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AGRADECIMENTOS 2020

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DONA JACIRA

DONA JACIRA

CRÔNICA

URDA ALICE KLUEGER

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AGRADECIMENTOS 2020

Neste ano improvável, que a cada dia havia que nos certificarmos se continuávamos vivos ou não, tão no fio de uma espada se caminhou, chegar ao 30 de dezembro é uma peripécia. Meu cachorro Atahualpa não chegou – seu coraçãozinho parou a 23 de abril, e se algo pode me consolar daquela perda é saber que ele já tinha vivido o seu tempo, que ele pode ser feliz comigo conforme deu, e que nos últimos 3 anos e meio foi mais feliz, também, na liberdade desta enseada onde era livre e onde até aprendeu a latir quanto queria, coisa que sempre lhe era negada nos ambientes inóspitos aonde viveu antes, tirando a casa da minha prima Rosi, aonde ele foi muito feliz. Penso, agora, que ele também foi feliz na pousada do Mário Pavesi, na Nova Rússia, Blumenau. Atahualpa se foi e eu fiquei – sinto-me comprometida com a vida enquanto tiver meus outros bichinhos, e agradeço a eles por terem sido tão bons e solidários, por terem sido meus companheiros a cada dia e a cada noite, embora sempre estivesse preocupada com o destino deles caso eu faltasse. Mas sempre existem os anjos bons deste mundo, e Lucimar apareceu em algum momento oferecendo guarida às minhas gatas, caso fosse necessário, e seu Moisés disse-me que ficaria com Zorrilho e Tereza Batista, e então fiquei mais tranquila, pois este foi um ano em que nunca se sabia se se iria sobreviver. Então, muitíssimo obrigada a Lucimar e seu Moisés – Lucimar é tão querida que não haveria como minhas gatas não gostarem dela; seu Moisés tudo entende e tudo faz pelos cachorros, os dele e os da rua, e Tereza e Zorrilho são loucos por ele. Mas vamos sobrevivendo, por enquanto, e este é o momento de agradecer, quando o ano está se

encerrando com quase todos nós vivos. Há que agradecer a Maria Antônia, amiga e vizinha, que tanto me ajudou por todo o ano, desde encomendando caixas de leite para mim em Palhoça, até às risadas, conselhos e bom humor nas horas em que eu fraquejava. Inigualável Maria Antônia, com quem falei muito mais vezes virtualmente do que ao vivo. E há que agradecer às minhas outras amigas daqui da Enseada, a Sheila, a Raquel, a Izabel, (e o Willy) e de novo ao seu Moisés, que ficou quase todo o ano por aqui, e Sônia, sua esposa, e a toda a solidariedade que veio deles todos. E à vizinha Ana e ao seu Wilson, pela solidariedade também. E à Libélula Dourada, claro! E agradeço à Lisete, que neste momento representa minhas amigas de Palhoça, e Ana Maria, que neste momento, para mim, representa o Partido dos Trabalhadores de Palhoça. Há um outro tipo de amizades solidárias, muitíssimo solidárias, que têm estado presentes na minha vida nos últimos tempos, desde que a vida ficou tão difícil. São os amigos e amigas encontradas na internet – são tantas pessoas que é impossível lembrar de todas. Assim, agradeço a todas elas por tudo o que aconteceu de bom entre a gente nestes tempos tão difíceis. Através de Selene Rita Sardagna, o meu abraço a cada um e uma, a essa gente que não larga a mão de ninguém! Então, há que agradecer a outras pes soas/programas que acompanhei e que me ajudaram a viver este tempo, começando pelos que mais ajudaram, sem dúvida, os Galãs Feios, que além do seu humor refinado, do seu ódio festivo, jamais me decepcionaram ideologicamente. Obrigada, meninos queridos! E obrigada à Equipe do 247, ao Aquias Santarem, ao Thiago dos Reis, ao Mauro do Giro das Onze, ao Portal do José, à doçura do Gustavo Conde, ao Renato Aroeira, por aquele dia em que ele disse aquela coisa maravilhosa “Faz 500 anos que homens como eu, brancos, heteros, etc. fazem tudo errado neste país. Está na hora de mudar”. Espero viver o suficiente para ver essa fala do

Aroeira transformada num hino. E também queria agradecer ao David Choquehuanca por aquela fala inigualável na posse do novo presidente da Bolívia. Também quero ver aquela fala transformada em hino! Meus agradecimentos, também, ao pessoal do Canal Olá Brasil, e à doce Amelie – eles sempre me acudiam quando eu precisava melhorar um pouco, bem como ao canal Wally e Dasha, que me relaxava com a sua calma, e à live do Moacir Franco que, aos 84 anos, consegue criar um espetáculo novo a cada noite. Obrigada aos diversos canais de História que eu assistia, ao Canal Vozes Latinas, e à Arte Brasileira em geral – que riqueza que temos em matéria de Arte!!! Como teríamos resistido sem ela? Para quem tem uma Arte assim, podemos afirmar: “Não passarão”.

(Sertão da Enseada de Brito, 30 de Dezembro de 2020 – Primeiro ano da Pandemia

Urda Alice Klueger Escritora, historiadora e doutora em Geografia pela UFPR)

Olá Brasil

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