Grandes Culturas - Cultivar 183

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Cultivar Grandes Culturas • Ano XV • Nº 183 • Agosto 2014 • ISSN - 1516-358X Destaques

Nossa capa

Oferta dinâmica..................................22

Charles Echer

De um total de 478 cultivares de milho disponíveis para a safra 2014/2015 produtor contará com 97 novos materiais enquanto 86 deixaram de ser comercializados

Impacto elevado........................08 Decisão racional........................18 Na medida.................................42 Os prejuízos severos e as alternativas para manejar o leiteiro, planta infestante que limita potencial produtivo das lavouras

Fatores considerados na aquisição de defensivos para áreas de arroz irrigado e a necessidade de melhor planejar o investimento

Índice

O papel da adubação na busca por alcançar elevada produtividade na cultura do trigo

Expediente

Diretas

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Fundadores: Milton Sousa Guerra e Newton Peter

REDAÇÃO

• Vendas

Sedeli Feijó José Luis Alves

• Editor

Impacto e manejo do leiteiro nas lavouras

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Como manejar nematoides

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Racionalização e planejamento em arroz irrigado

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Nossa capa - Cultivares de milho para a safra 2014/15 22 Adubação correta na cultura do trigo

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Empresas - FiberMax com tecnologia GLT

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Coluna ANPII

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Coluna Agronegócios

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Mercado Agrícola

50

Gilvan Dutra Quevedo

Rithieli Barcelos

• Redação

Karine Gobbi Rocheli Wachholz

CIRCULAÇÃO

• Design Gráfico e Diagramação

• Coordenação

• Revisão

• Assinaturas

MARKETING E PUBLICIDADE

• Expedição

Cristiano Ceia

Simone Lopes Natália Rodrigues Clarissa Cardoso

Aline Partzsch de Almeida

• Coordenação

Edson Krause

Charles Ricardo Echer

GRÁFICA: Kunde Indústrias Gráficas Ltda. Grupo Cultivar de Publicações Ltda. CNPJ : 02783227/0001-86 Insc. Est. 093/0309480 Rua Sete de Setembro, 160, sala 702 Pelotas – RS • 96015-300 Diretor Newton Peter www.grupocultivar.com cultivar@grupocultivar.com Assinatura anual (11 edições*): R$ 204,90 (*10 edições mensais + 1 edição conjunta em Dez/Jan)

Números atrasados: R$ 22,00 Assinatura Internacional: US$ 150,00 Euros 130,00 Nossos Telefones: (53) • Geral 3028.2000 • Comercial: • Assinaturas: 3028.2065 3028.2070 3028.2066 • Redação: 3028.2067 3028.2060

Por falta de espaço não publicamos as referências bibliográficas citadas pelos autores dos artigos que integram esta edição. Os interessados podem solicitá-las à redação pelo e-mail: cultivar@grupocultivar.com Os artigos em Cultivar não representam nenhum consenso. Não esperamos que todos os leitores simpatizem ou concordem com o que encontrarem aqui. Muitos irão, fatalmente, discordar. Mas todos os colaboradores serão mantidos. Eles foram selecionados entre os melhores do país em cada área. Acreditamos que podemos fazer mais pelo entendimento dos assuntos quando expomos diferentes opiniões, para que o leitor julgue. Não aceitamos a responsabilidade por conceitos emitidos nos artigos. Aceitamos, apenas, a responsabilidade por ter dado aos autores a oportunidade de divulgar seus conhecimentos e expressar suas opiniões.




Diretas Cana

A FMC Agricultural Solutions apresentou no Agronegócios Copercana soluções tecnológicas para o manejo de cana-de-açúcar. O evento, que é voltado aos cooperados do sistema Copercana, Canaoeste e SicoobCocred, é uma vitrine de produtos e serviços para uso nas lavouras de cana-de-açúcar e grãos. “Participar dessa feira de negócios e compreender a demanda dentro do campo é essencial ao desenvolvimento do mercado da cana”, avaliouo gerente regional de vendas Cana Centro da FMC, Marcelo Gregorin.

Manejo

Orientar o produtor sobre a importância do manejo eficiente e sustentável da cana-de-açúcar para obtenção de melhor custo-benefício foi a proposta dos encontros promovidos pela Arysta LifeScience, entre os meses de abril e julho, para debater junto aos produtores e usinas os principais fatores que impactam a atividade. Foram apresentados, também, os benefícios dos produtos da marca, suas técnicas de aplicação e o monitoramento do canavial durante e após a aplicação. “O herbicida Dinamic se tornou uma ferramenta indispensável no controle de plantas daninhas, garantindo uma relação sustentável de custobenefício, segurança de uso e excelentes resultados já alcançados”, informou o gerente de Produtos e Mercado de Cana da Arysta, José Renato Gambassi. José Renato Gambassi

Tecnologia

Soja

A Embrapa Clima Temperado realizou em julho a 40ª Reunião de Pesquisa de Soja da Região Sul e o Seminário Técnico de Soja, na sede da Embrapa Clima Temperado, em Pelotas, no Sul do Rio Grande do Sul. O evento congrega, a cada dois anos, as instituições de pesquisa agronômica, de assistência técnica, de extensão rural e de economia da produção dos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, com apoio da Embrapa Soja.

Colheita Farta

A DuPont realizou evento de premiação do programa DuPont Colheita Farta na região Sul. O projeto premia anualmente, por região produtora, os sojicultores que obtêm os melhores índices de produtividade atrelados ao manejo químico preventivo da ferrugem asiática. Nesta etapa foram cerca de 70 produtores inscritos que obtiveram uma produtividade média entre 60 e 80 sacas por hectare. Os três primeiros colocados foram os produtores Matheus Pontelli, do Rio Grande do Sul, com produtividade média de 79,37 sacas/ha; Elizandro Sandri, de Santa Catarina, com a marca de 78,67 sacas/ha, e o também gaúcho Vinicius Arnold Kraemer, com o índice de 75,13 sacas/ha.

A empresa Ceres anunciou ter licenciado seu aplicativo de busca e visualização genômica Persephone para a Bayer CropScience. O contrato de licença multianual do software e colaboração oferece uma licença não exclusiva para a Bayer, bem como serviços profissionais, incluindo suporte, customizações e manutenção. “O sistema de busca e pesquisa de genoma Persephone impressionou nossos geneticistas e bioinformatas. O Persephone vai facilitar a tomada de decisões em abordagens experimentais”, afirmou o chefe do grupo Computational Life Sciences da Bayer CropScience, Jakob de Vlieg.

Milho

A Associação dos Produtores de Milho do Rio Grande do Sul (Apromilho-RS), a Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho) e a Indústria de Máquinas Agrícolas Fuchs (Imasa) promoveram, em julho, no Rio Grande do Sul, o 1º Encontro de Plantio Adensado de Soja em Resteva de Milho. “Durante o encontro demonstramos as recentes pesquisas realizadas sobre esse novo método de cultivo e esperamos trazer um incentivo ao produtor”, destacou o presiClaudio de Jesus dente da Apromilho/RS, Claudio de Jesus.

Seminário

Cerca de 200 pessoas se reuniram em Camaquã, no Rio Grande do Sul, para o 5º Seminário de Arroz Irrigado. O evento foi organizado pelo 3º Núcleo de Assistência Técnica e Extensão Rural (Nate) do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) em parceria com a Associação dos Usuários do Perímetro de Irrigação do Arroio Duro (AUD). O presidente da AUD, Almiro Bridi destacou a importância do seminário e da difusão de pesquisas e tecnologias para os produtores.

Aquisição

A Dow AgroSciences assinou um contrato vinculativo de compra do negócio de sementes da Coodetec. A transação está sujeita ao cumprimento de determinadas condições para o fechamento, incluindo a aprovação do Conselho Administro de Defesa Econômica (Cade). O acordo inclui o banco de germoplasma da Coodetec, entre outros ativos necessários para a operação de sementes de soja, milho e trigo. Com a assinatura do contrato, a Dow AgroSciences confirma a estratégia de avançar no desenvolvimento de seu programa de soja, além de fortalecer a posição da empresa no mercado de milho e entrar no mercado de sementes de trigo.

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Eduardo Mazzieri


Regional

Circuito

O Comitê Estratégico Soja Brasil (Cesb), em parceria com a Cotrijal e o Instituto Phytus, promoveu o Fórum Regional de Máxima Produtividade da Soja no dia 17 de julho, em Não-Me-Toque, no Rio Grande do Sul. No evento foram apresentados casos de sucesso dos Campeões do Desafio Nacional de Máxima Produtividade de Soja – Safra 2013/2014 e as técnicas utilizadas para alcançarem altos índices de produção. “A realização dos fóruns regionais serve para incentivar os agricultores a conhecerem e adotarem novas tecnologias e práticas para o cultivo da soja e, assim, fomentar o aumento da produtividade do grão no Brasil”, ressaltou o presidente do Orlando Martins Cesb, Orlando Martins.

Entre os meses de abril e julho deste ano, a Basf realizou o Circuito Inovação. A iniciativa teve como objetivo apresentar aos agricultores os principais defensivos lançados recentemente pela empresa e dirigidos à cultura de soja. As novidades destacadas foram o fungicida OrkestraSC, e os inseticidas Fastac Duo e Pirate, o primeiro voltado para o controle dos percevejos e o segundo destinado para combater as lagartas, inclusive Helicoverpa armigera. O evento percorreu 53 cidades nos estados do Rio Grande do Sul, Paraná, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Goiás e Piauí. “O objetivo desses encontros é demonstrar as tecnologias e como elas podem auxiliar na qualidade e produtividade da lavoura”, explicou o gerente de Marketing de Negócios Sul da Unidade de Proteção de Cultivos da Basf para o Brasil Elias Guidini.

Parceria

A John Deere e a Basf firmaram parceria para o desenvolvimento conjunto de soluções em agricultura de precisão. Desenvolvida em estreita colaboração com produtores, a ferramenta combinará a experiência da Basf em proteção de cultivos com a aplicação de informações tecnológicas da John Deere em agricultura de precisão e suporte técnico aos agricultores que buscam esse instrumento para aumentar produtividade. "À medida que incluímos a experiência do cliente e conhecimento de todo o mundo e de diferentes sistemas de produção, os produtores devem esperar alta qualidade ao longo de todo o ciclo de produção desde a semeadura até a colheita", informou o vice-presidente de Desenvolvimento de Negócios da Divisão de Proteção de Cultivos da Basf. Hans-Jürgen Lutz Hans-Jürgen Lutz.

Tecnoarroz

Elias Guidini

Insectshow

A DuPont marcou presença na Insectshow 2014. A companhia destacou seu portfólio para controle de pragas e doenças da cana-de-açúcar, além de estratégias de manejo desenvolvidas para elevar a qualidade da matéria-prima para moagem. “O portfólio da companhia para o setor sucroenergético é de grande amplitude ante as necessidades da cadeia produtiva da cana”, ressaltou o diretor de Marketing, Marcelo Okamura. Recentemente, a DuPont introduziu no setor o inseticida Altacor e o fungicida Aproach Prima.

Marcelo Okamura

Clima

Com objetivo de trocar informações sobre manejo e produtividade nas culturas de arroz e soja, revendedores se reuniram para o evento Tecnoarroz, promovido pela FMC Agricultural Solutions, entre os dias 16 e 18 de julho, em Passo Fundo, no Rio Grande do Sul. Os participantes contaram com treinamento de vendas com a Markestrat e o lançamento do nematicida Rugby 200 CS para soja, aplicado com o sistema PulverEasy. “Foram conduzidas 40 áreas de soja tratadas com o Rugby no sistema PulverEasy e o incremento médio de produtividade foi de seis sacas a mais por hectare em relação a áreas não tratadas”, destacou o gerente de Produtos para Tratamento de Sementes e Solo da FMC, Michel Nessrallah.

O fenômeno El Niño deve voltar a influenciar a safra brasileira a partir da segunda metade do inverno. O resultado é o aumento da pressão de pragas e doenças nas lavouras de soja. O cenário é preocupante na opinião Everson Zin, gerente de Marketing Estratégico Fox da Bayer CropScience, já que a safra passada sofreu alta pressão de doenças e pragas e apresentou quebra significativa nos números finais da colheita. “Nossa recomendação é que o sojicultor comece a se planejar agora, levantar o histórico de como a região se comportou diante do fenômeno em safras anteriores e contar sempre com o apoio de Everson Zin um engenheiro agrônomo”, ressaltou.

Correção

Na edição 181 de junho, da Revista Grandes Culturas, no espaço Diretas, página 5, sob o título Produtos e Serviços, a foto do coordenador de Marketing da Basf Proteção de Cultivos, César Proti, foi incorretamente identificada como do gerente do Departamento de Marketing de Cultivos Extensivos da Unidade de Proteção de Cultivos da Basf para o Brasil, Carlos Luz.

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Soja

Impacto elevado Fotos Adriano Machado

Responsável por perdas diárias de 5,2kg/ha a 6,5kg/ha de grãos de soja, o leiteiro é capaz de produzir prejuízos que comprometem seriamente o rendimento das lavouras. Associado a isso, problemas de resistência dessa planta daninha também tiram o sossego dos produtores. Escolher a estratégia correta de dessecação e integrar medidas de manejo estão entre as alternativas para reduzir as populações desta espécie

N

o Brasil, o leiteiro ou amendoim bravo (Euphorbia heterophylla) é uma das principais espécies daninhas que afetam o rendimento de plantas cultivadas. O leiteiro é uma planta de ciclo anual, com grande capacidade de produção de sementes. Na década de 70, quando a cultura da soja apenas engatinhava nas áreas brasileiras, o leiteiro era considerado uma espécie daninha secundária. A utilização por bastante tempo da associação dos herbicidas trifluralina e metribuzin, que não controlam o leiteiro, nas áreas de soja, acabou por selecioná-lo, tornando-o uma das principais espécies daninhas no Brasil, atingindo importantes espécies cultivadas. O grande impacto causado pelo leiteiro ocorre devido a várias causas, dentre as quais destacam-se aspectos biológicos da espécie, sua capacidade competitiva e a resistência de populações a herbicidas.

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Características biológicas do leiteiro

Dentre as características biológicas que dificultam o controle do leiteiro em áreas de lavoura, destacam-se o rápido desenvolvimento inicial, a emergência em fluxos, a grande produção de sementes e a capacidade de rebrota. O rápido desenvolvimento inicial é característica típica de espécies pioneiras capazes de drenar os recursos do meio para si, dificultando seu acesso às plantas cultivadas. As sementes de leiteiro são disseminadas de forma “explosiva” e, a partir do solo, a emergência ocorre em fluxos, o que torna o controle químico mais difícil, pois as aplicações em pósemergência das plantas são capazes de atingir o primeiro fluxo, mas em geral não controlam fluxos posteriores. A emergência em fluxos ocorre porque o processo é dependente principalmente da temperatura do solo e da radiação solar. Assim, alternâncias de temperatura de 25/30ºC estimulam a germinação do leiteiro

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e a germinação das sementes pode ser sensível ou insensível à radiação, dependendo da época do ano em que as sementes maturaram na planta mãe. O resultado prático disso é que podem ser necessárias grandes quantidades de palha na superfície do solo para conter a emergência do leiteiro. Por exemplo, são necessárias 23 toneladas por hectare de palha de sorgo para reduzir 50% da emergência do leiteiro, enquanto para a guanxuma e o picão-preto, por exemplo, bastam cerca de 1,5 tonelada por hectare a 2 toneladas por hectare para se obter o mesmo efeito. Isso contribui com certeza para que essa espécie encontre-se cada vez mais disseminada, mesmo em áreas com muitos anos em plantio direto com palha.

Competição do leiteiro com espécies cultivadas

O potencial competitivo do leiteiro com espécies cultivadas contribui grandemente


Michelangelo Muzell Trezzi

Figura 1 - Perda percentual de rendimento de feijão em função de diferentes densidades e épocas de emergência de E. heterophylla. DAS = dias antes da semeadura do feijão. UTFPR, Campus Pato Branco

Lavoura de soja com grande infestação de leiteiro (E. heterophylla)

para o impacto negativo dessa espécie, pois impõe perdas diárias significativas às culturas. Experimentos apontam perdas diárias de 5,2kg/ha até 6,5kg/ha de grãos de soja resultante do convívio com o leiteiro. Cerca de 32 plantas por m2 são suficientes para gerar 50% de redução do rendimento da soja. A emergência antecipada do leiteiro em relação às culturas de grãos pode incrementar o dano gerado pois a espécie daninha se adianta e se torna mais competitiva que a cultivada. Experimento conduzido pelo

grupo de pesquisa do Núcleo de Investigações em Ciência das Plantas Daninhas (Niped), na UTFPR Campus Pato Branco, com a cultura do feijão aponta que plantas de leiteiro que emergem 12 dias antes da cultura resultam em perda máxima de 63%, enquanto a emergência em conjunto com feijão resulta em perda de apenas 44% (Figura 1). Ou seja, a escolha da estratégia adequada de dessecação pode trazer resultados positivos, evitando perdas de rendimento de grãos e incrementando a receita do agricultor.

Impacto da variabilidade genética da espécie

O leiteiro é nativo das regiões tropicais e subtropicais das américas e o provável centro de origem se encontra no Paraguai e Sudoeste/ Oeste do Paraná. Portanto, nesta região essa espécie possui elevada variabilidade genética, traduzida em grande variação morfológica (formato de folhas, pilosidade no caule, ciclo etc) e também fisiológica/bioquímica (variação na absorção, translocação e metabolização de herbicidas, insensibilidade das enzimas a alguns herbicidas etc).


Tabela 1 – Casos de resistência em leiteiro confirmados no mundo, como país e ano de descoberta, culturas em que foram constatados e mecanismos de ação/herbicidas Localidade Equador Paraná - Rio Grande do Sul/Brasil Itapua/Paraguai Paraná/Brasil

Ano 1990 1993 1995 2004

Culturas em que foi constatada resistência Milho e soja Soja Soja Milho e soja

Mecanismos de ação/herbicidas Inibidores do Fotossistema II-linuron Inibidores da ALS - chlorimuron-etil, cloransulam-metil, imazamox, imazaquin e imazethapyr Inibidor da ALS - imazethapyr Resistência múltipla aos inibidores da ALS e da Protox - acifluorfen-sodium, cloransulam-metil, diclosulam, flumetsulam, flumiclorac-pentil, fomesafen, imazethapyr, lactofen, metsulfuron-metil e nicosulfuron

Fonte: Adaptado de The International Survey of Herbicide Resistant Weeds. www.weedscience.org, 2014.

Como a utilização de antigos herbicidas pode ser uma necessidade dos agricultores, é preciso conhecer o tempo de permanência das sementes nas áreas. O Niped investigou em 2013 a persistência de populações resistentes aos inibidores da ALS e ALS/Protox em áreas da região Sudoeste do Paraná, cuja resistência a herbicidas tinha sido detectada no ano de 2002. Descobriu-se que, em todas as áreas, populações resistentes aos inibidores da ALS e Protox permanecem ainda hoje, ou seja, mesmo após dez anos. Esta informação é um alerta para dificuldades que poderão ser encontradas pelos agricultores no manejo do leiteiro em áreas onde anteriormente fora constatada a resistência e se deseja aplicar novamente os herbicidas selecionadores. Com essa informação tem-se a dimensão do nível de conhecimento que os técnicos deverão ter dos talhões e das áreas de lavoura que já possuíam espécies daninhas resistentes a herbicidas ao longo do tempo, ou seja, é muito importante que detenham o histórico das áreas, situação que é agravada em casos de resistência múltipla.

Considerações finais

A existência de características biológicas

favoráveis, de elevada capacidade competitiva e de alta variabilidade genética tem aumentado o impacto do leiteiro sobre culturas de lavoura e também agravou a dificuldade para controlar essa espécie daninha. A pesquisa, assistência técnica e agricultores devem se preparar para enfrentar o problema, que apresenta grau de complexidade cada vez maior e, consequentemente, necessita de uma maior complexidade nas soluções apresentadas. É importante salientar que preceitos básicos do manejo de plantas daninhas são fundamentais para reduzir os impactos negativos desta espécie e de outras daninhas. Destacam-se a integração de métodos de manejo (preventivo, cultural, químico), com o objetivo de reduzir as populações de plantas daninhas nas áreas; a rotação de culturas e de mecanismos de ação herbicida; o controle das daninhas em estádios de desenvolvimento precoce e nos períodos em que estas plantas impactam menos sobre as culturas; não utilizar subdoses de herbicidas e o emprego de tecnologia de aplicação adeC quada, entre outros. Michelangelo Muzell Trezzi, Adriano Bresciani Machado e Elouize Xavier, Niped/UTFPR

Elouize Xavier

A conjunção de intensificação da utilização de determinados herbicidas sem a devida rotação, áreas com elevadas populações e alta variabilidade genética do leiteiro determinou a face mais nefasta desta espécie, as populações resistentes a herbicidas (Tabela 1). Os primeiros casos de leiteiro resistente no Brasil ocorreram na década de 90, ao mecanismo de ação dos inibidores da ALS (herbicidas Pivot, Scepter etc), que se generalizaram em lavouras da região Sul do Brasil. Em 2004, o grupo de pesquisa do Niped registrou casos mais preocupantes, de resistência múltipla aos inibidores da ALS e Protox (herbicidas Flex, Cobra etc), na região Sudoeste do Paraná. Esse foi o primeiro caso de uma planta daninha com resistência múltipla no Brasil. No ano de 2013, o Niped confirmou a existência de dois novos casos de leiteiro com resistência múltipla aos inibidores da ALS e da Protox, em Medianeira (Paraná) e Vilhena (Rondônia). Se com a resistência de uma população daninha a um mecanismo de ação os agricultores são impedidos de utilizar vários herbicidas do mesmo mecanismo, com a resistência múltipla os produtores perdem também outras alternativas. Em uma comparação, equivaleria a perder muitos antibióticos capazes de controlar bactérias resistentes existentes em hospitais. Mesmo populações muito distantes geograficamente apresentam características similares de resistência aos herbicidas inibidores da ALS e da Protox. Além disso, apresentam resistência a herbicidas que nunca foram anteriormente aplicados nas áreas. Já se sabe que a resistência do leiteiro aos herbicidas inibidores da ALS deve-se a uma modificação da enzima ALS, o que a torna insensível aos herbicidas e, consequentemente, a enzima continua produzindo aminoácidos essenciais à sobrevivência das plantas. Atualmente, investiga-se a causa da resistência do leiteiro aos inibidores da Protox.

Por quanto tempo populações resistentes persistem nas lavouras?

Quando surge uma população resistente, uma das primeiras consequências reside no fato de que os agricultores passam a não utilizar mais os herbicidas selecionadores das plantas daninhas resistentes. A substituição dos herbicidas por outros mais eficientes, no entanto, não significa que os propágulos do banco sejam eliminados das áreas de lavoura.

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Níveis de controle de populações de leiteiro resistentes a herbicidas inibidores da ALS após aplicação de herbicidas: A) visão geral de controle, B) controle com inibidores da Protox (fomesafen), C) com inibidores da EPSPS (glifosato), D) com inibidores da ALS (imazethapyr)

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Soja

Perigo invisível

Fotos Tatiane Zambiazi

Meloidogyne incognita, Meloidogyne javanica, Heterodera glycines, Pratylenchus brachyurus, Rotylenchulus reniformis e Helicotylenchulus spp estão entre as principais espécies de nematoides que afetam culturas agrícolas como soja, milho e algodão. De difícil visualização, esses organismos contrastam o tamanho reduzido com os prejuízos elevados que provocam. O primeiro passo para o manejo correto exige identificação precisa para posterior adoção de medidas integradas de controle

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o grupo animal chamado de filo Nematoda estão incluídos vermes grosseiramente cilíndricos, roliços, conhecidos como nematoides. Os mais familiares ao público em geral, principalmente pelas dimensões avantajadas, são as lombrigas, parasitos comuns do tubo digestivo do homem e de outros animais vertebrados. Os nematoides são animais basicamente aquáticos, embora possam ser encontrados em quase todos os tipos de ambiente, desde que haja pelo menos um filme de água para mantê-los umedecidos. Há cerca de 80 mil espécies de nematoides já descritas, mas estima-se que o número total de espécies vivas seja de aproximadamente um milhão. Em sua grande maioria são organismos microscópicos, não visíveis a olho nu, medindo de 0,2mm a 2mm de comprimento. Umas poucas formas, no geral parasitas de animais, são bem maiores, sendo medidas em centímetros ou, raramente,

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em metros. O maior nematoide conhecido é Placentonema gigantissima, com cerca de 8m de comprimento, encontrado na placenta de um mamífero cetáceo, a baleia de espermacete. Em 2007 instalou-se em Primavera do Leste (Mato Grosso), a AgroLab Sociedade de Pesquisa Agrícola, com desenvolvimento de atividades laboratoriais de nematologia, para atuação nos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. No ano agrícola safra 2007/08 houve uma demanda de 280 amostras, referentes aos meses de setembro a maio. Decorridos sete anos e com base no ano agrícola safra 2013/14, a AgroLab realizou análise em mais de dez mil amostras para nematoide. Das amostras analisadas, cerca de 60% foram provenientes de produtores, os outros 40% são de empresas de georreferenciamento terceirizadas que realizam prestação de serviço

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neste segmento, desenvolvendo mapeamento de nematoides a partir de amostras de solo físicas/químicas, identificando eventual diminuição de produção. Em Mato Grosso, as culturas mais cultivadas são soja, algodão e milho e, em menor intensidade, em regiões mais específicas, o cultivo de feijão, arroz, girassol e cana-deaçúcar.

Todas estas culturas são suscetíveis para a presença de nematoide

Os principais nematoides encontrados são: Meloidogyne incognita, Meloidogyne javanica, Heterodera glycines, Pratylenchus brachyurus, Rotylenchulus reniformis e Helicotylenchulus spp. Com base nas análises realizadas até a data de 30 de maio de 2014 foi elaborado um levantamento de frequência de amostras, conforme Tabela 1.


Tabela 1 - Frequência em porcentagem da presença de cada espécie a cada 100 amostras recebidas no Laboratório da AgroLab, em Primavera do Leste (MT). Safra 2013/14 (%) FREQUÊNCIA 2007/08 2009/10 2011/12 100 Pratylenchus 76 88 78 Meloidogyne 29 62 30 Heterodera 33 34 70 Helicothylenchus 49 65 3 Rotylenchulus 2 2

2013/14 100 79 34 86 6

Com base na região de atuação da AgroLab, é possível afirmar que existem áreas onde o cultivo de qualquer cultura se torna inviável devido ao ataque de nematoides. Na maioria das vezes estes organismos microscópicos se encontram distribuídos no solo na forma de reboleiras e misturas, ou seja, duas ou mais espécies de nematoide na mesma área. Os nematoides são considerados vermes que necessitam de água livre no solo para se movimentar, sendo-lhes favoráveis os meses chuvosos. Com a ausência ou pouca umidade, permanecem no solo por muito tempo na forma de ovos ou cisto no caso de Heterodera glycines. Em período chuvoso os danos são menos visíveis, porém, a multiplicação do nematoide é maior. Já os períodos secos favorecem para a

Controle biológico para nematoides, utilizado como teste para tratamento de sementes ou pulverização

constatação de sintomas, embora a multiplicação seja mais lenta. O problema se agrava em áreas de baixo índice de matéria orgânica, solos arenosos, com problemas de fertilidade/correção, profundidade etc. Solos férteis e bem corrigidos são menos prejudicados pela ação dos nematoides e o dano menos visível. Problema comum em quase todo o Centro-Oeste, em

razão de solos arenosos. É possível afirmar que os nematoides estão em todo o Brasil, onde for possível encontrar alimento, se instalam ou são “levados” pela ação humana, transporte ou contaminação e disseminação através da água, chuva, irrigação, vento, veículos, diversas máquinas agrícolas etc. Na verdade, qualquer partícula de solo é


capaz de transportar nematoides. Presente em uma área, se torna difícil e até impossível eliminar a incidência por completo. As práticas de controle são baseadas em estratégias de convivência com os nematoides. O que fazer depois de identificado esse “inimigo invisível”? Identificados o problema, a espécie de nematoide e as populações, o importante é saber o que se deve fazer para controlar, pois qualquer relapso somente contribuirá com o aumento populacional, inviabilizando o cultivo agrícola na área afetada. Para o controle, é necessário identificar a espécie presente na área, pois para cada espécie existem alternativas diferentes. A espécie mais comum e provavelmente disseminada em todo o território brasileiro é o nematoide das lesões radiculares (Pratylenchus brachyurus). Este nematoide se alimenta de quase todas as culturas, o que o torna forte e de difícil controle. As principais medidas de controle são: uso de cultivares resistentes, manejo de solo adequado, plantio de culturas que diminuem o número populacional, produtos biológicos e produtos químicos. O importante é realizar o maior número possível de controle simultâneo, pois uma prática isolada pode ser inviável.

Uso de cobertura vegetal

A cobertura vegetal induz a um maior armazenamento de água e melhoria dos atributos físicos, químicos e biológicos do solo. A cultura, por sua vez, se beneficiaria com o aumento da atividade biológica do solo, graças à matéria orgânica produzida pela cobertura vegetal, que também assegura condições térmicas mais adequadas. Além disso, a luz solar direta, devido à radiação ultravioleta, tem um efeito negativo sobre os microrganismos que controlam os nematoides. Portanto, a cobertura do solo vai propiciar as condições favoráveis para o desenvolvimento da microflora do solo. É possível citar várias práticas de sucesso, como o plantio de Crotalarias, os consórcios, o plantio de milhetos resistentes como ADR 300 ou ADR 8010, dentre outras coberturas.

ou, ainda, produzindo substâncias tóxicas prejudiciais à praga. A inserção controlada destes microrganismos através de formulações comerciais é uma ótima forma de controle dos nematoides. É possível denominar este método de controle biológico, já que é outro organismo vivo quem vai controlar a doença. Entre os microrganismos com efeito nematicida comprovado estão Paecilomyces lilacinus, Trichoderma harzianu, Arthrobotrys oligospora, Arthrobotrys musiformis, assim como algumas rizobactérias.

Uso de cultivares resistentes

É um dos métodos mais atraentes, pois além de não implicar em custos adicionais, não provoca impactos ambientais porque, mesmo em áreas já infestadas, dispensa o uso de produtos químicos. Vale lembrar que ainda não há no mercado espécies resistentes aos principais tipos de nematoides, principalmente a Pratylenchus. Atualmente, as empresas de pesquisa estão muito engajadas em testar materiais e “descobrir” uma fonte de resistência a este nematoide.

Rotação de culturas

A falta de rotação de culturas é uma das principais razões para os nematoides terem avançado tanto nas lavouras. A prática é um dos melhores e mais utilizados métodos de controle dos fitonematoides, uma vez que é de baixo custo e não oferece risco de toxidez ao homem e ao ambiente, além de melhorar as condições físicas, químicas e biológicas do solo, tornando-o mais produtivo. A escolha da cultura para rotação depen-

derá dos resultados da análise nematológica, pois uma planta pode não ser hospedeira de certo nematoide, mas ser de outro, aumentando a biodiversidade. O solo sadio está repleto de todo tipo de vida, desde bactérias e fungos microscópicos até criaturas mais visíveis como minhocas, besouros, lesmas e outros insetos. Muitas destas criaturas são responsáveis pela reciclagem da matéria orgânica e sua decomposição, de modo que os nutrientes que ela contém ficam novamente disponíveis para as plantas. As atividades dos microrganismos também ajudam a construir a estrutura do solo.

Controle químico

Há pouco tempo, os químicos eram considerados vilões da história, sempre muito tóxicos e com alguns efeitos colaterais indesejáveis. Atualmente, esta visão está mudando, os químicos estão cada vez menos tóxicos principalmente ao homem e mais eficientes. Existem alguns produtos químicos extremamente eficientes para diminuição das populações de nematoides, alguns em tratamento de sementes e outros ainda aplicados em sulco ou em pulverização terrestre. O que importa é que todos os segmentos de controle estão evoluindo, a maioria das empresas nacionais e multinacionais tem pesquisas fortes nessa área de nematologia. Provavelmente em breve haverá muitas opções de controle! Por derradeiro, é importante que o produtor não feche os olhos para este “inimigo invisível”, tome providências quanto ao controle, de modo a não inviabilizar a sua C produção agrícola. Tatiane Zambiazi, AgroLab

Controle biológico

O manejo biológico objetiva criar condições desfavoráveis para o desenvolvimento desses patógenos, aumentando a biodiversidade e melhorando a estrutura do solo. Assim, embora os nematoides estejam presentes a sua população está sob controle e os prejuízos causados à planta são mínimos. Mais de 200 diferentes organismos são considerados inimigos naturais dos fitonematoides. Estes microrganismos nematófagos são encontrados normalmente no solo, parasitando ovos ou cistos, predando juvenis e adultos

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Experimento de Crotalaria conduzido no campo da AgroLab no MT para controle de nematoides

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Divulgação

Arroz

Decisão racional

Na compra de defensivos agrícolas para aplicação em arroz irrigado aspectos como cumprimento do prazo de entrega e tradição da revenda têm peso importante na tomada de decisão. Conhecer e mapear esse comportamento pode ser relevante na construção de um modelo de negócios, por parte dos produtores de agroquímicos, que gere e entregue valor ao mercado consumidor

O

entendimento da dinâmica das transformações do setor de defensivos agrícolas, especialmente as novas exigências que os produtores sinalizam às indústrias e, por sua vez, as possíveis estratégias de sobrevivência para as propriedades rurais afetadas que possuem a necessidade de se manterem competitivas frente à pressão ocasionada por custos cada vez maiores, é fundamental para o entendimento do comportamento regional da cultura. O uso de defensivos é responsável importante por essa pressão, tendo consumido 7,9% do valor bruto da produção agrícola no Brasil na safra 2012/2013. A exemplo disso pode-se citar o cultivo do arroz irrigado, cujo custo com o controle de insetos, plantas invasoras e doenças pode representar valores superiores a 8% do custo total de produção, segundo dados do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga). Somando-se a esse fator, o agricultor situa-se entre consumidores cada vez mais

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exigentes quanto à produção de alimento seguro e à proteção do ambiente e da indústria que desenvolve estratégias e tecnologias, de modo a aumentar suas vendas e, por consequência, seu faturamento, sendo que no período entre 2012/2013 o aumento no consumo de agroquímicos foi de 14,4% em relação à safra anterior. Além da importância do volume de recursos financeiros representado pelo uso de defensivos, é fundamental seu controle dentro de uma matriz de custos da propriedade. A identificação das tecnologias de gestão é parte primordial dos conhecimentos e técnicas que uma empresa rural, obrigatoriamente, deve dominar para obter sucesso no seu negócio, principalmente como ferramenta fundamental para a tomada de decisão e definição das estratégias competitivas da atividade produtiva. No entanto, a anotação de dados e seu uso no gerenciamento da propriedade não são práticas usuais. Dentro desse contexto, estudos que

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mensurem os processos de tomada de decisão do mercado consumidor passaram a ser fundamentais para o estabelecimento de estratégias competitivas. Assim, dentre as definições de competitividade, a que melhor se aplica é a capacidade sustentável de sobreviver e, de preferência, crescer nos mercados concorrentes ou em novos mercados, através de um sistema de informações capaz de suprir as necessidades gerenciais derivadas do planejamento de longo prazo. A estratégia competitiva é fundamental para o sucesso dos empreendimentos. O sucesso do empreendimento se dá em função de sua capacidade de lidar com as mudanças e estabelecer suas estratégias de ação de longo prazo, podendo ser genéricas ou de diferenciação. Desta forma, para competir dentro dos avanços tecnológicos do setor, mostra-se necessário o uso de ferramentas que auxiliem no apoio à decisão, no sentido de facilitar a inferência racional do processo de tomada de


decisão pelo consumidor. Neste sentido, o processo de tomada de decisão pelo consumidor individual é constituído pelo reconhecimento do problema, busca de informações, avaliação de alternativas, compra e experiência pós-compra. Trabalho realizado na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) buscou caracterizar o processo de decisão de compra e do uso de defensivos agrícolas por parte dos produtores de arroz irrigado. Através de instrumentos de pesquisa foram caracterizados os arrozeiros, processo de tomada de decisão de compra e preferências, buscando mostrar assim resultados que possam ser usados para apoiar a decisão dos arrozeiros e para direcionar as estratégias empresariais do setor. As etapas desenvolvidas neste trabalho se constituíram em elaboração do instrumento de coleta (IC), validação do IC, adequação e aplicação do IC e análise dos dados, considerando a aplicação de um questionário estruturado de forma induzida, sendo cada pergunta feita de forma individual. A fonte para coleta de dados foi o conjunto de gestores das lavouras de arroz irrigado que constituíram o objeto de estudo. Trata-se de um estudo de múltiplos casos exploratório, em 15 propriedades, com uma unidade de análise, a

Figura 1 - Média das notas atribuídas por produtores de arroz irrigado, da região da Depressão Central, quanto ao grau de importância de fatores relacionados à compra e uso de defensivos agrícolas. Santa Maria, 2012/2013

produção de arroz irrigado. Assim, optou-se pelo modelo de questionário estruturado com 40 questões, de modo a verificar os principais pontos relacionados à gestão da lavoura que impactavam na tomada de decisão da aquisição de defensivos agrícolas, bem como de sua viabilidade técnica e econômica. Para a realização do trabalho foram coletados dados relacionados à gestão da propriedade e posicionamento frente aos

fornecedores de defensivos agrícolas, correspondentes às atividades realizadas no ano agrícola 2012/2013 e relativos à unidade de produção. Essa coleta de dados ocorreu nos municípios de Caçapava do Sul e São Sepé, na região da Depressão Central, no Rio Grande do Sul. Foi aplicado aos produtores de arroz irrigado um questionário com a seguinte pergunta: Qual é o grau de importância que


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Fotos Divulgação

atribui a cada um dos critérios abaixo? Para responder cada uma das questões, os arrozeiros tinham cinco opções numa escala tipo Lickert: desde “nunca” (1); “raramente” (2); “algumas vezes” (3); “frequentemente” (4); até “sempre” (5). O detalhamento do questionário está em arquivo e pode ser remetido via correio eletrônico para todos aqueles que solicitarem. A avaliação qualitativa dos resultados obtidos considerou a análise conjunta dos dados oriundos da aplicação de cada pergunta individualmente. O processo de compra começa quando o comprador reconhece um problema ou uma necessidade. É importante identificar as circunstâncias que desencadeiam uma necessidade. Através da coleta de informações junto a vários consumidores é possível reconhecer os estímulos mais frequentes que suscitam interesse em uma categoria de produtos. Neste sentido, das 40 questões expostas aos produtores de arroz irrigado, sobre os principais critérios levados em consideração no momento da compra e uso de defensivos agrícolas, apresentam-se os nove aspectos presentes na Figura 1, discutidos a seguir. Entre os fatores relacionados à gestão da propriedade observa-se que a aquisição de inseticidas, herbicidas e fungicidas baseados em uma matriz de custos existente na propriedade obteve nota média de 3,5, indicando que entre “algumas vezes” e “frequentemente” os arrozeiros compram os defensivos levando em consideração a matriz de custos da propriedade. Contudo, a alternativa mais relacionada pelos produtores estudados na compra de agroquímicos foi de “sempre” a realizarem baseado em uma matriz de custos, escolhida por 33% dos arrozeiros. Estes resultados mostram uma apreciação dos preços dos insumos, quando medidos pela relação de troca insumo/produto, o que viria a exigir um maior controle de custos por parte do arrozeiro. Quanto ao fator assistência técnica e orientação na compra e no uso de defensivos ressalta-se que, embora, em média os produtores possuam preferência na utilização de uma consultoria agronômica, por eles contratada, em relação àquelas fornecidas pelo fabricante e/ou revenda, 33% dos produtores destacaram sempre se utilizar da assistência técnica fornecida pelo fabricante ou revenda. Analisando-se o uso de defensivos, considerando-se a nota média, verifica-se que os produtores declararam realizar o controle dos agentes etiológicos, entre “frequentemente” e “sempre”, baseados nos levantamentos dos níveis de infestações na lavoura. Contudo, mais de 50% dos produtores afirmaram “algumas vezes” realizarem controles sem o

Custo com o controle de pragas, doenças e daninhas pode superar 8% do total gasto na produção de arroz irrigado

levantamento da ocorrência de infestações. Tal fato ocorre para diminuir o número de operações necessárias. Esse fato pode sinalizar que falta, por parte dos produtores, uma clara percepção da real necessidade da utilização dos defensivos e do planejamento e uso eficiente. O fato de não estar bem definida essa necessidade, implica na falta de bons critérios técnicos de avaliação e uma oportunidade a ser explorada. Assim, este aspecto sinaliza para a pesquisa que é preciso que se realize um maior número de trabalhos sobre níveis de infestação dos agentes etiológicos que infestam as culturas. Ou, ainda, sobre níveis de infestação quando ocorre mais de um organismo nocivo ao mesmo tempo na lavoura. Dentre os aspectos comerciais os arrozeiros consideraram como mais importante o cumprimento do prazo de entrega, por parte da revenda, sendo que 87% dos produtores que compõem a amostra declaram “sempre” considerar este fator no momento da aquisição de defensivos. Este fato está relacionado

Silva destaca importância de modelo de negócios que entregue valor aos consumidores

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à possibilidade efetiva da diminuição de custos e de trabalho decorrente da eficiência dos fornecedores ao longo da cadeia de suprimentos, tendo em vista que a liderança total em custos pode ser uma vantagem competitiva da empresa agrícola. Já os fatores tradição da revenda e fornecimento de outros produtos tiveram, na média, comportamento semelhante, porém, a tradição da revenda foi considerada mais importante, pois um maior número de produtores “sempre” leva este fato em consideração no momento da compra dos defensivos. Para os produtores de arroz irrigado, componentes do estudo, dentre os aspectos levados em consideração no momento da compra e do uso de defensivos agrícolas apareceram como “frequentemente” e “sempre” o prazo de entrega dos produtos adquiridos e a realização de controle dos agentes etiológicos conforme sua ocorrência. Os fatores fornecimento de outros produtos por parte da revenda, tradição da revenda, assistência técnica por parte da revenda ou do fabricante, recomendação de agrônomos independentes e a aquisição de defensivos conforme uma matriz de custos da propriedade foram considerados entre “algumas vezes” e “frequentemente” pelos produtores. Tais informações são relevantes na construção de um modelo de negócios, por parte dos produtores de defensivos agrícolas, que gere e entregue valor ao mercado C consumidor. Silon Junior Procath da Silva, Frank Leonardo Casado, Maicon Roberto R. Machado e Ivan Francisco Dressler da Costa, UFSM



Nossa capa

Oferta dinâmica

Um total de 478 cultivares de milho se encontra disponível no mercado de sementes do Brasil para a safra 2014/15. Leque de novos materiais à disposição dos produtores recebeu acréscimo de 97 cultivares enquanto outras 86 deixaram de ser comercializadas Cultivar

1 e 2 são mais adequadas para cultivares de milho para a produção de grãos e de silagem. Para as cultivares de milho de uso especial, como canjica, pipoca, doce e para a indústria de amido, o agricultor deverá verificar outras características importantes, de acordo com as exigências do consumidor ou da indústria processadora.

Cultivares transgênicas

A

semente é o principal insumo de uma lavoura e sua escolha correta deve merecer toda atenção do produtor que deseja ser bem-sucedido em seu empreendimento. Aspectos relacionados às características da cultivar tais como potencial produtivo, estabilidade, resistência a doenças e adequação ao sistema de produção em uso e às condições edafoclimáticas deverão ser levados em consideração para que a lavoura se torne mais competitiva. A escolha deve atender às necessidades específicas, pois não existe uma cultivar superior que consiga atender a todas as situações regionais. Como não existe uma cultivar superior, mesmo para um local definido, é interessante a utilização de um conjunto de cultivares, de forma a maximizar a possibilidade de sucesso. De acordo com dados obtidos diretamente das empresas produtoras de sementes de milho, na safra 2014/15 estão sendo oferecidas 478 cultivares de milho (11 a mais do que na safra anterior), sendo 292 cultivares transgênicas e 186 cultivares convencionais. A dinâmica de renovação das cultivares foi mantida, sendo que 97 novas cultivares (76 transgênicas e 21 convencionais) foram acrescentadas e 86 (37 transgênicas e 49 convencionais) deixaram de ser comercializadas. Dentre as cultivares acrescentadas ao mercado, 37 apresentam de fato genética nova, sendo 25 híbridos simples, três híbridos simples modificados, sete híbridos triplos e dois híbridos duplos. Uma cultivar pode ser comercializada tanto na forma convencional como, também, com várias versões transgênicas. Por outro lado,

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existem cultivares comercializadas apenas com algum evento transgênico (não apresentando a versão convencional). Desta forma, dentre as 478 opções de mercado, 320 são de fato materiais genéticos diferentes e os demais 158 são variações de eventos transgênicos. Destes 320 materiais, 186 cultivares são comercializadas na versão convencional, que podem ainda ser também comercializadas com algum evento transgênico. Outras 134 cultivares são comercializados apenas nasversões transgênicas, não possuindo opções convencionais. Analisando apenas estas 320 cultivares (genéticas diferentes), verifica-se um predomínio de híbridos simples, modificados ou não (59,06%). Os híbridos triplos, modificados ou não (18,75%), híbridos duplos (11,25%) e as variedades, híbridos intervarietais e “Top Cross” (10,94%) completam as opções de mercado. As cultivares precoces são dominantes (66,25%), seguidas pelos hiper e superprecoces (24,37%). Os semiprecoces e normais representam apenas 9,38% das opções de mercado. Dentre as cultivares superprecoces e as precoces, há um predomínio de híbridos simples e triplos (88,46% e 79,71%, respectivamente). Por outro lado, dentre as cultivares semiprecoces ou de ciclo normal há um predomínio dos híbridos duplos e variedades (63,34%) comparado com os híbridos simples (26,66%) e híbridos triplos (10%). Além de cultivares direcionadas para a produção de grãos, há indicação de cultivares para produção de silagem de planta inteira, silagem de grãos úmidos e produção de milho verde. As características descritas nas Tabelas

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Dentre as cultivares transgênicas, há uma predominância de híbridos simples (82,87%). Até a safra 2012/13 as cultivares transgênicas eram todas híbridos simples ou triplos. Atualmente, também estão sendo comercializados quatro híbridos duplos transgênicos, o que aumenta o leque de escolha para agricultores com menor capacidade de investimento. Estão sendo oferecidos no mercado para a safra 2014/15, 292 cultivares de milho resistente a insetos da ordem lepidópterae/ou com resistência a herbicidas. São 75 cultivares com a marca VT PRO (milho geneticamente modificado resistente a insetos da ordem lepidóptera (MON89034)). As cultivares apresentam a terminação PRO. Outras 58 cultivares carregam a marca Herculex I (milho geneticamente modificado resistente a insetos da ordem lepidóptera (TC 1507: Bt Cry1F 1507)). As cultivares apresentam as terminações H, HX ou Hx. Há 20 cultivares com a marca YieldGard (milho geneticamente modificado resistente a insetos da ordem lepidóptera (MON810: milho Guardian)). As cultivares apresentam as terminações Y, YG, TP ou Bt. Outras sete cultivares têm a marca Agrisure TL (milho geneticamente modificado resistente a insetos da ordem lepidóptera (Bt11)). As cultivares apresentam a terminação TL. Existem, ainda, sete cultivares com a marca TL Viptera. (milho geneticamente modificado resistente a insetos da ordem lepidóptera (MIR162)): as cultivares apresentam a terminação Viptera. Estão no mercado dois eventos transgênicos que conferem resistência ao herbicida glifosato aplicado em pós-emergência: o NK603, marca Roundup Ready, e o GA 21–TG. Além disto, existe a tecnologia Liberty Link de tolerância a herbicidas formulados com glufosinato de amônio presente nos milhos Herculex I.


O evento GA 21–TG só é comercializado estaqueado com outro evento:eExistem quatro cultivares com os eventos Bt11, MIR162 e GA21 (milho geneticamente modificado resistente a insetos da ordem lepidóptera e tolerante ao herbicida glifosato) Milho Bt11 x MIR162 x GA21. As cultivares apresentam a terminação Viptera 3. Existem 20 cultivares que apresentam resistência ao herbicida glifosato aplicado em pós-emergência: o NK603, marca Roundup Ready (NK603: milho geneticamente modificado tolerante ao herbicida glifosato (milho Roundup Ready 2)). As cultivares apresentam as terminações R ou RR2. Na safra 2012/13 havia 38 cultivares transgênicas para, simultaneamente, o controle de lagartas e com resistência aos herbicida glifosato e ou glufosinato de amônio aplicados em pós-emergência do milho. Este número passou para 65 na safra 2013/14 e na safra atual (2014/15) são 101: São 33 cultivares com a tecnologia Powercore (PW) marcas VT PRO, Herculex I e Roundup Ready (milho geneticamente modificado resistente a insetos da ordem lepidóptera e tolerante aos herbicidas glifosato e glufosinato de amônio (milho MON89034 x TC1507 x NK603)). As cultivares apresentam

as terminações Prox ou PW. Há 38 cultivares com as marcas VT PRO e Roundup Ready (milho geneticamente modificado resistente a insetos da ordem lepidóptera e tolerante ao herbicida glifosato (milho MON89034 x NK603)). As cultivares apresentam a terminação PRO2. Existem sete cultivares do milho com a tecnologia VT PRO 3 que combina características de resistência a pragas aéreas e de raiz, além de ser tolerante ao herbicida glifosato (milho geneticamente modificado resistente a insetos da ordem lepidóptera e tolerante ao herbicida glifosato (milho MON89034 x MON88017)). As cultivares apresentam a terminação PRO3. Outras 13 cultivares carregam as marcas Herculex I e Roundup Ready (milho geneticamente modificado resistente a insetos da ordem lepidóptera e tolerante ao herbicida glifosato (milho TC1507 x NK603)). As cultivares apresentam as terminações HR, HXRR2 Um total de oito cultivares têm a marca Optimum Intrasect (Herculex I estaqueado com o YieldGard) - (milho geneticamente modificado resistente a insetos da ordem lepidóptera e tolerante ao herbicida glufosinato de amônio (milho TC1507 x MON 810)). As

cultivares apresentam a terminação YH Duas cultivares levam as marcas Herculex I, YieldGard e Roundup Ready (milho geneticamente modificado resistente a insetos da ordem lepidóptera e tolerante aos herbicidas glufosinato de amônio e glifosato (milho TC1507 x MON810 x NK603)). As cultivares apresentam a terminação YHR. As cultivares, convencionais ou transgênicas, que estão no comércio para safra 2014/15 com suas principais características e recomendações estão listadas na Tabela 1. Também é muito importante o conhecimento do comportamento das cultivares com relação às doenças. Na Tabela 2 são apresentadas informações sobre o comportamento das cultivares com relação às principais doenças, tais como fusariose, ferrugem-comum, Puccinia sorghi, ferrugem-branca, Physopellazea, ferrugempolisora, Puccinea polysora, mancha-branca (etiologia indefinida), helmintosporiose, Helminthosporium turcicum, Helminthosporium maydis, enfezamento, cercosporiose e doenças do colmo e dos grãos. C José Carlos Cruz e Israel Alexandre Pereira Filho, Embrapa Milho e Sorgo Eduardo de Paula Simão, Fapemig/UFSJ


Tabela 1 - Características agronômicas das cultivares de milho disponíveis no mercado na safra 2014/15 Cod. cultivar 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Cultivar AG 1051 AG 4051 PRO AG 5011 AG 5011 YG AG 5055 PRO AG 7000 PRO2 AG 7088 AG 7088 RR2 AG 7088 PRO AG 7088 PRO2 AG 7088 PROX AG 7098 PRO AG 7098 PROX AG 7098 RR2 AG 7098 PRO2 AG 8011 PRO AG 8021 PRO AG 8025 AG 8025 RR2 AG 8025 PRO AG 8025 PRO2 AG 8041 PRO AG 8061 PRO AG 8061 RR2 AG 8061 AG 8061 PRO2 AG 8088 PRO AG 8088 PRO2 AG 8088 PROX AG 8500 PRO AG 8500 PRO2 AG 8500 RR2 AG 8544 PRO AG 8544 PRO2 AG 8544 PROX AG 8580 PRO AG 8580 PROX AG 8676 PRO AG 8676 PRO2 AG 8677 PRO2 AG 8690 PRO3 AG 8780 PRO AG 8780 PRO3 AG 9010 AG 9010 PRO AG 9030 PRO AG 9030 PRO2 AG 9030 AG 9030 RR2 AG 9040 AG 9040 YG AG 9045 AG 9045 RR2 AG 9045 PRO AG 9045 PRO2 AG 9045 PRO3 AG 9080 PRO AG 9080 PRO2 AG 9080 DKB 175 PRO DKB 175 PRO2 DKB 177 DKB 177 PRO DKB177 PRO2 DKB177 PROX DKB177 RR2 DKB 185 PRO DKB 240 PRO DKB 240 PRO2

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Transgênica/ Tipo de Tipo convencional transgênica convencional HD transgênica PRO HT convencional HT transgênica YG HT transgênica PRO HT transgênica PRO2 HS convencional HS transgênica RR2 HS transgênica PRO HS transgênica PRO2 HS transgênica PROX HS transgênica PRO HS transgênica PROX HS transgênica RR2 HS transgênica PRO2 HS transgênica PRO HT transgênica PRO HS convencional HS transgênica RR2 HS transgênica PRO HS transgênica PRO2 HS transgênica PRO HS transgênica PRO HS transgênica RR2 HS convencional HS transgênica PRO2 HS transgênica PRO HS transgênica PRO2 HS transgênica PROX HS transgênica PRO HS transgênica PRO2 HS transgênica RR2 HS transgênica PRO HS transgênica PRO2 HS transgênica PROX HS transgênica PRO HS transgênica PROX HS transgênica PRO HS transgênica PRO2 HS transgênica PRO2 HS transgênica PRO3 HS transgênica PRO HS transgênica PRO3 HS convencional HS transgênica PRO HS transgênica PRO HS transgênica PRO2 HS convencional HS transgênica RR2 HS convencional HS transgênica YG HS convencional HS transgênica RR2 HS transgênica RR2 HS transgênica PRO2 HS transgênica PRO3 HS transgênica PRO HS transgênica PRO2 HS convencional HS convencional PRO HS transgênica PRO2 HS convencional HS transgênica PRO HS transgênica PRO2 HS transgênica PROX HS transgênica RR2 HS transgênica PRO HS transgênica PRO HS transgênica PRO2 HS

Ciclo Graus Dias /dias SMP 950 SMP 960 P 870 P 870 P 860 P 890 P 880 P 880 P 880 P 880 P 880 P 880 P 880 P 880 P 880 P 820 P 845 P 835 P 835 P 835 P 835 P 835 P 845 P 845 P 845 P 845 P 870 P 870 P 870 P 860 P 860 P 860 P 845 P 845 P 845 P 880 P 880 P 904 P 904 P 845 P 834 P 820 P 820 SP 770 SP 770 SP 795 SP 795 SP 795 SP 795 SP 790 SP 790 SP 780 SP 780 SP 780 SP 780 SP 780 SP 790 SP 790 SP 790 P 852 P 852 P 860 P 860 P 860 P 860 P 860 SMP 920 P 830 P 830

Época de Uso Cor do Densidade Textura Resistência Altura Altura Nível Plantio grão (Plantas/ha) do grão Acamamento Espiga (m) Planta (m) Tecnologia C/N/T/S G/SPI/MV AM 45-50 DENTADO A 1,60 2,60 M/A C/N/T/S G/SPI/MV AM 45-50 DENTADO A 1,40 2,50 M/A C/N/S G/SPI AM 50-55 DENTADO A 1,30 2,30 A C/N/S G/SPI AM 50-55 DENTADO A 1,30 2,30 A C/N/S GRÃOS AL 50-60 SMDURO A 1,25 2,30 A C/N/S GRÃOS AL 55-60 SMDURO A 1,15 2,10 A C/N/S GRÃOS AL 55-65 SMDURO A 1,30 2,30 A C/N/S GRÃOS AL 55-65 SMDURO A 1,30 2,30 A C/N/S GRÃOS AL 55-65 SMDURO A 1,30 2,30 A C/N/S GRÃOS AL 55-65 SMDURO A 1,30 2,30 A C/N/S GRÃOS AL 55-65 SMDURO A 1,30 2,30 A C/N/S GRÃOS AM/AL 60-65 SMDENT A 1,30 2,30 A C/N/S GRÃOS AM/AL 60-65 SMDENT A 1,30 2,30 A C/N/S GRÃOS AM/AL 60-65 SMDENT A 1,30 2,30 A C/N/S GRÃOS AM/AL 60-65 SMDENT A 1,30 2,30 A C/N GRÃOS AM 60-75 DENTADO A 1,20 2,25 A C/N GRÃOS AM/AL 50-60 SMDENT M 1,30 2,30 A C/N GRÃOS AM 65-75 DENTADO A 1,30 2,30 A C/N GRÃOS AM 65-75 DENTADO A 1,30 2,30 A C/N GRÃOS AM 65-75 DENTADO A 1,30 2,30 A C/N GRÃOS AM 65-75 DENTADO A 1,30 2,30 A C/N/S GRÃOS AM/AL 65-75 SMDURO M 1,30 2,30 A C/N/S GRÃOS AL 60-70 SMDENT A 1,24 2,65 A C/N/S GRÃOS AL 60-70 SMDENT A 1,24 2,65 A C/N/S GRÃOS AL 60-70 SMDENT A 1,24 2,65 A C/N/S GRÃOS AL 60-70 SMDENT A 1,24 2,65 A C/N/S GRÃOS AL 55-60 DURO M 1,20 2,30 A C/N/S GRÃOS AL 55-60 DURO M 1,20 2,30 A C/N/S GRÃOS AL 55-60 DURO M 1,20 2,30 A C/N/S GRÃOS AL 50-60 SMDENT M 1,20 2,30 A C/N/S GRÃOS AL 50-60 SMDENT M 1,20 2,30 A C/N/S GRÃOS AL 50-60 SMDENT M 1,20 2,30 A S GRÃOS AM/AL 50-55 SMDENT M 1,20 2,15 A S GRÃOS AM/AL 50-55 SMDENT M 1,20 2,15 A S GRÃOS AM/AL 50-55 SMDENT M 1,20 2,15 A S GRÃOS AL 65-75 SMDENT A 1,3 2,30 A S GRÃOS AL 65-75 SMDENT A 1,3 2,30 A C/N GRÃOS AL 65-75 DENTADO A 1,3 2,30 A C/N GRÃOS AL 65-75 DENTADO A 1,3 2,30 A C/N GRÃOS AM/AL 65-75 SMDENT A 1,3 2,30 A C/N GRÃOS AM/AL 65-75 SMDENT A 1,2 2,20 A C/N GRÃOS AM/AL 65-75 SMDENT A 1,2 2,20 A C/N GRÃOS AM/AL 65-75 SMDENT A 1,2 2,20 A C/N/S GRÃOS AL 65-75 DURO A 1,00 2,00 A C/N/S GRÃOS AL 65-75 DURO A 1,00 2,00 A C/N/S GRÃOS AL 65-75 SMDURO A 1,05 2,00 A C/N/S GRÃOS AL 65-75 SMDURO A 1,05 2,00 A C/N/S GRÃOS AL 65-75 SMDURO A 1,05 2,00 A C/N/S GRÃOS AL 65-75 SMDURO A 1,05 2,00 A N/S GRÃOS AL 65-75 DURO A 1,05 2,10 A N/S GRÃOS AL 65-75 DURO A 1,05 2,10 A C/N GRÃOS AM/AL 65-70 SMDENT A 1,20 2,20 A C/N GRÃOS AM/AL 65-70 SMDENT A 1,20 2,20 A C/N GRÃOS AM/AL 65-70 SMDENT A 1,20 2,20 A C/N GRÃOS AM/AL 65-70 SMDENT A 1,20 2,20 A C/N GRÃOS AM/AL 65-70 SMDENT A 1,20 2,20 A N/S GRÃOS AL 65-75 SMDENT A 1,05 2,10 A N/S GRÃOS AL 65-75 SMDENT A 1,05 2,10 A N/S GRÃOS AL 65-75 SMDENT A 1,05 2,10 A C/N/S GRÃOS AM/AL 65-75 SMDURO A 1,15 2,20 A C/N/S GRÃOS AM/AL 65-75 SMDURO A 1,15 2,20 A C/N/S GRÃOS AM/AL 55-65 SMDURO A 1,30 2,30 A C/N/S GRÃOS AM/AL 55-65 SMDURO A 1,30 2,30 A C/N/S GRÃOS AM/AL 55-65 SMDURO A 1,30 2,30 A C/N/S GRÃOS AM/AL 55-65 SMDURO A 1,30 2,30 A C/N/S GRÃOS AM/AL 55-65 SMDURO A 1,30 2,30 A C/N GRÃOS AM/AL 65-75 SMDURO A 1,20 2,30 A C/N G/SGU AM 70-80 DENTADO A 1,20 2,25 A C/N G/SGU AM 70-80 DENTADO A 1,20 2,25 A

Agosto 2014 • www.revistacultivar.com.br

Região de adaptação SUL,CO, SE, NE, RO SUL,CO, SE, NE, RO SUL e SP SUL e SP SUL,CO, SE, NE, RO SUL,CO, SE, NE, RO SUL,CO, SE, NE, RO SUL,CO, SE, NE, RO SUL,CO, SE, NE, RO SUL,CO, SE, NE, RO SUL,CO, SE, NE, RO CO, SE, NE e PR, RO,TO CO, SE, NE e PR, RO,TO CO, SE, NE e PR, RO,TO CO, SE, NE e PR, RO,TO SUL e MG,SP SUL e MS,DF,GO,MG,SP SUL e MS,DF,GO,MG,SP SUL e MS,DF,GO,MG,SP SUL e MS,DF,GO,MG,SP SUL e MS,DF,GO,MG,SP SUL e MS,DF,GO,MG,SP SUL,CO, SE, NE, RO SUL,CO, SE, NE, RO SUL,CO, SE, NE, RO SUL,CO, SE, NE, RO SUL,CO, SE, NE, RO SUL,CO, SE, NE, RO SUL,CO, SE, NE, RO SUL,CO, SE, NE, RO SUL,CO, SE, NE, RO SUL,CO, SE, NE, RO CO, SE, NE e PR, RO,TO CO, SE, NE e PR, RO,TO CO, SE, NE e PR, RO,TO SUL, CO, SE, NE e RO e TO SUL, CO, SE, NE e RO e TO SUL, CO, SE, NE e RO e TO SUL, CO, SE, NE e RO e TO SUL,CO, SE, NE, RO SUL e MS,DF,GO,MG,SP SUL e MS,DF,GO,MG,SP SUL e MS,DF,GO,MG,SP SUL,CO, SE, NE, RO SUL,CO, SE, NE, RO SUL, CO, SE, NE e RO e TO SUL, CO, SE, NE e RO e TO SUL, CO, SE, NE e RO e TO SUL, CO, SE, NE e RO e TO SUL,CO, SE, NE, RO SUL,CO, SE, NE, RO SUL e MS,DF,GO,MG,SP SUL e MS,DF,GO,MG,SP SUL e MS,DF,GO,MG,SP SUL e MS,DF,GO,MG,SP SUL e MS,DF,GO,MG,SP SUL,CO, SE, NE, RO SUL,CO, SE, NE, RO SUL,CO, SE, NE, RO SUL,CO, SE, NE, RO SUL,CO, SE, NE, RO SUL,CO, SE, NE, RO, AC SUL,CO, SE, NE, RO, AC SUL,CO, SE, NE, RO, AC SUL,CO, SE, NE, RO, AC SUL,CO, SE, NE, RO, AC CO, SE, NE, RO SUL e MS,SP SUL e MS,SP

Empresa Sementes Agroceres Sementes Agroceres Sementes Agroceres Sementes Agroceres Sementes Agroceres Sementes Agroceres Sementes Agroceres Sementes Agroceres Sementes Agroceres Sementes Agroceres Sementes Agroceres Sementes Agroceres Sementes Agroceres Sementes Agroceres Sementes Agroceres Sementes Agroceres Sementes Agroceres Sementes Agroceres Sementes Agroceres Sementes Agroceres Sementes Agroceres Sementes Agroceres Sementes Agroceres Sementes Agroceres Sementes Agroceres Sementes Agroceres Sementes Agroceres Sementes Agroceres Sementes Agroceres Sementes Agroceres Sementes Agroceres Sementes Agroceres Sementes Agroceres Sementes Agroceres Sementes Agroceres Sementes Agroceres Sementes Agroceres Sementes Agroceres Sementes Agroceres Sementes Agroceres Sementes Agroceres Sementes Agroceres Sementes Agroceres Sementes Agroceres Sementes Agroceres Sementes Agroceres Sementes Agroceres Sementes Agroceres Sementes Agroceres Sementes Agroceres Sementes Agroceres Sementes Agroceres Sementes Agroceres Sementes Agroceres Sementes Agroceres Sementes Agroceres Sementes Agroceres Sementes Agroceres Sementes Agroceres Dekalb Dekalb Dekalb Dekalb Dekalb Dekalb Dekalb Dekalb Dekalb Dekalb


Cod. cultivar 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41

Cultivar DKB 240 PRO3 DKB 240 RR2 DKB 245 DKB245 PRO DKB245 PRO2 DKB245 RR2 DKB250 DKB250 PRO DKB250 PRO2 DKB250 RR2 DKB275 PRO DKB 285PRO DKB 290 PRO DKB 290 PRO3 DKB 310 PRO DKB 310 PRO2 DKB 315PRO DKB 330 DKB 330 PRO DKB 330 PRO2 DKB330 RR2 DKB340 PRO DKB340 PRO2 DKB 350 PRO DKB 390 DKB 390 PRO DKB 390 PRO2 DKB 390 PROX DKB 390 RR2 DKB 395 PRO 30B30H 30B39H 30B39HR 30F35 30F35H 30F35HR 30F35YH 30F53 30F53E 30F53EH 30F53H 30F53HR 30F53YH 30F53YHR 30F90H 30K73 30K73H 30K73YHR 30K75 30K75Y 30R50 30R50H 30R50YH 30R50YHR 30S31 30S31H 30S31YH 30S31YHR 32R22H 32R22YHR 32R48H 32R48YH BG7032H BG7037H BG7046 BG7046H BG7049 BG7049H BG7049YH BG7051H BG7055

Transgênica/ Tipo de Tipo Ciclo Graus Dias convencional transgênica /dias transgênica PRO3 HS P 830 transgênica RR2 HS P 830 convencional HS P 830 transgênica PRO HS P 830 transgênica PRO2 HS P 830 transgênica RR2 HS P 830 convencional HS P 830 transgênica PRO HS P 830 transgênica PRO2 HS P 830 transgênica RR2 HS P 830 transgênica PRO HS SP 811 transgênica PRO HS SP 811 transgênica PRO HS SP 840 transgênica PRO3 HS SP 840 transgênica PRO HS P 870 transgênica PRO2 HS P 870 transgênica PRO HSm SP 815 convencional HS SP 810 transgênica PRO HS SP 811 transgênica PRO2 HS SP 811 transgênica RR2 HS SP 811 transgênica PRO HS P 870 transgênica PRO2 HS P 870 transgênica PRO HT P 860 convencional HS P 870 transgênica PRO HS P 870 transgênica PRO2 HS P 870 transgênica PROX HS P 870 transgênica RR2 HS P 870 transgênica PRO HS P 870 transgênica HX HT P 135 dias transgênica HX HS P 140 dias transgênica HR HS P 140 dias convencional HS P 140 dias transgênica HX HS P 140 dias transgênica HR HS P 140 dias transgênica HX HS P 140 dias convencional HS P 130 dias convencional HS P 130 dias transgênica EH HS P 130 dias transgênica HX HS P 130 dias transgênica HR HS P 130 dias transgênica YH HS P 130 dias transgênica HR HS P 130 dias transgênica HX HS P 140 dias convencional HS P 138 dias transgênica HX HS P 138 dias transgênica HR HS P 138 dias convencional HSM P 135 dias transgênica YG HSM P 135 dias convencional HS P 135 dias transgênica HX HS P 135 dias transgênica YH HS P 135 dias transgênica YHR HS P 135 dias convencional HS P 140 dias transgênica HX HS P 140 dias transgênica YH HS P 140 dias transgênica HR HS P 140 dias transgênica HX HS SP 121 dias transgênica YHR HS SP 121 dias transgênica HX HS SP 127 dias transgênica HS SP 127 dias transgênica HX HS P 135 dias transgênica HX HS P 135 dias convencional HS P 135 dias transgênica HX HS P 135 dias convencional HT P 140 dias transgênica HX HT P 140 dias transgênica YH HT P 140 dias transgênica HX HT SP 127 dias convencional HT P 135 dias

Época de Uso Cor do Densidade Textura Resistência Altura Altura Plantio grão (Plantas/ha) do grão Acamamento Espiga (m) Planta (m) C/N G/SGU AM 70-80 DENTADO A 1,20 2,25 C/N G/SGU AM 70-80 DENTADO A 1,20 2,25 C/N GRÃOS AL 65-75 SMDURO A 1,20 2,25 C/N GRÃOS AL 65-75 SMDURO A 1,20 2,25 C/N GRÃOS AL 65-75 SMDURO A 1,20 2,25 C/N GRÃOS AL 65-75 SMDURO A 1,20 2,25 C/N G/SGU AM 70-80 DENTADO A 1,20 2,25 C/N G/SGU AM 70-80 DENTADO A 1,20 2,25 C/N G/SGU AM 70-80 DENTADO A 1,20 2,25 C/N G/SGU AM 70-80 DENTADO A 1,20 2,25 C/N/T/S G/SGU AM/AL 65-75 SMDENT A 1,10 2,10 C/N/T/S G/SGU AM/AL 65-75 SMDENT A 1,10 2,10 C/N/T/S GRÃOS AM/AL 65-75 DENTADO A 1,20 2,25 C/N/T/S GRÃOS AM/AL 65-75 DENTADO A 1,20 2,25 C/N/T/S GRÃOS AM/AL 60-65 SMDURO A 1,25 2,20 C/N/T/S GRÃOS AM/AL 60-65 SMDURO A 1,25 2,20 C/N/T GRÃOS AL 65-70 SMDURO A 1,20 2,40 C/N/T/S G/SGU AM/AL 65-75 SMDENT A 1,10 2,10 C/N/T/S G/SGU AM/AL 65-75 SMDENT A 1,10 2,10 C/N/T/S G/SGU AM/AL 65-75 SMDENT A 1,10 2,10 C/N/T/S G/SGU AM/AL 65-75 SMDENT A 1,10 2,10 C/N/T/S GRÃOS AM/AL 60-65 SMDURO A 1,25 2,20 C/N/T/S GRÃOS AM/AL 60-65 SMDURO A 1,25 2,20 C/N/T/S GRÃOS AL 65-70 SMDURO A 1,20 2,20 C/N/T/S GRÃOS AM/AL 55-65 SMDURO A 1,25 2,20 C/N/T/S GRÃOS AM/AL 60-65 SMDURO A 1,25 2,20 C/N/T/S GRÃOS AM/AL 60-65 SMDURO A 1,25 2,20 C/N/T/S GRÃOS AM/AL 60-65 SMDURO A 1,25 2,20 C/N/T/S GRÃOS AM/AL 60-65 SMDURO A 1,25 2,20 C/N/T/S GRÃOS AM/AL 60-65 SMDURO A 1,25 2,20 N GRÃOS AL 60 SMDURO A 1,30 a 1,40 2,80 a 3,0 N G/SPI AM/AL 55-65 SMDURO A 1,3 a 1,4 2,90 a 3,10 N G/SPI AM/AL 55-65 SMDURO A 1,3 a 1,4 2,90 a 3,10 N/S GRÃOS AL 55-72 SMDURO A 1,4 a 1,55 2,9 a 3,2 N/S GRÃOS AL 55-72 SMDURO A 1,4 a 1,55 2,9 a 3,2 N/S GRÃOS AL 55-72 SMDURO A 1,4 a 1,55 2,9 a 3,2 N/S GRÃOS AL 55-72 SMDURO A 1,4 a 1,55 2,9 a 3,2 N GRÃOS AL 55-72 SMDURO B 1,10 a 1,20 2,60 a 2,80 N GRÃOS AL 55-72 SMDURO B 1,10 a 1,20 2,60 a 2,80 N GRÃOS AL 55-72 SMDURO B 1,10 a 1,20 2,60 a 2,80 N GRÃOS AL 60-80 SMDURO A 1,10 a 1,20 2,60 a 2,80 N GRÃOS AL 60-80 SMDURO A 1,10 a 1,20 2,60 a 2,80 N GRÃOS AL 60-80 SMDURO A 1,10 a 1,20 2,60 a 2,80 N GRÃOS AL 60-80 SMDURO A 1,10 a 1,20 2,60 a 2,80 N/S G/SPI AM 50-65 DURO M 1,40 a 1,50 2,90 a 3,10 N/S GRÃOS AM/AL 50-65 SMDURO A 1,30 a 1,50 2,80 a 3,0 N/S GRÃOS AM/AL 50-65 SMDURO A 1,30 a 1,50 2,80 a 3,0 N/S GRÃOS AM/AL 50-65 SMDURO A 1,30 a 1,50 2,80 a 3,0 N/T/S GRÃOS AL 55-72 SMDURO A 1,25 a 1,35 2,75 a 2,85 N/T/S GRÃOS AL 55-72 SMDURO A 1,25 a 1,35 2,75 a 2,85 N GRÃOS AL 60-80 SMDURO A 1.2 a 1.35 2.6 a 2.9 N GRÃOS AM 60-80 SMDURO A 1.2 a 1.35 2.6 a 2.9 N GRÃOS AM 60-80 SMDURO A 1.2 a 1.35 2.6 a 2.9 N GRÃOS AM 60-80 SMDURO A 1.2 a 1.35 2.6 a 2.9 N/S G/SPI AL 55-72 SMDURO A 1.5 a 1.6 3.0 a 3.2 N/S G/SPI AL 55-72 SMDURO A 1.5 a 1.6 3.0 a 3.2 N/S G/SPI AL 55-72 SMDURO A 1.5 a 1.6 3.0 a 3.2 N/S G/SPI AL 55-72 SMDURO A 1.5 a 1.6 3.0 a 3.2 N G/SPI/SGU AM 50-65 SMDURO M 1,1 a 1,25 2,7 a 2,85 N G/SPI/SGU AM 50-65 SMDURO M 1,1 a 1,25 2,7 a 2,85 N GRÃOS SI 50-65 SMDURO M 1,10 a 1,20 2,70 a 2,80 N GRÃOS SI 50-65 SMDURO M 1,10 a 1,20 2,70 a 2,80 N/S G/SPI AM/AL 55-65 SMDURO A 1,30 a 1,50 3,00 a 3,20 N/S G/SPI/SGU AM/AL 60-65 SMDURO A 1,30 a 1,50 3,00 a 3,20 N/S G/SPI AM/AL 55-65 SMDURO A 1,30 a 1,50 3,00 a 3,20 N/S G/SPI AM/AL 55-65 SMDURO A 1,30 a 1,50 3,00 a 3,20 N/S G/SPI AL 50-65 SMDURO A 1,4 a 1,55 2,9 a 3,2 N/S G/SPI AL 50-65 SMDURO A 1,4 a 1,55 2,9 a 3,2 N/S G/SPI AL 50-65 SMDURO A 1,4 a 1,55 2,9 a 3,2 N G/SPI AM 50-65 SMDURO M 1,10 a 1,20 2,70 a 2,80 N GRÃOS AL 60-65 SMDURO A 1,4 a 1,55 2,8 a 3,10

Nível Tecnologia A A A A A A A A A A A A

A A A A A A A A A A A A A A A A M/A M/A e A M/A e A A A A A A A A A A A A M/A e A M/A e A M/A e A M/A e A M/A e A M/A e A A A A A M/A e A M/A e A M/A e A M/A e A M/A e A M/A e A M/A e A M/A e A M/A e M M/A e A M/A e M M/A e M M/A e M M/A e M M/A e M M/A e A M/A

Região de adaptação SUL e MS,SP SUL e MS,SP SUL, CO e MG,SP SUL, CO e MG,SP SUL, CO e MG,SP SUL, CO e MG,SP SUL e MS,SP SUL e MS,SP SUL e MS,SP SUL e MS,SP SUL,CO, SE, NE, RO SUL,CO, SE, NE, RO SUL,CO, SE, NE, RO, AC SUL,CO, SE, NE, RO, AC SUL,CO, SE, NE, RO, AC SUL,CO, SE, NE, RO, AC SUL,CO, SE, NE, RO SUL,CO, SE, NE, RO SUL,CO, SE, NE, RO SUL,CO, SE, NE, RO SUL,CO, SE, NE, RO SUL,CO, SE, NE, RO, AC SUL,CO, SE, NE, RO, AC SUL,CO, SE, NE, RO, AC SUL,CO, SE, NE, RO, AC SUL,CO, SE, NE, RO, AC SUL,CO, SE, NE, RO, AC SUL,CO, SE, NE, RO, AC SUL,CO, SE, NE, RO, AC SUL,CO, SE, NE, RO, AC SUL, SE, CO, NE e TO, RO, RR SUL, SE, CO, NE e TO, RO, RR, AC SUL, SE, CO, NE e TO, RO, RR, AC SUL, SE, CO, NE e TO, RO, RR, AC SUL, SE, CO, NE e TO, RO, RR, AC SUL, SE, CO, NE e TO, RO, RR, AC SUL, SE, CO, NE e TO, RO, RR, AC SUL, SE, CO, NE e TO, RO, RR, AC SUL, SE, CO, NE e TO, RO, RR, AC SUL, SE, CO, NE e TO, RO, RR, AC SUL, SE, CO, NE e TO, RO, RR, AC SUL, SE, CO, NE e TO, RO, RR, AC SUL, SE, CO, NE e TO, RO, RR, AC SUL, SE, CO, NE e TO, RO, RR, AC SUL, SE, CO, NE e TO, RO, RR, AC SUL, SE, CO, NE e TO, RO, RR, AC SUL, SE, CO, NE e TO, RO, RR, AC SUL, SE, CO, NE e TO, RO, RR, AC SUL, SE, CO, NE e TO, RO, RR SUL, SE, CO, NE e TO, RO, RR SUL e SP, MG, GO, DF, MS, BA SUL e SP, MG, GO, DF, MS, BA SUL e SP, MG, GO, DF, MS, BA SUL e SP, MG, GO, DF, MS, BA SUL, SE, CO, NE e TO, RO, RR SUL, SE, CO, NE e TO, RO, RR SUL, SE, CO, NE e TO, RO, RR SUL, SE, CO, NE e TO, RO, RR SUL e MG, SP e MS SUL e MG, SP e MS SUL, SP, MG, MS e GO SUL, SP, MG, MS e GO SUL, SE,CO e BA, TO, PI, MA, PE, AL, CE, SE, PA, RO, RR

PR, SP, MG, GO, DF e TO SUL, SE,CO e BA, TO, PI, MA, PE, AL, CE, SE, PA, RO, RR SUL, SE,CO e BA, TO, PI, MA, PE, AL, CE, SE, PA, RO, RR SUL, SE,CO e BA, TO, PI, MA, PE, AL, CE, SE, PA, RO, RR SUL, SE,CO e BA, TO, PI, MA, PE, AL, CE, SE, PA, RO, RR SUL, SE,CO e BA, TO, PI, MA, PE, AL, CE, SE, PA, RO, RR

SUL, CO e SP SUL

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25

Empresa Dekalb Dekalb Dekalb Dekalb Dekalb Dekalb Dekalb Dekalb Dekalb Dekalb Dekalb Dekalb Dekalb Dekalb Dekalb Dekalb Dekalb Dekalb Dekalb Dekalb Dekalb Dekalb Dekalb Dekalb Dekalb Dekalb Dekalb Dekalb Dekalb Dekalb Du Pont Du Pont Du Pont Du Pont Du Pont Du Pont Du Pont Du Pont Du Pont Du Pont Du Pont Du Pont Du Pont Du Pont Du Pont Du Pont Du Pont Du Pont Du Pont Du Pont Du Pont Du Pont Du Pont Du Pont Du Pont Du Pont Du Pont Du Pont Du Pont Du Pont Du Pont Du Pont Du Pont Du Pont Du Pont Du Pont Du Pont Du Pont Du Pont Du Pont Du Pont


Cod. cultivar 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23

Cultivar BG7060 BG7060H BG7060HR BG7061H BG7065H BG7318YH BG7330 BG7330H P1630H P2530 P2530H P2830H P3161 P3161H P3340 P3340H P3340YH P3431H P3646 P3646H P3646YH P3844H P3862H P3862YH P4285 P4285H P4285YH P4285YHR ATTACK TL CARGO CARGO TL CELERON TL DEFENDER Viptera FEROZ Viptera FÓRMULA TL GARRA Viptera IMPACTO IMPACTO Viptera IMPACTO Viptera 3 MAXIMUS Viptera 3 PENTA Viptera SOMMA Viptera SPRINT TL STATUS Viptera 3 Velox TL TORK TL TRUCK Viptera TRUCK Viptera 3 2A106HR 2A120HX 2A550Hx 2A550PW 2A620PW 2B210PW 2B433Hx 2B433PW 2B512Hx 2B512PW 2B587 2B587HX 2B587PW 2B587RR 2B604Hx 2B604HR 2B604PW 2B633PW 2B655Hx 2B655PW 2B688RR 2B688Hx 2B688PW

26

Transgênica/ convencional convencional transgênica transgênica transgênica transgênica transgênica convencional transgênica transgênica convencional transgênica transgênica convencional transgênica convencional transgênica transgênica transgênica convencional transgênica transgênica transgênica transgênica transgênica convencional transgênica transgênica transgênica transgênica convencional transgênica transgênica transgênica transgênica transgênica transgênica convencional transgênica transgênica transgênica transgênica transgênica transgênica transgênica transgênica transgênica transgênica transgênica transgênica transgênica transgênica transgênica transgênica transgênica transgênica transgênica transgênica transgênica convencional transgênica transgênica transgênica transgênica transgênica transgênica transgênica transgênica transgênica transgênica transgênica transgênica

Tipo de transgênica HX HR HX HX YH HX HX HX HX HX HX YH HX HX YH HX HX HR HX YH HR TL TL TL VIPTERA VIPTERA TL VIPTERA VIPTERA VIPTERA3 VIPTERA3 VIPTERA VIPTERA TL VIPTERA3 TL TL VIPTERA VIPTERA3 HR HX HX PW PW PW HX PW HX PW HX PW RR2 HX HR PW PW HX PW RR2 HX PW HX

Tipo Ciclo Graus Dias /dias HT P 135 dias HT P 135 dias HT P 135 dias HT SP 128 dias HT SP 125 dias HS SP 123 dias HS SP 128 dias HS SP 128 dias HS SP 115 dias HS SP 123 dias HS SP 123 dias HS SP 125 dias HS SP 128 dias HS SP 128 dias HS SP 130 dias HS SP 130 dias HS SP 130 dias HS SP 125 dias HS P 135 dias HS P 135 dias HS P 135 dias HS P 140 dias HS P 138 dias HS P 138 dias HS P 120 dias HS P 120 dias HS P 120 dias HS P 120 dias HSm P 860 HD P 890 HD P 890 HS SP SI HSm P SI HD P SI HS SP SI HT P 870 HS P 895 HS P 895 HS P 895 HS P 890 HS P 870 HSm P 895 HS HP 800 HS P SI HS HP SI HS P 860 HSm P SI HSm P SI HSm HP 760 HS HP 790 HS P 825 HS P 825 HS P 845 HT SP 800 HT SP 840 HT SP 840 HT P 840 HT P 840 HS P 815 HS P 815 HS P 815 HS P 815 HSm P 848 HSm P 848 HSm P 848 HT P 850 HT P 840 HT P 840 HT P 860 HT P 860 HT P 860

Época de Plantio N N N N/S N/S N N/S N/S N N N N/S N/S N/S N/S N N N/S N/S N/S N/S N/S N N N/S N/S N/S N/S N C/N/T/S C/N/T/S C/N C/N/S C/N/T/S C/N N/T/S C/N/T/S C/N/T/S C/N/T/S C/N/S C/N/S N/T/S C/N C/N C N C/N/S C/N/S C/S C/N C/N/T C/N/T C/N/T/S T/S C/N/T/S C/N/T/S C/N/T/S C/N/T/S C/N/T/S C/N/T/S C/N/T/S C/N/T/S C/N/T/S C/N/T/S C/N/T/S C/N/T/S N/T/S N/T/S C/N/T/S C/N/T/S C/N/T/S

Uso G/SPI G/SPI G/SPI G/SPI/SGU G/SPI/SGU GRÃOS GRÃOS GRÃOS GRÃOS G/SPI/SGU G/SPI/SGU GRÃOS G/SPI/SGU G/SPI/SGU G/SGU G/SGU G/SGU G/SPI/SGU GRÃOS GRÃOS GRÃOS GRÃOS G/SPI G/SPI G/SPI G/SPI G/SPI G/SPI G/SPI G/SPI G/SPI GRÃOS GRÃOS GRÃOS GRÃOS GRÃOS G/SPI G/SPI G/SPI G/SPI GRÃOS GRÃOS GRÃOS GRÃOS GRÃOS GRÃOS GRÃOS GRÃOS G/SPI G/SPI GRÃOS GRÃOS GRÃOS GRÃOS G/SPI G/SPI G/SPI G/SPI GRÃOS GRÃOS GRÃOS GRÃOS G/SPI G/SPI G/SPI GRÃOS G/SPI/SGU G/SPI/SGU G/SPI G/SPI G/SPI

Cor do grão AL AL AL AM/AL AM/AL AL AL AL AM AM/AL AM/AL AL AM/AL AM/AL SI SI SI AM/AL AM/AL AM/AL AM/AL AL AM AM AM/AL AM/AL AM/AL AM/AL AL AL AL AL AM/AL AL AL AL AL AL AL AL AL LR AL AL AL LR AL AL AM/AL AL AL AL AM/AL AM/AL AM/AL AM/AL AL AL AM/AL AM/AL AM/AL AM/AL AL AL AL AM/AL AL AL AL AL AL

Densidade (Plantas/ha) 50-65 50-65 50-65 60-65 60-65 65-80 60-70 60-70 50-65 60-65 60-65 60-80 60-65 60-65 50-65 50-60 50-60 60-65 55-65 55-65 55-65 60-65 55-65 55-65 55-65 55-65 55-65 55-65 55 55-60 55-60 60-65 60-65 60-65 60-65 60 55-60 55-60 55-60 55-65 55-65 55-65 55-65 60-70 60-70 55-60 60-65 60-65 60-65/50-55 60-65 60-70/50-55 60-70/50-55 55-70/50-60 50-60/50-60 60-65/45-55 60-65/45-55 60-65/45-55 60-65/45-55 60-70/50-55 60-70/50-55 60-70/50-55 60-70/50-55 60-65/45-50 60-65/45-50 60-65/45-50 60-65/50-60 55-60/50-55 55-60/50-55 50-60/45-55 50-60/45-55 50-60/45-55

Textura Resistência Altura Altura Nível Região de do grão Acamamento Espiga (m) Planta (m) Tecnologia adaptação SMDURO A 1,30 a 1,40 2,80 a 3,0 M/A e M SUL, CO e SP, MG, BA SMDURO A 1,30 a 1,40 2,80 a 3,0 M/A e M SUL e SP, MG, GO, DF, MS, BA SMDURO A 1,30 a 1,40 2,80 a 3,0 M/A e M SUL e SP, MG, GO, DF, MS, BA SMDURO M 1,35 a 1,45 2,80 a 2,90 M/A e A SUL, SE, MS, MT, GO SMDURO M 1,1 a 1,25 2,4 a 2,6 M/A e A SUL, SE, MS, MT, GO SMDURO A 1,4 a 1,55 2,8 a 3,10 A SUL, CO e SP SMDURO A 1,4 a 1,55 2,8 a 3,10 A SUL, SE, MS, MT, GO SMDURO A 1,4 a 1,55 2,8 a 3,10 A SUL, SE, MS, MT, GO SMDENT M 1,1 a 1,25 2,7 a 2,85 M/A e A SUL, CO e SP SMDURO M 1,1 a 1,25 2,7 a 2,85 M/A e A SUL SMDURO M 1,1 a 1,25 2,7 a 2,85 M/A e A SUL SMDURO A 1,4 a 1,55 2,8 a 3,10 A PR, SP, MG, GO, DF e TO SMDURO M 1,35 a 1,45 2,80 a 2,90 M/A e A SUL, SE, MS, MT, GO SMDURO M 1,35 a 1,45 2,80 a 2,90 M/A e A SUL, SE, MS, MT, GO DURO A 1,35 a 1,45 2,80 a 2,90 M/A e A SUL, SE, CO, NE e TO, RO, RR DURO B 1,35 a 1,45 2,80 a 2,90 M/A e A SUL, SE, CO, NE e TO, RO, RR DURO B 1,35 a 1,45 2,80 a 2,90 M/A e A SUL, SE, CO, NE e TO, RO, RR SMDURO M 1,1 a 1,25 2,4 a 2,6 M/A e A SUL, SE, MS, MT, GO SMDURO A 1,30 a 1,40 2,80 a 3,00 M/A e A SUL, SE,CO e BA, TO, PI, MA, PE, AL, CE, SE, PA, RO, RR SMDURO A 1,30 a 1,40 2,80 a 3,00 M/A e A SUL, SE,CO e BA, TO, PI, MA, PE, AL, CE, SE, PA, RO, RR SMDURO A 1,30 a 1,40 2,80 a 3,00 M/A e A SUL, SE,CO e BA, TO, PI, MA, PE, AL, CE, SE, PA, RO, RR SMDURO A 1,4 a 1,55 2,8 a 3,10 A SUL, SE, CO, NE e TO, RO, RR SMDURO A 1,40 a 1,50 2,90 a 3,10 M/A e A SUL, SE,CO e BA, TO, PI, MA, PE, AL, CE, SE, PA, RO, RR SMDURO A 1,40 a 1,50 2,90 a 3,10 M/A e A SUL, SE,CO e BA, TO, PI, MA, PE, AL, CE, SE, PA, RO, RR DURO SI 1,30 a 1,50 2,90 a 3,10 M/A e A SUL, SE,CO e BA, TO, PI, MA, PE, AL, CE, SE, PA, RO, RR DURO SI 1,30 a 1,50 2,90 a 3,10 M/A e A SUL, SE,CO e BA, TO, PI, MA, PE, AL, CE, SE, PA, RO, RR DURO SI 1,30 a 1,50 2,90 a 3,10 M/A e A SUL, SE,CO e BA, TO, PI, MA, PE, AL, CE, SE, PA, RO, RR DURO SI 1,30 a 1,50 2,90 a 3,10 M/A e A SUL, SE,CO e BA, TO, PI, MA, PE, AL, CE, SE, PA, RO, RR DURO M 1,33 2,19 M/A SUL e MS DURO A 1,30 2,35 M SUL ,CO e SE DURO A 1,30 2,35 M SUL ,CO e SE DURO A 1,13 2,22 A SUL, SP (Sul), MS (Sul) DURO A 1,20 2,20 M BRASIL DURO A 1,26 2,48 A SUL ,CO, SE e BA,MA,PI DURO A 1,13 2,22 A SUL, CO, SP (Sul), MS (Sul) DURO A 1,30 2,23 M/A SUL ,CO e SE DURO A 1,24 2,46 A SUL ,CO e SE DURO A 1,24 2,46 A SUL ,CO e SE DURO A 1,24 2,46 A SUL ,CO e SE DURO A 1,28 2,47 A SUL ,CO e SE DURO A 1,18 2,07 A SUL e SP(sul) e MS(sul) DURO A 1,20 2,20 A SUL ,CO e SE DURO A 1,17 2,09 A SUL e SP(sul) e MS(sul) DURO A 1,33 2,33 A SUL ,CO e SE DURO A 1,17 2,09 A SUL DURO M 1,30 2,31 A SUL ,CO, SE e BA,MA,PI DURO A 1,24 2,46 M CO, SE DURO A 1,24 2,46 M CO, SE SMDENT M 1,06 2,10 A SUL e regiões Tropical Alta SMDURO A 1,10 2,15 M/A e A SUL, demais regiões sob Consulta SMDURO A 1,10 2,00 A SUL, região Tropical Alta e Tropical de Transição SMDURO A 1,10 2,00 A SUL, região Tropical Alta e Tropical de Transição SMDURO A 1,23 2,20 A Brasil SMDURO A 1,09 2,12 A Brasil SMDENT A 1,10 2,10 M e M/A Brasil SMDENT A 1,10 2,10 M e M/A Brasil SMDURO A 1,30 2,30 M e M/A Brasil SMDURO A 1,30 2,30 M e M/A Brasil SMDENT A 1,05 2,05 A Brasil SMDENT A 1,05 2,05 A Brasil SMDENT A 1,05 2,05 A Brasil SMDENT A 1,05 2,05 A Brasil SMDURO A 1,25 2,25 M/A Brasil SMDURO A 1,25 2,25 M/A Brasil SMDURO A 1,25 2,25 M/A Brasil SMDURO A 1,25 2,15 M e M/A Brasil SMDURO A 1,20 2,15 M Brasil SMDURO A 1,20 2,15 M Brasil SMDURO A 1,15 2,10 M/A SUL, regiões Tropicais de Transição e Baixa SMDURO A 1,15 2,10 M/A SUL, regiões Tropicais de Transição e Baixa SMDURO A 1,15 2,10 M/A SUL, regiões Tropicais de Transição e Baixa

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Empresa Du Pont Du Pont Du Pont Du Pont Du Pont Du Pont Du Pont Du Pont Du Pont Du Pont Du Pont Du Pont Du Pont Du Pont Du Pont Du Pont Du Pont Du Pont Du Pont Du Pont Du Pont Du Pont Du Pont Du Pont Du Pont Du Pont Du Pont Du Pont Syngenta Syngenta Syngenta Syngenta Syngenta Syngenta Syngenta Syngenta Syngenta Syngenta Syngenta Syngenta Syngenta Syngenta Syngenta Syngenta Syngenta Syngenta Syngenta Syngenta DOW DOW DOW DOW DOW DOW DOW DOW DOW DOW DOW DOW DOW DOW DOW DOW DOW DOW DOW DOW DOW DOW DOW



Cod. cultivar 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 1 2 3 4

Cultivar 2B707Hx 2B707PW 2B710HX 2B710PW 2B610PW 2B810PW 2B877PW WxA504 WXB650 DB2A525Hx DB2B339Hx 2B678Hx 20A55 20A55Hx 20A55HR 20A55PW 20A78 20A78HX 20A78PW 30A16HX 30A16PW 30A37 30A37Hx 30A37PW 30A37RR 30A68HX 30A68PW 30A77Hx 30A77PW 30A91Hx 30A91PW 30A91HR MG300PW MG652HX MG652PW MG699PW MG790PW BRS 1060 BRS 1010 BR 205 BR 206 BRS 2223 BRS 2020 BRS 2022 BR 106 BR 473 BRS Caatingueiro BRS 4157 Sol-da-manhã

BRS Planalto BRS MISSÕES BRS Caimbé BRS Gorutuba BR 5011 Sertanejo BRS 4154 Saracura BRS 4103 NS 50 PRO NS 56 PRO NS 90 PRO NS 90 PRO2 NS 92 PRO BX 907 YG BX 967 YG BX 920 YG BX 898 YG BX 970 YG BX 970 BX 1293 YG XB 8010 XB 8010 Bt XB 7253 XB 9003

28

Transgênica/ Tipo de Tipo Ciclo Graus Dias convencional transgênica /dias transgênica PW HS P 890 transgênica HX HS P 890 transgênica PW HS P 850 transgênica PW HS P 850 transgênica PW HS P 860 transgênica PW HS N 920 transgênica HSm N 870 convencional HS P 850 convencional HX HS P 865 transgênica HX HS P 835 transgênica HX HT P 805 transgênica HT P 860 convencional HX HT P 843 transgênica HR HT P 843 transgênica PW HT P 843 transgênica HT P 843 convencional HX HT SP 823 transgênica PW HT SP 823 transgênica HX HT SP 823 transgênica PW HS P 910 transgênica HS P 910 convencional HX HS SP 810 transgênica PW HS SP 810 transgênica RR2 HS SP 810 transgênica HX HS SP 810 transgênica PW HS SP 825 transgênica HX HS SP 825 transgênica PW HS P 810 transgênica HX HS P 810 transgênica PW HSm P 902 transgênica HR HSm P 902 transgênica PW HSm P 902 transgênica HX HSm SP 800 transgênica PW HSm SP 800 transgênica PW HSm P 840 transgênica PW HT P 830 transgênica HS P SI convencional HS SMP 913 convencional HS P 819 convencional HD P 788 convencional HD P 895 convencional HD SP 788 convencional HD P 826 convencional HD P 836 convencional V SMP 788 convencional V P 656 convencional V SP 702 convencional V P 751 convencional V P SI convencional V P 810 convencional V SMP 894 convencional V SP 765 convencional V P SI convencional V P 751 convencional PRO V P 823 transgênica PRO HS SP SI transgênica PRO HS SP SI transgênica PRO2 HS P SI transgênica PRO HS P SI transgênica YG HS P SI transgênica YG HS SP SI transgênica YG HS SP SI transgênica YG HS P SI transgênica YG HS SP SI transgênica HS SP SI convencional YG HS SP SI transgênica HS P SI convencional Bt HD P 835 transgênica HD P 835 convencional HT P 845 convencional Bt HS SP 810

Época de Uso Cor do Densidade Textura Resistência Altura Plantio grão (Plantas/ha) do grão Acamamento Espiga (m) C/N/T/S GRÃOS AL 60-65/50-55 SMDURO A 1,30 C/N/T/S GRÃOS AL 60-65/50-55 SMDURO A 1,30 C/N/T/S GRÃOS AM/AL 55-65/50-55 SMDURO A 1,10 C/N/T/S GRÃOS AM/AL 55-65/50-55 SMDURO A 1,10 C/N/T/S GRÃOS AM/AL 65-70/50-55 SMDENT M 1,30 C/N/T/S GRÃOS AL 65-70/50-55 SMDURO A 1,35 C/N/T/S SPI/G AM/AL 55-65/45-60 SMDURO A 1,35 C/N/S I.AMIDO LR/Ceroso 60-65/50-55 DURO A 1,10 C/N/T/S I.AMIDO AL 55-70/50-60 SMDURO A 1,30 C/N GRÃOS LR 60-70 SMDURO A 1,30 C/N/T/S GRÃOS AM/AL 55-65/50-55 SMDENT A 1,20 C/N/T/S G/SPI AM 55-65/50-45 SMDENT A 1,25 C/N/T/S G/SPI AL 60-65/50-60 SMDURO A 1,10 C/N/T/S G/SPI AL 60-65/50-60 SMDURO A 1,10 C/N/T/S G/SPI AL 60-65/50-60 SMDURO A 1,10 C/N/T/S G/SPI AL 60-65/50-60 SMDURO A 1,10 C/N/T/S G/SPI AM/AL 60-65/50-6065/60/50 SMDENT A 1,20 C/N/T/S G/SPI AM/AL 60-65/50-60 SMDENT A 1,20 C/N/T/S G/SPI AM/AL 60-65/50-60 SMDENT A 1,20 C/N/T/S GRÃOS AM/AL 60-65/50-55 SMDURO A 1,25 C/N/T/S GRÃOS AM/AL 60-65/50-55 SMDURO A 1,25 C/N/T/S GRÃOS AM/AL 60-70/50-55 SMDURO M 1,10 C/N/T/S GRÃOS AM/AL 60-70/50-55 SMDURO M 1,10 C/N/T/S GRÃOS AM/AL 60-70/50-55 SMDURO M 1,10 C/N/T/S GRÃOS AM/AL 60-70/50-55 SMDURO M 1,10 C/N/T/S GRÃOS AL 60-65/50-60 SMDURO A 1,20 C/N/T/S GRÃOS AL 60-65/50-60 SMDURO A 1,20 C/N/T GRÃOS AM/AL 50-70 SMDURO A 1,20 C/N/T GRÃOS AM/AL 50-70 SMDURO A 1,20 C/N/T/S G/SPI AM/AL 60-65/50-60 SMDURO A 1,30 C/N/T/S G/SPI AM/AL 60-65/50-60 SMDURO A 1,30 C/N/T/S G/SPI AM/AL 60-65/50-60 SMDURO A 1,30 C/N/T/S GRÃOS AM/AL 60-70/50-55 SMDURO A 0,99 C/N/T/S GRÃOS AM/AL 60-70/50-55 SMDURO A 0,99 C/N/T/S GRÃOS AM/AL 60-70/50-60 SMDURO A 1,25 S G AL 50-65 SMDURO A 1,20 C/N/T/S G AM/AL 55-75/50-55 SMDURO A 1,35 N/S G/SPI AV 55-65/45-49 SMDENT A 1,04 N/S G/SPI LR/AV 60/40-50 SMDURO M 1,00 N/S G/SPI AM/AL 50-55 SMDENT M 1,15 N/S GRÃOS AM/AL 50 SMDENT M 1,30 N/S G/SPI AM/AL 50-55/40-45 SMDURO M 1,10 N/S G/SPI LR 50-55 SMDURO M 1,14 N/S G/SPI AL 50-55 SMDENT MA 1,13 N/S G/SPI AM 40-50 SMDENT M 1,40 N GRÃOS AM 40-50 SMDURO M 1,40 N GRÃOS AM 40-50 SMDURO M 0,90 N/S GRÃOS AL 40-50 DURO M 1,20 N GRÃOS AM/LR 40-50 SMDURO M 1,10 N GRÃOS AM 50 DENTADO M 1,40 N/S G/SPI AM/AL 50-55/45-50 SMDURO M 1,10 N GRÃOS AM/AL 40-50 DURO M 0,79 N GRÃOS SI 45-50 SMDENT M 1,20-1,50 N/S G/SPI LR 40-50 SMDURO M 1,20 N/S GRÃOS AM/AL 50-55/45-50 SMDURO M 1,02 C/N GRÃOS LR 65 SMDURO A 1,25 C/N GRÃOS LR 70 SMDURO A 1,19 N/T/S G/SPI LR 65 SMDURO A 1,21 N/T/S G/SPI LR 65 SMDURO A 1,21 C/N/T/S G/SPI LR 70 SMDURO A 1,23 C/N G/SPI LR 70 SMDENT A 0,98 N/T/S G/SPI LR 60 DURO A 1,08 C/N G/SPI AM 65 SMDENT A 1,19 C/N GRÃOS LR 65 SMDURO A 0,90 N/S GRÃOS AM 65 SMDURO A 0,90 N/S GRÃOS AM 65 SMDURO A 0,90 N/T/S G/SPI LR 60 DURO A 1,21 C/N/T/S GRÃOS LR 50-55/40-45 DURO MA 0,95 C/N/T/S GRÃOS LR 50-55/40-45 DURO MA 0,95 C/N/T/S GRÃOS LR 50-55/40-45 DURO A 1,20 C/N/S GRÃOS LR 55-60/50-55 DURO A 0,96

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Altura Nível Região de Planta (m) Tecnologia adaptação 2,30 A Brasil 2,30 A Brasil 2,02 M/A e A Brasil 2,02 M/A e A Brasil 2,30 A Brasil 2,35 A Regiões Tropicais e demais regiões sob Consulta 2,35 M e M/A Brasil 2,00 M/A e A SUL, SP e MG 2,25 A SUL, SP e MG 2,30 M/A e A Brasil 2,20 M Brasil 2,25 M Brasil 2,30 M/A BRASIL 2,30 M/A BRASIL 2,30 M/A BRASIL 2,30 M/A BRASIL 2,20 M/A BRASIL 2,20 M/A BRASIL 2,20 M/A BRASIL 2,24 A Região Subtropical Alta (nichos SA03), Tropical Alta (TA11) 2,24 A Região Subtropical Alta (nichos SA03), Tropical Alta (TA11) 2,20 A Brasil 2,20 A Brasil 2,20 A Brasil 2,20 A Brasil 2,15 A BRASIL 2,15 A BRASIL 2,25 M/A BRASIL 2,25 M/A BRASIL 2,30 M/A BRASIL 2,30 M/A BRASIL 2,30 M/A BRASIL 2,00 M/A BRASIL 2,00 M/A BRASIL 2,26 M/A e A BRASIL 2,22 M/A e A BRASIL Região Tropical Alta, Tropical de Transição, 2,40 A Tropical Baixa e Subtropical Baixa 2,06 M/A N, NE, SE, CO e PR 2,10 M/A BRASIL exc. RS e SC 2,20 M/A SE,CO,NE, e PR,TO 2,30 M/A NE, SE,CO,SUL 2,10 M/A BRASIL exc. RS e SC 2,16 M/A BRASIL exc. RS e SC 2,13 M/A SE,CO,NE e PR 2,40 B/M BRASIL exc.RS 2,40 B/M BRASIL 1,90 B/M NE 2,30 B/M BRASIL 1,75 B/M SUL 2,20 B/M RS, SC e Sul do PR 2,15 B/M CO,SE,NE e PR 1,70 B/M NE (Semiárido) 2,00-2,30 B/M NE 2,20 B/M BRASIL exc. RS e SC 2,10 B/M CO,SE,NE, N e PR 2,32 A SUL, SE, CO e RO 2,28 A SUL, SE, CO, BA eRO 2,29 M/A CO, SE, PR, BA e RO, 2,29 M/A CO,MG,PR,RO,SP 2,31 M/A SE, CO, PR, RO,BA 2,25 A SUL, DF,GO,MG,MS,SP 2,16 M/A SUL, CO, MG,SP 2,41 A SUL, DF,GO,MG,MS,SP 2,20 A SUL, MS,SP 2,15 M/A SUL,CO,SP, MG e BA, 2,15 M/A SUL, CO,MG,RO,SP 2,32 M/A SUL, CO, SP, MG,BA,TO,MA,PI,RO 2,00-2,15 M/A CO, MA,MG,PE,PI,PR,SP 2,00-2,15 M/A CO, MA,MG,PE,PI,PR,SP 2,25 M/A e A CO, PR,SP, MG,BA e TO 1,95 M/A e A CO,MG,PR,SP

Empresa DOW DOW DOW DOW DOW DOW DOW DOW DOW DOW DOW DOW Morgan Morgan Morgan Morgan Morgan Morgan Morgan Morgan Morgan Morgan Morgan Morgan Morgan Morgan Morgan Morgan Morgan Morgan Morgan Morgan Morgan Morgan Morgan Morgan Morgan Embrapa Embrapa Embrapa Embrapa Embrapa Embrapa Embrapa Embrapa Embrapa Embrapa Embrapa Embrapa Embrapa Embrapa Embrapa Embrapa Embrapa Embrapa Nidera Nidera Nidera Nidera Nidera Nidera Nidera Nidera Nidera Nidera Nidera Nidera Semeali Semeali Semeali Semeali



Cod. Cultivar cultivar 5 XB 9003 Bt 6 XB 8030 7 XB 8030 Bt 8 XB 6010 9 XB 6012 10 XB 6012 Bt 11 XB 7116 12 XB 4013 1 AS 1570 2 AS 1575PRO 3 AS 1551 4 AS 1551PRO 5 AS 1551PRO2 6 AS 1572PRO 7 AS 3421YG 8 AS 1590PRO 9 AS 1596 10 AS 1596 PRO2 11 AS 1596 RR2 12 AS1555 PRO2 13 AS1555 PRO 14 AS1555 RR2 15 AS1598 PRO 16 AS1581 PRO 17 AS1660 PRO 18 AS1656 PRO2 19 AS1656 PRO3 20 AS1656RR2 21 AS1661PRO 22 AS1665PRO 23 AS1633PRO2 24 AS1573PRO 25 AS1666PRO3 1 SHS 3031 2 SHS 4070 3 SHS 4080 4 SHS 4090 5 SHS 5050 6 SHS 5070 7 SHS 5090 8 SHS-5560 9 SHS 7070 10 SHS 7090 11 SHS-7770 12 SHS-7990 13 SHS-7990PRO2 1 AL Piratininga 2 AL Avaré 3 AL Bandeirante 4 Cativerde 02 5 AL Bianco 1 IAC AIRAN 2 IAC 8390 3 IAC 125 1 CD 308 2 CD 316 3 CD 316Hx 4 CD 384 5 CD 384Hx 6 CD 393 7 CD 393Hx 8 CD 397Pro 9 CD 3464Hx 10 CD 324Pro 11 CD 3408Hx 12 CD 3344Hx 13 CD 3715PRO 1 RS 20 2 RS 21 3 FEPAGRO 22 4 FEPAGRO S 395

30

Transgênica/ Tipo de Tipo convencional transgênica transgênica HS convencional Bt HD transgênica HD convencional HS convencional Bt HS transgênica HS convencional HT convencional HD convencional PRO HS transgênica HS convencional PRO HS transgênica PRO2 HS transgênica PRO HS transgênica YG HS transgênica PRO HT transgênica HT convencional PRO2 HS transgênica RR2 HS transgênica PRO2 HS transgênica PRO HS transgênica RR2 HS transgênica PRO HS transgênica PRO HS transgênica PRO HSm transgênica PRO2 HS transgênica PRO3 HS transgênica RR2 HS transgênica PRO HS transgênica PRO HS transgênica PRO2 HS transgênica PRO HS transgênica PRO3 HSm transgênica HS convencional V convencional HD convencional HD convencional HD convencional HT convencional HT convencional HT convencional HT convencional HS convencional HS convencional HS convencional PRO2 HS transgênica HS convencional V convencional V convencional V convencional V convencional V convencional V convencional HIV convencional Top cross convencional HD convencional HX HS transgênica HS convencional HX HT transgênica HT convencional HX HS transgênica PRO HS transgênica HX HT transgênica PRO HT transgênica HX HS transgênica HX HT transgênica PRO HT transgênica HS convencional V convencional V convencional V convencional HT

Ciclo Graus Dias /dias SP 810 P SI P SI SP SI P SI P SI P SI P SI P 845 P 850 SP 805 SP 805 SP 805 P 855 P 840 SP 810 P 850 P 850 P 850 P 815 P 815 P 815 P 920 P 935 SP 810 P 830 P 830 P 830 SP 808 SP 810 P 810 P 855 SP 810 P 860 N 900 P 860 SP 820 SP 810 SP 820 P 840 P 840 P 880 SP 810 P 840 P 840 P 840 SMP 880 N 890 SMP 880 SMP 860 SMP 870 P 780 N 860 SP 750 P 780 SP 750 SP 750 P 850 P 850 P 870 P 870 P 900 P 950 P 850 P 850 SP 770 P 850 P 635 N 862 P 810 P 770

Época de Uso Cor do Densidade Textura Resistência Altura Altura Nível Região de Empresa Plantio grão (Plantas/ha) do grão Acamamento Espiga (m) Planta (m) Tecnologia adaptação C/N/S GRÃOS LR 55-60/50-55 DURO A 0,96 1,95 M/A e A CO,MG,PR,SP Semeali C/N/T/S GRÃOS AL 50-55/40-45 DURO A 1,10 2,10 M/A CO, PR, SP, MG, BA,MA e PI Semeali C/N/T/S GRÃOS AL 50-55/40-45 DURO A 1,10 2,10 M/A CO, PR, SP, MG, BA,MA e PI Semeali C/N/S GRÃOS AL 50-55/45-50 DURO M 1,15 2,10 M/A e A CO, MG,PR,SC,SP Semeali C/N/S GRÃOS AL 50-55/40-45 SMDURO MA 1,30 2,25 M/A e A SUL, CO, SP, MG e BA Semeali C/N/S GRÃOS AL 50-55/40-45 SMDURO MA 1,30 2,25 M/A e A SUL, CO, SP, MG e BA Semeali C/N/T/S G/SPI AL 50-55/40-45 SMDURO M 1,20 2,20 M/A CO, PR,SC,SP,MG,BA e TO Semeali C/N/T/S GRÃOS AL 50-55/40-45 DURO M 1,20 2,20 B/M e B CO, PR, SP, MG, AL eBA Semeali N GRÃOS AL 50-55 SMDURO M 1,24 2,32 M/A SUL, CO e SP, MG e BA Agroeste N/S GRÃOS AM/AL 55-60 SMDURO A 1,40 2,35 M/A SUL, CO e SP, MG e BA Agroeste N GRÃOS AM 65-75 SMDURO A 1,23 2,28 A SUL e SP, e MS Agroeste N GRÃOS AM 65-75 SMDURO A 1,23 2,28 A SUL e SP, e MS Agroeste N GRÃOS AM 65-75 SMDURO A 1,23 2,28 A SUL e SP, e MS Agroeste N GRÃOS AM 55-65 SMDENT A 1,40 2,67 A SUL e SP, MG e MS Agroeste N/S GRÃOS AM/AL 50-60 SMDURO A 1,37 2,43 M/A CO, SE e PR, RO, PA, TO, BA, PE, PI, RN, CE, MA, SE, AL, PB Agroeste S GRÃOS AL 50-60 DURO A 1,13 2,08 M/A SUL e MS, MT, GO, SP, MG Agroeste N/S GRÃOS AM 50-60 SMDENT A 1,38 2,50 A CO, SE, NE e PR, RO,TO Agroeste N/S GRÃOS AM 50-60 SMDENT A 1,38 2,50 A CO, SE, NE e PR, RO,TO Agroeste N/S GRÃOS AM 50-60 SMDENT A 1,38 2,50 A CO, SE, NE e PR, RO,TO Agroeste N/S GRÃOS AL 60-70 SMDURO M 1,23 2,29 A RS, PR e SP, GO, MS e BA Agroeste N/S GRÃOS AL 60-70 SMDURO M 1,23 2,29 A RS, PR e SP, GO, MS e BA Agroeste N/S GRÃOS AL 60-70 SMDURO M 1,23 2,29 A RS, PR e SP, GO, MS e BA Agroeste N/S GRÃOS AL 60-65 SMDURO A 1,38 2,50 A SP, MG, GO, BA Agroeste N/S GRÃOS AL 60-65 SMDURO M 1,38 2,50 A SP, MG, GO, BA Agroeste S GRÃOS AL 55-60 SMDURO A 1,24 2,26 A PR, SP, GO, MS Agroeste S GRÃOS AL 65-75 SMDURO A 1,45 2,60 A RS, PR e SP, SUL DE MG Agroeste S GRÃOS AL 65-75 SMDURO A 1,45 2,60 A PR, SP, MG, GO, BA, MS, MT Agroeste S GRÃOS AL 65-75 SMDURO A 1,45 2,60 A SUL e MS, MT, GO, SP, MG Agroeste S GRÃOS AL 55-60 SMDURO A 1,22 2,24 A SUL e MS, MT, GO, SP Agroeste S GRÃOS AL 55-60 SMDURO A 1,85 2,05 A SUL e MS, MT, GO, SP Agroeste S GRÃOS AL 60-65 SMDURO A 1,30 2,45 A SUL e MS, MT, GO, SP, MG Agroeste N/S G/SPI/SGU AL 60-65 SMDENT A 1,40 2,67 A SUL e SP, MG e MS Agroeste S GRÃOS AL 65-75 SMDURO A 1,40 2,40 A SUL Agroeste C/N/T/S G/SPI AL 50-55 SMDURO A 1,30 2,40 M e B/M SUL,SE,CO,NE,N Sta. Helena C/N/T G/SPI AM 50-55 DENTADO A 1,60 2,70 M/A SUL,SE,CO,NE,N Sta. Helena C/N/T/S G/SPI LR 55-60/50-55 SMDURO A 1,30 2,40 M/A SUL,SE,CO,NE,N Sta. Helena C/N/T/S G/SPI LR 60-65/50-55 DURO A 1,10 2,20 M/A SUL,SE,CO,NE,N Sta. Helena C/N/S G/SGU LR 55-60/50-55 SMDURO M 1,00 2,00 M/A SUL,SE,CO,NE,N Sta. Helena C/N/S G/SGU LR 55-60/50-55 DURO M 1,00 2,00 M/A SUL,SE,CO,NE,N Sta. Helena C/N/S G/SGU LR 55-60/50-55 SMDURO A 1,20 2,20 M/A SUL,SE,CO,NE,N Sta. Helena C/N/T/S G/SGU LR 60-65/50-55 DURO A 1,10 2,20 M/A SUL,SE,CO,NE,N Sta. Helena C/N G/SGU AV 55-60 DURO A 1,20 2,30 A SUL,SE,CO,NE Sta. Helena C/N/T/S G/SGU LR 60-65/55-60 DURO A 1,00 2,10 A SUL,SE,CO,NE,N Sta. Helena C/N/T/S G/SGU AV 60-65/50-55 DURO A 1,10 2,20 A SUL,SE,CO,NE,N Sta. Helena C/N/T/S G/SGU AV 60-65/50-55 DENTADO M 1,30 2,60 M/A SUL,SE,CO,NE,N Sta. Helena C/N/T/S G/SGU AV 60-65/50-55 DENTADO M 1,30 2,60 M/A SUL,SE,CO,NE,N Sta. Helena N/S G/SPI/MV AM/AL 45-50/35-40 SMDENT M 1,25 2,32 B/M BRASIL CATI N/S G/SPI AL 50-60/40-45 SMDURO M 1,18 2,22 B/M BRASIL CATI N/S G/SPI AL 50-55/40-45 SMDURO M 1,20 2,25 B/M BRASIL CATI N/S SPI/MV AM 40-45/30-35 DENTADO M 1,30 2,30 M BRASIL CATI N/S GRÃOS BRANCO 45-50/35-40 SMDURO M 1,30 2,30 B/M BRASIL CATI C/N/S G/SPI AM/AL 55-60 SMDENT A 1,25 2,35 B/M CO IAC C/N/S G/SPI AL 55-60 SMDURO A 1,30 2,40 M/A CO Agro-Sena C/N/S PIPOCA AL 60-65 DURO M 1,10 2,04 A SP IAC-Sellas N/S G/SPI AL 50-60 SMDURO M 1,09 1,94 B/M Sul, SE, CO e Paraguai Coodetec S GRÃOS AM 55-65 SMDURO M 1,00 2,00 A Sul e Paraguai Coodetec S GRÃOS AM 55-65 SMDURO M 1,00 2,00 A Sul e Paraguai Coodetec N G/SPI AL 50-60 SMDURO A 1,20 2,30 M/A Sul, SE, CO e Paraguai Coodetec N G/SPI AL 50-60 SMDURO A 1,20 2,30 M/A SUL, SE e CO Coodetec N GRÃOS AL 60-70 DURO A 1,50 2,80 A Sul, SE, CO e Paraguai Coodetec N GRÃOS AL 60-70 DURO A 1,50 2,80 A Sul, SE, CO e Paraguai Coodetec N G/SPI AM 55-65 SMDENT A 1,50 2,70 M/A SUL, SE e CO Coodetec N/S GRÃOS AL 50-60 SMDURO A 1,35 2,10 B/M SUL, SE e CO Coodetec N GRÃOS AM 60-70 SMDURO A 1,20 2,10 A Sul Coodetec S GRÃOS AL 50-60 SMDURO A 1,13 2,08 B/M Sul Coodetec S GRÃOS AM/AL 55-65 SMDURO A 1,08 2,18 M/A Sul Coodetec S GRÃOS AM/AL 60-65 SMDURO A 1,20 2,10 A SUL, SE e CO Coodetec C PIPOCA AM/AL 75 SMDURO M 1,16 2,20 B/M RS e SC Fepagro N GRÃOS BRANCO 40 DENTADO M 1,69 2,72 B RS e SC Fepagro N GRÃOS AL 50 SMDURO M 1,13 2,26 B RS e SC Fepagro N GRÃOS AM/AL 55 SMDENT MA 1,14 2,34 M/A RS e SC Fepagro

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Cod. Cultivar cultivar 1 GNZ 2004 2 GNZ 2005 3 GNZ 9505 PRO 4 GNZ 9501 PRO 5 GNZ 9688 PRO 6 GNZ 9626 PRO 7 GNZ 2005 YG 1 IPR 114 2 IPR 119 3 IPR 127 4 IPR 164 1 PZ 677 2 PZ 242 3 PZ 240 4 PZ 204 5 PZ 316 1 DG 501 2 DG 601 3 DG 213 4 DG 627 1 BM 810 2 BM 3061 3 BM 620 4 BM 502 5 BM 709 6 BM 207 7 BM 911 8 BM 3066 9 BM 3063 10 BM 820 11 BM 840PRO 12 BM 780PRO 13 BM 650PRO2 14 BM 3063PRO2 15 BM 709PRO2 1 PL 6880 2 BRAS 3010 3 LG 6304 YG 4 LG 6304 PRO 5 LG 6030 YG 6 LG 6030 PRO 7 LG 6036 PRO 8 LG 6036 PRO2 9 LG 6038 PRO 10 LG 6038 PRO2 11 LG 6033 PRO2 12 LG 6050 PRO2 13 SG 6418 14 SG 6011 15 SG 6302 1 ENGOPA 501 1 SCS 154 - Fortuna 2 SCS155 Catarina 3 SCS156 Colorado 1 ORION 2 TAURUS 1 ZNT 1530 2 ZNT 3310 3 ZNT 2030 4 ZNT 2353 5 PR 27 D 28 6 PR 27 D 29 7 PR 1150 8 PR 3350 1 Agri 143 2 Agri 104 1 RG 01 2 RG 02 A 3 ROBUSTO 4 RG 03 1 ALFA 10

Transgênica/ Tipo de Tipo convencional transgênica convencional HS convencional PRO HTm transgênica PRO HS transgênica PRO HS transgênica PRO HS transgênica YG HS transgênica HTm convencional V convencional HD convencional HS convencional V convencional HD convencional HT convencional HS convencional HS convencional HS convencional HT convencional HS convencional HD convencional HS convencional HS convencional HT convencional HT convencional HD convencional HS convencional HD convencional HT convencional HS convencional HT convencional PRO HS transgênica PRO HS transgênica PRO2 HS transgênica PRO2 HS transgênica PRO2 HT transgênica HS convencional HT convencional YG HD transgênica PRO HSM transgênica YG HSM transgênica PRO HS transgênica PRO HS transgênica PRO2 HS transgênica PRO HS transgênica PRO2 HS transgênica PRO2 HS transgênica PRO2 HS transgênica HS convencional HT convencional HSm convencional HT convencional V convencional V convencional V convencional V convencional HD convencional HD convencional HS convencional HT convencional HD convencional HD convencional HD convencional HD convencional HS convencional HT convencional HS convencional HS convencional HD convencional HD convencional V convencional HT convencional HS

Ciclo Graus Dias /dias P 850 SP 820 SP 815 P 860 P 840 P 840 SP 820 P 870 P 890 P 865 P 870 P 725 P 727 P 874 P 874 P 874 P 820 SP 810 SP 813 P 830 P 822 P 882 SP 807 P 852 SMP 867 P 852 SP 807 P 838 P 867 P 852 P 852 P 852 SMP 892 P 867 SMP 867 N 900 P 815 P 850 P 850 P 890 P 890 P 885 P 885 P 860 P 860 P 850 P 880 P 865 SP 790 P 800 N SI P SI P SI P SI N SI N SI SP 780 SP 790 SP 790 P 820 SP 785 P 805 P 820 SP 790 P SI P SI P 765 P 760 P 780 P 790 P 850

Época de Plantio N/S N/S N/S N/S N/S N/S N/S N N/S N/S N/S C/N/S N/S N N/S N/S N/S N/S N/S N/S N/S N/S N/S N/S N/S N/S N N N/S N/S N/S N/S N/S N/S N/S N/S N/S C/N/T/S C/N/T/S C/N/S C/N/S C/N/S C/N/S C/N/S C/N/S C/N/S C/N/S N N/S N/S N/S C/N C/N C/N N/S N/S C/S N/S N/S N/S N/S N/S N/S N/S N/S N/S N/S N/S N/S N/S C/N/T/S

Uso G/SPI/MV GRÃOS GRÃOS GRÃOS/SPI GRÃOS/SPI GRÃOS GRÃOS GRÃOS GRÃOS GRÃOS GRÃOS Grãos/Silagem Grãos/Silagem

GRÃOS GRÃOS Grãos/Silagem

G/SPI/SGU G/SGU G/SPI/SGU G/SPI/SGU GRÃOS SPI/MV GRÃOS GRÃOS GRÃOS G/SPI GRÃOS G/SPI G/SPI GRÃOS G/SPI GRÃOS G/SPI G/SPI GRÃOS G/SPI G/SPI G/SGU G/SGU G/SPI/SGU G/SPI/SGU G/SPI/SGU G/SPI/SGU G/SPI G/SPI G/SPI G/SPI GRÃOS GRÃOS G/SPI/SGU G/SPI GRÃOS GRÃOS GRÃOS GRÃOS G/SPI GRÃOS GRÃOS G/SPI GRÃOS G/SPI G/SPI GRÃOS GRÃOS GRÃOS GRÃOS G/SPI G/SPI G/SPI G/SPI GRÃOS

Cor do grão AM/AL AL AL AM/AL AV AL AL AM BRANCO BRANCO AM AL AL AL AM AM AM AM AM AM AV AM AV AV AV/AL AV AM AM AM AV AM AV/AL AM AM AV/AL AM AM AM/AL AM/AL AM/AL AM/AL AM/AL AM/AL AM/AL AM/AL AM/AL AM/AL AM/AL AL AM/AL AM AM/AL AM/AL AV AV AL AL AL AV/AL AL AV LR LR AL AM/AL AL AL AL AL AM AL

Densidade (Plantas/ha) 50-57/45-50 55-60/50-55 60-65 55-60 60-65 55-60 55-60/50-55 50-55 55-60/45-50 50-55/45-50 50-55 50-55 50-55 55-60 60-65 55-60 50-55/45-50 55-60/50-55 55-65/50-60 55-60/50-55 60-65/50-55 45-60 60-65/45-55 60-65/50-55 60-65/50-55 60-65/50-55 60-70 60-70 60-65/50-55 60-65/50-55 60-65/50-55 60-65/50-55 60-65/50-55 60-65/50-55 60-65/50-55 55-60 45-60 55-62 55-62 50-60 50-60 55-70 55-70 55-62 55-62 55-62 55-62 55 55-65 55-60 45-50 50 50 50 55-60 55-65 60-62/50-55 55-60 50-55 50-55 50-60 50-60 55-65 55-65 50-60/40-45 50-60/40-45 50-55 50-55 50-55 50-55 50-60

Textura Resistência Altura do grão Acamamento Espiga (m) SMDENT M 1,15-1,30 SMDURO M 1,10-1,30 SMDENT A 1,10-1,30 SMDURO M 1,30-1,40 SMDURO A 1,40-1,60 SMDURO M 1,30-1,50 SMDURO M 1,10-1,30 SMDURO M 1,15 SMDURO M 1,25 DURO M 1,15 SMDURO M 1,15 SMDURO A 1,15 SMDURO A 1,17 DURO A 1,10 SMDENT A 1,20 SMDENT A 1,20 SMDURO A 1,15 SMDURO A 1,10 SMDURO A 1,10 SMDURO A 1,10 SMDURO A 1,30 DENTADO M 1,60 SMDURO A 0,80 SMDURO A 1,30 SMDENT A 1,50 SMDURO A 1,20 SMDENT A 0,80 DENTADO A 1,40 DENTADO A 1,40 DURO A 1,20 SMDURO A 1,20 SMDURO A 1,20 SMDURO A 1,20 DENTADO A 1,40 SMDENT A 1,50 DENTADO M 1,35 SMDURO M 1,40 SMDURO M 1,10 SMDURO M 1,10 SMDURO A 1,60 SMDURO A 1,60 SMDURO A 1,55 SMDURO A 1,55 SMDURO A 1,6 SMDURO A 1,6 SMDURO A 1,15 SMDURO A 1,2 DURO M 1,16 DURO A 1,00 SMDURO A 1,20 DENTADO M 1,80-2,20 DURO A 1,20 DURO A 1,20 DURO A 1,30 SMDENT MA 1,20 SMDURO M 1,30 SMDURO MA 1,10 SMDURO MA 1,15 SMDURO M 1,20 SMDURO M 1,25 SMDURO MA 1,20 SMDURO MA 1,25 SMDURO A 1,20 SMDURO MA 1,15 SMDURO A 1,00 SMDURO A 0,90 SMDURO A 1,20 SMDURO A 1,10 SMDURO M 1,40 SMDENT A 1,20 SMDURO A 1,10

Altura Nível Região de Planta (m) Tecnologia adaptação 2,30-2,70 A SE,NE,SUL,CO,N 2,10-2,40 M/A SE,NE,SUL,CO,N 2,10-2,30 a PR, SE, CO 2,30-2,40 A PR,SE,NE,CO,N 2,50-3,00 A PR, SE, CO, MS 2,30-2,70 A PR, SE, CO, MS 2,10-2,40 M/A SE,NE,SUL,CO,N 2,30 M SUL, CO, SP, MG e RO 2,40 M/A SUL, CO e SP, MG 2,30 M/A SUL, CO e SP, MG 2,30 M SUL, CO, SP, MG e RO 2,25 M N,NE,CO,SE,Paraná 2,30 M/A N,NE,CO,SE,Paraná 2,20 A N,NE,CO,SE,Paraná 2,10 A N,NE,CO,SE,Paraná 2,10 M/A N,NE,CO,SE,Paraná 2,20 M/A BRASIL 2,10 A BRASIL 2,10 M/A BRASIL 2,20 A BRASIL 2,50 M/A SUL,SE,CO,NE,N 2,80 M/A SUL,SE,CO,NE,N 2,20 M SUL,SE,CO 2,50 M SUL,SE,CO,NE,N 2,60 A SUL,SE,CO 2,40 M/B SUL,SE,CO,NE,N 2,20 A SUL,SE 2,40 A SUL,SE 2,40 M/A SUL,SE,CO,NE,N 2,20 A SE,CO 2,20 A SE,CO 2,20 A SE,CO 2,20 A SE,CO 2,40 M/A SUL,SE,CO,NE,N 2,60 A SUL,SE,CO 2,62 M BRASIL 2,70 M BRASIL 2,10 A BRASIL 2,10 A BRASIL 2,60 A BRASIL 2,60 A BRASIL 2,50 A BRASIL 2,50 A BRASIL 2,60 A PR,CO,N,NE 2,60 A PR,CO,N,NE 2,30 A SUL,CO, SE e N 2,40 A SUL,CO, SE e N 2,10 M SUL e MS 2,10 A BRASIL 2,20 M/A BRASIL 2,80-3,20 B/M CO 2,30 B/M SUL 2,30 B/M SUL 2,40 B/M SUL 2,10-2,30 B/M SE, CO e NE 2,35-2,70 M/A e A SE, CO e NE 2,10 M/A CO, PR,SP,MG,TO,MA,BA ePI 2,30 M/A NE, SE,CO e PR 2,25 B/M NE, SE,CO e PR 2,30 B/M NE, SE,CO e PR 2,25 B/M BRASIL 2,30 B/M BRASIL 2,25 M/A e A SE,CO,NE e PR 2,20 MA NE, CO, SE e PR 2,10 M/A CO e SE de 200 a 60Om de altitude) 1,90 M/A CO e SE de 200 a 60Om de altitude) 2,30 M SUL, SE, CO e BA, RO, MA e TO 2,50 A SUL, SE, CO e BA, RO, MA e TO 2,60 M SUL, SE, CO e BA, RO, MA e TO 2,10 A SUL, SE, CO e BA, RO, MA e TO 2,10 M/A CO, NE, NORTE, SE

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Empresa Geneze Geneze Geneze Geneze Geneze Geneze Geneze Iapar Iapar Iapar Iapar Primaiz Primaiz Primaiz Primaiz Primaiz Datagene Datagene Datagene Datagene Biomatrix Biomatrix Biomatrix Biomatrix Biomatrix Biomatrix Biomatrix Biomatrix Biomatrix Biomatrix Biomatrix Biomatrix Biomatrix Biomatrix Biomatrix Limagrain Guerra Limagrain Guerra Limagrain Guerra Limagrain Guerra Limagrain Guerra Limagrain Guerra Limagrain Guerra Limagrain Guerra Limagrain Guerra Limagrain Guerra Limagrain Guerra Limagrain Guerra Limagrain Guerra Limagrain Guerra Limagrain Guerra

Agência Emater Epagri Epagri Epagri Bionacional Bionacional Priorizi Priorizi Priorizi Priorizi Priorizi Priorizi Priorizi Priorizi Agricom Seeds Agricom Seeds Selegrãos Selegrãos Selegrãos Selegrãos Sementes Alfa

31


Cod. cultivar 2 3 4 1 2 3 1 2 3 4 5 6 1 2 3 4 5 6 7 8 9 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 1 2 3 4 5 1 2 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 6 7

Cultivar ALFA 90 ALFA 20 ALFA 50 SM 966 SM 511 FTH960 PRE 22D11 PRE 32D10 PRE 22T10 PRE 22S11 PRE 22T10 TP PRE 22S11 TP AX 727 MS 2010 MS 2013 AM 606 AM 811 AM 997 AM 4003 AM 4002 AM 4001 RB 9108 PRO RB 9210 RB 9210 PRO RB 9210 PRO2 RB 9308 RB 9308 YG RB 9308 PRO RB 9110 PRO RB 9004 PRO RB 9005 PRO RB 9006 PRO RB 9006 PRO2 RB9077 PRO RK3014 BALU 184 BALU 761 BALU 188 BALU 480 PRO BALU 280 PRO DSS 1001 Ipanema ADV9275PRO ADV9434PRO PAC105 ADV9339 ADV9860 JM 4M50 JM 4M02 JM 3M51 JM 2M77 JM 2M55 JM 2M70 JM 2M90

Transgênica/ Tipo de Tipo convencional transgênica convencional HS convencional HD convencional HSM convencional HT convencional HS convencional HT convencional HD convencional HD convencional HT convencional YG HS transgênica YG HT transgênica HS convencional HS convencional HS convencional HS convencional HS convencional HS convencional HS convencional V convencional V convencional PRO V transgênica HS convencional PRO HS transgênica PRO2 HS transgênica HS convencional YG HT transgênica PRO HT transgênica PRO HT transgênica PRO HS transgênica PRO HS transgênica PRO HS transgênica PRO2 HS transgênica PRO HS transgênica HT convencional HT convencional HD convencional HD convencional PRO HT Transgênica PRO HS Transgênica HS convencional HIV convencional PRO V Transgênica PRO HS Transgênica HS Convencional HS Convencional HS Convencional HS Convencional HD Convencional HD Convencional HT Convencional HS Convencional HS Convencional HS Convencional HS

Ciclo Graus Dias /dias N 900 N 830 N 900 P 850 P 870 P 850 SP 810 P 845 SP 805 SP 810 SP 805 SP 810 P SI P SI P SI SP SI P SI P SI SMP SI SMP SI P SI P 845 SP 810 SP 810 SP 810 P 858 P 858 P 858 SP 790 P 865 P 840 P 825 P 825 N 880 P 830 P 792 P 798 SP 790 P 842 P 790 SMP SI N SI P 850 P 859 P 850 P 868 P 860 P 840 P 840 P 850 P 850 P 840 P 850 P 840

Época de Plantio C/N/T/S C/N/T/S C/N/T/S C/N/T/S C/N/T/S C/N/T/S C/N/S C/N/S C/N/S C/N/S C/N/S C/N/S C/N/S C/N/S C/N/S C/N/S C/N/S C/N/S C/N/S C/N/S C/N/S N N/S N/S N/S N/S N/S N/S N/S N/S N/S N/S N/S N N/S C/N/S C/N/S C/N/S C/N/S C/N/S N/S N/S V/S V/S V/S V/S V/S N/T/S N/T/S N/T/S N/T/S N/T/S N/T/S N/T/S

Uso G/SPI/MV G/SPI/MV G/SPI/MV G/SPI G/SPI G/SPI G/SPI G/SPI G/SPI G/SPI G/SPI G/SPI G/SPI G/SPI/MV G/SPI/MV G/SPI/MV G/SPI/MV G/SPI/MV G/SPI/MV G/SPI/MV G/SPI/MV G/SPI GRÃOS GRÃOS GRÃOS G/SPI G/SPI G/SPI GRÃOS G/SPI GRÃOS G/SPI G/SPI G/SPI G/SPI G/SPI G/SPI G/SPI G/SPI G/SPI G/SPI G/SPI G/SPI G/SPI GRÃOS GRÃOS GRÃOS GRÃO G/SPI G/SPI GRÃO G/SPI G/SPI G/SPI

Cor do grão AM AM AL AL AV AL AL AL AM AM/AL AM AM/AL AM/AL AM/AL AL AM/AL AM/AL AM/AL AM AL AL AM/AL AL AL AL AL AL AL AM/AL AM AM/AL AL AL AL AL AV AL AL AL AL AL AM AM/LR LR LR LR LR LR AL AL AL AM/AL AL AL

Densidade (Plantas/ha) 45-50 45-50 45-50 55-70 55-70 55-70 55-63 55-75 55-75 55-80 55-75 55-80 55-65 55-65 55-65 55-65 55-65 55-65 45-55 45-60 45-60 60-65 65-70/55-65 65-70/55-65 65-70/55-65 50-60/50-55 50-60/50-55 50-60/50-55 60-70/50-60 60-65 60-70/55-60 60-65/50-60 60-65/50-60 50-60 50-60/50-55 45-55 55-60/45-50 55-60 50-55 60-65 50 50 65-70/55-60 60-65/55-60 60-65/55-60 60-65/55-60 60-65/55-60 55-70/50-55 55-65/50-55 55-60/50-55 55-65/50-55 55-70/50-55 55-70/50-55 55-70/50-56

Textura Resistência Altura do grão Acamamento Espiga (m) SMDURO A 1,55 SMDURO A 1,20 SMDURO A 1,25 SMDURO MA 1,20 SMDURO MA 1,15 SMDURO MA 1,20 SMDURO M 1,30 SMDURO A 1,40 SMDURO A 1,40 SMDURO A 1,00 SMDURO A 1,40 SMDURO A 1,00 SMDENT A 0,75-1,65 SMDENT M 0,95-1,56 SMDURO M 0,80-1,65 SMDURO MA 0,70-1,30 SMDENT A 0,80-1,50 SMDENT A 0,90-1,58 SMDENT A 0,80-1,40 SMDURO A 0,80-1,40 SMDURO A 0,80-1,20 SMDENT A 1,20-1,50 DURO A 1,00-1,20 DURO A 1,00-1,20 DURO A 1,00-1,20 DURO MA 1,30-1,60 DURO MA 1,30-1,60 DURO MA 1,30-1,60 SMDENT A 1,00-1,10 DENTADO A 1,10-1,30 SMDENT A 1,10-1,40 DURO A 1,00-1,30 DURO A 1,00-1,30 DURO MA 1,30-1,60 DURO A 1,10-1,30 DURO A 0,93 DURO A 1,02 SMDURO A 0,95 SMDURO A 1,04 DURO A 0,94 SMDURO MA 1,20 SMDENT MA 1,36 SMDURO BOA 1,60 SMDURO BOA 1,70 SMDURO BOA 1,55 SMDURO BOA 1,45 SMDURO BOA 1,60 DURO M/A 1,15 SEMIDUR M 1,10 SEMIDUR A 1,15 SEMIDUR A 1,15 SEMIDENT A 1,15 SEMIDUR A 1,15 SEMIDUR A 1,15

Altura Nível Região de Planta (m) Tecnologia adaptação 2,80 M/A CO, NE, NORTE, SE 2,20 M/A CO, NE, NORTE, SE 2,30 M/A CO, NE, NORTE, SE 2,40 M/A SUL, SE,CO eNE 2,20 M/A SUL, SE,CO eNE 2,40 M/A SUL, SE,CO eNE 2,30 M/B CO/SUL 2,40 M/B CO/SUL 2,40 M/A CO/SUL 2,00 A CO/SUL 2,40 M/A CO/SUL 2,00 A CO/SUL 1,52-2,50 M/A SUL, CO e MG e SP 1,80-2,90 M/A SUL, CO e MG e SP 1,55-2,50 M/A SUL, CO e SP 1,45-2,50 M/A MS 1,50-2,50 M/A SUL, CO e SP 1,60-2,55 M/A SUL, MS, MT 1,95-2,50 M SUL 1,95-2,50 M SUL e MS e SP 1,60-2,00 M SUL 2,10-2,50 A SE,NE,CO 1,90-2,20 M/A BRASIL 1,90-2,20 M/A BRASIL 1,90-2,20 M/A BRASIL 2,20-2,60 M/A SE,NE,SUL,CO,N 2,20-2,60 M/A SE,NE,SUL,CO,N 2,20-2,60 M/A SE,NE,SUL,CO,N 1,90-2,10 A SE,SUL,NE,CO,N 1,90-2,10 A SE,SUL,NE,CO,N 2,00-2,40 A SE,SUL,NE,CO,N 2,00-2,20 M/A SE,SUL,NE,CO,N 2,00-2,20 M/A SE,SUL,NE,CO,N 2,20-2,60 M/A SE,NE,CO,N 1,90-2,10 M SE,NE,CO,N 2,00 M BRASIL 2,16 M BRASIL 2,05 A BRASIL 2,19 A BRASIL 2,06 A BRASIL 2,35 SI S,SE,CO,NE,N 2,38 SI S,SE,CO,NE,N 2,60 A SUL,TRANSIÇÃO e CENTRO 2,70 A TRANSIÇÃO e CENTRO 2,60 A TRANSIÇÃO e CENTRO 2,50 A TRANSIÇÃO e CENTRO 2,60 A TRANSIÇÃO e CENTRO 2,10 M SUL, CO, MG, SP e BA 2,10 M SUL, CO, MG, SP e BA 2,18 M SUL, CO, MG, SP e BA 2,15 M/A e A SUL, CO, MG, SP e BA 2,20 M/A e A SUL, CO, MG, SP e BA 2,20 M/A e A SUL, CO, MG, SP e BA 2,15 M/A e A SUL, CO, MG, SP e BA

Empresa Sementes Alfa Sementes Alfa Sementes Alfa Beckman Sementes KWS Melhoramento e Sem. Beckman Sementes Sempre Sementes Sempre Sementes Sempre Sementes Sempre Sementes Sempre Sementes Sempre Sementes Melhoramento Agropastoril Melhoramento Agropastoril Melhoramento Agropastoril Melhoramento Agropastoril Melhoramento Agropastoril Melhoramento Agropastoril Melhoramento Agropastoril Melhoramento Agropastoril Melhoramento Agropastoril Riber Kws Sementes S.A. Riber Kws Sementes S.A. Riber Kws Sementes S.A. Riber Kws Sementes S.A. Riber Kws Sementes S.A. Riber Kws Sementes S.A. Riber Kws Sementes S.A. Riber Kws Sementes S.A. Riber Kws Sementes S.A. Riber Kws Sementes S.A. Riber Kws Sementes S.A. Riber Kws Sementes S.A. Riber Kws Sementes S.A. Riber Kws Sementes S.A. Sementes Balu Sementes Balu Sementes Balu Sementes Balu Sementes Balu Di Solo Di Solo Advanta Sementes Advanta Sementes Advanta Sementes Advanta Sementes Advanta Sementes Jmen Sementes Jmen Sementes Jmen Sementes Jmen Sementes Jmen Sementes Jmen Sementes Jmen Sementes

Legenda: Tipo : V - variedade; HIV- Híbrido intervarietal; HD - Híbrido duplo; HT - Híbrido triplo; HTm - Híbrido triplo modificado; HS - Híbrido simples; HSm - Híbrido simples modificado. Ciclo : HP - hiperprecoce; SP - superprecoce; P - Precoce; SMP - Semiprecoce; N - Normal. Graus Dias/dias: valores sem especificação se referem a graus dias em ºC. Época de Plantio : C - Cedo; N - Normal; T - Tarde; S - Safrinha. Uso : G - Grãos; SPI - Silagem da planta inteira; SGU - Silagem de grãos úmidos; MV - Milho verde. Cor do Grão : AL - Alaranjado; LR - Laranja; AV - Avermelhado; AM - Amarela. Densidade de plantas : mil plantas na safra/mil plantas na safrinha. Textura do grão : SMDENT - Semidentado; SMDURO - Semiduro. Resistência ao Acamamento : A - Alta; M - Média; MA - Média a alta. Nível de Tecnologia : A - Alto; M - Média; B - Baixa. SI - Sem informação.

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Tabela 2 - Comportamento das cultivares de milho disponíveis no mercado brasileiro na safra 2014/15 em relação às principais doenças Codresistencia 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11

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Cultivar AG 1051 AG 4051 PRO AG 5011 AG 5011 YG AG 5055 PRO AG 7000 PRO2 AG 7088 AG 7088 RR2 AG 7088 PRO AG 7088 PRO2 AG 7088 PROX AG 7098 PRO AG 7098 PROX AG 7098 RR2 AG 7098 PRO2 AG 8011 PRO AG 8021 PRO AG 8025 AG 8025 RR2 AG 8025 PRO AG 8025 PRO2 AG 8041 PRO AG 8061 PRO AG 8061 RR2 AG 8061 AG 8061 PRO2 AG 8088 PRO AG 8088 PRO2 AG 8088 PROX AG 8500 PRO AG 8500 PRO2 AG 8500 RR2 AG 8544 PRO AG 8544 PRO2 AG 8544 PROX AG 8580 PRO AG 8580 PROX AG 8676 PRO AG 8676 PRO2 AG 8677 PRO2 AG 8690 PRO3 AG 8780 PRO AG 8780 PRO3 AG 9010 AG 9010 PRO AG 9030 PRO AG 9030 PRO2 AG 9030 AG 9030 RR2 AG 9040 AG 9040 YG AG 9045 AG 9045 RR2 AG 9045 PRO AG 9045 PRO2 AG 9045 PRO3 AG 9080 PRO AG 9080 PRO2 AG 9080 DKB 175 DKB 175 PRO DKB 177 DKB 177 PRO DKB177 PRO2 DKB177 PROX DKB177 RR2 DKB 185 PRO DKB 240 PRO DKB 240 PRO2 DKB 240 PRO3

Fusariose MT MT T T T MT MT MT MT MT MT T T T T MT AT SI SI SI SI MT MT MT MT MT MT MT MT T T T MT MT MT T T T T MT MT MT MT T T T T T T MT MT SI SI SI SI SI T T T MT MT MT MT MT MT MT MT MT MT MT

P. sorghi MT BT T T AT T T T T T T T T T T T T AT AT AT AT MT MT MT MT MT T T T T T T T T T T T T T T T T T BT BT MS MS MS MS MT MT AT AT AT AT AT T T T AT AT T T T T T T AT AT AT

Physopella MT MT MT MT BT T BT BT BT BT BT T T T T BT MT SI SI SI SI SI T T T T BT BT BT T T T T T T T T T T T MT MT MT BT BT MS MS MS MS MT MT SI SI SI SI SI T T T MS MS MS MS MS MS MS MT AT AT AT

P. polysora T AT BT BT AT AT T T T T T T T T T BT BT T T T T S T T T T T T T MT MT MT S S S T T T T MT MT MT MT MT MT S S S S BT BT T T T T T MT MT MT MS MS MS MS MS MS MS S AS AS AS

Phaeosphaeria T AT MT MT AT AT T T T T T T T T T T T MT MT MT MT T MT MT MT MT T T T T T T T T T MT MT T T MT MT S S MT MT MT MT MT MT SI SI T T T T T MT MT MT AT AT MS MS MS MS MS MT MT MT MT

Entezamento T T T T AT AT T T T T T SI SI SI SI MT MT SI SI SI SI SI SI SI SI SI MT MT MT T T T SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI MT MT SI SI SI SI T T SI SI SI SI SI T T T SI SI T T T T T MT BT BT BT

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H. turcicum T AT AT AT AT AT T T T T T T T T T T T MT MT MT MT T MT MT MT MT MT MT MT T T T MS MS MS MT MT MT MT MT MT MT MT T T MS MS MS MS MT MT AT AT AT AT AT T T T MS MS T T T T T T T T T

H. maydes T T AT AT ** T MT MT MT MT MT SI SI SI SI MT MT SI SI SI SI SI MT MT MT MT MT MT MT T T T SI SI SI MT MT T T SI SI SI SI T T SI SI SI SI MT MT SI SI SI SI SI T T T SI SI MT MT MT MT MT MT MT MT MT

Cercospora T T T T T AT T T T T T T T T T T BT BT BT BT BT MT S S S S MT MT MT T T T T T T MT MT MT MT T T MT MT BT BT MT MT MT MT M M BT BT BT BT BT T T T T T MT MT MT MT MT AT AS AS AS

Doenças colmo MT T T T T MT T T T T T T T T T MT AT T T T T T T T T T MT MT MT T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T AT AT MT MT MT MT MT AT T T T

Sanidade grãos BT BT BT BT T T T T T T T T T T T T AT MT MT MT MT T S S S S BT BT BT T T T T T T MT MT MT MT T T T T T T T T T T SI SI T T T T T T T T T T T T T T T T MT MT MT



Codresistencia 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43

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Cultivar DKB 240 RR2 DKB 245 DKB245 PRO DKB245 PRO2 DKB245 RR2 DKB250 DKB250 PRO DKB250 PRO2 DKB250 RR2 DKB275 PRO DKB 285 PRO DKB 290 PRO DKB 290 PRO3 DKB 310 PRO DKB 310 PRO2 DKB 315PRO DKB 330 DKB 330 PRO DKB 330 PRO2 DKB330 RR2 DKB340 PRO DKB340 PRO2 DKB 350PRO DKB 390 DKB 390 PRO DKB 390 PRO2 DKB 390 PROX DKB 390 RR2 DKB 395 PRO 30B30H 30B39H 30B39HR 30F35 30F35H 30F35HR 30F35YH 30F53 30F53E 30F53EH 30F53H 30F53HR 30F53YH 30F53YHR 30F90H 30K73 30K73H 30K73YHR 30K75 30K75Y 30R50 30R50H 30R50YH 30R50YHR 30S31 30S31H 30S31YH 30S31YHR 32R22H 32R22YHR 32R48H 32R48YH BG7032H BG7037H BG7046 BG7046H BG7049 BG7049H BG7049YH BG7051H BG7055 BG7060 BG7060H

Fusariose MT MT MT MT MT MT MT MT MT MS MS MT MT MT MT MT SI MS MS MS MT MT MS MT MT MT MT MT MT SI SI SI SI SI SI SI S S S S S S S SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI MR SI SI

P. sorghi AT AT AT AT AT AT AT AT AT AT AT AT AT AT AT MT MT T T T AT AT AT MT MT MT MT MT MT MR MR MR MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MR MR MR MR MR MR MS MS MS MS SI SI SI SI MS MS S S MS MS MS MS MS MS MS S S MR MR

Physopella AT AT AT AT AT AT AT AT AT MT MT AT AT MS MS T MS MT MT MT MS MS MS S S S S S S S MR MR MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS S MR MR MR MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS S S S S SI SI SI SI MR MR MR S MR MR MR

P. polysora AS AS AS AS AS AS AS AS AS MS MS AS AS MS MS MT S S S S MS MS AS MS MS MS MS MS MS S MS MS MR MR MR MR MS MS MS MS MS MS MS MR MR MR MR MR MR S S S S MR MR MR MR S S S S M MR M M MR MR MR S MR S S

Phaeosphaeria MT MT MT MT MT MT MT MT MT T T T T AT AT MT MS MT MT MT AT AT MS AT AT AT AT AT AT MS S S MR MR MR MR MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MR MR MR MR S S S S MS MR MS MS MR MR MR S MS MS MS

Entezamento BT BT BT BT BT BT BT BT BT SI SI BT BT AT AT T MT T T T AT AT T AT AT AT AT AT AT SI SI SI MR MR MR MR S S S S S S S MR MR MR MR MR MR S S S S S S S S S S S S SI SI SI SI MS MS MS S MR MR MR

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H. turcicum T T T T T T T T T AT AT T T MT MT MT T MS MS MS MT MT MT MS MS MS MS MS MS MR MS MS MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR S MR MR MR MS MS MR MR MR MR MR MR MR MR MS MS MR MR MS MR MS MS MR MR MR MR MR MR MR

H. maydes MT MT MT MT MT MT MT MT MT SI SI MT MT MT MT T T MT MT MT MT MT MT T T T T T T MS S S MR MR MR MR MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MR MR MR MR S S S S SI SI SI SI MR MR MR S MS MS MS

Cercospora AS AS AS AS AS AS AS AS AS MS MS AS AS AT AT S T MT MT MT AT AT T MS MS MS MS MS MS S MS MS MR MR MR MR MS MS MS MS MS MS MS S MR MR MR MR MR MS MS MS MS MR MR MR MR S S MR MR M M M M MR MR MR MR MR MR MR

Doenças colmo T T T T T T T T T AT AT T T T T MT T T T T T T T AT AT AT AT AT AT MR MR MR MR MR MR MR MS MS MS MS MS MS MS MR MR MR MR MS MS MS MS MS MS MR MR MR MR S S MR MR MR M MS MS MR MR MR MR MR MR MR

Sanidade grãos MT MT MT MT MT MT MT MT MT AT AT MT MT S S T MT MT MT MT S S MT T T T T T MT MR MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MR MR MR MR MR MS MS MS MS S S S S MR MR MS MS MS MS MS MS MS MS MS MR MR MR MR


Codresistencia 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26

Cultivar BG7060HR BG7061H BG7065H BG7318YH BG7330 BG7330H P1630H P2530 P2530H P2830H P3161 P3161H P3340 P3340H P3340YH P3431H P3646 P3646H P3646YH P3844H P3862H P3862YH P4285 P4285H P4285YH P4285YHR ATTACK TL CARGO CARGO TL CELERON TL DEFENDER Viptera FEROZ Viptera FÓRMULA TL GARRA Viptera IMPACTO IMPACTO Viptera IMPACTO Viptera 3 MAXIMUS VIP3 PENTA Viptera SOMMA Viptera SPRINT TL STATUS Viptera 3 Velox TL TORK TL TRUCK Viptera TRUCK Viptera 3 2A106 HR 2A120HX 2A550 Hx 2A550 PW 2A620PW 2B210PW 2B433 Hx 2B433 PW 2B512 HX 2B512 PW 2B587 2B587 HX 2B587 PW 2B587RR 2B604HR 2B604 Hx 2B604 PW 2B633PW 2B655 Hx 2B655 PW 2B688 HX 2B688 PW 2B688 RR 2B707 Hx 2B707 PW 2B710 HX

Fusariose SI SI SI SI SI SI SI MR MR S SI SI SI SI SI SI SI SI SI MT SI SI SI SI SI SI MS MR MR MR MR SI MR MR MR MR MR MR MS MR MS MR SI MS MR MR SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI

P. sorghi MR MS MS MR MS MS MS MR MR MS MR MR S S S MS MS MS MS SI MS MS MR MR MR MR MR MR MR MS MR SI MS MR MR MR MR MR MS MR MS MR SI MR MR MR MR MR MR MR MR SI MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MS MS MR

Physopella MR SI SI SI SI SI S SI SI MS SI SI MR MR MR SI SI SI SI SI SI SI MR MR MR MR MR SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI MR SI SI si SI MR MR si SI MS MS MR MR MR MR MR MR R R R si MR MR MR MR MR MR MR MR

P. polysora S M M S M M S S S MS MR MR MR MR MR MR S S S MR S S MR MR MR MR MR MR MR MS MR SI MS SI MR MR MR MR SI MR MS MR SI MR MR MR S MR MS MS MR MR MS MS MR MR MS MS MS MS MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR

Phaeosphaeria MS MS MS S MS MS S S S MS MS MS MR MR MR MS SI SI SI MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MS MR SI MS MR MR MR MR MR MS MR MS MS SI MR MR MR MS S MS MS MS MS MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR

Entezamento MR SI SI SI SI SI SI SI SI S SI SI S S S SI SI SI SI MR SI SI MR MR MR MR SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI MR SI SI MS MR MR MR MS SI S S MS MS R R R R MS MS MS MR MR MR MS MS MS R R MR

H. turcicum MR MS MS S MS MS S MR MR MR MS MS S S S MS MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR SI MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR SI MR MR MR MS MR MR MR MR MR MS MS MR MR MS MS MS MS MR MR MR MR MS MS MS MS MS MR MR MS

H. maydes MS SI SI SI SI SI SI SI SI MS SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI MR SI SI SI SI MR SI MR SI SI SI SI SI MR SI SI SI MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MS MS MS MR MS MS MR MR MR MS MS MS

Cercospora MR S MS MR S S MS MS MS MS S S MS MS MS S SI SI SI MR SI SI MR MR MR MR MS MR MR MS MR SI MS MS MR MR MR MR MS MR MS MR SI MS MR MR MS S MS MS MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR

Doenças colmo MR MS MS MR MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS SI SI SI MR SI SI MR MR MR MR MS MR MR MS MR SI MS MR MR MR MR MR MR MR MR MR SI MS MR MR MS R R R MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR R R R MR MR MR MR MR MR R R MR

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Sanidade grãos MR MS MS MR MS MS MR MR MR MS MR MR MR MR MR MS SI SI SI MR SI SI MR MR MR MR MS MR MR MR MR SI MR MR MR MR MR MS MR MR MR MR SI MR MR MR MR MS R R MR MR MR MR MR MR R R R R MR MR MR MR MR MR MS MS MS R R MS

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Codresistencia 27 28 29 30 31 32 33 34 35 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 25 26 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 1 2 3 4 5 6 7 8

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Cultivar 2B710 PW 2B610PW 2B810PW 2B877PW WxA504 WXB650 DB2A525 Hx DB2B339Hx 2B678Hx 20A55 20A55HR 20A55Hx 20A55PW 20A78 20A78HX 20A78PW 30A16HX 30A16PW 30A37 30A37Hx 30A37PW 30A37RR 30A68HX 30A68PW 30A77Hx 30A77PW 30A91HR 30A91Hx 30A91PW MG300PW MG652HX MG652PW MG699PW MG790PW BRS 1060 BRS 1010 BR 205 BR 206 BRS 2223 BRS 2020 BRS 2022 BR 106 BR 473 BRS Caatingueiro Sol-da-manhã BRS Planalto BRS Missões BRS Caimbé BRS Gorutuba SERTANEJO Saracura BRS 4103 NS 50 PRO NS 56 PRO NS 90 PRO NS 90 PRO2 NS 92 PRO BX 907 YG BX 967 YG BX 920 YG BX 898 YG BX 970 YG BX 970 BX 1293 YG XB 8010 XB 8010 Bt XB 7253 XB 9003 XB 9003 Bt XB 8030 XB 8030 Bt XB 6010

Fusariose SI SI SI SI SI SI SI SI SI MR MR MR MR SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI MR MR MR MR MR SI SI SI SI SI SI MR MR MR SI MS SI MR MR SI MR SI SI SI SI MR MR SI R MR R R R R R MR MS MR MR R MS MS MR MR MR MR MR MR

P. sorghi MR MR MR MS MR SI MR MR MS MS MS MS MS MR MR MR MS MS MR MR MR MR MS MS MR MR MS MS MS R R R R MS S MS MR MR MR MR SI MR MR SI MR SI MR R SI MR MR MS MR MR R R MR R MR MR MR MR MR MR MS MS MR MR MR MR MR MR

Physopella MR SI SI SI MR SI MR SI SI MS MS MS MS MR MR MR SI SI MS MS MS MS R R MR MR MR MR MR SI SI SI SI SI S MR MR MR MS R SI MR MR SI MR SI SI MS SI MR MR MS MS R R R MR SI MR MR R S S MR MR MR MR MR MR MR MR MR

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H. turcicum MS MR MS MR SI MR MS MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR R SI R MR MR MR MR SI MR MR SI MR SI MR SI SI MR MR SI MR R MR MR R R MS MR MR R R R MR MR MR MR MR MR MR MR

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Codresistencia 9 10 11 12 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 1 2 3 4 5 1 2 3 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 1 2 3 4 1 2 3 4 5

Cultivar XB 6012 XB 6012 Bt XB 7116 XB 4013 AS 1570 AS 1575PRO AS 1551 AS 1551PRO AS 1551PRO2 AS 1572PRO AS 3421YG AS 1590PRO AS 1596 AS 1596 PRO2 AS 1596 RR2 AS1555 PRO2 AS1555 PRO AS1555 RR2 AS1598 PRO AS1581 PRO AS1660 PRO AS1656 PRO2 AS1656 PRO3 AS1656RR2 AS1661PRO AS1665PRO AS1633PRO2 AS1573PRO AS1666PRO3 SHS 3031 SHS 4070 SHS 4080 SHS 4090 SHS 5050 SHS 5070 SHS 5090 SHS-5560 SHS 7070 SHS 7090 SHS-7770 SHS-7990 SHS-7990PRO2 AL Piratininga AL Avaré AL Bandeirante Cativerde 02 AL Bianco IAC AIRAN IAC 8390 IAC 125 CD 308 CD 316 CD 316Hx CD 384 CD 384Hx CD 393 CD 393Hx CD 397Pro CD 3464Hx CD 324Pro CD 3408Hx CD 3344Hx CD 3715PRO RS 20 RS 21 FEPAGRO 22 FEPAGRO S 395 GNZ 2004 GNZ 2005 GNZ 9505 PRO GNZ 9501 PRO GNZ 9688 PRO

Fusariose MR MR MS MS T T T T T T MS MT MT MT MT SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI T SI MT MT MT MT MS MT MT MT MT MT MT MT MT MS MS MS MS MS R R MR MR SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI MR MR MR MR MR R SI MR MR

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Physopella MR MR MR MR SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI MT MT MT MT MT MT MT MT MT MT MT MT MT MS MS MS MS MS MS MS S MR MR MR MS SI SI SI MR SI SI SI SI SI R MR R R MR R MR R R

P. polysora MR MR MS MR MT T MS MS MS MS T S T T T MS MS MS MT MT MS MS MS MS MT SI MT MS T MT MT MT MT MT MT MT MT MS MT MT MT MT MS MS MS MS MS MR MR S MS MS MS MR MR MS MS MS MS MR MR MS R R MR R R MS MR MR R MR

Phaeosphaeria MR MR MR MR T T MT MT MT T T T MT MT MT MS MS MS MT MT MT MS MS MS MS T T T T MT MT MT MT MS MS MS MT MS MT MT MT MT MS MS MS MS MS MR MR MR MS MS MS MR MR MR MR MR MR MS S S R R R R R MR MS MS R MR

Entezamento MR MR MR MR SI SI SI SI SI MS SI MS T T T SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI MS SI MT MS MT MT MT MS MT MT MT MT MT MS MS MS MS MS MS MS R R MS MR SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI R R R R R MR MR MR MR

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Cercospora MR MR MR MR MT MT MT MT MT MT T S T T T MS MS MS T T MT MS MS MS MS MT T MT SI MT MT MT MT MS MS MS MT MS MT MT MT MT MS MS MS MS MS MR R MS MR MR MR MR MR MR MR R S MS MS MS MR SI SI SI SI MS MS MS R MR

Doenças colmo MR MR MS MR T T T T T T SI SI T T T T T T T T T SI SI SI SI SI SI T SI MT MT MT MT MS MT MT T MT MT MT MT MT MS MS MS MS MS MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR R MR MR MR MR MR R MR R R MR MR R MR R

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Sanidade grãos MR MR MR MR T T MT MT MT T MT MT MT MT MT T T T T MT T MT MT MT SI SI T T SI MT MT MT MT MT MT MT MT T MT T MT MT MS MS MS MS MS MR R MR MR MR MR MS MS R R MR MR MR MR MR R R MR R R MR MR MS MR R

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Codresistencia 6 7 1 2 3 4 1 2 3 4 5 1 2 3 4 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 1 1 2 3 1 2 1 2 3 4 5 6 7 8 1 2 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3

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Cultivar GNZ 9626 PRO GNZ 2005 YG IPR 114 IPR 119 IPR 127 IPR 164 PZ 677 PZ 242 PZ 240 PZ 204 PZ 316 DG 501 DG 601 DG 213 DG 627 BM 810 BM 3061 BM 620 BM 502 BM 709 BM 207 BM 911 BM 3066 BM 3063 BM 820 BM 840 PRO BM 780PRO BM 650PRO2 BM 3063PRO2 BM 709PRO2 PL 6880 BRAS 3010 LG 6304 YG LG 6304 PRO LG 6030 YG LG 6030 PRO LG 6036 PRO LG 6036 PRO2 LG 6038 PRO LG 6038 PRO2 LG 6033 PRO2 LG 6050 PRO2 SG 6418 SG 6011 SG 6302 ENGOPA 501 SCS 154/Fortuna SCS155 Catarina SCS156 Colorado ORION TAURUS ZNT 1530 ZNT 3310 ZNT 2030 ZNT 2353 PR 27 D 28 PR 27 D 29 PR 1150 PR 3350 Agri 143 Agri 104 RG 01 RG 02 A ROBUSTO RG 03 ALFA 10 ALFA 90 ALFA 20 ALFA 50 SM 966 SM 511 FTH960

Fusariose MS R SI SI SI MR MR MR SI MR SI MT MT MT MT SI SI SI SI SI SI MR MR SI SI SI SI SI SI SI SI SI MS MS SI SI SI SI SI SI SI SI MS T MT SI MR MR MR MR MR SI MR MR MR SI SI SI SI MR R MR MR MR MR SI SI SI SI MT MT MT

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Physopella MS R SI SI SI SI S S SI R SI MT MT MT MT MR MR MS MR R MR MR MR MR MR MR MR MR MR R R MR MT MT MR MR MR MR MT MT MT MT SI BT MT SI SI SI SI MR S S MR MR MR MS SI MR MR R R R R R R MR MR MR MR MT MT MT

P. polysora MS MR MR MR MS MR MR R MR R R MS MS T MT MR MS MR MR MR MR S S MR MR MR MR MR MR MR MR MR S S MT MT M M MT MT MT MT MR MT T SI MR MR MR MR MR MS MR MR MR MR SI MR MR MR MR MR MR MR MR AR AR AR AR MR MS MS

Phaeosphaeria MS MS MR MR MR MR MR R MR MR R MT MS MT MS MR MS MS MR MR MR MS S MR MR MR MR MR MR MR MR MR MT MT MT MT MT MT MT MT MT MS MR MT MT SI S MS MR MR S/MS MR MR MR MR MR SI S MR R R T T T T S AR MR MR MT MT MT

Entezamento MR MR MR SI SI MR MR R MR R R MT MT T MT MR MR MS MR MR MR MS SI SI SI SI SI SI SI MR MR MR T T SI SI SI SI SI SI T T SI MT AT SI SI SI SI MR MR MS MR MR MR MS SI MR MR MR S T T T T MR MR MR MR T T T

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H. turcicum MR R SI SI SI MR MR R MR MR SI MT MT MT MT S MR S MS MS MS MR MR MS MS MS MS MS MS MS MR R MS MS MR MR MR MR MR MR MT MT MR T T SI MS MR MR MR S MR MR MR MR MS SI MR MS MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MT MT MT

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Doenças colmo MR MR MR MR MR MR MR MR SI MR SI MT MT MT T MR MR R MR R MR R MR MR MR MR MR MR MR R MR MR T T MS MS SI SI SI SI T T MS T T SI SI SI SI MR MR MR MR MR MR MR SI MR MR R R MR MR MR MR MR MR MR MR MT MT MT

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Codresistencia 1 2 3 4 5 6 1 2 3 4 5 6 7 8 9 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 1 2 3 4 5 1 2 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 6 7

Cultivar PRE 22D11 PRE 32D10 PRE 22T10 PRE 22S11 PRE 22S11 TP PRE 22T10 TP AX 727 MS 2010 MS 2013 AM 606 AM 811 AM 997 AM 4003 AM 4002 AM 4001 RB 9108 RB 9210 RB 9210 PRO RB 9210 PRO2 RB 9308 RB 9308 YG RB 9308 PRO RB 9110 PRO RB 9004 PRO RB 9005 PRO RB 9006 PRO RB 9006 PRO2 RB9077 PRO RK3014 BALU 184 BALU 761 BALU 188 BALU 480 PRO BALU 280 PRO DSS 1001 Ipanema ADV9275PRO ADV9434PRO PAC105 ADV9339 ADV9860 JM 4M50 JM 4M02 JM 3M51 JM 2M77 JM 2M55 JM 2M70 JM 2M90

Fusariose SI SI SI SI SI SI MR MR MR MR MR MR MR MR MR R R R R R R R R R R R R R R MR MS SI MR MR SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI

P. sorghi MR R MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR R R R R R R R R R R R R R R MR MR SI MR MR MR MR A M A A A R R MR MS R R MS

Physopella SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI MR R R R R R R R R R R R R R SI SI SI SI SI MR MR SI SI SI SI SI MR MS/MR MR MR MR MR MR

P. polysora MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR R R R R R R R MS R MS R R R MS MS SI SI SI SI MR MR M M M M M MR MR MR R MR R R

Phaeosphaeria MR MR MR MR MR MR MR MR MT MR MR MR MR MR MR R MS MS MS MR MR MR MS R MR MR MR MR MS MR MS SI MR MR MR MR M M M M M R MS/MR R R MS/MR R R

Entezamento MR MR MS MS MS MS SI SI SI SI SI SI SI SI SI R R R R MR MR MR MR R R MR MR MR R SI SI SI SI SI MR R SI SI SI SI SI R R R R R MR R

H. turcicum MS R MS T T MS MR MR MT MR MR MR MR MR MR R MR MR MR MS MS MS MR MR MR MS MS MS MR MR MR SI SI SI SI MR A A M M M MR MS/MR MR R R R R

H. maydes SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI R R R R R R R R R R R R R R SI SI SI SI SI MR MR SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI

Cercospora MS MR MS MR MR MS MR MR MT MR MR MR MR MR MR R MS MS MS R R R MS R MR R R R R SI SI SI SI SI SI SI A A A A A R MS MR R MR MR MR

Doenças colmo SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI R R R R R R R R R R R R R R MR MR SI MR MR SI SI SI SI SI SI SI MR MS MR R MS/MR MR MR

Sanidade grãos MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR MR R MR MR MR MR MR MR R MR R R R MR R MR MR SI MR MR SI SI A A A A A R R R MR MS/MR R R

Legenda: AT - Altamente tolerante; T - Tolerante; MT - Medianamente tolerante; BT - Baixa tolerância; AR - Altamente resistente, MR - Medianamente resistente; MS - Medianamente suceptível; S Suceptível; AS - Altamnete suceptível; SI - Sem informação.

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Fotos Thomas Newton Martin

Trigo

Na medida

A oferta mineral adequada às plantas de trigo é fundamental na busca por alta produtividade. E uma das tarefas básicas para que se obtenha sucesso no manejo da adubação dessa cultura reside na diagnose do solo que será cultivado para determinar a demanda correta de nutrientes

O

trigo é um cereal de grande importância econômica no mundo, muito usado na alimentação humana e animal, bem como em sistemas de rotações de culturas. Importante no sistema de plantio direto, pela palhada deixada na superfície, além de tratar-se de uma cultura que, se bem manejada, passa a ser economicamente viável. A ampliação da competitividade no mercado mundial de trigo passa obrigatoriamente pela elevação dos patamares de produtividade, buscando tecnologias que proporcionem incrementos de produção com custos ajustados. Dentre os aspectos ligados à construção e manutenção da produtividade por meio do manejo, destaca-se a adubação. A oferta mineral em quantidades e em estádios responsivos proporciona ótimos rendimentos, quando não se tem outros limitantes. Inicialmente deve-se considerar que a maximização da utilização de nutrientes pela planta passa por condicionantes do solo como estrutura e pH, que devem estar ajustados em patamares que permitam um melhor aproveitamento da água e melhor disponibilização dos nutrientes para as plantas de trigo. Deve-se considerar que a disponibilização de água

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para o sistema, formando a solução do solo, é fundamental para que os nutrientes possam ser absorvidos pelas plantas. São vários os elementos minerais essenciais para o crescimento e desenvolvimento da planta de trigo. Considera-se que os elementos nitrogênio (N), fósforo (P) e potássio (K) normalmente são os nutrientes que mais limitam a produtividade da cultura. Considerando valores médios, uma lavoura que produz três toneladas de grãos por hectare extrai do solo 84kg/ha de nitrogênio, 11,7kg/ha de fósforo e 59,7kg/ha de potássio, sendo que, destes, 60,3kg de N, 9,6kg de P e 10,5kg de K são exportados pelos grãos, e o restante retorna ao solo pela decomposição dos restos culturais (Pauletti, 1998). O nitrogênio é destacado como o mais limitante na produtividade, por possuir influência direta nos componentes do rendimento, como o número e tamanho de espigas e massa de grãos (Mundosck, 2005). Possui papel fundamental na constituição de biomoléculas e inúmeras enzimas, e constitui os amidos, ácidos nucleicos, nucleotídeos, ATP, Nadh, clorofilas e proteínas. Este elemento está relacionado ao crescimento e rendimento

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das culturas, tendo participação importante na molécula de clorofila, que exerce funções regulatórias das reações de síntese, sendo que a escassez de nitrogênio afeta diretamente a capacidade fotossintética das plantas. Sua deficiência é observada inicialmente com o amarelecimento e clorose de folhas inferiores (velhas). Para os estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, a quantidade de N a ser aplicada varia conforme o teor de matéria orgânica do solo, determinado pela análise do solo. Assim, a necessidade de N pode variar de 20kg/ha a 60kg/ha se o trigo for antecedido por leguminosa e de 20kg/ha a 80kg/ha se for antecedido por gramínea, considerando-se expectativas de rendimento de duas toneladas/ha. Se a expectativa de produtividade for superior a isso, acrescentar 20kg de N/ha em trigo após leguminosa e 30kg de N/ha em trigo após gramínea, por tonelada de grãos a mais a serem produzidos (Comissão de Química e Fertilidade do Solo RS/SC (SBCS, 2004). Desta quantidade total de N, recomendase aplicar entre 15kg/ha e 20kg/ha no momento da semeadura do trigo e o restante em cobertura, entre os estádios de afilhamento


e de alongamento do colmo. Para as doses mais elevadas, pode-se parcelar a cobertura em duas aplicações, sendo uma no início do afilhamento e a outra no afilhamento pleno. O parcelamento confere os melhores resultados. A cultura antecessora também influencia no processo de tomada de decisão, no caso de resteva de milho e, quando há muita palha, convém antecipar adubação nitrogenada de cobertura, especialmente em solos arenosos ou com baixos teores de matéria orgânica. A quantidade de nitrogênio a ser aplicada também deve ser avaliada, e essa é determinada de acordo com: tipo de solo e fertilidade do mesmo, cultivar, rotação de culturas, operacionalidade, expectativa de rendimento e o retorno econômico. Em média, 50% dos fertilizantes nitrogenados aplicados no solo são perdidos pelos processos de lixiviação e volatilização (Dobbelaere et al, 2002). A partir de uma série de estudos, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) permitiu o uso da bactéria Azospirillum brasilense na formulação de inoculantes para a cultura do trigo. Essas bactérias fixam nitrogênio do ar, semelhante ao processo que ocorre na soja, porém, sem a formação de nódulos nas raízes. A quantidade de nitrogênio fixado não supre completamente as necessidades da cultura do trigo. Desta forma, o inoculante não substitui totalmente a adubação nitrogenada, mas promove melhor absorção e utilização daquele N que está no solo ou sendo fornecido pela adubação nitrogenada (Saubidet, 2002). Para Didonet et al (2000), mesmo não ocorrendo diferenças no rendimento de grãos pela inoculação, há melhor realocamento do N presente na biomassa para os grãos nas plantas inoculadas, produzindo basicamente grãos mais cheios e pesados. Contudo, a eficiência da utilização dessa bactéria somente será completa se houver a garantia de um número adequado de bactéria

por sementes, se não houver a redução da presença dessas bactérias devido à interação negativa do tratamento de sementes e o inoculante, se o pH do solo estiver acima de 6, se houver um recobrimento completo do inoculante sobre a semente e se a semeadura for realizada até 24 horas após a inoculação, bem como algumas cultivares são mais responsivas à interação com a bactéria. O fósforo (P) está presente em componentes estruturais das células, como nos ácidos nucleicos e fosfolipídios das membranas celulares e também em componentes metabólicos móveis armazenadores de energia, como o ATP. A absorção de fósforo pelas plantas ocorre essencialmente via sistema radicular, estando na dependência da capacidade de fornecimento pelo solo, que muitas vezes é um limitador para um bom suprimento, agindo no sentido de competir com as plantas pelo P disponível na solução. Plantas deficientes de fósforo são mais sensíveis ao estresse e doenças. As folhas jovens das plantas com esta deficiência tendem a escurecer ou manter uma cor verde-azulada e as mais velhas ficam avermelhadas. A faltade P no início do desenvolvimento restringe o crescimento, condição limitante para o desenvolvimento da planta e para a produção de grãos. A falta de P no período mais tardio do ciclo tem menor impacto na produção de grãos de trigo em relação à deficiência inicial (Grant et al, 2001). Estes mesmos autores constataram que o estresse de P diminui mais o número total de sementes produzidas que o tamanho da semente, sendo que essa redução no número de sementes ocorre através da redução na quantidade de espigas férteis e de grãos por espiga. A quantidade de P a ser aplicada vai depender do teor de fósforo no solo (Mehlich-1) e da classe textural do solo (quantidade de argila), quantificados através da análise do

solo. Assim, o teor de P no solo é classificado em faixas de muito baixo, baixo, médio, alto e muito alto. A partir disso, pode-se recomendar a quantidade do fertilizante a ser aplicada para suprir a demanda da planta e a necessidade de correção dos níveis no solo, em situações com nível muito baixo ou baixo, o que pode se dar em um único cultivo ou parcelado em dois cultivos. Considerando-se corrigir o solo em dois cultivos, a quantidade de P a ser aplicada no primeiro varia de 30kg/ha para solos com teores altos (adubação de manutenção) até 110kg/ha para solos com teor muito baixo. Caso o solo se apresente na faixa muito alto, não há necessidade de aplicar o nutriente, pois o próprio solo é capaz de fornecê-lo suficientemente à planta. No segundo cultivo, a quantidade aplicada varia de 30kg/ha a 70kg/ ha para as faixas muito alto até muito baixo. Essas quantidades são necessárias para uma produtividade de duas toneladas por hectare, caso a expectativa seja superior, aplicar 15kg/ ha por tonelada de grãos adicional que se deseja produzir (Comissão de Química e Fertilidade do Solo RS/SC (SBCS, 2004). Quanto à forma de aplicação da adubação fosfatada, é preconizado nos boletins de recomendação de várias regiões do Brasil que seja feita no sulco de semeadura, um pouco abaixo e ao lado da semente, sendo a forma mais eficiente de fornecer este nutriente para a cultura, com o melhor aproveitamento pelas plantas do P aplicado, isso porque o P é relativamente imóvel no solo e assim permanece próximo ao local em que foi colocado o fertilizante. A adubação a lanço permite maior contato do fertilizante com o solo, resultando em elevada adsorção do P, o que reduz o aproveitamento do elemento pela planta, devido à baixa mobilidade do mineral no perfil do solo, principalmente em solos argilosos. De modo geral, respostas positivas à aplicação a lanço do P são encontradas em condições de solo com

Comparativo de oferta de nitrogênio em cultivar de trigo Quartzo: sem aplicação de N (esquerda) e 50kg/ha de N (direita)

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Cultivar Tec Frontale sem aplicação de nitrogênio (esquerda) e com oferta de 50kg/ha de N (direita)

altos teores de P disponível, pois nesse caso a adubação somente seria para manter o nível de P no solo. Já em solos com baixos níveis de P, maiores produtividades e recuperação de P foram obtidas com a aplicação no sulco de semeadura (Guareschi et al, 2008). O potássio (K) é o cátion mais abundante nas plantas, não fazendo parte da estrutura das células, mas apresenta importância fundamental em inúmeros processos, como a fotossíntese, regulação da abertura estomática, manutenção do turgor das células e é constituinte de várias enzimas. A falta de K é mais comum em solos arenosos cultivados intensamente. Quando se tem baixos teores de K e altos de N, os caules ficam fracos, tendo maior ocorrência de acamamento das plantas. Na deficiência, as folhas mais velhas apresentam amarelecimento e enfraquecimento nas pontas e margens, seguidos de clorose, que progride até atingir a nervura, ocasionando encurvamento da folha para baixo. Geralmente ocorre um crescimento vegetal reduzido e encurtamento dos entrenós. O potássio é um elemento com boa mobilidade no solo, sendo seu comportamento muito distinto do P. No entanto, sua chegada até as raízes e absorção pelas plantas têm grande dependência da difusão, assim como o P, em função da baixa concentração em solução. Na fração sólida do solo se encontra em torno de 95% do K total, que está em equilíbrio com a fase líquida (solução), que facilmente passa de uma fração para outra. Quando a planta absorve o nutriente da solução do solo, ou este é perdido por lixiviação, nova fração é liberada da fase sólida para a fase líquida, mantendo o equilíbrio. A relação entre o K da fase sólida e líquida do solo depende principalmente da CTC do solo, que varia em função do teor de matéria orgânica, da quantidade e tipo de argila e do pH (Sanzonowicz & Mielniczuk, 1985). A quantidade de K nos restos culturais é muito grande, e pelo fato de não ser componente estrutural das células vegetais, após a colheita ou senescência das plantas volta rapidamente ao solo, em forma prontamente

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disponível para as culturas subsequentes, fazendo da palhada um reservatório expressivo de K a curto prazo (Rosolem et al, 2007). Esta ciclagem de K se faz mais eficiente quando existe rotação de culturas, de forma que plantas com diferentes capacidades de extração do elemento do solo e altas produções de matéria seca, se tornam importante fonte de K para as próximas culturas a serem implantadas. Outro fato a ser observado é que a manutenção constante de plantas na lavoura é muito importante, a fim de evitar perdas pelo processo de lixiviação, tendo em vista que o elemento fique incorporado na palha e, assim que seja liberado, já tenha no campo outra planta apta a absorvê-lo. A quantidade de K a ser aplicada vai depender do teor do elemento no solo e da capacidade de troca de cátions (CTC) do solo. Assim, da mesma forma que o P, o teor de K no solo é classificado em faixas, e a quantidade do fertilizante a ser aplicada, quando em teores baixos no solo, pode ser em um único cultivo ou parcelada em dois cultivos. Se for corrigir o solo em dois cultivos, a quantidade de K a ser aplicada no primeiro varia de 20kg/ha para solos com teores altos (adubação de manutenção) até 100kg/ha para solos com teor muito baixo. Caso o solo apresente-se na faixa muito alto, não há necessidade da adubação. No segundo cultivo, a quantidade aplicada varia de 20kg/ha a 60kg/ ha para os teores muito alto até muito baixo. Essas quantidades são necessárias para uma produtividade de duas toneladas/ha, caso

a expectativa seja superior, aplicar 10kg/ha por tonelada de grãos adicional que se deseja produzir (Comissão de Química e Fertilidade do Solo RS/SC (SBCS, 2004). Quanto à forma de aplicação do potássio no solo, esta pode ser no sulco de semeadura, sendo depositada abaixo e ao lado da semente, ou a lanço. Se a aplicação for no sulco, deve-se ter cuidado quando há necessidade de aplicar doses muito altas, que podem provocar efeito salino à semente, devido à maior concentração do nutriente nos locais fertilizados. Por ocasião da semeadura, doses superiores a 80-100kg/ha podem prejudicar a germinação e/ou o crescimento inicial da planta. Nestes casos, uma alternativa é a adubação a lanço ou parcelada (Vilela et al, 2004). Atualmente, muitos produtores adotam o sistema de parcelamento da adubação potássica, sendo que uma aplicação é realizada no sulco de semeadura e a outra em cobertura, durante o afilhamento. O manejo da adubação da cultura do trigo é fundamental para obterem-se produtividades satisfatórias, mas necessita-se realizar a diagnose da situação do solo que será cultivado, através de análise. A partir deste procedimento, associado a alguns fatores como expectativa de rendimento, cultivo antecessor e tipo de preparo do solo, pode-se estipular as quantidades de nutrientes a serem fornecidas e qual o método a utilizar. Enfatiza-se que a adubação deve seguir sempre as recomendações dos boletins técnicos para cada região e cultura, e que o produtor tenha consciência que a quantidade aplicada normalmente é acima da necessidade da cultura, devido às potenciais retenções deste nutriente no solo e suas perdas pelos processos de lixiviação e/ ou volatilização. Bem como a realização de práticas conservacionistas como o plantio direto e a rotação de culturas. C Rodrigo Luiz Ludwig, Luiz Fernando Teleken Grando e Thomas Newton Martin UFSM Paulo Sergio Pavinato, Esalq

Ludwig, Grando, Martin e Pavinato salientam a importância da correta oferta de nutrientes às plantas de trigo

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Empresas

Três em um

Fotos Bayer CropScience

Maior facilidade no manejo de plantas daninhas e de lagartas, inclusive a Helicoverpa armigera, e aumento de 2% a 3% no rendimento de fibra das lavouras de algodão, são metas da Bayer CropScience com o lançamento das variedades de sementes de algodão FiberMax com tecnologia GLT

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tecnologia que combina o GlyTol, LibertyLink e o TwinLink (GLT) foi apresentada em julho durante Dia de Campo na estação de pesquisa e melhoramento de algodão, no município de Trindade, Goiás. Desenvolvidas ao longo dos anos pela Bayer CropScience, as sementes de algodão FiberMax GLT, que estarão disponíveis no mercado para a safra 2014/15, chegam com o objetivo de aumentar o espectro de controle de plantas daninhas e também de lagartas, além do rendimento de fibra. Segundo o gerente de Marketing Estratégico de Sementes de Algodão da empresa, Marcus Lawder, a tecnologia GLT é a primeira no Brasil a combinar três traits, facilitando e flexibilizando o manejo das lavouras de algodão, com aumento no rendimento e diminuição de custos. “Nossa proposta é levar ao mercado um produto que gere plantas de algodão imunes às principais lagartas do algodoeiro, tais como curuquerê, lagarta-da-maçã, lagarta militar, lagarta-rosada, falsa-medideira, spodopteras e helicoverpas, além de permitir o controle da mato-competição em pós-emergência, por meio do uso seletivo de herbicidas à base de glufosinato de amônio e de glifosato”, explica. De acordo com Lawder, durante os testes realizados em lavouras experimentais, a

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aplicação de pesticidas foi reduzida a uma e em outros casos não houve a necessidade de fazer nenhuma aplicação, embora o gerente de marketing saliente que o monitoramento das populações e o manejo adequado sejam também fundamentais para estes resultados. Ainda segundo Lawder, a incidência da lagarta Helicoverpa armigera também foi muito menor nestas áreas. A terceira geração de tecnologia em sementes de algodão que está chegando ao mercado foi desenvolvida ao longo dos últimos dez anos. É fruto de um trabalho quase artesanal na condução do programa de

Lawder explica que a proposta é levar ao mercado um produto que gere plantas imunes às principais lagartas

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melhoramento, onde cada flor é polinizada manualmente pelos melhoristas, aliada a tecnologia de ponta na inserção dos traits. Esta nova geração de sementes integra o GlyTol, que proporciona à planta de algodão tolerância aos herbicidas à base de glifosato para o controle de plantas daninhas, e oferece ampla janela de aplicação. Integra também o LibertyLink que permite à planta de algodão tolerância aos herbicidas à base de glufosinato de amônio (comercializado sob a marca Lyberty). Assim, o cotonicultor poderá realizar a aplicação de glufosinato para o controle de uma ampla variedade de plantas daninhas, além de permitir o rodízio de grupos químicos não seletivos para combater a resistência de daninhas. Já o TwinLink expressa dois genes Bt de resistência a insetos, (Cry1Ab e Cry2Ae), para autodefesa das plantas de algodão contra lagartas lepidópteras. O TwinLink gera plantas imunes às pragas, tais como curuquerê, lagarta-da-maçã, lagarta-militar, lagarta-rosada e falsa medideira. Para a safra 2014/15, os cotonicultores brasileiros já poderão contar com a tecnologia GLT nas variedades FiberMax FM 980GLT, FM 940GLT e FM 913GLT, para os ciclos tardio, médio e precoce. O investimento é C estimado em 240 dólares por hectare. Rocheli Wachholz



Coluna ANPII

Evolução constante Ao longo dos anos o uso de inoculantes no Brasil vem sendo aperfeiçoado, com saltos importantes no aprimoramento desta tecnologia. O estudo de microrganismos para induzir nas plantas resistência contra doenças e fatores abióticos é um passo revolucionário e possível no acelerado processo de expansão da agricultura brasileira

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história do uso de inoculantes no Brasil é uma cadeia de sucessivos eventos vitoriosos. Se houve um setor que soube se adequar aos novos tempos e acompanhar passo a passo a evolução da agricultura brasileira, foi o de produção de inoculantes. Dos antigos, mas eficientes para a época, inoculantes à base de turfa não esterilizada, com concentrações de 108 bactérias por grama, os inoculantes evoluíram para os atuais 105 e até mais bact./g ou ml. Quando as cultivares de soja passaram a demandar mais nitrogênio a indústria do insumo biológico respondeu com produtos mais concen-

tempo, passou a ser uma meta buscada com grande ênfase por parte das empresas produtoras de inoculantes. Os resultados até então obtidos mostram que ainda há pontos a aperfeiçoar, mas existem fortes indicações de que se obtenham resultados muito bons com esta técnica. Mas o futuro aponta para saltos ainda mais longos. O advento, em 2009, do primeiro inoculante para gramíneas mostrou que a inoculação não tem por que ficar restrita às leguminosas. Atualmente, sabe-se que a bactéria Azospirillum se associa com mais de 60 espécies de plantas e isto

fixadores de nitrogênio. Embora todo o enorme alcance desta tecnologia para a agricultura mundial, em especial para a brasileira, ainda é pouco para a grande gama de microrganismos que podem ser utilizados na produção agrícola. Os chamados “microrganismos multifuncionais” não se bitolam à classificação didática. Uma mesma bactéria pode fixar nitrogênio, solubilizar fósforo, produzir hormônios, proteger a planta contra patógenos e muito mais. O campo mais instigante neste contexto é, sem dúvida, o estudo de microrganismos que venham a induzir nas plantas resistência contra doenças

O advento, em 2009, do primeiro inoculante para gramíneas mostrou que a inoculação não tem por que ficar restrita às leguminosas trados e mais eficazes. Quanto à forma de uso, a aplicação do produto em lonas, em betoneiras ou em tambores com eixo excêntrico, passou para as primeiras máquinas fabricadas para tal finalidade, nos anos 70 do século passado. O desenvolvimento de inoculantes líquidos e a utilização no sulco foram duas importantes conquistas obtidas pela união de pesquisa e empresas privadas, com o objetivo de facilitar o uso do produto por parte do agricultor. Mais recentemente, com o estreitamento da janela de plantio, com a necessidade de semear grandes áreas em pequeno espaço de tempo, novas tecnologias passaram a ser exigidas e, mais uma vez, a indústria evoluiu para novas formas de aplicação, desta vez com a possibilidade de inoculação antecipada ao plantio, permitindo que o agricultor, no dia da semeadura, não tenha que fazer a inoculação, fazendo-a com antecedência. Como continuidade deste procedimento, a incorporação do inoculante já no tratamento industrial de sementes, com a manutenção da viabilidade das bactérias por longo

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abre enorme horizonte para outras conquistas no âmbito de outros produtos biológicos com marcado efeito no aumento da produtividade. Ainda mais recentemente, a associação de inoculantes à base de Bradyrhizobium com o Azospirillum para utilização em soja e Rhizobium e Azospirillum em feijão, mostrou que a associação entre diferentes gêneros de microrganismos poderá levar a agricultura brasileira a novos patamares de produtividade e sustentabilidade. Estes estudos de uso concomitante de mais de um microrganismo, com ações sinérgicas entre eles, é um desafio enorme para a pesquisa, buscando as melhores mesclas, que proporção utilizar de cada um, em que fase da planta será melhor sua utilização, efeitos do ambiente, das cultivares etc. Este mesmo desafio se apresentará para as indústrias, que terão que desenvolver seus sistemas de produção para manter o potencial de cada um dos microrganismos e sua sinergia junto à planta. Até há poucos anos a inoculação estava restrita ao uso de microrganismos

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e mesmo contra fatores abióticos. Hoje já existe base na literatura para isto. Determinados microrganismos transferem sinais para a planta no sentido de induzir o vegetal a produzir substâncias que conferem resistência a doenças ou estresse hídrico. Neste contexto, onde os danos às plantas se tornam cada vez mais importantes e mais difíceis de controlar, uma arma biológica seria de grande valia para produção de alimentos. Este campo de pesquisa certamente será o futuro da microbiologia agrícola e nossas entidades de pesquisa e as empresas terão que investir bastante em trabalhos para validar as novas tecnologias e desenvolver produtos. Na área regulatória também será necessário desenvolver novos protocolos e parâmetros para que os produtos sejam regulamentados e fiscalizados com segurança para o agricultor, mas também tenham uma tramitação rápida o suficiente para que os produtos sejam colocados C rapidamente no mercado. Solon de Araujo Consultor da ANPII


Coluna Agronegócios

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A Defesa Agropecuária que o Brasil precisa

ex-ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, organizou um grupo de especialistas para debruçar-se sobre os maiores desafios do agronegócio, propondo ações que, após discutidas com produtores e suas lideranças, possam ser sugeridas aos candidatos a presidente da República. A nós coube elaborar as propostas para a Defesa Agropecuária, cuja conclusão é: quem está “condenado” a ser o principal protagonista do mercado internacional de produtos agrícolas, deve dispor do melhor sistema de Defesa Agropecuária do mundo. Nada menos que isso! Configura-se como inexorável o protagonismo do agronegócio brasileiro no comércio internacional de produtos agrícolas nos próximos 40 anos. A FAO estima a necessidade de aumento de 70%-80% na produção agrícola até a década de 2050. Os principais analistas do agronegócio global convergem para o ponto de que o Brasil reúne ex-ante todas as condições para responder por cerca de 40% da oferta adicional do período. O fundamento está nas vantagens comparativas do país e na dificuldade dos demais países em expandir a sua produção, seja por acréscimo de área, intensificação da agricultura (safra e safrinha) ou incremento de produtividade. Considere-se que, desde a década de 1990, o agronegócio brasileiro demonstrou dispor de capacidade de abastecer plenamente o mercado doméstico, gerando excedentes exportáveis. Portanto, o crescimento da produção agrícola brasileira somente será possível através da ocupação agressiva do mercado internacional, posto que o mercado doméstico está convenientemente abastecido. Logo, ao agronegócio brasileiro restaram duas opções: exportar ou exportar! Outras questões que têm reprimido o agronegócio também são solucionáveis no médio prazo, como as deficiências de infraestrutura, a tributação, a legislação trabalhista ou a taxa de câmbio, desde que atitudes positivas sejam tomadas para solucioná-las.

Passaporte carimbado

Para a presente análise, deve-se considerar que a Defesa Agropecuária é o segmento que “carimba o passaporte” dos produtos agrícolas transacionados no mercado internacional, especialmente aqueles destinados a países de alta renda, portanto, com consumidores muito mais exigentes em termos de qualidade e inocuidade dos alimentos. Processos, como certificação e rastreabilidade, serão a tônica do comércio internacional das próximas décadas, e quem não puder atender essas exigências

será excluído do mercado mais nobre, mesmo que isto signifique aumento de preços para os países importadores, cuja elasticidade-renda lhes permite essa opção. Nesse contexto, o elevado status sanitário do Brasil representa um patrimônio inestimável, que precisa ser construído, consolidado e protegido continuamente, sendo uma das vantagens competitivas que o país deve incorporar aos seus produtos agrícolas. Na atualidade, ainda se convive com deficiências que redundam em não fechamento de contratos, ou devolução de carregamentos por não conformidade com regras sanitárias, porém, nada que não possa ser melhorado no futuro mediato, se houver a decisão política para tanto.

Lógica da Defesa

Para garantir o cumprimento das exigências sanitárias existe toda uma lógica de Defesa Agropecuária, que começa com o trabalho de inteligência estratégica, identificando com precisão os perigos sanitários e seus riscos de ingresso e estabelecimento no país. Trata-se de um trabalho conjunto entre Defesa e Pesquisa Agropecuária, que se desdobra em duas vertentes. De parte da pesquisa, significa avaliar riscos e desenvolver técnicas de inspeção, diagnóstico, identificação, monitoramento e erradicação e controle de pragas exóticas. De parte da Defesa Agropecuária, implica em atualizar constantemente as normativas, seus manuais de procedimento e as ações e atividades de campo, para evitar o ingresso de novas pragas, detectar precocemente eventuais ingressos, promover campanhas de erradicação ou confinamento de pragas, chegando até o controle, uma vez estabelecida sem território brasileiro. De outra parte, existe ainda grande demanda por erradicação de pragas de notificação obrigatória, especialmente na pecuária, cujo exemplo didático é a febre aftosa que, via de regra, exige a integração das ações com os países vizinhos. Assim, é importante otimizar as operações de inspeção de importações, vigilância sanitária e controle de insumos, dispondo de efetiva capacidade laboratorial para suporte a esses serviços. Emoldurando esse conjunto deve estar o preparo para eventualidades, configurado em planos de contingência para serem prontamente acionados em caso de detecção de uma praga quarentenária, e a capacidade de defender integralmente os interesses do Brasil em todos os fóruns multilaterais ou internacionais.

Propostas

A lógica acima descrita pressupõe políticas

públicas consentâneas com o desafio do protagonismo no mercado agrícola internacional, destacando-se: a) Criação da Agência Brasileira de Defesa Agropecuária, com funções normativa, reguladora e executora, dispondo de autonomia financeira e funcional, com processo de seleção de dirigentes e gestores que garanta a ocupação dos cargos por pessoal altamente especializado e capacitado, e composta por pessoal técnico altamente qualificado e treinado, postas as enormes especificidades desse segmento; b) Perfeita integração e coordenação entre os órgãos de Defesa e de Pesquisa Agropecuária; c) Adequada oferta de recursos para a execução das tarefas de Defesa Agropecuária, incluindo pessoal qualificado e permanentemente treinado, laboratórios, veículos, equipamentos de amostragem e orçamento compatível com o capital agropecuário que o Brasil pretende proteger; d) Legislação moderna e atual, que incorpore todos os tratados e acordos internacionais dos quais o Brasil é signatário, e que permita pronta ação dos órgãos de Defesa Agropecuária frente a qualquer risco ou emergência sanitária; e) Legislação de registro e controle de agroquímicos que imponha rapidez na tramitação dos processos, garantindo que todas as decisões sejam lastreadas na melhor Ciência; f) Processos que integrem todos os atores das cadeias produtivas para obter-se a qualidade e a inocuidade exigida pelo mercado internacional, o que inclui a perfeita coordenação dos entes de todas as instâncias governamentais e a iniciativa privada. É ilusório imaginar que será possível capturar parcelas crescentes do mercado internacional, consolidando esta posição ao longo do tempo, sem dispor de um sistema de Defesa Agropecuária com credibilidade doméstica e internacional, com solidez normativa, científica e operacional, capaz de garantir o patrimônio representado pelo elevado status sanitário do ambiente produtivo brasileiro, e que possa contrapor-se de forma firme e convincente às tentativas de imposições de barreiras à exportação dos produtos agrícolas nacionais. Portanto, a meta do Brasil deve ser de dispor do melhor sistema de Defesa C Agropecuária do mundo.

Décio Luiz Gazzoni

O autor é Engenheiro Agrônomo, pesquisador da Embrapa Soja

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Coluna Mercado Agrícola

Vlamir Brandalizze brandalizze@uol.com.br

Copa foi embora e agora o retorno ao Brasil real

A Copa foi embora e deixou como legado um Brasil real, onde ainda é preciso comer muito arroz com feijão para se chegar à maturidade econômica e politica. Para boa parte daqueles que esperavam lucrar com o evento, tudo foi por terra. Os tempos são novos e para os produtores o quadro será de grandes emoções. Há notícias do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) de que o plantio de Soja foi o maior da historia dos EUA. Daqueles mesmos campos vem indicativos de juros crescentes no mercado americano, redução da injeção de dólares pelo Federal Reserve, tudo na contramão das commodities agrícolas, que junto com o Brasil da Copa amargaram grandes perdas em julho e desta forma trazem uma nova realidade, que por enquanto assusta. Mas aos poucos tende a se acomodar e trazer os fundamentos para apoiar e reverter um pouco esta onda pessimista que se criou em julho. O Brasil conta com produtos que o mundo inteiro consome. O país possui grãos, enquanto há carência mundial, tem carnes (que registra avanço no ritmo mundial de demanda) e com isso tudo indica que seguirá crescendo, como já se observa nas primeiras estimativas de plantio de Soja desta safra, onde há indicativos de crescimento entre 1,5 a 2 milhões de hectares fazendo com que o Brasil alcance níveis próximos ou até superiores a 32,5 milhões de hectares. Com isso, também a exemplo dos EUA, o Brasil colocará uma grande safra de Soja no mercado mundial. Mas todos sabem que o volume crescente de oferta irá de impacto ao alto potencial de demanda que existe no mercado mundial e certamente será um ano em que os chineses aproveitarão para aumentar os volumes de estoques e garantir a oferta interna na busca por controlar a inflação daquele país. O fator demanda, que seguirá crescente, tende a neutralizar, a médio prazo, parte da pressão negativa que houve nas cotações nestas últimas semanas. Com isso o quadro geral tenderá a mostrar níveis mais equilibrados, porque nas cotações vigentes até junho havia forte demanda, agora com cotações 10% menores, certamente haverá demanda maior ainda. A Copa foi embora e está de volta o Brasil real, onde os produtores novamente estarão comandando os negócios e certamente não irão vender abaixo dos custos. Desta forma, mesmo com Chicago mostrando cotações menores, para levarem novos produtos, terão de pagar Prêmios maiores nos portos. Como se observou em julho, onde os números saltaram de níveis de 30 a 40 pontos negativos para a casa dos 180 a 200 pontos positivos, ou seja, até US$ 2,00 por bushel acima do que registrava Chicago, um indicativo de que neste caso o mundo real pode frear o mundo artificial representado pelo mercado de papeis. Nem brasileiros, nem americanos ou até mesmo argentinos irão vender abaixo dos custos. E esta posição é que dará suporte às cotações de agora em diante, porque há demanda crescente para proporcionar um bom ambiente de negócios.

MILHO

Safrinha tem produtor profissional Os produtores colhem a segunda safra, carinhosamente apelidada de safrinha, que neste ano representará algo próximo de 43 milhões de toneladas, contra menos de 29 milhões de toneladas colhidas na safra de verão (que por dezenas de anos foi a maior). Os produtores estão mais profissionalizados e sabem que ofertando grandes volumes do grão na boca da colheita conseguirão apenas pressionar as cotações para baixo. Desta forma, neste ano o volume das ofertas tem se dado a conta-gotas, com grande parte colhendo e entregando somente os contratos programados, realizados via negócios com insumos e vendas antecipadas, com cotações nos portos entre R$ 28,00 e R$ 29,50 a saca de 60 quilos, o que dava liquidez positiva aos produtores. Assim, há ritmo lento de venda, porque os produtores vêm se preparando para escapar do mercado tradicional da boca da colheita, quando não há armazéns para tudo, não existem caminhões para o transporte e lotam-se os portos em um período curto com consequente reflexo de forte queda nas cotações. Neste ano cresceu muito o uso de silos bolsa, alternativa à falta de armazéns tradicionais. As ofertas têm surgido, mas não em volumes que esperavam os produtores e, desta forma, as cotações recuaram, mas não chegaram a patamares que alguns especuladores aguardavam. Com apoio do governo, via alguns pregões de Prêmio de Escoamento de Produção (PEP) ou Prêmio Equalizador Pago ao Produtor (Pepro), em pouco tempo o mercado tende a se acomodar e voltará a fluir em bom ritmo. Para escapar desta dependência do apoio do governo será necessário que o próprio administrador público deixe o dólar flutuar dentro das regras normais, para que possa crescer um pouco e novamente haja cotações atrativas na exportação, cuja tendência é de

que flua melhor de setembro em diante.

SOJA

Aos poucos o susto vai passar

O mercado da soja levou um forte susto no começo de julho, quando o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) anunciou recorde de plantio e de produção, acompanhado de forte queda das cotações em Chicago. Mas o fato marcante reside em os especuladores terem esquecido de dois pontos importantes. O primeiro é a forte demanda mundial que já existia com as cotações maiores e que certamente irá crescer ainda mais com as cotações um pouco menores apontadas em Chicago. O segundo aspecto vem da resposta dos produtores, que não mostram interesse em vender a soja abaixo dos custos, sendo esta a opinião dos agricultores do Brasil, da Argentina, do Paraguai e até mesmo dos americanos, para quem níveis baixos em Chicago envolveriam volumes de subsídios crescentes, cujo governo americano não tem interesse nem condições de dar ao setor neste momento. Desta forma o mercado tende a se ajustar e a se acomodar em valores favoráveis, com a demanda crescente a manter o setor produtivo em atividade lucrativa. FEIJÃO

Fim da Copa e volta da demanda

O mercado do feijão passou junho em queda livre, com forte avanço da oferta devido a inúmeros produtores terem trocado o milho safrinha pela cultura, olhando somente para as altas cotações praticadas nos meses anteriores. Assim, sem experiência no mercado e principalmente na tecnologia de produção, se lançaram a um plantio maior e isso trouxe aumento da oferta no período em que normalmente a demanda é mais

fraca (momento de férias escolares, que neste ano se alongaram devido à Copa). Junto a isso esqueceram de tratar as lavouras e tiveram o clima como adversário, com chuvas na colheita e áreas de baixa qualidade, o que trouxe como resultado um feijão ruim, produto que não tem compradores no mercado brasileiro. Com isso, desmoronaram as cotações para os níveis mais baixos em mais de três anos. Mas este quadro crítico tem data para acabar, o que começa agora com o final da Copa do Mundo da Fifa, que está trazendo o Brasil do sonho para o Brasil real, que é país do arroz com feijão e que terá de comer muito deste prato para chegar a vitórias. ARROZ

Vota da pressão altista

O mercado do arroz, que andou de lado, com queda nos indicativos em tempos de Copa, agora volta ao mundo real e com demanda crescente, apelo das exportações que continuarão fluindo e produtores preparados para vender nos momentos lucrativos. Haverá avanços nos indicativos a partir de agosto, porque as indústrias necessitam de matéria-prima para trabalhar e o consumidor voltará ao feijão com arroz diário. Os varejistas retornaram aos alimentos básicos nas gôndolas como atrativos aos consumidores e desta forma há espaço para correção nos valores do arroz, que mesmo em alta ainda seguirá como um dos alimentos mais baratos. Junto a isso, será possível ver os produtores apostando mais no arroz que no mercado financeiro e boa parte irá vender escalonadamente, mantendo fôlego positivo para o segundo semestre. O cenário segue otimista para o novo plantio, que deverá mostrar alta tecnologia empregada em busca de produtividade e qualidade crescentes para garantir lucros.

CURTAS E BOAS TRIGO - O mercado do trigo brasileiro recebeu um banho de água gelada do governo, que autorizou às indústrias a importação de um milhão de toneladas de fora do Mercosul, sem taxa. No médio e longo prazo o mercado melhorará, mas agora está frágil. algodão - Os produtores apostam em boa rentabilidade neste ano e para isso indicam que vão vender escalonadamente. A boa notícia é que os compradores da Ásia querem o algodão brasileiro, o que gerará boa demanda à frente. china - O governo chinês forneceu uma boa notícia em julho ao divulgar

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que neste ano a produção e o consumo de ração no país irão crescer 15% em relação ao ano passado. Este avanço representa mais de 25 milhões de toneladas em crescimento, servindo de forte argumento para soja e milho. mercosul - A Argentina teve a pior qualidade de soja colhida em mais de dez anos, registrou chuvas em excesso na colheita e desta forma o volume do óleo caiu nos grãos e derrubou a proteína para níveis abaixo dos 37% no farelo. Com isso, há menor oferta de farelo e de óleo somado ao uso de 10% de biodiesel no diesel local, aumentando a demanda interna, o que gera como resultado menos grãos disponíveis para exportar.

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04 • Agosto 2014 - Soja

Problemas e perspectivas

Dirceu Gassen

Inóculo produzido pela safrinha, fenômeno El Niño e atraso na semeadura do trigo integram o cenário que em 2015 tende a favorecer a maior pressão da ferrugem asiática em lavouras brasileiras. Anos favoráveis à doença costumam ser ao mesmo tempo promissores em termos de rendimento de grãos, pela melhor ocorrência de chuvas. Cabe ao produtor realizar o manejo correto para aproveitar este potencial

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cenário da ferrugem asiática da soja, causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi, mudou significativamente nas últimas safras. Verificou-se uma intensificação da doença no Sul do Brasil. O desempenho dos fungicidas diminuiu pela resistência do fungo. A safrinha de soja bateu recorde no ano de 2014, projetando mais inóculo à próxima safra. E há previsão de El Niño, com expectativa de ambiente mais favorável às doenças. Estes fatores combinados entre si desafiam o manejo da doença, ameaçam a

sustentabilidade da cultura da soja e requererem a adoção de novas ferramentas e estratégias de manejo. A variabilidade genética, através de mutações, é grande em fungos com altíssima produção de esporos como Phakopsora. As mudanças na população do patógeno ocorrem, principalmente, na direção dos fatores que mais ameaçam sua sobrevivência, como a utilização de cultivares resistentes e a aplicação de fungicidas. Em soja, a menor sensibilidade de Phakopsora aos fungicidas triazóis já foi relatada, tendo como consequência prática a

redução da sua eficácia de controle (Figura 1). Mas é também provável que a população do fungo seja mais agressiva à cultura, apesar do ainda pequeno número de cultivares resistentes ou tolerantes à ferrugem. Enfrenta-se, hoje, um patógeno diferente, menos sensível aos fungicidas e mais agressivo à planta, em relação àquele que iniciou a ferrugem no Brasil em 2001. Combinar fungicidas com diferentes mecanismos de ação e, igualmente eficazes no controle do mesmo patógeno, é excelente estratégia antirresistência. Contudo, com a menor sensibilidade aos triazóis, induzida pelo seu uso isolado, em várias aplicações, também houve comprometimento do desempenho das misturas (T+E), que hoje é menor em relação ao que era obtido anteriormente. Controle seguro da ferrugem asiática em soja agora requer a utilização de novas estratégias em relação aos fungicidas. A primeira consiste em substituição parcial dos tratamentos pelas novas misturas de estrobilurina + carboxamida. Atualmente existem duas registradas para a cultura da soja, uma sendo azoxistrobina + solatenol e outra piraclostrobina + fluxapiroxade. A combinação estrobilurina + carboxamida indisponibiliza o uso do O2 pelo fungo, afeta a produção de energia (ATP) e compromete a germinação de esporos, entrada do fungo na planta e sua esporulação. Em campo, se observa melhor controle da ferrugem, maior manutenção da área foliar e rendimento de grãos superior. A forte epidemia de ferrugem asiática na safra 2014, no Planalto Médio gaúcho, destacou o desempenho da combinação azoxistrobina + solatenol. Carboxamidas são fungicidas com médio-alto risco de resistência, e mesmo em mistura com estrobilurinas, recomenda-se limitar sua utilização ao máximo de dois tratamentos por ciclo de soja. A segunda estratégia se baseia na utilização das tradicionais misturas de triazol + estrobilurina com o reforço de fungicidas multissítios, adicionados ao tanque do pulverizador. A sua utilização tem como objetivo adicionar às misturas T+E


Soja - Agosto 2014 Figura 1 - Área cultivada com soja no Brasil e eficácia de controle (%) da ferrugem asiática por fungicidas triazóis. Fonte: Conab; Godoy (2012); Consórcio Anti-Ferrugem

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Tabela 1 - Severidade da ferrugem asiática e rendimento de grãos de soja em função da aplicação de fungicidas. UPF, Passo Fundo, 2014 Época aplicação Pré-fechamento (Veget.) 15 dias (R1-R2) 18 dias 18 dias Severidade (%) Rendimento (kg/ha)

Testemunha 72,5 a1 2790 d

Programa 1 Programa 2 Programa 3 T+E T+E T+E T+E C+E T+E T+E C+E T+E T+E T+E 33,6 b 26,5 c 10,4 d 3228 c 3486 b 4188 a

Médias com a mesma letra não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5% probabilidade de erro.

1

produtos de baixíssimo risco de resistência, para tentar estabilizar este processo. Maior número de estudos tem sido realizado com os ativos mancozeb (ditiocarbamato) e clorotalonil (isotalonitrila), porém, outros fungicidas podem ser avaliados com o mesmo propósito. A suplementação com mancozeb, em R1, R1 + 20 dias e R1 + 35 dias, resultou em rendimento de grãos 210kg/ha a 564kg/ha maior. As duas estratégias podem ser combinadas em um mesmo programa de tratamentos, eficiente no controle da ferrugem asiática e seguro para o manejo da resistência. O número de aplicações dependerá da pressão de doença, que projetase maior em 2015, devido: 1) ao inóculo produzido pela safrinha em 2014, 2) há previsão de mais chuvas pelo El Niño, e também 3) ao atraso na semeadura do trigo, em 2014, que irá retardar a semeadura de soja em muitos locais. Há grande possibilidade de antecipação na ocorrência da ferrugem em relação ao ciclo da soja. Neste caso, a doença tem mais tempo para desenvolver, com prejuízos ainda mais significativos.

A

Para situações de mais ferrugem projeta-se um total de quatro tratamentos, na forma de um sanduíche (Tabela 1). A primeira e a última aplicações com misturas de T+E, complementadas com um fungicida multissítio. As duas aplicações intermediárias com as combinações de estrobilurina + carboxamida. Nos cultivos com menor pressão de doença (abertura de plantio, cultivares precoces) sugere-se realizar as aplicações iniciais e monitorar o final do ciclo da cultura, podendose descartar a última. Esta sugestão de manejo incorre em investimento maior por parte do agricultor, porém, resulta em maior segurança e produtividade. É do conhecimento dos produtores de soja no Sul do Brasil, que anos favoráveis à ferrugem são, ao mesmo tempo, promissores em termos de rendimento de grãos, pela melhor ocorrência de chuvas. Se os cuidados não forem adequados, a ferrugem aproveita esta condição. Com bom manejo, a soja o faz. C

Carlos A. Forcelini, Universidade de Passo Fundo

Vista de parcelas experimentais submetidas a três aplicações da mesma mistura de triazol + estrobilurina, em 2010 e 2014

Vista aérea de parcelas experimentais tratadas com duas aplicações da mistura de azoxistrobina + solatenol

B

Vista de parcelas experimentais sem fungicida (A) ou com duas aplicações (R1 e R1 + 20 dias) de triazol + estrobilurina (B) ou estrobilurina + carboxamida (C). UPF, Passo Fundo

C


06 • Agosto 2014 - Soja

Lições amargas

Embrapa Soja

Em 12 anos da detecção da ferrugem asiática da soja no Brasil a doença trouxe prejuízos severos e duros ensinamentos que demonstram ainda haver muito a aprender. Recorrentes problemas de resistência do fungo à aplicação de fungicidas aumentam o sinal de alerta. A chegada de novos produtos ao mercado melhora as opções de manejo, mas cuidados precisam ser tomados para preservar estas tecnologias e evitar que também sejam comprometidas

O

s 12 anos de ferrugem asiática da soja (Phakopsora pachyrhizi) na região central do Brasil têm deixado muitos ensinamentos. Esta região, onde o Mato Grosso está inserido, tem se mostrado um ambiente extremamente propício para a disseminação desta doença. As temperaturas amenas, a altitude, o alto índice de molhamento foliar e a presença de ventos

frequentes têm tornado estas regiões um grande reduto da doença. Praticamente todos os anos surgem notícias de grandes desastres causados por ferrugem em alguma região, mostrando que se está sempre aprendendo e que nunca se saberá o suficiente. Nas regiões de maiores altitudes como Parecis, regiões Leste (Primavera do Leste/Campo Verde) e Sul (Serra da Petrovina), onde as

À esquerda área de cultivo de soja sem aplicação de fungicidas e à direita tratamento apenas com estrobilurina isolada

condições para a ferrugem são mais propícias, ainda tem acontecido as maiores perdas. Nas regiões mais baixas, onde o manejo costuma ser mais flexível, frequentemente os agricultores também são surpreendidos com fortes epidemias. Para uma doença que encontra um dos melhores ambientes do Brasil e, por que não dizer do mundo, nestas regiões em que quase todo o manejo da ferrugem recai sobre o controle químico através do uso de fungicidas, a perda de ativos através de sensibilidade do fungo ou resistência tem sido frequente. Em 2006/2007 observou-se em ensaios de campo e em áreas comerciais a queda de desempenho do ingrediente ativo flutriafol pertencente ao grupo dos triazóis, extremamente eficiente até aquele momento. No ano seguinte, em 2007/2008, praticamente todos os fungicidas triazóis utilizados em soja mostravam a mesma tendência, com ênfase para o tebuconazole, produto amplamente


Soja - Agosto 2014

Área tratada com estrobilurina + triazol (esquerda) e parcela com tratamento à base de carboxamida + estrobilurina (direita)

margens de estradas e até mesmo restevas de soja não destruídas tem sido a grande fonte de inóculo para dar início às epidemias da safra seguinte. O cultivo de soja de segunda safra também contribui para a exposição excessiva de determinados ativos, reduzindo a vida útil destes produtos. Além disso, a previsão para a safra 14/15 é de El Niño, com previsão de mais chuvas e uma provável antecipação da chegada do fungo. Confirmando-se este cenário, é de se esperar um ano de alta pressão de ferrugem. Agora, vemos um novo grupo de ativos chegando ao mercado, as carboxamidas, altamente específicas e eficientes, dentro do propósito de cada produto, mas que necessitam de triazóis e estrobilurinas para completarem sua performance e/ou protegê-las da resistência. Para este grupo de ativos terem sua longevidade, os demais ativos (estrobilurinas e triazóis) têm que dar sua contribuição como protetores das moléculas e como parceiros completando-os. O número limitado de aplicações e as pulverizações preventivas (conforme posicionamento dos fabricantes), não expondo este grupo a altas pressões, também são fatores de preservação destes ativos. Fungicidas protetores têm sido avaliados nos últimos anos, com ações interessantes quando trabalhados em conjunto com as misturas de triazóis e estrobilurinas, com boas respostas em produtos que estão perdendo a performance.

Nossa opinião é de que, para uma doença tão agressiva, é preciso manter-se muito atualizado, adotando todas as ações possíveis a fim de minimizar as perdas, cumprindo com rigor o vazio sanitário, evitando semeaduras tardias sempre que possível, reduzindo ciclo das cultivares, monitorando a doença, realizando aplicações preventivas, conhecendo as características de cada produto, rotacionando produtos preferencialmente com mecanismos de ação diferentes, reduzindo intervalos conforme o desempenho dos produtos, utilizando adjuvantes recomendados ou avalizados pela indústria, sem subdosar produtos e utilizando fungicidas protetores. C

Valtemir José Carlin, Agrodinâmica Divulgação

usado na época e certamente o mais exposto à pressão de seleção. Infelizmente a coisa não parou por aí. Percebeu-se que safra após safra uma grande ferramenta de controle químico, representada por estrobilurinas + triazóis, continua perdendo a eficiência, dando a impressão de que as estrobilurinas, apesar de não estar comprovado, também estariam perdendo o seu poder de controle. As grandes extensões de soja, aliadas ao uso excessivo e repetido do mesmo produto, com todo um cenário climático favorável à doença, continuam a reduzir a eficácia (diretamente proporcional à exposição destes produtos no campo, além da maior ou menor fragilidade de cada ativo). Em ensaios nesta última safra, para semeaduras de início de dezembro, ultrapassou-se a marca de 90% de perdas de produtividade por ferrugem da soja (3,5 sacas por hectare na testemunha contra 43,5 sacas por hectare nos melhores tratamentos), resultado nunca visto até o momento e citado há tempos na literatura (Yorinori, 2004). O manejo eficiente da ferrugem da soja na região e no estado é um dos grandes desafios dos agricultores. Dentro do manejo integrado, a busca por materiais mais precoces, a antecipação de plantio e a rápida semeadura têm sido estratégias muito comuns nos últimos anos, sendo importantes fatores de escape. A presença de tigueras de soja em outras culturas de safrinha, em coberturas de solo,

Carlin faz retrospecto da incidência da ferrugem asiática no Brasil

• 07


08 • Agosto 2014 - Soja

Ação diferenciada Cultivar

Aplicações de produtos com princípios ativos diferentes ou misturas que atuem em processos metabólicos diversos, como triazóis + estrobilurinas e carboxamida sem mistura com estrobilurinas são ferramentas importantes no manejo da ferrugem asiática, com reflexos positivos no controle e na produtividade da cultura

O

s agricultores costumam receber alertas sobre a maior ou menor probabilidade de ocorrência de ferrugem na safra de soja. Nem sempre estas previsões se confirmam, porém, a pesquisa tem aperfeiçoado seus métodos. Além dos fatores meteorológicos tem-se considerado também a quantidade de inóculo presente no início da safra. Uma análise histórica da ocorrência da doença sob condições de epidemia para o estado do Paraná indica duas safras favoráveis à ferrugem, 2006/2007 e 2009/2010, ou seja, duas safras nas quais a ferrugem foi problema, para 11 anos de cultivo na presença da doença. O estado possui uma rede de estações meteorológicas que coleta dados de forma automatizada desde 1990. Utilizaram-se estes dados para simular quantas safras teriam sido favoráveis a epidemias de ferrugem dentro deste horizonte de 24 anos, caso a ferrugem já estivesse presente. Os resultados indicaram, além das duas safras já mencionadas, que haveria mais três anos favoráveis para epidemias. Assim sendo, há grande probabilidade de uma a cada cinco safras apresentar problemas com epidemias de ferrugem. Atualmente, sabe-se que a ocorrência de epidemias de ferrugem depende de condições climáticas favoráveis durante dois períodos do ano. Durante a safra a doença necessita de chuvas bem distribuídas (Del Ponte et al, 2006) para progredir. Já durante a entressafra, por se tratar de um patógeno biotrófico, que necessita do hospedeiro vivo para parasitar, invernos menos rigorosos favorecem a sobrevivência do fungo, incrementando o inóculo inicial da epidemia. Safras com a combinação destes fatores, ou seja, invernos menos rigorosos com poucas geadas e clima

chuvoso durante a safra, propiciam epidemias severas de ferrugem. Para o Paraná e regiões próximas, a safra 2014/15 tem apresentado até o momento, julho de 2014, condições favoráveis à ocorrência da doença. O inverno não está rigoroso, favorecendo a sobrevivência do fungo em plantas tigueras e há previsão de El Niño, indicativo de verão chuvoso. Estes dois fatores são agravados pelo incremento do cultivo de soja safrinha na última safra, aumentando ainda mais a ocorrência de soja tiguera e consequentemente incrementando em grandes proporções a sobrevivência do inóculo do fungo. Controle Em anos menos favoráveis à doença, a eficiência dos fungicidas não apresenta grande variação. Os produtos tendem a demonstrar comportamento semelhante para o controle. Enquanto em anos favoráveis há destaque para produtos de maior eficiência. Apresentam melhor controle da doença, além de incremento significativo na produtividade, quando comparados à testemunha sem aplicação. Resultados sumarizados dos ensaios cooperativos de eficiência de fungicidas para o controle da ferrugem asiática da cultura da soja têm demonstrado queda na eficiência do controle quando se aplica triazol isolado, partindo de eficiência de 90%, na safra de 2003/04, chegando em cerca de 30%, na safra de 2009/10. A eficiência das misturas de triazol + estrobirulina também tem apresentado redução preocupante. Carboxamidas Em ensaios conduzidos na Fazenda Escola da Universidade Estadual de Londrina, nas duas últimas safras foram testados produtos com mistura de estrobilurinas com carboxamidas. Um destes produtos apresentou eficiência significativamente superior a todos os produtos existentes no mercado. A maior porcentagem de controle foi observada para o tratamento com azoxistrobina + solatenol (60g i.a./ha + 30g i.a/ha). Outros produtos com boas porcentagens de controle foram trifloxistrobina +

protioconazol (60g i.a./ha + 70g i.a./ha), picoxistrobina + tebuconazol (60g i.a./ha + 100g i.a./ha) e a mistura tripla piraclostrobina + epoxiconazol + fluxapiroxad (64,8g i.a./ha + 40g i.a./ha + 40g i.a./ha). A pesquisa também tem obtido resultados surpreendentes com os mesmos produtos adicionados com fungicidas protetores, como mancozeb, chlorotalonil e cúpricos. Porém, são necessários mais dados para confirmação dos resultados. Ainda não se pode recomendá-los pela ausência de registro destes produtos para controle da ferrugem da soja. Produtividade As respostas em produtividades dos ensaios acompanharam a eficiência de controle para a ferrugem. As maiores produtividades foram obtidas para azoxistrobina + solatenol (60g i.a./ha + 30g i.a./ha), seguida de trifloxistrobina + protioconazol (60g i.a./ha + 70g i.a./ha), piraclostrobina + epoxiconazol + fluxapiroxad (64,8g i.a./ha + 40g i.a./ha + 40g i.a./ha), piraclostrobina + fluxapiroxad (99,9g i.a./ha + 50,1g i.a./ha) e picoxistrobina + tebuconazol (60g i.a./ha + 100g i.a./ha). Isto reflete a importância da ferrugem para redução da produtividade, quando comparada às outras doenças que afetam a cultura da soja. De uma forma genérica, severidades baixas de ferrugem podem reduzir tanto a produtividade quanto severidades elevadas da maioria das outras doenças, que afetam a cultura de forma epidêmica. Resistência A queda da eficiência de fungicidas para controle de Phakopsora pachyrhizi obedece às “leis” da pressão de seleção e tem sido observada nos últimos anos. Para que os produtores possam evitar ou atrasar a resistência deve-se aplicar a dose recomenda pelo fabricante, monitorar a resistência do fungo ao produto, manejar as doenças de forma integrada e evitar a utilização de fungicidas com uma única ação específica, como no caso do uso isolado dos triazóis. Portanto, recomendam-se aplicações de produtos com princípios ativos diferentes ou misturas que atuem em processos metabólicos diferentes, a exemplo dos triazóis em mistura com estrobilurinas, e carboxamidas em mistura com estrobilurinas, devido ao eficiente resultado demonstrado pelos ensaios para controle da ferrugem. C

Marcelo G. Canteri e Ciro H. Sumida Univ. Est. de Londrina (UEL)


Soja - Agosto 2014

• 09

Controle efetivo

Cultivar

Com boa eficácia no combate à ferrugem asiática o fungicida azoxistrobina + solatenol tem apresentado também resultados positivos no incremento de produtividade na cultura da soja. Contudo, o manejo da doença não pode ser encarado de modo isolado, mas integrar um rol de medidas conjuntas para redução do inóculo de forma duradoura e sustentável

A

safra 2013/14 foi marcada pela alta pressão da Ferrugem Asiática no sudoeste goiano, mesmo nos primeiros plantios. Em virtude do atraso nas chuvas, maior parte das áreas foi semeada após a primeira quinzena de outubro, recebendo maior pressão de inóculo de outras regiões. Além de a semeadura ter ocorrido um pouco mais tarde que o normal, o vazio sanitário não foi bem executado por alguns produtores, que não eliminaram completamente a soja tiguera, principalmente em áreas às margens das rodovias. O desvio do

foco para identificação e controle da lagarta Helicoverpa armigera fez com que alguns agricultores não pulverizassem os fungicidas no momento correto, sendo as aplicações realizadas de forma curativa. Desde 2002/03 o controle químico vem se destacando entre as principais estratégias de controle da doença. No entanto, muita coisa mudou desde então e, certamente, a sensibilidade do fungo Phakopsora pachyrhizi aos fungicidas. Os primeiros trabalhos que comprovaram a menor eficácia dos triazóis foram realizados durante a safra 2006/07 pela Universidade

de Rio Verde. A partir de 2009 os ensaios cooperativos coordenados pela Embrapa corroboram com tais resultados. Nas últimas duas ou três safras, os trabalhos desenvolvidos pela Universidade de Rio Verde em parceria com a AgroCarregal Pesquisa e Proteção de Plantas têm indicado a hipótese da menor eficácia também das estrobilurinas, sendo percebida queda acentuada no controle proporcionado pelas misturas entre triazóis e estrobilurinas a campo. Estudos preliminares em laboratório indicam alteração na concentração inibitória da germinação de 50% dos uredosporos


10 • Agosto 2014 - Soja Tabela 1 – Severidade média (%) em 07/02/2014 (R3), 23/02/2014 (R5.3) e 11/03/2014 (R6) em função do controle de Ferrugem Asiática da soja TRATAMENTOS 1-TESTEMUNHA 2- tebuconazol (triazol) 3- ciproconazol (triazol) 4- azoxistrobina (estrobilurina) 5- azoxistrobina (estrobilurina) + ciproconazol (triazol) 6- epoxiconazol (triazol) + piraclostrobina (estrobilurina) + óleo mineral (hidrocarbonetos alifáticos) 7- ciproconazol (triazol) + Picoxistrobina (estrobilurina) 8- Protioconazol (Triazolinthione) + trifloxistrobina (estrobilurina) 9- Picoxistrobina (estrobilurina) + tebuconazol (triazol) 10- azoxistrobina (estrobilurina) + flutriafol (triazol) 11- metconazol (triazol) + piraclostrobina (estrobilurina) 12- azoxistrobina (estrobilurina) + tetraconazol (triazol) 13- fluxapiroxade (carboxamida) + piraclostrobina (estrobilurina) 14- Codificado 1 15- Codificado 2 16- Codificado 3 17- Codificado 4 18- Codificado 5 19- Codificado 6 20- azoxistrobina + solatenol C.V. (%)

Época de aplicação R1; R4; R5.4 R1; R4; R5.4 R1; R4; R5.4 R1; R4; R5.4 R1; R4; R5.4 R1; R4; R5.4 R1; R4; R5.4 R1; R4; R5.4 R1; R4; R5.4 R1; R4; R5.4 R1; R4; R5.4 R1; R4; R5.4 R1; R4; R5.4 R1; R4; R5.4 R1; R4; R5.4 R1; R4; R5.4 R1; R4; R5.4 R1; R4; R5.4 R1; R4; R5.4

Severidade (%) R3 22,42 f 12,91 e 11,94 d 14,54 e 13,85 e 13,34 e 11,70 d 5,22 a 8,30 b 12,81 e 13,41 e 13,07 e 9,34 b 10,95 c 10,45 c 12,01 d 8,32 b 6,74 a 5,96 a 5,76 a 8,15

R5.3 26,27 j 15,10 e 12,31 d 16,93 f 15,54 e 15,50 e 11,69 d 9,13 b 11,10 c 16,47 f 21,35 h 20,48 h 17,25 f 19,75 g 19,20 g 21,12 h 13,25 d 12,30 d 9,31 b 7,63 a 5,31

R6 58,95 j 49,58 h 47,58 g 46,96 g 40,62 e 43,43 f 27,64 c 18,00 b 27,52 c 52,12 i 49,91 h 45,58 g 40,91 e 47,58 g 48,83 h 53,83 i 31,25 d 30,04 d 16,12 b 10,35 a 3,42

Médias seguidas pela mesma letra em cada coluna não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Scot-Knott a 5% de probabilidade.

(CI50) até 20 vezes maior quando comparadas àquelas obtidas por Blum em 2009. Novos trabalhos científicos estão sendo conduzidos em diferentes regiões do Brasil para confirmação ou não dessa hipótese. Neste contexto surge a necessidade urgente do lançamento de cultivares com algum nível de resistência, a introdução de fungicidas protetores no sistema produtivo e também de novos grupos químicos. Recentemente, as carboxamidas (SDHI – inibidores da succinatodesidrogenase) foram disponibilizadas

Sem aplicação

para aplicações em parte aérea na cultura da soja, sendo as primeiras registradas pertencentes à Basf (fluxapiroxade) e à Syngenta (benzovindiflupir – denominado solatenol). Embora pertençam ao mesmo grupo químico, tem se verificado nos testes experimentais grande heterogeneidade das moléculas em relação à eficácia e ao espectro de controle, principalmente em virtude do momento de aplicação e pressão de inóculo. Durante a safra 2013/14, em experimentos conduzidos no campus experimental da AgroCarregal Pesquisa e Proteção de Plantas,

Estrobilurina + triazol

Comparativo entre parcelas experimentais, à esquerda testemunha sem qualquer tratamento, aplicação de estrobilurina + triazol (centro) e emprego de azoxystrobina + solatenol (direita)

verificou-se a alta eficácia do fungicida Elatus (azoxistrobina + solatenol) para o controle da ferrugem asiática. O ensaio cooperativo foi semeado em 10 de dezembro de 2013, utilizando-se a cultivar Msoy 7739 RR Ipro. Foram realizadas apenas três aplicações, sendo a primeira em R1, a segunda 21 dias após a primeira (R4) e a terceira 14 dias após a segunda (R5.4). No momento da primeira aplicação havia sinais do patógeno (urédias) nas folhas do terço inferior da planta. Portanto, a aplicação foi realizada de forma curativa. Embora esse tipo de experimento não represente a recomendação oficial das empresas detentoras dos fungicidas, vem sendo conduzido há vários anos e tem como principal objetivo evidenciar a performance de cada produto isoladamente no controle da ferrugem asiática. Em todos os fungicidas foi utilizado o adjuvante recomendado pela empresa na dose também indicada. Avaliaram-se a severidade da doença e a seletividade dos fungicidas em R1, R3, R5.3 e R6, seguindo-se a escala diagramática proposta por Canteri e Godoy (2003). Calculou-se também a eficácia dos fungicidas, sendo separados em grupos de eficácia pelo teste de Scott-Knott a 5% de probabilidade. Ao término do experimento, com umidade de grãos corrigida a 13%, avaliaram-se o peso de mil grãos e a produtividade. Na Tabela 1, verifica-se que a severidade da doença na testemunha foi de 58,95% na última avaliação, enquanto que no me-

Azoxystrobina + solatenol


Soja - Agosto 2014 lhor tratamento foi de 10,35% (Elatus). Em relação ao agrupamento de eficácia, verificou-se a distinção dos produtos em nove grupos para a situação em que esse experimento foi conduzido. A eficácia variou de 8,69% a 82,44% (Tabela 2), o que evidencia a necessidade de se utilizar um produto realmente efetivo para o controle dessa doença. Ao se avaliar a produtividade, verificou-se para as condições desse experimento que a ferrugem asiática foi responsável por perdas superiores a 51% (Tabela 3). É importante ressaltar que houve forte estresse hídrico no mês de janeiro, o que foi determinante para a menor severidade da doença. A testemunha produziu 1.535,01sc/ha. O tratamento que apresentou maior produtividade foi aquele que recebeu pulverizações de azoxistrobina + solatenol (3.134,07sc/ha), seguido do tratamento contendo protioconazol (triazolinthione) + trifloxistrobina (estrobilurina) (2.837,33sc/ha). É importante salientar que a eficácia dos fungicidas poderá divergir da exposta na Tabela 2 no caso de a aplicação ser realizada de forma preventiva, sob menor pressão da doença, aumentando-se o número de aplicações ou seguindo-se os programas recomendados por empresa. A efetividade do manejo da doença não dependerá exclusivamente do fungicida em questão. Todas as medidas cabíveis deverão ser adotadas para reduzir o inóculo, inclusive durante a safra. Cumprir o vazio sanitário, principalmente eliminandose a soja tiguera, semear no início da época recomendada, optar por cultivares de ciclo mais curto, antecipar as primeiras aplicações, utilizandose preferencialmente produtos mais efetivos no controle da doença, são medidas fundamentais para o sucesso no controle. Fungicidas mais eficazes devem ser utilizados necessariamente nas primeiras aplicações, o que retarda o início da doença e possibilita o controle também efetivo de fungicidas menos eficientes nas últimas aplicações. Outra possibilidade que será

de vital importância para melhorar eficácia e, principalmente, preservar a vida útil dos produtos é a introdução de fungicidas protetores no sistema produtivo. Trabalhos conduzidos pela Universidade de Rio Verde em parceria com a Agro Carregal Pesquisa e Proteção de Plantas evidenciam que os fungicidas multissítios podem propor-

cionar aumento significativo na eficácia dos produtos. O fungicida com maior número de experimentos conduzidos até o momento é o mancozebe. Esses produtos só poderão ser utilizados pelos agricultores após registrados e liberados C para comercialização.

Luís Henrique Carregal, Universidade de Rio Verde

Tabela 2 - Agrupamento por eficácia de fungicidas em virtude severidade da doença pelo teste de Scott-Knott Agrupamento A B C D E F G

H

I

Eficácia relativa (%) 82,44 72,65 69,47 53,32 53,11 49,04 46,99 31,09 30,60 26,33 22,68 20,34 19,29 19,29 17,17 15,89 15,39 11,59 8,69

Fungicida azoxistrobina + solatenol Codificado 1 Protioconazol (Triazolinthione) + trifloxistrobina (estrobilurina) Picoxistrobina (estrobilurina) + tebuconazol (triazol) ciproconazol (triazol) + Picoxistrobina (estrobilurina) Codificado 2 Codificado 3 azoxistrobina (estrobilurina) + ciproconazol (triazol) fluxapiroxade (carboxamida) + piraclostrobina (estrobilurina) epoxiconazol (triazol) + piraclostrobina (estrobilurina) azoxistrobina (estrobilurina) + tetraconazol (triazol) azoxistrobina (estrobilurina) Codificado 4 ciproconazol (triazol) Codificado 5 tebuconazol (triazol) metconazol (triazol) + piraclostrobina (estrobilurina) azoxistrobina (estrobilurina) + flutriafol (triazol) Codificado 6

• 11

Caderno Técnico: Soja Foto de Capa: Cultivar Circula encartado na revista Cultivar Grandes Culturas nº 183 - Agosto/14 Reimpressões podem ser solicitadas através do telefone: (53) 3028.2075 www.revistacultivar.com.br

Tabela 3 - Peso de mil grãos (g) e produtividade (kg ha-1) em função do controle químico de Ferrugem Asiática da soja. Universidade de Rio Verde, 2014 TRATAMENTOS 1-TESTEMUNHA 2- tebuconazol (triazol) 3- ciproconazol (triazol) 4- azoxistrobina (estrobilurina) 5-azoxistrobina (estrobilurina) + ciproconazol (triazol) 6-epoxiconazol (triazol) + piraclostrobina (estrobilurina) 7-ciproconazol (triazol) + Picoxistrobina (estrobilurina) 8-Protioconazol (Triazolinthione) + trifloxistrobina (estrobilurina) 9-Picoxistrobina (estrobilurina) + tebuconazol (triazol) 10-azoxistrobina (estrobilurina) + flutriafol (triazol) 11-metconazol (triazol) + piraclostrobina (estrobilurina) 12-azoxistrobina (estrobilurina) + tetraconazol (triazol) 13-fluxapiroxade (carboxamida) + piraclostrobina (estrobilurina) 14- Codificado 1 15- Codificado 2 16- Codificado 3 17- Codificado 4 18- Codificado 5 19- Codificado 6 20- azoxistrobina + solatenol C.V. (%)

Dose mL p.c. ou p.f.ha-1 500 300 200 300 500 300 400 500 500 500 500 300 600 500 250 580 800 500 200

PMG (g) 103,69 f 111,45 e 111,86 e 104,60 f 121,62 d 109,81 e 123,74 d 147,15 b 126,86 d 111,03 e 103,04 f 103,79 f 107,53 e 104,46 f 102,61 f 103,49 f 109,43 e 130,31 c 146,96 b 163,10 a 2,60

Médias seguidas pela mesma letra em cada coluna não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Scott-Knott a 5% de probabilidade.

Produtividade (kg ha-1) 1535,01 f 1631,23 f 1678,82 f 1607,91 f 1968,19 d 1749,63 f 2218,05 d 2837,33 b 2343,98 d 1585,52 f 1607,97 f 1708,67 f 1819,47 e 1672,61 f 1550,04 f 1579,05 f 1907,16 e 2270,42 d 2658,25 c 3134,07 a 5,34



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