Abelardo Bueno

[ ANO 03 // EDIÇÃO 29

FORTE , sim.

GUERREIRA, também.

Vaidosa, sempre.

Conheça a bicampeã brasileira que não dispensa um tratamento de beleza, dentro ou fora do tatame.

fevereiro/maço 2016

SU MÁ RIO

08

Palanque: soluções para a revitalização do Rio Pavuninha.

12

Diretor-Executivo

Paulo Roberto Mesquita

26 O grafite invade a escola A Escola Sesc de Ensino Médio inaugurou a maior Galeria de Arte Urbana (GAU) da América Latina.

Diretora Administrativa

Rebeca Maia

Editora-Chefe

Tereza Menezes Dalmacio editora@grupocoruja.com.br

Diretor Comercial Marcio Ayres

Comercial

(21) 3471-6799 | 98181-0454

Redação Sugestões de pauta:

editora@grupocoruja.com.br (21) 3061-3724

Repórteres

Aldi Mafra | Guilherme Cosenza Sandro Miranda

Estagiária de Jornalismo Joana Azevedo

Fotografia

Hilton Ribeiro

Estagiária de Fotografia

Lourrayne Lima

Revisão

Laila Silva

Direção de Arte

Rachel Sartori

Design/Diagramação

Marcília Almeida

16 Para alcançar uma plenitude dentro de um regime, é importante buscar sabor em alimentos saudáveis.

20 Sobremesa leve.

12

Na seção “Eu moro aqui”, a garra, a técnica e também a vaidade de uma grande atleta. Confira.

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Vírus da zica A Organização Mundial de Saúde classifica o evento como potencial emergência de saúde pública de importância internacional, por alterar o padrão da ocorrência de microcefalia no Brasil.

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34

Como educar o seu cão.

Ricardo explica que os seres humanos insistem em humanizar os animais e que isso atrapalha, e muito, a relação entre os dois.

Design

REVISTA ABELARDO BUENO, Publicação bimestral, distribuída gratuitamente em condomínios da Avenida Abelardo Bueno e entorno.

Estagiário de Design

As opiniões expressas nos artigos publicados são de responsabilidade de seus autores e não refletem necessariamente as da Editora. É proibida a produção total ou parcial de matérias, gráficos e fotos publicados nesta edição por qualquer meio, sem autorização expressa, por escrito, da Editora, de acordo com o que dispõe a Lei nº 9.610, de 19/2/1998, sobre Direitos Autorais.

Allan Pecora Renato Passos

www.grupocoruja.com.br Tel.: 21 3471-6799 Avenida Armando Lombardi, 205 | salas 211 a 215 Esquina da Barra Barra da Tijuca - Rio de Janeiro

/GrupoCorujaComunicacao @grupocoruja @grupocoruja /grupocoruja 99437-2520

A Revista ABELARDO BUENO não tem qualquer responsabilidade pelos serviços e produtos das empresas anunciadas em suas edições, nem assegura que promessas divulgadas como publicidade serão cumpridas. Cabe ao leitor avaliar e buscar informações sobre os produtos e serviços anunciados, que estão sujeitos às normas do mercado, do Código de Defesa do Consumidor e do Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (CONAR). A revista não se enquadra no conceito de fornecedor, nos termos do art. 3º do Código de Defesa do Consumidor, e não pode ser responsabilizada pelos produtos e serviços oferecidos pelos anunciantes, pela impossibilidade de se deduzir qualquer ilegalidade no ato da leitura de um anúncio.

No entanto, com o objetivo de zelar pela integridade e credibilidade das mensagens publicitárias publicadas em suas edições, a Editora se reserva o direito de recusar ou suspender a veiculação de anúncios enganosos ou abusivos que causem constrangimentos ao consumidor ou a empresas.

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E CHEGOU 2016!

Foto: Rio 2016

EDI TO RIAL

E

stamos no ano olímpico e quem acompanha toda a mudança local percebe que tanto a Avenida Abelardo Bueno quanto o restante da região estão de cara nova. Toda a área é um grande canteiro de obras, mas as expectativas são as melhores para a fluidez do trânsito e todo o legado dos Jogos de 2016.

A Vila dos Atletas será entregue no dia primeiro de março ao Comitê Olímpico. O palco das competições de basquete e basquete em cadeira de rodas, a Arena Carioca 1, já recebeu o evento-teste e foi aprovada pelos atletas.

Ao longo dos meses que antecedem os Jogos de 2016, a Revista Abelardo Bueno vai deixar o morador da região a par de todos detalhes, principalmente quanto à circulação do próprio morador da área.

Até o momento, as regras não foram definidas, mas o esquema de segurança e mobilidade será intenso.

Enquanto as Olimpíadas não começam, as obras estão aceleradas para a entrega da nova avenida, do BRT e da Transolímpica. Então, aproveitamos o ensejo para fazer um convite:

Vêm aí as Olimpíadas E O QUE O MORADOR DA REGIÃO ACHA DISSO? Convidamos você, morador da Avenida Abelardo Bueno e região, a mostrar o seu olhar. Fotagrafe, dê também a sua opinião, nos mostre como você vê toda essa transformação. Envie pra gente ( jornalismo@grupocoruja.com.br) publicaremos aqui. Participe!

Tereza Menezes Dalmacio Editora-Chefe WhatsApp | 99437-2520

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Palanque

A seção “Palanque” é o espaço para o morador da região fazer a sua reclamação. Nesta edição, mostramos o movimento dos moradores dos condomínios Freedom e Estrelas, que estão unidos pelo bem da Avenida Jaime Poggi. Juntos, em um bate-papo com a equipe de reportagem, eles indicam as necessidades da região e propõe soluções para a revitalização do Rio Pavuninha, para o trânsito e a sinalização.

E lembre-se, se você também tem algo a dizer, sinta-se à vontade; o palanque é seu.

Escreva para a redação ( jornalismo@grupocoruja.com.br) e denuncie.

9]

RIO PAVUNINHA V

izinho da Avenida Jaime Poggi, o Rio Pavuninha é uma preocupação geral, principalmente, em períodos de chuvas fortes. Morador do Freedom, Edílson Tabanela revela que as margens do rio já estão com acúmulo de dejetos e a limpeza precisa ser recorrente. “Quando o rio fica de 6 a 8 meses sem limpeza, a proliferação de mosquitos cresce muito. Sem contar que, esses dias, tinha tanta garrafa, que dava para atravessar por cima da água”, completou.

Edílson ainda indicou que as margens precisam ser muradas e o espaço em volta poderia ser utilizado para lazer e entretenimento: “poderiam fazer quadras ou algo para a convivência. Se

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deixar como está, o rio pode virar uma lagoa. Além de que, uma enchente desvaloriza muito nosso imóvel também”.

Subsíndica do Estrelas, Adriana Amaral ainda lembrou que o rio, inclusive, é um foco grande de mosquitos da dengue. “Aqui, nós temos nosso próprio serviço de dedetização e é um gasto grande.

Mesmo assim, já tivemos muitos casos de moradores contraindo a doença”, disse ela.

Já o presidente da Associação de Moradores Asa Branca (AMAB), Carlos Alberto Bezerra, lembrou que o sistema de guardião de rio seria uma boa alternativa. Para ele, essa solução, já utilizada pela prefeitura em outras regiões, ajudaria na limpeza das margens e inibiria

moradores da região a jogar dejetos no Pavuninha.

Sinalização e trânsito Outra questão citada pelos moradores do Freedom e do Estrelas é a utilização da Avenida Jaime Poggi como estacionamento por caminhões. De acordo com o síndico do Freedom, Paulo Roberto, até carretas do Parque Olímpico estão parando na via. “Tinha uma carreta parada há dias em frente ao Estrelas. Quando o caminhão da Comlurb vem recolher o lixo ou um ônibus escolar buscar estudantes, a Jaime Poggi para.

Ninguém consegue sair de casa”, explicou Edílson.

Os moradores também disseram que os veículos não estão respei-

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tando a sinalização de proibido estacionar em frente ao Estrelas.

Eles afirmaram que as soluções seriam deixar em apenas uma mão o estacionamento, colocar mais placas e ter mais fiscalização.

Adriana Amaral, subsíndica do Estrelas, ainda lembrou que a CET-Rio está prestes a apresentar o último projeto do retorno na Avenida Pedro Corrêa. “Esperamos que saia do papel. É algo possível de se fazer, pois a rua é larga e dá para fazer três pistas”, disse o síndico do Estrelas, Marcelo Spinola.

Uma questão importante, ressaltada por Marcelo para evitar casos de atropelamento na via, é a construção de uma faixa de pedestre elevada. “Nós já tivemos um acidente com duas crianças em frente ao condomínio. Precisamos de algo que diminua um pouco a velocidade dos veículos”, disse o síndico, que ainda completou que acidentes com motos também são frequentes. Segundo ele, já ocorreram três casos.

Síndico do Freedom, Paulo Roberto ressaltou que na central de atendimento da prefeitura (1746), o CEP

da Jaime Poggi não está cadastrado e, de acordo com ele, toda vez é preciso fazer um cadastro novo para fazer uma solicitação. “Já liguei diversas vezes e a impressão é que essa rua não existe na prefeitura”, comentou.

Paulo disse que a via precisa de mais atenção do poder público.

“Necessitamos de mais fiscalização, segurança e limpeza. Tudo aqui é precário”, pediu. Ele ainda lembrou que os pedidos dos moradores nada mais são que o básico e a obrigação das autoridades por tanto imposto pago diariamente.

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Eu moro aqui

Este espaço é para quem escolheu a Abelardo Bueno e região como morada; o seu espaço.

Conte pra gente se você realiza um trabalho importante para a comunidade e por que escolheu esse pedacinho da Barra para viver. O nosso e-mail é editora@grupocoruja.com.br.

E nesta edição, a força bruta, a garra, a técnica e também a vaidade de uma grande atleta. Confira.

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PASSANDO A GUARDA E O BATOM A

tualmente, as academias estão cada vez mais cheias de pessoas que querem aprender a fazer algum tipo de luta. Antigamente, o esporte de combate era quase exclusividade dos homens, por conta do contato físico e dos machucados causados nos praticantes das artes marciais.

Contudo, o passar do tempo fez com que o número de mulheres, que era mínimo dentro das lutas, aumentasse consideravelmente.

Hoje, muitas delas migraram para esse esporte e mostram que não têm nada de “sexo frágil”.

Mayara Abrahão é uma das representantes femininas dentro das lutas. Carioca e moradora do Recreio, a lutadora começou no esporte com 15 anos de idade:

“eu praticava MMA e, sempre no final das aulas, ficava assistindo a aula de jiu-jítsu que acontecia em seguida. Um dia, o professor veio até mim e me chamou para fazer uma aula experimental. Depois disso, nunca mais parei (risos)”.

O resultado dessa dedicação foram as inúmeras conquistas da lutadora, contando com um saco cheio de medalhas e três de seus maiores orgulhos, as duas medalhas que lhe renderam o bicampeonato brasileiro de jiu-jítsu e sua mais nova conquista, o primeiro lugar no Abu Dhabi Grand Slam Jiu-Jitsu Tour, realizado no final do ano passado, aqui mesmo na cidade. Hoje com 19 anos, a lutadora sonha com mais e pretende se aventurar novamente no MMA

amador: “pretendo voltar a treinar MMA. O jiu-jítsu me deu uma base muito grande para que eu pudesse me sentir mais segura na luta, o que foi ótimo, mas quero tentar fazer MMA. Tive uma proposta no final do ano passado, mas estava focada nos torneios de jiu-jítsu e não pude competir, mas, se tudo der certo, no final deste ano, ou no começo do ano que vem, faço uma luta amadora”.

Em relação ao preconceito sofrido antigamente pelas mulheres que praticavam lutas, Mayara conta que o cenário agora está bem diferente: “melhorou muito.

Antigamente, não tínhamos tantas meninas competindo e treinando.

Hoje, é só ir nos campeonatos para ver uma evolução muito

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grande. O preconceito acabou em relação às mulheres que lutam. Não sofro nenhuma discriminação com isso”. Fã da lutadora do UFC Ronda Rousey, a nossa entrevistada conta que mesmo praticando um esporte bruto como a luta, não deixa de cuidar da aparência e da beleza: “acho importante cuidar de mim e ser delicada nos momentos certos.

Não é porque sou lutadora que eu vou deixar de passar um batom, fazer uma maquiagem, querer me arrumar e ficar bonita. Toda semana vou ao salão do Gaetano para fazer as unhas, cuidar dos cabelos e cuidar da pele, porque eu me arrumo para ter uma aparência legal. Não tem essa de ‘porque pratica esporte, você não pode ser feminina’”.

Para o futuro, Mayara é ambiciosa e pensa em conseguir uma vaga no maior evento de lutas do mundo, o UFC: “meu objetivo maior é conseguir entrar e conquistar o cinturão.

Acompanho bastante as representantes brasileiras dentro do UFC e quero um dia poder estar entre elas”. Após a entrevista, a lutadora voltou para os treinos, pois está se preparando para viajar para a Europa, onde acontecerá o Mundial de Jiu-Jítsu.

15]

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SAÚDE COM

SABOR PARA ALCANÇAR UMA PLENITUDE DENTRO DE UM REGIME, É IMPORTANTE BUSCAR SABOR EM ALIMENTOS SAUDÁVEIS.

C

om os termômetros marcando quase 40°C, as praias ficam mais cheias do que nunca durante o verão. Seja caminhando na orla, andando de bicicleta ou pegando sol, os cariocas acabam tendo seus corpos mais expostos devido à alta temperatura. Por isso, o Rio tem tudo a ver com uma opção de vida mais saudável, principalmente pelo fato de que uma alimentação leve cai muito melhor em dias tão quentes. Sabendo disso,

procuramos uma especialista no assunto para dar algumas dicas para essa época do ano.

Segundo a nutricionista Sonja Salles, é importante que a alimentação seja balanceada e variada para que o corpo receba todos os nutrientes necessários: “a repetição de pratos dificulta a entrada de diferentes legumes, verduras e proteínas, além de tornar o cardápio muito monótono”.

A maioria das pessoas enfrenta dificuldade para seguir dietas restritas, porque elas tornam difícil a sensação de saciedade. Para alcançar uma plenitude dentro de um regime, é importante buscar sabor em alimentos saudáveis, evitando assim a “pulada de cerca”. Algumas técnicas culinárias podem solucionar esse problema através da substituição de ingredientes. A biomassa da banana-verde, por exemplo, faz bem para o organismo e pode ser utilizada para fazer uma mousse funcional.

“O saudável pode ser delicioso”, afirma a profissional.

Para quem quer aproveitar a alta temporada para uma reeducação alimentar, o primeiro passo deve ser a mudança de alguns hábitos e, para facilitar esse processo, refeições prontas podem ser muito eficientes. Lojas de modelo take-away, como a Organo Fit, são locais onde você busca uma refeição ou lanche já prontos e leva para comer em casa. Esse esquema facilita a dieta de quem não tem tempo para cozinhar, sem que a pessoa acabe optando por congelados industrializados. Com pelo menos três opções de cada produto, as saladas, sopas e sucos possuem diversos sabores.

Para Sonja, a nutrição tem estado em alta desde que as pessoas perceberam que os cuidados com a saúde podem melhorar a qualidade de vida: “além da expectativa de vida no Brasil ter crescido muito, as pessoas querem também chegar na terceira idade com mais saúde, e a alimentação é uma ótima ferramenta para isso”.

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3 1. Suco de uva rubi, manga palmer e gengibre para acompanhar o sanduíche. Para adoçar o lanche, o “brownie do bem”.

2. A nutricionista Sonja Salles com os produtos do seu cardápio para a Organo Fit. 3. Sanduíche de ricota com alho-poró.

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Tratamentos

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SOBREMESA LEVE para qualquer estação N

os dias mais quentes, nada como uma opção leve de sobremesa. Você vai gostar bastante da panacota de frutas vermelhas, receita da nutricionista Jaqueline Müller.

“É uma sobremesa saborosa, mas que não é muito doce, é bem leve. Além disso, é rica em antioxidantes, o que ajuda bastante na digestão e na limpeza do organismo”, explica Jaqueline.

Apesar das frutas vermelhas serem as protagonistas da receita, a profissional destaca a possibilidade de substitui-las por jabuticaba

ou açaí. Creme de leite? Açúcar tradicional? Nem pensar! “O pulo do gato é adoçar com favas de baunilha, que eliminam a necessidade de colocar açúcar, ou mesmo o adoçante. Assim fica muito mais natural e nutritivo”, garante.

O modo de preparo é bem simples. Até mesmo as crianças podem ajudar, tornando o momento bastante divertido. Todo mundo pode fazer e comer sem

culpa. “O teor de gordura é muito baixo, porque o leite e o iogurte são desnatados. É bem ‘facinho’ de fazer”, afirma a nutricionista.

21]

Ingredientes

2 xícaras de chá de leite desnatado 1 pote de iogurte natural desnatado 1 pacote de gelatina incolor sem sabor 2 xícaras de chá de frutas vermelhas 1 copo de suco de uva integral 2 favas de baunilha 2 colheres de sopa rasas de açúcar demerara

Modo de preparo

Para a calda - No fogo médio, misture o suco de uva integral e as frutas vermelhas, que podem ser congeladas. Reduza a calda, mexendo regularmente por 50 minutos.

Para a panacota - Coloque no fogo médio todo o leite. Abra as duas favas, retire o miolo e coloque-o para ferver com o leite. É isso o que vai fazer com que exista menos necessidade de açúcar. A essência de baunilha também serve, mas não é o ideal, foge do propósito.

Deixe ferver e depois desligue o fogo. Coloque o iogurte, misturando bem com o auxílio de um mixer. Reserve.

Pegue o pacote de gelatina incolor e hidrate conforme as instruções da embalagem. Junte a gelatina ao leite preparado com o iogurte e a baunilha e leve para gelar.

A receita rende em torno de 600 ml e possui apenas 300 calorias.

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Doce

INVEJA BRANCA NÃO EXISTE

ROTINA

E

Doce Rotina é a nova seção da Revista Abelardo. Um olhar diferenciado, instigante e apurado sobre as cenas da vida comum, que passariam despercebidas para muitos. Essa forma de ver é da roteirista e escritora Shana Palmer, formada em Publicidade e ganhadora do Prêmio Globo de Propaganda.

Recentemente, ela trocou a Publicidade pelos roteiros e foi aprender mais: em Cuba, passou 1 mês na EICTV – Escuela Internacional de Cine y Televisión –, onde se aprofundou em roteiros de curtas e longas.

Já na Califórnia fez um curso para autores especializados em histórias reais (non-fiction) na UCLA. Com vocês, mais uma crônica de Shana Palmer.

Confira.

u não sou perfeita, mas ao longo dos anos eu aprendi o quanto fazer uma gentileza verdadeira era bom, tanto para quem recebia quanto para mim. E também acho que se não tivermos uma palavra boa que seja sincera para alguém, não devemos lhe dizer nada. Eu não sei por que existe tanta competitividade no mundo, sendo que há lugar para todos! Ninguém pode ser bom em tudo. Já imaginou que saco seria se fôssemos todos perfeitos em tudo o que fizéssemos?

E sabe por que Deus nos fez tão diferente em nossas aptidões? Para que nós pudéssemos depender uns dos outros e aprender sobre a humildade. Para que pudéssemos ajudar uns aos outros e aprender sobre a amizade. Para que pudéssemos admirar uns aos outros e aprender a lidar com a inveja. Você pode ter tudo, mas tem inveja. Eu invejo aquelas pessoas que não ligam para comida. Ah, eu invejo! Vejo

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à Sabado das 6:30h às 22h Shana Palmer De Segunda Domingo das 7:30 às 22h

Escritora e roteirista shanapalmer@grupocoruja.com.br

www.facebook.com/ciadopão

* Fotos meramente ilustrativas

80 PESSOAS:

23] um brigadeiro com uma “pequeníssima” mordida na mesa de alguém do trabalho e comento: - Fulana, esse brigadeiro é seu?

E a Fulana ainda tem coragem de dizer que sim, e que se eu quiser, posso pegar um pedaço.

- Desculpe, mas não existe um pedaço satisfatório para mim no metro quadrado do seu brigadeiro.

Invejo. Invejo e peço desculpas “lá pro alto”. Digo que sou humana, mas tenho vergonha de invejar aquilo e peço para que isso se transforme em admiração.

- Fulana, admiro o seu desprezo pelo brigadeiro. Quando crescer, quero ser igual a você.

Não dói nadinha e ainda me faz um bem danado!

Nós sempre teremos alguém para nos espelhar, ou querer ser igual, de uma forma ou de outra. Porque sempre vai ter alguém que é melhor do que nós em algo que gostaríamos de ser também. Mas lembre-se, isso pode ser admiração, e admiração faz um bem enorme para todos os envolvidos!

Shana Palmer

Escritora e roteirista shanapalmer@gmail.com

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VÍRUS DA ZICA E A MICROCEFALIA D

e acordo com o Ministério da Saúde, até a primeira semana de dezembro de 2015, mais de 1.700 casos suspeitos de microcefalia foram notificados em todo o Brasil. A maior preocupação é no Nordeste, que já teve 160 cidades de nove Estados atingidos, sendo Pernambuco o mais afetado. A maior suspeita da doença está relacionada ao vírus da zica, cuja identificação em território nacional é datada desde abril. Transmitida pelo Aedes aegypti — vetor comum da dengue e da febre

chikungunya —, atingiu boa parte do país nos últimos meses.

Apesar de o Ministério da Saúde afirmar que há 90% de chances do alto índice de microcefalia ser causado pelo vírus, o infectologista Rodrigo Angerami, coordenador do Comitê Científico de Doenças Emergentes da Sociedade Brasileira de Infectologia, alerta que é necessário um estudo apurado para verificar em que situações isso pode ocorrer.

“Antes de qualquer atestado, é fundamental checar quais outros fatores agem concomitantemente

ao zica para causar a microcefalia.

Este é um vírus que existe desde 1954 em humanos, e nunca foi constatada qualquer similaridade com o cenário que vivenciamos agora. Precisamos formar um contingente de pesquisa para investigar o que acontece, para então barrar uma possível epidemia”, explica o especialista.

A Organização Mundial de Saúde classifica o evento como potencial emergência de saúde pública de importância internacional, por alterar o padrão da ocorrência de microcefalia no Brasil.

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sado, quando transmitida no primeiro trimestre da gravidez, pode aumentar as chances de aborto.

Após esse período, a doença pode induzir ao parto prematuro. Há maior incidência de baixo peso dos bebês filhos de mães que contraíram a dengue grávidas. Entre aquelas que não estão completamente curadas, pode haver hemorragia em situações de abortamento, no parto ou no pós-parto.

Combatendo o problema

O Aedes aegypti e a gestação O infectologista Rodrigo Angerami afirma que não é a primeira vez que o mosquito transmissor é relacionado a complicações na gestação. Naturalmente, as gestantes já sofrem uma queda na imunidade, tornando o organismo suscetível a manifestações mais graves da dengue e da febre chikungunya, que pode ser transmitida à criança na hora do parto.

A dengue, que já acometeu 1,5 milhão de pessoas no ano pas-

O Dr. Angerami explica como combater o vetor: “a maneira mais eficiente, até onde conhecemos essa doença e em analogia à dengue, é combater o mosquito transmissor, evitando seus criadouros, que, em sua maioria, estão no interior dos domicílios. Cada cidadão deve cuidar do seu ambiente, procurando e eliminando focos de proliferação”.

Todas as medidas para evitar a picada do mosquito são válidas, mas não protegem completamente. “O uso de repelentes é eficaz, porém é necessário reaplicar após algumas horas, principalmente ao suar. Telas de proteção ao dormir, principalmente para bebês e crianças, têm resultados satisfatórios. Contudo, a melhor forma de prevenção é

barrar a propagação do mosquito”, reforça o infectologista.

Aproximadamente 80% dos criadouros do mosquito são residenciais, por isso não só providências coletivas são importantes, mas também as individuais. Atitudes simples são muito eficazes, como: armazenar lixo em sacos plásticos fechados; não jogar lixo em terrenos baldios; fazer furos na parte inferior das lixeiras externas para evitar o acúmulo de líquidos; manter a caixa d’água completamente fechada; não deixar água acumulada em calhas e coletores de águas pluviais; verificar o nivelamento da laje para não criar poças; recolher recipientes que possam ser reservatórios de água parada, como garrafas, galões, baldes e pneus, conservando-os guardados ou tampados; encher com areia os pratinhos dos vasos de planta; e tratar a água de piscinas e espelhos d’água com cloro.

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O GRAFITE INVADE A ESCOLA D

esde as cavernas da Antiguidade e os muros da Roma clássica, até as portas e paredes dos banheiros públicos e os muros contemporâneos, que o grafite (arte feita em paredes) vem se configurando como manifestação artística e cultural.

E para demonstrar a força que ganhou com o passar do tempo, nada melhor do que o ambiente escolar. Em outubro de 2015, a Escola Sesc de Ensino Médio inaugurou a maior Galeria de Arte Urbana (GAU) da América Latina. A galeria tem mais de 3 mil metros quadrados de muros com 30 obras produzidas por artistas profissionais e amadores, nacionais e internacionais, contando ainda com a contribuição dos alunos.

A inspiração para o projeto veio em uma viagem da equipe de produção do Espaço Cultural Escola Sesc até a cidade colombiana de Medellín.

A arte urbana do local, principalmente o Museu de Arte Moderna de Medellín (MAM), ajudou na composição da ideia. Antes mesmo da viagem, a Escola – que já possuía cruzamentos entre o presencial e o virtual, o cultural e o educacional, entre o residente e o visitante – realizava oficinas e intervenções de grafite através do Projeto Usina e de outras atividades de cultura urbana, inseridas na programação cultural da escola.

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“O formato inicial não tinha grandes pretensões, a ideia era montar um painel de cem metros no muro, como parte integrante de um novo projeto de intercâmbios, o P.E.R.I.F.É.R.I.C.O”, destaca Tahíba Melina Chaves, curadora da GAU e assessora técnica em produção cultural da gerência de cultura da Escola Sesc.

Hoje, o espaço é um grande mural que reúne artistas de diversas nacionalidades e estilos, personificando o olhar artístico e transformando objetos e ambientes em obras de arte. Além disso, se tornou um verdadeiro cinema panorâmico, no qual o movimento é acionado pela mistura de cores, tintas e gestos.

Amanda Victória (17 anos), aluna do terceiro ano do ensino médio, é do Piauí e conheceu um pouco mais sobre arte urbana na Escola Sesc. “Desde o primeiro ano, estava inteirada da

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programação do espaço cultural e, antes de chegar aqui, conhecia pouco sobre o grafite. Através das aulas do professor Airá Crespo tive a oportunidade de conhecer um pouco mais sobre essa arte.

Aliás, quando cheguei aqui, em 2013, o mural estava em fase de produção e, pra mim, foi uma experiência maravilhosa ter acompanhado o seu processo de desenvolvimento”, explica Amanda.

David Baltar, trabalha com o grafite há 6 anos e faz parte do grupo Máfia 44, que realiza intervenções artísticas pela cidade de Niterói. Ele é um dos 60 artistas que compuseram o mural na escola. “A estrutura daqui é incrível e esse projeto, a meu ver, é um baita reconhecimento para o grafite. Isso é um sinal de que as pessoas que tiraram do papel essa ideia estavam inteiradas sobre essa manifesta-

3

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6 ção cultural e estimuladas a passar uma boa mensagem. Tudo representado nesse trabalho de muralismo levanta um debate, um diálogo e trocas de experiências. E o mais interessante é que os alunos da escola, a maioria de outros Estados, se interessam bastante em saber sobre as histórias retratadas nos desenhos”, comenta David.

Verena Klein, 19 anos, ex-aluna e atual funcionária da Escola Sesc, viu a galeria sendo construída. No segundo ano do ensino médio, realizou um trabalho de iniciação científica, no qual o tema principal era o grafite, e a partir daí começou a se aprofundar um pouco mais sobre o assunto. “Gostei tanto de conhecer essa expressão cultural, que mesmo depois de formada fiquei na escola, trabalhando na galeria e no espaço cultural. Divido a minha rotina entre o meu serviço aqui e a minha faculdade de história”, comenta.

Para quem desejar saber um pouco mais sobre a Galeria de Arte Urbana da Escola Sesc é só enviar um e-mail para espacoculturalescolasesc@gmail.com.

1. O trabalho de André Muniz, autor deste mural, é marcado pelo universo lúdico, em um estilo denominado pelo próprio artista como “bizarro e apaixonante”.

Para desenvolver este mural, ele utilizou spray, látex e colagem sobre concreto.

2. Mural criado por Shalak Attack (Canadá) em comemoração ao Dia da Mulher (desenvolvido de 11 a 15 de março de 2013). Teve a colaboração de Bruno Sant’Angel.

Foram utilizados spray e látex sobre concreto.

3. Assim com o mural de Shalak, este também foi criado no mesmo período e em homenagem ao Dia da Mulher.

A autora é a carioca Mel Graffiti.

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4. Davi Baltar faz parte do grupo niteroiense Máfia 44, criador do mural “Periferia é periferia”. A proposta deles é buscar coletividade nas pinturas e promover a arte urbana como um bem público.

5. Este mural apresenta a visão do artista Clivison Santos, mais conhecido como Akuma, sobre o mundial de futebol realizado no Brasil, em 2014 (desenvolvido entre 10 e 19 de fevereiro de 2014). Ele utilizou técnicas do realismo com características próprias.

6. Amanda Victória (17 anos) e José Carlos Magno (17 anos), alunos do terceiro ano e monitores do Espaço Cultural Escola Sesc, ao lado de Tahíba Melina Chaves, curadora da GAU e assessora técnica em produção cultural da gerência de cultura da Escola Sesc.

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SUCHÁ

TEM OS BENEFÍCIOS TERAPÊUTICOS DO CHÁ, SOMADO AOS BENEFÍCIOS QUE O SUCO DE FRUTA TEM NORMALMENTE.

MAIS UM MODISMO?

O

suchá é uma mistura de chás naturais com suco de fruta.

Mas será que essa combinação traz benefícios para a saúde ou é apenas mais uma bebida refrescante para o verão escaldante do Rio, que vem aí com força total?

Quem responde é a nutricionista e adepta da dieta do suchá, Fernanda Marques: “o suchá é muito procurado por quem quer dar um gosto diferente à bebida. Muita gente acha que o chá tem um gosto amargo ou não se encaixa no paladar, com a adição do suco de fruta, esse sabor se modifica e ganha um gosto mais agradável”.

Fernanda também salienta que a fusão entre as duas bebidas também é excelente para a saúde: “o suchá tem os benefícios terapêuticos do chá, somado às vantagens que o suco de fruta tem normalmente”. Por trazer propriedades de qualidade, o suchá pode ser usado para auxiliar na alimentação, en-

trando no lugar dos lanches entre as refeições: “o ideal é que façamos seis alimentações ao longo do dia, que seriam as refeições principais (café da manhã, almoço e jantar) mais três lanches. Durante o intervalo de uma alimentação principal para a outra, o suchá pode entrar como um dos lanches. É importante, no entanto, evitar o consumo junto às grandes refeições (almoço e jantar), pois algumas ervas podem atrapalhar a absorção de alguns nutrientes”.

A adição do suco, no entanto, pode elevar o índice glicêmico da bebida. Nesse caso, a utilização de fibras, como linhaça, chia e até mesmo aveia, pode equilibrar esse índice, fazendo com que a bebida tenha mais nutrientes: “tudo depende da consistência que a pessoa quer dar à bebida. Caso deseje que seja como os frapês, adicione aveia ou até mesmo a chia hidratada, pois ambas viram uma espécie de gel e dão uma consistência mais grossa à mistura”.

Com a chegada do verão, o suchá ganha quase que exclusivamente a importância no combate às gordurinhas a mais e na luta contra o inchaço: “no verão, a procura por chás diuréticos, como o hibisco e a cavalinha, que ajudam a desinchar e equilibrar a pressão arterial, é grande. Há também o chá-verde que é bastante procurado por ser um termogênico natural”. Outro ponto positivo do suchá é a possibilidade de transportá-lo para onde quiser, pois ele é servido frio e sem adição de açúcar: “se a fruta estiver bem madura e docinha, não há a menor necessidade de adoçar a mistura. Além do que, precisamos acostumar o nosso paladar às preparações menos doces”.

Para esta edição, a nutricionista separou três das receitas mais pedidas e usadas nas dietas passadas por ela. Acompanhe e veja qual sabor melhor se encaixa ao seu paladar e descubra esse novo mundo de sabores do suchá:

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Suchá com chá-verde

Suchá com hibisco

Ingredientes:

Ingredientes:

¼ de melão picado sem casca e sem sementes

150 ml de chá de hibisco gelado

1 fatia fina de gengibre 200 ml de chá-verde gelado 1 colher (sopa) de mel (se necessário) Modo de preparo: Bata tudo no liquidificador e consuma em seguida. Tem poder diurético e antioxidante, além das ações termogênicas do chá-verde e gengibre.

6 bagos de uva itália 1 fatia de melão

1 fatia de abacaxi Gelo a gosto Modo de preparo: Faça a infusão com as folhas de hortelã e erva-doce, coe e reserve.

Liquidifique o chá com o abacaxi e coe antes de servir.

Modo de preparo: Bata tudo no liquidificador e consuma em seguida. Tem poder diurético e refrescante. Auxilia no controle da pressão arterial.

Suchá com erva-doce Ingredientes: 8 folhas de hortelã (grandes) 1 colher (café) de erva-doce

Fernanda Marques

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TALENTO DE

EXPORTACÃO E

milly Borret, com apenas 17 anos, moradora do subúrbio do Rio, sempre estudou em colégios públicos e é guerreira.

A adolescente carioca, após um processo seletivo com mais de 10.000 inscritos, ganhou a chance de estudar durante algumas semanas nos Estados Unidos e até escreveu um livro sobre o feito.

Em entrevista à nossa equipe de reportagem, Emilly explica como foi essa missão intercultural e ainda conta todos os detalhes da sua primeira publicação, “Diário de uma Jovem Embaixadora”.

ABELARDO BUENO: Como surgiu a ideia de relatar essa experiência num livro?

EMILLY BORRET: Eu dei entrevista a um jornal de grande circulação e me convidaram para escrever um livro. Então, quando entrei no avião para os Estados Unidos já estava tudo organizado. Tudo que acontecia de importante, eu anotava na hora. Como eu disse no livro, eu não estou contando exatamente o que aconteceu, essa

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narração é sobre a minha visão dos fatos. Faz parte da magia de se contar uma história.

ABELARDO BUENO: Quais as diferenças que você sentiu em relação aos jovens de outro país?

EMILLY BORRET: Foi diferente mesmo. A amizade deles é um pouco mais fria. Mas, quando a gente queria um contato mais “humano” procurávamos os outros jovens embaixadores que foram conosco. Apesar disso, criamos um laço muito forte entre os brasileiros e grandes amizades com os americanos também.

ABELARDO BUENO: Como era o dia a dia do Programa Jovens Embaixadores?

EMILLY BORRET: Cada dia tinha uma atividade diferente que correspondia à cultura americana.

Fizemos um tour pela cidade de Seattle, acompanhamos palestras

de voluntariado e liderança e até tive aula de japonês. Foi maravilhoso, porque conheci muitas coisas de mim mesma que eu não sabia.

ABELARDO BUENO: Do que você sentiu falta e o que você trocaria?

EMILLY BORRET: Durante as três semanas, eu senti muita saudade do calor humano do brasileiro, de casa, mas ao mesmo tempo eu pensava o quão aquele lugar era bom. A estrutura escolar deles é muito boa, gigante, com muitas áreas de esportes e artes. O aluno lá tem a opção de escolher 5 línguas. Poderia morar lá tranquilamente. Minha próxima meta é fazer o Ciências Sem Fronteiras, logo depois de passar em Medicina.

ABELARDO BUENO: De que maneira o livro repercutiu em sua vida?

EMILLY BORRET: Muitos jovens entraram em contato comigo

para perguntar sobre o livro e me contar do que mais gostaram. Para uma escritora iniciante, acho que o feedback foi muito bom. Outros jovens embaixadores se sentiram do mesmo jeito em trechos que relatei. Na minha família, foi a primeira vez que a minha mãe me olhou de forma diferente, notando como eu já era independente.

ABELARDO BUENO: Agora, com o livro “Diário de uma Jovem Embaixadora” lançado, você tem planos de continuar com a carreira de escritora?

EMILLY BORRET: Eu sempre escrevi desde pequena, tenho muitas coisas guardadas, mas eu não sei ainda. No Brasil, é muito difícil ter a chance que eu tive e seria muito frustrante se eu não conseguisse ter alguma notoriedade.

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COMO EDUCAR

O SEU CÃO Por Aldi Mafra

A

designer Adriana Guizillini tem a guarda compartilhada de Tom com a filha, Pâmela Guizillini, que atualmente mora no Catar. Desde que saiu do Brasil, Pâmela confiou à mãe os cuidados do buldogue francês, a alegria da família. “Ela confiou a mim essa missão. A cada dia que passa, é um desafio lidar com o Tom. Eu sou muito ansiosa e, por isso, às vezes não sei como me portar para educá-lo”, ressalta.

Assim como Adriana, muitas pessoas têm dúvidas de como se portar com o cãozinho.

E para ajudá-los a ter um relacionamento melhor com seus cachorros, entra em campo o profissional especializado em comportamento canino. Para entender um pouco mais sobre o trabalho desse especialista, nossa reportagem entrevistou Ricardo Tamborini, que há 10 anos atua neste seguimento. ”Eu amo cães, esse trabalho, pra mim, é, na verdade, uma terapia. Larguei meu antigo emprego com som automotivo para me dedicar ao universo canino. Estou em constante atualização para entender cada vez mais o mundinho em que eles vivem. E, nesses dez anos de experiência, pude perceber que os grandes problemas de comportamento dos cães vêm dos donos”, destaca Ricardo.

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Ele explica que os seres humanos insistem em humanizar os animais e que isso atrapalha, e muito, a relação entre os dois. Segundo Ricardo, os limites devem ser mostrados desde o primeiro dia em que o animal chega na casa da pessoa. Uma dica importante do especialista, nesse início de relacionamento, é elogiar o cãozinho quando acertar e corrigir quando errar. “Um erro frequente dos meus clientes é não ter pulso firme quando o animal comete algum erro”, analisa.

De acordo com o especialista, muitas pessoas têm a mania de educar na marra, batendo no cachorro, esfregando o focinho no xixi, ou gritando, por exemplo. “Essas medidas não são nada educativas, pelo contrário, com medo, eles farão o erro escondido. O certo é que os cachorros façam tudo na frente do dono para terem a possibilidade de serem repreendidos corretamente”, comenta Ricardo.

Repreender adequadamente requer postura de líder por parte do dono, ou tutor, como no caso de Adriana. Olhar com firmeza nos olhos do cão, assim que ele for pego fazendo algo errado, já é um bom início. Adriana, embora utilize os serviços do especialista, ainda passa algumas dificuldades com Tom. “Eu sou muito ansiosa e já prestei atenção que ele

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percebe isso em mim. Quando eu grito, ele fica mais nervoso, mas quando eu falo com calma e olhando nos seus olhos, a reação é bem diferente”, confessa.

Trabalhar o comportamento do cão evita diversos problemas como agressividade, latidos excessivos, necessidades fora do lugar certo, destruição de objetos e coprofagia (comer as próprias fezes). Nesse tipo de atendimento, não são utilizadas técnicas de adestramento.

O especialista geralmente visita a casa da família para que facilite a análise de comportamento do animal. Aliás, ali é o ambiente dele. Sem contar que, essa proximidade também ajuda a avaliar os donos e ver como eles interagem e lidam com esses problemas. ”A maioria dos casos é resolvida em um único atendimento. Eu passo as dicas para os donos e eles devem dar seguimento a tudo o que foi lhes foi passado”, explica Ricardo.

Ricardo Tamborini

Especialista em comportamento canino www.ricardotamborini.com.br Adestrador x Especialista comportamental Muitas pessoas confundem as duas profissões. Elas possuem muito em comum, porém são muito diferentes. Latidos em excesso e comportamentos compulsivos, como giros, lambeduras e agressividade são problemas comportamentais e não estão ligadas ao adestramento.

Um adestrador ensina comandos aos cães como: “junto”, “senta”, “fica”, “deita” e “aqui”; eles são muito úteis na relação diária com o cão, mas não resolvem problemas comportamentais. Já o especialista em comportamento aplica procedimentos específicos para cada caso em particular. Isso ajuda a reabilitar o cão e ensinar às pessoas da casa a maneira mais adequada de se comunicar com o cachorro de uma forma mais eficaz e eficiente.

1. Treinamento de animais com a ajuda de petiscos.

2. Ricardo Tamborini mostra um exercício de adestramento: o comando de dar a pata.

3. Adriana Guizillini, tutora de Tom.

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A BANDA DE ROCK IRON MAIDEN

Foto: Divulgação

O entorno da Avenida Abelardo Bueno é palco de muitos espetáculos, feiras e shows. A região oferece lazer de qualidade para os moradores.

Se você sabe de uma boa dica e quer dividir com a vizinhança, escreva pra gente: editora@grupocoruja.com.br.

Foto: Divulgação

Foto: Divulgação

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SAÚDE

ESPETÁCULO

Desde o dia 09/01, acontece aqui, bem próximo da Abelardo Bueno, todos os sábados, a Feira Orgânica do CasaShopping. Esse segmento vem atraindo e muito a atenção do público. Os interessados em desfrutar de muitas frutas, legumes e verduras, alimentos sem glúten, sem lactose e naturais têm até o dia 5 de março para visitar o local. Aberta das 10h às 19h, a feira está localizada no 2º piso do CasaShopping, entre os blocos O e P.

O único e inédito tributo a Ray Conniff, músico e maestro que morreu no Brasil em 2002, acontece no dia 9 de março, às 21h, no Teatro Bradesco. Nele, um sósia rege uma pequena orquestra e um coral com 2 barítonos, 2 tenores, 2 contraltos e 2 sopranos, que ajudam a compor o exuberante cenário. Com figurinos impecáveis, eles relembram os famosos arranjos que marcaram a carreira do grande Ray Conniff.

SHOW A banda de rock Iron Maiden volta ao Brasil em 2016. O grupo fará cinco shows no país e a primeira cidade a ser contemplada com uma apresentação dos roqueiros será o Rio de Janeiro. Os cariocas recebem Bruce Dickinson e sua turma no dia 17 de março, às 21h, no HSBC Arena. Além do Rio, a banda passará por Belo Horizonte, Fortaleza, São Paulo e Brasília. Nessa turnê brasileira, eles terão a companhia das bandas Anthrax e The Raven Age, que prometem eletrizar o público.

“Programe-se” espera a sua dica.

Escreva pra gente.

Aldi Mafra

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