Cultivar HF 127

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Tomate

Ataque de bactérias

Uma série de medidas de controle se faz necessária para o manejo correto da temida mancha bacteriana, doença capaz de provocar perdas de até 50% na produtividade do tomateiro

O

tomate (Solanum lycopersici) é produzido em mais de uma centena de países, e na safra 2019, sua produção mundial foi de 180 milhões de toneladas, sendo a China o principal país produtor (34,8% da produção mundial), seguida de Índia (10,6%) e Estados Unidos (6%). O Brasil foi responsável por 2,2% da produção mundial, com 3,92 milhões de toneladas em uma área de 54,5 mil hectares. A mancha bacteriana é uma das principais doenças para o cultivo de tomateiro em campo aberto, tanto para os segmentos de processamento industrial, quanto para os de consumo in natura no Brasil. A doença foi relatada pela primeira vez na África do Sul em 1914, e no Brasil, em São Paulo, na década de 1950. Também ocorre com elevada frequência em mudas produzidas em viveiros com sistemas de irrigação por aspersão. As perdas provocadas pela doença podem chegar a até 50% da produção.

AGENTES CAUSAIS

A mancha bacteriana é causada por um complexo de espécies bacterianas pertencentes ao gênero Xanthomonas. Até 2004 preconizava-se que o agente causal da mancha bacteriana era X. campestris pv. vesicatoria. Entretanto, através de análises do DNA bacteriano, foram reconhecidas quatro espécies como causadoras da doença: X. euvesicatoria, X. vesicatoria, X. gardneri e X. perforans. Essas bactérias são adaptadas a diferentes temperaturas, fator este que 12

Cultivar HF • Abril / Maio 2021


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