Cultivar Grandes Culturas • Ano XIII • Nº 147 • Agosto 2011 • ISSN - 1516-358X Destaques
Nossa capa
Ampla oferta......................................28
Charles Echer
A descrição completa das cultivares disponíveis para o plantio da próxima safra de milho no Brasil
Manejo sustentável....................12 Habilidade competitiva...............22 Começo sadio............................48 Que estratégias utilizar para combater o mofo branco na cultura da soja
Que fatores levar em consideração na luta contra plantas daninhas em trigo
Índice
Tratamento de sementes e outras alternativas para conter doenças na fase inicial da cultura do algodão
Expediente
Diretas
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Inoculante no sulco
06
Raiz vermelha em soja
10
Mofo branco em soja
12
Eventos - Circuito Cine Syngenta
20
Manejo de daninhas em trigo
22
Fundadores: Milton Sousa Guerra e Newton Peter
REDAÇÃO Gilvan Dutra Quevedo
• Redação
CIRCULAÇÃO
• Design Gráfico e Diagramação
• Assistente
• Revisão
• Assinaturas
MARKETING E PUBLICIDADE
• Expedição
Carolina S. Silveira Juliana Leitzke Cristiano Ceia
28
Mucuna-preta em cana
44
Tratamento de sementes de algodão
48
Mancha aureolada em café
54
Coluna ANPII
56
Coluna Agronegócios
57
Mercado Agrícola
58
• Coordenação
Simone Lopes Ariane Baquini Luciane Mendes Natália Rodrigues
Aline Partzsch de Almeida
Edson Krause
• Coordenação
Charles Ricardo Echer
Nossa capa - Cultivares de milho
Sedeli Feijó José Luis Alves
• Editor
• Vendas
Pedro Batistin
GRÁFICA
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Por falta de espaço não publicamos as referências bibliográficas citadas pelos autores dos artigos que integram esta edição. Os interessados podem solicitá-las à redação pelo e-mail: cultivar@cultivar.inf.br Os artigos em Cultivar não representam nenhum consenso. Não esperamos que todos os leitores simpatizem ou concordem com o que encontrarem aqui. Muitos irão, fatalmente, discordar. Mas todos os colaboradores serão mantidos. Eles foram selecionados entre os melhores do país em cada área. Acreditamos que podemos fazer mais pelo entendimento dos assuntos quando expomos diferentes opiniões, para que o leitor julgue. Não aceitamos a responsabilidade por conceitos emitidos nos artigos. Aceitamos, apenas, a responsabilidade por ter dado aos autores a oportunidade de divulgar seus conhecimentos e expressar suas opiniões.
Diretas Marketing Algodão
Fernando Costa Abreu assumiu a gerência de Marketing para o Cultivo de Algodão Brasil, da Basf. Formado em Engenharia Agronômica pela Universidade Federal de Goiás, o executivo faz parte da equipe da empresa desde julho de 2001. “Nestes dez anos de Basf tive a oportunidade de trabalhar em diferentes áreas da empresa com diferentes culturas, como arroz, café, feijão, milho, soja e algodão. Com a experiência adquirida, acredito que tenho muito a contribuir neste novo desafio. Trago também a certeza de que tenho muita experiência a adquirir para desempenhar meu trabalho”, comenta o novo gerente.
Conexão Cana
A FMC promoveu em junho o 1º Conexão Cana, realizado na Usina Andrade - Guarani, em Pintangueiras, São Paulo. O evento contou com a participação de 40 fornecedores que puderam assistir a palestras sobre manejo de daninhas e da broca da cana-de-açúcar. “O Conexão Cana promove um dia de verdadeira integração. A FMC preza muito pelo relacionamento com seus fornecedores e faz questão de acompanhar de perto as necessidades do seu dia a dia. Promover conhecimento num dia de atividades diferenciadas é uma forma de estreitar o relacionamento com aqueles que confiam na qualidade de nossos produtos”, afirma João Gonçales, gerente de Marketing de Cana da FMC.
Inovação
Fernando Costa Abreu
Biotecnologia
A Unidade de Proteção de Cultivos da Basf criou uma diretoria dedicada à biotecnologia. A nova área, denominada Basf Plant Science Brasil, tem como desafio aumentar o número de projetos com culturas geneticamente modificadas. O diretor é o engenheiro agrônomo Luiz Carlos Louzano, que já atuou nas áreas de desenvolvimento de gerência de Marketing para produtos agroquímicos. “Por volta do ano 2000 a Basf começou a trabalhar com biotecnologia vegetal na América Latina. Agora, com esse novo status de diretoria, a empresa vem consolidar seu compromeCarlos Louzano timento com o setor”, explica.
Liderança
A FMC anunciou Carlos Alberto Baptista como novo diretor de Vendas e Distribuição. A proposta é de que Baptista, que anteriormente atuava como diretor de Vendas Diretas da FMC, leve para o canal de distribuição sua liderança e experiência em agronegócio, a fim de imprimir um diferencial na execução dos planos de crescimento dessa área.
A Syngenta lança mão de uma nova ferramenta para interagir com os produtores e alertar para os problemas provocados por nematoides nas lavouras brasileiras. Peças publicitárias do produto Avicta Completo estão sendo veiculadas com código QR (um código de barras em 2D que pode ser escaneado por web cam ou por celular equipado com câmera fotográfica) que permite visualizar o filme da campanha “Os nematoides estão entre nós”. “Somos a primeira empresa do agronegócio a utilizar esse recurso”, comemora o Coordenador de Promoção, Propaganda e Marketing da Eduardo Romano Syngenta, Eduardo Romano.
Encontro
A Bayer CropScience realizou, em Araxá, encontro com aproximadamente 80 consultores que trabalham com a cultura do café. O objetivo do evento é oferecer ambiente propício à troca de informações, análise de mercado, sinalização de tendências e apresentar o Disco de Recomendações Sphere Max. A nova ferramenta possibilita avaliar as diferentes variáveis encontradas em cada lavoura e ainda faz recomendações para o uso personalizado do produto. “Com todos os dados analisados, o Disco de Recomendações mostra qual o melhor momento para a utilização do fungicida Sphere Max e a quantidade que deve ser aplicada, o que diminui a margem de erro para o produtor e proporciona resultados mais eficazes no manejo das doenças nos cafezais”, explica José Frugis, gerente de Cultura do Café da Bayer CropScience.
De Olho no Futuro
Alberto Baptista
Negócios
Ronaldo Pereira, que ocupava a posição de diretor de Negócios da FMC para a América Latina, assumiu em julho o cargo de diretor de Vendas Diretas, liderando as áreas de cana-deaçúcar e algodão, segmentos-chave para os negócios da FMC Ronaldo Pereira Brasil.
Mais de 200 estudantes de Agronomia já foram contemplados com o programa "De Olho no Futuro" realizado pela Bayer Cropscience. O programa tem por objetivo trabalhar competências técnicas, potencialidades do agronegócio, além de questões comportamentais, como marketing pessoal, processo de seleção e relacionamento interpessoal. "Diante da evolução e representatividade global do agronegócio brasileiro, o De olho no Futuro tem despertado o interesse de universitários de todo o País, pois amplia a visão de mercado e mostra as várias frentes de atuação que esta carreira proporciona", ressalta Juliana Bremer, gerente de Treinamento e Desenvolvimento da Bayer.
Juliana Bremer
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Soja Fotos Micron
Aplicação aprimorada Na busca pela popularização do uso da inoculação biológica de nitrogênio, novas técnicas são desenvolvidas e testadas. Nesse contexto, a pulverização no sulco do plantio ganha força, com resultados já avalizados pela pesquisa
O
uso de inoculante para leguminosas, em especial para soja, é uma prática já consagrada na agricultura brasileira. O Brasil é exemplo mundial no uso do nitrogênio biológico, obtendo elevadas produtividades na soja praticamente sem o uso de fertilizantes nitrogenados. Produtividades acima de 4.000kg/ha têm sido alcançadas, tendo o inoculante como única fonte de N. Isto se traduz em enorme economia para o agricultor e resulta, também, em um grande ganho ambiental, pois o inoculante é um produto que não gera emissão de gases estufa e nem agride o ambiente. O Brasil produz atualmente 22 milhões de doses de inoculante, o que poderia nos levar a crer que praticamente todos os plantadores de soja fazem uso deste insumo em suas lavouras. Entretanto, um olhar mais acurado sobre as estatísticas, nos mostra que os agricultores
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do Centro-Oeste fazem uso intensivo de inoculante, utilizando duas a quatro doses por hectare, enquanto no Rio Grande do Sul é elevado o número de produtores que não se beneficiam deste produto. De uma forma geral, podemos dizer que o uso do inoculante cresce à medida que subimos no mapa, do Sul para o Norte. No Maranhão, em uma pesquisa realizada pela Associação Nacional dos Produtores e Importadores de Inoculante (ANPII) foi constatado o emprego em 100% dos entrevistados, enquanto no Rio Grande do Sul este número não chegou a 50%. E aí começam as perguntas sobre o porquê de não se utilizar uma tecnologia que só traz benefícios, sem nenhum inconveniente: aumenta a produtividade, enriquece o solo em nitrogênio, tem custo/benefício altamente positivo e é amigável com o meio ambiente. A mesma pesquisa da ANPII mostrou que as
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duas maiores causas para não usar o produto são a crença de que “a bactéria já se implantou no solo e não é necessária nova inoculação” (33%) e a “dificuldade no uso”, apontada por 38% dos entrevistados. No primeiro caso, há necessidade de se corrigir a informação, divulgando os dados de pesquisa que confirmam ganhos de produtividade em média de 8% mesmo em áreas com muitos anos de cultivo sucessivo de soja. Um amplo trabalho de divulgação pode fazer com que estes agricultores corrijam sua percepção e passem a usufruir dos benefícios do nitrogênio fornecido via biológica. No caso da dificuldade do uso, cabe às empresas de inoculante e aos pesquisadores buscar novas formas de aplicação do produto, que facilitem e agilizem o uso por parte do agricultor. E foi justamente nesta busca que surgiu a possibilidade da aplicação do inoculante via pulverização no sulco do plantio. Nesta técnica, o produto líquido é diluído em água e pulverizado no sulco, mediante equipamento acoplado à semeadora. Concomitantemente a esta pulverização a semente é colocada na terra, sobre ou sob o inoculante. Vários pulverizadores foram desenvolvidos com esta finalidade, com tipos adaptados aos diferentes modelos de semeadoras. Esta tecnologia de aplicação foi originalmente desenvolvida pelos próprios agricultores, mas trabalhos de pesquisa validaram a técnica, fazendo parte, inclusive, das recomendações técnicas da Embrapa, que menciona a possibilidade de substituição do tratamento das sementes pela aplicação do inoculante por aspersão no sulco, por ocasião da semeadura, em solos com ou sem população estabelecida (Embrapa, Sistemas de Produção 13, 2008).
Esse procedimento, segundo a Embrapa, pode ser adotado desde que a dose de inoculante seja, no mínimo, seis vezes superior à dose indicada para as sementes. O volume de líquido (inoculante mais água) usado nos experimentos desenvolvidos pela empresa não foi inferior a 50L/ha, mas hoje se pode aplicar quantidades menores de líquido, otimizando o uso dos equipamentos. Com um aparelho bem regulado, pode-se aplicar 20L/ha. Embora a quantidade de inoculante recomendada seja seis vezes maior do que a usada na inoculação via sementes, o ensaio do órgão de pesquisa que validou esta tecnologia foi feito com um inoculante com concentração de um bilhão de bactérias por mililitro. Utilizando-se inoculante com cinco bilhões por ml, pode-se trabalhar com duas a três doses/ha, pois mesmo assim o número de bactérias por hectare ainda será superior ao que foi usado no experimento. Voss, M., no comunicado 108, de dezembro de 2002, da Embrapa, mostra que o número de nódulos aos 31 dias era maior para a inoculação de sementes do que para a aplicação no sulco, mas na floração era estatisticamente igual em ambos os tratamentos. Neste ensaio, entretanto, as sementes não foram tratadas com fungicidas. O grande apelo da inoculação no sulco é, além da maior facilidade de aplicação, a previsível diminuição dos danos que os fungicidas possam causar na mortalidade das bactérias do inoculante e, ainda, a possível contribuição para um menor efeito negativo da aplicação dos micronutrientes nas sementes. Sabendo-se que a mortandade vai ocorrendo paulatinamente, conforme o tempo de contato entre a bactéria e o fungicida, a aplicação no sulco elimina este fator, pois o contato entre bactéria/fungicida é mínimo ou até nulo. Outros trabalhos de pesquisa atestam que esta tecnologia apresenta plena viabilidade, sendo tão eficiente quanto a inoculação tradicional, e até mais vantajosa quando se utiliza o defensivo para proteger a semente. Zilli et al (2010) verificaram em áreas de primeiro cultivo de soja que a inoculação no sulco proporcionou desempenho da fixação biológica do N igual ao da inoculação realizada nas sementes, porém, quando associou-se o inoculante ao fungicida, o tratamento com inoculação no sulco produziu incremento de 24% no número de nódulos por planta em relação ao tratamento de sementes, mostrando-se uma alternativa viável para a inoculação em soja. Entretanto, a aplicação do inoculante no sulco do plantio em solos em que já se cultiva soja há anos também proporciona respostas positivas na eficiência da fixação biológica. Vieira Neto et al (2008) observaram que a inoculação no sulco resultou em 6% e 10% mais nódulos totais e viáveis, respectivamente,
em relação ao tratamento das sementes. Assim, já existe boa base de pesquisa que fornece credibilidade a esta tecnologia de aplicação, bem como empresas que estão produzindo máquinas adequadas para este tipo de operação. A falta inicial de equipamentos desenvolvidos para o uso de produtos biológicos trouxe certo descrédito à técnica. Muitos agricultores reportavam que ocorria uma deposição de terra nos bicos, entupindo alguns e deixando sulcos sem o inoculante, o que exige muitas paradas durante o processo de semeadura. Também a regulagem da quantidade aplicada era um empecilho, pois as bombas não atendiam a esta finalidade. Entretanto, as fábricas de equipamentos já introduziram modificações, corrigindo estas falhas e proporcionando uma aplicação prática e confiável. Bombas com regulagem fina “jato sólido”, isto é, em só fio e sem espalhamento, bem como proteção térmica e contra raios violeta, tornaram a pulverização no sulco uma técnica altamente recomendável, tão boa ou até melhor que a inoculação das sementes. Fazendo-se um bom ajuste entre a quantidade de semente a ser semeada em uma unidade de tempo e a quantidade de calda de inoculante a ser aplicada, pode-se minimizar ou até eliminar o tempo de paradas para encher o tanque com a calda do inoculante. A técnica de aplicação do sulco, embora menos trabalhosa que a aplicação nas sementes, não exime o operador de alguns cuidados básicos, pois consiste na aplicação de um ser vivo, a bactéria. Assim, deve-se prestar atenção às seguintes recomendações: • A água utilizada deve ser limpa, de boa qualidade e sem tratamento com cloro. • O pulverizador deve ser muito bem
limpo, estando totalmente livre de resíduos de defensivos. • O solo deverá estar úmido, pois solo seco prejudicará a sobrevivência das bactérias. • O pulverizador deverá ser protegido contra calor e raios ultravioleta. Os equipamentos desenvolvidos para uso específico de inoculante e outros produtos biológicos já contam com esta proteção térmica. • Uma vez feita a diluição do inoculante na água, esta calda deve ser aplicada no mesmo dia da mistura. No caso de se diluir em um final de tarde, poderá ser utilizada no dia seguinte pela manhã. Desta forma, a inoculação feita durante mais de 50 anos nas sementes, teve que evoluir em seu modo de aplicação para acompanhar as mudanças tecnológicas e operacionais pelas quais passou e vem passando a agricultura brasileira. Novas formas também estão sendo testadas, como a aplicação pós-plantio, seja por pulverização terrestre ou aérea, mas isto ainda depende de mais estudos para ser recomendada como uma prática validada pela pesquisa. A aplicação no sulco de plantio mostra-se uma prática viável, semelhante à inoculação no tratamento de sementes sob o ponto de vista técnico, facilitando a aplicação pelos agricultores, mesmo com sementes tratadas com fungicidas e inseticidas, assim como as sementes tratadas industrialmente, proporcionando fixação biológica de nitrogênio altamente eficaz, contribuindo para altas C produtividades da soja.
O produto líquido é diluído em água e pulverizado com equipamento apropriado
Para tornar possível a operação, pulverizadores foram adaptados aos diversos modelos de semeadoras
Solon Araujo Viviane Costa Martins Stoller do Brasil
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Soja Charles Echer
Ameaça vermelha Dentre as doenças fúngicas que limitam a produtividade da soja, a podridão vermelha da raiz é responsável por perdas severas na cultura. Medidas como o plantio tardio e a utilização de cultivares precoces são indicadas para minimizar os prejuízos
A
soja (Glycine max (L.) Merrill) é a oleaginosa mais cultivada no mundo (Wilcox, 2004). Dentre as várias doenças fúngicas que afetam essa cultura, a podridão vermelha da raiz (PVR) tem apresentado incrementos elevados de participação nas perdas, encontrando-se disseminada em todas as regiões do país (Embrapa, 2006). Os sintomas começam como manchas cloróticas que aparecem entre as nervuras da folha de uma a duas semanas antes da floração (Nakajima et al, 1996). Quando a planta está entre os estágios de maturação R4 e R5 as manchas cloróticas tornam-se necróticas ou formam estriações cloróticas (Nakajima et al, 1996). Esse sintoma é conhecido como folha “carijó” (Almeida et al, 2005). Folhas
severamente afetadas caem, mas seus pecíolos permanecem no caule (Nakajima et al, 1996). Na raiz, o lenho adquire coloração castanhoclara, que se estende por vários centímetros acima do solo, mas a medula permanece branca (Nakajima et al, 1996; Almeida et al, 2005). A raiz principal apresenta mancha avermelhada, logo abaixo do nível do solo, que se expande, adquirindo coloração negra (Nakajima et al, 1996; Almeida et al, 2005). O patógeno desenvolve-se em temperaturas entre 25ºC e 28oC, preferencialmente em solos compactados e com água livre (Picinini; Fernandes, 2003). A doença distribui-se na lavoura em forma de manchas ao acaso (Picinini; Fernandes, 2003). Até recentemente, o agente causal da PVR
estava classificado (baseado em características morfológicas) como Fusarium solani f. sp. glycines (Roy, 1997). Entretanto, em estudos mais recentes (associando análises moleculares e análises de características morfológicas) foi constatado que havia diferenças suficientes para separá-lo em quatro espécies: Fusarium brasiliense sp. nov., Fusarium cuneirostrum sp. nov., Fusarium tucumaniae e Fusarium virguliforme (Aoki et al, 2005). No entanto, ainda estão sendo realizadas análises para verificar como essa divisão pode influenciar a seleção de cultivares resistentes à PVR. No Brasil, Oliveira et al (2010), avaliaram em casa de vegetação (quanto à agressividade da infecção) 60 isolados de Fusarium spp. Esses isolados foram coletados em diversas regiões
Tabela 1 - Comparação dos valores médios da massa seca da raiz de plântulas de soja inoculadas com isolados de Fusarium tucumaniae e F. brasiliense em casa de vegetação (Embrapa Cerrados – Planaltina, DF)
Variedade de soja moderadamente resistente (esquerda) e outra suscetível à doença
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Isolado* 31 47 11 37 Controle DMS**
Massa seca (g) 0,000 0,108 0,129 0,142 0,798 0,341
Origem Rio Verde – GO Passo Fundo – RS Ituverava – SP Passo Fundo – RS
Espécie*** F. tucumaniae F. brasiliense F. brasiliense F. tucumaniae
*Foram avaliados 60 isolados; os quatro mais agressivos estão representados na tabela. **Diferença mínima significativa, segundo teste de Tukey (P=5%). ***Classificação taxonômica segundo critérios morfológicos descritos por Aoki et al, 2005. (Fonte: Oliveira et al, 2010)
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Fotos Alexei Dianese
de cultivo da soja, a partir de lesões típicas da podridão vermelha da raiz. Sua caracterização morfológica seguiu os critérios descritos por Aoki et al (2005) e, assim, foram classificados em duas espécies, F. tucumaniae e F. brasiliense. Os dados preliminares apresentados demonstraram que, apesar de haver diferenciação molecular e morfológica entre as espécies de Fusarium causadoras da podridão vermelha da raiz em soja, isso parece não se refletir na interação patógeno-hospedeiro (Tabela 1). Essa uniformidade é um fator positivo para os programas de melhoramento, pois cultivares desenvolvidas para a resistência à fusariose da soja deverão ter desempenho similar, independentemente da região de plantio (Oliveira et al, 2010). Não existe controle químico adequado para a PVR, sendo que algumas práticas culturais têm sido capazes de reduzir seu impacto (Hartman et al, 1999). A semeadura antecipada, o frio e os solos úmidos são fatores que predispõem à infecção. Plantio tardio, além da utilização de cultivares precoces, pode minimizar as perdas (Hershman, 1996). Solos compactados impedem a percolação de água e restringem o crescimento radicular. E em conjunto com chuvas excessivas favorecem a saturação dessas áreas e o desenvolvimento da
Sintomas típicos da podridão vermelha da raiz, doença que se encontra disseminada nas diversas regiões de cultivo de soja no Brasil
doença. Corrigindo problemas de compactação e da permeabilidade do solo, pode-se reduzir o risco da PVR (Hartman et al, 1999). Vick et al (2003), compararam tratamentos em solo compactado e não compactado e concluíram que a subsolagem diminuía significativamente o efeito da doença na soja. A rotação de culturas pode diminuir a incidência de PVR (Rupe et al, 1997). Rupe et al (1997), demonstraram que a rotação de soja com sorgo e trigo reduziu significativamente a população do patógeno. No entanto, constatou-se que milho-soja em rotação anual, comum no Cinturão do Milho nos Estados Unidos não reduziu a incidência
e a severidade da doença (Xing; Westphal, 2009). Surtos graves de PVR têm ocorrido, mesmo após vários anos de milho contínuo (Xing; Westphal, 2009). O uso de cultivares resistentes tem sido o método de controle mais eficaz (Farias Neto et al, 2008). No entanto, a resistência é parcial, tendo em vista que, sob alta pressão de inóculo, mesmo os genótipos resistentes muitas vezes apresentam algum sintoma típico da podridão vermelha da C raiz (Gásperi et al, 2003). Alexei de Campos Dianese, Embrapa Cerrados
Soja
Manejo sustentável
Fotos Fernando Juliatti
Com mais de 400 espécies de plantas hospedeiras, inclusive infestantes, o mofo branco ou podridão branca da haste da soja causa severos prejuízos nas lavouras. Entre as alternativas para o controle está a formação de palhada em áreas infestadas, o uso de fungicidas de forma preventiva, via tratamento de sementes, bem como o emprego de produtos biológicos
A
podridão branca da haste (Sclerotinia sclerotiorum) ou mofo branco é, atualmente, uma das principais doenças da cultura da soja pelos prejuízos ocasionados nas últimas safras e pela dificuldade de controle. Baseado neste contexto, o Laboratório de Micologia e Proteção de Plantas (Lamip), da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), é referência no desenvolvimento de pesquisas a fim de entender melhor a dinâmica desta doença, assim como encontrar dentre as ferramen-
tas de controle disponíveis quais são as mais eficientes e torná-las mais acessíveis aos produtores. Trabalhos com o mesmo objetivo também têm sido desenvolvidos na UEPG, sob a responsabilidade do pesquisador Davi Jaccoud Filho e sua equipe multidisciplinar. A doença apresenta difrentes fases na cultura da soja, conforme demonstram a Figura 1 e a Figura 2 (fases miceliogênica e carpogênica). A época crítica para início da doença se dá a partir dos primeiros
Figura 1 - Diferentes sintomas e sinais de Sclerotina sclerotiorum em plantas cultivadas
12
botões florais. A podridão branca da haste da soja, causada por Sclerotinia sclerotiorum, é uma doença que ocorre em mais de 400 espécies de plantas hospedeiras (Figura 1), inclusive em infestantes como vassourinha, picão preto, carrapicho, caruru, mentrasto, beldroega, maria-pretinha, entre outras. As culturas como soja, algodoeiro, girassol, amendoim, ervilha, feijoeiro, alface, tomate, batateira e repolho podem perenizar o patógeno no campo, principalmente
Figura 2 - Fases miceliogênicas (planta) e carpogênicas (solo) de S. Sclerotiorum
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em sistemas irrigados e sem rotação com gramíneas, como milho, brachiárias, milheto e sorgo. A doença foi descrita pela primeira vez no Brasil em batateira em 1917. As maiores perdas têm sido reportadas em cultivos de feijoeiro irrigados, nos plantios de outono, inverno e primavera, principalmente quando a temperatura se aproxima da faixa de 20°C, em média e com amplitude térmica variando de 15 a 25°C. Apesar de a doença ter seu maior impacto nas culturas do feijoeiro e tomateiro rasteiro, tem sido discutida também no cultivo da soja (verão), principalmente nos altiplanos, acima de 700m, onde as menores temperaturas noturnas têm provocado perdas em áreas sem rotação de culturas em hospedeiras e sem a prática do uso da palhada (SPD – Sistema de plantio direto na palha) (Figuras 3A, 3B e 3C). A formação de palhada em áreas infestadas é um dos principais métodos de controle da doença. A camada de cobertura morta
(milho, aveia-preta, Figura 3C - Sistemas de manejo de solo e efeitos benéficos da palhada na redução de doenças braquiárias e outras de solo (Sclerotinia, Fusarium, Rhizoctonia, Macrophomina, nematoides etc.) gramíneas), impede a germinacão dos apotécios e emissão dos ascósporos em direcão às plantas. Recentemente com o uso da técnica de meio de cultura seletivo (Meio de Neon – Figura 4) que permite a detecção do micélio dorC mente do patógeno tem-se demonstrado que a simples limpeza no benefício das sementes (espiral e ou mesa gravimétrica), retirando a massa de escleródios do lote de produção, a curta e longa distância. de sementes, não impede a disseminação Dependendo do lote de sementes esta e a transmissão do patógeno nos campos transmissão pode chegar a 15%. Os ní-
Figura 4 - Mudança de coloração do meio de Neon de azul para amarelo após crescimento de Figura 5 - Comparação entre o método de detecção Neon (15 dias) a 20o Celsius (formação de Sclerotinia sclerotiorum, a partir de sementes infectadas escleródios), comparado ao método de rolo de papel a 15o Celsius, por 15 dias
Nononononononono
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Fotos Embrapa - CNPAF e Ihara
Figura 3 (A e B) - Ciclo de vida de Sclerotinia sclerotiorum em plantas de soja; B - Ciclo de vida de Sclerotinia sclerotiorum modificado
Figura 6 - Detecção de Sclerotinia sclerotiorum pelo método de rolo (seis lotes positivos) e Figura 8 - Diferentes manejos de fungicidas aplicados a partir de R1, seguidos de aplicações a cada dez dias. (I – duas aplicacões a partir de Vn e intervalo de dez dias; II - duas aplicações a partir de R1 e intervalo de Neon (65 lotes positivos) dez dias; III – três aplicações/duas aplicações, a partir de R1 e intervalo de dez dias)
Figura 7 - A) Erradicação de S. sclerotiorum via tratamento de sementes com fungicidas específicos; B - Peso seco médio (g) de raízes de cinco plantas de soja no estádio V3
A)
B)
veis de infecção normalmente detectados variam de 0,25% – 1,0%, na maioria dos lotes (Figuras 5 e 6). Na Figura 7 observase que fungicidas específicos (fluazinam e tiofanato-metílico) via sementes permitem a completa erradicação do patógeno. Esta prática também elimina outros fungos de solo (Fusarium, Macrophomina, Rhizoctonia, Sclerotium, fungos de armazenamento como Penicillium e Aspergillus spp etc), garante emergência e vigor das plantas e melhor desenvolvimento radicular (Figura 7B). A eficiência dos métodos de controle reside, prioritariamente, no caráter
preventivo do seu uso, ou seja, antes da doença se manifestar. O controle curativo, apesar de reduzir comprovadamente o potencial de inóculo, para safras posteriores, não reverte perdas. Observou-se que o volume de calda de 200L foi adequado para o controle da doença, descartando a ideia de que maiores volumes de caldas combatem com eficácia o problema. O momento de entrada com os fungicidas nos primeiros botões florais em áreas infestadas é de suma importância para o controle adequado da doença. Outros métodos com grande potencial de sucesso são os controles biológico e genético, bem
como o uso de produtos como indutores de resistência. Para a avaliação da eficiência destes métodos são analisados: incidência, severidade, índice de doença (incidência x severidade), AACPD (Área Abaixo da Curva de Progresso da Doença), peso de escleródios, peso de mil grãos e produtividade. Um dos fatores-chave para o manejo sustentável da doença é a redução do período de favorabilidade ao patógeno, seja pela proteção química, uso de organismos antagonistas, resistência do hospedeiro ou diminuição do crescimento vegetativo. De modo geral os tratamentos com fluazinam e tiofanato-metílico apresentaram um melhor desempenho no controle da
Produto comercial Trichodermil Quality Agrotrich Predatox Ecotrich
Formulação SC WG PM Líquido Líquido
Lote 00383008 564A 2 P26/0708 E44/0508
Concentração Declarada Rótulo 2 x 1010 conídios viáveis/mL 1,5 x 1011 UFC/g 109 UFC/g 109 UFC/mL 2 x 1010 UFC/mL
Tabela 2 - Qualidade dos produtos biológicos avaliados pelo Lamip-UFU Produto comercial Contaminação por Bactérias1 Concentração na placa2 Concentração na Câmara de Neubauer2 Viabilidade Germinação3 94 Produto A 1,0 x 104 1,0 x 109 2,6 x 1010 92 Produto B 1,0x 106 1,0 x 1011 5,2 x 1010 30 Produto C 0 0 1,4 x 1010 40 Produto D 4 x 105 103 7,2 x 108 35 Produto E 1 x 105 103 7,3 x 108 1. (colônias/mL ou g); 2. (conídios/mL ou g); 3. % de germinação até 36 horas
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Fotos Fernando Juliatti
Tabela 1 - Formulações e produtos à base de Trichoderma disponíveis no mercado brasileiro
Sistema de aplicação para cobrir o baixeiro das plantas e controlar o mofo branco
doença. Pode-se perceber que a podridão branca da haste não interfere no peso de mil grãos, no entanto, interfere no rendimento da soja, reduzindo as perdas pela doença que podem chegar a até 39,5% de redução no rendimento da cultura. Neste caso, com uma incidência máxima de 30%40%. O sucesso do manejo da podridão branca da haste da soja está na adoção e correta utilização ao máximo possível das ferramentas que estão à disposição. A redução no desenvolvimento vegetativo nas aplicações do herbicida lactofen (V8 e R1) reduz a favorabilidade à doença, permitindo escape à doença e melhoria na produção de soja. O controle biológico é uma importante ferramenta de combate à podridão branca da haste, tendo eficiência semelhante aos tratamentos químicos quando usado no estádio vegetativo. A deposicão dos propágulos do fungo no solo via aplicacão aérea, ainda no ciclo vegetativo, permite a supressão do desenvolvimento de Sclerotinia sclerotiorum a partir de sua fase carpogênica (escleródios germinando e formando apotécio). Este fungo atua por antibiose e hiperparasitismo (coloniza o fungo fitopatogênico e produz substâncias antimicrobianas) (Figura 16). Testes
Tabela 3 - Tamanho da lesão em haste de soja com inoculação artificial em genótipos convencionais de ciclo semiprecoce Genótipos GOBR03-2776-4SFGO GOBR03-2776-17SFGO GOBR00-158-3GO GOBR03-2866-40GO MSOY 6101 GOBR03-2776-16SFGO BRAS06-0034Y BR05-03502Y GOBR03-2776-36GO BRAS06-0037Y GOBR03-2776-32GO GOBR03-3173-4GO BR05-09384Y GOBR02-2237-3GO GOBR03-3151-34GO Média CV(%)
Comprimento da lesão (cm) 0,49 a 2,32 a 2,42 a 3,43 a 3,50 a 4,34 a 4,39 a 5,01 a 5,17 a 5,89 b 7,05 b 7,68 b 7,74 b 7,75 b 8,00 b 5,01 55,30
% de redução no comprimento da lesão 94 71 70 57 56 46 45 37 35 26 12 4 3 3 0
*Médias seguidas de letras distintas na coluna diferem entre si, pelo teste de Scott-Knott, a 0,05 de significância. Fonte: Caires (2011) – Dissertacão de mestrado - UFU
Tabela 4 - Correlação da incidência de podridão branca da haste com caracteres agronômicos, genótipos transgênicos de ciclo semiprecoce Tratamentos Incidência de Podridão Branca Altura População
Altura1 -0,03ns -
População2 -0,30ns -
Pmil3 -0,20ns -
Produtividade4 -0,46* 0,09ns 0,14ns
1Altura (cm). 2 População (plantas/ha-1). 3 Peso de mil grãos (g). 4 Produtividade (kg/ha-1). ns Não significativo. *Significativo a 5% de probabilidade. Fonte: Caires (2011) – Dissertacão de mestrado - UFU
Figura 9 - Diferentes fungicidas aplicados a partir de R1, seguidos de aplicações a cada dez dias. (I – Figura 10 - Diferentes fungicidas aplicados a partir de R1, seguidos de aplicações a cada dez duas aplicações a partir de Vn e intervalo de dez dias; II - duas aplicações a partir de R1 e intervalo dias. (I – duas aplicações a partir de R1 e intervalo de dez dias; II – três aplicações/duas aplicações, a partir de R1 e intervalo de dez dias) de dez dias; III – três aplicações/duas aplicações, a partir de R1 e intervalo de dez dias)
Figura 11 - Diferentes fungicidas aplicados a partir de R1, seguidos de aplicações a cada dez dias. Figura 12 - Diferentes indutores de resistência aplicados a partir de V4, seguidos de mais duas (I – duas aplicações a partir de R1 e intervalo de dez dias; II – três aplicações/duas aplicações, aplicações a cada sete dias, comparadas ao tiofanato metílico aplicado em R1 seguido de mais a partir de R1 e intervalo de dez dias) duas aplicações a cada dez dias
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Figura 13 - Diferentes manejos com indutores de resistência aplicados a partir de V4, seguidos Figura 14 - Diferentes manejos biológicos aplicados a partir dos estádios V4, V6 e V8, com de aplicações a cada dez dias. Os fungicidas fluazinam e tiofanato-metílico foram aplicados a aplicações a cada dez dias. Os fungicidas fluazinam e tiofanato-metílico foram aplicados a partir de R1 e com aplicações seguidas de dez dias partir de R1 e com aplicações seguidas de dez dias
experimentais realizados em MG e PR têm apresentando resultados satisfatórios já no primeiro ano de aplicação, quando ocorreu pressão moderada da doença (incidência entre 30% e 40%). A maior viabilidade na germinação dos produtos de biocontrole Trichodermil e Quality propiciou eficá-
cia semelhante ao fungicida fluazinam e tiofanato-metílico (aplicados a partir dos primeiros botões florais). A avaliacão em campo destes produtos biológicos precisa ser realizada com lotes de boa procedência e qualidade (concentracão de esporos e germinacão) (Tabelas 1 e 2).
Figura 17 - Dados climáticos médios dos períodos antes do florescimento, florescimento e depois do florescimento, referentes aos genótipos de ciclo semiprecoce. Fonte: Caires (2011) – Dissertação de mestrado - UFU
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Figura 16 - Modo de ação efeito de Trichoderma spp., um agente de biocontrole Fotos Fernando Juliatti
Figura 15 - Diferentes manejos biológicos aplicados a partir dos estádios V4, V6 e V8, com aplicações a cada dez dias. Os fungicidas fluazinam e tiofanato-metílico foram aplicados a partir de R1 e com aplicações seguidas de dez dias
Em relacão à avaliação da reação de resistência de genótipos de soja ao patógeno, esta tem sido variada e de resposta ainda não conclusiva. Inoculações do patógeno em folhas destacadas e em hastes de diferentes genótipos não se correlacionam. Alguns genótipos comerciais do grupo con-
Figura 18 – Escleródios encontrados após a trilha de semente e grãos de soja oriundos de áreas infectadas
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Fotos Fernando Juliatti
Figura 19 - Materiais suscetíveis e resistentes a S. sclerotiorum em condições de campo
Suscetível
vencional e genótipos em lançamento do grupo RR apresentam resistência parcial ao patógeno. Testes realizados em condições de campo sob inóculo natural reforçam os resultados encontrados (Tabelas 3 e 4 e Figura 17). Neste tipo de avaliacão ou quantificação da resistência é de vital importância a pluviosidade durante o período de florescimento (Figura 17). A redução do desenvolvimento da doença se manifesta no menor tamanho da lesão (cm) e na redução do número e peso dos escleródios após a trilha (Figura 18). Cultivares de soja convencionais, como Engopa 315 e 316, MGBR46-Conquista e MSOy 6001
Juliatti, Fernanda, Anakely, Santos,Caires e Jaccoud Filho buscam controle eficiente
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Resistente
apresentam este tipo de resistência. A Tabela 5 sumariza a descrição e a eficácia de todas as estratégias de manejo para o controle racional da doença. A Figura 19 apresenta o comportamento de genótipos em condições de campo frente à resistência parcial a S. C sclerotiorum.
Fernando Cezar Juliatti, Fernanda Cristina Juliatti, Anakely Alves Resende, Roberto Resende dos Santos e Anderson Monteiro Caires, Lamip – UFU Davi S. Jaccoud Filho, UEPG
Tabela 5 – Manejos sustentáveis e táticas de controle racional da podridão branca da haste da soja Medida/Tática
1. Benefício de sementes - Máquina de ar e peneira, espiral e mesa gravitacional1 2. Sementes sadias e certificadas 3. Tratamento de sementes (Mistura de fungicida protetor com sistêmico) 4. Formação da palhada (SPD)2 5. Roguing3 (Erradição de plantas doentes em campo de sementes) 6. Herbicidas em pré e pós-emergência4 7. Aumento do espaçamento na cultura e redução de plantas na linha de cultivo 8. Nutrição com cálcio e potássio 9. Redução do Nitrogênio 10. Redução de plantas na linha de plantio 11. Resistência de cultivares5 12. Uso do controle com extrato de plantas6 13. Controle biológico com Tricoderma7 14. Fungicidas Preventivos8 15. Fungicidas Curativos ou erradicantes9 16. Solarização10 17. Escape – Cultivares Precoces 18. Período de Florescimento mais curto 19. Plantas mais eretas
Efeito na doença Classificação da Redução de inóculo Redução na Taxa de Eficácia inicial (x¬0) progresso da doença (r0) Alta Sim Não Alta Sim Não Alta Sim Não Alta Sim Sim Alta Sim Não Média Sim Sim Média Sim Sim Média Não Sim Média Não Sim Baixa Não Sim Alta Sim Sim Baixa Sim Sim Média Sim Sim Alta Não Sim Média Sim Sim Alta Sim Não Média Sim Sim Média Sim Sim Média Sim Sim
1 Retirada de escleródios associados às sementes e restos vegetais contaminados (não elimina infecção no embrião); 2Uso de braquiárias, ou gramíneas em geral, que podem acrescentar de 10 a 12T de matéria orgânica no solo, contribuindo para proliferação de microrganismos benéficos (Sistema Santa Fé). Brachiaria ruziziensis pode multiplicar nematoide do gênero Pratylenchus em áreas infestadas; 3 Antes da formação de escleródios nas hastes das plantas; 4 Herbicidas à base de trifuralina, pendimenthalin, glifosato, e fomesafen podem estimular a germinação de escleródios no solo, ao passo que Linuron, Paraquat e EPTC podem reduzi-la. Na presença de atrasina, simazina e metribuzin os escleródios do patógeno raramente desenvolvem apotécio ou estes são anormais e não produzem ascósporos; 5Na cultura da soja existe uma grande variabilidade para a resistência da planta à penetração do patógeno (fatores da planta que bloqueiam o patógeno na fase inicial de infecção), seja na haste ou nas folhas, a qual deve ser explorada pelos melhoristas e fitopatologistas; 6Extratos aquosos ou etanólicos de plantas como pimenta longa, Nin e Jambolão têm mostrado o efeito na fase micelial do fungo, o que pode ser utilizado na produção de soja orgânica; 7 Depende da data de validade do produto, espécie do fungo e formulação; existem diversos produtos no mercado que precisam ser avaliados antes do uso pelo produtor. Existem laboratórios oficiais para verificar sua qualidade; 8Torna-se urgente a avaliação de fungicidas usualmente utilizados na cultura da soja no controle da ferrugem, oídio e DFC quanto ao seu efeito em campo sobre a podridão branca da haste da soja; 9 Após a entrada do patógeno na planta, o manejo da doença fica mais difícil com o fungicida; 10 Uso de filmes de plástico transparente sobre canteiros ou solo. Algumas brássicas têm efeito biofumigante, reduzindo a população de escleródios (ex. nabo forrageiro).
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Eventos
Circuito completo Fotos Charles Echer
Município gaúcho de Restinga Seca recebe a última etapa de ação da Syngenta, no Sul do Brasil, para apresentar novo defensivo e alertar sobre problemas com diagnóstico e manejo de nematoides
O
município de Restinga Seca, na região central do Rio Grande do Sul, distante 277 quilômetros de Porto Alegre, recebeu a última etapa do Circuito Cine Syngenta, campanha que divulga o produto Avicta Completo e que percorreu 35 municípios do Sul do Brasil. Com uma carreta equipada com microscópios e cinema 3D a ação teve como objetivo intensificar o alerta sobre a importância de manejar o problema dos nematoides, bem como as soluções proporcionadas pelo novo defensivo da empresa. Pela dificuldade de serem diagnosticados, estes parasitas têm causado grandes prejuízos em diversas regiões agrícolas em todo o Brasil. Por ser uma praga relativamente nova em algumas regiões e invisível a olho nu, ainda há muita confusão na detecção do problema. É
comum os produtores confundirem os danos causados por nematoides com sintomas de outras doenças, pragas ou mesmo deficiência nutricional. Durante a apresentação, alguns produtores imaginavam ser possível ver a praga a olho nu, enquanto outros relataram suspeitar de problemas com nematoides em suas lavouras, por terem identificado “várias plantas cortadas”. Diagnósticos equivocados como estes impedem os agricultores de realizar o controle adequado, o que fatalmente resulta em aplicações desnecessárias e perda de produtividade. Para o engenheiro agrônomo da Cooperativa Tritícola, Marcos Augusto Lobler, aproximadamente 50% dos 13 mil hectares cultivados com soja no município de Restinga Seca têm problemas com nematoides. “Até o
Lober destacou que aproximadamente 50% da área cultivada com soja em Restinga Seca tem nematoides
Alceu Nunes teve de lançar mão de cultivares resistentes após descobrir praga na lavoura
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momento a única solução era plantar cultivares resistentes, o que não resolvia o problema completamente. Com a possibilidade de controlar os nematoides com agroquímicos, o produtor pode voltar a plantar cultivares mais produtivas, sem sofrer as perdas com a praga”, explicou. O produtor de soja Alceu Augusto Nunes relata que há várias safras percebia problema em suas lavouras, mas não conseguia identificar e nem remediar a situação com a aplicação de fungicidas e inseticidas. Com o auxílio de um engenheiro agrônomo, foi diagnosticada infestação de nematoides, o que o obrigou a utilizar cultivares resistentes para continuar plantando. “Voltei a colher melhor, mas não conseguia atingir as produtividades alcançadas anteriormente. Agora quero investir novamente em cultivares mais produtivas e controlar os nematoides desde o plantio”, explica. Segundo Einar Pasqualli Nunes, engenheiro agrônomo da Syngenta que atende a região central do Rio Grande do Sul, é necessário esclarecer o que é esta nova praga e suas consequências. “Queremos explicar aos produtores o que é o nematoide e como é possível combatê-lo. Além dos danos que causam, os parasitas abrem o caminho para fungos e tornam as plantas mais sensíveis a situações de estresse”, relata. Lançado em 2009 para a cultura do algodão, o Avicta Completo recebeu o registro para soja e milho em 2010. “Avicta Completo traz proteção integral e a resposta é impressionante”, garante o gerente de Produto Seedcare da C Syngenta, Eduardo Guimarães.
Carreta é equipada com microscópio para visualização dos parasitas
Trigo Fotos Fabiane Lamego
Habilidade competitiva
Como ferramenta de auxílio e complementação ao uso de herbicidas, o produtor encontra no manejo cultural um importante aliado na busca pelo controle de plantas daninhas em trigo. Utilizar adequadamente a capacidade das cultivares competirem com infestantes é um dos aspectos que devem ser considerados dentro do conjunto de medidas recomendadas para manter a lavoura mais limpa
N
o Sul do Brasil, o trigo ainda é a principal cultura para produção de grãos no inverno. Todavia, as lavouras tritícolas cultivadas no Rio Grande do Sul podem ter sua produtividade comprometida drasticamente em função da ocorrência de uma série de plantas daninhas, que competem com a cultura por água, luz e nutrientes. Dentre as principais pode-se destacar o azevém (Lolium multiflorum), a aveia-preta (Avena strigosa), o nabo (Raphanus raphanistrum e R. sativus), a gorga (Spergula arvensis), o cipó-de-veado (Polygonum convolvulos), dentre outras. Atualmente, para o manejo de espécies daninhas importantes em trigo, há no mercado herbicidas disponíveis e eficientes. Contudo, dadas as características da planta de trigo (afilhamento) e
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o manejo utilizado (espaçamento entre linhas reduzido de 17cm), é possível ao produtor utilizar-se também do controle
cultural para o manejo. Deste modo, uma vez conhecida a habilidade competitiva das cultivares, é possível fazer uso desta
Cultivar Guamirim sem controle o ciclo inteiro (esquerda) e com controle durante todo o ciclo (direita)
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Figura 1 - Produtividade de grãos de cultivares de trigo em função do controle de plantas daninhas até Figura 2 - Produtividade de grãos de cultivares de trigo em função da ausência de controle de plantas daninhas 15, 30 dias após a emergência e pré-colheita. Frederico Westphalen – RS, 2010. *Médias seguidas de até 15, 30 dias após a emergência e pré-colheita. Frederico Westphalen (RS), 2010. *Médias seguidas de letras letras idênticas dentro das épocas de controle, não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5% idênticas dentro das épocas de ausência de controle, não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5%
ferramenta, para auxílio e complementação do uso de herbicidas. Embora a produção de trigo no Brasil não atenda ao consumo, os preços pagos pelo produto são baixos, proporcionando margem de lucro muito estreita ao produtor. Deste modo, fazer uso de cultivares com elevada habilidade competitiva favorece a redução do impacto ao meio ambiente pela menor dependência de herbicidas, além de auxiliar no manejo das infestantes. O conhecimento de características morfológicas da planta, principalmente as iniciais, que sejam vantajosas na competição com plantas infestantes, é de suma importância para o produtor, visando o manejo integrado de plantas daninhas e, deste modo, aumentando a habilidade competitiva da cultura. Estudos conduzidos por Rigoli et al (2007) demonstram que em trigo, medidas de controle de plantas daninhas devem abranger entre 12 dias e 24 dias após a emergência da cultura, conhecido como período crítico de prevenção à interferência
(PCPI). Este período nos indica a época em que, obrigatoriamente, se deve evitar a presença das plantas daninhas com a cultura para não haver perdas no rendimento além daquelas tidas como aceitáveis (em geral, em torno de 5%). A determinação do PCPI é fundamental para o manejo correto das plantas daninhas, a fim de se evitarem perdas e uso desnecessário de herbicidas. Todavia, o estabelecimento deste período é complexo, uma vez que fatores como época de semeadura e população de plantas da cultura, dose e épocas de aplicação de adubação de cobertura e espécies e populações de plantas daninhas presentes na área, afetam consideravelmente os resultados, ocasionando diferenças entre locais e anos. Vários fatores podem interferir no grau de competição entre plantas daninhas e cultivadas, sendo alguns relacionados à própria cultura, outros à comunidade infestante, porém, fatores ambientais de clima, solo e tratos culturais também
influenciam a interação entre as plantas cultivadas e as plantas daninhas. Desta forma, o grau de competição entre plantas daninhas e cultura pode ser alterado em função do período em que a comunidade estiver disputando determinado recurso do meio. Os efeitos da interferência das plantas daninhas são irreversíveis, não havendo recuperação do desenvolvimento ou da produtividade após a retirada do estresse causado pela presença das plantas daninhas (Kozlowski, 2002). O aumento da competitividade da cultura geralmente é atribuído a uma emergência precoce, elevado vigor de plântulas, rápido estabelecimento, estatura elevada, alta capacidade de afilhamento e rápida cobertura do solo pelo dossel, principalmente na fase inicial de desenvolvimento. Desta forma, plantas portadoras de elevada velocidade de emergência e de crescimento inicial possuem prioridade na utilização dos recursos do meio e, por isso, geralmente levam vantagem na utilização (Gustafson
Figura 3 - Cultivares de trigo (Fundacep Cristalino e BRS Guamirim) com controle de plantas daninhas de azevém e nabo, até o final do ciclo (pré-colheita) – ausência de competição. Frederico Westphalen (RS), 2010
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Fotos Fabiane Lamego
Figura 4 - Cultivares de trigo (Fundacep Cristalino e BRS Guamirim) sem controle de plantas daninhas de azevém e nabo, até o final do ciclo (pré-colheita) – competição total. Frederico Westphalen (RS), 2010
et al, 2004). A estatura de planta tem se mostrado uma característica importante na relação de competição entre plantas daninhas e cultivadas. Cultivares de trigo que possuem maior estatura conseguem sombrear as plantas daninhas, reduzindo a disponibilidade de radiação solar à fotossíntese e levando vantagem na competição (Wicks et al, 2004). Com o objetivo de avaliar a habilidade competitiva e o comportamento de cultivares de trigo frente à competição com o azevém e o nabo foi conduzido um experimento no município de Frederico Westphalen, região do Médio Alto Uruguai gaúcho, em 2010. As cultivares BRS Guamirim (ciclo precoce, estatura baixa e classe comercial pão) e Fundacep Cristalino (ciclo precoce, estatura média e classe comercial melhorador), foram semeadas em 19 de junho de 2010, com densidade de 350 plantas/m2, em espaçamento de 17cm. Os tratamentos utilizados consistiram de controle e ausência de controle das infestantes: até 15 dias após a semeadura (DAS) da cultura, até 30 DAS e até a pré-colheita. Ou seja, as plantas daninhas foram controladas até 15, 30 DAS e précolheita (sem competição durante todo o ciclo da cultura) ou conviveram com a cultura até 15, 30 DAS e pré-colheita (competição total durante todo o ciclo da cultura). As infestações de azevém e de nabo corresponderam, respectivamente, a 24 plantas/m² e 28 plantas/m². As cultivares apresentaram respostas diferenciadas de acordo com o período em que a cultura se manteve na presença ou ausência de competição com as plantas daninhas. No tratamento padrão quando a cultura foi mantida no limpo durante todo o ciclo, ambas as cultivares demonstraram elevadas produtividades, sendo que Cristalino produziu 6.579,8kg/ ha (109,6sc/ha) enquanto que Guamirim
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produziu 5.476,4kg/ha (91,2sc/ha) (Figura 1). Quando o controle das infestantes foi realizado até 15 DAS e depois não foi realizada nenhuma forma de manejo, a produtividade da Cristalino foi reduzida em 14%. Para Guamirim, esta diferença foi ainda maior, havendo perda de 40% no rendimento de grãos quando o manejo de daninhas foi realizado somente até 15 DAS. Estes resultados reforçam aqueles observados por Rigoli et al (2007), que indicam um período entre 12 e 24 DAS para o desenvolvimento da cultura do trigo no limpo, visando evitar maiores perdas de produtividade pela presença de plantas competidoras. A convivência com o azevém e o nabo durante todo o ciclo das cultivares causou reduções severas de produtividade. Neste caso, Guamirim produziu o equivalente a 844,5kg/ha (14,07sc/ha) enquanto que Cristalino obteve 3.426,6kg/ha (57,11sc/ ha), ou seja, aproximadamente 80% e 40%, respectivamente, a menos do que quando conviveram com a presença das infestantes até 30 DAS (Figura 2). A convivência com as plantas daninhas até esta época (30 DAS) foi mais prejudicial à cultivar Guamirim quando comparada à Cristalino. A cultivar Cristalino demonstrou elevada produtividade em todos os períodos
com presença e ausência de competição, destacando sua superioridade quando na ausência de controle durante todo o ciclo da cultura. Embora Guamirim também seja uma cultivar precoce, com rápido estabelecimento, bom vigor inicial e difundida na região norte do Rio Grande do Sul, sua baixa estatura de planta quando comparada à Cristalino pode ter sido responsável pela sua menor habilidade em competir com as plantas daninhas nos estádios iniciais avaliados. De acordo com Blackshaw (1994), em trigo a estatura de planta revelou-se uma característica associada ao incremento na competitividade da cultura, juntamente com demais características de planta, como crescimento precoce, elevada capacidade de afilhamento e maior área foliar. A diferença observada entre as cultivares ressalta a importância de manejar as plantas daninhas no momento certo, ou seja, precocemente, visando evitar perdas e redução da expressão do potencial produtivo. Outro ponto a considerar é que a sustentabilidade da vantagem inicial observada pelas cultivares também é importante, pois as plantas daninhas que emergirem tardiamente e ultrapassarem o dossel da cultura, sombreando-a, poderão comprometer seu desenvolvimento e produtividade. Portanto, mesmo utilizandose da habilidade competitiva de cultivares, demais métodos de controle de plantas daninhas não devem ser abandonados e/ou esquecidos. O conhecimento da influência de características de planta sobre a competitividade entre plantas daninhas e cultivadas é uma ferramenta do manejo cultural e que pode contribuir para o manejo integrado de infestantes nas lavouras de trigo. C Queli Ruchel, Tiago Kaspary, Fabiane Lamego, Antonio Santi e Claudir Basso, UFSM/Cesnors
Queli, Kaspary, Fabiane, Santi e Basso abordam o manejo de plantas daninhas na cultura do trigo
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Dança das sementes Para a safra de milho 2011/12 mantém-se a dinâmica de renovação de cultivares. Enquanto 72 novos materiais foram colocados no mercado, outros 81 deixaram de ser comercializados. De um total de 489 variedades disponíveis, 316 são convencionais e 173 transgênicas. Conheça as características agronômicas, tolerância e resistência a pragas e doenças, além da capacidade de adaptação às regiões de plantio
Charles Echer
N
a safra 2011/12, estão sendo ofertadas 489 cultivares de milho (sendo 316 convencionais e 173 transgênicas). Portanto, verifica-se redução em relação à safra anterior. A dinâmica de renovação das cultivares foi mantida, sendo que 72 novas cultivares foram acrescentadas e 81 deixaram de ser comercializadas. Entretanto, o perfil das cultivares que entraram e saíram do mercado foi bastante diferente quando se compara as convencionais e as transgênicas. Houve significativo aumento do número de cultivares transgênicas disponíveis no mercado (57 novas foram oferecidas, substituindo 20 transgênicas que deixaram de ser comercializadas). Por outro lado, entre as convencionais apenas 15 novas entraram no mercado, enquanto 61 não estão mais à venda.
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Esses dados foram obtidos diretamente das empresas produtoras de sementes de milho, em materiais de divulgação e promoção, como boletins e fôlderes das cultivares de milho, distribuídos gratuitamente, e de outras fontes disponíveis, como Associação Brasileira de Sementes e Mudas (Abrasem) e Zoneamento Agrícola. Para facilitar a compreensão, uma análise deve ser realizada separadamente, uma vez que a maioria das cultivares transgênicas possui também versão convencional.
Cultivares convencionais (não transgênicas)
Uma análise crítica mostra predominância no número de híbridos simples, que representam aproximadamente 49,05% do mercado. Os híbridos simples e os triplos, modificados
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ou não, juntos são responsáveis por 69,62% das opções para os produtores, mostrando alto potencial genético das sementes de milho utilizadas na agricultura brasileira e uma necessidade de se aprimorar os sistemas de produção empregados para melhor explorar o potencial genético dessas sementes. As cultivares precoces representam 67,08% das opções de mercado, enquanto as hiper e as superprecoces respondem por 22,46%. Esta classificação quanto ao ciclo não é, entretanto, muito precisa. Algumas empresas especificam apenas o plantio de verão (ou de safra normal) e a safrinha. Um maior número de empresas, entretanto, fornece mais informações, separando o plantio em cedo, normal, tardio e safrinha. Outro aspecto importante do milho safrinha é o ajuste na densidade de plantio. Como regra geral, a densidade é menor do que a recomendada para a safra normal, prin-
cipalmente devido à menor oferta hídrica, que ocorre neste sistema de plantio. Além da produção de grãos, há indicação de cultivares para silagem de planta inteira, silagem de grãos úmidos e produção de milho verde. As características descritas nas Tabelas 1 e 2 são mais adequadas para cultivares de milho para a produção de grãos e de silagem. Para as cultivares de milho de uso, especiais, como canjica, pipoca, doce e para a indústria de amido, o agricultor deverá verificar outras características importantes, de acordo com as exigências do consumidor ou da indústria processadora. Com relação à textura do grão, verifica-se a predominância de grãos semiduros (53,82%) e duros (25,47%) no mercado. Materiais dentados são minoria (5,7%), geralmente utilizados para a produção de milho verde ou de silagem. Também é muito importante o conhecimento do comportamento das cultivares com relação às doenças. Na Tabela 2 são apresentadas informações sobre como reagem a desafios como fusariose, ferrugem-comum Puccinia sorghi, ferrugem-branca - Physopella zea, ferrugem-polisora - Puccinea polysora, mancha-branca (etiologia indefinida), helmintosporiose - Helminthosporium turcicum, Helminthosporium maydis, enfezamento, cercosporiose e doenças do colmo e dos grãos.
Cultivares transgênicas
Na safra atual, não se verificaram novos eventos transgênicos, mas houve uma
mudança no perfil das cultivares oferecidas. Nesta safra 20 cultivares de milho transgênico deixaram de ser comercializadas (16 híbridos simples, um híbrido simples modificado e três híbridos triplos) e 57 novas versões transgênicas foram acrescentadas ao mercado (44 híbridos simples, dois híbridos simples modificados e 11 híbridos triplos), mostrando a grande dinâmica na substituição de cultivares de milho no mercado. Atualmente, dentre as cultivares transgênicas, aproximadamente 74% são híbridos simples; 7% são híbridos simples modificados e cerca de 19% híbridos triplos. As cultivares transgênicas atualmente no mercado são resultantes de cinco eventos transgênicos para o controle de lagartas: o evento TC 1507, marca Herculex I; o evento MON 810, marca registrada YieldGard; o evento MON 89034, YieldGard VT PRO; o Agrisure TL, conhecido como Bt11; e o evento MIR162, TL VIP, e dois eventos transgênicos que conferem resistência ao herbicida glifosato aplicado em pós-emergência: o NK603, marca registrada Roundup Ready, e o GA 21–TG. Dentre as cultivares transgênicas para o controle de lagartas, existem: 47 cultivares com o evento Herculex; 41 cultivares com o evento YieldGard; 23 cultivares com o evento VT PRO; 17 cultivares com o evento Agrisure TL; 2 cultivares com o evento TL VIP. Dentre as cultivares transgênicas com resistência ao herbicida glifosato aplicado em
pós-emergência do milho, existem 15 com o gene Roundup Ready. Existem 28 cultivares transgênicas para, simultaneamente, o controle de lagartas e com resistência ao herbicida glifosato aplicado em pós-emergência do milho: 17 cultivares com os eventos Herculex e Roundup Ready; 9 cultivares com os eventos YieldGard e Roundup Ready; 1 cultivar com os eventos VT PRO e Roundup Ready e 1 cultivar com os eventos TL Agrisure e GA 21. Embora as cultivares transgênicas que apresentam resistência ao herbicida glifosato tenham sido registradas no Zoneamento Agrícola de Risco Climático desde a safra passada, somente agora, na safra 2011/12, serão comercializadas no Brasil, uma vez que só agora há registro de herbicida à base de glifosato registrado no Brasil para a aplicação em pós-emergência da cultura do milho. Das cultivares transgênicas, 139 cultivares (80,34%) apresentam versões convencionais, não transgênicas, que deveriam ser utilizadas preferencialmente nas áreas de refugio e na área de coexistência. Aproximadamente 76,3% das cultivares transgênicas apresentam ciclo precoce, 21,9% são superprecoces e apenas 1,8% é semiprecoce. As cultivares, convencionais ou transgênicas, que estão no comércio na safra 2010/11 e suas principais características e recomendaC ções estão listadas nas Tabelas 1 e 2.
Tabela 1 - Características agronômicas das cultivares de milho disponíveis no mercado na safra 2011/12 Cod Cultivar 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24
Cultivar AG 1051 AG 122 AG 2040 AG 4051 AG 5011 AG 5030 YG AG 5055 AG 6018 AG 6020 AG 6040 AG 7000 AG 7000 RR2 AG 7000 YG AG 7000 YGRR2 AG 7088 AG 7088 RR2 AG 8011 AG 8011 YG AG 8015 AG 8015 YG AG 8021 AG 8021YG AG 8025 AG 8060 AG 8060 RR2 AG 8060 YG AG 8060 YGRR2 AG 8088 AG 8088 RR2 AG 8088 YG AG 8088 YGRR2 AG 9010 AG 9010 RR2 AG 9010 YG AG 9010 YGRR2 AG 9020 AG 9020 YG AG 9040 AG 9040 YG AG 9045 AG 8061 YG AG 8061 PRO AG 8088 PRO AG 7000 PRO AG 8041 YG AG 8022 YG AG 7098 PRO AG 8544 PRO AG 9030 PRO DKB 175 DKB 175 PRO DKB 177 DKB 177 PRO DKB 185 PRO DKB 240 DKB 240 YG DKB 240 YG RR2 DKB 240 PRO DKB 245 DKB 285 PRO DKB 315 DKB 330 DKB 330 YG DKB 350 DKB 350 YG DKB 350 PRO DKB 370 DKB 390 DKB 390 YG DKB 390 YG RR2 DKB 390 PRO DKB 390 PRO2 DKB 393 PRO
30
Transgênica/ convencional convencional convencional convencional convencional convencional transgênica convencional convencional convencional convencional convencional transgênica transgênica transgênica convencional transgênica convencional transgênica convencional transgênica convencional transgênica convencional convencional transgênica transgênica transgênica convencional transgênica transgênica transgênica convencional transgênica transgênica transgênica convencional transgênica convencional transgênica convencional transgênica transgênica transgênica transgênica transgênica transgênica transgênica transgênica transgênica convencional transgênica convencional transgênica transgênica convencional transgênica transgênica transgênica convencional transgênica convencional convencional transgênica convencional transgênica transgênica convencional convencional transgênica transgênica transgênica transgênica transgênica
Tipo HD HD HD HT HT HT HT HT HD HD HS HS HS HS HS HS HT HT HS HS HS HS HS HS HS HS HS HS HS HS HS HS HS HS HS HS HS HS HS HS HS HS HS HS HS HS HS HS HS HS HS HS HS HS HS HS HS HS HS HS HSm HS HS HT HT HT HT HS HS HS HS HS HS
Ciclo Graus/ Dias SMP 950 P 845 P 875 SMP 960 P 870 P 878 P 860 SP 830 SP 780 SP 810 P 890 P 890 P 890 P 890 P 880 P 880 P 820 P 820 SP 800 SP 800 P 845 P 845 P 835 P 845 P 845 P 845 P 845 P 870 P 870 P 870 P 870 SP 770 SP 770 SP 770 SP 770 SP 820 SP 820 SP 790 SP 790 SP 780 P 845 P 845 P 870 P 890 P 835 P 830 P 880 P 845 SP 795 P 852 P 852 P 860 P 860 SMP 920 P 830 P 830 P 830 P 830 P 830 SP 795 SP 815 SP 810 SP 811 P 860 P 860 P 860 P 845 P 870 P 870 P 870 P 870 P 870 SMP 950
Época de Plantio C/N/T/S C/N/T/S C/N/T/S C/N/T/S C/N/S C/N/T/S C/N/S C/N N/T/S N/T/S C/N/S C/N/S C/N/S C/N/S C/N/S C/N/S C/N C/N C/N C/N C/N C/N C/N C/N C/N C/N C/N C/N/S C/N/S C/N/S C/N/S C/N/S C/N/S C/N/S C/N/S C/N C/N N/S N/S C/N C/N/S C/N/S C/N/S C/N/S C/N/S C/N C/N/S S C/N/S C/N/S C/N/S C/N/S C/N/S C/N C/N C/N C/N C/N C/N C/N/T/S C/N/T C/N/T/S C/N/T/S C/N/T/S C/N/T/S C/N/T/S C/N/S C/N/T/S C/N/T/S C/N/T/S C/N/T/S C/N/T/S N/T/S
Uso G/SPI/MV G/SPI GRÃOS G/SPI/MV G/SPI GRÃOS GRÃOS GRÃOS GRÃOS GRÃOS GRÃOS GRÃOS GRÃOS GRÃOS GRÃOS GRÃOS GRÃOS GRÃOS GRÃOS GRÃOS GRÃOS GRÃOS GRÃOS GRÃOS GRÃOS GRÃOS GRÃOS GRÃOS GRÃOS GRÃOS GRÃOS GRÃOS GRÃOS GRÃOS GRÃOS G/SGU G/SGU GRÃOS GRÃOS GRÃOS GRÃOS GRÃOS GRÃOS GRÃOS GRÃOS GRÃOS GRÃOS GRÃOS GRÃOS GRÃOS GRÃOS GRÃOS GRÃOS GRÃOS G/SGU G/SGU G/SGU G/SGU GRÃOS GRÃOS GRÃOS G/SGU G/SGU GRÃOS GRÃOS GRÃOS GRÃOS GRÃOS GRÃOS GRÃOS GRÃOS GRÃOS GRÃOS
Cor do grão AM AM/AL AM/AL AM AM AL AL AM/AL AL AL AL AL AL AL AL AL AM AM AM/AL AM/AL AM/AL AM/AL AM AL AL AL AL AL AL AL AL AL AL AL AL AM AM AL AL AM/AL AL AL AL AL AM/AL AM/AL AM/AL AM/AL AL AM/AL AM/AL AM/AL AM/AL AM/AL AM AM AM AM AL AM/AL AL AM/AL AM/AL AL AL AL AM/AL AM/AL AM/AL AM/AL AM/AL AM/AL AL
Densidade (Plantas/ha) 45-50 50-55 50-55 45-50 50-55 55-70 50-60 55-65 55-60 55-60 55-60 55-60 55-60 55-60 55-65 55-65 60-70 60-75 60-70 60-70 50-60 50-60 65-75 55-60 55-60 60-70 55-65 55-60 55-60 55-60 55-60 65-75 65-75 65-75 65-75 70-80 70-80 65-75 65-75 65-70 60-65 60-70 60-70 65-75 65-75 60-70 60-65 50-55 65-75 65-75 65-75 55-65 55-65 65-75 70-80 70-80 70-80 70-80 65-75 65-75 65-70 65-75 65-75 60-70 65-70 65-70 65-70 55-65 60-65 60-65 60-65 60-65 60-65
Textura do grão DENTADO SMDENT SMDURO DENTADO DENTADO SMDURO SMDURO DURO DURO DURO SMDURO SMDURO SMDURO SMDURO SMDURO SMDURO DENTADO DENTADO SMDENT SMDENT SMDENT SMDENT DENTADO DURO DURO DURO DURO DURO DURO DURO DURO DURO DURO DURO DURO DENTADO DENTADO DURO DURO SMDENT SMDENT SMDENT DURO SMDURO SMDURO DURO SMDENT SMDENT SMDURO SMDURO SMDURO SMDURO SMDURO SMDURO DENTADO DENTADO DENTADO DENTADO SMDURO SMDURO SMDURO SMDENT SMDENT SMDURO SMDURO SMDURO SMDURO SMDURO SMDURO SMDURO SMDURO SMDURO SMDURO
Resistência Acamamento A M M A A A A A A A A A A A A A A A A A M M A A A A A M M M M A A A A A A A A A A A M A M A A M A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A M
Altura Espiga (m) 1,6 1,3 1,3 1,4 1,3 1,2 1,25 1,1 1,1 1,05 1,15 1,15 1,15 1,15 1,3 1,3 1,2 1,2 1,26 1,26 1,3 1,3 1,3 1,15 1,15 1,15 1,15 1,2 1,2 1,2 1,2 1 1 1 1 1,15 1,15 1,05 1,05 1,2 1,24 1,24 1,2 1,15 1,30 1,34 1,3 1,2 1,05 1,15 1,15 1,3 1,3 1,2 1,2 1,2 1,2 1,2 1,2 1 1,2 1,1 1,1 1,2 1,2 1,2 1,35 1,25 1,25 1,25 1,25 1,25 1,3
Agosto 2011 • www.revistacultivar.com.br
Altura Planta (m) 2,6 2,4 2,5 2,5 2,3 2,35 2,3 2,2 2,1 2,05 2,1 2,1 2,1 2,1 2,3 2,3 2,25 2,25 2,35 2,35 2,3 2,3 2,3 2,2 2,2 2,2 2,2 2,3 2,3 2,3 2,3 2 2 2 2 2,15 2,15 2,1 2,1 2,2 2,65 2,65 2,3 2,1 2,3 2,33 2,3 2,15 2 2,2 2,2 2,3 2,3 2,3 2,25 2,25 2,25 2,25 2,25 1,9 2,4 2,1 2,1 2,2 2,2 2,2 2,6 2,2 2,2 2,2 2,2 2,2 2,4
Nível Tecnologia M/A M M M/A A A A A M A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A
Região de adaptação SUL,CO, SE, NE, RO SUL,CO, SE, NE, RO SUL,CO, SE, NE, RO SUL,CO, SE, NE, RO SUL e SP SUL,CO, SE, NE, RO SUL,CO, SE, NE, RO MG,SP,PR,RS,SC SUL,CO, SE, NE, RO SUL,CO, SE, NE, RO SUL,CO, SE, NE, RO SUL,CO, SE, NE, RO SUL,CO, SE, NE, RO SUL,CO, SE, NE, RO SUL,CO, SE, NE, RO SUL,CO, SE, NE, RO SUL e MG,SP SUL e MG,SP SUL e MG,SP SUL e MG,SP SUL e MS,DF,GO,,MG,SP SUL e MS,DF,GO,,MG,SP SUL e MS,DF,GO,,MG,SP SUL,CO, SE, NE, RO SUL,CO, SE, NE, RO SUL,CO, SE, NE, RO SUL,CO, SE, NE, RO SUL,CO, SE, NE, RO SUL,CO, SE, NE, RO SUL,CO, SE, NE, RO SUL,CO, SE, NE, RO SUL,CO, SE, NE, RO SUL,CO, SE, NE, RO SUL,CO, SE, NE, RO SUL,CO, SE, NE, RO SUL e SP SUL e SP SUL,CO, SE, NE, RO SUL,CO, SE, NE, RO SUL e MS,DF,GO,,MG,SP SUL,CO, SE, NE, RO SUL,CO, SE, NE, RO SUL,CO, SE, NE, RO SUL,CO, SE, NE, RO SUL e MS,DF,GO,,MG,SP SUL e MS,DF,GO,,MG,SP CO, SE, NE e PR, RO,TO CO, SE, NE e PR, RO,TO SUL, CO, SE, NE e RO e TO SUL,CO, SE, NE, RO SUL,CO, SE, NE, RO SUL,CO, SE, NE, RO, AC SUL,CO, SE, NE, RO, AC CO, SE, NE, RO SUL e MS,SP SUL e MS,SP SUL e MS,SP SUL e MS,SP SUL, CO e MG,SP SUL,CO, SE, NE, RO SUL,CO, SE, NE, RO SUL,CO, SE, NE, RO SUL,CO, SE, NE, RO SUL,CO, SE, NE, RO SUL,CO, SE, NE, RO, AC SUL,CO, SE, NE, RO, AC SUL,CO, SE, NE, RO SUL,CO, SE, NE, RO, AC SUL,CO, SE, NE, RO, AC SUL,CO, SE, NE, RO, AC SUL,CO, SE, NE, RO, AC SUL,CO, SE, NE, RO, AC CO,SE, NE RO
Empresa Sementes Agroceres Sementes Agroceres Sementes Agroceres Sementes Agroceres Sementes Agroceres Sementes Agroceres Sementes Agroceres Sementes Agroceres Sementes Agroceres Sementes Agroceres Sementes Agroceres Sementes Agroceres Sementes Agroceres Sementes Agroceres Sementes Agroceres Sementes Agroceres Sementes Agroceres Sementes Agroceres Sementes Agroceres Sementes Agroceres Sementes Agroceres Sementes Agroceres Sementes Agroceres Sementes Agroceres Sementes Agroceres Sementes Agroceres Sementes Agroceres Sementes Agroceres Sementes Agroceres Sementes Agroceres Sementes Agroceres Sementes Agroceres Sementes Agroceres Sementes Agroceres Sementes Agroceres Sementes Agroceres Sementes Agroceres Sementes Agroceres Sementes Agroceres Sementes Agroceres Sementes Agroceres Sementes Agroceres Sementes Agroceres Sementes Agroceres Sementes Agroceres Sementes Agroceres Sementes Agroceres Sementes Agroceres Sementes Agroceres Dekalb Dekalb Dekalb Dekalb Dekalb Dekalb Dekalb Dekalb Dekalb Dekalb Dekalb Dekalb Dekalb Dekalb Dekalb Dekalb Dekalb Dekalb Dekalb Dekalb Dekalb Dekalb Dekalb Dekalb
Cod Cultivar 25 26 27 28 29 30 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69
Cultivar DKB 399 DKB 399 PRO DKB 566 PRO DKB 615 DKB 789 DKB 979 P 32R22 P 32R22 H P 32R22 HR P 1630 P 1630 H P 30F44 P 32R48 P 32R48 H P 32R48 HR P 30P70 P 30P70 H P 3340 P 3340 Y P 3340 H P 30F53 P 30F53 Y P 30F53 R P 30F53 H P 30F53 YR P 30F53 HR P 30F53 E P 30K75 P 30K75 Y P 30K75 H P 30K64 P 30K64 Y P 30K64 H P 30K64 HR P 3021 P 3021 Y P 3021 H P 30F80 P 30F80 Y P 30F35 P 30F35 Y P 30F35 R P 30F35 H P 30F35 YR P 30F35 HR P 30S31 P 30S31 H P 30B39 P 30B39 Y P 30B39 H P 30B39 HR P 30F36 P 30F36 H P 30F36 HR P 30R50 P 30R50 Y P 30R50 R P 30R50 H P 30R50 YR P 30R50 HR P 30K73 P 30K73 Y P 30K73 H P 30K73 HR P 30B30 P 30B30 R P 30B30 H P 30F87 P 30B88 P 30F90 P 30F90 H P 30F90 HR P 30S40 P 30S40 Y P 3862
Transgênica/ convencional convencional transgênica transgênica convencional convencional convencional convencional transgênica transgênica convencional transgênica convencional convencional transgênica transgênica convencional transgênica convencional transgênica transgênica convencional transgênica transgênica transgênica transgênica transgênica convencional convencional transgênica transgênica convencional transgênica transgênica transgênica convencional transgênica transgênica convencional transgênica convencional transgênica transgênica transgênica transgênica transgênica convencional transgênica convencional transgênica transgênica transgênica convencional transgênica transgênica convencional transgênica transgênica transgênica transgênica transgênica convencional transgênica transgênica transgênica convencional transgênica transgênica convencional transgênica convencional transgênica transgênica convencional transgênica convencional
Tipo
Ciclo
HS HS HT HD HD HD HS HS HS HS HS HS HS HS HS HS HS HS HS HS HS HS HS HS HS HS HS HSM HSM HSM HS HS HS HS HT HT HT HS HS HS HS HS HS HS HS HS HS HS HS HS HS HS HS HS HS HS HS HS HS HS HS HS HS HS HT HT HT HT HT HS HS HS HS HS HS
SMP SMP P SP P P SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P
Graus/ Dias 950 950 840 810 900 855 121 dias 121 dias 121 dias 115 dias 115 dias 132 dias 127 dias 127 dias 127 dias 132 dias 132 dias 130 dias 130 dias 130 dias 130 dias 130 dias 130 dias 130 dias 130 dias 130 dias 130 dias 135 dias 135 dias 135 dias 140 dias 140 dias 140 dias 140 dias 135 dias 135 dias 135 dias 135 dias 135 dias 140 dias 140 dias 140 dias 140 dias 140 dias 140 dias 140 dias 140 dias 140 dias 140 dias 140 dias 140 dias 140 dias 140 dias 140 dias 135 dias 135 dias 135 dias 135 dias 135 dias 135 dias 138 dias 138 dias 138 dias 138 dias 135 dias 135 dias 135 dias 140 dias 140 dias 140 dias 140 dias 140 dias 145 dias 145 dias 138 dias
Época de Plantio N/T/S N/T/S C/N/T/S N/T/S C/N/T/S C/N/T/S N N N N N N N N N N/S N/S N/S N N N N N N N N N N/T/S N/T/S N/T/S N N N N N/T/S N/T/S N/T/S N/T/S N/T/S N/S N/S N/S N/S N/S N/S N/S N/S N N N N N N N N N N N N N N/S N/S N/S N/S N N N N/S N/S N/S N/S N/S N/S N/S N/S
Uso GRÃOS GRÃOS G/SPI/SGU GRÃOS GRÃOS GRÃOS G/SPI/SGU G/SPI/SGU G/SPI/SGU GRÃOS GRÃOS GRÃOS GRÃOS GRÃOS GRÃOS GRÃOS GRÃOS G/SGU G/SGU G/SGU GRÃOS GRÃOS GRÃOS GRÃOS GRÃOS GRÃOS GRÃOS GRÃOS GRÃOS GRÃOS GRÃOS GRÃOS GRÃOS GRÃOS GRÃOS GRÃOS GRÃOS G/SGU G/SGU GRÃOS GRÃOS GRÃOS GRÃOS GRÃOS GRÃOS G/SPI G/SPI G/SPI G/SPI G/SPI G/SPI G/SGU G/SGU G/SGU GRÃOS GRÃOS GRÃOS GRÃOS GRÃOS GRÃOS GRÃOS GRÃOS GRÃOS GRÃOS GRÃOS GRÃOS GRÃOS GRÃOS GRÃOS G/SPI G/SPI G/SPI G/SPI
Cor do grão AL AL AM AL AM/AL AL AM AM AM AM AM AL SI SI SI AM AM SI SI SI AL AL AL AL AL AL AL AL AL AL AL AL AL AL AL AL AL AL AL AL AL AL AL AL AL AL AL AL AL AM/AL AM/AL AL AL AL AL AM AM AM AM AM AM/AL AL AM/AL AM/AL AL AL AL AL SI AM AM AM AM
Densidade (Plantas/ha) 60-65 60-65 55-60 60-70 65-70 60-70 50-65 50-65 50-65 50-65 50-65 50-60 50-65 50-65 50-65 55-65 55-68 50-65 50-60 50-60 55-72 60-80 60-80 60-80 60-80 60-80 55-72 55-72 55-72 55-72 55-72 55-72 55-72 55-72 55-72 55-72 55-72 60-80 60-80 55-72 55-72 55-72 55-72 55-72 55-72 55-72 55-72 55-72 55-72 55-65 55-65 60-80 60-80 60-80 60-80 60-80 60-80 60-80 60-80 60-80 50-65 65 50-65 50-65 60 60 60 55-65 50-65 50-65 50-65 50-65 50-65
Textura do grão SMDURO SMDURO SMDENT DURO SMDURO SMDURO SMDURO SMDURO SMDURO SMMOLE SMMOLE SMDURO SMDURO SMDURO SMDURO SMDURO SMDURO DURO DURO DURO SMDURO SMDURO SMDURO SMDURO SMDURO SMDURO SMDURO SMDURO SMDURO SMDURO SMDURO SMDURO SMDURO SMDURO SMDURO SMDURO SMDURO DURO DURO SMDURO SMDURO SMDURO SMDURO SMDURO SMDURO SMDURO SMDURO SMDURO SMDURO SMDURO SMDURO SMDURO SMDURO SMDURO SMDURO SMDURO SMDURO SMDURO SMDURO SMDURO SMDURO SMDURO SMDURO SMDURO SMDURO SMDURO SMDURO DURO DURO DURO DURO DURO DURO
G/SPI G/SPI
AM AM
50-65 55-65
DURO SMDURO
Resistência Acamamento M M A A A A M M M M M B M M M B B A B B B A A A A A B A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A MS MS MS A A A
Altura Espiga (m) 1,3 1,3 1,2 1,15 1,2 1,1 1,1 a 1,25 1,1 a 1,25 1,1 a 1,25 1,1 a 1,25 1,1 a 1,25 1,35 a 1,45 1,10 A 1,20 1,10 A 1,20 1,10 A 1,20 1,40 a 1,50 1,40 a 1,50 1,35 a 1,45 1,35 a 1,45 1,35 a 1,45 1,10 a 1,20 1,10 a 1,20 1,10 a 1,20 1,10 a 1,20 1,10 a 1,20 1,10 a 1,20 1,10 a 1,20 1,25 a 1,35 1,25 a 1,35 1,25-1,35 1,4 a 1,6 1,4 a 1,6 1,4 a 1,6 1,4 a 1,6 1,3 a 1,4 1,3 a 1,4 1,3 a 1,4 1,30 a 1,40 1,3 a 1,4 1,4 a 1,55 1,4 a 1,55 1,4 a 1,55 1,4 a 1,55 1,4 a 1,55 1,4 a 1,55 1.5 a 1.6 1.5 a 1.6 1,3 a 1,4 1,3 a 1,4 1,3 a 1,4 1,3 a 1,4 1,25 a 1,35 1,25 a 1,35 1,25 a 1,35 1.2 a 1.35 1.2 a 1.35 1.2 a 1.35 1.2 a 1.35 1.2 a 1.35 1.2 a 1.35 1,30 a 1,50 1,30 a 1,50 1,30 a 1,50 1,30 a 1,50 1,30 a 1,40 1,30 a 1,40 1,30 a 1,40 1,35 a 1,55 1,35 a 1,55 1,40 a 1,50 1,40 a 1,50 1,40 a 1,50 1,45 A 1,65 1,45 A 1,65 1,40 a 1,50
Altura Planta (m) 2,4 2,4 2,3 2,2 2,3 2,2 2,7 a 2,85 2,7 a 2,85 2,7 a 2,85 2,7 a 2,85 2,7 a 2,85 2,80 a 2,90 2,70 A 2,80 2,70 A 2,80 2,70 A 2,80 2,80 A 2,95 2,90 A 3,10 2,80 a 2,90 2,80 a 2,90 2,80 a 2,90 2,60 a 2,80 2,60 a 2,80 2,60 a 2,80 2,60 a 2,80 2,60 a 2,80 2,60 a 2,80 2,60 a 2,80 2,75 a 2,85 2,75 a 2,85 2,75 a 2,85 3,10 a 3,30 3,10 a 3,30 3,10 a 3,30 3,10 a 3,30 2,8 a 2,9 2,8 a 2,9 2,8 a 2,9 2,8 a 2,9 2,8 a 2,9 2,9 a 3,2 2,9 a 3,2 2,9 a 3,2 2,9 a 3,2 2,9 a 3,2 2,9 a 3,2 3.0 a 3.2 3.0 a 3.2 2,90 a 3,10 2,90 a 3,10 2,90 a 3,10 2,90 a 3,10 2,70 a 2,85 2,70 a 2,85 2,70 a 2,85 2.6 a 2.9 2.6 a 2.9 2.6 a 2.9 2.6 a 2.9 2.6 a 2.9 2.6 a 2.9 2,80 a 3,0 2,80 a 3,0 2,80 a 3,0 2,80 a 3,0 2,80 a 3,0 2,80 a 3,0 2,80 a 3,0 2,80 a 3,0 2,80 a 3,0 2,90 a 3,10 2,90 a 3,10 2,90 a 3,10 2,90 a 3,20 2,90 a 3,20 2,90 a 3,10
Nível Tecnologia A A M/A A M/A A M/A e A M/A e A M/A e A M/A e A M/A e A M/A e A M/A e A M/A e A M/A e A M/A e A M/A e A M/A e A M/A e A M/A e A A A A A A A A M/A e A M/A e A M/A e A A A A A M/A e A M/A e A M/A e A M e M/A M/A e A A A A A A A M/A e A M/A e A M/A e A M/A e A M/A e A M/A e A M/A e A M/A e A M/A e A A A A A A A M/A e A M/A e A M/A e A M/A e A M/A M/A M/A M/A M/A M/A e A M/A e A M/A e A M/A e A M/A e A M/A e A
Região de adaptação CO,SE, NE RO CO,SE, NE RO SUL e MG e SP SUL,CO, SE, NE, RO SUL,CO, SE, NE, RO, AC SUL,CO, SE, NE, RO, AC SUL e MG, SP e MS SUL e MG, SP e MS SUL e MG, SP, MS, MT, GO e DF SUL e SP, MS, MT, GO e DF SUL e SP, MS, MT, GO e DF SUL, SE, CO e BA, TO, PI, MA, PE, AL,CE, SE, PA, RO, RR SUL, SP e MS SUL, SP, MG, MS e GO SUL, SP, MG, MS e GO SUL, SE, CO, NE e TO, RO, RR SUL, SE, CO, NE e TO, RO, RR SUL, SE, CO, NE e TO, RO, RR SUL, SE, CO, NE e TO, RO, RR SUL, SE, CO, NE e TO, RO, RR SUL, SE, CO, NE e TO, RO, RR, AC SUL, SE, CO, NE e TO, RO, RR, AC SUL, SE, CO, NE e TO, RO, RR, AC SUL, SE, CO, NE e TO, RO, RR, AC SUL, SE, CO, NE e TO, RO, RR, AC SUL, SE, CO, NE e TO, RO, RR, AC SUL, SE, CO, NE e TO, RO, RR, AC SUL, SE, CO, NE e TO, RO, RR SUL, SE, CO, NE e TO, RO, RR SUL, SE, CO, NE e TO, RO, RR SUL, SE, CO, NE e TO, RO, RR SUL, SE, CO, NE e TO, RO, RR SUL, SE, CO, NE e TO, RO, RR SUL, SE, CO, NE e TO, RO, RR SUL, SE, CO, NE e TO, RO, RR SUL, SE, CO, NE e TO, RO, RR SUL, SE, CO, NE e TO, RO, RR SUL, SE, CO, NE e TO, RO, RR, AC SUL, SE, CO, NE e TO, RO, RR, AC SUL, SE, CO, NE e TO, RO, RR, AC SUL, SE, CO, NE e TO, RO, RR, AC SUL, SE, CO, NE e TO, RO, RR, AC SUL, SE, CO, NE e TO, RO, RR, AC SUL, SE, CO, NE e TO, RO, RR, AC SUL, SE, CO, NE e TO, RO, RR, AC SUL, SE, CO, NE e TO, RO, RR SUL, SE, CO, NE e TO, RO, RR SUL e SP, MG, GO, DF, MS, BA SUL, SE, CO e BA, TO, PI, MA, PE, AL,CE, SE, PA, RO, RR, AC SUL, SE, CO e BA, TO, PI, MA, PE, AL,CE, SE, PA, RO, RR, AC SUL, SE, CO e BA, TO, PI, MA, PE, AL,CE, SE, PA, RO, RR, AC SUL, SE, CO e BA, TO, PI, MA, PE, AL,CE, SE, PA, RO, RR SUL, SE, CO e BA, TO, PI, MA, PE, AL,CE, SE, PA, RO, RR SUL, SE, CO e BA, TO, PI, MA, PE, AL,CE, SE, PA, RO, RR SUL e SP, MG, GO, DF, MS, BA SUL e SP, MG, GO, DF, MS, BA SUL e SP, MG, GO, DF, MS, BA SUL e SP, MG, GO, DF, MS, BA SUL e SP, MG, GO, DF, MS, BA SUL e SP, MG, GO, DF, MS, BA SUL, SE, CO e BA, TO, PI, MA, PE, AL,CE, SE, PA, RO, RR, AC SUL, SE, CO e BA, TO, PI, MA, PE, AL,CE, SE, PA, RO, RR, AC SUL, SE, CO e BA, TO, PI, MA, PE, AL,CE, SE, PA, RO, RR, AC SUL, SE, CO e BA, TO, PI, MA, PE, AL,CE, SE, PA, RO, RR, AC SUL e SP, MG, GO, DF, MS, BA SUL, SE, CO e BA, TO, PI, MA, PE, AL,CE, SE, PA, RO, RR SUL, SE, CO e BA, TO, PI, MA, PE, AL,CE, SE, PA, RO, RR SUL, SE, CO e BA, TO, PI, MA, PE, AL,CE, SE, PA, RO, RR, AC SUL, SE, CO e BA, TO, PI, MA, PE, AL,CE, SE, PA, RO, RR, AC SUL, SE, CO e BA, TO, PI, MA, PE, AL,CE, SE, PA, RO, RR, AC SUL, SE, CO e BA, TO, PI, MA, PE, AL,CE, SE, PA, RO, RR, AC SUL, SE, CO e BA, TO, PI, MA, PE, AL,CE, SE, PA, RO, RR, AC SUL, SE,CO e BA, TO, PI, MA, PE, AL, CE, SE, PA, RO, RR SUL, SE,CO e BA, TO, PI, MA, PE, AL, CE, SE, PA, RO, RR SUL, SE,CO e BA, TO, PI, MA, PE, AL, CE, SE, PA, RO, RR
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Empresa Dekalb Dekalb Dekalb Dekalb Dekalb Dekalb Du Pont do Brasil S.A Du Pont do Brasil S.A Du Pont do Brasil S.A Du Pont do Brasil S.A Du Pont do Brasil S.A Du Pont do Brasil S.A Du Pont do Brasil S.A Du Pont do Brasil S.A Du Pont do Brasil S.A Du Pont do Brasil S.A Du Pont do Brasil S.A Du Pont do Brasil S.A Du Pont do Brasil S.A Du Pont do Brasil S.A Du Pont do Brasil S.A Du Pont do Brasil S.A Du Pont do Brasil S.A Du Pont do Brasil S.A Du Pont do Brasil S.A Du Pont do Brasil S.A Du Pont do Brasil S.A Du Pont do Brasil S.A Du Pont do Brasil S.A Du PonT do Brasil S.A Du Pont do Brasil S.A Du Pont do Brasil S.A Du Pont do Brasil S.A Du Pont do Brasil S.A Du Pont do Brasil S.A Du Pont do Brasil S.A Du Pont do Brasil S.A Du Pont do Brasil S.A Du Pont do Brasil S.A Du Pont do Brasil S.A Du Pont do Brasil S.A Du Pont do Brasil S.A Du Pont do Brasil S.A Du Pont do Brasil S.A Du Pont do Brasil S.A Du Pont do Brasil S.A Du Pont do Brasil S.A Du Pont do Brasil S.A Du Pont do Brasil S.A Du Pont do Brasil S.A Du Pont do Brasil S.A Du Pont do Brasil S.A Du Pont do Brasil S.A Du Pont do Brasil S.A Du Pont do Brasil S.A Du Pont do Brasil S.A Du Pont do Brasil S.A Du Pont do Brasil S.A Du Pont do Brasil S.A Du Pont do Brasil S.A Du Pont do Brasil S.A Du Pont do Brasil S.A Du Pont do Brasil S.A Du Pont do Brasil S.A Du Pont do Brasil S.A Du Pont do Brasil S.A Du Pont do Brasil S.A Du Pont do Brasil S.A Du Pont do Brasil S.A Du Pont do Brasil S.A Du Pont do Brasil S.A Du Pont do Brasil S.A Du Pont do Brasil S.A Du Pont do Brasil S.A Du Pont do Brasil S.A
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Cod Cultivar 70 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 1 2 3 4 5 6
Cultivar P 3862 R P 3862 H P 3646 P 3646 R P 3646 H P 4042 P 4042 H P 4285 P 4285 H P 3989 BG 7049 BG 7049 R BG 7049 H BG 7060 BG 7060 Y BG 7060 H BG 7060 HR BG 7051 H BG 7055 H BG 7055 ATTACK ATTACK TL CARGO CELERON TL EXCELER FASTER FASTER TL FÓRMULA FÓRMULA TL GARRA GARRA TL GARRA TL VIP IMPACTO IMPACTO TL MASTER MAXIMUS MAXIMUS TL MAXIMUS TL VIP MAXIMUS TL TG OMEGA OMEGA TL PENTA PENTA TL PREMIUM FLEX PREMIUM FLEX TL SOMMA SOMMA TL SPEED SPEED TL SPRINT SPRINT TL STATUS STATUS TL TORK TORK TL TRAKTOR TRUCK TRUCK TL DOCE TROPICAL BALU 178 BALU 580 BALU 184 BALU 551 BALU 761 SG 150 SG 6418 SG 6015 DEFENDER DEFENDER TL 2A106 2A120 2A120 Hx 2A550 2A550 Hx 2B433
32
Transgênica/ convencional transgênica transgênica convencional transgênica transgênica convencional transgênica convencional transgênica convencional convencional transgênica transgênica convencional transgênica transgênica transgênica transgênica transgênica convencional convencional transgênica convencional transgênica convencional convencional transgênica convencional transgênica convencional transgênica transgênica convencional transgênica convencional convencional transgênica transgênica transgênica convencional transgênica convencional transgênica convencional transgênica convencional transgênica convencional transgênica convencional transgênica convencional transgênica convencional transgênica convencional convencional transgênica convencional convencional convencional convencional convencional convencional convencional convencional convencional convencional transgênica convencional convencional transgênica convencional transgênica convencional
Tipo
Ciclo
HS HS HS HS HS HS HS HS HS HS HT HT HT HT HT HT HT HT HT HT HSm HSm HD HS HT HSm HSm HS HS HT HT HT HS HS HT HS HS HS HS HSm HSm HS HS HS HS HSm HSm HS HS HS HS HS HS HS HS HD HSm HSm HS HT HD HD HD HD HT HT HSm HSm HSm HS HS HS HS HS HT
P P P P P P P P P P P P P P P P P SP P P P P P SP P SP SP SP SP P P P P P SMP P P P P P P P P P P P P SP SP HP HP P P P P P P P SP P P P P P P P P P P HP HP HP P P SP
Graus/ Dias 138 dias 138 dias 135 dias 135 dias 135 dias 140 dias 140 dias 120 dias 120 dias 135 dias 140 dias 140 dias 140 dias 135 dias 135 dias 135 dias 135 dias 127 dias 135 dias 135 dias 860 860 890 SI 870 SI SI SI SI 870 870 870 895 895 895 890 890 890 890 SI SI 870 870 870 870 895 895 815 815 800 800 SI SI 860 860 850 SI SI SI 860 SI 860 786 792 865 865 SI SI SI 760 790 790 825 825 840
Época de Plantio N N N/S N/S N/S N/S N/S N/S N/S N N/S N/S N/S N N N N N N/S N/S N N C/N/T/S C/N N/T/S C/N C/N C/N C/N N/T/S N/T/S N/T/S C/N/T/S C/N/T/S C/N/T/S C/N/S C/N/S C/N/S C/N/S N/T/S N/T/S C/N/S C/N/S C/N C/N N/T/S N/T/S C/S C/S C/N C/N C/N C/N N N N/T C/N/S C/N/S N C/N/S C/N/S C/N/S C/N/S C/N/S N N N/S C/N/S C/N/S C/S C/N C/N C/N/T C/N/T C/N/T/S
Uso G/SPI G/SPI GRÃOS GRÃOS GRÃOS GRÃOS GRÃOS G/SPI G/SPI G/SPI G/SPI G/SPI G/SPI G/SPI G/SPI G/SPI G/SPI G/SPI G/SPI G/SPI G/SPI G/SPI G/SPI GRÃOS GRÃOS GRÃOS GRÃOS GRÃOS GRÃOS GRÃOS GRÃOS GRÃOS G/SPI G/SPI GRÃOS G/SPI G/SPI G/SPI G/SPI GRÃOS GRÃOS GRÃOS GRÃOS G/SGU G/SGU GRÃOS GRÃOS GRÃOS GRÃOS GRÃOS GRÃOS GRÃOS GRÃOS GRÃOS GRÃOS GRÃOS GRÃOS GRÃOS M. DOCE G/SPI GRÃOS G/SPI G/SPI G/SPI GRÃOS GRÃOS G/SGU GRÃOS GRÃOS G/SPI G/SPI G/SPI GRÃOS GRÃOS G/SPI
Cor do grão AM AM AM/AL AM/AL AM/AL AM/AL AM/AL AM/AL AM/AL AM AL AL AL AL AL AL AL AM AL AL AL AL AL AL LR AL AL AL AL AL AL AL AL AL LR AL AL AL AL AL AL AL AL AL AL LR LR LR LR AL AL AL AL LR LR LR AL AL AM AL AL AV AL AL SI SI AM/AL AM/AL AM/AL AM/AL AL AL AL AL AM/AL
Densidade (Plantas/ha) 55-65 55-65 55-65 55-65 55-65 55-65 55-65 55-65 55-65 55-65 50-65 50-65 50-65 50-65 50-65 50-65 50-65 50-65 55-65 55-65 55 55 55-60 60-65 55 60-65 60-65 60-65 60-65 60 60 60 55-60 55-60 55 55-65 55-65 55-65 55-65 60-70 60-70 55-65 55-65 60-65 60-65 55-65 55-65 60 60 55-65 55-65 60-70 60-70 55-60 55-60 55 60-65 60-65 SI 50-55/45-50 55-60/50-55 50-55/45-51 55-60/45-50 55-60/45-51 55 55 45-60 60-65 60-65 60-65/50-55 60-65 60-65 60-75/50-55 60-70/50-55 60-65/50-55
Textura do grão SMDURO SMDURO SMDURO SMDURO SMDURO SMDURO SMDURO DURO DURO SMDURO SMDURO SMDURO SMDURO SMDURO SMDURO SMDURO SMDURO SMDURO SMDURO SMDURO DURO DURO DURO DURO DURO DURO DURO DURO DURO DURO DURO DURO DURO DURO DURO DURO DURO DURO DURO DURO DURO DURO DURO SMDURO SMDURO DURO DURO DURO DURO DURO DURO DURO DURO DURO DURO DURO DURO DURO SI DURO DURO DURO DURO DURO DURO DURO DURO DURO DURO SMDENT SMDURO SMDURO SMDURO SMDURO SMDENT
Resistência Acamamento A A A A A SI SI SI SI A A A A A A A A M A A M M A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A M M A A A A M M A A A SI A A A A A M M A A A M A M A A A
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Altura Espiga (m) 1,40 a 1,50 1,40 a 1,50 1,30 A 1,40 1,30 A 1,40 1,30 A 1,40 1,55 a 1,65 1,55 a 1,65 1,3 1,3 1,4 a 1,55 1,4 a 1,55 1,4 a 1,55 1,4 a 1,55 1,30 a 1,40 1,30 a 1,40 1,30 a 1,40 1,30 a 1,40 1,10 A 1,20 1,30 A 1,50 1,30 A 1,50 1,33 1,33 1,3 1,13 1,18 1,26 1,26 1,13 1,13 1,3 1,3 1,3 1,24 1,24 1,22 1,28 1,28 1,28 1,28 1,35 1,35 1,18 1,18 1,12 1,12 1,2 1,2 1,17 1,17 1,17 1,17 1,33 1,33 1,3 1,3 1,19 1,24 1,24 SI SI SI SI SI SI 1,3 1,16 1,14 1,2 1,2 1,06 1,10 1,10 1,10 1,10 1,10
Altura Planta (m) 2,90 a 3,10 2,90 a 3,10 2,80 A 3,00 2,80 A 3,00 2,80 A 3,00 3,00 a 3,20 3,00 a 3,20 3 3 2,9 a 3,2 2,9 a 3,2 2,9 a 3,2 2,9 a 3,2 2,80 a 3,0 2,80 a 3,0 2,80 a 3,0 2,80 a 3,0 2,70 A 2,80 3,00 A 3,20 3,00 A 3,20 2,19 2,19 2,35 2,22 2,22 2,48 2,48 2,22 2,22 2,23 2,23 2,23 2,46 2,46 2,38 2,47 2,47 2,47 2,47 2,48 2,48 2,07 2,07 2,1 2,1 2,2 2,2 1,98 1,98 2,09 2,09 2,33 2,33 2,31 2,31 2,1 2,46 2,46 SI 2,09 MÉDIO 2 2,26 2,28 2,35 2,1 2,56 2,2 2,2 2,10 2,15 2,15 2,00 2,00 2,10
Nível Tecnologia M/A e A M/A e A M/A e A M/A e A M/A e A M/A e A M/A e A M/A e A M/A e A A M/A e M M/A e M M/A e M M/A e M M/A e M M/A e M M/A e M M/A e A M/A e M M/A e M M/A M/A M A M/A A A A A M/A M/A M/A A A M/A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A M M M SI M M/A M M M M M A M M A M/A e A M/A e A A A M e M/A
Região de adaptação SUL, SE,CO e BA, TO, PI, MA, PE, AL, CE, SE, PA, RO, RR SUL, SE,CO e BA, TO, PI, MA, PE, AL, CE, SE, PA, RO, RR SUL, SE,CO e BA, TO, PI, MA, PE, AL, CE, SE, PA, RO, RR SUL, SE,CO e BA, TO, PI, MA, PE, AL, CE, SE, PA, RO, RR SUL, SE,CO e BA, TO, PI, MA, PE, AL, CE, SE, PA, RO, RR SUL, SE,CO e BA, TO, PI, MA, PE, AL, CE, SE, PA, RO, RR SUL, SE,CO e BA, TO, PI, MA, PE, AL, CE, SE, PA, RO, RR SUL, SE,CO e BA, TO, PI, MA, PE, AL, CE, SE, PA, RO, RR SUL, SE,CO e BA, TO, PI, MA, PE, AL, CE, SE, PA, RO, RR SUL, SP, MT e GO SUL, SE,CO e BA, TO, PI, MA, PE, AL, CE, SE, PA, RO, RR SUL, SE,CO e BA, TO, PI, MA, PE, AL, CE, SE, PA, RO, RR SUL, SE,CO e BA, TO, PI, MA, PE, AL, CE, SE, PA, RO, RR SUL, CO e SP, MG, BA SUL e SP, MG, GO, DF, MS, BA SUL e SP, MG, GO, DF, MS, BA SUL e SP, MG, GO, DF, MS, BA SUL e SP, MS, MT, GO e DF SUL, SE,CO e BA, TO, PI, MA, PE, AL, CE, SE, PA, RO, RR SUL, SE,CO e BA, TO, PI, MA, PE, AL, CE, SE, PA, RO, RR SUL e MS SUL e MS SUL ,CO e SE SUL, SP (Sul), MS (Sul) SUL ,CO, SE e BA,MA,PI SUL e MS SUL e MS SUL, CO, SP (Sul), MS (Sul) SUL, CO, SP (Sul), MS (Sul) SUL ,CO e SE SUL ,CO e SE SUL ,CO e SE SUL ,CO e SE SUL ,CO e SE SUL ,CO, SE e BA,MA,PI SUL ,CO e SE SUL ,CO e SE SUL ,CO e SE SUL ,CO e SE SUL ,CO e SE SUL ,CO e SE SUL e SP(sul) e MS(sul) SUL e SP(sul) e MS(sul) SUL e MS SUL e MS SUL ,CO e SE SUL ,CO e SE SUL ,CO e SE SUL ,CO e SE SUL e SP(sul) e MS(sul) SUL e SP(sul) e MS(sul) SUL ,CO e SE SUL ,CO e SE SUL ,CO, SE e BA,MA,PI SUL ,CO, SE e BA,MA,PI SUL ,CO, SE e BA,MA,PI CO, SE CO, SE CENTRO-SUL SUL,CO, SE e BA. SUL,CO, SP, MG SUL,CO, SE e BA. BRASIL BRASIL SUL e MS SUL e MS BRASIL BRASIL BRASIL Sul do Brasil e regiões Tropical Alta Sul do Brasil, demais regiões sob Consulta Sul do Brasil, demais regiões sob Consulta Sul do Brasil, região Tropical Alta e Tropical de Transição Sul do Brasil, região Tropical Alta e Tropical de Transição Brasil
Empresa Du Pont do Brasil S.A Du Pont do Brasil S.A Du Pont do Brasil S.A Du Pont do Brasil S.A Du Pont do Brasil S.A Du Pont do Brasil S.A Du Pont do Brasil S.A Du Pont do Brasil S.A Du Pont do Brasil S.A Du Pont do Brasil S.A Du Pont do Brasil S.A Du Pont do Brasil S.A Du Pont do Brasil S.A Du Pont do Brasil S.A Du Pont do Brasil S.A Du Pont do Brasil S.A Du Pont do Brasil S.A Du Pont do Brasil S.A Du Pont do Brasil S.A Du Pont do Brasil S.A Syngenta Seeds Ltda Syngenta Seeds Ltda Syngenta Seeds Ltda Syngenta SeeDs Ltda Syngenta Seeds Ltda Syngenta Seeds Ltda Syngenta Seeds Ltda Syngenta Seeds Ltda Syngenta Seeds Ltda Syngenta Seeds Ltda Syngenta Seeds Ltda Syngenta Seeds Ltda Syngenta Seeds Ltda Syngenta Seeds Ltda Syngenta Seeds Ltda Syngenta Seeds Ltda Syngenta Seeds Ltda Syngenta Seeds Ltda Syngenta Seeds Ltda Syngenta Seeds Ltda Syngenta Seeds Ltda Syngenta Seeds Ltda Syngenta Seeds Ltda Syngenta Seeds Ltda Syngenta Seeds Ltda Syngenta Seeds Ltda Syngenta Seeds Ltda Syngenta Seeds Ltda Syngenta Seeds Ltda SyngEnta Seeds Ltda Syngenta Seeds Ltda Syngenta Seeds Ltda Syngenta Seeds Ltda Syngenta Seeds Ltda Syngenta Seeds Ltda Syngenta Seeds Ltda Syngenta Seeds Ltda Syngenta Seeds Ltda Syngenta Seeds Ltda Syngenta Seeds Ltda Syngenta Seeds Ltda Syngenta Seeds Ltda Syngenta Seeds Ltda Syngenta Seeds Ltda Syngenta Seeds Ltda Syngenta Seeds Ltda Syngenta Seeds Ltda Syngenta Seeds Ltda Syngenta Seeds Ltda Dow Agrosciences Indl Ltda Dow Agrosciences Indl Ltda Dow Agrosciences Indl Ltda Dow Agrosciences Indl Ltda Dow Agrosciences Indl Ltda Dow Agrosciences Indl Ltda
Cod Cultivar Cultivar 7 2B433 Hx 8 2B512 HX 9 2B587 10 2B587 HX 11 2B604 12 2B604 Hx 13 2B655 14 2B655 Hx 15 2B688 16 2B688 HR 17 2B688 Hx 18 2B707 19 2B707Hx 20 2B710 21 2B710 HR 22 2B710 HX 23 WxA504 24 DB2A525 Hx 1 20A55 2 20A55 HR 3 20A55 Hx 4 20A78 5 20A78 HX 6 30A25 HR 7 30A25 Hx 8 30A30 Hx 9 30A37 10 30A37 Hx 11 30A68 12 30A70 13 30A77 14 30A77 Hx 15 30A86 16 30A86 HR 17 30A86 HX 18 30A91 19 30A91 HR 20 30A91 Hx 21 30A95 22 30A95 Hx 23 AGN 2012 1 BRS 1060 2 BRS1055 3 BRS 1040 4 BRS 1031 5 BRS 1030 6 BRS 1010 7 BRS 1002 8 BRS 3025 9 BRS 3035 10 BRS 3003 11 BR 205 12 BR 206 13 BRS 2223 14 BRS 2020 15 BRS 2022 16 BR 106 17 BR 451 18 BR 473 19 BRS Caatingueiro 20 BRS 4154 Saracura 21 BRS 4157 Sol-da-manhã 22 BRS Planalto 23 BRS MISSÕES 24 BRS 4103 25 BRS Caimbé 26 BRS Gorutuba 27 BR 5011 Sertanejo 28 BRS Assum Preto 1 BX 974 2 BX 981 3 BX 907 YG 4 BX 945 5 BX 920 YG 6 BX 1200
Transgênica/ convencional transgênica transgênica convencional transgênica convencional transgênica convencional transgênica convencional transgênica transgênica convencional transgênica convencional transgênica transgênica convencional transgênica convencional transgênica transgênica convencional transgênica transgênica transgênica transgênica convencional transgênica convencional convencional convencional transgênica convencional transgênica transgênica convencional transgênica transgênica convencional transgênica convencional convencional convencional convencional convencional convencional convencional convencional convencional convencional convencional convencional convencional convencional convencional convencional convencional convencional convencional convencional convencional convencional convencional convencional convencional convencional convencional convencional convencional convencional convencional transgênica convencional transgênica convencional
Tipo
Ciclo
HT HT HS HS HSm HSm HT HT HT HT HT HS HS HS HS HS HS HS HT HT HT HT HT HS HS HS HS HS HS HS HS HS HS HS HS HSM HSM HSM HT HT HD HS HS HS HS HS HS HS HT HT HT HD HD HD HD HD V V V V V V V V V V V V V HS HS HS HS HS HS
SP P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P SP SP SP SP HP SP SP SP P P P P P P P P P P P P SMP SMP SMP P P P P P SP P P P SP P P SMP P P SP P P P P P SMP SP P SP P P SP SP P SMP
Graus/ Dias 840 840 815 815 848 848 840 840 860 860 860 890 890 850 850 850 850 835 843 842 843 823 823 806 806 800 810 810 SI 963 SI SI SI SI SI 902 902 902 si si 810 913 978 876 731 731 819 SI 822 836 819 788 895 788 826 836 788 696 656 702 751 751 SI 810 823 894 765 SI 782 905 915 SI SI SI SI
Época de Plantio C/N/T/S C/N/T/S C/N/T/S C/N/T/S C/N/T/S C/N/T/S N/T/S N/T/S C/N/T/S C/N/T/S C/N/T/S C/N/T/S C/N/T/S C/N/T/S C/N/T/S C/N/T/S C/N/S C/N C/N/T/S C/N/T/S C/N/T/S C/N/T/S C/N/T/S C/N/T C/N/T C/N C/N/T/S C/N/T/S C/N/T C/N/T/S C/N/T C/N/T C/N/T/S C/N/T/S C/N/T/S C/N/T/S C/N/T/S C/N/T/S C/N/T/S C/N/T/S C/N/T/S N/S N/S N/S N/S N/S N/S N N/S S N/S N/S N/S N/S N/S N/S N/S N N N N/S N/S N N N/S N/S N N N T/S T/S C/N N/S C/N C/N/T/S
Uso
Cor do grão G/SPI AM/AL G/SPI AL GRÃOS AM/AL GRÃOS AM/AL GRÃOS AL GRÃOS AL G/SPI/SGU AL G/SPI/SGU AL G/SPI AL G/SPI AL G/SPI AL GRÃOS AL GRÃOS AL GRÃOS AM/AL GRÃOS AM/AL GRÃOS AM/AL I.AMIDO LR/CEROSO GRÃOS LR G/SPI AL G/SPI AL G/SPI AL G/SPI AM/AL G/SPI AM/AL GRÃOS AM/AL GRÃOS AM/AL GRÃOS AM/AL GRÃOS AM/AL GRÃOS AM/AL GRÃOS AL GRÃOS AL GRÃOS AM/AL GRÃOS AM/AL GRÃOS AL GRÃOS AL GRÃOS AL GRÃOS AL GRÃOS AL GRÃOS AL GRÃOS Al GRÃOS Al G/SPI AM/AL G/SPI AV G/SPI AV G/SPI AL G/SPI AL G/SPI AL G/SPI LR/AV GRÃOS AM/AL G/SPI AL G/SPI AL G/SPI AL G/SPI AM/AL GRÃOS AM/AL G/SPI AM/AL G/SPI LR G/SPI AL G/SPI AM GRÃOS BRANCO GRÃOS AM GRÃOS AM G/SPI LR GRÃOS AL GRÃOS AM/LR GRÃOS AM GRÃOS AM/AL G/SPI AM/AL GRÃOS AM/AL GRÃOS GRÃOS AM/AL GRÃOS LR G/SPI LR G/SPI LR GRÃOS LR G/SPI AM G/SPI LR
Densidade (Plantas/ha) 60-65/45-55 60-65/45-55 60-70/50-55 60-70/50-55 60-65/45-55 60-65/45-50 55-60/50-55 55-60/50-55 50-60/45-55 50-60/45-55 50-60/45-55 60-65/50-55 60-65/50-56 55-65/50-55 55-65/50-55 55-65/50-55 60-65/50-55 60-70 60-65/50-60 60-65/50-60 60-65/50-60 60-65/50/60 60-65/50-60 60-65/50-55 60-65/50-55 55-65 60-70/50-55 60-70/50-55 60-65/50-60 60-65/50-55 50-70 50-70 60-65/50-60 60-65/50-60 60-65/50-60 60-65/50-60 60-65/50-60 60-65/50-60 60-65/50-60 60-65/50-60 50-55/45-50 55-65/45-49 55-65/45-50 55-65/45-50 50-60/40-50 50-60/40-50 60/40-50 70-80 55-65/45-50 45-50 55 50-50 50-50 50-55/40-45 50-55 50-55 40-50 40-50 40-50 40-50 40-50 40-50 40-50 50 50-55/45-50 50-55/45-50 40-50 45-50 50 55.000 55.000 65.000 70.000 65.000 60.000
Textura do grão SMDENT SMDURO SMDENT SMDENT SMDURO SMDURO SMDURO SMDURO SMDURO SMDURO SMDURO SMDURO SMDURO SMDURO SMDURO SMDURO DURO SMDURO SMDURO SMDURO SMDURO SMDENT SMDENT SMDURO SMDURO SMDURO SMDENT SMDENT SMDURO SMDURO SMDURO SMDURO SMDURO SMDURO SMDURO SMDURO SMDURO SMDURO SMDURO SMDURO SMDURO SMDENT SMDENT SMDENT SMDURO SMDURO SMDURO SMDURO SMDENT SMDENT SMDURO SMDENT SMDENT SMDURO SMDURO SMDENT SMDENT SMDENT SMDURO SMDURO SMDURO DURO SMDURO DENTADO SMDURO SMDURO DURO SMDENT SMDURO SMDURO SMDURO SMDENTADO SMDURO SMDENTADO SMDURO
Resistência Acamamento A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A M M M A A A A A A A A A A A A M A MA M M M M A A A M M M M M MA M M M M M M M M M M M M M A A A A A A
Altura Espiga (m) 1,10 1,30 1,05 1,05 1,25 1,25 1,20 1,20 1,15 1,15 1,15 1,30 1,30 1,10 1,10 1,10 1,10 1,30 1,1 1,1 1,1 1,1 1,1 1,15 1,15 1,1 1,1 1,10 1,20 1,30 1,20 1,20 1,30 1,30 1,30 1,30 1,30 1,30 1,20 1,20 1,20 1,04 1,13 1,12 1,15 1,1 1 SI 1,13 1,06 1,15 1,15 1,3 1,1 1,14 1,13 1,4 1,2 1,4 0,9 1,2 1,2 1,1 1,4 1,02 1,1 0,79 1,2 A 1,5 0,9 1,2 1,12 0,98 1,16 1,19 1,19
Altura Planta (m) 2,10 2,30 2,05 2,05 2,25 2,25 2,15 2,15 2,10 2,10 2,10 2,30 2,30 2,02 2,02 2,02 2,00 2,30 2,30 2,30 2,30 2,20 2,20 2,20 2,20 2,15 2,20 2,20 2,25 2,30 2,25 2,25 2,30 2,30 2,30 2,30 2,30 2,30 2,30 2,30 2,20 2,06 2,20 2,18 2,06 2,11 2,1 MÉDIO 2,12 2,01 2,2 2,2 2,3 2,1 2,16 2,13 2,4 2,2 2,4 1,9 2,2 2,3 1,75 2,2 2,1 2,15 1,7 2,0 A 2,3 1,8 2,18 2,26 2,25 2,36 2,41 2,23
Nível Tecnologia M e M/A M e M/A A A M/A M/A M M M/A M/A M/A A A M/A e A M/A e A M/A e A M/A e A M/A e A M/A M/A M/A M/A M/A A A A A A A A A A M/A e A M/A e A M/A e A A A A M/A M/A B/M M/A M/A M/A M/A M/A M/A M/A M/A M/A M/A M/A M/A M/A M/A M/A B/M B/M B/M B/M B/M B/M B/M B/M B/M B/M B/M B/M B/M M/A M/A A M/A A M/A
Região de adaptação Brasil Brasil Brasil Brasil Brasil Brasil Brasil Brasil Sul do Brasil, regiões Tropicais de Transição e Baixa Sul do Brasil, regiões Tropicais de Transição e Baixa Sul do Brasil, regiões Tropicais de Transição e Baixa Brasil Brasil Brasil Brasil Brasil RS, SC, PR, SP e MG Brasil BRASIL BRASIL BRASIL BRASIL BRASIL BRASIL BRASIL Regiões subtropicais Brasil Brasil BRASIL Regiões tropicais BRASIL BRASIL BRASIL BRASIL BRASIL BRASIL BRASIL BRASIL BRASIL BRASIL BRASIL N, NE, SE, CO e PR N, NE, SE, CO e PR CO,NE,SE e PR e TO CO,SE e PR e BA BRASIL exc. RS e SC BRASIL exc. RS e SC RS,SC e Sul do PR CO,NE,SE e PR CO,NE,SE e PR SUL,SE,CO, NE e TO SE,CO,NE, e PR,TO NE, SE,CO,SUL BRASIL exc. RS e SC BRASIL exc. RS e SC SE,CO,NE e PR BRASIL exc.RS BRASIL BRASIL NE BRASIL exc. RS e SC BRASIL SUL RS, SC e Sul do PR CO,SE,NE, N e PR CO,SE,NE e PR SEMIÁRIDO NORDESTINO NORDESTE DO BRASIL SEMIÁRIDO NORDESTINO AL,BA,GO,MA,MG,MS,MT,PI,PR,RS,SE,TO GO,MG,MT,PR,RS,SC,TO DF,GO,MG,MS,PR,RS,SC,SP DF,GO,MG,MS,MT,PR,RS,SC,SP DF,GO,MG,MS,PR,RS,SC,SP AL,BA,DF,GO,MA,MS,MG,MT,PI,PR,RS,SC,SE,SP,TO
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Empresa Dow Agrosciences Indl Ltda Dow Agrosciences Indl Ltda Dow Agrosciences Indl Ltda Dow Agrosciences Indl Ltda Dow Agrosciences Indl Ltda Dow Agrosciences Indl Ltda Dow Agrosciences Indl Ltda Dow Agrosciences Indl Ltda Dow Agrosciences Indl Ltda Dow Agrosciences Indl Ltda Dow Agrosciences Indl Ltda Dow Agrosciences Indl Ltda Dow Agrosciences Indl Ltda Dow Agrosciences Indl Ltda Dow Agrosciences Indl Ltda Dow Agrosciences Indl Ltda Dow Agrosciences Indl Ltda Dow Agrosciences Indl Ltda Agromen Tecnologia Ltda Agromen Tecnologia Ltda Agromen Tecnologia Ltda Agromen Tecnologia Ltda Agromen Tecnologia Ltda Agromen Tecnologia Ltda Agromen Tecnologia Ltda Agromen Tecnologia Ltda Agromen Tecnologia Ltda Agromen Tecnologia Ltda Agromen Tecnologia Ltda Agromen Tecnologia Ltda Agromen Tecnologia Ltda Agromen Tecnologia Ltda Agromen Tecnologia Ltda Agromen Tecnologia Ltda Agromen Tecnologia Ltda AgromEn Tecnologia Ltda Agromen Tecnologia Ltda Agromen Tecnologia Ltda Agromen Tecnologia Ltda Agromen Tecnologia Ltda Agromen Tecnologia Ltda Embrapa Embrapa Embrapa Embrapa Embrapa Embrapa Embrapa Embrapa Embrapa Embrapa Embrapa Embrapa Embrapa Embrapa Embrapa Embrapa Embrapa Embrapa Embrapa Embrapa Embrapa Embrapa Embrapa Embrapa Embrapa Embrapa Embrapa Embrapa Nidera Sementes LTDA. Nidera Sementes LTDA. Nidera Sementes LTDA. Nidera Sementes LTDA. Nidera Sementes LTDA. Nidera Sementes LTDA.
33
Cod Cultivar 7 8 9 10 11 12 13 14 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 1 2 3 4 5 6 7 1 2 3 4 1 2 3 4 5
Cultivar BX 840 BX 898 YG BX 898 BX 970 BX 1255 BX 1280 BX 1293 BX1290 XB 7012 XB 7011 XB 8010 XB 8028 XB 7253 XB 7110 XB 9003 XB 8030 XB 6010 XB 6012 XB 7116 XB 4013 AS 32 AS 3466 TOP AS 1545 AS 1565 AS 1570 AS 1575 AS 1535 AS 1551 AS 1551YG AS 1551PRO AS 1572YG AS 3421YG AS 1590YG AS 1596 AS 1596 PRO AS 1596 RR2 AS1555 YG AS1555 PRO AS1555 RR2 AS1598 PRO AS1581 PRO AS1580 PRO AS1660 PRO SHS 3031 SHS 4050 SHS 4060 SHS 4070 SHS 4080 SHS 4090 SHS 5050 SHS 5070 SHS 5080 SHS 5090 SHS 5550 SHS-5560 SHS 7070 SHS 7080 SHS 7090 SHS-7770 AL Piratininga AL 25 AL 34 AL Avaré AL Bandeirante Cativerde 02 AL Bianco IAC 8333 IAC AIRAN IAC 8390 IAC 125 CD 304 CD 308 CD 316 CD 327 CD 351
34
Transgênica/ Tipo convencional convencional HS transgênica HS convencional HS convencional HS convencional HS convencional HSm convencional HS convencional HS convencional HT convencional HT convencional HD convencional HD convencional HT convencional HT convencional HS convencional HD convencional HS convencional HS convencional HT convencional HD convencional HD convencional HT convencional HS convencional HS convencional HS convencional HS convencional HSm convencional HS transgênica HS transgênica HS transgênica HS transgênica HT transgênica HT convencional HS transgênica HS transgênica HS transgênica HS transgênica HS transgênica HS transgênica HS transgênica HSm transgênica HS transgênica HS convencional V convencional HD convencional HD convencional HD convencional HD convencional HD convencional HT convencional HT convencional HT convencional HT convencional HT convencional HT convencional HS convencional HS convencional HS convencional HS convencional V convencional V convencional V convencional V convencional V convencional V convencional V convencional HIV convencional V convencional HIV convencional Top cross convencional HT convencional HD convencional HS convencional HSm convencional HS
Ciclo SP SP SP SP P P P P P P P N P P SP P SP P P P P P P P P P P SP SP SP P P SP P P P P P P P P P SP P SP P N P SP SP SP P P P P P P SP P SMP SMP SMP N SMP SMP SMP P P N SP SP P SP P P
Graus/ Dias SI SI SI SI SI SI SI SI 884 866 835 920 845 856 810 SI SI SI SI SI 870 845 815 840 845 850 850 805 805 805 855 840 810 850 850 850 815 815 815 920 935 945 810 860 830 850 900 860 820 810 820 880 840 840 840 880 840 810 840 880 870 870 890 880 860 870 775 780 860 760 860 875 720 860 875
Época de Plantio C/N C/N C/N N/S N/S N/T/S N/T/S N/T C/N/S C/N/S C/N/T/S C/N/T/S C/N/T/S C/N/S C/N/S C/N/T/S C/N/S C/N/S C/N/T/S C/N/T/S N N/S N N N N/S N/S N N N N N/S S N/S N/S N/S N/S N/S N/S N/S N/S N/S S C/N/T/S C/N/S C/N/T/S C/N/T C/N/T/S C/N/T/S C/N/S C/N/S C/N/T/S C/N/S C/N/S C/N/T/S C/N C/N/S C/N/T/S C/N/T/S N/S N/S N/S N/S N/S N/S N/S C/N/S C/N/S C/N/S C/N N/S N/S S N N
Uso G/SGU GRÃOS GRÃOS GRÃOS GRÃOS G/SPI GRÃOS GRÃOS GRÃOS GRÃOS GRÃOS G/SPI GRÃOS GRÃOS GRÃOS GRÃOS GRÃOS GRÃOS G/SPI GRÃOS G/SPI GRÃOS G/SGU GRÃOS GRÃOS GRÃOS GRÃOS GRÃOS GRÃOS GRÃOS GRÃOS GRÃOS GRÃOS GRÃOS GRÃOS GRÃOS GRÃOS GRÃOS GRÃOS GRÃOS GRÃOS GRÃOS GRÃOS G/SPI G/SGU G/SPI G/SPI G/SPI G/SPI G/SGU G/SGU G/SPI G/SGU G/SGU G/SGU G/SGU G/SGU G/SGU G/SGU G/SPI/MV G/SPI G/SPI G/SPI G/SPI SPI/MV GRÃOS G/SPI G/SPI G/SPI Pipoca G/SGU G/SPI GRÃOS GRÃOS GRÃOS
Cor do grão LR LR LR AM LR LR LR LR LR LR LR AL LR LR LR AL AL AL AL AL AV AV AM AV AL AM/AL AM/AL AM AM AM AM AM/AL AL AM AM AM AL AL AL AL AL AL AL AL LR AL AM LR LR LR LR LR LR AV LR AV AL LR AV AM/AL AM/AL AL AL AL AM BRANCO AM/AL AM/AL AL AL AL AL AM Al AL
Densidade (Plantas/ha) 65.000 65.000 65.000 65.000 55.000 60.000 65.000 65.000 50-55/45-50 50-55/40-45 50-55/40-45 50-55/40-45 50-55/40-45 50-55/40-45 55-60/50-55 50-55/40-45 50-55/45-50 50-55/40-45 50-55/40-45 50-55/40-45 40-55 45-55 50-55 65-70 50-55 55-60 50-55 65-75 65-75 65-75 55-65 50-60 50-60 50-60 50-60 50-60 60-70 60-70 60-70 60-65 60-65 60-65 55-60 50-55/50-55 55-60/50-55 50-55/45-50 50-55 55-60/50-55 60-65/50-55 55-60/50-55 55-60/50-55 55-60/50-55 55-60/50-55 60-65/50-55 60-65/50-55 55-60 60-65/50-55 60-65/55-60 60-65/50-55 45-50/35-40 45-50/35-40 45-50/35-40 50-60/40-45 50-55/40-45 40-45/30-35 45-50/35-40 55-60 55/60 55-60 55-60 55/60 55-60/45-50 60/65 55/60 55-60
Textura do grão SMDENTADO SMDURO SMDURO SMDURO SMDURO SMDURO DURO DURO DURO DURO DURO SMDURO DURO DURO DURO DURO DURO SMDURO SMDURO DURO SMDURO DURO SMDURO SMDURO SMDURO SMDURO SMDURO SMDURO SMDURO SMDURO SMDENT SMDURO DURO SMDENT SMDENT SMDENT SMDURO SMDURO SMDURO SMDURO SMDURO SMDURO SMDURO SMDURO DURO SMDURO DENTADO SMDURO DURO SMDURO DURO SMDURO SMDURO DURO DURO DURO SMDURO DURO DURO SMDENT SMDENT SMDURO SMDURO SMDURO DENTADO SMDURO SMDURO SMDENT SMDURO Duro DURO SMDURO SMDURO SMDURO SMDURO
Resistência Acamamento A A A A M A A A MA MA MA M A M A A M MA M M M A M A M
Altura Espiga (m) 0,96 0,9 0,9 0,9 1,1 1,23 1,18 1,12 1,05 1,15 0,95 1,25 1,20 1,15 0,96 1,10 1,15 1,30 1,20 1,20 1,10 1,05 1,20 1,08 1,24
Altura Planta (m) 2,24 2,2 2,2 2,15 2,25 2,27 2,29 2,13 1,95-2,10 2,05-2,25 2,0-2,15 2,20-2,25 2,25 2,20 1,95 2,10 2,10 2,25 2,20 2,20 2,30 2,10 2,30 2,14 2,32
Nível Tecnologia A A A M/A M/A M/A M/A M/A M/A e A M/A e A M/A e B/M B/M e B M/A e A M/A e M M/A e A M/A e B/M M/A e A M/A e A M/A e B/M B/M e B M/A M/A A A M/A
Região de adaptação DF,GO,MG,MS,PR,RS,SC,SP MS,SP,SC,PR,RS GO,MG,PR,RS,SC,SP DF,GO,MG,MS,MT,PR,RS,SC,SP AL,GO,MA,MG,PI,PR,RS,SC,SE,SP DF,BA,GO,MG,MS,MT,PR,RS,SC,SP,TO DF,BA,GO,MG,MS,MT,PR,RS,SC,SP,TO AL,BA,DF,GO,MS,MG,MT,PR,RS,SC,SE,SP,TO GO, MG,MS,PR,SP GO,MS,PR,SP GO,MA,MG,MS,MT,PE,PI,PR,SP AL,BA,GO,MG,MS,MT,PR,SP BA,GO,MG,MS,MT,PR,SP,TO GO,MG,MS,MT,PR,SP GO,MG,MS,MT,PR,SP BA,GO,MA,MG,MS,MT,PI,PR,SP GO,MG,MS,MT,PR,SC,SP BA,GO,MG,MS,MTPR,RS,SC,SP BA,GO,MG,MS,MT,PR,SC,SP,TO AL,BA,GO,MG,MS,MT,PR,SP SUL, CO e SP, MG e BA SUL, CO e SP, MG e BA SUL e SP, GO, MS e BA SUL e SP SUL, CO e SP, MG e BA
Nidera Sementes LTDA. Nidera Sementes LTDA. Nidera Sementes LTDA. Nidera Sementes LTDA. Nidera Sementes LTDA. Nidera Sementes LTDA. Nidera Sementes LTDA. Nidera Sementes LTDA. Semeali Sem. Hibridas Ltda Semeali Sem. Hibridas Ltda Semeali Sem. Hibridas Ltda Semeali Sem. Hibridas Ltda Semeali Sem. Hibridas Ltda Semeali Sem. Hibridas Ltda Semeali Sem. Hibridas Ltda Semeali Sem. Hibridas Ltda Semeali Sem. Hibridas Ltda Semeali Sem. Hibridas Ltda Semeali Sem. Hibridas Ltda Semeali Sem. Hibridas Ltda Agroeste Agroeste Agroeste Agroeste Agroeste
A A A A A A A A A A A M M M A M A A A A A A A A M M A A A A A A A A M M M M M M M A A A M A M M A M
1,40 1,27 1,23 1,23 1,23 1,40 1,37 1,13 1,38 1,38 1,38 1,23 1,23 1,23 1,38 1,38 1,22 1,24 1,3 1,1 1,3 1,6 1,3 1,1 1,0 1,0 1,2 1,2 1,2 1,1 1,2 1,2 1,0 1,1 1,25 1,30 1,30 1,18 1,20 1,30 1,30 1,2 1,25 1,3 1,1 1,10 1,09 1 1,5 1,45
2,35 2,31 2,28 2,28 2,28 2,67 2,43 2,08 2,50 2,50 2,50 2,29 2,29 2,29 2,50 2,50 2,25 2,26 2,4 2,2 2,3 2,7 2,4 2,2 2,0 2,0 2,2 2,2 2,3 2,2 2,3 2,2 2,1 2,2 2,32 2,35 2,35 2,22 2,25 2,30 2,30 2,3 2,35 2,4 2,04 1,93 1,94 2 2,6 2,15
M/A M/A A A A A M/A M/A A A A A A A A A A A M e B/M M/A M/A M/A M/A M/A M/A M/A M/A M/A M/A M/A A A A A B/M B/M B/M B/M B/M M B/M M/B B/M M/A A M/A M/A M/A M/A M/A
SUL, CO e SP, MG e BA SUL, CO e SP, MG e BA SUL e SP, e MS SUL e SP, e MS SUL e SP, e MS SUL e SP, MG e MS CO, SE e PR, RO, PA, TO, BA, PE, PI, RN, CE, MA, SE, AL, PB SUL e MS, MT, GO, SP, MG CO, SE, NE e PR, RO,TO CO, SE, NE e PR, RO,TO CO, SE, NE e PR, RO,TO RS, PR e SP, GO, MS e BA RS, PR e SP, GO, MS e BA RS, PR e SP, GO, MS e BA SP, MG, GO, BA SP, MG, GO, BA SP, MG, GO, BA PR, SP, GO, MS SUL,SE,CO,NE,N SUL,SE,CO,NE,N SUL,SE,CO SUL,SE,CO,NE,N SUL,SE,CO,NE,N SUL,SE,CO,NE,N SUL,SE,CO,NE,N SUL,SE,CO,NE,N SUL,SE,CO,NE,N SUL,SE,CO,NE,N SUL,SE,CO SUL,SE,CO,NE,N SUL,SE,CO,NE SUL,SE,CO,NE,N SUL,SE,CO,NE,N SUL,SE,CO,NE,N BRASIL BRASIL BRASIL BRASIL BRASIL BRASIL BRASIL CO CO CO SP SUL, CO, SP, MG, TO, RO, BA SUL, CO , SP, MG, RO, BA, TO. SUL, SP, MS SUL, SP, MG, CO, RO, TO, BA CO, PR, SP,RO,MG,TO,BA
Agroeste Agroeste Agroeste Agroeste Agroeste Agroeste Agroeste Agroeste Agroeste Agroeste Agroeste Agroeste Agroeste Agroeste Agroeste Agroeste Agroeste Agroeste Santa Helena Sementes Santa Helena Sementes Santa Helena Sementes Santa Helena Sementes Santa Helena Sementes Santa Helena Sementes Santa Helena Sementes Santa Helena Sementes Santa Helena Sementes Santa Helena Sementes Santa Helena Sementes Santa Helena Sementes Santa Helena Sementes Santa Helena Sementes Santa Helena Sementes Santa Helena Sementes CATI CATI CATI CATI CATI CATI CATI IAC IAC IAC IAC COODETEC COODETEC COODETEC COODETEC COODETEC
Agosto 2011 • www.revistacultivar.com.br
Empresa
Cod Cultivar 6 7 8 9 10 11 12 1 2 3 4 5 6 1 2 3 4 5 6 7 1 2 3 4 1 2 3 4 5 1 2 3 1 2 3 4 1 2 3 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 1 2 3 4 5 6 1 1 2 3 4 1 2 3 1 2 3 4 5 6 1 2 3 1 2
Cultivar CD 356 CD 384 CD 384 HX CD 386 HX CD 388 CD 393 CD 397 YG RS 20 RS 21 FEPAGRO 22 FEPAGRO S 395 FEPAGRO S 265 FEPAGRO S 268 GNZ 2004 GNZ 2005 GNZ 2500 GNZ 9501 GNZ 9506 GNZ 9505 YG GNZ 9510 IPR 114 IPR 119 IPR 127 IPR 164 PZ 677 PZ 242 PZ 240 PZ 204 PZ 316 UFVM 100 Nativo UFVM2 Barão Viçosa UFVM 200 Soberano DG 501 DG 601 DG 213 DG 627 SG 6010 SG 6011 SG 6302 BM 2202 BM 810 BM 3061 BM 620 BM 502 BM 709 BM 207 BM 911 BM 822 BM 3066 BM 3063 PL 6880 PL 6882 PL 1335 PL 6890 BRAS 3010 BRAS 1050 ENGOPA 501 SCS 154 - Fortuna SCS153-Esperança SCS155 Catarina SCS156 Colorado ORION TAURUS PHD 20F07 ZNT 1530 ZNT 1335 ZNT 1165 ZNT 3310 ZNT 2030 ZNT 2353 PR 27 D 28 PR 27 D 29 PR 1150 Agri 143 Agri 104
Transgênica/ convencional convencional convencional transgênica transgênica convencional convencional transgênica convencional convencional convencional convencional convencional convencional convencional convencional convencional convencional convencional transgênica convencional convencional convencional convencional convencional convencional convencional convencional convencional convencional convencional convencional convencional convencional convencional convencional convencional convencional convencional convencional convencional convencional convencional convencional convencional convencional convencional convencional convencional convencional convencional convencional convencional convencional convencional convencional convencional convencional convencional convencional convencional convencional convencional convencional convencional convencional convencional convencional convencional convencional convencional convencional convencional convencional convencional convencional
Tipo
Ciclo
HD HT HT HS HD HS HT V V V HT HS HS HS HTm HS HSm HS HS HS V HD HS V HD HT HS HS HS V V V HT HS HD HS HSm HSm HT HD HS HT HT HD HS HD HT HS HS HT HT HT HS HS HD HS V V V V V HD HD HS HS HS HS HT HD HD HD HD HS HS HS
P P P P P P P P N P P P P P SP SP P P SP SP P P P P P P P P P SMP P P P SP SP P P SP P P P P SP P SMP P SP SMP P P N P P P P P N P SP P P N N P SP SP SP SP SP P SP P P P P
Graus/ Dias 875 930 875 910 875 910 950 635 862 810 770 680 680 850 820 825 860 830 815 800 870 890 865 870 725 727 872 872 SI SI SI SI 820 810 813 830 800 790 800 867 822 882 807 852 867 852 807 828 838 867 900 890 810 860 815 880 SI SI SI SI SI SI SI 860 765 760 780 790 790 820 785 805 820 SI SI
Época de Plantio N N N N N N N C N N N N N N/S N/S N/S N/S N/S N/S N/S N N/S N/S N/S C/N/S N/S N S N/S N N N N/S N/S N/S N/S N/S N/S N/S N/S N/S N/S N/S N/S N/S N/S N N N N/S N/S N/S N/S N/S N/S N/S N/S C/N C/N C/N C/N N/S N/S N/S N/S N/S N/S N/S N/S N/S N/S N/S N/S N/S N/S
Uso GRÃOS GRÃOS GRÃOS GRÃOS GRÃOS GRÃOS GRÃOS PIPOCA GRÃOS GRÃOS GRÃOS GRÃOS GRÃOS G/SPI/MV GRÃOS GRÃOS GRÃOS GRÃOS GRÃOS GRÃOS GRÃOS GRÃOS GRÃOS GRÃOS GRÃOS G/SPI GRÃOS GRÃOS GRÃOS G/SPI/MV PIPOCA GRÃOS G/SPI/SGU G/SGU G/SPI/SGU G/SPI/SGU G/SPI/SGU GRÃOS G/SPI/SGU G/SPI GRÃOS SPI/MV GRÃOS GRÃOS GRÃOS G/SPI GRÃOS GRÃOS G/SPI G/SPI G/SPI G/SPI G/SPI G/SPI/SGU G/SPI G/SPI G/SPI GRÃOS GRÃOS GRÃOS GRÃOS GRÃOS G/SPI G/SPI/MV GRÃOS GRÃOS GRÃOS GRÃOS G/SPI GRÃOS G/SPI G/SPI GRÃOS GRÃOS GRÃOS
Cor do grão AM AL AL AL AL AL AM AM/AL BRANCO AL AM/AL LR AM/AL AM/AL AL AL AM/AL AL AL AV AM BRANCO BRANCO AM AL AL AL AL AM AM/AL AL AL AM AM AM AM AM AL AM/AL AV AV AM AV AV AV/AL AV AM AM AM AM AM AM LR AM AM LR AM AM/AL AM/AL AM/AL AV AV AL AM AL AV/AL AL AL AV/AL AL AV LR LR AM/AL AL
Densidade (Plantas/ha) 55-60 60 60 50/70 50/55 60/70 60/70 75 40 50 55 60 60 50-57/45-50 55-60/50-55 55-60 55-60 55-60 60-65 60-65 50-55 55-60 / 45-50 50-55 / 45-50 50-55 50-55 50-55 55-60 60-65 55-60 50-55 50-55 50-55 50-55/45-50 55-60/50-55 55-65/50-60 55-60/50-55 55-60/50-55 60-65/60-65 55-60/50-55 60-65/50-55 60-65/50-55 45-60 60-65/45-55 60-65/50-55 60-65/50-55 60-65/50-55 60-70 55-65 60-70 60-65/50-55 55-60 55-60 55-65 55-60/45-55 55-60/45-55 55-65 45-50 50.000 50.000 50.000 50.000 55/60 55/65 60/65 55-60 55-60 55-60 55-60 50-55 50-55 50-60 50-60 55-65 50-60/40-45 50-60/40-45
Textura do grão SMDENT SMDURO SMDURO SMDURO SMDENT DURO SMDENT SMDURO DENTADO SMDURO SMDENT SMDURO SMDENT SMDENT SMDURO SMDURO SMDENT SMDURO SMDENT SMDURO SMDURO SMDURO DURO SMDURO SMDURO SMDURO DURO SMDENTADO SMDENTADO DENTADO AMERICANO DURO SMDURO SMDURO SMDURO SMDURO SMDURO DURO SMDURO SMDENT SMDURO DENTADO SMDURO SMDURO SMDENT SMDURO SMDENT SMDENT DENTADO DENTADO DENTADO SMDENT SMDURO SMDENT SMDURO SMDURO DENTADO DURO DURO Duro dURO SMDENT SMDURO DENTADO SMDURO DURO SMDURO SMDURO SMDURO SMDURO SMDURO SMDURO SMDURO SMDURO SMDURO
Resistência Acamamento A A A M M A A M M M M/A M/A M/A M M A M M A A M M M M A
Altura Espiga (m) 1,10 1,20 1,20 1,10 1,4 1,5 1,5 1,16 1,69 1,13 1,14 1,03 0,97 1,15-1,30 1,10-1,30 1,30-1,40 1,30-1,40 1,10-1,30 1,10-1,30 1,0-1,10 1,15 1,25 1,15 1,15 1,15
Altura Planta (m) 2,20 2,30 2,30 2,20 2,8 2,8 2,7 2,2 2,72 2,26 2,34 1,94 1,88 2,30-2,70 2,10-2,40 2,30-2,50 2,30 - 2,40 2,10-2,30 2,10-2,30 2,00-2,10 2,3 2,4 2,3 2,3 2,25
Nível Tecnologia M/B M/A A M/A M M/A M/A M/A B/M M M/A M/A M/A A M/A A A A a A M M/A M/A M M
Região de adaptação PR, SP, CO, MG,RO,TO, BA SUL, CO, SP, MG, TO, RO, BA SUL, CO, SP, MG, TO, RO, BA SUL, SP, MS SUL, SP, MG, CO, RO, TO, BA SUL, SP, MG, CO, RO, TO, BA SUL, SP, MG, MS, GO, TO, BA RS e SC RS e SC SUL RS e SC SUL SUL SE,NE,SUL,CO,N SE,NE,SUL,CO,N SE,NE,CO,N PR,SE,NE,CO,N PR, SE, CO PR, SE, CO SUL, CO PR, SC, RS, MS, SP, MG, GO, DF, MT e RO PR, SC, RS, SP, MG, GO, DF, MS e MT PR, SC, RS, SP, MG, GO, DF, MS e MT PR, SC, RS, MS, SP, MG, GO, DF, MT e RO N,NE,CO,SE,Paraná
COODETEC COODETEC COODETEC COODETEC COODETEC COODETEC COODETEC FEPAGRO FEPAGRO FEPAGRO FEPAGRO FEPAGRO FEPAGRO GENEZE GENEZE GENEZE GENEZE GENEZE GENEZE GENEZE IAPAR IAPAR IAPAR IAPAR Primaiz Sementes
A A A R A I A A A A A M A A A A M A A A A A M A A M M M M M M M A B A A MA M M A A A M/A M M M/A M/A A A A
1,17 1,1 1,2 1,2 1,0-1,15 0,93 1,10 1,15 1,10 1,10 1,10 1,20 1,00 1,20 1,2 1,3 1,6 0,8 1,3 1,5 1,2 0,8 1,2 1,4 1,4 1,35 1,3 1,25 1,6 1,4 1,35 1,80-2,20 1,2 1,5 1,2 1,3 1,2 1,3 1,2 0,90 1,00 1,15 1,15 1,20 1,25 1,20 1,25 1,20 1m 0,90 m
2,3 2,2 2,1 2,1 2,0-2,30 1,8 2,20 2,20 2,10 2,10 2,20 2,20 2,10 2,20 2,4 2,5 2,8 2,2 2,5 2,6 2,4 2,2 2,4 2,4 2,4 2,62 2,6 2,6 2,75 2,7 2,6 2,80-3,20 2,3 2,6 2,3 2,4 2,10-2,30 2,35-2,70 2,20-2,60 2,00 2,10 2,20 2,30 2,25 2,30 2,25 2,30 2,25 2,10 m 1,90 m
M/A A A A B/M M/A M M/A A M/A A M/A A M/A M/B M/A M/A M M A M/B A A A M/A M M A A M A B/M B/M B/M B/M B/M B/M M/A e A A M/A M/A M/A M/A B/M B/M B/M B/M M e M/A M/A M/A
N,NE,CO,SE,Paraná N,NE,CO,SE,Paraná N,NE,CO,SE,Paraná SUL, SE e CO SE/NE SE SE BRASIL BRASIL BRASIL BRASIL BRASIL BRASIL BRASIL SUL,SE,CO,NE,N SUL,SE,CO,NE,N SUL,SE,CO,NE,N SUL,SE,CO SUL,SE,CO,NE,N SUL,SE,CO SUL,SE,CO,NE,N SUL,SE SUL,SE SUL,SE SUL,SE,CO,NE,N BRASIL BRASIL BRASIL BRASIL BRASIL BRASIL CO SC/RS/PR SC SC/RS/PR SC/RS/PR SE (SE), Centro-Oeste (CO) Nordeste (NE) SE (SE), Centro-Oeste (CO) Nordeste (NE) Centro-Sul SE,CO e PR SE,CO e PR SE,CO e PR NE, SE,CO e PR NE, SE,CO e PR NE, SE,CO e PR BRASIL BRASIL SE,CO,NE e PR CO/SE de 200 a 600 m de altitude CO/SE de 200 a 600 m de altitude
Primaiz Sementes Primaiz Sementes Primaiz Sementes Primaiz Sementes UFV UFV UFV Datagene Pesq. e Sementes Datagene Pesq. e Sementes Datagene Pesq. e Sementes Datagene Pesq. e Sementes SEMENTES GUERRA SEMENTES GUERRA SEMENTES GUERRA BIOMATRIX BIOMATRIX BIOMATRIX BIOMATRIX BIOMATRIX BIOMATRIX BIOMATRIX BIOMATRIX BIOMATRIX BIOMATRIX BIOMATRIX LIMAGRAIN/BRASMILHO LIMAGRAIN/BRASMILHO LIMAGRAIN/BRASMILHO LIMAGRAIN/BRASMILHO LIMAGRAIN/BRASMILHO LIMAGRAIN/BRASMILHO Agência Rural, GO EPAGRI EPAGRI EPAGRI EPAGRI PHD SEMENTES LTDA PHD SEMENTES LTDA PHD SEMENTES LTDA Zenit Sementes Zenit Sementes Zenit Sementes Zenit Sementes Zenit Sementes Zenit Sementes Sementes Produtiva Sementes Produtiva Sementes Produtiva Agricom Seeds Agricom Seeds
www.revistacultivar.com.br • Agosto 2011
Empresa
35
Cod Cultivar 1 2 3 4 1 2 1 2 3 4 5 6 7 1 2 3 4 1 2 1 2 3 1 2 3 4 5 6 1 2 3 4 5 6 1 2 3 4 5 1 2
Cultivar RG 01 RG 02 A ROBUSTO RG 03 ALFA 10 ALFA 90 PAC 259 ATL 100 ATL 110 ATL 200 ATL 300 S ATL 310 ATL 400 FTH 510 FTH 404 FTH 960 FTH 900 SM 966 SM 511 MX 300 MX 205 MX 305 PRE 22D11 PRE 32D10 PRE 22T10 PRE 22T11 PRE 12S12 PRE 22S11 AX 727 BALU 7690 MS 2010 AM 4003 AM 4002 AM 4001 RB 9108 RB 9210 RB 9308 RB 9308 YG RB 9110 YG DSS 1001 Ipanema
Transgênica/ convencional convencional convencional convencional convencional convencional convencional convencional convencional convencional convencional convencional convencional convencional convencional convencional convencional convencional convencional convencional convencional convencional convencional convencional convencional convencional convencional convencional convencional convencional convencional convencional convencional convencional convencional convencional convencional convencional transgênica transgênica convencional convencional
Tipo
Ciclo
HD HD V HT HS HS HS HS HS HSm HT HT HD HS HD HT HT HT HS HT HS HT HD HD HT HT HS HS HS HS HS V V V HS HS HT HT HS HD V
P P P P P N P P P P P P P SP P P P P P P P SP SP P SP SP HP SP P P P SMP SMP P P SP P P SP SMP N
Graus/ Dias 765 760 780 790 850 900 880 880 880 860 890 SI 840 850 860 860 850 870 880 880 860 810 845 805 807 790 810 SI SI SI SI SI SI 845 810 858 859 790 SI SI
Época de Plantio N/S N/S N/S N/S/MV C/N/T/S C/N/T/S N/S C/N C/N/T/S C/N/T/S C/N/T/S C/N/T/S C/N/T/S C/N/T/S C/N/T/S C/N/T/S C/N/T/S C/N/T/S C/N/T/S C/N/T/S C/N/T/S C/N/T/S C/N/S C/N/S C/N/S C/N/S C/N/S C/N/S C/N/S C/N/S C/N/S C/N/S C/N/S C/N/S N/S N/S N/S N/S N/S N/S N/S
Uso G/SPI G/SPI G/SPI G/SPI GRÃOS G/SPI GRÃOS G/SPI G/SPI G/SPI/ SGU G/SPI/ SGU G/SPI G/SPI G/SPI G/SPI G/SPI G/SPI/ SGU G/SPI G/SPI G/SPI G/SPI G/SPI G/SPI G/SPI G/SPI G/SPI G/SPI G/SPI G/SPI/MV G/SPI/MV G/SPI/MV G/SPI/MV G/SPI/MV G/SPI GRÃOS G/SPI G/SPI GRÃOS G/SPI G/SPI
Cor do grão AL AL AL AL AL AM AL AL AL AL AL AL AL AV AL AV AL AL AV AL AL AV AL AL AM AL AL AM/AL AM/AL AL AM/AL AM AL AL AM/AL AL AL AL AM/AL AL AM
Densidade (Plantas/ha) 55/50 55/50 55/50 55/50 50-60 45-50 60-70/50-60 55-70 55-70 55-70 55-70 55-70 55-65 55-70 55-65 55-65 55-65 55-70 55-70 55-70 55-70 55-70 55-63 55-75 55-75 45-63 55-75 55-80 55-65 55-65 55-65 45-55 45-60 45-60 66-60/60-53 70-60/62-53 60-50/55-50 60-50/55-51 66-60/60-50 50-50 50-50
Textura do grão SMDURO SMDURO SMDURO SMDURO SMDURO SMDURO SMDURO SMDURO SMDURO SMDURO SMDURO SMDURO SMDURO SMDURO SMDURO DURO SMDURO SMDURO SMDURO SMDURO SMDURO SMDURO SMDURO SMDURO SMDURO SMDURO SMDURO SMDURO SMDENT DURO SMDENT SMDENT SMDURO SMDURO SMDENT DURO DURO DURO SMDENT SMDURO SMDENT
Resistência Acamamento A A M A A A A A A A MA MA M M M MA M MA MA MA A MA M A A M A A A MA M A A A ALTA ALTA M/A M/A ALTA MA MA
Altura Espiga (m) 1,2 1,1 1,4 1,2 1,10 1,20 1,0-1,20 1,05 1,10 1,15 1,20 1,10 1,20 1,10 1,20 1,10 1,15 1,20 1,15 1,20 1,10 1,10 1,3 1,4 1,4 1,2 1,3 1 0,75-1,65 0,90-1,65 0,95-1,56 0,80-1,40 0,80-1,40 0,80-1,20 1,20-1,50 1,00-1,20 1,30-1,60 1,30-1,61 1,00-1,10 1,2 1,36
Altura Nível Região de Planta (m) Tecnologia adaptação 2,3 M SP- PR- RS- MG- RJ- MS- MT- GO- BA- RO- MA- TO 2,5 A SP- PR- RS- MG- RJ- MS- MT- GO- BA- RO- MA- TO 2,6 M SP- PR- RS- MG- RJ- MS- MT- GO- BA- RO- MA- TO 2,1 A SP- PR- RS- MG- RJ- MS- MT- GO- BA- RO- MA- TO 2,10 M/A CO, NE, NORTE, SE 2,30 M/A/B CO, NE, NORTE, SE 2,0-2,5 A CO, SP,MG, PR 2,15 M-A S/SE 2,30 M-A S/SE/CO/NE 2,30 M-A S/SE/CO/NE 2,25 M-A S/SE/CO/NE 2,20 M-A S/SE/CO/NE 2,40 M-A S/SE 2,10 M-A S/SE/CO/NE 2,20 M-A S/SE 2,20 M-A S/SE/CO/NE 2,25 M-A S/SE/CO/NE 2,40 M-A S/SE/CO/NE 2,20 M-A S/SE/CO/NE 2,20 M-A S/SE/CO/NE 2,15 M-A S/SE/CO/NE 2,20 M-A S/SE/CO/NE 2,3 M/B CO/SUL 2,4 M/B CO/SUL 2,4 M/A CO/SUL 2,2 M/A CO 2,3 M/A CO/SUL 2 A CO/SUL 1,52-2,50 M/A SUL, CO e MG e SP 1,80-2,70 M/A SUL, CO e MG e SP 1,80-2,90 M/A SUL, CO e MG e SP 1,95 -2,50 M SUL 1,95 -2,50 M SUL e MS e SP 1,60-2,00 M SUL 2,10-2,50 A SE,SUL,NE,CO 1,90-2,20 M/A SE,NE,SUL,CO 2,20-2,60 M/A SE,NE,SUL,CO 2,20-2,61 M/A SE,NE,SUL,CO 1,90-2,10 A SE,SUL,NE,CO 2,35 SI S,SE,CO,NE,N 2,38 SI S,SE,CO,NE,N
Híbrido Simples - Cruzamento de duas linhagens endogâmicas. Em geral, é mais produtivo que os demais tipos de híbridos. Semente de maior custo de produção. Híbrido Simples Modificado - Utiliza como progenitor feminino um híbrido entre duas progênies afins da mesma linhagem e, como progenitor masculino, uma outra linhagem. Híbrido Triplo – Cruzamento de um híbrido simples com uma terceira linhagem. Híbrido Triplo Modificado - Obtido sob forma de híbrido modificado, em que a terceira linhagem é substituída por um híbrido formado por duas progênies afins de uma mesma linhagem. Híbrido duplo – Cruzamento de dois híbridos simples, envolvendo, portanto, quatro linhagens endogâmicas.
Legendas Tipo : V - variedade; HD - Híbrido duplo; HT - Híbrido triplo; HTm - Híbrido triplo modificado; HS - Híbrido simples; HSm - Híbrido simples modificado Ciclo : HP - hiperprecoce; SP - superprecoce; P - Precoce; SMP - Semiprecoce; N - Normal Época de Plantio : C - Cedo; N - Normal; T - Tarde; S - Safrinha Uso : G - Grãos; SPI - Silagem da planta inteira; SGU - Silagem de grãos úmidos; MV - Milho verde Cor do Grão : AL - Alaranjado; LR - Laranja; AV - Avermelhado; AM - Amarela Densidade de plantas : mil plantas na safra/mil plantas na safrinha Textura do grão : SMDENT - Semidentado; SMDURO - Semiduro Resistência ao Acamamento : A - Alta; M - Média; MA - Média a alta Nível de Tecnologia : A - Alto; M - Média; B - Baixa SI - Sem informação
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Empresa Selegrãos Selegrãos Selegrãos Selegrãos SEMENTES ALFA SEMENTES ALFA ATLÂNTICA SEMENTES ATLÂNTICA SEMENTES ATLÂNTICA SEMENTES ATLÂNTICA SEMENTES ATLÂNTICA SEMENTES ATLÂNTICA SEMENTES ATLÂNTICA SEMENTES FT SEMENTES FT SEMENTES FT SEMENTES FT SEMENTES BOA SAFRA SEMENTES BOA SAFRA SEMENTES MAXIMA SEMENTES MAXIMA SEMENTES MAXIMA SEMENTES Fernando João Prezzotto (Sempre Sementes) Fernando João Prezzotto (Sempre Sementes) Fernando João Prezzotto (Sempre Sementes) Fernando João Prezzotto (Sempre Sementes) Fernando João Prezzotto (Sempre Sementes) Fernando João Prezzotto (Sempre Sementes) Melhoramento Agropastoril Ltda Melhoramento Agropastoril Ltda Melhoramento Agropastoril Ltda Melhoramento Agropastoril Ltda Melhoramento Agropastoril Ltda Melhoramento Agropastoril Ltda RIBER SEMENTES RIBER SEMENTES RIBER SEMENTES RIBER SEMENTES RIBER SEMENTES Di Solo Di Solo
Tabela 2 - Comportamento das cultivares de milho disponíveis no mercado brasileiro na safra 2011/12 em relação às principais doenças codresistencia 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25
cultivar AG 1051 AG 122 AG 2040 AG 4051 AG 5011 AG 5030 YG AG 5055 AG 6018 AG 6020 AG 6040 AG 7000 AG 7000 YG AG 7000 RR2 AG 7000 YGRR2 AG 7088 AG 7088 RR2 AG 8011 AG 8011 YG AG 8015 AG 8015 YG AG 8021 AG 8021 YG AG 8025 AG 8060 AG 8060 YG AG 8060 RR2 AG 8060 YGRR2 AG 8088 AG 8088 RR2 AG 8088 YG AG 8088 YGRR2 AG 9010 AG 9010 YG AG 9010 RR2 AG 9010 YGRR2 AG 9020 AG 9020 YG AG 9040 AG 9040 YG AG 9045 AG 8061YG AG 8061 PRO AG 8088 PRO AG 7000 PRO AG 8041 YG AG8022YG AG 7098 PRO AG 8544 PRO AG 9030 PRO DKB 175 DKB 175 PRO DKB 177 DKB 177 PRO DK B185 PRO DKB 240 DKB 240 YG DKB 240 YG RR2 DKB 240 PRO DKB 245 DKB 285 PRO DKB 315 DKB 330 DKB 330 YG DKB 350 DKB 350YG DKB 350 PRO DKB370 DKB390 DKB390YG DKB 390 YG RR2 DKB 390 PRO DKB 390 PRO2 DKB 393 PRO DKB 399
fusariose MT MT MT MT T T T T MT T MT MT MT MT MT MT MT MT SI SI AT AT SI T T T T MT MT MT MT T T T T T T MT MT SI T MT MT MT MT MT T MT T MT MT MT MT MT MT MT MT MT MS MT SI MS MS MT MT MT MT MT MT MT MT MT MT MS
P. sorghi MT T AT BT T AT AT T T T T T T T T T T T AT AT T T AT BT BT BT BT T T T T BT BT BT BT AT AT MT MT AT MT MT T T MT T T T MS AT AT T T T AT AT AT AT AT MT MT T AT MS MT MT AT MS MT MT MT MT MT T
physopella MT MT MT MT MT MT BT BT MT MT T T T T BT BT BT BT MT MT MT MT SI BT BT BT BT BT BT BT BT BT BT BT BT BT BT MT MT SI T T BT T SI SI T T MS MS MS MS MS MT AT AT AT AT MT T MS MT MS MS MS MS MS MS S S S S MT AS
P. polysora T T T AT BT AT AT BT MT T AT AT AT AT T T BT BT MT MT BT BT T AT AT AT AT T T T T MT MT MT MT BT BT BT BT T T T T AT S T T S S MS MS MS MS S AS AS AS AS MS MT S S AS AS AS AS MS MS MS MS MS MS S MS
phaeosphaeria T MT T AT MT AT AT BT MT MT AT AT AT AT T T T T AT AT T T MT T T T T T T T T MT MT MT MT BT BT SI SI T MT MT T AT T MT T T MT AT AT MS MS MT MT MT MT MT T MT MS MT MS MT T T AT AT AT AT AT AT MT T
entezamento T T T T T AT AT BT T T AT AT AT AT T T MT MT MT MT MT MT SI T T T T MT MT MT MT MT MT MT MT BT BT T T SI SI SI MT AT SI SI SI SI SI SI SI T T MT BT BT BT BT SI T MT T T T T T AT AT AT AT AT AT T SI
H. turcicum T T T AT AT AT AT BT T T AT AT AT AT T T T T T T T T MT AT AT AT AT MT MT MT MT T T T T MT MT MT MT AT MT MT MT AT T T T MS MS MS MS T T T T T T T AT MT T MS MT MS MS MS MT MS MS MS MS MS AT T
H. maydis T T T T AT T ** AT MT T T T T T MT MT MT MT SI SI MT MT SI MT MT MT MT MT MT MT MT T T T T MT MT MT MT SI MT MT MT T SI SI SI SI SI SI SI MT MT MT MT MT MT MT SI T T MT MT T T T MT T T T T T T SI
cercospora T T T T T T T BT MT BT AT AT AT AT T T T T MT MT BT BT BT MT MT MT MT MT MT MT MT BT BT BT BT BT BT M M BT S S MT AT MT MT T T MT T T MT MT AT AS AS AS AS MS S T MT T MT T T AT MS MS MS MS MS AT AT
doenças colmo MT MT T T T AT T AT T T MT MT MT MT T T MT MT T T AT AT T T T T T MT MT MT MT T T T T T T T T T T T MT MT T T T T T AT AT MT MT AT T T T T AT MT T T T T T T T AT AT AT AT AT MT MT
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sanidade grãos BT T T BT BT T T AT MT MT T T T T T T T T MT MT AT AT MT T T T T BT BT BT BT T T T T T T SI SI T S S BT T T MT T T T T T T T T MT MT MT MT AT T MT MT MT MT S S S S MT MT MT MT MT MS
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fusariose MS MS MS MT MT SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI S S S S S S S SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI
P. sorghi T AT T MT MT MS MS MS MS MS MS S S S S S S S S MS MS MS MS MS MS MS MR MR MR MR MR MR MR MS MS MS MR MR MS MS MS MS MS MS SI SI MR MR MR MR MR MR MR MS MS MS MS MS MS MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MS MS MS
physopella AS T S MS T S S S S S S S S S S S MR MR MR MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS S S S S MS MS MS MR MR MS MS MS MS MS MS MS MS MR MR MR MR MS MS MS MS MS MS MS MS MS MR MR MR MR S S S MR MR S S S MR MR SI SI SI
P. polysora MS S S S S S S S S S S S S S S S MR MR MR S S S S S S S MR MR MR S S S S MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MS MS MS MS S S S S S S S S S MR MR MR MR S S S MR MR MR MR MR MR MR S S S
phaeosphaeria T MT MS T MT S S S S S S S S S S S MR MR MR MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS S S S S MR MR MR MS MS MR MR MR MR MR MR MR MR S S S S S S S MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MR MR MS MS MS MR MR MR MR MR
codresistencia 26 27 28 29 30 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71
cultivar DKB 399 PRO DKB 566 PRO DKB 615 DKB 789 DKB 979 P 32R22 P 32R22 H P 32R22 HR P 1630 P 1630 H 30F44 P 32R48 P 32R48 H P 32R48 HR P 30P70 P 30P70 H P 3340 P 3340 Y P 3340 H P 30F53 P 30F53 Y P 30F53 R P 30F53 H P 30F53 YR P 30F53 HR P 30F53 E P 30K75 P 30K75 Y P 30K75 H P 30K64 P 30K64 Y P 30K64 H P 30K64 HR P 3021 P 3021 Y P 3021 H P 30F80 P 30F80 Y P 30F35 P 30F35 Y P 30F35 R P 30F35 H P 30F35 YR P 30F35 HR P 30S31 P 30S31 H P 30B39 P 30B39 Y P 30B39 H P 30B39 HR P 30F36 P 30F36 H P 30F36 HR P 30R50 P 30R50 Y P 30R50 R P 30R50 H P 30R50 YR P 30R50 HR P 30K73 P 30K73 Y P 30K73 H P 30K73 HR P 30B30 P 30B30 R P 30B30 H P 30F87 P 30B88 P 30F90 P 30F90 H P 30F90 HR P 30S40 P 30S40 Y P 3862 P 3862 R P 3862 H
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entezamento SI T T T AT S S S SI SI MR S S S MR MR S S S S S S S S S S MR MR MR S S S S MS MS MS MR MR MR MR MR MR MR MR S S SI SI SI SI MR MR MR S S S S S S MR MR MR MR SI SI SI MR MR MR MR MR MR MR SI SI SI
H. turcicum T MT MS T MT MS MS MS S S MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MS MS MS MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MS MS MS MS MS MS MS MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR S S S MR MR MR MR MR
H. maydis SI T MT T T S S S SI SI S S S S S S SI SI SI MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS S S S S MR MR MR MS MS MR MR MR MR MR MR MR MR S S S S S S S MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MR MR MS MS MS MR MR SI SI SI
cercospora AT S T AT MT S S S MS MS S MR MR MR MR MR MR MR MR MS MS MS MS MS MS MS MR MR MR MR MR MR MR MS MS MS S S MR MR MR MR MR MR MR MR MS MS MS MS MR MR MR MS MS MS MS MS MS MR MR MR MR S S S MR MR S S S MR MR SI SI SI
doenças colmo MT T MT T T S S S MS MS S MR MR MR MS MS S S S MR MR MR MR MR MR MR MS MS MS MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR SI SI SI
sanidade grãos MS T MS MT SI MR MR MR MR MR MR MS MS MS MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MS MS MS MS MR MR MR MR MR MS MS MS MS MS MS S S MS MS MS MS MS MS MS MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MS MS MS MS MS SI SI SI
codresistencia 72 73 74 75 76 77 78 79 80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 1 2 3 4 5 6 7 8 9
cultivar P 3646 P 3646 R P 3646 H P 4042 P 4042 H P 4285 P 4285 H P 3989 BG 7049 BG 7049 R BG 7049 H BG 7060 BG 7060 Y BG 7060 H BG 7060 HR BG 7051 H BG 7055 H BG 7055 ATTACK ATTACK TL CARGO CELERON TL EXCELER FASTER FASTER TL FÓRMULA FÓRMULA TL GARRA GARRA TL GARRA TL VIP IMPACTO IMPACTO TL MASTER MAXIMUS MAXIMUS TL MAXIMUS TL TG MAXIMUS TL VIP OMEGA OMEGA TL PENTA PENTA TL PREMIUM FLEX PREMIUM FLEX TL SOMMA SOMMA TL SPEED SPEED TL SPRINT SPRINT TL STATUS STATUS TL TORK TORK TL TRAKTOR TRUCK TRUCK TL DOCE TROPICAL BALU 178 BALU 580 BALU 184 BALU 551 BALU 761 SG 150 SG 6418 SG 6015 DEFENDER DEFENDER TL 2A106 2A120 2A120 Hx 2A550 2A550 Hx 2B433 2B433 Hx 2B512 HX 2B587
fusariose SI SI SI SI SI SI SI MR SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI MS MS MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MS MS MR MR MR MR MR MR MS MS MR MR MS MS MR MR MR SI MR SI MR MR MS MR MS SI MR MR SI SI SI SI SI SI SI SI SI
P. sorghi MS MS MS MR MR MR MR MS MS MS MS MR MR MR MR S MR MR MR MR MR MS MR MR MR MS MS MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MS MS MS MS MR MR MR MR MS MS MR MR MR MR MR MR MR MR MR SI MR MS MR MS MR SI MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR
physopella SI SI SI MR MR MR MR SI MR MR MR MR MR MR MR S MR MR MR MR SI SI MR MR MR SI SI SI SI SI SI SI MR SI SI SI SI SI SI SI SI MR MR SI SI SI SI SI SI SI SI MR MR SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI MR SI SI MR MR MS MS MR MR
P. polysora S S S MR MR MR MR S MR MR MR S S S S S M M MR MR MR MS MS MR MR MS MS SI SI SI MR MR MS MR MR MR MR MR MR SI SI MR MR MR MR MS MS MS MS MR MR MR MR MS MR MR MR MS SI MS SI SI MR MR SI MR MR S MR MR MS MS MS MS MR MS
phaeosphaeria SI SI SI MR MR MR MR MS MR MR MR MS MS MS MS S MR MR MR MR MR MS MR MS MS MS MS MR MR MR MR MR MS MR MR MR MR MR MR MS MS MS MS MR MR MS MS MS MS MS MS MR MR MR MR MR MR MR SI MR MR MS MS MR SI MR MR MS S S MS MS MR MR MR MR
entezamento SI SI SI MR MR MR MR SI MS MS MS MR MR MR MR S MR MR SI SI SI SI MR MR MR SI SI SI SI SI SI SI MR SI SI SI SI SI SI SI SI MR MR SI SI SI SI SI SI SI SI MR MR MS SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI S S S MR MR S S MR MR
H. turcicum MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MS MS MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR SI MR MR MR MR MR SI MR MR MS MR MR MR MR MS MS MR MS
H. maydis SI SI SI SI SI SI SI SI MR MR MR MS MS MS MS S SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI MR MR MR SI SI SI SI SI SI SI SI SI MR MR SI SI SI SI SI SI MR MR SI SI SI SI SI SI SI MR SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI MR MS MS SI MR MR MR MR MR
cercospora SI SI SI MR MR MR MR SI MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MS MS MR MS MS MR MR MS MS MS MS MS MR MR MS MR MR MR MR MR MR MS MS MS MS MR MR MS MS MS MS MR MR MS MS MS MR MR MR SI SI SI SI SI SI SI SI MR MR MS S S MS MS MR MR MR MR
doenças colmo SI SI SI MR MR MR MR MS MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MS MS MR MS MR MR MR MS MS MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MS MS MR MR MR SI MR SI MR MR MR MR MS SI MR MR S MS MS R R MR MR R MR
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sanidade grãos SI SI SI MR MR MR MR S MS MS MS MR MR MR MR MR MR MR MS MS MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MS MS MS MS MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR SI MR SI MR MR MR MR MR SI MR MR MR MR MR R R MR MR MR R
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codresistencia 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
40
cultivar 2B587 HX 2B604 2B604 Hx 2B655 2B655 Hx 2B688 2B688 HR 2B688 Hx 2B707 2B707 Hx 2B710 2B710 HR 2B710 HX WxA504 DB2A525Hx 20A55 20A55H 20A55 Hx 20A78 20A78 HX 30A25 HR 30A25 Hx 30A30 Hx 30A37 30A37 Hx 30A68 30A70 30A77 30A77 Hx 30A86 30A86 HR 30A86 HX 30A91 30A91 HR 30A91 Hx 30A95 30A95 Hx AGN 2012 BRS 1060 BRS1055 BRS 1040 BRS 1031 BRS 1030 BRS 1010 BRS 1002 BRS 3025 BRS 3035 BRS 3003 BR 205 BR 206 BRS 2223 BRS 2020 BRS 2022 BR 106 BR 451 BR 473 BRS Caatingueiro Saracura Sol-da-manhã BRS Planalto BRS Missões BRS 4103 BRS Caimbé BRS Gorutuba SERTANEJO BRS ASSUM PRETO BX 974 BX 981 BX 907 YG BX 945 BX 920 YG BX 1200 BX 840 BX 898 YG BX 898 BX 970
fusariose SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI MR MR MR SI SI SI SI MS SI SI SI SI MR MR SI SI SI MR MR MR SI SI SI SI SI SI MS SI MR SI SI SI MR MR MR SI MS SI MR MR MR SI MR MR SI SI SI SI SI MR MR MR MS R MR MR MR R MS MS MR
P. sorghi MR MR MR MR MR MR MR MR MS MS MR MR MR MR MR MS MS MS MR MR MR MR MR MR MR MS MR MS MS MS MS MS MS MS MS MR MR MR S MS MR MS MR MS MR MR SI MR MR MR MR MR SI MR MR MR SI MR MR SI MR MS R SI MR MR MR MS R MR MR MR R MR MR MR
physopella MR R R MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MS MS MS MR MR MR MR MS MS MS R MR MR MR MS MS MS MR MR MR si si SI S MS MR MS MR MR SI S SI MR MR MR MS R SI MR MR MR SI MR MR SI SI MS MS SI MR MR MS MR SI MR MR MR SI R R S
P. polysora MS MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MS MR MR MR MS MS MR MR MR MR MR MS MR MS MS R R R MR MR MR MS MS MR S MS S R R MR MR MR SI MR MS MS MS S SI MR MS MS SI MR MR SI MR MR S SI MR MR MS MS R S MS MR R MR MR MR
phaeosphaeria MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MS MS MS MS MS MR MR MR MR MS R R MR MR MR MR MR MR MR MS MS MS MR MR MS MS R S MR R R MR S SI MS MS MS S S SI MR MR MR SI MR MR SI MR MS MS SI MR MR MR MR MR S MS MR MR MR MR MR
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entezamento MR MS MS MR MR MS MS MS MR R MR MR MR SI MR MS MS MS MS MS MS MS MR MR MR R MS MR MR MR MR MR MS MS MS S S MR SI SI SI MR SI MR MS SI SI MR MS MS MR SI SI MR MS MS SI MR MR SI SI SI SI SI MR MR MR MR SI MR MR MR SI SI SI SI
H. turcicum MS MR MR MS MS MS MS MS MR MR MS MS MS SI MS MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR SI MR SI MR SI R MR SI SI MR MR MR MR MR SI MR MR MR SI MR MR SI MR SI SI SI MR MR R R R MR MR MR R MR MR R
H. maydis MR MS MR MS MR MR MR MR MS MS MS MS MS MR MR MS MS MS MR MR R R si MS MS MR MR MR MR MS MS MS MS MS MS MS MS MR MR SI SI SI SI R SI SI SI SI SI SI SI MR SI SI SI SI SI MR MR SI MR SI MR SI SI MR MR MR SI MR MR MR SI SI SI SI
cercospora MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MS MR MR MR MR MS MS MR MR S MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR R R R SI R MR SI MR SI MR SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI S SI SI SI R MR S MR MR MR S MR MR R
doenças colmo MR R R MR R MR MR MR R R MR MR MR MS MR MR MR MR MR MR MR MR MS MR MR MR R MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR SI SI SI MS SI MR SI SI SI MR MR MR SI MS SI MR MR MR SI MR MR SI MR SI SI SI MR MR MR MR R R MR R R MS MS MR
sanidade grãos R MR MR MR MR MS MS MS R R MS MS MS R MR MR MR MR MR MR R R MR R R R MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MS MS SI MR SI MR SI SI SI MR MR MR MR MR SI MS MR MR SI MR MR SI MR SI MR SI MR MR MR MR R R R R R MR MS MR
codresistencia 11 12 13 14 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 1 2 3 4 5 6 7 1 3 4 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
cultivar BX 1255 BX 1280 BX 1293 BX1290 XB 7012 XB 7011 XB 8010 XB 8028 XB 7253 XB 7110 XB 9003 XB 8030 XB 6010 XB 6012 XB 7116 XB 4013 AS 32 AS 3466 TOP AS 1545 AS 1565 AS 1570 AS 1575 AS 1535 AS 1551 AS 1551 YG AS 1551 PRO AS 1572 YG AS 3421 YG AS 1590 YG AS 1596 AS 1596 PRO AS 1596 RR2 AS1555 YG AS1555 PRO AS1555 RR2 AS1598 PRO AS1581 PRO AS1580 PRO AS1660 PRO SHS 3031 SHS 4050 SHS 4060 SHS 4070 SHS 4080 SHS 4090 SHS 5050 SHS 5070 SHS 5080 SHS 5090 SHS 5550 SHS-5560 SHS 7070 SHS 7080 SHS 7090 SHS-7770 AL Piratininga AL 25 AL 34 AL Avaré AL Bandeirante Cativerde 02 AL Bianco IAC 8333 IAC 8390 IAC 125 IAC AIRAN CD 304 CD 308 CD 316 CD 327 CD 351 CD 356 CD 384 CD 384 HX CD 386 HX CD 388
fusariose MR R R R MR MS MS MS MR MR MR MR MR MR MS MS T T MS T T T T T T T T MS MT MT MT MT SI SI SI SI SI SI SI MT MT MT MT MT MT MS MT MT MT MT MT MT MT MT MT MS MS MS MS MS MS MS MR MR MR S SI MR SI MR MR MR SI SI SI SI
P. sorghi MR SI SI MR MS MS MS MS MR MR MR MR MR MR MR MS MT T MT T MT T T T T T T MT MT T T T MT MT MT SI SI SI SI MT MT MT MT MT MT MT MT T MT MT MT MT MT MT MT MS MS MS MS MS MS MS MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MS MS MR R
physopella MR SI SI MR MR MS MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MT T MS SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI MT MT MT MT MT MT MT MT MT MT MT MT MT MT MT MT MS MS MS MS MS MS MS MS MS MR MR SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI
P. polysora R SI SI R MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MS MR S MT S MT MT T T MS MS MS MS T S T T T MS MS MS MT MT MS MS MT MT MT MT MT MT MT MT MT MT MT MT MS MS MT MT MS MS MS MS MS MS MS MR MR S MR MS MS MS MR MS SI MR MR MR MR
phaeosphaeria R SI SI R MR MS MR MS MR MR MS MR MR MR MR MR MT T MT T T T T MT MT MT T T T MT MT MT MS MS MS MT MT MS MT MT MS MT MT MT MT MS MS MT MS MS MT MS MT MT MT MS MS MS MS MS MS MS MR MR MR MR MS MS MS MR MR MS MR MR MR MS
entezamento SI SI SI R MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI MS SI MS T T T SI SI SI SI SI SI SI MT MT MT MS MT MT MT MS MT MT MT MT MT MS MT MT MS MS MS MS MS MS MS R R MS R SI MR SI SI MR SI SI SI SI SI
H. turcicum SI SI SI R MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MT T MS MT MT T T MT MT MT T T S T T T SI SI SI MT MT MT MS MT MT MT MT MT MT MT MT T MT MT MT MT MT MT MT MS MS MS MS MS MS MS MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR SI
H. maydis SI SI SI MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR SI SI SI MT MT T T MT MT MT T SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI MT MT MT MT MT MT MT MT MT MT MT MT MT MT MT MT MS MS MS MS MS MS MS MR MR MR MR SI MR MS SI SI SI SI SI SI SI
cercospora SI SI SI R MR MR MR MS MR MR MR MR MR MR MR MR S MT S SI MT MT MT MT MT MT MT T S T T T MS MS MS T T T MT MT MS MT MT MT MT MS MS MT MS MS MT MS MS MT MT MS MS MS MS MS MS MS MS T MS MR MS MR MR MS MS MS MR MR MR MR
doenças colmo MR SI SI R MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MS MR MT T MS T T T T T T T T SI SI T T T T T T T T T T MT MT MT MT MT MT MS MT MT MT MT T MT MT MT MT MS MS MS MS MS MS MS MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR
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sanidade grãos MR SI SI R MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR T T MT T T T T MT MT MT T MT MT MT MT MT T T T T MT T T MT MT MT MT MT MT MT MT T MT T MT T MT MT T MS MS MS MS MS MS MS R R MS MS MR MR MR MS MR MR MS MS MR MR
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codresistencia 11 12 1 2 3 4 5 6 1 2 3 4 5 6 7 1 2 3 4 1 2 3 4 5 1 2 3 1 2 3 4 1 2 3 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 1 2 3 4 5 6 1 1 2 3 4 1 2 3 1 2 3 4 5 6 7 8 9 1 2 1 2 3 4 1 2
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cultivar CD 393 CD 397 YG RS 20 RS 21 FEPAGRO 22 FEPAGRO S 395 FEPAGRO S 265 FEPAGRO S 268 GNZ 2004 GNZ 2005 GNZ 2500 GNZ 9501 GNZ 9506 GNZ 9505 YG GNZ 9510 IPR 114 IPR 119 IPR 127 IPR 164 PZ 677 PZ 242 PZ 240 PZ 204 PZ 316 UFVM 100 NATIVO UFVM 2 Barão Viçosa UFVM 200 Soberano DG 501 DG 601 DG 213 DG 627 SG 6010 SG 6011 SG 6302 BM2202 BM 810 BM 3061 BM 620 BM 502 BM 709 BM 207 BM 911 BM 822 BM 3066 BM 3063 PL 6880 PL 6882 PL 1335 PL 6890 BRAS 3010 BRAS 1050 ENGOPA 501 SCS 153/Esperança SCS 154/Fortuna SCS155 Catarina SCS156 Colorado ORION TAURUS PHD 20F07 ZNT 1530 ZNT 1335 ZNT 1165 ZNT 3310 ZNT 2030 ZNT 2353 PR 27 D 28 PR 27 D 29 PR 1150 Agri 143 Agri 104 RG 01 RG 02 A ROBUSTO RG 03 ALFA 10 ALFA 90
fusariose SI SI MR MR MR MR MR MR MR R MR MR MR SI SI SI SI SI MR MR MR SI MR SI SI SI SI MT MT MT MT MT T MT SI SI SI SI SI SI SI MR MR MR SI SI SI MR SI SI SI SI MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR SI SI SI MR R MR MR MR MR SI SI
P. sorghi SI R R MR R R R R R MR MR R R MR MR MR MR MR MR MR R MR MR R SI SI SI MT MT MT T MT BT MT MR MR MR MS MS MS MS R R R MS MR MR R MR MR MR SI MS MS SI SI MR MS R MR MR MR MR MR MR SI SI SI MR MR R R R R MR MR
physopella SI SI R MR R R R R MR R R R R MR MR SI SI SI SI S S SI R SI SI MS SI MT MT MT MT MT BT MT R MR MR MS MR R MR MR MR MR MR R MR MR MR MR R SI SI SI SI SI MR S MR MR MR MR MR MR MR SI SI SI R R R R R R MR MR
P. polysora MS MS R MR R R R R MS MR MR R MR MR MR MR MR MS MR MR R MR R R SI SI SI MS MS T MT MT MT T MR MR MS MR MR MR MR S S S MR MR MR R MR MR R SI MR MR MR MR MR MR MS MR MR MR MR MR MR SI SI SI MR MR MR MR MR MR AR AR
phaeosphaeria MR MR R R R R R R MR MS MS R MR MS R MR MR MR MR MR R MR MR R MR MS MR MT MS MT MS MT MT MT MR MR MS MS MR MR MR MS MS S MR MR MR MR MR MR MR SI S S MS MR MR S/MS MR MR MR MR MR MR MR SI SI SI R R T T T T S AR
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entezamento SI SI R R R R R R R MR MR MR MR MR R MR SI SI MR MR R MR R R MR MS SI MT MT T MT AT MT AT S MR MR MS MR MR MR MS MS SI SI MR R R MR MR MR SI SI SI SI SI MR MR R MR MR MR MR MR MR SI SI SI MR S T T T T MR MR
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cercospora MR R SI SI SI SI SI SI MS MS MS R MR MS MR MR MR MR MR R R R R R MS S MR MT MS MT MT MT MT MT MR MR MR MS MR R MR MS MS MS MR MR MR MR R MR R SI SI SI SI SI MR S MS MR SI SI MR MR MR SI SI SI S S MR MR MR MR MR MR
doenças colmo MR R R MR R R R R MR MR MS MR MR R MR MR MR MR MR MR MR SI MR SI MR MS MR MT MT MT T MT T T MR MR MR R MR R MR R MR MR MR MR MR MR MR MR MR SI SI SI SI SI MR MR MR MR MR MR MR MR MR SI SI SI R R MR MR MR MR MR MR
sanidade grãos R MR R MR R R R R MR MR MR MR R MS R SI SI SI SI T AT AT AT AT MR MR MR MT MT MT MT T T T MR MR MS MS MR MS MR R MR MR MS R R MR R MR MR SI SI SI SI SI S S SI MR MR MR MR MR MR SI SI SI R R R R R R MR MR
codresistencia 1 2 3 4 5 6 7 1 2 3 4 1 2 1 2 3 1 2 3 4 5 6 1 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 1 2
cultivar PAC 259 ATL 100 ATL 110 ATL 200 ATL 300S ATL 310 ATL 400 FTH 510 FTH 404 FTH 960 FTH 900 SM 966 SM 511 MX 300 MX 205 MX 305 PRE 22D11 PRE 32D10 PRE 22T10 PRE 22T11 PRE 12S12 PRE 22S11 AX 727 BALU 7690 MS 2010 AM 4003 AM 4002 AM 4001 RB 9108 RB 9210 RB 9308 RB 9308 YG RB 9110 YG DSS 1001 Ipanema
fusariose SI MT MT MT MT MT MT MT MT MT MT MT MT MT MT MT SI SI SI SI SI SI MR MR MR MR MR MR R R R R R SI SI
P. sorghi SI MT MT T MT MT MT MT MT MT MT MT MT MT MT MT MR R MR R MR MR MR MR MR MR MR MR R R R R R MR MR
physopella SI SI MT MT SI MT SI SI SI SI SI MT MT MT MT SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI MR R R R R MR MR
P. polysora SI S MS S S R MS S S MS S MR MS MS S MR MR MR MR R MR MR MR MR MR MR MR MR R R R R MR MR MR
phaeosphaeria SI MT MT MT MT MT MT MT MT MT MT MT MT MT MT MT MR MR MR MR MS MR MR MR MR MR MR MR R MR MR MR R MR MR
entezamento SI T T T T T T T T T T T T T T T MR MR MS MR MS MS SI SI SI SI SI SI R R MR MR R MR R
Legendas AT - Altamente tolerante; T - Tolerante; MT - Moderadamente tolerante; BT - Baixa tolerancia; R - Resistente; AR - Altamente Resistente; MR - Medianamente resistente; MS - Medianamente Suceptível; S - Suceptível; AS - Altamente Suceptível; SI - Sem informação.
H. turcicum SI MT MT MT MT MT MT MT MT MT MT MT MT MT MT MT MS R MS MR S T MR MR MR MR MR MR R MR MR MR R SI MR
H. maydis SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI R R R R R MR MR
cercospora SI AT AT AT MT BT MT MT MT MT MT MT MT T T MT MS MR MS MR MS MR MR MR MR MR MR MR R MR R R MR SI SI
doenças colmo SI MT MT MT MT MT MT BT BT MT MT MT MT MT MT MT SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI R R R R R SI SI
sanidade grãos SI T T T T T T T T T T T T T T T MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR R R MR MR MR SI SI
Cana-de-açúcar
Amiga ou vilã?
A mucuna-preta tem papel positivo nos canaviais, amplamente utilizada como adubo verde, com capacidade de fixar nitrogênio ao solo, auxiliar contra nematoides formadores de galhas, produzir biomassa e diminuir o número de daninhas na área onde é plantada. Contudo, se não submetida a manejo correto, a solução pode se transformar em problema
A
mucuna tem como importância positiva ser um adubo verde, utilizado na reforma do canavial. Agrega qualidades química e física ao solo, além da supressão de plantas daninhas. O fator negativo tem origem no inadequado manejo, devido às intempéries climáticas ou a questões de planejamento, que impossibilita a incorporação das plantas no momento correto. Esse incorreto manejo permite que as plantas sejam incorporadas ao solo já com as sementes próximas ao estágio de maturação, enriquecendo o banco de sementes, que beneficiadas pela dormência proporcionam diferentes fluxos de emergência nos canaviais. O uso da adubação verde não é novidade para grande parte dos produtores de canade-açúcar. Segundo Junior & Coelho (2008) essa técnica agronômica permite a descompactação, a proteção contra erosão, melhora o teor de nutrientes e matéria orgânica no solo e para Wutke et al (1993) e Erasmo et al (2004), suprime espécies de plantas daninhas. Dentre as espécies geralmente utilizadas como adubo verde destaca-se a mucuna-preta (Mucuna aterrima) que pertencente à família Fabaceae. Esta planta fixa nitrogênio ao solo,
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é eficiente contra nematoides formadores de galhas, produz excelente biomassa e diminui o número de daninhas na área onde é plantada. A interferência sobre as plantas daninhas deve-se principalmente à supressão devido ao rápido crescimento das plantas de mucunas, além da alelopatia e da competição. Apesar das vantagens oferecidas pela mucuna, no momento da reforma do canavial essa planta pode se tornar perigosa, caso não se faça o manejo adequado. A mucuna foi pesquisada e melhorada geneticamente durante algum tempo para ser uma cultura agronômica. Suas sementes possuem tegumento de difícil permeabilidade, consistindo em uma barreira física contra a entrada de água nas sementes, o que afeta sua germinação, que ocorre de modo desuniforme e em diferentes épocas. Por estas razões o controle é difícil, sendo necessária a adoção de um manejo racional para evitar que a solução vire problema. A presença de mucuna como planta daninha nos canaviais já é considerada importante nas regiões de Ribeirão Preto e Jaboticabal (Azania, 2009). Na cultura da cana-de-açúcar têm se observado alterações na flora daninha, que, segundo Christoffoleti et al (2007), deve-
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se principalmente à deposição da palha sobre o solo no momento da colheita, sem a prévia queima do canavial. Nesse contexto, se inserem as espécies de mucunas que são recentes como plantas daninhas (Barbosa, 2006). Na literatura, encontram-se trabalhos de mucuna que a preconizam como manejo de plantas daninhas, devido à massa vegetal reduzir o número de indivíduos de outras espécies, mas são escassos os estudos de controle químico dessas espécies. Na literatura, o potencial da mucunapreta é reconhecido devido à sua agressividade, promovendo uma barreira física e a supressão das plantas daninhas, além de seu possível efeito alelopático, sobre o crescimento das plantas espontâneas, (Lorenzi, 1984). Entretanto, embora seja notório que espécies de mucunas suprimam a emergência de infestantes e até possam ser consideradas como manejo de plantas daninhas nos campos em que são semeadas como adubos verdes, se tornam infestantes quando surgem espontaneamente nos canaviais. Assim, se transformam em problema, particularmente pela tolerância que apresentam ao controle químico. Nesse sentido, Procópio et al (2005) obser-
varam que a M. aterrima conseguiu absorver resíduos do herbicida trifloxysulfuron-sodium do solo, sem muito comprometimento da planta, comportando-se como eficiente à remediação do solo contaminado com o herbicida. Belo et al (2007) encontraram resultados similares estudando a capacidade de M. aterrima em remediar solos contaminados com os herbicidas tebuthiuron e trifloxysulfuronsodium. Silva & Bueno (2002) também constataram que M. aterrima foi tolerante a alachlor, imazaquin e pendimethalin aplicados em pré-emergência e foi suscetível ao 2,4-D aplicado em pós-emergência. Herbicidas residuais com elevada persistência no solo e amplamente utilizados na cultura da cana-de-açúcar não têm apresentado eficácia sobre as plantas, particularmente quando aplicados em pré-emergência. A busca por herbicidas que controlam a mucuna não é fácil. No mercado de produtos químicos encontra-se uma escassez de defensivos seletivos para esse tipo de controle. Nos canaviais infestados por Mucuna aterrima o manejo deve ser iniciado na reforma do canavial, momento em que se pode integrar os manejos mecânicos e químicos com a aplicação de herbicidas não seletivos. Após o plantio ou colheita (soqueiras), muitas vezes o manejo da mucuna ainda exige duas aplicações de herbicidas, uma logo após o plantio ou colheita e outra no fechamento do canavial. Segundo Silva (2011) o sulfentrazone em pré-emergência é uma opção para aplicação após plantio ou colheita e o amicarbazone é alternativa para aplicação nas soqueiras e também na pré-emergência. O autor também observou que os herbicidas 2,4-D e ametryn+trifloxysulfuron-sodium são eficazes no controle da espécie em pósemergência. O pesquisador Gemelli e seus colaboradores (2010) observaram que outras soluções químicas também podem ser utilizadas no controle da mucuna. De acordo com estes pesquisadores, glifosato+2,4-D+carfentrazoneethyl ou glifosato+2,4-D controlaram mu-
Se mal manejada, planta pode se tornar problema, ao se transformar em daninha de difícil controle
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cuna em pós-emergência. Entretanto, a aplicação não pode ser em área total, devido à presença do glifosato. O herbicida mesotrione misturado com ametrina, atrazina, trifloxysulfuron+ametrina, metribuzim ou diuron+hexazinona proporcionou 100% de mortalidade das plantas de mucuna-preta, porém, nenhuma destas misturas mostrou efeito residual de controle no solo, para essa espécie (Rogerio et al, 2010).
Considerações finais
O manejo preventivo deve ser priorizado, com a aquisição de sementes com pouca dormência (uma vez que os métodos de superação de dormência não são práticos de serem empregados). No momento da incorporação deve-se evitar, também, que as plantas estejam com sementes formadas, mesmo que não totalmente maduras. Nos canaviais já infestados com mucuna-preta é recomendado utilizar herbicidas não seletivos, integrados ao manejo mecânico, no momento da reforma do canavial. Após o plantio ou colheita procurar
Sementes de mucuna-preta possuem tegumento de difícil permeabilidade, o que afeta sua germinação
por herbicidas seletivos e eficazes na préemergência, podendo ser reaplicados também no fechamento do canavial, caso a infestação C permaneça elevada. Pedro Eduardo Rampazzo, Carlos Alberto Mathias Azania e Andréa Pádua Mathias Azania, IAC/Cana
técnicas
1) A eliminação das soqueiras pode ser mecânica ou química, aplicando-se glifosato (2.160g e.a. ha-1) sobre as plantas de canade-açúcar quando atingirem altura próxima de 70cm. 2) Escolha do adubo verde (mucunas, crotalárias, girassol etc), que é semeado a lanço ou em linhas sulcadas nas entre linhas da soqueira da cana-de-açúcar. A incorporação da massa vegetal ocorre no início do florescimento, antes da formação
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das vagens 3) Preparo do solo, descompactação (quando necessária), gradagens leves e pesadas que atendam às necessidades da instalação do futuro canavial. 4) Plantio manual ou mecânico da canade-açúcar, sulcos realizados com 1,5m entre linhas e aproximadamente 15 gemas/metro de sulco. Adubação química e aplicação de inseticidas preventivamente à infestação de pragas de solo, no sulco de plantio.
Algodão Charles Echer
Começo sadio Tombamento, mela e ramulose estão entre as principais doenças que afetam o algodoeiro na fase inicial da lavoura. Para combater o problema, o tratamento de sementes com fungicidas desempenha papel importante, associado a outras ferramentas de manejo, como a rotação de culturas
A
cultura do algodoeiro é atacada por um grande número de doenças fúngicas, que podem causar prejuízos tanto ao rendimento quanto à qualidade das sementes. A maioria das doenças de importância econômica que ocorrem no algodoeiro é causada por patógenos que são transmitidos pelas sementes, como, por exemplo, Colletotrichum gossypii var. cephalosporioides (causador da ramulose) resultando na introdução de doenças em locais novos ou mesmo na sua reintrodução em áreas cultivadas. Potencialmente, todos os organismos fitopatogênicos têm a capacidade de ser transmitidos pelas sementes, sendo o grupo dos fungos o mais numeroso. Com o incremento da área de plantio de algodão no Brasil, tem se observado aumento significativo dos problemas fitossanitários, principalmente aqueles relacionados à ocorrência de doenças na fase inicial de desenvolvimento da cultura. As doenças iniciais do algodoeiro, principalmente aquelas causadas por Rhizoctonia solani, como o tombamento de plântulas e a mela, estão amplamente
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disseminadas no Brasil, principalmente nas regiões dos cerrados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Goiás e Bahia, frequentemente causando danos significativos na fase inicial de estabelecimento da lavoura, pela redução da população de plantas. Os níveis de danos causados por estas doenças são dependentes de diversos fatores, porém, nas condições do Brasil, o que mais tem favorecido a sua ocorrência é a monocultura do algodoeiro, associada ao preparo intensivo do solo, o que frequentemente favorece situações de alagamento e encharcamento, contribuindo para o aumento do potencial de inóculo do patógeno. Além disso, a utilização de sementes com baixo vigor, associada ao plantio em épocas favoráveis à ocorrência destas enfermidades, é também fator predisponente ao ataque de R. solani, que deve também ser considerado. Baseado em critérios de importância, patogenicidade e ocorrência, ênfase maior será dada aos aspectos relacionados ao manejo do tombamento e da mela causados por R. solani
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PRINCIPAIS PATÓGENOS Rhizoctonia solani Kuhn - Tombamento de plântulas O tombamento de plântulas de algodoeiro, causado por Rhizoctonia solani Kuhn, grupo de anastomose (AG)-4 (teleomorfo: Thanatephorus cucumeris (A.B. Frank) Donk), é uma doença que está amplamente disseminada no Brasil, principalmente nas regiões dos cerrados (onde estão 85% do algodão cultivado no Brasil) dos estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Goiás e Bahia. Ocorre na fase de plântula (tombamento de pós-emergência) e ataca as sementes por ocasião da germinação (tombamento de pré-emergência). Os danos associados ao tombamento são significativos já na fase inicial de estabelecimento do algodoeiro pela redução da população de plantas e, às vezes, pela necessidade de ressemeadura. R. solani é um parasita necrotrófico, habitante natural do solo. Trata-se de fungo polífago, pois ataca grande número de espécies vegetais. R. solani pode ser transmitido pelas sementes, porém raramente isto ocorre, motivo pelo qual a semente não é considerada a principal fonte de inóculo desse patógeno.
Este fungo, estando presente no solo e/ou nas sementes, além de ocasionar perdas significativas na fase de plântulas (falha no estande), pode servir ainda como fonte de inóculo para culturas subsequentes. Os sintomas caracterizam-se inicialmente pelo murchamento das folhas com posterior tombamento das plântulas. Este fungo provoca lesões deprimidas e de coloração marrom-avermelhada no colo e nas raízes das plântulas de algodão. O manejo dessa doença deve ser feito de maneira integrada, agregando diferentes táticas de controle. Recomenda-se evitar semeaduras anteriores a meados de outubro, uma vez que baixas temperaturas favorecem a severidade e a incidência do tombamento causado por R. solani. Sob baixas temperaturas, sementes de algodoeiro exsudam maior quantidade de açúcares e aminoácidos, o que é extremamente favorável ao ataque do patógeno. Estas condições atrasam a germinação ou tornam mais lento o processo de emergência, mantendo a plântula num estágio suscetível por um período mais longo. Assim, a necessidade de adoção de medidas de controle, tais como o tratamento de sementes com fungicidas, tem sido claramente demonstrada sob condições de solo com temperaturas baixas, o que assume importante papel, sendo considerada,
Augusto Goulart
Plantas de algodão em fase inicial afetadas pelo tombamento, causado por Rizoctonia solani
até o momento, a principal medida a ser adotada e a opção mais segura e econômica (representa apenas 0,17% do custo total de produção) para minimizar os efeitos negativos desta doença. Os melhores resultados no controle desta doença têm sido obtidos com as misturas fludioxonil
+ mefenoxan + azoxyxtrobin (5+15+30g i.a./100kg de sementes), tolylfluanid + pencycuron + triadimenol (75+75+50g i.a./100kg de sementes), carboxin + thiram (187,5+187,5g i.a./100kg de sementes) e tiofanato metílico + fluazinam (150+150g i.a./100kg de sementes). A
rotação de culturas e a resistência genética também são táticas de controle importantes neste contexto e devem ser consideradas no manejo do tombamento. Com relação à rotação de culturas, cultivos prévios de braquiária (Brachiaria ruziziensis), aveia preta, milheto, milho e sorgo forrageiro, além do pousio, são eficientes na redução da população de R. solani do solo, o que resulta em menores índices de tombamento de plântulas de algodoeiro. O uso de soja, feijão, crotalária (Crotalaria juncea) e braquiária (Brachiaria ruziziensis) + crotalária (Crotalaria juncea) como culturas antecessoras consistentemente está associado aos maiores índices de tombamento de plântulas de algodoeiro, o que evidencia um aumento da população desse fungo no substrato. Resultados de pesquisa têm mostrado que maiores índices de tombamento são observados com o uso contínuo do algodão sem o tratamento de sementes com fungicidas. Da mesma forma que o uso contínuo do algodão, a utilização de leguminosas contribui para o aumento da população de R. solani no solo, devendo ser evitadas como cultivos prévios à cultura do algodoeiro. Por outro lado, a adoção de gramíneas com características de supressividade a R. solani deve ser a preferencial como culturas antecessoras ao algodoeiro. Em se tratando da resistência genética, no que se refere a R. solani, até o momento não se conhecia nenhuma informação no Brasil que mostrasse o comportamento de cultivares de algodoeiro frente à ação desse patógeno, até que resultados obtidos na Embrapa Agropecuária Oeste, em Dourados (MS), demonstraram a existência de diferentes reações de algumas cultivares com relação ao ataque do fungo R. solani. Desta forma, os genótipos de algodoeiro que apresentaram menor incidência de tombamento e menor percentagem de plântulas com
Fotos Augusto Goulart
O tombamento está disseminado nas diversas regiões de cultivo do Brasil
Severidade dos danos causados pela doença implica em muitos casos na necessidade de ressemeadura
sintomas desta doença, demonstrando maior tolerância ao ataque de R. solani foram CNPA ITA 90 II, BRS Aroeira, BRS Cedro, BRS Ipê e FMT 701. Ressalta-se ainda que a adoção de cultivares tolerantes a R. solani, assim como o uso de cultivos prévios com plantas que sejam supressoras a este patógeno, otimiza a eficácia do fungicida aplicado às sementes de algodoeiro no controle desse fungo.
Grosso, esta enfermidade foi detectada nos estados de Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Goiás e Bahia. Isolamentos realizados de material doente (plântulas de algodoeiro com sintomas típicos de mela, provenientes dos diferentes estados onde a doença foi detectada) mostraram, na totalidade dos casos, a presença de um crescimento profuso de hifas e micélio sobre os tecidos doentes, o que foi identificado posteriormente como sendo R. solani, considerado agente causal primário da doença, confirmando assim a etiologia desta enfermidade. Os isolados do patógeno tiveram o grupamento de anastomose determinado por sequenciamento da região ITS-5.8S rDNA no Eidgenössische Technische Hochschule Zürich (ETHZ), na Suíça. As sequências da região ITS isolados de R. solani da “mela do algodoeiro” foram semelhantes às do grupo de anastomose AG-4 HGI, até então não relatado no Brasil como patógeno foliar do algodoeiro. Resultados obtidos em condições de campo demonstraram maior eficiência de controle da mela com a adição do fungicida PCNB, na dose de 375g do i.a./100kg de sementes às misturas fludioxonil + mefenoxan + azoxyxtrobin (5+15+30g i.a./100kg de sementes), tolylfluanid + pencycuron + triadimenol (75+75+50g i.a./100kg de sementes) e carboxin + thiram (187,5+187,5g i.a./100kg de sementes). Excepcionalmente, quando as condições climáticas estão muito favoráveis à ocorrência da mela, além da realização do tratamento das sementes com fungicidas, tem sido realizada uma pulverização com o fungicida azoxystrobin, na dose de 200300ml/ha, com bons resultados. A rotação de culturas também é uma opção neste caso, nos mesmos moldes relatados anteriormente para o tombamento.
Mela A partir da safra 2004/2005, lavouras de algodoeiro no estado de Mato Grosso vêm apresentando alta incidência de uma forma peculiar da doença, distinta da forma clássica de tombamento. Ocorrendo sempre na fase inicial de desenvolvimento do algodoeiro (fase de plântula - cotiledonar) reduz significativamente o estande e, em casos mais sérios, tem levado à ressemeadura. Os sintomas iniciais caracterizam-se por lesões nas bordas dos cotilédones, evoluindo para o encharcamento (anasarca), seguidas de destruição total dos cotilédones e posterior morte da plântula. Esta doença está sendo denominada de “mela do algodoeiro” e é predominantemente foliar. Além do Mato
Ciclo desde a semente aos sintomas nas plantas
Colletotrichum gossypii South var. cephalosporioides O patógeno, causador da ramulose, é transmitido tanto externa quanto internamente pelas sementes de algodoeiro, que são o mais eficiente veículo de disseminação. O papel das sementes na transmissão do patógeno fica evidente ao constatar-se a doença
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Fotos Augusto Goulart
Sintomas de mela do algodoeiro, doença predominantemente foliar, que se distinguem da forma clássica de tombamento
em áreas novas. As taxas de transmissão de C.G.C. planta-semente e semente-planta são bastante elevadas e por esta razão, a utilização de sementes portadoras do patógeno representa sério risco de sua introdução em áreas novas (taxa de transmissão do patógeno das sementes para a parte aérea do algodoeiro é de aproximadamente 3:1, o que significa que três sementes com C.G.C. representa uma planta no campo com ramulose). Em condições de clima favorável (temperatura de 25ºC a 30ºC e umidade elevada), a doença avança na lavoura, 1m a cada cinco dias. Este patógeno pode ainda sobreviver de um ano para outro em restos culturais e provocar o tombamento de pré e pós-emergência, porém isso só ocorre quando a incidência desse patógeno nas sementes é elevada (acima de 20%, através de inoculação). Considerando que, em condições naturais de infecção no campo, a incidência máxima desse patógeno nas sementes tem variado de 5% a 9%, a ocorrência de tombamento no campo devido a este fungo é rara. Lesões deprimidas, pardoescuras, atingindo grande extensão do colo e da raiz das plântulas são os sintomas característicos provocados por este patógeno. Até algum tempo, apenas se relatava a presença de Colletotrichum gossypii (C.G.) nas sementes analisadas, não se fazendo menção a C. gossypii var. cephalosporioides, embora ambos pudessem estar ocorrendo. Em função da grande semelhança das estruturas desses patógenos nas sementes, a distinção entre eles tornava-se muito difícil pelos métodos rotineiros. Atualmente, com o desenvolvimento de novas técnicas de análise baseadas no hábito de crescimento dos fungos nas sementes, a identificação precisa desses dois patógenos já é possível em testes de sanidade de sementes. A reprodutibilidade do método (fácil execução e baixo custo) foi demonstrada, o que permite sua preconização para ser utilizado como rotina em testes de sanidade de sementes de algodoeiro. Entretanto, torna-se imprescindível que sejam feitos testes de aferição com diversos laboratórios e treinamento dos
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analistas para não haver erro no diagnóstico. A distinção entre C. gossypii e C. gossypii var. cephalosporioides exige do analista um treinamento específico. Colônias de C. gossypii são mais compactas, com setas mais curtas, com abundante esporulação e estruturas do fungo desenvolvidas rente ao tegumento das sementes, com ausência de micélio aéreo. Frequentemente, as cadeias de conídios cobrem completamente as setas, dificultando sua visualização. Colônias de C. gossyppi var. cephalosporioides apresentam-se com abundante micélio aéreo e aspecto menos compacto. De maneira geral, a incidência e a frequência desse patógeno em lotes de sementes são baixas, variando em função da resistência do genótipo. O tratamento de sementes com fungicidas é considerado a prática mais importante no controle desse patógeno presente nas sementes de algodão. Os fungicidas mais utilizados são vitavax-
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thiram, vitavax-thiram + carbendazin, difenoconazole, tolylfluanid + pencycuron + triadimenol, fludioxonil + mefenoxan + azoxystrobin, nas doses recomendadas pelos fabricantes. Dados de pesquisa têm demonstrado que a eficiência de um determinado fungicida está relacionada diretamente com o nível de incidência dos fungos nas sementes, sendo maior em lotes de baixa infecção. Nesse contexto, o ideal e recomendável do ponto de vista epidemiológico, é fazer o tratamento com fungicidas em sementes com baixos níveis de infecção/ contaminação, pois nelas o controle é mais efetivo. A rotação de culturas e a resistência genética também devem ser consideradas como a forma efetiva de controle deste C patógeno. Augusto César Pereira Goulart, Embrapa Agropecuária Oeste
Café
Foco no diagnóstico Facilmente confundida com a mancha de phoma, cercosporiose e com sintomas de deficiência nutricional, a mancha aureolada causa sérios prejuízos à cultura do cafeeiro, principalmente em lavouras mais jovens. Entre as estratégias de manejo, o emprego de fungicidas cúpricos tem apresentado bom nível de controle
Sintomas
A bactéria penetra na planta pelas
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Manejo da doença
Em viveiros - O manejo da mancha aureolada se inicia pela utilização de mudas sadias. Os viveiros precisam ser instalados em locais adequados e protegidos contra ventos frios. Recomenda-se que a irrigação do viveiro seja monitorada, evitando-se vazamentos nos aspersores. Mudas com sintomas devem ser isoladas das demais, para que a doença não se propague para as plântulas sadias. Caso a doença seja Fotos Flávia Rodrigues Alves Patricio
A
mancha aureolada, causada pela bactéria Pseudomonas syringae pv. garcae, é uma importante doença do cafeeiro que tem sido encontrada em diversas regiões produtoras de café do Brasil. Está presente no estado de São Paulo, no Cerrado, sul de Minas e também no Paraná. As lavouras mais prejudicadas pela doença são aquelas em formação ou que sofreram podas, como o esqueletamento, e que estão situadas em locais sujeitos à incidência de ventos frios. A bactéria pode permanecer viável nos ramos e em lesões em folhas do cafeeiro e, quando ocorrem condições favoráveis, volta rapidamente a causar prejuízos. As condições climáticas que favorecem a mancha aureolada são temperaturas amenas, especialmente à noite, além de chuvas e elevada umidade relativa.
brotações mais jovens, mais suscetíveis. As lesões nas folhas são de coloração parda e podem ser acompanhadas por um halo amarelado. Contudo, há também lesões sem o halo. A bactéria penetra sistemicamente nos ramos, que inicialmente exibem lesões escuras que atingem as folhas e posteriormente ocorre a desfolha dos ramos. Também são encontradas lesões nas rosetas, nas inflorescências e nos frutos novos. Por esta razão a ocorrência da doença nas lavouras com carga pendente pode comprometer parte da produção. No final do período das águas, a bactéria sobrevive nos ramos e em lesões em folhas na parte superior ou interna da planta, que, muitas vezes, passa despercebida pelo produtor. A doença é mais importante em lavouras novas, com até três anos a quatro anos de idade. Mas lavouras podadas voltam a ser muito suscetíveis. Por causa da gravidade da doença, em algumas regiões, nos últimos anos, a mancha aureolada tem causado, inclusive, a morte de plantas com até um ano de idade. A mancha aureolada também incide sobre mudas em viveiros, causando lesões nas folhas e seca de hastes e ramos. A
doença, com certa frequência, tem sido confundida com a mancha de phoma, causada por Phoma tarda, ou mesmo com distúrbios nutricionais ou climáticos. Lesões nas folhas podem ser confundidas com cercosporiose, causada por Cercospora coffeicola. Os erros de diagnóstico ou o atraso no reconhecimento da presença da doença no campo fazem com que os danos sejam agravados, especialmente porque as medidas adequadas de controle não são adotadas a tempo.
Lesão de mancha aureolada
Tabela 1 - Produtos registrados para o controle da mancha aureolada Princípio ativo Hidróxido de cobre Casugamicina
Inflorescências e rosetas afetadas pela doença
detectada no viveiro, todas as mudas devem ser protegidas com aplicações de fungicidas cúpricos (hidróxido de cobre) e/ou de antibiótico (como a casugamicina), a cada 15 dias (Tabela 1). Em campo – O manejo da mancha aureolada consiste, inicialmente, em evitar a introdução de mudas doentes na área a ser cultivada com café. Quando a doença for constatada no campo, o manejo se baseia em evitar a ocorrência de ferimentos, com o plantio de quebra-ventos, além de aplicações periódicas de cúpricos nas plantas afetadas. Em regiões mais favoráveis sugere-se, ainda, utilizar cultivares com alguma resistência. É muito importante que mudas doentes não sejam levadas ao campo, especialmente em locais sujeitos a ventos frios. Uma vez introduzida na lavoura, o controle da mancha aureolada é muito mais difícil. Por esta razão, o produtor deve fazer uma seleção rigorosa das mudas a serem levadas ao campo, evitando o plantio de mudas com sintomas de mancha aureolada. O plantio em locais sujeitos a ventos frios deve ser muito bem planejado, considerando-se a necessidade de quebraventos. Entre as opções de quebra-ventos temporários sugerem-se, entre outros, o
Rebrota em lavoura que sofreu esqueletamento com presença do patógeno
Produtos comerciais Contact, Garant, Garant BR Kasumin (registrado apenas para mudas)
milho, a crotalária e o feijão guandu. Como espécies permanentes podem ser utilizadas grevíleas, bananeiras, abacate, cedrinho e eucalipto. Poucos estudos avaliaram a resistência de cultivares de cafeeiro a essa doença. As cultivares do grupo Mundo Novo mostram-se bastante suscetíveis à mancha aureolada; as do grupo Catuaí são moderadamente suscetíveis; do grupo Icatu tem resistência parcial e a variedade Geisha é resistente à mancha aureolada. O uso de cúpricos também é sugerido para o manejo da mancha aureolada. É importante observar que o controle químico de bacterioses é difícil e geralmente menos efetivo que o combate de doenças causadas por fungos. As proteções com químicos são feitas para impedir a penetração da bactéria na planta, especialmente pelas brotações jovens. Ao ser constatada a mancha aureolada na lavoura, as aplicações de fungicidas cúpricos devem ser iniciadas imediatamente e repetidas a cada 20-30 dias. Para as condições de campo, apenas formulações com o hidróxido de cobre estão registradas para o controle dessa bacteriose em café (Tabela 1). Sugere-se que sejam aplicadas doses de médias às mais elevadas de registro, para que haja cobre suficiente na planta para proteger as brotações de ramos, inflorescências e folhas jovens. Quando forem realizadas misturas
Dose 3,0 a 5,0kg/ha 300ml para 100 litros de água
com outros produtos, também não se deve “economizar” na quantidade de cobre aplicada. É fundamental que os equipamentos estejam ajustados para distribuir a calda uniformemente na planta, tanto nos ramos produtivos, como na parte superior da planta, usualmente a mais afetada pela mancha aureolada. Há diversos cúpricos registrados para a cultura do café, encontrando-se dez formulações comerciais à base de hidróxido de cobre, 24 à base de oxicloreto de cobre e três com óxido cuproso. Em nossos experimentos observamos redução na incidência da doença e aumento de produção com aplicações repetidas do oxicloreto de cobre, na dose de 4,0kg/ha, e o hidróxido de cobre com adição de adesivo siliconado ou óleo mineral (para aumentar a fixação do cobre nas folhas). Os cúpricos foram aplicados nos meses de setembro, outubro, novembro ou dezembro e março e abril, com o objetivo de proteger os ramos em formação, as folhas jovens e as gemas florais, além das inflorescências e frutos C recém-formados. Flávia Rodrigues Alves Patricio, Irene Maria Gatti Almeida e Luís Otávio Saggion Beriam, Instituto Biológico Masako Toma Braghini Luiz Carlos Fazuoli Instituto Agronômico
Folhas jovens atacadas pela mancha aureolada
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Coluna ANPII
Juntos e fortes
E
A ANPI aponta o associativismo como caminho para que empresas produtoras de inoculantes possam se fortalecer, através de ações comuns para beneficiar o setor
xistem diversos slogans louvando a conjugação de forças em prol de um bem comum: “A união faz a força”, “Unidos venceremos”, “Povo unido jamais será vencido” e tantos outros criados para justificar e para estimular a união de singulares em torno de objetivos comuns, aumentando a capacidade de criação, de organização e de pressão. No caso particular da produção de inoculantes, a associação das empresas em uma entidade representativa é fator preponderante para que o setor tenha
inoculantes, encontra-se na faixa de 30 milhões de dólares. Este pequeno faturamento na venda de inoculantes decorre de dois fatores: o baixíssimo preço dos inoculantes no mercado brasileiro e o mercado restrito à cultura da soja, ficando limitado pela área ocupada por esta cultura. No primeiro caso, a longa tradição de preços baixos e a existência de empresas pequenas, sem uma forte base de capitalização tornam difícil um aumento de preço a níveis que permitam maior rentabilidade para o setor. No segundo caso, o advento
através de esforços conjuntos, muitas vezes cedendo um pouco do individual em prol do coletivo, o setor conseguiu se firmar junto à pesquisa, ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a realizar palestras em congressos internacionais, a ser consultado e fazer parte ativa dos grandes projetos nacionais na área agrícola. A criação da Associação Nacional dos Produtores e Importadores de Inoculantes (ANPII) foi o fato que deu voz à área de inoculantes. Sua participação na Câmara Temática de Insumos
A criação da Associação Nacional dos Produtores e Importadores de Inoculantes (ANPII) foi o fato que deu voz à área de inoculantes representatividade junto à sociedade e aos órgãos governamentais. A produção de inoculantes no Brasil iniciou-se e se manteve por muito tempo como uma quase exclusividade de pequenas empresas. Enquanto as gigantes nacionais e multinacionais se movimentavam em torno dos fertilizantes químicos e dos defensivos, pequenas empresas, muitas delas familiares, se dedicavam a produzir inoculantes, inicialmente apenas para leguminosas. No caso da produção de inoculantes, existe um paradoxo, pelo menos no Brasil: embora o setor seja vital para a produtividade e a rentabilidade da agricultura brasileira, os recursos financeiros movimentados são de pequena monta, se comparados com o universo empresarial brasileiro. Assim, enquanto se estima que a fixação biológica do nitrogênio (FBN), expressa como tecnologia agrícola pelo uso dos inoculantes, economize algo em torno de cinco bilhões de dólares a seis bilhões de dólares para o país, o faturamento do setor, contando-se somente a venda de
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de inoculantes para outras culturas, como milho, trigo, arroz, sorgo e futuramente para cana-de-açúcar poderão aumentar o mercado e a margem obtida na venda do produto. Em movimentos de mercado mais recentes, algumas empresas de maior porte, multinacionais, começaram a entrar no mercado de inoculantes, trazendo investimentos para o setor, mas não conseguindo alterar o tradicional preço baixo. Hoje não encontramos no Brasil nenhuma empresa que viva apenas de inoculante: todas partiram para produzir outros produtos, alguns dentro da linha biológica, mas também na linha de químicos. Desta forma, como empresas com faturamento tão pequeno poderiam se fazer ouvir junto à sociedade, às entidades ligadas ao agronegócio e aos órgãos públicos? Somente através da conjugação de esforços, da união das empresas em torno de objetivos comuns, somando forças e, sinergicamente, constituindo uma entidade representativa e com voz audível junto à sociedade. Somente
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Agropecuários, órgão do Mapa e no projeto ABC, que tem por objetivo a redução das emissões de carbono pela agricultura, foi o reconhecimento tácito da importância do setor e da representatividade da associação, fatos que as empresas isoladamente nunca teriam conseguido. Em dois congressos internacionais ocorridos no Brasil, reunindo os maiores pesquisadores do mundo, a ANPII esteve presente, proferindo palestras, mostrando ao mundo que o Brasil é um dos países que mais, e melhor, usa a FBN no mundo, contribuindo para uma agricultura mais produtiva, mais rentável e mais sustentável. Portanto, a associação de empresas em associações de classe, formando entidades representativas e com voz ativa, é uma forma de trazer ganhos a todo o setor, fortalecendo, através de ações comuns, cada uma das empresas C individualmente. Solon de Araujo Consultor da ANPII
Coluna Agronegócios
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Um cenário para a próxima década
m junho foi apresentado um estudo da OCDE e da FAO, abordando as perspectivas agrícolas globais no período 2011-2020. Os cenários apresentados revelam que na próxima década haverá preços elevados e grande volatilidade internacional, e o Brasil será um dos países mais beneficiados. Fiquei particularmente feliz em verificar que, durante minha passagem pela Presidência da República, havia traçado, em linhas gerais, cenário semelhante ao ora lançado pelas duas entidades internacionais. O estudo tem o objetivo precípuo de incrementar a produção global, um efeito contracíclico destinado a estabilizar os preços das commodities agrícolas, que nos últimos anos elevaram índices inflacionários e chegaram a provocar protestos nas ruas de diversos países. Entrementes, o estudo indica que essa volatilidade, que já perdura cinco anos, assim prosseguirá
produzir e exportar a custos competitivos.
Custos x expansão Os custos da produção agrícola estão em ascensão – em especial devido à disparada de preços de fertilizantes e agroquímicos O crescimento da produtividade sofreu uma perigosa desaceleração, em função dos custos. Pressões da sociedade para proteção de recursos naturais (água, vegetação e terras) aumentaram. Como as áreas mais férteis já estão sendo utilizadas, a produção tende a se expandir em terras marginais com menor fertilidade e maiores riscos de problemas meteorológicos. E as mudanças climáticas globais jogam o imponderável sobre este quadro, podendo tornar regiões outrora secas em pluviosas e vice-versa. De imediato, a produção agrícola crescerá – é a reação natural aos preços elevados. Entretanto,
infere que Brasil e Argentina manterão sólidos crescimentos em oleaginosas, cereais e gado de corte, devido a seus custos de produção menores. A America do Norte – leia-se EUA - é a única região de alta renda que expandirá significativamente a agricultura, baseada em crescimento de produtividade. A Europa Ocidental perdera mais competitividade e produção, pressionada por preocupações ambientais, custos e limitação de terras. Do lado da demanda, o crescimento populacional e o aumento da renda na China e na Índia sustentarão compras firmes de commodities. Arroz, carne, lácteos, óleos vegetais e açúcar deverão ter os maiores aumentos de consumo, e preços firmes e em ascensão. O uso de matériasprimas agrícolas para biocombustíveis mantém crescimento robusto. O documento estima que, até 2020, 30% da produção de cana, 15% de óleos vegetais e 13% de grãos se destinarão à
O crescimento populacional e o aumento da renda na China e Índia sustentarão compras firmes de commodities e que os preços de muitas commodities básicas deverão se manter em patamares mais elevados (em valores nominais e até reais), comparados à década anterior. As principais causas para a manutenção dos preços em alta são: I) Os custos da produção agrícola estão em ascensão; II) o crescimento da produtividade sofreu perigosa desaceleração; III) pressões sobre os recursos naturais, principalmente água, vegetação e terras, aumentaram; IV) as terras mais férteis já estão sendo utilizadas e mesmo declinando em algumas regiões; V) a produção tende a se expandir em terras marginais com menor fertilidade e maiores riscos climáticos; VI) problemas internos de cada país (exemplo, o nosso Custo Brasil com impostos elevados, falta de infraestrutura, juros altos, desindustrialização) não serão solucionados na década. A expectativa é que os custos de alguns alimentos até declinem em relação ao início de 2011. Mas, em média e em termos reais, deverão subir ate 50% no caso das carnes e 20% no dos cereais nos próximos anos. O Brasil, principal país exportador de carnes (25% do mercado mundial) e com boas perspectivas para o milho, tende a abocanhar boa parte do ganho - desde que sejam dadas as condições internas para
a estimativa é de crescer apenas 1,7% ao ano (média da próxima década), vis a vis 2,6% da década passada. A maioria dos cultivos tende a expandir menos, especialmente no caso de oleaginosas (grupo que inclui a soja) e grãos forrageiros (milho entre eles). A pecuária mantém o ritmo dos últimos anos. Lembremo-nos que o crescimento populacional global crescerá acima de 2% na década (demanda natural) e a inclusão social também manterá ritmo elevado (demanda induzida por crescimento econômico). Em consequência, a desaceleração global do rendimento de importantes culturas continuará a pressionar os preços internacionais, em um tabuleiro em que os maiores crescimentos da oferta virão de fornecedores que detêm boas tecnologias e políticas públicas adequadas.
Mudanças no tabuleiro Prosseguirá a redivisão dos mercados agrícolas, com a produção migrando de países desenvolvidos para aqueles em desenvolvimento. À America Latina, motor do recente avanço agrícola global, unir-se-á o leste europeu. As duas regiões serão supridoras cada vez mais importantes nesta década. Suas áreas plantadas e produtividade deverão aumentar, e também haverá expansão para a pecuária. O documento
produção de biocombustíveis, num contexto em que as elevadas cotações do petróleo terminarão por viabilizar a sua produção, mesmo sem os subsídios estatais americanos e europeus. Assim mesmo, o documento refere que preços mais elevados "são um sinal positivo e bem-vindo para um setor que tem experimentado declínio real nos custos das commodities por varias décadas e podem estimular investimentos no aumento da produtividade e da produção, necessárias para atender a crescente demanda per alimentos". O relatório reforça que a produtividade continua a ser um influente fator na formação dos preços de colheitas. A variação no rendimento de grandes lavouras de países exportadores é uma fonte primária da volatilidade. A severa seca na Rússia e na Ucrânia no ano passado e o excesso de umidade nos EUA ilustram a rapidez com que o equilíbrio do mercado pode mudar. Além disso, o estudo aborda o peso dos mercados de energia na transmissão de volatilidade ao setor agrícola, por seu peso nos custos de produção e pela demanda crescente de biocombustíveis. C
Décio Luiz Gazzoni
O autor é Engenheiro Agrônomo, pesquisador da Embrapa Soja
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Coluna Mercado Agrícola
Vlamir Brandalizze brandalizze@uol.com.br
Produtores prontos para plantar safra 2011/12 Os produtores brasileiros estão prontos para mais uma grande safra. Com otimismo, observam as chuvas caírem em ritmo melhor no Sul e no Sudeste, uma vez que, no ano passado, houve registro de tempo seco neste mesmo período. O quadro segue normal no Mato Grosso e em Goiás, que continuam sem muitas precipitações, mas dentro dos níveis considerados normais para a região. Os produtores já negociaram boa parte da safra de soja e milho antecipadamente, para garantir os custos dos principais insumos. Comercialização que cresce a cada ano e dá garantia de lucros aos agricultores, por diminuir os riscos da venda na boca da colheita, normalmente por preços bem menores. Tudo indica que o Brasil irá plantar mais milho e mais soja neste ano, com a oleaginosa apontando que vai bater recorde histórico e chegar aos 25 milhões de hectares, enquanto o milho tende a alcançar mais de 7,5 milhões de hectares, contra aproximadamente 7,1 milhões de hectares plantados no Centro-Sul, na safra passada. Desta forma o País tende a colher novamente uma safra recorde, com expectativas de bater a marca das 80 milhões de toneladas de soja e mais de 36 milhões de toneladas de milho verão, além de uma colheita superior a 12 milhões de toneladas de arroz e mais de um milhão de toneladas de feijão primeira safra. Isso confirmará uma grande safra de verão que chegará entre fevereiro e abril, com concentração de colheita e consequente disparada nos preços dos fretes. É preciso lembrar que existe déficit de caminhões no mercado brasileiro, o transporte ferroviário ainda é pouco significativo e, desta forma, a pressão dos preços dos fretes na colheita será muito forte. Resta a recomendação, agora, mais do que nunca, para que o produtor tente escapar da necessidade de vender na boca da colheita. O ideal é que se planeje para não vender, quando estiver colhendo. Apenas entregar contratos, nesse período, ou, pelo menos, ter condição de segurar o produto para comercializar mais tarde, fazendo assim menos pressão de oferta, o que resultará em médias maiores para o ano safra. Os preços atuais e projetados para colheita estão bastante atrativos, o que oferece aos produtores condições de planejamento de vendas, para que não corram riscos de prejuízos ou de ter ganhos e lucros menores. Estamos caminhando para consolidar mais um passo forte na direção de crescimento entre os grandes exportadores mundiais de alimentos, trazendo segurança e lucros aos produtores brasileiros. Mais uma grande safra está começando a aparecer no horizonte e o produtor organizado, sempre lucra mais. normalmente sofre pressão de baixa no período da colheita da safra de verão. Nesse contexto, ter parte O mercado observa a safrinha chegar e os números da colheita negociada antecipada dá tranquilidade aos caminham para uma perda média na produtividade em produtores, que poderão segurar o restante para vender torno de 30% neste ano, em relação à expectativa dos em momento mais favorável aos lucros. produtores, que projetavam chegar a patamares acima SOJA das 25 milhões de toneladas e agora estão com indicaCom bom ritmo dos negócios antecipados tivos de fechar a colheita entre 17 milhões de toneladas O mercado da soja livre mostra pressão de alta em e 19 milhões de toneladas. Número pequeno para o consumo que o Brasil apresenta atualmente que é de busca de números maiores do que os praticados pelo quase cinco milhões de toneladas por mês, entre mer- mercado externo, com registro de valores entre os R$ cado interno e exportação. Desta forma, este segundo 50,00 e os R$ 52,00 nos portos, em julho. Com mais de semestre caminha para manter os indicativos firmes, 20% da safra nova negociada (fato que não tinha sido como se observa no Mato Grosso, que seguia com a visto até este ano, porque isso representa mais de 15 colheita em ritmo lento e indicativos entre R$ 15,00 milhões de toneladas vendidas), com valores de porto e R$ 19,00 pela saca, contra patamares que variavam que somam próximos dos R$ 12,5 bilhões, usados para o dos R$ 7,00 aos R$ 10,00 no mesmo período do ano pagamento de insumos e compra de máquinas, trazendo passado. Com isso seguiremos na expectativa de que tranquilidade aos produtores, que já estão com a maior o mercado externo nos traga mais fôlego para ajustes. parte dos gastos básicos coberta para a safra. Ainda resta Isso porque internamente já estamos com indicativos um pouco da safra velha, produto que certamente será altos e para crescer ainda mais teríamos que ter apoio bem valorizado nestes próximos meses, porque o condo mercado internacional. A exportação praticava em sumo interno irá crescer forte e bancará cotações mais julho preços de R$ 30,00 nos portos e mostrava fôlego atrativas do que as praticadas no mercado externo. para pagar um pouco acima. No entanto, as cotações FEIJÃO também sinalizam que podem já estar próximas do Agora somente irrigado comandando limite de crescimento. A safra nova mostra bom ritmo O mercado do feijão já passou pelas duas primeiras de negócios antecipados, o que garante aos produtores a segurança de boa renda na colheita, porque o milho safras e agora temos pela frente somente a colheita MILHO
Safrinha perde em média 30%
da terceira safra, que chega nos meses de agosto e setembro. Resta quase nada do Nordeste, porque as lavouras de Ribeira do Pombal e região foram ceifadas pelo clima e pela redução da área plantada. Assim, nestes próximos meses as cotações do feijão de boa qualidade caminham para números mais atrativos, entre R$ 130,00 e R$ 160,00. E não deve ser motivo de surpresa se em algum momento a cotação do Carioca Nobre furar a marca dos R$ 200,00. ARROZ
Reagindo de agora em diante
O mercado de baixa do arroz encerrou em junho, com julho mostrando os primeiros ajustes positivos. Em agosto, poderemos ter mais fôlego, porque o governo vem com mais apoio, com pregão de Pepro para ração, tirando de campo uma boa fatia do produto excedente. Desta forma caminhamos para ver os indicativos em patamares acima dos R$ 25,00 no mercado do Rio Grande do Sul. Porém, é preciso apontar que o espaço de alta ainda é limitado, porque em julho ainda existiam aproximadamente 1,8 milhão de toneladas de arroz dos nossos vizinhos do Mercosul e que facilmente entrarão aqui, porque o dólar para nós segue em queda, o que resulta em boas cotações aos portenhos, uruguaios e paraguaios. No mercado mundial o valor do arroz aponta para cima, o que pode ser o suporte para algum ganho extra neste segundo semestre.
CURTAS E BOAS TRIGO - O trigo mostrou ganhos no mercado internacional, que devido à quebra da safra americana e à boa demanda mundial apresenta cotações entre os 300 dólares e 350 dólares por tonelada nos EUA e acima destes níveis no Canadá. Com esse cenário o produto importado chegará com valores acima dos 400 dólares por tonelada, em portos brasileiros, o que faz as cotações locais avançarem forte e chegar aos moinhos acima dos R$ 600,00. Desta forma há indicativos que a nova safra do trigo do Brasil terá boas expectativas, porque poderemos exportar na base dos 300 dólares por tonelada, que garante um preço mínimo aos produtores, supera a faixa dos R$ 440,00 e também tem o custo crescente do importado, que obrigará os moinhos a pagar mais pelo grão nacional. Uma parte das lavouras do Paraná foi perdida pelas geadas, o que tende a resultar em colheita menor neste ano, dar mais fôlego às cotações e ganhos aos produtores. algodão - O mercado entra em fase de acomodação. Como a colheita ainda está em andamento, há excedente de oferta no mercado brasileiro e, desta forma, as cotações seguiam frouxas nas últimas semanas. Mas o quadro para a safra nova segue positivo, com os produtores apontando que já fecharam os contratos que esperavam, o que tende a fazer o plantio crescer. eua - Em julho a safra sofria com temperaturas altas e com falta de chuvas, em plena fase de floração das plantações, o que indica que haverá perdas na produtividade. Como boa notícia, o USDA aumentou a estimativa de consumo
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de milho para etanol, neste novo ano, para a casa das 130,8 milhões de toneladas contra as 128,3 milhões de toneladas que estavam sendo esperadas. Também mostrou avanço para biodiesel, com 1,58 mil toneladas de óleo de soja indo para o biocombustível, contra 1,043 mil toneladas do último ano. china - As compras continuaram agressivas e somente dos EUA levaram mais de três milhões de toneladas de milho em julho. Aponta-se que o país terá necessidade de comprar algo acima das dez milhões de toneladas neste ano, lembrando que até pouco tempo atrás era exportador e já está disputando o espaço de maior importador mundial do cereal. Para a soja o USDA indica que a China importará 56,5 milhões de toneladas, mas o mercado aponta que o número chegará com facilidade às 60 milhões de toneladas, com grandes expectativas de compras neste segundo semestre. argentina - O mercado sofreu com chuvas no período de colheita do milho, que teve atraso, e vai fechando a safra com boas condições, na faixa das 20 milhões de toneladas de milho, 49,2 milhões de toneladas de soja e o trigo nos campos com quase cinco milhões de hectares plantados e esperando colher entre 16 milhões de toneladas e 17 milhões de toneladas. clima - Deverá ser o fator mais importante para a safra dos EUA e da China agora em agosto, porque as lavouras estarão em frutificação e definição de produção.
Agosto 2011 • www.revistacultivar.com.br