Ficha Técnica Pulverizador Valtra Serie R

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CAPA

Série R

Os novos pulverizadores da Valtra R530 e R535 chegam ao mercado com depósito de produto de até 3.500 litros e opções de barras de 24, 30, 32 e 36 metros

N

os últimos anos, os pulverizadores autopropelidos adquiram uma enorme importância na agricultura brasileira. Estes equi-

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pamentos surgiram no país no início dos anos 2000, primeiramente pela importação de modelos norte-americanos e em seguida se desenvolveu uma produção nacional, que foi se

tornando bem consistente. Atualmente são vários fabricantes que produzem equipamentos, com diferentes níveis de tecnologia. A linha Valtra de pulverizadores autopropelidos iniciou a oferta no mercado nacional em 2011 com a linha BS, quando foi lançada, na Agrishow, a Série R, com dois modelos, R530 e R535, da classe 3. Estes modelos são fabricados integralmente na fábrica da Valtra, em Mogi das Cruzes, na Região Metropolitana de São Paulo. A designação dos modelos


Fotos Valtra

indica que o R5 se refere à atual geração e o número 30 indica que o depósito de calda é de três mil litros, assim como o 35 corresponde ao modelo que tem 3.500 litros de capacidade.

Chassi

Os dois modelos da série são iguais na maioria dos componentes, somente diferindo na capacidade do depósito de calda, portanto o chassi é idêntico e denominado de Flex Frame. Construído em vigas tipo C em aço, utiliza a maioria dos pontos de fixação por união aparafusada, reduzindo a fadiga do material soldado e, portanto, eliminando a quebra da estrutura, tão comum nos equipa-

O novo sistema de iluminação conta com oito faróis de LED no teto, quatro frontais, quatro traseiros e dois faróis Blue Light na barra

mentos concorrentes que utilizam união por solda. Pela constituição do equipamento, à esquerda da cabina

há uma plataforma para o acesso a ela e também a todas as partes onde se necessita uma aproximação, como o depósito.

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A Série R possui barras de até 36 m, com nove seções pneumáticas ou 36 elétricas

Para acessar a essa plataforma, uma escada foi montada na parte dianteira do veículo e embora tenha dois degraus fixos, possui quatro retráteis, que possibilitam o seu recolhimento em transporte e operação. Analisando-se a distribuição dos componentes na estrutu-

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ra, verifica-se que o motor está colocado sobre o eixo dianteiro, a cabina está perfeitamente centrada, na distância entre os dois eixos, o depósito de calda está posicionado atrás da cabina e um pouco à frente do eixo traseiro, enquanto que a barra de aplicação está atrás do plano

do eixo traseiro, configurando-se uma distribuição de 60/40, com o depósito cheio e a barra aberta. Em função das altas velocidades operacionais e de transporte deste tipo de equipamento, o fabricante dotou a máquina de uma suspensão pneumática ativa, independente, com barras estabilizadoras. Nesta suspensão estão interligados os eixos dianteiro e traseiro, onde são colocadas bolsas pneumáticas sobre os eixos, acompanhadas de barras estabilizadoras. Essa alternativa de posicionamento das bolsas aumenta a estabilidade e o conforto do conjunto, como uma melhor opção àqueles modelos concorrentes que utilizam as bolsas próximas aos rodados. Os rodados estão colocados na extremidade das colunas verticais que dão o vão livre adequado a um equipamento como este. Na série R são utilizados pneus de estrutura radial


Fotos Valtra

na especificação 380/90R46, nos dois eixos. Para adequar-se às diferentes situações em que o pulverizador é aplicado, há um sistema de ajuste da bitola, que vai de um mínimo de 2,8 metros (m) até uma medida máxima de 3,4 m a partir da superfície de apoio. O acionamento deste sistema de alteração da bitola é hidráulico, podendo ser feito de dentro da cabina, pelo operador. O vão livre é de 1,65 m. Como o pulverizador autopropelido é um veículo, no sentido estrito da palavra, desenvolvendo velocidades de 32 quilômetros por hora (km/h) em aplicação e até 45 km/h em transporte, o sistema de frenagem é hidráulico por meio da pressão hidrostática, por comando do joystick.

Cabina

Um ponto a destacar neste equipamento é o posto do operador. Através de uma escada com extensão e retração auto-

A Série R possui vão livre de 1,65 m de altura, bitolas com ajuste de 2,8 m até 3,4 m, com pneus 380/90R46 e pode atingir velocidades de 32 km/h aplicando e 45 km/h em transporte

mática se acessa a uma plataforma que dá passagem à ampla cabina, com área envidraçada de 5,7 m² e protegida de vibrações por meio de uma suspensão baseada em quatro coxins de amortecimento em borracha. No interior da cabina en-

contra-se um assento pneumático, com um console lateral direito, integrado ao próprio assento e no qual se encontra a maioria dos comandos. No lado esquerdo do assento foi colocado um banco destinado ao acompanhante, geralmente uti-

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A cabina possui uma área envidraçada de 5,7 m2, com suspensão sobre coxins de amortecimento de borracha, assento pneumático com console lateral integrado ao próprio assento, onde se encontra a maioria dos comandos

lizado para instrução e treinamento. O sistema de condicionamento do ar é quente e frio e a filtragem do ar para o interior da cabina é feita por um filtro de

carvão ativado. À frente do operador, o volante tem regulagem de altura e profundidade. Também para o conforto do operador foi colocado um sistema de rádio,

com alto-falantes. Ainda como item padrão nestes dois modelos, foram colocados uma tomada de ar comprimido e um sistema de iluminação, com oito faróis de LED na parte superior da cabina e dois faróis de LED de cor azul para visualização do trabalho da barra de aplicação.

Motor

O novo Valtra Guide garante redução na sobreposição

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O motor que equipa esta série é o AGCO Power, modelo 66CW3, de seis cilindros, com volume de 6.600 centímetros cúbicos (cm3), turbocomprimido e com gerenciamento eletrônico da injeção de combustível. Com esta configuração, atende aos limites de emissões de poluentes requeridos pelo Proconve MAR-1 e também ao protocolo Tier 3. Em termos de desempenho, este motor fornece 155 quilowatt (kW) ou 210 cavalos-vapor (cv) de potência máxima, a uma rotação nominal de 1.900 rota-


Fotos Valtra

ções por minuto (rpm) e um torque máximo de 790 nanômetros (Nm) a 1.800 rpm. Com este regime de giros é possível manter uma operação com economia de combustível e ótimo desempenho operacional. O depósito de combustível carrega até 350 litros (L) de Diesel, suficiente para uma larga jornada de trabalho com os índices de consumo deste motor.

Transmissão

Os dois modelos utilizam uma transmissão hidrostática com tração nas quatro rodas e controle eletrônico. A partir de uma bomba hidráulica de pistão Danfoss, a oleodinâmica leva fluxo de óleo para alimentar os motores hidráulicos individuais de cada roda, que possuem um redutor individual. Uma interessante solução faz com que todas as mangueiras de óleo cheguem em cada roda protegidas dentro da coluna do eixo.

Os principais comandos do pulverizador estão localizados no console lateral à direita do assento do operador

A transmissão AWD Drive Package, que é standard de série R, constitui-se de um sistema misto hidráulico e eletrônico, que integra o motor com a transmissão, controlando a rotação do motor e a velocidade de deslocamento, em condições dinâmicas de trabalho. Em situações onde o equipamento deve subir e des-

cer ondulações do terreno, a velocidade se mantém, pelo aumento e a diminuição da rotação do motor, uniformizando a quantidade de produto aplicado. Além disso, se consegue efetuar um bloqueio hidrostático individual nas rodas, de maneira a resolver problemas de aderência, melhorando a condução e as fre-

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nagens. Com isso, se consegue maior economia de combustível, maior capacidade de vencer as rampas, melhor desempenho individual e conjunto dos motores de roda e menores danos ao solo agrícola.

Sistema de pulverização e aplicação

O sistema de aplicação do produto químico é controlado pelo novo Valtra Guide, que integra, em um mesmo monitor-con-

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trolador, o piloto automático, os receptores, a estação climatológica, as câmeras, o controle da vazão e da posição da barra de pulverização e suas seções. O monitor tem 10,4 polegadas e está ligado diretamente às funções que se aplicam no comando multifunção (joystick). Também é possível alterar a sensibilidade do comando multifunção para adequar o conforto e o rendimento de acordo com as características do operador e

do terreno, podendo-se controlar a sensibilidade de aceleração do veículo, para frente e à ré. Como são muitas as funções que podem ser apresentadas no monitor, ele pode ser totalmente configurado para apresentar as informações na tela da maneira que o usuário quiser. O depósito de calda, fabricado em polietileno, tem capacidade que varia de acordo com o modelo, três mil e 3.500 litros, e um sistema de agitação composto de dois agitadores hidráulicos, com controle propor-


Valtra

cional e um esguicho giratório, para lavagem do tanque. O controle proporcional faz com que a velocidade de agitação dependa do volume de calda no tanque, diminuindo a espuma formada e melhorando as condições de aplicação do produto. O bombeamento da calda, para geração de pressão do sistema, é feito por uma bomba do tipo centrífuga, fabricada em aço inox, com tecnologia Forcefield, da marca Hypro, acionada por um motor hidráulico. A vazão máxima da bomba pode chegar a 549 litros por minuto (L/min). Na linha de pressão foram colocados um filtro principal com malha 30 mesh e os filtros de linha com malha 80 mesh. Embora o sistema possa ser abastecido pela bomba principal, como opcional, o fabricante

oferece uma bomba de recarga, centrífuga, também da marca Hypro, produzida em polietileno, que agiliza o abastecimento, chegando a uma vazão máxima de 568 L/min. A estação de recarga, “standard” para os dois modelos, está colocada na lateral esquerda do veículo e é composta por duas entradas, frontal e lateral, de água e saída de ar, com engate rápido. Possui um edutor químico, produzido em polietileno, dotado de bomba independente do sistema de pulverização, com capacidade para até 26,5 L de produto líquido e que faz a mistura com a água ou calda preexistente, colocada no depósito principal. Para auxiliar no trabalho noturno, este posto tem iluminação própria. Na estação de recarga é controlada a função que

se deseja, como recarga e mistura, controlando esta função com um painel digital colocado à esquerda do comando principal. Em cumprimento de norma regulamentadora, o equipamento possui um tanque de água limpa, também em polipropileno, com capacidade para 350 L, dedicados à lavagem das embalagens dos produtos químicos, e mais 40 L, exclusivos para a higiene do operador. Como opção, o cliente pode solicitar a inclusão de um item de qualidade, que é o LiquidLogic. Este opcional faz a recuperação de produto, após o final da aplicação, retornando-o ao depósito, diminuindo o desperdício de produto, protegendo o meio ambiente e as pessoas envolvidas na aplicação. Com este sistema também se provo-

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ca uma recirculação de produto na barra de aplicação, evitando entupimento de bicos e provocando uma constante homogeneização da calda em toda a tubulação. Esse diferencial oferecido por este pulverizador é um item de tecnologia realmente útil e de comprovado funcionamento.

Barra de aplicação

A barra de aplicação, colocada na parte traseira do veículo, pode ter comprimentos que vão de 24 m, 30 m, 32 m e 36 m, dependendo da opção do cliente. As barras serão metálicas até 32 m de comprimento e quando o comprimento chegar a 36 m, a parte final será em alumínio.

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A barra de aplicação, posicionada na extremidade de um paralelogramo ligado ao chassi da máquina, pode ser dividida de nove ou 36 seções. O controle automático do fluxo de produto será eletropneumático quando o número de seções for igual a 9. É possível equipar na máquina nove seções eletropneumáticas ou 36 seções com controle eletrônico, independente do tamanho de barra. Ou seja, é possível configurar uma barra de 30 metros, por exemplo, com nove ou 36 seções. Quando a barra tiver 36 m, haverá 36 seções, ou seja, o controle eletrônico será metro a metro. Este sistema fará o corte da vazão toda vez que estiver cobrindo uma área já aplicada, o que resulta em economia de produ-

to e proteção ambiental. A altura mínima da barra é de 32 cm (posição 1) ou 73 cm (posição 2) e a altura máxima será de 218 cm, na posição 1 ou 259 cm na posição 2. Esta altura de barra poderá ser controlada por sensores de altura de barra, em modo passivo ou ativo. No modo passivo, a barra somente se reposiciona no sentido vertical, enquanto no modo ativo a seção central controla o movimento de rotação, principalmente utilizado quando a declividade do terreno é acentuada. A tubulação por onde passa o produto é construída em aço inox, com diâmetro de uma polegada, e chega a cada um dos porta-bicos quíntuplos com um espaçamento de 50 cm.


Fotos Valtra

Tecnologia

Afora os itens de tecnologia presentes no sistema de aplicação de produtos químicos do pulverizador, assim como os do próprio veículo, que são de última geração neste tipo de equipamento, podemos destacar a oferta do Valtra Connect, que é um sistema que conecta a máquina a um sistema central proporcionado pelo fabricante e que gera o acompanhamento da máquina em tempo real, a chamada telemetria. Também, neste equipamento, é oferecida a possibilidade de agregar até quatro câmeras e ver imagens de diversos pontos do equipamento, diretamente no monitor principal da máquina. O piloto automático, inserido no Valtra Guide, utiliza os receptores Novatel ou Trimble, segundo a es-

A barra de pulverização vai de 32 cm até 259 cm de altura, garantindo aplicação em culturas mais altas

colha do cliente. Também no Valtra Guide é possível automatizar até 32 sequências e duas velocidades de mano-

bras de cabeceiras, através do Accufield Command. Isso proporciona ao operador conforto e diminuição do tempo de manobra. .M

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