Maquinas 129

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Cultivar Máquinas • Edição Nº 129 • Ano XII - Maio 2013 • ISSN - 1676-0158

Nossa capa

Test Drive - T9.560

Confira o test drive do New Holland T9.560, o maior trator em operação no Brasil que está ganhando mercado no Cerrado brasileiro

Destaques

Fertilizante encanado

Saiba quais os fatores que interferem positiva e negativamente na hora de realizar a pulverização

Uso da fertirrigação em pivô central aumenta a produtividade e diminui os custos com mão de obra e máquinas agrícolas

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• Editor

Gilvan Quevedo

• Redação

Charles Echer Karine Gobbi

• Revisão

Aline Partzsch de Almeida

• Design Gráfico e Diagramação

NOSSOS TELEFONES: (53) • GERAL

• ASSINATURAS

• REDAÇÃO

• MARKETING

3028.2000 3028.2060

3028.2070 3028.2065

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Índice

Acertando o alvo

Cristiano Ceia

Capa: Charles Echer

Matéria de capa

• Comercial

Sedeli Feijó José Luis Alves Rithiéli de Lima Barcelos

• Coordenação Circulação

Simone Lopes

• Assinaturas

Natália Rodrigues Francine Martins Clarissa Cardoso

• Expedição

Edson Krause

• Impressão:

Kunde Indústrias Gráficas Ltda.

C Cultivar Grupo Cultivar de Publicações Ltda. www.revistacultivar.com.br Direção Newton Peter www.revistacultivar.com.br cultivar@revistacultivar.com.br CNPJ : 02783227/0001-86 Insc. Est. 093/0309480

Rodando por aí

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Dispositivos móveis

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Colheita de cana

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Pulverização

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Rendimento da barra de tração

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Test Drive - T9.560

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Tecnologia de aplicação

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Pivô central

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Ficha Técnica - BH Geração III

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Eventos - Agrishow 2013

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Coluna Mundo Máquinas

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Assinatura anual (11 edições*): R$ 173,90 (*10 edições mensais + 1 edição conjunta em Dez/Jan)

Números atrasados: R$ 17,00 Assinatura Internacional: US$ 130,00 € 110,00 Por falta de espaço, não publicamos as referências bibliográficas citadas pelos autores dos artigos que integram esta edição. Os interessados podem solicitá-las à redação pelo e-mail: cultivar@revistacultivar.com.br

Os artigos em Cultivar não representam nenhum consenso. Não esperamos que todos os leitores simpatizem ou concordem com o que encontrarem aqui. Muitos irão, fatalmente, discordar. Mas todos os colaboradores serão mantidos. Eles foram selecionados entre os melhores do país em cada área. Acreditamos que podemos fazer mais pelo entendimento dos assuntos quando expomos diferentes opiniões, para que o leitor julgue. Não aceitamos a responsabilidade por conceitos emitidos nos artigos. Aceitamos, apenas, a responsabilidade por ter dado aos autores a oportunidade de divulgar seus conhecimentos e expressar suas opiniões.


rodando por aí

Agritechnica

Defensor SP2500

A Agritechnica, maior feira de máquinas e implementos agrícolas do mundo, utilizou a Agrishow para o lançamento da feira de 2013, que ocorre do dia 10 ao dia 16 de novembro em Hannover, na Alemanha, e terá 2.700 expositores. “Todos os principais fabricantes de todo o complexo de máquinas e equipamentos agrícolas estarão presentes”, afirma o gerente de Projetos da Agritechnica, Freya Von Rhade, acrescentando que o evento se tornou a grande plataforma global para fabricantes e fornecedores da indústria.

Douglas Santos, especialista de Produtos New Holland, destacou as qualidades do Pulverizador Defensor SP2500. “Além das inovações tecnológicas, a máquina possui distribuição de peso 50x50, ou seja, o tanque localiza-se no centro do pulverizador, diminuindo a compactação do solo”, garante.

Douglas Santos

CR9090

A colhedora CR9090 da New Holland chamou atenção pelo tamanho e tecnologia durante a Agrishow. Segundo o coordenador de Marketing de Produto da NH, Roberto Jonker, “a máquina atende aos produtores mais exigentes, com ótima produtividaRoberto Jonker de e eficiência”.

Stara

A Stara firmou acordo com a ArgoTractors e a partir desse ano inicia a produção de tratores de 105cv. A parceria visa o compartilhamento de experiência e conhecimento da indústria italiana, que tem mais de 120 anos no desenvolvimento e produção de tratores, com a consagrada empresa brasileira de implementos agrícolas.

Freya Von Rhade

Nova linha TL

Entre as novidades apresentadas pela New Holland na Agrishow 2013 estão o novo design da linha de tratores TL, que foram apresentados com um revestimento especial para o lançamento e a nacionalização da produção do T7. “Ao revestir o trator com jeans, procuramos traçar um paralelo com o tecido e mostrar que ele é uma máquina versátil que se adapta a qualquer situação” destaca o especialista da NH Marco Cazarim.

Prêmio Ouro

A colhedora A8800 Multi Row, um dos principais lançamentos da Case IH, recebeu o troféu ouro na divisão Agricultura de Escala, do Prêmio Gerdau Melhores da Terra, na categoria Novidade. “Vencer o prêmio só vem reforçar que estamos no caminho certo, gerando soluções eficientes e inovadoras no setor de mecanização agrícola”, destaca Mirco Romagnoli, vice-presidente da Case IH para América Latina.

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Marco Cazarim

Prêmio Novidade

A Agrale conquistou o prêmio Gerdau Melhores da Terra 2013, na divisão Agricultura Familiar, divulgado durante a Agrishow. A fabricante foi premiada com o troféu ouro na categoria Novidade Agrishow, divisão Agricultura Familiar, com o trator Agrale 575.4 Compact, que integra a linha 500. “O trator Agrale foi escolhido devido à sua robustez e ao baixo custo operacional, além de avançada tecnologia.


Crescimento

Em 2012, a Case IH obteve um aumento de 2% no mercado de tratores e 1,2% no de colheitadeiras, sendo a única marca que cresceu nas duas áreas. “Para o mercado de tratores, nós temos uma projeção de 10% em relação ao ano de 2012 e para colheitadeiras, entre 10% e 15%, no mesmo período”, destaca Mirco Romagnoli, vice-presidente da Case IH para América Latina.

Novidades

A equipe da Marini participou pelo 14° ano da Agrishow e ressaltou o excelente ano para a agricultura, além de destacar a grande procura no estande pelos kits de rodas para pulverização e pelo lançamento da feira o kit rodado duplo compacto para fruticultores e cafeeiros.

Soluções integradas

A John Deere apresentou na Agrishow 2013 a missão de oferecer aos produtores brasileiros soluções integradas do plantio à colheita. “O Brasil ocupa papel de destaque na produção de alimentos e graças à tecnologia e às técnicas de iLPF (integração Lavoura-Pecuária-Floresta), o agricultor pode produzir o ano inteiro”, diz Paulo Herrmann, presidente da John Deere Brasil.

Veyance

Márcio Afonso, engenheiro de vendas - linha agrícola & industrial -, e Ricardo Nascimento, assessor comercial das regiões de SP e GO da Veyance Technologies do Brasil, fabricante exclusiva da marca Goodyear Engineered Products, visitaram a Agrishow 2013 onde conferiram as novidades e os lançamentos de novos produtos.

Paulo Herrmann (centro)

Máquinas novas

A atualização da frota é uma das apostas da Massey Ferguson para o mercado de 2013. “O produtor está investindo em máquinas novas, cabinadas, com recursos de agricultura de precisão e de mobilidade. Sempre que estiver capitalizado, o empresário rural não vai apenas renovar a frota, mas se atualizar em termos tecnológicos”, explicou Carlito Eckert, diretor comercial da Massey Ferguson.

Márcio Afonso e Ricardo Nascimento

GTS do Brasil

A GTS do Brasil apostou nessa Agrishow não só em lançamentos de produtos, mas ampliou a estrutura do estande e contou com a união e a motivação de uma equipe qualificada, com o objetivo de atender cada vez melhor seus clientes e parceiros.

Carlito Eckert (esquerda)

Linha direta

Os clientes AGCO agora contam com um serviço de atendimento 0800 para sanar dúvidas e auxiliar em questões operacionais dos produtos ATS. “O atendimento é exclusivo para o cliente final, tendo por finalidade esclarecer dúvidas de uma forma rápida e eficiente, evitando eventuais paradas de máquina por problemas que podem ser resolvidos através instruções via telefone 0800 721-2426”, explica Rafael Costa, gerente de ATS AGCO.

Precisão

Rafael Costa

Rodrigo Ribas, da engenharia de aplicação da Trimble, e Equemar Alba, promotor de vendas da Geo Agri para a região de Goiás, realizaram demonstrações dos produtos que foram destaques no Agrishow, como monitores de plantio, leitores de biomassa e pacotes tencnológicos para agricultura de precisão.

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Rodrigo Ribas (esquerda)

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Novo segmento

A grande novidade da Metalfor foi o lançamento da colhedora Araus Axial Max 1475 marcando a entrada da empresa no segmento de colheitadeiras no mercado brasileiro. De acordo com Guilhermo Zegna, gerente geral da Metalfor, este lançamento marca o início de um novo e grande desafio para a empresa. “Queremos ampliar a oferta de produtos no mercado brasileiro, para oferecer os melhores equipamentos na área de grãos e de proteção de culturas”, destaca Zegna.

Teejet

Aquipe da Teejet no Brasil e profissionais da matriz nos Estados Unidos estiveram presentes na 20ª edição da Agrishow. A equipe realizou visitas a clientes e prospectou novos parceiros, tendo a sua atenção voltada para as novidades do mercado para o segmento de tecnologia de aplicação.

Trelleborg

A equipe da Trelleborg Wheel Systems participou da Agrishow, apresentando para clientes e visitantes a linha de pneus agrícolas e florestais, com destaque para o lançamento do pneu 710/70R38 TM800 Sugar Cane, desenvolvido para o segmento sucroalcooleiro. Guilhermo Zegna

Enfardadoras MF

A Massey Ferguson ampliou as opções de equipamentos para enfardamento de palha, feno ou forragem com lançamento de linhas completas de produtos. “As novas enfardadoras têm melhor relação custo/benefício, pois apresentam alta capacidade de enfardamento, aliada a baixo custo operacional”, conclui Roberto Ruppenthal, gerente de marketing do produto da Massey Ferguson.

Kepler

Eduardo Souza Roberto Ruppenthal (esquerda)

Equipe GSI

A GSI esteve presente com sua equipe de profissionais em mais uma edição da Agrishow, onde mostrou para clientes e visitantes no seu estande as linhas de equipamentos para a produção de proteínas animais (avicultura e suinocultura) e armazenagem de grãos. Durante a feira a GSI realizou também um bate-papo sobre o tema armazenagem de grãos, com o engenheiro agrônomo Armando Portas.

A Kepler Weber S/A comemora crescimento de 10,7% em 2012 se comparado ao ano anterior. Para Anastácio Fernandes Filho, presidente da Kepler Weber, várias ações alavancaram estes resultados, como a inauguração do Centro Tecnológico Kepler - Cetek, a conquista da certificação do Sistema de Gestão da Qualidade, Meio Ambiente, Saúde e Segurança no Trabalho de acordo com as normas ISO 9001, ISO 14001 Anastácio Fernandes Filho e Ohsas 18001.

Miac

Entusiasmado com os bons negócios, Luiz Antonio Vizeu, gerente de marketing da Miac, mostrou-se otimista com os novos lançamentos da empresa, principalmente com o ceifador enleirador de feijão Top Flex 4.5, mais simples e mais leve.

Luiz Antonio Vizeu

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Presença

Fabiana Franco, gerente de Preços Crop Care e Crop Harvester, e Edgar Sanchez, gerente de Preços América Latina, da John Deere, visitaram a Agrishow 2013 onde acompanharam os lançamentos e os destaques da empresa Edgar Sanchez e Fabiana Franco durante o evento.

Oportunidade

A Agrimec atraiu a atenção de pequenos, médios e grandes produtores durante a Agrishow. De acordo com Odilo Marion, diretor-presidente, “a confirmação do bom momento da agricultura e dos preços dos cereais, aliados a essa vitrine tecnológica, alavancaram os resultados ultrapassando as edições anteriores”.

Reconhecimento

A Stara realizou durante a Agrishow a entrega de placas de certificação aos concessionários exclusivos da marca. Nicole Stapelbroek Trennepohl realizou a entrega das placas de bronze, prata e ouro aos representantes das concessionárias premiadas. Atualmente, a empresa conta com 107 revendas exclusivas no Brasil. Odilo Marion

União

As equipes da Vipal e Fate O se uniram para atender clientes e visitantes da Agrishow. De acordo com Eduardo Sacco, gerente de Marketing da Vipal, “o atual momento de expansão do mercado agrícola exige produtos e equipamentos inovadores que ofereçam melhores condições para suprir as novas demandas e o aumento da produtividade”.

Equipe Valtra

A animada equipe de tratores Valtra participou da Agrishow onde a empresa apresentou a nova geração de tratores, a série BH GIII, com diversas inovações e design que segue os padrões mundiais da marca. A empresa também apresentou modelos das demais linhas, de baixa, média e alta potência.

Piloto Automático

Case IH

A Case IH recebeu colaboradores de outros países em seu estande durante a Agrishow. David Larson, diretor de Portfólio de Produtos para a América do Norte, e Richard Holloway, gerente de Portfólio para a América do Norte, vindos da matriz da Case IH nos Estados Unidos, visitaram a feira acompanhados da gerente de Portfólio de Produtos para a América Latina, Edna Rodrigues.

A equipe de técnicos a Agres acolheu clientes e visitantes da 20ª edição da Agrishow onde realizou demonstração do seu lançamento o Piloto Automático Hidráulico Agronave 32. De acordo com Márcio Blau, o novo equipamento garante um traçado perfeito, seguro e preciso, além determinar uma economia de tempo e investimento em maquinário.

Errata

Edna Rodrigues, David Larson e Richard Holloway

O nome correto do autor do artigo “Na linha”, publicado na edição 127, página 11, é Cristian Josue Franck.

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Sol Tower

Com destaque para a plantadora adubadora Sol Tower, a Semeato mostrou tecnologia no plantio. De acordo com o engenheiro Eduardo Copetti, este modelo apresenta várias possibilidades de montagens em um único chassi, permitindo que trabalhem mais de uma máquina através de um sistema de acoplador.

Stronger

Carlos Magno, diretor comercial da Montana, acompanhou os lançamentos e as novidades do setor de máquinas agrícolas com destaque para o lançamento do Pulverizador Autopropelido Parruda Stronger. De acordo com Magno, este modelo vem equipado com motor MWM de 215HP Intercooler, vão livre de 1,80m, roda aro 46”, para aplicar em grandes áreas.

Carlos Magno Eduardo Copetti

Otimismo

Claudiomiro Santos, gerente comercial da Implementos Agrícolas Jan, comemorou o aumento de negócios realizados na Agrishow em relação a anos anteriores. De acordo com Santos a boa fase do mercado agrícola e a estabilidade econômica são alguns dos fatores propulsores destas Claudiomiro Santos realidades.

Challenger

A linha de enfardadoras e enleiradoras Challenger também foi apresentada no estande da Valtra, com destaque para a Challenger RB 452. Para o promotor técnico de Equipamentos Forrageiros da AGCO, Marcelo Pupin, este modelo apresentase versátil, de alta durabilidade e de simples operação e pode ser utilizado para recolher diversos tipos de materiais.

Yanmar

O assistente de Marketing da Yanmar Agritech, Arthur Moraes Romão, participou da 20ª edição da Agrishow. A empresa aproveitou o evento para expor sua linha de tratores, com destaque para o Superestreito 1175 e 1155 New, ambos com versão 4x4, cabinados.

Arthur Moraes Romão

Jacto

O gerente de Comunicação da Divisão Agrícola da Jacto, José Tonon Junior, e o P&D em Engenharia, Daniel Vaz, destacaram na Agrishow 2013 o Jacto Autonomous Vehicle (JAV II). Trata-se de veículo autônomo (não tripulado), capaz de conduzir a aplicação de agroquímicos somente onde existe necessidade, a partir de tecnologia que identifica a presença/ausência da planta e monitora as condições de clima.

Marcelo Pupin

Equipe Massey

A equipe de tratores da Massey Ferguson recebeu clientes e visitantes na Agrishow, demonstrando toda sua linha de tratores de pequeno e grande porte. Além das séries de tratores já consagradas no mercado nacional com tecnologia de ponta, como os modelos MF8670 e MF, a novidade nesta feira foi a entrada da empresa no segmento de tratores de jardim com duas linhas, a série MF2000 e a série MF 2900.

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Daniel Vaz e José Tonon

Max Cana

Renato Silva, diretor de Vendas e Marketing da Pla, destacou a vocação da empresa no segmento de pulverizadores. O foco na Agrishow ficou por conta do autopropelido Hidro 3000I Max Cana, configurado para lavouras canavieiras, com pingentes para aplicação de herbicidas e vão livre maior que nos modelos Renato Silva convencionais.



tecnologia

Na palma da mão Cada vez mais, tablets e celulares são utilizados na agricultura para facilitar e incrementar as operações agrícolas. Até mesmo operações como escolha de pneus e lastragens adequadas podem ser realizadas com o auxílio de aplicativos

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á faz algum tempo que dispositivos móveis (celulares, tablets etc) deixaram de ter como única função a comunicação entre as pessoas e funcionalidades triviais. Com desenvolvimento e aprimoramento desses sistemas embarcados agora é possível que estes dispositivos móveis executem as mesmas funções que complexos microcomputadores, logicamente com suas limitações de tamanho de memória e capacidade de processamento. Devido ao grande desenvolvimento da indústria eletrônica e consequente queda de preço da tecnologia, os dispositivos móveis ficaram cada vez mais acessíveis aos consumidores, como exemplo é fato que nove em cada dez pessoas possuem um telefone celular que está presente com o indivíduo assim como uma peça de vestuário. É possível afirmar que os dispositivos móveis mais sofisticados, hoje em dia, além das funções básicas de telefonia podem se conectar à internet em qualquer lugar, desde que haja sinal de satélite, realizar comunicação de dados através de redes sem fio (Wi-Fi, Bluetooth), registrar imagens com cada vez mais definição, registrar dados de posicionamento global, detectar movimentos através de sensores de velocidades (acelerômetros) e, certamente, com o passar do tempo, cada vez mais funções serão inseridas nesses dispositivos, mas isso já não é mais nenhuma novidade. A grande novidade está na atual facilidade de se desenvolver aplicativos específicos para dispositivos móveis, o que criou uma indústria de aplicativos para diversas finalidades e áreas, entre elas a área agrícola. Os aplicativos disponibilizados em lojas específicas na internet podem ser gratuitos ou pagos, mas geralmente o preço desses aplicativos não ultrapassa R$ 10,00. Esses aplicativos podem ser executados em quaisquer dispositivos móveis vendidos em lojas de telefonia, desde que esses aparelhos possuam capacidade, recursos e sistemas operacionais compatíveis com o aplicativo. Os sistemas operacionais mais comuns atualmente para a execução de aplicativos são o Android, desenvolvido pela Google, e o sistema operacional móvel da Apple, o iOS. Em uma breve busca sobre aplicativos da área agrícola em lojas especializadas, é possível encontrar aplicativos para as mais diversas

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Fotos Fernando Henrique Campos

Figura 1 - Identificação do modelo de pneu a ser utilizado

finalidades como aqueles para realizar a administração e o planejamento da produção agrícola, previsão meteorológica, mensuração de áreas, cálculos de rotas etc. Mas o grande trunfo da utilização de dispositivos móveis na agricultura é a mobilidade, ou seja, o poder desses dispositivos de poderem ser utilizados em diversos locais inclusive em operações no campo. A principal vantagem desses dispositivos durante a realização de operações no campo é o acesso a uma imensa gama de informações disponíveis na internet ou em seu banco de dados que podem ser acessados de maneira imediata como imagens de satélite, índices pluviométricos de vários anos etc. Em outras palavras, é possível obter informações que exigem cálculos complexos, processamento de dados, consulta em um extenso banco de dados, quase que instantaneamente e em qualquer lugar com um aparelho que cabe na palma da mão. No caso de aplicativos para utilização no campo é possível encontrar nas lojas virtuais aplicativos de mapeamento de aplicação de adubos e defensivos, aplicativos para auxiliar a Figura 2

seleção de pontas para pulverização, aplicativos para auxílio da calibração de semeadora, entre outros. Nesse contexto, tendo em vista auxiliar pesquisadores e produtores na configuração do maquinário no campo, foi desenvolvido no Núcleo de Ensaio de Máquinas e Pneus Agroflorestais (Nempa), pertencente à Faculdade de Ciências Agronômicas (Unesp), um aplicativo para dispositivos móveis com sistema operacional Android, cuja finalidade é auxiliar na lastragem líquida de pneus agrícolas. O aplicativo é de simples operação e funciona da seguinte maneira, primeiramente o usuário deve selecionar o modelo do pneu no qual será realizada a lastragem líquida. A identificação do modelo do pneu no aplicativo pode ser realizada pelo usuário através de marca, modelo, características ou imagem do pneu. Ao ser selecionado um modelo de pneu, o software obtém automaticamente as características do pneu necessárias para os cálculos, como tipo de construção, largura seccional, relação de aspecto, diâmetro de aro, pressão de ar, diâmetro externo, circunferência de rolamento etc

(Figura 1). Na sequência, o usuário deve informar o peso em quilogramas que deseja atingir com a lastragem líquida no pneu. Após esta informação o aplicativo realiza os cálculos e informa ao usuário o ângulo que o bico da roda do trator deve estar durante o seu preenchimento com água para que seja atingido o peso desejado com a lastragem líquida (Figura 2). Também pode ser realizada a operação inversa, a partir da informação do ângulo que foi utilizado para o preenchimento do pneu com água o software informa o peso atingido. O aplicativo também possui um segundo modo de operação, onde o usuário primeiramente identifica os pneus dianteiros e traseiros utilizados no trator e informa ao aplicativo o peso total que deseja atingir com a lastragem líquida e a distribuição (%) de lastro líquido entre os rodados traseiro e dianteiro (Figura 3). Nesta opção o aplicativo informa ao usuário o ângulo em que os bicos dos pneus dianteiros e traseiros do trator devem estar para atingir o peso total desejado, respeitando a porcentagem de distribuição de lastro informada pelo usuário. Ao final do uso do aplicativo, o usuário pode gerar um relatório com o peso total de lastro líquido em cada roda, assim como os respectivos ângulos dos bicos. Durante os testes de validação o aplicativo se mostrou uma ferramenta simples e de fácil manuseio que auxiliou pesquisadores e produtores a atingir o peso desejado com a lastragem líquida do trator agrícola. Este aplicativo, assim como outros que estão sendo desenvolvidos pelo Nempa, será disponibilizado gratuitamente para download em breve .M no sítio eletrônico www.nempa.com.br. Fernando Henrique Campos, Kléber Pereira Lanças, Saulo Philipe Sebastião Guerra, Indiamara Marasca e Gustavo Kimura Montanha, Unesp/Botucatu Figura 3

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COLHEDORAS

Deixando para trás Existem diferentes métodos de quantificar as perdas na colheita mecanizada de cana-de-açúcar, que auxiliam também na identificação das origens destas perdas, possibilitando ao operador a realização das correções e dos ajustes necessários

O

Brasil é o maior produtor mundial de cana-de-açúcar e de etanol, atualmente com uma estimativa de oito milhões de hectares de área plantada, com produção anual de 660 milhões de toneladas de açúcar e 27 bilhões de litros de etanol, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE (2009). A necessidade mundialmente por fontes alternativas de energia coloca o País em posição de destaque em relação à produção de etanol, em razão das condições edafoclimáticas favoráveis ao cultivo da cana-de-açúcar, o que tem levado à expansão geográfica dessa cultura e a impactos ambientais decorrentes do seu manejo (Severiano et al, 2009). Este segmento tem crescido significativamente nos últimos dez anos, avançando não só em área plantada, mas também em produtividade média, e com os avanços comerciais obtidos pelo Brasil em suas negociações internacionais, a tendência observada é de um crescimento ainda mais acentuado, apontando para uma duplicação da área plantada nos próximos dez anos (Mapa, 2009). A prática de queima dos canaviais tem sido amplamente utilizada no Brasil, pois tem a função de facilitar as operações de corte e manejo. Porém, tal sistema de colheita traz importantes impactos ambientais, como eliminação da matéria seca da área e aumento da concentração de gás carbônico na atmosfera, contribuindo assim com o efeito estufa e com a diminuição da matéria orgânica no

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solo (Souza et al, 2005). A mecanização da colheita de canade-açúcar é inevitável, pois uma colhedora equivale de 80 a 100 cortadores. Na tentativa de reduzir custos e melhorar a rentabilidade do setor, as usinas, a exemplo do que ocorreu nas demais culturas, têm optado pela mecanização, de forma gradual na colheita. Houve aumento da colheita mecanizada na cultura de cana-de-açúcar no Brasil, muito provavelmente em virtude de decretos que regulamentam a prática da queima de canaviais, definindo procedimentos, proibições, estabelecendo regras de execução e medidas de precaução a serem obedecidas quando do emprego do fogo na colheita de cana crua. Com a expansão do setor sucroalcooleiro e o avanço da colheita mecanizada, e em alguns casos a falta de conhecimento dos operadores, tem-se encontrado percentuais de perdas preocupantes nas lavouras colhidas. Com a necessidade da mecanização, provocada pela rápida expansão das áreas plantadas, a falta de mão de obra apropriada e a necessidade em alguns estados de adequação às leis, este trabalho objetivou no interesse de avaliar as perdas na colheita mecanizada da cana-de-açúcar e, da mesma forma, algumas metodologias existentes. Avaliando diferentes métodos de medição de perdas na cana-de-açúcar crua e queimada, foi realizado um estudo em duas regiões distintas: Usina Alvorada (Araporã – MG) e Usina

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Caeté – Unidade Volta Grande (Conceição das Alagoas – MG). Esse levantamento foi desenvolvido na tentativa de adquirir uma técnica apropriada ao setor, para reduzir ou controlar perdas na colheita mecanizada e melhorar o processo de coleta, para que as perdas sejam minimizadas e não onerar demais o custo de produção, visto que as perdas estão normalmente condicionadas às características do canavial e à operação da colhedora. Foram avaliados quatro diferentes métodos para medição de perdas: Método A - CTC (Centro de Tecnologia Canavieira); Método B (Gois, 2008) – Circular; Método C – Retangular (Menor); Método D – Retangular (Maior).

Método A - CTC (Centro de Tecnologia Canavieira)

Este método utilizado em usinas do Pontal do Triângulo Mineiro consiste em uma área da parcela de 10m2, abrangendo duas linhas de cana-de-açúcar. Demarcar no bloco (talhão) colhido, amostras com comprimentos lineares de 3,3m x 2 linhas de cana (espaçamento de 1,5m). O material perdido pesado é o valor da perda em mg/ha (que corresponde a uma tonelada/ha).

Método B (Gois, 2008) – Circular

Este método consiste em uma área da


Fotos Agrale

parcela de 30m2, abrangendo quatro linhas de cana-de-açúcar. Demarcar no bloco (talhão) colhido, amostras com comprimentos lineares de 5m x 4 linhas de cana (espaçamento de 1,5m). O material perdido pesado é multiplicado por 0,333 (fator) para se chegar a mg/ha.

Método C – Retangular (Menor)

Este método consiste em uma área da parcela de 30m2, abrangendo quatro linhas de cana conforme esquema a seguir. Demarcar no bloco (talhão) colhido, amostras com comprimentos lineares de 5m x 4 linhas de cana (espaçamento de 1,5m). O material perdido pesado é multiplicado por 0,333 (fator) para se chegar a mg/ha.

Método D – Retangular (Maior)

Este método consiste em uma área da parcela de 42m2, abrangendo quatro linhas de cana-de-açúcar. Demarcar no bloco (talhão) colhido, amostras com comprimentos lineares de 6,66m x 4 linhas de cana (espaçamento de 1,5m). O material perdido pesado é multiplicado por 0,238 (fator) para se chegar a mg/ha. Os pontos de amostragem obedeceram a um critério onde não pode ser repasse de máquinas, trilhos ou carreadores, estradas, local de manobras ou terraços, distâncias de no mínimo 50 metros do início da rua. Primeiramente demarcou-se a área para coleta, separou-se criteriosamente a palha de

Com o avanço da colheita mecanizada, e em alguns casos a falta de conhecimento dos operadores, tem-se encontrado percentuais de perdas preocupantes nas lavouras colhidas

dentro da área demarcada, do restante das perdas como (tocos, cana inteira, toletes < 20cm, toletes 20-40cm, toletes > 40cm e estilhaçados). Cada parâmetro encontrado foi devidamente separado e colocado sobre folha de jornal ou lona. Foram feitas três avaliações de produtividade para cada local analisado (usinas Alvorada e Caeté). A média das avaliações foi utilizada para se chegar à classificação das

perdas. Na avaliação de produtividade foram retiradas amostras lineares de cana com 5m de comprimento e, em seguida, feita a limpeza da palha do material e pesagem, utilizando uma balança de pêndulo. Produtividade em mg ha-1= 10.000m2 (1ha)/1,5 (espaçamento) = 6666,667 (fator) 6666,667/5m = 1333,333 pedaços de 5m


Fotos Rodrigo Mader Bragion

Tabela 1 - Classificação das perdas de cana crua e queimada (%) Nível de perdas Tolerável Preocupante A ser analisado

Percentual de perdas (%) Cana < 3,5 3,5 a 5,5 > 5,5

Fonte: CTC - Centro de Tecnologia Canaveira (2008).

A produtividade em mg/ha será 1333,333 multiplicado pelo valor do material encontrado em “mg” nos 5m lineares que foram cortados. Segundo CTC (2008), após a obtenção dos índices de perdas, pode-se fazer a classificação dos resultados em perda tolerável, preocupante ou a ser analisado, de acordo com os valores médios apresentados a seguir (Tabela 1). % Perdas = Perdas (kg/ha) x 100 Produtividade Para a redução das perdas o CTC (2008), sugere treinamento dos operadores de colhedora e acompanhamento da operação durante a safra por técnico da área de Treinamento e Capacitação Tecnológica analisando as condições do talhão, tombamento da cana, comprimento de trabalho, sistema de caminhamento e aceiro, altura de trabalho do corte de base/corte de ponta, velocidade da colhedora, sincronização colhedora/veículo de transbordo, distribuição

Amostras de diferentes tipos de material perdido, como toletes, raízes e estilhaços

Detalhe de cana arrancada com as raízes, provavelmente ocasionada por facas desgastadas

dos equipamentos de carga e socorro na área, cultivo e quebra-lombo nas linhas de cana. Analisando-se os valores médios de perdas na cana colhida queimada, não foi observada diferença, mas superiores aos valores dos tratamentos para a cana crua. Isto provavelmente devido à melhor eficiência da colhedora na cana colhida crua, ou seja, maior eficiência da máquina, maior velocidade, consequentemente maiores perdas de matéria-prima. Analisando-se os valores médios de perdas na cana colhida crua, não se observou diferença significativa entre os métodos avaliados. Devido à grande dificuldade do operador em alguns casos de visualização das linhas ou touceiras da cana, as variações de velocidade da máquina colhedora foram relativamente menores, resultando em níveis de perdas toleráveis.

Devido à não diferença estatística entre os métodos avaliados nas duas regiões distintas, sugere-se o método B (circular) com 10m² sendo o mais indicado para medições de perdas na colheita mecanizada da cana-de-açúcar, em função de sua praticidade e rapidez de .M realização.

O controle de perdas na colheita ajuda a entender onde elas ocorrem e o que é necessário fazer para minimizá-las

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Maio 2013 • www.revistacultivar.com.br

Rodrigo Mader Bragion, Universidade Federal de Lavras Isaac Silva Martins, Unesp Jaboticabal Israel Silva Martins, Uniube Uberaba Tarcísio Luiz Francisco e Maurício Góis, Feit

pesagem do material

O

s materiais perdidos de cana foram coletados e separados, para obtenção do peso total. No entanto, para obtenção de facilitação operacional da pesagem, foram feitas a separação do material coletado, conforme a seguir: • Raízes não arrancadas, com comprimento maior que 3cm. • Cana inteira: fração de cana com tamanho igual ou superior a 2/3 do comprimento médio estimado dos colmos do local. Esse colmo pode ou não estar preso ao solo, pelas raízes. • Toletes < 20cm: pedaços de cana, esmagados ou não, com tamanho de até 20cm. • Toletes de 20-40cm: é o pedaço de cana, esmagado ou não, com tamanho de toletes entre 20cm e 40cm. • Toletes > 40cm: pedaços de cana, com tamanhos maiores que dois palmos, não ultrapassando 2/3 do comprimento médio estimado pelos colmos do local. • Estilhaçado: fragmentos de cana dilacerados, lascas, ou seja, variações visíveis que não se encaixam em nenhuma das definições anteriormente citadas.



pulverizadores

Acertando o alvo Aplicar produtos fitossanitários em pulverização sempre requer muita atenção com todos os fatores envolvidos. A tecnologia de aplicação utilizada, o momento adequado, o que e como se pretende atingir, assim como as condições do tempo, são exemplos do que se deve ter em mente na hora de executar o controle

O

s produtos fitossanitários são aplicados em diversos tipos de alvos específicos e, para cada um desses, deve-se realizar aplicação com máxima precisão, aliado ao menor risco de contaminação do ambiente e aplicador. O percentual de cobertura informa como o produto aplicado se distribui na planta, sendo essa informação tão mais importante quanto mais necessário for atingir o alvo. Esse é o caso, por exemplo, dos produtos de contato (aqueles que agem somente nas proximidades do local onde são depositados). Elevados níveis de cobertura e penetração no interior das plantas, em aplicações laterais (turboatomizadores) e de cima para baixo (pulverizadores de barra convencionais), podem ser obtidos pelo uso de maiores taxas de aplicação e gotas menores. Porém, tais gotas são mais sujeitas à evaporação e ao desvio de sua trajetória quando da ação do vento, reduzindo a cobertura esperada. Já em aplicações direcionadas de baixo para cima, gotas finas não necessariamente promovem maiores níveis de cobertura, uma vez que neste tipo de aplicação as gotas têm seu deslocamento muito mais influenciado pelo movimento adquirido, determinado pela velocidade e

massa da gota pulverizada. Para cada diferente posição do alvo (horizontal, vertical ou inclinada), suas faces (superior ou inferior), sentido em que a aplicação é feita (de cima para baixo, lateral ou de baixo para cima), aliado ainda à presença ou ausência de vento, haverá uma situação específica e que, dependendo do que se pretende atingir, determinará diferentes técnicas de aplicação. Os alvos artificiais são uma das ferramentas mais utilizadas em estudos ligados à tecnologia de aplicação, devido a sua fácil manipulação e sensibilidade nas diferentes formas de avaliações. Com o objetivo de estudar o efeito do vento e do sentido de aplicação, quando pulverizadas gotas finas e médias, foi realizado um experimento na Universidade Estadual de Londrina, simulando diferentes posições e avaliando a cobertura percentual nas duas faces de alvos artificiais. O experimento foi realizado em ambiente fechado, para anular o efeito do vento externo, e as condições de temperatura (20ºC) e umidade relativa do ar (70%) foram mantidas constantes através de condicionador de ar. Os alvos artificiais foram constituídos de tiras de papel branco. A calda aplicada foi

uma mistura de água mais corante preto para tinta látex, a 0,5%. As pulverizações foram feitas através de equipamento costal, equipado com válvula reguladora de pressão, com vazão de 0,68L/min, velocidade de 6km/h e distância de 0,50m dos alvos. Utilizaram-se duas pontas de pulverização - SF 110-02 e LD 110-02, ambas da marca Jacto, que nas condições testadas produzem gotas finas e médias, por estarem estas mais sujeitas aos efeitos do vento. Os alvos artificiais foram dispostos em três posições (0°, 45° e 90°, em relação ao plano do solo, respectivamente), e o vento (10km/h) foi obtido através de ventiladores com fluxo de ar constante no sentido perpendicular ao das aplicações. Para cada situação estudou-se o efeito do sentido de aplicação (cima para baixo, lateral e baixo para cima) no percentual de cobertura das duas faces dos alvos artificiais, através de softwares de tratamento e análise de imagens. Neste tipo de experimento pode ocorrer a chamada interação de fatores, que é a dependência entre os resultados. Ou seja, a cobertura percentual pode variar em função de mais de uma causa, neste caso: vento, tamanho da gota, sentido da aplicação, posição e face do alvo.

Metalfor

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Gráfico 1 - Cobertura percentual na face diretamente voltada para o sentido da aplicação, em alvos posicionados horizontalmente

Gráfico 2 - Cobertura percentual na face diretamente voltada para o sentido da aplicação, em alvos posicionados de forma inclinada (45°), com diferentes tamanhos de gota e sob efeito do vento

Jacto

Disco dosador de sementes de amendoim utilizado no experimento

Gráfico 1 - Cobertura percentual na face diretamente voltada para o sentido da aplicação, em alvos posicionados horizontalmente

Aplicação em fruticultura, com assistência de ar, que ajuda o produto a atingir o alvo desejado

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maiores proporcionaram maiores coberturas, certamente devido à sua maior quantidade de movimento adquirida. Interessante notar que a presença do vento elimina esta diferença, ressaltando a importância do uso da assistência de ar (turboatomizadores) para aplicações deste tipo. Esse é o caso de muitas culturas perenes, como citros, maçã, pêssego, caqui, café etc. Já para o caso dos alvos posicionados de forma inclinada (45°), Gráfico 2, fora o sentido de aplicação, todos os outros fatores tiveram dependência entre si. De forma geral as gotas finas proporcionaram Gustavo de Oliveira

Tentando entender de uma forma mais simples o que acontece em cada caso, os resultados são aqui apresentados e comentados separadamente para cada posição do alvo. Imaginando que os alvos representem as folhas e que cada tipo de planta tem uma predominância quanto ao posicionamento destas, fica assim mais fácil fazer a relação entre os resultados do experimento e o campo. Como era esperado, sempre a cobertura foi maior na face do alvo direcionada ao sentido de aplicação, independentemente da posição do alvo, presença do vento ou do tamanho da gota. Esse, sem dúvida, é o resultado mais importante deste trabalho, indicando que o direcionamento da aplicação é o fator que mais efeito se faz sentir na cobertura. No caso dos alvos dispostos horizontalmente (Gráfico 1) a cobertura percentual foi até 2,5 vezes maior quando aplicada de cima para baixo, em relação à aplicação feita de baixo para cima, independentemente do tamanho da gota ou da presença de vento. O tamanho da gota só causou diferença quando a aplicação foi feita lateralmente e na ausência de vento. Neste caso, as gotas

Alvos posicionados horizontal, inclinado (45°) e verticalmente

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maior cobertura, mais uma vez com exceção da aplicação de baixo para cima sem a presença do vento. Novamente a menor massa dessas gotas as impede de percorrer maiores distâncias. Para os alvos verticais (Gráfico 3), novamente os resultados indicaram que todos os fatores tiveram dependência entre si, também com a exceção da face posicionada diretamente em direção ao sentido da aplicação. Essa posição do alvo representa culturas como trigo, aveia e arroz, e aqui temos a situação mais crítica observada. Nesse caso, os valores de cobertura são muito baixos, com exceção das aplicações feitas lateralmente. No entanto, aplicação lateral não é uma alternativa para essas culturas. Os resultados sugerem que até mesmo a cortina de ar, disponível como acessório em alguns pulverizadores de barra, deve ser posicionada de forma inclinada (para frente ou para trás), se o equipamento assim possibilitar. Gotas finas só proporcionaram melhores coberturas na face do alvo diretamente dirigida, mesmo assim, dependendo do vento e do sentido de aplicação. Os resultados permitem observar também que, de maneira geral, a face do alvo


Fotos Charles Echer

Tabela 1 - Análise de variância para número de dias para emergência, estande e germinação de plântulas de amendoim na semeadura mecanizada NDE Estande (plantas ha-1) Germinação (%) Tratamentos Sementes (S) 13,23 b 124.262 a 80,73 a 23mm 13,41a 112.309 b 72,66 b 21mm Populações (P) 86.111 c 77,50 a 10 sem/m 13,15 b 127.603 b 82,03 a 14 sem/m 13,34 ab 141.143 a 70,57 b 18 sem/m 13,43 a Teste de F 6,676* 27,83* 27,59* S 7,439* 213,62* 18,83* P Atingir o alvo deve ser a principal preocupação do produtor e, para que isso aconteça, ele deve observar 0,143ns 0,568 ns 0,915ns SxP da aplicação cada detalhe da pulverização, desde a preparação da calda, passando por todas as etapas 1,26 4,69 4,90 CV (%)

oposta ao sentido de aplicação recebe porcentagem de cobertura ínfima, em relação à face que fica diretamente exposta. O vento (através da assistência de ar dos turboatomizadores, por exemplo) pode ser um grande aliado para remediar esta situação, mas somente se adequadamente utilizado. Um bom exemplo é o café. Se mal dimensionada e direcionada, a assistência de ar pode contribuir mais ainda para “fechar” o dossel da cultura, dificultando a penetração

do produto aplicado em pulverização. Um ponto importante a se destacar é até quanto uma boa cobertura garante necessariamente eficácia do controle? Deve-se atentar que, se o objetivo for apenas aumentar a cobertura, pode-se incorrer em maiores perdas e contaminações. Não se pode deixar de ressaltar também que, apesar de sua utilidade, os alvos artificiais têm suas limitações e nenhum representa melhor uma folha do que ela

mesma. Um exemplo destas limitações Médias seguidas de mesma letra minúscula na coluna não diferem entreé si,o pelo teste de Tukey, aque 5% de probabilidade. CV: coeficiente de variação (%). movimento a folha faz quando recebe significativo a P<0,05. ns: não significativo. a*: aplicação e que no caso deste experimento não existiu devido à fixação dos alvos. .M Gustavo Migliorini de Oliveira, Inês Cristina Batista de Fonseca, Otavio Jorge Grigoli Abi Saab e Ricardo Ralisch, UEL Marcelo Gonçalves Balan, UEM


tratores New Holland

Força total

Ensaio realizado pela Faculdade de Ciências Agronômicas da Unesp avalia o desempenho de um trator com transmissão continuamente variável em solo firme

A

capacidade de tração e o fornecimento de potência suficiente para desempenhar a maioria das operações necessárias na agricultura dependem, em parte, do tipo de dispositivo de tração. Nos casos em que esses dispositivos são pneumáticos, o seu tamanho, a pressão de inflação, a carga aplicada sobre o eixo motriz, a transferência de peso, entre outros, interferem na capacidade de tração do trator, bem como no seu consumo de combustível. A condição de manejo e cobertura do solo está entre os fatores que também interferem na capacidade do trator para desenvolver o esforço necessário para tracionar máquinas e implementos (força de tração). Neste caso, o ensaio de máquinas em solo agrícola é uma das maneiras de se obter informações sobre o desempenho dos rodados, principalmente com relação às características da sua interação com o solo. Seja em laboratórios, equipamentos

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para simulação ou no campo, os ensaios na barra de tração fornecem parâmetros, como a força e a velocidade de deslocamento, podendo-se, então, calcular a potência requerida por equipamentos agrícolas, permitindo avaliar a compatibilidade entre os conjuntos ou dimensionar e selecionar um equipamento para um determinado trator. Com isso, a transformação da potência do motor em potência de tração de forma mais eficiente contribuirá diretamente para uma maior eficiência da produção agrícola, a conservação do meio ambiente (solo) e o uso racional de energia. Diversos trabalhos têm sido realizados com tratores agrícolas utilizando a regra sugerida por Wendel Bowers (Fator 0,86) e a norma Asae D497-4 como parâmetros para determinação da potência disponível na barra de tração, em diferentes tipos e condições de solo. O “fator 0,86” de Wendel Bowers propõe a obtenção da potência disponível

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em diferentes condições de solo através de sucessivas multiplicações da potência geradora por “0,86” para se obter a potência útil e o rendimento na barra de tração dos tratores agrícolas de rodas pneumáticas, considerando a patinagem média dos rodados de 10% a 12%. Já a norma Asae D497-4, ao considerar que as perdas são causadas pelas transmissões, condições trativas e distribuição de peso sobre as rodas motrizes, propõe que a potência na barra de tração seja determinada através da multiplicação do valor da potência obtida na Tomada de Potência (TDP) do trator por fatores que variam de acordo com a superfície do solo e o tipo de trator, ou seja, 4x2, 4x2 TDA, 4x4 ou de esteiras. Sabendo que o rendimento na barra de tração é um importante critério de avaliação do desempenho e tem sido bastante utilizado para comparar ou avaliar tratores agrícolas, a Faculdade de Ciências Agronômicas – Universidade Estadual Paulista (FCA/Unesp) do campus de Botucatu, desenvolveu um trabalho para avaliar o desempenho de um trator agrícola e compará-lo com os valores teóricos de rendimento máximo na barra de tração de tratores agrícolas existentes na bibliografia. O ensaio foi realizado na pista de ensaios do Núcleo de Ensaio de Máquinas e Pneus Agroflorestais (Nempa) do Departamento de Engenharia Rural, em


Figura 1 - Diagrama de estimativa de perda de potência de tratores agrícolas em diversas condições de superfície conforme a norma ASAE D497-4

do trator) que foi de 2.200rpm. Na velocidade 6,0km/h houve menor consumo horário de combustível, seguido das velocidades 7,5km/h e 9km/h, sem apresentar grandes diferenças. Ao avaliar o consumo específico de combustível, notouse que aconteceu o oposto, pois quanto maior foi a velocidade, maior foi o trabalho realizado pelo trator. Desta forma, ao invés do consumo horário, o consumo específico de combustível deve ser considerado ao comparar motores, tratores e equipamentos de formas e tamanhos diferentes. A potência tem relação diretamente proporcional com a força aplicada na barra de tração e a velocidade de deslocamento, Tabela 1 - Rendimento na barra de tração (ηb) para tratores de rodas pneumáticas em diferentes condições de superfície baseado no fator “0,86” de Wendel Bowers Condições de solo Tratores 4X2 ηb(%) Tratores 4X2-TDA ηb(%) Concreto 74 79,2 Solo firme 55 58,8 Solo arado 47 50,3 Solo gradeado 40 42,8

Tabela 2 - Rendimento na Barra de Tração (ηb%) de diversos tipos de tratores em diferentes condições de superfície baseado na Norma ASAE D497-4 Condiçãotrativa

Trator

do Nempa, onde foram coletados dados de velocidade de deslocamento do conjunto, patinagem dos rodados, consumo de combustível e força de tração do trator e calculada a potência disponível na barra de tração. O ensaio foi realizado para três velocidades de deslocamento: 6km/h; 7,5km/h e 9km/h com a rotação do motor na rated speed (rotação ideal recomendada pelo fabricante

Carlos Ramos

solo com superfície firme. Para a realização dos ensaios foi utilizado um trator New Holland T7070 4x2 TODA, de 185kW (251cv) dotado de transmissão do tipo CVT – Continuously variable transmission (transmissão de variação contínua). Para determinação do rendimento na barra de tração foi utilizada a Umeb (Unidade Móvel de Ensaio na Barra de Tração)

4x2 4x2 TDA 4x4 esteiras

Concreto 72,2 72,2 73 73

Solo firme Solo arado Solo gradeado 55,6 45,6 59,8 60,6 53,9 63,9 62,2 58,1 64,7 66,4 64,7 68,1

Tabela 3 - Forma de obtenção da potência disponível na barra de tração, na sequência sugerida por Wendel Bowers (fator 0,86) Pot. TDP = Pot. Motor x 0,86 Pot. Max. BT, concreto = Pot. TDP x 0,86 Pot. Max. BT, solo firme = Pot. Max. BT, concreto x 0,86 Pot. Utilizável, BT, solo firme = Pot. Max. BT, solo firme x 0,86 Pot. Utilizável, BT, solo arado = Pot. Utilizável, BT, solo firme x 0,86 Pot. Utilizável, BT, solo solto = Pot. Utilizável, BT, solo arado x 0,86

Tabela 4 - Valores de rendimento máximo na barra de tração do ensaio e da bibliografia, patinagem dos rodados e consumo específico de combustível nas velocidades 6,0; 7,5 e 9,0 km/h. Velocidade

Trator T7070 4x2, de 185cv, da New Holland, utilizado no ensaio de campo para determinação do rendimento na barra de tração

Rendimento na Barra (%) 6 km/h 58 7,5 km/h 63 9 km/h 66 Média 62 Desvio Padrão 4 Wendel Bowers 58,8 ASAE 63,9

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Patinagem (%) 11,2 7,9 7,0 8,7 2,2

Consumo Específico (kg/kw.h-1) 0,333 0,326 0,323 0,327 0,005

10 a 12

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aumentando para velocidades maiores à medida que aumenta a carga aplicada na barra de tração até um ponto máximo. A partir deste ponto há perda de potência devido, principalmente, à patinagem excessiva dos rodados, sendo que esta apresentou comportamento semelhante em todas as velocidades avaliadas, estando próximas dos valores recomendados pela Asae para solo firme (cerca de 10% a 12%), nas forças aplicadas na barra de tração até que fosse atingido o

ponto de máximo rendimento. O valor médio de rendimento máximo na barra de tração do trator na pista de solo firme, assim como a patinagem dos rodados obtida nas três velocidades avaliadas, foi semelhante aos valores teóricos propostos pelo “fator 0,86” de Wendel Bowers e a norma Asae D497-4. A semelhança de desempenho do trator nas velocidades avaliadas ocorre pelo fato deste ser equipado com o câmbio CVT, pois nestes modelos, sistemas eletrô-

nicos ajustam automaticamente a rotação do motor de maneira a torná-la mais adequada à operação, permitindo a realização do trabalho com economia de combustível .M e aumentando a vida útil do motor. Carlos Renato Guedes Ramos, Kléber Pereira Lanças, Fabrício Campos Masiero, Gabriel Albuquerque de Lyra e Diego Augusto Fiorese, Nempa/Unesp

Figura 2 - Consumo horário de combustível em função da força na barra de tração

Figura 3 - Consumo específico de combustível em função da força na barra de tração

Figura 4 - Potência na barra de tração em função da força aplicada

Figura 5 - Patinagem dos rodados em função da força na barra de tração

Figura 6 - Valor médio, desvio padrão superior e inferior e valores da bibliografia de rendimento máximo na barra de tração

Carlos Renato Guedes Ramos e Kléber Lanças avaliaram o rendimento de um trator com transmissão CVT

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capa

T9.560

Com mais de 500cv de potência, o New Holland T9.560 testado pela nossa equipe é o maior trator em operação no Brasil atualmente e vai aumentando cada vez mais sua presença no Cerrado brasileiro

E

ntre todos os testes que fizemos nestes últimos anos, para a revista Cultivar Máquinas este foi um dos mais esperados. Talvez pela própria expectativa de testar o maior trator em atividade no país e também pela oportunidade de fazê-lo na região de fronteira agrícola mais promissora do País. O T9 tem uma clara vocação para as grandes áreas agrícolas, como é o caso do sudoeste de Luís Eduardo Magalhães, na Bahia, onde estivemos. O trator com tração integral do tipo articulado é um projeto retomado pela indústria de tratores, que já havia sido muito utilizado no passado, com um sistema de

articulação central com dois pistões e que é indicado para tratores de grande porte, acima dos 300cv. O sistema de direção do T9.560 é constituído por um mecanismo de articulação da estrutura do chassi, que proporciona 42 graus de ângulo de giro da direção, o que equivale à alteração feita por um trator médio do tipo tração dianteira assistida.

MOTOR E TRANSMISSÃO

O motor montado neste modelo T9.560 é de seis cilindros, marca FPT, modelo Cursor 13, de 12,88 litros de volume interno, com diâmetro de cilindro de 135mm e curso

O sistema hidráulico do T9.560 é de três pontos da categoria IV, opcional, com suporte único e engate rápido e capacidade de levante de 9.071 quilos

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de 150mm. O sistema de alimentação utiliza um turbocompressor intercooler com quatro válvulas por cilindro. A rotação nominal é de 2.200rpm e a taxa de compressão é de 16,5:1. Este propulsor gera, em condições normais, aproximadamente 507cv de potência bruta, a 1.900rpm, mas tem a possibilidade de um incremento de mais 50cv com o uso do EPM (Gerenciamento da Potência do Motor), quando houver sobrecarga na transmissão, na TDP ou no sistema hidráulico. Com este sistema, o maior trator da linha T9 pode chegar a 678cv, de acordo com o que exija a operação. O torque máximo gerado pelo motor do T9.560 é de impressionantes 2.150Nm a uma rotação de 1.400rpm. O sistema de injeção de combustível não é commom rail e sim individual por bico. A reserva de torque ultrapassa os 40%. Há, no total, cinco radiadores que atendem as necessidades de arrefecimento do calor de lubrificantes do motor e transmissão, sendo separados para o óleo do sistema hidráulico e da transmissão. A ventoinha do radiador é ligada diretamente ao virabrequim, sem correias de acionamento, o que elimina um dos itens de manutenção mais frequente, em outros tratores. O sistema de limpeza do ar se dá por meio de dupla filtragem, sendo interessante a solução de colocar uma tomada alta de ar, o que favorece a limpeza do ar que entra no sistema de filtragem, pois toma ar a mais de três metros do nível do solo. A transmissão é do tipo full powershift, modelo ultra command, com 16 marchas que proporcionam velocidades entre 4 e 37km/h, com duas marchas à ré. Há nove marchas entre 5 e 13km/h, que são velocidades de operação mais utilizadas na maioria dos implementos


Fotos Charles Echer

O trator testado estava trabalhando numa resteva de soja, com um escarificador marca Stara, modelo Fox, montado em tandem, com 27 hastes no total, espaçada 60cm entre hastes, com largura total de 8,10 metros trabalhando a 28 centímetros de profundidade

agrícolas. Para o acionamento do trem traseiro de transmissão este modelo utiliza dois eixos tipo cardânico com cruzeta blindada, um para o acionamento da transmissão e o outro para a tomada de potência (TDP) que é padronizada em 1.000rpm. Durante o reconhecimento do trator vimos algumas coisas interessantes para quem admira a mecânica aplicada a estes veículos. A redução final não utiliza cubos com óleo e sim a lubrificação é feita por um sistema pressurizado, via bomba de óleo. Vêse, também, que há dois tanques de óleo da transmissão, um para a transmissão, outro para o diferencial e a redução final.

Também ao utilizarmos este trator verificamos a presença de um dispositivo que protege o motor. Sempre que houver uma sobrecarga de esforço, realizada a uma velocidade operacional e isto fizer com que a rotação caia bruscamente próximo a 1.000rpm, o sistema automaticamente toma o controle da velocidade e da rotação do motor, impedindo que o trator apague. A operação do trator então se ajusta, evitando trancos da transmissão e no motor que poderiam causar um dano mecânico.

posto do operador. A cabine deste modelo é a mesma do T8, enorme e com excelente área envidraçada e um volume de quase quatro metros cúbicos. A visibilidade para todos os lados é muito boa, ressaltando-se alguns cuidados tomados no projeto, como o fato de que tanto a tomada de ar do sistema de alimentação quanto o tubo de descarga estão escondidos atrás das colunas dianteiras da cabine, o que é outro diferencial importante para aumentar o campo visual. Durante o teste pudemos ver que o sistema

SISTEMA HIDRÁULICO

Este trator, embora seja mais frequentemente utilizado com implementos que utilizam a barra de tração, também pode ser equipado com um sistema hidráulico de três pontos da categoria IV, opcional, com suporte único e engate rápido. Desta forma uma só pessoa pode acoplar um implemento sem sair da cabine. O projeto do trator incluiu duas bombas hidráulicas individuais, a primeira somente para o sistema de válvulas de controle remoto (VCR) que é padrão com cinco tomadas de alta vazão.

ERGONOMIA

À primeira vista, nos chamou a atenção a altura da plataforma deste enorme trator e a escada de cinco degraus que leva ao

Visão de parte do motor FPT, modelo Cursor 13, de 12,88 litros, com potência máxima de 557cv

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Fotos Charles Echer

Sob a escada de acesso à cabine fica um compartimento para bateria e uma das bombas hidráulicas

condicionador de ar é do tipo digital. O assento é bastante luxuoso, equivalente aos melhores da indústria automotiva, com possibilidade de giro de até 40 graus, dotado de amortecimento automático, que unidos aos quatro pontos amortecidos da cabine ao chassi dão um excelente conforto ao operador, minimizando a vibração. Ao lado direito do operador há um apoio de braço, denominado SideWinder II, com um console que serve de apoio e suporte ao monitor IntelliView III, onde por meio de

Pontos amortecidos da cabine aumentam o conforto ao operador, minimizando a vibração

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uma tela de toque se pode controlar todas as funções em operação e fazer as configurações para o funcionamento do trator, especificando informações da operação e do operador. Na lateral direita do apoio de braço encontramos um painel integrado que traz o desenho de um trator com interruptores e leds indicativos das funções do trator. Com ele, se faz o controle de todas as funções básicas, de modo bastante fácil. Em termos de facilidade de operação, este modelo, como outros do mercado de alta

tecnologia, tem um sistema de programação de manobras, onde é possível fixar duas velocidades, uma para a operação e outra para as manobras, automatizando este uso por meio de interruptores. Isto faz com que seja possível ao operador acionar o sistema nas cabeceiras e reduzir automaticamente as velocidades nas manobras e retomando as condições pré-programadas ao iniciar novamente o trabalho na área. Além, é claro, da vantagem de automatizar a interrupção e retomada dos trabalhos nas manobras, o que auxilia a reduzir o esforço físico e mental do operador, este sistema proporciona uma diminuição do consumo de combustível,

Cinco radiadores localizados na dianteira do trator atendem às necessidades de arrefecimento do calor de lubrificantes do motor e transmissão

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Ensaio oficial

O

ensaio oficial que levou à homologação mundial do New Holland T9.560 foi realizado no Laboratório de Ensaios de Tratores em Nebraska, Estados Unidos em janeiro de 2012. Nesta avaliação o trator obteve a potência máxima de 507 cv a 1900 rpm no ensaio contínuo de uma hora de duração. O máximo torque foi de 2150 Nm a 1401 rpm e a máxima reserva de torque é de 41,4%. O relatório completo do ensaio deste trator pode ser obtido na página web do Laboratório de Nebraska, http:// tractortestlab.unl.edu/new-holland.

pois tudo é feito buscando condições ótimas de utilização do motor. O acionamento em operação do trator se faz com o uso de um comando multifuncional, em que os dedos polegar e indicador têm a função de acionar interruptores de avanço e reversão, assim como aumentar e diminuir a velocidade de deslocamento, quando no modo mecânico. O acelerador funciona, no modo manual, quando o sistema GSM (Ground Speed Management) não estiver acionado. Com o GSM ativado, ocorre um automatismo que faz com que a alavanca de aceleração do motor se transforme em uma alavanca de controle da velocidade, integrando motor e transmissão, tornando a transmissão uma perfeita CVT (Transmissão Continuamente Variável). Imediatamente à frente da mão direita do operador está colocado o conjunto de válvulas VCR, utilizado para o controle remoto de implementos.

TESTE

Este trator que testamos, em poucos meses de utilização já estava com 621,7 horas de motor. Para o teste de campo contamos com a ajuda do operador Gilson, um jovem paraibano morador há seis anos na região, que estava em treinamento neste trator. O teste que fizemos com o T9.560 foi com um escarificador, marca Stara, modelo Fox, montado em tandem, com 27 hastes no total, espaçadas de 60cm entre hastes, utilizando a barra de tração e o sistema de VCR. Assim, a largura total de trabalho era de 8,10 metros. Trabalhamos em diferentes condições de velocidade e marcha, mas as principais avaliações foram feitas a 1.900rpm no motor e velocidade média de 6,4km/h. Nestas condições o patinamento foi muito reduzido, entre 6% e 7% e o consumo volumétrico médio em 4ª marcha

do grupo 1, nesta velocidade, foi de 80 litros por hora. Em 6ª marcha do grupo 1, incrementando-se a velocidade para uma média de 8km/h, o consumo foi de 105 litros por hora. Quanto ao patinamento, vimos que nas condições de solo mais firme chegava a 12% de patinamento como valores máximos. Porém, em face da largura de trabalho e das velocidades possíveis de operação, calcula-se em aproximadamente 13 a 18 litros por hectare trabalhado, como consumo real por área, o que equivale ao obtido com muitos tratores médios. O trabalho de escarificação a 28cm a 30cm era feito sobre a soca da cultura da soja, recém-colhida. O talhão onde estávamos trabalhando tinha 3,2 mil metros de comprimento e aproximadamente dois mil metros de largura, o que proporcionava longos trajetos em linha reta, em que se podia verificar a capacidade do trator em adaptar-se às pequenas irregularidades do terreno, sem interromper nem diminuir substancialmente a velocidade. Os dois pontos de final do trajeto (A-B)

O sistema de direção do T9.560 é constituído por um mecanismo de articulação da estrutura do chassi, que proporciona 42 graus de ângulo de giro da direção

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Local do teste

P

ara este teste de campo com o trator T9 da New Holland nos deslocamos até o município de Luís Eduardo Magalhães. De lá, com o auxílio do concessionário local fomos até a Fazenda Onduras da família Radoll. São aproximadamente 6300 hectares tocados por uma família de origem paranaense, especificamente da região de Marechal Cândido Randon, que veio para o sul da Bahia no final da década de 80. Desde 1986 quando o avô Willy foi um dos pioneiros na região e na cidade, que anteriormente se chamava Mimoso do Oeste, estabeleceram-se no local onde hoje é a sede da Fazenda, denominada Lidoana, em homenagem do pai aos seus filhos Lidiane, Douglas e Silvana. Foi uma época de muitas dificuldades e oportunidade de negócio, pois quando eles chegaram o custo da terra era próximo aos dois sacos de soja por hectare e atualmente os negócios praticados envolvem quantidade de aproximadamente 480 sacos/hectare. Embora neste ano, tenha ocorrido uma quebra da soja, em que a média de colheita está próxima dos 47 sacos por hectare, o histórico de produtividades é muito bom, com médias de 60 sacos por hectare na região. Encontramos trabalhando na colheita da soja o técnico agrícola Douglas Alexsandre Radoll, filho do senhor Willy Loribaldo Radoll, que administram esta bela fazenda no local conhecido como Bela Vista, município de Luís Eduardo Magalhães. Nesta propriedade rural em que se cultiva milho, soja e algodão estávamos em pleno mês de abril, acompanhando a colheita da soja, com cinco máquinas e o manejo da soca. Douglas nos contou que a região é muito favorável à prática da agricultura, com médias de precipitação de 1600 mm por ano e que a família recentemente decidiu deixar de ser cliente de outra marca, para padronizar

sua frota com a New Holland, motivados por uma melhor assistência técnica e condições de negócio. Quanto ao modelo T9, do qual são proprietários desde o ano passado, disse estar muito satisfeito, pois embora suas médias de consumo sejam próximos aos 100 litros por hora, no final o consumo por hectare medido por eles baixa para aproximadamente 18 Litros, em função da excelente capacidade operacional do trator. Ele confirmou o que se conhece na técnica, de que para nesta dimensão de potência do motor e do tamanho de trator a configuração de tração dianteira auxiliar (TDA) chega ao limite e o trator tende a mostrar o fenômeno do galope. Inclusive, em sua opinião, seria interessante que houvesse a disposição inclusive modelos 4x4 menores, para substituir os TDAs grandes. A fazenda tem onze tratores, sendo que um é o modelo T7 da New Holland, cinco são os recentemente lançados T8, e este T9 que testamos e que chegou em outubro do ano passado. Como já se sabia, em um lançamento de um trator enorme como este a grandes dificuldade é conseguir implementos adequadamente dimensionados e operadores treinados. Em muitos casos o fator humano restringe a possibilidade do uso do potencial da máquina. Embora neste ano, com a dificuldade da seca na floração e a margem de lucro tenha caído, pelo aumento de aproximadamente 30% no custo de produção, em face do controle da lagarta, ainda assim as perspectivas são muito boas, pois são favoráveis o preço da soja e o modelo adotado na região, onde empresas retiram a produção na fazenda e levam à exportação pelo porto de Aratu, em Salvador.

Detalhe do sistema de articulação central com dois pistões

estavam marcados anteriormente, com o que o operador somente deveria realizar a manobra e encontrar outra vez a paralela de trabalho, utilizando o piloto automático.

RECURSOS TECNOLÓGICOS

Três sistemas de direcionamento por satélite podem ser utilizados neste modelo da New Holland. O primeiro é o sistema DGPS normal, aberto, standard neste modelo, com a possibilidade de alcançar precisões ao redor de 20cm. O segundo sistema depende

Antena receptora do sinal do sistema de direcionamento

Dois tanques laterais exclusivos para óleo da transmissão, diferencial e redução final

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Fotos Charles Echer

Concessionário Jaraguá Bahia

O

concessionário New Holland que nos recebeu e deu suporte para a realização deste teste foi a Jaraguá Bahia, de Luís Eduardo Magalhães, na Bahia. A loja que visitamos é nova e fica próximo à cidade, na BR 020, saída para Barreiras. Estivemos em toda a loja, desde oficina, área administrativa e a área comercial e em todos os momentos há uma marca de qualidade e organização. Os sócios são os senhores Osmar Martins, Fábio Martins e Jair Francisco. O mercado regional abrangido pela concessionária é principalmente aquele voltado

às grandes áreas, com o foco em grandes tratores e a possibilidade de vendas dos maiores modelos de máquinas de colheita, da marca New Holland. Por esta razão nos chamou a atenção o interesse da área técnica em oferecer qualidade nos serviços de assistência pós venda e em itens de agricultura de precisão, que entra forte na região. Foi designado para nos acompanhar no segundo dia de testes o técnico agrícola Leonardo Pinheiro da Silva, gaúcho de Santa Maria, que faz as entregas técnicas destes produtos com alta tecnologia.

Por causa do seu tamanho, o acesso à cabine do T9.560 tem escada com seis degraus

de assinatura, adquirindo-se o pacote da Omnistar que pode ser utilizado em duas opções, a XP com precisão de 7cm e a HP para 5cm. A terceira opção compreende a utilização de antenas próprias, tipo RTK e que com qualquer dos dois sistemas VRS e GPS atende uma precisão de 2,5cm. Conversando com os operadores, eles se mostraram um pouco pessimistas com o sistema RTK e preocupados com as frequentes perdas de sinal, pela cintilação, principalmente entre 19 e 22 horas. O maior problema do sistema aberto é a falta de precisão na sobreposição entre uma passada e outra, o que provoca um desvio a cada percurso de ida e volta no talhão. O piloto hidráulico é colocado no sistema de direção do trator, com um sensor de roda e

uma bússola interna.

ESPECIFICAÇÕES

A capacidade do depósito de combustível é de 1.230 litros de diesel, o que garante a possiblidade de que o operador cumpra a sua jornada de trabalho e as horas extraordinárias com uma só carga de tanque. O peso em vazio deste trator é de 18 mil quilos, podendo chegar a 22.500 quilos com

a lastragem plena. No entanto, para obter máximo rendimento é importante que se mantenha a distribuição estática de 60% do peso sobre o eixo dianteiro e 40% do peso no eixo traseiro. Os oito pneus utilizados são iguais nos dois eixos dianteiro e traseiro na medida de 710/70R42. .M José Fernando Schlosser, Nema - UFSM

A cabine é a mesma da linha T8, ampla, bastante confortável e dotada de recursos tecnológicos que facilitam a jornada do operador

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implementos

Munição adequada O controle de pragas de solo exige práticas diferentes de aplicação de produtos fitossanitários, que variam de acordo com o tipo de formulação do produto usado

A

ssim como no manejo de pragas de parte aérea de plantas, para os alvos presentes no solo a principal estratégia de controle é o químico. É importante deixar evidente que a denominação “praga agrícola” provém de um conceito antropocêntrico. O homem considera como pragas aqueles organismos que de alguma forma reduzem a produtividade de seus cultivos. Com isto, toma atitudes para controle destes organismos visando minimizar os prejuízos às lavouras. Considerando, portanto, que a atitude mais comum é a aplicação de produtos fitossanitários, o conceito fundamental da tecnologia de aplicação deve permanecer respeitado, que é a correta colocação do produto no alvo, na quantidade necessária, de forma econômica e com o mínimo de contaminação ambiental (Matuo, 1990). Devido à especificidade dos problemas fitossanitários posicionados no solo, alguns aspectos devem ser considerados. Um deles é a dificuldade de determinar com exatidão onde

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o alvo da aplicação está, para que o produto seja posicionado de forma a alcançá-lo. Por isto, muitas vezes as quantidades do ingrediente ativo empregado são maiores do que as utilizadas para tratamentos da parte aérea. Outra dificuldade está relacionada ao momento em que os organismos efetivamente se movimentarão e causarão danos ao cultivo. Alguns deles podem ser percebidos rapidamente e as aplicações podem ser realizadas diretamente sobre os insetos ou sua região de alojamento, utilizando produtos de disponibilidade imediata. Em outros casos os insetos movimentam-se apenas paulatinamente, desalojando-se em um gradiente de tempo. Sendo assim, uma aplicação realizada no momento da semeadura ou de plantio de uma determinada cultura pode requerer que o produto permaneça ativo por um período de tempo prolongado para que ocorra a proteção adequada das plantas cultivadas. No passado isto era solucionado com o uso de produtos de grande período residual, como foram os organoclorados. Atualmente isto se dá com formulações de liberações mais lentas

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do ingrediente ativo, como os granulados ou as suspensões de microencapsulados. A movimentação no solo também pode ser necessária, pois a região de proteção pode coincidir com a ocupada pelas raízes das plantas, como ocorre para as cigarras do cafeeiro ou da seringueira e os coleópteros, que se alimentam de raízes de culturas diversas como na citricultura ou na cana-de-açúcar. Neste caso, os produtos precisam sofrer alguma movimentação para promover a proteção da rizosfera, suficiente à diminuição dos danos das pragas. Porém, esta movimentação não deve ser de percolação para o lençol freático, sem antes promover a sua ação e sucessiva degradação do produto, evitando contaminar as águas subterrâneas. Novamente torna-se muito importante a escolha da formulação mais adequada ao problema fitossanitário, à textura do solo e à profundidade do lençol freático. Feitas estas considerações, importa agora a prática da aplicação dos produtos fitossanitários no solo. Esta aplicação deverá considerar

Aplicar no local onde a praga está e na dose necessária é um desafio para os produtores


Marcelo da Costa Ferreira Marcos Lobo

John Deere

Marcos Lobo fala sobre a importância do mecânico lubrificador na manutenção de frotas Termômetros a distância, com infravermelho, são equipamentos necessários para lubrificadores Aplicação em filete contínuo em cana-de-açúcar é uma prática bastante utilizada pelos produtores

tecidos, a aplicação de granulados em sulcos no solo e a aplicação via líquida no colo das plantas em jatos dirigidos ou em filete contínuo direcionado ao solo têm sido as mais difundidas. A aplicação durante o preparo de solo na cultura de cana-de-açúcar tem sido bastante praticada para controle de insetos como Migdolus fryanus e Sphenophorus levis, mas ainda carece de experimentos que avaliem a sua eficiência. O controle de nematoides em culturas diversas, de anuais às perenes, também tem sido realizado com aplicações de formulações via líquida ou de granulados. Em todos os casos, o importante é a chegada dos produtos no local onde os problemas ocorrem, ou seja, no solo. Sendo assim, em aplicações via nebulização ou polvilhamento é importante que haja a introdução do duto condutor do equipamento em canalículo utilizado pelo alvo, de forma que o produto sature e fique confinado no seu local de habitação, sem que haja contaminação desnecessária do ambiente. No caso de aplicações utilizando granula-

dos, a recomendação é que se faça diretamente em sulcos no solo, recobrindo-se as partículas para que estas não fiquem sujeitas a perdas por causas diversas como o carreamento por água de chuvas ou por animais que eventualmente transitem pela área tratada. Para as aplicações via pulverização, como o alvo está no solo, o importante é que as gotas atinjam o solo. Desta forma, a recomendação é se utilizar gotas da classe das extremamente grossas, normalmente produzidas pelas pontas de pulverização com indução de ar, visando evitar as perdas por deriva e evaporação, com chegada consistente destas gotas ao solo. Por se tratar de uma aplicação ambiental, sempre que possível, o uso de produtos biológicos como os fungos entomopatogênicos ou nematófagos deve ser praticado como estratégia mais sustentável de tratamento .M fitossanitário. Marcelo da Costa Ferreira e Marina Aparecida Viana, Unesp Jaboticabal

Fotos Mateus Zanella

inicialmente a recomendação dos fabricantes das formulações, quanto à dosagem necessária para cada organismo alvo e cultura. A aplicação de formicidas, por exemplo, pode se dar através da liberação de iscas formicidas que são carregadas pelas próprias formigas para os seus ninhos; pela aplicação de inseticidas por via líquida, diretamente sobre os formigueiros; ou ainda da saturação das galerias por pós-formicidas (polvilhamento) ou por névoa inseticida (nebulização). Os equipamentos voltados para estas aplicações podem ser bastante simples e portáteis como os aplicadores de iscas, até os nebulizadores que têm uma maior complexidade de funcionamento. O controle de formigas é amplamente utilizado em áreas de fruticultura, de reflorestamento e de produção de cana-de-açúcar, dentre outras. Para as formigas chamadas de “cortadeiras”, a termonebulização tem sido uma técnica crescente de aplicação de inseticidas. Para insetos que se alimentam em raízes de plantas perenes como nos cafezais, quer sugando-as ou mesmo alimentando-se dos

Exemplos de equipamentos utilizados para realizar aplicações específicas em diferentes culturas, como forma de minimizar os efeitos negativos do produto e garantir o controle desejado

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irrigação

Fertilizante encanado

Divulgação

A fertirrigação através do sistema de pivô central, além de ser mais eficiente do ponto de vista agronômico, gera economia de mão de obra, de máquinas agrícolas e minimiza as chances de compactação do solo e danos às culturas

A

irrigação utilizando equipamentos do tipo pivô central tem crescido muito nos últimos anos no Brasil, sendo que o último censo agropecuário realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no ano de 2006, indicava que cerca de 18% dos 4,5 milhões de hectares irrigados no país eram por esses equipamentos. O investimento neste tipo de sistema de irrigação implica, muitas vezes, na aquisição de outros produtos e serviços por parte do produtor irrigante, que, somados, perfazem um verdadeiro pacote tecnológico; estes vão desde sementes de alto padrão genético, passando pela melhoria no preparo do solo e dos tratos culturais, até chegar ao manejo fitossanitário e também nutricional. Esse último, tratado em mais detalhes neste artigo, tem sido amplamente adotado na agricultura irrigada a partir da aplicação dos adubos via água de irrigação. A aplicação simultânea de água e fertilizantes ao solo, por meio de sistemas de irrigação, é denominada de fertirrigação. Esta prática tem sido bem aceita, principalmente porque acelera o ciclo de absorção dos nutrientes quando comparada à adubação convencional; isto ocorre porque o fertili-

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zante dissolvido na água infiltra no solo já em solução, de modo uniforme, em toda zona radicular, garantindo assim máxima interceptação pelo sistema radicular. Um dos principais benefícios da fertirrigação é a possibilidade de fracionar a adubação ao longo do ciclo da cultura, visando, assim, otimizar a utilização dos nutrientes ao disponibilizá-los no momento mais oportuno, momento este obtido por meio da curva ou marcha de absorção de nutrientes da cultura de interesse. Essa curva relaciona a época de maior exigência do nutriente com a duração do seu ciclo, sendo possível, a partir dela, conhecer o momento mais adequado para efetuar a adubação.

PIVÔ CENTRAL E A PRÁTICA DA FERTIRRIGAÇÃO

Dentre os sistemas de irrigação por aspersão, o do tipo pivô central tem sido o mais adequado para a prática da fertirrigação, isso em função da elevada uniformidade de aplicação de água que se consegue com esse equipamento. Outras vantagens podem ser destacadas, como economia da mão de obra, praticidade, flexibilidade na aplicação, eficiência no uso e economia de fertilizantes, redução da compactação do solo e dos danos

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mecânicos à cultura. A aplicação manual costuma ser imprecisa e desuniforme e a utilização de tratores, quando comparada à adubação via água de irrigação, é relativamente cara. Diante disso, a fertirrigação reduz sensivelmente a necessidade de mão de obra para as atividades de operação de tratores e implementos, bastando em média apenas duas pessoas para a fertirrigação em pivô. O uso do pivô para fertirrigação é prático e de fácil utilização, já que se trata de um equipamento central para toda uma área. Ocorre economia de fertilizantes devido ao fato de que a solução dilui-se de forma homogênea na água de irrigação, distribuindose no campo da mesma maneira que a água. Outro aspecto a ser observado é a redução das perdas por volatilização dos adubos nitrogenados. A fertirrigação pode ser feita em qualquer cultura, independentemente dos estádios fenológicos em que esta se encontra (crescimento vegetativo, floração e maturação). Um exemplo típico é o de adubação na cultura do milho, onde normalmente a adubação com equipamentos tratorizados só é possível até certa altura, ao passo que com a utilização do pivô, este parâmetro não é


Fotos Lucas da Costa Santos

Injetor tipo Venturini, que custa 10% do valor de uma bomba de pistão ou diafragma

um impedimento. Como já comentado, a aplicação fracionada dos nutrientes aumenta a sua assimilação pelas plantas além de limitar as perdas por lixiviação e volatilização, proporcionando um aproveitamento eficiente do fertilizante, isto é, resposta da cultura equivalente a uma menor quantidade de fertilizante aplicado em comparação com outros métodos. O tráfego de tratores na lavoura pode ser minimizado com a fertirrigação. Além de economia com combustível e com a manutenção da frota, consegue-se redução da compactação do solo e dos danos mecânicos às plantas.

INJETORES

Tão importante quanto os cuidados referentes à determinação do melhor momento para aplicação do nutriente como também da escolha do fertilizante, é o meio pelo qual a solução nutritiva deve ser injetada no equipamento. No pivô central essa operação é feita, basicamente, injetando-se a solução na tubulação de recalque (no centro do pivô central) através de bombas injetoras do tipo pistão, diafragma, bombas centrífugas ou, ainda, a partir da linha de sucção da bomba, que embora seja uma técnica muito simples e de baixo custo, não é aconselhável devido

Bomba injetora tipo pistão, utilizada para possibilitar a fertirrigação em pivô central

ao grande risco de poluição da fonte de água, a qual o Estado concedeu um termo de outorga ao irrigante. As bombas de pistão e diafragma, apesar de permitirem um bom controle da vazão da calda, apresentam como principais inconvenientes o elevado custo do equipamento e o desgaste excessivo das peças ativas, devido ao contato da calda com as mesmas. Já para as bombas centrífugas comuns, para serem utilizadas como injetores de fertilizantes, é aconselhável que apresentem carcaça e rotores confeccionados em aço inox ou resina plástica (exemplo noryl) para resistir ao efeito corrosivo das soluções fertilizantes, mas mesmo sendo uma boa opção, podem apresentar variações na taxa de injeção da calda. Apesar da diversidade de sistemas de injeção de soluções fertilizantes, é importante frisar que eles não são de uso universal, ou seja, cada um se adapta a uma situação específica, a depender do sistema de irrigação, do produto a ser aplicado e, principalmente, da habilidade da pessoa responsável pelo manuseio do equipamento injetor. Dentre os injetores existentes, uma opção

Modelo de bomba de diafragma, que tem a mesma função da bomba de pistão

que tem se mostrado viável, tanto do ponto de vista técnico quanto econômico para uso em pivô central, tem sido o injetor do tipo Venturi. Este injetor consiste de um tubo que combina, em uma unidade simples, uma garganta cilíndrica entre duas seções cônicas de maior diâmetro, sendo a primeira convergente e a segunda divergente; o responsável pelo acionamento do injetor é o movimento da água na tubulação, que após passar pela seção estrangulada, tem a sua velocidade aumentada. Esse aumento considerável causa acentuada redução da pressão, criando-se inclusive uma pressão menor que a atmosférica, sendo esta a responsável pela aspiração da solução do fertilizante e sua injeção na rede


Fotos Lucas da Costa Santos

Uma das vantagens da fertirrigação é a economia de fertilizantes devido ao fato de que a solução dilui-se de forma homogênea na água de irrigação

(Almeida, 2002).

ENSAIO DE CAMPO

Um estudo para avaliação da viabilidade técnica e econômica do uso de injetor tipo Venturi em sistemas de irrigação de grande porte foi montado na Fazenda Busato II no município de Serra do Ramalho na região oeste do estado da Bahia. Os ensaios foram realizados em um equipamento do tipo pivô central, com área irrigável de 66 hectares. O sistema de injeção foi montado com um injetor do tipo Venturi de 1,5 polegada associado a uma bomba centrífuga acionada por motor elétrico de 3cv. O sistema injetor foi instalado no tubo

Exemplo de cultura do milho sob pivô central, onde a técnica de fertirrigação é utilizada durante todo o ciclo da cultura

de subida na base do pivô em dois pontos, um para tomada de água, onde era feita a alimentação da motobomba associada ao injetor Venturi, e o outro ponto para a injeção do fluido. A função da motobomba era a de aumentar a pressão proveniente do sistema de irrigação de modo a atender a pressão de operação do injetor Venturi e ainda fazer com que a pressão reinante no ponto a jusante do injetor fosse suficiente para injetar o fluido na rede na vazão desejada. A vazão derivada da base do pivô era de 17,7m3/h e apresentava uma pressão de 411,9kPa, sendo que após passar pela motobomba esta ganhava uma carga adicional de 196,1kPa. Dessa forma, a pressão

de alimentação do injetor Venturi era de 608,0kPa, que após passagem pela seção estrangulada do injetor caía para 441,3kPa. As pressões a montante e a jusante do injetor foram tomadas por meio de manômetros instalados entre os bocais do mesmo. Os dados de pressão e vazão motriz (a que alimenta o injetor) são imprescindíveis para o dimensionamento do conjunto injetormotobomba e também para o cálculo do rendimento do conjunto. Após os ensaios, obteve-se taxa de injeção de 0,621m3/h e rendimento de 11,13% para o injetor, valor considerado satisfatório para este tipo de equipamento. Por fim, realizou-se a comparação do desempenho técnico-econômico do injetor Venturi com a bomba pistão BP2, modelo 238, que apontou comportamento similar entre os dois injetores, uma vez que a taxa de injeção encontrada pelo primeiro injetor está dentro da faixa de atuação do segundo equipamento. Já quanto à viabilidade econômica, a vantagem do sistema de injeção a partir do injetor tipo Venturi foi evidente, visto que este representou apenas 15,9% do custo do injetor do tipo pistão. Os custos dos equipamentos foram de R$ 1.900,00 para o conjunto Venturimotobomba e R$ 11.960,00 para a bomba do tipo pistão. Outro detalhe importante do injetor Venturi, é que a calda do fertilizante não entra em contato com a bomba de pressurização do dispositivo, de modo tal que danos por corrosão do sistema injetor são minimizados (material plástico). .M Lucas da Costa Santos, Fernando da Silva Barbosa, Daniel Philipe Veloso Leal e Rubens Duarte Coelho, Esalq/ USP

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ficha técnica

BH Geração III A

A Valtra apresenta a nova geração da Linha BH, que chega com inovações em todos os modelos e três novos integrantes na família

Nova Linha BH GIII (como é chamada) foi totalmente reformulada e recebeu nova cabine, sistema hidráulico, design que, além de moderno e arrojado, melhorou o raio de giro. Novos modelos da linha terão também mais opções de potências, como é o caso do novo BH 135i (137cv), com motor quato cilindros turbo intercooler, opção para o agricultor que necessita ter em sua propriedade máquinas para desempenhar as mais variadas funções e atividades. Além dele, completam a Geração III os novos modelos BH200 (200cv) e o BH210i (210cv). Os modelos seguem os padrões globais dos tratores Valtra, direcionados às particularidades das atividades agrícolas brasileiras. As novas máquinas que foram apresentadas na Agrishow estarão disponíveis ao mercado no segundo semestre deste ano.

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MOTOR

Todos os motores da nova geração BH são equipados com o moderno e agrícola AGCO Power. Destaque para os modelos BH135i e BH200, o primeiro com motor de quatro cilindros turbo intercooler é a novidade da linha. Com o sucesso do modelo da linha média BM125i, que foi o primeiro trator de quatro cilindros turbo intercooler do mercado nacional, a Valtra aposta no mesmo sucesso para alavancar o BH135i, que é equipado com o motor 420DSA de 137cv e 550Nm de torque. Já o BH200 é equipado com motor 620DS de seis cilindros turbo de 200cv e 700Nm de torque e tem como novidade o novo sistema de injeção que passa para bomba em linha, resultando em mais simplicidade e potência. O terceiro novo modelo da linha é o BH210i com motor 620DSA de seis cilindros turbo intercooler de 210cv e 720Nm de torque. Os modelos BH145, com 153cv e 561Nm de torque; BH165, com 174cv e

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561Nm de torque, e o BH180, com 189cv e 663Nm de torque, completam a Geração III da linha BH. Além da motorização, a linha BH GIII incorporou outras novidades, como novo layout dos radiadores para facilitar as manutenções, novo capô basculante e vigas laterais, que foram desenhados para melhorar a servicibilidade e raio de giro, novo escapamento lateral, sistema de admissão de ar, com maior volume e tanque de combustível com 400 litros para aumentar a autonomia.

TRANSMISSÃO

A transmissão dos tratores da linha BH GIII mantém no DNA Heavy Duty (Serviço Pesado), agora com engrenagens reforçadas para maior vida útil e novo sistema de alavanca de câmbio com engates mais precisos e maior conforto operacional. O sistema de


Fotos Valtra

lubrificação da transmissão passa a ser de bomba externa, além de melhorar a eficiência de lubrificação da transmissão, facilita a manutenção, pois está sob a transmissão. A embreagem passa a ter maior diâmetro e revestimento cerametálico com acionamento hidráulico. O bloqueio do diferencial passa a ser eletro-hidráulico e o sistema de freio também com disco de maior diâmetro, melhorando a performance de frenagem. A TDP dupla de 540rpm e 1.000rpm na mesma alavanca é uma novidade para linha BH agora com acionamento eletro-hidráulico e freio, o que evita o desperdício de produtos durante as manobras de cabeceira.

SISTEMA HIDRÁULICO

Outro diferencial destes modelos é o sistema hidráulico que foi totalmente redesenhado e passa a ter as bombas acionadas através de engrenagens localizadas sob a transmissão. O sistema eletrônico HiLift está presente em todos os modelos como standard para os tratores com cabine e também plataforma.

O sistema HiLift passa a ter nova geometria e alta capacidade de levante de oito mil quilos. A precisão do sistema ajuda a reduzir o índice de patinagem e consumo de combustível além de melhorar o desempenho operacional. O sistema hidráulico da nova linha pode ser configurado com três opções: o standard passa a ter 61 litros por minuto, o já conhecido sistema HiFlow, que passa de 126 para 147 litros por minuto, acionado por bomba

de engrenagens, e o novo sistema HiFlow II, com bomba de vazão variável de 170 litros por minuto, para operações que requerem maior vazão e agilidade. Com as bombas sendo acionadas pela transmissão, foi possível reduzir o número de componentes, como o cardã. O antigo tanque de combustível de aço estrutural da linha BH passa a ser tanque de óleo hidráulico, com capacidade total para 110 litros. Por ser óleo independente da transmissão, evita contaminação, além de manter o centro de gravidade baixo dos tratores.

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Fotos Valtra

Console lateral está mais próximo do operador e proporciona maior conforto para jornadas longas

com distribuidoras de cana.

AGRICULTURA DE PRECISÃO

CABINE

fechadas ou rodado maior.

Os tratores da Linha BH GIII estão equipados com cabine HiComfort. Esta linha de cabine dispõe de maior espaço interno, menor nível de ruído e melhor ergonomia. O novo console lateral possui os botões próximos à mão do operador, melhorando o conforto operacional para longas jornadas. O sistema de ar-condicionado também foi redesenhado para melhorar a eficiência e o fluxo de ar na cabine. Por ser montada numa posição especial, é possível montar rodagens especiais, com bitolas mais

RAIO DE GIRO

Outro destaque da Linha BH Geração III é o raio de giro. Devido ao novo design do capô e vigas laterais, esta linha tem um dos menores raios de giro do mercado nessa faixa de potência. Nos estudos de campo, foi possível chegar à marca de 5,9 metros de raio de giro com pneu dianteiro 600/5530.5. Esse raio de giro é possível trabalhar com bitolas mais fechadas sem perder essa característica, principalmente em operações

Outra novidade que está presente na linha BH GIII é o piloto automático AutoGuide 3000. O sistema possui terminal touchscreen de 12.1 polegadas, o C3000, e pode trabalhar com precisão submétrica (<1,5m), decimétrica (+/-10cm) ou centimétrica (+/-2,5cm). Aliado à precisão centimétrica (sinal RTK), o sistema poderá trabalhar com o conceito de tráfego controlado, diminuindo a compactação do solo e aumentando a produtividade da lavoura, sem contar outros inúmeros benefícios do conceito. O Auto-Guide 3000 está disponível como opcional para todos os modelos cabinados da Linha BH Geração III. A série conta também com nova central do sistema elétrico e melhorias nas proteções contra intempéries, com cabos seccionados que melhoram a manutenção. Também são novos o eixo dianteiro, com cilindro maior, a barra de tração, que está mais robusta, e .M o ponto de fixação.

A série BH GIII inovou no design do capô, com entradas de ar renovadas e faróis que seguem a tendência mundial da marca

A linha BH tem um dos menores raios de giro desta categoria de tratores, 5,9 metros

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Nova cabine HiComfort, com maior espaço interno e menor nível de ruído

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Sistema hidráulico tem nova configuração e o sistema HiLift está presente em todas as versões



eventos

Grande e lucrativa A 20ª edição da Agrishow, realizada no final de abril em Ribeirão Preto (SP), foi palco de grandes lançamentos e espaço para fechar importantes negócios

A coreana LS Tractor, estreante na feira, expôs o trator U60 Cabinado e destacou, também, as séries P e R de tratores

A

20ª edição da Agrishow de Ribeirão Preto bateu a edição de 2012 em faturamento e superou as expectativas para a edição deste ano. Com mais de R$ 2,6 bilhões negociados, a feira teve um crescimento de 16% em relação ao ano passado e também ultrapassou a projeção feita pela organização, que era de aproximadamente R$ 2,5 bilhões. Acompanhe os lançamentos de destaques das principais empresas expositoras.

LS TRACTOR

Estreante na Agrishow, a coreana LS Tractor escalou modelos da Série P, tratores de 80cv a 100cv; Série U, trator de 60cv e a Série R, tratores de 50cv a 60cv, todos com a opção de plataforma ou cabine, para serem destaques no evento. O modelo XR50C, versão do modelo R50, que foi recém-lançado na Coreia do Sul,

A Agrale destacou a Linha 500 de tratores, novidade da marca na Agrishow e ideal para culturas com espaçamento reduzido

também foi destaque no estande da empresa. A novidade é a transmissão hidrostática (automática) que permite o escalonamento de marchas, gerando maior economia de combustível e eficiência na operação. Os tratores da marca são recomendados para culturas como café, fruticultura, hortaliças e pecuária, devido às suas dimensões. Além disso, mesmo os tratores de baixa potência da marca já saem de fábrica com câmbio de 12 velocidades ou mais. Entre outros destaques da marca estão o inversor de frente e ré automático (Power Shuttle), menor raio de giro da categoria (55º), super-redutor, direção hidrostática ajustável, maior vão livre (altura do solo 50,7cm) e tomada de força com três velocidades.

Agrale

A Agrale lança nova linha de tratores – Linha 500 – que inclui modelos compactos,

mais indicados para culturas com espaçamento reduzido. Com potências de 65cv a 75cv, os modelos 565.4 Compact, 575.4 e 575.4 Compact, também expostos na feira, atendem a diversas aplicações do segmento agrícola. A Linha 500 de tratores agrega novo design, com capô basculante, motorização MWM, transmissão sincronizada, com inversor de marchas 10x10 de série ou 15x15 como opcional. Outro opcional é o sistema super-redutor de marchas que possibilita a um mesmo trator, nestas faixas de potência, estar equipado com inversor de marchas e super-redutor ao mesmo tempo.

STARA

A Stara lançou na Agrishow 2013 o pulverizador autopropelido Imperador 2650, com barras centrais que podem ser de 27 ou 30 metros. Modelo compacto, pesa 8.800kg com

O lançamento da Stara para a Agrishow 2013 foi o pulverizador autopropelido Imperador Em apoio aos sistemas de integração a Jumil deu destaque à plantadora Guerra JM7090 2650, modelo compacto com barras centrais que podem ser de 27 ou 30 metros PD Exacta que, além de plantar, aduba e semeia braquiária em uma só operação

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Fotos Cultivar

A New Holland apresentou a colhedora CR9090, equipada com motor 13 litros, é a maior colhedora do mercado atualmente

seu tanque vazio, igualmente distribuído com 50% no eixo dianteiro e 50% no eixo traseiro, independentemente do volume de calda no tanque, proporcionando menor índice de patinagem. Possui motor Cummins de seis cilindros, 198cv de potência e tanque de combustível com 280 litros. O reservatório de calda é feito de polietileno e suporta 2.560 litros. Sistema de regulagem da bitola do rodado permite uma variação de 2,85m até 3,50m, possibilitando adequar a largura do rodado às linhas das culturas plantadas. Sua altura de vão livre, do chassi até o solo, é de 1,55m, facilitando a aplicação em culturas no final do ciclo reprodutivo. O Imperador 2650 é equipado com o Topper 4500, que possui controle de vazão, DGPS, desligamento automático de seções e piloto automático. Também possui uma bomba de abastecimento Banjo 1.100L/min acoplada na máquina, permitindo o abastecimento total do tanque em menos de três minutos.

JUMIL

A Case IH venceu o prêmio Gerdau Melhores da Terra com a colhedora de cana A8800 Multi Row na categoria Novidade em Agricultura de Escala

colhedora CR9090, o pulverizador SP2500, o novo design da linha de tratores TL e a nacionalização do trator T7. A linha de tratores TL chega ao mercado com novo design, novo capô frontal e faróis “cat eyes”, que possibilitam a realização de atividades noturnas com segurança. Entre as características do Pulverizador Defensor SP2500 estão a predisposição da máquina a itens de agriculturas de precisão, como piloto automático, recursos de corte de seção e, principalmente, o sistema de injeção direta. Com fabricação brasileira, o pulverizador possui motor eletrônico, transmissão hidrostática, controlador SCS5000 ou Intelliview IV, banco de instrutor, vão livre de 1,60m com pneus 320/90 x R42, bloco óptico “cat eyes” e faróis de serviço que permitem aplicação noturna, distribuição de peso 50x50, barra de 24m ou 27m e cabine acústica. Ainda oferece como opcionais de fábrica piloto elétrico ou automático, FM750, corte automático de seções e injeção direta. A CR9090, maior colhedora do país

atualmente, é equipada com motor 13 litros, que possui um novo sistema de controle de emissões pós-combustão. Com potência de 530cv, suporta plataformas de 45 pés, apta a cargas de 12.500 litros de grãos e um sistema opti spread - controle na cabine de direção e amplitude da distribuição de resíduos nos 45 pés. Possui, também, cabine com área envidraçada de 5,8m², facilitando o acompanhamento do sistema automatizado de piloto Intellisteer e de controle de carga Intellicruise. No Intelliview IV o operador controla, também pelo monitor, uma série de componentes da máquina responsáveis pela adequação do produto a tipo de grão e pode diagnosticar as voltagens, rotações e pressões.

CASE IH

Entre os principais destaques da Case IH está a colhedora de cana A8800 Multi Row, vencedora do prêmio Gerdau Melhores da Terra, na categoria Novidade Agrishow, Agricultura de Escala. Equipada com sistema de divisores de linha, hábil e ajustável para atender

A Jumil apresentou uma nova linha de plantadeiras transportáveis, o modelo Terra JM 8080 PD Magnum e a JM 8090 Exacta. O sistema Exacta proporciona distribuição uniforme de sementes e evita falhas duplas e triplas no plantio. Esta série possui computadores de bordo com tecnologia touch screen que, com alguns toques, realizam comandos fazendo com que o equipamento passe de modo transporte para modo trabalho. Este ano, outro destaque da Jumil foi o apoio aos sistemas de integração lavoura e pecuária para recuperar áreas degradadas, que está despertando a curiosidade dos pecuaristas. A marca possui a plantadora Guerra JM7090 PD Exacta, que, além de plantar, aduba e semeia braquiária em uma só operação.

NEW HOLLAND

Alguns dos destaques apresentados pela New Holland para a Agrishow 2013 foram a

A colhedora S680 foi o destaque da John Deere na Agrishow 2013, possui tanque graneleiro de 14 mil litros de capacidade e 1.250 litros no tanque de combustível

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A Massey Ferguson destacou a colhedora MF32, desenvolvida no Brasil e com sistema híbrido de processamento que permite a colheita de diferentes grãos

a colheita em diferentes espaçamentos. Possibilita também colheita em linhas adjacentes de 1,5m, totalizando três metros de largura de corte mecanizado. O sistema contém dois discos de corte, um em cada divisor de linha na parte frontal. Possui ajuste de cortes independentes, onde é possível ajustar conjugadamente as alturas de corte. As colhedoras da série A8800 Multi Row utilizam motor Tier III, com potência nominal/máxima de 358cv. São equipadas de fábrica com Smart Cruise, um software com o objetivo de ajustar automaticamente a rotação de trabalho, com base na carga que está sendo exigida na operação, reduzindo o consumo de combustível. A Case IH também levou à Agrishow o novo pulverizador Patriot 250, que vem com piloto automático de fábrica, corte automático da seção, tecnologia AFS Case IH de Agricultura de Precisão, sistema de amortecimento e suspensão hidráulica ativa. Possui também motor Case IH FPT, sistema Commom-Rail de injeção e turbo intercooler, dimensionado especificamente para o pulverizador, com 138cv

e quatro cilindros. O tanque, com 2.500 litros, fica centralizado na máquina, o que diminui a compactação do solo. O sistema de piloto automático hidráulico AFS Guide direciona automaticamente o pulverizador, utilizando-se de sinais GPS e Glonass (Omnistar, RTX e RTK). O sistema de corte automático de seção aciona eletronicamente as seções de pulverização, atuando na abertura e fechamento dos bicos, representando uma economia ao produtor e, também, responsabilidade ambiental. Outros destaques da marca foram o novo design da linha de tratores Farmall, linha que está presente no Brasil desde 2009, e, na área de colhedoras, a nova série Axial-Flow 9230, projetada para colher mais de 80 tipos de grãos.

JOHN DEERE

Destaque da John Deere na Agrishow 2013, a colhedora S680 possui um tanque graneleiro de 14 mil litros de capacidade, taxa de descarga de até 135 litros por segundo e capacidade de 1.250 litros do tanque de combustível. Ela vem com motor agrícola John Deere, turbocompri-

A Valtra lançou na Agrishow 2013 os tratores da linha BH Geração III, que vêm com novos design, cabine e sistema hidráulico

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mido, pós-resfriado ar-ar, de 13,5 litros, seis cilindros e 473cv de potência nominal (540cv de potência máxima). O sistema de controle Harvest Smart mantém constante a velocidade de colheita baseado na alimentação da colhedora. Possui ainda piloto automático AutoTrac™ Integrado instalado de fábrica, controlador Isochronous e medidor de potência com display PDU. A S680 vem com plataforma de corte Hydraflex Draper de 40 pés, barra de corte flexível com 190mm de amplitude, mecanismo de corte com acionamento mecânico duplo e sincronizado, ajuste hidráulico da velocidade das correias laterais a partir da cabine, sistema de antipatinamento das correias, ajuste da pressão da barra de corte em relação ao solo e sistema de controle automático de altura e inclinação lateral. Outros destaques da John Deere foram o Distribuidor Autopropelido 4840 Dry Box, equipado com um motor de nove litros de seis cilindros e 340cv de potência e tecnologia AMS - sistema de agricultura de precisão JD; a plantadeira da Série DB e a colhedora de algodão 7760, que enfarda o algodão durante a colheita. No setor canavieiro, o destaque foi a colhedora 3520, equipada com motor JD PowerTech, turboalimentado, de nove litros, seis cilindros e 342cv de potência nominal. Chassi com perfil tubular em aço; novo FieldCruise e função inteligente do extrator primário auxiliam na redução do consumo de combustível; controle automático de corte de base (CACB); cilindro de nitrogênio para absorção de impacto do elevador com o transbordo; divisores de linhas cônicos com diâmetro maior e ângulo de inclinação de 45º; tanque de combustível de 605 litros; novos monitores digitais com CommandCenter e novo monitor de coluna. A John Deere Construction, linha de equipamentos de construção da marca, expôs na Agrishow a pá carregadeira 524K, com 110kW (145 HP líquido) a 2.000rpm. Capacidade de

Durante a Agrishow, a Maggion destacou o Super MHF, com construção diagonal e sem câmara, é ideal para o uso em implementos agrícolas


Fotos Cultivar

Lançamento da Miac, o ceifador enleirador de feijão Top Flex 4.5 possui uma A Agrimec destacou o Multicultivador e Pulverizador canavieiro sob palha MP4 3000, largura de corte de 4,5 metros e apresenta estrutura tubular mais simples e leve projetado para executar quatro operações por debaixo da palha remanescente da colheita

caçamba de 2,1m³, peso operacional de 12.43012.623kg, força de desagregação 8.504-9.193kg e carga estática de tombamento (giro total) de 7.656-8.948kg. Colheitadeira MF32 SR, Auto Guide 3000, e as plantadeiras MF 500 e MF 700 com taxa variável foram alguns dos destaques apresentados pela Massey Ferguson. A MF32 SR foi desenvolvida no Brasil e chega com sistema híbrido de processamento (dois rotores responsáveis pela separação dos cereais e permitindo a colheita de diferentes tipos de grãos). Em terrenos inclinados, o sistema de limpeza de dupla cascata, em conjunto com divisores altos, evita o transbordo de grãos de uma seção a outra. Possui motor AGCO Power 620 DS de 200cv e está disponível em versões 4x2 e 4x4, com rodagem dianteira simples ou dupla, podendo vir equipado de fábrica com sistema de agricultura de precisão Fieldstar. Desenvolvida para as plantadeiras MF

500 e MF 700, a tecnologia de taxa variável é lançamento da Agrishow. O sistema permite o controle da dosagem de sementes e fertilizantes durante o plantio, diminuindo custos. Por meio de um sistema hidráulico independente, os equipamentos podem ser acoplados a qualquer modelo de trator cabinado. Para controlar a ação, o operador pode contar com o novo piloto automático Auto Guide 3000 que oferece até três níveis de precisão nas passadas e com monitor C3000, calibrado com apenas o toque da tela para taxa fixa ou com trabalhos via mapas de adubação e plantio a taxa variável. O chicote com conectores selados evita a entrada de impurezas e umidade. A MF 500S, versão só semente, possui uma gama de chassis para diferentes quantidades de linha com grande capacidade. Para ajustes de espaçamento, os rodados independentes da semeadora podem ser deslocados ao longo do tubo alternador. Câmbio de engrenagens que oferece acesso para regulagem da dosagem de sementes. As opções de conjuntos compacta-

dores e limitadores adaptam-se ainda a cada situação de plantio. Todos contam com sistema de regulagem milimétrica de profundidade com rosca oferecendo mais precisão na distribuição de sementes. Outra novidade da Massey Ferguson é o Auto Guide 3000, sistema de direcionamento automático, que oferece três tipos de precisão: submétrico, até 30cm de precisão entre as passadas; decimétrico, 10cm de precisão na passada; e, por fim, o centimétrico, que por meio do sinal RTK consegue uma precisão de até 2,5cm na passagem de equipamentos. A partir de maio os tratores, as colheitadeiras e os pulverizadores MF configurados na precisão centimétrica sairão de fábrica prontos para operar com o sistema de Tráfego Controlado. O conceito se resume na implantação de programas de padronização de larguras de trabalho e bitola das máquinas, além do planejamento de operações no campo para concentrar a passagem de máquinas e implementos em uma área específica, utilizando o mesmo rastro e integrando todas as operações

O Parruda Stronger 3030ST tem tanque principal de vidro com 3.000 litros e barras de 30 metros

A Agritech focou a linha de tratores para agricultura familiar, com destaque para linha 1155 New

O destaque da Vipal na Agrishow 2013 foi o pneu CVBR, recomendado para operações que exijam resistência

MASSEY FERGUSON

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A Trelleborg Wheel Systems destacou para o setor canavieiro o pneu 710/70R38 TM800 Sugar Cane

da lavoura, eliminando assim a compactação nas demais áreas.

VALTRA

A Valtra lançou na Agrishow a linha de tratores BH Geração III, que estão com nova cabine, novo sistema hidráulico e novo design. Dentre eles, o trator BH 135i (137cv), com motor quatro cilindros turbo intercooler. Os novos BH 200 (200cv) e o BH 210i (210cv). Os três lançamentos são equipados com motor AGCO Power 420DSA, 620DS e 620DSA, que trabalham com diesel ou biodiesel B100. O novo sistema hidráulico (três pontos e hidráulico eletrônico) facilita aplicações com implementos e a colocação de bomba de vazão variável. A nova localização do sistema hidráulico e as novas vigas laterais permitem um menor raio de giro, melhorando as manobras de cabeceira. O Auto Guide 3000, novidade em piloto automático da marca, também é destaque da feira e, além de estar disponível para tratores e pulverizadores, estará também para colheitadeiras axiais. O sistema traz novos terminais touch screen: o C3000 na versão Advanced e

o C2100 na versão Basic. Além disso, o Auto Guide 3000 conta com o novo receptor GNSS, o AGI-4, preparado para receber sinal de GPS, Glonass e Galileo (quando ativo). Trabalhará com níveis de precisão de sinal submétrico, decimétrico e centimétrico (RTK). Aliado à correção por RTK, com conceito de tráfego controlado, diminuirá a compactação do solo. As plantadoras séries Hitech e Frontier passam a ter como opcional o sistema de taxa variável para a distribuição de sementes e fertilizantes. Possui sistema hidráulico independente, permitindo que o equipamento seja acoplado a qualquer modelo de trator cabinado; sensor de rotação de motores hidráulicos de 360 pulsos por volta de alta precisão, permitindo que o equipamento mude a taxa de aplicação instantaneamente ao entrar nas diferentes faixas de aplicação a taxa variável.

MAGGION

A Maggion participou da Agrishow com o seu portfólio de pneus para tratores e implementos agrícolas. Durante a feira um dos destaques foi o pneu Super MHF para uso em implementos agrícolas, com construção

A empresa KO Ltda destacou na Agrishow 2013 o Pulverizador Automático KO 2000 IH18, que possui sistema de operação de barras totalmente hidráulico

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A argentina Fate O expôs sua linha de pneus agrícolas, de transporte e carga, dando destaque ao Fateagro GR 850 radial e ao lançamento GD 800 convencional

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diagonal sem câmara, extralargo, com perfil baixo que proporciona alta flutuação com baixa compactação do solo. Apresenta desenho na banda de rodagem com barras largas reforçadas na linha central e ombros arredondados que possibilitam baixa resistência ao rolamento, economia de combustível, grande poder autolimpeza e menor custo por hora trabalhada. O Super MHF vem nas medidas 400/60 – 15.5 (14 lonas), 600/50 – 22.5 (16 lonas) e 500/60 – 22.5 (14 lonas).

MIAC

A Miac realizou o lançamento do ceifador enleirador de feijão Top Flex 4.5 com uma série de inovações e melhorias. O novo modelo apresenta estrutura tubular mais simples e mais leve, sistema de corte reposicionado em relação às esteiras de transporte, novo molinete triangular com regulagem do ângulo do trabalho que permite levantar o feijão tombado pelo vento, seja qual for a direção de trabalho do ceifador, e o novo abridor de linhas com sistema de corte vertical para evitar embuchamento de plantas. O Top Flex 4.5 possui largura de corte de 4,5 metros e vem com um kit hidráulico e

A adubadora Uniport 3000 NPK na versão canavieira foi destaque da Jacto na Agrishow. A máquina possibilita a aplicação de fertilizante em dez linhas simultaneamente


Fotos Valtra

Ideal para fruticultores e cafeicultores, a Marini lançou o Kit Rodado Duplo Compacto. O kit proporciona menor compactação do solo, maior estabilidade e segurança ao operador

de acoplamento específico para cada modelo de colhedora de grãos existente no mercado. A empresa também lançou a Recolhedora Trilhadora de Café Conilon modelo Master Café 2C. A máquina recolhe os galhos produtivos do café Conilon que foram previamente cortados e depositados nas entre linhas, separa os grãos e os deposita limpos no graneleiro, após, devolve a matéria orgânica (folhas e galhos parcialmente triturados) ao solo. A Master Café 2C apresenta dimensões apropriadas à lavoura de Conilon e trabalha com tratores cafeeiros, necessitando de baixa potência para a realização de seu trabalho e reduzida mão de obra.

AGRIMEC

A Agrimec destacou o MP4 3000 - Multicultivador e Pulverizador Canavieiro sob Palha. Indicado para o uso na lavoura canavieira pós-colheita, o Multicultivador Agrimec foi projetado para executar quatro operações por debaixo da palha remanescente da colheita verde na lavoura canavieira. O Multicultivador recolhe a palha do solo, levando-a até a esteira transportadora, ao mesmo tempo em que a palha está sendo transportada, realiza a subsolagem através dos dois sulcadores, aduba e pulveriza o solo. Após preparar o solo com

A Agres apresentou o Piloto Automático Hidráulico Agronave 32, que pode ser utilizado em pulverizadores autopropelidos e tratores

dois rolos destorroadores traseiros e devolve a palha ao solo de forma enleirada, solucionando o problema do ataque da cigarrinha. Com isso, O MP4 3000 proporciona uma redução de custos com máquinas, insumos, pessoal e tempo e ainda por executar as operações sob a palha proporciona uma redução de até 80% na calda necessária, pois a pulverização se dá diretamente no solo nu, sendo imediatamente coberto pela própria palha.

MONTANA

A Montana apresentou sua nova linha de tratores Montana Solis, 75cv e 85cv. O modelo Solis 75 possui motor Solis com injeção direta de 4100 FLT, potência máxima ISO (cv/kW) 75/56.7, quatro cilindros, sistema hidráulico com capacidade de levante de 2.500kg e engate de três pontos de categoria II. O Solis 75 apresenta ainda reversor mecânico, caixa de mudanças sincronizada com 12X12R, marchas e pneus dianteiros 12,4X24 e traseiros 18.4X30. A plataforma do operador é composta de assento com amortecedor, tacômetro/odômetro analógico e arco de segurança reforçado com capota. A Montana participou da Agrishow 2013 com o lançamento do Pulverizador Parruda Stronger 3030 ST. Este modelo é equipado com

A Semeato destacou a linha de plantadoras adubadoras, especialmente os modelos Sol Tower, que realizam plantio direto de grãos graúdos com precisão

tanque principal de fibra de vidro com capacidade para três mil litros e tanque de água limpa de 26 litros. Apresenta barras autoestáveis de 30m, bomba de pulverização MPP-22, comando de pulverização através de válvula proporcional elétrica com auxiliar manual (possibilita a pulverização em alta e baixa vazão), válvulas de seção elétricas de esfera localizada na barra com altura de pulverização mínima de 0,78m e máxima de 2,65m. A Montana também teve novidades no segmento de café com o lançamento da colhedora de café Coffee Blue TR 2000. A nova máquina vem equipada com kit Recolhedor Inovador, com um sistema de ajuste, de abrir e fechar os cilindros de varetas que permite trabalhar tanto em lavouras novas, meia-vida e até em aquelas em final de carreira e é considerada a mais estreita do mercado com 2,60m de fora a fora dos pneus, facilitando na hora do transporte de uma área para outra.

TRELLEBORG

A Trelleborg Wheel Systems destacou o pneu 710/70R38 TM800 Sugar Cane, específico para o setor canavieiro. O novo pneu apresenta nova banda de rodagem e sua estrutura fortalece a capacidade de transferência de

A Jan apresentou a carreta agrícola Tanker Fast 33000. Com capacidade de 33 toneladas, apresenta maior velocidade de descarga aliada à boa preservação do grão

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Durante a Agrishow, a Veemer lançou no segmento de biomassa o Triturador Horizontal HG6000E, capaz de triturar 26 toneladas por hora

altos torques durante as operações no segmento canavieiro. O 710/70R38 TM800 Sugar Cane apresenta talão 12% maior e foi redesenhado para suportar o estresse e a fadiga nas condições de trabalho, e a geometria das garras possibilita aumentar a resistência da banda de rodagem do pneu.

AGRITECH

A Agritech, fabricante dos tratores Yanmar Agritech, esteve presente na 20ª edição da Agrishow onde focou sua linha de produtos para a agricultura familiar. Durante a feira foi destaque da empresa o trator 1175 Super Estreito com cabine montado de fábrica. Este modelo considerado o mais estreito trator do mercado possui potência de 75cv; 1,30 metro de largura externa dos pneus e foi desenvolvido especialmente para a cultura do café e de frutas adensadas. A linha de tratores 1155 New com motorização de 55cv e largura de 1,18 metro com cabine montada de fábrica também fez parte do portfólio de produtos da empresa apresentados na feira.

VIPAL

A Vipal levou para a Agrishow sua linha completa de produtos e soluções para o setor agrícola. O destaque da feira foi o pneu reforma-

do modelo CVBR (Camelback Vipal Baixa Rotação), recomendado para pneus com aplicações em terrenos que exigem grande resistência. A Vipal apresentou também as exclusivas bandas de rodagem VD Agro, utilizadas para eixos dianteiros de tratores e de implementos agrícolas, e as bandas para pneus de carga VT 500 e VM 500 com tecnologia para transporte de carga em percursos mistos (asfalto/terra).

FATE O

A empresa argentina Fate O mostrou sua linha de pneus agrícolas, de transporte de carga e para automóveis e caminhonetes. O destaque apresentado durante a feira foram os pneus Fateagro GR 850 radial e o lançamento GD 800 convencional. O modelo GD 800 é destinado ao trabalho de vários tipos de cultivos, especialmente desenvolvido para solos úmidos e macios e apresenta garras na banda de rodagem, disposta em ângulo de 45 graus. Já o modelo GR 850 com estrutura radial é indicado para o uso em máquinas de maior potência e para solos úmidos ou brandos. Sua utilização favorece uma menor compactação do solo resultando em maior produtividade no campo.

KO

A KO Máquinas Agrícolas Ltda participou

A Kepler Weber apresentou a Nova Geração de Silos Kepler Weber, que além de nova estrutura, possui silos de alta capacidade, até 25 mil toneladas

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A Metalfor fez o lançamento do Distribuidor Autopropelido 7050 que tem capacidade de carga de 4m³ e suporta carga de 6.000kg de produto

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da Agrishow 2013 onde destacou o Pulverizador Automático KO 2000 IH18 com sistema de operação de barras totalmente hidráulico, independente e acionamento através de comando ao alcance do operador. Este sistema diminui o tempo das manobras principalmente quando tem pela frente obstáculos como árvores, cercas e bordaduras. O pulverizador possui um sistema de amortecimento de impactos que mantém as barras estabilizadas e apresenta como itens de série os bicos duplex, o misturador de defensivos e lava-frasco e o comando master.

JACTO

No ano em que comemora 65 anos, a Jacto levou para a Agrishow o seu amplo portfólio de produtos com novidades para os novos modelos da família Uniport: as adubadoras Uniport NPK para a cana e para as culturas do algodão e grãos, a colhedora de café KTR 3500 e o projeto Jacto Club. A adubadora Uniport 3000 NPK na versão canavieira possibilita a aplicação de fertilizantes em dez linhas simultaneamente, proporcionando uma capacidade operacional 8% maior. Também foi apresentada a nova versão da Uniport NPK com 15 linhas para as culturas do algodão e grãos. Com um vão livre de 1,25 metro, esta versão permite aplicações mais tardias e facilidade de calibração e ajuste

A Kuhn destacou a plantadora Marathon 27, que foi desenvolvida para trabalhar em alta velocidade - chega até 12km/h - e pode ser configurada nas versões 27, 31 e 35 linhas


Fotos Valtra

da dosagem. A Jacto iniciou também a venda de vários produtos voltado para os públicos feminino, masculino e infantil através da loja conceito – Projeto Club.

MARINI

A Marini, empresa especializada em Rodados Duplos no Brasil, apresentou na Agrishow 2013 o seu mais novo lançamento: o Kit Rodado Duplo Compacto. Ideal para fruticultores e cafeicultores, o kit é para tratores de até 65cv e possui versão para pneus 12.4x24 e/ou 12.4x28 traseiro. O kit proporciona menor compactação do solo, maior estabilidade em terrenos dobrados e maior segurança aos operadores.

AGRES

A Agres destacou o Piloto Automático Hidráulico Agronave 32. Por ser hidráulico, o piloto automático Agronave garante melhor precisão, por não depender de partes móveis. Ele é robusto e atua diretamente no elemento hidráulico de direção, dispensando motores na cabine, deixando o equipamento silencioso. O Piloto Automático Hidráulico Agronave 32 pode ser utilizado em pulverizadores autopropelidos e tratores (nacionais e importados).

SEMEATO

A Semeato apresentou a sua linha de plantadoras adubadoras dando destaque para o modelo Sol Tower. Esse modelo realiza o plantio direto de grãos graúdos das culturas (milho, soja, feijão, algodão - sem linter, sorgo e girassol) com precisão e trabalha com linhas de semente pantográficas. A Sol Tower apresenta várias possibilidades de montagens em um único chassi e disponibilidade nos modelos de 7, 9, 11, 13 e 15 linhas, além de possibilitar acoplador para oportunizar o acoplamento de mais de uma máquina.

A empresa Santiago & Cintra deu destaque ao Trimble Tru Count, sistema de desligamento de seção de plantio, que controla a largura da faixa de plantio

JAN

A Jan participou da 20ª edição da Agrishow levando uma ampla opção de produtos agrícolas com destaque para a carreta agrícola Tanker Fast 33.000. Este modelo, com capacidade para 33 toneladas, apresenta maior velocidade de descarga aliada à melhor preservação do grão, mancais de sustentação da rosca sem-fim horizontal lubrificáveis pela parte externa do depósito, articulação do tubo de descarga superior através de cilindro hidráulico equipado com sistema de autotravamento mecânico.

VEEMER

A Veemer realizou o lançamento de quatro produtos destinados aos segmentos da fenação, silagem e biomassa. No segmento de biomassa o destaque foi o Triturador Horizontal HG6000E, que apresenta como diferencial o

uso de tambor de corte equipado com martelos revestidos com carbeto de tungstênio em vez de facas. A modificação tecnológica reduz o custo de produção sendo capaz de triturar cerca de 26 toneladas por hora, com menos de 15% de umidade, considerando um ciclo de 24 horas de operação. Disponível nos modelos móvel e estacionário, a motorização do HG6000E tem potência de 600cv e pode ser empregado ainda no processamento de palhada de cana-deaçúcar enfardada ou a granel, na reciclagem de resíduos de madeiras, processamento de resíduos florestais e outros descartes de materiais orgânicos.

METALFOR

A Metalfor realizou o lançamento de três modelos de distribuidores: o autopropelido 7050, os de arrasto FSA 8000 H e FSA 16000


A Pla apresentou o modelo H3000i MxCana, que possui um vão livre maior entre o chão e o pulverizador, ideal para culturas como o milho e a cana

H. O Distribuidor Autopropelido 7050 possui capacidade de carga de quatro metros cúbicos e suporta carga de 6.000kg de produto. O autopropelido 7050 vem equipado com motor Cummins, seis cilindros turbo intercooler de 173HP, monitorado por sistema isobus. Possui tanque graneleiro em aço inox; controle da dosagem mediante a esteira transportadora, regulada por uma comporta acionada mediante cilindro elétrico desde a cabine; controlador de Taxa Variável Aeros com tela de 8,4” sensível ao toque com duas saídas de USB, guiado por sinal GPS liberada - OmniStart ou RTK, permitindo realizar dosagem variável em tempo real. A Metalfor também lançou Colheitadeira Araus Axial Max 1475, máquina já comercializada na Argentina e agora apresentada aos produtores brasileiros. A partir desta apresentação, será iniciada a etapa de testes em todo o Brasil e, posteriormente, iniciará a sua comercialização. A Araus Axial Max 1475 está inserida na classe VII e equipada com sistema de trilha axial com um rotor de 750mm de diâmetro e 3.150mm de comprimento, composto de três etapas: alimentação, trilha e separação. Possui tanque com capacidade para dez mil litros e velocidade de descarga de 4.000L/minuto com motor de seis cilindros turbo e intercooler Cummins QSB 6,7, eletrônico de 173HP, monitorado pelo sistema Isobus, plus + de Sauer-Danfoss. Vem equipada com plataforma para as culturas de soja/trigo com as opções para 30 e 35 pés.

KEPLER WEBER

A Kepler Weber apresentou para clientes e visitantes da Agrishow a nova geração de Silos Kepler Weber. Além das novidades na concepção estrutural, a nova geração de silos traz ainda como diferenciais o atendimento às necessidades do mercado com uma linha mais completa incluindo silos de alta capacidade (de até 25 mil toneladas) e a preocupação com a qualidade do grão e a preservação de seus atributos nutricionais. Os novos silos atendem às normas vigentes com dispositivos que garantam uma operação segura e a adequação às norma-

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O subsolador Terrus foi o destaque da GTS do Brasil. A máquina possui um sistema de hastes que descompactam desde a superfície até as camadas mais profundas do terreno

tivas de dimensionamento, projeto e segurança dentro dos principais padrões mundiais.

KUHN

A Kuhn levou para a Agrihsow seu amplo portfólio de produtos dando destaque para a plantadora Marathon 27. A plantadora foi desenvolvida para trabalhar com alta velocidade, podendo chegar até 12km/h, garantindo um alto rendimento de hectares/dia, podendo ser configurada nas versões de 27, 31 e 35 linhas. A Marathon 27 apresenta alto rendimento para o cultivo de grão grosso (milho, soja, algodão, sorgo, girassol, entre outros), equipada para trabalhar em áreas de plantio direto, atendendo principalmente as regiões com topografia plana. A máquina trabalha com sistema de distribuição pneumático e transmissões eletrohidráulicas com cabos, monitoradas via GPS, garantindo a abertura ou a interrupção do fluxo de grãos a cada linha, guiando o trator e permitindo que a regulagem de quantidade de grãos por hectare seja efetuada de dentro da cabine de operação.

SANTIAGO & CINTRA

A Santiago & Cintra, empresa que representa com exclusividade no Brasil as marcas Topcon, Trimble, Opetch, Gatewing e Sensefly, participou da Agrishow 2013 levando seu amplo portfólio na área de Agricultura de Precisão. Um dos destaques foi o Trimble Tru Count, sistema de desligamento de seção do plantio que controla a largura da faixa de plantio através de embreagens elétricas instaladas na plantadora, é possível eliminar a sobreposição em bordaduras e arremates. Já na área de equipamentos, foi o GreenSeeker, sistema que analisa diretamente a planta, permitindo uma avaliação efetiva do estado nutricional da cultura. Além destes equipamentos, o estande também contou com todo o portfólio de produtos da linha Trimble e as melhores soluções para Agricultura de Precisão, entre elas: veículos aéreos não tripuláveis – Vants, sistemas de guia por barra de luzes Ag250, CFX750 e FMX, piloto automático

Maio 2013 • www.revistacultivar.com.br

hidráulico, sistema de controle de seção na pulverização, sistema de controle automático de adubo em taxa fixa ou variável, software para Agricultura de Precisão Farm Works e coletor de dados Juno para coleta de informações georreferenciadas.

PLA

A Pla apresentou sua linha de pulverizadores autopropelidos, com destaque para o modelo H3000I MaxCana, com motor Mercedes Benz 924 de 220cv de potência e transmissão hidrostática 4x4 Sauer Danfoss. Este modelo tem como diferencial o grande vão livre entre o chão e o pulverizador, característica que possibilita a entrada do equipamento em lavouras de milho e cana em estágios mais avançados da cultura. O H3000I possui freio de estacionamento hidráulico, suspensão pneumática, cabine com ar condicionado na versão standard, assento com suspensão pneumática, tanque de produto de 3.500 litros e bitola variável hidráulica de 2,80m a 3,20m. A barra de pulverização é de 31 metros, dividida em sete seções com desligamento automático de seções. Possui também comando de pulverização Arag, computador de bordo com GPS Bravo 400 e depósito de água limpa de 250 litros.

GTS DO BRASIL

A GTS do Brasil surpreende em mais uma edição da Agrishow seus clientes e visitantes. Nesta edição a GTS trouxe um novo conceito de subsolagem, através do subsolador Terrus, com um sistema de hastes que descompactam desde a superfície até as camadas mais profundas do terreno, causando revolvimento mínimo da superfície, desta forma, não quebrando a estrutura do solo cultivado (palhada). Esse sistema proporciona melhores condições ao solo, possibilitando principalmente um maior desenvolvimento radicular das plantas, em consequência, aumentando a produtividade. .M



mundo máquinas

O ”caldo” do biocombustível no Brasil

S

into-me incomodado quando leio na mídia a discussão sobre biocombustíveis, política energética e o futuro da motorização dos carros no Brasil – a reflexão está sendo colocada dentro de parâmetros que não são nossos. Biocombustíveisestão na mira da imprensa mundial, seja como mocinhos ou como bandidos. Ou são a melhor opção para diminuir as emissões de carbono, substituindo combustíveis fósseis, ou são os grandes responsáveis pelo aumento do preço das commodities e pelo acirramento da fome em países com déficit alimentar. Ultimamente, as críticas aos biocombustíveis pela disputa das terras na produção de alimentos estão cada vez mais fortes. Um bom exemplo dessa discussão é um artigo chamado Goodbye biofuels, escrito por um renomado consultor inglês especializado em biocombustíveis, Andrew McKillop. O texto começa alertando que, apesar da segunda geração de biocombustíveis ter uma boa perspectiva de longo prazo, os biocombustíveis atuais são um problema para o mundo pela simples razão de não serem economicamente viáveis. McKillop conclui dizendo que, a menos que o etanol seja produzido de recursos não alimentares ou que exista um realinhamento dos custos relativos entre biocombustíveis e combustíveis fósseis, “em um futuro próximo, as usinas irão produzir com prejuízo até que os bancos resolvam fechá-las”. Os argumentos são relevantes. Quando os biocombustíveis são avaliados meramente como “mais um” combustível, sem precificar a redução das emissões de gases de efeito estufa que eles proporcionam, dificilmente sua produção fica de pé. Junte a isso o fato de que agora começam as projeções que, em um futuro próximo, combustíveis do petróleo irão cair de preço pela concorrência de outros derivados, como o gás de xisto. Dentro desse “caldo”, o Brasil começa a pensar sobre a futura motorização dos veículos: carro elétrico, híbrido, a gás... Qual deve ser o tipo de carro que o país produzirá no futuro? Pensando numa resposta, posso dizer que a situação é, basicamente, a seguinte: temos uma situação atual (A) de uma frota de veículos que

produz um determinado nível de gases do efeito estufa e particulados. Precisamos passar para uma situação futura (B) onde o total das emissões da frota tenha um patamar mais baixo. Para conseguirmos percorrer esse trajeto de A para B, será necessário tempo e capital: humano, investimentos e P&D de empresas e de governo. Se copiarmos a metodologia da Europa ou dos Estados Unidos, iremos em busca de motores menos poluentes e mais eficientes, ou seja, o esforço será apenas na eficiência energética dos propulsores, mantendo-se a mesma matriz energética básica (gasolina e diesel). O que acontece é que enquanto o governo fica avaliando tecnologias de motores que funcionam com combustíveis fósseis, deixa para trás uma coisa muito importante: as peculiaridades do Brasil na produção de bioenergia. Somos o único país do mundo que produz um biocombustível com densidade energética competitiva com os preços da gasolina: o etanol de cana-deaçúcar. Esse patamar já coloca o Brasil em posição única no mundo, inclusive pelo fato de ter uma estrutura de distribuição já totalmente funcional. Voltemos aos investimentos: a rigor, podemos diminuir emissões da frota de veículos modificando a matriz energética, melhorando/trocando a tecnologia dos motores ou fazendo as duas coisas. Por exemplo: a utilização em larga escala de carros elétricos ou híbridos pode torná-los competitivos - hoje não são. Isso significa investimentos pesados em subsídios ou no desenvolvimento de componentes mais baratos – como as baterias. Outra questão seriam os investimentos para a produção da energia, que teria que ser limpa. Outro cenário são os biocombustíveis. Tornar o etanol o combustível primário da frota de veículos. Para isso, seria necessário aumentar sua produção e diminuir seu custo. A possibilidade mais concreta é aumentar a produtividade da área plantada e a utilização de toda a massa vegetal proporcionada pela cana, no caso o etanol celulósico. Para isso, também são necessários investimentos: em P&D, renovação de canaviais, política de preços e estocagem de etanol.

Dentro desse “caldo”, o Brasil começa a pensar sobre a futura motorização dos veículos: carro elétrico, híbrido, a gás...

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DezembroMaio 2011 2013 / Janeiro • www.revistacultivar.com.br 2012 • www.revistacultivar.com.br

Milton Rego é engenheiro mecânico e economista, especialista em gestão. Atua na área de máquinas agrícolas e de construção desde 1988. Atualmente, é diretor de Comunicações e Relações Externas da Case New Holland; vice-presidente da Câmara Setorial de Máquinas Rodoviárias da Abimaq e diretor da Anfavea e Sinfavea. Milton é responsável pelo blog do Milton Rego, que aborda os mercados de máquinas agrícolas e de construção: www.blogdomiltonrego.com.br

Já não somos líderes nessa corrida - os Estados Unidos estão muito à frente de combustíveis de segunda geração. Corremos o risco de, além de adotar uma alternativa que não é a melhor, termos de pagar royalties em um futuro próximo. Sem avaliar os investimentos necessários para recuperar a utilização do etanol como principal combustível e desenvolver a produção de etanol celulósico, o Brasil deixa para trás sua maior riqueza: a possibilidade de produção de energia limpa, renovável e sustentável em solo brasileiro. Não podemos deixar que isso aconteça. Todos os envolvidos na cadeia precisam investir no etanol e no aumento da eficiência dos motores movidos a este combustível. Em resumo, temos que comparar tecnologia de motores - olhar para os EUA e Europa - com a nossa capacidade de produzir .M bioenergia - olhar para o Brasil.




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