Maquinas 140

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Cultivar Máquinas • Edição Nº 140 • Ano XII - Maio 2014 • ISSN - 1676-0158

Nossa capa

Especial semeadoras

Capa: Charles Echer

Matéria de capa

22, 26 e 29

Novas tecnologias para distribuição de fertilizantes; cuidados e regulagens necessários para o plantio de inverno, e velocidade ideal de deslocamento da semeadora

Destaques

Índice Rodando por aí

04

Custos da produção de cana

09

Uso da Agricultura de Precisão em uvas

12

Importância do uso de microtratores

16

Uso da dinamometria para avaliar tratores 18

Mecanização

Agrishow 2014

Saiba onde estão os principais custos na implantação e manutenção de lavouras de cana e como mantê-los sob controle

Conheça os principais lançamentos e destaques da maior feira do agronegócio da América Latina

09

32

• Editor

Gilvan Quevedo

• Redação

Charles Echer Karine Gobby Rocheli Wachholz

• Revisão

Aline Partzsch de Almeida

• Design Gráfico e Diagramação

Cristiano Ceia

NOSSOS TELEFONES: (53) • GERAL

• ASSINATURAS

• REDAÇÃO

• MARKETING

3028.2000 3028.2060

3028.2070 3028.2065

• Comercial

Sedeli Feijó José Luis Alves Rithiéli de Lima Barcelos

• Coordenação Circulação

Simone Lopes

• Assinaturas

Natália Rodrigues Clarissa Cardoso

• Expedição

Edson Krause

• Impressão:

Kunde Indústrias Gráficas Ltda.

C

Especial semeadoras: regulagens

22

Especial semeadoras: velocidades

26

Especial semeadoras: caixa de velocidades 29 Destaques Agrishow 2014

32

Coluna Mundo Máquinas

42

Assinatura anual (11 edições*): R$ 189,90 (*10 edições mensais + 1 edição conjunta em Dez/Jan)

Grupo Cultivar de Publicações Ltda.

Números atrasados: R$ 17,00 Assinatura Internacional: US$ 150,00 € 130,00

Direção Newton Peter

Por falta de espaço, não publicamos as referências bibliográficas citadas pelos autores dos artigos que integram esta edição. Os interessados podem solicitá-las à redação pelo e-mail: cultivar@revistacultivar.com.br

Cultivar

www.revistacultivar.com.br cultivar@revistacultivar.com.br CNPJ : 02783227/0001-86 Insc. Est. 093/0309480

Os artigos em Cultivar não representam nenhum consenso. Não esperamos que todos os leitores simpatizem ou concordem com o que encontrarem aqui. Muitos irão, fatalmente, discordar. Mas todos os colaboradores serão mantidos. Eles foram selecionados entre os melhores do país em cada área. Acreditamos que podemos fazer mais pelo entendimento dos assuntos quando expomos diferentes opiniões, para que o leitor julgue. Não aceitamos a responsabilidade por conceitos emitidos nos artigos. Aceitamos, apenas, a responsabilidade por ter dado aos autores a oportunidade de divulgar seus conhecimentos e expressar suas opiniões.


rodando por aí

GSI

A equipe da GSI apresentou para os clientes e visitantes durante a Agrishow 2014 sua linha completa de produtos voltada para o segmento de produção de proteína animal (PAN) e armazenagem de grãos. Entre os produtos apresentados no estande da GSI, tiveram destaque na área de armazenagem a Rosca Varredora Automática – Série X, o Hi-Flight e o Portable Dryer. Já para o segmento de proteína animal foram destacados os seus mais recentes lançamentos, o bebedouro Nipple Click2 e a Esteira Transportadora de Ovos

Financiamentos

A analista administrativa de Vendas e responsável pela carteira de financiamentos da Agritech, Maria Angélica Barbosa, participou da 21ª edição da Agrishow. Ela se mostrou otimista com o movimento do setor e com as linhas de financiamentos disponíveis para os produtores, que continuam adquirindo máquinas e implementos novos num ritmo bastante bom. Entre os destaques da marca durante a feira esteve a apresentação do trator cafeeiro 1235, com garantia de dois anos.

Maria Angélica Barbosa

Mais Tecnologia

Para o diretor comercial da Massey Ferguson, Carlito Eckert, a Agrishow mostrou que os produtores estão cada vez mais interessados em tecnologias para o campo. “A tônica da feira hoje é a procura por tecnologia, consolidando o conceito de máquinas modernas, maiores e com recursos de agricultura de precisão, como monitoramento da frota a distância, aplicações de taxas variáveis e mapeamento Carlito Eckert de solo”, garante.

Trelleborg

A Trelleborg Wheel Systems, fornecedora e fabricante mundial de pneus e soluções agrícolas e industriais, apresentou na Agrishow o novo pneu com a tecnologia Progressive Traction. Segundo o diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da Linha de Pneus Trelleborg Agrícola e Florestal, Piero Mancinelli, “esse novo pneu é um exemplo tangível da capacidade da Trelleborg na busca constante por melhorias no que diz respeito a pesquisas e novas soluções que agregam maior desempenho ao pneu”.

Inovações

Case IH

Paula Inda, diretora de Marketing da Case IH, veio dos Estados Unidos para participar pela segunda vez da Agrishow e reforçar o time durante a feira. Ela mostrouse bastante encantada com o potencial do agronegócio brasileiro e com a procura cada vez maior por tecnologias inovadoras, por parte Paula Inda dos produtores.

Caminhão distribuidor

O diretor da Implementos Agrícolas Jan, Jerri Rietjens, e o gerente comercial, Claudiomiro Santos, acompanharam as atividades da equipe da Jan durante a Agrishow 2014. Entre os destaques da empresa esteve o caminhão Lancer Maximus 25.000, com reservatório nas opções aço carbono ou inox, para a distribuição de fertilizantes granulados.

Jerri Rietjens e Claudiomiro Santos

04

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O diretor de Marketing da AGCO América Latina, Alfredo Jobke, destacou as constantes inovações que as máquinas do grupo estão sofrendo. “Apresentamos na Agrishow a evolução de alguns dos projetos iniciados nos Estados Unidos que, contemplando demandas e adaptações para a América do Sul, passarão a ser fabricados no Brasil, ratificando nossa busca permanente por inovações”, explica.

Equipe internacional

Alfredo Jobke

Membros da Massey Ferguson dos Estados Unidos marcaram presença no estande da empresa durante a Agrishow 2014, onde acompanharam o lançamento da colheitadeira MF9895 e da nova linha de tratores com transmissão Dyna-4.


BC 8800

O maior lançamento da Valtra na Agrishow 2014 teve apresentação especial no primeiro dia do evento. “A Colhedora BC8800, classe VIII, foi projetada para ser a melhor máquina nesta categoria, potente, limpa, com baixo nível de ruído e grande capacidade de processamento”, destacou o diretor de Produto da Valtra, Jack Torreta.

Investindo para crescer

Após três anos de atuação no Brasil, a Titan Pneus, detentora da marca Goodyear Farm Tires, comemora o crescimento de 30% em suas vendas acumuladas em 2013. Por conta do cenário positivo, a Titan anunciou um plano de expansão de 25 milhões de dólares para o Brasil. “Os investimentos concentram-se no aumento da capacidade de produção e na modernização do parque industrial, que possibilitem maior produção e lançamentos de novas linhas para complementar o portfólio atual”, garante o diretor de Vendas e Marketing para a América Latina, Luiz Marthe.

Luiz Marthe

Vendas em alta

Jack Torreta (dir.)

Cara nova

Entre os destaques da John Deere está a Série 8R, com os modelos 8295R e 8335R, que foi atualizada e recebeu diversos melhoramentos, “principalmente na cabine, que está completamente reformulada, bastante ampla, com painéis intuitivos e bastante limpos, além de nova interface no monitor e assento do condutor que gira 40º”, explica o gerente do Produto, Eduardo Eduardo Martinatti Martinatti.

Colhedora MF 9895 premiada

A equipe de colhedoras da Massey Ferguson comemorou o Prêmio Gerdau Melhores da Terra categoria Novidade Agrishow Agricultura de Escala, que foi dado à colhedora MF 9895 lançada na feira. “É um reconhecimento justo, pois ela nasceu com toda a tecnologia mais avançada disponível para maximizar os resultados e aumentar o retorno financeiro no campo, destaca o gerente de Marketing do Produto”, Roberto Ruphental.

Para o gerente de Vendas da Titan Pneus, Leandro Pavarin, o crescimento das vendas de pneus da marca Goodyear Farm Tires justifica-se pela combinação de novos produtos para a agricultura, resultados satisfatórios nas últimas safras, crescimento da área plantada e acesso às linhas de créditos com juros baixos. “Mas o principal fator que impulsionou as vendas da marca foi o foco total no setor agrícola, com uma oferta maior de diferentes modelos e medidas Leandro Pavarin e Marília de pneus”, explica.

Banjo

Para o gerente de Desenvolvimento da Banjo para América do Sul, Marlon de Oliveira, a “Agrishow é uma feira estratégica para a empresa, uma oportunidade para representantes da diretoria visitarem o Brasil e coletarem informações de seus clientes para dar continuidade ao trabalho de desenvolvimento de produtos de alta qualidade”, concluiu o gerente.

Ultraflex

O foco da Michelin na Agrishow foi a tecnologia Ultraflex. De acordo com o diretor de Comércio e Marketing de Pneus Agrícolas da Michelin América do Sul, Christian Mendonça, “graças à tecnologia de ponta é possível oferecer aos clientes um produto de alta durabilidade, capaz de reduzir a compactação no solo, ao mesmo tempo em que economiza combustível”, concluiu.

Série S

Destaque da John Deere na Agrishow, a Série S de colhedoras chegou com cinco diferentes modelos. “Uma das inovações da série é a possibilidade de controlar precisamente o nível de perdas da máquina, que colhe até 390 hectares por dia”, explica Paulo Hermann, presidente da John Deere Brasil e vice-presidente de Marketing e Vendas para a América Latina.

Paulo Hermann

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40 anos

No ano em que comemora o seu 40° aniversário, a Agrimec marcou presença em mais uma edição da Agrishow destacando a Plaina Niveladora Multilâminas Robust 800 e a tradicional rodada de negócios com a presença de empresas de vários países. De acordo com o diretor-presidente da empresa, Odilo Marion, “esses contatos não só estreitam relações, como proporcionam adquirir conhecimento sobre as reais necessidades dos compradores estrangeiros que vêm ao Brasil em busca de tecnologia”.

Linha completa

A LS Tractor participou pela segunda vez da Agrishow, desta vez com sua linha completa de tratores para diversos tipos de aplicações para diferentes culturas. “Com um número cada vez maior de concessionárias espalhadas por todo o Brasil, a empresa está reforçando cada vez mais sua marca junto ao produtor brasileiro”, garante o diretor comercial da LS Tractor, André Rorato.

Odilo Marion

Ainda maior

Com a aquisição da Montana, a empresa francesa Kuhn aumenta seu portfólio de produtos no Brasil. De acordo com Roland Rieger, vicepresidente mundial da Kuhn, que esteve presente na Agrishow 2014, “o portfólio de produtos da Montana é totalmente complementar aos que a Kuhn já oferece e as linhas de produtos destinam-se à mesma base de clientes”. Para o diretor-geral da Kuhn no Brasil, Mário Wagner, esta aquisição complementa as atividades da empresa, principalmente no setor de agricultura de grande escala comercial no Brasil.

Arvus

A equipe Arvus participou da Agrishow 2014 demonstrando o seu amplo portfólio de produtos. Durante a feira foi feito o anúncio da aquisição da Arvus pela Hexagon, empresa sueca, líder mundial em diversos setores relacionados a geotecnologias e automação. “As tecnologias da Arvus serão potencializadas com o grande portfólio da Hexagon. Nossa atuação passará a ser ainda mais abrangente e presente na agricultura de precisão do Brasil”, ressaltou Bernardo de Castro, diretor-presidente da Arvus.

Mário Wagner, Roland Rieger e Evandro Henrique Fülber

Foco no Mais Alimentos

A Agrale levou à Agrishow sua linha completa de tratores, com foco principalmente para a linha de financiamento Mais Alimentos, do Governo Federal. De acordo com o gerente de Vendas Silvio Rigoni, com os novos tratores 5015 e com a recém-lançada linha 500, “a empresa diversificou ainda mais os modelos e as motorizações, passando a atender uma demanda cada vez mais crescente de tratores na faixa Silvio Rigoni dos 100cvs de potência”, explica.

Foco no plantio

Com novidades na linha de semeadoras de grande porte, a Baldan marcou presença na Agrishow 2014. De acordo com o presidente do conselho, Walter Baldan Filho, a feira é um evento que permite uma grande aproximação com clientes, gerando um grande volume negócios.

06

Gama Campeã

A FPT Industrial expôs seu portfólio de motores durante a Agrishow 2014. Um dos principais destaques da “Gama Campeã” da empresa são os motores NEF 6 e S8000, que equipam os modelos T7 e TL, respectivamente, ambos da New Holland. Já a linha de tratores Puma, da Case IH, é equipada com propulsores FPT Industrial N67. “Graças às diversas opções que um motor FPT Industrial pode oferecer, os operadores das máquinas sempre obtêm um alto rendimento aliado ao conforto”, diz José Luiz Gonçalves, presidente da FPT Industrial.

José Luiz Gonçalves

Renovação

Alexandre Tessi e Walter Baldan Filho

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Para o vice-presidente da New Holland para a América Latina, Alessandro Maritano, a estratégia da marca na Agrishow estava na renovação das duas linhas de tratores: os modelos T6 e T7. “Estamos apostando na agricultura do país, ampliando nossa linha de máquinas e equipamentos, que são fundamentais para o avanço da agricultura nos países latinos”, Alessandro Maritano destaca Maritano.


Nova linha de crédito

O Banco CNH Industrial Capital (Banco CNHI) lançou, durante a Agrishow 2014, uma linha de crédito destinada a caminhões da marca Iveco. O Finame Agrícola permite a aquisição de até três caminhões, voltados para o agronegócio, por CPF. Os juros são de 6% ao ano e seguem as condições do Programa de Sustentação do Investimento (PSI), “dentro das quais o Banco CNHI disponibiliza, através do BNDES, a modalidade de pagamentos semestrais, o que se adapta perfeitamente no fluxo de caixa dos produtores”, explica Jucivaldo Feitosa, diretor comercial do Banco CNHI para Jucivaldo Feitosa o segmento de caminhões.

Comparando tecnologias

Durante a Agrishow, a New Holland expôs dois carros modelo Maserati para comparação, com a tecnologia dos tratores T6. “A ação promocional comparativa dos tratores com os carros é para mostrar que ambos trazem os mesmos conceitos: são referências de tecnologia no mundo”, explicou Carlos D’Arce, diretor de Marketing da New Holland para a América Latina.

Potente e eficiente

A Case IH destacou seu novo conceito de Efficient Power (Potência Eficiente) durante a Agrishow 2014, que se refere a um conjunto de soluções para uma maior eficiência energética, gerando rentabilidade e redução nos custos de produção ao agricultor. Segundo Mirco Romagnoli, vice-presidente da Case IH para América Latina, “a marca oferece a solução completa de produtos e serviços focados na redução de custos das lavouras. O conceito Efficient Power Case IH é garantia de resultados na agricultura moderna”.

Mirco Romagnoli

Easy Tech

A equipe da Jumil esteve presente na Agrishow 2014 onde recebeu clientes e visitantes para conhecerem os destaques e lançamentos da empresa. Durante a feira foi realizado o lançamento da nova tecnologia para as plantadoras, o Easy Tech. Segundo a diretora de Marketing e Estratégia da Jumil, Patrícia Morais, “ouvindo um apelo dos produtores, foram eliminadas engrenagens, para diminuir ainda mais a manutenção dos equipamentos e adicionada ao sistema Easy Tech a possibilidade de trabalhar tanto na taxa fixa de adubos e sementes, como com taxa variável de ajuste manual”.

Carlos D’Arce

BigBaler

A New Holland apresentou na Agrishow 2014 a BigBaler 1290, enfardadora adequada tanto à produção de feno e pré-secado, quanto para o recolhimento de palha de cana-de-açúcar. “Se comparada ao modelo anterior, a enfardadora apresenta um aumento de produtividade de 20%, além de uma melhoria da densidade de até 5% dos fardos”, ressalta Luiz Feijó, diretor comercial da New Holland Luiz Feijó para o Brasil.

Foco na Pulverização

A Marini participou pela 15ª vez na Agrishow. Neste ano o destaque ficou por conta dos aros especiais para pulverização. De acordo com Eduardo Marini as vantagens da utilização destes aros “são de o trator trabalhar numa maior altura em relação ao solo evitando assim o amassamento da planta e possibilitando uma maior produtividade na lavoura”.

Família ampliada

A Miac amplia o seu portfólio de produtos em 2014 para os segmentos de Hortaliças e Frutas através das colhedoras de batata e mandioca e da recolhedora de cebola. A linha de café também recebeu reforço com a nova recolhedora. De acordo com o gerente de Marketing, Luiz Antonio Vizeu, “a Miac apresenta as inovações resultantes de anos de desenvolvimento, ofertando para o mercado opções de máquinas que atendam as principais necessidades de produtores destes segmentos”.

Luiz Antonio Vizeu e Leonardo Lopes

Eduardo Marini (esquerda)

Série Farmall A

A Case IH apresentou três novos modelos de tratores Farmall na Agrishow 2014: o 110A, 120A e 130A, que possuem potência de 110cv, 120cv e 130cv respectivamente. “Os novos modelos dos tratores Farmall A trazem toda a herança da mais tradicional série de tratores da história da indústria agrícola mundial”, ressalta Rafael Miotto, diretor de Marketing para a América Rafael Miotto Latina da Case IH.

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AG Leader

A equipe da Ag Leader participou da Agrishow, onde recebeu os clientes e visitantes fornecendo explicações sobre produtos e lançamentos da empresa na feira. De acordo com o diretor de América do Sul, Márcio Muraro, a Ag Leader “tem o compromisso em ser uma empresa líder mundial no setor de agricultura de precisão e para isso conta com uma das linhas de produtos mais completas do mercado, que funciona com todos os tipos de equipamentos, proporcionando, assim, uma solução integrada e completa que satisfaz aos produtores mais exigentes”.

Verion

A equipe da Verion apresentou aos clientes e visitantes da Agrishow 2014 todas as soluções do ciclo da Agricultura de Precisão. De acordo com o engenheiro agrônomo Marcos Ferraz, “o número de negócios e visitantes interessados na tecnologia cresce a cada ano. Os produtores já conhecem a tecnologia e vêm para a feira a negócios”, concluiu.

Metalfor

Agres

Ao comemorar dez anos de fundação, a Agres apresentou na Agrishow 2014 um novo posicionamento de marketing, passando pela reformulação de marca, slogan e materiais institucionais. De acordo com o sócio e diretor executivo Rafael Klein, “a feira foi um momento importante para consolidar parcerias e avançar nas negociações com outros fabricantes de máquinas agrícolas que se interessaram pelos diferenciais da Agres”. De olho nas perspectivas de crescimento e nos investimentos previstos para o setor, a Agres prepara-se para, em 2015, diversificar sua linha de produtos e ampliar a participação no segmento agrícola, concluiu o diretor.

A Metalfor expôs sete modelos de pulverizadores autopropelidos, para atender as diferentes condições e necessidades dos produtores em cada região e cultura do país. Segundo o diretor comercial da Metalfor, Guilhermo Zegna, “a prioridade da empresa segue sendo a de disponibilizar a melhor opção para cada usuário, priorizando a praticidade, economia com a tecnologia embarcada necessária para cada situação”.

Gustavo Pastura e Guilhermo Zegna

Pla

A Pla do Brasil esteve presente na Agrishow, onde apresentou três novidades do ano do novo portfólio da marca. De acordo com o diretor comercial da Pla, Renato Silva, a empresa “comemora o aumento do volume de vendas na feira, ao registrar 21 pedidos nesta edição, um aumento de 75% em relação a 2013”. “O resultado positivo na Agrishow reflete-se não apenas em seu volume de vendas, mas principalmente no reconhecimento da Pla do Brasil no mercado de pulverizadores”, finalizou o diretor.

Treinamento virtual

A Case IH lançou o simulador de colheita de cana para colhedoras A 8800 na Agrishow 2014. “Utilizando recursos de realidade virtual para simular condições de colheita, o simulador permite a profissionalização da mão-deobra do setor sucroalcoleeiro sem o risco de danificar o maquinário ou até mesmo a lavoura. Isso faz com que o operador chegue até a situação real sem dúvidas quanto ao procedimento a ser realizado”, destaca César Martín Di Luca, Diretor Comercial Case IH para o Brasil.

08

César Martín Di Luca

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Renato Silva


MECANIZAÇÃO

Onde se gasta?

Valtra

Saber onde estão os maiores custos no processo produtivo ajuda o produtor a planejar melhor o emprego e a manutenção da frota utilizada na produção de cana-de-açúcar

O

de Economia Agrícola, que tem como objetivo acompanhar os custos de produção para melhorar a gestão, a alocação e o uso dos fatores de produção. Nesse sentido, o acompanhamento dos custos horários de máquinas e equipamentos assume importância para a tomada de decisão e gerenciamento dos sistemas mecanizados. O objetivo deste trabalho é calcular e analisar os gastos dos diferentes itens de custos variáveis dos custos horários de tratores, colhedoras e caminhões

utilizados na cultura da cana-de-açúcar nas principais regiões do estado de São Paulo. A definição dos sistemas de produção e da amostra foi através da identificação das sete regiões mais representativas no Estado em relação à quantidade de cana fornecida às usinas e ao número de fornecedores. Foram realizadas entrevistas dirigidas, com perguntas fechadas, junto a 67 fornecedores das associações municipais ligados à Orplana de: Piracicaba (Piraci-

Fotos Charles Echer

processo de mecanização da cultura da cana-de-açúcar vem acontecendo de maneira acelerada no estado de São Paulo. Dados do Instituto de Economia Agrícola (IEA) apontam que o índice de mecanização da cultura que em 2007 era de 41,7% e atingindo na safra 2010/2011 o valor de 70%. O fato gerador dessa mudança nos sistemas de produção é a implementação da Lei 11.241/2002 e o protocolo Agroambiental, ambos com fins de erradicação de queima e consequentemente o fim do corte manual na colheita. Os resultados do Protocolo Agroambiental mostram que a colheita de cana crua no estado evoluiu de 1,11 mil hectares em 2006/2007 para 3,38 mil hectares na safra 2012/2013, de acordo com dados da Secretaria do Meio Ambiente. O setor tem procurado se organizar para atender as necessidades de gestão que os sistemas mecanizados exigem. Os fornecedores de cana do estado de São Paulo, associados à Orplana, participam de projeto em parceria com o Instituto

Os fornecedores de cana, associados à Orplana, participam de projeto em parceria com o IEA, que tem como objetivo acompanhar os custos de produção para melhorar a gestão, a alocação e o uso dos fatores de produção

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Tabela 1 - Despesas com manutenção e operação dos tratores, colhedoras e caminhões e participação percentual nas diferentes fases da cultura da cana-de-açúcar em sete regiões do Estado de São Paulo, em R$ ha-1

Operação Preparo de Solo/ Plantio Manual Combustível Óleo Lubrificante e aditivo Graxa Componentes de Manutenção Depreciação Reparos Total Preparo de Solo/ Plantio Mecânico Combustível Óleo Lubrificante e aditivo Graxa Componentes de Manutenção Depreciação Reparos Total Cana Planta Combustível Óleo Lubrificante e aditivo Graxa Componentes de Manutenção Depreciação Reparos Total Cana Soca Combustível Óleo Lubrificante e aditivo Graxa Componentes de Manutenção Depreciação Reparos Total Colheita Manual (produtor) Combustível Óleo Lubrificante Graxa Componentes de Manutenção Depreciação Reparos Total Colheita Mecânica (produtor) Combustível Óleo Lubrificante Graxa Componentes de Manutenção Depreciação Reparos Total

Araçatuba Total % do item R$ %

Valparaiso Total % do item R$ %

Araraquara Total % do item R$ %

Assis Total % do item R$ %

Região Catanduva Jaú Total % Total % do item do item R$ % R$ %

200,09 21,63 1,70 18,06 60,04 62,72 364,2

465,60 30,38 3,34 37,81 126,29 123,12 786,5

359,50 27,03 2,66 30,33 93,76 91,15 604,4

513,52 32,81 3,33 42,07 123,01 108,84 823,6

295,31 42,60 2,62 25,74 60,56 79,53 506,3

54,9 5,9 0,5 5,0 16,5 17,2 100,0

59,2 3,9 0,4 4,8 16,1 15,7 100,0

59,5 4,5 0,4 5,0 15,5 15,1 100,0

62,4 4,0 0,4 5,1 14,9 13,2 100,0

58,3 8,4 0,5 5,1 12,0 15,7 100,0

520,0 44,4 3,6 39,4 133,3 132,1 872,9

59,6 5,1 0,4 4,5 15,3 15,1 100,0

Lençois Pta Total % do item R$ % 550,2 27,5 3,5 43,2 145,0 133,3 902,7

60,9 3,1 0,4 4,8 16,1 14,8 100,0

381,7 24,8 11,7 75,5 183,8 113,3 790,8

48,3 3,1 1,5 9,5 23,2 14,3 100,0

Piracicaba Total % do item R$ %

Capivari Total % do item R$ %

Ribeirão Preto Total % do item R$ %

451,98 61,56 3,24 37,25 107,70 128,86 790,6

57,2 7,8 0,4 4,7 13,6 16,3 100,0

381,62 22,60 2,43 30,61 59,47 88,37 585,1

65,2 3,9 0,4 5,2 10,2 15,1 100,0

316,40 18,74 2,02 25,38 49,31 73,27 485,1

65,2 3,9 0,4 5,2 10,2 15,1 100,0

45,94 3,55 0,41 3,98 10,68 21,79 86,3

53,2 4,1 0,5 4,6 12,4 25,2 100,0

28,35 9,75 0,29 2,31 11,35 14,18 66,2

42,8 14,7 0,4 3,5 17,1 21,4 100,0

46,84 12,23 0,52 4,13 17,34 21,68 102,7

45,6 11,9 0,5 4,0 16,9 21,1 100,0

62,00 3,91 0,53 4,69 14,71 16,66 102,5

60,5 3,8 0,5 4,6 14,3 16,3 100,0

44,93 14,63 0,46 5,88 32,56 22,10 120,6

37,3 12,1 0,4 4,9 27,0 18,3 100,0

20,8 2,2 0,2 1,2 5,4 6,8 36,6

56,8 6,0 0,6 3,2 14,9 18,6 100,0

1,1 0,2 2,5 5,3 4,6 0,0 13,7

7,8 1,5 18,4 38,5 33,7 0,0 100,0

63,79 21,95 0,64 5,20 25,53 31,91 149,0

42,8 14,7 0,4 3,5 17,1 21,4 100,0

38,98 13,41 0,79 3,18 15,60 19,50 91,46

42,6 14,7 0,9 3,5 17,1 21,3 100,0

47,01 2,48 0,34 3,41 8,93 9,05 71,2

66,0 3,5 0,5 4,8 12,5 12,7 100,0

87,55 9,04 0,81 8,09 26,34 28,44 160,3

54,6 5,6 0,5 5,0 16,4 17,7 100,0

90,13 8,99 0,85 8,03 26,89 29,66 164,5

54,8 5,5 0,5 4,9 16,3 18,0 100,0

69,45 16,01 0,79 6,29 24,95 31,19 148,7

46,7 10,8 0,5 4,2 16,8 21,0 100,0

133,51 7,05 1,09 9,33 31,18 35,44 217,6

61,4 3,2 0,5 4,3 14,3 16,3 100,0

71,71 14,21 0,84 6,68 24,92 31,16 149,5

48,0 9,5 0,6 4,5 16,7 20,8 100,0

146,7 19,5 1,3 9,9 41,4 47,8 266,5

55,0 7,3 0,5 3,7 15,5 17,9 100,0

117,0 6,2 0,9 8,1 28,7 30,5 191,4

61,1 3,2 0,4 4,2 15,0 15,9 100,0

196,11 39,63 1,75 16,58 64,03 72,98 391,1

50,1 10,1 0,4 4,2 16,4 18,7 100,0

153,39 36,10 1,62 13,49 54,45 66,60 325,7

47,1 11,1 0,5 4,1 16,7 20,5 100,0

59,51 3,42 0,45 4,47 11,79 12,17 91,8

64,8 3,7 0,5 4,9 12,8 13,3 100,0

124,43 8,20 0,71 10,23 31,71 27,75 203,0

61,3 4,0 0,4 5,0 15,6 13,7 100,0

506,4 33,4 2,9 41,6 129,1 112,9 826,3

61,3 4,0 0,4 5,0 15,6 13,7 100,0

479,38 39,31 5,88 41,06 95,12 182,11 842,9

56,9 4,7 0,7 4,9 11,3 21,6 100,0

886,95 52,3 90,31 5,3 18,00 1,1 79,71 4,7 114,48 6,7 507,84 29,9 1.697,28 100,00

584,3 50,3 8,1 50,5 107,8 244,8 1.045,74

55,9 4,8 0,8 4,8 10,3 23,4 100,0

1 O item Total refere-se a soma dos gastos de combustível, óleos lubrificantes e aditivos, graxa, componentes de manutenção depreciação e reparos com tratores e equipamentos nas operações em cada fase da cultura. 2 A participação percentual refere-se ao item da despesa em relação ao total por hectare. Fonte: Dados da pesquisa.

John Deere

caba e Capivari); Ribeirão Preto (Sertãozinho); Catanduva (Monte Aprazível), Araraquara (Araraquara); Assis (Assis); Jaú (Jaú e Lençóis Paulista); e Araçatuba (Valparaíso e Andradina). As entrevistas

consistiram ainda em perguntas abertas com o intuito de averiguar os sistemas de produção, uso de mão de obra e evolução do nível de mecanização das operações. Para o cálculo do custo de máquinas e equipamentos; considerou-se a metodologia de classificação tradicional de custos em fixos e variáveis. Os custos variáveis são os associados diretamente ao uso dos bens de capital, como combustíveis, filtros, óleos lubrificantes, pneus, peças, mão de obra mecânica etc. Estes custos são constituídos dos componentes como reparos e manutenção, além de custos com operações.

REPAROS E MANUTENÇÃO

Os custos com reparo e manutenção são os realizados para manter os bens de capital em plena condição de uso. Em geral, eles estão relacionados com a intensidade de uso. Nesse estudo, os custos com reparos foram calculados pela

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estimativa de uma taxa percentual anual em função do valor inicial. Os gastos com manutenção preventiva foram calculados pela somatória das despesas com lubrificantes, filtros e graxas, obedecendo ao período de substituição recomendado pelos fabricantes.

Custo com operações

Custos com operações são os gastos realizados com o uso das máquinas, calculados pelo consumo de combustível. O cálculo dos custos horários de máquinas utilizado pelo Instituto de Economia Agrícola descrito por Martin et al (1998) utiliza os dados fornecidos pelos fabricantes em relação à manutenção preventiva (consumo de óleos lubrificantes, graxas, filtros aditivos e outros elementos substituíveis na manutenção dos tratores, colhedoras e caminhões), multiplicados pelos valores de horas utilizados em cada operação. Para o item


Nesse estudo, os custos com reparos foram calculados pela estimativa de uma taxa percentual anual em função do valor inicial. Os gastos com manutenção preventiva foram calculados pela somatória das despesas com lubrificantes, filtros e graxas, obedecendo ao período de substituição recomendado pelos fabricantes

reparos determinou-se uma porcentagem do valor inicial em relação às horas de uso anual para cada máquina. O levantamento de campo ocorreu no período de agosto a novembro de 2011 e os preços dos insumos e serviços utilizados nas estimativas referem-se aos praticados no mês de outubro de 2012. Os dados apresentados na Tabela 1 referem-se aos gastos com manutenções e depreciação na utilização dos equipamentos nas operações da cultura nas regiões do estado. A operação de colheita e transbordo é a de maior custo com mecanização nas fases da cultura. Para essa operação observa-se que a região de Assis apresenta maior valor, o que pode ser explicado pela maior produtividade e maior número de utilização de horas/máquinas. A região de Jaú apresenta menor produtividade e também menor número de horas para o corte e transbordo por hectare. Os fornecedores de cana de Lençóis Paulista apresentam menores dispêndios por mostrarem melhor desempenho operacional na operação de

máquinas, embora apresentem menor produtividade. No caso da operação de preparo do solo pode-se analisar sob dois aspectos: operações realizadas (Lençóis Paulista) e eficiência no desempenho operacional (Jaú e Assis). Nos municípios onde encontram-se as propriedades de menores áreas, observa-se que embora realizem menor quantidade de operações nessa fase, apresentam valores de custos muito próximos a estas regiões por exigirem maior número de manobras em seu conjunto de práticas mecânicas. Quanto aos itens componentes dos custos horários dos tratores, os dados apontam que o item combustível é o de maior dispêndio em todas as regiões e operações, com grande variação em sua participação percentual entre os dois aspectos analisados, esses variam de 40% a 66%. No caso desse item os dados não apresentam comportamento homogêneo, pois é influenciado por sistema de produção, número de operações, força de tração exigida pelo equipamento acoplado e

eficiência do sistema. O valor do item de depreciação é influenciado pelo preço da máquina e apresenta participação percentual entre 14% e 16% nas regiões e operações, despesa que deve ser contabilizada para repor investimento de máquina ao final de sua vida útil. Os resultados apresentados mostram que, mesmo havendo diferenças de técnicas utilizadas na condução da cultura e uso de diferentes potências de tratores nas regiões estudadas, a colheita mecânica é a operação de maior valor por hectare seguida da operação de preparo de solo. Os valores de participação percentual para o item combustível mostrou-se o maior em todos os casos, seguidos de reparos e depreciação. Entender as relações existentes entre os aspectos técnicos e econômicos da mecanização é estratégico na gestão eficiente dos sistemas .M mecanizados. Marli Dias Mascarenhas Oliveira e Katia Nachiluk, IEA/APTA


TECNOLOGIA

Uva com tecnologia A utilização de princípios de agricultura de precisão em vinhedos possibilita aos produtores identificar onde estão as plantas mais produtivas e os frutos com propriedades mais adequadas à produção de vinho de qualidade

É

bem reconhecido atualmente que há uma necessidade crescente na agricultura de se adotar gestão localizada, por causa de pressões econômicas e ambientais. No entanto, esta gestão exige conhecimento exato sobre a variação espacial das propriedades de solo e planta dentro da lavoura. Na viticultura, em particular, a compreensão da natureza, extensão e causas da variabilidade, nos vinhedos, pode ajudar viticultores e

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enólogos a usar ferramentas de agricultura de precisão para melhorar as práticas de gestão, tais como irrigação, adubação, poda, colheita e destino final da produção dentro da vinícola. Neste contexto, viticultura de precisão é um conceito em desenvolvimento, que explora o conhecimento da variabilidade espacial dentro do vinhedo, para projetar estratégias de gestão localizadas. A sua aplicabilidade, porém, depende tanto de disponibilidade quanto da precisão

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de informações espacialmente referenciadas, de solo e planta.

PARÂMETROS DE SOLO E PLANTA DE RÁPIDO MAPEAMENTO

Dentre os parâmetros importantes na descrição da composição e qualidade da produção no vinhedo estão as condições de solo. Estas afetam o desenvolvimento vegetal. O conhecimento sobre elas é fundamental para o


Charles Echer

Distribuição dos valores da resistência do solo à penetração de raízes, determinada em vinhedo, na profundidade até 20cm

corrente que vigor da planta e qualidade da uva têm relação inversa, dentro de certos limites do crescimento e desenvolvimento da cultura. Notadamente, a qualidade da baga é o resultado final apresentado pelo vinhedo em função das condições de solo, planta e microclima a que foi submetida durante a estação de crescimento atual e anterior, e seu monitoramento é de fundamental importância. A qualidade da uva pode variar de baga para baga, cacho para cacho e de planta para planta, dentro de uma mesma área. E esta variabilidade é resultado da interação solo-plantamicroclima. Um estudo desta variabilidade permitiria a delimitação de zonas de contrastes, aumentando o poder de decisão de manejo da área, principalmente quanto à alocação de recursos, planejamento da colheita e destino da uva colhida. O conceito de qualidade da uva é difícil de estabelecer e varia conforme a perspectiva em que se analisa a produção. Porém, geralmente se usa o teor de açúcares solúveis (ºBrix), teor de acidez e pH como indicadores iniciais para evolução da maturação da baga e como norteadores iniciais na vinificação. Porém, sob um mesmo teor de açúcares solúveis pode-se ter uma variação no conteúdo de polifenóis e outros compostos importantes na definição da qualidade da produção. Assim, uma análise mais apurada da qualidade da baga pode incluir

Fotos Antonio Odair dos Santos

manejo de nutrientes, no manejo da cobertura, do tráfego de máquinas e na adoção de práticas preventivas ou corretivas à compactação, dentre outras. As relações solo/planta podem modificar a concentração de compostos na baga da uva afetando a qualidade da produção e seus derivados. Em um ambiente de intenso uso

agrícola do solo, onde o tráfego de máquinas é crescente, sobretudo com a recente introdução de podadoras, colhedoras automotrizes e outras máquinas, estas relações podem ser alteradas, com prejuízo ao produtor. Por isso, é importante monitorar constantemente as áreas de vinhedo buscando reconhecer as áreas problemáticas, para antecipar práticas de manejo que possam evitar o declínio da videira em função de impactos negativos sobre o ambiente radicular. Estas condições podem ser estimadas pela resistência do solo à penetração de raízes, através do uso de penetrômetros. Por outro lado, o próprio desenvolvimento do índice de massa vegetal, medido pelo índice de área foliar (IAF) é um descritor do “status” do dossel, sendo um parâmetro balizador do desenvolvimento vegetal. O vigor da videira, estimado pelo IAF, pode ser usado como uma variável auxiliar, para mapear a saúde do vinhedo e, sob certas condições microclimática e de manejo da planta, pode ser usado como um potencial indicador do índice de carga (massa vegetal/massa de fruto). A videira possui mecanismos fisiológicos de autorregulação, isto é, direciona suas reservas para vigor (crescimento vegetativo) ou para a frutificação (crescimento reprodutivo), de acordo com suas próprias necessidades. Portanto, o vigor da videira pode ser um indicativo da qualidade da produção, pois é conhecimento

Detalhes do posicionamento do penetrômetro eletrônico em uma plantação, colhendo dados no lado esquerdo, no centro e no lado direito da rua

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Figura 1 - Sobreposição dos dados descritores da qualidade da uva, mapeados em uma mesma área de vinhedo de IAC-132-máximo

Detalhe da coleta de imagem do dossel da planta pela câmera que está posicionada em frente a um fundo branco para facilitar a calibração

outros elementos descritores da qualidade da baga, como o teor de polifenóis. Dentre eles, o teor antocianina tem sido usado como um variável de mapeamento, devido ao seu conteúdo, mais concentrado na película da baga, sendo responsável pela cor do vinho e sucos e por ter sido provado que seu conteúdo tem relação positiva com a qualidade da uva.

TECNOLOGIAS PARA MAPEAMENTO EM VINHEDO

Há várias técnicas atualmente, em desenvolvimento, que podem contribuir para o mapeamento das variáveis descritoras da qualidade de solo e planta. Algumas trabalham com imagens de satélites, outras com imagens obtidas através da videografia aerotransportada, com amostragem de apoio feita na planta e no solo. São técnicas promissoras, mas ainda estão em desenvolvimento. No entanto, um modo prático de fazer este mapeamento é fazer medidas diretas, in situ, de modo rápido e prático, um pouco antes da colheita da videira. Novas tecnologias têm permitido se medir diretamente a campo algumas variáveis descritoras da qualidade da uva, que outrora somente se podia fazer em laboratório. Estas técnicas incluem o uso de infravermelho para se quantificar e qualificar elementos da química da uva. A varredura em malha é de grande importância, pela necessidade de se cobrir uma área com vários pontos de amostragem. A distribuição espacial destes pontos pode ser estudada e os dados sobre a distribuição obtida podem ser utilizados para se fazer um mapeamento preciso da área, através de técnicas de interpolação.

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Desta maneira é possível segregar zonas contrastantes quanto à qualidade de solo, planta e da uva, e se buscar aproveitar as oportunidades de manejo surgidas, em função do mapeamento obtido a partir das técnicas em tela.

INTEGRAÇÃO TECNOLÓGICA

No Centro de Engenharia do Instituto Agronômico (CEA/IAC), pesquisas recentes na área têm buscado desenvolver o mapeamento de vinhedos, com base em integração tecnológica, com vistas a obter o mapeamento da qualidade de solo e planta. As variáveis, compactação do solo, desenvolvimento do IAF e qualidade da baga (graduados pelos níveis de antocianina, açúcares solúveis e acidez titulável), têm sido utilizados como as variáveis norteadoras de mapeamento. Para poder realizar a varredura, em malha, nas plantações de videiras, foram feitas adaptações em veículo utilitário John Deere Gator modelo TH 6x4 para receber os equipamentos necessários para tal objetivo.

DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DA COMPACTAÇÃO DO SOLO

Para a medição da resistência à penetração ou compactação do solo, um penetrômetro eletrônico foi integrado à carroceria do veículo utilitário através de um sistema constituído de um chassi em forma de meia-lua, com um pino pivot na parte central, ao qual se prende o suporte do penetrômetro. O arco foi construído de aço com perfil em forma de “C”, em cujo interior correm rolamentos que permitem o deslocamento angular do penetrômetro. A integração proporcionou versatilidade ao equipamento,

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permitindo a coleta de amostras em um grande número de posições, na entre linha da videira, permitindo, inclusive, uma curta aproximação da zona da coroa radicular da planta. Utilizando este equipamento, em um vinhedo, foi feita uma amostragem da resistência do solo à penetração de raízes em 54 pontos distribuídos na área até uma profundidade de 20cm. Estes pontos foram georreferenciados, o que permitiu confeccionar mapas da distribuição da resistência nesta área. Pode-se observar no Mapa 1 que a zona de maior resistência do solo ocorre na região do canto esquerdo da área, acima de 90 metros na direção do Oeste, conforme coordenadas estabelecidas no mapeamento. Nesta região a pressão exercida ultrapassa 1.800kPa, mas resultados de pesquisa mostram que valores até 2.500kPa são considerados baixos e apresentam pouca limitação ao desenvolvimento das raízes. Apesar de a pressão média exercida na região discutida estar em torno de 1.800 a 2.750kPa, conclui-se que, mesmo para os valores mais elevados encontrados na área, não existem problemas sérios de resistência do solo à penetração das raízes na área estudada, até o momento da retirada dos dados em tela.

DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DO VIGOR DE PLANTA

Uma das formas de estimar o vigor das videiras é através o Índice de Área Foliar (IAF). Para a determinação do IAF foi feita uma correlação da área das folhas da videira em uma foto digital. A imagem digital do dossel é obtida através de uma câmera controlada por um laptop e colocada em um braço construído


Fotos Antonio Odair dos Santos

Detalhe de espectroscópio e seus periféricos embarcados em veículo utilitário

Espectroscópio pronto para tomada de dados a campo

Coleta de dados sobre qualidade da baga, através de espectroscopia

de tubos quadrados metálicos, que passa sobre a planta a ser fotografada. O laptop foi colocado sobre um suporte adaptado sobre o painel do veículo e alimentado pela sua bateria. Para melhorar o contraste e isolar a planta do resto da paisagem foi colocada uma tela retrátil de fundo branco.

das imagens. No entanto, seria necessário ainda investigar mais dados de solo e de planta, em escala compatível com a segmentação apresentada, para se concluir corretamente sobre as causas da depressão observadas nas variáveis estudadas em campo. Notadamente, a disponibilidade e dinâmica da água no solo, assim como a penetração da radiação solar direta e indireta no dossel, são variáveis capazes de contribuir para as ocorrências, em discussão. Por outro lado, os dados sugerem que numa divisão inicial da produção, da área discutida, poderia haver uma separação da uva, fazendo-se uma fermentação separada para a uva proveniente das porções mais deprimidas em antocianina (Figura 1), evitando-se misturar a uva oriunda desta área com aquelas provenientes da porção mais à esquerda, na imagem, onde os valores de sólidos solúveis e antocianina são

crescentes. Com isto, se pode vislumbrar a fabricação de dois vinhos diferentes, provenientes da mesma área de cultivo, o que pode se justificar se for possível obter preços mais favoráveis para vinhos provenientes das zonas consideradas de maior qualidade da baga. Portanto, a integração e calibração de instrumentos permitiram a amostragem em varredura de dados de solo e planta e o mapeamento de variáveis descritoras da qualidade da produção e do ambiente de cultivo da videira, demonstrando-se o aumento do poder de decisão que se pode obter a partir do conhecimento mais detalhado .M do vinhedo. Antonio Odair dos Santos, Antonio Carlos Loureiro Lino, Denival da Costa Silva e Mário Nakano Neto, IAC

DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DA QUALIDADE DA BAGA

Para testar uma varredura em campo, utilizaram-se algumas variáveis experimentais. Determinar a campo uma malha de pontos para os teores de sólidos solúveis, acidez total e antocianina, presentes na baga, durante a safra de 2012, em Jundiaí (SP). Um espectroscópio (Brimrose Corp.), operando na faixa do infravermelho próximo (IVP), portátil e miniaturizado foi embarcado no veículo utilitário. O equipamento contém tecnologia com base em filtro ajustável através de relação óptico-acústica, que fraciona a luz (laser) em faixas de frequências precisas. Após a calibração do equipamento, em laboratório, foram feitas amostragens na zona de frutificação da videira, visando à estimativa dos parâmetros descritores da qualidade da produção. Os dados médios de transmitância das bagas da uva, que constituem a assinatura espectral destes parâmetros, evidenciaram claramente picos de passagem da luz bem acentuados, próximos da microbanda de 1.300nm, e um segundo pico próximo a 1.600nm, além de outros picos menores ao longo da faixa do infravermelho próximo. Os resultados de integração e georreferenciamento dos dados obtidos através da espectroscopia permitiram fazer o mapeamento para as dados descritores da qualidade da uva. Pode-se observar no mapa que, para a mesma área, as zonas de depressão em antocianina são coincidentes com aquelas zonas em que ocorre elevação da acidez titulável, o que também ocorre concomitantemente com um abaixamento no acúmulo de sólidos solúveis. Esta situação está bem clara para a porção à direita

Sistema para determinar a evolução do IAF de videiras instalado em um utilitário que circula tranquilamente nas entre linhas da plantação

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tratores

Pequeno e valente Importantes para realizar trabalhos em pequenas propriedades, os microtratores podem ser utilizados em diversas atividades, mas também têm diferentes desempenhos e consumos para cada implemento

A

s máquinas que possuem baixa potência, chamadas de microtratores, são utilizadas para trabalhos em pequenas áreas por apresentarem características peculiares, como possuir baixa força de tração, baixo custo de aquisição e manutenção. Esse tipo de mecanização pode proporcionar menor esforço físico por parte do agricultor e ganho de tempo, visto que abrange uma área maior em um curto espaço de tempo se comparado com os meios tradicionais, além de minimizar o problema da escassez de mão de obra. Geralmente, o microtrator nunca é comprado sozinho. Na maioria das vezes vem com um rotoencanterador posterior às rodas motrizes, implemento utilizado principalmente para a eliminação de ervas daninhas em culturas perenes ou preparo de solo na horticultura. Mas existe no mercado uma série de outros implementos que auxiliam desde preparo do solo até a colheita. Dentre os quais se destacam os arados de disco, implementos utilizados para o preparo inicial do solo. O desempenho de um trator é relacionado com diversos fatores, como a força de tração e o consumo de combustível. Este último, por sua vez, pode ser influenciado pela patinagem que, ao ocorrer, sobrecarrega o motor culminando no aumento do consumo. Patinagem é o deslizamento entre a superfície da banda de rodagem e o solo. Nas situações

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em que a patinagem é excessiva, ocorre perda de potência pelo deslizamento dos pneus, a velocidade de deslocamento é reduzida e o desgaste dos pneus é acelerado. Este fenômeno pode ser minimizado com o aumento dos lastros, seja através de água ou mecânicos. A determinação da área mobilizada após ter sido preparada com determinado implemento agrícola pode ser feita através do perfilômetro, equipamento constituído por réguas paralelas de madeira com perfuração equidistante ao longo de seu comprimento, através das quais deslizam hastes perpendiculares ao comprimento das réguas paralelas. A partir dos dados levantados pelo perfilômetro, pode-se identificar qual implemento enquadra-se melhor em preparo conservacionista por desestruturar menos o solo, podendo colaborar com as menores perdas de solo por erosão. Segundo Mialhe (1996), a mensuração da quantidade de combustível consumida constitui-se um dos mais importantes aspectos da avaliação do rendimento de um motor, ou seja, do seu desempenho como máquina térmica conversora de energia. Os ensaios com máquinas agrícolas são importantes por gerar informações necessárias para os agricultores do ponto de vista operacional e energético e posteriormente adaptá-las às condições de cada região, tendo uma melhor utilização do equipamento adquirido.

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Baseado nestas informações foi realizado um experimento com o objetivo de avaliar o consumo de combustível, o patinamento e o perfil do solo mobilizado por um microtrator com diferentes implementos. Os ensaios foram conduzidos na área experimental pertencente ao Departamento de Engenharia Agrícola, da Universidade Federal de Ceará, localizado no Campus do Pici, em Fortaleza. Foi utilizado um microtrator de duas rodas, marca Yanmar Agritech, modelo TC14S, 2 x 2, potência de 10,3kW a 2.400rpm, massa total de 498kg, equipado com pneus 6-12 nas rodas motrizes com pressão recomendada pelos fabricantes de 14psi (96,53kPa), a diesel, partida elétrica e manivela, seis marchas à frente e três à ré, farol com luz baixa e alta. Inicialmente, ao microtrator foi acoplado um arado reversível de um disco e em seguida a um rotoencanteirador. Para a medição do consumo de combustível foi utilizado duas provetas, uma instalada no sistema de alimentação e outra no retorno do combustível, as mesmas simulando o tanque de combustível. As provetas foram instaladas na mesma altura em que se encontra o tanque, para medir o volume exato de combustível consumido pelo microtrator. A proveta foi abastecida no seu volume máximo e em seguida o conjunto microtrator/implemento realizou um deslocamento de 25m, após percorrer esse espaço verificou-se o volume final da proveta do sistema de alimentação e do retorno, esse valor foi dividido pelo tempo que o conjunto microtrator e implemento levou para percorrer a parcela. O consumo horário de combustível foi obtido conforme Equação 1 (Box). Para determinação do patinamento foram utilizados dispositivos constituídos por roda dentada, composta por 12 dentes e sensores indutivos, modelo LM18 3008PA, acoplados às duas rodas motrizes, os quais realizaram a conversão de movimentos rotativos em pulsos elétricos, gerando 12 pulsos por volta dos rodados. Com os sinais recebidos dos geradores de pulsos instalados nas rodas motrizes foi possível determinar a patinagem através da Equação 2 (Box). Para a obtenção do perfil de solo mobilizado utilizou-se um perfilômetro, constituído de uma armação metálica fixada em uma madeira de 1,40cm de largura, perpendicular a essa armação foram posicionadas 47 varetas


Fotos Clice de Araújo Mendonça

Equação 1 Equação medição consumo de combustível Chv = V/t x 3,6 (1) Em que, Chv = consumo horário volumétrico (L/h); V = volume lido na proveta (mL); t = tempo de percurso na parcela (s); 3,6 = fator de conversão.

de alumínio, com diâmetro de 1,3cm e altura de 70cm, equidistantes 1,5cm, graduada de 0,5cm. O perfilômetro foi colocado no sentido transversal ao deslocamento do microtrator, montado sobre uma base previamente nivelada, para obter o perfil natural da área em estudo, após a passagem do microtrator para se obter o perfil de elevação. O Gráfico 1A mostra os valores para o consumo de combustível. É possível observar que o microtrator-arado na primeira marcha consumiu em média de 5,45L/h, a segunda marcha consumiu 4,22L/h e a terceira marcha o consumo foi de 2,54L/h. Na segunda marcha ocorreu uma variação no consumo horário de combustível, observada nas repetições. Essa variação possivelmente foi provocada pela instabilidade de operação do trator de rabiças. Quando se trabalhou com o microtrator-rotoencanteirador obtiveram-se valores de 3,41L/h na primeira marcha, 3,75L/h na segunda marcha e 3,96L/h na terceira marcha. O consumo de combustível tem relação direta com o aumento da força de tração, ou seja, à medida que aumenta a demanda energética, o consumo de combustível aumenta significativamente. Os valores médios da patinagem para o conjunto microtrator-arado foram de 10% trabalhando na primeira marcha, 12% na segunda marcha e 18% para a terceira marcha. Observou-se um aumento da patinagem quando a velocidade aumentou. A terceira marcha foi a que obteve maior patinação dos rodados (18%), justificada por ocorrer uma queda considerável da aderência do pneu com o solo, ocasionando

Equação 2 Equação para determinação da patinagem do trator.

Posição do sensor indutivo na roda motriz à direita

um deslizamento maior dos rodados. Trabalhando com o microtrator-rotoencanteirador encontrou-se um patinamento de 11,22% na primeira marcha, 12,45% na segunda marcha e 16% na terceira marcha. O Gráfico 2 mostra o perfil do solo mobilizado. A área de elevação mostrou dados semelhantes quando se trabalhou com o microtrator-arado na primeira e segunda marchas (0,09m²) e foi um pouco inferior na terceira marcha (0,07m²). À medida que ganha velocidade, o elemento ativo do arado (disco) vai girando e tende a empurrar o trator de rabiças para frente. Com isso, o disco diminui a profundidade de corte e o operador tem dificuldade de manter o implemento na mesma profundidade de aração. Trabalhando com o microtrator-rotoencanteirador encontraram-se valores de 0,08m2 na primeira marcha, 0,05m2 na segunda marcha e a menor área mobilizada

Detalhe para as provetas simulando o tanque de combustível

0,04m2 na terceira marcha. De acordo com o exposto, pode-se afirmar que o uso de microtrator por pequenos produtores é de grande importância, pois pode ser utilizado nos variados cultivos, aumenta a produtividade, diminui o tempo e os custos de produção, aumenta a renda, facilitando assim .M a vida do homem do campo. Clice de Araújo Mendonça, Karla Lúcia Batista Araújo, Francisco Ronaldo B. Fernandes e Elivânia Maria S. Nascimento, UFC Carlos Alberto Viliotti, UFMT

Gráfico 1 - Em A, consumo de combustível (L/h) do microtrator-arado e do microtrator-rotoencanteirador. Em B a patinagem (%) do microtrator nas duas situações avaliadas, com o arado e com o rotoencanteirador

Gráfico 2 - Perfil do solo após a passagem do microtrator rotoencanteirador à esquerda, e os valores de área de solo mobilizada no gráfico à direita

Pat = (npc – nps) x 100 (2) npc Em que, Pat = patinagem (%); Nps = número de pulsos da roda sem carga; Npc = número de pulsos da roda com carga.

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TRATORES Charles Echer

Quantificando o desempenho

Existem diferentes princípios de funcionamento em bancadas dinamométricas, alternativas para quem busca avaliar e otimizar o desempenho de sua máquina agrícola

N

o Brasil, os ensaios de tratores tiveram início no final da década de 40. O curioso é que a fabricação nacional de tratores viria a ocorrer somente dez anos mais tarde (Mialhe, 1996). Infelizmente, desde o encerramento das atividades do Centro Nacional de Engenharia Agrícola (Cenea) em 1990, o Brasil ficou sem maiores referências na área de ensaios de tratores e/ou motores agrícolas. A partir daí, os ensaios praticamente ficaram restritos às instituições de pesquisa, que têm como objetivo a realização de estudos voltados a esta temática sem despender uma maior atenção à prestação de serviços às empresas fabricantes, concessionárias e consumidores. Já em países da Europa e nos Estados Unidos, as atividades dos centros de ensaio são continuamente solicitadas, de forma voluntária, pelos fabricantes de máquinas agrícolas. Todavia, países como o Brasil não apresentam

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uma infraestrutura capaz de fazer frente às instalações e aos procedimentos de ensaio oferecidos por países com maior nível de experiência neste assunto. Sabe-se que o desempenho de um motor diesel pode ser conhecido através de ensaios dinamométricos, os quais normalmente são realizados em laboratório e proporcionam a aquisição de valores que geralmente são expressos na forma de gráfico. Via de regra, estes gráficos possuem três curvas fundamentais que ilustram as principais características do desempenho do motor submetido ao ensaio: curva de torque, potência e consumo específico de combustível (Figura 1). A operacionalização do procedimento de ensaio é bastante simples. Acopla-se a árvore cardânica ao dinamômetro e à tomada de potência do trator (TDP), tomando-se os devidos cuidados para que a inclinação deste eixo seja nula ou mínima. A tarefa de

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nivelamento pode ser facilmente realizada por meio do uso de rampas de madeira e/ou metálicas, que deverão ser posicionadas sob as rodas do trator a ser ensaiado. Outra forma de nivelamento é o próprio dinamômetro se rebaixar ou levantar em relação ao ângulo formado em relação à TDP. O acoplamento do dinamômetro pode ser realizado diretamente ao volante do motor (sendo que o motor, neste caso, não está no trator), eliminando assim a necessidade de inserção de fatores de correção nos cálculos de desempenho, uma vez que existem perdas oriundas da transmissão nos casos de acoplamento à TDP do trator. Os procedimentos de ensaios dinamométricos devem ser balizados por normas, tais como os Códigos OECD; Normas ISO, DIN e ABNT, tornando estes passíveis de padronização. Essa padronização permite a comparação de desempenho entre vários


fabricante ou em relação a outros tratores de mesma marca e modelo. É de conhecimento que tais diferenças no desempenho de um trator agrícola podem ser oriundas de inúmeros fatores, como, por exemplo, o amaciamento incorreto do motor quando o mesmo não é realizado sob as condições de orientação preestabelecidas pelo fabricante para determinado tipo de equipamento. Neste cenário, destacam-se não só a importância da realização de ensaios desta natureza como também a correta escolha das normas de orientação e, principalmente, a adequada seleção do tipo de equipamento a ser utilizado. Com base nisto, este artigo visa identificar e destacar os pontos positivos e negativos dos principais tipos de dinamômetros disponíveis para a realização de testes e ensaios em tratores e/ou motores agrícolas.

PRINCÍPIOS DE FUNCIONAMENTO DE FREIOS DINAMOMÉTRICOS

modelos de tratores e/ou motores, sob parâmetros rigorosamente idênticos. Desta forma, os procedimentos de ensaios comparativos realizados por agências independentes das fábricas são de fundamental importância para a indústria, o mercado e principalmente para o consumidor, pois gera como resultado uma espécie de competição entre os fabricantes. Esta competição tende a promover o progressivo melhoramento dos projetos de tratores agrícolas. A realização deste tipo de ensaio em tratores agrícolas pode refletir a realidade a ser encontrada no momento da execução de uma tarefa agrícola. Assim, sob uma análise mais ampla, pode-se constatar que durante o desenvolvimento de trabalhos em campo frequentemente surgem dúvidas no que se refere às diferenças nos parâmetros de torque e potência em alguns modelos de tratores, seja na comparação com os dados fornecidos pelo

DIFERENTES TIPOS DE FREIOS DINAMOMÉTRICOS

O dispositivo que deu origem aos demais equipamentos utilizados atualmente é conhecido como Freio de Prony. Seu princípio de funcionamento é simples, uma vez que o atrito de uma cinta em relação a um volante acionado pelo motor gera uma força, que se transfere ao braço ou à alavanca presente no mecanismo, e passa a ser registrado por uma

Marcelo Silveira de Farias

A estrutura e os equipamentos que integram um banco de ensaios de motores dependem do objetivo e da natureza dos ensaios a serem realizados (ensaios de controle, ensaios de resistência, ensaios de pesquisa, entre outros). Além dos ensaios que visam determinar e ilustrar os parâmetros de desempenho dos motores, uma bancada dinamométrica bem estruturada pode também ser utilizada com o intuito de proporcionar um correto amaciamento de motores agrícolas, o que pode evitar possíveis problemas relacionados ao baixo desempenho da máquina em campo (Figura 2). Um dos principais elementos para a obtenção dos dados de desempenho de uma máquina e/ou motor, a partir de ensaios em bancada dinamométrica, é o freio dinamométrico. Os freios dinamométricos criam uma

resistência ao trabalho do motor, transformando em calor a energia mecânica produzida pelo mesmo. Desta forma, é pertinente que todo e qualquer freio dinamométrico disponha de um sistema de arrefecimento adequado, visando dissipar o calor gerado durante o trabalho. O processo de frenagem exercido por um dinamômetro acarreta na geração de cargas resistentes ao motor, fazendo com que o mesmo tenha sua rotação paulatinamente reduzida. Esse elemento permite manter o motor nas condições necessárias para uma correta medição de torque e potência gerados durante o processo de queda da rotação. É importante salientar o fato de que estes equipamentos realizam a medição da potência de forma indireta, a partir dos parâmetros de torque e rotação do motor, previamente obtidos. O conjunto de dados gerados através do processo de frenagem do motor em prova é o que dá origem às curvas de desempenho dos motores. Os freios dinamométricos devem proporcionar um torque de frenagem constante e por um período suficientemente longo, visando à obtenção de uma medição precisa do torque gerado pelo motor em avaliação. Desta forma, podem-se encontrar diferentes tipos de dinamômetros atualmente disponíveis no mercado.

Dinamômetro móvel e trator agrícola devidamente posicionados e acoplados por meio de uma árvore cardânica

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Figura 1 – Curvas características de desempenho de um motor diesel e os principais pontos caracterizadores do funcionamento a plena carga. Fonte: Mialhe, (1996)

célula de carga (Figura 3). Todavia, este mecanismo apresenta uma série de inconvenientes, tais como a manutenção da carga constante, mesmo em casos de redução da rotação de trabalho do motor submetido ao teste, o que inevitavelmente acarreta em uma parada total do mesmo após alguns instantes. As particularidades e limitações dos equipamentos que utilizavam os freios de Prony como mecanismo de frenagem da máquina em prova fizeram com que os mesmos fossem aos poucos substituídos por equipamentos com princípios de funcionamento mais versáteis, tais como os dinamômetros hidráulicos, também conhecidos como Freios de Froude. Este tipo de dinamômetro utiliza um fluxo axial de água como elemento de frenagem do equipamento em prova, sendo necessário fornecer um fluxo contínuo de água para que

ocorra a absorção da energia e a dissipação do calor gerado durante o processo, uma vez que o mesmo fluxo de água que realiza o processo de frenagem tem a responsabilidade de arrefecer o sistema. A água é pressionada contra aletas fixas na carcaça, assim, quanto maior for o volume de água que circula no sistema e quanto menor for o espaçamento entre as aletas fixas na carcaça e as aletas do rotor, maior será a pressão hidráulica exercida e, consequentemente, maior será o efeito de frenagem. Como vantagens deste tipo de equipamento, podem ser citados o menor custo de aquisição e a menor dependência de energia elétrica. Já como desvantagens, mencionam-se a menor vida útil dos componentes, além dos maiores tempos de resposta aos comandos e dificuldades na geração de cargas muito baixas e/ou nulas, visto que sempre haverá um fluxo de água no sistema, mesmo que em menor escala. Este tipo de equipamento tem grande utilização em testes envolvendo motores automobilísticos. Outro princípio de funcionamento empregado em dinamômetros utiliza a energia elétrica como indutor do mecanismo de frenagem. Este equipamento consiste em um gerador elétrico que é acionado pelo motor em teste, produzindo energia elétrica. Esta energia é consumida de acordo com a carga aplicada ao motor, sendo necessária a correção das medidas obtidas pelos instrumentos de mensuração (basicamente voltímetro e amperímetro), uma vez que o rendimento de um gerador elétrico varia em função da velocidade, da temperatura e da carga aplicada. Equipamentos desta natureza apresentam como vantagem o fato de trabalharem com duplo propósito, tanto na geração de energia para acionamento da máquina em prova, quanto na frenagem da mesma. A principal desvantagem refere-se ao custo elevado, baseado tanto no maior consumo de energia quanto na necessidade

Figura 2 - À esquerda relação entre velocidade de trabalho e consumo horário de combustível; à direita relação entre velocidade de trabalho e consumo de combustível por área

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de uma maior estrutura física por conta das dimensões destes equipamentos. Dentre os diferentes tipos de dinamômetros atualmente disponíveis no mercado encontram-se também os dinamômetros de Correntes Parasitas, ou dinamômetros de Correntes de Foucault. Esses dinamômetros utilizam a energia elétrica como fonte de alimentação para a realização do processo de frenagem, todavia, a função desta fonte de energia é proporcionar a geração de um campo magnético de intensidade variável, capaz de realizar a frenagem da máquina em prova. Para simplificar esta abordagem pode-se fazer a seguinte analogia: um fino disco de metal fixado a um eixo qualquer gira livremente, quando então dois ímãs são posicionados próximos ao disco, porém, em lados opostos. Na medida em que os ímãs são aproximados do disco, o fluxo magnético responsável pela atração entre eles faz com que o disco metálico receba uma força no sentido oposto ao do seu deslocamento, ocasionando a progressiva frenagem do mesmo. Nesse dinamômetro, as bobinas de excitação cumprem o papel dos ímãs e o rotor cumpre o papel do disco metálico. Assim, as bobinas são controladas pela intensidade da corrente contínua que as alimenta, podendo-se, dessa forma, controlar a intensidade da carga aplicada (e não a aproximação com o disco). Já o rotor acionado pela máquina em prova gira livremente até que, por meio das bobinas de excitação, se aumente a intensidade do fluxo magnético, acarretando em redução da velocidade de giro do mesmo. Todo o esforço gerado no rotor é transmitido à carcaça do dinamômetro. Junto à carcaça encontra-se um braço metálico de comprimento conhecido, de forma que toda a variação de movimento da carcaça (onde estão fixas as bobinas) gere uma movimentação desse braço, que acarreta em uma força

Figura 3 – Esquema de funcionamento de um Freio de Prony. Fonte: Mialhe (1996)


José Fernando Schlosser

Marcelo Silveira de Farias

Dinamômetro com sistema hidráulico de frenagem (esquerda) e principais componentes de um dinamômetro de Correntes de Foucault da marca Eggers, modelo PT 301 MES (direita)

metros de Correntes de Foucault, sendo um deles fixo e outro móvel, esse último permitindo o deslocamento do equipamento até os locais de ensaio. O grupo de pesquisa do Laboratório de Agrotecnologia (Agrotec), vinculado ao Nema, trabalha na consolidação de uma proposta ampla de trabalho, visando imprimir uma rotina de ensaios que melhor caracterizem os tratores agrícolas presentes na região. Assim, este laboratório figura como uma boa opção, tanto para a realização de

ensaios, quanto para a realização de testes e procedimentos de amaciamento dos motores .M de tratores agrícolas. Ulisses Giacomini Frantz e Alexandre Russini, Unipampa José Fernando Schlosser e Marcelo Silveira de Farias, Nema – UFSM Gustavo Heller Nietiedt, Engenheiro Agrônomo

Marcelo Silveira de Farias

registrada pela célula de carga interligada ao mesmo. Assim, a variação de movimento da carcaça é que permite determinar a magnitude do torque registrado. Cabe ressaltar que este tipo de dinamômetro necessita de um circuito de arrefecimento por água, com o intuito de dissipar o calor gerado pelo processo, ou mesmo um sistema de ventilação de alta vazão de ar, mais utilizado em dinamômetros móveis. Os dinamômetros de Correntes de Foucault apresentam como vantagens o funcionamento mais silencioso, o menor consumo de energia (na comparação aos demais dinamômetros elétricos), a maior agilidade nos tempos de resposta aos comandos e a possibilidade de utilização em motores de variadas faixas de potência. A sua maior desvantagem diz respeito ao seu maior custo de aquisição, todavia, o menor consumo de energia pode compensar este custo ao longo davida útil deste equipamento.

BANCADAS DINAMOMÉTRICAS EXISTENTES

Torre de arrefecimento da água utilizada como elemento de dissipação de calor (A) e sistema de circulação de água, composto por tubulações e bombas d’água (B) Marcelo Silveira de Farias

Nos segmentos de ensino e pesquisa existem atualmente algumas instituições que usufruem de estrutura apropriada para a realização de ensaios desta natureza. Todavia, a integração ensino/extensão infelizmente ainda não faz parte da rotina de algumas destas Instituições ou, pelo menos, não participa como deveria, fato que se atribui, na maioria dos casos, à baixa procura por informações mais detalhadas dos tratores comercializados no país. Neste grupo de instituições pode-se citar também a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), RS, que por meio do Núcleo de Ensaios de Máquinas Agrícolas (Nema) vem realizando ensaios de motores de tratores agrícolas em bancada dinamométrica desde o final de 2009. Dispondo de dois dinamô-

Dinamômetro fixo da marca MWD, modelo NL 480 (A), e dinamômetro móvel da marca Egger modelo PT 301 MES (B), ambos de Correntes de Foucault

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capa Fotos Semeato

Ajuste fino

A semeadura das culturas de inverno ou grãos finos, apesar de não exigir a precisão de distribuição individual de cada semente, como ocorre com as culturas de verão, necessita de muito cuidado desde a regulagem da máquina até a deposição dos grãos no solo

E

m qualquer sistema, a semeadura deve possibilitar o estabelecimento rápido e uniforme da população de plantas desejada. Para isso, a semeadora deve formar um ambiente de semeadura que possibilite a absorção de água pelas sementes e as condições de temperatura e disponibilidade de oxigênio adequadas ao processo de germinação. As semeadoras-adubadoras realizam o corte da palhada, a abertura de sulcos no solo, dosagem das sementes que serão distribuídas, colocação das sementes nos sulcos, cobertura das sementes depositadas, fixação da camada de solo em volta das sementes e aplicação, dosagem e incorporação dos fertilizantes. A máquina deve garantir uniformidade de distribuição em todas as linhas, colocar as sementes em profundidade uniforme e cobri-las com uma camada de terra. As máquinas utilizadas para a semeadura das culturas de inverno ou culturas de grãos finos (trigo, aveia, cevada), são denominadas de semeadoras de fluxo contínuo, ou seja, apresentam sistema de distribuição de sementes através de rotores acanalados helicoidais, que distribuem as sementes de forma contínua, diferentemente das semeadoras de precisão que distribuem as sementes individualizadas. Outra característica marcante das semeadoras de grãos miúdos é o espaçamento entre linhas. Estas máquinas apresentam espaçamentos entre linhas reduzidos, normalmente de 17cm. Atualmente, para a semeadura de grãos

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finos a utilização de máquinas múltiplas tem crescido ano após ano, desde o pequeno ao grande produtor. A utilização dessas máquinas tem mostrado uma excelente qualidade de semeadura com alta performance principalmente em áreas com maiores volumes de palha. O baixo revolvimento de solo e o excelente acabamento do sulco são características marcantes da utilização das máquinas múltiplas na semeadura das culturas com espaçamento reduzido. As máquinas múltiplas são importantes, pois, além de proporcionarem melhorias na qualidade do Sistema Plantio Direto (SPD), possibilitam a introdução de novas espécies, viabilizando, desta forma, a rotação de culturas que é fundamental para o sucesso do sistema. Estas máquinas também apresentam algumas particularidades, no que se refere à qualidade da semeadura: trabalham com rodas limitadoras de profundidade e por isso apresentam maior uniformidade na profundidade de colocação das sementes e menor revolvimento de solo, o que é uma característica muito favorável em se tratando de Plantio Direto. Outra característica importante das máquinas múltiplas é a utilização de dois tubos porta-ferramentas para a fixação das linhas. Isto representa maior defasagem entre as mesmas, resultando em maior vazão da palhada, diminuindo significativamente a possibilidade da ocorrência dos “embuchamentos”. No SPD a operacionalidade das semeadoras assume papel importante, uma vez que vários fatores afetam o estabelecimen-

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to da cultura, entre eles a velocidade e a profundidade de semeadura. Além desses, também é importante o teor de água no solo, que na Região Sul do Brasil costuma ser excessivo na época de semeadura, prejudicando a eficiência das semeadoras, o que aumenta a importância da capacidade operacional em condições de umidade ideal de semeadura.

ANTECEDENDO A SEMEADURA

O manejo das plantas de cobertura e dos resíduos culturais tem como objetivo tornar apto o terreno para implantação da cultura subsequente. Desta forma, por exemplo, se os restos das culturas estiverem mal distribuídos e se não houver manejo da cultura de cobertura podem ocorrer embuchamentos. Isto indica que o manejo da cobertura vegetal deve visar à viabilização das operações envolvidas na conservação do solo, tendo como finalidade distribuí-las uniformemente na superfície do solo, permitindo melhores condições para a semeadura das culturas ou proporcionando o dessecamento uniforme da vegetação. Assim, a utilização correta do distribuidor e picador de palhas em colhedoras (deposição na largura de corte de sua plataforma) tem grande importância no plantio direto, pois com a utilização do dispositivo, os resíduos culturais podem ser distribuídos mais uniformemente na superfície do solo. O manejo das plantas de cobertura e de resíduos culturais deve considerar sempre o tempo de permanência dos resíduos sobre a


As máquinas múltiplas são importantes, pois, além de proporcionarem melhorias na qualidade do Sistema Plantio Direto (SPD), possibilitam a introdução de novas espécies, viabilizando, desta forma, a rotação de culturas que é fundamental para o sucesso do sistema

superfície do solo, ciclos e estágio fenológico das culturas e das plantas de cobertura, necessidades de corte ou não da palha, condições climáticas da região e liberação de nutrientes (imobilização ou mineralização), teor de água no solo no momento do manejo, sentido de deslocamento do equipamento e direção do acamamento, entre outros (Siqueira & Casão Jr, 2004).

PROFUNDIDADE DE SEMEADURA

A profundidade de semeadura deve ser adequada para que possa garantir a germinação e emergência das sementes e o rendimento de grãos, para isso, deve-se considerar as características das sementes, as condições físico-químicas do solo, clima e manejo das culturas. Maiores profundidades de colocação das sementes podem causar dificuldades de emergência das plantas devido ao maior consumo energético das reservas das sementes. Profundidades inferiores a 2cm podem

determinar dificuldades na germinação e emergência em situações de baixo teor de umidade no solo e, também, devido ao menor contato da semente com o solo. A profundidade de colocação das sementes é um fator de difícil controle, especialmente em se tratando de Plantio Direto devido à presença da camada de palha na superfície do solo. O controle da profundidade de semeadura das culturas de inverno é realizado através de rodas limitadoras de profundidade posicionadas ligeiramente atrás dos sulcadores, no caso das máquinas múltiplas. Neste caso é possível a realização de diferentes ajustes para diferentes situações de plantio.

VELOCIDADE DE SEMEADURA

A velocidade de semeadura tem grande influência sobre o desempenho das semeadoras. Em geral pode-se afirmar que na grande maioria das situações e em todos os diferentes sistemas de semeadura a qualidade

da semeadura diminui quando se aumenta a velocidade de trabalho. Alguns trabalhos têm mostrado que o uso de maiores velocidades de avanço durante a semeadura resulta em populações de plantas menores, maiores distâncias entre as plantas e aumento dos danos mecânicos nas sementes. Em geral, a velocidade recomendada para a semeadura das culturas de inverno, segundo recomendações dos fabricantes, é de 6 – 8km/h. A eficiência das semeadoras poderá ser avaliada por meio de dois parâmetros principais: a distribuição longitudinal de sementes e o coeficiente de variação dos espaçamentos. A uniformidade de distribuição longitudinal de sementes é uma característica que mais contribui para a obtenção de um estande adequado de plantas e, consequentemente, para a melhoria da produtividade das culturas.

CALIBRAÇÃO DA SEMEADORA

A máquina deve ser calibrada de acordo com a necessidade de cada uma das dife-


Semeato

revolvimento do solo, redução da eficiência de corte da palhada e menor profundidade de semeadura. Deve-se também observar o estado geral dos dosadores de sementes e fertilizantes e verificar se os dosadores estão corretamente ajustados, além de observar se os sulcadores e condutores não estão obstruídos. Ainda, é preciso verificar a pressão dos pneus da semeadora, certificar-se de que os mecanismos de transmissão estejam perfeitamente ajustados e manter a semeadora sempre em perfeitas condições mecânicas para evitar atrasos na semeadura.

NA HORA DE SEMEAR

As semeadoras de fluxo contínuo, sejam elas específicas para grãos miúdos ou as múltiplas, utilizam para realizar a abertura do sulco o sistema de discos duplos defasados, em geral sem a presença de discos de corte

rentes variedades aliada à região em que a cultura será implantada. Rio Grande do Sul e Santa Catarina A densidade de semeadura indicada é de 250 sementes viáveis/m² para cultivares semitardias e tardias e de 300 a 330 sementes viáveis/m2 para cultivares médias e precoces. Para cultivares tardias, quando semeadas para duplo propósito (pastejo e colheita de grãos ou somente pastejo), a densidade indicada é de 330 a 400 sementes viáveis/m2. Paraná, Mato Grosso do Sul e São Paulo As densidades variam de 60 a 80 sementes por metro ou de 200 a 400 sementes viáveis/m2, em função de ciclo, porte das cultivares e, algumas vezes, dos tipos de clima e solo. Minas Gerais, Goiás, Bahia e Mato Grosso A densidade indicada para trigo de sequeiro é de 350 a 450 sementes aptas/m2. Em solos de boa fertilidade, sem alumínio trocável, deve-se utilizar 400 sementes aptas/m2. Para o trigo irrigado, a densidade indicada é de 270 a 350 sementes aptas/ m 2.

CULTURAS

Para a cultura de triticale a densidade de semeadura indicada é de 350 a 400 sementes viáveis/m². Já para a cultura de cevada recomenda-se de 225 a 250 sementes viáveis/m². Em geral, as recomendações de densidade para as culturas de inverno são indicadas em kg/ha, porém, como o peso de mil sementes destas culturas e das diferentes variedades, pode variar muito em função das condições climáticas, da adubação ni-

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trogenada, da cultivar, entre outros, o ideal é que a regulagem seja feita em função do número de sementes por metro linear.

AJUSTES DA MÁQUINA

Além dos aspectos relacionados à regulagem de semente e fertilizante, alguns ajustes se fazem necessários para o bom desempenho da semeadora. Um dos cuidados que se deve levar em conta diz respeito à abertura de sulco. As semeadoras de fluxo contínuo, sejam elas específicas para grãos miúdos ou as múltiplas, utilizam para realizar a abertura do sulco o sistema de discos duplos defasados, em geral sem a presença de discos de corte. O desempenho destes sulcadores está diretamente relacionado às condições do solo no momento da semeadura e à presença de palha na superfície do solo, para isso, as diferentes máquinas apresentam regulagens destes sulcadores que podem ser realizadas através de pressão de molas, número de molas, regulagem dos batentes das molas e curso dos cilindros hidráulicos. A uniformidade da profundidade de deposição das sementes no solo é um dos principais fatores para a obtenção de uma rápida emergência e estabelecimento da cultura. Seja através de aros limitadores ou de rodas limitadoras de profundidade, o controle da profundidade deve ser realizado de forma criteriosa para que não ocorram erros relativos à germinação das sementes; Durante a semeadura, a velocidade de deslocamento não deve ultrapassar 8km/h, pois até esta velocidade as máquinas conseguem manter o seu desempenho de regularidade tanto para a distribuição de sementes como para a distribuição de fertilizantes. Vale ressaltar também, que no Plantio Direto, alta velocidade é sinônimo de maior

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Durante a operação de semeadura, alguns pontos devem ser observados para a obtenção de uma operação com alta qualidade: eficiência de corte da palha, dosagem e posicionamento do fertilizante, dosagem e posicionamento da semente, fechamento e cobertura do sulco. A qualidade de corte da palha é um fator norteador de todo processo de funcionamento da semeadura, pois dele depende o funcionamento dos demais componentes da máquina. Um eficiente corte de palha pode ser analisado pelo grau de afastamento provocado pelos sulcadores, como também pelo número de ocorrências de embuchamentos e de paradas. Com relação à qualidade da fertilização, deve-se avaliar a regularidade da dosagem e a variação entre as linhas. A regularidade da quantidade de sementes viáveis, posição delas no solo e distribuição ao longo da linha de plantio são os parâmetros que qualificam o processo da colocação de semente no solo realizado pela unidade semeadora. Por fim, a qualidade de desempenho da roda compactadora pode ser medida pela constância ou não da presença de sementes descobertas ou sulco mal fechado. A semeadura é uma operação delicada que não permite erros e a atenção durante a operação é de extrema importância, pois erros cometidos durante a semeadura poderão inviabilizar a produção. O sucesso de uma cultura depende de uma boa semeadura, por isso, atenção especial deve ser dada a esta operação. .M Eduardo Copetti, Semeato S/A Ind. e Comércio Percentual de Cobertura do solo e Rendimento de Grãos, em função de diferentes velocidades de semeadura de trigo Velocidade (km/h) Cobertura do solo (%) Rendimento de grãos (kg/ha) 2.731 4,3 70,5 2.427 7,1 59,7 2.124 13,5 50,7 (Adaptado de KLEIN et alli,2008)



capa

Velocidade prejudicial

Fotos Charles Echer

A utilização de discos inadequados, regulagens insuficientes e velocidades acima do ideal é fator que interfere diretamente no estande de plantas e, consequentemente, na produtividade final da lavoura

A

tualmente, o Brasil está com uma posição de destaque na produção agrícola mundial, condição oriunda dos avanços tecnológicos na genética de semente, da mecanização agrícola e da agricultura de precisão. O crescimento populacional mundial desencadeou maior demanda por alimentos, com isso, aumentaram as exigências de qualidade e quantidade de produtos disponíveis, o que estão diretamente relacionadas com a necessidade de utilização de máquinas mais tecnológicas. Segundo o relatório da FAO sobre o crescimento populacional global (FAO, 2009), a população do planeta deverá ultrapassar os nove bilhões no ano de

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Fotos David da Rosa

A)

B)

C)

Exemplo do volume de solo revolvido, consequente do uso de diferentes velocidades de semeaduras: A) Semeadura a 8,8km/h; B) Semeadura a 6km/h; C) Semeadura a 4,5km/h

2050, e isso exigirá um aumento mínimo da produção de alimentos em 70% do que era produzido em 2009. Aprofundando essa análise, vários países possuem baixa disponibilidade de área, o que para o Brasil é de certa forma uma vantagem. No entanto, inevitavelmente, há uma necessidade por aumento da produtividade das culturas. Objetivando o aumento da produtividade, cuidados nas operações agrícolas são imprescindíveis, em especial na semeadura, pois problemas nessa operação muitas vezes podem não ser recuperados ao longo do desenvolvimento da cultura, que comprometerá toda a safra. O que de errado pode acontecer nessa operação? Simulando algumas condições, a heterogeneidade da distribuição de sementes ao longo da linha, consequência do excesso de velocidade de semeadura, resultará na disputa por nutrientes, luz e água pelas plantas que estejam próximas. Isto é visualizado facilmente em plantas como a de milho, pois aquelas plantas que estão com maior área de absorção de luz irão se desenvolver mais rápido, chegando antes ao estágio de maior exigência nutricional, extraindo do solo mais nutrientes do que as outras plantas. A semeadura em solos manejados em

sistema de plantio direto consiste em algumas operações, dentre elas o corte dos restos culturais remanescentes sobre a superfície; a abertura do sulco de fertilizantes e sua distribuição e deposição; abertura do sulco de semente, distribuição e a deposição dessa; a compactação e o fechamento dos sulcos. Nessas operações agricultores ou técnicos de campo estão cada vez mais identificando falhas na distribuição da semente e do fertilizante, problemas que estão reduzindo a produtividade da cultura, que é o objetivo final da atividade. O problema gerado pela desuniformidade da distribuição de semente é normalmente ocasionado no distribuidor ou dosador e ocorre em função: do tamanho e formato irregular da semente em relação ao tamanho do alvéolo (furo) do disco; da velocidade angular do disco horizontal, que pode danificar a semente, quando em elevada velocidade; e da trepidação da máquina, que pode resultar na expulsão da semente do alvéolo ou na acomodação de duas sementes no alvéolo. Pesquisadores como Tourino et al (2002) e Kurachi et al (1989) afirmam que a uniformidade de espaçamento entre as sementes depositadas ao longo da linha influencia diretamente a produtividade

da cultura. Os primeiros pesquisadores verificaram que o acúmulo de plantas em alguns pontos, como a soja (Glycinemax), provoca o desenvolvimento de plantas mais altas, reduzindo a produção individual, ficando mais propensas ao acamamento. Em outros casos, foi verificado que a desuniformidade da distribuição longitudinal das sementes é uma das características que mais afetam o estande final das plantas, comprometendo a produtividade das culturas. Uma solução oferecida para este problema é a utilização de disco Rampflow, tecnologia caracterizada por um disco horizontal de furação cônica na cavidade que, segundo a empresa desenvolvedora do projeto, resulta na redução das falhas de distribuição. Segundo a pesquisa realizada pela fabricante do disco, que testou a distribuição linear 60 híbridos de soja, o disco horizontal convencional de 12mm apresentou uma falha de 0,7% e erro de duplos de 3,75%, contra 0,43% e 1,01%. Em outro teste com uma média de 13 híbridos de soja, a falha foi de 4,16% e erro de duplos de 30,42%, contra 2,6% e 9,36%, que resulta na redução brusca da falha empregando este tipo de disco. Entende-se aqui como falha aquelas sementes que ficaram com espaçamento

Figura 1 – Coeficiente de Variação (%) da distribuição linear de sementes pelo disco horizontal convencional e Rampflow nas velocidades 4,5km/h, 6km/h e 8,8km/h

É importante observar detalhadamente cada item da semeadora, bem como a velocidade de trabalho, o que aumenta as chances de sucesso na operação

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maior que 50% da referência, e como duplos aquelas que ficaram com espaçamento menor que 50% da referência, isto baseado na metodologia da Associação de Normas Técnicas Brasileiras (ABNT). Como as falhas na uniformidade da semeadura podem determinar perdas de produtividade, pesquisas vêm sendo realizadas pelo laboratório de física do solo do IFRS Campus Sertão, com o objetivo de qualificar a eficiência de semeadura de sementes de milho híbrido com dois dosadores: o disco horizontal convencional e o disco horizontal Rampflow. No primeiro teste realizado com o híbrido Pionner 30F53 (Tabela 1) a tecnologia Rampflow reduziu em quase 2% a falha, sendo que a presença de duplos não teve tanta diferença entre os discos, nas condições de trabalho utilizada, que foi com baixa velocidade (em torno de 2km/h), visando testar o efeito da furação. A redução da falha vai afetar diretamente o estande final de plantas, que nesse caso resultou em 92.593 plantas/ ha contra 90.556 plantas/ha do disco convencional. Como algumas cultivares de milho respondem linearmente à den-

sidade de plantio, haverá uma relação direta com a produtividade. Em outro teste realizado com as velocidades de 4,5km/h, 6km/h e 8,8km/h ainda com a cultura do milho, primeiro fator de ocorrência foi a falha no corte de palha e, em função dessa, o aumento da rugosidade superficial. Na Figura 1 está demonstrado o coeficiente de variação (CV) da distribuição linear de sementes nas velocidades em estudo e pode-se verificar que em velocidades menores e maiores o disco horizontal convencional apresentou menor variação entre as sementes, sendo 20% menor na velocidade de 4,5km/h, e 10% na velocidade de 8,8km/h. A tecnologia Rampflow foi melhor na velocidade intermediária, 6km/h. Na Tabela 2 está o índice de falha e duplo ao longo de 3m lineares pelos dosadores, e percebe-se que não há muita diferença entre os dosadores nesse quesito, demonstrando para as velocidades testadas com esse híbrido de milho AG9045 (Agroceres), não há diferença em tais tecnologias. Na Tabela 3 está apresentado um estudo da Pionner, que é pertinente de

Espaçamento Velocidade Índices (%) Falhas Duplos Aceitáveis médio (cm) Emergência 90,60 23,77 a 8,65 b Disco horizontal 6,86 a* 2,54 22,77 b 9,18 a Disco Apollo 3,99 b 3,11 92,90 Tratamentos

* Médias seguidas por letras distintas, na mesma coluna, diferem pelo teste T (p < 0,05).

Tabela 2 – Índice de falha e duplo pelo dosador horizontal convencional e rampflow nas velocidades de 4,5, 6,0 e 8,8 km.h-1, ao longo de 3,0m lineares Dosador/ dados Rampflow Convencional

4,5 km/h Duplo 0,8 0,6

Falha 2,0 1,0

6,0 km/h Duplo 0,6 0,8

Falha 3,2 3,0

8,8 km/h Falha Duplo 1,2 3,4 0,8 2,2

* Médias seguidas por letras distintas, na mesma coluna, diferem pelo teste T (p < 0,05).

Tabela 3 – Teste de velocidade de plantio na cultura do milho Velocidade de plantio População final (pl.ha-1) Diferença de população Produtividade (kg.ha-1)

5 km/h 52612 0 9327

7,5 km/h 51131 -1481 8589

10 km/h 46821 -5791 8203

Fonte: Pionner

Charles Echer

ser citado aqui, pois demonstra o efeito econômico da variação do espaçamento entre sementes, ou seja, arranjo entre elas. Nota-se claramente que em velocidades maiores ocorrem maiores diferenças. Na velocidade de 7,5km/h temos aproximadamente 1.481 plantas a menos por hectare. Isso significa 738kg a menos por hectare, ou seja, 12,3 sacos. Considerando R$ 25,00 o valor da saca do milho, o resultado é uma diferença de R$ 3,00/ ha, isto significa que em dois hectares de perdas seria possível comprar um saco de sementes (dependendo da variedade). Au m e n t a n d o a v e l o c i d a d e p a r a 10km/h passamos para uma produtividade de 1.124kg/ha menor, ou seja, 18,7sc/ha a menos, ou ainda R$ 468,30 a menos por hectare. Frente ao aumento dos insumos (semente, adubo, inseticida, fungicida), nada adianta focar o trabalho no controle de pragas se a semeadura não foi bem realizada. É importante observar detalhadamente cada item da semeadora bem como a velocidade de trabalho, o que aumenta as chances de sucesso na .M operação.

Cuidados nas operações agrícolas são imprescindíveis, em especial na semeadura, pois problemas nessa operação muitas vezes podem não ser recuperados ao longo do desenvolvimento da cultura, que comprometerá toda a safra

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Tabela 1 - Índice de falhas, duplos e aceitáveis, espaçamento médio entre as sementes, velocidade de emergência no disco horizontal convencional e com a tecnologia Apollo

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David da Rosa, Dionatan Benhur Catto, Lucas Pagnussat, Claudio Carvalho dos Santos e Diego Fincatto, IFRS


capa

Regulagem facilitada

Agilizar a regulagem da distribuição de fertilizantes e sementes é a promessa da caixa variadora de velocidades, componente que elimina a necessidade de troca de engrenagens para determinar a velocidade de rotação do eixo do distribuidor do fertilizante ou da semente no plantio

O

distribuído na área. Quando o produtor precisa variar o volume destes insumos é necessário fazer a troca de engrenagens. Muitos fabricantes utilizam o chamado “pinheirinho de engrenagens” para facilitar a troca destas combinações e chegar ao volume de insumo desejado. É muito comum na prática o produtor utilizar doses “aproximadas”, variando cerca de 10kg até 25kg de fertilizantes por hectare e de duas a três sementes por metro linear. Essa variação geralmente compromete o planejamento efetuado anteriormente ao plantio, pois geralmente o produtor tem que adquirir mais insumos no decorrer do plantio ou efetuar mudanças de planejamento devido à “imprecisão” do equipamento. Muito desta variação se deve também à qualidade e à variabilidade dos fertilizantes, características de granulometria, higroscopicidade e o clima no momento das aplicações atuam diretamente no volume distribuído.

Charles Echer

uso adequado dos volumes de fertilizantes e sementes aplicados nas culturas vem sendo constantemente estudado e difundido por técnicos e especialistas no planejamento de implantação das principais culturas agrícolas cultivadas. Este artigo refere-se à indicação de características do sistema tradicional de transmissões por engrenagens e apresenta soluções inovadoras para distribuição de fertilizantes e sementes, componentes que agilizam o trabalho de regulagem e proporcionam mais viabilidade aos sistemas de fertilização e semeadura a taxas variáveis. Os implementos atuais, como semeadoras, plantadeiras e distribuidores de fertilizantes utilizam desde os primórdios de seu desenvolvimento o uso de combinações de engrenagens para aumentar ou diminuir a rotação dos eixos que atuam sobre os distribuidores de fertilizantes ou sementes, com isso aumentando ou diminuindo a quantidade do insumo

Outra dificuldade encontrada pelo produtor é a maneira de fazer a regulagem e conferir o volume de insumos desejado. Os métodos mais precisos requerem que o produtor ande com o implememento por uma distância conhecida ou simule este deslocamento através do giro da roda do implemento, coletando e pesando os insumos até atingir em uma dosagem aproximada da desejada. Este processo é trabalhoso e leva tempo, cerca de uma hora para regular e aferir o implemento, com isso o produtor se limita a fazer uma ou duas vezes durante o plantio ou apenas verifica a regulagem das sementes quando há mudança de cultivar. Há pouco surgiu uma nova ferramenta para ajudar a eliminar os problemas de variação e agilizar regulagem da distribuição de fertilizantes e sementes, trata-se da caixa variadora de velocidades. Este componente substitui a necessidade de troca de engrenagens para determinar a velocidade de rotação do eixo do distribuidor do fertilizante ou da semente. Adaptável em todos os implementos e desenvolvida para as características de torque das máquinas brasileiras, a caixa é instalada no implemento e tem sua rotação de entrada acionada pelo movimento da roda no deslocamento durante a operação. O eixo de saída da caixa é ligado ao eixo que aciona os distribuidores de fertilizantes ou sementes e sua rotação é determinada com exatidão pelo posicionamento do regulador conforme a quantidade desejada do insumo a ser distribuído. Este componente permite que o produtor acerte a distribuição do fertilizante com variação de aproximadamente 1kg em 1kg por hectare e ajuste entre 0,1 e 0,3 semente por metro linear. Além da precisão incomparável ao sistema

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Fotos Matheus Zanella

À esquerda, “pinheirinho de engrenagens” utilizado por fabricantes de semeadoras para realizar a variação da quantidade de insumos desejada. À direita, caixa reguladora, instalada no eixo que regula a taxa de deposição, possibilitando inúmeras regulagens

de engrenagens, outra grande vantagem deste componente é a agilidade na regulagem e aferição dos volumes de insumos desejados. Com o auxílio de uma manivela e um exclusivo sistema de catraca no eixo de entrada da caixa é permitido simular o deslocamento girando o mecanismo com o implemento parado e coletando os insumos para posterior pesagem ou contagem, sendo que para aumentar ou diminuir a quantidade do insumo é necessário apenas acionar um manípulo girando para o lado que se deseja, sem precisar encostar em correntes ou engrenagens. O período ou “janela” de plantio tem se demonstrado um importante fator limitador do potencial produtivo, cada vez mais se busca agilidade e plantio nas melhores épocas conforme cada região, por isso é muito comum a maioria dos produtores não conferir a regulagem dos implementos periodicamente no decorrer do plantio. Com este equipamento a aferição da regulagem leva cerca de cinco minutos e pode ser feita com mais periodicidade, permitindo que se minimizem as diferenças entre o planejamento e a execução na prática. Dentre os fatores que levam a variabilidade na distribuição do fertilizante, os mais

comuns são a variação de granulometria, a segregação dos grânulos, o desgaste das roscas distribuidoras, a falta de manutenção, o tempo de uso do implemento, entre outros. Todos estes fatores podem ser minimizados se respeitados os padrões de qualidade dos insumos e equipamentos, porém, um fator que atua diretamente nesta variabilidade é a condição de clima no momento da operação. Longos períodos de umidade alta interferem diretamente na capacidade do dosador de fertilizantes distribuir uma quantidade homogênea de insumo, principalmente fertilizantes com higroscopicidade alta, acarretando em diminuição do volume distribuído. Já períodos de umidade baixa geralmente acarretam na melhor fluidez do fertilizante e geralmente apresentam aumento de volume em relação ao desejado. Por isso a importância de uma ferramenta que proporcione mais facilidade e permita que se possa ter uma rápida tomada decisão para ajustar os volumes conforme as condições do clima. Em relação à distribuição de sementes e principalmente ao estabelecimento da população desejada por área, inúmeras são as vezes em que o produtor necessita fazer ajustes de acordo com a condição de clima e solo.

Para fazer a instalação, basta substituir o sistema de engrenagens e posicionar a caixa em local que tenha acesso aos eixos dos distribuidores e do rodado

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A imprecisão muitas vezes ocasionada pela falta de ajustes aos detalhes de características como umidade de solo e o tipo de cobertura ou “palhada” podem afetar significativamente o estabelecimento da população de plantas desejada. Na prática, ninguém mais que o produtor ou o técnico, no momento do plantio, sabe quando precisaria aumentar ou diminuir uma ou duas sementes por metro, ou em parte conhecida de um talhão aumentar o fertilizante, porém, acaba não fazendo por ser muito trabalhoso, e com o sistema de engrenagens ele não vai conseguir acertar a regulagem desejada com precisão. Esta “precisão variável” é o maior desafio buscado por técnicos e fabricantes, poder distribuir somente o necessário para cada área ou características de solo em que a cultura está sendo estabelecida com estudo prévio e planejamento. O uso da taxa variável de fertilizantes e sementes permite que o produtor possa pôr na prática o conhecimento do histórico da área. Os sistemas implementados de taxa variável nos implementos atuais utilizam hidráulica como fonte para geração das rotações dos eixos dos distribuidores de fertilizantes ou sementes. É um sistema funcional, porém, limitado na

A Caixa Variadora Mecânica pode ser transformada para distribuição de adubo em taxa variável


Exemplo de regulagens e variações na deposição de fertilizantes

prática, tem problemas de aquecimento do óleo e consumo de potência do trator, o que inviabiliza pelo custo dos componentes para solucionar estes problemas e ficam inacessíveis para implementos de pequeno porte. Em alternativa para a taxa variável hidráulica surge a taxa variável eletromecânica, que é o acionamento da caixa variadora mecânica automaticamente por um motor elétrico, sistema muito mais viável e de simples instalação. A força motriz continua sendo o rodado do implemento no deslocamento e a velocidade da rotação é controlada pela atuação de um regulador automático que permite a variação conforme programado, isto permite ao produtor atingir uma nova realidade de precisão. A grande maioria dos produtores ou técnicos associa diretamente o termo “agricultura de precisão” ao uso de um equipamento de GPS. Este equipamento facilitou muito o tra-

balho de localização e integração de sistemas que possibilitam o uso de taxas variáveis de fertilização e correção do solo, como também do estabelecimento de plantas através de mapas predefinidos no planejamento. O sistema de taxa variável eletromecânica permite mesmo que sem o GPS, em determinado ponto conhecido ou demarcado, o próprio operador pode selecionar a dose desejada no monitor durante a operação de plantio. O motor elétrico atua somente o tempo necessário para fazer a atuação desde o ponto máximo até o mínimo do regulador, no tempo de dois segundos, o mecanismo proporciona uma variação de fertilizantes entre 800 e 1.000kg/ ha até 0kg/ha e para variar uma dose de 100kg/ há, a distância percorrida será menor que dois metros lineares em uma operação de plantio com velocidade de 8km/h. Com o sistema completo, incluindo o GPS, o planejamento de acordo com o conhecimento de todas as características das áreas se torna viável. O produtor pode fazer a programação de cada talhão contendo o volume de fertilizante e a população de sementes desejada através do software ou mesmo no monitor e começar a operação de plantio. O mecanismo se regula automaticamente e para fazer a aferição dos volumes distribuídos o mecanismo

Catraca instalada no eixo de entrada possibilita simular o deslocamento da máquina para regulagem

proporciona um sistema bastante ágil. A implementação prática do mecanismo nas semeadoras, plantadeiras e outros distribuidores passa pelo processo de simples adaptação, apenas substituindo o sistema de engrenagens e posicionando a caixa em local que tenha acesso aos eixos dos distribuidores e do rodado. Para realizar a instalação da taxa variável, basta fazer a ligação do cabeamento na fonte de energia, instalação do monitor na cabine do implemento e posicionar o GPS. Ferramentas semelhantes equipam grande maioria dos implementos utilizados na Europa e nos Estados Unidos, alguns fabricantes nacionais possuem mecanismos semelhantes que utilizam para exportação, nas máquinas nacionais já existem projetos de implantação desta tecnologia. É mais uma ferramenta disponível para facilitar o trabalho no campo, proporcionar mais precisão na implementação do planejamento das culturas agrícolas. .M Matheus Zanella, Agropecuária Zanella

Detalhe de funcionamento da Caixa Variadora de Velocidade Manípulo que permite regular a quantidade exata de fertilizante a ser depositado

É possível ver o eixo de entrada em alta velocidade enquanto o eixo de saída pode ser regulado

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ESPECIAL AGRISHOW

Agrishow 2014

Maior que a edição anterior, a Agrishow 2014 trouxe também máquinas maiores e com mais tecnologia, que prometem revolucionar a mecanização na agricultura brasileira Cotrijal

e possibilitar de uma vez por todas o gerenciamento de cada detalhe da produção, desde o preparo do solo até o momento da venda do produto colhido e devidamente limpo e guardado em unidades que mantêm constantemente as condições ideais de armazenagem. E eles não estão presentes apenas em máquinas gigantes; podem ser comprados separadamente e aplicados em operações isoladas, de acordo com o gosto ou a necessidade do cliente. Procuramos trazer para os nossos leitores o que vimos de mais importante na feira, máquinas e implementos que certamente estarão na sua lavoura nos próximos anos.

KUHN

A

21ª edição da Agrishow ultrapassou os 160 mil visitantes, superando os números da edição anterior, assim como o número de negócios, que chegou aos R$ 2,7 bilhões, um montante de R$ 100 milhões acima do registrado na edição 2013. Os lançamentos realizados pelas empresas de máquinas este ano foram pesados, literalmente. Entre os principais, estão colhedoras de grãos Classe VIII para trabalhar em grandes propriedades. O mesmo ocorreu com os tratores, que ganharam inúmeros cvs de potência

e trouxeram de arrasto implementos cada vez maiores que, aos poucos, vão tomando conta das grandes propriedades principalmente na região do Cerrado e nas regiões canavieiras. Seguindo a tendência, também foram lançados distribuidores de fertilizantes com maior capacidade e pulverizadores com tanques e barras cada vez maiores. Quase todos eles trazem uma série de pacotes tecnológicos que impressionam e surpreendem os produtores. Não faltam opções de pacotes de agricultura de precisão que prometem revolucionar as atividades agrícolas

A Kuhn destacou a sua maior plantadora no Brasil, a Marathon, que tem como principal característica a distribuição pneumática de sementes

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A Kuhn destacou a sua maior plantadora no Brasil, a Marathon, que tem como principais características distribuição pneumática de sementes, taxa de distribuição variável, transmissão eletro-hidráulica guiada com GPS, alta velocidade de trabalho e grandes reservatórios. Outro equipamento destacado foi a Quadra Venta, semeadora pneumática e rebocada para plantio direto, que pode ser configurada a partir de 52 até 80 linhas de plantio, com largura de trabalho de 9m a 10m, com espaçamento entre linhas de 12,5cm, 15cm, 17cm. A Quadra Venta é indicada para grandes produtores ou prestadores de serviço que necessitem de alto rendimento no plantio das culturas de trigo, arroz, aveia, cevada entre outras culturas de grãos finos.

Os destaques da Stara foram o Pulverizador Imperador e o Reboque 12000 TSI, que realiza o tratamento de sementes instantâneo


Fotos Cultivar

STARA

A Stara lançou a carreta agrícola Reboke 12000 TSI, que realiza o tratamento instantâneo de sementes. Seu projeto e construção foram desenvolvidos para permitir a fácil visualização do operador ao trabalho que está sendo realizado. Possibilita o tratamento de sementes e o abastecimento das plantadoras em uma única máquina, aumentando os ganhos de produtividade e rentabilidade do produtor rural. O sistema de tratamento consiste em dois reservatórios de defensivo e um de inoculante, além de um reservatório para grafite. Cada reservatório possui bomba dosadora que gera vazão precisa de produto no caracol para realizar o tratamento. O acionamento do bloco hidráulico pode ser manual ou elétrico, controlado pelo Sistema Flex que possibilita o controle eletrônico de taxa de defensivo e inoculante.

TITAN PNEUS

A Titan Pneus destacou na Agrishow 2014 seu pneu Superflot Radial. Projetado especialmente para aplicações em transbordos de cana com eixos livres e implementos utilizados em caminhão de transbordo, a novidade da Titan favorece o crescimento das raízes, contribuindo para o aumento da produtividade. A empresa também apresentou aos visitantes da feira os radiais: 710/70R38 DT924, para tratores acima de 140cv; 380/80R38 DT800, para pulverizadores autopropelidos, e 600/65R28 DT824, utilizado tanto na dianteira de tratores como na traseira de colhedoras, além do novo modelo diagonal 400/60-15.5 Superflot II, recomendado para implementos agrícolas e plantadeiras.

MICHELIN

A Michelin apresentou na Agrishow 2014 o maior pneu de trator do mundo, o Michelin AxioBib IF900/65R46. Ele foi desenvolvido com base na tecnologia Ultraflex e pode ser utilizado em tratores que atingem até 65km/h. Além disso, o pneu possui 2,32m de diâmetro e capacidade de carga de 10.600kg. A tecnologia Ultraflex em pneus está disponível para tratores, máquinas colheitadeiras e máquinas

A Titan Pneus destacou na Agrishow 2014 seu pneu Superflot Radial

de tratamento.

FPT INDUSTRIAL

A FPT Industrial apresentou na Agrishow 2014 sua gama de motores voltados para a aplicação agrícola. Um dos destaques da marca foi o NEF 6 Agrícola. Equipado com sistema de injeção mecânico, turbocompressor e intercooler, o motor NEF 6 Agrícola de 6.7L possui duas versões com potências de 60kw a 2.300rpm até 134kW (182cv) a 2.300rpm e torque de 356Nm a 700Nm a 1.400rpm. O propulsor conta com seis cilindros, bloco estrutural/não estrutural e cárter em ferro fundido, que promete alto rendimento, combinando o maior torque com o menor consumo de combustível, robustez e baixo custo de manutenção. Na New Holland Agrícola, está presente nos tratores TM 7000 e T7 e nas colheitadeiras da série TC. Já na Case Agrícola, o motor NEF 6 está presente nos tratores Maxxum e Puma, e nas colheitadeiras da série Axial-Flow. Outro destaque da marca foi o motor Cursor 13 Agrícola. O motor possui sistema de aspiração turbocomprimido com intercooler, sendo seu sistema de injeção de unidades eletrônicas. Possui sistema de filtragem de óleo com filtro duplo e possibilidade de utilização como filtro remoto, facilitando a manutenção. Com seis

A FPT Industrial apresentou na Agrishow 2014 sua gama de motores voltados para a aplicação agrícola

Na Parker o destaque foi para o painel de pressurização do tanque de ar de caminhões betoneira

cilindros em linha, o propulsor atinge potência de 350kW a 2.100rpm até 370kW a 2.100rpm e torque de 2.136Nm a 2.350Nm a 1.500rpm. Seu cárter não estruturado possui sensor de monitoramento de pressão do combustível, que indica possível entupimento do sistema. O motor FPT Cursor 13 equipa as colheitadeiras da família CR9000 da New Holland e da família Axial-Flow da Case Agrícola.

PARKER

A Parker participou da Agrishow com sua linha de produtos para os segmentos de automação e hidráulica. No segmento de automação o destaque foi para o painel de pressurização do tanque de ar de caminhões betoneira. Apesar de ser desenvolvido para um segmento, trata-se de um item que pode ser utilizado na maioria das operações onde é necessário pressurizar água ou até mesmo em outro fluido como defensor agrícola, por exemplo. O produto é composto por regulador de pressão lacrado, manômetro glicerinado, válvula de alívio, válvula esfera de duas vias, conexões pneumáticas e proteção metálica.

AGRALE

A Agrale levou aos visitantes da Agrishow tratores de todas as suas linhas. O principal

Os principais destaques da Agrale ficaram por conta dos novos modelos da linha 500 e do trator 5105, de 105cv de potência

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Fotos Cultivar

A LS Tractor levou sua linha completa de tratores para a Agrishow, mas um dos principais destaques ficou por conta do modelo Plus 100C, que vem equipado com motor Tier III

A Jacto deu destaque para seu principal lançamento em 2014, a nova versão da adubadora Uniport 3000 NPK com 15 linhas agora para aplicação em algodão e grãos

A Jan lançou durante a Agrishow o Lancer Maximus 25000 Multidistribuidor acoplado a caminhão

O grande destaque da Pla ficou por conta do Pulverizador Autopropelido 3500F

destaque ficou por conta dos novos modelos da linha 500 e o trator 5105, de 105cv de potência. O modelo Agrale 5105 conta com novo design, capô basculante, motorização turbo MWM de 105cv de potência e transmissão 10x2 de série com opcionais 12x12 com inversor de marchas e 20x4 com super-redutor, direção escamoteável e telescópica; ampla plataforma de operação, além de sistema hidráulico de alta vazão com válvula de vazão contínua de série. Já a linha 500 de tratores Agrale vem com novo design e capô basculante, com acesso para as manutenções diárias e periódicas; motorização MWM; transmissão totalmente sincronizada, com inversor de marchas 10x10 de série ou 15x15 como opcional, com inversor e super-redutor.

LS TRACTOR

A LS Tractor levou sua linha completa de tratores para a Agrishow, mas um dos principais destaques ficou por conta do modelo Plus 100C, que vem equipado com motor Tier III, controle remoto com três pares de válvulas e dois pares para implemento dianteiro. A alavanca de marchas oferece uma troca suave e facilita a operação, além de ser possível acionar a TDP e tração dianteira com apenas um toque. No posto de comando, é possível alterar o ângulo de inclinação do volante com o painel para uma

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melhor visibilidade. O Plus 100C oferece o raio de giro 55°, proporcionando um raio de giro de apenas 3,25 metros. A LS também apresentou os sistemas de financiamento LS Finance e o Consórcio LS.

JACTO

A Jacto deu destaque para seu principal lançamento em 2014, já apresentado em outras feiras, a nova versão da adubadora Uniport 3000 NPK com 15 linhas agora para aplicação nas culturas de algodão e grãos. A nova máquina, que alcança uma produtividade de 220ha/dia, apresenta um vão livre de 1,25 metro e permite aplicações mais tardias, facilidade de calibração e ajuste da dosagem. Outro destaque foi o Sensor de Refletância Otmis 6200, que pode ser instalado na adubadora. O equipamento tem seu funcionamento partindo do princípio de que propriedades espectrais das folhas das plantas são alteradas pela deficiência de nitrogênio, possibilitando a fertilização nitrogenada a partir da refletância de determinados comprimentos de ondas de luz captadas pelo sensor Otmis GS 6200 localizado próximo ao dossel das plantas. Este equipamento possibilita fazer em tempo real a coleta das informações, processar as informações considerando os algoritmos desenvolvidos especificamente para cana-de-açúcar e

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aplicar a taxa variável.

JAN

A Jan lançou durante a Agrishow o Lancer Maximus 25000 Multidistribuidor acoplado a caminhão. O equipamento é destinado a aplicar corretivos e fertilizantes sem a perda da qualidade nas operações. Com este equipamento, é possível percorrer a área de aplicação em uma única vez para a aplicação de calcário e gesso e outra para aplicar fósforo e potássio, no pré-plantio. O equipamento trabalha com dois depósitos independentes de produto com controle de taxa variável, que pode ser diferente uma da outra.

PLA

A Pla do Brasil deu destaque para vários produtos das linhas de pulverização e fertilização. O grande destaque ficou por conta do Pulverizador Autopropelido 3500F, equipado com barra de fibra de carbono que ultrapassa os 32 metros convencionais e atinge 36 metros de largura, tecnologia inovadora utilizada também na Fórmula 1. As barras com esta tecnologia possuem propriedades que garantem maior rigidez, leveza e resistência a impactos. Seu motor é de 218cv, tanque de combustível de 454 litros, chassi Power flex de três níveis, suspensão


a ar independente nas quatro rodas, altura de 3,2 metros e largura de quatro metros. Outro destaque é o distribuidor de fertilizantes sólidos Pegasus 4.6 com motor Mercedes Benz e 218cv, transmissão hidrostática Sauer Danfos 4x4 e capacidade de carga de 4,6 metros cúbicos de produtos que podem ser aplicados a uma largura de 14m a 36m.

KUHN MONTANA

Após a aquisição da Montana, feita pelo grupo francês Kuhn, a empresa já montou seu estande com novas cores e logotipos. Para esta edição da Agrishow, a Kuhn Montana destacou o Parruda Stronger, que apresenta vão livre de 1,80m, linhas de alimentação das barras bem dimensionadas, válvulas de seção nas barras, painel de controle com válvula proporcional elétrica e auxiliar manual, range de aplicação ampliado, pneus radiais de maior diâmetro e altura, que absorvem irregularidades e molas pneumáticas de maior capacidade que absorvem mais impactos. O Parruda Stronger destaca-se também por apresentar o menor consumo de combustível da categoria, maior capacidade de rampa e rendimento operacional.

SEMEATO

A Semeato levou suas principais linhas de

semeadoras e plantadeiras de plantio direto para a Agrishow 2014. O destaque neste ano foi a semeadora múltipla SSM 33 VS, que passou por um processo de reengenharia e teve aprimorado seu projeto para aumentar a eficiência na implantação das diferentes culturas. As principais alterações da SSM 33 VS são os novos reservatórios de semente e adubo em polietileno rotomoldado, que garantem maior durabilidade e resistência, e o sistema Vacuum System para distribuir com precisão sementes de soja, milho, algodão, sorgo, feijão entre outras culturas denominadas grãos graúdos.

BALDAN

A Baldan Implementos Agrícolas apresentou na Agrishow a Semeadora de Precisão SP Giga Air, nas séries com 22, 34 e 42 linhas, com exclusiva caixa de engrenagens a banho de óleo, de troca rápida, com 62 combinações de velocidades para regulagem de distribuição de sementes. A SP Giga Air possui sistema de turbina de fluxo contínuo com regulagem independente do sistema de vácuo através de válvula centralizada e dosador pneumático com câmara de vácuo rotativa, que elimina o desgaste dos componentes e dispensa o uso de ferramentas para o manuseio. Ela possui também sistema eletrônico para controle individual

ou sincronizado dos módulos de plantio, além de sistema de embreagem eletromagnético para corte de seção em manobras.

LANDINI

A Landini destacou tratores das suas cinco linhas existentes no Brasil: LandPower, TechnoFarm, LandForce, Rex e Mistral. O destaque principal ficou por conta do LandPower 165, cabinado, com motorização FPT de injeção direta Tier 3 com turbo intercooler e seis cilindros, que atinge os 157cv de potência. Esta linha vem com transmissão SpeedSix com reversor 18x18, mecânico sincronizado e bloqueio do diferencial traseiro eletro-hidráulico TwinLock e superredutor 36x36. O acionamento da tomada de força é eletro-hidráulico, com duas velocidades 540/1.000rpm. O levantamento hidráulico é com comando mecânico com capacidade de levante de 8.400kg.

GSI

A GSI participou da Agrishow 2014 com sua linha completa de equipamentos para a produção de proteína animal (PAN) e armazenagem de grãos. Na linha de armazenagem de grãos, um dos destaques foi a Rosca Varredora Automática - Série X, que atende a necessidade de maior capacidade para a descarga de grãos

Para esta edição da Agrishow, a Kuhn Montana destacou o Parruda Stronger, que apresenta vão livre de 1,80m

O destaque da Semeato neste ano foi a semeadora múltipla SSM 33 VS, que passou por um processo de reengenharia e teve aprimorado seu projeto

A Baldan Implementos Agrícolas apresentou na Agrishow a Semeadora de Precisão SP Giga Air, nas séries com 22, 34 e 42 linhas

A Landini destacou tratores das suas cinco linhas existentes no Brasil: LandPower, TechnoFarm, LandForce, Rex e Mistral

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Fotos Cultivar

A GSI participou da Agrishow 2014 com sua linha completa de equipamentos para a produção de proteína animal (PAN) e armazenagem de grãos

quando do esvaziamento final dos silos, principalmente, em silos de grande porte. Outro produto neste mesmo segmento destacado foi o Hi-Flight, que transporta grãos por corrente projetado, principalmente, para diminuir o tempo na descarga dos grãos em moegas de recebimento. Já o PortableDryer, ainda na linha de armazenagem, é um secador compacto, com possibilidade de ser mudado de lugar.

MARINI

A Marini participou da Agrishow 2014 e apresentou como destaque os aros especiais para pulverização. Os aros possuem configuração para os pneus traseiros com medidas de 270/95/54 e 320/90/50 e para os dianteiros 12.4x38 e, ainda, 12.4x36, que permitem ao trator trabalhar numa maior altura em relação ao solo, evitando, assim, o amassamento da planta e garantindo maior produtividade na lavoura.

METALFOR

Durante a Agrishow 2014 a Metalfor mos-

A Marini apresentou como destaque os aros especiais para pulverização

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A Metalfor mostrou a sua linha completa de pulverizadores autopropelidos completando neste ano todas as opções de equipamentos 4x4

trou a sua linha completa de pulverizadores autopropelidos completando neste ano todas as opções de equipamentos 4x4. Durante a feira ocorreu o lançamento do modelo Futura 2200 AB 4x4, o menor da linha com barra de 25 metros, tanque de produto de 2.200 litros, rodado 12.4x36 e motor de seis cilindros 152hp. Completando os modelos deste segmento, a Metalfor apresentou o Multiple 3000 AB 4x4 e o Multiple 3200 AB 4x4, ambos com motorização de seis cilindros de 234hp e barras de 28 e 32 metros.

BANJO

A Banjo Corporation, especializada no desenvolvimento de peças plásticas, polipropileno enriquecido com fibra de vidro, participou da Agrishow 2014. Durante a feira, disponibilizou vários de seus produtos, como as bombas em aço inoxidável e ferro fundido e as conexões roscadas, que vão de ¼ de polegada até quatro polegadas. A Banjo fabrica também peças flangeadas que eliminam vários problemas causados por roscas mal conectadas, como vazamentos e

A Trelleborg teve como destaque a apresentação do pneu com a tecnologia Progressive Traction

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trincas das conexões.

TRELLEBORG

A Trelleborg esteve presente na Agrishow 2014 e teve como destaque a apresentação do pneu com a tecnologia Progressive Traction, lançada na Agritechnica 2013, em Hanôver, na Alemanha. A nova banda do pneu Progressive Traction é caracterizada pela garra dupla especial, que trabalha o solo em diferentes tempos, realizando progressivamente maior tração, em caso de necessidade. As garras duplas também proporcionam ao pneu maior capacidade de flutuação, assegurando distribuição uniforme da pressão sobre sua área de contato.

MIAC

A Miac apresentou na Agrishow 2014 o protótipo da colhedora de mandioca modelo Maniva2 LR. A colhedora vem equipada com sistema hidráulico independente do trator para acionar os mecanismos de colheita e de eliminação da cepa. Está projetada para colher duas linhas de mandioca utilizando um trator

A Geo Agri, com sua linha de produtos para a AP, destacou a tecnologia WeedSeeker

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A Banjo mostrou as bombas em aço inoxidável e ferro fundido e as conexões roscadas, que vão de ¼ de polegada até 4 polegadas

de 80cv com duas válvulas de controle remoto. Além de eliminar a cepa da mandioca, a colhedora possui rodas esterçantes para facilitar os acabamentos de colheita e dispositivo para ensacar em sacos tipo Bags.

JUMIL

A Jumil levou para a Agrishow seu amplo portfólio de produtos, tendo como novidades o Sistema Easy Tech, a Colhedora de Forragem JMCF 3000 e a Colhedora de Milho JM 370 G. O Sistema Easy Tech, destaque da feira, é um controlador desenvolvido pela Jumil para ser acoplado às plantadoras que trabalham especialmente em áreas com dificuldade de acesso ao GPS e regiões com dificuldade de mão de obra qualificada. Além disso, com a nova tecnologia, foi possível substituir catracas, esticadores e correntes da transmissão de adubo e sementes por componentes elétrico-hidráulicos, com regulagens mais simples.

GEO AGRI

A Geo Agri participou da Agrishow 2014 com sua linha de produtos para a agricultura de precisão, destacando a tecnologia WeedSeeker. Este sistema utiliza um avançado sensor óptico eletrônico que determina se na região analisada há planta. O WeedSeeker controla a

A Verion apresentou sua ampla linha de produtos para a AP

A Miac apresentou o protótipo da colhedora de mandioca modelo Maniva2 LR

pulverização para atingir apenas plantas verdes, não pulverizando o solo nu. É utilizado no controle de plantas daninhas em pulverização para dessecação, pulverização em áreas não aradas, pulverização parcelada, pulverização em pré-plantio e controle pós-colheita. O sistema possui uma válvula solenoide que procede com a pulverização localizada na região onde o sensor detecta a presença de uma planta verde. O WeedSeeker também pode ser utilizado para controle de invasoras ao longo de rodovias, estradas de ferro, pistas de aeroportos, estacionamentos, parques e trilhas para caminhadas.

VERION

Durante a Agrishow 2014, a Verion Agricultura apresentou sua ampla linha de produtos para a agricultura de precisão, tendo como principal lançamento o Piloto Automático Elétrico. O novo sistema facilita a instalação e a transferência para outras máquinas e também proporciona uma redução dos custos. Também fez parte do portfólio de produtos o novo computador para Agricultura de Precisão, o Vcom 7.0, e uma linha completa de componentes válvulas e bombas para pulverização.

AGRES

A Agres, empresa do mercado de agri-

A Agres, empresa do mercado de AP, participou mostrando para clientes e visitantes da feira a reformulação da sua marca, o slogan e os materiais institucionais

cultura de precisão, participou da Agrishow 2014 mostrando para clientes e visitantes da feira a reformulação da sua marca, o slogan e os materiais institucionais. Durante a feira foi demonstrada a sua linha produtos, que atendem todas as etapas do ciclo da produção agrícola. No preparo do solo, foi destaque o Sistema Agronave, que atende às necessidades físicas e químicas do solo, através de mapas de aplicação, garantindo que cada fração do solo receba a quantidade de adubo necessário, além de utilizar a aplicação em taxa variável para reduzir o desperdício de insumos. Para a etapa do plantio e cultivo, a empresa disponibiliza piloto automático, desenvolvido para reduzir sobreposições e falhas entre as linhas de plantio, além de facilitar operações noturnas.

AGRIMEC

A Agrimec deu destaque para a Plaina Niveladora Multilâminas Robust 800. Direcionada para tratores com potência a partir de 350cv, cobre uma área de trabalho de até 8,5 metros por vez. Entre as vantagens do implemento estão a realização de dois serviços na mesma operação como o preparo mínimo superficial e o aplainamento do solo.

A Agrimec deu destaque para a Plaina Niveladora Multilâminas Robust 800

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Valtra lança colhedora Classe VIII

A Valtra destacou na Agrishow 2014 os tratores cabinados série A, o trator esteira Challenger MT775E e a Colheitadeira BC 8800. Para complementar os serviços disponíveis ao produtor brasileiro, a marca apresentou também o FuseContact Center, desenvolvido para ajudar o cliente com configuração, ajustes e operacionalização da agricultura de precisão. Na família de colheitadeiras axiais da marca, a Valtra apresentou a BC 8800. Entre as principais características da máquina está o sistema de limpeza de grãos multiestágios. O equipamento direciona o fluxo de ar, suportado por um ventilador de grande capacidade que amplia a velocidade do vento e o direciona para uma saída acima da peneira de pré-limpeza, eliminando tudo que não for grão. A tecnologia de pré-limpeza acompanha toda a extensão do

processador TriZone. Outro fator importante da nova colheitadeira é que o diâmetro do caracol de grãos limpos foi ampliado, incrementando em 60% o fluxo de grãos. A BC 8800 é equipada com sistema de resfriamento V-Flow, desenvolvido para remover automaticamente palhas e resíduos da colheita, diminuindo a necessidade de paradas para limpeza da máquina. Entre os grandes diferenciais do modelo está o projeto em H do sistema de suporte dos côncavos, que permite que qualquer um dos 12 côncavos possa ser trocado por apenas uma pessoa. Este novo sistema conta com suspensão por molas, oferece mais proteção à máquina contra sobrecargas ou entradas de elementos estranhos. A colheitadeira é equipada com motor AGCO Power de 9,8 litros e sete cilindros em

A Valtra destacou o trator esteira modelo Challenger MT775E, que possui potência de 450cv

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linha e é produzida com os principais itens AGCO de agricultura de precisão. A máquina está preparada para absorver opcionais como o AGCOMmand, equipamento de telemetria que monitora máquinas a distância; o monitor de produtividade Fieldstar II, sistema de mapeamento de produção e piloto automático AutoGuide 3000. No segmento de tratores, os destaques ficaram para os da linha leve: série A Geração II, série A Fruteiro e série A Geração II Cabinado. Os lançamentos da série A Geração II, nas versões A650 (66cv), A750 (78cv), A850 (85cv) e A950 (96cv), apresentam sistema de injeção com bomba de linha e novo sistema de fixação dos radiadores com trilhos, que facilita as limpezas periódicas. A linha também possui coluna de direção regulável, com ajustes de altura e profundidade. A maior novidade da série A Geração II é a versão cabinada que foi apresentada exclusivamente na Agrishow. Já a série A Fruteiro vem agora com quatro modelos: A650F (66cv), A750F (78cv), A850F (86cv) e A950F (95cv). A plataforma do trator é totalmente plana e possui alavancas laterais, que facilitam a operação. A nova série chega com quatro opções de transmissão sincronizada, três opções de velocidades de TDP e válvula de fluxo constante de até 40 litros por minuto. Na linha pesada, o destaque da marca foi o trator esteira modelo Challenger MT775E, que possui potência de 450cv (potência máxima de 437cv), sistema Mobil-Trac, que reduz o índice de patinagem em 10% devido à grande área de contato das esteiras com o solo, o que auxilia a reduzir a compactação do solo. O Challenger é indicado para uso nas operações de preparo de solo e plantio de grãos.

No segmento de tratores, os destaques ficaram para os da linha leve: série A Geração II, série A Fruteiro e série A Geração II Cabinado


Case IH lança novos modelos da série Farmall Entre os destaques da Case IH na Agrishow 2014 está a linha de tratores Farmall, com três novos modelos lançados na feira. Projetados para trabalhos pesados, os tratores fornecem potência nominal e desempenho, de 110cv com o Farmall 110A, de 120cv com o Farmall de 120A e 130cv com o Farmall 130A. Os modelos são equipados com três opções de transmissões mecânicas e hidráulicas nas variações 8x8 mecânica, 8x8 com reversor elétrico-hidráulico e 16x8 com reversor elétrico-hidráulico com opção high-low (seleção de duas velocidades em cada marcha). Os novos modelos são equipados com motores turbo de quatro cilindros (4,5L). Projetados com bombas de alta vazão e um levante de grande capacidade, o sistema hidráulico oferece bomba padrão de 80L/ min e opcional de 100L/min, que alimentam toda parte hidráulica do motor, chegando a uma capacidade de força no levante de 3.950kgf. Possui tomada de força (PTO) de duas velocidades, 540 e 1.000rpm. Outro destaque da marca na feira foi a colheitadeira Axial-Flow 9230, assim como as plataformas Drapers 3162 de 35, 40 e 45 pés. Projetada para colher 80 tipos de grãos, em diferentes condições, a linha é a evolução das axiais série 20. A 9230 já é projetada para trabalhar com a plataforma Draper 3162 de 45 pés, que também foi um dos principais lançamentos da marca na feira. A nova Axial-Flow 9230 chega ao mercado com novo motor Case FPT (Fiat Powertrain Technologies), de 13 litros, com potência nominal de 510cv e potência máxima de 570cv.

As Axial-Flow 8230 e 7230, atualizações dos modelos 8120 e 7120, também estiveram disponíveis para os visitantes da feira. A Axial-Flow 8230 também ganhou um novo motor de 13 litros, com potência nominal de 455cv e potência máxima de 516cv. Já a Axial-Flow 7230 vem com motor de nove litros e com potências nominal e máxima de 388cv e 448cv, respectivamente. O tubo de descarga foi prolongado de 7,3m para 7,7m, para viabilizar o trabalho das novas plataformas. Toda a linha de série 230 vem com sistema de acionamento Power Plus CVT (Trans-

A linha Farmall A, lançada durante a feira, vem com motor turbo de quatro cilindros 4,5L e três opções de transmissão

missão Continuamente Variável), que consiste em um componente que utiliza um acionamento via CVT específico para o rotor e outro específico para o alimentador e a plataforma de corte. Em agricultura de precisão, a antena 262 foi substituída pela antena 372, que se comunica com os satélites da Nasa, assim com os Glonass (russos). Além da maior cobertura de satélites, a antena possui sinais RTK e RTX, sendo o último uma correção de sinal que não necessita de comunicação via rádio para correção do sinal.

A série Puma, já lançada em eventos anteriores, foi o destaque da Case IH na linha de tratores de médio porte

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Nova colheitadeira e tratores Dyna-4

A Massey Ferguson destacou na Agrishow 2014 a colheitadeira axial MF 9895; o lançamento da plantadeira MF 500 Pneumática e o novo conceito em tratores Dyna-4. Além disso, a marca anunciou o FuseContact Center, estratégia de conectividade voltada à agricultura de precisão. Já na linha de colheitadeiras, a Massey lançou a MF 9895, que possui taxa de descarga de grãos de 150 litros por segundo. A máquina vem equipada com motor AGCO Power, capaz de entregar até 510cv de potência e com novo rotor “Trident”, que oferece maior processamento sem sacrificar qualidade de grão. O sistema de limpeza é estratificado, o que torna desnecessário o aumento da área

das peneiras. Outra característica é o sistema de arrefecimento denomidado “V-Cool”, que elimina a necessidade de manutenções diárias, diminuindo o número de paradas. O radiador do motor, do ar-condicionado e do sistema hidráulico e o intercooler estão organizados em formato de V, que permite a passagem do fluxo de ar, circulando através de cada radiador. Como o ar para o motor é retirado desta área V-Cool, os filtros têm maior vida útil. A máquina também limpa automaticamente a tela do sistema de arrefecimento durante a colheita, devido ao ventilador de limpeza reversível do V-Cool. A MF 9895 pode ser equipada com sistema de agricultura de precisão Fieldstar II, sistema

No segmento de tratores, a Massey Ferguson lançou o conceito Dyna-4, que traz para linhas menores o mesmo tipo de transmissão utilizado em modelos maiores

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de telemetria desenvolvido pela AGCO – o AGCOMmand, e opção de piloto automático AutoGuide 3000. A Massey Ferguson também destacou a nacionalização da plataforma de corte de grãos Draper DynaFlex 9250, que equipa as colheitadeiras axiais MF 9690 e MF 9790 ATR II. A plataforma possui sistema de acionamento da barra de corte por cardã, fornecendo mais torque em relação aos sistemas convencionais por correia. Os ajustes da barra de corte podem ser realizados de dentro da cabine, permitindo regulagens de altura de corte e pressão sobre o solo. As plataformas estão disponíveis nas seguintes dimensões 25’ (7,6m), 30’ (9,10m), 35’ (10,6m) e 40’ (12,7m). Outro destaque da marca foi o novo conceito de tratores Dyna-4, que objetiva a disponibilização da mesma operacionabilidade das transmissões de máquinas de alta potência, a máquinas de média potência. A nova série de tratores Dyna-4 conta com modelos de 110cv, 120cv e 130cv. O câmbio semiautomático Powershift elimina a necessidade do uso do pedal da embreagem para troca de marchas e/ou reversão do movimento frente e ré. A transmissão possui 16 marchas, com um escalonamento que o capacita a fornecer a velocidade necessária para a atividade em curso. A plantadeira MF 500 Seed, também destaque na feira, passa a ser disponibilizada com dosadores pneumáticos de sementes para os produtores brasileiros. Disponível nas versões de nove a 17 linhas, e até 34 linhas em tandem, as máquinas da série Seed foram desenvolvidas para os agricultores que preferem fazer adubação antecipada.

Na linha de plantio o destaque foi a MF 500 Seed, disponibilizada com dosadores pneumáticos de sementes e com versões de 17 a 34 linhas


John Deere apresenta nova colhedora Série S

O principal destaque da John Deere na Agrishow 2014 foi a série S de colheitadeiras. Os modelos S540, S550, S660, S670 e S680 possuem nova cabine, que permite visão ampla das laterais da máquina e da plataforma, e no monitor de controle CommandCenter pode ser acionada a tecnologia HarverstSmart, que regula automaticamente a velocidade da operação. Outro diferencial da série é o Sistema Interativo de Ajuste, que oferece sugestões para diminuir a perda e aumentar qualidade de grão ou condição de palha. Todas as adequações podem ser feitas de forma automática, aceitando as recomendações da máquina. Os modelos

ainda contam com transmissão automática ProDrive, que não necessita de troca de marchas em velocidade de até 40km/h, sistema de limpeza DF3, que retira a película do grão e diminui a entrada de detritos, e a nova plataforma de corte Hydraflex Draper de 30 pés, que aumenta o leque de opções do produtor, já familiarizado com os modelos de 35 e 40 pés. Para atender as necessidades do produtor na hora do plantio, a John Deere apresentou a nova plantadeira da série DB, que possui linhas pantográficas que copiam de forma mais eficiente o terreno, indicada para as mais diversas topografias. Possui sistema de taxa variável, permitindo o controle automático da dosagem

de sementes e o sistema RowCommand, que maximiza o uso dos recursos do plantio. Na linha de tratores da marca, a JD destacou os tratores médios da Série 6J – 6110J, 6125J, 6130J, 6145J, 6165J, 6180J, indicados para longas jornadas de trabalho. O estande John Deere também exibiu a Série 7J – 7195J, 7210J e 7225J -; a Série 8R – 8295R e 8335R – e o trator Série 9R, modelo 9460R. Outro destaque na linha de tratores foi o utilitário cabinado da Série 5E de quatro cilindros. O modelo 5078E pode ser financiado pelo programa Mais Alimentos, do Ministério do Desenvolvimento Agrário, e os modelos 5085E e 5090E pelo Finame.

Enfardadora BigBaller e tratores Séries T6 e T7 .M

Durante a Agrishow 2014, a New Holland destacou as linhas T6 e T7 de tratores. A linha T6 de tratores de média potência é composta por três modelos, T6.110, T6.120 e T6.130, com 112, 123 e 134cv, respectivamente. As máquinas apresentam três opções de transmissão: 8x8 com reversor mecânico, 8x8 e 16x8, ambas com reversor hidráulico e Hi-Lo. A família T6 vem equipada com farol “cateyes”, que facilita o trabalho noturno ao operador. Os tratores também possuem a opção de bomba hidráulica de até 100 litros/min e

retorno livre, que facilita na operação de plantadeiras. Os modelos têm como opção sistemas hidráulicos de até três válvulas remotas. A linha possui tomada de força de 540/1.000rpm, terceiro ponto e barra de tração dimensionados para qualquer implemento. Por fim, disponibiliza opções de rodados single e dual, e agricultura de precisão. A linha T7 de tratores possui três modelos na versão mecânica e três modelos na versão semi-powershift, que possibilita trocas automáticas de marcha. As principais características

desta linha são as tecnologias de transmissão, agricultura de precisão com Intellview IV (computador de bordo) e piloto automático. No segmento de enfardadoras, a New Holland apresentou a Big Baler 1290, indicada tanto para produção de feno e pré-secado, quanto para recolhimento de palha da canade-açúcar. Os fardos possuem dimensões de 120 x 90cm, podendo chegar a 2,50m de comprimento. O novo design do sistema de alimentação MaxiSweep otimiza o fluxo e .M aproveita o máximo da colheita.

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mundo máquinas

A

Para baixo ou para China?

disciplina chinesa rege também a economia do país. É notável o crescimento econômico e a possibilidade da segunda maior do mundo ir ainda mais para cima. Na edição de 3 de maio, do The Economist, a reportagem “The dragon takes wing” mostrou isso. Pelo resultado do Programa Internacional de Comparação, que avalia os produtos dos países não pela taxa de câmbio oficial, mas pela paridade do poder de compra, a taxa de câmbio yuan/dólar deveria ser 20% maior. Considerando esse valor para compararmos os dois países, a China deverá superar os Estados Unidos como a primeira economia do mundo ainda este ano. O rumo da economia da nação mais antiga continua sendo o grande assunto dos economistas e daqueles que fazem políticas públicas. Está sempre em pauta quando discutimos competitividade, indústria brasileira, commodities, entre outros. Em outubro do ano passado escrevi um artigo para esta revista, edição 134, “Adam Smith e o livre comércio”, sobre os governos da China moderna que transformaram o país em uma formidável máquina de manufaturas. Por uma constante e bem planejada série de investimentos e a partir de uma base enorme de mão de obra, uma mentalidade de harmonia e uma taxa de poupança inigualável, os políticos chineses criaram a China de hoje. A China não para e está, cada vez mais, se reinventando. Além de uma incrível infraestrutura, também está investindo pesado em pesquisa e desenvolvimento. No site do National Science Foundation, uma agência independente dos Estados Unidos, temos acesso a um interessante levantamento sobre o investimento feito em 2011. O país tem investido dez vezes a mais do que toda a América Latina e tem um número de pesquisadores igual ao dos Estados Unidos e da Europa. Além disso, dados do Thomson Reuters, que consideram todos os trabalhos indexados pela Web of Science, nos mostram que a produção científica de papers chineses saltou de 48 mil artigos em 2003 para 179 mil em 2012.

Esse investimento em pesquisa e desenvolvimento da China está mudando o foco em manufatura (de produtos mais simples copiados até os mais elaborados) para a produção de conhecimento. Essa mudança, de manufatura para conhecimento, aconteceu antes no Japão e na Coreia do Sul – dois países que, em momentos diferentes, tiveram um crescimento de sua indústria muito forte - a Coreia em tempos mais recentes e o Japão há duas décadas. Ambos fizeram essa transição. A Coreia está crescendo a uma taxa entre 3,5 e 4% ao ano (previsão de 2014) e, mesmo considerando um quadro de estagnação do Japão, muito em função de sua demografia, estamos falando de uma economia que, depois de perder uma guerra, se tornou o segundo PIB mundial (mas perdeu essa posição há pouco tempo para a China). Como essas mudanças ocorrem devagar e ao longo de um tempo, isso significa que a diferença da nossa performance em relação à China deve crescer. Essa é a grande questão que pesa sobre nossa política industrial (se o governo deve ser ativo ou não, onde tem que atuar, entre outros assuntos). Uma coisa é certa, deixando tudo da maneira que está, essa fragilidade da nossa economia, quando comparada com a chinesa, ainda vai aumentar. Não precisamos ir muito longe para ver a falta de competitividade do Brasil. Olhem só o que aconteceu com a Argentina, nosso vizinho, que faz parte de uma união aduaneira com o Brasil (ou seja, teoricamente onde deveríamos ser supercompetitivos). Estudos da CNI (Confederação Nacional da Indústria), realizados a pedido da Folha de São Paulo, apontam que, nos últimos dez anos, enquanto que a participação do Brasil no total das importações da Argentina caiu de 36 para 25%, a China triplicou a sua participação de 5 para 18%. Isso é resultado de uma política industrial direta do governo chinês – política fortemente ativa baseada em atuação estatal e muitos subsídios. Nesse artigo não vamos discutir política industrial. No entanto, é preciso deixar claro e repetir, quantas vezes forem necessárias, que o Brasil precisa se mexer imediatamente. O Estado precisa exercitar o seu cérebro e sua musculatura;

Milton Rego é engenheiro mecânico e economista, especialista em gestão. Atua na área de máquinas agrícolas e de construção desde 1988. Atualmente, é diretor de Comunicação Corporativa e de Relações Externas da CNH Industrial, vice-presidente da Anfavea e da Câmara Setorial de Máquinas Rodoviárias da Abimaq. É responsável pelo Blog do Milton Rego, que aborda os mercados de máquinas agrícolas e de construção: www. blogdomiltonrego.com.br

aumentar o investimento (a Formação Bruta de K Fixo), diminuir as suas ineficiências, tornar a indústria brasileira (seus produtos e serviços associados) mais competitiva. Como contra-argumento, poderiam dizer que uma diminuição do papel da indústria é natural, como aconteceu na Europa e nos Estados Unidos, por exemplo. Só que isso está acontecendo também no Brasil, sem desenvolvermos as nossas potencialidades. Estamos ficando velhos sem enriquecer. O que acontecerá em dez anos? Essa é a questão. Vai ano, vem ano e algumas perguntas permanecem: que país queremos ser? Iremos para cima ou para baixo? .M

No entanto, é preciso deixar claro e repetir, quantas vezes forem necessárias, que o Brasil precisa se mexer imediatamente

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