Maquinas 42

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Do editor Grupo Cultivar de Publicações Ltda. CGCMF : 02783227/0001-86 Insc. Est. 093/0309480 Rua Nilo Peçanha, 212 96055-410 – Pelotas – RS www.cultivar.inf.br www.grupocultivar.com Direção Newton Peter Schubert K. Peter

Cultivar Máquinas Edição Nº 42 Ano III - Junho 05 ISSN - 1676-0158 www.cultivar.inf.br cultivar@cultivar.inf.br Assinatura anual (11 edições*): R$ 119,00 (*10 edições mensais + 1 edição conjunta em Dez/Jan)

Números atrasados: R$ 15,00 Assinatura Internacional: US$ 80,00 • 70,00 • Editor

Charles Ricardo Echer

Prezado leitor, Chegamos a junho e, com isso, vencemos o primeiro semestre de um ano agrícola que destoa do cenário que o setor vinha traçando nas últimas safras. Apesar da seca e dos baixos preços, o circuito das feiras agrícolas conseguiu superar o momento e agora aposta na safra que começa a ser preparada. Mesmo com a crise, as empresas não deixaram de investir em tecnologia e apresentaram aos produtores novas opções de equipamentos ainda mais modernos e versáteis. Esta edição traz algumas das melhores novidades apresentadas pelas empresas nos Agrishows Cerrado e de Ribeirão Preto. Nossa capa fala de um tema bastante importante e muito discutidos nas fazendas e propriedades rurais. Amaciar motores, sejam eles de máquinas agrícolas ou não, é uma operação que exige alguns cuidados mas, ao mesmo tempo, é cercada por uma série de mitos infundados que deixam os operadores confusos e sem saber quais são as atitudes corretas a serem tomadas. Após ler nosso artigo, você terá todos os motivos para deixar o motor da sua máquina bem amaciado, funcionando a todo vapor. Além disso, falamos de irrigação, máquinas florestais, regulagem de colhedoras de algodão e outros temas interessantes. Uma boa leitura a todos!

Índice

Nossa Capa

• Redação Capa Charles Echer

Vilso Júnior Chierentin Santi Rodando por aí

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Manejo de irrigação em café

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Regulagem de colhedoras de algodão

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Software para avaliação de custos

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Amaciamento de motores

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Pedro Batistin

Máquinas florestais

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_____________

Uso de mulching vertical

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Aviões gigantes da pulverização

30

Lançamento de máquinas agrícolas

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Esporte Trator

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4x4 - Condução em dunas

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• Revisão

Silvia Maria Pinto • Design Gráfico e Diagramação

Cristiano Ceia _____________

• Marketing

• Gerente de Circulação

Cibele Costa • Assinaturas

Rosiméri Lisbôa Alves Jociane Bitencourt Simone Lopes • Gerente de Assinaturas Externa

Raquel Marcos

Destaques

• Expedição

Edson Krause Dianferson Alves

Lâmina ideal Saiba como utilizar adequadamente o sistema de irrigação no café, com economia e eficácia .................................................... 06

• Impressão:

Kunde Indústrias Gráficas Ltda. NOSSOS TELEFONES: (53) • GERAL

Operação de mestre

3028.2000 • ASSINATURAS

3028.2070

Assine já!

• REDAÇÃO

Revistas Cultivar

3028.2060 • MARKETING

3028.2065 Por falta de espaço, não publicamos as referências bibliográficas citadas pelos autores dos artigos que integram esta edição. Os interessados podem solicitá-las à redação pelo e-mail: cultivar@cultivar.inf.br Os artigos em Cultivar não representam nenhum consenso. Não esperamos que todos os leitores simpatizem ou concordem com o que encontrarem aqui. Muitos irão, fatalmente, discordar. Mas todos os colaboradores serão mantidos. Eles foram selecionados entre os melhores do país em cada área. Acreditamos que podemos fazer mais pelo entendimento dos assuntos quando expomos diferentes opiniões, para que o leitor julgue. Não aceitamos a responsabilidade por conceitos emitidos nos artigos. Aceitamos, apenas, a responsabilidade por ter dado aos autores a oportunidade de divulgar seus conhecimentos e expressar suas opiniões.

Como regular a colhedora de algodão e dar a manutenção adequada durante o período de colheita ................................................... 10

Sem medo de amaciar Saiba quais são as verdades e as mentiras sobre o amaciamento de motores e garanta o desempenho de sua máquina ................................................... 16

Avanços na floresta Conheça os avanços tecnológicos no setor florestal e quais as tendências para os próximos anos ................................................... 22


Rodando por aí

Autofarm

José Bortolucci

Civemasa Acreditando no potencial do setor canavieiro, a Civemasa colocou no mercado duas novas carregadoras de cana-de-açúcar. Para José Luiz Bortolucci, encarregado administrativo, a empresa está certa de que os produtos serão sucesso de vendas.

Bardahl

A Autofarm visualiza no campo um mercado receptivo à tecnologia GPS, utilizada para guiar automaticamente tratores. Kevin Connolly, diretor de vendas e vice-presidente de vendas e serviços, e o engenheiro agrícola da empresa, Alan Robert Joughin, estão no Brasil com o objetivo de fazer um levantamento das máquinas agrícolas brasileiras, visando à instalação do sistema de direção a GPS AutoFarm e, também, prospectar importadores e distribuidores, para dar apoio e assistência técJorge Barboza nica em todo o território nacional.

Avanços A Valtra anunciou que vai intensificar os testes com biocombustível em seis tratores de sua linha. Os resultados apurados até o momento apontam para um mercado promissor à empresa, já que os motores das máquinas testadas não precisaram ser adaptados, nem apresentaram redução de performance e/ou durabilidade. “No momento, nossa única preocupação é lutar pela homologação”, ressalta Werner Santos, presidenRoberto Rodrigues e Werner Santos te/superintendente da Valtra na América Latina.

Projeto

Luciano Menta

A Goodyear foi convidada a participar do Enesco, evento que reúne todos os países da América Latina e Caribe, onde cada um deles apresenta dois projetos considerados modelos em seu país. Segundo José Eduardo dos Santos, gerente de produto, o Brasil apresentará um contra a febre aftosa e outro da Goodyear, “Agricultor Nota 10”, como modelos para a agricultura. O evento ocorre de 22 a 25 de julho, em Porto Alegre, simultaneamente à Agromix.

Colhipalha Luciano Menta, Diretor Comercial da Divimap Máquinas Ltda., está entusiasmado com a última novidade da empresa. A Colhipalha é uma revolução, principalmente num momento em que a geração de energia e biocombustíveis estão em destaque.

Geraldo Tibério

Novidades

José Eduardo

Landini

Alberto Morra

Sermag José Paulo de Mello, diretor presidente da Sermag, empresa voltada exclusivamente para a cana-de-açúcar, apresentou a linha de produtos da Sermag e mostrou-se bastante otimista com os novos ares que estão soprando no setor canavieiro.

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Máquinas

Sebastião Ferrari, gerente de marketing da Maggion, estava entusiasmado com a receptividade do público aos três lançamentos da empresa durante o Agrishow.

A chegada da Landini no Brasil foi marcada por pronunciamento oficial, com direito a banho de champanha. Para o diretor geral da Landini, Alberto Morra, o grupo conhece o potencial da agricultura brasileira e espera obter sucesso também por aqui.

Portifólio A Kuhn Metasa chegou ao Agrishow esbanjando pujança. Anton Werner, “facilitator” das empresas do grupo Kuhn, e Paulo Montagner, diretor de engenharia, destacaram a grande procura do público pelas máquinas importadas, apresentadas pela empresa.

Sebastião Ferrari Anton Werner e Paulo Montagner

Entusiasmo

José Mello

A tradicional cortesia do pessoal da Bardahl e a linha completa de produtos foram os responsáveis pelo grande público que visitou o estande da empresa no Agrishow. Para Geraldo Odair Tibério, gestor de novos negócios, atendimento e produtos de qualidade são os diferenciais da Bardhal.

Rubens Dias de Marais, presidente e diretor da Jumil e vice-presidente da Abimaq, mesmo diante do momento atípico para o agronegócio, contagiou os visitantes com sua alegria e entusiasmo. Mais uma vez, apresentou pessoalmente os lançamentos em demonstrações diárias no estande Rubens Marais da empresa.

Trelleborg Márcio Souza Leão, gerente regional da Trelleborg, apresentou a linha de pneus agrícolas, com foco em máquinas com mais de 140 cv, que abraçam 8% do total de vendas, e 80% deste número está no setor canavieiro.

Agrosystem Marlos J. S. de Oliveira, responsável pelo marketing da Agrosystem, está otimista com novos lançamentos que estão chegando ao mercado brasileiro.

Garantia A Lindsay, além de novos produtos, oferece aos produtores equipamentos com três anos de garantia. Para José Roberto Rossi, diretor comercial, além de novidades, as pessoas necessitam da qualidade e segurança oferecidas pela Lindsay.

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José Rossi

Paulino MárcioJeckel Leão

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Irrigação

manejo de lâmina

Fockink

Lâmina ideal Estudo realizado mostra que, além de ter um bom sistema de irrigação, é necessário saber utilizá-lo, ajustando adequadamente a lâmina d’água, para chegar a índices elevados de produção

O

Cerrado ocupa lugar de destaque pelas excelentes condições de solo e clima (seco no período da colheita) favoráveis à cafeicultura. O fator limitante que pode comprometer a produtividade das lavouras cafeeiras nessa região é o “déficit hídrico”, sendo então necessária a adoção da irrigação, visando ao bom desenvolvimento vegetativo e produtivo da cultura. Diversos são os métodos utilizados para a determinação do momento de irrigar. Dentre os

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Máquinas

mais utilizados, destacam-se as medições da tensão da água no solo, através de tensiômetros, do teor de umidade e do grau de evapotranspiração ou evaporação, medido, dentre outros métodos, em tanques evaporímetros, sendo o mais utilizado o tanque “Classe A”. O manejo da irrigação pelo tanque tem recebido muita ênfase nas pesquisas mais recentes, em razão da simplicidade de construção, manuseio, instalação e do baixo custo. No entanto, para que esse método seja realmente

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eficiente, é necessário que se estabeleça, através de pesquisa, a relação entre diferentes lâminas de irrigação, com base na evaporação da água contida no tanque e na produção da cultura. Ressalta-se que esse instrumento de medição é diretamente influenciado pelas condições do clima local, portanto, a extrapolação de dados de uma região para outra pode não corresponder à realidade. Diversos pesquisadores têm conduzido trabalhos nos quais se avalia a melhor lâmina de irrigação, com base na porcentagem de evaporação da água do tanque “Classe A” (ECA). Além da irrigação, outro ponto de discussão entre cafeicultores que utilizam a tecnologia da irrigação em suas lavouras é se a cultura deveria passar por um período de estresse hídrico (repouso na irrigação) antes da florada, para que, justamente, esta venha a se uniformizar, ou seja, os botões florais do cafeeiro se abram de modo mais uniforme, já que é uma característica inerente à cultura ter pelo menos duas floradas consecutivas. No entanto, ainda não existe consenso a esse respeito, bem como a respeito de quanto seria esse tempo de repouso, ou mesmo, da época mais indicada para tal. Alguns pesquisadores estão conduzindo trabalhos nesse sentido. Um dos trabalhos mais completos e sistemáticos sobre o assunto vem sendo conduzido no Setor de Irrigação da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), em Uberlândia (MG). Nesse experimento, avalia-se anualmente a influência de lâminas de irrigação de 0% (testemunha), 40%, 80%, 120%, 160% e 200% da evaporação acumulada no tanque “Classe A” – ECA, aplicadas ininterruptamente durante todo o ano e com período de repouso na irrigação de dois meses (julho e agosto). As lâminas são aplicadas nas segundas, quartas e sextas-feiras, sempre descontandose as precipitações (chuvas). O sistema de irrigação utilizado é o de gotejamento, com emis-

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“Além da irrigação, outro ponto de discussão entre cafeicultores que utilizam a tecnologia da irrigação em suas lavouras é se a cultura deveria passar por um período de estresse hídrico (repouso na irrigação) antes da florada”

Figura 1 - Representação gráfica da análise de regressão para altura da planta (A. Planta) e diâmetro do caule (D.Caule) de cafeeiros, em função de lâminas de irrigação aplicadas (L). UFU, Uberlândia/2004

Figura 2 - Representação gráfica da análise de regressão para o rendimento de grãos de cafeeiros, em função de lâminas de irrigação aplicadas (L). UFU, Uberlândia/2004

Figura 3 - Representação gráfica dos valores médios observados para o rendimento de grãos de cafeeiros, em função de lâminas de irrigação aplicadas e manejadas com e sem repouso (estresse hídrico). UFU, Uberlândia/2004

Figura 4 - Representação gráfica da análise de regressão para a renda de grãos de cafeeiros, em função de lâminas de irrigação aplicadas (L). UFU, Uberlândia/2004

1 = Não significativo pelo teste de F ao nível de 5% de probabilidade.

sores autocompensantes (2,3 l/h ou 3,83 mm/ h), espaçados em 0,75 m. A cultivar utilizada é a Rubi, plantada em 25/01/2000, no espaçamento de 3,5 m entre linhas e 0,7 m entre plantas na linha.

INFLUÊNCIA NO CRESCIMENTO Altura da planta e diâmetro da copa: para esses parâmetros, verificou-se que as lâminas de irrigação influenciaram nos resultados, pois, quando as plantas foram submetidas à

lâmina máxima estudada de 200% da ECA, a sua altura e diâmetro da copa foram mais acentuados (Figura 1). Esses dados corroboram os encontrados na avaliação anterior (safra 2002-03), porém, para o diâmetro da copa, a lâmina que proporcionou melhor desenvolvimento foi a de 145%. Nessa avaliação, os testes estatísticos não verificaram diferenças para o repouso da irrigação e nem para a interação entre as lâminas e o repouso, ou seja, tanto faz submeterem-se ou não as plantas ao estresse hídrico, pois o impacto será o mesmo. Na sa-

fra passada (2002-03), o resultado foi um pouco diferente no que diz respeito ao repouso. Naquela avaliação, as plantas apresentaram maior altura, quando não se implementou o repouso. Essas diferenças podem ser atribuídas ao regime hídrico da região, que varia de um ano para outro.

SISTEMA PRODUTIVO Rendimento: é a relação entre a produção de café da roça, ou seja, todo e qualquer café


“O repouso na irrigação nos meses de julho e agosto influencia negativamente a produtividade e a qualidade dos grãos do cafeeiro. Por outro lado, uniformiza a maturação dos frutos e antecipa a colheita em aproximadamente 30 dias”

Figura 5 - Representação gráfica dos valores médios observados para a renda de grãos de cafeeiros, em função de lâminas de irrigação aplicadas e manejadas com e sem repouso (estresse hídrico). UFU, Uberlândia/2004

Figura 6 - Representação gráfica da análise de regressão para a produtividade de cafeeiros, em função de lâminas de irrigação aplicadas (L). UFU, Uberlândia/2004

1 = Valores seguidos de mesma letra não diferem entre si pelo teste de Tukey, em nível de 5% de probabilidade.

Figura 7 - Representação gráfica da influência de lâminas de irrigação manejadas com e sem repouso (estresse hídrico) na porcentagem de grãos verde, cereja e seco no momento da colheita do cafeeiro. UFU, Uberlândia/2004

produzido na lavoura (derriçado e varrição), medido em litros, e o café beneficiado, quantificado em sacas de 60 kg. É uma característica importante, pois através dela podemos verificar a contribuição da mucilagem e da água no tamanho do fruto. Dessa forma, quanto maior o valor do rendimento, maior será o volume de café da roça produzido para formar uma saca de café beneficiado, ou seja, de nada adianta para o produtor colher uma grande quantidade de frutos se esses, quando secos e descascados, não renderem um volume satisfatório de café limpo. O resultado pode ser visualizado na Figura 2, onde se observa que o melhor rendimento foi obtido quando os cafeeiros foram irrigados com uma lâmina de 132%. Para o repouso e a interação lâmina versus repouso, os testes não verificaram diferenças. Porém, observando a Figura 3, notase que o pior rendimento foi obtido quando os cafeeiros não foram irrigados, provando a importância da irrigação para a região dos Cerrados. Renda: é a relação entre o peso de café em coco e o peso do café limpo. Através dela, verifica-se a contribuição em peso da casca e mucilagem já secas. Igualmente ao rendimento, quanto maior o valor, pior será a avaliação. Pela

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Figura 8 - Representação gráfica da análise de regressão para porcentagens de grãos médios e mocas, em função de lâminas de irrigação aplicadas (L). UFU, Uberlândia/2004

Figura 4, observa-se que a melhor lâmina para essa característica foi a de 110% da ECA. Na safra passada (2002-03), o tratamento que melhor resultado proporcionou foi o de 200%. Através da Figura 5, verifica-se que a interação entre lâminas e repouso na irrigação foi estatisticamente significativa. Nota-se que o pior desempenho foi verificado para o tratamento 200% com repouso, apesar de este não diferir estatisticamente de alguns outros. O melhor resultado foi obtido com o tratamento 40% sem repouso, o qual também se iguala estatisticamente a outros estudados. De maneira geral, nota-se que as altas lâminas de irrigação induzem à alta produção de mucilagem e casca, em detrimento do crescimento

do grão. Por outro lado, na ausência da irrigação, o grão muitas vezes não chega nem a ser formado. Produtividade: essa é a característica mais visada pelos produtores e uma das mais importantes sem dúvida. Ela é determinada pela quantidade de sacas de 60 kg de café beneficiado por hectare. Para esse parâmetro, a lâmina que melhor resultado proporcionou foi a de 123% da ECA, com aproximadamente 50 sc/ha (Figura 6). O tratamento sem irrigação apresentou o pior desempenho (15 sacas). No que diz respeito ao repouso da irrigação, o melhor resultado foi obtido quando os cafeeiros não foram submetidos ao estresse hídrico, os quais produziram em torno de 50 sc/ha. Já,

Diferença visível entre os pés de café que receberam a lâmina ideal de água e os que sofreram estresse hídrico

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Fotos UFU

Tanques “Classe A”, utilizados para determinação da evapotranspiração

quando se fez o repouso, as plantas produziram 33 sc/ha. Na safra 2002-03, a lâmina de irrigação que melhor resultado proporcionou foi a de 160% da ECA, com 74 sc/ha. Essa diferença de 24 sacas de um ano para outro é devida à bienalidade inerente à cultura do cafeeiro. No entanto, verifica-se que com a irrigação esse fenômeno é menos acentuado. De maneira geral, quando se faz uso ininterrupto de irrigação, o cafeeiro se recupera mais rápido após a colheita, vegetando e enfolhando com mais vigor, o que favorece a sustentação da florada seguinte. Isso lhe dá uma boa dianteira em relação aos cafeeiros submetidos ao estresse hídrico induzido (com repouso) ou não (sem irrigação).

REPOUSO NA MATURAÇÃO Um dos objetivos dessa pesquisa foi o de avaliar a influência do repouso de dois meses (julho e agosto) na uniformidade de maturação dos frutos do cafeeiro. E esse fato se verificou realmente. Na Figura 7, estão dispostas as porcentagens de café cereja, seco e verde, obtidas em cada tratamento. Nota-se que os maiores valores de café cereja e menores valores de café seco e verde são encontrados nos tratamentos com repouso da irrigação. Isso ocorreu porque o estresse hídrico fez com que as gemas que já estavam maduras e prontas para se abrirem repousassem um pouco mais, dando mais tempo àquelas que ainda não tinham completado a sua maturação de o fazerem. Ressalta-se que a colheita aconteceu

Pesquisadores que conduziram a pesquisa mostram os ganhos com manejo certo da lâmina de água

quando a parcela apresentava uma quantidade de frutos verdes de 10 a 15%. Outro fato importante verificado foi o de que a colheita, para os tratamentos com repouso, aconteceu, em média, no dia 13 de maio de 2004, ao passo que, para a maioria dos tratamentos sem repouso, salvo as lâminas de 40% e 80% e o tratamento sem irrigação, aconteceu no dia 17 de junho, mais de um mês após.

INFLUÊNCIA NA QUALIDADE Depois de colhidos e beneficiados, os grãos foram submetidos à classificação por peneiras. Para tanto, utilizou-se a seguinte separação: grupo grande (peneiras 19, 18 e 17), grupo médio (peneiras 16 e 15), grupo pequeno (peneiras 11, 10 e 9), grupo moca e fundo (grãos quebrados que passaram por todas as outras peneiras). A análise estatística apontou diferenças apenas para peneira média (grupo médio) e mocas (grupo moca). Na Figura 8 estão dispostos os resultados em porcentagem de grãos médios e mocas, obtidos em função das lâminas de irrigação aplicadas. Observa-se que, para os grãos médios, a melhor lâmina de irrigação é a de 200% da ECA. Já, para os mocas, a lâmina que promove menores valores é a de 130%. Ressalta-se que quanto maior a quantidade de grãos mocas, pior é a qualidade do café, e menor preço receberá o produtor pelo produto. Verifica-se também que o tratamento sem irrigação apresentou a pior qualidade, ao proporcionar maior porcentagem de grãos mo-

cas e menor de grãos médios. A peneira média também foi influenciada pelo repouso na irrigação. De maneira geral, quando se implementa o estresse hídrico, a quantidade de grãos médios é de 28,13%, em contrapartida, quando se irriga ininterruptamente, o valor fica em 36,74%. Os grãos moca não foram influenciados pelo repouso. Tanto os grãos moca quanto os médios não sofreram influência pela interação entre lâminas e repouso na irrigação.

CONCLUSÃO Com base nos resultados observados e nos objetivos da pesquisa, pode-se concluir que: • A irrigação é altamente recomendada para a cultura do cafeeiro cultivado na região de Cerrado; • Na ausência da irrigação, a produtividade e a qualidade dos grãos são afetadas; • Em média, a lâmina de 120% da evaporação da água do tanque “Classe A” tem apresentado os melhores resultados. O repouso na irrigação nos meses de julho e agosto influencia negativamente a produtividade e a qualidade dos grãos do cafeeiro. Por outro lado, uniformiza a maturação dos frutos e antecipaa colheita em aproximadaM mente 30 dias. Reges Eduardo Franco Teodoro, Benjamim de Melo e Hudson de Paula Carvalho, UFU


Colhedoras regulagens

Fotos Case IH

Operação de mestre A cultura do algodão exige alguns cuidados especiais, para evitar danos à fibra na hora da colheita. É nesse momento que boa regulagem e operação adequada da máquina podem fazer a diferença na qualidade final do produto

A

cultura do algodão em grandes áreas demanda a utilização de máquinas especializadas para a colheita. Para o uso correto das colhedoras, é preciso que o produtor preste atenção a alguns pontos importantes, como manejo da lavoura, regulagens e preparo do operador, entre outros. Observando esses fatores, o produtor obterá máximo desempenho da máquina, alta produtividade e qualidade do produto final. Antes de pensarmos no que pode ser feito durante a colheita, para atingirmos os melhores resultados, devemos analisar a importância de um manejo correto da lavoura. Declividade, nivelamento do solo, escoamento de água, ausência de obstáculos como tocos, pedras e possíveis restos de peças de plantadeiras, tratores e implementos de cultivo são pontos que devem ser observados. Esses cuidados resultam na diminuição do tempo de parada para reparos e,

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Máquinas

por conseqüência, no aumento da produtividade/dia da máquina. O combate a plantas daninhas e o correto manejo da resteva, no caso do plantio direto, também são de grande importância.

OPERADOR O operador da colhedora de algodão precisa passar por cursos ministrados por instrutores da Case IH . Ele deve ter um histórico de bom preservador de maquinário, uma vez que a manutenção básica diária – de responsabilidade dele – é, sem dúvida, um fator decisivo para aumento de produtividade. Os mecanismos de colheita, limpeza e descarregamento da máquina devem estar regulados e verificados, para atender não só questões de produtividade, mas também de qualidade.

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A MÁQUINA O setor de máquinas agrícolas vem experimentando grande desenvolvimento nessa última década. A Case IH, por exemplo, disponibiliza hoje, no mercado nacional, os mesmos produtos da sua linha mundial, adaptados às condições do país, dando ao produtor brasileiro a oportunidade de competir em termos de manejo, preparo, controle fitossanitário e colheita com os maiores produtores do mundo. O produtor deve ter um suporte à altura do maquinário, com operadores treinados e capazes, caminhões-oficinas, equipe de transporte do algodão rápida e eficiente e um back-up operacional, que irá atuar sempre que um imprevisto acontecer. A máquina de algodão é um equipamento que proporciona ao operador um grande conforto tanto na cabina de operação, durante a

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“Antes de pensarmos no que pode ser feito durante a colheita, para atingirmos os melhores resultados, devemos analisar a importância de um manejo correto da lavoura”

colheita, quanto fora dela, efetuando uma regulagem ou reparo. A máquina apresenta, graças ao alto nível de eletrônica embarcada, sistema de monitoramento de colheita individual por linha, rotores, informadores visuais e auditivos dos sistemas de alimentação, elétricos, de limpeza e de lubrificação. Com esses acessórios de controle, o operador pode concentrar-se em manter a máquina na velocidade de colheita adequada, bem como manejar os sistemas de controle com grande rapidez e eficiência.

REGULAGENS

Lubrificação O ajuste do intervalo e da duração da lubrificação automática dos tambores deve ser feito pelo operador, sempre que a troca da marca do lubrificante ocorrer. Práticas de campo nos mostram que diferentes marcas tendem a variar na fluidez da graxa, mesmo em produtos com a mesma especificação. Essa regulagem garante que a duração seja suficiente, para lubrificar internamente as barras,

No Mato Grosso, empresas e governo se uniram para qualificar a mão-de-obra utilizada na colheita do algodão

sem desperdício. Outra prática muito útil é a de o operador estar diante dos tambores durante o ciclo de lubrificação, observando, a cada conjunto de rotores, se a lubrificação está sendo eficiente. A colhedora Case IH permite ao operador, mesmo quando sozinho, verificar a lubrificação através do controle remoto de acionamento dos tambores. Com o intuito de diminuir o tempo de manutenção da colhedora, a Case IH fornece, nas suas colhedoras, o sistema de lubrificação automático dos componentes de acionamento dos rotores, engrenagens e pivôs dos montantes dos tambores. O reservatório desse sistema é externo e utiliza graxa específica para a lubrificação. Essa informação está disponível no manual do operador.

Para garantir bons resultados durante toda a colheita, são necessárias regulagens e lubrificações diárias de alguns itens

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Tambores O operador precisa observar a correta regulagem dos guias de plantas, da pressão das placas de compressão, da folga dos desfibradores, escovas e dos fusos. Estes devem estar com os bordos afiados. A quantidade correta de água disponibilizada pelo sistema umidificador varia de acordo com o nível de umidade e matéria verde da planta, uma vez que o sumo se acumula nos rasgos dos fusos, diminuindo a eficiência de colheita. O controle automático de altura – que oferece uma ampla gama de regulagens, para atender às diferentes lavouras – deve estar regulado para um correto desempenho. Charles Echer

Começando com a regulagem básica diária, como lubrificação e abastecimento, partimos para a verificação técnica dos mecanismos operacionais da máquina. Na colhedora de algodão, o monitoramento começa com a lubrificação automática, inspeção de unidades de colheita (tambores), dutos de saída e tubos de elevação, passando para a regulagem e verificação das turbinas de ar, dos pentes de limpeza e telas do cesto, bem como do sistema de descarregamento operacional e de descarregamento de emergência. A correta calibragem dos pneus vai garantir que a estabilidade da máquina e da altura de colheita, nas linhas de extremidade, mantenham-se simétricas, principalmente em máquinas montadas para colher em espaçamentos largos.

Unidades de colheita exigem muita atenção, pois elas são responsáveis pelo recolhimento dos capulhos

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Máquinas

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“No descarregamento, a perda acontece pelo mau posicionamento dos vagões de descarga, bem como pela insuficiência de armazenamento do volume da carga durante o transporte”

Charles Echer

mente se o algodão não estiver desfolhado. A porcentagem de 90 a 95 % de capulhos abertos é a ideal para o início da colheita. Como o algodão é uma cultura de crescimento vegetativo não homogêneo, o uso de controladores de crescimento e maturados biológicos é de grande importância para a colheita mecanizada. A altura ideal está em torno de um metro.

REGULAGEM X PERDAS Se a lavoura apresenta um estágio homogêneo de maturação, a regulagem da pressão das placas compressoras deve retirar o máximo de plumas sem atacar mecanicamente a planta. Caso contrário, a planta irá soltar galhos e restos de capulhos, diminuindo a qualidade do produto. Se as placas estiverem com uma pressão muito alta, elas

Dutos de saída e tubos de limpeza Os dois devem estar livres de graxa e restos de plantas, para evitar embuchamento. Devem também estar bem fixados, pois esse sistema trabalha a vácuo, o que garante uma sucção do algodão na primeira porção, evitando o desgaste excessivo dos desfibradores e embuchamentos.

Fotos Case IH

Após a colheita, é necessária uma manutenção adequada, com cuidados especiais para cada peça da máquina

Turbinas de Ar A tensão das correias garante que a quantidade de ar, disponibilizada aos tambores, seja suficiente, para sugar e impulsionar o algodão para o cesto. A lubrificação das turbinas garante a durabilidade do sistema, uma vez que ele trabalha a altas rotações. A limpeza das turbinas evita o desbalanceamento desse sistema. Pentes de limpeza e telas do cesto Os pentes de limpeza são, juntamente com as telas, responsáveis pela limpeza do algodão colhido. É importante regulá-los, para que o algodão percorra o máximo da área de limpeza oferecida. As telas devem estar limpas, para permitir um maior fluxo de ar de dentro para fora do cesto, carregando, assim, as impurezas que acompanham o algodão. Descarregamento operacional e de emergência A tensão das correntes descarregadoras deve ser observada, para garantir que não saiam dos guias. A lubrificação não deve ser excessiva, para não contaminar o algodão. A verificação diária do sistema de descarregamento de emergência é uma boa prática para evitar imprevistos.

MOMENTO DA COLHEITA O teor de umidade de 12 % é considerado ideal. A colheita se dá melhor nas horas mais quentes do dia, quando a umidade estará menor, facilitando a limpeza dos fusos, principal-

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Produtos para manutenção

Os rotores dianteiros e traseiros devem ser regulados com pressões diferentes

podem derrubar os capulhos ainda com as plumas, aumentando as perdas antes da colheita. Como os rotores dianteiros colhem, em média, 75 % do algodão, um operador prudente regula as placas traseiras sempre um pouco mais apertadas, pois a planta vai chegar mais “magra” nos rotores traseiros. Ainda, durante o trajeto do algodão até o cesto, podem ocorrer perdas. Se os dutos estiverem desregulados, eles podem permitir que o algodão escape por frestas entre os dutos e o cesto. No descarregamento, a perda acontece pelo mau posicionamento dos vagões de descarga, bem como pela insuficiência de armazenamento do volume da carga durante o transporte.

REGULAGEM X QUALIDADE DE FIBRAS A colheita do algodão, quando apresenta um alto teor de umidade, pode ser prejudicial à qualidade de fibra. O algodão nesse estado se acomoda em blocos compactados durante o transporte, ocasionando a quebra das fibras nas etapas de separação e beneficiamento. Quando orvalhado, ou com excesso de umidade, pode favorecer a fermentação, com conseqüente perda de qualidade da fibra e do caroço. A regulagem da altura de colheita dos tam-

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bores evita que a pluma seja contaminada por terra. A utilização de biorreguladores ajuda a manter a homogeneidade da maturação das maçãs.

tura, a chapas metálicas ou a plásticos, bem como instruções sobre a maneira correta de limpeza e manutenção da eletrônica embarcada, cada vez mais presente nos equipamentos agrícolas Case IH, visando ao conforto do operador e ao aumento de produtividade. Neste manual, o operador, ou encarregado de manutenção, encontrará informações, para otimizar o tempo de manutenção e reabastecimento de graxas, água/detergente para o sistema umidificador e de drenagem do sistema de alimentação de combustível, bem como a correta manutenção das baterias e a maneira correta de armazenamento da máquina após a safra, preservando, assim, pintura, pneus, plásticos e borrachas em geral. Divulgação

É

importante seguir o manual da máquina, para se orientar na aquisição dos produtos para a manutenção. Os brasileiros não têm o hábito de ler os manuais que acompanham a máquina. Problemas de falhas prematuras e baixa performance, por exemplo, poderiam ser evitados, se as pessoas encarregadas pelo maquinário (gerentes de máquinas, chefes de almoxarifado, operadores) optassem por fazer o uso correto dos manuais. Geralmente, o que encontramos no campo No primeiro ano, quatro modelos italianos são manuais de operação ainda dentro estarão disponíveis aos produtores brasileiros das embalagens, quando estes não estão guardados nas oficinas ou em casa, ainda intactos. O conteúdo dos manuais revela particularidades, como especificações de lubrificantes, de produtos nocivos à pin-

EFICIÊNCIA E PRODUTIVIDADE A equipe de apoio à colheita (vagões de transporte, caminhões-oficinas, reabastecimento) é outro fator que contribui diretamente para a produtividade diária da máquina. O operador devidamente treinado e informado das possibilidades de ajustes e regulagens, para melhor atender às particularidades das diferentes lavouras, é fundamenM tal em todo o processo. Leonardo Cunha, Case IH

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Leonardo explica como ajustar adequadamente colhedoras de algodão

Máquinas

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Software

colheita de café Fotos Charles Echer

Custos na tela

Software Software desenvolvido desenvolvido pela pela Universidade Universidade Federal Federal de de Lavras, Lavras, em em parceria parceria com a SWQuality SWQuality Consultoria Consultoria ee Sistemas, Sistemas, permite permite avaliação avaliação dos dos custos custos de de produção produção das diversas fases na pós-colheita do café de forma detalhada e prática

A

cafeicultura passou por uma significativa reestruturação nas últimas décadas, que modificou tanto a organização interna entre os elos da cadeia agroindustrial, como as práticas de condução das lavouras pelo produtor rural. Sistemas alternativos de produção foram surgindo com o objetivo de aumentar a competitividade dessa lavoura. Na esteira desses sistemas, emergem dúvidas quanto à viabilidade técnica e econômica de cada um. Para os cafeicultores, consultores e cooperativas ligadas à área de pós-colheita do café, ainda é muito difícil decidir sobre quais os processamentos devem ser aplicados ao café durante a fase de pós-colheita. A escolha do modo de processamento do café é decisiva na rentabilidade da atividade cafeeira e dependerá de três aspectos fundamentais: a relação custo/benefício do método de processamento; a necessidade de atendimento à legislação ambiental; e o padrão desejado de qualidade. A relação custo/benefício envolve outras variáveis, tais como: porcentagem de café cereja, porcentagem de café verde e ágio e deságio, respectivamente, para estes cafés. Além disso,

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Máquinas

o produtor deverá ser capaz de calcular o custo de cada processamento considerando os custos fixos e variáveis. Assim, em decorrência da existência de tantas variáveis, é comum o produtor questionar a viabilidade do descascamento em relação à produção de cafés naturais. A resposta evidentemente não é simples, necessitando de ferramentas computacionais que facilitem a tomada de decisão.

mano para resolver problemas que requerem a presença de um especialista. Este sistema se aplica à fase de pós-colheita do café e oferece informações de custo sobre o processamento do café. A principal contribuição do Pós-café, a partir da modelagem e sistematização desse conhe-

SISTEMA PÓS-CAFÉ Muitas pesquisas têm sido realizadas no mundo todo, com o intuito de se obterem alternativas de análise do custo do café que maximizem os lucros do produtor. Dentro desse contexto surgiu o Sistema de Análise do Custo da pós Colheita do Café. O conhecimento por meio do qual o sistema foi desenvolvido é fruto de pesquisas realizadas por professores e alunos da Universidade Federal de Lavras (Ufla) na área de pós-colheita do café, tendo como intuito avaliar o custo da aplicação dos diversos tipos de processamentos. O Pós-café consiste em um sistema especialista, ou seja, emprega o conhecimento hu-

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O sistema permite ao produtor até mesmo saber o tamanho do terreno que será utilizado

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“Assim, em decorrência da existência de tantas variáveis, é comum o produtor questionar a viabilidade do descascamento em relação à produção de cafés naturais”

Tela principal do Pós-Café, que objetiva trabalhar os custos na pós-colheita

cimento, é facilitar a tomada de decisão por parte dos produtores, cooperativas e consultores da área quanto aos processamentos a serem aplicados durante a fase de pós-colheita do café. Esta decisão é facilitada à medida que se obtém informações relacionadas ao custo dos processos de separação, secagem, descascamento, despolpamento e desmucilamento do café.

FUNCIONAMENTO O sistema especialista em pós-colheita do café é um sistema de interface amigável e que, por isso, pode ser utilizado tanto por consultores mais experientes, quanto por produtores inexperientes. Para a obtenção da análise do custo da póscolheita do café, o usuário deverá fornecer algumas informações ao sistema e seguir alguns passos. O primeiro passo do usuário é a seleção dos tipos de processamentos que o sistema deverá comparar. A cada tipo de processamento escolhido, o sistema interage com o usuário mostrando todo o seu fluxo do lado direito de sua janela, conforme a Figura 2. È possivel que o usuário escolha entre os seguintes tipos de processamento: café descascado e bóia com secagem em terreiro; café desmucilado e bóia com secagem em terreiro; café despolpado e bóia com secagem em terreiro; café natural com lavador, com secagem em terreiro; café natural sem lavador, com secagem em terreiro. Após o usuário escolher os processamentos, o mesmo deverá fornecer os dados relacionados à produção do café, de acordo com os formulários de entrada de dados gerados.

RELATÓRIOS Baseado nos processamentos escolhidos, nos dados de entrada da produção do café no preço do café e valor das máquinas agrícolas, o sistema de análise do custo da pós-colheita do café, retornará diversos relatórios ao usuário, conforme descrito a seguir. O relatório da receita da pós-colheita do café fornece informações relacionadas à receita da

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Tela onde o produtor escolhe o processo de produção utilizado na sua plantação

pós-colheita, como: total de sacas produzidas, receita por tipo de café, receita total (todos os tipos de café) e valor médio da saca. O relatório do custo da pós-colheita do café fornece informações relacionadas ao custo da pós-colheita, como: custo da energia elétrica, custo de mão-de-obra no terreiro, depreciação do terreiro, depreciação do abrigo, depreciação das máquinas agrícolas e depreciação do tanque de fermentação. Através dessas informações o produtor saberá detalhadamente o custo de cada processamento. Isso possibilitará ao produtor uma visão mais profunda quanto às etapas de maior influência no custo em cada processamento. No relatório de cálculos da pós-colheita do café é possível obterem-se informações relacionadas aos cálculos do custo da pós-colheita, como: volume diário de cada tipo de café, área no terreiro ocupada por cada tipo de café, depreciação do terreiro ocupado por cada tipo de café, tempo de funcionamento diário de cada máquina agrícola e o número de terreiros necessários. Todos esses dados informados permitem que o produtor possa saber o tamanho e o número de terrereiros necessários para rodar o café, bem como a disponibilidade em horas por dia que o mesmo deve ter para a utilização das máquinas agrícolas. O relatório de margem líquida da pós-colheita do café fornece informações relacionadas à margem líquida calculada entre dois processamentos. Com o auxílio do gráfico mostrado na Figura 7, o usuário do sistema poderá analisar o valor da margem líquida para diferentes porcentagens de café cereja, café verde e de ágio. O valor da margem líquida mostrado no gráfico representa o valor em dinheiro que o produtor irá ganhar ou perder, caso opte por um processamento em relação a outro. Auxiliado pelos relatórios informativos gerados pelo sistema, bem como através das diferentes situações mostradas no gráfico, o usuário poderá tomar mais facilmente sua decisão quanto aos processamentos que devem ser aplicados à sua produção de café.

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Formulário de dados sobre o tipo de produção utilizado

Tela de relatório da receita da pós-colheita M

Tela do relatório de custos da pós-colheita

Tela do relatório dos cálculos dos custos e das receitas

O software de Pós-Colheita do Café estará disponível para venda a partir da segunda quinzena de fevereiro. A versão de demonstração do sistema está disponibilizada no endereço M www.swquality.com.br/poscafe. Geovane Nogueira Lima, SWQuality

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Motores Pneus

amaciamento

Valtra

Sem medo de amaciar

Muitos mitos estão por trás do amaciamento de motores de máquinas agrícolas, e muitas informações equivocadas, ao invés de contribuírem, acabam prejudicando a operação e comprometendo a vida útil e o desempenho no futuro

É

comum ouvir-se pessoas comentarem sobre amaciamento de motores, entretanto, poucos sabem o que é o amaciamento e como se deve proceder para amaciar um motor. Um motor é uma máquina complexa, composta de muitas peças móveis que trabalham movendo-se em contato umas com outras, submetidas a condições de temperaturas e esforços mecânicos elevados. Todas as peças são fabricadas de acordo com um projeto que prevê tolerâncias dimensionais muito pequenas, para que as folgas sejam mantidas dentro de limites adequados às condições de trabalho. Apesar de uma alta qualidade na produção das peças, mantendo as dimensões dentro dos limites de tolerância adequados, as superfícies em contato apresentam uma rugosidade superficial, decor-

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rente do processo de fabricação. Essa rugosidade, nas primeiras horas de funcionamento, pode acarretar um desgaste excessivo e uma queima de óleo anormal. Após algum tempo, as peças assentam umas nas outras, principalmente os anéis e os cilindros, reduzindo o desgaste e a queima de óleo. Isto é chamado de amaciamento do motor. Devem-se ter alguns cuidados, para que o amaciamento seja feito corretamente, garantindo uma vida longa ao motor e um baixo consumo de óleo. Para se obter um correto amaciamento de um motor, seja a diesel ou de ignição por centelha (motor de automóvel), devem-se seguir as orientações do fabricante, entretanto, todos eles são unânimes, ao afirmar que: a) Durante o período de amaciamento, o motor deve trabalhar em condições normais

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de trabalho sob carga. b) O motor não deve sofrer esforço excessivo, isto é, além da sua capacidade nominal. c) O motor não deve trabalhar em vazio, ou seja, sem esforço algum. d) O motor não deve trabalhar por longos períodos com mesma rotação. e) O motor deve trabalhar com esforço e velocidade variáveis. Antes de explicarmos detalhadamente cada item, apresentamos as recomendações de amaciamento usualmente indicadas por fabricantes de tratores: a) Antes de entrar em serviço, aqueça o motor, colocando o trator em movimento, sem carga, com uma rotação de marcha lenta, e varie lentamente a aceleração até acelerações médias, durante o tempo necessário

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“Durante o período de amaciamento, é importante que o trator seja utilizado somente em operações de campo que exijam esforço”

A) cilindro; B) anel de compressão; C) canaleta do anel; D) parede do pistão

Corte de um pistão e a região de contato deste com a parede do cilindro

A- boa raspagem do óleo; B - má raspagem do óleo 1 - anéis novos em alojamentos novos; 2 - anéis novos em alojamentos gastos

tor em serviços que exijam ½ a ¾ da potência máxima do motor, procurando alterar a aplicação de carga, evitando a aplicação de máxima potência. Evite a operação do motor por longos períodos em marcha lenta ou em rotação constante, com ou sem carga, por ser prejudicial ao assentamento dos anéis dos pistões e das camisas. f) Evite submeter o motor à carga máxima, porém, se isso for necessário, não o faça por períodos prolongados. Tanto a falta de carga quanto os excessos são prejudiciais. g) Evite o funcionamento desnecessário em marcha lenta. h) Não submeta o motor a acelerações bruscas.

Charles Echer

para o ponteiro do termômetro atingir a temperatura de trabalho. Nunca aplique carga num trator frio. Esse cuidado deverá ser observado tanto no período de amaciamento como por toda a vida do motor. b) Não aqueça o motor em marcha lenta e, sim, variando a rotação. c) Mantenha a temperatura de trabalho na faixa recomendada pelo fabricante. d) Não sobrecarregue o motor. A sobrecarga pode ser constatada quando, ao acelerar o motor, este não responde ao aumento de rotação. e) Durante o período de amaciamento, é importante que o trator seja utilizado somente em operações de campo que exijam esforço. Procure variar a rotação e a carga durante o trabalho. Sempre que possível opere o tra-

No período de amaciamento, é necessário observar com maior freqüência o nível do óleo, que deve ser trocado entre as primeiras 90 e 110 horas

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i) Dê atenção especial aos indicadores e luzes de aviso no painel, de modo a controlar com segurança as condições do motor: temperatura, pressões, rotação etc. j) Mantenha o nível de óleo entre as marcas de máximo e mínimo na vareta de nível e troque o óleo entre as primeiras 90 e 110 horas de trabalho. k) Verifique com maior freqüência o nível de óleo nesse período de amaciamento. l) Se o motor foi submetido, durante um intervalo de tempo relativamente longo, a trabalho sob cargas leves, ou, ainda, se durante as primeiras cem horas foi necessário completar o nível de óleo, é necessário um período maior de amaciamento. Nessas situações, devem-se trocar o óleo e o filtro do motor nas cem horas e submeter o motor a um novo período de amaciamento de outras cem horas, usando óleo especial para amaciamento ou um óleo “fino” (SAE 10W-20), observando-se os procedimentos anteriores. m) O filtro e o óleo lubrificante com o qual foi abastecido o motor na fábrica deverão ser trocados logo após as primeiras cem horas de serviço. A drenagem do óleo deverá ser feita com o motor quente, conforme instruções descritas no manual, obedecendo às normas de proteção ao meio ambiente. O motivo da troca do óleo lubrificante e do filtro relaciona-se à necessidade de eliminaremse as partículas de metal provenientes do amaciamento dos mecanismos. Também, porque nesse período a vedação dos anéis dos pistões nas camisas dos cilindros ainda não é perfeita, assim, o óleo lubrificante é mais facilmente contaminado. Não tente em hipótese alguma fazer a lavagem do motor com querosene ou outro produto similar, pois essa prática é altamente prejudicial ao motor, diminuindo consideravelmente a sua durabilidade. n) A não observância dessas recomenda-

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“Como o pistão movimenta-se alternadamente dentro do cilindro entre um ponto morto superior e um ponto morto inferior, são necessários mecanismos de vedação entre a parede do cilindro e o pistão. Esta vedação é feita pelos anéis”

Atenção para o descarte de óleos

C

onforme resolução n° 9 de 31/ 08/93 do Conama, todos os óleos usados ou contaminados, recicláveis ou não, deverão ser armazenados em recipientes apropriados e resistentes a vazamentos. Esses óleos deverão ser coletados por empresas autorizadas pelo DNC, com o fim específico de refino, salvo disposição contrária do órgão ambiental competente. ções resultará no espelhamento das camisas dos cilindros. Isto, por sua vez, ocasionará perda de potência, consumo excessivo de óleo lubrificante e combustível. o) Durante o período de amaciamento, é normal que o motor apresente um consumo de lubrificante levemente acima do normal, pois os anéis, pistões e camisas ainda não completaram o ajuste entre si.

NOVO QUEIMA MAIS ÓLEO Um motor é composto basicamente de um ou mais cilindros com pistões, bielas e uma árvore de manivelas, chamada virabrequim, além de válvulas de admissão e escapamento e de um eixo de comando dessas válvulas. Cada pistão se desloca com um movimento alternativo dentro do seu respectivo cilindro. Na parte superior do cilindro (acima do pistão), ocorre a combustão dos gases aspirados durante o ciclo de admissão. A parte inferior do cilindro (abaixo do pistão) é banhada constantemente pelo óleo lubrificante depositado no cárter. Pode-se entender, assim, que o pistão age como um divisor entre a região lubrificada do cilindro e a região de combustão, onde não deve haver óleo.

Como o pistão movimenta-se alternadamente dentro do cilindro entre um ponto morto superior e um ponto morto inferior, são necessários mecanismos de vedação entre a parede do cilindro e a do pistão. Essa vedação é feita pelos anéis. Na realidade, os anéis de

Fotos de camisas de cilindro cortadas, mostrando a região espelhada e a região brunida

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pistão ou anéis de segmento realizam três funções: • Vedam a passagem de gases entre a região superior, ou de combustão, e a região inferior lubrificada do cilindro; • Ajudam a arrefecer o pistão, dissipando o calor; • Raspam o óleo de lubrificação entre o pistão e a parede do cilindro. Os anéis são de duas classes: • De compressão; • De óleo ou raspador. Os anéis de compressão impedem que os gases passem ao cárter do motor nos tempos de compressão e explosão, fazendo uma vedação hermética contra a parede do cilindro por sua força de expansão. Os anéis se expandem por sua própria tensão (radial) e também pela pressão da combustão, que atua por trás destes. Os anéis raspadores são os mais inferiores do pistão e têm a função de lubrificar a superfície de contato entre pistão e cilindro, retirando o óleo excedente. Na

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Charles Echer

Mitos sobre amaciamento de motores

M

foto da página 17, aparece em detalhe a posição do pistão e do respectivo anel em relação ao cilindro. A própria compressão do motor deve ser suficiente, para criar uma força horizontal e outra vertical, que empurram o anel contra o cilindro, promovendo a vedação da câmara de combustão. Deve-se notar a forma do anel, que favorece essa tensão. Inevitavelmente, uma má vedação deixará o óleo lubrificante subir para a câmara de combustão e se queimar. Por outro lado, deixará que escapem gases até o cárter, contaminando o óleo e formando depósitos que se acumulam no alojamento do anel superior, causando abrasão nas paredes do cilindro. Um exemplo de que alojamentos gastos também afetam o consumo de óleo pode ser visto nas figuras da página 17. Igualmente, os pistões, devido a suas condições de funcionamento, devem cumprir uma série de condições mecânicas e térmicas, como, por exemplo: serem bons con-

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ito 1) O agricultor submeteu o seu trator à rotação e à carga máxima de trabalho na tentativa de um correto amaciamento, fazendo a máquina tracionar uma grade de arado bastante superior à sua capacidade de tração. Conseqüência: Superaqueceu o motor, fazendo o mesmo engripar os pistões no cilindro (fundiu o motor). Comentário: É mito essa idéia de sobrecarregar a tal ponto a máquina. É errado submeter a máquina a esse regime de trabalho. Basta acoplar um implemento adequado à capacidade do trator e colocá-lo em campo, obedecendo a todas as orientações do manual. Mito 2) Amaciamento do motor é só para tratores novos. Comentário: O amaciamento se faz tanto para motores novos como para recondicionados ou retificados. Ambos necessitam do assentamento dos conjuntos móveis, em especial pistão, anéis e camisa ou cilindro. Mito 3) Colhedoras não precisam passar por amaciamento. Comentário: A colhedora, embora não tracione nenhum implemento, já trabalha em condições de bastante esforço, devido ao movimento de seus mecanismos, quando está em operação. Isto já é

dutores térmicos, resistirem às altas temperaturas e, sobretudo, serem resistentes ao desgaste. A parede do cilindro é em geral de ferro

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suficiente para um correto amaciamento. Mito 4) Trator novo deve ser utilizado só para serviços leves durante o período de amaciamento, como tração de reboques. Comentário:Trator que só traciona reboques durante o período de amaciamento está sujeito aos efeitos de um mau amaciamento (pouca carga), podendo causar o espelhamento dos cilindros com excessiva queima de óleo e perda de potência. Mito 5) O espelhamento é causado pelo giro aleatório dos anéis no pistão no cilindro. Comentário: De fato, os anéis sofrem um pequeno giro aleatório, inicialmente, devido ao não assentamento do conjunto pistão-camisa. Mas o espelhamento ocorre na combinação deste giro do anel com ausência de carga elevada sobre o motor. Mito 6) Um motor já amaciado perde o brunimento. Comentário: Se o motor sempre operou em boas condições e foi bem amaciado inicialmente, o cilindro não perde o brunimento. Ele apresenta um desgaste natural, típico de um motor usado e proporcional ao número de horas de uso, formando um pequeno degrau deixado pelo 1° anel de compressão no final de seu curso , entretanto, a superfície não fica espelhada.

fundido, com um típico acabamento superficial denominado brunimento. A rugosidade superficial é da ordem de 6 µ (seis milésimos de milímetro). A temperatura na pare-

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“Quando o motor não sofre um amaciamento correto, o brunimento é destruído, deixando o cilindro totalmente polido, com aspecto de espelho”

Esquerda: Em baixa velocidade, devido à falta de pressão, que força o anel contra o cilindro, o anel é flexionado pela força de atrito, raspando com sua aresta o cilindro. Direita: Motor em corte com detalhes dos cilindros

BRUNIMENTO DOS CILINDROS O brunimento é um acabamento superficial feito na superfície interna do cilindro, com pedra abrasiva, de forma a deixar a superfície do cilindro com um raiado oblíquo entrecruzado, que forma inúmeras ranhuras, com a finalidade de reter o óleo, principalmente durante o período de amaciamento do conjunto. O raiado tem que ser oblíquo, para que os anéis não se prendam no cilindro. Quando o motor não sofre um amaciamento correto, esse brunimento é destruído, deixando o cilindro totalmente polido, com aspecto de espelho. Em um cilindro assim espelhado, o anel raspador de óleo retira totalmente a película lubrificante, colocando em contato metal com metal. Esse contato direto entre metais aumenta o desgaste, até o motor perder a vedação, deixando passar óleo direto do cárter para a região superior do cilindro, onde ocorre a combustão, e o motor passa a queimar óleo além dos limites considerados normais. Da mesma forma, os gases também passam da região de combustão para o cárter, contaminado o óleo com resíduos de carvão. Esse processo de desgaste poderá continuar até que alguns pontos de contato do pistão com o cilindro comecem a fundir, destruindo o pistão e, muitas vezes, prendendo-o no cilindro.

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As três fotos na página anterior mostram a superfície interna de um cilindro espelhado: evidenciam-se a superfície espelhada, na região do curso dos anéis, e a diferença com a região brunida, abaixo, onde não ocorreu o espelhamento.

POR QUE OCORRE O ESPELHAMENTO Quando o motor trabalha em baixa rotação, ou com pouca carga, a pressão exercida pelos gases atrás dos anéis é pequena, não sendo suficiente para encostar firmemente o anel na superfície do cilindro. Com o movimento ascendente do pistão, o anel sofre um atrito contra a parede do cilindro, gerando uma força que tende a flexioná-lo, conforme está mostrado na . Essa pequena flexão sofrida pelo anel faz com que a aresta superior externa do mesmo raspe contra o cilindro. Essa raspagem desgasta o cilindro, retirando partículas de metal e destruindo o brunimen-

Miguel Neves de Camargo, UFSM Divulgação

de do cilindro é de aproximadamente 100°C, enquanto a temperatura do 1° anel é da ordem de 250°C. Como conseqüência, o filme de óleo formado é da ordem de alguns poucos microns (milésimos de milímetro), ou seja, quase da mesma ordem de grandeza que a altura das asperezas, portanto, o regime de lubrificação é o limite mínimo, para evitar contato entre os metais .

to. Como esse movimento é continuado, com o tempo, começa a ocorrer um polimento da superfície do cilindro, chamado espelhamento A queima de óleo é um fato natural nos motores, pois a película retida pela rugosidade do cilindro (devido ao brunimento), na região da combustão, é queimada junto com os gases combustíveis, portanto, todos os motores consomem normalmente uma parcela previamente especificada de óleo lubrificante. Cada fabricante especifica o seu limite, entretanto, alguns fatores podem fazer com que o motor passe a queimar mais óleo do que o especificado. Abaixo, alguns fatores que fazem o motor consumir óleo lubrificante acima do normal: • Desgaste prematuro dos conjuntos anéis/camisas, provocado por: • Entrada de abrasivos (poeira, areia etc.) devido a uma falha no sistema de filtro de ar; • Falha nos bicos injetores (lavagem de cilindro); • Não atendimento aos requisitos para o correto amaciamento do motor. • Camisas espelhadas (sem brunimento), provocadas por: • Motor que trabalhou com pouca carga durante o amaciamento. • Motor que trabalhou em marcha lenta por longos períodos de tempo. • Conjuntos anéis/camisas, fabricados com materiais fora de especificação (não originais), que não resistem ao desgaste natural • Desgaste nas guias de válvulas. • Vazamentos ou obstruções no respiro do motor (podem fazer aumentar a pressão de óleo do cárter). Conjuntos anéis/camisas desgastados normalmente por longo período de traM balho.

Motor por dentro: a complexidade do mecanismo é o motivo da maioria dos mitos existentes

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Miguel fala sobre as verdades e mentiras sobre amaciamento de motores

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Máquinas Maquinas florestais

Divulgação

Avanços na floresta Assim como na agricultura, o setor florestal inova constantemente e oferece máquinas cada vez mais eficazes, seguras e completas, que parecem ter vida própria e muita sede de trabalho

O

processo de mecanização das operações florestais, intensificado na década de 90, buscou a redução ao redor de 25% do custo final posto fábrica dos custos de colheita, mas também se inspirou nos lemas “nenhum homem no solo” e “sem mãos na madeira”, utilizados pelo setor flores-

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tal sueco em seu esforço de mecanização iniciado nos anos sessenta. Esses lemas refletem não só a dificuldade do recrutamento de mão-de-obra para atividades com elevada exigência quanto ao esforço físico, mas também a preocupação quanto ao número e a gravidade dos acidentes de trabalho. Em

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2003, o setor industrial, englobando agricultura, floresta, caça e pesca, apresentou a maior taxa de fatalidades em acidentes de trabalho nos Estados Unidos, com 31,2 mortos em cada grupo de cem mil empregados. Considerando-se cada ocupação isoladamente, o trabalho de colheita florestal atingiu a primeira co-

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“A opção pela mecanização favorece a proteção do trabalhador florestal e a melhoria das condições de trabalho, com os projetos de cabines se aprimorando cada vez mais”

Fotos Valmet

Esquerda: Harwarder Valmet 801 Combi/330 Duo Direita: Vista da caixa de carga móvel do harwarder Valmet 801 Combi/330 Duo

locação, com a elevada taxa de 131,6 mortes em cada grupo de cem mil empregados. A opção pela mecanização favorece a proteção do trabalhador florestal e a melhoria das condições de trabalho, com os projetos de cabines se aprimorando cada vez mais. A mecanização das operações é conseqüência, então, desses fatores, mas acrescenta também o problema do impacto da utilização de máquinas no meio ambiente, com os avanços tecnológicos na colheita florestal procurando atender a todos esses aspectos.

HARWARDERS EM DESBASTE Há alguns anos vem sendo testado um novo tipo de máquina florestal: o harwarder (harvester-forwarder), uma combinação de uma colhedora com um trator florestal auto-carregável. O harwarder pode ter o espaço de carga montado em uma estrutura móvel, de maneira que as árvores possam ser introduzidas na máquina a partir de várias direções de corte, sendo feito o processamento dos troncos diretamente na caixa de carga. A largura da caixa de carga também é ajustável, e a mesma pode ser inclinada para

que as toras caiam suavemente. O harwarder pode competir com o sistema harvester + forwarder, se o tempo despendido com transporte não for uma fração muito grande do tempo total, haja vista que o harwarder não deixa de ser um forwarder mais caro. Algumas de suas vantagens referem-se ao trabalho menos monótono e à menor freqüência de tráfego em solos “sensíveis”. Um estudo comparou um modelo de harwarder com três modelos de harvesters de menor porte, especialmente projetados para desbastes: Sampo 1046X, Nokka Profi e Assa 810. A Tabela 1 apresenta os preços das máquinas, excluindo-se as taxas e os custos por hora operacional (E15 - inclui interrupções menores do que 15 minutos). A proporção média do tempo efetivo bruto (horas E15) foi 84,6%, para os harwarders, e 81,6%, para os harvesters projetados para desbaste. A disponibilidade técnica para os harwarders era de 79,1%, e, para os harvesters, de 84,5%. A produtividade dos harwarders foi calculada para uma distância de extração de 250 m e está apresentada na Tabela 2. A Tabela 3 apresenta a produtividade dos harvesters de menor porte em dife-

Tabela 1 - Preços das máquinas (• , excluindo taxas) e custos operacionais (• por hora E15) Máquina Sampo 1046X Nokka Profi Assa 810 Pika 828 harwarder Forwarder

Preço da máquina Custo operacional (• ) (• /E15) 140 496 54.0 223 784 61.5 168 259 56.9 269 215 62.1 172 465 51.2

Tabela 2 - Produtividade (m3/E15) de harwarders em diferentes tipos de corte Produtividade Tamanho médio Remoção média (m3/E15) do tronco (dm3) (m3/ha) Primeiro desbaste 3,81 89,4 41,5 Último desbaste 4,41 137,0 45,6 Corte raso 7,48 264,6 159,5

Tabela 3 - Produtividade (m3/E15) de harvesters para desbaste em diferentes tipos de corte. O tamanho médio do tronco (dm3) é dado entre parênteses Máquina

1°Desbaste

Nokka Profi Sampo 1046X Assa 810 Total (média)

8,81 (131,1) 6,26 (94,6) 7,65 (112,0) 6,92 (103,6)

Último Desbaste (m3/E15) 10,28 (129,5) 7,76 (121,7) 10,43 (177,5) 9,20 (140,3)

Corte Raso 12,07 (168,4) 12,97 (302,6) 19,47 (465,3) 16,18 (336,8)


“Cabeçotes multiprocessadores para harvesters propiciam o processamento simultâneo de mais de um tronco, sendo que o manuseio de múltiplas árvores durante a colheita de árvores menores pode aumentar a produtividade do harvester”

rentes condições de colheita. Os custos do harwarder nesse estudo foram maiores do que os sistemas compostos de harvester e forwarder.

CABEÇOTES MULTIPROCESSADORES

tada pelo volume menor das árvores do que a dos cabeçotes convencionais. O acumulador que mantém os troncos na vertical também pode reduzir os danos nas árvores remanescentes, por possibilitar ao operador controlar a direção de queda das árvores. Trata-se de um cabeçote com boas possibilidades de aplicação nas condições de florestas implantadas no Brasil, inclusive em povoamentos de eucalipto em segunda rotação. Fotos Skogforsk

Cabeçotes multiprocessadores para harvesters propiciam o processamento simultâneo de mais de um tronco, sendo que o manuseio de múltiplas árvores durante a colheita de árvores menores pode aumentar a produtividade do harvester. Um exemplo é o cabeçote multiprocessador Waratah HTH-470HD. Os principais elementos que permitem a esse cabeçote processar diversos troncos simultaneamente são: os “braços” de acumulação, que deixam os troncos na vertical após o corte; os quatro rolos de alimentação conectados mecânica ou hidraulicamente, que previnem o deslizamento do feixe de árvores durante o processamento; e a roda de aferição extralarga, que garante o contato constante com o feixe de árvores. A habilidade de manuseio de mais de um tronco por vez aumenta a produtividade da máquina entre 21 a 33% em média, quando comparada ao manuseio de troncos individualmente. Em média, os ciclos de trabalho com múltiplos troncos são mais longos do que ciclos com troncos únicos, mas a habilidade de processar mais do que um tronco, em cerca de 30 a 40% do total de ciclos, reduz o tempo de colheita por tronco. A qualidade de desgalhamento e a precisão na medição do comprimento das toras são comparáveis àquelas dos cabeçotes convencionais existentes no mercado, mas dependem da espécie de árvore. Essa tecnologia é indicada para o corte raso de árvores menores e desbastes comerciais, pois a sua produtividade é menos afe-

Desenho esquemático do cabeçote Waratah HTH-470HD

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Máquinas

Detalhe da ampliação da largura da caixa de carga do forwarder

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NOVO SISTEMA DE SUSPENSÃO Para a maior parte dos veículos, a capacidade de transporte é determinada pelo tamanho da carga e pela velocidade de cruzeiro. No transporte com forwarders, essas limitações podem ser reduzidas pelo ajuste da largura da caixa de carga, uso de sensores de peso para a carga e sistema de amortecimento na caixa de carga. Essas melhorias são a base do acessório denominado ALS (Active Load Space), disponível através de diversos fabricantes de forwarders. Atualmente, as caixas de carga dos forwarders são projetadas para toras com peso elevado. Conseqüentemente, quando sortimentos mais leves são extraídos, a capacidade da máquina não é utilizada em sua totalidade. O sistema ALS adapta a configuração do espaço de carga ao peso da ma-

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Divulgação

Fotos Timberjack

A expansão da largura da caixa, além de aumentar a capacidade, dá estabilidade à carga Detalhe da movimentação dos fueiros, ampliando a largura da caixa

tamentos de eucalipto para produção de celulose e papel.

deira, fazendo com que o forwarder opere sempre com carga máxima. O sistema consiste na montagem dos fueiros em cilindros hidráulicos com altura ajustável e amortecimento. O peso total da carga é registrado através de pressão hidráulica, e um aviso de advertência alerta o operador, quando ocorre excesso de carga. A estrutura de carga pode ser ampliada em 65 cm de cada lado, ampliando a largura em até 130 cm. Estudo feito pela Skogforsk (Suécia) concluiu que a maximização da capacidade de carga reduziu os custos de extração entre três e 13 centavos de dólar por metro cúbico sólido. Estudo feito com esse equipamento mostrou que o aumento médio no tamanho da carga (t) foi de 7%, para toras, e 23%, para madeira para celulose. A velocidade média do transporte com carga aumentou entre cinco e 10%, dependendo do tipo do terreno, assim como a estabilidade do forwarder, pela diminuição da altura do centro de gravidade. Pelo exposto, trata-se de um acessório cuja utilização deve ser estudada no Brasil, principalmente nos reflores-

CORTE RASO

Valmet

Ao mesmo tempo em que projetam máquinas de menor porte para operações de desbaste, os fabricantes de máquinas florestais mantém a oferta de grandes tratores com capacidade de atuar com as árvores de maiores dimensões que atingem o final do ciclo de produção florestal. Um exemplo é o harvester Valmet 941/370, equipado com o cabeçote Valmet 370 e grua com 10 m de alcance. O modelo 941, com capacidade de diâmetro de corte de 700 mm, é um dos maiores harvesters de pneus com um cabeçote processador, existentes no mercado. Pesando 23,5 mil kg, conta com motor com 204 kW de potência e capacidade de levante do cabeçote de 16,3 kN.

Harvester Valmet 941/370 com o cabeçote em destaque


“Atualmente, nota-se a preocupação com a redução da dependência do uso de mão-de-obra, inclusive no Brasil”

CONSIDERAÇÕES FINAIS

“Toras curtas” semi-automático

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Máquinas

Os avanços tecnológicos na área de colheita de madeira continuam ocorrendo e não se restringem unicamente ao lançamento de novos modelos de tratores florestais, englobando inclusive desenvolvimentos em sensores, instrumentação de apoio e aprimoramento dos equipamentos já existentes. Atualmente, nota-se a preocupação com a redução da dependência do uso de mão-de-obra, inclusive no Brasil, mas os estágios de sofisticação quanto ao nível de tecnologia adotado em cada país serão bem variáveis, não se vislumbrando, por exemplo, a adoção da automação de harvesters em médio prazo no nosso país. O uso de simuladores também vem sendo ampliado, servindo inclusive para desenvolvimento e teste de novos modelos de máquinas, avaliando-se as suas perspectivas de aceitação e viabilidade em um mercado consumidor extremamente diversificado ao redor do mundo. Enquanto isso os projetistas dão asas à imaginação e desenham máquinas que talvez nossos filhos e netos venham operar alM gum dia .

O sistema está projetado para trabalhar com um harvester com controle remoto e dois forwarders, com produtividade situada entre as obtidas com sistemas com um ou dois harvesters e dois forwarders. A variável crítica nesse sistema é a distância de extração, sendo que a previsão do preço de venda do Besten está entre US$ 165 mil e US$ 250 mil, mais barato do que um harvester convencional. Parte dessa economia deve-se à eliminação das dispendiosas cabines modernas, mas é necessário considerar-se também uma despesa extra ao redor de US$ 22 mil na adaptação do forwarder. Fotos Skogforsk

Fernando Seixas, Esalq/USP

Divulgação

A

preocupação dos escandinavos com a automação das máquinas florestais é devida ao crescente custo da mão-de-obra e ao aumento das restrições de segurança das cabines, o que poderá implicar no aumento dos preços das máquinas, chegando a viabilizar a automação. A empresa sueca Fiberpac AB tomou a dianteira e desenvolveu um harvester operado por controle remoto, batizado como “Besten” (Besta), cujo protótipo ficou pronto em novembro de 2003. Trata-se de uma máquina com seis rodas, equipada com esteiras Eco da Olofsfors/Hultdins, sem cabine e sem operador. Ele é conduzido freiando-se as rodas de um lado ou outro da máquina, e o nivelamento é controlado automaticamente por um computador ou remotamente pelo operador. Um motor John Deere de 225 hp equipa o harvester, que conta também com uma grua com 8,7 m de alcance. O operador senta na cabine de um forwarder especialmente adaptado, equipado com um computador e uma tela, além de um conjunto completo de alavancas próprias do harvester. O harvester Besten é uma máquina indicada somente para corte raso, com o forwarder posicionado ao seu lado de tal modo que a sua cabine fique próxima e no mesmo plano com a frente do harvester. O desgalhamento e a toragem são feitos diretamente sobre a caixa de carga do forwarder, evitando-se que as toras toquem o solo, usandose a grua do fowarder somente para descarga. A utilização desse sistema de colheita elimina o tempo normalmente gasto pelo forwarder na coleta das toras depositadas sobre o terreno, o que chega a representar 25% do tempo operacional do forwarder e 41% do seu consumo de combustível. O consumo de combustível do Besten é semelhante ao de um harvester convencional. Outras vantagens na área de ergonomia referem-se ao baixo nível de ruído, menor vibração e maior variedade de tarefas para o operador, evitando-se a monotonia de operações repetitivas.

Detalhes da máquina controlada remotamente

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Projetos mais arrojados já estão em desenvolvimento e, em alguns casos, já saíram do papel e estão operando

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Implementos valetadeira

Massey Ferguson

Mulching vertical O sistema conhecido como mulching vertical, para o controle do escoamento superficial no plantio direto, exige máquinas simples e auxilia na absorção de água e nutrientes no solo

C

om a adoção do sistema plantio direto, praticamente não existem mais perdas de solo por erosão hídrica, induzindo os agricultores do Planalto a retirarem os terraços de suas lavouras. Entretanto, em solos que apresentam camadas de impedimento (pé de arado), as perdas de água, nutrientes e matéria orgânica por escoamento superficial são maiores do que nas condições anteriores. A consolidação e a sustentabilidade do sistema plantio direto, com preservação do meio ambiente, em solos que apresentam impedimento físico, dependem fundamentalmente da redução do escoamento superficial. A técnica do Mulching Vertical em sistema plantio direto foi testada a campo em um projeto integrado da Universidade Federal de Santa Maria, Embrapa e Semeato, envolvendo pesquisadores, alunos de graduação e de pós-gradua-

ção, com o objetivo de avaliar o comportamento de diferentes espaçamentos do mulching vertical no escoamento superficial da água em condições de alta intensidade de chuva simulada. O trabalho foi desenvolvido em latossolo vermelho distrófico típico, com declividade média de 7,5 %, cultivado por mais de 12 anos no sistema plantio direto, na unidade de mapeamento Passo Fundo. Os tratamentos constituíram-se de parcela sem mulching vertical (testemunha), mulching vertical a cada 5 m e mulching vertical a cada 10 m, em área de plantio direto com soja. A técnica do mulching vertical consiste em abrir um sulco em nível, perpendicularmente ao declive, acompanhando as curvas de nível do terreno, com dimensões de aproximadamente 0,08 m de largura por 0,40 m de profundidade, ultrapassando a camada de impedimento (pé de arado), enchendo-o com palha de trigo, compactando a palha o suficiente para dar sustentabilidade às paredes do sulco e evitar o desmoronamento. A abertura do sulco foi rea-

lizada com uma valetadeira rotativa originalmente desenvolvida para drenagem localizada em solos de várzea. As parcelas mediam 3,5 m de largura por 22 m de comprimento, perfazendo uma área de 77,0 m2. Para manter a enxurrada na parcela, de forma que o fluxo de superfície não fosse deslocado para as parcelas vizinhas, essas foram delimitadas por chapas de aço galvanizadas introduzidas no solo até a profundidade de 0,10 m. Na parte inferior de cada parcela, foram construídas e instaladas calhas coletoras de enxurrada. Para avaliar o comportamento hidrológico dos tratamentos, um simulador de chuva foi construído e calibrado, para aplicar diferentes intensidades de precipitação. A intensidade máxima testada foi de 111 mm/h durante uma hora com uma pressão de serviço de 2 kgf/cm2. O ajuste da pressão de serviço foi realizado variando-se a rotação do motor por meio de um conversor de freqüência conectado ao motor elétrico da bomba centrífuga. Na área experimental, foram instalados dois pluviômetros eletronicamente instrumentados, conectados a datalogger, para monitorar a lâmina aplicada e acionar o sistema eletrônico dos sensores de nível nas calhas medidoras HS, o que permitiu determinar o volume de água escoada de cada parcela, armazenando os dados em datalogger a cada 15 segundos.

RESULTADOS Ilustração da aplicação do mulching vertical em lavouras

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Máquinas

Campo experimental onde foram conduzidos os testes de avaliação do sistema

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Os resultados demonstram que o mulching vertical a cada 5 m e a cada 10 m controlam o escoamento superficial em 73,9 % e 55,3 %,

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“A adoção da técnica do mulching vertical em uma bacia hidrográfica, a médio e longo prazo, contribuirá para a sustentabilidade do sistema plantio direto”

Fotos Afranio Righes

Conversor de freqüência utilizado nos experimentos A operação exige, além do trator, uma valetadeira, máquina bastante simples existente no mercado nacional

respectivamente, sob intensidade de chuva simulada de 111 mm/h quando comparado com a testemunha. Nos testes realizados com intensidade de chuva de 70 mm/h durante uma hora, não ocorreu escoamento superficial em nenhum dos tratamentos com mulching vertical. Na camada de impedimento ao fluxo de água, situada logo abaixo da camada que era mobilizada pelos arados, no sistema convencional, a macroporosidade do solo atingiu valores menores do que 11%. O aumento da densidade do solo, pelo tráfego de máquinas agrícolas, e do adensamento, pelo provável deslocamento de argila natural, obstruiu os poros, sendo o principal responsável pela redução da taxa de infiltração de água no solo. O plantio direto por si só não resolve todos os problemas. A recuperação da estrutura do solo e o rompimento das camadas de impedimento, usando plantas recuperadoras, técnicas mecânicas e muitas outras práticas de manejo, devem ser utilizados para enfrentar os problemas da “seca” em períodos de estiagens e das “enchentes” em períodos de altas precipitações. Entretanto, a recuperação da estrutura do solo não ocorre imediatamente após a instalação do sistema plantio direto. Este é um processo lento e contínuo que envolve atividades físicas, químicas e biológicas, necessitando novas tecnologias e conhecimentos agronômicos.

Em locais com precipitação de alta intensidade a técnica do mulching vertical, além de aumentar a infiltração da água no solo, proporciona ainda um retardamento do início do escoamento superficial, quando comparado com a testemunha, fator este fundamental para a redução do pico de descarga e enchentes nos rios. Conclui-se que a adoção da técnica do mulching vertical em uma bacia hidrográfica, a médio e longo prazo, contribuirá para a sustentabilidade do sistema plantio direto com as seguintes vantagens: • Aumenta o tempo de concentração em bacias hidrográficas, reduzindo o pico de enchentes e estabilizando as vazões dos rios; • Reduz o escoamento superficial, proporcionando menor perda de nutrientes do solo; • Reduz a poluição química (principalmente nitrogênio e potássio) e de pesticidas nos rios, contribuindo para a melhoria da qualidade da água utilizada para o abastecimento humano em áreas urbanas; • Aumenta a taxa de infiltração de água no solo e, conseqüentemente, recupera as nascentes e a perenidade de rios e riachos em períodos de estiagem; • Aumenta a recarga dos aqüíferos subterrâneos, fator importante na manutenção do nível dinâmico e de vazões em poços artesianos;

O pesquisador Afrânio Righes garante que o sistema diminui o escoamento de água e nutrientes

• Reduz a disseminação de doenças fúngicas no fluxo de superfície para outras regiões agrícolas; • Incrementa o conteúdo de matéria orgânica, pela incorporação profunda de palha para o enchimento dos sulcos, que se transforma em colóides orgânicos, aumentando a CTC (capacidade de troca catiônica), que atuará favoravelmente na fixação de elementos químicos e pesticidas carreados com a água, evitando a poluição dos mananciais; Aumenta o volume de água armazenado no perfil, proporcionando maior disponibilidaM de às culturas em períodos de estiagem. Afranio Almir Righes, Unifra


Pulverização aviação

Vôo de gigantes P

rincipalmente na região CentroOeste, tem-se observado que as empresas aplicadoras complementam suas frotas de aeronaves de pequeno e médio porte com novos modelos, com maiores capacidades de carga, a fim de atenderem fazendas com grandes áreas de plantio e tratarem muito mais hectares a cada hora de vôo. Os modelos turbo-hélice, antes restritos ao mercado externo, estão conquistando seu espaço na aviação agrícola brasileira. Entre as principais características, está o tipo de combustível que utilizam, o querosene de aviação, ao contrário dos demais, que adotam a gasolina. Esses gigantes do campo voam em velocidades superiores a 200 km/h, tratam faixas com larguras quase 100% maiores que aviões como Ipanema e Cessna, possibilitando rendimentos operacionais médios superiores a 150 ha/h e distribuição dos insumos muito uniforme. Em seus tanques, podem ser acondicionadas quantidades de líquido entre 1,5 mil e três mil litros, que, além da pulverização aérea convencional, têm um outro mercado muito promissor: o de combate a incêndios florestais, tradicionalmente adotado em países como Canadá, Austrália, Espanha e Chile. No Rio Grande do Sul, essas aeronaves de grande capacidade estão sendo empregadas na cultura do arroz, principalmente para adubações com fertilizantes nitrogenados, como a uréia, que, freqüentemente, é aplicada em doses de 60 a 100 kg/ha. Como exemplo, destacamos que na última safra agrícola a aeronave Turbo Kruk da empresa Pla e Silva, sediada no município de Santa Vitória do Palmar (RS),

operou com cargas de 1 mil kg do produto a cada decolagem, adubando uma média de cem hectares por hora. Em Goiás, observamos que o Air Tractor 502 turbinado, da empresa Aerotex, situada no município de Montevidiu, precursora do uso da moderna tecnologia BVO (Baixo volume oleoso) no Brasil, tem conseguido pulverizar fungicidas, para combater a terrível ferrugem

Avião Turbo Kruk, utilizado no Rio Grande do Sul, para aplicação de fertilizantes com cargas de mil quilos, em doses de 60 a100 kg/ha

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Máquinas

asiática da soja com grande rapidez; lavouras com área média de 200 hectares são tratadas com uma única carga de 1,8 mil litros, no período de apenas uma hora de trabalho. Recentemente realizamos uma edição do Curso para Usuários de Aviação Agrícola, na cidade de Campo Verde, no Mato Grosso. O evento teve por objetivo capacitar agricultores e técnicos, principalmente os engenheiros agrô-

O Air Tractor turbo da empresa Americasul, aplicando com baixa vazão, depositou 40 gotas por centímetro quadrado

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“Lavouras com área média de 200 hectares são tratadas com uma única carga de 1,8 mil litros, no período de apenas uma hora de trabalho”

Charles Echer

Aeronaves agrícolas de grande porte estão sendo cada vez mais utilizadas no Brasil, devido ao incremento na adoção de pulverizações aéreas em lavouras de grandes extensões Fotos Eugênio Schröder

Eugênio fala sobre o uso de aviões de maior porte na pulverização aérea

nomos envolvidos com assistência técnica de tratamentos fitossanitários nas culturas do algodão e soja, para que conheçam melhor esta tecnologia e possam usufruir integralmente de seus benefícios. Nas aulas práticas do curso, o grande destaque foi a pulverização realizada por uma aeronave Air Tractor turbo, da empresa Americasul, equipada com atomizadores para baixas

vazões e guiada por sistema GPS, o que possibilita distribuir volumes menores do que dez litros de calda por hectare, ou seja, menos de um mililitro por metro quadrado. A análise de gotas capturadas em coletores especiais convenceu os participantes da elevada eficiência do sistema, observando-se deposição superior a 40 gotas por centímetro quadrado de superfície tratada, inclusive sob a ve-

getação, o que assegura que todas as partes das plantas ficam protegidas pelos produtos químicos do ataque das pragas. Um benefício dessas aplicações tão rápidas é poder selecionar determinado período do dia com condições ambientais favoráveis de temperatura, umidade relativa do ar, velocidade dos ventos e, nesse momento ideal, tratar um maior número de hectares, assegurando a máxima eficiência dos agroquímicos, com o menor impacto ambiental possível. Outra vantagem dessas aeronaves é o baixo custo das pulverizações, pois, embora sejam equipamentos mais caros, apresentam altíssima produtividade, resultando num preço final do hectare tratado bastante compensador para o agricultor. As próximas edições do Curso para Usuários de Aviação Agrícola estão sendo agendadas no site www.eugenioschroder.cjb.net, com o objetivo de apresentar modernas soluções tecnológicas para a agricultura brasileira, com foco na sustentabilidade ecoM nômica e ambiental. Eugênio Passos Schroder, Schröder Consultoria Divulgação

Modelo Dromader, recentemente chegado ao Brasil, vai operar na região de Toledo (PR), com tanque de 2,5 mil litros


Negócios lançamentos

Texto Assessoria

Força para o campo As empresas de máquinas continuam apostando forte e apresentaram grande gama de produtos no Agrishow 2005

O

cenário internacional favorá vel - preços positivos no mer cado, a recente vitória do Brasil junto a OMC (Organização Mundial do Comércio), que julgou ilegais os subsídios concedidos aos produtores europeus, e a competência brasileira na produção determinaram o sucesso da canade-açúcar, que foi destaque, juntamente com os setores do café e da laranja, no Agrishow 2005. Diversas indústrias apresentaram novidades para o setor canavieiro na Agrishow. As empresas de máquinas e equipamentos agrícolas estimam que, atualmente, o setor de cana responde por 10%

Carretel enrolador TR 40 da Lindsay, recomendado para culturas de citrus, grãos e cana

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Máquinas

a 15% do mercado. Neste ano, porém, a participação do setor canavieiro deve ser ainda maior. A seguir, apresentamos os principais destaques lançados na feira deste ano.

LINDSAY Novas alternativas para a irrigação. Este é o conceito que norteia os lançamentos da Lindsay. O Carretel enrolador TR40 possui o mesmo princípio de funcionamento do pivô central, porém, adaptase melhor a áreas pequenas e não uniformes. O TR-40 vem equipado com mangueira de polietileno de 400 m de comprimento e até 110 mm de diâmetro, possui recarregamento de bateria por meio de energia solar e sistema hidráulico para giro do tambor. A turbina vem integrada com a caixa redutora, e o controle de velocidade do aspersor é feito eletronicamente. Três modelos opcionais de aspersores podem acompanhar o equipamento: Komet 140, 160 ou Nelson SR 150. A faixa de vazão do TR-40 fica entre 35 e 80 m3/h e a faixa pressão entre 7 e 13 Kgf/cm2. Segundo a Lindsay, o custo inicial do equipamento é até três vezes menor do que o pivô central. O TR-40 é recomendado

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para as culturas de citros, grãos e canade-açúcar.

MAGGION A Maggion Indústria de Pneus e Máquinas Ltda. apresentou ao mercado três novas opções de pneus aplicados ao meio rural. O 11L15 MHF pode ser usado em implementos agrícolas, como tanques de irrigação e vagões forrageiros. Ele é capaz de suportar uma carga máxima de 1,45 mil kg e pressão de até 52 Lbs/Pol2 no limite de velocidade de 32 km/h. O modelo 9.0016 MTF2, utilizável em tratores, suporta uma carga máxima de 1,25 mil kg, 60 Lbs/

Três novas opções de pneus agrícolas foram apresentadas pela Maggino

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Fotos Pedro Batistin

Depois dos tratores Exitus, agora a New Holland lançou a colhedora TC 57 Exitus

Pol2 de pressão, à velocidade de 32 km/h. Já, o 7.50-16 Frontieira, também utilizável em tratores, suporta uma carga máxima de 870 kg, 56 Lbs/Pol2 de pressão á 32 km/h de velocidade máxima.

NEW HOLLAND O lançamento da New Holland, a colhedora TC57 Exitus, apresenta uma tecnologia adaptada aos médios produtores brasileiros. O modelo conta com elevador de palha equipado com embreagem mecânica, cilindro de debulha com gamas de velocidade que variam de 425 a 1150 rpm, saca-palhas com área de 5,63 m2 e até 212 rpm. A TC57 Exitus conta com uma grande área para a separação e limpeza de grãos, suas peneiras alcançam 4,13 m 2. A capacidade de armazenagem do modelo chega a cinco mil litros, e a velocidade de descarga, a 53 l/s. Seu picador de palhas tem rotação entre 1,6 mil e 2,8 mil rpm. O motor turbo que a equipa é da marca Gênesis, com 170 cv de potência. Seu sistema de transmissão é mecânico.

PARRUDA A Montana acaba de lançar o pulverizador autopropelido Parruda MA 2025H 4 x 4. Desenvolvido com tecnologia de ponta, o modelo é capaz de atender a grandes áreas e suportar longas jornadas de trabalho, mesmo em terrenos acidentados. O Parruda tem regulagem de bitola de 10 em 10 cm, bomba de pulverização centrífuga, com capacidade de 430 l/min, e bomba de reabastecimento auto-escorvante, com capacidade de 500 l/min. As barras alcançam um comprimento total de 25

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metros e são totalmente hidráulicas, com quadro auto-estável. O MA 2025-H tem suspensão pneumática ativa, cabine com ar condicionado e reservatório para mistura e lavagem de frascos, com capacidade para 20 litros. O sistema hidrostático 4 x 4 é do tipo hidro-constante, com motores de roda de alta tecnologia.

CUMMINS A Cummins, maior fabricante independente de motores diesel do mundo, lançou um motor eletrônico especialmente projetado para aplicações agrícolas. O QSC Tier III, de 8,3 litros, reúne uma série de vantagens: é cerca de 5% mais econômico que um similar mecânico de mesma potência, possui diversos sensores eletrônicos que indicam o momento ideal para a manutenção e também permitem uma completa interação com o operador. Com uma participação estimada em 30% no mercado brasileiro de colhedoras, a Cummins oferece uma gama de motorização para equipamentos utilizados na agricultura que vai de 0,9 a 15 litros.

AGROSYSTEM A Agrosystem, somando a força de três grandes empresas mundiais, lançou no mercado uma das mais completas linhas para pulverização agrícola. Da Lecher, foram apresentados bicos de alta precisão, capazes de emitir, sistematicamente, jatos de spray iguais - um após o outro. Da Geo Line, divisão setorial da italiana Tecomec, vem uma linha completa de componentes e acessórios, como comandos manuais e elétricos, válvulas, filtros de linha e aspiração, porta-bicos, tampas etc.

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Sonda canavieira oblíqua, lançada pela Motocana, agiliza a operação de amostragem

E, da australiana Farmscan, o destaque fica com equipamentos eletrônicos para monitoramento, como o CanLink 3000. O modelo possui um completo sistema de guia visual, que permite ao operador trabalhar em diferentes modos de direção, e tem a capacidade de armazenar os últimos cem trabalhos efetuados. Ele mostra diretamente em seu display uma estrada virtual, facilitando ao operador a visualização do caminho a ser seguido. O console CanLink 3000 permite atualizações, para trabalhar com taxas variáveis e demais funções.

MOTOCANA A sonda canavieira oblíqua SO-04, lançada pela Motocana, extrai amostras de cana-de-açúcar na real condição recebida nas usinas. É de rápida movimentação, de baixo custo e fácil manuseio. Possui alimentação elétrica e funciona acionada por motores hidráulicos. O tempo do ciclo de amostragem é de 1 min e 25 s. A SO-04 pode fazer de 25 a 30 amostras

Beneficiadoras de mamona da Nux possuem uma moega com de pinos batedores em borracha lonadano

Máquinas

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ram ao mercado, apresentam grande funcionalidade e boa autonomia de carga. A menor distância entre a unidade de corte, adubação e sementes é ideal para trabalhar em terrenos inclinados. As unidades de plantio podem ser do tipo defasado ou paralelo. Os cobridores em “V,” côncavo e/ou banda larga. Os modelos também contam com adubadores pantográficos. Discos de cortes e sulcadores conjugados no sistema pula-pedra, regulagem de profundidade e afastamento do sulcador padrão são outros destaques da linha.

DIVIMAP

Nova linha de plantadoras Jumil JM 5090 EX e JM 5080 MG com distribuição pneumática de sementes

por hora.

NUX

na. O modelo 30 D utiliza um motor de 10 cv. A BDM 50 D necessita de dois motores de 7,5 cv.

JUMIL

As beneficiadoras de mamona BMN 30 D e BMN 50 D, da Nux Máquinas Agrícolas, trazem algumas novidades. Os modelos agora possuem uma moega dotada de rotor descachopador, provido de pinos batedores em borracha lonada. Os pinos, que retiram as bagas (frutos) da mamona dos cachos, executam a desgrana e facilitam o benefício do produto. A novidade implica em maior produtividade, pois elimina completamente a desgrana manual no processamento da mamo-

Distribuição pneumática de sementes, a vácuo ou mecânica; duplo conjunto de unidade de corte; menor espaçamento para plantio adensado; aplicação simultânea de adubos nitrogenados e NPK, possibilidade de plantio consorciado e maior zig-zag são algumas das novidades que compõem a mais nova linha de plantadoras da Jumil. Os modelos JM 5090 EX e JM 5080 MG, que recentemente chega-

Recolhedora de palha de cana da Divimap, para tratores com potência de 84 cv

Uniport distribuidor de NPK, lançado pela Jacto em Rondonópolis: garantia de maior autonomia

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Máquinas

A Colhipalha, colhedora de palha de cana-de-açúcar, é o novo produto apresentado pela Divimap – Máquinas e Peças Ltda. A máquina, ideal à produção de biocombustível para a geração de energia, tem sistema de corte no tamanho ideal para a queima, acoplamento lateral ou frontal no trator e uma robusta estrutra. Também faz o enleiramento da palhada, deixando no solo, para a incorporação, de 20 a 30% do material cortado. A potência mínima do trator para acoplamento deve ser de 85 cv.

HIDROCANA

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A Hidrocana desenvolveu um kit para hidrólise da cana-de-açúcar a ser utilizada na nutrição animal. O equipamento serve para a dosagem adequada da solução de cal, uréia ou inoculantes, diretamente na forrageira. Seu sistema de funcionamento é automático - permite a interrupção da dosagem, quando não há entrada de forragem na máquina. Isso ga-

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Fotos Pedro Batistin

Colhedora de seis pneus foi a atração da Santal na feira

rante uma correta dosificação e homogeinização do material, dando total segurança aos animais tratados. O kit hidrocana é de fácil instalação e não altera as características de funcionamento da forrageira. O equipamento é provido de uma bomba centrífuga para circulação do líquido, o que mantém a constância da calda. Os reservatórios do produto são de 50, 100 ou 200 litros.

JACTO A Jacto apresenta a Adubadora Uniport 3000 NPK Canavieira, equipamento de alta produção diária, precisão e uniformidade na aplicação de fertilizantes sólidos granulados. Com sistema de distribuição do adubo através do fluxo de ar, aplica em nove linhas simultaneamente. Transita com facilidade sem causar danos às plantas de até 1,40m de altura. Trabalha dia e noite a uma velocidade de até 18 km/h. A cabine especial, que foi projetada para garantir baixo nível de ruído interno, conta com ar-condicionado, bancos ajustáveis e comandos bem posicionados proporcionando conforto, segurança e facilidade ao operador. Opcionalmente, pode vir equipada com sistema de apli-

Nova Hilux da Toyota, mais moderna e completa

cação a taxas variáveis, que distribui o adubo na quantidade necessária e no local exato, seguindo mapas de recomendação de fertilizantes orientados por GPS (Sistema de Posicionamento Global).

SANTAL A Santal lançou um veículo de transbordo com capacidade para dez toneladas de cana. A empresa também aposta na colhedora de seis pneus, da linha Tandem, lançada no ano passado.

CASE A Case apresentou um trator guiado a GPS (Sistema de Posicionamento Global) que permite realizar operações repetitivas com mais precisão. A repetição precisa de operações no cultivo de cana é fundamental para o bom desenvolvimento da cultura.

TOYOTA A Toyota do Brasil apresentou a nova Hilux, picape recém-lançada no mercado brasileiro, que combina robustez e resistência com luxo e conforto. A picape con-

Primeiro pneu radial da Goodyear lançado no Brasil

ta também com novas motorizações - tecnologia (D-4D). O torque alcança seu nível máximo de força em baixas rotações, o que otimiza o desempenho do modelo na cidade e em percursos fora-de-estrada. A nova Hilux é oferecida em dez versões, com ambos os tipos de tração (4x2 e 4x4), dois tipos de carroçarias – cabine simples e dupla. Dentre estas, há uma versão cabine e chassi.

GOODYEAR A Goodyear deu destaque para o seu primeiro pneu radial agrícola produzido no Brasil. O modelo DT 806 Optitrac é um produto pioneiro na América Latina. Segundo informa o gerente de produtos e pneus agrícolas da Goodyear do Brasil, José Eduardo dos Santos, no mercado europeu de pneus, os índices de radialização são superiores a 80%. “Com a família Optitrac, estamos trazendo para o Brasil o que há de mais inovador em tecnologia de pneus agrícolas, conhecida e aprovada por milhares de agricultores europeus e norte-americanos”, explica Santos. Segundo a empresa, o pneu radial agrícola de tração DT 806 Optitrac foi exaustivamente testado em solos brasileiros. Consumidores e grandes frotistas agrícolas do país participaram dos testes. O IAC (Instituto Agronômico de Campinas) e o Núcleo de Ensaio de Máquinas e Pneus Agrícolas da Faculdade de Ciências Agronômicas da Unesp – Botucatu (SP) foram os responsáveis pelas avaliações.

KEPLER WEBER Trator Case IH guiado por GPS foi a atração da empresa no Agrishow de Ribeirão

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A Kepler Weber apresentou sua nova linha de máquinas de limpeza. Os produ-

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MASSEY FERGUSSON Diversificação tem sido o diferencial da Massey Ferguson. Os tratores equipados com as cabinas Advanced, das séries MF 200, MF 600, MF 5000 e MF 6000, foram novamente expostos, atendendo a todas as faixas de potência. O destaque fica com o trator MF 5290/4 8x8 Export, apresentado pela primeira vez na região de Ribeirão Preto (SP). O MF 5290 Export é um modelo exportado desde 2003, conhecido e utilizado pelos agricultores europeus por sua versatilidade no preparo do solo, silagem, plantio e tratos culturais. Desenvolvido e produzido pela Massey Ferguson na fábrica de Canoas (RS), o modelo está agora disponível também para o mercado brasileiro. Entre as colhedoras da Massey Ferguson disponíveis na Feira, os modelos MF 34 e MF 5650 chamaram a atenção. Os modelos estão configurados de acordo com o Conceito Multicrop. O sistema prevê ajustes de plataforma, permitindo que a mesma máquina colha tipos diferentes de grãos com alto desempenho e baixo custo. As colhedoras Massey Ferguson vêm equipadas com tração nas quatro rodas, o que acelera a colheita e facilita o deslocamento, principalmente em regiões de solo úmido e de difícil acesso. As máquinas Massey Ferguson também estão preparadas para trabalhar com AP (Agricultura de Precisão). O sistema

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Fieldstar da MF permite a realização do ciclo completo de AP. Todas as informações são monitoradas pelas máquinas, que controlam desde componentes próprios, como o funcionamento do motor, até as regulagens dos implementos, permitindo a aplicação à taxa variárel de fertilizantes, sementes e agroquímicos, racionalizando a distribuição de insumos. Na colhedora, o Fieldstar realiza o registro preciso das informações da colheita, possibilitando a geração de informações e mapas que auxiliam na tomada de decisões agronômicas e gerenciais da lavoura. A utilização do Fieldstar permite maior rendimento da lavoura com economia e garante eficácia no trabalho.

ORION A empresa, especializada na fabricação de aviões experimentais, tem como seu principal produto o ultraleve Eagle F1-A. O modelo pode ser utilizado para aviação desportiva e ensino de pilotagem. No agronegócio, pode ser usado no monitoramento de lavouras, vigilância de rebanhos, locomoção, observações topográficas e controle ambiental. O F1-A é equipado com motor Volkswagen e tanque de combustível de 47 litros. Possui bordo de ataque rígido, nervuras em madeira laminada e longarinas tubulares em alumínio. O compensador do profundor tem acionamento da cabine via cabo, e os ailerons são do tipo fullspan-flaperon

com três posições. Os trens de pouso do ultraleve, em aço, são do tipo bequilha comandável, e a carrenagem em fibra de vidro, laminada e pintada. O peso máximo para decolagem não pode ultrapassar 450 kg.

CIVEMASA A Civemasa Implementos Agrícolas acaba de lançar dois novos modelos de carregadoras canavieiras, a CIV 85 e a CIV 100. Motores Cummins, de 85 e 100 cv, equipam, respectivamente, as máquinas. A capacidade de carga da CIV é de 1,2 mil kg. A garra é do tipo maçã, o que confere certa vantagem ao equipamento. O consumo de combustível fica entre 4,5 e 5,0 l/h. O rendimento do trabalho chega a 120 t/h. Numa jornada de dez horas, pode atingir a marca de 1 mil t/dia. É recomendável , para os modelos CIV, ajuste do torque a partir de 6 mil horas trabalhadas ou duas safras. Os modelos da Civemasa vêm equipados com giro da lança de 180 graus e acionamento por joystick, com garfo centralizado, que praticamente inviabiliza arranque de soqueiras, e com lança que atinge grande alcance, o que reduz o nível de impureza no carregamento. O chassi é em monobloco robusto. A cabine panorâmica tem ar refrigerado e painel completo. Os freios de serviço em multi-disco são com banho de óleo nas quatro rodas, e o sistema elétrico é de 12 v, com alternador de 55 A e motor de partida de 3 kw. M

Fotos Pedro Batistin

tos, já aprovados em testes realizados por produtores, estão entrando em comercialização. Desenvolvida para atender aos mais diversos tamanhos de propriedade rural, a nova linha de máquinas de limpeza da Kepler Weber conta com sete versões – com capacidades nominal de beneficiamento variando de 30 até 300 t/h. Com design mais compacto, a linha SCS (Safety Cleaning System) visa também ao mercado internacional. Os limpadores dispõem de sensores de segurança nas peneiras, são de fácil operação e não necessitam de limpeza contínua. O acionamento, com menor número de peças móveis, aumenta a confiabilidade das máquinas e permite a redução do tempo de manutenção e de itens de reposição. A SCS foi projetada para reduzir a emissão de pó ao ambiente. Para isso, todas as versões utilizam câmera de aspiração, com sistema de recirculação de ar e filtragem por mangas. Operam com movimento orbital circular que apresenta um funcionamento suave e silencioso e trazem, como item opcional, a possibilidade de quadro elétrico de proteção e comando dos motores.

Carregadora canavieira da Civemasa: giro de 180º e joystick para facilitar a operação

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Negócios lançamentos

Fotos John Deere

Nova série A John Deere Brasil apresentou ao mercado três novos modelos de tratores. São os tratores 6415, com motor turbo de quatro cilindros e 106 CV; o 6615, com 121 CV; e o 7515, com 140 CV, ambos com motores turbo de seis cilindros, formando a Série 15

A

s inovações na Série 15 começam no estilo. O design, atualizado ao padrão mundial da John Deere, oferece melhor visibilidade e conforto, com plataforma elevada e teto baixo, assento em posição ergonômica e outras facilidades para o operador. Todos os tratores estão disponíveis com EPCC (Estrutura de Proteção contra Capotagem), ou cabine, incorporando esta estrutura, e cinto de segurança. Com o capô basculante, todos os pontos de serviços diários podem ser acessados facilmente do nível de solo. Entre as inovações introduzidas para melhorar o desempenho, há um novo filtro de ar, que possibilita maior tempo de trabalho sem necessidade de limpeza. O novo filtro, com capacidade superior de filtragem, durabilidade cerca de 2,5 vezes superior aos convencionais e com maiores intervalos entre limpeza, permite até cinco limpezas, oferece melhor performance e menores custos. O filtro atende aos motores agrícolas John Deere que têm uma elevada reserva de torque, que se traduz em maior produtividade e baixo consumo de combustível. O nível do óleo da transmissão e do sistema hidráulico pode ser verificado rapidamente através de um visor transparente, mais facilidade para o operador. Os pontos de manutenção diária são acessados facilmente, e a manutenção pode ser realizada sem ferramentas. A correia do motor, altenador e bomba d´água

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possui um tensionador automática que a mantém na tensão correta, livrando de manutenção. Os novos tratores possuem cabine escamoteável que permite um fácil acesso a diversos componentes. Essa característica diminui muito o tempo na oficina e os custos de manutenção. Não há necessidade de desacoplar as mangueiras do ar condicionado, o que evita o custo adicional, para repor este gás. Os tratores da nova série apresentam o menor raio de giro da categoria, com o exclusivo bloqueio progressivo da tração dianteira, que proporciona maior facilidade de manobras e mais eficiência. O eixo dianteiro com tração é standard. A transmissão tem embreagem hidráulica multidisco PermaClutch II™, mais eficiente e com longa vida útil. A caixa de câmbio pode ser SyncroPlus™ (standard) com 12 marchas à frente e quatro a ré totalmente sincronizadas, inclusive a reversão, ou PowerQuad™ (opcional) com 16 marchas à frente e 16 a ré. Possibilita a troca de quatro marchas PowerShift (sem embreagem e sem interromper o fluxo de potência) para cada um dos quatro grupos totalmente sincronizados. O sistema hidráulico de alta vazão (66 l/ min ou 100 l/min), com sistema Load Sensing™, garante prioridade para direção e melhor desempenho do controle remoto e levante hidráulico. O levante hidráulico possui contro-

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le eletrônico de tração e posição. A nova série possui acionamento eletro-hidráulico de embreagens multidisco na tomada de potência, tração dianteira e bloqueio do diferencial traseiro. Os tratores permitem diagnóstico por computador (Service Advisor) e instalação do Piloto Auxiliar (Parallel Tracking), que é um sistema de navegação da John Deere e faz parte do AMS M (Soluções em Gerenciamento Agrícola).

Com o capô basculante, todos os pontos de serviços diários podem ser acessados no nível de solo

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Negócios lançamentos

Pedro Batistin

Fotos ServSpray

Ainda maior Novo lançamento da Servspray, o Gafanhoto Hidro Turbo Plus, com tanque de quatro mil litros, impressiona pelo tamanho e pelas inovações tecnológicas

D

epois de remodelar o seu pulverizador Gafanhoto, a Servspray lança agora uma versão maior e também mais avançada, que vem para disputar as grandes plantações brasileiras, já que possui um tanque com capacidade para quatro mil litros. O gafanhoto Hidro Turbo Plus 4000 é equipado com motor MWM seis cilindros, de 180 cv, com regime de trabalho de 1800 rpm, o que proporciona maior vida útil ao motor e maior reserva de torque, com consumo de combustível por volta de 10 a 12 litros/hora. Possui bomba exclusiva para o reservatório de água limpa, além de um controlador de vazão de fácil operação, conectado via satélite (GPS). “A diferença entre o Hidro Turbo 3000 e o Hidro Turbo Plus 4000 está no tamanho do tanque e no aumento da área de cobertura da pulverização, já que o Hidro Turbo Plus 4000, com bicos especiais de três metros cada, permite um maior rendimento da pulverização”, analisa Jorge Barboza, sócio-diretor da empresa. O sistema de transmissão do Hidro Turbo

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Máquinas

A versão 4000 também permite o uso de barras dianteiras ou traseiras com simples troca de pinos

Outra novidade da versão 4000 é a largura das barras, que pode chegar a 31 metros e atingir uma faixa de aplicação de 37 metros com bicos off center. No sistema nivelamento, existem sete acumuladores de nitrogênio, distribuídos nos cilindros de posicionamento horizontais e verticais das seções da barra, absorvendo impactos, aumentando a vida útil e protegendo o circuito hidráulico. O quadro possui trava pneumática do quadro oscilante e descanso das barras com acionamento da cabine. A cabine é outro item que merece destaque, pela inovação nos detalhes e diversos recursos de monitoramento. Agora mais ampla, possui dois bancos ergométricos com suspensão pneumática, volante com diversas posições, painel em cristal líquido com informações elétricas, hidráulicas e de operações, além de monitor em cristal líquido, onde o operador pode visualizar as barras de pulverização através de duas câmeras instaladas na parte superior da máquina. Com esse lançamento, a Servspray inicia o ano de 2005 investindo no fortalecimento de sua marca no mercado brasileiro. “A proposta é oferecer ao nosso cliente, não só a qualidade de nossos produtos, mas também conceitos que valorizem e facilitem sua M vida”, finaliza Barboza.

Plus 4000 é o mesmo da versão anterior, exclusivo, que trabalha com duas bombas hidráulicas de fluxo e de deslocamento variáveis, com circuitos independentes dispostos em “X”, o que garante tração mais estável com menor índice de patinagem. Possui também circuito hidráulico independente para bomba de pulverização, com trocador de calor separado do circuito principal, o que permite manter as temperaturas do sistema hidráulico em condições normais de trabalho. O sistema de pulverização é composto por tubulação em aço inoxidável, porta-bicos antigotejante de três corpos, bomba centrífuga de 430 l/minuto, duplo sistema de agitação com agitador hidráulico orientável e de retorno com capacidade da bomba, tanque em fibra de vidro, com quebraondas reforçado, e sistema de abasteConsole com todas as funções, painel em cristal líquido e cimento do tanque por engate rápido monitor para visualizar a imagem de duas câmeras externas de duas polegadas.

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Fotos Metasa

Máxima

Kuhn Metasa lança a plantadora PDM PG Máxima, unindo tecnologias das duas empresas, e apresenta linha completa que será trabalhada nos próximos anos no Brasil

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recente aliança entre a francesa Kuhn e a divisão agrícola da brasileira Metasa começa a apresentar resultados. Acaba de ser lançada, na Agrishow de Riberão Preto, a plantadora pneumática PDM PG Máxima. O implemento, primeiro produto da linha Kuhn Metasa fabricado na país, foi exibido no estande da empresa durante o evento e, também, participou da dinâmica de máquinas promovida pela feira. A Plantadora Máxima com linha pantográfica é apta para o plantio de soja, milho, algodão, feijão, sorgo, girassol etc. O modelo vem equipado com um flexível número de linhas de plantio – de nove a 19 – o que permite a implantação de culturas com diversos espaçamentos. Os sulcadores são do tipo facão, ou disco duplo defasado, no adubo, e discos defasados, na semente. O limitador de profundidade está localizado próximo ao sulcador da semente, o que confere ao equipamento melhor uniformidade na profundidade de semeadura e menor mobilização do solo no plantio direto. O compactador, com ângulo ajustável de

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fechamento do sulco, pelo inédito sistema de paralelogramo, mantém o mesmo ângulo de fechamento em diferentes profundidades de semeadura e/ou em terrenos irregulares. O sistema de distribuição de adubo é do tipo rosca sem-fim. A troca rápida das roscas dosadoras é outra novidade na PDM

PG Máxima. A distribuição de sementes na plantadora também a difere das demais semeadoras do Brasil. A tecnologia desenvolvida pela Kuhn, que agora incorpora a nova linha de plantadoras Máxima, utiliza vácuo e é capaz de efetuar a perfeita distribuição de sementes de várias culturas sem classificação prévia. O acionamento da turbina de geração de vácuo está disponível em dois sistemas - por cardan ou por motor hidráulico. A precisão na distribuição das sementes, a uniformidade na profundidade e distribuição do adubo e a eficiência no corte da palha são alguns dos atributos conferíveis no lançamento.

LANÇAMENTOS FUTUROS

Ancinho enleirador foi utilizado nas dinâmicas demonstrativas durante o Agrishow

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Além de divulgar toda a linha de plantadoras e semeadoras Kuhn Metasa, o Grupo Kuhn apresentou diversos outros itens, como pulverizadores, ancinhos, misturadores de ração total, espalhadores de forragem M e cultivadores rotativos.

Máquinas

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Fotos Unimog community

Acelera... A

celera fundo, afinal estamos no mais versátil e conhecido utilitário para a agricultura. Bem, ele nasceu com este objetivo, mas se expandiu e hoje é utilizado em usos urbanos, construção civil, eletrificação, aeroportos, portos, ferrovias, manutenção municipal e rodoviária, em notáveis expedicões e rally. Com a clara noção de que tempo é dinheiro, tanto agricultores quanto contratistas têmse voltado a este veículo para atividades de transporte e, especialmente, de fertilização e pulve-

rização. Dependendo do modelo, pode-se encontrar peso bruto total de até 15 toneladas, o que lhe garante estabilidade operacional e grande capacidade de carga. Distribuidores de fertilizantes de até cinco toneladas, ou pulverizadores com 36 metros de barra, são aplicáveis. Sua adaptabilidade a condições difíceis e velocidades de deslocamento de até 85 km/h lhe conferem a flexibilidade de uso e a mobilidade que o mantém no mercado por mais de meio século. Boa aventura...

Protótipo militar da Thyssen Henschel década de 70

406 na floresta

Mercedes Benz

Implantação de parreiral

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por Arno Dallmeyer - arnomaq@yahoo.com.br

Unimog Uma lenda viva com mais de meio século de existência. Parte II

Década de 70 motor home

1976 Ampliação da linha com o U 1000, modificação da denominação dos modelos de U 800 até U 1300.

1980 A produção do U 404 (UnimogS) é encerrada. 1985 Apresentação das linhas leve e média 407 e 427. 1988 Lançamento da linha 437, pesada. 1991 Novo modelo de ponta U 2150. 1992 Apresentação dos novos modelos construtivos 408 e 418 (linha leve e média). Novo modelo de ponta U 2400 (437, linha pesada). 1994 Produção de número 300 mil Unimog.

2000 Apresentação da nova geração Unimog U 300, U 400 e U 500. 2001 Jubileu comemorado em 9 e 10 de Junho, em Gaggenau- “50 Anos de MercedesBenz Unimog”. 2002 Em 2 de Agosto – Produção do último Unimog em Gaggenau. 26 de Agosto – Primeiro Unimog produzido na nova fábrica de Wörth. 12 a 19 de Setembro – Estréia mundial dos Unimog U 3000, U 4000, U 5000 na Feira Automotiva Internacional – IAA Utilitários, em Hannover. © 2004 DaimlerChrysler AG.

Mercedes Benz

Mercedes Benz

U 300 na agricultura

Mercedes Benz

U 300 atual em rally

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4x4 4x4

condução

Superando as dunas Fotos Técnica 4x4

A

travessia de dunas é considerada um dos desafios mais radicais do mundo off-road. E, se não puder evitar a abordagem através de um caminho alternativo, é bom que conheça muito bem seu veículo e suas reações. Treine as técnicas de condução 4x4 antes de sair de casa, estude a região, ou contrate um guia e evite fazer o percurso sozinho. Se você tiver que enfrentar regiões com dunas, deverá ter pneus adequados para o terreno. Antes de transpor uma duna, procure rastros de pneus que indiquem a passagem de algum outro veículo, pois, com certeza, você terá como referência o trajeto que o outro motorista fez para seguir adiante. Escolha o ponto onde a subida é menos inclinada. Engate as rodaslivres, a tração 4x4 e, se tiver o blocante, não esqueça de acioná-lo também. Para subir, você

só tem uma alternativa: pisar com tudo o que tiver direito e seguir duna acima. A aceleração no início da subida é fundamental, portanto, pegue distância e inicie em segunda marcha, acelerando e tomando impulso até a última marcha possível, chegue no início da subida com toda a velocidade que conseguir. Durante a “escalada”, o 4x4 irá perdendo força, e você deverá compensá-la, colocando marchas menores até terminar a subida. A mudança de marchas deve ser rápida, para não haver perda de impulso. Ponto para a caixa automática, que fará isto sem a intervenção do motorista. Se, ao subir, você sentir que os pneus começam a patinar, gire o volante para os lados, segurando-o com firmeza. Isto auxiliará os pneus a tracionarem o veículo para frente. Não esqueça de manter o veículo sempre em linha reta com o topo da duna. Quando estiver quase no final da subida,

reduza a velocidade, até parar lá em cima, e evite o uso do freio. Avalie a pé o terreno que lhe aguarda do outro lado, pode ser que a descida exija outro ângulo de abordagem e você precisará estudar o caminho a seguir. Feita a inspeção, escolha a marcha de acordo com o comprimento da descida. Use primeira reduzida para uma descida curta e acelere, se sentir que o veículo vai sair de lado, mantenha o controle da direção a ser seguida. Para descidas longas e fortemente inclinadas, com areia solta, a frente do veículo poderá se enterrar na areia, o que exigirá mais flutuação, e conseqüentemente, mais velocidade. Neste caso, engrene a segunda ou terceria marcha reduzida. Para caixas automáticas, use a segunda ou terceira reduzida, segure o veículo com o pé esquerdo no freio e o direito no acelerador, para evitar que as rodas travem. Se, após a subida da primeira duna, você se deparar com uma seqüência delas, comece a embalar o veículo já no final da primeira descida. Evite perder este embalo, para não complicar a subida da próxima duna. Repita este procedimento quantas vezes forem necessárias. Escolha a travessia da região com dunas pelo período da manhã, o sereno pode ajudar a compactar a areia. Ou após uma chuva, estiver em regiões onde o clima permite. Uma coisa é certa: andar em areia não é nada fácil para nossos M valentes 4x4!

Sempre que possível, deve-se evitar fazer trilhas sozinho

Na subida, a mudança de marchas deve ser rápida, para não haver perda de impulso. Na descida, use primeira reduzida para uma descida curta e acelere, se sentir que o veículo vai sair de lado

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