22 núm. 2
Registro individual de suínos desde o nascimento até o abate
22 núm. 2
Registro individual de suínos desde o nascimento até o abate
Transformando a avicultura por meio da inteligência de dados
Expertize de evidências e tecnologia de ponta para melhorar a vida das pessoas, a saúde e o bem-estar animal.
Registro individual de suínos desde o nascimento até o abate
Tecnologia inovadora desenvolvida para suportar produtores, pesquisadores e processadores de carne suína
Mapeamento de todo o ciclo de vida de um suíno: do nascimento ao abate e processamento da carne
Registro de todos os eventos significativos do ciclo de vida do suíno, conectando todas as etapas do ciclo de produção
Gerenciamento prático para auxiliar a tomada de decisão com facilidade de integração
Controle em tempo real de temperatura, umidade, dióxido de carbono, iluminação, consumo de água e pesagem das aves
Distribuição uniforme de sondas por todo o aviário, tornando os dados mais confiáveis e precisos, sem utilização de cabos para instalação
Plataforma de integração de dados automatizada, traduzindo os dados coletados do interior do aviário em informações visuais, gráficos e indicadores de desempenho
Equipe dedicada à análise de dados no Power
BI para extrair insights valiosos de possíveis melhoria a serem realizadas no manejo
Os eventos climáticos extremos no Rio Grande do Sul causaram grandes prejuízos à avicultura gaúcha, incluindo perdas financeiras significativas, destruição de infraestrutura, interrupção da produção e desafios logísticos.
Todos reconhecemos que a vida nunca mais será a mesma, especialmente devido à gravidade e frequência desses episódios. Diante dessa realidade, é essencial adotarmos uma nova abordagem e lógica de planejamento, especialmente no que diz respeito à infraestrutura de estradas e pontes. Reconstruir nos mesmos locais não é viável, pois os riscos persistem e as chuvas intensas voltarão a ocorrer. Portanto, precisamos ir além de simples obras de recuperação e investir em medidas de contenção e contingência para garantir maior segurança à população.
Criticar nossos representantes não resolve. Governar, especialmente em tempos de crise, é uma tarefa extremamente difícil. Nenhuma infraestrutura no mundo é projetada para suportar 800 milímetros de chuva em 72 horas. Mesmo assim, é necessário criar contingências e pensar estrategicamente, mantendo a cabeça no lugar.
Reativar as operações das empresas é essencial para que a economia volte a girar, oferecendo às pessoas a segurança de seus empregos e salários. Tenho reforçado junto às nossas equipes e produtores a importância de agir com calma, um dia de cada vez, desde preservar vidas até entender o impacto total e planejar o futuro.
Ademais, devemos também nos alegrar com as grandes conquistas que a avicultura brasileira vem obtendo, com recorde nos volumes de produção e exportação neste ano em seus variados produtos (ovos, genética, carne), visto que esta é uma das grandes formas de auxiliar o estado a se reerguer economicamente já que o Rio Grande do Sul figura como terceiro maior produtor de frango no país.
É imperativo considerar alternativas de reconstrução para que as pessoas não vivam mais sob o constante medo das chuvas. Precisamos discutir profundamente nosso papel na recuperação e garantir que tudo volte a funcionar o mais próximo possível do normal, mesmo que não seja como antes. A produção de alimentos sempre foi relevante para o Estado, e com planejamento e apoio, podemos restaurar essa importante alavanca econômica.
EDITOR
AGRINEWS
PUBLICIDADE
Luis Carrasco +34 605 09 05 13
lc@agrinews.es
Karla Bordin +55 (19) 98177-2521 mktbr@grupoagrinews.com
DIREÇÃO TÉCNICA
José Antônio Ribas Jr. COORDENAÇÃO TÉCNICA E REDAÇÃO
Tainara C. Euzébio Dornelas redacao@grupoagrinews.com
ANALISTA TÉCNICO
Henrique Cancian
COLABORADORES
Alex Maiorka
Arnibo Braatz Júnior
Luany Emanuella A. Marciano
Marcela Yuño
Natália Lúcia D. D. Barroso
Ronise Depner
Pedro Ezídio
Sarah Sgavioli
Simara Márcia Marcato
Suzete P. de M. Neta
ADMINISTRAÇÃO
Victoria Domingues Contato: +55 41 99209 1549
Avenida: Adalgisa Colombo, 135. Jacarépaguá. Rio de Janeiro – RJ.
Cep.: 22775-026
ISSN: 2965-341X www.avinews.com
Preço:
30 $ Brasil
90 $ Internacional
Periodicidade: trimestral
Antonio Ribas Junior Diretor Técnico aviNews Brasil
A revista aviNews Brasil é uma publicação nacional, editada em português, cujo editorial é direcionado à cadeia avícola, incluindo associações de avicultores, instituições de ensino, sindicatos, empresas e o Ministério da Agricultura e Pecuária. Os artigos, bem como informes publicitários não expressam a opinião dos editores. É proibida a divulgação total ou parcial de conteúdos publicados sem a autorização dos editores.
Importância da avaliação do processo de vacinação in ovo - poultry view 360
Eduardo Muniz
Gerente de Serviços Técnicos e Pesquisa Aplicada - Zoetis – Aves
Alimentando o futuro das produções animais, Biochem apresenta aoluções inovadoras para uma nutrição de precisão
Equipe técnica Biochem
Opinião do especialista
Arnibo Braatz Júnior
Audax consultoria
Tipos de camas para aves
Natália Lúcia Donizete Dias
Barroso1, Ana Serapião
Casalles2, Mayara Alves de Lima2, Sarah Sgavioli2
1Universidade Brasil. Medicina Veterinária. Descalvado – SP;
2 Universidade Brasil. Programa de Mestrado em Produção Animal. Descalvado – SP.
Estresse térmico agudo em frangos de corte de 1 a 14 dias suplementados com um blend nanoencapsulado
Pedro A. de S. Ezidio1; Simara Marcia Marcato2; Eliane Gasparino2 e Simone Eliza F.Guimarães3
1Doutorando em Produção Animal, UEM;
2 Professora Titular de Zootecnia, UEM;
3 Professora Titular de Zootecnia, UFV.
F&S Consulting expande time com dois grandes nomes da avicultura
Equipe técnica F&S Consulting
Celebrando 25 anos de inovação e excelência: a trajetória da Biocamp
Ivan Lee
CEO Biocamp
Granjas avícolas devem atualizar planos de contingência para influenza aviária
Priscila Beck
Estúdio agriNews
Uso de aditivos líquidos em rações
Naiara Fagundes e Guilherme Rocha Adisseo América Latina
Importância do tamanho do
Equipe técnica H&N
Bronquite Infecciosa
Aviária: patogênese, diagnóstico e controle
Brunna Garcia
Nutricionista de Aves - Agroceres Multimix
Bem estar em linhas de postura: sexagem de embriões para evitar a mortalidade de pintos machos ao nascer
Marcela Yuño
Professor Adjunto. Facultad de Ciencias Veterinarias, Universidad Nacional del Centro de la Provincia de Buenos Aires, AR.
Como o uso de feltro em lã de vidro tem reduzido o consumo de energia em aviários
Equipe Técnica Isover Saint-Gobain
O papel da solubilidade do cálcio na avicultura
Suzete P. de M. Neta1; Isabella de C. Dias2 e Alex Maiorka3
1Mestranda de Zootecnia, UFPR;
2 Doutoranda em Ciências Veterinárias, UFPR; 3 Professor Titular, UFPR
Impacto da qualidade de ovos férteis e pintos de
100
Conheça o mais novo membro da família Zoetis: A proteção precoce contra Marek e Gumboro que seu plantel precisa
Gleidson Salles
Gerente de Marketing – Aves Zoetis, Médico Veterinário, Mestre, Doutor em Biotecnologia
O impacto da sobrecarga antigênica na resposta imunológica e na saúde intestinal de aves
Gerardo Villalobos Saume M.V., MscNuproxa Switzerland.
112
Farinha de larvas de Zophobas Morio (insecta, coleoptera) e seu valor nutricional para codornas
Luany Emanuella A. Marciano1 e Simara Márcia Marcato2
1Doutoranda em Zootecnia - UEM;
2 Docente do Departamento de Zootecnia - UEM
Proteção da progênie para salmonelas paratíficas: a influência da imunização de matrizes pesadas com vacina de subunidade via água de bebida 124
Vacina Inativada Nobilis® Rt+IBMULTI+G+ND: Detalhes Que Fazem Toda A Diferença
Simone Martins Médica veterinária, especialista técnica de matrizes da MSD Saúde Animal
Alceu Kazuo Hirata1 e Carlos Dalle Mole2
1Coordenador Técnico de Biológicos Vetanco
2Gerente Biológicos Vetanco
Nanotecnologia: a próxima revolução da indústria avícola e do agronegócio
Ronise F. Rohde Depner
Consultora em Nanotecnologia e Inovação Aberta, Médica Veterinária, Mestre e Doutora em Med. Vet. Preventiva
Fermentação de polissacarídeos não amiláceos e sua aplicação na nutrição de aves
Ingrid Martinez, Alexandre Barbosa de Brito, Miliane Alves da Costa, Alexandra Garcia AB Vista Latam
Eduardo Muniz
Gerente de Serviços Técnicos e Pesquisa Aplicada - Zoetis – Aves
“Não se gerencia o que não se mede, não se mede o que não se define, não se define o que não se entende, e não há sucesso no que não se gerencia.”
Essas frases de William Edwards Deming não poderiam ser mais adequadas e aplicáveis aos processos de produção dos incubatórios industriais modernos. Cada vez mais o incubatório é considerado um setor de alta importância dentro da cadeia de produção de aves.
Responsável pela transformação dos ovos férteis em pintinhos de qualidade, o incubatório, vem recebendo investimento e atenção para melhorar o gerenciamento e assim ganhar em produtividade.
Dentro do processo de produção de pintinhos de qualidade a vacinação
In Ovo desempenha um papel fundamental, pois permite realizar a imunização dos embriões de maneira automatizada e controlada.
Hoje a vacinação In Ovo já é realidade na maioria dos incubatórios brasileiros e ao longo do tempo em que foi implementada teve impacto muito positivo no status sanitário das aves.
Nos dias atuais, doenças como Marek e Gumboro estão muito bem controladas em função do processo de vacinação consistente. Além disso, a pesquisa e o desenvolvimento de vacinas de alta tecnologia permitem que a grande maioria das vacinações sejam feitas apenas no incubatório.
Com a implantação da vacinação in ovo e com as vacinas vetorizadas e de imuno-complexo não existe mais alta necessidade de vacinar as aves no campo e cada vez mais o processo de vacinação fica restrito ao incubatório.
O processo ideal de vacinação in ovo é definido da seguinte maneira: “É o procedimento de entrega da vacina dentro do ovo com um embrião em estágio avançado de desenvolvimento, visando locais específicos onde a vacina é capaz de estimular uma resposta imune”.
Esta tecnologia permite a vacinação de até 50.000 ovos por hora de uma maneira mais uniforme e precisa que a maioria dos métodos de vacinação coletiva usados após nascimento.
Adicionalmente de maneira rotineira, vacinas contra a Doença de Marek (DM), a Doença de Gumboro (DG) e Bouba Aviária (BA) são administradas simultaneamente in ovo sem causar nenhum tipo de interferência entre elas ou com as vacinas aplicadas via spray no nascimento contra a Doença de Newcastle (DN) e de Bronquite (BI), por exemplo.
Existe um “provérbio técnico’ que diz: “vacinar corretamente in ovo é uma coisa, perfurar o ovo é outra”. Esse provérbio nos chama a atenção para a necessidade de cumprir com requisitos essenciais do processo de vacinação in ovo. Além de dizer o que deve ser feito, fazer o que se diz, devemos também provar que é feito corretamente.
Dessa forma, as auditorias nos incubatórios que realizam a vacinação in ovo é uma importante ferramenta de garantia da qualidade.
Essa auditoria, também denominada Poultry View 360 é um processo de avaliação no formato de check-list com pontuação onde abrange todos os fatores críticos do processo de vacinação In Ovo.
Permite gerenciar importantes etapas durante a transferência de ovos.
Com essa avaliação do processo é possível fazer a correlação das oportunidades de melhoria dos processos durante a vacinação in ovo com a qualidade dos pintinhos.
É possível aplicar dados e desenvolver ações baseados em resultados para mitigar riscos de forma proativa e melhorar a produtividade.
Este procedimento é realizado pela equipe técnica da Zoetis com regularidade específica em cada unidade (incubatório), sendo quatro avaliações por ano tendo um escore de pontuação onde é determinando a condição favorável ou não do processo como um todo, auxiliando os clientes nos pontos de melhoria, caso haja necessidade.
É uma ferramenta digital, versátil, personalizada, com possibilidade de usar acervo de fotos e permite fazermos benchmark.
Os critérios de avaliação de conformidade e não conformidade abrange pontos de todo o processo incluindo as seguintes áreas:
Preparo de vacina, onde serão veri cados vários itens referentes a esterilidade e prevenção da contaminação.
Como por exemplo, se a sala de vacinas tem acesso restrito, se existem procedimentos operacionais visíveis aos funcionários, se os equipamentos de preparação de vacinas são adequados e limpos, se as instalações são limpas e esterilizadas, etc.
Técnicas de assepsia, para garantir que todas as condições microbiológicas estão sob controle.
Como por exemplo, se existe o cumprimento de todas as orientações sanitárias durante o procedimento de preparo da vacina (manuseio e descarte das agulhas, desinfecção da entrada e tampa dos bags, uso de cloro na água do banho-maria, etc).
Programa de Controle de Qualidade, para garantir que os pontos críticos do processo estão sendo veri cados e cumpridos.
Como por exemplo, se são realizados plaqueamentos nos ambientes de preparo de vacina, se existe um procedimento de avaliação laboratorial para fazer o monitoramento microbiológico, se a equipe faz a veri cação dos pontos críticos durante o processo de vacinação in ovo, etc).
Inicialização, Finalização e Operação do Sistema Inovoject, que são etapas fundamentais para a segurança do procedimento de manutenção preventiva da vacinação in ovo.
Como por exemplo, se todas as soluções de limpeza são preparadas conforme indicado, se o nível de cloro encontra-se dentro do esperado nas soluções desinfetantes, se os procedimentos de ciclo de limpeza são realizados conforme orientado, etc.
Diversos, onde fatores adicionais são veri cados, como por exemplo o armazenamento correto das vacinas em geladeira com controle e registro de temperatura, onde as condições dos botijões e nível de nitrogênio líquido será medido, etc.
Os pontos não conformes identificados durante a auditoria de grande relevância são tratados de forma rápida ainda durante a visita, para sejam corrigidos e para que evitem eventuais problemas com contaminação ou mortalidade.
Após a realização da avaliação dos técnicos, os dados são contabilizados e enviados ao cliente para que seja formado um histórico do processo.
Isso é realizado por meio de relatórios com gráficos e com informações práticas identificando oportunidades.
O objetivo desse trabalho é ajudar ao cliente a identificar eventuais pontos de melhoria no intuito de buscar cada vez mais um aperfeiçoamento do processo completo de imunização.
Para saber mais sobre o sistema de vacinação da Zoetis acesse o vídeo:
Importância da avaliação do processo de Vacinação In Ovo - Poultry View 360 BAIXAR EM PDF
Referências sob consulta junto ao autor.
O aproveitamento eficiente de créditos tributários tem sido grande diferencial competitivo de muitas empresas do ramo de Granjas de Postura, Criação de Pintinhos, Incubatórios e Frigoríficos no Brasil.
Braatz Júnior, Audax consultoria
As empresas do setor possuem incentivos fiscais uma vez que, amparada pela legislação pertinente, a maior parte dos produtos não sofrem a incidência de Impostos de PIS/COFINS na venda de seus produtos, quando suas alíquotas estão reduzidas a zero, isentas ou suspensas do imposto.
A venda dos produtos sem débitos de PIS e COFINS, possibilita o ressarcimento dos créditos de PIS/COFINS vinculados às suas aquisições de insumos e serviços necessários à atividade, desde que a empresa esteja enquadrada como regime de tributação pelo CNPJ/Lucro Real. O crédito que restar acumulado ao final de cada trimestre poderá ser solicitado junto à Receita Federal do Brasil mediante processo administrativo específico. O que poucos empresários e contadores sabem desta oportunidade e que muitas vezes acabam fazendo a apuração de imposto pelo regime do Lucro Presumido.
As empresas que tem opção de tributação com base no Lucro Real podem efetuar os pedidos de ressarcimento dos créditos acumulados de PIS e COFINS acumulados dos últimos 5 anos, período prescricional previsto no Código Tributário Nacional – CTN, bem como podem manter os créditos gerados mensalmente, cujos pedidos de ressarcimento deverão ser efetuados trimestralmente.
Existem dois tipos de créditos: créditos ordinários e os créditos presumidos.
Créditos ordinários de PIS e COFINS são aqueles vinculados as aquisições de insumos e serviços, tais como embalagens, energia elétrica, fretes, imobilizados, manutenções de máquinas, veículos, EPIS, óleo diesel, entre outros necessários à atividade, efetuados de fornecedores pessoas jurídicas.
Créditos presumidos de PIS e COFINS são aqueles vinculados as aquisições de compra grãos, aves vivas e lenha, adquiridos de produtor rural, cooperativa ou de outra pessoa jurídica com atividade específica, conforme definição legal.
Mas qual é o percentual de créditos presumidos que a empresa tem direito a utilizar em compensações de Impostos de PIS/COFINS?
Grãos, lenha e aves vivas, milho, etc..:
Na compra destes produtos poderá creditar-se dos últimos 5 anos e fazer o crédito futuro mensalmente no percentual de 3,23% (Pis 0,5775%; Cofins 2,66%), sobre as aquisições de produtor rural, cooperativas ou de outra pessoa jurídica.
Para ficar mais exemplificado, segue uma simulação dos créditos do movimento de um mês de determinada empresa.
Base de cálculo dos custos mensais de uma empresa:
Crédito Mensal: R$ 17.112,50
Crédito Anual: R$ 205.350,00
Crédito últimos 5 anos: R$ 1.026.750,00
Para buscar os créditos e o pedido de ressarcimento, a empresa precisará verificar e rever suas operações em relação aos créditos de PIS e COFINS nos últimos 5 anos, não prescritos, sendo que para tanto deverá observar a legislação fiscal e as obrigações acessórias vigentes à época e a legislação que rege o ressarcimento dos créditos, tudo associado às particularidades das operações da empresa, com o objetivo de obter segurança fiscal na identificação dos créditos que serão objeto de ressarcimento.
Insumos (embalagem, insumos, produtos limpeza): R$ 100.000,00
Energia Elétrica: R$ 20.000,00
Fretes: R$ 10.000,00
Manutenção de máquinas: R$ 10.000,00
Óleo Diesel: R$ 10.000,00
Manutenção de veículos: R$ 10.000,00
Seguros e Pedágios: R$ 5.000,00
Depreciação
Imobilizado: R$ 20.000,00
(=) Total de custos e compras no mês: R$ 185.000,00
Cálculo do crédito ordinário mensal (185.000,00 x 9,25%) = R$ 17.112,50
Esta etapa poderá alcançar retificação de arquivos enviados para Receita Federal e, se necessário, a revisão física de documentos que deram suporte as operações da empresa. Todo esse trabalho a Audax Consultoria Tributária ficará encarregada de analisar e auditar as informações da época para dar segurança na solicitação dos créditos.
Opinião do especialista BAIXAR EM PDF
SAIBA MAIS
SOBRE OS NOSSOS
PRODUTOS:
Coordenador de Território em aves
Assim como o Melquiades Junior, cada membro de nossa equipe desempenha um papel importante na cadeia produtiva de alimentos do Brasil.
Nós da Boehringer Ingelheim prezamos pela qualidade e segurança alimentar, e temos orgulho em fazer parte da indústria, garantindo que alimentos seguros cheguem às mesas das pessoas em todo o mundo.
Natália Lúcia Donizete Dias Barroso1, Ana Serapião Casalles2, Mayara Alves de Lima2, Sarah Sgavioli2
1Universidade Brasil. Medicina Veterinária. Descalvado – SP.
2Universidade Brasil. Programa de Mestrado em Produção Animal. Descalvado – SP.
Acama de aviário é caracterizada como o material disposto nas instalações avícolas, com o propósito de evitar o contato direto das aves com o piso.
Além disso, ela é responsável pela absorção de água, incorporação de excretas e penas, isolamento térmico e proporcionar uma superfície suave para as aves.
As características físicas e químicas da cama de frango possuem variação, devido a quantidade e tipo de material utilizado, número de reutilizações, sistema de fornecimento de água, quantidade de detritos, manejo sanitário e manejo das reutilizações.
Dessa maneira, contribui para prevenir a formação de calos e/ou lesões no peito e nos coxins das aves.
O entendimento de sua composição química é crucial para o manejo adequado desse resíduo, que geralmente é composto principalmente por água e carbono, com quantidades menores de nitrogênio e fósforo, além de vestígios de cloro, cálcio, magnésio, sódio, manganês, ferro, cobre, zinco e arsênico.
Apresenta, em média, 14% de proteína bruta, 16% de fibra bruta, 13% de matéria mineral e 0,41% de extrato etéreo.
Embora essa composição seja variável, é rica em nutrientes, favorecendo o desenvolvimento de bactérias e fungos, além disso, as variações de temperatura entre 20 a 32°C, dependendo da fase de criação, tornam propícias a proliferação desses microrganismos.
Dentro os tipos, os principais são maravalha de madeira, pó de serra e palha de arroz, podendo ainda serem utilizados materiais alternativos, com casca de café, casca de amendoim, bagaço de cana, feno e polpa de citrus.
Contudo, a escolha mais amplamente aceita e recomendada é ainda a maravalha de pinus.
A qualidade do material utilizado como cama nos aviários exerce influência no comportamento das aves, uma cama de melhor qualidade favorece a expressão do comportamento natural das aves, considerando-a como um instrumento de enriquecimento ambiental, o que torna o ambiente atrativo para exploração e promove condições de bem-estar.
Este material destaca-se por sua elevada capacidade de absorção e secagem, além de apresentar boas condições microbiológicas e facilidade de manejo.
Subprodutos agroindustriais, como restos de culturas e fenos de gramíneas, têm sido objeto de avaliação quanto ao seu potencial como cama, incluindo a análise do impacto de diferentes tipos de cama sobre o peso ao abate e o rendimento de carcaça.
Entretanto, uma cama de qualidade inferior tem impacto negativo no desempenho do lote, resulta em características indesejáveis na carcaça, gera prejuízos para os produtores e perdas econômicas para a indústria avícola.
O feno de gramíneas, como de capim “coast cross”, braquiária, colonião, capim de “rhodes”, gramíneas comumente utilizadas para pastagem, apresentam alta disponibilidade e podem ser facilmente produzidos conforme a necessidade.
Devido à sua condição seca, demonstram boa capacidade de absorção, proporcionando conforto significativo às aves devido ao amortecimento.
Um estudo conduzido por Brito et al. (2016) não identificou diferenças nos parâmetros de peso médio, consumo de ração, conversão alimentar e mortalidade entre diferentes materiais de cama (feno de capim elefante, casca de arroz, areia e maravalha).
Contudo, observou-se uma diferença significativa entre aves criadas sobre areia e feno em relação ao peso corporal e ganho de peso.
O capim colonião (Pannicum maximum), quando utilizado como cama para frangos de corte em comparação com espiga de milho e maravalha, demonstrou resultados satisfatórios, não afetando negativamente os resultados de desempenho.
Isso o torna uma alternativa viável para reduzir custos e promover a produção intensiva de frangos de corte.
A casca de amendoim é um material que apresenta propriedades absorventes, boa compressão e homogeneidade.
No entanto, seu uso deve ser restrito em casos de excesso de umidade, pois pode resultar em contaminação por fungos, levando as aves a desenvolverem aspergilose.
Já a casca de arroz, encontrada como resíduo em moinhos beneficiadores de arroz, possui restrições quanto ao uso, devido à baixa capacidade de absorção e à presença de partículas pequenas que podem ser ingeridas pelas aves, o que pode acarretar intoxicação.
A utilização de casca de arroz está limitada a regiões onde há produção desse cereal, ou seja, não é um recurso disponível para todos os produtores.
Conforme indicado por um estudo realizado por Garcia et al. (2012), que comparou maravalha, palha de arroz e capim “napier” ou elefante, o tipo de cama utilizado não influenciou o desempenho de frangos de corte fêmeas de 1 a 42 dias de idade. Os materiais utilizados nesse estudo surgem como alternativas viáveis para substituir ou complementar a maravalha.
Quanto ao bagaço de cana, sua disponibilidade é alta em algumas regiões, pois, apesar de ser utilizado como fonte de energia e na produção de álcool nas usinas, ainda existe um excedente, o que torna o custo baixo quando comparado ao da maravalha.
No entanto, Garcia et al. (2012) mencionaram que aves criadas em camas compostas por bagaço de cana (BC), 50% BC + 50% casca de arroz ou 50% BC + 50% maravalha apresentaram uma incidência maior de lesões no coxim plantar em comparação com as aves criadas em camas de maravalha ou casca de arroz.
Esse fato foi associado a um aumento no teor de umidade nas camas compostas por BC.
Já a palha da cana, embora seja utilizada como material de cama em algumas regiões, apresenta desafios relacionados aos fatores microbiológicos.
de temperatura
Quando utilizada ainda úmida após a colheita, pode ter uma contagem elevada de micotoxinas e esporos de fungos, o que pode resultar em problemas respiratórios para as aves. Portanto, é crucial realizar um processo adequado de desidratação para remover a umidade e otimizar suas propriedades como material de cama.
Devido ao contato frequente das aves com a cama, é crucial que o material utilizado proporcione conforto aos animais, além de prevenir variações de temperatura dentro da instalação, minimizar o contato direto das aves com fezes e/ou piso, controlar o excesso de umidade e possibilitar a diluição adequada das excretas.
Essas características facilitam práticas de manejo eficazes, aliado ao uso de forma sustentável de materiais alternativos.
Portanto, para escolher o material a ser utilizado deve-se atentar à origem, ou seja, não pode provir de indústrias que utilizem tratamento químico para preservação da madeira. Além disso, é crucial que o material esteja livre de fungos, seja relativamente seco (com teor de umidade entre 20 a 35%) e possua alta capacidade higroscópica.
Deve apresentar partículas de tamanho médio, baixa condutividade térmica, capacidade de liberar facilmente a umidade absorvida para o ar e, por fim, ser adequado para uso posterior como fertilizante.
de cama para aves
Referências sob consulta junto ao autor. Autor correspondente sarahsgavioli@yahoo.com.br
Sabemos que os produtores de aves não querem comprometer a qualidade da sua produção, apesar da pressão adicional das crescentes exigências dos consumidores e da indústria. Por esse motivo, a NOVUS oferece soluções nutricionais com embasamento cientifico para alcançar:
• Rendimento de carcaça e carne
• Melhor qualidade de patas
• Diminuição do grau de miopatias, como peito amadeirado e estrias brancas
• Redução de peito amadeirado e do surgimento de estrias brancas
• Estrutura óssea mais forte e melhor formação do músculo esquelético
• Bem-estar animal
Ao trabalhar com a NOVUS, você alcança o máximo potencial dos seus animais e atende às expectativas dos consumidores que, por outro lado, estão cada vez mais exigentes.
Up a NOVUS program
O programa Scale Up™ ajuda aos nutricionistas e produtores de aves a atingirem todo o potencial genético e produtivo de seus animais, com foco na qualidade da produção de carne e de carcaça por meio de uma nutrição inteligente e sustentável.
Equipe técnica Biochem
ABiochem é uma empresa dedicada a fazer a diferença no campo da saúde e nutrição de animais no Brasil. O compromisso da empresa com a excelência e inovação tem desempenhado um papel fundamental em nossa trajetória, transformando a produção por meio de soluções inovadoras e de qualidade para aves, suínos e bovinos.
Por mais de 30 anos, a Biochem tem respondido às exigências de um mercado em constante desenvolvimento, o que permitiu evoluir e definir a empresa que somos hoje: líder mundial no desenvolvimento, produção e comercialização de aditivos, nutricionais bem como conceitos nutricionais.
A prioridade sempre foi a segurança das pessoas, animais e do meio ambiente. É por isso que os conceitos nutricionais e de criação recomendados pela Biochem são concebidos para manter:
a saúde, o bem-estar e a produtividade dos animais, para uma maior rentabilidade e respeito pelo meio ambiente.
A empresa trabalha no impulsionamento do sucesso dos produtores de aves, suínos e bovinos fornecendo as melhores soluções nutricionais possíveis, acreditando que uma nutrição adequada é o alicerce de um rebanho saudável e produtivo, e o trabalho é incansável para alcançar esse objetivo.
SAÚDE BEM-ESTAR
MEIO AMBIENTE
PRODUTIVIDADE
Há sete anos no Brasil, a Biochem é reconhecida por sua expertise em produtos de alta qualidade que trazem resultados zootécnicos aos animais e financeiros aos produtores.
O foco da Biochem é com o futuro da agricultura e com o papel que toda a cadeia desempenha em nutrir esse futuro.
À medida que há enfrentamento de desafios globais, como a demanda crescente por alimentos e a necessidade de produção mais sustentável, a empresa intensificará para desenvolver soluções nutricionais inovadoras.
A equipe global está construindo um futuro em que a nutrição de qualidade é o alicerce da agricultura moderna, impulsionando o crescimento e a prosperidade da indústria e garantindo um abastecimento seguro e saudável de alimentos para todos.
Com mais de 340 funcionários em mais de 70 países ao redor do mundo, a empresa se concentra em desenvolver, produzir e vender uma ampla gama de aditivos nutricionais para todas as espécies animais.
O setor de aditivos líquidos tem crescido rapidamente e temos que estar preparados para essa demanda do mercado da melhor maneira possível, respeitando a necessidade e prazo dos clientes.
A empresa possui sua fábrica em Lohne, Alemanha, com uma área de 4500 m2. Com a expansão das instalações em 2022, a linha de líquidos voltou para a sua área anterior, com maior capacidade de produção e dando mais flexibilidade para o envase dos produtos.
Para a Biochem, a produção de líquidos permite uma maior automação, facilidade de transferência e melhor economia da planta.
Do lado do consumidor, os aditivos líquidos oferecem inúmeras vantagens sobre outras formas, especialmente soluções em alimentação.
O remanejamento da fábrica permite agora que os produtos tenham tamanhos variados, desde 500 ml até 25 mil litros. Além disso, o misturador inicial de 1000 litros vai ser usado na planta piloto, permitindo testes, tanto de inovações quanto de escalonamento.
Essa expansão vai reforçar a produção dos aditivos em pó, pasta, gel e líquidos, assim como suplementos dietéticos.
O portfólio de aditivos apoia a saúde e o desempenho dos animais, em qualquer idade e/ou exigênciaincluindo saúde intestinal, eficiência alimentar, estímulo imunológico, nutrição de animais jovens e gerenciamento de micotoxinas.
As soluções na alimentação são de longo prazo sobre fases específicas de crescimento, o que torna difícil responder rapidamente às necessidades individuais de um animal.
Os aditivos líquidos de ração e suplementos nutricionais são projetados para serem utilizados no suprimento de água de um animal e podem ser aplicados rapidamente.
Como tal, um produtor pode responder rapidamente a um problema com a simples adição de uma solução na água potável.
E isto pode ser feito com precisão. Um produtor pode tratar um rebanho inteiro ou apenas currais individuais. Além disso, com pastas e emulsões, um animal individual pode ser tratado se necessário.
Isto economiza custos e conserva recursos.
O aumento dos preços das rações está adicionando pressão para que os produtores otimizem a eficiência alimentar e mantenham as despesas com ração o mínimo possível. Os suplementos de ração líquida são uma excelente opção para minimizar os custos de ração, melhorando a digestão e a taxa de conversão alimentar”.
Em todo o mundo, os países têm feito da segurança alimentar uma prioridade máxima. Como tal, há um impulso para a diminuição do uso de antibióticos como um melhorador de desempenho para evitar a resistência aos antibióticos enquanto conserva os mecanismos de ação.
Os aditivos líquidos para rações e suplementos dietéticos são uma das formas de preencher a lacuna deixada por essas substâncias.
Além disso, as pressões de um ambiente em rápida mudança estão impulsionando o crescimento neste setor. O aumento da temperatura promove estresse térmico aos animais que por sua vez diminuem a produtividade a produtividade do rebanho.
Produtos líquidos - como aqueles para auxiliar no estresse térmico - podem ser facilmente adicionados à água de bebida, o que permite às fazendas controlar o tratamento para atender à demanda.
"Como acreditamos que os aditivos alimentares líquidos e os suplementos nutricionais serão um setor forte no futuro, estaremos olhando fortemente para esta área e inovações futuras", declarou Paulo Oliveira, Diretor LATAM da Biochem
Para finalizar, a empresa se concentrará no desenvolvimento de sua presença comercial nas regiões da América Latina, Ásia-Pacífico e África. "Estaremos procurando parceiros estratégicos nestas regiões para nos ajudar a atingir este objetivo", disse ele.
Para mais informações, visite o site da Biochem – www.biochem.net
Alimentando o futuro das produções animais, Biochem apresenta soluções inovadoras para uma nutrição de precisão BAIXAR EM PDF
Pedro A. de S. Ezidio1; Simara Marcia Marcato2; Eliane Gasparino2 e Simone Eliza Facioni Guimarães3
1Doutorando em Produção Animal, Universidade Estadual de Maringá;
2Professora Titular de Zootecnia da Universidade Estadual de Maringá;
3Professora Titular de Zootecnia da Universidade Federal de Viçosa
Aavicultura brasileira vem ao longo dos anos destacando-se por sua elevada produção, o aumento da exportação e do consumo interno. Isto acompanhado de um acelerado aumento das tecnologias empregadas (Santos et al., 2012).
Fatores ambientais, instalações, manejo e nutrição definem o ambiente que circunda as aves, bem como determinam a capacidade que elas tendem a responder aos fatores de desempenho, saúde, produção e bem-estar (Oliveira Junior et al., 2021).
As aves de produção estão sujeitas a fatores estressantes, como o frio e o calor, o que pode desviar a energia de produção para sua energia de mantença. No entanto, as aves atingem sua produtividade máxima quando são mantidas em ambientes termoneutros, ou seja, quando a energia do alimento não é desviada para compensar desvios térmicos (Macari & Maiorka, 2017).
A faixa de temperatura de conforto térmico varia de acordo com a espécie e sua constituição genética, idade, peso, tamanho corporal, estado fisiológico, dieta alimentar, entre outros.
A temperatura influi diretamente para o conforto térmico e funcionamento geral dos processos fisiológicos sendo o mais importante elemento meteorológico, na qual envolve a superfície corporal dos animais, afetando diretamente as reações do organismo que influenciam a produção.
O sistema fisiológico trabalha para manter a temperatura estável em torno de 41ºC, sendo esta a temperatura padrão interna das aves, acionando assim mecanismos de repostas quando estas são submetidas a desafios térmicos (Santos et al., 2012).
O desempenho de frangos de corte ao longo da cadeia produtiva está ligado ao manejo dispensado aos pintos de um dia, desde o nascimento até o alojamento nas granjas, bem como durante todo processo de criação até ao abate.
O ciclo da produção de frangos de corte e curto, e impõe a necessidade de um cuidado minucioso e específico em cada fase de produção.
Sendo que a fase inicial requer atenção especial, pois é uma etapa que as aves são extremamente frágeis, e é nessa fase que há um maior desenvolvimento do trato gastrointestinal, possibilitando uma maior absorção dos nutrientes ingeridos, e perdas podem comprometer o desempenho do lote até o final do ciclo produtivo (Mendes et al., 2004)
Muitos são os pontos críticos relacionados ao conforto térmico e bem-estar animal observados na fase inicial de criação das aves.
Apresentando menores índices de produtividade e performance geral, incluindo os principais indicadores avaliados em uma criação, quando em situações de excesso de frio ou de calor, podendo ocorrer até mesmo situações extremas, como o acréscimo da mortalidade dos lotes (Mansilha et al., 2019).
A exposição a curtos períodos de baixas temperaturas pode acarretar efeitos negativos, prejudicando o desenvolvimento e o desempenho dos animais, além de aumentar a susceptibilidade às doenças, como a ascite.
Em condições de frio as aves buscam se manter agrupadas, com a tendência de diminuir a frequência de idas ao comedouro e bebedouro o que, afeta o desempenho produtivo em função da baixa ingestão de nutrientes (Malheiros et al., 2000; Mujahid & Furuse, 2009).
Para pintos de um dia a temperatura entre 33 a 35°C e umidade relativa entre 65 a 70% é considerada como zona de conforto térmico.
Com o desenvolvimento do frango de corte e a maturação do sistema termorregulador, a zona de conforto térmico é reduzida e, portanto, a temperatura no sistema de criação deve ser ajustada.
Durante os primeiros dias de vida dos pintinhos, o aviário precisa de aquecimento, para que as aves consigam manter sua temperatura corporal constante (Furlan & Macari, 2008).
Outro fator de grande impacto na produção avícola é a utilização de aditivos em pesquisas como substitutos aos antibióticos, uma vez que a inclusão de antibióticos na ração de frangos de corte não é mais permitida em alguns países, surgindo assim a necessidade de alternativas que sejam eficientes e, ao mesmo tempo, viáveis para as aves, produtores e consumidores (Santana et al., 2011).
Dentre estes pode-se citar os prebióticos, probióticos, óleos essenciais, enzimas e os ácidos orgânicos (Albino et al., 2006, Appelt et al., 2010; Souza et al., 2010).
Esses produtos podem ser utilizados na ração de frangos de corte, com a perspectiva de estabilizar e manter a microbiota em condições ideais no trato digestório, sem interferir de forma negativa na sanidade, absorção dos nutrientes das rações, desempenho desses animais e na saúde dos consumidores.
Alguns desses aditivos também podem atuar sobre a saúde e o bem-estar dos frangos de corte, minimizando os efeitos danosos do estresse térmico e a preservação da qualidade do produto final (Buzim, 2021).
Diante desse novo cenário na cadeia produtiva do frango de corte, os departamentos de zootecnia da UEM e UFV, desenvolvem pesquisas na busca
Em uma das pesquisas entre as instituições citadas avaliou-se a termorregulação de pintos no primeiro dia de vida submetidos a estresse agudo por 5 horas, com acompanhamento nas 72 horas seguintes, bem como o desempenho zootécnico e composição corporal aos 14 dias, sendo estas aves suplementadas com 1,5 kg/ton de um blend microencapsulado composto por: óleos essências (canela, eugenol, timol, orégano), ácidos orgânicos (ácido cítrico, fumárico, sórbico, málico) + curcumina, tanino, vitamina E e zinco, que tinha como objetivo mitigar os efeitos do estresse térmico.
O experimento foi conduzido no laboratório de Bioclimatologia Animal do Departamento de Zootecnia, do Centro de Ciências Agrárias, da UFV.
As aves foram pesadas e transferidas para câmaras climáticas, em baterias metálicas com piso telado providas de comedouro e bebedouro do tipo infantil. As condições ambientais das câmaras climáticas foram controladas por sistema eletrônico.
Um grupo de aves foi criada em conforto térmico em salas climatizadas de 1 a 14 dias (de acordo com a recomendação da linhagem para a idade), enquanto o outro grupo foi submetido ao estresse por frio no 1⁰ dia de vida, sendo 5⁰C abaixo da recomendada por 5 horas, sofrendo assim um estresse térmico agudo.
Os tratamentos consistiram em: (T1) conforto, com adição do blend; (T2) conforto, sem adição do blend, (T3) estresse, com adição do blend, (T4) estresse, sem adição do blend
Detectou-se no primeiro dia uma variação entre os tratamentos conforto e estresse agudo diferindo entre si para a temperatura superficial dos animais, sendo a pior condição encontrada nos tratamentos com estresse térmico, apresentando suas temperaturas superficiais abaixo da recomendada para a idade, cujo gradiente de temperatura entre a situação de conforto e de estresse foi de aproximadamente 6°C, fazendo com que estes animais se aglomerassem para tentar manter a temperatura corporal (Figura 1), já a temperatura cloacal manteve-se estável em todos os ambientes.
Existe uma grande preocupação com pintos de um dia em relação ao estresse por frio, pois esse pode causar danos na capacidade termorreguladora desses animais e interfere diretamente no comportamento.
A condição de frio no primeiro dia obteve maior impacto para as respostas fisiológicas, com destaque na temperatura superficial média, mas com retorno adequado da temperatura para os dias seguintes (Gráfico 1).
Conforto, com Bled Conforto, sem Bled Estresse, com Bled Estresse, sem Bled
Gráfico 1. Temperatura superficial e cloacal das aves submetidas ao estresse térmico agudo. TSM = Temperatura superficial media; TC = Temperatura Cloacal;
O efeito de ambiente não afetou o consumo de ração e conversão alimentar. No entanto, o ganho de peso apresentou diferença significativa, demonstrando maior ganho para as aves que foram submetidas ao ambiente de estresse.
Às baixas temperaturas podem gerar um fator positivo que é o aumento do ganho de peso, mas, associado a isso, há o aumento da taxa de conversão alimentar, porém no presente estudo não foram apresentadas alterações para conversão.
Para as dietas e ambiente vs dietas não houve efeito sobre o consumo de ração, ganho de peso e conversão alimentar.
A temperatura não se apresentou agressiva o suficiente aos animais para reduzir o consumo, porém afetou o desenvolvimento dos tecidos corporais, assim pode-se observar a importância de se manter a termoneutralidade no ambiente de produção.
Para a densidade mineral óssea, conteúdo mineral ósseo e área (cm2) não houve diferença significativa em relação aos ambientes.
Em relação a composição corporal, houve maior porcentagem de massa gorda e magra para aves submetidas ao ambiente de estresse, sendo estes fatores explicados devido a um maior ganho de peso do grupo.
Para as dietas não houve efeito sobre a porcentagem de tecido gordo e magro, densidade mineral óssea, conteúdo mineral ósseo e área (cm2). Em relação ao ambiente vs dieta não houve diferença sobre a porcentagem de tecido gordo, densidade mineral óssea, conteúdo mineral ósseo e área (cm2).
Porém houve efeito do ambiente vs dieta sobre a porcentagem de tecido magro, sendo a diferença apresentada entre o tratamento estresse sem a suplementação do blend em relação aos tratamentos conforto com blend e sem blend. O que pode indicar que o nível do blend utilizado na atual pesquisa e o ambiente conforto não se mostram tão suficientes em relação a porcentagem de tecidos.
Deste modo, pode-se concluir que as aves em exposição ao frio no primeiro dia de vida apresentaram menores temperaturas superficiais, podendo acarretar danos sobre a capacidade termorregulatória.
Em relação ao desempenho e composição corporal pode-se observar que estas obtiveram maior ganho de peso e porcentagem de tecido gordo e magro, porém a porcentagem do blend utilizado tanto para as aves de conforto quanto para as de estresse não se mostrou suficiente para possíveis resultados significativos.
No entanto, as modificações ambientais e estratégias nutricionais que visem melhorar a produção avícola, amenizando os efeitos negativos do estresse térmico, são determinantes para se alcançar altos níveis de produtividade, pois influenciam diretamente o bem-estar e conforto, principalmente, pois, a literatura existente dispõe de informações conflitantes dos reais efeitos dos aditivos e porcentagens utilizadas.
Estresse térmico agudo em Frangos de corte de 1 a 14 dias suplementados com um blend comercial BAIXAR EM PDF
Referências sob consulta junto ao autor
Isauro Paludo e Júlio Sudbrack possuem uma vasta experiência no setor e chegam para ajudar a agroindústria a performar com melhores resultados
Empresa de consultoria especializada em soluções para o setor de alimentos, a F&S Consulting presta serviços de alta qualidade às agroindústrias.
A partir do seu rol de atuação, focado nas áreas de Produção Agropecuária, Processamento, Gestão da Qualidade e Inovação Tecnológica, a companhia trabalha focada para garantir os melhores resultados aos clientes.
Para alcançar esse objetivo, a empresa conta com uma rede profissional ligada a importantes universidades no Brasil e no exterior e, somado a isso, atua conjuntamente com grandes especialistas do mercado com larga experiência no setor de alimentos.
Desta forma, com o compromisso de sempre manter a qualidade de seus serviços, a companhia vive em constante ampliação de seus negócios.
Prova disso, são os dois novos contratados para fortalecer a atuação da companhia no mercado. Isauro Paludo e Júlio Sudbrack, dois grandes nomes da agroindústria brasileira, passaram a integrar o time da F&S Consulting.
O objetivo é potencializar a performance econômica das empresas, por meio da identificação e captura das oportunidades financeiras.
Médico veterinário, Paludo se dedica à avicultura há mais de 40 anos. Com passagens pelas maiores agroindústrias do Brasil e exterior, como Sadia, BRF, Pilgrim’s e Seara, foi um dos primeiros veterinários que migrou do campo para a indústria.
No decorrer dessa trajetória, assumiu cargos de supervisão, chefe de departamento, gerência, gerência de unidade e diretoria, nessas grandes companhias.
Agora como parte da equipe da F&S Consulting, seu papel principal será acessar diferentes clientes e realizar uma profunda análise econômica e financeira da empresa, buscando identificar lacunas e oportunidades de redução de custo, melhoria de qualidade, portfólio de produtos com melhoria na produtividade, eficiência e rendimento dos processos.
Com base nessas informações, diz Paludo, será possível identificar e orientar a empresa sobre quais ações estratégicas serão necessárias para sanar os principais problemas identificados na fase inicial de diagnóstico.
Ao longo dessa jornada, adquiriu também muita experiência na área de processos, custo, inovação e gestão focada em resultados.
Ou seja, na linha do tempo profissional, Paludo teve a oportunidade de conduzir importantes mudanças tecnológicas e de operação nos processos.
“Nosso propósito nesta fase inicial é direcionar as equipes de especialistas da F&S Consulting para aprofundar a análise dos problemas levantados, elaborando um plano de ação em conjunto com as lideranças e auxiliando na execução até a entrega dos resultados”, realça Paludo.
Desta forma, continua, o compromisso da F&S Consulting não é apenas mostrar os problemas, mas agir e entregar os resultados: “Fazer parte da equipe é um sentimento de realização, pois toda bagagem que adquiri ao longo de quatro décadas, consigo levar e aplicar em outras empresas. Então, por meio do meu conhecimento, será possível contribuir com o crescimento da agroindústria brasileira”.
Com uma bagagem singular também no setor, Júlio Sudbrack chega para elevar os índices produtivos e de gestão das agroindústrias.
Ao todo, foram mais de 30 anos trabalhando entre Sadia e BRF, no Brasil e exterior, passando por desenvolvimento de sistemas, planejamento, definição de indicadores, criação de metodologias, gestão de metas, planos de ação de todas as plantas e análises do portfólio e de mercados.
Depois desse período, se dedicou à criação da sua própria ferramenta de gestão, a plataforma GSimples, de Gestão Simples, que teve parte adquirida recentemente pela F&S Consulting.
“Durante minha trajetória, estive à frente de muita inovação. Fui pioneiro em diversos projetos, a exemplo do Rendimento Cirúrgico com Regressões Estatísticas. Este tema trabalha com 80% do custo total e pode ser usado na definição de metas, no planejamento, no custeio, na avaliação de linhagens, nos comparativos entre plantas, dentre outros. E esta experiência, aliada ao foco no relevante, me permitiu trabalhar no Brasil e no mundo”, discorre.
Um profissional com perfil analítico e criativo, como ele mesmo pontua, Júlio foi observando o que as consultorias traziam de fora da empresa e do País, e assim se inspirou e adaptou as melhores ideias para aplicar nos negócios: “Gosto de resumir gestão como uma soma de informação mais ação. A informação, via indicadores e benchmarks, nos mostra o caminho das oportunidades.
E as ações, via bons planos, captura as oportunidades, levando a companhia a melhores resultados”.
Toda essa expertise será colocada em prática durante os trabalhos da F&S. A sinergia entre a companhia, os especialistas e a plataforma GSimples, diz Júlio, levará as agroindústrias a alcançarem melhores patamares de resultados econômicos:
“De forma simples e amigável, a plataforma envolve todas as áreas de uma empresa, como agropecuária, abatedouro, industrializados, qualidade, dentre outras, para remarem juntas, num mesmo modelo de gestão. Esse sistema possibilita acompanhar metas e planos de ação, priorizados por um mapa financeiro de oportunidades e com base em indicadores técnicos como conversão alimentar, mortalidade, eclosão, rendimento, eficiência, produtividade, pessoas, logística, qualidade e todos os outros que se fazem necessários”.
A proposta da F&S, juntamente com a plataforma GSimples, é a de proporcionar aos clientes um CIEX terceirizado atuando dentro das empresas, como um Centro de Inteligência e Excelência.
O objetivo, discorre Júlio, é oferecer total suporte às lideranças e colaboradores que estão nos processos: “Grandes empresas possuem um CIEX (Centro de Inteligência e Excelência) interno, mas nem todas as organizações têm condições financeiras de manter uma estrutura como essa. Nossa missão é oferecer aos nossos clientes esse modelo de gestão com custos acessíveis.”
No dia a dia, a plataforma GSimples facilitará a gestão e proporcionará tangibilidade financeira para cada indicador monitorado, enquanto os especialistas implementarão as melhores práticas produtivas para consolidar os ganhos.
Segundo Júlio, as empresas que já adotaram esse modelo de gestão tiveram, em média, uma melhora de 3% a 4% nos indicadores, o que representa alguns milhões de reais por ano:
“Muitas companhias sabem que os resultados são influenciados por vários fatores, como mix de produtos, ganhos e perdas de processos, linhagens e sexos dos animais, etc., mas têm dificuldade de saber o quanto isto impacta financeiramente em cada indicador. O desafio está também em como processar os indicadores e o custeio de forma confiável e considerando todas estas variáveis. Desta forma, diante deste cenário, é aí que entra uma de nossas expertises”.
Sendo assim, conclui Júlio, o objetivo da F&S Consulting é ser uma ponte que encurta caminhos, combinando as experiências da companhia e dos especialistas com metodologias e uma plataforma inteligente e de ponta:
“Nosso objetivo é trazer os melhores resultados em um menor espaço de tempo, priorizando as oportunidades financeiras e de processos”.
F&S Consulting expande time com dois grandes nomes da avicultura
BAIXAR EM PDF
Há 25 anos, empresários experientes no setor de saúde animal, fundaram a Biocamp, uma empresa dedicada à produção de probióticos e vacinas, usando o conhecimento da biotecnologia como alicerce na produção por soluções naturais.
Com um sólido know-how e a visão de trazer talentos experientes para cargos estratégicos, a Biocamp iniciou sua jornada com foco na avicultura.
Hoje, orgulhamo-nos em expandir nossos horizontes, atendendo não apenas a avicultura, mas também a suinocultura e aquicultura e com planos ambiciosos para o segmento agro, um mercado em franca expansão em nosso país.
Neste último ano tivemos o crescimento notável de 17%, impulsionado por nossa dedicação contínua à excelência e à inovação.
Mantemos grandes expectativas para o futuro a curto, médio e longo prazo, com o lançamento de novas soluções no mercado, impulsionadas por um time experiente e de grande reputação no setor.
Nossos probióticos da linha Colostrum® são amplamente reconhecidos pela sua extensa gama de produtos e variedade de formas de aplicação.
Proporcionamos programas adaptáveis para diversas realidades e necessidades, oferecendo opções que incluem administração via água, ração, spray e “in ovo”.
Além disso, nossos produtos contam com cepas específicas selecionadas para cada espécie animal alvo, garantindo eficácia e resultados consistentes.
Quanto à nossa linha de vacinas, destacamos as renomadas CampVac®, produtos que se destacam no mercado.
Líderes em participação na postura comercial, esses produtos são o resultado de intensa pesquisa e desenvolvimento, respaldados por sólida fundamentação científica.
Algumas pesquisas foram apresentadas em congressos internacionais.
Nossa expansão não se limita ao mercado interno; estamos firmemente estabelecidos em toda a América Latina, com negócios em países da Ásia e Oriente Médio em ascensão.
Lançar novos produtos e compartilhar conhecimentos e soluções com nossos clientes está no planejamento, inclusive com vários para lançamento ainda neste ano, sempre com um compromisso inabalável com a preservação ambiental.
Nosso sucesso é inegavelmente atribuído aos nossos dedicados colaboradores, que são peças fundamentais em nossa jornada empresarial.
O ambiente de trabalho na Biocamp reflete não apenas nossa dedicação aos negócios, mas também o respeito e a satisfação dos nossos funcionários, que são a alma da nossa empresa.
À medida que celebramos 25 anos de conquistas, renovamos nosso compromisso de continuar liderando o caminho em inovação, sustentabilidade e excelência no setor de biotecnologia.
Juntos, estamos moldando um futuro mais saudável e próspero para todos.
A Biocamp agradece a todos que fizeram parte desta jornada e estamos ansiosos para os muitos sucessos que ainda estão por vir.
Celebrando 25 Anos de Inovação e Excelência: A Trajetória da Biocamp BAIXAR EM PDF
Priscila Beck Estúdio agriNews
Os estabelecimentos avícolas brasileiros devem estar atentos para atualizar seus Planos de Contingência para Influenza Aviária e Doença de NewsCastle.
O alerta foi dado pela diretora técnica da ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal), Sula Alves, e pelo consultor, palestrante e treinador em defesa agropecuária, saúde animal e avicultura, Bruno Pessamilio.
O apelo foi feito durante entrevista ao programa Estúdio agriNews Eles lembraram que o Mapa (Ministério da Agricultura e Pecuária) atualizou o seu Plano de Contingência para estas doenças em junho de 2023 e muitas granjas, registradas antes de 2023, podem estar com seus planos desatualizados.
Em 15 de abril passado, o Mapa encaminhou um Ofício Circular (27/2024) às Superintendências Federais de Agricultura. O documento trata especificamente dos planos de contingência dos estabelecimentos avícolas.
"Diante desse cenário, o Mapa fez esse reforço, como um alerta, sobre a importância de se incrementar, detalhar da melhor maneira possível esses planos de contingência, para que de fato eles possam ser efetivos", salientou Sula.
"Salientamos que a verificação da atualização do plano de contingência da empresa ocorrerá durante a fiscalização dos estabelecimentos", salienta o ofício. "Cabendo ao responsável técnico do estabelecimento avícola sua elaboração e atualização de acordo com as diretrizes nacionais", completa.
Até o dia 19/6, o Brasil registrou 166 focos de Influenza Aviária, dos quais 163 foram confirmados em aves silvestres e três em aves de subsistência. Apenas neste ano de 2024, 15 novos casos de Influenza Aviária foram confirmados em aves silvestres nos estados do ES, RJ, SP e RS.
Bruno Pessamilio falou sobre a importância de se agir de forma rápida para eliminar um foco de Influenza Aviária.
Segundo ele, a velocidade da ação pode representar menor disseminação do vírus para outras propriedades e, consequentemente, menores serão os impactos econômicos e sanções comerciais.
"E não adianta você querer conhecer o plano de contingência na hora do problema", alertou o consultor. "É importante conhecê-lo previamente, treinar para saber o que fazer, porque tudo isso vai ser determinante para que a resposta seja rápida", completou.
Bruno Pessamilio
Durante a entrevista, Sula falou sobre o trabalho que vem sendo realizado pela ABPA para disseminar informações, educar os atores do setor e apoiar os órgãos públicos na atuação contra a Influenza Aviária.
Segundo a diretora técnica da ABPA, a entidade tem reforçado a importância dos procedimento de biosseguridade relacionados à circulação de pessoas.
"Seja gente da própria granja, em visita, em retorno de uma viagem a lazer ou a negócios, e de qualquer outra pessoa que possa estar circulando em granjas, assim como em qualquer estabelecimento que possa representar um risco de se contaminar", destacou Sula.
"A gente não quer ficar colocando medo, fazendo terrorismo, mas temos que lembrar que não podemos relaxar", salientou.
Bruno Pessamilio apresentou uma relação de Equipamentos de Proteção Indidivual necessários para o caso de uma emergência sanitária e apontou com quantificá-los.
O especialista mencionou macacões descartáveise e impermeáveis, máscaras, que podem variar entre as mais simples até com respiradores externos, tocas, botas, óculos de proteção, luvas de procedimento, luvas cirúrgicas e propés, entre outros.
Segundo ele, toda unidade deve ter um histórico de quantas pessoas são necessárias para executar o procedimento completo de limpeza e desinfecção. O cálculo de mão de obra também deve incluir outros procedimentos, como depopulação e destruição de carcaças.
"O que a gente faz é calcular a rotina da empresa, quantos funcionários ela já costuma usar para fazer um procedimento, estender para todo um período de vazio de influenza aviária, (30 dias)", explicou. "E um operador vai usar, em média, três conjuntos de roupa por dia, trabalhando oito horas", completa.
Segundo Bruno Pessamilio, existem estimativas da necessidade de 600 a mil trocas de roupas para fazer um vazio completo de um núcleo, desde o sacrifício até a liberação para novos alojamentos.
Ele lembrou também, que o MAPA adquiriu um estoque estratégico de EPIs, disponibilizado para patógenos de fácil disseminação no país.
"Sob o meu ponto de vista, a gente deveria ter equipamento suficientes para aguentar entre 30 a 60 dias de uma operação de emergência, sem precisar comprar", explicou Pessamilio. "É possível a gente pensar em estoques estratégicos, posicionados regionalmente, que dêem esse suporte inicial imediato", completou.
Uma solução
F&S Consulting
Gestão avançada para frigoríficos e plantas de industrialização, de um jeito simples.
G e s t ã o I n t e g r a d a
Conecta todas as áreas da empresa.
R e n d i m e n t o s
Utiliza regressões estatísticas únicas.
I n d i c a d o r e s
F i n a n c e i r o s
Visibilidade por negócio, área e produto.
B e n c h m a r k i n g
Compara desempenho e aponta potenciais financeiros.
I d e n t i f i c a d o r d e
O p o r t u n i d a d e s
Aponta lacunas financeiras e prioriza ações.
O especialista ressaltou que o estoque estratégico deve ser suficiente para da início a uma operação, evitando que as equipes fiquem paradas aguardando a compra de roupas e equipamentos.
Ele lembra que equipamentos como botas de borrachasão mais fáceis de encontrar, porém, macacões descartáveis são um tipo de material mais técnico.
"Empresas podem se unir, associações, e ter um conjunto de roupas que atendam um conjunto de granjas naquela região", orientou Pessamilio.
O Programa "Estúdio agriNews", entrevista especialistas sobre os temas mais atuais do agronegócio. Para conhecer o conteúdo completo sobre Plano de Contingência à Influenza Aviária, acesse o Canal agriNews TV Brasil no Youtube.
"E, na medida que for sendo necessário, outros estoques podem ser deslocados para aquela região, ou realmente haver a aquisição de novos materiais", completou.
AgriNews TV Brasil - YouTube
Para uma produção bem-sucedida, é essencial proteger as suas aves contra desafios sanitários e nutricionais em todos os estágios da vida. Nossa ampla gama de soluções está no coração do desenvolvimento saudável e do bem-estar. Na dsm-firmenich, abordamos os desafios que você enfrenta para ajudar a proteger seus lotes com confiança.
Para mais informações, escaneie o código com seu celular ou acesse: www.dsm.com/anh/ pt
Nos siga nas redes sociais:
Um dos parâmetros chave na produção comercial de ovos é, sem dúvida, o tamanho do ovo.
É inegável que a produção de ovos com peso alto pode favorecer uma degradação precoce da qualidade da casca, a perda de ovos estocados devido ao início tardio, uma deterioração na taxa de conversão ou uma maior mortalidade acumulada.
Entretanto, mesmo levando tudo isso em consideração, os lotes de ovos com peso alto podem ser economicamente viáveis.
Isto é especialmente verdade nos países onde o mercado paga um preço mais elevado, por estes ovos como o espanhol.
O tamanho do ovo possui um componente genético por ser um parâmetro com alta herdabilidade. No entanto, as modificações no manejo e na nutrição das aves têm um impacto ainda maior do que a genética da galinha.
O objetivo deste documento é esclarecer os pontos-chave para adequar a produção de ovos às demandas de mercados com forte demanda por ovos de alto peso.
O tamanho do ovo é baseado em três pilares: MANEJO DAS AVES PROGRAMA DE LUZ
O peso corporal da ave na idade que atingem a maturidade sexual tem uma correlação direta com o peso dos ovos produzidos. Simplificando, aves com peso adequado nesta idade apresentam melhor perfil produtivo ao longo da vida e se adaptam melhor às diferentes exigências de produção em relação ao tamanho de ovo desejado.
Estima-se que para cada 45 g acima do padrão às 18 semanas de idade, há um aumento de 0,5 g no peso acumulado dos ovos.
Contudo, se o crescimento ocorrer na parte final da recria, não será igualmente eficaz, uma vez que a gordura é depositada principalmente durante essas semanas.
Portanto, não será desenvolvida uma estrutura corporal músculo esquelética adequada, capaz de suportar um ciclo de produção longo e lucrativo, simplesmente serão obtidas aves pesadas.
Sabe-se que o período chave para o desenvolvimento da carcaça da ave atinge seu máximo na 6ª semana de vida (conforme Figura 1).
A única maneira de monitorar o desenvolvimento corporal do lote é através da pesagem sistemática de uma amostra significativa de aves.
A pesagem do lote deve ser iniciada ao final da primeira semana de vida, repetindo-se semanalmente.
No caso de galinhas criadas em gaiolas, devem ser sempre pesadas as mesmas gaiolas em diferentes áreas do galpão para melhor monitoramento.
Em sistemas de criação alternativos, as aves devem ser selecionadas em diferentes partes do galpão e pesadas com a mesma regularidade que das galinhas em gaiolas.
Além do peso corporal, a uniformidade do lote também deve ser calculada. Isto é igualmente importante na avaliação do desenvolvimento do lote e do desempenho produtivo futuro.
A realização da pesagem semanal facilita a identificação dos fatores responsáveis pela desaceleração do desenvolvimento corporal do lote. Também permite fazer alterações alimentares balanceadas de acordo com o desenvolvimento da ave, alterar o manejo da distribuição de ração aplicadas ao rebanho ou promover alterações nutricionais na alimentação balanceada. (Imagem 1)
Estímulo do consumo, uma ferramenta essencial
O estímulo ao consumo de ração deve começar assim que as aves entram nos galpões de recria, levando em consideração que o peso corporal das aves já na 6ª semana estará diretamente relacionado ao peso dos ovos produzidos.
Portanto, ter um bom início é fundamental e influenciará todo o perfil produtivo do lote. Para isso, deve-se levar em consideração a apresentação dos alimentos.
Um erro que normalmente se comete quando encontramos lotes com déficit de peso e que não alcançam o consumo de ração diário necessário, é o de aumentar a oferta de ração.
O objetivo é incentivar as aves a comerem devido à estimulação sonora das cadeias alimentares e pela distribuição de ração fresca com partículas de grãos grossos, preferidas pelas aves.
É imprescindível esvaziar os comedouros, de preferência diariamente.
A aplicação do protocolo de esvaziamento do comedouro pode ser feita a partir da 4ª semana de vida, quando os animais já ingerem volume de alimento suficiente para permitir o esvaziamento, sem afetar a quantidade total de alimento que o lote deve ingerir diariamente.
O esvaziamento tem dois objetivos principais:
Forçar a ingestão dos finos da ração balanceada, permitindo uma dieta completa para os animais.
Ajuda no desenvolvimento do sistema digestivo da ave e principalmente do papo e da moela.
A maneira mais fácil de esvaziar é simplesmente deixar as galinhas consumirem até ficarem completamente vazios antes de distribuir a comida novamente. O reabastecimento dos comedouros deve ser feito em duas passagens consecutivas, espaçadas de 30 a 45 minutos, para garantir que todas as galinhas comam e não apenas as dominantes.
Consulte o Guia de Manejo H&N para obter mais informações sobre densidades recomendadas para diferentes tipos de sistemas de criação e postura.
Densidade animal – uma decisão importante
A densidade de alojamento é um parâmetro que deve ser definido antes do recebimento dos animais, pois tem impacto direto tanto na criação quanto na postura, no desenvolvimento corporal, na uniformidade do rebanho e no consumo diário.
As galinhas, como qualquer outro animal de sangue quente, possuem ferramentas biológicas para regular a temperatura corporal.
Porém, essa capacidade é limitada e períodos prolongados de altas temperaturas podem afetar diretamente o comportamento da ave. A diminuição do consumo de ração, a deterioração dos fatores produtivos, bem como o maior estresse nos animais são normalmente observados quando isso ocorre.
O programa de luz em galinhas poedeiras é uma ferramenta essencial para orientar as aves para um tipo específico de produção. Isto é especialmente verdadeiro para o tamanho do ovo, uma vez que tanto o programa de iluminação na recria, quanto o momento da estimulação luminosa têm um efeito maior sobre este parâmetro.
Durante a fase de postura, o tempo de luz noturna pode variar entre 60 e 120 minutos, mas em qualquer caso deve ser precedido e seguido de um período de escuridão de pelo menos 3 horas conforme Figura 2:
Os programas de luz durante a recria afetarão o crescimento da ave, pois determinam o tempo que a ave terá para se alimentar. Tal como descrito acima, isto tem um efeito claro e direto na sua capacidade de produzir massa de ovos e, consequentemente, afetará o tamanho dos ovos.
Do ponto de vista conceitual, a atividade de postura da galinha poderia ser reduzida à transformação de quilos de alimento em quilos de massa de ovos. Essa massa de ovos é o produto do número de ovos postos pelo seu peso e depende principalmente da genética da ave, bem como da sua correta alimentação e manejo.
Massa de ovos = Nº de ovos x peso médio do ovo
Nº de ovos
Tamanho dos ovos
O programa de luz desempenha um papel determinante
Importante notar que nas galinhas poedeiras comerciais não existe período fotorrefratário como ocorre em outras espécies de aves. Isto implica que as aves são sensíveis à estimulação luminosa desde tenra idade.
Portanto, deve-se tomar cuidado para não estimular as aves durante a recria para evitar um avanço na produção indesejada.
Entre os indicadores mais interessantes para este fim estão os seguintes:
Peso no início do estímulo luminoso
É o melhor indicador operacional para saber quando estimular o lote com precisão. No entanto, é necessário pesar o lote semanalmente e ainda mais frequentemente nas semanas anteriores à estimulação. Da mesma forma, são dados que funcionam muito bem em lotes com pesos homogêneos, mas não são tão precisos em lotes não uniformes.
Idade no início do estímulo luminoso
É o indicador operacional mais utilizado para decidir quando iniciar a estimulação do lote. Correlaciona-se bem com o peso no início do estímulo luminoso se o lote tiver peso corporal próximo ao padrão e for uniforme.
As galinhas poedeiras começarão a postura quando atingirem o peso adulto, se o fotoperíodo não for inibitório ou se tiverem perdido o ciclo circadiano.
Os fotoperíodos podem ser classificados em:
Estimulantes
São aqueles com fotoperíodo crescente, ou seja, em que os dias aumentam de duração. Galinhas expostas a essa iluminação tendem a antecipar esse início de produção.
Decrescente ou constante Não são estimulantes e não promovem o ingresso na postura.
Peso com 50% de postura
É um bom indicador preditivo de como será a produção do lote e como funcionou o programa de estimulação. É muito difícil obter o peso com exatidão em sistemas de gaiola, pois é necessário pesar o galpão após a coleta dos ovos, mas em sistemas alternativos com os novos sistemas de balança na fazenda pode ser mais fácil.
Idade com 50% de postura
É um preditor confiável da produção de lotes, desde que o lote tenha peso padrão e seja uniforme. É muito mais utilizado que o peso de postura de 50% porque é muito fácil calcular se o produtor coleta os ovos do rebanho diariamente ou a cada dois dias.
O tamanho do ovo pode ser controlado com a nutrição das aves, mas isso não funcionará se as outras práticas recomendadas neste guia não forem seguidas corretamente.
Existem 4 conceitos nutricionais que determinam o tamanho do ovo, mas em galinhas fora da gaiola o impacto da energia será maior devido ao sistema de produção em que serão alojadas.
Óleo
Ácido
As necessidades energéticas são divididas em três partes na produção de gaiolas:
As necessidades de manutenção representam 65% do total das necessidades de produção e exceto no início da produção onde há crescimento da ave, são significativas. No restante da produção, o restante da energia irá para a produção da massa de ovos.
A galinha precisa que suas necessidades de manutenção sejam atendidas antes de alocar recursos para a produção do tamanho do ovo.
Na produção de galinhas sem gaiolas há dois novos custos energéticos que devem ser levados em consideração, as galinhas terão um aumento na atividade física e também ficarão expostas a condições climáticas não tão controladas como quando estão no galpão fechado e em gaiolas.
para galinhas em sistemas alternativos
A temperatura tem efeito na capacidade de consumo, mas também nas necessidades de mantença.
Temperaturas abaixo de 20⁰C estimulam o consumo e aumentam as necessidades calóricas da ave e temperaturas acima de 20⁰C reduzem o consumo das aves e também aumentam as necessidades calóricas da ave (Figura 3).
Necessidades de energia dependendo da temperatura
Temperatura (ºC)
Figura 3. Necessidades de energia dependendo da temperatura
A ave em sistemas alternativos ou em situações de estresse térmico priorizará o uso da energia ingerida para manutenção e isso reduzirá a disponibilidade para produção.
É preciso lembrar que a energia dos alimentos vem de 4 elementos e a galinha não fará distinção quando as necessidades de manutenção forem prioritárias.
A energia nos alimentos são:
Amido, Proteína, Gordura e Açúcares.
As galinhas podem usar qualquer um desses componentes como fonte de energia.
Na produção de ovos livres de gaiolas deve-se considerar um aumento nas necessidades energéticas, para que a galinha não comece a metabolizar aminoácidos essenciais para a obtenção do tamanho de ovo desejado.
Galinha com atividade e afetado pela temperatura
Os aminoácidos são metabolizados
As necessidades de energia aumentam
Faltam aminoácidos essenciais na formação do ovo
Ovo pequeno
Os aminoácidos são os blocos de construção para aumentar o tamanho do ovo ao redor da gema. A proporção de aminoácidos necessários no ovo não varia, o que varia é a quantidade necessária para “construir” um ovo maior.
Segue-se então uma série de aminoácidos que também vão limitar o tamanho do ovo, como Treonina, Triptofano, Isoleucina, Valina e Arginina.
Portanto, na dieta devemos ter certeza de que temos os 7 aminoácidos principais sob controle e também que o restante dos aminoácidos está coberto com um mínimo de proteína.
Importância do tamanho do ovo
Brunna Garcia Nutricionista de Aves na Agroceres Multimix
Altamente contagiosa e distribuída em todo o mundo, a bronquite infecciosa acomete aves domésticas (Gallus gallus) (CAVANAGH, 2007) e se configura como uma das maiores endemias em aves (CHEN et al., 2019).
Doença viral aguda, apresenta
Essa enfermidade provoca:
Grandes impactos econômicos; Atraso no crescimento das aves;
Malformações nas cascas;
Maior susceptibilidade a infecções secundárias;
Aumento na mortalidade e,
Diminuição da e ciência alimentar e ganho de peso;
Infertilidade; Queda na produção e qualidade de ovos;
Condenação de carcaças ao abate (CAVANAGH e GELB JR, 2008).
A primeira variante desse vírus foi relatada em 1940, circulando em aves presentes nos Estados Unidos; ao longo os anos, foram relatados vários outros casos.
Devido ao fato de serem descritas mundialmente diversas variantes da bronquite infecciosa, houve uma maior atenção para a identificação das estirpes, assim como o conhecimento de que muitos países possuem suas próprias estirpes (JACKWOOD et al., 2012).
O agente etiológico da bronquite infeciosa é o Gammacoronavírus, pertencente ao gênero Coronavirus, família Coronaviridae. A partícula viral é constituída por um envelope lipoproteico e glicoproteínas de superfície, além de uma fosfoproteína que interage com o RNA viral (CAVANAGH e GELB JR, 2008; DI FÁBIO e BUITRAGO, 2009).
No Brasil, ela foi diagnosticada pela primeira vez em 1957, pelo Professor Osmane Hipólito, no Estado de Minas Gerais (HIPÓLITO et al., 1979). Porém, somente nos anos 2000 foi relatada a presença de diferentes cepas da doença no país, onde notaram que se diferenciavam dos isolados em diversos países da Europa, América e Ásia.
Uma série de estudos foram realizados, e de maneira geral, foi verificado qe os vírus isolados no Brasil, em sua grande maioria, demonstram-se pertencer ao mesmo genótipo, representando, desta forma, um novo sorotipo brasileiro (DI FÁBIO e BUITRAGO, 2009).
Diversas cepas foram relatadas em todo o mundo, com exceção da Antártida (JACKWOOD e WIT, 2020).
A bronquite infecciosa apresenta um período e incubação curto, em torno de 24 a 48 horas, e pode permanecer cerca de 18 horas em incubação na traqueia das aves.
Por isso, é possível encontrar alta carga viral de três a cinco dias na traqueia desses animais. Já na fase crônica da doença, o vírus é encontrado comumente no trato gastrointestinal (MARTINS et al., 2015; JACKWOOD e WIT, 2020).
O vírus apresenta alta taxa de virulência, sendo facilmente transmitido entre as aves por meio de inalação ou ingestão de gotículas de animais infectados, seja por contato direto ou indireto.
As aves de todas as idades e ambos os sexos são suscetíveis a infecção, entretanto, a doença se apresenta mais grave em aves mais jovens (JACKWOOD e WIT, 2020).
A morbidade é de 100%, uma vez que o lote onde ocorre a presença da bronquite infecciosa tem todas as aves infectadas. Já a mortalidade é variável dependendo da virulência apresentada pela estirpe envolvida na infecção, na imunidade do lote, fatores referentes ao estresse e até o estado nutricional das aves (SANTOS, 2018).
Seus sintomas se advêm de um amplo espectro de síndromes clínicas. A manifestação clínica mais comum da doença é a respiratória, que inclui tosse, espirro e coriza.
Assim como, também são comuns estertores, dispneia, asfixia e insuficiência respiratória, que podem levar à morte, principalmente, de animais mais jovens (OIE, 2012; ALSULTAN et al., 2019).
As manifestações reprodutivas incluem infertilidade, diminuição na produção de ovos, com diminuição da qualidade interna (albúmen aquoso) e externa (descoloração da casca, casca fina e porosa) dos ovos (CAVANAGH e GELB JR, 2008; COOK et al., 2012; DI FÁBIO e BUITRAGO, 2009).
A manifestação renal pode ser observada em alguns casos, no entanto, são inespecíficos e podem se confundir com outras doenças. Estes incluem depressão, fezes aquosas e aumento no consumo de água.
A doença renal pode ou não ser precedida ou acompanhada pela apresentação respiratória (CAVANAGH e GELB JR, 2008; COOK et al., 2012; DI FÁBIO e BUITRAGO, 2009). Já a manifestação entérica da doença, os animais podem apresentar fezes aquosas e/ou diarreia severa (DI FÁBIO e BUITRAGO, 2009).
O diagnóstico da bronquite infecciosa no campo é normalmente realizado com base no histórico do lote e presença de sinais clínicos, sendo que estes podem ser os mais diversos, conforme previamente destacado.
A sua confirmação é realizada por meio de exames laboratoriais, já que ela apresenta sinais comuns a outras doenças.
Os ensaios laboratoriais incluem: ELISA, soroneutralização, teste de inibição da hemaglutinação, imunodifusão em gel de ágar, isolamento em ovos embrionados, cultivo em anéis de traqueia e técnicas de biologia molecular, como a reação em cadeia da polimerase (PCR –Polymerase Chain Reaction) (LIMA, 2007; DI FÁBIO e BUITRAGO, 2009; OIE, 2012).
É notório que plantéis que não dispõem dessa importante ferramenta têm problemas conhecidos com surtos da doença e grande déficit da produção (CAVANAGH e GELB JR, 2008).
A prevenção é a principal medida para evitar a disseminação da infecção (WIT e COOK, 2019). O envelope viral se degrada na presença de detergentes e sabões, desta forma, é de grande importância a higienização dos plantéis.
Atrelado as medidas preventivas sanitárias das granjas, há ainda o programa de vacinação das aves. Para que seja efetivo, primeiramente é necessário que os plantéis com grandes quantidades de aves tenham disponibilidade de realizar o vazio sanitário, principalmente caso ocorra infecções pela bronquite infecciosa na granja (MARTINS et al., 2015).
É aconselhado que as aves sejam divididas em grupos de mesma idade e a vacinação ocorra na mesma data. Desta forma, a imunidade contra a bronquite infecciosa se torna mais homogênea e dificulta o surgimento de estirpes variantes. (CAVANAGH e GELB JR, 2008; MARTINS et al., 2015; AMANOLLAHI et al., 2020).
No Brasil, é reconhecida a existência de duas classes principais de cepas de Bronquite Infecciosa:
Cepas “clássicas”: as primeiras detectadas no mundo e que são a base dos programas de vacinação;
Cepas denominadas “variantes”: que surgem através de mutações/ recombinações naturais.
Na maior parte do mundo onde a avicultura é sistema intensivo, há inúmeras cepas variantes da bronquite infecciosa circulantes no campo, como por exemplo: Arkansas, Connecticut e QX.
No Brasil, a cepa mais amplamente distribuída é a cepa clássica Massachusetts, constituinte da principal vacina viva utilizada para o controle dessa enfermidade (SANTOS, 2018; AMANOLLAHI et al., 2020).
No entanto, diferente da maioria dos outros países produtores de frangos de corte, o Brasil apresenta um único grupo reconhecido de variantes de bronquite infecciosa composto por cepas distintas entre si, denominadas cepas do grupo Brasil (BR) (CHACÓN et al., 2011 e FRAGA et al., 2013).
Neste contexto, somente a partir de 2016 o Brasil iniciou o uso da vacina contra os desafios da doença, o que representou um grande avanço no controle da bronquite por esta cepa vacinal “brasileira”.
Em 2022, uma nova cepa de bronquite foi descrita em lotes de produção no oeste do Paraná por pesquisadores (IKUTA et al., 2022), altamente assemelhada ao Var2 (mais corretamente referida como GI-23).
Inicialmente, foram adotadas medidas de controle através de manejos sanitários mais rigorosos, acompanhadas pela intensificação nos protocolos vacinais. Posteriormente, também foi lançada a vacina para o sorotipo GI-23.
Apesar do país reportar exclusivamente por estes três tipos de cepas, a sua distribuição é desigual ao longo do território. As populações virais interagem entre si não apenas competitiva, mas como também cooperativa.
As mutações e recombinações determinarão o prevalecimento de uma cepa sobre as outras, além da origem de novas cepas. Por este motivo, é de extrema importância conhecer a epidemiologia da doença em cada região, para poder alcançar protocolos vacinais mais precisos e eficazes, evitando excessos ou falhas.
A vacina pode ser administrada em aves de todas as idades, mas comumente é recomendada a vacinação de pintinhos logo após a eclosão ou ao chegar na granja. As suas vias de administração podem ser por nebulização ou gota ocular.
Já as aves em período reprodutivo devem ser revacinadas sempre que possível durante a fase de produção de ovos, uma vez que a vacinação protege o oviduto e assegura uma produção e ovos sem alterações.
Nessas aves, a vacina utilizada deve ser na forma inativa e administrada por via intramuscular no peito da ave (MARTINS et al., 2015; JACKWOOD e WIT, 2020).
Diante deste cenário, para um bom controle da infecção por bronquite infecciosa aviária, a granja precisa estar bem alinhada às normas de biosseguridade e realizar vistorias periódicas, além de adotar um bom programa vacinal.
Bronquite Infecciosa Aviária: patogênese, diagnóstico e controle BAIXAR EM PDF
Referências bibliográficas sob consulta junto ao autor.
Marcela Yuño
Professor Adjunto. Facultad Ciencias Veterinarias, Universidad Nacional del Centro de la Provincia de Buenos Aires, Argentina
Os conceitos de bem-estar animal para produção estão inseridos no mundo atual envolvendo mudanças na legislação, comercialização de alimentos, modificação de rotinas, adequação de manejo e habitat.
Por outro lado, novos paradigmas foram gerados na sociedade ao fazer suas escolhas alimentares e, assim, os consumidores fortaleceram seu poder. Também tem se debatido os aspectos éticos que inclui pensar nos animais como seres capazes de sentir dor e que possuem uma função intrínseca em si mesmos.
Nos Países Baixos a função intrínseca dos animais está registrada nos regulamentos, justificando sua utilização como alimento humano (Bruijnis et al., 2015). Sem dúvida, os conceitos de bem-estar em animais de produção têm implicado mudanças dependendo da espécie.
Nas aves destinadas ao consumo de sua carne ou ovos, foram modificadas as instalações, condições de transferência e abate.
Um aspecto que está sendo considerado atualmente é evitar o sacrifício de pintos machos de linhas comerciais de postura dentro de um dia de vida.
Desde meados do século 20, essa prática se instalou como rotina nos incubatórios, depois que as linhagens produtoras de carne e as produtoras de ovos foram diferenciadas por sua genética para obter maior eficiência. Isso definiu em grande parte o grande desenvolvimento da indústria avícola.
No entanto, em linhas genéticas produtoras de ovos, os machos além de naturalmente não serem capazes de produzir ovos, também são ineficientes em termos de parâmetros zootécnicos para produção de carne (ganho de peso, conversão alimentar, conformação muscular).
Enquanto frangos de corte de linhas genéticas produtoras de carne atingem 3 kg de peso vivo aos 48 dias de vida, com peito e coxa de conformação muscular muito boa, machos de linhagens produtoras de ovos atingem peso de 1,7 kg às 20 semanas de idade, com pouca conformação muscular.
Assim, a prática de eliminar pintos machos se estabeleceu como rotina em uma época em que o conceito de bem-estar animal não tinha a dimensão atual.
Considerando que os nascimentos são desagregados em aproximadamente 50% para cada sexo, para cada pinto fêmea que nasce, um macho é eliminado. No mundo, a cada ano, mais de 6 bilhões de pintos machos são mortos por asfixia com CO2 ou maceração (Gautron et al., 2021).
No entanto, em muitos países não há legislação que regule esse procedimento e as empresas aplicam diferentes metodologias, sem levar em consideração o bem-estar animal. Em aspectos da legislação, a UE definiu que os animais são seres capazes de sentir dor.
Um estudo científico realizado na Alemanha identificou que os embriões de galinha são sensíveis à dor a partir do 13º dia de desenvolvimento embrionário (Kollmansperger, S.; 2023; The poultry site, 2023).
Outros estudos definem que a capacidade de reação nociceptiva foi observada a partir do 15º dia de desenvolvimento embrionário (Süß, S.C.;ET et al., 2023)
Por outro lado, Weiss I et al., (2023) demonstraram uma resposta nos parâmetros fisiológicos cardiovasculares a uma noxa entre os dias 16 e 18 da embriogênese. Assim, o Ministério Federal de Alimentação e Agricultura (BMEL) da Alemanha estabeleceu que os embriões de galinha não são sensíveis à dor e podem ser eliminados até o 12º dia de incubação. (Grupo Respeggt, 2023).
França e a Alemanha proibiram o abate de pintos machos de um dia desde o início de 2022 e estão convidando outros membros da UE a aderir (Dahm e Pistorius, 2021). Neste
As empresas SELEGGT® e PLANTEGG® realizam a sexagem de embriões. SELEGGT aplica a técnica ELISA para a identificação endócrina do hormônio feminino sulfato de estrona (Seleggt®, 2019).
A PLANTEGG® aplica PCR para identificar o DNA de uma amostra de fluido alantoide (Plantegg, 2020).
Por sua vez a Orbem®, também de origem alemã, utiliza inteligência artificial combinada com Ressonância Magnética-RMI(Orbem®, 2023).
Tem havido ainda investigação e busca de senso comum científico no tocante à senciência embrionária: inicialmente estabeleceu-se o desenvolvimento da capacidade de sentir dor por volta do 7º dia de incubação (Krautwald-Junghanns, 2018).
Desta forma, embriões machos de 1 a 5 dias de idade podem reverter para fêmeas, com plena funcionalidade de postura.
A técnica se baseia em ondas sonoras que passam pela casca e chegam até o embrião.
A agência CSIRO® (Australian National Science Agency), anunciou trabalho em fase experimental em parceria com a empresa holandesa Hendrix Genetics® para investigar o desenvolvimento de metodologia baseada em marcador genético capaz de identificar o sexo de embriões em ovos férteis, no momento da postura (dia 0 de incubação).
Aparentemente ainda sem utilização comercial mas há relatos de empresas que estudam outras alternativas: a SOOS, de origem israelense, tem uma linha de pesquisa baseada no fato de que em algumas espécies animais, inclusive as aves, o sexo pode ser definido pela influência de fatores ambientais.
Outra empresa, a EGGXYT®, de origem israelense, aplica uma metodologia baseada em um marcador genético fluorescente identificável por ultrassom no momento da oviposição.
A AgriI-Advanced Technologies GmbH® (AAT), de origem alemã, aposta num desenvolvimento aplicando espectroscopia Raman antes do 4º dia de incubação e por identificação hiperespectral da cor da plumagem de fêmeas e machos, após 7 dias de incubação.
Todas essas empresas, e também iniciativas não contempladas nesta publicação, estão investindo recursos financeiros e científicos, por isso é esperado que diferentes metodologias sejam disponibilizadas para viabilizar a sexagem de embriões nos próximos anos.
Quanto às opiniões dos consumidores, elas são muito diversas:
Outros acham que essa prática é feita de forma indolor e não causa sofrimento aos pintinhos.
Muitos deles desconhecem que os pintos machos das linhas de postura são eliminados ao nascer;
Além disso, pintos machos abatidos com um dia de vida são uma fonte de alimento para animais de zoológico e répteis; e assim teriam uma justificativa válida.
Existem consumidores que defendem o bem-estar animal em toda a cadeia produtiva, mas desconhecem aspectos básicos da própria biologia da espécie e do manejo realizado nos sistemas de
2015). Dessa forma, justi cam que os animais são fonte de alimento para os seres humanos, por exemplo, concordam que frangos de corte devem ser consumidos entre 42 e 48 dias de vida.
Dessa forma, seus conceitos são errôneos e ao serem divulgados na mídia e redes sociais, contribuem para a confusão da população e o descrédito do verdadeiro manejo dos animais de produção.
Outro fator a ser considerado é o efeito no custo de produção de ovos que será gerado com a implantação dessas tecnologias, que deve ser arcado pelos consumidores ou eventualmente subsidiado pelo Estado.
Esses aspectos adquirem maior relevância nos países em desenvolvimento, onde os ovos são um alimento nutritivo, com proteínas de alta qualidade e custo muito baixo, condição que possibilita sua disponibilidade para todos os setores da população.
Bem-estar em linhas de postura: sexagem de embriões para evitar a mortalidade de pintos machos ao nascer
BAIXAR EM PDF
Referências sob consulta junto ao autor.
A MELHOR PERFORMANCE DO MERCADO O MENOR CUSTO EM TODA A CADEIA PRODUTIVA
Os ingredientes líquidos constituem uma parte significativa da organização diária de uma fábrica de rações.
Dependendo do tipo de ração, a porcentagem de matérias-primas e aditivos líquidos em sua formulação pode variar entre 1% e 8%, podendo estes serem incluídos em diversos momentos durante a fabricação da ração.
Na tabela 1 estão descritos os principais aditivos líquidos da Adisseo e seus possíveis locais de aplicação.
Tabela 1. Possíveis lugares de inclusão de alguns aditivos líquidos
Rhodimet® AT88 (metionina)
Rovabio® PhyPlus L (fitase termoestável)
Rovabio® Advance L2 (carboidrase)
Rovabio® Advance Phy L (carboidrase e fitase)
No misturador
Rações fareladas e peletizadas
Rações fareladas e peletizadas
Depois da peletização ou processamento térmico
Rações peletizadas
Rações fareladas
Rações fareladas
Maior flexibilidade no projeto da fábrica, pois sua armazenagem pode ser feita a uma longa distância do ponto de aplicação e dispensa o uso de silos dosadores, que permanecem disponíveis para outros aditivos em pó. Possibilita também uma automação extensiva, eliminando a manipulação de embalagens e o risco de erros.
Os sistemas de aplicação são fechados, reduzindo a exposição ao produto, evitando a necessidade de manipulação de sacos, uma melhor ergonomia para o trabalhador. Não gera emissão de poeira durante o processo, ou seja, não há inalação de partículas finas ou risco de explosões de poeira, também garantindo uma maior limpeza da área.
PRODUTIVIDADE
Rações peletizadas
Rações peletizadas
O manuseio de IBCs requer menos tempo do que o esvaziamento de sacos e o uso de tanques a granel envolve ainda menos tempo.
Ausência de sacos vazios ou big bags para descarte, gerando economia de custos.
A aplicação de aditivos líquidos apresenta ampla gama de taxas de inclusão, alta precisão de dosagem e níveis ideais de homogeneidade.
A aplicação de enzimas líquidas póspeletização garante uma pulverização uniforme e precisa, além de uma alta recuperação da atividade enzimática na ração.
COMO É TER O USO DE ADITIVOS LÍQUIDOS NA PRÁTICA?
O sucesso para um adequado uso de aditivos líquidos em fábrica de rações se inicia com um bom projeto.
Uma visita de viabilidade avaliará as necessidades do usuário, determinando as condições da fábrica, assim como o uso atual de aditivos líquidos. A proposta de equipamento para adição de líquidos deve ser uma solução que funcione em termos de segurança, qualidade e confiabilidade.
As características do produto como viscosidade, estabilidade e taxa de inclusão mínima, máxima e relação máxima/mínima devem ser levadas em consideração.
Alguns aditivos líquidos têm efeitos positivos na etapa de peletização, como a metionina líquida em comparação à metionina pó, que em alguns casos, pode reduzir o consumo de eletricidade na peletizadora.
O tipo, quantidade e distribuição dos bicos de pulverização precisam garantir o tamanho adequado de partículas para a adequada adição do produto e miscibilidade do líquido na ração.
Também deve-se considerar as interações e incompatibilidades entre os aditivos líquidos.
A escolha correta do fornecedor também é fundamental para o sucesso no uso de aditivos líquidos. Este deve ter experiência em aplicação de aditivos líquidos e na indústria de ração, treinando o pessoal da fábrica de ração quanto ao uso e manutenção do equipamento.
Atenção especial deve ser dada aos serviços pós-venda, como garantia, capacidade de realizar visitas de manutenção preventiva, suporte à distância ou direto e relatório adequado para cada intervenção. O projeto também deve considerar a facilidade de uso, desmontagem, acesso, limpeza e manutenção dos equipamentos.
O tipo de armazenamento dependerá principalmente do consumo, características do produto, abordagem econômica, disponibilidade de espaço e condições logísticas locais.
Produtos com altos níveis de consumo devem ser armazenados preferencialmente em tanque a granel, enquanto outros podem ser armazenados em IBCs e tambores.
Atenção para aditivos sensíveis à temperatura, os quais devem ser armazenados em ambiente com temperatura controlada abaixo 20°C.
O misturador é o principal local para inclusão de aditivos líquidos como aminoácidos, colina e enzimas.
Em relação as enzimas líquidas, caso a ração ainda siga para peletização ou outro tratamento térmico, são indicadas a adição apenas de enzimas termoestáveis.
A dosagem dos aditivos deve respeitar as quantidades determinadas na fórmula, sendo estas dosadas principalmente pelo sistema de balança ou medidor de vazão mássica.
A etapa de pulverização é a mais importante para se ter uma aplicação adequada e homogênea.
Sendo necessário obter gotículas do tamanho certo e pulverização por tempo suficiente diretamente na ração ao longo do misturador, evitando gotejamentos e prevenindo obstruções de bicos.
Recomenda-se adicionar todos os sólidos no misturador e, então, iniciar a pulverização dos micro ingredientes líquidos e, posteriormente, dos macro ingredientes líquidos, sem alterar o tempo de mistura.
A aplicação de aditivos líquidos após a peletização é uma estratégia utilizada para aditivos sensíveis ao calor, umidade e oxidação, uma vez que o condicionamento, peletização e resfriamento adicionam umidade e calor ao processo.
Também permite a adição de mais líquidos em caso de limitação no misturador ou correção após o armazenamento da ração pronta.
O aplicador de aditivos após a peletização (PPLA) pode ser instalado entre a peneira e o compartimento de envase/embalagem ou após resfriador e o compartimento de envase/embalagem.
O aplicador de pulverização pode ser adicionado a um recobridor de gordura para economizar espaço, instalando os bicos antes ou depois da pulverização de gordura.
Após a aplicação do aditivo ao pellet, os mesmos devem passar por recobridores horizontais ou verticais que movimentarão os pellets para garantir que o líquido atinja a maior superfície da ração.
Um fator importante para bom desempenho de um PPLA, além do projeto em si, é a qualidade física dos pellets ou grânulos, ou seja, a porcentagem de finos.
Esta deve ser a menor possível, pois os mesmos naturalmente absorveriam mais líquido.
Após a instalação dos equipamentos para adição de líquidos é necessário verificar a homogeneidade da ração e a recuperação dos aditivos adicionados.
A amostragem da ração para recuperação de metionina líquida deve comprovar uma boa homogeneidade de mistura (CV ≤ 10%) e de recuperação (90 a 110%).
Não se observa nenhuma segregação específica de aditivos líquidos na ração uma vez que a forma líquida parece ter uma melhor capacidade de distribuição e adesão às partículas inteiras da ração.
A atividade das enzimas líquidas adicionadas também precisa ser avaliada, comprovando a atividade das mesma após processo de aplicação e mistura.
Adicionalmente, manutenções preventivas regulares dos equipamentos são essenciais para manter a qualidade e garantia da adição de líquidos nas rações.
A Adisseo possui diversos aditivos líquidos em seu portfólio e uma longa e vasta experiência em sua aplicação na alimentação animal. Por meio de parcerias com fabricantes de equipamentos, a Adisseo oferece aos clientes um programa completo de suporte para que possam usar aditivos líquidos com tranquilidade.
Procure nossa equipe para lhe auxiliar na melhor estratégia para uso de líquidos na fábrica de ração e aproveitar ao máximo suas vantagens.
Uso de aditivos líquidos em rações
BAIXAR EM PDF
Equipe Técnica Isover Saint-Gobain
Maior exportador de carne de frango do mundo, o Brasil encerrou 2023 com a marca de 5,138 milhões de toneladas de carne exportada, segundo dados da Associação Brasileira de Proteína Aninal (ABPA) - o que representou uma alta de 6,6% na comparação com 2022.
Entre os produtores, superamos a China e ficamos atrás somente dos Estados Unidos. Além disso, o setor também mostra sua representatividade ao empregar mais de 3,5 milhões de pessoas e contribuir com mais de 1,5% para o Produto Interno Brasileiro (PIB).
Uma das preocupações de produtores de todo o Brasil é melhorar as estruturas físicas dos aviários, já que muitos deles não possuem fechamento vertical e de cobertura adequados, o que resulta em um isolamento térmico deficiente do ambiente – o que pode ser prejudicial para o desenvolvimento das aves.
Nesse cenário, a conquista de uma melhor ambiência para os animais e ganho de produtividade está entre as principais demandas dos produtores.
Para melhorar a produtividade, um conjunto de iniciativas são considerados – dentre eles a redução no consumo de energia nos aviários, uma vez que energia é um dos principais insumos utilizados na cadeia produtiva, e um dos mais caros.
Nessa busca por melhores resultados, o uso de feltro em lã de vidro
Midfelt Agro da Isover vem se consolidando como grande aliado dos produtores que almejam uma maior homogeneidade da temperatura interna dos aviários.
Em um caso recente, a solução foi instalada em um aviário na fazenda Alto da Conquista, na cidade de Sales
Oliveira, no interior de São Paulo. O objetivo era fazer o acompanhamento e comparar os resultados com outro aviário sem o uso do feltro em lã de vidro, mas com dimensões e quantidade de aves semelhantes.
Para a análise, realizada em um período de 40 dias entre os meses de setembro e outubro de 2023, foram instalados sensores ao longo dos dois aviários, com a disposição feita de forma que pudesse ser conferido o comportamento da distribuição da temperatura interna das estruturas.
Ao analisar os dados, foi possível constatar que o aviário com o feltro de lã de vidro Midfelt Agro instalado em sua estrutura consumiu menos energia para manter a temperatura do ambiente ideal para o desenvolvimento das aves e manejo adequado da criação. O montante de energia consumido pelo aviário sem o isolamento térmico foi 46,45% maior no período analisado.
Em KWh, o consumo foi de 6.422KWh
Esse resultado foi alcançado pela capacidade do material de manter a temperatura interna no ambiente do aviário, fazendo com que os equipamentos de ventilação fossem acionados com menor frequência, mas sem causar desconforto aos animais, diminuindo os índices de mortalidade, aumentando a produtividade e a conversão alimentar.
Se o resultado obtido no intervalo analisado for escalado para o período de um ano e ampliado para os 14 aviários da fazenda Alta Conquista, com média de 6 ciclos ao ano para cada, o total de energia economizado seria de 171 mil KWh e até R$ 116 mil deixariam de ser pagos pelo insumo, considerando o valor de R$ 0,68 por KWh cobrados pela concessionária de energia da região.
Os resultados comprovam a eficiência da solução, contribuindo de forma significativa para a manutenção da temperatura interna dos aviários, que sofre menos variação, favorecendo a ambiência ideal, nutrição e sanidade dos animais, permitindo um manejo adequado e alcançando bons resultados na produtividade.
Como o uso de feltro em lã de vidro tem reduzido o consumo de energia em aviários BAIXAR EM PDF
*Para a análise foi utilizada a lã de vidro Midfelt Agro 100mm, da Isover.
Isolamento térmico com Midfelt é sinônimo de consumo energético inteligente.
Redução comprovada* em aviário real:
Redução de 32% no consumo energético.
Melhor conservação da temperatura interna.
Aumento da taxa de conversão.
MIDFELT AGRO
Suzete P. de M. Neta1; Isabella de C. Dias2 e Alex Maiorka3 1Mestranda de Zootecnia, UFPR; 2Doutoranda em Ciências Veterinárias, UFPR; 3Professor Titular, UFPR
Classificado como macro mineral, o cálcio desempenha um papel essencial na estrutura óssea e no funcionamento metabólico do organismo animal.
Durante a fase de crescimento em frangos de corte, ocorre uma significativa deposição de cálcio nos ossos, resultando em um aumento significativo desse mineral nos primeiros dias.
Esse acúmulo representa cerca de 80% do total presente no organismo das aves jovens ao final do primeiro mês de vida (Muniz et al., 2007).
Uma suplementação baixa e inadequada durante a fase de crescimento pode levar a um desequilíbrio na homeostase mineral e no desenvolvimento inapropriado dos ossos das aves, ou seja, calcificação anormal.
Tanto a escassez quanto a inadequação da suplementação podem comprometer a regulação mineral, impactando negativamente a saúde óssea das aves e, consequentemente, o desempenho zootécnico dos animais (Muniz et al., 2007).
Em poedeiras e matrizes, a gestão do cálcio torna-se mais complexa devido a necessidade de equilibrar a formação adequada da casca do ovo e a saúde óssea (Macari et al., 2002).
A solubilidade deste mineral será importante para garantir uma boa formação da casca do ovo (Nunes et al., 2006), uma vez que a deposição diária de cálcio na casca ocorre com a participação do sistema esquelético, através da mobilização do cálcio dos ossos durante o processo de remodelagem quando o mineral é disponibilizado na circulação durante a fase de reabsorção óssea (Mazzuco, 2013).
Existem duas principais fontes de obtenção de cálcio: fontes orgânicas, como farinha de ossos, conchas ou algas, e fontes inorgânicas, de origem geológica ou industrial (Costa et al., 2021).
A qualidade dessas fontes minerais está vinculada à solubilidade do cálcio nelas contido, um fator crucial que impacta a absorção intestinal e a disponibilidade desse mineral para o organismo (Melo; Moura, 2009).
O cálcio é o mineral mais abundante no organismo das aves, sendo considerado um dos íons de maior importância para o sistema ósseo.
Ele desempenha um papel fundamental na modulação das funções celulares nos tecidos nervoso e muscular, na coagulação sanguínea, nas atividades hormonais, no processo reprodutivo e na formação do ovo (Maiorka, 2002).
O cálcio e o fósforo são elementos intimamente associados ao metabolismo, geralmente ocorrendo no organismo combinados entre si, de modo que a carência de um ou outro na deita limita o valor nutritivo de ambos (Maynard et al., 1984).
Porém, há outros fatores que também influenciam a utilização e o metabolismo do cálcio no organismo, como a presença de vitamina D, a disponibilidade biológica dos ingredientes utilizados nas rações e a idade das aves.
O cálcio dietético é absorvido na forma iônica no intestino delgado, dependendo de vários fatores fisiológicos, incluindo o estado de reserva desse mineral no organismo, a ação dos derivados ativos de vitamina D, os níveis anteriores e atuais dos aportes de cálcio, e da solubilidade do mineral no meio ácido do estômago (Gueguen, 1990; Pak e Avioli, 1988).
A formação do esqueleto das aves depende de um suprimento adequado de cálcio na alimentação.
Cerca de 99% do cálcio do organismo é encontrado na massa óssea dos animais na forma de fosfato de cálcio e hidroxiapatita, enquanto o 1% restante está distribuído pelos órgãos e tecidos moles, desempenhando funções essenciais ao metabolismo orgânico (Kleyen, 2013).
Porém, apesar de sua relevância, as concentrações nos fluídos intra e extracelulares permanecem em níveis baixos, associando-se a proteínas plasmáticas e citosólicas.
Essas concentrações são cuidadosamente mantidas dentro de uma estreita faixa por mecanismos de homeostase ou calcemia, gerenciados pela ação de hormônios paratireoidianos, calcitonina e vitamina D, que
O sintoma primário da deficiência de cálcio em animais jovens é o raquitismo, caracterizado pela calcificação anormal dos ossos.
O cálcio e o fósforo não são depositados em quantidade suficiente na matriz óssea para desenvolver ossos densos e fortes.
Já a osteomalácia é indicativa da deficiência de cálcio ou fósforo em animais mais velhos, evidenciando a fragilidade óssea, deformações esqueléticas,alargamento das articulações, dificuldade de locomoção entre outras anomalias anatômicas (Waldroup, 1996; Gilani et al., 2022).
A deposição de cálcio no esqueleto é mais intensa durante a fase de crescimento, e o conteúdo deste mineral no organismo das aves mais jovens aumenta rapidamente durante a fase inicial.
Uma suplementação inadequada durante a fase inicial pode resultar em desequilíbrio na homeostase mineral e desenvolvimento inadequado dos ossos das aves, afetando o consumo e desempenho, o que pode causar desequilíbrio sem investigação nutricional precisa e avaliação do status mineral adequado (Smith e Kabaja, 1984; Waldroup, 1996).
É importante ressaltar que as exigências das aves variam de acordo com a raça, linhagem, função ou categoria produtiva. A exigência para máxima mineralização óssea não é a mesma para máximo crescimento.
As diversas fontes de cálcio apresentam variações entre si em termos de origem, granulometria, solubilidade e teores de cálcio, resultando em distintas características físico-químicas (Bertechini e Fassani, 2001).
O cálcio das dietas para aves é proveniente de alimentos de origem animal, vegetal ou aditivos minerais.
Nos vegetais, o cálcio está complexado com proteínas e íons de ácidos orgânicos (Barcelos, 1999). Das fontes de origem animal, as principais incluem farinhas de carne e ossos, vísceras de aves, peixes, ossos calcinados e ostras.
Quanto às fontes inorgânicas, são utilizados fosfatos monocálcico monobicálcico, bicálcico e tricálcio (Rostagno et al., 2011).
Esses recursos possuem quantidades variadas para a utilização, uma vez que há diferenças na concentração dos elementos em função de cada origem, bem como em sua forma física e química (Santana, 2013).
A disponibilidade das fontes de cálcio influencia no nível de suplementação, sendo as fontes de origem vegetal menos biodisponíveis que as de origem animal, e estas menos ainda que as de origem mineral, exceto alguns quelatos orgânicos pela variabilidade em sua eficiência ou velocidade absortiva (McDowell, 1992).
A principal fonte de cálcio nas rações para aves é o calcário calcítico.
Na prática, o calcário é classificado de acordo com seu conteúdo de óxido de magnésico (MgO), sendo denominado calcítico quando apresenta níveis de MgO menores que 5%, magnesiano entre 5 e 12% de MgO, e dolomítico quando seus níveis são superiores a 12% de MgO (Bertechin, 2006).
O calcário calcítico geralmente contém 37% de cálcio, enquanto o calcário dolomítico possui 32% de cálcio (Butolo, 2010).
No entanto, um fator que pode limitar a utilização desta fonte é a falta de uniformidade, especialmente no que diz respeito ao conteúdo mineral e às características físicas (Gilani et al., 2022).
Embora os fosfatos bicálcico e monocálcico sejam amplamente utilizados na nutrição animal como fontes de fósforo, eles também contribuem como fonte de cálcio.
O fósforo utilizado na alimentação animal tem origem em uma jazida mineral conhecida como apatita, considerada uma fonte natural não renovável. Para que o fósforo seja utilizado nas dietas dos animais, deve ter grande biodisponibilidade.
O fosfato bicálcico possui, em média, 24% de cálcio, enquanto o fosfato monocálcico possui, em média, 19% de cálcio (Butolo, 2010).
Ainda que o milho e a soja sejam ingredientes fundamentais na alimentação das aves, a composição vegetal desses alimentos não proporciona níveis adequados de cálcio para atender às necessidades nutricionais.
Assim, é necessário suplementar a dieta com cálcio, sendo importante considerar como fontes desse mineral pode influenciar na mineralização óssea e no desempenho das aves (Sá et al., 2004).
Usamos a tecnologia a nosso favor, associando um banco de dados com mais de 50 mil análises de microbiota correlacionados à performance e saúde através dos métodos mais inovadores de Inteligência Artificial e Machine Learning. Focamos na microbiota como um todo, entendendo o ambiente e os seus impactos na performance dos seus animais.
Porque fornecemos respostas, alinhadas às recomendações que funcionam e estamos ao seu lado durante o todo o processo de tomada de decisão.
A solubilidade do cálcio desempenha um papel crucial na produção animal, pois influencia diretamente em diversos aspectos fisiológicos e produtivos das aves.
A solubilidade das fontes, juntamente com a granulometria, são fatores importantes na avaliação da disponibilidade desse mineral para o correto funcionamento do organismo animal. Isso está relacionado à biodisponibilidade e absorção intestinal do cálcio (Santana, 2013; Leão et al., 2018).
Portanto, a avaliação adequada da solubilidade das fontes de cálcio é crucial ao considerar a origem em uma formulação, já que fontes com partículas pequenas podem apresentar baixa capacidade de dissolução (Krabbe et al., 2014), uma vez que a disponibilidade adequada de cálcio, pelas fontes escolhidas, na forma solúvel é fundamental para garantir a saúde e o desempenho produtivo na avicultura.
A eficiência da digestão dos alimentos é impactada pela exposição às secreções digestivas e pela taxa de passagem no trato gastrointestinal das aves.
O grau de moagem dos suplementos influencia a disponibilidade dos minerais, pois a variação no uso de cálcio de diversas fontes é devida ao tamanho de partículas, influenciando a solubilidade dos minerais, que melhora significativamente com partículas menores (Deobald, Everjem e Hart, 1988).
Independentemente de sua forma química, a massa de Ca composta e introduzida na dieta é transformada pelo suco gástrico em cloreto de cálcio, quase completamente dissociado em íons (Barcelos, 1999).
A absorção do cálcio é, independentemente de sua forma de ingestão, dependente de sua solubilidade no ponto de contato com as membranas absorventes (Maynard et al., 1979).
De acordo com Bener e Levy (1988), o cálcio é ativamente absorvido em todos os segmentos do intestino, principalmente no duodeno e jejuno, em uma velocidade maior que a de qualquer íon, exceto o Na.
Fassani (2003) destaca que a moagem é o principal fator que afeta a solubilidade do calcário para galinhas poedeiras, recomendando um valor de solubilidade in vitro não superior a 12%. Para frangos de corte, Bertechini (2012) sugere uma solubilidade in vitro superior a 20%, embora o valor máximo ainda seja desconhecido.
Altos níveis de calcário com granulometria fina podem resultar em elevada concentração de calcário no trato gastrointestinal, prejudicando a absorção de microminerais, principalmente os bivalentes (Bertechini, 2012).
Portanto, a avaliação da solubilidade das fontes é um dos fatores cruciais na hora de formular uma ração, uma vez que esse fator está diretamente ligado à biodisponibilidade e absorção intestinal do mineral (De Albuquerque, 2017).
A interação entre fatores como a granulometria, forma química e processo de moagem das fontes de cálcio é indispensável para garantir a eficácia na disponibilidade, devido à complexidade do processo de absorção no trato gastrointestinal (Griffith e Schenairder, 1970; Nunes, 1995; Bertechini, 2012).
Todos esses fatores devem ser considerados não apenas para assegurar a quantidade adequada de cálcio no organismo animal, mas para sua efetiva absorção, assim contribuindo para o desempenho zootécnico dos animais (De Albuquerque, 2017).
A solubilidade do cálcio em dietas para aves é influenciada por diversos fatores, incluindo o tamanho das partículas minerais, o processo de moagem adotado e o pH do trato digestivo das aves.
O pH desempenha um papel importante, com a absorção sendo mais eficiente no intestino delgado (pH 7,3) e grosso (pH 6,6). Em regiões com pH mais elevado, a solubilidade tende a diminuir (De Barboza; Guizzardi; De Talamoni, 2015; Van der Velde et al., 2014).
A origem dos ingredientes também afeta a solubilidade, sendo que fontes orgânicas tendem a ser mais solúveis do que as rochosas, conforme destacado por Melo et al. (2006).
A ingestão de ração e a composição das dietas podem regular a expressão gênica dos transportadores intestinais, influenciando a absorção desses minerais (Majeed et al., 2020).
Relação inadequada entre cálcio e fósforo na dieta
A granulometria e biodisponibilidade das fontes suplementares
A suplementação de vitamina D
A idade
também podem acabar limitando a disponibilidade desses elementos (Guinotte e Ny, 1991; Cabral, 1999).
Um estudo com frangos de corte conduzido por Anwar et al. (2016) evidenciou que o coeficiente de digestibilidade do cálcio foi mais elevado em calcário com partículas maiores (1-2 mm) em comparação com partículas finas (menores que 0,5 mm).
A explicação para essa diferença baseia-se na retenção prolongada de partículas maiores na moela, o que retarda a liberação de cálcio, aumenta sua solubilidade e melhora a absorção in vivo
Kim et al. (2018) também corroboraram esses achados, destacando que maior solubilidade está associada a partículas menores.
O estudo ainda observou maior concentração de cálcio na moela quando o calcário tinha granulometria reduzida.
Rabon & Roland (1985) sugeriram que a solubilidade do cálcio presente em partículas finas melhora a eficiência fisiológica em relação a partículas mais grossas, justificando a maior digestibilidade dos calcários mais finos em comparação com os de granulometria maior.
Em estudos com poedeiras realizados por Sordi et al. (2019), identificou- se que o nível de cálcio na dieta interfere na sua absorção.
A combinação da eficiência com a força e tradição em um só programa vacinal contra o metapneumovírus e bronquite infecciosa, para sua conveniência
Aves submetidas a altos níveis dietéticos de cálcio apresentaram uma diminuição na taxa de absorção desse mineral em comparação com aquelas submetidas a dietas com níveis menores de cálcio.
Esses achados destacam a importância de considerar cuidadosamente os fatores que afetam a solubilidade e absorção do cálcio nas estratégias nutricionais para aves.
Além dos fatores mencionados, Muniz et al. (2007) ressalta que o estado fisiológico do organismo e outros elementos ainda não totalmente elucidados podem influenciar a eficiência da absorção de cálcio.
Logo, o processo de absorção de cálcio é um processo complexo, pois é regulado por diversos fatores que devem ser considerados na formulação de dietas e nas estratégias nutricionais.
Considerar a solubilidade das fontes de cálcio é imprescindível para nutrição de aves, uma vez que o cálcio desempenha um papel fundamental na formação e fortalecimento dos ossos, na função nervosa, na contração muscular.
Uma solubilidade adequada vai garantir que as aves recebam a quantidade necessária desse mineral, assim evitando problemas tanto na saúde, quanto no desempenho.
O papel da solubilidade do cálcio na avicultura BAIXAR EM PDF
Eder Barbon Especialista em Processos de Qualidade da Cobb-Vantress
Em continuidade ao artigo publicado na edição anterior, voltaremos a tratar das principais causas de condenas, como impacto da qualidade de ovos e pintos de um dia.
Na parte 1 deste artigo, abordamos casos relacionados a contaminações, que correspondem às principais causas de condenações parciais no Brasil, variando entre 4% e 8%.
A seguir, listaremos as demais causas relacionadas a condenas no país:
Celulites (Abscesso)
Este é um processo inflamatório do tecido subcutâneo, causado por agentes infecciosos, com ou sem processo de encapsulamento. Apresenta-se entre quarta e quinta causa de condenas parcial, com percentuais variando nas plantas entre 0,4% e 3,2%.
Aves com essa condição são condenadas parcialmente ou totalmente dependendo da extensão da lesão.
Temos observado que, além das condenas, o processo inflamatório ao redor do umbigo, associado às celulites, causa uma fibrose subcutânea (placas fibrino-caseosas, Brito,2011) provocando a retenção das penas nessa região, o que dificulta o processo de depena na região abdominal da ave.
Fotos de relato de caso; Empresa com problemas de pintos com umbigo mal cicatrizados e onfalite. Resquícios de umbigo nos frangos processados, apresentando retenção de penas no abdômen e altos percentuais de condenas por celulites, 2022.
Diminuição da musculatura da carcaça, Manual de Inspeção - MAPA, 2023. Caquexia apresenta-se, atualmente, como a primeira causa de condenas total no Brasil, causando perdas entre 0,3% e 1%, em média, nas plantas de abate.
Está associada a aves pequenas, com perdas de massa muscular, que podem ser provenientes de diferentes enfermidades crônicas ou generalizadas, problemas metabólicos, nutricionais ou pintinhos refugos, que não foram retirados no decorrer dos lotes de frangos.
Com foco na redução do percentual de refugos, reforçamos a importância da qualidade e tamanho dos ovos incubados, processos de incubação, Seelent, 2022, e importância do manejo inicial, Januário, 2022 ( “Os primeiros três dias são essenciais”).
Inflamação de uma ou nas duas articulações. A destinação da carcaça afetada pode ser condena parcial ou total, com possibilidade de corte acima do processo inflamatório e aproveitamento parcial, Manual de Inspeção - MAPA, 2023
Os percentuais de condenas por atrites nas plantas de abate no Brasil tem oscilado entre as diferentes regiões produtoras, variando as condenas parciais entre 1% e 4%.
Este valores podem ser maiores em lotes específicos, independente do peso das aves (Aves pesadas ou Giller). A origem do problema pode ter diferentes causas. Segundo, Zavala,2023, em 100% dos casos, ocorre envolvimento de Reovírus.
Não está evidente se o Reovírus é agente primário ou se é oportunista, no momento de uma possível imunossupressão das aves. Desta forma, a manutenção da integridade fisiológica, imunitária e sanitárias das aves são fundamentais durante todo ciclo de vida (Manter uma boa qualidade dos ovos, processos de incubação, nascimento e criação).
Segundo Seelent, 2023, a perda de umidade no nascimento está diretamente correlacionada com a mortalidade na primeira semana, considerando que a baixa perda de umidade no processo de incubação leva ao aparecimento de inflamação da articulação ou jarrete vermelho em pintinhos.
Fotos de relato de caso, 2023; Lotes de pintos nascidos com articulação inflamada (Jarrete vermelho) tiveram percentuais maiores de artrites com bolha no abate.
Síndrome Ascítica – Condição patológica que se caracteriza pelo extravasamento de líquido dos vasos sanguíneos e seu acúmulo na cavidade celomática das aves, Manual de Inspeção - MAPA, 2023.
Possui caráter multifatorial, como fisiológico, metabólico, nutricional, incubação, manejo inicial e infecções, em especial fúngica. Dependendo da gravidade, pode ou não se condenar parcialmente ou totalmente.
Os percentuais de condenas são variáveis nas diferentes regiões do Brasil. Dependendo do clima, estações do ano (inverno), as condenas parciais estão entre 0,1% e 2%, SIGISIF,2023.
Em incubatórios com dificuldades no controle das temperaturas durante os processos de incubação, a incidência de ascite pode aumentar significativamente.
O mesmo efeito deletério a estas aves ocorre em galpões com dificuldades no aquecimento inicial, Januario, 2022.
Segundo Christensen et al., e Leksrisompong et al., 2007 “Altas temperaturas da casca durante a incubação alteram o desenvolvimento do músculo cardíaco”, e podem ocasionar hipertrofia ventricular direita e aumento da mortalidade, especialmente causada por ascites (Molenaar et al., 2011).
Fotos de relato de caso 2022: Pinto com desafio de “Aspergillus fumigatus”, levando a altos percentuais de condena por Ascites no final do lote. Coração com hipertrofia ventricular comparado ao coração normal.
Lesões de Pele – As lesões de pele podem ter etiologias diversas e morfologicamente distinguem-se em: máculas, pápulas, placas, nódulos, urticas, vesículas, bolhas, pústulas, abscessos, úlceras e arranhões.
Essas lesões irão variar ainda em forma, tamanho, coloração e textura (erosão, crostas, fissuras, fístulas, escamas etc.).
Muito são os fatores que impactam na qualidade de pele das aves e, conforme observação à campo, o número de aves por metro quadrado é determinante no percentual de lesões.
No post mortem, será relevante a avaliação de lesões de pele, que sejam primária ou secundariamente inflamatórias e que possam gerar ou ser fruto de processos septicêmicos, ou ainda aquelas que tenham gerado algum reflexo na carcaça, Manual de Inspeção - MAPA, 2023.
Os problemas cutâneos em frango de corte têm se intensificado significativamente nos últimos anos e podem gerar condenas parcial ou total, dependendo da gravidade.
Atualmente, aparece como segunda maior causa de condenas parcial no Brasil, variando entre 0,4% e 8% ( Empresas no Brasil, 2023).
Poderá assumir a primeira causa de condenas parcial, superando as contaminações após a implantação do Sistema de Inspeção com base em risco, de acordo com a portaria n° 736, de dezembro de 2022.
Os arranhões, logo nos primeiros dias de vida, dependendo da qualidade microbiológica da “cama”, poderão evoluir para lesões de pele mais graves, chegando a condena total.
Fatores nutricionais e precocidade no empenamento das aves são fatores importantes que não devem serem negligenciados.
Linhagens de empenamento tardio apresentam índices de condenas mais altos por dermatoses, (Sabino et al., aviNews, 2023).
Aproveitamento de Patas: Apesar de não haver normativa específica para condenação de patas com calos no Brasil, o baixo aproveitamento acarreta prejuízos imensos, principalmente para as plantas que possuem habilitação para mercados, onde esse produto é extremamente valorizado, como a China, onde a pata é o segundo produto de maior valor agregado. Portanto, o aproveitamento das patas é crítico na lucratividade das empresas.
Observamos uma grande variação no porcentual de aproveitamento de patas, principalmente tipo A, onde se preconiza um coxim plantar totalmente íntegro.
Nas diferentes regiões e épocas do ano no Brasil, a média de aproveitamento de patas tipo A varia entre 25% e 80%, sendo que o principal motivo do baixo aproveitamento é a qualidade das “camas”.
As lesões podem ser pequenas, onde é possível realizar a limpeza e aproveitamento das patas, ou graves, em que é impossível a limpeza pela extensão e profundidade.
Temos observado nas plantas de abate que as lesões graves, impreterivelmente, são de lotes que iniciaram o problema ainda na primeira semana de vida do pintinho.
Nestes lotes, a qualidade e manejo das “camas”, devido a problemas de ventilação, manejo inadequado dos bebedouros, diarreias inespecíficas, entre outros, são fatores importantes nestes processos. Calos que se formam após 30 a 35 dias de idade são passíveis de serem limpos e aproveitados.
Fotos de relato de caso 2022: Empresa inicialmente com baixo aproveitamento de patas, após implementação no manejo inicial elevou o aproveitamento acima de 75% de patas tipo A.
Foto de classificação de patas com calo – Critério de aproveitamento de cada empresa. Possíveis e impossíveis de serem limpas, 2023 .
Impacto da qualidade de ovos férteis e Pintos de um dia no percentual de perdas e condenações nas plantas de abate de frangos no Brasil – Parte 2 BAIXAR EM PDF
Referências sob consulta junto ao autor
Gleidson Salles
Gerente de Marketing – Aves
Médico Veterinário, Mestre, Doutor em Biotecnologia
Ovírus da Doença Infecciosa da Bursa (IBDV) continuam sendo uma das mais desafiadoras preocupações de saúde avícola em todo o mundo. A proteção rápida contra IBDV é importante para reduzir a amplificação viral e a imunossupressão.
No Brasil, o potencial de infecção por IBDV nas primeiras 3 semanas de idade é alto, uma vez que frangos de corte são criados em cama reutilizada, e os anticorpos maternos transmitidos pelas reprodutoras diminuem por volta dos 14 dias de idade a níveis não protetivos.
Os vírus de maneira geral, evoluem com o passar do tempo, baseado na pressão ambiental, vacinal, recombinações e rearranjos, o que torna a prevenção, controle e erradicação de doenças virais muito complexo.
Um dos grandes desafios das vacinas vetorizadas é o estabelecimento de imunidade precoce, e é exatamente nesse ponto, que a Poulvac ® Procerta HVT-IBD se diferencia quando comparado com as vacinas vetorizadas de mercado.
Nesse sentido, as vacinas como ferramentas imunoprofiláticos exercem um papel fundamental para redução de perdas na avicultura.
Em estudos recentes a Poulvac ® Procerta HVT-IBD demonstrou alta precocidade nas repostas imunes, protegendo os pintinhos mais rapidamente (onset of immunity), e ofereceu melhor proteção geral aos desafios atuais do DIB em comparação com os concorrentes.
No gráfico abaixo é possível visualizar essa diferença, e demonstrou proteção eficaz em pintinhos com altos níveis de anticorpos maternos, além disso, se mostrou eficiente contra cepas variantes.
GERAL
RÁPIDA CONTRA IBDV In ovo In ovo Concorrente A Poulvac ® Procerta HVT-IBD
Gráfico 1: Numa avaliação da atrofia bursal, apenas o Poulvac ® Procerta HVT-IBD forneceu mais de 90% de proteção após um desafio clássico de DIB no dia 14.
Poulvac ® Procerta HVT-IBD. Na produção avícola o tempo vale ouro.
E é por isso que a Zoetis oferece uma vacina vetorizada que coloca o tempo ao seu favor.
Conheça o mais novo membro da Família Zoetis: A proteção precoce contra Marek e Gumboro que seu plantel precisa BAIXAR EM PDF
Luany Emanuella A. Marciano¹ e Simara Márcia Marcato²
¹ Doutoranda em Zootecnia - UEM
² Docente do Departamento de Zootecnia - UEM
Oaumento da população, juntamente com a crise de acesso e disponibilidade de alimentos é um risco provável para os próximos anos, com isso, é preciso criar estratégias para prevenir e proteger os sistemas agroalimentares contra futuros riscos (FAO, 2022)
É necessário pensar em produções sustentáveis, e a criação de insetos é uma alternativa para reduzir os riscos ao meio ambiente.
Os insetos são fontes de proteínas, lipídeos, minerais e vitaminas, e causam menor impacto (ARANTES et al., 2021).
São mais vantajosos por sua alta eficiência de conversão alimentar devido a sua natureza pecilotérmica, o que implica que a regulação da temperatura corporal depende mais do ambiente do que da energia alimentar.
Dessa forma, os insetos podem ser criados em diferentes substratos, incluindo resíduos orgânicos, industriais e agrícolas, convertendo-os de forma eficiente em proteína de alta qualidade (ANDREADIS et al., 2021).
Considerando que insetos são capazes de transformar um alimento de menor valor nutricional em um de alta qualidade, podendo ser utilizado tanto na nutrição humana quanto na alimentação animal, estimase que será muito promissor no futuro, principalmente porque a população vem crescendo exponencialmente.
Existem uma grande diversidade de insetos que podem ser utilizados na alimentação, dentre estes, o Zophobas morio, conhecido popularmente como tenébrio gigante.
É um animal com alto valor proteico (em torno de 50% de proteína bruta), fáceis de reproduzir, alimentar e bastante aceito pelos animais. Diante disso, objetivou-se determinar o valor nutricional da farinha de larvas de Zophobas morio para codornas.
Larvas de Zophobas morio foram criadas em caixas plásticas (31 x 46 x 19 cm) contendo ração de poedeira como alimento e diferentes vegetais como fonte de água.
Foram coletadas ao atingirem o último instar larval, que é o período antes da fase de pupa, em sequência, os insetos foram peneirados para retirada da dieta e deixados em jejum por um período de 24 horas, para que assim pudessem eliminar todo o conteúdo intestinal.
Após esse período foram lavados com água corrente a fim de retirar possíveis sujidades, insensibilizados em água com gelo por dez minutos, imersos em água clorada por 15 minutos, enxaguadas com água destilada e submetidos ao abate a frio, que consiste em manter as larvas a temperatura de -80°C por 24 horas.
Em seguida, os insetos foram liofilizados
(Liofilizador Christ, Alpha 2-4 LO plus) por quatro dias e moídos em micromoedor (Moinho analítico básico A 11 – IKA®), compondo assim a farinha para inclusão na ração e análises químicas o qual pode ser observado na Tabela 1 onde também são apresentados outros alimentos altamente proteicos utilizados na alimentação de aves.
Tendo em vista que a farinha de insetos não foi desengordurada, se destaca não só pela proteína, como também, por alto valor energético, o que pode auxiliar no incremento calórico.
Para avaliar o valor nutricional da farinha, foram utilizadas 64 codornas de postura (Coturnix coturnix japonica), com 28 dias de idade, com peso corporal de 110,2 ± 0,003 g, distribuídas em delineamento inteiramente casualizado, com dois tratamentos (dieta referência e teste), oito repetições e quatro aves (todas fêmeas) por unidade experimental.
As aves foram alojadas em gaiolas metabólicas de arame galvanizado equipadas com comedouro tipo calha, bebedouro automático tipo nipple e bandejas metálicas para coleta de excretas.
Foi adotado programa de iluminação contínuo, com 23 h de luz e 1 h de escuro, e fornecimento de água e ração ad libitum durante todo período experimental.
Tabela 1. Composição química analisada de larvas de Zophobas morio usadas no experimento e comparação com outros alimentos proteicos.
química (%)
¹ Valores de acordo com Rostagno et al., 2024.
AVIÁRIO VISION
para GALINHAS POEDEIRAS
AVIÁRIO GREEN WAY
para GALINHAS POEDEIRAS
AVIÁRIO GREEN START
para CRIA-RECRIA
Os tratamentos consistiram na ração referência (RR) e em uma ração teste (RT), composta por 90% da RR e 10% de farinha de Z. morio. A raçãoreferência foi formulada para atender as recomendações nutricionais propostas por Rostagno et al. (2017) para codornas japonesas na fase de recria.
Foi adotado o método de coleta total de excretas, que tem como princípio mensurar o total de alimento consumido e o total de excretas produzidas, utilizando 1% de óxido férrico (Fe3O2) como marcador de início e final da coleta.
O período experimental consistiu em cinco dias de adaptação às gaiolas metabólicas e às rações experimentais, seguidos de cinco dias de coleta total de excretas.
As amostras de excretas foram coletadas duas vezes ao dia (7 h e 16 h) e acondicionadas em sacos plásticos previamente identificados e congeladas, de acordo com a metodologia adaptada de Sibbald e Sliger (1963)
Ao final do experimento, as amostras de excretas foram descongeladas, homogeneizadas, pesadas e desidratadas em estufa de ventilação forçada a 55 °C por 72 h, para determinação da présecagem.
Posteriormente, as excretas foram moídas em micromoedor e encaminhadas ao Laboratório de Análises de Alimentos e Nutrição Animal, da Universidade Estadual de Maringá.
Os teores de matéria seca (MS), matéria mineral (MM), matéria orgânica (MO), proteína bruta (PB), extrato etéreo (EE) fibra bruta (FB) e energia bruta (EB) das amostras de farinha de larvas de Z. morio, rações experimentais e excretas foram quantificados de acordo com os procedimentos descritos pela AOAC (2005).
Os coeficientes de digestibilidade aparente total (Tabela 2) da MS, MM, MO, PB, EE e FB foram determinados com base no consumo de ração, na produção de excretas e nas análises químicas da farinha de tenébrio gigante, das dietas experimentais e das excretas.
Os valores de energia bruta, energia metabolizável aparente (EMA) e energia metabolizável aparente corrigida para retenção de nitrogênio (EMAn) da farinha de tenébrio gigante foram determinados de acordo com equações propostas por Matterson et al. (1965), utilizando 8,22 como fator de correção do nitrogênio.
2.
Coeficientes de metabolização (%)
EMA: energia metabolizável aparente e EMAn: energia metabolizável aparente corrigida
Os coeficientes de digestibilidade dos nutrientes e os níveis de EMA e EMAn sugerem que o tenébrio gigante é uma boa fonte nutricional.
Araujo et al. (2011) apresentaram um compilado de coeficientes de metabolizabilidade de energia bruta e energia metabolizável aparente corrigida para alguns alimentos, observou-se que os valores para alimentos mais proteicos como farelo de soja, farinha de carne e ossos, farinha de vísceras e aves e farinha de peixe foram: 55,31% e 2380 (kcal/kg); 58,95% e 1826 (kcal/kg); 69,92% e 3160 (kcal/kg) e 63,85% e 2368 (kcal/kg), respectivamente.
Os coeficientes de metabolizabilidade da energia bruta e energia metabolizável aparente corrigida no presente trabalho foram de 72,20% e 4234,27, sendo estes, superiores a outros alimentos proteicos, este aspecto pode tornar os insetos como atrativo e funcional para formulação de rações para aves.
Schiavone et al. (2017) avaliando a digestibilidade da mosca-soldadonegro parcialmente desengordurada e totalmente desengordurada para frangos obtiveram valores semelhantes. Sendo maior apenas para o extrato etéreo, que foi de 98%.
Logo, é necessário estudos avaliando o efeito do tenébrio gigante desengordurado, para se ter uma melhor comparação.
A inclusão de outro inseto (Spodoptera littoralis) na ração de codornas em crescimento no estudo de Hatab et al. (2020) resultou em melhores efeitos sobre o crescimento, parâmetros de desempenho alimentar, características de carcaça, índices hematológicos e bioquímicos do que no grupo controle, podendo ser considerado um novo ingrediente promissor para rações para aves.
O uso de larvas de Zophobas morio pode ser um ingrediente adequado para dietas de codornas em crescimento, sendo este um alimento rico em proteína e energia, principalmente.
Quando comparado a outros alimentos proteicos utilizados na avicultura, como o farelo de soja por exemplo, observa-se que a farinha de insetos se comporta tão bem quanto.
Além disso, este estudo fornece dados sobre a energia metabolizável aparente da refeição, que são úteis na formulação de dietas para codornas.
Referências sob consulta junto ao autor.
Alceu Kazuo Hirata¹ e Carlos Dalle Mole² ¹Coordenador Técnico de Biológicos Vetanco ²Gerente Biológicos Vetanco
Apreocupação com os diversos sorotipos de Salmonella spp. é constante em todos os elos da cadeia produtiva avícola.
Atualmente, este gênero de bactéria é considerado um índice de qualidade para indústria de alimentos, países importadores para os maiores players de mercado do ramo alimentício, inclusive no segmento de carnes de aves (Queiroz et al., 2023).
Para atingir resultados satisfatórios com ausência deste patógeno no produto final, especificamente em carnes de frango de corte, exige um controle amplo desde as matrizes pesadas até as plantas frigoríficas.
Vacinas inativadas conhecidas também como bacterinas podem ser produzidas contendo célula inteira ou subunidades da bactéria. Estas bacterinas estimulam especificamente a resposta imune humoral, contra antígenos produzidos in vitro (Barrow e Wallis, 2000).
Desta forma, garantir procedimentos de biosseguridade já em granjas de matrizes pesadas focados em mitigar as bactérias gênero Salmonella contribuem na redução ou ausência deste patógeno (Baptista et al., 2023).
A imunização das aves através de vacinação é considerada um procedimento de biosseguridade (Mallioris et al., 2023) que atua estimulando o sistema imunológico a produzir células de defesa específicas e anticorpos (Lee et al., 2021).
Dentre as tecnologias de vacinas mais utilizadas na avicultura para salmonelas paratíficas atualmente são: as inativadas intramusculares (bacterinas e autógenas) que estimulam a imunidade sistêmica, as vivas atenuadas via água de bebida e, a tecnologia mais recente, as vacinas de subunidade via água de bebida.
Apesar das vacinas inativadas apresentarem um excelente estímulo para produção de anticorpos, elas são ineficazes em estimular a resposta imune mediada por células (Babu et al., 2003).
Deste modo, a ação da imunidade de mucosa através de barreiras (exemplo muco), modulação de células do sistema imune inato e imunoglobulina A proporcionam uma maior proteção, dificultando a invasão de patógenos (Muir et al., 1998).
No caso das vacinas de subunidade proteica, estas têm como mecanismo de ação em mucosas intestinais a entrada da subunidade proteica em células M ou por reconhecimento de células dendríticas na mucosa intestinal após estímulos prévios do sistema imunológico na lâmina própria intestinal (Sousa-Pereira e Woof, 2019).
Assim, a célula dendrítica tem a capacidade de apresentar a subunidade proteica como um antígeno dos linfócitos T e, em seguida, são apresentadas para linfócitos B, que se diferenciam em plasmócitos.
Estes plasmócitos são responsáveis pela produção da IgA secretória, que é secretada da lâmina própria para o lúmen intestinal, neutralizando patógenos (Zmrhal et al., 2022).
Atualmente, é conhecido que a vacinação em reprodutoras de frangos de corte reduz a prevalência de salmonela na progênie (Dórea et al., 2010).
Estudos demonstraram que progênies de frangos de corte onde as matrizes pesadas foram imunizadas para Salmonella spp. apresentaram menores prevalências em caixas e forro de caixas de pintinhos, no suabe de arrasto, poeira do aviário e carcaças quando comparado a progênies de reprodutoras não vacinadas (Obe et al., 2023).
E como pode ocorrer esta transferência de imunoglobulina para progênie?
A transferência de imunoglobulinas Y (IgY) e imunoglobulinas A (IgA) para ovos está bem estabelecida, onde as IgY são transferidas pela gema do ovo e as IgA pelo albúmen e adentram a progênie a partir do dia 14 de incubação (Kaspers et al., 1996; Lee et al., 2021)
E, neste contexto, pelo fato de vacinas de subunidade estimularem principalmente a imunidade de mucosa onde a IgA é a imunoglobulina em questão, a progênie pode ser imunizada verticalmente.
Desta forma, um estudo realizado em reprodutoras de frango de corte vacinados com vacina de subunidade Biotech Vac® Salmonella via oral teve com o objetivo compreender o comportamento da formação de sIgA específico da vacina na fase de recria e produção. Além das reprodutoras (n=10), foram coletados materiais da progênie das aves vacinadas (n=10).
O protocolo vacinal com foco em prevenção de salmonela era composto de 3 doses de vacina de subunidade via água de bebida, associada a uma dose de vacina inativa intramuscular na fase de recria.
As coletas de materiais biológicos intestinais encaminhadas para análises laboratoriais imunológicas ocorreram com 10 semanas de idade (fase de recria), 30 e 45 semanas de idade na fase de produção, e as progênies com 1 dia de idade e 7 dias de idade coletadas eram provenientes das reprodutoras vacinadas.
Outro estudo utilizando apenas a vacina de subunidade Biotech Vac® Salmonella foi realizado para compreender o comportamento da formação de sIgA protetivo nas aves adultas e suas progênies.
Pode ser observado a produção da sIgA específica da vacina de subunidade em todas as fases das aves (Figura 1).
As progênies das aves com 45 semanas de 1 e 7 dias de idade também apresentaram produção de sIgA secretório (Figura 1) com limiar protetivo contra Salmonella spp. demonstrando a eficácia na prevenção desta bactéria a nível de matrizes pesadas e progênies.
O protocolo vacinal utilização para o controle de salmonela foi de 3 doses de vacina de subunidade via água de bebida.
Neste estudo, as coletas de materiais biológicos intestinais foram realizadas na fase de produção com 45 semanas de idade (n=10) e nas progênies com 1 dia de idade (n=10).
Estas aves avaliadas apresentaram produção de sIgA específico da vacina (Figura 2). Além disso, as análises de isolamento de Salmonella spp. foram negativas para este patógeno.
Figura 1. Produção de sIgA específica da vacina de subunidade Biotech Vac® Salmonella em matrizes pesadas de 10, 30 e 45 semanas de idade e das progênies proveniente das matrizes pesadas de 45 semanas de idade (1 e 7 dias de idade).
Figura 2. Produção de sIgA específica da vacina de subunidade Biotech Vac® Salmonella em matrizes pesadas de 45 semanas de idade e das progênies com 1 dia de idade.
Deste modo, a utilização de vacinas com tecnologia capaz de reduzir a carga de salmonelas paratíficas de maneira precoce nas matrizes pesadas e com potencial de produção de imunoglobulinas
A ao nível de mucosa nas aves adultas e progênie associada a um bom programa de biosseguridade, garantindo segurança alimentar e um produto de qualidade para comercialização e consumo.
Assim, pode-se concluir que a imunização com a vacina de subunidade Biotech Vac® Salmonella em matrizes de frango de corte induz a produção de IgA específica da subunidade como também imuniza as progênies a partir da passagem destes anticorpos a níveis protetivos.
Proteção da Progênie para Salmonelas Paratíficas: a influência da Imunização de Matrizes Pesadas com Vacina de Subunidade via água de bebida BAIXAR EM PDF
Referências bibliográficas sob consulta junto ao autor.
Gerardo Villalobos Saume M.V., Msc Nuproxa Switzerland
Tanto os frangos de corte quanto as poedeiras enfrentam desafios constantes em seu ambiente intestinal devido à presença de uma ampla gama de patógenos e toxinas.
A carga antigênica, que representa a soma total dos antígenos presentes no intestino, desempenha um papel crucial na resposta imunológica e na saúde intestinal dessas aves.
Neste artigo, exploraremos como o impacto da "sobrecarga" de antígenos pode levar à inflamação e ao estresse oxidativo no intestino das aves, comprometendo a integridade e o desempenho dos órgãos, bem como as estratégias para atenuar esse impacto e manter o equilíbrio do microbioma intestinal.
A resposta imunológica intestinal em aves é uma interação complexa entre o sistema imunológico do hospedeiro e os antígenos presentes no intestino.
Quando vários antígenos, como vírus de campo ou de vacina, bactérias, protozoários, micotoxinas, etc., atacam o intestino simultaneamente, eles podem desencadear uma resposta imune avassaladora com consequências inflamatórias e oxidativo-redutivas que afetam a integridade intestinal.
Uma alta carga antigênica pode resultar em supressão imunológica ou inflamação excessiva, o que compromete a capacidade do sistema imunológico de combater infecções (Gao et al., 2008)
Isso pode aumentar a suscetibilidade das aves a doenças intestinais e afetar negativamente sua saúde geral e seu desempenho.
Quais fatores contribuem para a carga antigênica?
As práticas de manejo;
Patógenos na água, na cama ou no ambiente em geral e,
Vários fatores podem contribuir para a sobrecarga antigênica nas aves, incluindo:
A qualidade da ração;
A presença de patógenos na ração.
Uma dieta deficiente em nutrientes essenciais pode enfraquecer o sistema imunológico e aumentar a suscetibilidade a doenças intestinais. (Spring et al., 2000)
Esse é outro fator que contribui para a sobrecarga antigênica que afeta a integridade intestinal e que é frequentemente ignorado.
A importância da vacinação na avicultura é inquestionável, pois é essencial para prevenir e controlar várias doenças, melhorar o desempenho da produção, reduzir o uso de antimicrobianos e proteger a saúde pública.
No entanto, a intensa pressão de vacinação, tanto em termos de quantidade quanto de tipos de vacinas e o tempo que leva para desenvolver sobrecargas antigênicas que afetam a integridade intestinal das aves, muitas vezes é subestimada ou não é levada em consideração ao avaliar os problemas apresentados e os programas de saúde intestinal.
A administração de várias vacinas virais simultaneamente em aves ou mesmo o uso de vacinas coccidiais pode representar uma carga antigênica significativa que compromete a saúde intestinal e a resposta do sistema imunológico (Rinkinen et al., 2018).
Em primeiro lugar, cada vacina viral introduzida no organismo aviário desencadeia uma resposta imunológica específica destinada a combater o vírus presente na vacina (Bedford & Gong, 2018).
Essa resposta imunológica envolve a ativação de células imunológicas e a produção de anticorpos para neutralizar o vírus.
No entanto, quando várias vacinas virais são administradas simultaneamente, o sistema imunológico das aves pode ser sobrecarregado pelo número de antígenos virais presentes.
Além disso, a sobrecarga antigênica pode interferir na eficácia das próprias vacinas, pois o sistema imunológico pode não ser capaz de montar uma resposta adequada a cada vírus presente nas vacinas (Rinkinen et al., 2018).
Embora as vacinas sejam projetadas para proteger as aves contra doenças específicas, a aplicação de várias vacinas ao mesmo tempo pode sobrecarregar o sistema imunológico das aves e desencadear uma série de respostas adversas, como inflamação e estresse oxidativo intestinal, resultando em danos às junções estreitas e perda da integridade da barreira intestinal (Rinkinen et al., 2018).
Inflamação intestinal e estresse oxidativo: uma consequência do impacto da carga antigênica
Quando as aves são expostas a uma carga antigênica elevada, como a presença simultânea de vírus, bactérias, protozoários, micotoxinas ou a ação de fatores antinutricionais, gorduras rançosas ou oxidadas, etc., pode ser desencadeada uma resposta inflamatória intestinal sustentada e de alta intensidade.
Essa inflamação intestinal é uma resposta natural do sistema imunológico para combater infecções ou agressões e eliminar agentes patogênicos.
Além da inflamação, o estresse oxidativo é outra consequência do impacto da carga antigênica sobre a resposta imune intestinal das aves (Figura 1).
Ingestão de compostos tóxicos
Inflamação intestinal
Estresse oxidativo
Medidas para reduzir a sobrecarga antigênica e promover a saúde intestinal
Para manter a saúde intestinal e a eficácia do sistema imunológico das aves, é essencial tomar medidas para reduzir a carga antigênica.
Por um lado, o uso estratégico de programas de vacinação, ambiente sanitário e higiênico, programas de equipamentos e programas de biossegurança são fundamentais para ajudar a reduzir a carga antigênica e evitar a disseminação de doenças.
O estresse oxidativo ocorre quando há um desequilíbrio entre a produção de espécies reativas de oxigênio (ROS) e a capacidade antioxidante do organismo de neutralizá-las.
A presença de uma alta carga antigênica no intestino pode aumentar a produção de ROS como resultado da resposta inflamatória e da ativação das células imunológicas.
Essas espécies reativas de oxigênio podem causar danos oxidativos às células intestinais e às junções estreitas, comprometendo a integridade do epitélio, sua função e o efeito da barreira intestinal.
Além disso, é importante fornecer uma nutrição equilibrada e de alta qualidade para fortalecer o sistema imunológico e o uso de algumas ferramentas poliherbais, como o PeptaSan™, contribuem para o equilíbrio do microbioma intestinal, reduzem a inflamação crônica e o estresse oxidativo intestinal, ao mesmo tempo em que participam do gerenciamento dos efeitos causados por patógenos intestinais, como a coccídia, por meio de diferentes mecanismos de seus ingredientes ativos.
PeptaSan™ modula a resposta e a liberação de citocinas próinflamatórias e a resposta das células sentinelas NK, MK, CD, prevenindo e reduzindo efetivamente a inflamação intestinal crônica, que é uma das ações mais importantes a serem alcançadas em qualquer programa de saúde intestinal.
Essa ação do PeptaSan™ é alcançada por meio da alta concentração de flavonoides e polifenóis muito específicos em sua fórmula, que têm fortes ações imunomoduladoras, anti-inflamatórias e antioxidantes no epitélio intestinal.
PeptaSan™ é uma mistura poliherbal 100% natural cujos componentes bioativos, com alta concentração de compostos antioxidantes, anti-inflamatórios e anticoccidianos, atuam ativamente para desacelerar o ciclo oxidativoredutivo e inflamatório como resultado do desequilíbrio antioxidante gerado tanto pela sobrecarga antigênica quanto pela infecção por Eimeria spp.
Dessa forma, o PeptaSan™, graças aos seus bioativos, promove a integridade da membrana celular, a regeneração dos tecidos, o equilíbrio osmótico intestinal e o equilíbrio da microbiota, o que, em última análise, resultará em uma função imunológica aprimorada contra a coccidiose, melhor saúde intestinal e desempenho animal.
Em conclusão, a carga antigênica desempenha um papel crucial na resposta imunológica e na saúde intestinal das aves.
Uma carga antigênica elevada pode comprometer a capacidade do sistema imunológico de combater infecções e aumentar a suscetibilidade a doenças intestinais, exercendo um impacto significativo sobre a saúde intestinal e a resposta imunológica das aves.
A inflamação e o estresse oxidativo são consequências comuns do impacto da sobrecarga antigênica no intestino, o que pode comprometer a saúde e o desempenho das aves.
O impacto da sobrecarga antigênica na resposta imunológica e na saúde intestinal de aves BAIXAR EM PDF
Ouso de vacinas inativadas como parte de um programa de controle de enfermidades é uma prática globalmente adotada pela indústria avícola.
Eficazes na manutenção da saúde e do bem-estar dos animais, também previnem prejuízos econômicos, permitindo que as aves manifestem seu máximo potencial de produção.
Podem possuir de uma a múltiplas valências, e variam em apresentação, sorotipos e aspectos físico-químicos, como viscosidade, densidade e emulsão –características relevantes de um adjuvante para modulação da imunidade.
Os adjuvantes podem atuar aumentando a imunogenicidade de antígenos, bem como a velocidade e o tempo de duração da resposta imunológica.
Adjuvantes contendo sistemas de liberação de antígenos, como o hidróxido de alumínio e emulsão óleo/água, são os mais utilizados nas vacinas comerciais (MOLITOR et al, 1985).
A qualidade de emulsão é um fator crítico para a efetividade de uma vacina inativada. Não basta conter a quantidade correta de cada fração antigênica, é crucial que todos os elementos estejam distribuídos de maneira homogênea, fazendo com que cada dose aplicada seja capaz de produzir o estímulo imunológico necessário para a proteção da ave vacinada (imunidade ativa) e de sua progênie (imunidade passiva).
Vale ressaltar que, quanto mais homogênea uma vacina for microscopicamente, mais uniforme tende a ser a liberação de antígenos durante sua ação.
Vacinas com grandes esferas oleosas podem resultar em comportamento irregular e, consequentemente, resposta imune insatisfatória em lotes vacinados. As que são excessivamente viscosas tendem a lesionar o peito das aves, causando prejuízos. Já as vacinas pouco densas tendem a dificultar a liberação de antígenos.
Abaixo está demonstrado o resultado de um estudo comparativo, feito através de Microscopia óptica (400x), entre as emulsões utilizadas nas vacinas inativadas disponíveis no Brasil (Rodriguez C.A.R, Análise físico-química para quatro diferentes vacinas aviarias,2015. Dados internos MSD): Nas imagens é possível perceber claramente a diferença visual entre os 4 produtos, que resultarão em respostas imunitárias distintas até possíveis lesões no peito das aves vacinadas.
A MSD Saúde Animal utiliza em sua linha Nobilis® de vacinas inativadas a tecnologia de microemulsão, com partículas cerca de 100 vezes menor quando comparadas a emulsões convencionais (Langevin, 1988; Rosano, 1974).
Dados apurados no primeiro semestre de 2023 demonstram que a Nobilis® RT+IBMulti+G+ND, vacina inativada contra Rinotraqueíte Aviária, Bronquite Infecciosa, Doença de Gumboro e Doença de Newcastle, acumula resultados expressivos no mercado avícola nacional.
Ao analisarmos os números levantados, uma a cada duas matrizes alojadas no país recebeu, pelo menos, uma dose de Nobilis® RT+IBMulti+G+ND durante a fase de recria.
No caso da doença de Gumboro, o agente não espera e pode infectar as aves nos primeiros dias de vida.
Em amostras coletadas e analisadas (teste de ELISA) pela equipe técnica da MSD Saúde Animal, em parceria com um produtor, a vacina Nobilis® RT+IBMulti+G+ND tem demonstrado resultados consistentes tanto nas matrizes quanto em suas respectivas progênies, garantindo uma proteção duradoura.
O sucesso sustentável da indústria avícola também passa pela evolução no controle de patologias respiratórias, ratificando, ainda mais, a correta escolha da vacina inativada.
Um estudo realizado com cinco grupos de aves SPF, com diferentes programas vacinais de inativadas e desafiadas com cepas de Bronquite Infecciosa (M41, 4/91, QX, Q1, VAR 2), apontou diferentes níveis de efetividade da proteção cruzada (cepas heterólogas) dessas inativadas.
Tabela 1. Média de título de vírus neutralização (log2) em soros coletados nos diferentes tratamentos (15/19/21sem)
Aumento no título médio de VN (log₂) contra M41 na semana
Aumento no título médio de VN (log) contra 4/91 na semana
Aumento no título médio de VN (log₂) em relação a QX na semana
Aumento no título médio de VN (log₂) em relação ao primeiro trimestre na semana
Aumento no título médio de VN (log₂) em relação ao Var2 na semana
Vacinação
Preparação ao vivo, sem inac
Preparação ao vivo + inac
Preparação ao
Preparação ao vivo + inac C (Nobilis® RT+IBMulti+G+ND)
A vacina Nobilis® RT+IB MuIti+G+ND contempla duas cepas de bronquite infecciosa na sua constituição (D274 e M41), fazendo com que o espectro protetivo para isolados homólogos e heterólogos seja ampliado frente a outras vacinas inativadas do mercado brasileiro.
Portanto, a avaliação criteriosa das opções de vacinas inativadas disponíveis sempre deve levar em consideração fatores importantes como:
Transferência adequada de anticorpos das matrizes as suas progênies.
Valência;
Densidade;
Proteção contra os diferentes desa os de campo e, 01 06 05 04 03 02 Viscosidade;
Qualidade de emulsão;
A excelência em resultados e o sucesso sustentável da cadeia avícola passam pela escolha da vacina inativada.
Vacina inativada Nobilis® RT+IBMulti+G+ND: detalhes que fazem toda a diferença BAIXAR EM PDF
Referências bibliográficas sob consulta junto ao autor.
Ronise Faria Rohde Depner
Consultora em Nanotecnologia e Inovação
Aberta, Médica Veterinária, Mestre e Doutora em Med. Vet. Preventiva
Éfato que a nanotecnologia veio para ficar. Muito se tem investido ao redor do mundo na pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias de escala nano e as descobertas e inovações têm sido incríveis nessa área do conhecimento.
Com a grande expectativa de que seja um marco no controle microbiológico de superfícies e uma das grandes esperanças na luta contra os graves patógenos da avicultura, como a Salmonella e Influenza aviária, essa tecnologia vem rompendo padrões e propondo soluções disruptivas para o setor.
Além das novas tecnologias antimicrobianas, poderá revolucionar ainda:
Os segmentos de nutrição animal;
Indústrias de alimentos; Embalagens;
Fármacos e, Agricultura.
Esta última, produzindo impacto indireto também na cadeia de proteína animal por meio da produção de grãos em maior quantidade e qualidade.
De acordo com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, a nanotecnologia é uma das Tecnologias Habilitadoras estratégicas para o desenvolvimento social e econômico país.
Com inovações até pouco tempo inimagináveis nas mais diversas áreas, como energia, saúde, indústria têxtil, agronegócios, meio ambiente, construção civil e aeroespacial entre outras, ela vem recebendo crescentes investimentos públicos e privados, dado o potencial impacto e geração de valor em todas as suas áreas de aplicação.
Existem inúmeros tipos de nanomateriais em desenvolvimento, dentre eles podemos citar as nanopartículas, nanocápsulas, nanotubos de carbono e quantum dots.
Mas, o que é nanotecnologia?
Como ela poderá ser aplicada na rotina da avicultura e quais seus possíveis impactos?
Essas e outras perguntas serão respondidas brevemente, sem a pretensão, porém, de esgotar um assunto tão vasto e em plena expansão.
O intuito é trazer luz a um tema que será cada vez mais discutido e já está promovendo uma grande revolução em diversos setores da vida, incluindo a medicina veterinária, agropecuária, meio ambiente e, claro, a avicultura.
Esse, como um dos setores mais bem organizados e tecnificados, tende a ser um dos pioneiros na adoção das tecnologias de ponta, beneficiando-se de todo o seu potencial e alavancando a lucratividade do setor.
A nanotecnologia tem aplicações que permeiam todos os pilares da saúde única (humana, animal e ambiental).
Trata-se de um campo científicotecnológico transversal e disruptivo que se dedica ao estudo, controle, desenvolvimento e aplicação das propriedades da matéria na nanoescala (1,0x10-9m) o que equivale a 1 bilionésimo do metro.
Átomo de H
Molécula de água
Nanotubo Ribosoma DNA
Bactéria E. coli
Para que se tenha ideia de tamanho, podemos usar como referência de escala a ilustração abaixo.
Como vemos na imagem, as nanopartículas são menores que os vírus, bactérias, células sanguíneas e cancerígenas, por exemplo. Nessa ciência o tamanho e o formato das partículas muda tudo.
Hemácia - célula do sangue Carrapato Moeda de 1 Euro
Bola de futubol Planeta Terraonde vivemos
0,1
1
Fonte: Disponível na internet http://dev.fbfdobrasil.com.br/blog/a-nanotecnologia-na-industria-de-alimentos/
Manipular a matéria em escala tão pequena possibilitará, por exemplo, desenvolver terapias antimicrobianas muito potentes, entregar fármacos diretamente dentro de uma célula cancerígena, fornecer nutrientes com maior biodisponibilidade e absorção controlada, e até produzir nanorobôs que atuem diretamente dentro do corpo, removendo coágulos ou entregando ativos em determinados locais, entre tantas outras possibilidades.
Um dos aspectos interessantes dessa tecnologia é que a matéria pode se comportar de maneira diferente do convencional quando em escala nano, o que confere novas aplicações a materiais já conhecidos.
Isso se deve, em parte, à grande área de superfície em relação ao volume da partícula, o que a torna mais reativa, além das interações físico-químicas que podem ser diferentes daquelas expressadas quando em maior escala. Um exemplo claro disso são os nanomaterias utilizados para compor as tecnologias quânticas.
Além do tamanho, o formato da partícula também interfere na sua atividade. Podem ser cilíndricas, cúbicas, esféricas, tubulares, em 2D, dentre outras. Dessa forma, nanopartículas do mesmo material mas de diferentes formatos e tamanhos, poderão desempenhar atividades biológicas e de toxicidade diferentes, apresentando tropismo por determinados tecidos ou tendência de acumulação em certos órgãos a depender das suas características físicoquímicas.
Na avicultura, assim como em toda a medicina veterinária, é esperada uma revolução nas terapias com novas classes de fármacos antimicrobianos, antiparasitários e até anticancerígenos sendo desenvolvidos.
A nanotecnologia tem ainda outras possibilidades mais complexas e muito interessantes. É possível construir partículas compostas por um núcleo de um determinado material e revestidas por outro, as chamadas “core-shell”
Essas estruturas conferem propriedades únicas de maior estabilidade e controle de liberação da carga, que são muito úteis para desenvolvimento de fármacos com liberação controlada e catalisadores.
Pode-se ainda “decorar” a superfície de uma partícula com outra molécula, o que conferirá a propriedade de “Drug Delivery” de fármacos antimicrobianos, anticancerígenos ou para adjuvante de vacinas.
O setor dos biológicos também poderá se beneficiar da nanotecnologia, especialmente na otimização dos adjuvantes das vacinas. Nanopartículas metálicas como ouro, prata e cobre terão papel preponderante nesses desenvolvimentos.
Biossensores também estão sendo construídos e prometem revolucionar o diagnóstico de muitas enfermidades assim como o controle de qualidade de alimentos como leite e carne, tornandoos mais rápidos, baratos e confiáveis, possibilitando diagnósticos instantâneos diretamente no campo ou na indústria.
A nanoencapsulação de ativos é uma ferramenta muito útil que já está disponível no mercado.
Essa tecnologia pode potencializar o efeito do fármaco, diminuindo significativamente a dose necessária, reduzir sua toxicidade e efeitos colaterais, além de permitir uma liberação controlada, prolongando sua eficácia e reduzindo a quantidade de aplicações, o que facilita muito o manejo dos rebanhos.
A nanoencapsulação está sendo muito utilizada no campo da nanobiotecnologia, e vem trazendo avanços interessantes, especialmente no mercado dos orgânicos.
Outra grande oportunidade é na avicultura de postura. Revestimentos nanotecnológicos podem conferir atividade antimicrobiana e maior resistência à casca dos ovos mantendo o produto fresco, aumentando o shelflife (facilitando assim as exportações) e reduzindo a quantidade de ovos trincados, a depender da tecnologia empregada.
Ambientes de criação de animais e de processamento de alimentos mais seguros também já são possíveis com o uso dessas tecnologias, reduzindo a contaminação ambiental e cruzada em granjas e frigoríficos, por exemplo, sendo mais uma barreira no combate a patógenos como Salmonella sp., E. coli, Listeria sp., entre outros. Para tanto, o mercado já dispõe de polímeros (plásticos), pisos, cerâmicas, tecidos e até esponjas antimicrobianas.
No campo da nutrição animal, a suplementação de nutrientes em nanoescala tem sido pesquisada e desenvolvida há anos. Minerais essenciais mais biodisponíveis, como zinco, selênio e cobre já estão disponíveis e poderão ser melhor absorvidos, exigindo menores quantidades de inclusão, além de produzir menor impacto ambiental pela sua redução na excreta dos animais. Outros ativos nanoencapsulados, como óleos essenciais também já se encontram em desenvolvimento.
O tratamento da água de bebida ou dos efluentes também poderá ser facilitado pela utilização de membranas e filtros contendo nanotecnologia ou adição de nanopartículas magnéticas para retenção de resíduos.
Na agricultura, a nanotecnologia está sendo explorada para enfrentar desafios que vão desde a produção sustentável de alimentos, aumento da produtividade, maior resistência das plantas frente a estresses bióticos e abióticos até o controle de pragas nas culturas.
A aplicação dessas tecnologias visa aumentar a segurança alimentar da população, reduzir o uso de produtos químicos como os defensivos convencionais e melhorar a qualidade dos produtos agrícolas. Nesse segmento, as empresas de nanotecnologia já demonstram bons resultados práticos a campo.
Por ser uma ciência relativamente nova, alguns desafios ainda precisam ser superados, é claro.
Destacamos como principais pontos, a ampliação do conhecimento sobre a toxicidade (citotoxicidade e ecotoxicidade) de cada uma das tecnologias em desenvolvimento e o estabelecimento de mecanismos regulatórios nacionais e internacionais criteriosos e coerentes.
É também imprescindível que as inovações sejam adotadas de forma responsável, levando em consideração os potenciais impactos ambientais e de saúde pública. Com uma abordagem equilibrada, a nanotecnologia tem o potencial de revolucionar positivamente a avicultura e o setor agropecuário como um todo.
Para tanto, as parcerias públicoprivadas tendem a fornecer grande contribuição e o contato com profissionais que estão à frente desse conhecimento poderá encurtar bastante o caminho das empresas e trazer inovação de verdade a setores tão competitivos como os do agronegócio.
Nanotecnologia: a próxima revolução da indústria avícola e do agronegócio BAIXAR EM PDF
Referências sob consulta junto ao autor
Ingrid Martinez, Alexandre Barbosa de Brito, Miliane Alves da Costa, Alexandra Garcia
AB Vista Latam
Oconceito de fibra vai além de sua capacidade de reter (solubilidade) ou não reter (insolubilidade) água; de fato, é possível abordar seu estudo com base na composição das moléculas presentes.
O estudo da composição química da fibra mostra sua complexidade, tanto com o uso de métodos baseados na hidrólise com detergentes (neutros ou ácidos) quanto com base na hidrólise com enzimas.
O último método é a maneira mais direta de conhecer sua composição, determinando o conteúdo e as características das moléculas.
O método analítico Englist inclui o estudo do conceito conhecido como fibra alimentar (polissacarídeos não amiláceos - PNA mais lignina), no qual é quantificada a presença de xilanas, arabinose, glicose, rafinose, manose, entre outras moléculas, classificadas em frações solúveis e insolúveis.
Conhecer a proporção dessas moléculas nos ingredientes típicos usados na produção de aves e na dieta final em si é considerado um ponto de partida para decidir qual tipo de enzima carboidrase usar.
Por meio do serviço de quantificação
NIR, Feed Quality Service (AB Vista), estimou-se que o teor de arabinoxilanos solúveis no milho para a região da América Latina em 2023 foi, em média, de 0,12%, e o teor de arabinoxilanos insolúveis foi de 3,64%, enquanto o NAP total foi de 6,78%.
No caso da pasta de soja, o teor médio estimado de arabinoxilanos solúveis foi de 1,13%, o de arabinoxilanos insolúveis foi de 3,01% e o de NAP foi de 16,15%. No caso de coprodutos como o DDGS, a quantidade de ANP aumenta em 241%.
Assim, observamos que, na composição de dietas à base de milho e farelo de soja, a porção de arabinoxilanos presente é maior, em comparação, por exemplo, com a quantidade de mananos.
Em exercícios de quantificação, a quantidade de arabinoxilanos em uma ração final à base de pasta de milho e soja representa de 3 a 5% do peso total, enquanto a fração insolúvel representa 82% desses 3 a 5%.
Na indústria de ração animal, há várias fontes de enzimas que têm como alvo a fração de PNA de cereais, como o milho, e de oleaginosas, como o farelo de soja, e um dos critérios a serem considerados na escolha da enzima a ser usada é a quantidade de substrato presente e, portanto, o uso de xilanases tem um efeito potencial maior em dietas à base de milho e farelo de soja.
Por outro lado, o produto remanescente da ação enzimática também é um fator importante a ser considerado, pois é por meio do uso de xilanases específicas que se obtém a geração de porções de oligossacarídeos que promovem os processos fermentativos no trato digestivo, obtendo um efeito benéfico que não é obtido com a produção de açúcares simples (pentoses).
É essa via de produção de frações fermentáveis que tem sido relacionada aos resultados obtidos no animal com o uso de certas xilanases, em vez de outros mecanismos propostos anteriormente, como a atenuação da viscosidade no intestino e o efeito gaiola.
As frações insolúveis de fibra alimentar não podem ser hidrolisadas no trato digestivo de animais monogástricos, pelo menos não em grande escala.
Ao agir sobre os PNAs, as xilanases produzem oligossacarídeos de cadeia curta, que são fornecidos diretamente aos microrganismos benéficos. Existem padrões de consumo preferencial por famílias ou espécies de microrganismos característicos do microbioma intestinal;
É o caso do gênero Bifidobacterium, que tem preferência por frações de oligossacarídeos com menos de 15 ligações moleculares, enquanto espécies reconhecidas como patogênicas, como Escherichia coli, têm predileção por açúcares simples e também têm a capacidade de se alimentar de aminoácidos não digeridos, dando origem a compostos tóxicos como escatol, fenol, aminas biogênicas, entre outros (Apajalahti & Vienola, 2016).
A inclusão de carboidrases que atuam nas frações solúveis e insolúveis seria ideal para gerar mais benefícios a partir do substrato presente nas dietas típicas de milho e farelo de soja.
Portanto, ao promover o crescimento de populações com perfil fibrolítico, que são benéficas, promovem-se os mecanismos de exclusão competitiva no trato gastrointestinal e a geração de ácidos graxos de cadeia curta.
Assim, essa nova categorização de produto, conhecida como Stimbiotic, leva ao perfil de um microbioma com maior capacidade de hidrólise das frações insolúveis dos NAPs presentes na ração, aumentando o crescimento de populações benéficas, como as famílias Ruminococcacea e Lachnospiraceae.
As propriedades prebióticas de frações como XOS (xilo-oligossacarídeos) e AXOS (arabino-xilo-oligossacarídeos), que são produtos da ação de endoxilanases sobre xilanos e arabinoxilanos, respectivamente, foram reconhecidas.
Observou-se que essas frações resultantes da hidrólise ou quando adicionadas diretamente à ração, promovem ainda mais a capacidade dos microrganismos capazes de digerir a fibra de fazer uso das frações de fibra, que de outra forma seriam anuladas, acelerando os processos fermentativos em porções como o íleo e o cólon.
Em um estudo, verificou-se que, ao adicionar xilanase e XOS à dieta de frangos de corte, o microbioma presente aumentou significativamente a digestão de xilanos, XOS e AXOS (Davies et al., 2024).
Essa maior capacidade fibrolítica no intestino aumenta a produção de ácidos graxos de cadeia curta:
propiônico, acético, butírico, valérico, gerando benefícios em nível de saúde digestiva com melhora da integridade intestinal e geração de energia, além de proporcionar às aves a produção de efeitos positivos, por retardar os processos de esvaziamento gástrico (efeito na produção do peptídeo YY e entero-hormônios pelo ácido butírico) (Singh et al., 2012).
É esse efeito direto sobre o microbioma quando o Estimbiótico é incluído em dietas típicas, milho e farelo de soja, e é por isso que ele deve ser considerado como uma opção de primeira escolha no estabelecimento de programas que buscam melhorar a saúde intestinal.
Em experiências realizadas na região, foi possível estabelecer programas com melhor manejo no uso de aditivos para apoiar a saúde intestinal na produção avícola, mesmo em condições de programas robustos em termos de saúde, e que geram economia nos sistemas de produção.
Além disso, é possível que, devido ao perfil das matérias-primas utilizadas na região, o efeito potencial dos Stimbiotics seja maior, gerando benefícios nos processos de produção avícola.
A AB Vista acredita que o aumento da fermentação da fibra alimentar no ceco das aves com o uso do aditivo
Estimbiótico é uma ferramenta importante para ajudar a controlar a disbiose e, com uma vantagem extra, o baixo custo de investimento.
Fermentação de polissacarídeos não amiláceos e sua aplicação na nutrição de aves BAIXAR EM PDF