A recompensa por um trabalho bem feito Equipamentos para a indústria Embalagens para produtos cárneos Higienização
Foto: Depositphotos / Capa: Raphael Inácio
Expediente
Diretora Jussara F. S. Rocha (11) 9 9970.1584 jussara@editorarocha.com Editor Cauê Vizzaccaro caue@editorarocha.com Gerente de Contas Clécio Laurentino (11) 9 8225.4355 clecio@editorarocha.com Administrativo / Financeiro administrativo@editorarocha.com financeiro@editorarocha.com Assinatura/Subscription Brasil: R$ 130,00 USA, Latin America, Europe and Africa: US$ 150,00 Produção Gráfica Raphael Inácio (11) 9 9804.0962 rr.inacio@uol.com.br 4
Tiragem: 9.000
Sumário
04 Expediente
46 Empresas: Cold Air
06 Sumário
48 Especial
08 Editorial
52 Empresas: Montemil
10 Produtos
54 Economia
18 Escrevendo a história
56 Empresas: Bumerangue
24 Saúde
58 Economia
26 Artigo Técnico
60 Empresas: Bertolini
28 Empresas: Ishida
62 Especial
32 Especial
64 Empresas: Icavi
36 Eventos
66 Índice de anunciantes
38 Capa
6
Editorial
Os nossos campeões A
pesar de todos os bons jogos, feriados e parafernálias para a realização da Copa do Mundo, o Brasil não vive somente de futebol. Além do choque dos últimos dois jogos, que fez todos questionarem se somos realmente o país do futebol, também somos campeões em outros esportes e setores, para onde devemos direcionar nosso olhar. Desse modo, apresentaremos, nesta e nas próximas edições, setores e personagens brilhantes, que com muito esforço, dedicação e compromisso fizeram o seu trabalho da melhor maneira possível. Em Rio Claro (SP), polo industrial de equipamentos para carnes, ocorreu o Campeonato Mundial de Balonismo – a disputa foi realizada pela primeira vez na América Latina. Mesmo que o campeão não tenha sido um brasileiro, que ficou em terceiro, é animador que eventos dessa magnitude aconteçam em locais ligados à cadeia produtiva da carne.
No artigo técnico desta edição, temos a pauta sobre embalagens convenientes para produtos cárneos, escrita por Assunta Napolitano Camilo. Temos também um especial sobre higienização no processamento industrial e a manutenção de condições higiênico-sanitárias, entre outras reportagens muito interessantes. Por fim, parabéns à Alemanha pelo título mundial, principalmente, pela forma como foi obtido, com um projeto bem desenvolvido e implantado, seriedade, dedicação e muito trabalho. Talvez o ponto mais importante dessa vitória seja a mensagem de que apenas o talento não é suficiente para conquistar os objetivos. Fica de lição.
Boa leitura!
Orientando o olhar para outro ponto no qual podemos dizer que somos bons, e muito, é para o setor de carne. Líderes em produção e exportação, a indústria da carne brasileira é sinônima de alta qualidade e inovação. Desse modo, resolvemos apresentar ícones do setor, empresas e também quem esteve e ainda está atrás de uma mesa de escritório, sujo de graxa na área fabril ou viajando por todo o Brasil. O primeiro nome escolhido foi o do Sr. João Stelmockas, da Stelka. A história de vida do Sr. João está entrelaçada com o do setor de carnes. Vale a pena conferir.
Jussara F. S. Rocha Diretora
Divulgação
Produtos
Viscofill
garante envase seguro Equipamento da Krones funciona segundo o princípio clássico da enchedora de pistão, com flexibilidade de aplicações
Para o envase de produtos alimentícios viscosos, a Krones apresenta a família da tecnologia Viscofill. A dosagem funciona segundo o princípio clássico da enchedora de pistão. Através de uma carreira de pistão e com um procedimento rotativo, o conteúdo a ser envasado é aspirado do recipiente central em forma de funil disposto no centro do carrossel – com diâmetro de pistão definido dentro de um cilindro de dosagem – e, posteriormente, descarregado no interior do envase. Esse procedimento de enchimento preciso e altamente resistente é indicado para produtos de viscosidade elevada, produtos com pedaços
Produtos
sólidos grandes ou com altas concentrações de partículas. Existem disponíveis três modelos da enchedora Viscofill (V, S, H) para diferentes aplicações. Não importa se a embalagem é de vidro, lata ou plástico. Essa enchedora da Krones processa uma grande quantidade de envases rígidos convencionais empregados no setor de alimentos. Viscofill V (válvula vertical) Esse sistema de enchimento rotativo combina o princípio contrastado do enchimento de pistão clássico com uma tecnologia inovadora de dosagem: o volume de dosagem é ajustado automaticamente por meio da carreira do pistão. Da fase de sucção à fase de esvaziamento, não há mudança na tecnologia convencional de paleta giratória. A novidade é o uso de válvulas giratórias verticais (V) de 180°. O modelo com unidade de dosagem, esvaziamento de produto e dispositivo de corte garante uma dosagem muito precisa, com pouco gotejamento de componentes sensíveis e sólidos do produto. Isso permite envasar delicadamente produtos de baixa até alta viscosidade, inclusive com partículas sólidas de 40 mm. Com a tecnologia de válvula giratória vertical e o emprego do “Integrated Dismantling System” (IDS), a limpeza desta dosificadora de pistão é completamente automática, sem nenhum tipo de intervenção manual. Campos de aplicação típicos da enchedora Viscofill V são: envase de geleias com frutas inteiras, de alimentos para bebê com pedaços de fruta, verdura, carne ou massa, e de alimentos para animais de estimação com pedaços de carne. Viscofill S (válvula de assento) Esse sistema avançado de dosagem rotativa combina o princípio de enchedora clássica de pistão com a mais moderna tecnologia de
válvula de assento (S): o volume a ser dosificado é ajustado automaticamente através da carreira de pistão. A sucção e o esvaziamento do produto a ser envasado são controlados por duas válvulas pneumáticas comutáveis individualmente. Esse modelo prescinde completamente da tecnologia convencional de válvula giratória. O sistema de dosagem é apto para o envase de produtos com a mais variada viscosidade, inclusive com componentes de até 10 mm e fáceis de cortar. Graças à flexibilidade dessa tecnologia de válvulas e à função antigotejamento é possível envasar produtos muito densos e também produtos que formam fios. As unidades de dosagem executadas com funções pneumáticas permitem uma limpeza completamente automática, sem intervenções manuais. Produtos a envasar típicos para a enchedora Viscofill S são: produtos de confeitaria líquidos e pastosos, alimentos para bebê, produtos lácteos, temperos e molhos condimentados. Viscofill H (válvula horizontal) Nesse sistema de enchimento de pistão com tecnologia altamente desenvolvida, o volume de dosagem é ajustado automaticamente por meio da carreira do pistão. A sucção e o esvaziamento do produto a ser dosificado são controlados por válvulas giratórias horizontais (H). A enchedora Viscofill H pode ser integrada em uma limpeza CIP automática, embora se recomende desmontar as válvulas giratórias para um melhor resultado de limpeza. A tecnologia de dosagem resistente permite um envase de máxima precisão e com gotejamento mínimo dos mais variados produtos, como molhos e temperos, produtos pré-cozidos ou azeites. Os produtos podem conter partículas de até 15 mm de tamanho. A enchedora Viscofill H possui um sistema de dosagem flexível e rentável para diferentes campos de aplicação.
Fotos: Divulgação
Produtos
Viapol
lança fibras para reforço de concreto Empresa entra em novo nicho de mercado, com produtos especialmente desenvolvidos para ampliar a resistência do concreto em aplicações industriais e de altas cargas
A Viapol, especializada no desenvolvimento de soluções químicas para construção civil, apresenta ao mercado uma nova linha de produtos, voltados ao mercado de concreto reforçado com fibra. Destaque da linha, a TUF-STRAND SF é uma macrofibra sintética estrutural composta de polipropileno e polietileno, indicada para a substituição de fibras de aço e telas soldadas em aplicações como reforços estruturais de pisos industriais, pavimentos de concreto, concreto pré-moldado, steel deck e concreto projetado. O produto oferece ao concreto maior tenacidade e capacidade estrutural, além de resistência à fissura causada pela retração. Proporciona,
Produtos
ainda, maior resistência pós-fissuração, a impacto e à fadiga, além de menor exsudação no concreto. É resistente à corrosão, à alcalinidade e a reforço não magnético e não condutivo. Segundo a empresa, a TUF-STRAND SF é patenteada e cumpre com as principais normas técnicas de especificação e desempenho e suas dosagens podem variar, de acordo com os requisitos de cada projeto. Podem ser adicionadas manualmente ao caminhão de concreto depois da completa mistura dos demais componentes. As fibras também podem ser adicionadas na esteira de agregados nas usinas. Compõe também a nova linha apresentada pela Viapol, TUF-STRAND Max Ten, uma macrofibra de copolímeros 100% virgens, que substitui fibras de aço e telas soldadas em diversas finalidades. São utilizadas para a redução de fissuras de retração plástica, aumento da resistência ao impacto, à abrasão e à fadiga. Entre suas principais aplicações estão estruturas pré-moldadas de concreto/argamassa; pisos; estacionamento; subsolos de garagens; capeamentos de compressão; steel decks; e aplicações em overlays (aderidos), além de reforço para concreto projetado. Diferenciais Desenvolvidos para proporcionar maior ancoragem na matriz, garantindo reforço tridimensional ao concreto, os itens que compõem a linha têm como diferencial o módulo de elasticidade de 9,5 GPa (Gigapascal), que beneficia, especialmente, pisos que recebem alta movimentação de carga. “Essa resistência é alcançada pelo fato do produto ser composto de polipropileno e polietileno, um diferencial importante do nosso produto”, destaca Marcelo Melo, coordenador de Negócios da Unidade de Pisos Industriais da Viapol. “Os produtos são de fácil adição e alta dispersão e possuem menor custo se comparado a telas eletrosoldadas (de aço). As dosagens variam conforme a aplicação, podendo ser adicionadas diretamente no caminhão ou na esteira de agregados
16
das usinas. A linha é certificada e patenteada pela UL, atende à ASTM C1116 e é testada de acordo com as normas ASTM C1399, C1555 e C1609”, afirma Melo. A Viapol dispõe de técnicos especializados, que podem contribuir para a especificação do produto mais indicados para os projetos definidos pelo cliente. A linha de concreto reforçado com fibra é fabricada pela TUF-STRAND, do Grupo RPM International, do qual a Viapol também faz parte. Fundada em 1990, a Viapol é hoje uma referência nacional e internacional nos seguintes canais de atuação: edificação, infraestrutura, saneamento básico, obra industrial, aditivos para concreto, industrial, varejo e exportação. Para atender os mercados profissional, varejista e industrial, a empresa conta com ampla linha de soluções divididas nos seguintes grupos de produtos: aditivos para concreto e argamassa, construção geral, impermeabili-
zação, insumo industrial, madeira e piso industrial. Segundo o coordenador, há mais de 900 itens voltados à proteção, conservação e valorização das obras e também às indústrias de transformação. O comprometimento com o meio ambiente, a saúde e a qualidade de vida das pessoas está presente em todos os desenvolvimentos. A Viapol possui unidades fabris em Caçapava (SP) e Lauro de Freitas (BA), conta com mais de 400 colaboradores e aproximadamente 120 representantes comerciais atuantes em todas as regiões do Brasil e também atende o mercado externo. Desde junho de 2012, a empresa passou a ser controlada pela Euclid Chemical, pertencente ao grupo RPM International – holding estadunidense que adquiriu a empresa e que possui subsidiárias que são líderes mundiais em revestimentos especiais, vedantes, materiais de construção e serviços relacionados.
Escrevendo a história Por Cauê Vizzaccaro
Fotos: Divulgação
A história do setor de carnes no Brasil:
Stelka O
sucesso do setor de carnes no Brasil aconteceu por causa de alguns personagens ao longo da história. O mercado foi criando sustentação por causa de algumas empresas e, principalmente, com as pessoas que estavam por trás delas. Seja em uma mesa de escritório, na área fabril ou viajando pelo Brasil afora. Sem esses personagens, os feitos que o mercado atingiu hoje não teriam acontecido. Desse modo, a Mais Carne acredita que é indispensável apresentarmos essas pessoas para que as novas gerações conheçam e aprendam com a história de vida desses vencedores. Nessa primeira edição do especial com os personagens da história do setor de carnes no Brasil, a Mais Carne teve o prazer de entrevistar o Sr. João Stelmockas, da Stelka, empresa que possui 50 anos de tradição em peças e equipamentos para frigoríficos.
Escrevendo a história Comecei em uma firma que se chama Engenharia Industrial Limitada, que depois passou a ser Sociedade Anônima, cuja fábrica era em Porto Alegre e os escritórios ficavam na Avenida Ipiranga, em São Paulo (SP). Eu entrei na empresa como um menino, sabendo usar a máquina de escrever e fazendo os orçamentos que os diretores da firma pediam. Depois que viajavam, voltavam com os orçamentos com uma caligrafia ruim, mas eu conseguia entender. Eu escrevia com a máquina todos os orçamentos da firma, que tinha grande poder de construção de matadouros de suínos e bovinos nos estados de Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais. E também no estado de São Paulo, em diversas prefeituras. Um exemplo é a renovação do matadouro municipal de Carapicuíba ou, em Guarulhos, no matadouro do José Mano.
No ano de 1958, a Engenharia Industrial resolveu fechar os escritórios na Avenida Ipiranga e a fábrica possivelmente iria ser negociada porque um dos diretores iria trabalhar na Hermann. A Hermann naquela época só fazia equipamentos para embutidos. Não fazia nada para matadouros. Esse diretor desenvolveu na Hermann a linha de matadouros, tanto para bovinos como suínos. Ainda em 1958, resolvi fazer um “bico” na Hermann. Corria, viajava para um lugar e para outros. Quando a Engenharia Industrial precisava de alguma peça de moedor de carne, comprava da Hermann e depois vendia para empresas do Sul. Em 1958, quando a Engenharia Industrial parou, eu conversei com o diretor e pedi para ficar com umas das salas, porque havia mui-
tos orçamentos de frigoríficos de Mato Grosso, Goiás e Minas Gerais para comprar mercadorias. O diretor disse que eu poderia ficar com a sala até o fim do ano pagando aluguel. Como o recebi uma indenização da firma, comprei máquina de escrever, máquina de somar, contratei uma secretária e comecei a entrar em contato com esses frigoríficos para ver se eles precisavam de algum equipamento, como motor ou chapas. Eu fazia uma concorrência entre umas quatro ou três firmas e mandava para eles. Se por acaso ocorresse uma compra, essas firmas me passavam uma comissão. Ao final do ano, eu falei ao zelador do prédio para não entregarmos a sala, pois, eu estava fazendo uma frente boa. Continuei com a sala e pagava o aluguel como se fosse a Engenharia Industrial. Depois eu descobri dois fabricantes em Rio Claro (SP): o Cristiano Artur Friedrich e o Germano Max Friedrich, que era irmão dele. Como maquinário era difícil de vender, não é todo dia, me aprimorei em peças. Comprava em Rio Claro e revendia. Até que um dos fabricantes, o Germano, não estava conseguindo entregar as encomendas a tempo, já que ele também era
Escrevendo a história
dançarino do Francisco Petrônio e toda hora viajava. Ele largava tudo para ir dançar. Outro amigo tinha um filho com uma oficina, mas que não estava indo bem. Esse amigo perguntou que se eu conhecia alguém que quisesse tocar a oficina. Falei com o Germano se ele não queria vir para São Paulo. Veio ele, a mulher e os dois filhos, e alugaram uma casa em São Caetano (SP). Começamos a trabalhar na oficina que aluguei desse amigo. Fornecíamos peças, discos, facas e cruzetas para várias empresas. Em certo momento não deu certo o negócio com o Germano e eu tirei minhas coisas da oficina em São Caetano e transferi para um local na Rua Inhaia, em São Paulo, que era de um amigo polonês, o Boris Sokolski, que trabalhou como mecânico na Hermann. Depois que ele saiu da Hermann, o Alberto Amalfi, que era gerente da Hermann, sairia também para trabalharem juntos. Só que quando o Hermann soube que o Amalf iria partir, deu vários poderes para ele não sair. E o Sokolski ficou em uma linha de amargura. Fiz um acordo com o Sokolski e resolvemos produzir moedores. Ele fabricava e eu negociava as máquinas. Tivemos muito sucesso.
Fundação da Stelka No ano de 1964, eu acreditei que deveria fundar a minha própria firma e não ficar dependente dos outros. Nesse ano, eu montei a Stelka. Desde esse período, começamos com torninho, furadeirinha, disquinhos e faquinhas, já que não é sempre que se vendia um moedor de carne, uma misturadeira. Dois ou três anos depois surgiu a firma Frimaq. Foi quando eu conheci o Gino, o Luigi Rossi. Ele disse que tinha uma grande inovação: um cortador de toucinho. Como eu tinha um bom entendimento com bons frigoríficos, como o Cardeal e o Borelli da Lapa. Disse ao Gino se o equipamento fosse bom mesmo, eu introduzia no mercado, pois, eu só estava fabricando peças e manutenção de equipamentos. Depois o Gino foi trabalhar comigo e trouxe um pessoal que trabalhava com ele para montarmos algumas máquinas. Começamos com moedores de carne e quebradores de blocos. Fazíamos uma parte e a outra quem fazia era o Sokolski, que tinha a mecânica na Rua Inhaia. Quebrador de blocos com patente Eu me dava com o pessoal do Frigorífico Simon, na Rua Catão, na Lapa, pois, eu já tinha vendido moedor de carne e misturadeira. Disse que estava fazendo um quebrador de bloco e eles falaram que se funcionasse, comprariam. Fizemos o quebrador de blocos, levamos e eles acharam maravilhosa a máquina. Haja vista que pagou a vista. Foi o primeiro quebrador de bloco que vendemos. Contava com o novo sistema de cilindro com facas da Hidrauflaker. Eu e o Gino fizemos a patente da máquina e pagamos por onze anos, até que inventaram cilindros e faquinhas menores e caiu por terra a nossa patente. Na época, a maior parte dos quebradores de blocos produzidos era feito pela Stelka. Depois as outras empresas copiaram o nosso sistema, mesmo com a patente. Nós chegamos a ter 54 empregados. Tinha o meu armazém e outros dois alugados.
Primeira ensacadeira contínua Fomos os primeiros a fazer uma ensacadeira contínua, provavelmente no início da década de 70. Vendemos para o frigorífico Hermes em Guarulhos. Para alguns produtos ela funcionava bem, mas em outros nem tanto. Nesse período conhecemos uma grande empresa chamada Indsteel, eles eram fabricantes de equipamentos para tinturaria e estavam em uma fase ruim. Fui visita-los para comprar aço, mas quando cheguei lá, era uma pilha de aço. Eu disse que só queria comprar 200 quilos de aço para fazer espátulas para misturadeiras. Perguntaram se minha empresa estava bem. Disse que sim e levei-os para ver meus equipamentos no Frigorífico São Miguel. Ao ver os equipamentos, um dos diretores ficou muito animado. Ao Voltar para Stelka, falei com o Gino que levei um pessoal de uma fábrica colossal para ver nossas máquinas e eles ficaram abismados. No dia seguinte, eles me ligam dizendo que um diretor teria que viajar para Santa Catarina às 15 horas, mas antes disto queria ver os equipamentos. Mostramos ao outro diretor e ele ficou espantado. Conclusão: o diretor não foi viajar e nós saímos da Indsteel às 2h da madrugada. Eles fizeram uma proposta para eu e o Gino trabalharmos para eles. Em valores atuais ganharíamos R$ 10 mil de salários e o Gino seria a mola mestra da fábrica e eu o coordenador de vendas. Assim, começamos a trabalhar com eles. Eu parei de fazer equipamentos, só podia reformar máquinas e fazer facas e discos por causa do compromisso assumido. Como a Indsteel estava mal financeiramente, o Gino quis sair após quatro meses e falou para voltarmos à Stelka. Eu disse que não podia, pois, tinha um contrato e não dava para sair rapidamente. O Gino não quis esperar e foi trabalhar no Cardeal, já que eles queriam comprar a Frimaq para montar máquinas. E eu ainda fiquei na Indsteel por mais dois anos e meio. Após sair da Indsteel continuei fabricando máquinas até hoje. São 50 anos de tradição em
peças e equipamentos para frigoríficos. Hoje fazemos todas as máquinas em aço inox para competir com as estrangeiras. Temos que competir com o preço e qualidade.
Escrevendo a história
utilização do aço inox em fábricas alimentícias. Também fabricamos em aço carbono, como também fazemos cruzetas em aço inox e discos em aço inox, e cromo níquel. Cortamos hoje todas as nossas facas, discos e lâminas no sistema de laser. Nós também estamos fazendo uma aquisição de um equipamento para furar os discos com 1 milímetro, 1,2 milímetro, 1,4 milímetro, e 1,7 milímetro. As furadeiras tradicionais utilizam muita mão-de-obra. A máquina deverá ser comprada dos Estados Unidos ou da Coreia do Sul. Primeiras facas em aço inox 420 produzidas por uma empresa brasileira Já fornecíamos muitas peças (suportes, discos, cruzetas, laminas) para moedores Weiller, Hermann, Velper, Velatti e outros equipamentos, quando, acredito que em 1971, fui chamado na Swift pelo engenheiro Túlio. Ele era apelidado de leão, porque era muito bravo e o pessoal tinha medo dele. O Túlio disse que tinha uma faca de aço inoxidável, da empresa alemã Seydelmann, e gostaria que eu fizesse igual. Como sabia onde tinha aço inox, falei que faria um jogo. Ele afirmou que eu precisaria assinar um contrato de responsabilidade. Confirmei que sim. Foram as primeiras facas em aço inox 420 produzidas por uma empresa brasileira. Após 40 dias, recebi um telefone do engenheiro Túlio pedindo para fazer uma visita a ele. Fui à Swift um pouco assustado. O engenheiro falou que tinha enviado uma carta para a empresa alemã dizendo que minhas facas eram melhores e que eles deveriam comprar de mim. Não sei se foi brincadeira ou não, mas ele elogiou nosso trabalho e saí todo orgulhoso. A Stelka foi a percussora na fabricação de facas em aço inox. A mercadoria era um pouco mais cara, mas tinha melhor qualidade e durabilidade, já que o aço carbono tem corrosão e o inox não. E naquela época não tinha lei exigindo a
CMS Atualmente no mercado, uma verdadeira mortadela é fabricada em cutter. Países como a Alemanha e outros não utilizam emulsionadoras para fabricar mortadelas e outros frios, porém muitas empresas utilizam emulsionadoras com discos de 1 ou 1,2 milímetro para fazerem a mesma massa da salsicha ou mortadela. Mas não é similar ao feito em cutter. Em cutter não se adiciona carne CMS (Carne Mecanicamente Separada), ao contrário das emulsionadoras. Mercado atual Há três meses fechei um contrato com um grupo gigante brasileiro. Estamos fornecendo para todas as unidades deles peças para os cutters e moedores de carne com um preço competitivo. Um problema são algumas firmas que estão trazendo ao nosso mercado peças abaixo do custo de produção. Fica difícil competir com empresas estrangeiras que vendem a preço de banana. Há uma crise no setor de frigoríficos. Os pequenos não conseguem competir com os grandes. Um pequeno normalmente compra a carne da região Sul. Somando custo de tripa, mão-de-obra e carne, sai mais caro do que o preço das mercadorias que são colocadas em São Paulo pelas grandes empresas do Sul. O pequeno está sendo estrangulado.
Saúde
Excesso de sódio causa riscos na alimentação infantil 60% dos produtos industrializados contêm níveis de sódio superiores aos exigidos pela legislação brasileira
D
e acordo com dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a demanda por alimentos industrializados no país aumentou consideravelmente nos últimos anos. Entre os destaques estão a carne de frango, com alta de 1,87% ao ano; carne bovina, 2,77%; leite de vaca, 2,29; iogurte, 2,97%; azeite, 3,06%; e queijo, 3,52%. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) orienta que é preciso ter cuidado com o consumo exagerado dos alimentos industrializados e ressalta que o padrão de qualidade dos produtos é extremamente importante para garantir uma alimentação rica e saudável, principalmente na infância. “É comum que as crianças tenham um hábito de comer produtos mais superficiais, que não possuem a riqueza de nutrientes necessária ao organismo. Não é preciso proibir os pequenos de consumir tais produtos, mas cabe aos pais criar o hábito de ler o rótulo nutricional dos alimentos para garantir que o que os filhos estão comendo não é prejudicial à saúde”, explica Alex Fuganholi, diretor da Unidade de Negócio de Alimentos do Grupo Bioagri, empresa que integra a Mérieux NutriSciences Company. A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que seja consumido, no máximo, 2 g de sódio por dia, ou seja, uma colher de chá com 5 g de sal. No entanto, essa quantidade é bastante ultrapassada no consumo pelas pessoas. Prova disso é que 60% dos produtos industrializados contêm níveis de sódio superiores
aos exigidos pela Anvisa. Entre esses produtos se destacam o salame, mortadela, pratos semiprontos, lasanha congelada, batata palha, salgadinhos de milho, biscoitos recheados, macarrão instântaneo, refrigerantes à base de cola e à base de guaraná. Se consumidos em excesso, podem causar sérios danos à saúde, como a hipertensão, insuficiência cardíaca e renal. O sódio é considerado um vilão na alimentação infantil, uma vez que 60% dos produtos industrializados consumidos pela crianças também possuem níveis de sódio superiores aos exigidos pela legislação brasileira, de acordo com pesquisa desenvolvida pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Não existem recomendações únicas, mas sim indispensáveis para uma dieta saudável. O consumo de uma variedade de alimentos “in natura”, por exemplo, que incluam pães, cereais, frutas e hortaliças, já contribui para que a alimentação infantil seja mais saudável. Além disso, os pais e responsáveis devem estar sempre atentos aos tipos de produtos consumidos pelas crianças, de forma a incentivar uma alimentação mais rica em nutrientes. Diante desse cenário, um produto destinado para o consumo seguro deve atender a três métodos principais exigidos pelos órgãos regulamentadores. “Análises minuciosas são feitas para verificar e atestar que tudo está de acordo com as exigências legais, para que o alimente chegue à mesa do consumidor com segurança”, finaliza Fuganholi.
Artigo Técnico Por Assunta Napolitano Camilo
Embalagens convenientes de produtos cárneos
E
ntre as grandes tendências de consumo, uma das mais citadas, atendidas e observadas é a de conveniência. A vida urbana e moderna nos obriga a ter um ritmo muito dinâmico. Estamos em movimento constante entre reuniões, trabalho, casa, escola, academia etc. Assim, as embalagens precisam se adequar a esse ritmo para nos atender. Outra tendência é o movimento pela saúde e pela qualidade de vida, que tem levado muitos consumidores a academias e nutricionistas. Uma moda recente é a valorização das proteínas. Embalagens de carnes desidratadas, antes direcionadas para culinária e para, em menor quantidade, situações de acampamentos ou em lugares não urbanizados, passam agora a atender consumidores convencionais.
Já havia as embalagens flexíveis tipo almofada com pedacinhos de carne desidratada soltos, e agora encontramos a opção de embalagem termoformada com filme laminado e outro metalizado para a garantia de maior (vida de prateleira) para porções menores, ou seja, de 23 g. O produto pode ser segurado paralelamente ao consumo, além de ser consumido na própria embalagem, dispensando guardanapos, propondo uma opção mais higiênica do que as embalagens com os pedacinhos soltos. Essa nova proposta valoriza também a apresentação nos pontos de venda, já que os produtos podem ficar sempre pendurados e firmes nos espaços superiores. A empresa Jack Link’s® comercializa ao BeefSteak e oferece toda sorte de sabores, desafiando os consumidores a comprar produtos à
base de proteína de carne com outras opções, como batatas fritas ou salgadinhos à base de farinha. A Old Wisconsin® oferece seus produtos em embalagens flexíveis com possibilidade de refechamento através de zíperes. As cores escolhidas são sempre fortes, para facilitar a comunicação direta com o público-alvo. O TurkeyBites® apresenta porções de linguiça desidratadas em vários sabores. Os aperitivos podem ser transferidos para pratos ou consumidos diretamente das embalagens e, em caso de sobra, é só resselar e guardar. A janela frontal transparente permite visualizar os produtos. O design é bastante moderno, misturando tons fortes de laranja, textos em vermelho, e a cor prata confere modernidade. O ícone do “murro” ou “soco” de punho fe-
chado estampado na frente da embalagem ao lado da janela é uma referência explícita aos músculos e à força que o produto promete. Observar as tendências às mudanças de comportamento e as demandas geradas a partir delas é um excelente caminho para o desenvolvimento de produtos e de embalagens adequadas às novas situações de consumo. Inovações baseadas em observações têm maior chance de sucesso. Embalagem melhor. Mundo melhor * Assunta Napolitano Camilo é diretora da FuturePack (Consultoria de Embalagens) e do Instituto de Embalagens (Ensino & Pesquisa). É coordenadora do Kit de Referências de Embalagens e dos livros Embalagens Flexíveis; Embalagens de Papelcartão; Guia de embalagens para produtos orgânicos; Embalagens: Design, Materiais, Processos, Máquinas & Sustentabilidade.
Empresas
Novos
caminhos
P Ao se separar da Bosch, Ishida do Brasil possui capital 100% japonês
odemos tratar a história da Ishida em duas partes: a Ishida matriz e a do Brasil. A matriz foi fundada em 1893. É uma empresa 100% familiar e o atual presidente é da quinta geração de sucessão. A Ishida matriz procura ser uma empresa global, com cinco fábricas posicionadas pelo mundo e com escritórios de vendas ou com subsidiários pelo mundo todo. A Ishida do Brasil foi fundada em 1980. A empresa foi criada inicialmente para dar suporte ao fornecer equipamentos complementares para máquinas de embalagens da Robert Bosch. De acordo com Nilson Martins, gerente comercial da Ishida do Brasil, nesse período, a Bosch vislumbrou que o negócio na área de
embalagens seria mais sólido e melhor complementado com as máquinas da Ishida. Desse modo, foi criada a subsidiaria da Ishida no Brasil com 50% de capital alemão e 50% de capital japonês, e com a administração e gestão de vendas realizadas pela Bosch, enquanto a Ishida forneceria material e suporte técnico. Nova estratégia: capital 100% japonês Após esse período, a Ishida matriz resolveu comprar os 50% das ações em janeiro 2014, conforme afirma Martins: “Esse desenvolvimento seguiu durante anos e dava grande suporte ao negócio da Bosch. Posteriormente, como a Ishida atua em alguns segmentos e mercados no mundo que existem no Brasil, a empresa vislumbrou investir nestas estratégias também. Assim, decidiu-se entre as partes consensualmente pela cisão societária”. A ação é uma estratégia da Ishida matriz para ter investimentos no Brasil e para atuar conforme a estratégia mundial. “Dentro da nova concepção no Brasil, ao ter o capital 100% japonês, temos mais liberdade para seguir nesta direção. A visão do Japão para o Brasil é que o país tem grande potencial de crescimento. Assim, esse é o grande motivo de realizar o investimento”, disse o gerente comercial. Nova sede Com os novos caminhos estratégicos, a fábrica de montagem dos equipamentos foi para outro local, pois, antes ocupava uma área dentro da sede da Bosch. A nova sede está localizada na Rodovia Anhanguera, KM 15, no Centro Logístico Anhanguera (CLA). O prédio no CLA possui área de 1.100 m². Do total, 200 m² são voltados para a administração, engenharia e área comercial, e em tor-
no de 900 m² são destinados para a área fabril. “A mudança ocorre para a incorporação no Brasil de processos e equipamentos da Ishida do exterior. Já prevendo que teremos a montagem e fabricação de equipamentos. Esse é momento atual da empresa”, informa Martins. A Ishida do Brasil monta todos os equipamentos para a área de produtos secos do país. Entende-se por produtos secos: biscoitos, massas, snacks, balas bombons, pirulitos etc. O segmento “molhado” é direcionado para carnes e peixes e a linha ainda é importada. Os equipamentos importados possuem duas origens: Japão e Inglaterra. Para manter a qualidade internacional de seus produtos, são realizadas duas auditorias por ano pela matriz na filial brasileira. “Na verdade, a auditoria funciona mais como consultoria, no sentido de dar sugestões para que a qualidade da Ishida reconhecida mundialmente esteja também no Brasil. Existe uma uniformidade da qualidade para o cliente. Não importa a origem do equipamento, mas qualidade será sempre a mesma”, assegura o gerente comercial. Produtos Segundo Martins, ao pensarmos nos equipamentos e produtos da Ishida, como sistemas de pesagem, sistemas de inspeção e sistemas de embalagem, existem muitas aplicações e demandas pelos clientes brasileiros: “No Brasil, a Ishida é reconhecida como um excelente fornecedor de balanças de cabeçotes múltiplos. É um equipamento destinado para a pesagem e formação de porções com peso fixo. No mercado, a empresa é reconhecida como uma provedora de soluções, que utiliza a balança como parte desta solução. Sendo a balança um sistema de pesagem, nós estamos preocupados em fornecer além da solução para pesagem,
29
Empresas
também de embalagem. Para a parte da pesagem a empresa possui, entre outras, a balança de cabeçotes múltiplos. Depois do produto pesado, há o processo de embalagem, onde a existe a seladora de bandeja. Após isso, entram os sistemas de inspeção, seja por contaminantes, processos de raio X ou verificador de peso dinâmico, que confirma que o peso declarado é o mesmo que está dentro da embalagem, já que podem ocorrer falhas no processo. Nessa ótica, a Ishida está formando a porção, embalando a porção e inspecionando a porção. Assim, cobrimos todo o processo de embalagem do nosso cliente como uma solução. Essa é a nova fase da Ishida”. Lançamentos Um dos lançamentos da Ishida, que estará na International FoodTec Brasil, é a nova geração de raio X, um sistema de inspeção para contaminantes metálicos, cerâmicos, de vidro ou orgânicos, como ossos. Essa nova geração de raio X possui uma sensibilidade maior e espectro maior de detecção, como afirma o gerente comercial: “Além de detectar melhor, estamos falando em tamanho de contaminante, ele também detecta mais tipos de contaminantes. O equipamento será lançado na FoodTec e a Ishida negocia mundialmente há 12 meses. Ou seja, é uma tecnologia já aprovada mundialmente, já que todos os testes foram finalizados”. O outro lançamento é uma balança classificadora de peso linear, que une o processo de inspeção e classificação. O equipamento é voltado para a produção com um peso definido. Como em alguns casos não se aplica
a balança de cabeçotes múltiplos, é melhor a utilização de uma balança classificadora. Um exemplo de aplicação é para a perna de frango desossada, existente no mercado brasileiro e muito consumida no Oriente Médio. Atendimento ao cliente Sobre o trabalho de atendimento ao cliente, a Ishida entende que deve ser feito já na fase do projeto e execução da obra, e deve ser dado suporte ao cliente também na definição do layout da fábrica. No mercado de aves, a Ishida conta com um apoio de um grande fabricante holandês de soluções e equipamentos para aves. “Juntando as duas empresas, nós podemos dar grandes sugestões aos clientes e fazer propostas, como mostrar o layout de várias fábricas eficientes e com grande desempenho. Na visão da Ishida, já na fase de projeto e execução de obra é importante dar suporte ao cliente”, disse Martins. Na fase de instalação e utilização dos equipamentos, a empresa conta com uma equipe muito bem treinada com oito técnicos, que estão baseados em São Paulo. A estrutura de fornecimento de peças também é baseada em São Paulo, seja para equipamentos fabricados no Brasil ou importados. “A Ishida do Brasil cobre o território nacional e há o suporte de capital de mão-de-obra para treinamentos, contínuo suporte ao cliente e suporte material, que está centralizado em são Paulo”, assegura o gerente comercial. A estrutura comercial da empresa é dividida regionalmente. Para o entendimento da matriz japonesa, o Brasil é um polo estratégi-
co para o continuo crescimento na América do Sul. Há parceiros e representantes fora do Brasil, mas a empresa futuramente terá um contato mais próximo. Ou seja, o centro de atendimento no Brasil será como na Europa ou Japão. “Como estamos na América do Sul, poderemos atender mais rápido e de uma forma mais eficiente para cobrir demandas e aspectos regionais, sejam elas de mercado, consumo ou cultural. A visão do Japão estabelece a Ishida do Brasil como o polo da América do Sul. Assim, as subsidiarias terão melhor suporte, seja da Ishida ou de representantes. Teremos uma ação indireta e seremos um suporte para a América do Sul”, garante Martins.
O diferencial da empresa “Como diferencial, a Ishida é reconhecida como o melhor provedor de equipamentos de sistema de pesagem e embalagem do setor. No sentido de que sempre apresenta a melhor solução em desempenho. A empresa é conhecida por ter o melhor equipamento downtime ou down break time, ou seja, com o menor número de paradas. E quando isso ocorre, acontece um menor tempo de parada. O cliente que pondera ter um menor custo de fabricação pensa na marca Ishida. Nossos equipamentos entregam um produto final com menor desvio de peso e com as menores perdas de embalagem no processo, e sempre utilizando um mínimo de mão-de-obra”, finaliza o gerente comercial.
Especial
o limite
A
proximadamente 30 mil pessoas visitaram o município de Rio Claro (SP) durante o 21º Campeonato Mundial de Balonismo, que foi realizado entre os dias 17 e 27 de julho, reunindo 22 países e mais de 60 pilotos. Com população atual beirando os 200 mil habitantes, Rio Claro possui tradição no balonismo em disputas de campeonatos brasileiros e ibero-americanos. No entanto, esta é a primeira vez que o Campeonato Mundial de Balonismo será realizado na América Latina. A próxima edição do mundial acontecerá no Japão, em 2016, na cidade de Saga.
O Mundial em Rio Claro reuniu as equipes do Brasil, Rússia, China, Japão, Lituânia, Republica Tcheca, Alemanha, Argentina, Espanha, Áustria, Canadá, EUA, França, Inglaterra, Itália, Luxemburgo, México, Holanda, Polônia, África do Sul, Suíça e Ucrânia. “Rio Claro viveu muito bem o clima do mundial e conviveu muito bem com as equipes de outras nacionalidades que visitaram a cidade”, disse o secretário municipal de Esportes, Reginaldo Breda. Uma equipe com 60 voluntários cooperou com o Mundial, sendo 15 na organização da competição e 45 como intér-
Fotos: Divulgação
O céu é
Rio Claro (SP), polo industrial de equipamentos para carnes, sedia o Campeonato Mundial de Balonismo realizado pela primeira vez no Brasil
pretes. A oportunidade de participar do Mundial despertou o interesse principalmente de jovens que concluíram ou cursam o ensino superior, muitos deles, inclusive, que já residiram no exterior. Hotéis da cidade registraram grande aumento nas reservas e vários restaurantes providenciaram cardápios bilíngues para recepcionar os estrangeiros, reflexo ocorrido na copa. “O envolvimento da comunidade aumentou a expectativa positiva de termos realizado um grande evento”, afirmou o prefeito Du Altimari. Durante o Mundial mais de dez balões fizeram voos que não fazem parte da competição. Em terra firme, diversos produtores rurais do município e da região ficaram atentos ao pouso, pois, suas propriedades foram utilizadas como áreas de pouso dessas imensas e coloridas engenhocas, movidas a ar quente produzido pela queima de gás propano. Há semanas, a Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Silvicultura, que relata a existência de aproximadamente 1.400 propriedades rurais no município, orientou os produtores sobre como agir para receber bem os competidores que eventualmente pousarem em suas propriedades. “Em grande parte, os pilotos são estrangeiros
33
Tayna Hian
Especial
o piloto japonês Yudai Fujita, conquistou o Campeonato Mundial de Balonismo
e se comunicam no idioma oficial do evento, que é o inglês”, explica o secretário Carlos Alberto Teixeira De Lucca. Segundo ele, o fundamental ao produtor foi se mostrar cordial, acolhedor e receptivo, orientando com gestos e sinais os pilotos e suas equipes de resgate sobre como deixar o local do pouso, preferencialmente pela entrada principal da propriedade. O Mundial de Balonismo começou no dia 17 de julho, com a chegada das equipes e os primeiros voos para treinos, que aconteceram também nos dois dias posteriores. No dia 18 de julho foi realizada a abertura oficial com a participação dos competidores, organizadores, apoiadores e autoridades. Entre 20 e 26 de julho foram realizados os voos competitivos com provas técnicas. Os briefings, onde são analisadas as condições climáticas e definidas as provas do dia, aconteceram sempre entre às 6h e às 15h. Os voos competitivos ocorreram pela manhã por volta das 8h e no período da tarde a partir das 16h. No dia 26, o último dia de provas da competição, que ocorreu somente pela manhã, termi-
nou com a consagração do piloto japonês Yudai Fujita, que conquistou o Campeonato Mundial de Balonismo. O piloto japonês foi melhor do que seus concorrentes ao título nas provas Valsa e Fly on e terminou a competição com um total de 17.443 pontos, 1.227 a mais do que o alemão Uwe Scheider. O brasileiro Lupercio Lima, que havia descido para a quarta colocação no penúltimo dia, conseguiu reconquistar uma posição e terminou na terceira colocação, com 16.064 pontos. O campeonato, sediado pela primeira vez no Brasil, seguirá para o Japão em 2016, terra do atual campeão do mundo. No dia 27 de julho, as equipes fizeram um “voo Fiesta”, que marcou o encerramento oficial do evento. Paralelamente às competições, ocorreram apresentações culturais abertas ao público. As atividades incluíram desfile e shows, que aconteceram no espaço anexo ao aeroclube. A programação teve atrações musicais de diferentes gêneros, como as bandas Hainika (pop-rock), Rafael Nalin e banda (sertanejo universitário), grupo Tá n’Área (samba e pagode) e grupo Sinhá Flor (forró pé-de-serra).
Divulgação
Eventos
10º Workshop
da Bremil, Handtmann e Poly-clip
P
elo décimo ano consecutivo as empresas Bremil, Handtmann e Poly-clip realizaram, no mês de maio, mais uma edição do Workshop para a produção de embutidos destinados as empresas de médio e pequeno porte. Esta décima edição do evento, antecipado para maio devido a Copa do Mundo, contou com empresas do Norte, Nordeste, Sudeste e Sul do país. As empresas participantes foram recepcionadas nas instalações da Bremil que apresentou as novidades e as orientações técnicas na aplicação adequada e utilização racional de ingredientes e condimentos nas mais diversas formulações. A Handtmann apresentou as novas tecnologias, vantagens e o uso correto das embuti-
deiras a vácuo com porcionamento automático em tripas naturais e artificiais, além dos benefícios técnicos e econômicos que estes equipamentos trazem para a linha de produção de embutidos. A Poly-clip complementou as informações de processamento com apresentação de sua linha de grampeadeiras, bem como detalhes de suas representações com destaque para os emulsificadores; além de toda a linha de grampos e tripas especiais. O workshop propiciou aos participantes a oportunidade de produzir alguns tipos de embutidos, constatando na prática a melhor adequação e utilização destes ingredientes e equipamentos para os seus produtos.
Equipamentos para
indĂşstrias
Capa Por Cauê Vizzaccaro
A força
da indústria
As tecnologias utilizadas em equipamentos para frigoríficos e abatedouros
A
tualmente, a linha de equipamentos voltados à indústria frigorífica tem acompanhado a evolução da eletrônica ao incorporar eficientemente em suas montagens as inovações. Equipamentos com maior capacidade produtiva, automação, precisão, mais confiáveis e seguros, com menor consumo de energia e que minimizam os esforços dos trabalhadores na operação e manutenção estão presentes em todas as etapas do processamento de carnes, desde o abate até a embalagem final. Outro aspecto importantíssimo no projeto dos novos equipamentos se dá na acessibilidade a higienização plena de todos os pontos de contato com o alimento, como afirma Fernando Baldini, Gerente de Tecnologia e Engenheiro de Alimentos da Poly-clip. Com base nessas informações, Baldini exemplifica a afirmativa, mas com o foco nas grampeadoras: “Especificamente no caso das grampeadoras, vemos um perfeito sincronismo na comunicação entre as embutideiras e as grampeadoras, garantindo o porcionamento dos embutidos de forma consistente e padronizada, com melhor controle de tamanho e peso das peças. Sistemas dos ajustes de pressão do grampo, abertura do separador e velocidades de grampeamento, entre outros parâmetros, podem ser feitos com o simples toque na tela do painel de controle ou até mesmo de forma totalmente automática, ao simplesmente selecionar o programa do produto que se deseja processar. Sistemas dos separadores mais eficientes garantem as pontas dos embutidos mais limpas e curtas, economizando tripas e materiais de embalagem”.
Seguindo para outras linhas, tecnologias de inspeção e de embalagem a vácuo podem ser consideras importantes e em alguns casos vitais para o andamento dos negócios para frigoríficos. A inspeção, por exemplo, traz a segurança na comercialização do produto ao evitar que passe qualquer tipo de contaminante. Por isto é importante ter as soluções, tanto de detector de metais como o raio X, para aumentar a segurança. No caso do frigorífico ambicionar exportar, há países que só aceitam o produto com determinadas regras de inspeção, então é vital ter uma política de processos de inspeção. Já a embalagem a vácuo é ótima maneira para garantir que o produto terá uma vida útil maior. Ao embalar a vácuo é possível manter por mais tempo todas as propriedades da carne, por exemplo. Para Bernardo Ronchetti, diretor da Termorpol, as tecnologias de baixa condensação são importantes por trabalharem com maior economia de energia, possuírem compressores menores e aumentarem a vida do compressor: “Creio que todo e qualquer sistema de redução do consumo é a alternativa correta no ciclo produtivo da carne, pois se trata da redução do custo fixo da operação incorporado em cada quilograma de carne produzido”. No caso das esteiras, Ricardo Barakat, representante comercial da Ashworth, informa que a medição de tensão em esteiras transportadoras agrega valor ao processo de produção, pois aumenta a vida útil das esteiras e evita quebras prematuras. Para melhor informar o leitor, empresas do setor de carnes apresentaram alguns equipamentos e lançamentos à revista Mais Carne.
Ashworth A Ashworth fornece esteiras transportadoras há mais de 60 anos para frigoríficos e demais indústrias alimentícias. Segundo a empresa, ela inventou o túnel espiral, que se tornou o padrão mundial para processos de congelamento, resfriamento e cozimento, e também idealizou as primeiras esteiras metálicas para aplicações curvas. As principais esteiras da empresa são a Omni Pro, Advantage e Exacta-Stack. A esteira Omni Pro é uma esteira metálica e possui diversas patentes que permitem uma garantia de 100.000 ciclos de trabalho. O modelo Advantage possui construção híbrida (metal e plástico) que permite alta resistência em túneis helicoidais e fácil montagem. A esteira Exacta-Stack (autoempilhável) permite trocas imediatas para sistemas espirais existentes com ótimo custo, qualidade e prazos de fabricação reduzidos.
Bettcher do Brasil A Bettcher é uma empresa que, há mais de 50 anos, atende frigoríficos de todos os continentes com soluções de ganho de rendimento e melhor operacionalidade de processos de abate e desossa. Está no Brasil há mais de 10 anos e atende todo o mercado de carnes na América Latina. A empresa possui uma linha de trimmers direcionada para frigoríficos e abatedouros. A empresa lançou a 4ª geração de trimmers, que conta com uma enorme diferença tecnológica para as tarefas de abate e desossa de bovinos, suínos, pescados e aves.
Capa Dal Pino A empresa possui serras elétricas para corte de bovinos, suínos, bubalinos e caprinos; tesouras hidráulicas para corte de chifres, mocotós, pata de suínos e tirador de casco de suínos; balancins para serras e plataformas para serras de carcaça, lâminas em geral, carretilhas para esfola e pealos; afiadora de facas e pistolas de atordoamento de bovinos pneumáticas e portátil acionada com festim; e insensibilizadores elétricos para suínos e estimulador de sangria para bovinos. O principal equipamento é a serra de carcaça de fita, para corte de carcaça de bovinos e suínos, com acionamento duplo, pneumático, para atender a NR 12. O lançamento, para 2014, é a afiadora de facas e a linha de pistolas de atordoamento de bovinos portátil, com acionamento por festim, da marca inglesa Accless & Shelvoke.
Haarslev Os equipamentos da empresa são direcionados para a transformação do subproduto animal. Após a fusão com a Atlas Stord, em 2004, a empresa acrescentou à linha de produtos os sistemas a “via de baixa temperatura”. O sistema gasta 50% menos de vapor, como também produz um material final com alta “digestibilidade”. O sistema consiste em um “cozinhador” para coagular a proteína; uma prensa duplo eixo, para separar o sólido do líquido; um secador, para a secagem desse material; e um evaporador, para recuperar os solúveis da água de cola. Este ano, a empresa lançou um Helicoide para prensas muito mais resistentes com uma durabilidade 50% maior que os anteriores.
Montemil Entre os equipamentos direcionados para frigoríficos e abatedouros, a Montemil fabrica para diferentes aplicações e os mais variados volumes de produção. Para abate e desossa de suínos e aves e indústria, a empresa trabalha com restreiners, mesas para sangria, polidores lavadores, polidores secadores, mesas automáticas para evisceração e inspeção, plataformas estáticas, lavadores de carcaças, centrifugas para miúdos, desarticulador de mandíbulas (NR 12), serras fita (NR 12), mesas transportadoras para desossa, lavadoras automáticas para caixas, lavador automática de contentores e carros, lavadores de botas, lavadores de mãos, túneis para escaldagem, depenadoras automáticas, transportadores aéreos, chillers para miúdos e resfriamento, embaladoras. Já para a industrialização, a empresa possui quebradores de blocos, moedores, misturadeiras, elevadores, tombadores, transportadores helicoidais, seladora continua a vácuo, empacotadoras para salsichas, seladoras para pacotes, sistemas para bombeamento de massas, carros para estufas, carros para massas, contentores, seladoras plastificadoras contínuas e túnel de encolhimento.
Newmaq As três principais linhas da empresa que são soluções para embalagem, inspeção e codificação. A embaladora a vácuo Dublino 1396 tem barra de selagem de 1,30 metros. A embaladora se diferencia por não precisar trabalhar com bomba roots e apenas com as bombas a vácuo. O sistema de raio X da Anritsu permite realizar inspeções simultâneas com alta precisão, devido à existência de mais de 20 algoritmos no software do equipamento. Com isso, é possível obter um alto nível de detecção de contaminantes, tais como: metais, arames, vidros, pedras, ossos, plásticos, borrachas, etc.; além de permitir a verificação do peso do produto, do formato e da falta de produtos na embalagem. A empresa apresentou ao mercado a codificadora A420i, que traz como conceito a redução de impactos ambientais em impressoras ink jet. A A420i conta com tecnologia i-Tech na linha de codificadoras Ink Jet Séria A. O sistema de tinta com a tecnologia i-Tech do modelo A420i ganhou o prêmio na categoria Inovação Sustentável, pela significativa redução do impacto ambiental, desde que foi aplicada nas codificadoras em 2010.
Poly-clip A Poly-clip System oferece uma ampla linha de modelos de grampeadoras e equipamentos voltados ao processamento de carnes. Existem inúmeras aplicações na indústria frigorífica, cujo fechamento da embalagem ou envoltório primário é realizado adotando a tecnologia de grampeamento. Entre elas, o acondicionamento de aves e seus cortes, cortes bovinos e suínos, carnes moídas, e embutidos diversos, tais como: mortadelas, patês, salames, linguiças, copas, fiambres, presuntos e similares, produtos de pescados, caldos, sopas, molhos, alimentos infantis, rações animais, entre outros. A Poly-clip System produz também grampos e laços para uso em seus equipamentos, fabricados com rigorosos padrões internacionais de higiene e qualidade das matérias-primas. A nova geração de grampeadoras duplas automáticas Poly-clip, modelos FCAs (50, 120 e 160) constituem um sistema completo, novo e integrado para o fechamento de embalagens flexíveis. A Poly-clip desenvolveu um sistema patenteado denominado Safe Coat ®, o qual consiste em se fazer um revestimento externo aos grampos, removendo previamente quaisquer graxas, óleos e poluentes encontrados nos fios trefilados de alumínio que são utilizados como matéria-prima na fabricação dos grampos. A Poly-clip está apresentando um novo modelo de máquina grampeadora dupla automática (FCA 80), destinada principalmente aos clientes de pequeno e médio porte. Um equipamento de simples operação e manutenção, projeto econômico, mas muito versátil, pois, opera em uma grande faixa de calibres, rápida e com design moderno.
43
Capa Protervac Os equipamentos direcionados para frigoríficos no qual a empresa trabalha são máquinas a vácuo, simples ou dupla câmara e tanque de encolhimento. Além da venda, a empresa também conserta e realiza assistência técnica nos equipamentos.
Stelka Os equipamentos direcionados para frigoríficos que a empresa opera são os moedores, misturadores, embutideiras, quebradores de blocos de carnes congeladas e cutter. O principal equipamento que a empresa comercializa para frigoríficos é o Moedor de carnes S-220mm com estrutura em aço inoxidável. Além dele, há o Cortador de carnes congeladas, que é inteiramente produzido com aço inox.
Sunnyvale e NI Solutions O principal destaque na International FoodTec será a embaladora a vácuo Saccardo AS38. É uma embaladora de grande porte fabricada pela italiana Saccardo e comercializada no país pela Sunnyvale. É a primeira vez que a embaladora será exposta em feira de negócios e deve chamar atenção pela sua produtividade. O que faz com que a Saccardo AS38 garanta maior produtividade são suas dimensões e velocidade no processo. Ela tem barra de selagem de 1,5 metros e esteira com largura de 0,8 metros. Isso garante maior espaço para embalar mais peças por ciclo, sendo que a AS38 realiza três ciclos por minuto. Pode-se dizer que a AS38 é uma novidade, pois como ela nunca foi exposta em feira de negócios. A Sunnyvale, em parceria com a distribuidora NI Solutions, levará sua novidade no segmento de embaladoras a vácuo para a FoodTec. A empresa reservou o momento para expor aos visitantes a Saccardo AS38, embaladora a vácuo de grande porte, que garante maior produtividade no embalo de cortes de carne vermelha.
Tecmaes A Tecmaes produz uma diversidade de equipamentos para frigoríficos e abatedouros, tais como: seladora com fitas adesivas, seladoras térmicas, termodatadores, fechadoras de caixas, aplicadores de etiquetas, rotuladores de embutidos, dispensadores de etiquetas e dispensadores de fitas adesivas. O Aplicador Automático Superior e Inferior estabelece novos padrões em precisão, qualidade e economia. Está equipado com dois aplicadores de etiqueta que posicionam e aplicam simultaneamente as etiquetas na parte superior e inferior dos produtos, tais como, bandejas, embalagens termoformadas, caixas, entre outros. Também possui duas configurações standards de codificação, podendo ser constituídas com impressoras de termotransferência ou com sistema hot stamping. A Rotuladora de Embutidos foi desenvolvida para realizar aplicações de rótulos em torno do produto, com maior precisão e rapidez, diminuindo o erro humano e o desperdício de etiquetas. É possível aplicar rótulos em diversos tamanhos de embutidos. Já as seladoras Jetfix são utilizadas para fechar com fitas adesivas as embalagens plásticas de diferentes tamanhos e espessuras, substituindo os grampos metálicos, aumentando a produtividade e diminuindo os custos com consumíveis e manutenção. Segundo a empresa é perfeita para os abatedouros de aves, devido ao alto volume de fechamentos por hora (1.200 embalagens) e a flexibilidade de trabalhar em diverso ambientes: secos, úmidos e congelados (-40°C). A Tecmaes, em parceria, lançou no mercado o Aplicador de etiquetas com balança dinâmica.
Termorpol A empresa possui a linha de racks CC e CV de centrais multicompressoras, com compressores alternativos e a CV com compressores parafusos para grandes cargas térmicas e túneis de congelamento. Para áreas climatizadas possui uma ampla gama de produtos, desde monoblocos de 30 hp até monoblocos de 1h, fora as unidades condensadoras e splits prontos para instalação. Os monoblocos são amplamente utilizados nas câmaras de congelados em conservação ou recuperação de temperatura. Inclusive com a opção de compressores de duplo estágio. As casas de máquinas completas ou centrais multicompressoras parafuso são equipamentos de alta potência para freon com capacidades de até 800 hp, com possibilidade de uso em túneis e câmaras. São unidades com compressores independentes no mesmo sistema, possibilitando ao operador a manutenção parcial da casa de máquinas sem parada de toda instalação, assim como controle individual dos compressores. A economia de energia como foco desses projetos está embutida em um sistema de controle de capacidade que pode levar o compressor a até 25% de sua capacidade, permitindo o operador ir de 25% até 100%. O lançamento da empresa é a linha de produtos de transporte refrigerado da Zanotti. São máquinas com manutenção reduzida, com sistema de acoplamento com motor compressor e certificadas em sua capacidade e potência com a credibilidade da União Europeia.
Fotos: Divulgação
Empresas
O frio essencial F
undada em 2000, a Cold Air é referência no ramo de instalações frigoríficas (câmaras, portas e refrigeração em geral). Atendendo desde o projeto e passando pela produção e execução, a empresa entrega uma solução completa em refrigeração para os seus clientes. Além da fabricação de painéis isotérmicos, a Cold Air conta ainda com uma completa gama de modelos de portas para ambientes industriais, secos ou refrigerados. Portas frigoríficas, portas seccionais, portas automáticas, portais de selamento e mais. Tudo pensado e dimensionado para atender a necessidade de cada
cliente. Destaque para a nova linha de portas com moldura em alumínio, oferecendo um acabamento visualmente mais limpo e elegante. A Cold Air fabrica racks para refrigeração para diversas aplicações, desde climatização até túneis de congelamento, câmaras frigoríficas de estocagem, centros de distribuição refrigerados, entre outros. Desde a sua fundação, a Cold Air usa sua experiência para desenvolver produtos e projetos personalizados, garantindo total segurança e qualidade, atendendo clientes em todo o Brasil, América Latina e África. A empresa fornece
soluções completas aos seus clientes, inclusive com sistemas de refrigeração dimensionados para as reais necessidades de aplicação. Respeitar e preservar o meio ambiente faz parte da política da Cold Air, pois, a empresa somente trabalha com produtos, processos e fornecedores que visem à sustentabilidade, além dos produtos não agredirem a camada de ozônio. As áreas de atuação da empresa são: supermercados; centros de distribuição e logística; frigoríficos bovinos, suínos e de aves; indústrias alimentícias e bebidas; indústria pesqueira; farmacêutica; laticínios e sorvetes; frutas, verduras e flores; incubatórios; e panificação. Projetar, fabricar, orientar e instalar desde pequenas câmaras até grandes instalações frigoríficas e salas de produção climatizadas é o lema da empresa. Projetar Para desenvolver projetos de acordo com as características e necessidades dos empreendimentos do cliente, a empresa conta com uma equipe própria de engenharia. Fabricar Formatos e medidas de acordo com as especificações do projeto do cliente. Orientar As equipes técnicas e comerciais da Cold Air estão sempre à disposição dos clientes para orientá-los quanto às melhores práticas e aprimoramento de soluções. Instalar A Cold Air garante a excelência em todas as etapas do processo, finalizando o ciclo de serviço com instalação e assistência técnica permanente.
Especial Por Nástia Rosa Almeida Coelho
Noções de
higienização
na indústria E m qualquer tipo de processamento industrial de alimentos a manutenção de condições higiênico-sanitárias se constitui em requisito essencial. Sabe-se que a carga microbiana contaminante do produto final é a somatória dos micro-organismos presentes na matéria-prima e daqueles que se agregam ao produto ao longo das várias etapas do processo, principalmente em função do contato com superfícies e equipamentos, intensidade e condições de manuseio, qualidade da água e do ar, bem como fatores ambientais diversos. A sanitização pode ser entendida como sendo um conjunto de procedimentos higiênico-sanitários visando garantir a obtenção de superfícies, equipamentos e ambientes com características adequadas de limpeza e baixa carga microbiana residual. A higiene na indústria de alimentos visa basicamente à preservação da pureza, da palatabilidade e da qualidade microbiológica dos alimentos. Assim, a higiene industrial auxilia na obtenção de um produto que, além das qualidades nutricionais e sensoriais, tenha uma boa condição higiênico-sanitária, e que não ofereça riscos à saúde do consumidor. A adoção de práticas higiênicas nas indústrias de alimentos e o uso adequado dos agentes de limpeza e sanitização têm como finalidade obter produtos alimentícios de qualidade satisfatória. Especialmente, no caso de alimentos perecíveis, a aplicação de técnicas apropriadas de higiene e sanitização permitirá obter produtos
de boa qualidade, do ponto de vista de saúde pública, atendendo exigências de padrões microbiológicos e permitindo obter produtos com uma vida de prateleira mais longa. A higiene e a sanitização dos equipamentos são, sem dúvida, operações fundamentais no controle sanitário em indústrias alimentícias, entretanto, frequentemente são negligenciadas ou efetuadas em condições inadequadas. O resultado de uma sanitização vai depender principalmente da qualidade do produto utilizado, ou seja, um produto que apresenta como característica um determinado grau de pureza no rótulo, pode na realidade não estar nas condições descritas e o responsável técnico pela higienização e sanitização da indústria deve ter conhecimento prévio da condição de pureza, ou seja, da concentração do princípio ativo da substância a ser utilizada, inclusive para poder recusá-la, devolvendo o produto à firma responsável por sua fabricação, pois o mesmo não satisfaz as condições descritas no rótulo. Para isso, existem metodologias de análises físico-químicas para verificar a “idoneidade” do produto a ser utilizado para a sanitização. O uso de água sanitária comercial (hipoclorito de sódio) para a higienização de equipamentos e matérias-primas não é o mais recomendado, pois, além do agente clorado propriamente dito, contém outras substâncias como alvejantes e outros. Antes de prosseguir, é necessário diferenciar higienização (limpeza) de sanitização.
A LIMPEZA DAS SUPERFÍCIES Os detergentes, utilizados na remoção dos resíduos aderidos às superfícies, exercem sua função atuando de várias maneiras, a saber: - poder dissolvente, principalmente sobre resíduos minerais; - ação peptizante sobre resíduos proteicos; - ação saponificante e emulsificante sobre resíduos gordurosos; - ação sequestraste ou quelante, principalmente sobre minerais (Ca, Mg) responsáveis pela dureza das águas; - poder molhante, penetrante, de suspensão, lavagem e dispersante, propriedades conferidas aos detergentes pelo uso de substâncias tensoativas. Além dessas propriedades, um bom detergente deve apresentar um baixo custo, ser atóxico e pouco poluente. Com base nessas considerações, é evidente que nenhum composto, isoladamente, poderá preencher em grau ótimo todas as características desejáveis enumeradas. É por isso que a formulação de detergentes industriais é assunto complexo, desenvolvido apenas em indústrias especializadas do setor de limpeza industrial. Em linhas gerais, os principais detergentes poderiam ser divididos nos seguintes grupos: 1. Detergentes alcalinos fortes: com elevado poder dissolvente sobre resíduos orgânicos (de carne, leite, pescado), sendo alta ou moderadamente irritantes, tóxicos e corrosivos (ex.: hidróxido de sódio, orto e sesquisilicatos de sódio); 2. Detergentes alcalinos suaves ou de uso geral (general purpose cleaners): têm moderada ação dissolvente sobre resíduos orgânicos, pouco irritantes e corrosivos (ex.: formulações complexas envolvendo o uso de sesquilicatos, fosfato trissódico, carbonato de sódio, tensoativos e sequestrastes); 3. Detergentes neutros: não corrosivos, não irritantes, indicados para limpeza de superfícies delicadas e com resíduos fracamente aderidos (ex.: tensoativos, geralmente aniônicos, adicionados ou não de polifosfatos); 4. Detergentes ácidos suaves: moderados ou
pouco corrosivos, pouco irritantes; indicados para remoção de resíduos inorgânicos (pedras) e alguns orgânicos (amido, oxalato de cálcio) (ex.: ácidos orgânicos como hidroxiacético e inibidores de corrosão); 5. Detergentes ácidos fortes: tóxicos, corrosivos, indicados para limpeza mecânica (CIP – Cleaning In Place) de equipamentos de aço inoxidável. Revelam elevado poder dissolvente sobre resíduos minerais (pedras) e alguns orgânicos (ex.: ácido nítrico, fosfórico, acrescido de inibidores de corrosão). Independente do tipo de detergente, a ação de limpeza se desenvolve em uma série de etapas: a) contato direto e intenso da solução de detergente com o resíduo a ser removido (ação molhante ou penetrante); b) deslocamento dos resíduos sólidos ou líquidos da superfície a ser limpa (ação saponificante, peptizante, dissolvente, emulsificante etc.); c) dispersão completa do resíduo na solução de limpeza (ação de suspensão e dispersante); d) prevenção de nova deposição do resíduo disperso na superfície do equipamento (ação lavagem). Inúmeros fatores afetam o desempenho da solução de detergente aplicada a uma superfície, os principais são enumerados a seguir: Concentração do princípio ativo: a eficiência aumenta com o incremento na concentração, até um limite, acima do qual a eficiência estaciona, com o aumento de custo e efeito corrosivo. Período de contato do detergente com o resíduo: em linhas gerais, a remoção dos resíduos é incrementada com o aumento do tempo de contato, até um limite a partir do qual o benefício será mínimo. Temperatura da solução: a eficiência é aumentada pelo aumento da temperatura, devido à menor ligação dos resíduos às superfícies, menor viscosidade das soluções, maior turbulência, maior solubilidade dos resíduos e maior velocidade das reações. Agitação ou turbulência da solução: assegura um melhor desempenho, garantindo maior remoção dos resíduos.
Especial Com o objetivo maior de garantir uma superfície adequadamente limpa, a formulação ou seleção de um detergente deve levar em consideração os seguintes aspectos: - natureza do resíduo a ser removido; - tipo de material utilizado na construção dos equipamentos, utensílios e superfícies; - método a ser empregado na limpeza (manual ou mecânico); - características químicas, principalmente dureza, da água utilizada no preparo das soluções e na limpeza. Levando em consideração aspectos como a natureza do resíduo a ser removido e suas características de solubilidade, os seguintes tipos de detergentes poderiam ser recomendados (Quadro 1). A sanificação na indústria de alimentos Conforme enfatizado anteriormente, o objetivo maior em um programa de sanificação industrial não é a esterilização de superfícies ou equipamentos, mas sim a redução da carga microbiana residual a valores muito baixos e compatíveis com a obtenção de produtos em boas condições higiênico-sanitárias. O êxito num programa de sanificação depende, fundamentalmente, da execução adequada da operação preliminar de limpeza, pelos seguintes motivos: - os micro-organismos remanescentes são protegidos pela matéria orgânica do efeito letal do sanificante; - a eficiência do sanificante é bastante reduzida pelo contato com a matéria orgânica; - o uso eventual do calor torna o resíduo remanescente mais fortemente aderido às superfícies;
- os micro-organismos sobreviventes multiplicam-se utilizando os resíduos aderentes como substrato. A seleção do sanificante a utilizar deve ser precedida de uma análise detalhada, levando em conta as seguintes questões: - Há legislação permitindo o uso do sanificante? - Qual a toxicidade? - Qual o poder corrosivo? - Qual o efeito residual no alimento? - O eventual efeito residual é desejável? - Manchas na superfície de equipamentos e utensílios? - Qual o efeito ambiental e nos efluentes? - Qual o custo? Um sanificante ideal deveria preencher, em grau ótimo, os seguintes requisitos: - provocar rápida destruição dos microrganismos contaminantes; - ser seguro, atóxico e não irritante aos manipuladores; - ser aprovado por órgãos oficiais de registro e fiscalização; - ser lavável e econômico; - sem efeitos prejudiciais aos alimentos; - ser facilmente regulado e analisável; - ser estável na forma concentrada e em solução; - não ser corrosivo; - compatível com outros produtos e equipamentos; - ser hidrossolúvel. Com base nestas exigências, existem inúmeras alternativas para uso de sanificantes na indústria de alimentos. Basicamente, as opções de produtos ou procedimentos poderiam ser subdivididas nos seguintes grupos:
Quadro 1 – Detergentes recomendados na remoção de diferentes tipos de resíduos Natureza do alimento ou resíduo
Características de solubilidade
Tipo de detergente
Alimentos proteicos (carnes, aves, pescado)
Hidrossolúvel
Detergente alcalino clorado
Alimentos proteicos (carnes, aves, pescado)
Álcali-solúvel
Detergente alcalino clorado
Alimentos proteicos (carnes, aves, pescado)
Ligeiramente ácido – solúvel
Detergente alcalino clorado
Alimentos gordurosos (manteiga, margarina, óleos, carnes gordas)
Álcali-solúvel
Detergente alcalino suave ou forte
Alimentos gordurosos (manteiga, margarina, óleos, carnes gordas)
Não hidrossolúvel
Detergente alcalino suave ou forte
- Agentes físicos: compreendendo o uso do calor, na forma de vapor ou água aquecida e, mais raramente, o emprego da radiação UV, em comprimento de onda germicida (240-280 nm); - Agentes químicos: pelo emprego de compostos de cloro (gás cloro, hipoclorito de sódio ou cálcio, compostos orgânicos de cloro e dióxido de cloro), compostos de iodo orgânico (iodóforos), compostos de amônia quaternária, compostos ácido aniônicos, ácido peracético e biguanidas poliméricas. Agentes químicos A eficiência do desempenho dos agentes químicos está sujeita a uma série de fatores,
entre eles os seguintes: - concentração de uso; - tempo de contato; - pH da solução; - dureza da água; - temperatura da solução; - presença de detergente residual; - limpeza da superfície; - número e tipos de micro-organismos contaminantes e presença de esporos. No Quadro 2 estão resumidas as características dos principais sanificantes de uso mais difundido e no Quadro 3 são mencionadas algumas recomendações para concentrações de uso de alguns deles.
++ ++
AMÔNIA QUATERNÁRIA ++ -
SANIFICANTES ÁCIDO ANIÔNICOS ++ ++
++
-
+
+
+++ +++ +++
++ ++ ++ ++
++ + + + -
++ + + ++ -
Materiais termossensíveis
Fenóis, aminas, metais moles
Amido, prata
Não Desnecessário
Muito instável Não Simples
Instável Sim Simples
Variável + Tensoativos aniônicos, sabões, celulose, madeira, tecidos, nylon Estável Sim Difícil
Sem limite
200 mg/L
25 mg/L
200 mg/L
-
Caro +++
Mais barato ++
Barato -
Caro ++
Caro -
PROPRIEDADE
VAPOR
CLORO
IODÓFORO
Eficiência contra bactérias Gram + Eficiência contra bactérias Gram Eficiência contra esporos bacterianos Eficiência contra bacteriófagos Ação corrosiva Afetado pela dureza da água Irritante à pele Efeito da matéria orgânica
+++ +++
++ ++
++
Incompatibilidade Estabilidade a quente (60º C) Deixa resíduo Dosagem Máxima concentração de uso sem enxágue (FDA/USA) Custo Eficiência em pH neutro
Tensoativos catiônicos e detergentes alcalinos Estável Sim Difícil
Quadro 3 – Concentrações de alguns sanificantes USO PRETENDIDO Formação de película bacteriostática Formação de película bacteriostática Pisos de concreto Pisos de concreto Esteiras de transporte Esteiras de transporte Paredes e tetos de câmaras de refrigeração Sanitização das mãos Caixas plásticas (monoblocos) Superfícies porosas Superfícies porosas Equipamentos de alumínio Equipamentos de alumínio Equipamentos de aço inoxidável Equipamentos de aço inoxidável Equipamentos de aço inoxidável Paredes Paredes
SANIFICANTE RECOMENDADO Amônia quaternária Ácido aniônico Cloro ativo Amônia quaternária Cloro ativo Iodóforo Amônia quaternária Iodóforo Iodóforo Cloro ativo Amônia quaternária Iodóforo Amônia quaternária Cloro ativo Amônia quaternária Iodóforo Cloro ativo Amônia quaternária
CONCENTRAÇÃO (mg/L) 200 200 Até 1000 500-800 300 25 500-800 25 25 200 200 25 200 200 200 25 200 200
(*) +++ = Máxima eficiência ou ação; ++ = Boa eficiência ou ação; + = Fraca eficiência ou ação; - = Ineficiência ou sem efeito.
Quadro 2 – Características dos sanificantes mais usuais*
Empresas
Soluções efetivas
à agroindústria
A
Montemil Industrial, sediada em Chapecó (SC), é uma empresa totalmente nacional. Com nome consolidado no mercado nacional, tem procurado a cada dia o aprimoramento e melhorias no que produz, buscando incessantemente novas tecnologias para atender ao mercado, com produtos e soluções de acordo com cada necessidade. Além da fabricação de máquinas, prestação de serviços de montagem e manutenção industrial de frigoríficos, possui uma equipe especializada na prestação de assessoria no desenvolvimento de projetos, assegurando a garantia e a qualidade. Entre os equipamentos direcionados para frigoríficos e abatedouros, a Montemil fabrica para diferentes aplicações e dimensões, conforme a necessidade de produção do cliente. Entre os produtos estão: Abate e desossa de suínos e aves e indústria Restreiners, mesas automáticas para sangria, polidores lavadores, polidores secadores, mesas automáticas para evisceração e inspeção, plataformas estáticas, lavadores de carcaças, centrifugas para miúdos, desarticulador de mandíbulas – NR 12, serras fita – NR 12, mesas transportadoras para desossa, lavadoras automáticas para caixas, lavador automática de contentores e carros, barreiras sanitárias, lavadores de botas, lavadores de mãos, túneis para escaldagem, depenadoras automáticas, transportadores aéreos, chillers para miúdos e resfriamento, embaladoras. Industrialização Quebradores de blocos, moedores, misturadeiras, elevadores, tombadores, transportadores helicoidais, seladoras contínuas a vácuo, empacotadoras para salsichas, seladoras para
pacotes, sistemas para bombeamento de massas, carros para estufas, carros para massas, contentores, seladoras plastificadoras continuas e túnel de encolhimento. Em 2014, devido a exigências do mercado e, principalmente, para atender as normas regulamentadoras, a empresa lançou novos modelos de serras fita em conformidades com NR 10/12 e 36. Como novidade também há a seladora a vácuo continua, e até final deste ano a Montemil estará desenvolvendo e lançando mais alguns equipamentos. Quanto às tecnologias empregadas em equipamentos para frigoríficos e abatedouros, a empresa sempre busca os que agregam valor ao processo de produção. Volmir da Silva, gerente comercial da Montemil, acredita que primeiramente a indústria deve buscar equipamentos modernos, confiáveis, com alta tecnologia empregada, que atendam às necessidades de cada aplicação, possibilitando altos rendimentos, padronização de produtos e principalmente, a automação de processos com a redução de mão-de-obra humana, que hoje é um dos maiores problemas em uma fábrica e tende a aumentar a cada dia. Sobre o setor cárneo brasileiro, Silva apresenta uma visão com um viés positivo: “Estamos em uma crescente há vários anos. Parte disso está nos incentivos do governo, considerados relevantes na liberação de recursos para financiamentos, e também na visão de empresários empreendedores com planejamentos para projetos futuros. Embora haja comentários de uma crise para os próximos meses ou em 2015, as expectativas para nós são as melhores, pois o Brasil por ser e é considerado um celeiro mundial na produção de alimentos, com confiabilidade e qualidade que oferece, acreditamos que continue neste ritmo sem desacelerar”.
Economia
Brasil buscará
Por Yara Marques
novos mercados ainda este ano Brasil demonstra ao mundo o compromisso e a qualidade dos serviços de defesa agropecuária
O
ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Neri Geller, fez uma avaliação positiva da viagem à França durante a 82ª Seção Geral da Assembleia Mundial da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). Segundo ele, após as reuniões bilaterais e os reconhecimentos obtidos pelo Brasil, o país se prepara para um novo patamar nas negociações internacionais. “Já estamos entre os maiores exportadores de proteína animal do mundo e queremos ir adiante. Com o reconhecimento de mais oito estados brasileiros como livres de aftosa, além da manutenção do risco insignificante para Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), podemos planejar junto com o setor privado a ampliação do acesso dos produtos brasileiros no exterior”, afirmou Geller. O ministro ressaltou o rígido controle sanitário brasileiro como um dos principais motivos para que a carne brasileira – bovina, suína ou de aves – seja vendida em novos mercados. Ainda segundo ele, o Brasil tem potencial para ampliar a produção de proteína animal no país, além de diversificar a pauta de exportações com produtos com maior valor agregado. FRANÇA Uma das reuniões bilaterais que o titular da Agricultura no Brasil participou foi com o ministro da Agricultura da França, Stephane Le Foll, para discutir temas que visam às relações comerciais
entre o Brasil e o governo francês. O encontro contou também com a participação do secretário de Relações Internacionais do Agronegócio, Marcelo Junqueira, e do diretor do Departamento de Saúde Animal (DSA), Guilherme Marques. Geller ressaltou a importância da liderança da França no bloco europeu e na defesa dos interesses mútuos do país. O ministro brasileiro solicitou o apoio do governo francês na candidatura do atual adido agrícola do Brasil em Genebra, Guilherme Costa, ao posto de vice-presidente do Codex Alimentarius. Fez ainda um convite à autoridade francesa para vir ao Brasil com o intuito de conhecer os trabalhos desenvolvidos pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). De acordo com diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa), Leandro Feijó, que esteve presente na reunião, as relações entre o Brasil e a França vão possibilitar a transferência de conhecimento técnico-científico e tecnológico nas diversas áreas do agronegócio. IRÃ O ministro brasileiro participou também de uma reunião com o colega de pasta iraniano, Mahmoud Hojjati, para discutir a liberação das vendas de carne bovina produzidas no estado de Mato Grosso. Geller solicitou que o embargo fosse suspenso porque não há riscos à saúde pública e disse que está confiante que a situação seja normalizada. Hojjati afirmou que vai tentar resolver a questão o quanto antes.
Segundo Feijó, as informações técnicas prestadas pelo Brasil ao serviço veterinário iraniano demonstraram alinhamento das ações adotadas pelo Mapa com as orientações da OIE.
internacionais. “Isso proporciona estabilidade no comércio e a possibilidade de ampliação da habilitação do agronegócio do país com a União Aduaneira”, acrescenta o secretário.
UNIÃO ADUANEIRA Na mesma semana foi realizada uma reunião em Paris com o chefe do serviço veterinário russo, Serguey Dankvert, para tratar sobre temas em negociação. “É importante ressaltar o bom andamento das relações do Brasil com a União Aduaneira porque elas podem ser mais planificadas e intensas”, afirmou Dankvert. No encontro, Dankvert propôs a habilitação de mais estabelecimentos brasileiros para exportação de carne bovina, suína, equina e de aves, e também de produtos lácteos, tais como leite em pó, queijos e manteiga; além de dar continuidade às negociações de abertura do mercado brasileiro para importação de trigo e grãos. Para o secretário Marcelo Junqueira, o peso da presença do ministro nas reuniões determina resultados positivos, auxiliando nos negócios
ÁREA LIVRE DE AFTOSA E RISCO INSIGNIFICANTE PARA EEB Também em Paris foram entregues os certificados aos oito estados brasileiros reconhecidos internacionalmente como livres de febre aftosa. São eles: Alagoas, Maranhão, Paraíba, Ceará, Piauí, Rio Grande do Norte, Pernambuco e a região norte do Pará. Além disso, o comitê científico da OIE manteve o status do Brasil de risco insignificante para a Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB) – doença neurodegenerativa que afeta o gado bovino, conhecida como Vaca Louca. O Brasil também obteve o certificado de país livre da peste dos pequenos ruminantes (como ovinos e caprinos), doença que causa febre e diarreia. Fonte: Assessoria de Comunicação Social do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
NOVA SEDE NOVA SEDE
Lactato de sodio Lactato de sodio
Crescendo com você Crescendo com você
Carragena Carragena Eritorbato de sodio Eritorbato de sodio Gluna delta Lactona Gluna delta Lactona Glutamato Monossodico Glutamato Monossodico Gluconato de Sodio Gluconato de Sodio Proteina micronizada de Soja Proteina micronizada de Soja Redes Elasticas para Embutidos 14F Redes Elasticas para Embutidos 14F Extensa linha de BLENDS específica para sua solicitação. Extensa linha de BLENDS específica para sua solicitação.
Av. Lico Maia, 57 Didadema - SP Av. Lico Maia, 57 Didadema - SP Email: comercial@nutri.com.br Email: comercial@nutri.com.br Tel: 11 4057-4053
Empresas
Tecnologia
em movimento
C
riada em 1998, a Bumerangue Brasil Industrial operava na área de injeção de peças em plástico e nylon. Com o crescimento no decorrer dos anos, a empresa reestruturou seu trabalho internamente e externamente para aumentar a gama de produtos e de segmentos de mercado. Em 1998, a Bumerangue possuía apenas um único produto e atendia praticamente uma empresa do setor de alimentos. Atualmente, são mais de 150 produtos desenvolvidos, e mais de 400 clientes cativos espalhados pelo território nacional e internacional. Entre eles estão grandes produtores do setor de alimentos, metal mecânico, cutelaria, produtores de equipamentos, entre outros. Em 2009, em parceria com a Microban, a Bumerangue lançou uma linha de produtos com Proteção Antimicrobiana Microban® na fabricação de esteiras modulares para transporte de alimentos. O produto evidenciou a preocupação da empresa em oferecer produtos com esse diferencial, uma vez que, a proteção antimicrobiana diminui os riscos de contaminações e a formação de biofilmes em superfícies que entram em contato direto com alimentos. Desse modo, os equipamentos destinados aos processos produtivos proporcionam à indústria alimentícia um melhor padrão de higiene e segurança alimentar. Neste ano, a empresa lançou a Esteira EMRPN 50, que segundo o diretor da Bumerangue, Gonçalo G. Coelho, é a esteira modular plástica mais higiênica do mercado.
Para o desenvolvimento de seus produtos, a Bumerangue direciona seus projetos em três tópicos principais: tecnologia de transporte, projetos de layout para abatedouros e consultoria para melhoria da produtividade e competitividade. De acordo com o diretor, toda a linha (esteiras lineares e modulares, perfis de desgaste, transportadores aéreos, correntes arrastadoras e acessórios) é direcionada para frigoríficos e abatedouros. Coelho também afirma que o “trabalho da empresa é voltado para aumentar a produtividade e garantir a sanidade dos produtos processados. Assim, além de disponibilizarmos produtos com garantia de funcionalidade, também temos um foco muito grande na garantia da segurança alimentar, com um trabalho voltado a higiene e a redução de contaminantes”. Atualmente, no mercado há muitas empresas aventureiras, que tem como objetivo lucrar em curto prazo, ao contrário da Bumerangue, como relata Coelho: “Nós já estamos no mercado há mais de 15 anos e queremos permanecer por muito mais tempo. Além dos nossos produtos terem garantia de qualidade e de funcionalidade, também temos um quadro técnico capaz de atuar rapidamente sobre as principais necessidades de nossos clientes, que são a garantia do funcionamento de nossos produtos, aumento da produtividade e garantia da segurança alimentar”. A Bumerangue também disponibiliza para seus clientes o apoio em projetos e em consultoria para melhoria da produtividade.
Economia Por Rayane Fernandes
Exportações do agronegócio atingiram
US$ 9,61 bilhões O setor de carnes foi o segundo em vendas no mês de junho, com US$ 1,42 bilhão e 489 mil toneladas embarcadas
E
m junho de 2014, as exportações do agronegócio brasileiro atingiram a cifra de US$ 9,61 bilhões e as importações alcançaram US$ 1,21 bilhão. O principal setor exportador foi o complexo de soja, com vendas externas de US$ 4,62 bilhões e 8,73 milhões de toneladas embarcadas. As informações são da Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Já o segundo setor em vendas no mês de junho foi o de carnes, com US$ 1,42 bilhão e 489 mil toneladas embarcadas. A carne de frango foi destaque nas exportações, com US$ 617 milhões em receita no período. Já a carne bovina gerou US$ 582 milhões em receita e a carne suína e de peru atingiram US$ 167 milhões e US$ 22 milhões, respectivamente.
Com relação às exportações para os blocos econômicos, em junho deste ano, o principal destino foi a Ásia, com participação de 42,6% sobre o total das vendas no período e um montante de US$ 4,09 bilhões. A União Europeia permaneceu na segunda colocação, com US$ 2,24 milhões. Últimos doze meses Nos últimos doze meses, as exportações do agronegócio atingiram a cifra de US$ 99,51 bilhões, com o complexo de soja na liderança, atingindo a marca de US$ 33,85 bilhões no período e o setor de carnes alcançou US$ 16,82 bilhões. Fonte: Assessoria de Comunicação Social do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
Empresas
Bertolini faz 45 anos
A
Bertolini, especializada em sistemas de armazenagem, completa 45 anos em 2014. Ao todo, o grupo tem aproximadamente 1.200 funcionários, com unidades em Bento Gonçalves (RS), Cabo de Santo Agostinho (PE), Aparecida de Goiânia (GO), Guatemala, e a nova unidade fabril, que será finalizada em 2014, em Colatina (ES). A história da Bertolini começou a ser escrita em 25 de agosto de 1969, quando os irmãos Walter, Rui, Raul, Henrique e Antônio assumiram o desafio de dar continuidade ao trabalho do pai – exímio ferreiro – e fundaram o próprio negócio no ramo metalúrgico. O projeto iniciou pequeno, num porão de 80 m², como uma serralheria. Já no ano seguinte, a empresa mudou-se para um local mais amplo e, em 1972, consolidando sua trajetória, a Bertolini ergueu 1.400 m² de área coberta no local da atual matriz, Bento Gonçalves (RS). Um ano mais tarde, com a ampliação do pavilhão para 3.600 m², a empresa iniciou a produção e a comercialização de estruturas metálicas. Atualmente a empresa está concluindo sua nova unidade produtiva em Colatina (ES), com previsão de dobrar as vendas em um período de quatro anos após o início das operações no local. Com isso, atingirá capacidade produtiva de 60 mil toneladas/ano. O complexo que está sendo construído, desde agosto de 2012, na cidade capixaba, fica em um terreno de quase 260 mil m² e contará com dois pavilhões, prédios administrativos e de apoio, totalizando mais de 50 mil m². A nova unidade compreende os negócios de sistemas de armazenagem e cozinhas de aço. A principal vantagem da expansão da empresa para o centro do país con-
templa os aspectos logísticos – com destaque para a proximidade das usinas siderúrgicas e, também, dos mercados do sudeste e nordeste. De acordo com a Bertolini, o diferencial da empresa no setor é caracterizado pelas soluções reconhecidas na eficiência em atender às necessidades de cada projeto. Assim, a Bertolini tem consolidada a posição de referência junto ao mercado no segmento de sistemas de armazenagem em âmbito nacional e, também, somado episódios de sucesso no exterior. A empresa possui um setor de P&D próprio, que além de estudar melhorias no produto, acompanha o mercado através de feiras nacionais e no exterior. Além disso, a Bertolini possui um laboratório de testes estruturais próprio, onde já foram feitos mais de três mil ensaios. O portfólio traz alternativas em logística, estocagem e movimentação de produtos, aperfeiçoadas permanentemente no decorrer de mais de quatro décadas de experiência acumuladas pela marca. Assim, a linha de produtos está nos sistemas de armazenagem estática, dinâmica e automatizada. Além da diversidade de opções, os clientes encontram à sua disposição um departamento especializado em engenharia e projetos que realiza estudos, planejamento e desenvolvimento de métodos e sistemas de armazenagem adequados às demandas de cada caso. Desse modo, a empresa atende de forma personalizada cada projeto, de acordo com as necessidades de cada cliente e presta assistência técnica e todo o suporte no acompanhamento do projeto, montagem e entrega do produto. A Bertolini trabalha em todas as regiões do Brasil, e também no exterior, como Bolívia, Peru, Colômbia, Uruguai e Paraguai.
Especial
A importância do
tratamento de efluentes na indústria da carne A
o pensar na área de tratamento de efluentes da indústria de carnes, os principais elementos que devem ser retirado das águas são os DBO (Demanda Bioquímica de Oxigênio), DQO (Demanda química de Oxigênio), sangues e as gorduras. A retirada é necessária, pois, quando um efluente de aves, suínos ou bovinos entra em contato com um corpo de água (rio, lago etc.), o DBO retira o oxigênio desta água, fazendo com que ocorra a mortalidade de peixes e demais consequências nefastas para a fauna. A DBO corresponde à quantidade de oxigênio consumida na degradação da matéria orgânica, ou seja, a matéria orgânica retira o oxigênio no momento de sua degradação, e quando a DBO é despejado em alta concentração in natura nas águas de um rio, este oxigênio é sequestrado da água, e por consequência, falta oxigênio para os peixes.
Já a DQO é a matéria orgânica suscetível a ser oxidada por meios químicos. As gorduras, como também o sangue, possuem concentrações elevadas de carga orgânica (DBO) que também atuam no sequestro de oxigênio. Para as indústrias de carne, o tratamento consiste em etapas chamadas de primária e secundária, que são tecnologias diferentes: fisioquímicas e biológicas. As tecnologias utilizadas na redução da geração de efluente são medidas de controle interno e são aquelas que têm como objetivo a redução do volume de resíduos e da carga poluidora. De modo geral abrangem: • Reuso e reciclagem e utilização controlada da água; • Medidas de reaproveitamento de seus produtos potencialmente poluidores; • Modificações em operações e processos para redução dos consumos.
Depositphotos
O Brasil está alinhado com as mais modernas tecnologias de tratamento de efluentes utilizadas pelos países desenvolvidos. Quanto às tecnologias da Multidraw, todas foram absorvidas do Canadá, Japão, Alemanha e Estados unidos. Isso porque no Brasil, há 20 anos, só existia na área universitária o curso de engenharia sanitária. Esse não era suficiente, pois 90% das tecnologias estudadas nesse curso focavam apenas os esgotos sanitários, e não enfatizavam as de distintos segmentos, como química, metalúrgica e outras. Portanto, o Brasil caminha para modernas tecnologias, devido à vinda de empresas multinacionais, que vem trazendo novas metodologias de tratamento, isso também alinhado a evolução de novos cursos implantados por entidades particulares e federais em nosso país. Entre as tecnologias utilizadas pela Multidraw nas estações projetadas e executadas para indústrias de carne, a mais utilizada para
o segmento é o sistema de lodo ativado por aeração prolongada. As lagoas, filtros biológicos e valo de oxidação também são utilizados, porém o sistema de lodo ativado, combinado com outras tecnologias, ainda é o mais utilizado por ser mais eficiente na remoção de carga orgânica (até 98% de remoção), por ocupar pouco espaço físico e ter fácil operacionalidade. É importante salientar que no momento de implantação da estação de tratamento de efluentes, a escolha é do proprietário, porém a empresa contratada tem o papel de orientar o cliente, mostrando qual a melhor tecnologia e quais suas vantagens e desvantagens, visando sempre à relação entre custo e benefício. A MultiDraw é uma empresa de mais de 20 anos de mercado, possuí várias tecnologias para tratamento de efluentes líquidos, para qualquer segmento industrial e atua em mais de 12 estados do Brasil.
Empresas
Aposta em
pessoas e qualidade O
s valores, inovações e políticas adotadas fazem toda a diferença na consolidação de uma empresa. Por trás de grandes vendas e bons clientes existe uma equipe que faz com que todos os resultados aconteçam. A Icavi (Indústria de Caldeiras Vale do Itajaí) tem plena consciência disso e por esse motivo, em apenas oito anos, seu desenvolvimento foi surpreendente. Atualmente ela compete com empresas internacionais consolidadas há anos no mercado. Tudo começou com uma empresa prestadora de serviços de usinagem chamada Usinagem Mayer. Algumas parcerias surgiram e, a partir delas, no ano de 2005, nasceu a Icavi. Por dois anos, a sede da nova empresa foi em um prédio, com 1.000 m², localizado na cidade de Ibirama (SC). Como o espaço foi ficando pequeno e a demanda de serviço e a quantidade de produtos fabricados estavam além da capacidade inicial do negócio, a única solução foi buscar um novo local para montar um parque fabril que suportasse as peças já em produção e que possibilitasse um crescimento ainda maior. O terreno com essas especificações foi encontrado em Pouso Redondo (SC), e possui aproximadamente 33 mil m². ÁREA DE ATUAÇÃO Para a empresa, o primeiro semestre de 2013 teve um saldo bastante positivo e um
mercado novo foi conquistado pela Icavi: o Mercosul. Uma caldeira, com capacidade de 30 toneladas por hora, foi inaugurada no Chile. Outras duas, com capacidade de 33 t/h para cada uma, foram vendidas para o Uruguai. Espanha, Costa Rica e França também fazem parte do mercado de atuação. Inclusive, a maior caldeira de biomassa da França foi produzida pela empresa catarinense. Ela começou a funcionar, no final de 2011, na cidade de Beinheim, e é considerada uma das maiores caldeiras de toda a Europa. Hoje existem ao todo 14 na França. Os produtos oferecidos pela Icavi são caldeiras aquatubulares e flamotubulares, geradores de calor a seco e refrigerados, aquecedores de fluído térmico, sistemas de alimentação e acessórios. CRESCIMENTO Claudio Mayer, sócio-gerente da Icavi, destacou o crescimento substancial da empresa, que aconteceu devido à dedicação e envolvimento de toda a equipe: “Valorizar clientes, funcionários e parceiros. Esse é o segredo do crescimento da Icavi”. O trabalho em conjunto aperfeiçoou os equipamentos da empresa, fato que foi fundamental. Para Mayer, a concorrência no mercado pode ser acirrada, mas a qualidade e a exclusividade fazem a diferença. E o desafio é queimar
outras fontes de calor: casca de árvore, recorte de plantas de cidades, resíduos industriais, entre outros materiais que variam de acordo com a necessidade do cliente. A preocupação com o meio ambiente é outro diferencial que contribui para o crescimento da empresa. O Brasil ainda não possui regras para a produção de caldeiras. Contudo, ao perceber as vantagens para a própria Icavi e para a natureza, a empresa decidiu seguir o rigoroso padrão aplicado pela norma ASME (American Society of Mechanical Engineers), seguido nos Estados Unidos e na Europa. “Estamos no caminho para conseguir essa certificação”, afirmou o sócio-gerente. A IMPORTÂNCIA DO COLABORADOR De acordo com Mayer, os números de vendas, lucros, fábrica e funcionários impressionam, mas o objetivo é não parar por aí. Investimos continuamente no colaborador, com treinamento, curso, inclusive com diploma. Porque isso é importante, faz a diferença. Esse investimento e preocupação com os 300 colaboradores indiretos e diretos são visíveis principalmente na fábrica. “Qualquer pessoa que entra nessa área precisa usar os EPIs (equipamentos de segurança individual). Para fiscalizar e garantir que tudo seja feito da maneira correta, a empresa conta com dois técnicos em segurança do trabalho”, relata o sócio-gerente. “O grande segredo é que a Icavi não exige somente a produtividade do funcionário: ela busca crescer junto com ele. Cursos de capacitação são oferecidos aos auxiliares de produção e demais contratados. Os soldadores geralmente já são contratados com alguma experiência, mas se necessário são capacitados. Isso faz com que o funcionário se sinta valorizado e goste do trabalho”, garante Mayer. TECNOLOGIA Classificado como um dos grandes diferenciais da Icavi, a automação é um item fundamental em todos os projetos da empresa. Um software instalado na caldeira grava todas as
suas informações. Esse sistema proporciona economia de combustível, pois o equipamento trabalha sincronizado com mais ou menos vapor e só envia combustível quando for necessário. O histórico da operação da caldeira pode ser extraído em forma de planilhas, o que permite uma análise exata da produção. Problemas, custos operacionais e demandas de produção são facilmente detectáveis. A maior facilidade que esse software fornece é a manutenção. Tudo é feito de forma digital e se a máquina está com algum problema, um relatório é gerado informando exatamente onde está o defeito. Caso algum problema aconteça e um conserto seja necessário, a empresa que possui a caldeira pode entrar em contato com a Icavi por telefone e fornecer dados do equipamento. Dessa forma, todo o histórico da caldeira será visível no computador do técnico e ele poderá fazer o reparo no mesmo momento. Com isso, não é preciso deslocar uma equipe até a fábrica para identificar e resolver o problema. Uma caldeira na Costa Rica foi ligada diretamente com Pouso Redondo. Um marco na vida da empresa.
Índice de Anunciantes Bumerangue............................................................................ 23 Cobra Correntes...................................................................... 25 Cold Air............................................................................4ª capa Dois Irmãos.............................................................................. 21 Embala Nordeste...................................................................... 59 Fibrasil..................................................................................... 15 Food Ingredients...................................................................... 57 Haarslev................................................................................... 41 Handtmann............................................................................... 9 Instituto de Embalagens........................................................... 61 International FoodTec Brasil...................................................... 53 Isoeste....................................................................................... 7 Isterm...................................................................................... 16 Klainox.................................................................................... 37 Metalúrgica Z........................................................................... 33 Middleby................................................................................. 31 Montemil................................................................................. 11 Nutri.com................................................................................ 55 Nyroplast................................................................................. 35 Perfor...................................................................................... 13 Poly-clip..................................................................................... 5 Reepack................................................................................... 43 Rool......................................................................................... 27 SEW..................................................................................3ª capa Stelka............................................................................2ª capa/3 Unirons.................................................................................... 17 ERRATA Na edição anterior (nº 2), na página 56, foi publicada a data errada da fundação da empresa Shiguen. A data correta é 14 de março de 1995.