Fotos J.M.O. Rosa
Oliva
Cultura da vez
Comuns em diversos outros cultivos, fitonematoides podem gerar sérios problemas também em plantas de oliveira. Apesar da escassez de estudos a esse respeito no Brasil, diversas medidas de manejo podem ser adotadas, em especial para prevenir prejuízos causados pelo ataque desses organismos
A
oliveira (Olea europaea L.) está entre as plantas mais antigas cultivadas pelo homem, possuindo importância ecológica, econômica e até mesmo cultural em diferentes países. Caracteriza-se pela rusticidade, não exigindo solos muito férteis nem regime hídrico especial para seu desenvolvimento, mas com baixa tolerância a solos encharcados e invernos intensos. 06
Cultivar HF • Agosto / Setembro 2020
Seu cultivo se concentra principalmente em países de clima mediterrâneo, representado por 95% da produção mundial, em que 73% provêm de países pertencentes à União Europeia. A Espanha é considerada a maior produtora de azeite e azeitona, com 43% da produção mundial, seguida por Itália (18%) e Grécia (12%). Contudo, países da América do Sul, tais como Chile e Argentina, vêm
se destacando nesse cultivo, atingindo atualmente 1% da produção mundial. O Brasil ainda é um país dependente da importação dos frutos, e considerado o segundo maior importador de azeitonas do mundo. Atualmente, o aumento do volume de importação, juntamente ao crescente número de pesquisas que se desenvolvem sobre esta cultura, tem estimulado agricultores a investir nesse cultivo no Brasil, principalmente nas regiões Sul (Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul) e Sudeste (Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo). No entanto, apesar da rusticidade da planta e de pesquisas desenvolvidas desde a implantação, as informações de manejo cultural da oliveira no Brasil ainda são insuficientes para esclarecer questões desconhecidas de produtores e pesquisadores do setor. Merece destaque o fato de que o cultivo de oliveira pode ser afetado por inúmeros patógenos, incluindo os nematoides parasitos de plantas, que podem provocar injúrias nas raízes, refletindo em seu desenvolvimento, ou apenas conviver na