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INCERTEZAS E ESPERANÇAS

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DONA JACIRA

DONA JACIRA

CRÔNICA

LUIZ CARLOS AMORIM

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INCERTEZAS E ESPERANÇAS

Por Luiz Carlos Amo rim – Escritor, editor e revisor – Cadeira 19 da Academia Sulbrasileira de Letras. Fundador e presidente do Grupo Literário A ILHA, que completa 41 anos em 2021. Http://luizcarlosamorim.blogspot.com.br

O ano de 2022 chegou: o ano da esperança, o ano que queremos que seja o ano do abraço, da saúde, de um novo normal no qual possamos viver sem medo. Mas há muitas perguntas que precisam ser feitas a este senhor que acaba de chegar. A pandemia acabará, neste novo ano, será apenas mais uma doença com a qual teremos que conviver, para a qual teremos que tomar vacina todos os anos? Ficará mais branda, as vacinas conseguirão combatê-la, mesmo as variantes que ainda poderão vir? Melhor que não viessem, que conseguíssemos controlá-la para que não se modificasse mais, para que pessoas parassem de ir para a UTI e parassem de morrer pelo mundo todo. Porque precisamos que a pandemia abrande, para que a economia do planeta se recupere, para que haja trabalho para todos, para que não haja mais fome, para que não haja mais miséria, para que não existam mais pessoas e mais famílias pelas ruas sem perspectivas de futuro, a pedir um pouquinho de misericórdia, um pouquinho do pouco que possamos ter. Começamos o ano, infelizmente, com uma variante altamente contagiosa, a ômicron, que já aumentou assustadoramente os números de novos casos no Brasil e no mundo. Os números de mortes também estão aumentando, os hospitais estão lotando, os leitos de UTI estão se esgotando. Janeiro está se revelando temeroso, apesar de constatarem que a nova variante não é tão mortal quanto as outras. Mas estão aplicando a vacina em crianças a partir de 3 anos em alguns lugares do mundo, já. No Brasil, a partir de 6 anos. A terceira dose está avançando. E isso é muito importante, é crucial, pois os doentes pela

Ômicron toma conta do mundo

covid que estão lotando os hospitais e UTIs, neste mês de janeiro, são quase noventa por cento de pessoas não tomaram a vacina ou que tomaram apenas a primeira dose. Então esperemos que todos se conscientizem de que a vacina é importante para que os casos de covid não evoluam para internações e mortes, pois as vacinas, segundo estudos feitos, cobrem as variantes até agora. Este é o 2022 que está aí. E não é bom, nada bom. Então eu pergunto: ele poderá vir a ser melhor, ainda, já que estamos apenas no seu início? A pandemia abrandará? As guerras acabarão, as pessoas continuarão tendo que abandonar seus países por não poderem mais sobreviver neles, corroídos pela ditadura e pela corrupção, pela crueldade e pela desumanidade? O ser humano continuará a cuidar mal do seu meio ambiente, fazendo com que a natureza se rebele contra quem a destrói, com fenômenos trágicos a acontecer em vários países? Tempestades, furacões, terremotos, vulcões em atividade, ventos extremos, frio e calor cada vez maiores, etc., etc.? Sei que a culpa não é sua, meu querido senhor ainda criança, meu esperançoso ano de 2022, sei que nós é que provocamos tudo isso, mas tenho que perguntar, tenho que ter a esperança e a fé de que conseguiremos mudar, pelo menos um pouco, e melhorar nossa maneira de ser, de estar no mundo, para que possamos fazer um ano melhor. Então, na verdade, é preciso fazer as perguntas a nós mesmos: somos capazes de mudar? Somos capazes de fazer um esforço e cuidar mais, cuidar de nós, do nosso planeta e do nosso lugar, para que possamos ter um ano melhor? Precisamos ser. O tempo está acabando.

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