semanas:

Densidade a partir da 12ª semana não deve ser superior a 3,5 aves/m².

Seleção de 18 – 20 semanas (seleção fenotípica, individual).

Conformação ideal: Escore de peito “2,5”.

Buscar peso STD às 20 semanas.

% CV: igual ou abaixo de 6 às 20 semanas.

Transferência de machos de 5 a 7 dias antes das fêmeas (objetivando adestramento no novo ambiente).

Controlar a curva de ganhos de peso semanal, respeitar e garantir os ganhos previstos no STD.

Início do estímulo de luz aos machos recriados no escuro às 18 semanas, com intensidade mínima de 30 lux, podendo ser antecipada para as 16 semanas, levando em consideração o sincronismo de maturidade entre machos e fêmeas, assim como os alvos de fertilidade iniciais.

O artigo “Machos reprodutores: como obter bons indicadores de fertilidade na fase de produção” será publicado na

impressa.

Produção de Hormonios Sexuais Crescimento de Testiculos Canho de Peso Acelerado Preparo da Ave para Maturação Sexual/Acasalamento

RESULTADOS A OLHOS VISTOS

PINTOS

A MELHOR PERFORMANCE DO MERCADO O MENOR CUSTO EM TODA A CADEIA PRODUTIVA

INCUBAFORUM REÚNE MAIS DE 400 PESSOAS NO SIAVS 2024

Com o mote “Inovação que Choca, Conhecimento que Transforma”, o incubaFORUM, organizado pela agriNews Brasil, reuniu mais de 400 pessoas no Auditório 9 do Distrito Anhembi.

Equipe de redação Agrinews Brasil

O evento aconteceu durante o segundo dia do SIAVS (Salão Internacional de Proteína Animal), sob a coordenação da doutora em Produção Animal, Tainara Euzébio, que é a responsável técnica da revista aviNews Brasil.

A abertura do evento foi marcada por um debate sobre perspectivas da produção e mercado de ovos férteis.

A mesa de debates foi composta por José Antonio Ribas Jr., Diretor Executivo de Agro e CIEX na Seara, Roberto Kaefer, que é presidente da Globoaves e, representando a ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal), Gabriel Morelli Ribeiro, que é Coordenador de Acesso a Mercados.

Enquanto Ribas defendeu que o Brasil só tem uma balança comercial positiva graças ao agronegócio, Roberto Kaefer afirmou que o diferencial do Brasil está na genética e biossegurança. O representante da ABPA revelou que o Brasil tem focado nos países latinoamericanos e africanos, além de países da Ásia, quando a pauta são as exportações de genética avícola.

Tecnologias

O segundo bloco do evento abrigou palestras sobre tecnologias na incubação e no incubatório, com palestras sobre tecnologias de vacinação in ovo, na sexagem in ovo e gerenciamento de dados.

Entre os palestrantes do bloco sobre tecnologia, estiveram a pesquisadora da Embrapa Suínos e Aves, Ana Paula Almeida Bastos, o especialista de Incubação e P&D da Petersime, Eduardo Romanini, o Gerente Global de Produtos da Lohmann, Thomas Calil e o Gerente de Serviços Técnicos e de Pesquisa Aplicada em Aves da Zoetis, Eduardo Muniz

Ana Paula
Eduardo Romanini
Eduardo Muniz
Thomas Calil

Segundo Muniz, o sucesso da vacinação in ovo é orientado por cinco pontos:

xação do ovo penetração de casca

sanitização efetiva

local de injeção

dispensa de vacina

“Foram mais de 30 anos de desenvolvimento e investigação, que permitiram a identificação e delimitação destes cinco fatores críticos, que apoiam a eficácia da imunização dos embriões”, salientou.

Thomas Calil traçou um panorama sobre a situação europeia da sexagem in ovo e destacou que, considerando o todo da Comunidade Europeia, apenas 20% dos ovos férteis são sexados.

Em termos de Brasil, considerandose que são alojadas entre 130 e 140 milhões de aves, segundo ele, não há tecnologia que atenda a essa demanda, em termos de custos e produtividade.

A pesquisadora da Embrapa Suínos e Aves falou sobre a “Eficácia vacinal em frango, de nanovacina contra Escherichia coli”, enquanto Eduardo Romanini abordou os “Avanços no gerenciamento e análise de dados do incubatório”.

Segundo Romanini, o monitoramento automático, em tempo real, de sinais biológicos e fisiológicos de animais são necessários para otimizar a produção, saúde, bem-estar animal e impacto ambiental.

Saiba mais

Manejo

Manejo: da reprodução ao pinto de um dia foi o tema do bloco que encerrou o incubaFORUM, quando foram abordados o manejo de machos e fêmeas, desenvolvimento de microbiota, qualidade e manejo do pintinho moderno e manejo de resíduos do incubatório.

Entre os palestrantes do bloco estiveram profissionais de renome como o consultor Adriano Bailos, a médica veterinária do Grupo Alvorada, Jumara Ticiano, o Gerente de Serviços Técnicos Brasil da Aviagen, Marco Aurélio Romagnole Araújo, e o Gerente Regional da CobbVantress, Eduardo Loewen

Marco Aurélio, que abordou o tema “Eclosão: variabilidade de resultados, fatores que impõem criticidade aos processos”, mostrou alguns fatores críticos que impactam na eclodibilidade.

Saiba mais

Ele apontou a gestão de mão de obra, treinamento contínuo, densidade de aves, uniformidade, estresse, qualidade de cama, erros de vacinação, biossegurança, e problemas cardiorrespiratórios, entre outros.

Sobre “Pontos chave no manejo alimentar das fêmeas: da foto estimulação do pico de produção”, Eduardo Loewen abordou as regras de ouro na transferência/ fotoestimulação das fêmeas.

Marco Aurélio

Loewen destacou que o desenvolvimento do aparelho reprodutivo das fêmeas não depende apenas do fotoestímulo. Outros manejos, como a distribuição adequada e a forma da ração, também desempenham um papel crucial nesse processo.

Por sua vez, o paradigma do tempo de incubação, o fantasma da desidratação e a necessidade da preocupação com a hiper-hidratação foram abordados por Adriano Bailos

O painel foi finalizado com o tema “Controle de qualidade: elevando os padrões na incubação”, abordado por Jumara Ticiano. Ela mostrou os cinco objetivos do controle da qualidade:

rastreabilidade

equipe treinada con abilidade nos dados comunicação rápida e assertiva controle ou constatação

incubaFORUM reúne mais de 400 pessoas no SIAVS 2024 BAIXAR EM PDF

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Adriano Bailos
Jumara Ticiano
Eduardo Loewen

EM AVES: APOIO A IMPACTO DA COCCIDIOSE

MEDIDAS DE CONTROLE

Marcelo Hidalgo

Gerente de Saúde Intestinal Latam para dsm-firmenich

INTRODUÇÃO

A coccidiose é uma doença causada por protozoários do gênero geralmente afeta espécies de aves.

Essa doença tem um impacto significativo na produção avícola, gerando perdas econômicas importantes e desafios permanentes em seu controle.

Esta revisão aborda o impacto da coccidiose na avicultura, as tecnologias desenvolvidas pela para mitigar os impactos e os desafios futuros nessa área.

IMPACTO DA COCCIDIOSE EM FRANGOS

DE CORTE

A coccidiose ocorre principalmente no trato gastrointestinal de frangos de corte, causando inflamação e danos à mucosa intestinal.

Os sintomas clínicos incluem: Diarreia;

Redução do crescimento e,

Aumento da mortalidade.

Surtos graves podem levar a uma redução significativa da eficiência alimentar, da

O impacto da coccidiose em frangos de corte não afeta apenas a saúde e o bem-estar das aves, mas também tem consequências econômicas significativas para os produtores.

Os custos associados à coccidiose incluem:

Gastos em medicamentos e tratamentos;

Saúde intestinal

MEDIDAS DE PREVENÇÃO E MITIGAÇÃO

O controle da coccidiose é fundamental para manter a saúde e o desempenho econômico da avicultura. As principais estratégias de mitigação usadas no setor avícola são as seguintes:

Uso de anticoccidiano 1

Os anticoccidianos são medicamentos administrados via ração ou água que inibem o crescimento e a reprodução da Eimeria. Esses medicamentos são eficazes na prevenção e no controle da coccidiose quando usados corretamente.

Vacinação 2

A vacinação como método de controle da coccidiose é outra medida preventiva utilizada. As vacinas contêm oocistos de Eimeria atenuados que induzem uma resposta imunológica nas aves, protegendo-as.

A vacinação pode ser uma opção particularmente valiosa em situações em que o uso de anticoccidiano deve ser reduzido ou em que os medicamentos disponíveis perderam a eficácia.

de precisão 6

Eubióticos

Uma nova categoria de eubiótico foi desenvolvida pela dsm-firmenich para reduzir as perdas de desempenho durante períodos de estresse. Essa tecnologia permite aumentar as vias metabólicas positivas que geram fatores de proteção para o intestino (como a produção de ácidos graxos de cadeia curta).

Também pode ser uma estratégia útil quando há o desejo de alternar as moléculas disponíveis.

Manejo 3

É essencial realizar um bom manejo da cama para manter a doença sob controle.

Isso inclui a limpeza e a desinfecção regulares dos equipamentos (sistema de ventilação, bebedouros etc.), para reduzir a carga de oocistos no ambiente.

Eubiótico 5

Atualmente, os eubióticos são uma medida para controlar e atenuar os efeitos que acompanham a ocorrência da coccidiose. Assim, a seleção correta de eubióticos permite controlar as bactérias Gram + que normalmente acompanham o dano epitelial e, portanto, reduzir o impacto associado à enterite necrótica.

Rotação de anticoccidianos 4

A rotação ou combinação de diferentes anticoccidianos é fundamental para reduzir o risco de resistência aos medicamentos contra Eimeria. Essa estratégia envolve a alternância do uso de diferentes grupos de anticoccidiano em diferentes lotes de aves. As sessões de necropsia em que as lesões são monitoradas são fundamentais para tomar decisões eficazes sobre a rotação.

DESAFIOS FUTUROS NO CONTROLE

DA COCCIDIOSE

Apesar das medidas existentes de prevenção e controle da coccidiose, ainda há vários desafios que precisam ser enfrentados para melhorar o manejo da coccidiose:

Resistência a medicamentos

Eubióticos como estratégias de apoio 1 2 3 4

A resistência da Eimeria aos antociccidianos é um cenário a ser enfrentado. O surgimento de cepas resistentes pode reduzir a eficácia dos tratamentos e complicar o controle da doença.

Mudança na legislação

IMPLICAÇÕES ECONÔMICAS

As tendências legislativas que reduzem o uso de medicamentos podem limitar o uso de anticoccidianos no futuro. Isso representa o desafio de encontrar alternativas eficazes para o controle da coccidiose e dos danos associados.

Interações com outras doenças

A coccidiose interage com outras doenças das aves, como a enterite necrótica, complicando o diagnóstico e o tratamento. O gerenciamento integrado da saúde das aves é essencial para lidar com essas interações e melhorar a eficácia dos programas de controle.

As estratégias baseadas em eubióticos demonstraram ser eficazes no apoio ao controle da coccidiose e na redução de situações relacionadas à coccidiose (enterite necrótica).

As consequências econômicas da coccidiose são significativas e multifacetadas. Alguns dos principais problemas econômicos associados à doença são destacados a seguir:

Custos diretos de tratamento 1

Os custos associados à prevenção (anticoccidianos, vacinas) representam um item relevante do custo do manejo da coccidiose. Além disso, o tratamento de surtos graves pode exigir medicamentos adicionais e cuidados veterinários especializados.

Saúde

2

Perdas de desempenho

A coccidiose afeta o crescimento e a conversão alimentar dos frangos de corte. Em reprodutores de frangos de corte e poedeiras, ela também pode afetar a uniformidade. As aves infectadas podem apresentar ganho de peso reduzido e aumento do consumo de ração, o que afeta a lucratividade da produção.

CONCLUSÃO

A coccidiose continuará sendo um desafio significativo para a avicultura, com um impacto considerável na: Saúde das aves, no desempenho delas e, na rentabilidade econômica.

As medidas de prevenção atuais, como o uso de anticoccidianos, a vacinação e o manejo adequado, são essenciais para o controle da doença, mas ainda há desafios relacionados à eficácia e à resistência aos medicamentos.

3

Custos por mortalidade

A mortalidade associada a surtos graves de coccidiose resulta em perdas diretas, afetando a capacidade de produção e o retorno econômico. Os custos relacionados à substituição de aves mortas e à interrupção da produção também devem ser considerados.

As ferramentas do mundo dos eubióticos apresentam uma oportunidade para mitigar os danos associados a essa doença.

Impacto da coccidiose em aves: apoio a medidas de controle BAIXAR EM PDF

Enfrentar esses desafios e compreender as implicações econômicas da coccidiose é essencial para desenvolver estratégias eficazes e sustentáveis que possibilitem a lucratividade do setor avícola.

As pesquisas em andamento da dsm-firmenich sobre o manejo da coccidiose continuarão a enfrentar os desafios e a minimizar o impacto econômico dessa doença na produção avícola.

Proteja seu lote com confiança

Para uma produção bem-sucedida, é essencial proteger as suas aves contra desafios sanitários e nutricionais em todos os estágios da vida. Nossa ampla gama de soluções está no coração do desenvolvimento saudável e do bem-estar. Na dsm-firmenich, abordamos os desafios que você enfrenta para ajudar a proteger seus lotes com confiança.

Para mais informações, escaneie o código com seu celular ou acesse: www.dsm.com/anh/ pt

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Aprodução de frangos de corte no Brasil em 2022 foi de 14,5 milhões de toneladas, com exportações de 397,7 mil toneladas em fevereiro de 2024. O setor avícola brasileiro lidera mundialmente, tendo a China como maior compradora (ABPA, 2024).

A indústria avícola enfrenta desafios ambientais e nutricionais, que favorecem patologias. Manejo inadequado pode gerar problemas como refugagem e desuniformidade de lotes (Paz, 2008).

ARTRITE E SUAS CAUSAS MULTIFATORIAIS EM FRANGOS DE CORTE – PARTE I

Eduarda da Silva1 e Cláudia Balzan2

1Discente do curso de medicina veterinária

2Docente do curso de medicina veterinária - UNOESC

Entre os principais problemas sanitários no abate, destacam-se artrites e tenossinovites, que impactam o bem-estar e a produtividade, refletindo em um desafio sanitário e econômico (Silva e Vieira, 2010; Reck, 2011).

Fatores como manejo inadequado, genética e nutrição podem desencadear a doença, reforçando a importância de elucidar suas causas (Costa, Santana e Coelho, 2016).

A articulação tibiotársica tem sido significativamente afetada com a evolução genética das linhagens comerciais de aves.

O rápido crescimento do frango de corte proporciona um sobrepeso sobre a estrutura óssea que se encontra em formação, ocasionando enfermidades locomotoras significativas para a produção.

Essa condição causa dor, desconforto, diminuição de ingestão de água e alimento, e por conseguinte, traz consigo aumento de refugagem e mortalidade, esses pontos acarretam diretamente a falta o bem-estar desses animais, que atualmente é primordial para o mercado interno e externo (Colet, 2013).

O crescimento muscular dos frangos é maior que o crescimento da tíbia, aumentando o peso sobre os ossos dos membros pélvicos.

Os músculos peitorais estão relacionados diretamente com o ganho de peso, assim, o centro de gravidade da ave que deve ser sobre as pernas, desloca-se para a frente, afetando a biomecânica corporal, ou seja, alterando a postura sobre os pés (Huang et al, 2019).

Entretanto, o rápido crescimento destes animais não é o único motivo para o aparecimento de patologias do sistema locomotor. Essas enfermidades podem ser reduzidas com um manejo adequado no início dos lotes associado a uma nutrição equilibrada e necessária para o desenvolvimento corpóreo (Applegate; Lilburn, 2002).

Além disso, linhagem, sexo, qualidade de cama, faixa etária e densidade animal, afetam diretamente o aparelho locomotor. Não obstante, pode acarretar em doenças bacterianas e virais oportunistas, ou como principal fonte de artrite (Alves 2013).

ARTICULAÇÃO TIBIOTÁRSICA

Para que o movimento da ave ocorra é necessário que tenha uma atividade dos sistemas musculoesquelético e nervoso, assim tendo uma distribuição do peso corporal. O músculo é um dos responsáveis para que o osso suporte cargas maiores devido a diminuição da tensão corporal.

A taxa de crescimento elevada dos frangos de corte pode desencadear algumas desordens esqueléticas, propiciando o aparecimento de artrites (Mendonça Júnior, 2009).

A formação da articulação localizase nos membros pélvicos, sendo composta pelo osso tibiotarso na sua porção distal, extremidade proximal do osso tarsometatarso, o qual proporciona suporte aos tendões dos dedos (Feduccia, 1986).

ARTRITE POR CAUSAS VIRAIS

Artrite por Orthoreovirus aviário

A artrite viral é causada pelo Orthoreovirus aviário (ARV), conhecido também como reovírus. A reovirose está associada a tenossinovite e má absorção.

Prejuízos à avicultura de corte são notórios em infecções pelo agente, causando prejuízos na piora da conversão alimentar, condenações no abate, mortalidade e morbidade e descarte de aves (Reck, 2011)

É uma enfermidade de difícil diagnóstico e tratamento por ser considerada subclínica, assim, a propagação da doença torna-se facilitada (Back, 2010)

As lesões articulares causadas pelo reovírus aviário são de idade dependente. Isso significa que animais mais jovens apresentam lesões piores e suscetibilidade maior, em comparação a aves com idade próxima ao abate. Na via de infecção horizontal, a viremia nos tecidos estende-se por um período de até trinta e três semanas.

No entanto, a mortalidade não é elevada, mas a morbidade pode alcançar 100%, deixando os animais com sinais de perda de peso e baixo consumo de alimento (Souza, 2019).

A patogenia desenvolve-se no trato respiratório ou digestivo, variando em período que compreende 24 a 48 horas e dissemina-se para outros tecidos. Quando as cepas têm predileção do tecido da articulação, a replicação ocorre no sistema digestivo (Schaefer, 2021).

A dificuldade de locomoção e o edema da articulação tibiotársica causam desuniformidade de lotes e menor crescimento corpóreo, com exsudato amarelo pálido, esverdeado ou fibrinoso.

A síndrome de atraso de crescimento, associada a infecções secundárias, aparece por volta dos 14 dias (Dinev, 2011). Outras manifestações da doença são relatadas, devido a replicação viral em outros tecidos, ocasionando uma infecção generalizada.

Hepatite, miocardite, pancreatite, diarreia, crescimento atrofiado, alteração nas penas, sinais entéricos e respiratórios também foram associados com a enfermidade. (Assunção, Palka e Pavoni, 2018).

ARTRITE POR CAUSAS BACTERIANAS

Os agentes bacterianos de maior envolvimento das artrites são responsáveis por grandes perdas no abate, e destacam-se como as principais Mycoplasma synoviae, Staphylococcus e Escherichia coli.

Porém estudos relatam que existe uma infinidade de bactérias com a patogenia de causar problemas locomotores em aves domésticas (Nickel, 2017).

O diagnóstico é feito por sinais clínicos e testes laboratoriais, com o isolamento viral sendo o padrão ouro (Assunção, Palka e Pavoni, 2018). A RT-PCR é eficaz para identificar cepas virais (Souza, 2019).

A prevenção inclui vacinação das matrizes, que confere imunidade aos pintainhos (Costa, Santana e Coelho, 2016). Devido à alta variabilidade genética do vírus, vacinas autógenas podem ser mais eficazes que as convencionais (Schaefer, 2021). O tratamento envolve antibióticos para infecções bacterianas secundárias, além de medidas de biosseguridade, como vazio sanitário, limpeza e desinfecção dos galpões (Souza, 2019).

Artrite por Mycoplasmasynoviae

O Mycoplasma synoviae afeta aves em todas as fases de vida, sendo mais severo em aves jovens. Sua transmissão ocorre tanto verticalmente, de matrizes para pintinhos, quanto horizontalmente, através de aerossóis, contato direto, objetos contaminados e manipulação humana, resultando em rápida disseminação em galpões que as aves estão alojadas.

A presença da bactéria é comum em granjas avícolas em diversos países, com estudos recentes no Brasil mostrando uma alta incidência, especialmente em criações de aves de quintal ou de subsistência. (Reck, 2011)

A incubação do agente é em torno de 11 a 21 dias, variável devido ao ambiente, estresse e a virulência da bactéria (Costa, Santana e Coelho, 2016).

Micoplasmas têm a habilidade de sobreviver em condições ambientais diversas, apesar de não possuírem parede celular. Eles podem persistir em excretas de aves por vários dias e em diferentes superfícies e temperaturas, embora sejam sensíveis a ambientes com pH baixo e altas temperaturas.

Sua sensibilidade a desinfetantes comuns, como compostos de amônio quaternário, iodo e fenóis, é atribuída à sua estrutura celular simplificada (Nascimento; Pereira, 2009).

Mycoplasma synoviae afeta primariamente as vias aéreas superiores das aves, causando atraso de crescimento, crista pálida, claudicação, tumefação dos seios infraorbitários e vesículas no canto orbitário.

Com o avanço da doença, surgem edema nas articulações, defeitos nos pés, tosse, descargas nasais, apatia, desidratação e sinovite exsudativa na articulação tibiotársica (Pedrosa, 2014)

A doença compromete a locomoção, reduzindo o ganho de peso e a conversão alimentar dos frangos (Reck, 2010).

Embora antimicrobianos como tetraciclinas e macrólidos não eliminem a infecção, eles reduzem a patogenicidade.

A clortetraciclina é recomendada para sinovite, enquanto a enrofloxacina é ineficaz contra Mycoplasma synoviae, sendo restrita em alguns países devido à resistência antimicrobiana (Pedrosa, 2014).

A biosseguridade é essencial para prevenir surtos, seguindo o Plano Nacional de Sanidade Avícola. O vazio sanitário é a única medida eficaz para erradicar a micoplasmose no plantel. Em aves de reprodução, os animais devem ser livres de Mycoplasma gallisepticum (MG) e sob vigilância para Mycoplasma synoviae (MS) (Ferreira; Ferreira, 2009).

Artrite por Escherichiacoli

Escherichia coli é uma bactéria Gram negativa, pertence à família das Enterobacteriaceae e é considerada anaeróbia facultativa. Um dos seus principais fatores de virulência é a presença de flagelos peritríquios que a torna móvel (Ferreira; Knöbl, 2009).

Para o setor avícola, E. coli patogênica para as aves é denominada APEC (Avian Pathogenic E. coli), e causa a colibacilose aviária que pode apresenta-se em forma sistêmica ou local (Back et al, 2022).

A entrada principal de E. coli no organismo das aves é através do trato respiratório superior, onde ela coloniza e se multiplica na traqueia, podendo se disseminar para os sacos aéreos e tecidos adjacentes (Zanatta el al., 2002). Infecções do trato respiratório, muitas vezes associadas à septicemia em frangos de corte, resultam em grandes perdas econômicas.

Essas infecções são frequentemente secundárias a doenças virais como a doença de Newcastle, bronquite infecciosa, doenças bacterianas como as causadas por micoplasmas, ou estresse ambiental, e geralmente envolvem E. coli patogênica específica de aves (APEC) (Ferreira; Knöbl, 2009).

A contaminação pela via vertical, é através das matrizes para a progênie, já na transmissão horizontal o contato é de ave para ave, ou por água, alimento, fezes e ambiente contaminado (Maiorki; Fukumoto, 2021).

A colibacilose é sistêmica e possui associação com outros patógenos, ou seja, a manifestação da enfermidade é em outros órgãos e não somente no intestino.

Está associada a diversas doenças de interesse que causam prejuízo para a avicultura brasileira e mundial, manifestações como aerossaculite, celulite, osteomielite, peritonite, perihepatite, pericardite, artrite e colisepticemia.

Essas enfermidades descritas causam prejuízos ao setor por aumento de mortalidade, condena nos abatedouros e custo com o tratamento dos lotes acometidos (Back et al, 2022).

O tratamento de colibacilose é frequentemente feito com antibioticoterapia. Antibióticos como enrofloxacina, gentamicina, apramicina, norfloxacina, espectinomicina e ácido oxílico mostram bons resultados, mas é essencial realizar testes de suscetibilidade para escolher o antimicrobiano adequado (Barros, 2011).

Identificar corretamente a APEC e usar os fármacos de maneira consciente é crucial para evitar desequilíbrios na microbiota e a seleção de cepas resistentes (Back et al., 2022).

A prevenção envolve manejo adequado das aves, biosseguridade, redução de densidade, controle da ventilação e manutenção da umidade. Vacinas específicas também estão disponíveis (Maiorki & Fukumoto, 2021).

Artrite

Artrite por Staphylococcusaureus

Staphylococcus aureus é uma bactéria Gram positiva (Ferreira; Ferreira, 2009). A capacidade de formar biofilme facilita sua infecção e aderência a superfícies (Barros, 2011).

Infecções por S. aureus são comuns em aves e podem causar infecções sistêmicas, sendo comensal da pele e mucosas. A bactéria entra no organismo principalmente através de lesões na pele ou mucosas, e se dissemina pela via hematológica, podendo resultar em osteomielite.

S. aureus é considerado um agente oportunista, causando artrites sépticas, osteomielites, sinovites, dermatites, endocardites, celulites, septicemias e onfalites. Na artrite, a infecção pode causar destruição articular irreversível, levando a dor, inflamação, claudicação e dificuldade de locomoção (Nickel, 2017).

Clinicamente, as articulações acometidas apresentam edema, necrose, febre e exsudato purulento. Na fase de septicemia, são comuns osteomielites no fêmur proximal e necroses pontuais na medula óssea, com celulite secundária na pele (Dinev, 2011).

O diagnóstico requer coleta de fragmentos de órgãos na necropsia, sendo necessário isolamento bacteriano para diferenciação de outros microrganismos. O isolamento bacteriano pode ser realizado, e também á possibilidade de uso de RT-PCR (Ferreira; Ferreira, 2009).

A formação de biofilme aumenta a resistência de S. aureus a desinfetantes e produtos de higienização. Antimicrobianos comuns na avicultura, como eritromicina, não são eficazes no controle deste patógeno.

Estudos mostram resistência a beta-lactâmicos, penicilinasresistentes, macrolídeos, aminoglicosídeos e tetraciclinas, com sensibilidade observada apenas para ofloxacina, azitromicina e fosfomicina (Matos et al., 2024)

Até aqui foram abordadas causas virais e bacterianas que podem ser agentes causadores de artrite. Na próxima edição, serão abordados os agentes externos que estão associados ao aparecimento desta condição.

Artrite e suas causas multifatoriais em frangos de corte – Parte I BAIXAR EM PDF

DESEMPENHO

O excesso de umidade nas camas de frango é um problema recorrente nas granjas, especialmente nas áreas próximas aos bebedouros, entradas de ar em aviários com pressão negativa, e em ambientes com nebulização excessiva. A cama encharcada causa desconforto às aves, comprometendo seu bem-estar, aumentando o risco de doenças, e impactando negativamente a performance zootécnica, o que leva a prejuízos econômicos.

Esses problemas surgem já nos primeiros dias de alojamento, quando as patas dos pintinhos, ainda sensíveis, têm menor capacidade de resistência a microrganismos patogênicos. A umidade ideal nas camas varia entre 20% e 35%, mas diversos fatores influenciam esse índice, como o tipo de material utilizado (maravalha, casca de arroz, casca de amendoim), condições climáticas, ventilação, intensidade de nebulizações, densidade populacional das aves, e manutenção dos bebedouros (ajuste de altura e prevenção de vazamentos), além de práticas de manejo. O excesso de umidade nas camas de frango pode causar diversas adversidades, como a proliferação de microrganismos patogênicos, incluindo bactérias, fungos e vírus. Isso contribui para o desenvolvimento de doenças como dermatites e infecções, sendo a pododermatite uma condição notável que reduz o bem-estar das aves e seu potencial zootécnico, resultando em desconforto e condenação de pés em abatedouros, um produto valioso no mercado de exportação.

Além disso, a umidade elevada aumenta a concentração de amônia, um gás tóxico que, ao ser liberado pela decomposição das excretas, pode provocar intoxicações, irritação das vias respiratórias e maior suscetibilidade a doenças respiratórias, como a ascite em frangos de corte. Isso também afeta negativamente o ganho de peso das aves e deteriora a qualidade da carcaça, resultando em condenações e perdas econômicas significativas.

Como minimizar esses fatores e oferecer um ambiente mais saudável para seu plantel?

Para controlar a umidade nas camas de frango e diminuir a susceptibilidade do ambiente ao aumento da carga de microrganismos indesejáveis, o pó de higiene MS SuperSec Camas é uma solução altamente eficaz. Sua intensa capacidade de absorção melhora a higiene da cama, reduz a produção de gás amônia e diminui a necessidade de reposição frequente.

SUPERSEC CAMAS

Formulado com secantes à base de minerais naturais e óleos vegetais, o MS SuperSec Camas melhora a qualidade do ar e a saúde respiratória dos animais. Ideal para uso desde o início do alojamento, o produto modifica a natureza de elementos como água livre e excrementos das aves durante seu crescimento. Isso resulta em um ambiente mais confortável, maior bem-estar animal, com consequente melhoria no desempenho, ajudando a prevenir calos nas patas e intoxicações.

Características:

• Intensa absorção de umidade e excrementos;

• Reduz a produção de gás amônia;

• Baixa dosagem por m²;

• A cama tratada pode ser reutilizada como fertilizante;

• Disponível em sacos de 25 kg.

OCOMO MELHORAR A RENTABILIDADE NA PRODUÇÃO DE FRANGOS DE CORTE

Brasil é o maior exportador de carne de frango, ocupando esta importante posição há mais de 20 anos consecutivos, o que faz com que a avicultura brasileira seja referência para o mundo todo.

Ser líder, por tantos anos, demonstra a alta eficiência, capacidade e qualidade na produção destas aves. O setor é altamente qualificado tecnicamente, a tecnologia empregada é de última geração, o melhoramento genético tem trazido linhagens com potenciais de desempenho excelentes e a nutrição tem avançado muito para que esta ave demonstre todo este potencial, sem contar a área da saúde, que oferece a proteção necessária por meio de vacinas e sistemas de biosseguridade.

Mesmo com todo este conjunto de medidas para alcançar este sucesso na produção, é possível encontrar oportunidades de melhorias quanto à rentabilidade na produção.

Quando pensamos em rentabilidade, temos dois caminhos a seguir: ou melhorar o preço de venda do produto ou melhorar o custo deste produto.

Embora existam ações para melhorar o preço de venda, nosso foco será nos pontos de redução de custo de produção.

Por mais organizada e estruturada que seja a agroindústria, diariamente encontramos oportunidades de melhorias nas diversas etapas deste segmento, principalmente relacionadas ao desempenho zootécnico destas aves.

Rentabilidade na produção de frangos, está ligada à relação: quantidade de carne produzida versus menor custo possível e há diversos fatores que interferem nisso.

Nutrição:

Dentre os diversos fatores que contribuem para o custo de produção, a nutrição é o que, de longe, mais impacta. Neste quesito, chamo a atenção para o básico, que tem passado desapercebido, que é a qualidade e o conhecimento das matérias-primas utilizadas nas produções das rações.

A qualidade destas matérias-primas deve ser um pré-requisito para o setor de suprimentos no momento das negociações com os fornecedores. Sabemos que qualidade de matéria-prima ruim causa injúrias no intestino das aves e, com isso, perda de desempenho.

O trabalho em conjunto entre nutricionista, setor de qualidade e suprimentos torna-se essencial para a busca deste conceito de melhor aproveitamento dessas matérias-primas. Utilizar níveis nutricionais alinhados ao objetivo da empresa é fundamental para alcançar as metas de desempenho e lucratividade.

O uso de aditivos tem contribuído muito como ferramenta para auxiliar nestes ganhos, e a correta utilização e validação dos mesmos no sistema de produção é algo a se considerar para evitar o gasto desnecessário e escolher a ferramenta ideal para a realidade encontrada.

As matérias-primas são responsáveis por mais de 90% do custo de uma fábrica de rações (um custo que já está lá) e há um potencial muito grande a ser explorado no conhecimento profundo de suas matrizes nutricionais.

Com isso, os ingredientes poderiam ser mais bem explorados, trazendo uma otimização no seu uso e consequente economia, sem contar na sustentabilidade ambiental, evitando os desperdícios no uso destes ingredientes.

Um bom processamento das rações, levando em consideração a adequada granulometria para atender as diferentes fases de vida da ave, é uma ação simples e que impacta muito no desempenho zootécnico.

Quando direcionamos o nosso foco para o desempenho zootécnico, temos muitos pontos a serem observados a campo.

Manejo dos comedouros nas granjas:

Quantidade de linhas, abertura e altura dos comedouros, são itens fundamentais a serem observados. A quantidade de linhas adequada para que seja ofertado o alimento é o que dará o suporte para estas aves atingirem o seu potencial genético.

A correta abertura dos comedouros, evitando o desperdício da ração, impacta na redução do custo de produção, e a altura correta faz com que as aves tenham acesso a este alimento de forma que comam em pé, reduzindo os problemas de peito e de pernas quando comem prostrados.

Oferta de água:

Ainda muito negligenciada, a água é o fator que faz com que as aves se alimentem adequadamente, ou seja, se a ave não bebe, ela não come. A ave consome pelo menos o dobro de água em relação ao consumo de ração e, em situações de estresse térmico, essa proporção passa a ser ainda maior.

Desta forma, oferecer água limpa e fresca é fundamental para a melhoria dos resultados zootécnicos, e diversos manejos podem ser empregados para que isto aconteça.

A correta vazão dos bebedouros tipo nipple, regulando a pressão conforme a idade das aves, é de extrema importância para o consumo adequado. Granjas que possuem qualidade de água ruim, produzem piores resultados e consequentemente menos carne/m2.

Ambiência

É um dos maiores problemas enfrentados pela indústria avícola em países de clima tropical como o Brasil.

São significativas as perdas zootécnicas e econômicas, decorrentes da severidade climática, perdas essas ocasionadas pelo estresse calórico, relacionadas –principalmente – a altas temperaturas, associadas à alta umidade relativa do ar.

Quando falamos sobre os investimentos em ambiência, automaticamente, muitos produtores relacionam o assunto com a necessidade de gastos exorbitantes na propriedade, no entanto, predispor as aves a falta de ambiência é o fator que pode, de fato, resultar ainda mais em prejuízo na granja.

Portanto, focar neste assunto não é sinônimo de gastos e sim, é uma ótima oportunidade para reduzir os custos e aumentar o lucro.

Um levantamento, realizado com os dados de uma integração durante os anos de 2022, 2023 e primeiro semestre de 2024, evidenciam os benefícios do investimento em ambiência, conforme gráficos abaixo.

Dados de uma integração, coletados em 2022, 2023 e o primeiro semestre de 2024

É possível notar, com clareza, a redução na mortalidade, a melhora no ganho de peso, no índice de eficiência produtiva e na redução da conversão alimentar, quando comparamos os aviários convencionais com os aviários climatizados. Estas variáveis analisadas impactam diretamente na rentabilidade do negócio.

Mesmo com os dados de que a ambiência traz resultados e é uma das áreas da avicultura que mais se destaca em relação a tecnologia, ainda encontramos algumas resistências a campo ligadas aos pontos: construção de galpões novos mal dimensionados; falta de informação sobre o retorno financeiro; dificuldades para fazer as adaptações/instalações de equipamentos de ambiência em estruturas antigas e dúvidas ou preocupações sobre a competência operacional do colaborador, com a utilização de novas tecnologias.

Devido a estes pontos que impedem o aumento da lucratividade no setor, faz-se necessário a busca por profissionais especializados nesta área para o sucesso do retorno ao investimento.

O correto investimento está ligado ao bem-estar das aves que, consequentemente, trará melhoras nos índices zootécnicos e maior lucratividade.

Densidade de alojamento:

Encontrar a densidade de alojamento ideal é fundamental para otimizar a rentabilidade das granjas de frangos de corte de acordo com cada realidade.

A densidade afeta o desempenho das aves, onde densidades mais baixas podem proporcionar maior conforto térmico, e com isso melhores resultados, porém densidades mais altas podem maximizar a produção por área.

No entanto, maiores densidades podem levar ao estresse térmico, afetando sua saúde e desempenho. Neste ponto, é preciso mencionar a importância do investimento em ambiência novamente, visto que, densidades mais altas podem ser mais lucrativas considerando o bem-estar das aves, oferecendo um ambiente climatizado as aves.

Práticas de Biosseguridade:

Não há nada mais rentável que ter um plantel livre de doenças e com o sistema imunológico protegido.

Para isso, as práticas de biosseguridade que envolvem treinamento de pessoas, controle de trânsito (veículos, pessoas e materiais na granja), intervalo sanitário, correto manejo da cama, vacinações e desinfecções são essenciais.

Gestão de Pessoas:

Por último e não menos importante, os profissionais trabalhadores desempenham um papel significativo na rentabilidade da atividade.

Desta forma, a gestão eficiente que busca a capacitação, treinamento constante e um ambiente saudável para os trabalhadores, tem melhorado a eficiência operacional e redução de erros, aumentando assim a lucratividade.

Trabalhadores motivados e dedicados, estão atentos aos detalhes que afetam o bem-estar, desempenho e saúde das aves, portanto, o gerenciamento destas pessoas faz toda a diferença para o sucesso e saúde da empresa.

Em resumo, a busca é pela otimização no ganho de peso para atender o peso desejado de acordo com a realidade de cada empresa, reduzindo a idade de abate, pois sabemos que conforme a idade da ave avança, pior é a conversão alimentar, o que impacta diretamente na lucratividade.

É por meio da nutrição, qualidade da ração e da água, técnicas de manejo, ambiência, bem-estar, sanidade, pessoas, ou seja, a junção de todos os fatores aqui já citados, que resultarão na melhoria da rentabilidade da produção. Muito embora todos os envolvidos saibam disso, vale ressaltar a complexidade e a importância de fazer isso acontecer na prática.

A avicultura tem dado oportunidades de emprego para muitas pessoas, mas ainda assim, na dificuldade de encontrar pessoas qualificadas e/ ou comprometidas, o investimento na mão de obra tem sido relativamente alto.

Como melhorar a rentabilidade na produção de frangos de corte

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COMO FALAR DE BEM-ESTAR DE EMBRIÕES DE PINTOS DE UM DIA NA PRODUÇÃO DE FRANGOS DE CORTE?

Jumara Coelho Ticiano1, Sérgio Luís de Castro Júnior2 e Iran José Oliveira da Silva2 1Médica Veterinária, Mestranda em Zootecnia (FZEA – USP)

2Pesquisadores do Núcleo de Pesquisa em Ambiência (NUPEA- ESALQ – USP)

Considerações Iniciais:

Ao longo dos últimos anos, a temática do bemestar animal tem avançado significamente, tanto no campo científico como na prática.

O modelo clássico das "Cinco Liberdades", por exemplo, foi atualizado pelos conceitos apresentados por Mellor (2022), se referindo agora aos “Cinco Domínios” que envolvem toda a produção e engloba aspectos como a nutrição, ambiente físico, sanidade, interações comportamentais e estado-mental dos animais (Figura 1).

Domínio 1

Nutrição

Domínio 2

Ambiente Físico

Domínio 3

Saúde

Domínio 4

Interações comportamentais

Com o ambiente

Com outros animais Com humanos

Domínio 5

Estado Mental

Estado de bem-estar

Em relação a incubação comercial, as diretrizes publicadas pela Royal Society for the Prevention of Cruelty to Animals - RSPCA (2017) consideram sete itens que devem ser auditados nos incubatórios que se integram no conceito do bem-estar, sendo:

Contingências e manutenção;

Projeto do prédio, suas instalações e equipamentos;

Competência e treinamento para o manejo dos pintinhos;

Manejo dos ovos;

Manejo dos pintinhos nascidos;

Abate humanitário dos descartes;

Transporte dos pintinhos para a granja.

Porém, do ponto de vista técnico, várias são as nuances que devem ser consideradas em cada etapa da incubação. Nesse contexto, este artigo aborda os principais aspectos críticos e as boas práticas que devem ser consideradas quanto ao bem-estar dos embriões e dos pintos recém-nascidos.

Armazenamento de ovos antes da incubação

As boas práticas de bem-estar nos incubatórios devem ser implementadas desde as etapas iniciais, começando na sala de ovos.

O período de armazenamento dos ovos pode variar de um dia a mais de uma semana, dependendo da distância da granja (logística de distribuição das empresas), da capacidade de incubação e das condições de mercado.

Além desses fatores administrativos e logísticos, é crucial atender a critérios técnicos específicos, uma vez que, pesquisas indicam que tanto a temperatura das salas quanto o tempo de armazenamento influenciam significativamente na viabilidade celular e na eclodibilidade dos ovos.

Incubação
Figura 1. Os cinco domínios do bem-estar animal (Adaptado de Mellor, 2022)

A sala de ovos deve ser um ambiente climatizado, com uma faixa de temperatura ideal entre 15 – 18° C e uma umidade relativa recomendada entre 55% e 75% (NAZARENO et al., 2014).

De acordo com os estudos realizados por Guinebretière et al. (2022) os autores mostraram que temperaturas mais baixas, como 12°C, são mais eficazes para preservar a eclodibilidade durante períodos prolongados de armazenamento em comparação com temperaturas mais altas, como 18°C.

Condições físicas oferecidas pela incubadora

Na incubadora, as condições ambientais são específicas para garantir um desenvolvimento embrionário ideal. O ambiente de incubação deve proporcionar um microclima adequado, com controle rigoroso da temperatura, umidade e ventilação.

Esses tratamentos de resfriamento ajudam a reduzir a mortalidade embrionária precoce, preservando as estruturas celulares dos embriões, especialmente em períodos de armazenamento entre 7 e 28 dias.

É essencial, portanto, que as condições térmicas de armazenamento (ambiência) sejam rigorosamente controladas, uma vez que, o manejo inadequado do ambiente pode resultar em perdas progressivas, comprometer o bem-estar e a viabilidade do embrião.

Recomenda-se que a temperatura ideal durante a incubação esteja entre 37,5oC e 37,8oC, e que a umidade relativa seja padronizada em 55% (BERGOUG et al., 2013; DONOFRE et al., 2020). Qualquer desvio desses parâmetros pode afetar o metabolismo e o desenvolvimento embrionário, tanto durante a incubação quanto após a eclosão.

A variação na temperatura e umidade relativa dentro das incubadoras é um dos principais desafios da incubação, que pode vir a resultar em um ambiente desfavorável para o desenvolvimento embrionário.

Isso não apenas compromete o bem-estar nos animais durante a sua embriogênese, mas também reduz a eficiência das incubadoras e compromete o bem-estar dos animais mesmo após a eclosão.

Troca de gases na incubação

Todo o ambiente no entorno do embrião (microambiente) é delimitado pela casca, que é porosa e permite trocas gasosas com o ambiente externo (macroambiente), que é o interior da incubadora.

Nesse aspecto é importante relatar que a taxa de desenvolvimento embrionário depende diretamente do suprimento de oxigênio (O2), que é difundido por meio dos poros da casca. Deve-se considerar ainda que níveis adequados de dióxido de carbono (CO2) podem estimular o desenvolvimento embrionário inicial.

O equilíbrio entre oxigênio (O₂) e dióxido de carbono (CO₂) é essencial para o desenvolvimento embrionário adequado durante a incubação, sendo que, na prática, ovos de reprodutoras pesadas são incubados em um ambiente padrão com 21% de O₂ e menos de 0,2% (2000 ppm) de CO₂.

No entanto, algumas fabricantes de incubadoras sugerem níveis de CO₂ superiores a 0,5% (5000 ppm) no início da incubação, argumentando que essa prática pode favorecer o desenvolvimento embrionário e a taxa de eclosão, dependendo da duração da aplicação desse nível elevado de CO₂ na fase inicial do processo (KROETZ NETO, 2010).

Por isso, a condutância da casca e a composição gasosa do ambiente de incubação são determinantes para a produção de pintos de um dia.

Além disso, vale destacar que as exigências em níveis O2 e CO2 se alteram ao longo do desenvolvimento embrionário e entender isso é determinante para um bom monitoramento e controle da incubadora (DECUYPERE et al., 2003).

Em incubadoras de estágio único, níveis elevados de CO₂ no início do desenvolvimento embrionário podem ser obtidos pela adição do gás ou pelo controle da abertura do sistema de ventilação. No entanto, ajustar a ventilação pode causar variações não controladas nos níveis de CO₂, dependendo da temperatura ambiente e do modelo da incubadora (KROETZ NETO et al., 2008).

Incubação

Iluminação e ruído durante a incubação

Todo o ambiente físico é importante na incubação de ovos, tanto do ponto de vista da eficiência técnica, quanto dos aspectos relacionados ao bem-estar dos embriões e dos pintos de corte recémnascidos.

Neste caso, por muito tempo a temperatura e a umidade relativa foram as principais – e muitas vezes as únicas – variáveis do ambiente de interesse produtivo. Entretanto, cada vez mais é questionado os efeitos da iluminação e do ruído na embriogênese e na performance e no comportamento dos pintos.

Estudos indicam que a exposição à luz influencia os ritmos circadianos dos embriões, impactando suas taxas metabólicas, padrões de crescimento e o desenvolvimento do sistema imunológico. Isso sugere que a exposição à luz, mesmo antes da eclosão, prepara o embrião para o ambiente externo, ajustando seu relógio biológico e fortalecendo seus mecanismos de sobrevivência.

Comumente chamada de fotoestimulação, a utilização de iluminação artificial desde os primeiros dias de incubação, pode favorecer o desenvolvimento embrionário. Por isso, estudos recentes têm dedicado a testar diferentes tipos de fonte de luz, intensidade luminosa e espectro luminosos (cores) para determinar qual o melhor programa de luz recomendado para uso prático.

Outro estímulo que tem chamado a atenção dos pesquisadores e mercado é o sonoro, uma vez que, as experiências auditivas de um embrião não são abafadas pela casca do ovo e a audição é o segundo sentido mais expressivo das aves.

Kesar (2014), por exemplo, observou que embriões expostos a um estímulo sonoro de 110 dB apresentaram crescimento e desenvolvimento corporal prejudicados, sendo esse nível de pressão sonora considerado um estressor.

Donofre (2018), por sua vez, comparou estímulos sonoros de dois níveis de ruídos associados com a presença ou ausência da vocalização materna, observando que embriões incubados a um estímulo constante de 90 dB apresentaram maior taxa de eclodibilidade, menor tempo de incubação e maior qualidade dos pintos recém-nascidos.

Alimentação in ovo

Muitas vezes, somos induzidos ao erro ao supor que, ao promover um melhor ambiente, estamos garantindo o bem-estar dos animais. Entretanto, conforme os “Cinco Domínios” relata, o conceito de bem-estar vai muito além do ambiente e inclui outros fatores, como a nutrição de qualidade.

Cada vez mais discutida, tanto do viéz científico quanto pela aplicabilidade comercial, a nutrição “in ovo” é uma estratégia que visa suprir a deficiência de nutrientres durante a incubação e estimular o desenvolvimento epitelial e enzimático do trato digestivo.

Ao fornecer nutrientes essenciais como aminoácidos, vitaminas, minerais e carboidratos diretamente ao embrião, a nutrição in ovo complementa o conteúdo nutricional natural do ovo, otimizando o desenvolvimento dos órgãos, promovendo a formação óssea e muscular, acelerando o crescimento embrionário. Isso resulta em pintos mais robustos e bem desenvolvidos ao nascer.

Além disso, a suplementação com prebióticos e probióticos in ovo pode promover o desenvolvimento de uma microbiota intestinal saudável, melhorando a absorção de nutrientes, reduzindo o risco de infecções intestinais e fortalecendo a barreira intestinal, preparando o pinto para uma digestão mais eficiente e maior resistência a doenças.

A introdução de antioxidantes e outras substâncias bioativas também fortalece o sistema imunológico do embrião, resultando em pintos com maior capacidade de resposta imunológica logo após a eclosão.

Pintos que recebem nutrição in ovo tendem a apresentar melhorias no crescimento inicial, melhor conversão alimentar e maior taxa de sobrevivência, pois nascem com reservas nutricionais mais adequadas e sistemas fisiológicos mais bem preparados para enfrentar os desafios do ambiente externo.

Estudos demonstram que, a nutrição in ovo contribui para uma menor mortalidade nas primeiras semanas de vida, um período crítico para os frangos de corte, garantindo pintos mais vigorosos, com menos incidência de doenças e melhor adaptação ao ambiente da granja.

Em suma, a nutrição in ovo pode oferecer benefícios consideráveis ao desenvolvimento embrionário e à saúde dos pintos recémnascidos, resultando em lotes de frangos de corte mais saudáveis e produtivos.

Manejo dos pintinhos

Após a eclosão, o manejo adequado dos pintainhos é fundamental para garantir seu desenvolvimento. Os pintainhos devem ser mantidos em uma sala que ofereça condições ideais, com foco em manter a temperatura de cloaca entre 39,5°C e 40,5°C. Essa faixa de temperatura é essencial para assegurar o conforto térmico e o bem-estar dos pintainhos.

No entanto, existem lacunas no manejo dos pintinhos que podem fornecer parâmetros importantes para o bem-estar nos incubatórios, e que não estão detalhados nos manuais de bemestar existentes. Uma dessas práticas poderia ser a adoção da alimentação precoce.

Este manejo não é amplamente praticado em incubatórios, onde a alimentação precoce logo após a eclosão não é comum.

Um estudo (HOLLEMANS et al., 2018) investigou o impacto da nutrição precoce em frangos de corte mostrou que pintinhos alimentados imediatamente após a eclosão apresentaram maior ganho de peso corporal até os 21 dias de idade em comparação com aqueles que receberam alimentação tardia.

Entretanto, esses efeitos benéficos não foram observados na idade de abate (35 dias), indicando que a nutrição precoce tem efeitos principalmente durante as primeiras semanas de vida, com menor influência na fase adulta.

Além disso, o manejo dos pintainhos nessa fase inicial, incluindo vacinações e transporte, podem impactar significativamente os níveis de corticosterona, um hormônio que desempenha um papel crucial na resposta ao estresse e na regulação do metabolismo.

Pintos submetidos a um manejo intenso experimentam um aumento significativo nos níveis de corticosterona, o que pode se prolongar até o final da primeira semana de vida, resultando em uma redução nos índices produtivos, como ganho de peso, consumo alimentar e conversão alimentar.

Eutanásia

Em se tratando de bem-estar animal nos incubatórios, um dos pontos mais criticados pela sociedade em geral é a eutanásia, especialmente no descarte de machos das linhas de postura.

A regulamentação recomenda métodos que resultem em rápida perda de sensibilidade e morte (ARAÚJO et al., 2023).

Além do uso correto dos protocolos de eutanásia, estratégias visam minimizar o número de animais que necessitam passar por esse procedimento, o que é benéfico sob o ponto de vista de bemestar quanto de eficiência produtiva dos incubatórios, cujo um dos índices de sucesso é a quantidade de pintos de boa qualidade que são encaminhados para as granjas.

Uma dessas estratégias é acompanhar rigorosamente todo o processo do incubatório, identificando e mensurando as causas de mortalidade, realizando medidas corretivas quando necessário.

Sanitização

A qualidade interna do ambiente de incubação é outro fator importante. O uso de incubadoras industriais permitiu a expansão da produção de pintos de um dia em grande escala, e desde então, o acúmulo de poeira e penugem devido a um grande número de ovos e aves alojados num pequeno espaço é um dos principais fatores que levam á introdução e disseminação de microrganismos patogênicos, além de comprometer o bem-estar das aves.

O uso de parafolmaldeído é comum e são aplicados frequentemente em incubatórios para evitar a contaminação.

Apesar de sua ação eficaz, foi relatado que, ao entrar em contato com a mucosa traqueal, o formaldeído pode causar o encurtamento e perda de cílios, além de ciliostase em embriões de 18 dias e pintinhos de um dia (GRAHAM et al., 2018).

Nesse sentido, melhorar o bem-estar animal e maximizar a qualidade do produto final andam em paralelo. Deve-se considerar que toda a cadeia produtiva, já se encontra em alerta sobre as novas tecnologias visando melhorar as condições preconizadas pelo bem-estar animal nessa fase. Porém, é um processo que necessita ser acelerado em função da demanda e da escala de produção, uma vez que, a revolução tecnológica permite esse avanço.

Pesquisas recentes têm explorado alternativas na sanitização de ambientes em incubatórios, focando em desinfetantes menos agressivos para a redução de microrganismos patogênicos.

Incubação

Esses métodos têm se mostrado viáveis, não apenas para garantir a qualidade dos pintinhos de um dia, mas também para promover um ambiente de incubação mais seguro. As novas alternativas têm se mostrado promissoras do ponto de vista da produção e do bem-estar animal.

Considerações Finais

A incubação é uma etapa crucial da cadeia produtiva que deve ser avaliada não apenas pelos aspectos técnicos de eficiência, mas também sob a ótica do bem-estar animal.

Esse processo multifatorial envolve diversas ações e procedimentos que precisam ser harmonizados para alcançar os melhores resultados, levando em consideração a visão das empresas envolvidas para atender às demandas da sociedade, do mercado e da indústria.

Implementar um protocolo de medidas que promovam o bem-estar dos embriões, desde o armazenamento dos ovos até o manejo pós-eclosão, pode aumentar a produtividade, reduzir o sofrimento animal desnecessário e, consequentemente, minimizar as perdas pré-porteira.

Essas preocupações com as atividades chamadas “pré-porteira” tem grande impacto na cadeia produtiva e deverá ser foco para tomadas de decisão nas empresas que estejam na vanguarda da ciência, tecnologia, demandas da sociedade e mercado futuro, pois trata-se de um caminho sem volta.

Como falar de bem-estar de embriões de pintos de um dia na produção de frangos de corte?

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Referências sob consulta junto ao autor

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