Dakar
Com projeto que vai de 46 a 106 linhas de plantio, a Dakar inova na semeadura de sementes de inverno, apresentando muita qualidade de trabalho e precisão na deposição de sementes
Depois de testar as três semeadoras de precisão da Horsch, a Maestro Duo em Terenos, no Mato Grosso do Sul, a Maestro Evolution em Barreiras, na Bahia, e a Maestro Kompass na Fazenda Experimental Gralha Azul, na região metropolitana de Curitiba, completamos o portfólio de semeadoras da Horsch com o modelo Dakar 18NT no Rio Grande do Sul.
Diferentemente das semeadoras da linha Maestro, esta máquina é direcionada à semeadura de grãos pequenos e a altas densidades de plantio. Vale destacar que a Horsch separa suas máquinas semeadoras
pelo tipo de sementes que aplicam, por exemplo, para as sementes pequenas como das culturas de inverno (trigo, cevada etc.) e plantas de cobertura, desenvolveu-se a linha de semeadoras Dakar, e para as culturas de verão, ou sementes graúdas, como a soja, o milho e o algodão, desenvolveu-se a linha de semeadoras Maestro.
Embora fabricada no Brasil, a Dakar apresenta alguns componentes de modelos oferecidos na Alemanha. De acordo com o fabricante, através do projeto de tropicalização, 90% da máquina passou a ser produzida no país com exceção dos componentes elétricos (sensores e cabos), rodas de fechamento do
sulco e o sistema de engate da semeadora. Logo, toda a parte estrutural é de origem brasileira. As principais diferenças entre o projeto alemão e o brasileiro estão na linha de semeadura. No Brasil, utiliza-se o sistema pantográfico, devido à quantidade de palha e aos restos culturais presentes nas áreas agrícolas, e o sistema hidráulico de pressionamento individual da linha, responsáveis por aumentar a adaptação ao terreno e controlar a profundidade da deposição das sementes.
Já comentamos em oportunidades anteriores que a Horsch introduziu produtos na Alemanha a ponto de mudar a forma de se pensar a agricultura e, principalmente, o ma-
nejo do solo naquele país. Com experiência e inovação, a Horsch incrementou a prática de manejo conservacionista, propondo máquinas que diminuíssem a movimentação do solo e o preparo intensivo, tradicional em países europeus. Os equipamentos de manejo reduzido, como o Joker RT, recentemente lançado no Brasil, trouxeram uma nova cara à agricultura, reduzindo operações e intensidade, além de economizar combustível e melhorar as condições dos solos. Portanto, comparando o portfólio da Horsch na Alemanha com o de outras empresas tradicionais é possível observar este perfil conservacionista. A própria história da criação da marca tem forte influência norte-americana e baseia-se na agricultura sem arado.
Neste contexto, a Dakar é uma máquina especialmente projetada para trazer precisão a uma prá-
tica em que este princípio normalmente não era aplicado. Em geral, as máquinas utilizadas na semeadura de pastagens, plantas de cobertura e culturas de inverno são tecnologicamente inferiores e, portanto, menos precisas. São máquinas que semeiam em quantidades elevadas e com um fluxo contínuo de sementes, sem aplicação dos conceitos de singularidade e precisão no espaçamento entre sementes. Porém, a Dakar surgiu para modificar essa realidade, trazendo tecnologia e desenvolvendo um produto ímpar no mercado brasileiro.
A semeadora Dakar é uma máquina de grandes dimensões, comercializada no Brasil em duas versões, o modelo VF que é ofertado na largura de 8 m (46 linhas) e na largura de 10 m (60 linhas), ambas com espaçamento de 17 cm entre linhas. E o modelo NT, que é oferecido nas larguras de 12, 15 e 18 metros de trabalho, com 70, 88 e 106 linhas de
A movimentação da palha entre as linhas é facilitada por conta do projeto da máquina que prevê um desencontro de 65cm entre uma linha e outra
semeadura, respectivamente, espaçadas a 17 cm entre si. Assim, para a realização do Test Drive da Revista Cultivar Máquinas deste mês, testamos a semeadora Dakar 18NT composta por 106 linhas de semeadura, com espaçamento entre linhas de 17 cm, totalizando 18 metros de largura de trabalho.
Veículo, vagão ou tanque
Uma das principais partes da máquina é o veículo, também chamado de vagão ou tanque que contempla reservatório de fertilizantes, no qual estão colocados, sobre um robusto chassi, vários componentes importantes e onde se prendem as barras de plantio laterais.
O veículo foi todo desenvolvido para facilitar o engate, suportar os depósitos e conter todas as conexões, os dosadores e condutores de fertilizante e semente. É considerado um veículo porque, durante o deslocamento, as barras de plan-
tio laterais se fecham sobre ele, de modo que as dimensões da máquina na posição transporte permitam o seu deslocamento de maneira autônoma, sem a necessidade de caminhões especiais para o translado.
O cabeçalho de engate da máquina à barra de tração do trator é igual ao dos outros modelos da Horsch. Fabricado na Áustria, tem uma corrente de segurança e um macaco para apoio e regulagem da altura de engate. A conexão hidráulica utiliza três válvulas de controle remoto (VCR), sendo uma para cada turbina, uma dedicada à abertura, fechamento e levante das barras de plantio e o retorno livre. A conexão elétrica é feita por uma tomada padronizada, utilizada no sistema extra power, e responsável pela alimentação dos sensores.
Os depósitos de fertilizante e semente estão colocados em série, mais à frente encontra-se o depósito de fertilizante com capacidade para 4.500 kg, seguido pelo depósito
de sementes com capacidade para 4.000 kg, totalizando 8.500 kg para os modelos de semeadoras Dakar NT. Diferentemente das semeadoras de precisão da linha Maestro, que apresentam capacidade total de 9.000 kg. O acesso aos depósitos se faz por comportas separadas, dotadas de grades de proteção contra a entrada de objetos indesejados, que podem causar danos aos dosadores. Os depósitos são estanques, para a manutenção de pressão no seu interior, uma vez que a condução do fertilizante e da semente a partir deles se dá por meio de corrente positiva de ar. Na parte inferior dos depósitos estão colocados os sistemas dosadores, o dosador de sementes, com rotor duplo, acionado por dois motores hidráulicos, e o sistema dosador de fertilizante, também duplo, que utiliza o mecanismo de rotor acanalado, permitindo o desligamento de seções em ambos os casos.
Na lateral dos depósitos há uma ampla plataforma para a movimentação de pessoas durante a inspe-
ção e o abastecimento, com pega-mãos e grades de proteção, acessada por uma escada de cinco degraus.
Na parte traseira do vagão há um quadro onde são presas as barras de plantio (fertilização e semeadura) e de onde partem as quatro mangueiras responsáveis pela distribuição de sementes e adubo para cada lado da máquina. Neste quadro se verifica a presença de dois acumuladores de ar, que servem para, em trabalho, facilitar a flutuação das barras de plantio e sua adaptação ao terreno.
O vagão é suportado por dois rodados de medida 520/85 R42, sobre uma estrutura ajustável que permite a alteração da bitola, reduzindo-a para o transporte em 3,10 m e ampliando-a em 3,70 metros para o trabalho. Dois sensores em cada lado medem a posição da bitola e informam ao sistema para que, com o eixo fechado, se impeça a abertura das barras de plantio e o choque entre componentes.
Barras de plantio para fertilização e semeadura
As barras de plantio são as estruturas onde se agregam os componentes de abertura do sulco e deposição de fertilizante e semente. Neste teste pudemos ver as particularidades deste sistema e as diferenças entre os sistemas utilizados na Alemanha e os desenvolvidos para o mercado brasileiro.
Como a Dakar é um projeto derivado de máquinas produzidas na Alemanha, mas desenvolvido particularmente para o mercado brasileiro, apresenta diferenças marcan-
tes. A primeira delas é que na Alemanha se utiliza um sistema de articulação da linha pivotado, que serve muito bem para os terrenos preparados e bastante regulares quanto ao microrrelevo. Para o mercado brasileiro, onde se pratica a semeadura direta, com manutenção de toda a palhada e a rugosidade natural do terreno, acrescida daquela proveniente da passagem de outras máquinas, se optou por um sistema pantográfico, onde a liberdade de oscilação vertical da linha é maior.
Além deste sistema pantográfico, o fabricante incluiu uma diferença de comprimento entre linhas contíguas, um offset de 65 cm entre as linhas, ou seja, uma linha é mais curta que a outra. Visto que essa defasagem facilita a movimentação da palhada entre as linhas, evitando o embuchamento da máquina.
Como as barras de plantio são enormes em comprimento, foi projetado um sistema de transferência de peso do vagão para as linhas, por meio de pistões hidráulicos independentes e outros menores colocados em cada linha, responsáveis pelo pressionamento dessas contra o solo e pela regularidade da profundidade de semeadura. Esta força vertical (do-
wnforce) varia do mínimo de 82 kgf até ao máximo de 282 kgf. Além disso, para garantir ainda mais qualidade durante o processo de semeadura, o fabricante diferenciou a pressão aplicada à linha pelos pistões, em função do braço de alavanca gerado pelos diferentes comprimentos de linha. A transferência de peso se dá atra-
vés de pistões hidráulicos, os maiores aplicam 160 bar de pressão e servem para a abertura da barra de plantio, já os pistões menores, presentes em cada barra de plantio (um por barra), fazem pressão de 65 bar e proporcionam a manutenção da pressão ao longo da barra, com a flutuação ocorrendo pela
Todo o plantio pode ser monitorado pelo sistema de gerenciamento denominado I-Manager e também pelo sistema de telemetria Horsch Connect que permite acompanhar o trabalho de forma remotaAs torres de distribuição possuem divisores e mangueiras de menor dimensão que conduzem os fertilizantes até as linhas de semeadura
ação dos acumuladores de pressão. Para o operador a pressão na barra aparece individualmente, no monitor, para cada pistão colocado na linha de semeadura, em forma de porcentagem, ou seja, pressão zero é aquela aplicada pelo peso da própria linha, podendo ser incrementada até 100% com o limite de pressão
imposto pelos cilindros hidráulicos.
Na extremidade das barras foram colocados rodados com grande área de contato e apoio, na medida 550/60 – 22,5, e uma estrutura para a colocação de lastros metálicos nas pontas das barras de plantio, que no caso da máquina que testamos eram em número de oito com 35 kg cada.
Quando for necessário o recolhimento da barra, para o transporte e deslocamento, dois pistões colocados no quadro central do vagão farão o levantamento do quadro e outros dois cilindros hidráulicos recolherão as linhas para cima e depois para frente, em direção ao depósito, onde há um local específico para o apoio.
Na parte superior da barra de plantio estão colocadas oito torres de distribuição, sendo quatro de sementes e quatro de fertilizantes, distribuídas em quatro torres para cada lado do equipamento.
Sistema de fertilização
O sistema de aplicação de fertilizante é formado por dois dosadores centrais colocados no fundo do depósito, de onde o produto é conduzido por meio de corrente de ar gerada pelas turbinas até as torres de distribuição, que através de divisores e mangueiras de menor dimensão conduzirão o fertilizante até as linhas de semeadura.
Na linha de semeadura, um sulcador de disco duplo, de tamanhos diferentes, abre o sulco e deposita o fertilizante entre eles, enquanto duas rodas laterais fazem o fechamento do
O vagão que suporta todos os componentes da semeadora tem dois rodados, de
sulco. Há uma defasagem de 30 cm entre os sulcadores e as rodas de fechamento. Nos sistemas de disco duplo, tanto na fertilização como na semeadura, os discos apresentam 15 e 16 polegadas de tamanho.
Sistema de semeadura
Assim como ocorre com o fertilizante, as sementes também são conduzidas por uma corrente de ar proveniente das turbinas e as torres são encarregadas somente de dividir e distribuir a massa de produto entre as linhas de semeadura. Porém, a quantidade de ar aplicada pode ser alterada, para controlar a vazão de produto, por meio de difusores que limitam e direcionam a corrente de ar. São duas turbinas, uma para fertilizante e outra para sementes, que geram um flu-
xo de ar, conduzindo os produtos de dentro dos depósitos para o carregamento das torres de distribuição, com rotações que variam conforme a dose e insumo utilizados.
Durante o teste pudemos observar a movimentação da palha entre as linhas, facilitada pelo offset de 65 cm entre elas. Além disso, verificamos que o sistema de articulação pantográfico e as pressões realizadas pelos cilindros permitem o acompanhamento do terreno e, portanto, uma melhor regularidade na uniformidade da deposição das sementes, tanto em quantidade quanto em profundidade.
Nas laterais dos dois discos foram colocadas duas rodas de controle da profundidade, uma de cada lado, proporcionando ajuste preciso da profundidade de plantio, que é feito por meio da introdução de
um pino em orifícios. Cada posição combinada do pino e orifício representa a variação de 1 cm na profundidade. Logo, durante a realização do Test Drive, medimos a profundidade de deposição em torno de 4 a 5 cm.
Vale destacar que, cada uma das 106 linhas é identificada com um número, que se repete no difusor da torre, para facilitar ao operador, a fácil intervenção quando, no monitor, houver a informação de interrupção/obstrução de fluxo na linha. Todas as linhas têm seu sensor de presença, que informa ao sistema os problemas de obstrução ou falta de produto (sementes ou fertilizante).
Tecnologia e eletrônica embarcada
A máquina é dotada de um siste-
ajustável que permite a alteração da bitola, reduzindo-a para o transporte em 3,10 m e ampliando-a em 3,70 m para o trabalho
ma de gerenciamento denominado I-Manager, que faz o controle da semeadura, utilizando o padrão Isobus aberto e o Horsch Connect, que possibilita a telemetria da operação com acompanhamento remoto do trabalho executado. Para aqueles clientes que já possuem um monitor Isobus, a Horsch possibilita que ele use seu próprio sistema, habilitando-o a receber os sinais dos sensores da máquina. No caso da Sementes Aurora, onde realizamos o teste, o trator da marca Fendt tinha seu próprio sistema e utilizava os monitores Fendt para o controle de funções, tanto do trator como da semeadora Dakar.
O Horsch Connect é um sistema de telemetria, com conectividade via internet que reproduz uma tela de visualização do trabalho de campo, do local onde é utilizado e com acesso à internet em bandas disponíveis no local, sem necessidade de operadora de celular correspondente. Além de apresentar as informações dos sensores de cada linha (semente e fertilizante). A Horsch também oferece aos clientes o seu próprio monitor, padrão Isobus, denominado Monitor Touch 800.
Acompanhando o trabalho dentro da cabina pôde-se observar todos os parâmetros de funcionamento do trator e da máquina, indicando que a operação estava sen-
do realizada a 9 km/h, com rotação aproximada das turbinas de 3.500 rpm, além das vazões instantâneas de fertilizante (200 kg/ha) e sementes (135 kg/ha). Em um gráfico de barras verticais havia a indicação da porcentagem de força aplicada sobre as linhas de plantio.
Porém, o mais impressionante e útil, na nossa opinião, é o aplicativo fornecido pelo fabricante que proporciona o acionamento do dosador e a realização da simulação de uma regulagem para calibração do equipamento. Além da visualização remota, o aplicativo permite o controle/gerenciamento da má-
quina de fora do posto do operador, sendo possível, com este recurso, o acionamento dos dosadores e a simulação da regulagem.
Para acompanhar esta magnífica máquina, tivemos no campo a companhia de um trator da marca Fendt, modelo 942 Vario, adquirido pelo cliente para compor este conjunto mecanizado de alta tecnologia.
Considerações finais
Foi uma experiência muito positiva poder acompanhar e conhecer a campo esta máquina, durante a operação de semeadura de grãos
pequenos, com uma precisão semelhante à utilizada na semeadura de grãos maiores.
Entretanto, precisamos estar atentos quanto ao uso de novas tecnologias nas máquinas modernas, principalmente as que utilizam formas híbridas de potência, visto que a magnitude do consumo de potência hidráulica deve ser considerada para o dimensionamento do trator que vai tracionar e acionar a máquina. No passado, apenas a potência mecânica disponível na barra de tração era considerada e atualmente, nas máquinas modernas, deve-se considerar a potência hidráulica e inclusive a elétrica consumida, se for o caso.
Saímos muito impressionados com a opinião do cliente, manifestada pelo gerente de plantio, senhor Evandro Tramontini que, quando perguntado sobre a sua consideração sobre o trabalho da máquina, foi enfático em informar que as principais qualidades, ao seu ver, eram o excelente padrão de semeadura e a regularidade na quantidade de sementes aplicada, além da uniformidade de profundidade da deposição de sementes e fertilizantes. Para eles, que trabalham com produção de sementes, esta é uma exigência para a escolha das máquinas.
de articulação das linhas, que copiam bem o terreno, mesmo com a quantidade de palhada presente na área durante o teste. Logo, sua opinião é muito importante, uma vez que apresenta experiências com máquinas de outras marcas na fazenda.
Finalmente, destacamos a qualidade industrial do produto, que o qualifica como Premium em elementos de união, solda e acabamento. Já tínhamos nos impressionado com este detalhe nas máquinas da Horsch e aumentamos a satisfação por ser um produto fabricado e montado na nova fábrica de Curitiba (PR), com padrão de engenharia e mão de obra nacional.
Local do teste
O test drive da Horsch Dakar foi realizado na Fazenda Remanso, propriedade da empresa Sementes Aurora. Embora a sede e algumas áreas da empresa se localizem na cidade de Cruz Alta (RS), a fazenda onde estivemos está localizada no município de Tupanciretã. Acompanhamos a finalização da semeadura de trigo, operação-chave na produção de sementes de qualidade que estava sendo realizada a uma velocidade de 9 km/h, com uma taxa de 135 kg de sementes e 200 kg de adubo por hecta-
re. A área estava coberta com nabo, como planta de cobertura.
Em Cruz Alta está sendo inaugurada a loja do concessionário exclusivo Horsch Duaggro, que é a primeira loja da marca no estado do Rio Grande Sul. Há uma grande expectativa comercial, pois a loja é enorme e atende clientes exigentes por máquinas de qualidade.
Apoiaram-nos durante o teste Adriano Placotnik, que é operador de máquinas agrícolas das Sementes Aurora, Evandro Tramontini, que é gerente de plantio da empresa. Ademais, nos contaram que com este conjunto está sendo possível realizar a operação de semeadura de tri-
go com uma qualidade que supera as expectativas e muito superior ao que realizam as máquinas de outra marca que a propriedade utiliza.
Também, estiveram conosco os representantes da Horsch, Alan Pitol – consultor de pós-venda, Fernando Pockrandt, que é trainee no marketing da empresa, Lucas Bastos, da engenharia da fábrica, atuando como coordenador de validação, e o especialista de produtos e manejo de solo, Edir Nisczak, que esteve conosco em outros testes da marca.