Ficha Tecnica Adubadora Evo CS, da Horsch

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CAPA

Adubadora Evo CS A Adubadora Evo CS, da Horsch, é um equipamento multitarefa, que possibilita a realização de três operações em uma só passada: aplicação de fertilizantes, descompactação e semeadura de plantas de cobertura

A

adubadora Evo CS é um equipamento destinado à aplicação de fertilizante granulado na linha, em profundidade. A prática recente de fertilização, em operação separada da semeadura, tornou-se bastante comum na agricultura mecanizada. São vários os efeitos benéficos da separação destas operações. As duas principais vantagens são relativas ao efeito positivo da antecipação da adubação, em relação ao momento da semeadura e também pelo fato de que com as operações em separado se conseguem melhores eficiências operacionais, principalmente

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da semeadura, que podem compensar o maior custo de desenvolvimento de duas operações. Com esta antecipação da operação consegue-se aproveitar melhor a janela de plantio, realizando-se a operação em um período de menor umidade do solo (entressafra), adequado ao trabalho de descompactação do solo. Uma das grandes vantagens deste tipo de equipamento é o melhor desempenho na distribuição, em comparação com os distribuidores centrí-

fugos, que além de apresentarem deficiências de distribuição uniforme ao longo da faixa de aplicação, colocam o fertilizante apenas sobre a superfície. Sabe-se que alguns elementos nutricionais de fertilização se decompõem sob a luz solar e outros possuem baixíssima mobilidade, como é o caso do fósforo. Além disso, a adubadora Evo CS faz também a descompactação de forma antecipada, dentro do perfil de solo, em profundidades maiores que aquelas praticadas


Fotos Maik Penner

no momento da semeadura. Portanto, é um equipamento que se pode integrar perfeitamente em um sistema de plantio direto, promovendo uma ação de recomposição física e nutricional. Por tudo isto é que se reconhece este equipamento como uma máquina multitarefa, que faz três operações em uma só passada, fertilizando, descompactando e, se estiver equipada com um opcional, pode introduzir sementes de plantas recuperadoras de solo. Esta máquina é um projeto desenCom tanque de 12 mil litros, a Evo possui autonomia de trabalho de aproximadamente 60ha em uma aplicação de 200kg/ha

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A estrutura da máquina é suportada por pneus do tipo radial, que podem ser rodado simples ou duplo

volvido na matriz alemã para clientes brasileiros e configurada para as condições particulares da nossa agricultura. São dois modelos oferecidos no mercado brasileiro. O primeiro, na configuração 24.45, tem seções fixas sobre o suporte, com largura de 10,8m, com 24 hastes e 0,45m de espaçamento entre hastes. O segundo, 16.76/23.50, tem a possibilidade de variação de 16 hastes com espaçamento de 76cm e largura de trabalho de 12,16m para 23 hastes com espaçamento de 50 centímetros e largura de trabalho de 11,50m.

CHASSI E DEPÓSITO

Sobre um chassi estrutural bastante resistente é montado um depósito em polietileno, bipartido (uma metade para cada dosador), com capacidade

para 12 mil litros de fertilizante, equipado com um agitador que se aciona nas manobras, sempre que a máquina for levantada ou baixada, independe se é na manobra de cabeceira ou no meio do talhão. A estrutura da máquina é suportada por pneus do tipo radial, que podem ser rodado simples, na especificação 520/85 R42, ou duplo, especificados como 900/60 R32. A autonomia de trabalho é uma importante característica de uma máquina de grande porte, direcionada para grandes explorações e com alta tecnologia. Esta máquina tem capacidade de distribuir os produtos em uma área de 60 hectares, com uma dose de 200kg/ha, sem necessitar abastecimento. É um equipamen-

to que apresenta alta eficiência operacional, devido à sua grande capacidade do depósito, o que significa menos paradas, maior rapidez no abastecimento e facilidade em realizar manobras e transporte.

DOSADORES

Um sistema fundamental e que garante a qualidade da distribuição é o conjunto de mecanismos de condução, dosagem e entrega do fertilizante, composto por uma turbina, os dosadores, tubos condutores, as torres de distribuição e as hastes sulcadoras, por onde o material chega ao solo, no ponto onde se deseja. O sistema começa com uma turbina, acionada por motor hidráulico, colocada sob a parte dianteira do depósito.

Detalhe da turbina responsável pelo fluxo de ar, acionada por motor hidráulico, com rotação que pode ser alterada da cabine do trator

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Essa turbina pressuriza o tanque, conduzindo o material até os dosadores, e gera uma corrente de ar, que transporta o material até as duas torres de distribuição, por dois condutos individuais. Para o sistema de pressão positiva do tanque de fertilizantes, pode-se chegar a trabalhar em 150mBar conforme a necessidade. Quanto maior a taxa de aplicação desejada e a velocidade, maior a pressão de ar para poder deslocar o material. Estas torres comportam-se como um divisor de fluxo, recebendo o material e o encaminhando até os condutos que se ligam às hastes. A rotação da turbina pode ser alterada do posto de operação do trator, no monitor, por meio do controle do fluxo de óleo contínuo pela válvula VCR correspondente. Desta forma, com maior rotação, maior será a pressão positiva e, por conseguinte, maior é a quantidade de produto que chega sobre o rotor dosador de fertilizante. Um sensor mede a rotação e informa ao operador, que usa este parâmetro para a regulagem da dose. Os dosadores (rotores) estão colocados na parte inferior do depósito e acionados por um motor elétrico variável, fazendo a dosagem da quantidade de produto que deve ser aplicado. Para a calibração da dose a ser aplicada pode-se também combinar o tipo de rotor, se o de cor prata (inox) ou o da cor amarela, para variar desde os 100kg/ ha até os 1.000kg/ha. Depois de esco-

Para o transporte dentro da lavoura, a largura total se reduz de 10,8 metros para 5,35 metros

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Os dosadores (rotores) estão colocados na parte inferior do depósito e acionados por um motor elétrico variável

lher o dosador se faz uma calibração da dosagem de produto, para comprovação. O projeto contemplou a máquina com um sensor de fluxo, que proporciona que sejam detectadas possíveis falhas no fluxo. Qualquer falha por obstrução é rapidamente detectada. A acurácia do sistema de dosagem é alta, pois é possível chegar a taxas de até 1.000kg/ha, a uma velocidade de 5km/h com uma variação

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Duas torres de distribuição possuem sensores que garantem o funcionamento perfeito de cada umas das linhas

de 5% em relação à quantidade pretendida. Um depósito auxiliar de 400 litros pode ser utilizado para a distribuição na linha de sementes miúdas, junto com o adubo. Este dispositivo, denominado MiniDrill, insere sementes finas no fluxo da corrente de ar até duas minitorres de distribuição e de lá até as linhas das hastes sulcadoras. Podendo ser distribuído na linha ou espalhado com a ajuda de um de-

fletor. Com este dispositivo é possível alcançar uma taxa de aplicação de até 160kg/ha de sementes.

HASTES SULCADORAS

O mecanismo de introdução do material no solo utiliza hastes sulcadoras, que trabalham um sulco com até 35cm de profundidade, colocadas de modo intercalado, uma linha à frente e outra atrás, para melhorar o fluxo de palha e a diminuição do esfor-


Um divisor no canal do fertilizante, posicionado atrás da haste sulcadora, possibilita a distribuição do produto em três posições diferentes entre a superfície e o interior do sulco

ço de tração e o revolvimento do solo. O material utilizado para a construção das hastes foi especialmente desenvolvido e selecionado com vistas à durabilidade. Há um sistema denominado TerraGrip, colocado em cada haste que dá flexibilidade a elas e evita que sejam submetidas a esforços excessivos. Duas molas (uma externa e uma interna), fazem a proteção da haste, absorvendo as forças excessivas decorrentes de obstáculos, servindo tan-

to para o desarme como para armar novamente a haste em sua posição de trabalho. São aproximadamente 550kgf de força que podem ser absorvidos e a haste pode deslocar-se em um curso aproximado de 30cm a partir da sua posição original. O fertilizante entra pela parte de trás das hastes. Um diferencial no posicionamento do produto é feito com um divisor que encaminha o produto em três posições: na superfície, meta-

de do produto na superfície e metade na profundidade de trabalho ou o total do produto na profundidade estabelecida pelo usuário. À frente das hastes sulcadoras a máquina apresenta discos de corte, cada um com 22 polegadas de diâmetro, destinadas ao corte de palha. No suporte, há um dispositivo de regulagem hidráulica do ângulo de ataque, que pode ser feita desde a cabine do trator.

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Feitas em material especial e durável, as hastes sulcadoras abrem um sulco com até 35cm de profundidade

O nivelamento dos componentes é feito de forma hidráulica

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Logo atrás da linha de hastes sulcadoras há um conjunto de rolos destorroadores para nivelamento do solo e acomodamento da palhada. Estas duas fileiras de rolos devem trabalhar de preferência niveladas horizontalmente, mas com a profundidade dada pela linha dianteira de rolos. Esta regulagem é manual, por meio da escolha da posição de parafusos em orifícios. As regulagens necessárias para o bom funcionamento da máquina compreendem o nivelamento da estrutura do depósito através de um pistão hidráulico e do ajuste da posição do engate ao trator. Com a estrutura nivelada se faz o ajuste mais fino, regulando a profundidade de trabalho das hastes, através dos pneus de apoio, de forma hidráulica. Por último, na parte posterior da máquina há uma estrutura de controle e ajuste da profundidade de trabalho, suportada por pneus, que pode ser acionada hidraulicamente diretamente do posto do operador. Neste ponto, recomenda-se a colocação de calços de fixação para o transporte, que é a outra função deste componente. Esta máquina já teve muito desenvolvimento, testes e utilização em uma quantidade enorme de hectares, principalmente nos estados que representam a nova fronteira agrícola brasileira. Durante este uso foram experimentadas as mais diferentes condições e é evidente que para a aplicação das maiores doses, próximas aos 1.000kg/ha, são reco-

Molas de proteção em cada linha absorvem até 550kgf para evitar danos aos componentes


mendadas as velocidades em torno de 5km/h e para as quantidades menores, limitadas a 100kg/ha, pode-se deslocar a velocidades próximas a 12km/h. Quanto à potência demandada, ela é proporcional a profundidade de tra-

balho, tipo e resistência do solo e velocidade de deslocamento. Como a potência em tração é proporcional à força de tração (que depende da profundidade e do solo) e à velocidade, para que se alcancem profundi-

dades extremas, próximas a 35cm necessita-se em um solo seco e duro, aproximadamente, 520cv de potência do motor do trator. Evidentemente que, se a profundidade for menor, próxima a 10cm, 370cv de potência

HORSCH Evo CS

24.45

16.76/23.50

Largura em deslocamento (metros)

5,35

5,40

Altura em deslocamento (metros)

5,00

5,70 / 5,40

Largura em transporte - rodado simples (sem rodas) (m)

3,20

3,20

Largura em transporte - rodado duplo (sem rodas) (m)

3,55

3,55

Comprimento em transporte (metros)

11,64

11,64

Largura em trabalho (metros)

10,96

12,37/11,68

Altura em trabalho (metros)

3,44

3,44

Peso incluindo tanque (kgf)

15.000

15.000

Capacidade do tanque central bipartido (litros)

12.000

12.000

Abertura do tanque de sementes (mm)

2 x 990 x 720

2 x 990 x 720

Número de hastes

24

16 / 23

Espaçamento entre linhas (cm)

45

76 / 50

Profundidade de adubação (cm)

Até 35

Até 35

Especificação dos pneus do depósito

2 x 900/60 R 32 ou

2 x 900/60 R 32 ou

4 x 520/85 R 42

4 x 520/85 R 42

Número de discos de corte

24

16 - 23

Disco de corte padrão Ø (polegadas)

22

22

Disco de corte em ângulo Ø (polegadas)

20

20

Velocidade de trabalho (km/h)

5 a 12

5 a 12

Vazão total de óleo (litros/min)

70 - 90

70 - 90

Potência requerida a partir de (kW/cv)

385/520

250/340/355/485

Conheça as outras versões e mais detalhes

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Fotos Maik Penner Fotos Charles Echer

Ângulo de ataque dos discos de corte de 22 polegadas de diâmetro é definido da cabine do trator

de motor serão suficientes para as velocidades operacionais praticadas nesta operação.

TRANSPORTE

Como esta máquina tem grandes dimensões, é importante que tenha mecanismos de redução da largura para o transporte autônomo, conseguindo-se que, com o recolhimento das seções, a largura total se reduza de 10,8m para 5,35m e a altura do equipamento fique em aproximadamente 5m, de modo que seja perfeitamente compatível para o deslocamento em estradas, vias de deslocamento interno e inclusive acesso em ambientes de armazenamento. O sistema adotado neste projeto permite o deslocamento da máquina em velocidades consideradas altas para o transporte, desde que haja condições de segurança. Para o início e o final da operação, quando é necessário realizar a abertura e o fechamento de seções, as duas laterais se recolhem sobre uma fixa no centro. Quando desmontada em duas partes

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MiniDrill 400 litros pode ser utilizado para a distribuição na linha de sementes miúdas, junto com o adubo

(vagão e asas), para o transporte em caminhão prancha, a largura máxima fica em 3,35m para a versão com rodado duplo e 3,20m com rodado simples, sendo que nesta segunda opção é possível o deslocamento do caminhão sem necessidade de batedores.

TECNOLOGIA ELETRÔNICA

Em termos de tecnologia embarcada em uma máquina adubadora pode-se considerar que a Evo CS tem um nível bastante superior. Se o usuário fizer a ativação do software, poderá liberar o monitor e usar este recurso de agricultura de precisão, sendo possível controlar em sítio-específico a quantidade de fertilizante colocada no solo, utilizando recursos de taxa variada e controle de seção. Este dispositivo é de série e necessita apenas a liberação da ativação do monitor. Assim é possível usar mapas de prescrição e

quando ativada, pode aplicar precisamente a prescrição de fertilizante do mapa. Nos testes realizados e no uso do equipamento surgiu a recomendação de que a amplitude da variação da dose em aplicação variada não seja exagerada, para não provocar muita diferença de velocidade de deslocamento, necessária para que, na combinação da ação do dosador, se consiga realizar o prescrito. O controle de seção proporciona uma economia de fertilizante e evita a sobredosificação, pois se a máquina passar aplicando sobre um local que já havia sido aplicado, ela corta o fluxo de produto, evitando a sobreposição das passadas. Todo o comportamento da máquina, como o mapa de aplicação, o direcionamento, o corte de seções etc., pode ser visualizado pelo monitor Horsch Touch 800 que é totalmente compatível com o padrão Isobus e, por isso, pode ser intercambiado com os monitores das marcas de tratores .M que sejam do mesmo padrão.


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