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PROFISSÕES
FALAR EM PÚBLICO
A habilidade de falar em público de forma clara e objetiva é cada vez mais necessária no mundo do trabalho. Para se sobressair no mercado, não basta apenas ser eficiente na função. Hoje em dia, as exigências por qualificações diferentes se tornam ainda mais presentes. A oratória é uma dessas tão desejadas características.
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Por: Bianca Teixeira Foto: Divulgação
A oratória nada mais é do que a habilidade de falar em público de forma definida e estruturada, com o objetivo de informar, influenciar e atrair a atenção dos ouvintes. Muita gente acredita que para isso basta apenas chegar e falar o que vier na cabeça. Porém, uma boa oratória é desenvolvida a partir de um conjunto de regras e técnicas que vão auxiliar a estruturar um discurso eficiente.
Sobre o assunto, conversamos com Évila Carrera, escritora e especialista em Comunicação e Oratória. Ela explica porque falar em público e para o público é muito mais do dominar a linguagem. Revista Líder: Falar em público é uma habilidade?
Évila: Muitas pessoas acreditam que é um dom, mas é uma habilidade, uma competência como qualquer outra que pode ser desenvolvida. Costumo sempre fazer um paralelo entre empreendedorismo e oratória. Existem pessoas que têm tino empreendedor, que tem o dom de empreender, que vê oportunidades de negócios em situações inusitadas e que se capacitam, vão em busca de informações, conteúdos para que possam empreender com estratégia. No campo da comunicação também acontece isso. Têm pessoas que já tem o dom de se comunicar ou que são expansivas ou que já sabem se expressar, mas falta a elas estratégia. Além disso, têm aquelas pessoas que tem verdadeiro medo de encarar um público e essas pessoas estão no ranking das pessoas com principal medo feito em pesquisas, porque o medo de falar em público ultrapassa o medo de morrer. Para que tenhamos noção do desafio. E o que eu proponho não é só apenas deter técnicas de comunicação é também comunicar-se de maneira estratégica, é falar bem e com estratégia.
Revista Líder: Como trabalhar a oratória?
Évila: Desenvolvi uma metodologia própria de trabalhar a oratória e parte primeiro de dois casamentos profissionais. O primeiro com o direito e o segundo com a gestão. Eu tive a oportunidade de fazer cursos fora do país e também de aliar conhecimentos da língua portuguesa, sobre comunicação corporal que foram nove anos de teatro. Todos esses conhecimentos serviram para que eu desenvolvesse uma metodologia única. Neste caso, eu ensino que a oratória deve ser estudada e desenvolvida em três dimensões: estratégica, corporal e da fala. Eu acredito que não existe bom comunicador de improviso, tem que ter técnica para organizar o pensamento, para que quando esteja em evidência saiba se colocar, diga o que precisa ser dito, aliado aí a uma boa comunicação corporal e a uma articulação, respiração, posicionamento de voz que agrega muito valor a imagem desta pessoa que fala, deste profissional. Revista Líder: O quanto a oratória é importante para o mercado de trabalho?
Évila: Tenho um jargão que diz o seguinte: quem se comunica, se evidencia. E eu lido tanto com pessoas que estão no início da carreira, ou até mesmo ainda na graduação, até SEO’s de empresa que assumem cargo de liderança e acabam percebendo que a comunicação está sendo um entrave para a alavancagem da carreira. Já ajudei empreendedores brasileiros residentes nos Estados Unidos a se comunicarem com mais estratégia para conseguir investimentos pros seus negócios, já tive oportunidade de treinar mais de mil pessoas em todo o Brasil com essa metodologia de comunicação estratégica que eu desenvolvi, “A Força da Fala”, e hoje não importa em que nível profissional você esteja vai chegar um momento em que você vai precisar desenvolver estrategicamente a sua comunicação, seja para o universo presencial, seja para o universo online, afinal, estamos fazendo videoconferências, vídeo aulas, o áudio do whatsApp se tornou um mecanismo de comunicação extremamente intenso e devemos saber nos comunicar estrategicamente e com técnica dentro desse novo cenário. Atualmente, o mercado de trabalho exige do profissional que ele, não só saiba o que comunicar, mas como comunicar.◊