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MUNDO PET

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O QUE FAZER QUANDO ENCONTRAR ANIMAIS SILVESTRES?

Vira e mexe nos deparamos com situações do aparecimento de animais peçonhentos e silvestres em áreas urbanas. Mas o que fazer quando isso ocorre? Separamos algumas orientações.

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Com informações da Agência Pará.

O aparecimento de animais silvestres em áreas urbanas e residenciais causa receio e chama atenção, mas, às vezes, é mais frequente do que podemos imaginar. Eles saem de seu habitat natural por inúmeros fatores, como mudanças de clima ou falta de alimentação. O aparecimento de cobras nessas áreas também se torna mais frequente durante o período de chuva (no inverno amazônico), mas o que fazer? ɷ Não mexa e nem tente capturá-los. Eles podem reagir de forma agressiva. Mantenha a distância. ɷ Não dê nenhum tipo de alimento ou tente alimentá-los. Você não conhece o tipo de alimentação do animal e nem o estado da sua fome. ɷ Caso o animal esteja ferido, não tente fazer curativos ou prestar socorro. Veja se é possível identificar o bem estar do animal de uma distância segura para informar as autoridades responsáveis. ɷ Entre em contato com os órgãos responsáveis pelo resgate e informe o estado do animal e todos os detalhes. E aguarde a chegada da equipe.

As denúncias sobre resgate e captura dos animais silvestres podem ser feitas pelo número 190. Segundo informações do Batalhão de Polícia Ambiental (BPA) do Pará, em 2020, foram realizados mais de 1,6 mil resgates, entregas voluntárias e apreensões de animais. As ocorrências de maus-tratos de animais podem ser feitas pelo número 181.◊

SIMBA ɷ 2 meses

TITO

ɷ 2 meses ɷ LUKA 1 ano e castrado

TITA ɷ 2 meses

NINA

ɷ 4 meses

FLOR

ɷ 1 ano e castrada

ÁRBITRA É A PRIMEIRA PARAENSE NO TIME DA FIFA

Bárbara Roberta da Costa Loiola driblou as barreiras do preconceito e hoje vê seu nome estampado na lista dos profissionais que compõe a elite da arbitragem. E saber que tudo começou com a ida aos jogos na companhia do pai e do avô...

Foto: Arquivo pessoal

A árbitra assistente paraense Bárbara Roberta da Costa Loiola, 28 anos, foi indicada pela Confederação Brasileira de Futebol para integrar o quadro internacional de arbitragem da FIFA. A solicitação foi feita pela CBF em razão do aumento de competições femininas do país. Para os próximos dias, ela está com a viagem marcada para a Argentina onde vai comandar, como bandeirinha, os jogos da Libertadores da América feminina. O carimbo no passaporte vem somar com o currículo que carrega.

Formada em farmácia, Bárbara é apaixonada por futebol. Tudo começou com o pai e o avô que tinham o hábito de levá-la aos jogos. “Meu pai era árbitro amador, apitava as peladas. Cresci vendo isso e acabei me interessando”, lembra.

Foto: divulgação Foto: Matheus vieira

O hobby que virou profissão já a levou a estar presente em importantes jogos como o clássico Remo e Paysandu, pelo Campeonato Paraense, e jogos da série B do Campeonato Brasileiro. Aí já se vão onze anos como árbitra assistente. “Os desafios são muitos, principalmente na parte física. Temos que ter uma boa condição, por isso treinamos o tempo todo. Sem esquecer a parte teórica que também pede muito estudo”, pontua.

Foto: Arquivo pessoal

Agora dona de um escudeto FIFA, Bárbara Loiola está apta a participar de competições internacionais como, por exemplo, a Copa do Mundo Feminina Sub-17, que ocorrerá em novembro na Índia; ou até mesmo das Olimpíadas de Tóquio, de julho a agosto deste ano.

Para a Libertadores, Bárbara forma o trio brasileiro ao lado de Charly Deretti, catarinense, e de Fernanda Antunes, mineira. “Estamos bem motivadas para esse momento. Estamos seguindo com os condicionamentos físicos e trabalhando para os jogos”, ressalta.◊

Pinduca

O EMBAIXADOR DA CULTURA PARAENSE

Com mais de 50 anos de carreira e 84 de vida, o rei do carimbó é hoje um dos artistas mais velhos ainda em atividade no estado. Nem mesmo as fake news que já criaram sobre ele modificaram a forma como vê a vida: leve!

Foto: Hermes Junior Texto: Bianca Teixeira

Se eu te apresentar o Aurino Quirino Gonçalves vais saber quem é? Poucos devem acertar a resposta, mas se eu te falar em Pinduca a história muda. A voz mais famosa dos resultados de vestibular de Belém, o dono do chapéu mais decorado e das camisas coloridas, o artista é natural de Igarapé-Miri, no nordeste paraense. Filho do músico José Plácido Gonçalves, foi ninado à base de muitos acordes e melodias.

Foi na cidade de Irituia, também na região nordeste, onde morou por um tempo, que conheceu e reconheceu o carimbó como referência de gênero musical e de vida. “De lá que vem a minha maior influência e uso dela desde quando era dono de banda em Belém, no início de tudo”, relembra.

Compositor, cantor e instrumentista. Conhecido como “rei do carimbó”, Pinduca é responsável por modernizar o ritmo paraense nos anos 1970, acrescentando-lhe instrumentos elétricos e bateria. O compositor também é reconhecido por gravar a primeira música do gênero lambada, em 1976. Suas ações aproximam o público jovem do carimbó e expandem a popularidade do ritmo para além do estado do Pará.

No passaporte, a carimbada de muitos países, mas nenhum que substitua o Brasil e muito menos o Pará. “Já conheci muitos lugares, várias nações, mas nunca fiquei impressionado com nenhuma. Já quiseram me levar para morar em São Paulo, me deram apartamento e tudo e não quis, não quero sair daqui”, pontua.

Foto: Estúdio Foto América

Foto: Marcelo lèlis - Agência Pará

A modernização proposta por Pinduca se inspira em sua experiência nas bandas de baile. Tocou por 20 anos na Orlando Pereira. Por influência do movimento da Jovem Guarda colocou os instrumentos elétricos de forma popular nas orquestras do Pará. O grande naipe de metais é influência da música caribenha. Por muito tempo, as estações de rádio paraenses sintonizavam emissoras da América Central, e os ritmos dos países da região foram absorvidos pelas bandas locais. O músico recorda que antigamente as bandas só tocavam sucessos de fora, estrangeiros, não existia a valorização da música popular paraense. Oficial de reserva da Polícia Militar do Estado, foi mestre da Banda de Música da PM. Apaixonado pela carreira militar, Aurino ingressou no comando no ano de 1964. Durante os 30 anos que dedicou-se ao trabalho de farda precisou dividir o tempo entre as duas paixões: a música e o quartel. “Fui do exército e entrei na polícia militar como soldado, fiz carreira lá dentro. Sempre tive apoio dos governadores, dos comandantes gerais, gostavam da minha música”, conta. Você sabia?

Uma das inspirações de Pinduca é Luiz Gonzaga. Ele acredita que, assim como o pernambucano fez com o baião, ele pode tornar o carimbó um sucesso nacional, viajando e participando de programas de entretenimento na televisão.

Foto: Agência Belém

Mais curiosidades

Pinduca é também o primeiro músico a gravar um subgênero do carimbó, a lambada. Em seu quinto disco, No Embalo do Carimbó e Sirimbó Vol. 5 (1976), a música “Lambada” torna-se o primeiro registro fonográfico do gênero.

No LP Carimbó e Sirimbó no Embalo do Pinduca Vol. 2 (1974), Pinduca grava um dos maiores sucessos da carreira: “Sinhá Pureza”. A música é uma das mais conhecidas de todo o carimbó, sobretudo fora do estado do Pará.

Como qualquer um, Pinduca tem sido altamente impactado com a Pandemia. Por ser do grupo de risco pela idade, ele se vê limitado sem poder pisar no palco que tanto ama. Comandante de uma turma de 12 componentes, se vê, por vezes, em momentos difíceis, mas garante: “tá levando”.

E é de forma leve que o Rei segue a vida. Sem se estressar, principalmente com as inúmeras fake News que já criaram em torno dele, ele garante que não dá confiança. “Se eu der papo a pessoa só vai crescer, então ignoro”, ensina.

Te contaram?

Em 1973, ele recebeu um convite da gravadora Beverly para lançar seu próprio disco, Carimbó e Sirimbó do Pinduca. Até então, o carimbó se baseava em instrumentos acústicos, principalmente o tambor chamado de “curimbó”, que tem pele de onça e é tocado com ele deitado, com o músico sentado sobre ele e com as pernas envolvendo suas laterais.

Pinduca decidiu modernizar o ritmo e adicionou instrumentos elétricos (guitarra, baixo e teclado) e bateria. Essa mudança aproximou o carimbó do público jovem, e o álbum fez grande sucesso no Norte e Nordeste do Brasil, com 15 mil cópias vendidas, número considerado alto na época para um trabalho que não se identifica com a MPB, que domina o mercado fonográfico do período.

Reconhecimento internacional

Em 2017, seu álbum No Embalo do Pinduca foi indicado ao Grammy Latino de 2017 de Melhor Álbum de Raízes Brasileiras.◊

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